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Economia Poltica
2006/2007
FDL
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Economia Poltica
Captulo 1
Conceitos Introdutrios
a) A Afectao de Recursos Escassos A Economia trata das escolhas que temos que fazer devido escassez No necessrio haver sempre escassez, o ponto de saciedade passvel de ser
atingido Escassez o problema central da economia
I) Corolrios da Escassez e no fosse a escassez as escolhas feitas seriam in!teis "irrelevantes# pois a
qualquer altura poder$se$ia voltar atrs para remediar a situa%o que os bensestariam sempre disponveis
& impossvel atingirmos o ponto de saciedade de todas as necessidades "procurapotencial sempre superior oferta potencial de um meio#
Algumas necessidades so recorrentes "cclicas, fome# A escassez graduvel e relativa "cada um a sente de modo diferente# Ao haver super$produ%o de bens que satisfa%am uma certa necessidade, os
recursos utilizados nesta no se podem converter para outra produ%o "no hutiliza%o indiscriminada e universal de recursos#
'esmo que fosse possvel satisfazermos todas as nossas necessidades, o tempo
seria sempre escasso, fazendo com que as no satisfizssemos ao mesmo tempo
II) O Objecto da Economia A Economia estuda as escolhas feitas em ambiente de escassez, tendo em conta a
liberdade do agente e a interdepend(ncia entre essas decis)es A Economia tenta *ustificar as reac%)es espont+neas que surgem dessas escolhas "e
no evita resultados socialmente nocivos sendo estes previsveis#
II a) O Institucionalismo orrente de pensamento econ-mico, e.istindo duas escolas, uma mais antiga e
outra mais recente "/ouglass North e 0onald oase# hama a aten%o para o processo decis-rio que acontece fora do mercado no seiodas institui%)es "desde o Estado s empresas#
III) A Anlise Econmica da Racionalidade A anlise econ-mica pode$se guiar por1
o 2ptimiza%o de meios "olhar para os ob*ectivos e determinar a racionalidadee adequa%o de meios#
o 'a.imiza%o de 3ins "olhar para os meios disponveis e tentar encontrarob*ectivos aos quais eles se afigurem racionalmente adequados#
A racionalidade com a qual a economia se preocupa fundamentalmenteprocedimental pouco tendo a ver com os fins
Catarina Medeiros_______________________________________________________
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/ebatendo sobre as escolhas racionais, a Economia relaciona$se com o /ireito quetenta regular os efeitos socialmente nocivos
III a) A O!timizao 2 princpio da optimiza%o no pode ser levado a cabo com uma anlise
generalizada, da que se sirva do raciocnio marginal, minucioso, que avalia adiferen%a benefcio$custo de cada nova dose
Assim, o raciocnio marginalista surge espontaneamente no pensamento dos agentesecon-micos
'oeda um meio de acesso aos recursos, no um recurso cu*a escassez leve aescolhas economicamente relevantes
Escola Neoclssica essencialmente racionalista "escolhas racionais#
III b) Racionalidade "imitada A 0acionalidade de todo o agente limitada "insuficiente#, da que se substitua o
ob*ectivo de ma.imiza%o por satisfa%o e a e.ig(ncia do -ptimo para suficiente 0acionalidade limitada baseia$se na escassez do tempo Assim, escolhemos uma ignor+ncia racional, dividindo as tarefas e partilhando a
informa%o "em grupos# /a que o agente "racionalmente limitado# tenha que agir, antevendo as ac%)es dos
outros agentes, do modo mais apro.imado possvel
b) As O!#es ditadas !ela Escassez
5oda a escolha tem um custo, que , na sua ess(ncia o valor do que preterimos emprol da dita escolha
I) Efici$ncia e Prioridades A escassez causa vrios conflitos, como o entre a efici(ncia "ob*ectivo quantitativo#
e a *usti%a "ob*ectivo qualitativo# A prioridade dada efici(ncia significa que os meios so empregues em fun%o da
ma.imiza%o A prioridade dada *usti%a superioriza a reparti%o do rendimento 6usti%a e efici(ncia so totalmente incompatveis
2 uso eficiente de recursos o que resulta na produ%o de bens e servi%os maisapreciados pela oferta ontudo, a distribui%o *usta de uma produ%o ineficiente pode resultar numa
in*usti%a e insatisfa%o gerais A efici(ncia o resultado do *ogo por todos aceite e a sua livre adeso pode ser uma
manifesta%o de *usti%a "igualdade de acesso, procedimental#, legitimando qualquerque se*a o resultado
c) As Per%untas &sicas da 'eciso Econmica
1. O que produzir e quanto? (e em que combinaes, por quem e onde)
2 progresso faz com que as necessidades secundrias se multipliquem A evolu%o tornou primrias, necessidades anteriormente irrelevantes
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As respostas so dadas pelo mecanismo de pre%os "economia de mercado# 3ora da economia de mercado surge um suced+neo poltico$*urisdicional 2 mecanismo de pre%os leva a uma rela%o quantidade$pre%o que satisfaz
tanto consumidores como produtores8vendedores "procura e oferta#
2. Como produzir? (e como optimizar a produo)
/o modo que lhe apresentar menos custos "for mais eficiente# omparando benefcios e custos
. !ara quem produzir e quando?
9ara os que apresentam uma maior disposi%o de pagar e poder de compra As indaga%)es de *usti%a, consumismo, ambiente, desigualdade e e.cluso
complicam as contas Esta resposta deve ser condicionada por critrios de *usti%a, seguran%a e ordem
p!blica
". #uem decide e por que processo?
Economia de 'ercado "todos decidem e ningum decide, atomicidade, todosinfluenciam o pre%o, vendedores e produtores#
Economia 'ista "apenas passvel em concorr(ncia entre sectores p!blico eprivado, decide quer o Estado, quer os privados#
Economia /irigista "o Estado controla todo o processo de deciso, pre*udicandoa efici(ncia e pondo em causa a legitimidade#
$. Como con%iar? Economia 'ista ou /irigista : no h meio de assegurar que as ac%)es do
Estado no vo contra os interesses individuais ";# Economia de 'ercado
o omo assegurar que os produtores no pre*udicam nvel de pre%os;o omo assegurar que cada um cumpre a sua parte;
2 /ireito estabelece normas de conduta que v(m trazer confian%a # espelhado no pre%o relativo de dois
bens
e) O Raciocnio ar%inalista A anlise de racionalidade econ-mica centra$se, essencialmente, no nas
escolhas que levam automaticamente da insatisfa%o saciedade, mas sim dasque incrementam satisfa%o mas no a proporcionam na maioria
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No so decis)es de fazer ou no fazer, mas sim de fazer mais ou menos No racional apegarmo$nos ao custo hist-rico e irrecupervel de um bem ou
servi%o "sun@ cozt# para com ele condicionar a conduta 9ensar marginalmente
o 9roduzir ou consumir mais enquanto o benefcio dessa unidade e.cedero custo de oportunidade
o 9roduzir ou consumir menos quando o custo e.ceder o benefciomarginal
o Estagnar a produ%o quando custo e benefcio marginais coincidem
f) O Im!acto dos Incenti(os na Conduta Atravs de incentivos controla$se a conduta de um determinado agente sem lhe
retirar liberdade de escolha
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Nas trocas econ-micas como os interesses se contrap)em "complementares#, t(mvalor dspar para ambas as partes "*ogo de soma positiva#
As pessoas sentem$se frequentemente insatisfeitas nas trocas pois se ambasganharem no significa que ambas ganhem o mesmo "somos no$tustas#
om o *ogo de soma positiva a utilidade total e o bem$estar geralmente aumentam 9ara que se produza mais divide$se tarefas e especializa$se e intensifica$se as trocas Assim o isolamento e a autarcia so atitudes completamente irracionais pois fazem
diminuir as trocas "deadCeight loss# endo as trocas um *ogo de soma positiva, a oportunidade de riqueza tanto maior
quanto maiores forem os mercados "sendo obviamente essencial mant($los#:Adam mith
,) A Afectao -ocial de Recursos atra(.s do ecanismo de Preos A resposta s perguntas bsicas de deciso econ-mica pode estar destinada quer ao
Estado quer ao mecanismo de pre%os "mercado# Numa economia de mercado predomina a liberdade de conforma%o de direitos e
deveres cone.os com os interesses em *ogo, com recurso a contratos As grandes decis)es so confiadas a uma ordem espont+nea baseada no mecanismo
de pre%os, atravs da qual as partes comunicamo A sua disponibilidade para trocaro A sua adeso a valores aceites como base de negocia%oo 2 respeito dos compradores pelos pre%os propostos pelos vendedoreso Elasticidade da ofertao onfian%a no mercado
Dualquer intervencionismo estadual pode criar instabilidade e provocar perdas
absolutas de bem$estar
i) ercado de Produtos e ercado de /actores Numa economia de mercado temos
o 'ercado de 9rodutos : bens e servi%os "outputs# directamente empreguesna satisfa%o de necessidades "'ercado 3inal#
o 'ercado de 3actores 9rodutivos : inputs de terra, trabalho e capital que asempresas modificam para obterem produtos que satisfa%am directamente asnecessidades dos consumidores "'ercado nstrumental#
Entre os dois mercados e.iste um flu.o circular de produtos e factores "flu.o real# e
um contraflu.o de pagamentos "flu.o monetrio#o No mercado dos produtos as famlias so os consumidores e as empresas os
fornecedoresF Empresas t(m rendimento e famlias a despesao No mercado de factores produtivos as famlias so fornecedores "trabalho,
capital# e as empresas o utenteF Aqui so as famlias que obt(m rendimentoe as empresas despesaF 2s fundos aforrados perturbam este flu.o circular,canalizando investimentos para as empresas e retornando s famlias sob aforma de crdito de consumo
2 que umas ganham o que outras gastam, assim, o rendimento total igual despesa total
j) A Inter(eno do Estado nos ercados A emenda de falhas de mercado pode *ustificar a interven%o do Estado
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Esta interven%o teve diferentes resultados no decorrer dos tempos A interven%o estadual pode dever$se
o gnor+ncia das leis econ-micas "requisitos e implica%)es da interven%o#o mperativo da efici(nciao mperativo da *usti%a
I) A 0ustia -ocial A principal razo da interven%o estadual a *usti%a social, ou se*a, o rendimento
que cada um recebe se*a proporcional ao esfor%o e habilidade por eles demonstrada Assim, o Estado no se deve demitir de balizar estes resultados, com o mnimo de
interven%o claro No e.iste verdadeira liberdade econ-mica seno dentro de um quadro normativo e
organizativo que assegure a *usti%a e seguran%a nas trocas, promovendo a efici(nciasempre que o mercado falhe
II) As /al,as de ercado As falhas de mercado podem dever$se a
o E.ternalidades : possibilidade de uma ac%o econ-mica interferir na esfera*urdica alheia, de forma positiva ou negativa, sem que lhe se*a pagaqualquer compensa%oF A presen%a de e.ternalidades perturba acoincid(ncia entre efici(ncia de mercado e bem$estar socialF Assim, oEstado tenta colmatar a brecha que surge entre os dois conceitos
o 9oder de 'ercado : permite a algum aproveitar$se do mecanismo depre%os para benefcio pr-prioF 2 Estado tenta anular esse poder,assegurando um funcionamento normal do mercado
Em ambos os casos o Estado podeo 9roduzir os bens que considera escassos no mercadoo riar incentivos e desincentivos aos produtoreso mpor padr)es e condutas ao sector privado
'ecanismos de combate s falhas de mercadoo ontrolo e regula%o das quantidades produzidaso nterven%o no pre%o de equilbrioo ria%o de mercado "defini%o de direitos de apropria%o, quotas
negociveis, compensa%o de benefcios e sacrifcios particulares#o Aumento da informa%o disponvel
/e mecanismos a medidas concretaso Elimina%o de subsdios perversos a actividades geradoras de e.ternalidadesnegativas
o Adop%o de medidas HinternalizadorasIo 0efor%o da regula%o *urdica a bens comuns "ambiente#o 9ondera%o custo$benefcio de efeitos a longo prazoo ubstituir regula%o directa por incentivos fi.os e automticoso oliga%)es internacionais para facilitar o acesso a crdito
III) As /al,as de Inter(eno A interven%o do Estado pode falhar pois o Estado feito de pessoas que por si s-
so capazes de falhar quer em efici(ncia como em *usti%a
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9or outro lado, o primado da *usti%a p)e em causa a efici(ncia da op%o A burocracia impede a agilidade e rapidez necessrias no mercado 5emos um problema de incentivos pois so tomados por funcionrios que em nada
lhes interessa certas decis)es As falhas de interven%o por vezes e.cedem as pr-prias falhas de mercado Essas falhas de interven%o podem ser minimizadas recorrendo a instrumentos
sofisticados e as falhas de interven%o subsistirem porque e.iste um idealismo metodol-gico
que no assume uma grada%o do nvel de falhas quer de mercado quer deinterven%o
1) O *ema da acroeconomia 'icroeconomia centra$se no funcionamento dos mercados de produtos e de factores
produtivos 'acroeconomia centra$se em quest)es de interdepend(ncia de um valor mdio
"pre%os# com alguns valores totais "produ%o, rendimento e emprego# 'icroeconomia encara os fen-menos econ-micos a partir da base, atravs da
anlise 'acroeconomia encara os fen-menos econ-micos na sua combina%o final,
originando uma perspectiva sinttica 'acroeconomia lida com valores agregados "oferta e procura agregadas# 2 progresso da macroeconomia tem permitido o sucesso de medidas estabilizadoras
que se apro.imam do ponto de pleno emprego onde verificar$se$o as condi%)es daHsntese neoclssicaI na 'icroeconomia
2 aumento do rigor analtico de ambas confina$lhes uma maior respeitabilidade
cientfica
l) A Produti(idade ero mais pr-speros os pases e regi)es onde mais elevada a produtividade do
trabalho, na qual o progresso tecnol-gico a*uda 9ara uma maior prosperidade deve$se atentar garantia de condi%)es estruturais de
produtividade e afecta%o de recursos ao investimento em capital humano e fsicoque assegurem os crescimentos actual e potencial
A actua%o estadual tem causado problemas de produtividade 2 investimento em tecnologia pode causar um risco estrutural, e tem tend(ncia a
originar standards e path dependence entre os seus produtos
I) A /ronteira de Possibilidades de Produo A escassez associa$se imagem da fronteira de possibilidades de produ%o A fronteira de possibilidades de produ%o implica uma efici(ncia m.ima dos
recursos "produtiva# Dualquer fronteira de possibilidades de produ%o encontra$se regulada por um
mecanismo regulador Embora na fronteira de possibilidades de produ%o ha*a total efici(ncia, no se pode
aumentar o rendimento atravs de uma gesto de recursos somente
Acontece que esta fronteira pode$se e.pandir ou retrair conforme factores noequacionados
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Encontramos uma falcia da composi%o na escolha entre poupan%a e investimento A racionalidade, a liberdade de op%o eficiente e a liberdade de apropria%o em
con*unto com a legitima%o dos modos de apropria%o privada so os motivos desucesso do capitalismo
m) O Controle dos eios de Pa%amento 2utro risco da interven%o estadual a infla%o A maior parte dos fen-menos inflacionistas surge com o aumento da quantidade de
moeda em circula%o "desvaloriza%o da moeda# Dualquer aumento de circula%o de moeda acompanhado por *ustifica%)es do
Estado e autoridades monetrias de que no haver infla%o se a massa monetriano aumentar mais depressa que o volume de trocas, disponibilizando maisunidades monetrias por transac%o
As prioridades do Estado podem *ustificar as suas ac%)es inflacionistas, contudopodem ser questionveis estas medidas
n) +inte Ideias a Reter232s recursos produtivos so escassos43As decis)es reclamam a pondera%o custos$benefcios adicionais de cada alternativa53L vrios mtodos de afecta%o de bens e servi%os63o previsveis as reac%)es face a incentivos "positivos ou negativos#73- e.istem trocas voluntrias quando h esperan%a de ganhos839rodu%o e consumo crescem com a especializa%o dos agentes93'ercado surge da interac%o entre compradores e vendedores:39re%os incentivam e sinalizam os agentes;3oncorr(ncia entre vendedores faz bai.ar pre%os, beneficiando compradores
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63E.iste, no curto prazo, um limite ao rendimento marginal que se obtm da intensifica%odo uso dos factores de produ%o73
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>tilidade *otal utilidade combinada das duas partesOferta con*unto de actividades tpicas do que se dirige ao mercado para l entregar um
bem ou prestar um servi%oProcura con*unta de actividades tpicas do que se dirige ao mercado para l satisfazer assuas necessidades
ercado interac%o do con*unto de vendedores e compradores, actuais ou potenciais,que se interessam pela transac%o de determinado produto ou facto de produ%o0o%o de -oma < no haver outra forma de alcan%ar benefcios seno tirando$os aosnossos parceirosF 2 que o vendedor ganha o somat-rio do que os demais *ogadores
perdemercado de Produtos mercado de bens e servi%os directamente empregues na satisfa%ode necessidadesercado de /actores bens que so empregues noutros processos para obten%o de bensou servi%os que estes sim, satisfaro as necessidades e.istentes/al,as de ercado todo o tipo de perdas de efici(ncia resultantes do funcionamentoespont+neo do mercado
Produti(idade quantidade de bens e servi%os que cada trabalhador capaz de produzirem mdia num unidade do tempo "output8hora#Pat, 'e!endence efeito de irreversibilidade que frequentemente acompanha os triunfostecnol-gicos, que faz com que a tecnologia triunfante tenda a arrebatar a totalidade domercado, convertendo$se em HstandardI e e.pulsando as tecnologias rivaisF 2 progressotecnol-gico transporta consigo um risco estrutural/ronteiras de Possibilidades de Produo e.presso do contnuo de combina%)es devrios bens ou servi%os que esto ao alcance do produtor atravs de simples reafecta%o derecursos disponveisInflao possibilidade de subida provocada do nvel geral de pre%os/alcia da Com!osio o que vlido para um pode no ser vlido para todos/alcia do Post ?oc estabelece$se ne.os de causalidade onde no os h, tiram$seconclus)es precipitadas "pulga#
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Captulo 1 eorias
Princ!io de O!timizao "Seorge tigler# escolha de condutas que, de entre todas aspossveis, apresenta a m.ima diferen%a entre benefcios e custosPrinc!io ?edonstico Hlei do menor esfor%oIF om o mesmo esfor%o, tiver alcan%adoum nvel de satisfa%o mais elevado ma.imizou o sucesso da sua actividade, minimizandoas suas necessidades com os meios momentaneamente disponveis, o que com o menoresfor%o alcan%ar o mesmo nvel de satisfa%o conservou recursos que ficam disponveis
para prologar o nvel de satisfa%o alcan%adoAdam -mit, se todos ganham com as trocas, e se as trocas so veculo deenriquecimento generalizado, as oportunidades de riqueza sero tanto maiores quanto
maior for a dimenso dos mercados, e a subsist(ncia e preserva%o do mercado apremissa essencial para o enriquecimento generalizado
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Captulo 2
! "odo de Pensar do Economista
Em Economia surgem$nos termos tcnicos destinados a abreviar raciocnioscompletos
Atendermos s- ao formalismo empobrece esta ci(ncia At meados do scF TT a Economia foi uma ci(ncia social A partir dos anos ? esta entregou$se a um formalismo, crente no &omo
oeconomicus, que agora mais que racional e egosta "Escola clssica de Adammith e /avid 0icardo# se haver tornado num cUborg hiper$racional capaz de
competir com as mais sofisticadas estruturas institucionaisa) A E=!licao e a Com!reenso no @mbito de um Ci$ncia -ocial omo ci(ncia social, a Economia, necessita de compatibilizar ob*ectividade
racional com sub*ectividade individual A ob*ectividade privilegia a e.plica%o, enquanto a interven%o do observador
favorece a compreenso A Economia poder$se$ entender a um plano no$humano, que no dispensa a
delibera%o intencional, podendo esta racionalizar condutas em racionalidadelimitada ou plena irracionalidade
b) Obser(ao e E=!erimentao e por um lado a comple.idade atrasa, por outro, nenhuma sntese cientfica a
pode desccuidar At se recorre estatstica, atendendo a factos empricos que contribuiro para o
raciocnio indutivo, para a forma%o de princpios sintticos e coesos a partir daobserva%o de fen-menos empricos
2 economista apenas se serve da simula%o e qualquer e.perimenta%o ais real totalmente controlada, comprometendo a motiva%o e espontaneidade
0esta ao economista servir de espectador quer de dados hist-ricos "factospassados * com o seu desfecho#, como de dados estatsticos "factos presentes,
potenciais influenciadores do receptor, cu*as novas altera%)es podem aindaalterar as conclus)es#
Catarina Medeiros_______________________________________________________
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ontudo, h ainda lugar para a e.perimenta%o
c) O A!oio da Estatstica 2 facto de abandonarem fen-menos em massa e destes serem facilmente
quantificveis facilita a coopera%o entre Estatstica e Economia "para alguns
significa que a Economia deveria submeter$se ao paradigma formal ematemtico dominante na metodologia estatstica#
Estatstica permite a apresenta%o de grandes quantidades de dados de formacompacta, facilitando a e.posi%o mas levando a riscos de erro de interpreta%oe manifesta%o de resultados
Estatstica "'aritmtica po*tica+# fornece$nos snteses panor+micas, atravs deum conhecimento apro.imativo, referindo apenas tend(ncias e caractersticasgerais
d) Causalidade e Correlao A reconstru%o do mecanismo de causalidade implica o recurso a pelo menos 4
variveis A Estatstica descreve esses fen-menos independentemente de quaisquer
atribui%)es causaiso 5end(ncia /ominante "4 variveis comportam$se de modo similar com
amplitudes proporcionais#o orrela%o "as variveis podem ser causa uma da outra, produtos de uma
causa comum, manifestam$se con*untamente por mero acaso, ou porefeito de uma causa indetectvel ou incompreensvel#
2 primeiro passo a interroga%o sobre uma rela%o sub*acenteF 2 estudo dascorrela%)es leva a testes economtricos "estatsticos#
A ci(ncia dei.a de procurar verdades fundamentais e certezas indutivas porserem custosas
- 7 certezas so de bai.o custoo ertezas analticas ou dedutivaso ertezas intencionais "causalidade de delibera%)es livres#o ertezas hist-ricas "processos consumados e irreversveis#
Na aquisi%o indutiva ou sinttica de conhecimento para termos um grauaceitvel de certeza teramos que esperar que as nossas e.pectativas seconsumassem, perdendo assim a oportunidade de agir
ubstitumos assim o limite da certeza por um grau aceitvel de probabilidade ede corrobora%o
e) O Pa!el da *eoria Na passagem da teoria prtica h sempre uma margem de risco, pelo que a
ci(ncia * se demitiu de tentar encontrar verdades fundamentais 5eoria uma imposi%o de sentido de onde retiramos as consequ(ncias prticas
conferindo atractivo e relev+ncia prtica a qualquer ci(ncia
f) 'escrio e Prescrio nas Pro!osi#es da Economia
Em Economia e.istem 4 tipos de proposi%)es
Catarina Medeiros_______________________________________________________
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o /escri%o "descrevem o mundo como ele tentando destacar nele umaordem latente, sendo refutado por contraprovas factuais#
o 9rescri%o "visam a forma%o de uma ordem positiva, sendo apenasrefutadas atravs de uma demonstra%o da inadequa%o tcnica de meios
pressupostos# A dist+ncia entre descri%o e prescri%o pode ser encurtada pela autoridade
confiada ao economista A ob*ectividade do economista no significa que este no tenha uma vontade
tGransformadora face nossa realidade 9ela economia recebemos as mais devastadoras informa%)es sobre as nossas
possibilidades, mas tambm onde depositamos as nossas maiores esperan%asde remdio social e progresso real
%) Abstraco e odelao A representa%o simplificada assenta numa selec%o nem sempre e.plcita
Assim, a arte da modela%o perfeitamente falvel, conflituando realismo esimplifica%o, tendo, portanto, n-s que optar por um modelo mais realista einformativo ou mais irrealista e sistemtico
A forma mais rudimentar de modela%o econ-mica a hip-tese ceteris paribus As simplifica%)es do poder a estes instrumentos econ-micos
,) O odelo do ercado Concorrencial Num modelo de concorr(ncia livre no mercado presumimos que cada um se
segue pela racionalidade, procurando atingir fins ma.imizadores e hedonsticos,no precisando de qualquer interven%o e.terna
I) A uesto do E%osmo ada um faz o que lhe mais vanta*oso, sendo n-s todos egostas 2 altrusmo, embora no inato, pode ser vanta*oso para todos, pode tambm ser
considerado egosmo de grupo eria possvel uma comunidade de absolutos egostas nos suster o mercado
aquando a e.ist(ncia de desincentivos; ontudo n-s somos no$tustas, ou se*a, no nos preocupamos com as vantagens
alheias desde que isso no nos pre*udique Economicamente visamos satisfazer dese*os e.clusivos, intransmissveis e
infalveis Duando chegar hora temos tend(ncia a ser egostas
II) O Pa!el dos Preos A concorr(ncia torna$se mais eficiente quanto mais se cingir aos pre%os 2 concorrente perde poder de mercado, tornando$se um price ta@er, saindo o
consumidor beneficiado endo o pre%o um dado, o vendedor ter como !nico ob*ectivo diminuir os
custos 2 consumidor torna$se tambm um price ta@er, o que evita uma certa presso
sobre o vendedor ada agente funciona atravs de incentivos presentes nos pre%os, Ada um tenta
apropriar$se de vantagens e.traordinrias que vo surgindoCatarina Medeiros_______________________________________________________
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A capacidade de acumular riqueza nunca serve de incentivo efici(ncia
III) odelo &sicoB Incenti(os e #Laisse$%Faire& 2 modelo concorrencial bsico apoiado por todos os economistas e algo longe
dele traz problemas 2 quadro legal tenta no s- atribuir *usti%a como garantir a atribui%o e
legitima%o, indispensveis efici(ncia do mecanismo, embora se*a dominadapor uma l-gica paternalista "tutelar#
Assim, o meio mais eficiente de reparti%o ser o mecanismo de pre%os
i) Peculiaridades *erminol%icas A terminologia econ-mica vem complicar a compreenso desta, visto que os
conceitos econ-micos so diferentes da percep%o do senso comum
j) As 'i(er%$ncias 'outrinrias entre Economistas
Na maioria dos casos no h consensos estveis entre os economistas sto demonstra abertura e inacabamento da Economia, sua capacidade de
progresso e envolvimento s-cio$poltico dos economistas 'uitas quest)es doutrinrias preocupam$se com eficcia, intensidade e *usti%a,
sendo apenas a primeira, misso da Economia e no compete Economia oferecer padr)es de aferimento de intensidade e
*usti%a, esta apenas indica os meios eficientes de actua%o A falta de coeso interna, discord+ncia e pluralidade de opini)es e escolhas
vitaliza a ci(ncia econ-mica mantendo um incessante esfor%o de progresso
1) O C,arlatanismo PseudoCientfico 9seudo$cientistas ou charlates dei.am uma falsa imagem da ci(ncia econ-mica
como1o eculo de conhecimento do futuroo 'eio de enriquecer facilmente
V parte desta estrid(ncia circense, a Economia mantm$se na sua metodologia,tentando evoluir
l) Peda%o%ia e DAutismo Em4,e Mondepublicou um manifesto de estudantes franceses apelando
o 0econe.o entre o mundo imaginrio da modela%o neoclssica e arealidade
o rtica ao 'enamoramento com o %ormaismo+, aumentando acomple.idade "complicando a compreenso dos problemas#
o 0eintrodu%o de algum pluralismo a nvel pedag-gico 3ernando Ara!*o afirma que
o E.cesso de formalismo uma oportunidade pedag-gica desperdi%ada,mas a convencionalidade da Economia deriva da especializa%o interna
o Leterogeneidade valida Economia ao longo dos tempos, mesmo empocas vincadas por um paradigma "actualidade#
o uborno tem levado a consensoo Dualquer disciplina deve adoptar as suas conven%)es "escolhas temticas
e critrios de relev+ncia#
Catarina Medeiros_______________________________________________________
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o A obsesso pelo rigor leva ao convencionalismo e formaliza%oo 9rotesto contra o convencionalismo surge como reac%o ao triunfo de um
s- paradigma na vasta Economia A Economia deve preocupar$se em manter o realismo, lutando contra o autismo
dos cientistas e caminhando para a modernidade
Captulo 2 Conceitos
Estatstica 'eio de apoio ci(ncia, a*udando recolha de dados, detec%ode regularidades e afinidades em fen-menos de massa, manuten%o de padr)esde uniformidade e de rigor na elabora%o dos dados, no estabelecimento decorrespond(ncias relevantes com a realidade e na e.trapola%o de regularidades
para l dos domnios do observvel *eoria 0epresenta%o simplificada da realidade, assenta no encadeamento de
pressuposi%)es e de corolrios l-gicos dessas pressuposi%)es e geralmenteformulada como um condicional hipottico "seWentoW#
Arte de odelao Escolha de variveis, a sua manipula%o, a pr-priadiscrimina%o entre aquilo que conta como dado e aquilo que se admite comovarivel
odelo Econmico on*unto de proposi%)es sobre comportamentosecon-micos e suas rela%)es, de acordo com hip-teses causais que podemconferir relev+ncia genrica a esse con*unto de proposi%)es como princpiose.plicativos ou preditivos de um universo de situa%)es submissveis aos tra%os
bsicos da caracteriza%o daqueles comportamentos
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RJ
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Captulo '
Interdepend(ncia e rocas
A actividade econ-mica necessita de coordena%o e harmonia, cabendo a cadaum a sua tarefa
Ningum nasce destinado a qualquer tarefa, cada um faz o que decide fazer Larmonia econ-mica no mais que o resultado involuntrio do facto de cada
um fazer bem a outrem enquanto simplesmente procura o seu pr-prio bem$estar A interdepend(ncia no leva sempre a ac%)es individuais, mas tambm a ac%)es
uniformes de apropria%o s condutas individuais, que acabam por se converterem normas e depois em /ireito
a) A 'i(iso de *rabal,o As rela%)es econ-micas no reclamam a confian%as inter sub*ectiva mas sim a
confian%a institucional "ob*ectiva, cren%a numa conduta generalizada decoopera%o, aparte rela%)es pessoais#
No momento em que transformamos a confian%a numa troca de vantagenspresidida por critrios de reciprocidade entramos no *ogo de soma positiva 9ara obter trocas vanta*osas h que haver interesses diferentes e necessidades
complementares, aptid)es diferentes de presta%o de san%)es, e todas estasinforma%)es a bai.o custo
Num ambiente de informa%o imperfeita ou custosa a nossa racionalidade torna$se limitada
A prefer(ncia por esta coopera%o baseada na reciprocidade est su*eita a regrasde evolu%o e adapta%o e at sai consagra%o em normas consuetudinrias
b) +anta%ens Absolutas & a vantagem absoluta "adquirida ou no# que define o nosso lugar nas trocas
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RK
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A especializa%o e diviso de trabalho segundo as vantagens absolutas causada diversidade social, mas tambm de uma grande estabilidade institucional
3eita a escolha no +mbito da teoria das vantagens absolutas os e.cedentesaumentam consideravelmente mas a liberdade encontra$se banalizada porincentivos e no h descentraliza%o
c) A Confiana e o EFuilbrio nas *rocas 9or algum se sentir insatisfeito com uma transac%o no significa que no tenha
sido por ela beneficiada A troca um compromisso no qual temos que ter um benefcio ob*ectivo, por
mais que o benefcio sub*ectivo fosse superior e por um lado como elementaridade e interdepend(ncia so alicerces da
prosperidade, por outro so limites ao arbtrio 2s economistas mostram$se cpticos face s prefer(ncias declaradas, atentando
s prefer(ncias reveladas, pois a reserva de informa%o por ser uma mais valia
A racionalidade nas trocas implica que todos lucrem com elas, embora nemsempre na mesma propor%o
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Economia Poltica
A vida econ-mica baseia$se na coloca%o das aptid)es individuais ao servi%o deum esfor%o de progresso tecnol-gico
A desigualdade de dota%)es naturais ou herdadas pode ser uma mais valia para aEconomia, pois faz varias os produtos e servi%os oferecidos
II)'ota#es AdFuiridas 'aior parte das aptid)es adquiridas surge de um investimento em capital
humano A op%o entre poupar e investir tambm tem que ter em conta a possibilidade de
investimento em capital humano
III) Ca!ital ?umano e Es!ecializao nvestir numa melhoria das qualidades humanas pode levar a aumentos
significativos de produtividade e riqueza, a longo prazo E.iste uma correla%o positiva entre educa%o e crescimento
Nada e.iste sem investimento em capital de risco "Hventure capitalI#, umaaposta cega numa nova tecnologia "tiro no escuro#
Evolu%o econ-mica no e.iste sem a sinergia do capital humano, que com oHcapital socialI das institui%)es e com a e.ploso da tecnologia levou a grandesincrementos de produtividade "informtica, telecomunica%)es#
sto deve$se combina%o de certas caractersticas estruturais "aumento daforma%o, ofertaW#
A especializa%o pode tambm surgir de um auto$refor%o individual Especializa%o potencia a manifesta%o de capacidades produtivas, pois1
o 0eduz o n!mero e diversidade de tarefas, facilita a aprendizagem
o Estabiliza tarefas repetitivas "custos marginais decrescentes#o 9ropicia a atentar certos pontos mais crticos
2s limites da especializa%o so a dimenso do mercado e a desumaniza%o"repeti%o e.austiva de tarefas#
f) A 'i(iso Internacional de *rabal,o As tarefas tambm so divididas ao nvel do comrcio internacional As trocas entre os estados podem dizer respeito a
o 5ransac%o de bens e servi%os "aumenta a diversifica%o#o /esloca%o de pessoas "movimentos migrat-rios, liberdade de
circula%o#o 'ovimentos de capitais "aumenta a dimenso do mercado#
%) Os Custos de Interde!end$ncia 2s ganhos nas trocas levam ao agravamento da interdepend(ncia Duaisquer vantagens levam a obriga%)es
,) "i(reCambismoB Proteccionismo e Interde!end$ncia As vantagens e o potencial de ganhos recprocos ultrapassam muitos custos d
perda da independ(ncia
A especializa%o em tarefas com menor custo de oportunidade lava a umaumento global de efici(ncia
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2 convvio internacional um veculo de benefcios generalizados para todos ospases, sendo um *ogo de soma positiva
Embora a concorr(ncia internacional possa ser uma amea%a aos postos detrabalho ou salrio nacionais, o emprego tende a aumentar com ela
2 incremento das trocas e da especializa%o pode$se fazer, em muitos casos,
com elevados custos sociais e humanos, contudo h que atender ao balan%ocustos$benefcios
Atitude proteccionista tem que ponderar as consequ(ncias As rela%)es econ-micas internacionais podem ser pacificadoras "se a
interdepend(ncia e.istir#, por e.istir, ento, uma complementaridade deinteresses
As falhas de mercado tanto ocorrem interna como internacionalmente A preda%o comercial pode levar a ac%)es proteccionistas A interdepend(ncia surge da diviso de trabalho e da especializa%o, sendo
e.presso de complementaridade "sendo uma via imperfeita, se no encontra
melhor solu%o#
i) Ideias a Reter L diversos mtodos de afecta%o de bens e servi%os A interac%o de compradores e vendedores constitui os mercados 2s mercados geram um enquadramento institucional que visa apoiar os agentes
econ-micos na realiza%o dos seus fins 2s recursos produtivos so escassos A produ%o e o consumo crescem com a especializa%o dos agentes econ-micos
"individuais ou colectivos#
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Captulo '% Conceitos
Coo!erao Condicional atitude racional que aceita a interdepend(nciaassente na convic%o de que haver, ou se manter, a reciprocidade, e fazdepender dessa Hregra de ouroI da reciprocidade a sua disposi%o de colaborar,elevando$a at dignidade de critrio *urdico, a H*usti%a comutativaI ou oHsinalagma contratualI
*ransaco unidade bsica da actividade econ-micaX contm nela os tr(sprincpios bsicos de conflito, mutualidade e ordem
Com.rcio 5oda a actividade produtiva na sua vertente de interdepend(ncia,coopera%o e coordena%o
Ca!ital -ocial on*unto de caractersticas que uma pessoa pode retirar davida em sociedade
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Captulo ' eorias
*eoria das +anta%ens com!arati(as de Portu%al "/avid 0icardo# comopoderia a Sr$>retanha entrar em rela%)es econ-micas com 9ortugal na permutade vinhos e l, se em ambos os casos era patente a vantagem absoluta dos
produtores lusos; ada um se deve especializar na sua vantagem relativa, osprodutores brit+nicos na l e os portuguesas no vinho, acabando por resultardessa diviso de trabalho uma clara vantagem para ambosF
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Captulo )*s For+as do "ercado
a) Oferta e Procura As defini%)es de oferta e procura so simplifica%)es que pretendem unificar vrios
tra%os distintos ada um procura o melhor para si e para a sua famlia, pelo que com uma imensa
variedade de rela%)es contratuais ainda conseguimos encontrar tra%os comuns eestruturas recorrentes
b)A Goo de ercado Concorrencial 2 'ercado a interac%o do con*unto de vendedores e compradores, actuais e
potenciais, que se interessam pela transac%o de determinado produto ou factor deprodu%o
E.istem tantos mercados quanto variedade de produtos e servi%os No apenas espa%o fsico "nternet# Ao separar cada mercado analisa$se e compara$se melhor Anlise con*unta1
o >ens de produ%o con*unta "a produ%o de um reclama a presen%a do outro
Q gasolina8petr-leo#
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o >ens complementares "a sua utiliza%o faz$se combinadamente Qpneus8autom-veis#
o >ens suced+neos "na falta de um temos o outro Q 9epsi8oca$cola#
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Num lado temos situa%)es pr-.imas da concorr(ncia perfeita, em que os produtoresno t(m poder de mercado "so Hprice$ta@ersI#
Noutro e.tremo temos os monop-lios "um vendedor#, oligop-lios "poucosvendedores#, monops-nios "um comprador#, oligops-nios "poucos compradores#,casos em que no h atomicidade "Hprice$ma@ersI# inversamente ao poder de
mercado Ao diferenciar os seus produtos, os vendedores sacrificam a fluidez, tornando$se
num mercado de concorr(ncia monopolstica "todos vendem produtos similares,procurando conquistar clientela atravs da diferencia%o ostensiva desses produtos#
Num mercado de concorr(ncia perfeita nenhum produtor se situa nos e.tremos dobin-mio quantidade$pre%o
Em concorr(ncia perfeita no vinga quem produz o melhor produto, mas sim quemtem o melhor pre%o, assegurando a m.ima satisfa%o do consumidor
c) /actores da Oferta num ercado Concorrencial
2 mecanismo da oferta e da procura um instrumento base na economia pois prev(certos efeitos nos pre%os e quantidades face a algumas altera%)es A atitude da oferta depende1
o 9re%oo /imenso do sectoro 9rogresso tecnol-gicoo usto dos factores de produ%oo 9re%o de bens relacionados na produ%o com o bem ou servi%o oferecidoo 2rganiza%o do mercadoo 3inalidades do produtor
o E.pectativas face evolu%o do mercado e dos pre%os
I) Preos Pei da 2ferta Q quanto mais altos os pre%os maior a ofertaX quanto mais bai.os
menor a mesma "correla%o directa# sto acontece porque qualquer produ%o tem custos e quanto mais altos forem os
pre%os maiores so as possibilidades de cobrir os mesmos originando lucro"e.cedente do produtor#
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III) Rendibilidade de Produ#es Alternati(as
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2s factores que influenciam a procura so1o 9re%oso 'udan%a no rendimento mdio dos consumidoreso 'udan%a nos gostos ou prefer(nciaso 2 nvel do pre%o dos produtos relacionados com os produtos em causao /imenso da popula%o da procurao ondi%)es especiais de e.acerba%o de necessidadeso E.pectativaso 9oder de compra efectivo dos consumidores
I) Os Preos Pei da 9rocura Q correla%o inversa entre os pre%os e a procura A ostenta%o de riqueza contudo vem revelar a futilidade dos consumidores e por
sua vez, serve de e.emplo de e.cep%o a esta lei A escala da procura representa a quantidade que a procura est disposta a comprar
relativamente a um curto pre%o, num perodo limitado E.istem tantas quantidades procuradas quantos pre%os possveis, dependendo tudo
da elasticidade$pre%o do consumidor
II) O Rendimento 'is!on(el 2bviamente, a quantidade da procura depende do rendimento "capacidade de
compra# da mesma A questo do lado do consumidor em que bens gastar tal rendimento 2s bens normais e superiores apresentam uma correla%o directa do seu consumo
com o rendimento do consumidor 6 o consumo de bens inferiores diminui quando o rendimento aumenta "correla%o
inversa#
III) A E=ist$ncia de &ens -ucedHneos e Com!lementares A bai.a de procura de um bem "devido diminui%o de rendimentos# pode levar ao
aumento do consumo de outro bem "bens suced+neos# Duanto aos bens complementares, a procura de um bem revela uma correla%o
directa com a procura de outro
I+) Os ostos
E.istem e.cep%)es tend(ncia da correla%o inversa, que so maioritariamenteatribudas s modas "gostos# Ascendente de gosto Q factor de sub*ectividade que indissocivel das prefer(ncias
livremente manifestadas
+) O Efeito da Publicidade A esfera de sub*ectividade do consumidor sofre de influ(ncias e.ternas Esse Hefeito de domnioI faz com que o consumidor perca racionalidade de escolher
em fun%o da rela%o Hutilidade custoI E esta informa%o imperfeita que leva ao sucesso da concorr(ncia monopolstica
+I) As E=!ectati(as
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A poupan%a a converso de rendimento presente em consumo futuro e pensar que o seu rendimento vai diminuir poupa, se pensar que o rendimento
aumentar perde o incentivo de poupar 5ambm e.istem e.pectativas face varia%o dos pre%osF e pensarmos que os
pre%os vo aumentar compramos antes da subida "o que a faz ocorrer#X seprevermos uma descida de pre%os esperaremos por ela "o que a antecipa#
e) *otais de Oferta e Procura A curva da procura a representa%o grfica da correla%o inversa entre a varia%o
dos pre%os e a varia%o da procura omo a procura num mercado no se limita a um s- consumidor mas sim a uma
quantidade alargada deles, a entrada ou sada de um consumidor no mercado fazdeslocar a curva da procura
2s efeitos demogrficos tambm devem ser levados em conta quando fazemosdeslocar a curva da procura
A curva da oferta demonstra a correla%o positiva "directa# entre os pre%os e asquantidades oferecidas
A quantidade oferecida varia tambm consoante o n!mero de vendedores nomercado
f) O Preo e a uantidade de EFuilbrio Ao representar a avalia%o que ambas as partes fazem dos bens ou servi%os, este
espelha a escassez dos mesmos, criando$se uma correla%o directa entre ambos Ao estabilizar, o pre%o revela que encontramo$nos no m.imo incentivo quer para
consumir quer para produzir, no podendo um aumentar a sua ac%o sem detrimento
do outro Ao cruzar as curvas da oferta e da procura, obtemos a cruz marshaliana "Alfred
'arshall#, onde o ponto de equilbrio surge da coincid(ncia entre quantidade epre%o de equilbrio
I) 'esloca#es das Cur(as da Oferta e da Procura Duando a rela%o quantidade$pre%o da procura alterada diz$se que a curva da
procura retraiu$se ou e.pandiu /eslocamo$nos ao longo da curva quando as condi%)es iniciais no se alteram,
apenas mudam as variveis * consideradas Duando se tenta condicionar o comportamento do consumidor a curva tanto se pode
retrair como e.pandir$se 2 mesmo acontece face curva da oferta 2correm varia%)es na procura e oferta quando as suas curvas se e.pandem ou
retraemO Duando apenas nos deslocamos nas respectivas curvas falamos numavaria%o das quantidades procuradas ou oferecidas
II) A /ormao do EFuilbrio Duando as duas curvas se interceptam significa que a um pre%o corresponde uma
mesma quantidade oferecida e procurada o que quer dizer que1o A um pre%o superior temos mais oferta que procura e no poderamos trocar
pois uma subida de pre%os leva um produtor a aumentar as quantidades oque bai.a o pre%o "incentivando o consumidor#
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o A um pre%o inferior temos mais procura que oferta e no havia trocas poisos pre%os bai.os fariam aumentar a procura o que por sua vez aumentaria os
pre%os ria$se assim um equilbrio que optimiza tanto a posi%o da oferta como da procura Neste ponto de estabilidade ma.imizamos a satisfa%o de interesses dos
intervenientes, o mecanismo de pre%os faz com que, embora com outras oscila%)eso pre%o volte sempre ao ponto de equilbrio
empre que nos encontramos num pre%o de desequilbrio sabemos que temporrioe que regressaremos necessariamente ao ponto de equilbrio
5odos os e.cedentes e car(ncias geradas no mercado so temporrios Pei da 2ferta e da 9rocura Q os pre%os no mercado convergem para um pre%o de
equilbrio, ou porque com ele * coincide, ou por estando num ponto dedesequilbrio somos impelidos para ele
III) A 'eslocao do Ponto de EFuilbrio
2 pre%o de equilbrio pode ser alterado para a cria%o de um novo ponto deequilbrio
A situa%o mais comple.a desloca%o simult+nea em sentidos opostos de ambasas curvas "temos certeza quanto ao pre%o e d!vida face ao volume de neg-cios#
e ambas as curvas se deslocarem no mesmo sentido temos certezas quanto squantidades, o pre%o que se mantm inc-gnito
%) A Afectao de Recursos Atra(.s dos Preos Atravs da oferta tornamo$nos !teis, atravs da procura utilizamos
I) O +alor de *roca Nos alvores da ci(ncia econ-mica procurou$se afirmar a capacidade de organiza%o
espont+nea e livre do mercado, confiando cegamente no mecanismo de pre%os 2 mecanismo da oferta e da procura define o valor de troca de um bem "resulta da
intercep%o de ambas as curvas# 6 o valor de uso resulta da sobreposi%o de um *uzo sub*ectivo de mrito, de uma
aprecia%o relativa a uma possvel caracterstica intrnseca ou invarivel dos bensou servi%os Q 9arado.o de alor "Adam mith#
2 valor sempre uma avalia%o sub*ectiva 2 pre%o uma avalia%o ob*ectiva que representa as restantes avalia%)es mas no
coincide com nenhumaII) 'eseFuilbrio e ReeFuilbrio
Efeito de Zing Q um bom ano agrcola pode ser pre*udicial para o produtor pois aprocura de bens agrcolas profundamente inelstica e o aumento das quantidadesfaz bai.ar os pre%os "e.cedentes#
/a que se criem medidas que se dividem em constitui%o de reservas eestabiliza%o directa dos pre%os1
o Estabelecendo quotas de produ%oo Estabelecendo pre%os mnimos acima do pre%o de equilbrio "comprando os
e.cedentes#o 9romovendo polticas de constitui%o de reservas HniveladorasI similares s
que se formam espontaneamente num mercado agrcola especulativo
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o /esde 5heodore YF chultz que se vem a abandonar o preconceito tutelar epaternalista em rela%o actividade agrcola
III) Con(er%$ncia e 'i(er%$ncia E.iste uma diferen%a temporal insupervel entre a solicita%o do mercado e a
resposta dos intervenientes 2 diagrama Hteia de aranhaI pretende representar graficamente estas disparidades
"intertemporais# entre estmulo e resposta e verificarmos, a partir de um ponto de desequilbrio entramos num ciclo vicioso
"a no ser que um qualquer facto e.terno o altere#1o 9re%o altoo 'ais oferta, menos procurao No vendeo 9re%o bai.ao 'enos oferta, mais procura
o 9oucas quantidadeso 9re%o aumenta "W#
Assim, e.istem duas possibilidades de desfecho da evolu%o desta Hespiraldin+micaI1
o onverg(ncia Q se a oferta tiver menor elasticidade$pre%o que a procura, decada lance surgir uma maior oscila%o de pre%os que de quantidadesoferecidas, facilitando$se a determina%o de um volume equilibrado detransac%)es, sendo de cada lance menor a diferen%a entre a quantidadeoferecida e a quantidade procurada
o /iverg(ncia Q se a oferta tiver maior elasticidade$pre%o que a procura, a
oscila%o quantidades transaccionadas$pre%os sero cada vez maiores, talcomo a disparidade entre quantidades oferecidas e procuradas "as oscila%)esde pre%os limitar$se$o a espelha essa brecha e a ampli$la#
As hip-teses de Hteia de aranhaI divergente so mais frequentes, e para evit$las aoferta dever libertar$se da sua posi%o de Hreceptor passivoI das solicita%)es domercado, ou, constituir reservas que lhe permitam responder mais rapidamente svaria%)es dos pre%os do mercado
2 processo tecnol-gico permite aos produtores fugirem da Hteia divergenteI
,) Estabilizao e 'estabilizao atra(.s da Es!eculao A especula%o pode contar com os limites concorrencial e temporal da oportunidade /o lado da oferta qualquer especula%o no ter grande amplitude devido pouca
elasticidade a curto prazo que esta apresenta 6 no caso da procura, a especula%o pode ter efeitos
o Estabilizadores Q se esperarmos que o pre%o suba e depois des%a,compramos agora, antes da subida, o que faz os pre%os subirem e depoiscortamos na procura, o que os faz descer
o /estabilizadores Q se esperarmos que o pre%o suba e depois des%a,compramos agora, antes da subida, como h consideravelmente mais
procura que oferta, o pre%o de equilbrio aumenta, tendo a oferta maislucros, logo mais poder para influenciar a procura
e os pre%os descerem, podemos ter efeitos1
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o Estabilizadores Q se os pre%os descerem a curto prazo, a oferta diminui e aprocura aumenta, levando a uma subida do pre%o de equilbrio para maispr-.imo do anterior 9E [ $ 2[ 9 \ = 9E\
o /estabilizadores Q se os pre%os descerem a longo prazo, a longo prazo aoferta ser maior que a procura, agravando a descida do pre%o de equilbrio
9E\ $ 2\ 9[ = 9E[[ e os pre%os subirem, podemos ter igualmente efeitos1
o Estabilizadores Q se a subida for temporria, a oferta aumentar e a procurair retrair$se, fazendo com que o pre%o de equilbrio diminua 9E\ $ 2\9[ = 9E[
o /estabilizadores Q se o aumento for a longo prazo, a procura aumentar"antes que os pre%os subam novamente# e a oferta vai restringir$se o quelevar a um aumento ainda mais amplo 9E\ $ 2[ 9\ = 9E\\
I) Princ!io de ?otellin%
9rincpio de Lotelling Q o pre%o dos recursos naturais no$renovveis variaproporcionalmente ta.a de *uro real, tendo em conta que o pre%o presente dessesrecursos o pre%o esperado para ele em perodos subsequentes
9ara Lotelling o constante aumento dos pre%os destes produtos levaria a queabandonssemos o uso destes recursos, recorrendo a suced+neos
ontudo, 6ulian imon refutou este princpio afirmando que desconsidera o avan%otecnol-gico que pode estabilizar e at fazer descer os seus pre%os a longo prazo
A refuta%o deste princpio leva a que tomemos medidas menos intervencionistas edei.emos que o mecanismo de pre%os leve a maiorias significativas dos valoresambientais
e bem que os activistas no cessam na sua luta pelo intervencionismo de Estado,crendo que sem ele o mercado falha e se segue uma hecatombe ambiental
i) A Elasticidade da Procura Elasticidade a amplitude da reac%o dos agentes econ-micos altera%o das
condi%)es fundamentais sua actividade Elasticidade$9re%o da procura a sensibilidade do consumidor varia%o dos
pre%os Essa sensibilidade depende de factores como1
o Efeito de 0endimento Q o consumidor encontra$se limitado pelo seurendimento, consoante o qual consumir mais ou menos doses
o Efeito de ubstitui%o Q se o consumidor poder, com o aumento do pre%o deum determinado bem ou servi%o, recorrer a outro seu suced+neo a um pre%oinferior, logicamente o far
o Essencialidade das Necessidades Q a elasticidade tanto menor quanto maisessencial "primria e imprescindvel# for a necessidade em questo
o 9erspectiva 5emporal Q quanto maior dor o intervalo de tempo maior ]e aelasticidade da procura que cria solu%)es, e adopta novos suced+neos
I) O Clculo da Elasticidade A elasticidade$pre%o da procura o quociente entre a varia%o percentual das
quantidades procuradas de um bem ou servi%o e a varia%o percentual do respectivopre%o ElasticidadePreo J K uantidades Procuradas L K Preo
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o nelasticidade absoluta Q valor = Q quantidade procurada no varia com opre%o
o nelasticidade Q valor = $R Q varia%)es de pre%o levam a varia%)es menosque proporcionais das quantidades procuradas
o Elasticidade unitria Q valor = R Q varia%)es de pre%os levam a varia%)es
menos que proporcionais das quantidades procuradaso Elasticidade Q valor = R$ ]^ $ varia%)es de pre%os levam a varia%)es mais
que proporcionais das quantidades procuradaso Elasticidade perfeita Q valor = ]^ $ varia%)es de pre%o levam a varia%)es
infinitas das quantidades procuradas A nvel grfico1
o Duanto maior a elasticidade, mais a curva da procura se apro.ima dahorizontal
o Elasticidade unitria Q ?B_o nelasticidade total Q linha vertical
o Elasticidade infinita Q linha horizontal
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Este tipo de elasticidade calcula$se dividindo a varia%o percentual das quantidadesprocuradas de um bem pela varia%o percentual dos pre%os de outro bemElasticidadeCruzada J K uantidades Procuradas de A L K Preo de &
o >ens omplementares Q valor = correla%o inversa entre a quantidadeprocurada de um bem e o pre%o de outro
o >ens ndependentes Q valor = as quantidades procuradas no variamrelativamente ao pre%o do outro
o uced+neos mperfeitos Q valor = ]^ correla%o directa entre aquantidade procurada de um bem e o pre%o de outro
o uced+neos 9erfeitos Q valor = ^ com a varia%o do pre%o de um bem, asquantidades procuradas do outro variam , em rela%o inversa, infinitamente
j) A Elasticidade da Oferta A elasticidade$pre%o da oferta o quociente da varia%o percentual das quantidades
oferecidas e a varia%o percentual do nvel dos pre%oso
EP oferta J K Fuantidades oferecidas L K !reos E.iste uma correla%o directa entre os movimentos dos pre%os e os movimentos da
oferta A elasticidade da oferta pode ser comprometida se a raridade de um bem for
inultrapassvel, se tiver recursos fi.os ou no$renovveis, mas o tempo, o factorque mais a condiciona
A elasticidade aumenta como tempo e diminui medida que nos apro.imamos donosso limite de capacidade produtiva
5ambm esta aumenta com a possibilidade de substitui%o de recursos produtivos 2 efeito de rendimento faz diminuir a elasticidade$pre%o da oferta, pois todo o
vendedor necessita de uma determinada receitaI)/orma de Clculo
/o clculo da elasticidade$pre%o da oferta pode resultar1o nelasticidade absoluta Q valor = Q quantidade oferecida no com os
pre%oso nelasticidade Q valor = $R Q varia%o do pre%o ceva a uma varia%o
menos que proporcional das quantidades oferecidaso Elasticidade unitria Q valor = R Q varia%o de pre%o proporcional
varia%o das quantidades oferecidaso Elasticidade Q valor = R$ ]^ $ varia%o de pre%os mais que
proporcional varia%o das quantidades oferecidaso Elasticidade perfeita Q valor = ]^ $ varia%o do pre%o leva a varia%)es
infinitas por parte da oferta A apro.ima%o da capacidade produtiva plena diminuir a elasticidade da oferta Ao cruzarmos as escalas da oferta e procura conclumos que1
o 2ferta e procura elsticas Q as varia%)es influenciam mais os pre%os queas quantidades
o 2ferta e procura inelsticas Q as varia%)es influenciam mais asquantidades que os pre%os
1) Elasticidade e Poder de ercado
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2 grau de elasticidade de cada agente econ-mico determina o seu peso na varia%ode pre%o de equilbrio
l) Inelasticidade e 'e!end$ncia As polticas repressivas limitam as quantidades, onde a procura inelstica
favorecendo os vendedores com o aumento dos pre%os As polticas educativas ou formativas procuram aumentar a elasticidade da procura
quer aumentado o nvel de informa%o, quer alertando para a via dos suced+neos"efeito de substitui%o#
e a elasticidade da procura aumentar, a sua curva pode retrair$se, diminuindo opre%o de equilbrio e fazendo com que as varia%)es das quantidades oferecidas nose*am to significativas
Captulo ) Conceitos
OfertaQ con*unto de atitudes tpicas do que se dirige ao mercado para l entregarum bem ou prestar um servi%o
ProcuraQ con*unto de atitudes tpicas do que se dirige ao mercado para satisfazeras suas necessidades pela aquisi%o de um bem ou utiliza%o de um servi%o
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&ens de Produo Conjunta ou Com!lementares na Produo Q a produ%o deum reclama a produ%o de outro "gasolina derivados de petr-leo#
&ens Com!lementaresQ a sua utiliza%o ou consumo fazem$se combinadamente"pneus autom-veis#
&ens -ucedHneos$ concorrem para a satisfa%o da mesma necessidade "coca$cola
9epsi# ercado Q nterac%o do con*unto de vendedores e compradores, actuais ou
potenciais que se interessam pela transac%o de determinado produto ou factor deprodu%o
&ens Gormais Q o consumo aumenta em correla%o directa com o aumento derendimento
&ens Inferiores Q o consumo diminui em correla%o inversa diminui%o dorendimento
Pou!anaQ converso de presente em consumo futuro EFuilbrioQ ponto a que necessariamente se regressa, por ser o !nico no qual no
se manifestam impulsos noutra direc%o, sendo que em todos os outros pontos essesimpulsos centrpetos esto presentes
/uncionamento do ercadoQ forma espont+nea de nos comportarmos quandonos confiada a solu%o dos nossos problemas econ-micos
Elasticidade Q amplitude da reac%o dos agentes econ-micos altera%o decondi%)es fundamentais da sua actividade
ElasticidadePreo da ProcuraQ sensibilidade dos consumidores face varia%ode pre%os
ElasticidadeRendimentoQ sensibilidade do consumidor ao rendimento de que omesmo disp)e
ElasticidadeCruzada Q varia%o percentual das quantidades procuradas de umbem em fun%o da varia%o percentual dos pre%os de outro bem
ElasticidadePreo da Oferta Q quociente entre a varia%o percentual dasquantidades oferecidas e a varia%o percentual do nvel dos pre%os
'is!osio de +enderQ pre%o mnimo a que algum *ulgar compensador produzire vender mais uma unidade de um bem ou servi%o
Captulo )% eorias
"ei da OfertaQ quanto mais elevados so os pre%os, maior a oferta "correla%o
directa#, quanto mais bai.os, menor a oferta
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"ei de ooreQ 2 pre%o da pot(ncia computacional tende a reduzir$se a metade emcada RK meses
Efeito de Mdi!o Q capacidade que as previs)es t(m por elas pr-prias dedesencadear os efeitos previstos
"ei da ProcuraQ correla%o inversa entre procura e pre%o "ei da Oferta e da Procura Q pressupondo a liberdade de trocas, os pre%os
efectivamente praticados no mercado tendem a convergir para um pre%o deequilbrio
Parado=o do +alor Q "Adam mith# 2 mecanismo da oferta e da procura inequvoco na defini%o do que o valor da troca de um bem que difere do valor deuso
Efeito de Nin%Q um bom ano agrcola pode significar a runa dos agricultores, tallcomo um mau ano agrcola pode, pelas mesmas raz)es, contribuir para a fortunados agricultores que conseguirem manter$se no mercado
Efeito de Rendimento Q a sensibilidade tende a aumentar se as limita%)es
or%amentais do su*eito econ-mico esto a ser atingidas Efeito de -ubstituioQ elasticidade aumenta se o consumidor tiver alternativas *este do Rendimento *otal1
o 9rocura relativamente elstica Q mais compensador descer pre%oso 9rocura relativamente inelstica Q mais compensador subir pre%oso Elasticidade infinita Q compensador aumentar quantidadeso nelasticidade total Q melhor aumentar pre%os
Clculo da 'es!esa *otal do Consumidoro 9rocura elstica Q subida de pre%os faz diminuir a despesa total e descida de
pre%os faz aumentar a mesmao 9rocura inelstica Q despesa tem correla%o directa com pre%oso Elasticidade unitria Q despesa sempre igualo Elasticidade infinita Q despesa varia com as quantidades
*este de 'es!esaQ quanto mais elstica for a procura, mais compensadora para ovendedor a descida dos pre%os e menos compensador e vice$versa
Princ!io de ?otellin%Q os recursos no renovveis so finitos, o que significa quequanto mais se consumir, menos e.istem e portanto o seu pre%o aumenta com otempo "variando de acordo com a ta.a de *uro realF sto faria com que dei.assem deser consumidos antes do seu esgotamento por se procurar alternativas mais baratasFLotelling, na dcada de 7, no considerava o desenvolvimento tecnol-gico que
permite prolongar o uso destes recursos e portanto bai.ar o seu pre%o "com pre%omais bai.o, aumenta a procura mas tal tambm aumenta os pre%os com aconsequente diminui%o do consumo e portanto, o mecanismo de pre%os com atecnologia servem de instrumento regulador deste mercado "? anos de reservas#
Captulo ,
* Inter-en+.o do Estado no "ercado
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om a sua interven%o, por vezes o Estado causa situa%)es de in*usti%a ouinefici(ncia "visto que uma sempre privilegiada face outra#
ertos economistas defendem que o pre%o deve ser o processo coordenador dasdecis)es econ-micas "interven%o minimalista do Estado#
a) Interfer$ncias na "ei da Oferta e da Procura 'o invisvel "Adam mith#, mercado regula$se a si mesmo e mais cedo ou
mais tarde volta ao equilbrio "teoria anti$intervencionista# A 0egula%o dos pre%os tem causadoF
o ar(ncia "bens com pre%os abai.o do pre%o de equilbrioMo urgimento de um 'ercado Negroo ntervalo especulativo entre pre%os de equilbrio com e sem regula%oo /iscrep+ncias entre o pre%o no 'ercado Negro e a remunera%o do
produtor "afecta%o dos nveis de produ%o#o 3lorescimento de uma economia do crime no 'ercado Negro "falta de
regula%o#o /egrada%o da qualidade dos produtoso Aumento dos custos de acatamento "compliance costs#, os de evaso ao
regulamentoo 0edu%o do nvel de concorr(ncia "menos trocas#o om os pre%os mnimos mantm$se no mercado produtos ineficientes
que doutro modo seriam e.pulsos pelo pre%o dos mercados Em prol da *usti%a muitas vezes o Estado penaliza a efici(ncia
b# 2 ontrole dos 9re%os 3avorecendo o consumidor o estado fi.a pre%os m.imos "abai.o do ponto de
equilbrio# 3avorecendo o produtor o estado fi.a pre%os mnimos "acima do pre%o de
equilbrio#
# +ia dos Preos =imos 2s pre%os m.imos parecem eficazes por proporcionarem um melhor acesso aos
bens
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Ao fi.ar um pre%o mnimo o Estado incentiva a produ%o e a venda, contudo aprocura retrai$se
Esta situa%o pre*udica todos os consumidores e alguns produtores tambm A oferta acabar a perder porque a longo prazo a sua disposi%o de vender ser
inferior ao pre%o e porque nunca conseguir escoar todo o seu stoc@ 'ais uma vez sacrifica$se a efici(ncia em nome da *usti%a
c) A Reaco do ercado Ge%ro e um produtor decidir diminuir a sua margem de lucro numa troca, pode faz($
lo pois foi um seu acto voluntrio, favorecendo assim o consumidor e omercado, pois e.iste uma transfer(ncia de bem$estar
ontudo se for o Estado a impor aquela descida de pre%os pre*udicial para ovendedor que perde os lucros adicionais das trocas de pre%o superiorF A cria$seuma classe que est disposta a assumir o risco de venda a um pre%o clandestino,o que ainda faz retirar mais a oferta e aumentar os pre%os
olu%)es1o Estado promove a e.panso da oferta subsidiando com o dinheiro dos
impostos "deadCeight loss#o 3orma$se um mercado negro onde os pre%os so superiores ao nvel de
equilbrio, devido ao prmio de risco dos intermedirios 'ercados paralelos revelam a disfun%o econ-mica do intervencionismo do
Estado, surgindo como sintoma da mesma
d) O Caso do Con%elamento de Rendas om a fi.a%o de pre%os m.imos ao nvel das rendas, a curto prazo nem a
procura nem a oferta variam em grande quantidade, demonstrando uma certainelasticidade A longo prazo, a oferta retrai$se pois lhe no rentvel a situa%o e a procura
e.pande$se, atingindo$se uma car(ncia muito pronunciada Assim, os senhorios criam limites s rendas que podero ser abusivos e
impossveis de controlar pelo Estado
e) O Caso dos -alrios nimos A fi.a%o de salrios mnimos acima do pre%o de equilbrio leva ao desemprego 2 custo social do desemprego menor do que a subsist(ncia de sectores com
salrios de equilbrio muito bai.os "da que se pratique# Esta fi.a%o deve situar$se num ponto intermdio evitando quer e.tremos de
desemprego e pobreza, quer e.tremos da degrada%o da remunera%o dosempregados
A e.ist(ncia de salrios mnimos provoca um desfasamento quantitativo notrabalho emF
o 'ercado de operrios no qualificados "desemprego ou 'ercado Negro#o 9rocura do primeiro emprego "a falta de e.peri(ncia e m sinaliza%o
tendem a colocar o salrio de equilbrio a nveis bai.ssimos# Assim geram$se situa%)es de inefici(ncia adicional
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f) O /enmeno da Re!ercusso dos Im!ostos 2utra forma de interven%o pelo lan%amento de impostos sobre as transac%)es,
o que desincentiva todos os agentes 2 ob*ectivo dos impostos angariar receitas para o Estado, o que nem sempre
ocorre & com os impostos indirectos que as elasticidades da procura e oferta mais se
notam onsequ(ncias1
o 9rocura ir retrair$se "a ser suportado por ela#o 2ferta retrai$se "a ser supoo A combina%o destas duas condi%)es, ou uma delas s- leva contrac%o
do mercado 2 imposto que recai sobre a oferta pode ser repercutido para a procura, com o
aumento dos pre%os proporcional ao valor do imposto onforme a elasticidade da procura o imposto poder ser mais, ou, menos,
repercutido No caso dos impostos directos, o trabalhador ir repercutir mais, ou, menos, o
imposto na entidade empregadora, consoante as elasticidades As normas do legislador t(m que estar de acordo com as leis econ-micas que so
por si s- inultrapassveis
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Captulo , Conceitos
Preo =imoQ 2 Estado fi.a um pre%o a partir do qual no se pode aumentarFEvita que o pre%o desse bem suba at ao pre%o de equilbrio, favorecendo a
procura, mas podendo causar HdeadCeight lossI Preo nimo$ 2 Estado fi.a um pre%o a partir do qual se no pode descer
mais, evitando que se des%a at ao pre%o de equilbrio, favorecendo a oferta,tambm contando com risco das HdeadCeight lossesI
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Captulo , eorias
o In(is(elQ "Adam mith# gera%o espont+nea de um equilbrio nomercado, com efeitos ma.imizadores e optimizadoresF ren%a no mecanismo de
pre%os
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Captulo 6
* Procura em "ercados Concorrenciais
a) >tilidadeB Re(elao de Prefer$nciasB a Anlise de &emEstar A ci(ncia econ-mica passou a centrar$se nas prefer(ncias reveladas e na
disposi%o de pagar 5eoria das 9refer(ncias 0eveladas "9aul amuelson#, abandonou$se um pouco a
ideia de utilidade ontudo a disposi%o "revelada# de pagar apresenta limita%)esF
o /isposi%o revelada = disposi%o demonstrada;o onsumidor no tem prefer(ncias hierarquizadas "escolhe por instinto#o nforma%o limitada do consumidoro /isposi%o de pagar varia e tem influ(ncia psicol-gicao 9rodutores tentariam sacrificar a fluidez em prol d algumas rendas
adicionaiso /isposi%o de pagar pouco nos serve quando a procura est em
correla%o directa com as varia%)es de pre%os "bens inferiores# 2 mercado um veculo de bem$estar
b) A Cur(a da Procura e a 'is!osio de Pa%ar
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rios factores podem dificultar os leil)es, mas estes so ignorados pelos seusparticipantes, e o vencedor pode ter vantagem pronunciada na assimetriainformativa ou uma estratgia dominante
II) a=imizao e "eis de ossen A escala da procura representa o pre%o m.imo que o comprador marginal est
disposto a pagar "disposi%o marginal de pagar evidenciada pela procura# Na escala da procura, o pre%o dei.ar acima de si todos os e.cedentes do
consumidor A procura aumenta quando os pre%os descem, traduzindo$se num aumento de bem$
estar "amplia$se o e.cedente do consumidor e surgem compradores marginais quetambm tero e.cedente#
o Duando o benefcio marginal dei.a de ser superior ao custo marginal hpena do consumidor no sendo racional comprar
o Duando o benefcio e o custo marginais coincidem denota$se um uso
eficiente dos recursos As Peis de Sossen "Lermann Sossen# *ustificam estes princpios1
o R Pei de Sossen Q a utilidade de cada nova dose de um bem tende a sermenor do que a utilidade de doses anteriormente aplicadas na satisfa%o denecessidades econ-micas
o 4 Pei de Sossen Q a utilidade marginal da !ltima dose deve ser igual emtodos os bens "equiparar necessidades#
Em RJ7K, /aniel >ernoulli, afirma que visto que os *ogadores do mais valor spotenciais perdas que aos potenciais ganhos, do mais valor ao que * t(m que aoque poderiam vir a ter
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f) Efici$ncia e &emEstar *otal >em$estar ou E.cedente total a diferen%a entre o valor "para os compradores# e o
custo "para os vendedores# 2 mercado eficiente se ma.imizar esse e.cedente "fazendo com que os que
demonstram mais disposi%o de vender encontrem os que t(m mais disposi%o devenderX valorizar produtores mais eficientes cruzando$os com os vendedores maisnecessitados#
2 mercado faz assim uma triagem dos agentes que leva a um grau razovel decompetitividade
- e.istem trocas voluntrias quando as partes t(m esperan%a de ganhos A efici(ncia atingida quando nos encontramos num *ogo de soma e nenhuma
interfer(ncia rectificativa pode aument$la 2 bem$estar social no depende apenas da ma.imiza%o do e.cedente total
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Economia Poltica
A retrac%o do mercado ser tanto maior quanto maior for a elasticidade$pre%o daprocura, pelo que a solu%o ser certamente criar os maiores impostos nos bens eservi%os cu*a elasticidade se*a melhor "procura rgida#, contudo h que ter ematen%o "em nome da *usti%a# se so bens de primeira necessidade
L que notar que estas situa%)es podem levar ao aumento da fuga aos impostos e
cria%o de mercados paralelos Assim h que encontrar um ponto de equilbrio na modula%o do imposto, a partir
do qual no ha*a mais receitas, apenas perdas significativas Aqui surge$nos a Hurva de PafferI afirmando que um aumento dos impostos pode
ser negativo para a receita tributria a partir de um determinado ponto Ento, daqui surgiu uma poltica macroecon-mica denominada por Heconomia do
lado da ofertaI "HsupplU$side economicsI#, que defende um intervencionismominimalista do Estado e um sucessivo desagravamento tributrio "um intuito um
pouco eleitoralista certamente# Embora se questione a curva de Paffer, inegvel que certas altera%)es de
comportamentos das classes com mais poder de compra causada por agravamentostributrios so situa%)es de puras perdas absolutas de bem$estar, como nosprovaram as crises de J, tendo$se a partir de RMKR procedido aos H0eaganomicsI,redu%)es tributrias que levaram diminui%o das ta.as de infla%o e desemprego
i) A *eoria do Consumidor A escala da procura espelha a disposi%o de pagar dos consumidores, que * t(m
"por si# em conta o custo de oportunidade e a escassez
I) As Restri#es Oramentais 2 horizonte de oportunidade de um consumidor encontra$se limitado pelo seu
rendimento e pelo nvel de pre%os 2 consumidor pode aumentar o seu rendimento atravs
o 9oupan%ao nvestimentoo rditoo ntensifica%o da participa%o no mercado de factores
/entro das suas possibilidades or%amentais o consumidor ter um leque decombina%)es de produtos, sendo que numa hip-tese ceteris paribus os bensapresentam entre si uma correla%o inversa "*ogo de soma #, e numa representa%ogrfica conseguimos precisar o pre%o relativo de um bem face ao outro
2 rendimento do consumidor acaba por constituir o limite absoluto da suadisposi%o de pagar
II) Prefer$ncias e Cur(as de Indiferena Enquanto a recta do rendimento demonstra o que o consumidor pode fazer, as
curvas de indiferen%a revelam o que este quer fazer "suas prefer(ncias# Assim, esta curva de indiferen%a representa um con*unto de combina%)es de que o
consumidor retira a mesma utilidade "satisfa%o# A 5a.a 'arginal de ubstitui%o o quociente entre o n!mero de unidades trocadas
de um bem e o n!mero de unidades do outro bem "5' equivalente
9R894=
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9rincpio da 5' decrescente Q a 5' diminui medida que avan%amos na curvade indiferen%a
As curvas de indiferen%a so ilimitadas, criando$se aut(nticos mapas de indiferen%a aractersticas
o onsumidor prefere as curvas mais elevadaso 5(m inclina%o negativao Nunca se interceptamo & uma curva devido ao efeito de substitui%o e lei dos rendimentos
marginais decrescentes Numa situa%o de optimiza%o a curva de indiferen%a mais elevada "passvelde ser
alcan%ada# a tangente recta de rendimento, sendo este o valor mais elevadopermitido pela recta de rendimentoF Nesse ponto a 5' dos dois bens coincide como seu pre%o relativo
e o consumidor for um Hprice$ta@erI, sendo o pre%o um dado, procurar apenasassegurar a quantidade que lhe assegure que a 5' coincide com o pre%o relativo
9re%o relativo representa a utilidade marginal atribuda pelo mercado, * a 5'decide se pelo prisma individual do consumidor, se ambos coincidem encontramo$nos num grau -ptimo de efici(ncia, refor%ando a ideia de que o mercado tende aespelhar a soberania do consumidor
III) Efeitos de Rendimento e de -ubstituio Alterando$se as fronteiras or%amentais a 5' tende a manter$se1
o >ens Normais ou uperiores Q a procura dos dois bens e.pande$se namesma propor%o
o >ens nferiores Q a procura destes bens diminui face a outros causando
varia%)es na 5' om a altera%o de um dos pre%os tra%amos uma nova recta de rendimento "esta
espelha o pre%o relativo dos bens# A quebra do pre%o de um bem pode ter duas consequ(ncias1
o Efeito de 0endimento Q aumenta o consumo dos dois bens "caso se no tratede bens inferiores#
o Efeito de ubstitui%o Q consumidor escolhe um bem em detrimento deoutro "a antiga e a nova situa%o podem encontrar$se na mesma curva deindiferen%a#
2s >ens de Siffen "0ubert Siffen# so bens cu*a varia%o de pre%os e quantidadesapresenta uma correla%o directa "visto o efeito de substitui%o no funcionar, e *nos encontrarmos no limite deste, no podemos descer mais bai.o#
j) A Escol,a do G(el de *rabal,o 2 rendimento de cada um depende do seu esfor%o laboral e remunera%o, e, do seu
nvel de poupan%a e a remunera%o8hora aumentar o consumidor pode1
o Efeito de ubstitui%o Q trabalhar mais, pois agora cada hora lhe vale mais oesfor%o "devido ao pre%o# preferindo assim o trabalho ao lazer
o Efeito de 0endimento Q trabalhar menos, para obter o mesmo rendimento eusufruir de mais horas de lazer
/evido a estes efeitos tornam$se impossveis as formula%)es de previs)es, o quedificulta as polticas or%amentais
Catarina Medeiros_______________________________________________________
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Alm disso, est provado que os agravamentos e desagravamentos fiscais t(mconsequ(ncias distintas nas diferentes classes sociais
5ambm o aumento de rendimento ao nvel dos cidados mais velhos provoca, nasua maioria, a uma deciso de reforma antecipada "predomin+ncia do efeito derendimento#
1) A Escol,a do G(el de Pou!ana A teoria da escolha do consumidor tambm se aplica a decis)es entre poupan%a e
consumo Esta deciso ter em conta dois factores
o 5a.a de desconto "desvaloriza o futuro, fomentando o consumo#o 5a.a de *uro "tenta combater a desvaloriza%o da ta.a de desconto,
incentivando poupan%a# Admitindo que a ta.a de desconto sofre poucas varia%)es e a ta.a de *uro sofre do
efeito de rendimento e de substitui%o, h um aumento da !ltima, valorizando quemespera, num incentivo poupan%a
ontudo, como o efeito de rendimento que prevalece, o aforrador evidencia umacurva de indiferen%a mais elevada, em cu*a 5' desfavorvel ao consumo futuro,favorecendo o consumo presente
I) *a=a de 'esconto 9aul amuelson introduziu o conceito de Hutilidade descontadaI, e.primia o facto
de darmos menos valor a consequ(ncias futuras "proporcional dist+ncia dessefuturo#
A incerteza e imponderabilidade podem fazer aumentar a ta.a de desconto"prefer(ncia pelo presente#
5a.a ocial de /esconto, sacrificar o presente em prol de um futuro melhor paratodos 5a.a de /esconto no uniforme1
o /escontamos mais os ganhos que as perdaso /escontamos mais grandes quantias que pequenas quantias
L que ter tambm em aten%o o desenho hiperb-lico "declnio da paci(ncia# e a ta.a de *uro for superior ta.a de desconto, o que poupa acaba por ser
recompensado No caso de a ta.a de *uro aumentar temos que avaliar cada casoper se1
o Efeito de ubstitui%o "poupan%a aumenta#
o Efeito de 0endimento "poupan%a pode mesmo diminuir#
II) A ?i!tese do Rendimento Permanente A deciso entre poupar e consumir tem sempre em conta a estabilidade do
rendimento do consumidor Lip-tese do 0endimento 9ermanente "Pife$Ucle89ermanent$ncome LUpothesisX
P9L# "'ilton 3riedman# o consumo determina$se pela riqueza individual, onde* esto contabilizadas as poupan%as
2 consumo ou poupan%a so determinados pelo valor esperado do total de recursosdisponveis no total do ciclo de vida indiviual "rendimento permanente#
egundo esta teoria a poupan%a seria a e.presso de prefer(ncias e impulsos, emque pela averso ao risco, todos constituiriam reservas por precau%o
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3ranco 'odigliani ao e.plorar a no%o de Hefeito de riquezaI "Cealth effect#defende que consumo e poupan%a dependem da rela%o entre o rendimento presentee as e.pectativas de rendimento futuro "motiva%o da poupan%a o nivelamento do
poder de compra, no a poupan%a para futuras gera%)es#
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Captulo 6 Conceitos
>tilidadeQ aptido para satisfazer necessidades, atribuda a um bem ou servi%o E=cedente do ConsumidorQ diferen%a entre a disposi%o de pagar "o valor que
atribumos a um bem# e o que realmente pago : montante lquido que representao acrscimo de bem$estar que o comprador obtm das trocas
>tilidade ar%inalQ quociente entre a utilidade da !ltima unidade consumida de
um produto e o seu respectivo pre%o 'is!osio de +enderQ pre%o mnimo que o produtor est disposto a aceitar para
produzir mais uma unidade de um bem ou servi%o &emEstar eralQ soma dos e.cedentes do produtor e do consumidor *a=a ar%inal de -ubstituioQ quociente entre o n!mero de unidades trocadas
de um bem e o n!mero de unidades do outro bem obtido por troca com aquele Efeito de RendimentoQ a diminui%o do pre%o de um bem leva a um aumento do
poder de compra de todos os bens Efeito de -ubstituioQ com a altera%o de um pre%o o consumidor pode trocar o
bem consumido usualmente por outro seu suced+neo
&ens de iffenQ bens cu*a procura aumenta quando os pre%os aumentam "tem umefeito de rendimento superior ao de substitui%o#F >ens inferioresF *a=a de 'escontoQ prefer(ncia do presente ao futuro *a=a de 0uroQ recompensa pela poupan%a "no gastar o capital no presente# Efeito de RiFuezaQ 3ranco 'odigliani Q a motiva%o bsica da poupan%a o
nivelamento do poder de compra das famlias e no o poupar para as heran%as 'is!osio de Pa%arQ montante que efectivamente o limite do esfor%o monetrio
de que uma pessoa seria capaz para obter um produto Escala da ProcuraQ quantidades que cada um est disposto a adquirir em cada
nvel de pre%os
Com!rador ar%inalQ o que contribuindo para perfazer a quantidade procurada,se retirar do mercado mal o pre%o suba E=cedente do ProdutorQ diferen%a entre o pre%o e a disposi%o mnima de vender
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Captulo 6 eorias
*eoria das Prefer$ncias Re(eladasQ "9aul amuelson# tomava$se todos comoplenamente racionaisF Agora aceita$se impreciso e racionalidade limitada
*eoria Econmica dos "eil#es Q leil)es servem para demonstrar a verdadeiradisposi%o de pagar de cada um
I "ei de ossenQ utilidade marginal decrescente II "ei de ossenQ nivelamento da utilidade marginal de todas as necessidades 'aniel &ernoulliQ "RJ7K# *ogadores tendem a dar mais valor a potenciais perdas
que a potenciais ganhos, isto , do mais valor ao que * t(m do que ao que podemganhar em troca do que * t(m
Efici$ncia de ParetoQ somando todos os e.cedentes no seria possvel aumentar$se o bem$estar de algum sem se sacrificar o bem$estar de outrm
Cur(a de "afferQ a ta.a de imposto pode condicionar negativamente a receitatributria, a ponto de poder assegurar que a redu%o do peso econ-mico dos tributos
pode resultar at num incremento da receita do imposto
Princ!io da *a=a ar%inal de -ubstituio 'ecrescente Q tend(ncia para que a5' diminua medida que um consumidor se desloca ao longo da curva daindiferen%a, aumentando o consumo de um produto e diminuindo o de outro
?i!tese do Rendimento Permanente Q "'ilton 3riedman# o consumo seriadeterminado no tanto pelo rendimento disponvel corrente mas antes pela riquezaindividual registada em cada momento, sendo que nessa riqueza se encontra oaforro acumulado com vista normaliza%o do consumo em diferentes momentos enveis de rendimento
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Captulo 7
! In-estimento e a !erta em "ercados Concorrenciais
a) Os Custos do !rodutor sem Poder de ercado /o lado da oferta, a disposi%o de venda varia em fun%o dos custos de
produ%o
2 ob*ectivo o lucro "rendimento total ` custo total#
b) Custos Im!lcitosB "ucro Econmico e lucro Contabilstico 2 conceito de custo contabilstico engloba apenas os custos e.plcitos, enquanto
que o custo econ-mico conta tanto com estes como os implcitos "custo deoportunidade#
A diferen%a entre lucro econ-mico e lucro contabilstico que o primeiro noconta s- com os custos que teve como tambm com os ganhos que poderia tertido se incorresse pela segunda melhor via
c) /uno de Produo e Produto ar%inal 2 produto marginal Kvaria%)es de quantidade produzida que resultam davaria%o, unitria, da quantidade de alguns dos factores produtivos# decrescente, o que significa que os custos marginais so crescentes, pelo que oaumento de uma s- unidade pode ter custos elevadssimos, por vezes
d) Custos /i=osB +ari(eisB *otaisB ar%inais e .dios 2 valor mdio indica ao produtor quanto lhe custa produzir o produto & atendendo aos custos de produ%o que se modula o volume de produ%o 2s custos mdios fi.os so decrescentes, pois os custos fi.os vo$se diluindo
pelo n!mero de unidades produzidas 2s custos variveis mdios vo aumentando medida que se atinge a satura%o
do