Economia do Trabalho MTE -...

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25/07/2014 1 Economia do Trabalho MTE PROF. ALEX MENDES Introdução aos conceitos de oferta e demanda

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Economia do Trabalho

MTE

PROF. ALEX MENDES

Introdução aos conceitos

de oferta e demanda

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Oferta e Demanda

São as forças que fazem os mercados funcionarem

A microeconomia moderna lida com:

oferta

equilíbrio do mercado

demanda

Demanda

Procura ou Demanda é a quantidade de bens ou serviços que os agentes econômicos estariam dispostos e aptos a consumir num determinado momento, num determinado

mercado aos diferentes fatores determinantes.

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Lei da Demanda

• Existe uma relação inversa/ negativa entre preço e quantidade demandada

• Indica que quanto maior o preço de um bem, menor será a quantidade demandada desse bem.

P

Q

Escala de Demanda

• É uma tabela que mostra a relação entre o preço de um bem e a quantidade demandada àquele preço

Preço Quantidade

$ 0.00 12

$ 0.50 10

$ 1.00 8

$ 1.50 6

$ 2.00 4

$ 2.50 2

$ 3.00 0

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Curva da Demanda por Sorvete

$3.00

2.50

2.00

1.50

1.00

0.50

2 1 3 4 5 6 7 8 9 10 12 11

Preço

0

Preço Quantidade $0.00 12

0.50 10 1.00 8 1.50 6 2.00 4 2.50 2 3.00 0

Quantidade

Determinantes da Demanda

Que fatores determinam a quantidade de sorvete que você quer e pode comprar?

1) Preço de mercado

2) Renda do indivíduo

3) Preço de produtos relacionados

4) Gosto e preferência do consumidor

5) Expectativas sobre preços, renda e disponibilidade

6) Número de consumidores

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Curva da Demanda

Mostra a quantidade máxima de um determinado bem que consumidores estão desejando adquirir a diversos níveis de preço (ceteris paribus)

Mostra o preço máximo que indivíduos estão dispostos a pagar por uma unidade adicional de produto (ceteris paribus)

Ceteris Paribus Frase em latim que significa “todas as outras coisas

estando iguais”, isto é, quando da análise a única coisa que estará se alterando será a variável que se estiver analisando

... Todas as demais variáveis relevantes são consideradas constantes, com exceção das que estão sendo analisadas naquele momento

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Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)

BEM NORMAL

Preço da carne de 1ª (R$)

Qtd. de carne de 1ª

(Supondo um aumento na renda do consumidor)

D0

D1

Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)

BEM INFERIOR

Preço da carne

de 2ª (R$)

Qtd. de carne de 2ª

(Supondo um aumento

na renda do consumidor)

D1

D0

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Relação entre a demanda de um bem e a renda do consumidor

Bem de Consumo Saciado Dada uma variação na renda do consumidor, a quantidade demandada não se altera, coeteris paribus.

Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)

Preço do arroz (R$)

Qtd. de arroz

BEM SACIADO

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Essa classificação depende da classe de renda dos Consumidores. Para consumidores de baixa renda não existem muitos bens inferiores. Com a renda mais elevada, maior nº de produtos passa a ser classificado como bem inferior.

Relação entre a demanda de um bem e a renda do consumidor (R)

Determinantes da Demanda

• Preços de Bens Relacionados: Quando a queda de preço de um bem reduz a demanda por outro, os bens são chamados de “substitutos”

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• Preços de Bens complementares: Quando a queda de preço de um bem aumenta a demanda por outro

qdi = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes

Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados,“manipulados” por propaganda e campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens.

Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G)

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Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G)

Campanha do tipo “beba mais leite”

0 5 10 15 20

Preço do

Bem (R$)

Quantidade adquirida do bem

80

60

40

20

0

Redução

Aumento

D1-Cigarro

D0 D1-Leite

Campanha do tipo “o fumo é prejudicial à saúde”

Desloca p/ direita

Desloca p/ esquerda

Relação Entre Expectativas e demanda

• Preço

• Renda

• Disponibilidade

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Relação Entre Quantidade Demandada e Número

de Consumidores

• Na maioria dos casos ela é positiva

• Pode ser influenciada pela idade de uma

população, por exemplo

• Quem compra ingressos para assistir o show

cover de Nelson Gonçalves não será o mesmo

público de Luan Santana.

Mudança na Quantidade Demandada x

Mudança na Demanda

Mudança na Quantidade Demandada: move-se sobre a curva da demanda quando há mudança de preço

Mudança na Demanda: a curva inteira se move para a esquerda ou direita

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Mudança na Quantidade Demandada

$2.00

7

$1.00

13

Preço

Quantidade

Mudança na Demanda

$2.00

7

Preço

Quantidade

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13

Mudança na Demanda

$2.00

7 10

Preço

Quantidade

Quantidade Demandada e Demanda

Variável Uma Mudança na Variável Causa um(a)...

Preço Movimento ao longo da curva da demanda

Renda Deslocamento da curva

Preço de bem relacionado Deslocamento da curva

Gostos Deslocamento da curva

Expectativa Deslocamento da curva

Número de Compradores Deslocamento da curva

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Demanda de Mercado

Indivíduo 1 Indivíduo 2 Demanda do

Mercado

P1

P2

Q11

Q12

Q21

Q22

Q1

Q2

Q1 = Q11 + Q21

Q2 = Q12 + Q22 Preço por unidade

de quantidade Preço por unidade

de quantidade Preço por unidade

de quantidade

Quantidade (por unid.tempo)

Quantidade (por unid.tempo)

Quantidade (por unid.tempo)

Exceções à Lei da Demanda

BENS DE GIFFEN E BENS DE VEBLEN

• Os bens de Giffen são bens de pequeno valor, porém de grande importância no orçamento dos consumidores de baixa renda.

• Caso haja uma elevação em seus preços, seu consumo paradoxalmente tende a aumentar, uma vez que, embora seu preço tenha sido majorado, são ainda baratos que os demais bens; como ao consumidor após o aumento, sobre menos renda, ele não poderá adquirir outros bens (por serem mais caros) e acabará consumindo maiores quantidades do bem de Giffen.

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• Os bens de Veblen são bens de consumo ostentatório, tais como obras de arte, jóias, tapeçarias e automóveis de luxo. Como o objetivo de seu consumidor é mostrar aos outros que é possuidor de grande renda (e não o consumo do bem em si), quanto mais caros mais são procurados.

• Tanto os bens de Giffen como os de Veblen têm curvas de demanda com inclinação positiva, ou seja, ascendentes da esquerda para a direita.

Oferta

• É a quantidade de produtos que vendedores desejam e podem produzir para vender a diversos níveis de preço

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Curva da Oferta

• Existe uma relação direta (positiva/ crescente) entre preço e quantidade. (Lei da Oferta)

P

Q

Escala de Oferta

• É uma tabela que mostra a relação entre o preço de um bem e a quantidade ofertada àquele preço

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Escala de Oferta

Preço Quantidade

$ 0.00 0

$ 0.50 0

$ 1.00 1

$ 1.50 2

$ 2.00 3

$ 2.50 4

$ 3.00 5

Escala de Oferta: tabela que mostra o preço de um bem e a quantidade ofertada

Curva da Oferta

$3.00

2.50

2.00

1.50

1.00

0.50

2 1 3 4 5 6 7 8 9 10 12 11

Preço

Quantidade 0

Preço Quant.

$0.00 0

0.50 0

1.00 1

1.50 2

2.00 3

2.50 4

3.00 5

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Análise da Oferta de Mercado

Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção.

Determinantes da Oferta

• Preço de mercado

• Preço dos insumos

• Tecnologia

• Preço dos Outros Bens

• Expectativa

• Condições Climáticas

• Número de produtores

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Relação entre a oferta de um bem

e preço do fator (Insumo) de produção (Pfp)

Se o preço do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, ceteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias- primas, etc.

Deslocamentos da curva

0 5 10 15 20

Preço do

Livro(R$)

80

60

40

20

0

Quantidade oferecida de livros

Redução

Aumento da oferta.

O O’ O”

a) b)

a) Aumento do preço do fator de produção, ceteris paribus, há uma redução na oferta do bem.

b) Redução do preço do fator de produção, ceteris paribus, há um aumento na oferta do bem.

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Relação entre a oferta de um bem

e tecnologia (T)

Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia,

ceteris paribus, aumenta a oferta do bem.

Deslocamentos da curva

0 5 10 15 20

Preço do

Livro(R$)

80

60

40

20

0

Quantidade oferecida de livros

Redução

Aumento da oferta.

O O’ O”

b) a)

a) Aumento da tecnologia, ceteris paribus, há um aumento na oferta do bem.

b) Redução da tecnologia, ceteris paribus, há uma redução na oferta do bem.

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Preço de outro bem substituto na produção (Pn).

Ex.: Se o preço do bem substituto aumenta, e dado o

preço do bem (ceteris paribus), os produtores

diminuirão a produção do bem, para produzir mais

do bem substituto.

Relação entre a oferta de um bem

e preço de outros bens, substitutos na produção (Pob)

Deslocamentos da curva de oferta

0 5 10 15 20

Preço do

Livro(R$)

80

60

40

20

0

Quantidade oferecida de livros

Redução

Aumento da oferta.

O O’ O”

a) b)

a) Aumento do preço

do bem substituto,

ceteris paribus, há uma

redução na oferta do

bem.

b) Redução do preço

do bem substituto,

ceteris paribus, há um

aumento na oferta do

bem.

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Análise da Oferta de Mercado

A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas

individuais, que produzem um dado bem ou serviço.

A cada preço, a oferta de mercado é a soma das

ofertas das firmas individuais.

Oferta de Mercado

Indivíduo 1 Indivíduo 2

Oferta de

Mercado

P2

P1

Q11 Q12 Q21 Q22 Q1

Q2

Q1 = Q11 + Q21

Q2 = Q12 + Q22

Preço por unidade de quantidade

Preço por unidade de quantidade

Preço por unidade de quantidade

Quantidade (por unid.tempo)

Quantidade (por unid.tempo) Quantidade

(por unid.tempo)

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O Tempo

• Muito Curto Prazo: consumidores e produtores não têm tempo de fazer quaisquer ajustes

• Longo Prazo: consumidores e produtores podem considerar alternativas e fazer substituição no consumo ou na produção

Variação da oferta e Variação da quantidade ofertada

Variação da Oferta = Deslocamento da curva de oferta, em

virtude de alterações em pfp , pob , T, M (ou seja, mudança na

condição ceteris paribus).

Variações na quantidade ofertada = refere-se ao movimento

ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação

do preço do próprio bem pi , mantendo-se as demais variáveis

constantes (ceteris paribus).

Análise da Oferta de Mercado

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Mudança na Quantidade Ofertada

$2.00

7

$1.00

1

Preço

Quantidade

Mudança na Oferta

$2.00

7 11

Preço

Quantidade

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Quantidade Ofertada e Oferta Variável Uma Mudança na Variável

Causa um(a)...

Preço Movimento ao longo da curva da oferta

Preço dos Insumos Deslocamento da curva

Tecnologia Deslocamento da curva

Expectativa Deslocamento da curva

Número de Compradores Deslocamento da curva

Oferta e Demanda

• Preço de Equilíbrio: preço onde as duas curvas se cruzam. A quantidade demandada e ofertada são iguais

• Quantidade de equilíbrio: quantidade determinada pela intersecção das curvas de oferta e demanda.

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Três Passos para Analisar Mudanças em

Equilíbrio • Verifique se o evento irá causar

deslocamentos na oferta ou na demanda

(ou em ambos).

• Verifique se a(s) curva(s) desloca(m)-se

para a esquerda ou para a direita.

• Utilize o diagrama oferta-e-demanda para

verificar como as mudanças afetam os

preços e as quantidades de equilíbrio.

Equilíbrio

7

$2.00

Preço

Quantidade

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Preço Quant.

$0.00 0

0.50 0

1.00 1

1.50 4

2.00 7

2.50 10

3.00 13

Preço Quant.

$0.00 19

0.50 16

1.00 13

1.50 10

2.00 7

2.50 4

3.00 1

Esquema de Demanda Esquema de Oferta

A $2.00, a quantidade demandada é igual a quantidade ofertada!

Chegando ao Equilíbrio

• Excesso de Oferta: preço acima do equilíbrio, a quantidade ofertada é maior que a quantidade demandada

• Excesso de Demanda: preço abaixo do equilíbrio, a quantidade ofertada é menor que a quantidade demandada

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Preço

Quantidade

Excesso de Oferta

Chegando ao Equilíbrio

Preço

Quantidade

Excesso de Demanda

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Análise Estática Comparativa

• Determina se determinado evento muda a demanda, a oferta ou ambas ou se há apenas um movimento sobre uma das curvas ou sobre ambas

• Determina se as curvas movem para a direita ou esquerda

• Determina como essas mudanças afetam o preço e a quantidade de equilíbrio

• Exemplo: Consumo do sorvete com a chegada de uma onda de calor

Onda de Calor. O Que Acontece?

Pe

Qe

Preço

Quantidade

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30

Pe

Qe

Preço

Quantidade

Pe

Qe

Preço

Quantidade Qe’

Pe’

Novo Equilíbrio

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Concluindo

• A oferta e a demanda são as rédeas de uma economia de mercado

• A oferta e a demanda, em conjunto, determinam o preço dos diferentes bens e serviços de uma economia

• Preços são o sinal que determina a quantidade alocada de recursos na produção de bens

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Economia do Trabalho

MTE

PROF. ALEX MENDES

• A demanda por mão-de-obra é uma demanda

derivada, ou seja ela depende da demanda do

bem produzido pela firma.

• Sendo assim, é necessário estudarmos a teoria

da firma, que mostra como uma empresa toma

decisões de produção com o objetivo de

maximizar seus lucros.

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A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO • Para que se possa produzir os bens e serviços que são

ofertados à sociedade, as firmas utilizam os chamados fatores de produção.

• Dentre estes fatores de produção, aqueles mais relevantes para o estudo econômico são: a mão-de-obra e o capital.

Algebricamente temos:

• (Q) é a quantidade de produção e muitas vezes

também pode ser representado por (Y) - do inglês

Yield = Renda.

• (L) é a quantidade de mão-de-obra

• (K) é a quantidade de capital.

• f significa "uma função de" e é empregado para

representar que há uma relação de dependência

entre a produção (Q) e os fatores de produção (L) e

(K).

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• Assim, se a firma deseja alterar a sua produção (Q),

ela terá que, ou alterar o estoque de capital (K), ou

alterar a quantidade de mão-deobra (L), ou alterar

os dois, (K) e (L).

• Isto tudo porque (Q) é função de (K) e (L): Q = f (K,

L)

• Consideraremos a tecnologia constante

• Matematicamente esta relação de dependência

entre produção e os fatores de produção mão-de-

obra e capital é conhecida como função de

produção Cobb-Douglas e tem o formato abaixo:

Q é a produção. A é o parâmetro que mede a

tecnologia, considerada por nós como sendo

constante. K é o capital. L é a mão-deobra. indicam

a participação na produção entre o capital e a mão-

de-obra.

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• Paul Douglas foi professor de Economia e senador nos EUA entre as décadas de 40 a 60. Em seus estudos, Douglas notou que, à medida que a produção da economia crescia, a renda dos trabalhadores e a renda dos proprietários do capital cresciam na mesma proporção.

• Em outras palavras, se a produção da economia, digamos, dobrasse, a remuneração dos trabalhadores e dos proprietários do capital também dobrava.

• No entanto, para que a propriedade descoberta

por Douglas fosse respeitada, seria necessário

que (a + 3) fosse igual a 1.

• Veja, como exemplo, a função de produção

abaixo, em que temos

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Assim considerando um estoque de capital (K) de 9

máquinas e uma quantidade de mão-de-obra (L) de 4

trabalhadores:

Vamos, agora, quadruplicar o estoque de capital e a

quantidade de trabalhadores:

Note que, ao quadruplicarmos o capital e a mão-de-obra, também quadruplicamos a produção. Isto só foi possível porque

1

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ATENÇÃO: para que a produção quadruplique, é

necessário que quadrupliquemos os dois fatores de

produção: a mão-de-obra e o capital.

• Se quadruplicarmos somente um dos fatores, a

alteração na produção não será na mesma

proporção.

• Em Economia, quando há esta situação, dizemos

que a função de produção apresenta rendimentos

constantes de escala.

Agora, o que aconteceria caso Teríamos duas situações:

Veja as duas funções de produção abaixo:

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Considerando um estoque de capital de 4 máquinas e 81 trabalhadores, calculemos as respectivas produções:

Vamos, agora, dobrar o estoque de capital e trabalhadores nas duas funções de produção:

quando dobramos o capital e a mão-de-obra a produção quadruplicou (2592 / 648 = 4),

quando dobramos o capital e a mão-de-obra, a produção menos que dobrou (20 / 12 = 1,67).

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A partir destes dados, podemos tirar as seguintes conclusões acerca deste tipo de função de produção:

temos rendimentos constante de escala. Isto significa que se aumentarmos K e L em determinada proporção, Q aumentará nesta mesma proporção.

temos rendimentos crescentes de escala (ou economias de escala). Neste caso, aumentos de K e L em determinada proporção provocam aumentos de Q numa proporção maior.

temos rendimentos decrescentes de escala (ou deseconomias de escala). Aqui, aumentos de K e L em determinada proporção provocam aumentos de Q numa proporção menor.

Nota: tais observações do quadro acima, só valem para funções do tipo Cobb-Douglas, com o formato: Observe que a função Cobb-Douglas é multiplicativa, não há soma nem subtração.

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Veja, abaixo, alguns exemplos de funções do tipo Cobb-Douglas:

Veja, agora, exemplos de funções que não são do tipo Cobb-Douglas:

Aqui na nossa abordagem da função de produção foi dada especial atenção à função do tipo Cobb-Douglas. Devemos isto ao fato de ela ser condizente com dados reais de várias economias e ser um bom começo acerca de como ocorre a produção de bens e serviços da economia ou a distribuição da produção nacional entre capital e mão-de-obra. Além disto, e, é claro, principalmente, muitas questões de prova em seus enunciados apresentam esta função como representativa da produção, seja de uma firma individual ou da economia de um país.

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CURTO PRAZO x LONGO PRAZO

Direto ao ponto, seguem as definições: • O curto prazo é definido como um período de tempo em

que um dos fatores de produção (capital ou mão-de-obra) permanece fixo, constante, inalterado. Como o nosso foco é a mão-de-obra, quando falarmos curto prazo, significa que o fator de produção capital é fixo e o fator de produção mão-de-obra é variável.

• O longo prazo é o período de tempo em que os dois fatores de produção são variáveis.

PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO • Falar em produção no curto prazo significa falar em produção

com apenas um fator de produção variável. • Assim, para nós, que estamos estudando a demanda de mão-

de-obra, a produção no curto prazo significa que apenas o fator de produção mão-de-obra será variável, enquanto o insumo capital será fixo. Desta forma, conseguiremos analisar as implicações de mudanças na produção provocadas somente por alterações no insumo mão-de-obra.

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• Quando o capital é fixo, mas o trabalho é variável, a única maneira de a empresa aumentar a produção é aumentando o insumo trabalho.

• Ao decidir adquirir mais trabalhadores, a firma tem de comparar o benefício que obterá em relação ao custo.

• Às vezes, ela olhará para o benefício e o custo em perspectiva incremental.

• Isto é, ela procurará saber o quanto de produção adicional ela ganhará com a contratação de um trabalhador adicional.

• Às vezes, ela fará comparações na média. • Isto é, ela tentará observar se a contratação de um

trabalhador adicional aumenta, por exemplo, a produção média por trabalhador.

• A partir das duas perspectivas apresentadas acima, devemos, neste momento, apresentar dois conceitos muito importantes:

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• Produto marginal da mão-de-obra (PmgL): é o

volume de produção adicional gerado ao se acrescentar

1 trabalhador.

• Produto médio da mão-de-obra (PmeL): o PmeL é a

produção por trabalhador.

• Basta dividir a produção total pela quantidade de

trabalhadores.

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• A partir do 4° trabalhador, a produção aumenta a

taxas decrescentes (ou seja, a produção continua

aumentando, porém os acréscimos na produção

são decrescentes), porque a quantidade de capital

(máquinas, terra, ferramentas, etc) que cada

trabalhador tem para trabalhar é cada vez menor.

• Esta redução relativa da proporção do capital em

relação à mão-de-obra atinge seu ápice quando é

contratado o 9° trabalhador, que passa a atrapalhar

os outros ao invés de ajudar, devido à limitação da

quantidade de capital existente.

• Em decorrência, a partir do 9° trabalhador

(inclusive), contratações adicionais terão o efeito

de diminuir a produção ao invés de aumentar.

• Mas... Por que isto ocorre?

• Isto ocorre devido à lei dos rendimentos marginais

decrescentes, que estatui: à medida que

aumentamos o uso de determinado fator de

produção, mantendo-se os outros insumos

constantes, chegamos a um ponto em que a

produção adicional resultante começa a decrescer.

• Nota: a lei dos rendimentos marginais

decrescentes também pode ser chamada de lei da

produtividade marginal decrescente.

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Vejamos abaixo o gráfico da produção em função da quantidade de trabalhadores, de acordo com os dados da tabela 1:

• A contratação do 8° trabalhador (ponto B) não

gera nenhum acréscimo na produção.

• O produto marginal da mão-de-obra neste trecho

é nulo, é igual a 0.

• Desta forma, concluímos que quando o PmgL =

0, a produção é máxima.

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• A partir do 8° trabalhador, ao aumentarmos a

quantidade de

• trabalhadores, caminhamos para a direita do ponto

B. O PmgL continua decrescendo devido a lei dos

rendimentos marginais decrescentes.

• Como no ponto B o produto marginal da mão-de-

obra é igual a ZERO e, a partir deste, ele continua

decrescendo quando se contrata mais

trabalhadores, o PmgL começará a assumir valores

negativos.

• Desta forma, a partir do 8° trabalhador (linha

tracejada do gráfico), se a firma continuar

contratando mão-de-obra, a produção irá cair, pois

cada trabalhador adicional causa diminuição na

produção.

Vejamos agora outro gráfico.

• Desta vez, vamos representar os produtos médio e

marginal da mão-de-obra em função da quantidade

de trabalhadores.

• O gráfico está de acordo com os dados da tabela

1:

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Diante da tabela, dos conceitos e dos dois gráficos

apresentados podemos apresentar como válidas as

seguintes relações:

a) A produção total cresce enquanto o PmgL é

positivo - veja na tabela 1: o PmgL é positivo até L=8, no

trecho de L=0 a L=8, a produção total cresce. A partir de

L=9, o PmgL é negativo, e a produção total começa a

decair.

b) A produção total decresce enquanto o PmgL é

negativo - é a negação da afirmativa a).

c) Quanto o PmgL=0, a produção total é máxima - veja

na tabela 1 e no gráfico da figura 1: o PmgL é nulo

quando L=8.

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Exatamente para esta quantidade de trabalhadores temos a produção máxima. d) O PmgL atinge o seu máximo para o mesmo número de trabalhadores em que a produção total muda a direção da concavidade da curva - o PmgL atinge o seu valor máximo, que é de 30 unidades, exatamente quando ele deixa de ser crescente e passa a ser decrescente. Isto ocorre no ponto A das figuras 1 e 2, a uma quantidade de trabalhadores L=3. • O ponto A da figura 1 também é o ponto em que a produção

total muda a concavidade da curva, deixando de ser crescente e passando a ser decrescente.

e) Enquanto o PmgL for maior que PmeL, este último

é

crescente - isto acontece pois a produção adicional

gerada por um trabalhador causa alterações na produção

média. Assim, se a produção adicional de um novo

trabalhador é maior que a produção média, ela vai puxar

a produção média para cima. Esta relação pode ser

visualizada na figura 2. Observe que até o ponto B, o

PmgL é maior que PmeL. Neste trecho, o PmeL é

crescente, até o ponto em que PmgL e PmeL se igualam.

f) Quando PmgL e PmeL forem iguais, PmeL é

máximo - ponto B da figura 2.

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g) Enquanto o PmgL for menor que PmeL, este último

é decrescente isto acontece pois, neste caso, a

produção adicional gerada por um trabalhador adicional é

menor que a

produção média.

• Logo, a produção adicional deste novo trabalhador vai

puxar a produção média para baixo.

• Isto pode ser visualizado na figura 2.

• Observe que, caminhando para a direita a partir do

ponto B, o PmgL é sempre menor que o PmeL.

• Da mesma forma, PmeL é decrescente.

DERIVADAS

A derivada é o conceito matemático que procura medir a

variação de uma variável em função da variação de outra

variável. Considere a seguinte função abaixo:

Ela pode ser escrita, de igual maneira, da seguinte

forma:

25/07/2014

19

Derivar esta função seria medir a variação da variável y

em função da variação da variável x.

Uso da derivada na Economia do Trabalho

Lembra o conceito do produto marginal da mão-de-

obra?

É o acréscimo na produção provocado pelo acréscimo

de 1 unidade do insumo trabalho. Algebricamente:

Veja que o produto marginal da mão-de-obra

representa a derivada da função de produção (Q)

na variável (L). Assim:

25/07/2014

20

RECEITA MARGINAL (Rmg): é o acréscimo na receita

total decorrente da produção e venda de uma unidade a

mais de um bem produzido.

Exemplo: suponha uma firma produtora de cervejas e

que, em

determinado momento, ela venda 10.000 garrafas por

mês e tenha uma receita total (Receita Total = preços x

quantidades) de R$ 30.000.

• Pense agora que ela aumenta a produção em uma

unidade e, como conseqüência, a receita total vá para

R$ 30.005.

• Qual foi o acréscimo na receita total em decorrência

desta garrafa adicional de cerveja vendida?

• A resposta é fácil, o acréscimo na receita total foi de R$ 5,00. Assim, a Receita marginal é igual a 5.

Algebricamente, podemos representar a receita marginal da seguinte maneira:

25/07/2014

21

Logo, a receita marginal é a derivada da receita total

em relação à quantidade.

Exemplo: qual será a receita

marginal se a produção for de 8 unidades?

Primeiro, devemos encontrar a expressão da Rmg.

Para isto, derivamos RT em relação a Q.

25/07/2014

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CUSTO MARGINAL (Cmg): é o acréscimo no custo total

decorrente da produção de uma unidade adicional do

produto.

Exemplo: seguindo o exemplo da nossa firma produtora

de cervejas, suponha que, em determinado momento,

ela produza 10.000 garrafas por mês e tenha um custo

total de R$ 10.000,00.

• Pense agora que ela aumenta a produção em uma

unidade e, como conseqüência, o custo total vá para

R$ 10.002.

• Qual foi o acréscimo no custo total em decorrência

desta garrafa adicional de cerveja produzida?

• O acréscimo no custo total foi de R$ 2,00.

• Assim, o custo marginal é igual a 2.

Algebricamente, podemos representar o custo marginal

da seguinte maneira:

• Logo, o custo marginal é a derivada do custo total

em relação à quantidade.

• Veja um exemplo de aplicação:

25/07/2014

23

RECEITA MARGINAL DA MÃO-DE-OBRA (RmgL): é o

acréscimo na receita total decorrente da contratação de

um trabalhador adicional.

• Quando se contrata um trabalhador adicional, este,

geralmente, irá aumentar a quantidade de produtos

produzidos pela firma.

• Este aumento na produção ocasionado por este

trabalhador é o PmgL, já estudado.

• Por sua vez, cada produto produzido por este

trabalhador adicional será vendido a um determinado

preço.

25/07/2014

24

• A multiplicação destes produtos adicionais e dos

preços destes produtos causará um aumento na

Receita total (este aumento é a receita marginal da

mão-de-obra).

• Desta forma, a receita marginal da mão-de-obra

(RmgL) é dada pelo produto marginal da mão-de-obra

(quantidade de produtos adicionais produzidos)

multiplicado pela receita marginal (é o acréscimo na

receita total, ou o valor de venda destes produtos

adicionais).

• A RmgL, também chamada de produto da receita

marginal da mão-de-obra (PRMgL), é o valor da

produção adicional obtida.

• Desta forma, a RmgL iguala o produto marginal da

mão-de-obra (PmgL) multiplicado pela receita adicional

que é recebida por unidade de produção (Rmg):

RmgL = PRmgL = Rmg . PmgL

25/07/2014

25

CUSTO MARGINAL DA MÃO-DE-OBRA (CmgL): é o

acréscimo no custo total decorrente da contratação de

um trabalhador adicional.

Aqui, o custo marginal de uma unidade adicional de mão-

de-obra é pura e simplesmente a taxa salarial (W) que

deve ser paga a este novo funcionário.

Exemplo: suponha uma empresa que conta com um

custo total de R$ 1.000,00.

Qual será o custo marginal da mão-de-obra de um

trabalhador

se o salário deste for de R$ 50,00?

O CmgL será W=50, pois após a contratação deste

trabalhador o custo total aumentará para R$ 1050,00

(aumentará exatamente o valor do salário).

25/07/2014

26

Mercados competitivos e não competitivos

TIPOS DE MERCADO

Faz-se necessário agora aprendermos quais os tipos de

estrutura de mercado.

Mercados Competitivos

• 1) Concorrência perfeita

• 2) Concorrência monopolística

• Isto quer dizer que a empresa adquire a mão-de-

obra a um salário W fixado pelo mercado e vende

seus produtos a um preço P, também fixado pelo

mercado.

• Em outras palavras, a empresa inserida em um

mercado competitivo é tomadora de preços e

salários.

25/07/2014

27

Mercados não competitivos

1. Monopólio

2. Oligopólio

3. Monopsônio

Mercado de produtos x mercado de trabalho

• É importante ressaltar que as estruturas acima

relacionadas são possíveis de acontecer tanto para o

mercado de bens ou produtos como para o mercado

de trabalho.

• Devemos guardar em mente a ideia de que, às vezes,

podemos ter um mercado competitivo no mercado de

produtos, mas um mercado não competitivo levando-

se em conta o mercado de trabalho.

25/07/2014

28

Demanda por Mão-de-Obra

1) as empresas buscam maximizar os lucros (lucro =

receitas-despesas). Dito de outra forma, a empresa

alcança seu equilíbrio quando o lucro é maximizado.

2) as empresas empregam dois fatores homogêneos de

produção -capital e mão-de-obra.

3) trabalharemos considerando o curto prazo. Ou seja, o

insumo capital é fixo e o insumo mão-de-obra é variável.

4) o único custo da mão-de-obra é a taxa salarial (W).

5) por último, e mais importante, presumiremos que tanto

o mercado de produtos quanto o mercado de trabalho

são competitivos.

• O primeiro passo do modelo é estabelecer a

quantidade de mão-de-obra em que a empresa

competitiva maximizará os seus lucros e estará, desta

forma, em equilíbrio.

• Para atingir este objetivo de maximizar os lucros, a

empresa deve empregar mão-de-obra até o ponto em

que a receita marginal que ela recebe ao contratar o

último funcionário (RmgL) seja igual ao custo marginal

desta mesma contratação (CmgL).

25/07/2014

29

Se RmgL > CmgL , estímulos a contratar ou aumentar

L

Se RmgL < CmgL , estímulos a demitir ou reduzir L

Se RmgL = CmgL , lucro maximizado e L não muda

• Como estamos em um mercado competitivo, a firma é

tomadora de preços no mercado de produtos, de forma

que a receita proveniente de uma unidade adicional

produzida (Rmg) é exatamente o preço (P) do produto

da empresa.

• (Exemplo: se um produto é transacionado em um

mercado competitivo e seu preço de venda é R$

10,00; a receita marginal deste produto também será

R$ 10,00)

• Assim, para empresas que operam em mercados

competitivos, o produto da receita marginal obtido de

uma unidade adicional de mão-deobra (o PRmgL)

iguala o preço do produto da produção da empresa (P)

multiplicado por seu produto marginal da mão-de-obra

(PmgL):

25/07/2014

30

• Se (RmgL=CmgL), veremos o que é, na verdade, o

CmgL:

• Os custo marginal decorrente da contratação de um

trabalhador adicional é o seu salário (W).

SALÁRIOS NOMINAIS X REAIS

• Salário nominal (W) é a remuneração medida em

moeda corrente.

• Salário real (W/P) é a remuneração medida em

moeda constante.

25/07/2014

31

Demanda de mão-de-obra em termos de salários reais

A expressão que define a maximização de lucros em

mercados competitivos é:

A equação acima nos diz que a firma maximizadora de

lucros contrata mão-de-obra até quando o produto

marginal da mão-de-obra (PmgL) iguala o salário real

(W/P).

Postos estes conceitos importantes, vamos entender

porque a curva de demanda por mão-de-obra tem

inclinação decrescente:

25/07/2014

32

• À medida que caminhamos para a direita no eixo

das abscissas (eixo onde temos L) a quantidade

de trabalhadores contratados aumenta.

• Pela lei dos rendimentos marginais decrescentes,

o aumento de L implica obrigatoriamente a

redução do PmgL (Produto marginal da mão-de-

obra).

• Como PmgL = W/P (salário real), o aumento de L

também

causa redução do W/P, ocasionando uma relação

inversa entre a quantidade de trabalhadores e os

salários reais.

• Esta relação inversa causa a inclinação negativa

da curva de demanda de mão-de-obra.

25/07/2014

1

Economia do Trabalho

MTE

PROF. ALEX MENDES

DEMANDA POR MÃO-DE-OBRA EM MODELOS

NÃO COMPETITIVOS

MONOPÓLIO NO MERCADO DE PRODUTOS

• Na posição de único produtor de determinado

produto, consideramos que o monopolista é o

próprio mercado.

• No monopólio no mercado de produtos, o lucro

é maximizado quando RmgL = CmgL.

25/07/2014

2

• No estudo da demanda de mão-de-obra em

mercados competitivos, vimos que a RmgL,

também chamada de VPmgL (valor do produto

marginal da mão-de-obra), era igual à Rmg x PmgL;

já o CmgL era igual ao salário (W). Assim, para

mercados competitivos e não competitivos, tanto

faz, temos:

RmgL= Rmg x PmgL

25/07/2014

3

• Qual o impacto disto em nosso modelo de

demanda de mão-de-obra para mercados

competitivos? Dada a expressão Rmg.PmgL =

CmgL, podemos afirmar que, para mercados

competitivos, Rmg (a receita marginal) é

exatamente igual ao preço do produto.

• Entretanto, quando estamos em um monopólio, a

situação é diferente.

• Isto ocorre porque a curva de demanda individual

coincide com a curva de demanda de mercado,

pois o monopolista é o próprio mercado, já que

só ele é quem produz determinado produto.

• Veja os gráficos:

25/07/2014

4

• Observe, no gráfico 2.b, que se o monopolista

aumentar a sua produção (de QE1 para QE2) e

mantiver o mesmo preço inicial (PE1), simplesmente

não haverá demanda para o produto.

• Veja que a interseção de Qe2 com PE1 é o ponto F,

fora da curva de demanda. Ou seja, não haverá

demanda para aquele nível de quantidades

produzidas (QE2) ao preço PE1, de modo que a firma

não aumentará sua receita se decidir aumentar a

produção e manter os preços.

25/07/2014

5

• O raciocínio é este: a receita marginal é o

acréscimo na receita total em virtude de um

produto adicional vendido. Acontece que, no

monopólio, para se vender um produto adicional,

temos que vendê-lo a um preço menor que aquele

praticado anteriormente.

• Desta forma, a receita, na margem, será sempre

menor que o preço que era praticado no nível de

produção imediatamente anterior.

• Em outras palavras, no monopólio: Rmg<P.

25/07/2014

6

• Temos, então, que, dada uma quantidade de

trabalhadores, o valor marginal de uma unidade

adicional será menor para o monopolista do que

para a empresa competitiva.

• De início, essa afirmação é, no mínimo, estranha,

pois sempre soubemos que as firmas

monopolistas auferem lucros maiores que as

firmas em concorrência perfeita.

• A chave desta questão está em observar a

diferença entre os valores total e marginal.

• Do ponto de vista total, uma determinada

quantidade de trabalhadores que maximiza os

lucros vai gerar lucros bem maiores ao

monopolista.

• Mas, se decidirmos aumentar a quantidade de

trabalhadores, na margem, o aumento do valor da

produção é menor para o monopolista.

25/07/2014

7

• Observe que a curva da demanda de mão-de-obra

no monopólio está um pouco à esquerda da curva

para a concorrência perfeita.

• Isto acontece porque o PRmgL é menor que o

VPmgL. Perceba também que o equilíbrio ou a

maximização de lucros, nos dois casos, ocorre

quando o PRmgL ou o VPmgL igualam o CmgL, que

é W.

• Diante do gráfico, vemos claramente que a firma no

monopólio maximiza os lucros a um nível de

emprego LM menor que o nível de emprego da

concorrência perfeita LC.

• Assim, chegamos a uma conclusão importante:

mantendo-se os outros fatores constantes, o nível

de emprego e a produção são mais baixos no

monopólio do que sob a competição.

25/07/2014

8

Conclusões sobre o modelo de demanda por trabalho

em um monopólio no mercado de produtos:

• A demanda por mão-de-obra é dada pelo Produto

da Receita

• marginal da mão-de-obra: PRmgL;

• O PRmgL = Rmg.PmgL;

• A Rmg é sempre menor que o preço P;

• O PRmgL é sempre menor que VPmgL, fazendo

com que a curva da demanda de mão-de-obra no

monopólio esteja à esquerda da curva de demanda

em mercados competitivos

• Os níveis de produção e emprego no monopólio

são menores que em mercados competitivos

• Não há qualquer conclusão que se possa fazer a

respeito de diferenças entre os salários no

monopólio e na concorrência

• perfeita.

25/07/2014

9

MONOPSÔNIO NO MERCADO DE TRABALHO

• Quando apenas uma empresa é a compradora de

mão-de-obra em um mercado de trabalho, tal

empresa é denominada monopsonista.

• Quando estamos em mercados competitivos, a

firma é tomadora de salários e enfrenta uma curva

de oferta de mão-de-obra horizontal, a um único

nível salarial, W, dado pelo mercado, veja abaixo:

25/07/2014

10

• Quando temos um monopsônio, a curva de oferta

de mão- de-obra do mercado é a própria curva de

oferta para a firma monopsonista.

• Isto porque a firma monopsonista é o próprio

mercado, já que toda a oferta de mão-de-obra é

ofertada para esta única firma.

• Veja a figura abaixo:

25/07/2014

11

• Nós vimos que a firma, seja em mercados

competitivos ou não, maximiza os lucros quando

RmgL = CmgL.

• Vimos também que o CmgL (custo decorrente da

contratação de um trabalhador adicional) é o

próprio salário W.

• Entretanto, no monopsônio, esta última afirmação

(CmgL=W) = NÃO é verdade.

• O fato de uma empresa monopsonista enfrentar

uma curva de oferta ascendente (igual à curva do

mercado) faz com que o custo marginal da

contratação da mão-de-obra (RmgL) supere o

salário (W).

25/07/2014

12

• Daí, concluímos que no monopsônio os níveis de

emprego são menores que em mercados

competitivos

Podemos resumir o seguinte sobre a demanda por

trabalho no

monopsônio sob a ótica do mercado de trabalho:

• A demanda por mão-de-obra continua sendo dada

pelo PRmgL;

• A condição de maximização de lucros, ou equilíbrio

da firma, permanece a mesma: PRmgL = CmgL;

• O monopsonista enfrenta uma curva de oferta de

trabalho ascendente, indicando que a firma deve

aumentar salários caso queira contratar mais mão-

de-obra;

• O CmgL não é igual ao salário W, ele será sempre

maior que W;

• No monopsônio os níveis de emprego e salário

são menores que em mercados competitivos.

25/07/2014

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DEMANDA POR TRABALHO NO LONGO PRAZO

• Até o presente momento em nosso estudo da

demanda por trabalho, trabalhamos com a

hipótese do curto prazo (apenas o insumo mão-de-

obra varia).

• A partir de agora, levaremos em conta também a

variação do insumo capital.

Isoquantas

• Na proxima figura , temos um diagrama que

contém os dois fatores de produção que

determinam a produção: capital e mão-de-obra.

• No eixo das abscissas (eixo horizontal) temos a

quantidade de mão-de-obra expressa em horas de

trabalho.

• No eixo das ordenadas, temos a quantidade de

capital expressa em unidades físicas (número de

máquinas).

25/07/2014

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• Considere a curva convexa Qi = 100. Ao longo

desta curva, cada combinação de mão-de-obra (L)

e capital (K) produz 100 unidades de produção.

• Em outras palavras, as combinações de capital e

mão-de-obra nos pontos A (LA, KA), ponto B (LB,

KB) e ponto C (LC, KC) geram as mesmas 100

unidades de produção.

• Como todos os pontos ao longo da curva Q1 = 100

geram a mesma produção, essa curva é chamada

de isoquanta (iso=igual; quanta = quantidade).

25/07/2014

15

• Além da isoquanta Q1 = 100, são mostradas na figura

as isoquantas Q2=150 e Q3=200.

• Por estarem mais altas que a isoquanta Q1, estas

isoquantas representam níveis mais altos de produção.

• Logo, isoquantas mais altas indicam níveis maiores de

produção.

• Isto pode ser comprovado quando mantemos, por

exemplo, a mão-de-obra constante em LC.

• Ao mesmo nível de mão-de-obra (LC), isoquantas mais

altas estão relacionadas a maiores quantidades de

capital, indicando assim maior produção à mesma

quantidade de mão-de-obra.

Linhas de isocustos

• A linha de isocustos é uma reta sobre a qual os

custos da firma são constantes para diversas

combinações de capital e mão-de-obra

25/07/2014

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Ótimo da firma

• Supondo um nível de produção Qi da firma, ela

maximizará seus lucros quando, a este nível de

produção, minimizar os custos totais.

• Assim, a condição de maximização de lucros, a

este nível de produção que está sendo suposto,

acontecerá quando a isoquanta que contém este

nível de produção Qi tocar a linha de isocustos

mais baixa possível.

• Veja a figura 10:

25/07/2014

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ALTERANDO A CURVA DE DEMANDA POR

TRABALHO

• Preço da mão-de-obra (salários): deslocamentos ao

longo da curva

• Preço do capital: deslocamentos da curva

• Demanda de produtos: deslocamentos da curva

• Produto marginal da mão-de-obra: deslocamentos

da curva

• Tecnologia de produção: deslocamentos da curva

25/07/2014

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25/07/2014

1

Economia do Trabalho

MTE

PROF. ALEX MENDES

ELASTICIDADES NO MERCADO DE TRABALHO

Elasticidade salário da demanda

A elasticidade salário da demanda reflete a variação

no emprego em virtude de variações nos salários.

25/07/2014

2

A elasticidade salário da demanda segue as mesmas

propriedades da elasticidade preço da demanda.

Caso n>1, temos demanda elástica, se n<1, demanda

inelástica, se n = 1, elasticidade unitária.

As leis Hicks-Marshall da demanda derivada

As leis Hicks-Marshall da demanda derivada são quatro

leis que associam a elasticidade salário da demanda a

outros quatro fatores:

Essas leis afirmam que, mantendo-se os outros fatores

constantes, a elasticidade da demanda do próprio

salário para uma categoria de mão-de-obra é elevada

sob as seguintes condições:

1. Quando a elasticidade preço da demanda do produto

que é produzido por esta categoria de mão-de-obra é

elevada;

2. Quando outros fatores de produção podem substituir

facilmente a categoria da mão-de-obra;

3. Quando a oferta de outros fatores de produção é

altamente elástica (isto é, o emprego de outros fatores

de produção pode ser aumentado sem aumentar

substancialmente seus preços); e

4. Quando o custo de empregar a categoria de mão-de-

obra constitui uma grande parcela dos custos totais de

produção.

25/07/2014

3

Demanda por mão-de-obra: curto x longo prazo

• É aceito que a demanda por mão-de-obra tende a ser

mais elástica no longo prazo.

• Isto é, aumentos de salários causam maiores

reduções no emprego no longo prazo do que no curto

prazo.

• Isto acontece porque, no curto prazo, não há tempo

de o empresário buscar imediatamente novas formas

de reduzir os custos.

• Usando as leis Hicks-Marshall, nós temos que as

elasticidades preço da demanda de bens serão

maiores no longo prazo

• Por este motivo, seguindo a lei 01 de Hicks-Marshall,

a elasticidade salário da demanda também será

maior no longo prazo.

• Seguindo a lei 02, nós podemos inferir que no curto

prazo é muito mais difícil substituir a mão-de-obra

pelo capital, pois o empresário leva um tempo para

descobrir meios ou de que maneira ele irá substituir

os trabalhadores por capital.

25/07/2014

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ELASTICIDADE-SALÁRIO DA DEMANDA CRUZADA

A elasticidade da demanda pelo insumo x com relação

ao preço do insumo y é a mudança percentual na

demanda pelo

insumo x induzida por uma mudança percentual no

preço do insumo y.

Se os dois insumos são categorias de mão-de-obra,

chamamos a isto de elasticidade salário da demanda

cruzada, conforme abaixo:

25/07/2014

5

• Neste caso, queremos saber qual será a variação

percentual no emprego da categoria de mão-de-

obra x, depois de variações nos salários da

categoria de mão-de-obra y.

• O conhecimento da elasticidade salário da

demanda cruzada é válido para sabermos se duas

categorias de mão-de-obra são complementos ou

substitutos.

Ficamos assim com relação à elasticidade salário da demanda cruzada:

insumos são complementos brutos e o efeito escala sobrepõe o efeito substituição.

25/07/2014

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CUSTOS DE TRABALHO NÃO SALARIAIS

• Nós podemos dividi-los em duas categorias: custos

de contratação/treinamento e benefícios do

funcionário.

Ao realizar este treinamento, as empresas incorrem em

pelo menos três tipos de custos:

• Os custos monetários explícitos de empregar

indivíduos para servir como instrutores e os custos

dos materiais empregados durante o processo de

treinamento;

• Os custos implícitos ou de oportunidade de emprego

do equipamento de capital e de funcionários

experientes para efetuar o treinamento

• Os custos implícitos ou de oportunidade do tempo do

indivíduo sob treinamento (que não produz tanto

quanto produziria se seu tempo estivesse dedicado

às atividades de produção).

25/07/2014

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Benefícios do empregado

• Do ponto de vista não salarial, além dos custos de

contratação e treinamento, existem os benefícios do

empregado.

• Estes benefícios incluem as contribuições requeridas

legalmente para o seguro social e benefícios

fornecidos não oficiais (pagamentos de feriados,

licenças médicas, pausas para o "cafezinho",

refeições do empregado, creche, etc).

OFERTA DE MÃO-DE-OBRA

Teoria sobre a decisão de trabalhar

• A decisão de trabalhar, em último caso, constitui uma

decisão sobre como passar o tempo.

• Aqui em nosso estudo, consideramos que os

trabalhadores gastam seu tempo em somente duas

atividades: trabalho ou lazer.

• Considerando sempre que maior demanda de lazer

significa menor oferta de trabalho e vice-versa.

25/07/2014

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Análise da demanda por lazer

1. Custo de oportunidade do lazer (preço do lazer):

o conceito de custo de oportunidade de determinado

bem é o que você deixou de ganhar se houvesse

optado em não adquirir este bem.

• Assim, o preço ou o custo de oportunidade de 01

hora de lazer é a taxa salarial/hora W.

2. Disponibilidade financeira: são todos os ativos de

um trabalhador (investimentos no banco, ações,

imóveis para locação, sua mão-de-obra, dividendos,

etc).

3. OUTROS FATORES: conjunto de preferências, por

exemplo.

• Trabalhadores que possuem filhos podem demandar

mais lazer (passar mais tempo com os filhos),

• Aqueles mais jovens podem demandar menos lazer

(estão no início da vida, em fase de formação de

patrimônio), etc.

25/07/2014

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Análise da oferta de trabalho

• A teoria econômica estatui que, à medida que a

renda aumenta, coeteris paribus, a demanda por um

bem aumenta.

• Assim, se a renda aumenta, mantidos os outros

fatores constantes, a demanda por lazer aumenta (já

que o lazer é um bem).

• Veja que quando falamos "mantidos os outros fatores

constantes", estamos dizendo que todo o resto é

constante, inclusive os salários (lembre que salários *

renda).

• Logo, podemos reescrever a afirmação da seguinte

maneira: se a renda aumenta, e os salários mantêm-

se constantes, a oferta de trabalho cairá.

• Esta resposta das horas de lazer demandadas às

mudanças na renda, com os salários mantidos

constantes, é chamada de efeito renda.

• Transformando este efeito em uma expressão

algébrica, definimos o efeito renda como sendo a

mudança nas horas de trabalho (AH) produzida por

uma mudança na renda (AY), mantendo-se os

salários constantes (W):

25/07/2014

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• O efeito renda é negativo.

• Se a renda aumentar (∆Y) (com salários constantes),

as horas de trabalho (∆H) caem.

• Se a renda cai, as horas de trabalho aumentam.

• Observe que o numerador e o denominador movem-

se em direções opostas, dando um sinal negativo ao

efeito renda.

• Imaginemos agora uma situação oposta: aumento de

salários, mantendo-se a renda constante.

• A teoria sugere que se a renda for mantida constante,

um aumento na taxa salarial reduzirá a demanda

pelo lazer, aumentando assim os incentivos ao

trabalho.

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EFEITO RENDA PURO

• O recebimento de uma herança é um exemplo

clássico do efeito renda puro.

• Tal acontecimento aumenta nossa disponibilidade

financeira, independentemente das horas de trabalho.

• Logo, temos um aumento de renda mantendo-se o

salário constante.

• Neste caso, o efeito renda induz a pessoa a consumir

mais lazer, reduzindo assim a disposição para

trabalhar.

EFEITO SUBSTITUIÇÃO PURO

(aumento de salários W aumento do custo do lazer ^

redução na demanda por lazer aumento da oferta de

trabalho.)

OS DOIS EFEITOS SIMULTANEAMENTE.

• A situação normal é os dois efeitos atuarem

simultaneamente.

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1

Economia do Trabalho

MTE

PROF. ALEX MENDES

EMPREGADOR X TRABALHADOR • Lucros x Utilidade • Função de Produção x Função Utilidade

A equação matemática acima para representar a utilidade do trabalhador tem o mesmo formato da equação de cobb- douglas.

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2

EMPREGADOR X TRABALHADOR • Lucros x Utilidade • Função de Produção x Função Utilidade

A equação matemática acima para representar a utilidade do trabalhador tem o mesmo formato da equação de cobb- douglas.

Utilidade marginal do lazer e utilidade Marginal do consumo: Utilidade marginal do consumo (UmgC): é o acréscimo de utilidade (U) em virtude do acréscimo de uma unidade de consumo (C). De forma matemática:

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Utilidade marginal do lazer (UmgL): é o acréscimo de utilidade (U) em virtude do acréscimo de uma unidade de lazer (L). De forma algébrica:

Utilidade marginal decrescentes • as utilidades marginais também são decrescentes

Maximização da utilidade • A função utilidade segue os mesmos princípios que qualquer

outra função matemática. • Por exemplo, dada uma função utilidade qualquer, se

quisermos saber qual será a quantidade de consumo que maximizará a utilidade, basta derivar U em relação a C e igualar a 0.

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4

• Em outras palavras, quando UmgC=0 • Por outro lado, se quisermos saber qual a quantidade de lazer

que maximizará a utilidade. • Basta derivar U em relação a L e igualar a 0(quando UmgL=0).

PREFERÊNCIAS

• Se unirmos os pontos A, B, C e qualquer outro ponto que gere o nível de utilidade U1, traçaremos uma curva denominada curva de indiferença.

• Assim, podemos definir curva de indiferença: é uma curva que liga as várias combinações de renda monetária e lazer que proporcionam igual utilidade.

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PROPRIEDADES DAS CURVAS DE INDIFERENÇA 1. Curvas mais altas são preferíveis.

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2. Curvas de indiferença não se cruzam.

3. Curvas de indiferença são inclinadas negativamente

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4. As curvas de indiferença são convexas 5. A TMgS é decrescente. 6. Cada trabalhador possui as suas preferências

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RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA • Podemos definir que o preço do lazer é igual a W. • Reta de restrição orçamentária: é a linha que reflete as

combinações de lazer e consumo possíveis para a determinada renda de um trabalhador.

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O que determina a inclinação da linha de orçamento é a divisão do preço do lazer (W) pelo preço do consumo (C).

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ÓTIMO (EQUILÍBRIO) DO TRABALHADOR

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Elasticidade salário da oferta • A elasticidade salário da oferta reflete a variação na oferta de

emprego em virtude de variações nos salários

• Se a elasticidade da oferta é positiva, a curva de oferta de trabalho será positivamente inclinada e o efeito substituição superará o efeito renda;

• Se a elasticidade da oferta é negativa, a curva de oferta de trabalho será negativamente inclinada e o efeito renda superará o efeito substituição.

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Salário de reserva • Na Microeconomia, existe o termo "preço de reserva", que

significa um determinado preço em que o consumidor é exatamente indiferente entre consumir ou não o bem.

• Levando para o mercado de trabalho, temos o "salário de reserva", que é o salário que torna o indivíduo indiferente entre ofertar ZERO horas de trabalho ou ofertar algumas trabalho.

1 - abaixo do salário de reserva: caso o salário oferecido seja menor que o salário de reserva, serão ofertadas ZERO horas de trabalho; 2 - ao nível do salário de reserva: caso o salário oferecido seja exatamente igual ao salário de reserva, a pessoa será indiferente entre ofertar ZERO horas de trabalho ou ofertar horas positivas de trabalho; 3 - acima do salário de reserva: caso o salário oferecido seja maior que o salário de reserva, serão ofertadas horas positivas de trabalho.

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Rendas econômicas • Renda econômica pode ser definida coma a quantia em

que o salário de mercado supera o salário de reserva em um emprego particular.

Assim, a diferença entre o salário efetivamente pago e os salários de reserva dos trabalhadores multiplicada pelo número de trabalhadores que recebem valores acima do salário de reserva (área bege) é a quantia da renda econômica.

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Efeito renda-ordinário e efeito renda-dotação

• O efeito renda-ordinário é o efeito renda comum, e representa a alteração na demanda proveniente de uma alteração na renda do consumidor.

• A dotação reflete os bens que o consumidor possui e que, por sua vez, podem ser transformados em renda.

• Efeito renda = efeito renda-ordinário + efeito renda-dotação

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Economia do Trabalho

MTE

PROF. ALEX MENDES

Economia do Trabalho:

1.Conceitos básicos e Definições.

•População e força de trabalho.

•População economicamente ativa e sua composição:

empregados, subempregos e desempregados.

•Rotatividade da Mão-de-obra.

•Indicadores do mercado de trabalho.

•Mercado de trabalho formal e informal.

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CONCEITOS FUDAMENTAIS

• População economicamente ativa- referem-se as

pessoas ativas na semana de pesquisa que

compuseram-se das pessoas ocupadas e

desocupadas nesse período.

PEA = PO + PD

•Pessoas ocupadas - são classificadas como aquelas

pessoas ocupadas na semana de referência as pessoas

que tinham trabalho durante ou parte desse período.

Incluem-se ainda como ocupadas as pessoas que

exercerem o trabalho remunerado que tinham na semana

de referência por motivo de férias, licença,greve ou

doença

Pessoas desocupadas – são classificadas aqueles

indivíduos desocupados na semana de referência sem

trabalho que tomaram alguma providência efetiva de

procurar trabalho no período.

•Esse grupo da força de trabalho inclui as pessoas não

empregadas, mas que estão ativamente procurando

trabalho ou querem retornar ao mercado de trabalho.

•Para ser relacionado como desempregado, um indivíduo

precisa fazer mais do que simplesmente pensar sobre o

assunto. Ele deve relatar esforços específicos para

encontrar trabalho.

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PT= população total - refere-se ao total de pessoas

residentes no país.

•PINA = população em idade não ativa – refere-se ao

total de pessoas com menos de 10anos e com ais de 65

que estão fora do mercado de trabalho.

•PIA = população em idade ativa – refere-se ao total de

pessoas com mais de 10 anos e menos de 65.

•PT = PIA + PINA

PIA = PNEA + PEA Pessoas não economicamente ativas

– são definidas, de um modo geral aquelas pessoas que

na semana de referência das pesquisas não foram

classificadas como ocupadas e nem desocupadas.

(i) Capacitados: estudantes, desalentados, inativos,

presos;

(ii) incapacitados: inválidos física e mentalmente, idosos.

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Tipos de Desemprego

•Desemprego voluntário: reflete o fato de que algumas

pessoas que estão na força de trabalho não desejam

trabalhar ao nível de salário vigente no mercado.

•Desemprego friccional: surge devido a incessante

movimentação de pessoas entre as regiões e diversos

empregos e através de diferentes estágios do ciclo da

vida.

•Ele surge devido a que tanto os trabalhadores como as

firmas necessitam de tempo para realizar ummatching

(casamento das vagas com indivíduo) e processar as

informações.

• Desemprego involuntário: é o desemprego que ocorre

quando os indivíduos estão dispostos e são capazes

de trabalhar, pelas taxas salariais vigentes, mas não

conseguem encontrar emprego.

• •Desemprego cíclico – é o desemprego excedente do

desemprego friccional. Ele ocorre quando o produto

está abaixo do nível de pleno emprego

• •Desemprego estrutural: implica que há uma

combinação imperfeita entre oferta e demanda por

trabalho, causado muitas vezes por processos de

modernização economica.

• •Ex: mecanização e tecnicas modernas de gestão.

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• Desemprego cíclico (Sazonal): ocorre quando a

demanda por mão-de-obra é baixa. O desemprego

cíclico ocorre durante as recessões, quando os

empregos caem como resultado do desequilíbrio entre

a oferta e da demanda agregada no curto prazo.

• À medida em que o gasto total e a produção caem, o

desemprego aumenta virtualmente em todos os

lugares (setores, regiões, estados, indústrias, por

exemplo).

Fontes do desemprego – por que as pessoas se tornam

desempregadas?

- perde o emprego (são demitidos);

- reentrada no mercado de trabalho; - principiantes

(desemprego de inserção);

- deixam o emprego voluntariamente (se demitem)

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CONCEITOS BÁSICOS – A TAXA DE PARTICIPAÇÃO

OU TAXA DE ATIVIDADE Alguns fatos estilizados:

#1 – a taxa de participação masculina é maior do que a

feminina;

#2- a taxa de participação dos adultos é maior do que a

dos jovens ou idosos;

#3- a taxa de participação feminina tende a crescer com

o desenvolvimento econômico;

#4- a taxa de participação é diferente entre mulheres

casadas com ou sem filhos;

TAXA DE DESEMPREGO Taxa de desemprego - é a

percentagem das pessoas desocupadas em relação as

pessoas economicamente ativas. TD = D/PEA Este

indicador tende a refletir os desequilíbrios no mercado de

trabalho.

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O IBGE define uma pessoa como desempregado

nos seguintes termos :

"considera-se desempregada toda pessoa de 16 ou

mais anos que, durante a semana de referência,

isto é, a semana em que se fez a pesquisa, esteve

procurando trabalho, isto é, que tomou medidas

para procurar trabalho ou que procurou

estabelecer-se durante a semana precedente".

RELAÇÃO IMPORTANTE ENTRE TAXA DE

DESEMPREGO E DE EMPREGO

Como :

tD = D / PEA

tE = E / PEA,

• Subemprego É a própria subutilização da mão-de-

obra.

• As causas e os efeitos do subemprego são

múltiplos, mas invariavelmente ele está relacionado

com o desenvolvimento econômico insuficiente ou

atrasado

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Subemprego visível: é a diferença entre o volume real

de horas trabalhadas pelo indivíduo e o volume de

horas que ele

poderia/gostaria de ofertar

Subemprego encoberto: é a quantidade de mão-de-

obra que seria possível liberar melhorando-se a

organização e a distribuição das tarefas de trabalho,

mantendo-se a mesma produção, a mesma quantidade

de máquinas, ferramentas, computadores (o capital da

empresa).

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INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO Taxa de atividade

Taxa de inatividade . É o percentual de pessoas não economicamente ativas em relação às pessoas em idade ativa.

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Nível de ocupação É o percentual de pessoas ocupadas (empregadas) em relação às pessoas de 10 anos ou mais de idade (PIA). Assim:

Nível de desocupação É o inverso do nível de ocupação. É o percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas em idade ativa (PIA). Então

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Taxa de desocupação Também chamada de taxa de desemprego, é o percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas economicamente ativas (PEA). Assim:

Taxa de ocupação Também chamada de taxa de emprego, é o inverso da taxa de desocupação. Reflete o percentual de ocupados em relação às pessoas economicamente ativas (PEA):

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Taxa de rotatividade É a relação percentual entre empregos substituídos e o número inicial de empregados.

MERCADO DE TRABALHO FORMAL E INFORMAL

• Não há, por enquanto, um conceito amplamente

aceito sobre o que vem a ser um mercado de

trabalho formal ou informal.

• No entanto, a linha de ação mais aceita aponta

para o conceito de que mercado informal é aquele

que vive à marginalidade da legislação, e mercado

formal seria aquele que vive de acordo com a

legislação vigente.

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Economia do Trabalho

MTE

PROF. ALEX MENDES

Intervenção governamental • Salário Mínimo

25/07/2014

2

• Teoria da Discriminação

• Mercado de trabalho no Brasil

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3

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Economia do Trabalho

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Intervenção governamental • Salário Mínimo

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2

• Teoria da Discriminação

• Mercado de trabalho no Brasil

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