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Apostilas Exitus Economia e Demografia Paranaense 1 ECONOMIA E DEMOGRAFIA PARANAENSE Economia do Paraná Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. A Economia do Paraná se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, mandioca), na indústria (agroindústria, indústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva- mate). Agricultura Os principais produtos agrícolas de valor econômico do Paraná são o trigo, o milho e a soja, onde o Estado é um dos maiores produtores brasileiros. A soja é a mais recente das três culturas e se expandiu por quase todo o Estado, sendo exportada para outros países in natura e na forma de farelo de soja e óleo degomado. O trigo é, por sua vez, a principal cultura de inverno, sendo a produção industrializada pelos moinhos das cooperativas localizados nas zonas de produção e pelos grandes grupos situados nos centros urbanos do Paraná, São Paulo e Região Nordeste. O Paraná produz mais de 50% de todo o trigo produzido no Brasil. O algodão também foi um produto de grande importância econômica, mas perdeu espaço para outras culturas, sendo ainda cultivado por pequenos produtores. O café, que foi a principal riqueza do Paraná, perdeu espaço para a soja e para as fazendas devido às geadas que dizimaram muitas lavouras. Mesmo assim, é produzido em pequena quantidade por produtores que adotaram a tecnologia do adensamento, o que facilita os tratos culturais e aumenta a produtividade por hectare de terra. Ainda se encontra café nas regiões noroeste e norte e em alguns municípios da região oeste, sendo incentivado pelas cooperativas que recebem a produção dos agricultores para comercialização ou industrialização. O café é produzido com maior densidade na região oeste de Apucarana e também nos municípios de Bandeirantes, Santa Amélia e Jacarezinho. Pecuária A criação de bovinos é uma das riquezas do Paraná, que tem um expressivo rebanho. Tradicionalmente o Paraná é um grande produtor de suínos, especialmente nas regiões oeste e sudoeste do Estado, onde estão localizados os grandes frigoríficos voltados para a comercialização interna e para as exportações. A expansão acompanhou a implantação de novas indústrias voltadas para a exportação e consumo interno. A suinocultura e a pecuária de leite acompanharam os agricultores paranaenses, especialmente nas regiões oeste, sudoeste e centro-sul. É no centro-sul que estão os melhores rebanhos brasileiros de gado leiteiro, onde se encontram animais que produzem mais de 50 litros de leite por dia. São ainda significativos, no Paraná a produção de ovos, de casulos do bicho-da-seda, mel e cera de abelha. Mas é na avicultura que o Estado vem se destacando nos últimos dez anos, graças à implantação de frigoríficos pela iniciativa privada e pelas cooperativas. A avicultura é produzida em praticamente todas as regiões acompanhando as áreas onde se produz milho, que é a matéria-prima para a ração das aves. As aves são exportadas para mais de uma dezena de países, embora sujeitas à gripe aviária. Mineração É abundante a riqueza de minérios no subsolo paranaense. Embora tradicionalmente se valorize os minérios nobres, como ouro, cobre e outros metais, o Paraná tem grandes reservas de minerais essenciais ao desenvolvimento da economia, como a areia, argila, calcário, caulim, dolomita, talco, granitos e mármores. A bacia carbonífera do Paraná, sediada na região central, é a terceira do país. A do xisto, de onde se extrai o óleo, é a segunda do Brasil em importância. As indústrias de cimento do Paraná dinamizaram a economia de municípios localizados na microrregião de Curitiba, como Balsa Nova, Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul. Quanto aos minerais metálicos, foram exploradas jazidas de chumbo em Adrianópolis, e constatadas minas de cobre e ferro. Extrativismo vegetal O pinheiro paranaense, cujo nome científico é Araucaria angustifolia, foi por muitos anos, a principal atividade do extrativismo vegetal, embora outras espécies tenham sido exploradas. É uma riqueza muito presente no Paraná e em outros Estados. Mas em função do seu valor econômico e da expansão agrícola, foi considerada uma espécie ameaçada de extinção e agora está protegido sob legislação ambiental, sendo proibido o seu desmatamento. De acordo com os dados do Instituto de Terras e Cartografia do Paraná, em 1984, se calculou que as reservas dessa madeira nobre estavam reduzidas em cerca de 11,9% em relação ao que havia 50 anos antes. Com a rigidez das leis ambientais, imagina-se que os pinheirais remanescentes deverão sobreviver. Indústria O crescimento mais significativo da indústria paranaense aconteceu depois da segunda metade do século XX, graças ao significado montante de recursos destinados ao setor secundário. Enquanto se implantava, em Curitiba, a Cidade Industrial, com indústrias de montagem de máquinas, tecidos e frigorífico, as cidades do interior foram beneficiadas com indústrias de transformação dos produtos primários, soja, trigo e milho, suínos e madeira, principalmente. Foram beneficiadas notadamente as cidades de Ponta Grossa, Cascavel, Maringá e Londrina, embora dezenas de outras pequenas agroindústrias tenham sido instaladas nas zonas produtoras. Com isso, essas regiões criaram muitos empregos, favorecendo a evasão das populações das cidades do interior, promovendo a urbanização das cidades, muitas vezes com a criação de favelas. Curitiba e a Região Metropolitana foram amplamente beneficiadas com a industrialização muito diversificada e voltada para a exportação de máquinas, equipamentos e caminhões. As indústrias madeireiras tiveram um bom desenvolvimento nesse período, quando começaram a trazer madeiras da Amazônia para industrializar na região. Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa são as cidades que concentram as indústrias alimentícias, pois estão localizadas nas

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Economia e Demografia Paranaense 1

ECONOMIA E DEMOGRAFIA PARANAENSE

Economia do Paraná Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Economia do Paraná se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, mandioca), na indústria (agroindústria, indústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate).

Agricultura Os principais produtos agrícolas de valor

econômico do Paraná são o trigo, o milho e a soja, onde o Estado é um dos maiores produtores brasileiros. A soja é a mais recente das três culturas e se expandiu por quase todo o Estado, sendo exportada para outros países in natura e na forma de farelo de soja e óleo degomado. O trigo é, por sua vez, a principal cultura de inverno, sendo a produção industrializada pelos moinhos das cooperativas localizados nas zonas de produção e pelos grandes grupos situados nos centros urbanos do Paraná, São Paulo e Região Nordeste. O Paraná produz mais de 50% de todo o trigo produzido no Brasil. O algodão também foi um produto de grande importância econômica, mas perdeu espaço para outras culturas, sendo ainda cultivado por pequenos produtores. O café, que foi a principal riqueza do Paraná, perdeu espaço para a soja e para as fazendas devido às geadas que dizimaram muitas lavouras. Mesmo assim, é produzido em pequena quantidade por produtores que adotaram a tecnologia do adensamento, o que facilita os tratos culturais e aumenta a produtividade por hectare de terra. Ainda se encontra café nas regiões noroeste e norte e em alguns municípios da região oeste, sendo incentivado pelas cooperativas que recebem a produção dos agricultores para comercialização ou industrialização. O café é produzido com maior densidade na região oeste de Apucarana e também nos municípios de Bandeirantes, Santa Amélia e Jacarezinho.

Pecuária A criação de bovinos é uma das riquezas do

Paraná, que tem um expressivo rebanho. Tradicionalmente o Paraná é um grande produtor de suínos, especialmente nas regiões oeste e sudoeste do Estado, onde estão localizados os grandes frigoríficos voltados para a comercialização interna e para as exportações. A expansão acompanhou a implantação de novas indústrias voltadas para a exportação e consumo interno. A suinocultura e a pecuária de leite acompanharam os agricultores paranaenses, especialmente nas regiões oeste, sudoeste e centro-sul. É no centro-sul que estão os melhores rebanhos brasileiros de gado leiteiro, onde se encontram animais que produzem mais de 50 litros de leite por dia. São ainda significativos, no Paraná a produção de ovos, de casulos do bicho-da-seda, mel e cera de abelha. Mas é na avicultura que o Estado vem se destacando nos últimos dez anos, graças à implantação de frigoríficos pela iniciativa privada e pelas cooperativas. A avicultura é produzida em praticamente todas as regiões

acompanhando as áreas onde se produz milho, que é a matéria-prima para a ração das aves. As aves são exportadas para mais de uma dezena de países, embora sujeitas à gripe aviária.

Mineração É abundante a riqueza de minérios no subsolo

paranaense. Embora tradicionalmente se valorize os minérios nobres, como ouro, cobre e outros metais, o Paraná tem grandes reservas de minerais essenciais ao desenvolvimento da economia, como a areia, argila, calcário, caulim, dolomita, talco, granitos e mármores. A bacia carbonífera do Paraná, sediada na região central, é a terceira do país. A do xisto, de onde se extrai o óleo, é a segunda do Brasil em importância. As indústrias de cimento do Paraná dinamizaram a economia de municípios localizados na microrregião de Curitiba, como Balsa Nova, Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul. Quanto aos minerais metálicos, foram exploradas jazidas de chumbo em Adrianópolis, e constatadas minas de cobre e ferro.

Extrativismo vegetal O pinheiro paranaense, cujo nome científico é

Araucaria angustifolia, foi por muitos anos, a principal atividade do extrativismo vegetal, embora outras espécies tenham sido exploradas. É uma riqueza muito presente no Paraná e em outros Estados. Mas em função do seu valor econômico e da expansão agrícola, foi considerada uma espécie ameaçada de extinção e agora está protegido sob legislação ambiental, sendo proibido o seu desmatamento. De acordo com os dados do Instituto de Terras e Cartografia do Paraná, em 1984, se calculou que as reservas dessa madeira nobre estavam reduzidas em cerca de 11,9% em relação ao que havia 50 anos antes. Com a rigidez das leis ambientais, imagina-se que os pinheirais remanescentes deverão sobreviver.

Indústria O crescimento mais significativo da indústria

paranaense aconteceu depois da segunda metade do século XX, graças ao significado montante de recursos destinados ao setor secundário. Enquanto se implantava, em Curitiba, a Cidade Industrial, com indústrias de montagem de máquinas, tecidos e frigorífico, as cidades do interior foram beneficiadas com indústrias de transformação dos produtos primários, soja, trigo e milho, suínos e madeira, principalmente. Foram beneficiadas notadamente as cidades de Ponta Grossa, Cascavel, Maringá e Londrina, embora dezenas de outras pequenas agroindústrias tenham sido instaladas nas zonas produtoras. Com isso, essas regiões criaram muitos empregos, favorecendo a evasão das populações das cidades do interior, promovendo a urbanização das cidades, muitas vezes com a criação de favelas.

Curitiba e a Região Metropolitana foram amplamente beneficiadas com a industrialização muito diversificada e voltada para a exportação de máquinas, equipamentos e caminhões. As indústrias madeireiras tiveram um bom desenvolvimento nesse período, quando começaram a trazer madeiras da Amazônia para industrializar na região. Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa são as cidades que concentram as indústrias alimentícias, pois estão localizadas nas

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principais regiões produtoras do Estado. O Paraná abrigou indústrias de papel, como as Indústrias Klabin, instalada na fazenda Monte Alegre, no município de Telêmaco Borba e a Inpacel(Vinson do Brasil), localizada no município de Arapoti, é a única empresa do Hemisfério Sul que produz papéis couché de baixa e média gramatura (conhecidos como LWC e MWC), usados para impressão de revistas, encartes, suplementos especiais, catálogos, folhetos e papel de presente. A Inpacel atingiu qualidade internacional em função da alta tecnologia empregada em todo o processo produtivo.

Em agosto de 2004, a atividade industrial do Paraná cresceu 18,8% na comparação com igual mês do ano passado. Para períodos mais abrangentes, avançou 7,8% no acumulado no ano e 7,3% nos últimos doze meses.

Em relação a agosto do ano passado, a produção industrial paranaense (18,8%) assinalou sua taxa mais elevada desde janeiro de 2001 (22,7%), com 10 segmentos influenciando positivamente o resultado global. No conjunto dessas atividades, quatro delas foram responsáveis pela maior parte do crescimento da taxa industrial este mês. A maior pressão positiva veio de veículos automotores (71,0%). O segundo ramo mais influente foi o de edição e impressão (121,7%), seguido de máquinas e equipamentos (29,2%) e alimentos (8,3%), No grupo das atividades com queda, vale destacar outros produtos químicos (-16,9%), ramo de maior pressão negativa sobre a taxa geral.

Quanto à produção acumulada no ano, o índice de 7,8% reflete o desempenho positivo de 10 ramos, com veículos automotores (43,2%) influenciando em maior medida a taxa global. No entanto, dois outros ramos devem ser destacados, em face da sua importância na estrutura industrial do estado: máquinas e equipamentos (25,0%) e madeira (23,9%). Em sentido oposto, refino de petróleo e produção de álcool (-21,0%) atuou negativamente.

Energia O Paraná tem um grande potencial hidrelétrico

muito bem aproveitado, especialmente no rio Iguaçu, onde foram construídas várias hidrelétricas, entre elas as de foz do rio Areia, salto Osório e salto Santiago. Próximo a Curitiba está a Usina Hidrelétrica de Capivari Cachoeira, uma das primeiras construídas pela Copel, a companhia estadual de energia elétrica. Mais recentemente foram construídas pequenas centrais hidrelétricas em vários rios de menor porte, como a de Chavantes e Vossoroca. No rio Chopim, no sudoeste do Estado, foi construída a Usina Hidrelétrica Júlio Mesquita Filho. Mas está localizada entre o Brasil e o Paraguai, no rio Paraná, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo, construída em conjunto com o Paraguai, e que fornece energia para vários Estados brasileiros. Tem capacidade para produzir 12.600 mw e só recentemente instalou as últimas turbinas. Teve suas comportas fechadas em 12 de outubro de 1982 e a usina hidrelétrica foi inaugurada em 5 de novembro do mesmo ano, durante a presença dos presidentes João Baptista Figueiredo, do Brasil e Alfredo Stroessner, do Paraguai.

Mas o Paraná também é rico em energia gerada pelas usinas de açúcar e álcool, que produzem

eletricidade a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar. Não se pode desprezar também a energia automotiva que vem do álcool, pois o Paraná é um grande produtor desse combustível.

Transportes O sistema ferroviário paranaense desfruta de

notável participação na vida econômica do estado. No setor meridional, o estado é servido pelas linhas da antiga Ferroeste (atual ferropar), a ferrovia da soja, que passou a ser operada pela iniciativa privada em 1997 no trecho entre Guarapuava e Cascavel, com uma extensão até Guaíra e Foz do Iguaçu. Uma outra estrada de ferro faz as ligações de Paranaguá com Curitiba e Guarapuava. No sentido norte-sul, encontram-se as linhas da ferrovia Sul-Atlântico, correspondente à malha sul da antiga Rede Ferroviária Federal, também privatizada na década de 1990, que faz a ligação do Paraná com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A rede de rodovias pavimentadas compreende duas estradas de penetração, no sentido leste-oeste: a ligação Ourinhos SP-Londrina-Apucarana-Maringá-Paranavaí; e a ligação Paranaguá-Curitiba-Ponta Grossa-Guarapuava-Cascavel-Foz do Iguaçu. Em sentido transversal, figuram as ligações Apucarana-Ponta Grossa, Sorocaba-Curitiba e São Paulo-Curitiba-Rio Negro. Esta última prolonga-se até o extremo sul do Rio Grande do Sul e é parte da BR-116, que chega até o Nordeste.

O porto de Paranaguá, um dos mais importantes do país, foi objeto de um intenso programa de modernização, com dragagem, ampliação do cais, renovação de equipamento, inclusive a construção de um terminal de contêineres e de silos com unidades sugadoras. O estado tem dois aeroportos internacionais, o de Curitiba e o de Foz do Iguaçu, importante ligação com os países do Mercosul, além de um aeroporto doméstico, em Londrina.

Turismo As Cataratas do Iguaçu em Foz do Iguaçu: Ponto

turístico atrai mais de 1 milhão de visitantes todo ano.

O Paraná é um dos Estados que tem um grande número de parques nacionais, destacando-se o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional do Superagui. Foz do Iguaçu com cerca de 250 quedas-d’águas e 75 metros de altura, é conhecida internacionalmente. A Garganta do Diabo é uma das atrações do maior conjunto de cataratas do mundo.

Outro ponto de interesse turístico é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, onde as rochas esculpidas pelos ventos e pelas águas parecem ruínas de uma grande cidade. Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar o Buraco do Padre, a Capela de Santa Bárbara (construída pelos Jesuítas) e a Cachoeira da Mariquinha. Em Maringá existe a Catedral de Maringá (Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória), segundo monumento mais alto da América do Sul e décimo do mundo.

As praias de Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paraná e Praia de Leste são as mais freqüentadas do Paraná. São procuradas por turistas não só no verão,

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mas também no inverno, quando parte da população vai para o litoral fugindo do frio do planalto.

Curitiba tem pontos turísticos interessantes que merecem ser visitados: o Relógio das Flores, montado em um grande canteiro; o bairro de Santa Felicidade, onde se encontram vários restaurantes com comidas típicas de diferentes países; a “Boca Maldita”, na avenida Luís Xavier, a “menor do mundo”, pois tem apenas um quarteirão, onde políticos se reúnem no final da tarde para conversar sobre os principais assuntos do dia e trocar informações; as feiras de arte e artesanato aos sábados e domingos, além de parques e bosques.

Paranaguá, a primeira cidade fundada no Estado, em 1648, guarda em suas igrejas de estilo barroco alguma coisa da história da época. Pode-se ir de litorina da capital até Paranaguá numa viagem bastante interessante. A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá corta a serra do Mar através de túneis e viadutos, atravessando precipícios a todo instante. A beleza da paisagem, formada pela mata quase virgem e por diversas quedas-d’água, e valorizada pelos abismos. De lancha, pela baía de Paranaguá, pode-se alcançar a ilha do Mel, onde a história e a natureza se misturam.

Na cidade da Lapa, são Benedito é festejado (13 de maio) com a ‘’congada’’ (dança dos negros congos, de origem africana, onde descendentes de escravos falam, recitam, cantam e dançam).

Outras danças populares são o curitibano, com os pares fazendo roda; o quebra-mana, uma mistura de valsa e sapateado; e o nhô-chico, dança ao som de violas, característica do litoral.

Durante o ano inteiro, se realizam feiras e festivais, destacando-se a München Fest de Ponta Grossa, o Festival de Música de Londrina, Festival do Folclore, a Feira do Comércio e Indústria e a Feira de Móveis do Paraná (Movelpar).

Etnologia A curiosidade em relação aos povos que se

tornaram conhecidos dos europeus a partir dos descobrimentos acentuou-se à medida que a Europa estendia seus domínios coloniais e reacendeu-se no século XIX, com as grandes explorações do continente africano. Começou assim a configurar-se uma ciência dos povos, separada da geografia.

Etimologicamente, etnologia é o "estudo ou descrição dos povos". Essa ciência concentrou-se no estudo das raças e dos povos, de todos os pontos de vista, e sobretudo na comparação entre as culturas primitivas e as desenvolvidas, e se baseia quase inteiramente no trabalho de campo. Requer uma completa imersão do etnólogo na cultura e na vida cotidiana do povo que é objeto de estudo.

A etnologia é parte de outra ciência de objeto mais amplo: a antropologia. Na delimitação dos campos correspondentes às duas disciplinas existem duas grandes correntes: a anglo-saxônica, mais precisamente americana, e a européia continental, representada sobretudo por cientistas franceses e alemães. Entre os americanos, a etnologia é conhecida com o nome de antropologia cultural histórica e, junto com o estudo da

pré-história e a antropologia lingüística, constitui um dos ramos da antropologia cultural geral.

Para o francês Claude Lévi-Strauss, a expressão "antropologia cultural" foi adotada pelos anglo-saxões a partir do século XIX a fim de designar o conjunto dos temas que os europeus continentais denominaram mais freqüentemente "etnografia" ou "etnologia", isto é, a investigação sobre os povos "exóticos" e a sistematização do conhecimento sobre eles. A etnologia, dada sua natureza subjetiva, é necessariamente comparativa. Como o etnólogo conserva certos preconceitos culturais, suas observações são em certa medida comparativas e as generalizações tornam-se inevitáveis.

Histórico. A etnologia, num sentido descritivo ou etnográfico, tem longa tradição na história da cultura universal. Já nas obras de historiadores gregos como Heródoto e Xenofonte aparecem freqüentes descrições dos povos "bárbaros" ou estrangeiros, com o propósito de explicar suas diferenças raciais e de costumes. Os romanos Cornélio Tácito e Júlio César foram também precursores dessa ciência, assim como o veneziano Marco Polo e outros viajantes medievais. Um papel importante nos primórdios da disciplina foi desempenhado pelos conquistadores e cronistas espanhóis da época do descobrimento e da colonização da América. Frei Bernardino de Sahagún, com a Historia general de las cosas de la Nueva España, escrita por volta de 1560, criou a primeira obra tida como etnográfica, pois aplicou uma metodologia apropriada e rigorosa no tratamento dos dados étnicos e lingüísticos. No entanto, a etnografia tornou-se profissão com o trabalho pioneiro do polonês Bronislaw Malinowski nas ilhas da Melanésia, por volta de 1915, do qual resultaram clássicos como Crime and Custom in Savage Society (1926; Crime e costumes na sociedade selvagem). Desde então, o trabalho etnográfico de campo tornou-se uma espécie de rito de passagem para os profissionais da antropologia cultural.

Desenvolvimento. Inicialmente a etnologia se desenvolveu como ciência de classificação das raças, campo que depois foi explorado pela antropologia física. No fim do século XIX surgiu o método propriamente etnográfico ou descritivo de culturas. Em geral, o etnólogo reside no lugar da pesquisa pelo menos um ano, aprende o idioma ou dialeto local e participa o mais intensamente possível da vida cotidiana, ao mesmo tempo em que procura manter o distanciamento necessário à observação. Freqüentemente o pesquisador não consegue deixar de expressar pontos de vista preconceituosos, por mais que busque a isenção. Entre os métodos usados, notabilizaram-se a análise estrutural de Lévi-Strauss e o neo-evolucionismo de V. Gordon Childe e Julian H. Steward.

As culturas primitivas ou tradicionais que persistem na atualidade atravessam uma fase crítica, pois ou estão em extinção ou vêm sofrendo um processo de aculturação e perda dos valores que lhes são próprios, sob influência das sociedades industriais. Por isso, a etnologia teve que modificar também suas linhas de ação e investigação, já que, embora as formas "puras" das culturas primitivas ou tradicionais tenham recebido o impacto da civilização moderna, vestígios do passado continuam patentes em manifestações

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folclóricas, lendas, costumes etc., cujo estudo revela valiosos elementos culturais. Assim, os etnólogos dedicados a povos que mantêm viva a lembrança de um recente passado colonial, e que trabalham em colaboração com colegas nativos, procuram descobrir de que modo essas sociedades respondem às influências modernizadoras e quais são os elementos da antiga cultura que persistem dentro da nova. Os estudos etnográficos não se limitam às pequenas sociedades primitivas mas também focalizam novas unidades culturais, como os guetos das grandes cidades.

Os instrumentos do etnólogo mudaram muito desde o tempo de Malinowski. Embora as anotações conservem grande valor no trabalho de campo, os pesquisadores têm utilizado as vantagens da moderna tecnologia, como filmes, vídeos e fitas de áudio para reforçar as análises e descrições escritas. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

Etnografia. Ramo da antropologia que tem por objeto o

estudo e a descrição dos povos, sua língua, raça, religião e manifestações materiais de sua atividade.

Etnias – Paraá A população do Paraná é composta basicamente

por brancos, negros e indígenas. No Brasil colonial, os colonizadores espanhóis foram os primeiros a iniciar o povoamento no território paranaense. Os portugueses e seus descendentes são a maioria da população do Estado. Existe também uma grande e diversificada população de descendentes de imigrantes, tais como italianos, alemães, poloneses, ucranianos, japoneses e árabes. Há também minorias de imigrantes holandeses, coreanos, chineses e búlgaros.

Portugueses Os portugueses e seus descendentes constituem

a maioria da população, não só por ter sido o elemento colonizador, mas também por ser o único que não sofre restrições numéricas de entrada no Brasil. Aos portugueses, devemos a nossa língua, a religião, a base de nossa organização política, a cultura e a base de nossas instituições jurídicas. Estão presentes em todo o Paraná.

Espanhóis Os espanhóis entraram no Brasil notadamente na

época do Brasil Colônia, quando Portugal pertencia à Espanha. Localizaram-se junto às grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. No estado do Paraná, além de se concentrarem na região de Curitiba e de Jacarezinho, descendentes de espanhóis (argentinos e paraguaios) são encontrados na fronteira com o Paraguai e a Argentina, principalmente na região de Foz do Iguaçu.

Italianos Os italianos começaram a chegar em maior

número ao Brasil a partir de 1871. Dirigiram-se principalmente ao estado de São Paulo, onde se dedicam à cultura cafeeira e às atividades industriais. Também são numerosos no Rio Grande do Sul, onde se dedicam ao cultivo e à fabricação do vinho. No Paraná,

imigrantes italianos se estabeleceram a princípio no litoral (Alexandra e Morretes), porém, por causa das condições adversas do lugar, seus núcleos não progrediram. A maior parte transferiu para os arredores de Curitiba, Colombo e Santa Felicidade, onde cultivam a uva e fabricam o vinho. Também são muito expressivos nas regiões norte e oeste, devido à migração interna. A influência italiana nos usos e costumes da população paranaense pode ser constatada através de sua comida típica e do artesanato em peças de vime, encontrados em Santa Felicidade.

Alemães Os alemães formam um dos mais importantes

grupos da imigração brasileira. Sua influência é muito notada no Sul do Brasil onde marcaram a paisagem com suas habitações típicas. Dirigiram-se, a partir de 1824, para Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Ao Paraná, os primeiros imigrantes chegaram em 1829, estabelecendo-se em Rio Negro. A partir de 1878, alemães do Volga (alemães-russos), estabeleceram-se nos Campos Gerais, próximos à Ponta Grossa e Lapa. Em 1951, alemães que se transferiram-se de Santa Catarina para o Paraná, fundaram a colônia Witmarsum, no município de Palmeira. Este núcleo centraliza várias aldeias numa cooperativa, onde seus habitantes industrializam o leite. Alemães "suábios do Danúbio" fundaram, no município de Guarapuava, a colônia Entre Rios, onde se dedicam à agricultura. No norte, os alemães se concentram em Cambé e em Rolândia, que realiza, todo ano, a mais famosa Oktoberfest do Paraná. Também são bastante numerosos em Curitiba.

Holandeses Os holandeses (ou mais corretamente,

"neerlandeses"), apesar de serem pouco numerosos, trouxeram grandes benefícios ao Paraná. Dirigiram-se, em 1911, para os Campos de Castro onde introduziram com êxito a pecuária leiteira e sua industrialização, dando origem à Cooperativa Agro-Pecuária Batavo. Seus principais núcleos estão em Carambeí, Castrolanda e Arapoti.

Ainda de origem germânica, estabeleceram-se, em proporções menores em terras paranaenses: austríacos, suíços, ingleses e estadunidenses.

Poloneses Os poloneses formam o grupo mais numeroso de

imigrantes do Paraná, ao lado dos ucranianos, outro segundo grupo de imigrantes eslavos. Começaram a chegar em 1871, distribuindo-se pelos arredores de Curitiba (Pilarzinho, Abranches, Santa Cândida), Araucária (Tomás Coelho), São José dos Pinhais, Contenda e Campo Largo. Também se expandiram pelo centro-sul, formando colônias em Mallet, Cruz Machado, São Mateus do Sul, Irati, União da Vitória, Prudentópolis e vários outros locais. Em Londrina, temos a colônia de Warta, fundada por migrantes vindos de Santa Catarina.

Ucranianos Os ucranianos distinguem-se dos poloneses pela

língua, pelos costumes e pela sua origem histórica. Povo agrícola, vindo da Ucrânia, trouxe o estilo bizantino de suas igrejas, seus trajes bordados e suas danças típicas.

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Formam núcleos importantes em Prudentópolis, Ponta Grossa, União da Vitória, Cruz Machado, Vera Guarani, Rio Azul, Ivaí, Apucarana, Campo Mourão e Curitiba. O início da imigração ucraniana deu-se em 1891.

Árabes e judeus O maior grupo de brancos asiáticos encontrados

no Brasil pertence aos povos semitas da Ásia Menor. São os judeus, os árabes, os sírios e os libaneses que, espalhados pelas grandes cidades, dedicam-se tradicionalmente ao comércio.

Japoneses

Praça do Japão, homenagem à imigração

japonesa, em Curitiba (PR).

Os japoneses são os asiáticos que mais vêm para o Brasil. O início de sua entrada no País data de 1908, acentuando-se a partir de 1920 e depois da Segunda Guerra Mundial. Dirigiram-se em sua maioria para São Paulo, Amazônia e norte do Paraná.

No Paraná, as primeiras colônias japonesas foram fundadas no litoral (Paranaguá, Antonina, Morretes, Cacatu) e no Planalto de Curitiba. Mas o grande reduto de japoneses é o norte, principalmente em Londrina, Assaí, Maringá e Cambará. Dedicaram-se à horticultura e à outras atividades agrícolas.

Coreanos Os coreanos chegaram a partir de 1967 e foram

instalados em Santa Maria, núcleo localizado no quilômetro 144 da Rodovia do Café, em plena região dos Campos Gerais.

Chineses Os chineses, em menor número, concentraram-se

mais nas cidades e têm vindo principalmente de Formosa.

Indígenas (autóctones) A distribuição primitiva do índio no Paraná

limitava-se aos do grupo tupi-guarani no litoral, no oeste e noroeste; aos Jê (botocudo e caingangue) com distribuição geográfica mal definida, mas preferencialmente sobre a Floresta de Araucária. Em

1953, foram descobertos os Xetá, que haviam se isolado na Serra dos Dourados (noroeste do estado) vivendo no mais puro estado primitivo, dos quais nada mais resta na região. Aos indígenas, o paranaense deve o nome de seu estado e de muitas de suas cidades, o hábito de tomar chimarrão e a culinária, entre outros costumes.

Os poucos descendentes indígenas existentes são protegidos pela FUNAI, e vivem em postos como São Jerônimo da Serra, Guarapuava, Palmas, Mangueirinha, Apucarana, Laranjeiras do Sul e outros.

Africanos O único grupo negro existente no Paraná é o

banto. No Sul do Brasil, por causa das condições históricas de seu desenvolvimento sócio-econômico, que fora deixado em segundo plano pela Coroa Portuguesa, o negro, que constituiu a maior parte da mão-de-obra do Brasil tropical, aparece em menor número. No Paraná, concentraram-se primeiramente na Lapa, Ponta Grossa, Castro, Antonina, Paranaguá e Curitiba.

Mestiços No estado do Paraná, os mestiços não são

numerosos, sendo que o mais característico é o caboclo do Litoral. Sua influência aparece nos costumes locais como o fandango (dança folclórica) e no barreado (comida regional).

Resumindo: O Paraná é um dos estados com a maior diversi-

dade étnica do Brasil. São alemães, poloneses, ucrania-nos, italianos, japoneses, povos que ajudaram a construir o Paraná de hoje. As 28 etnias que colonizaram o Estado trouxeram na bagagem sua cultura, costumes e tradi-ções. Os imigrantes chegaram com a promessa de en-contrar a paz numa 'terra desconhecida, mas que prome-tia trabalho, terra, produção e tranquilidade.

A colonização maciça só começou depois da proi-bição do tráfico de escravos, o que aumentou a procura de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente no Norte do Estado. Essa mão-de-obra assalariada passou a ser a melhor alternativa para o desenvolvimento da pecuária, até então era a principal cultura do Paraná, e das lavouras de café. Foi a partir de 1850, quando o Paraná deixou de ser província de São Paulo, que o Governo local iniciou uma campanha para atrair novos imigrantes. Entre 1853 e 1886 o Estado recebeu cerca de 20 mil imigrantes. Cada um dos povos que colonizaram o Paraná formaram colônias nas regi-ões do Estado.

Alemães - Os alemães foram os primeiros a che-gar ao Paraná, em 1829, fixando-se em Rio Negro. Mas, o maior número de imigrantes vindos da Alemanha che-gou ao Estado no período entre as guerras mundiais, fugindo dos horrores dos conflitos. Esse povo trouxe ao Paraná todas as atividades a que se dedicavam, entre elas a olaria, agricultura, marcenaria, carpintaria, etc. E, à medida que as cidades prosperavam, os imigrantes passaram a exercer também atividades comerciais e industriais. Hoje, a maior colônia de alemães está no município de Marechal Cândido Rondon, que guarda na fachada das casas, na culinária e no rosto de seus habi-tantes a marca da colonização.

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Os alemães estão concentrados também em Ro-lândia, Cambé e Rio Negro. A maioria deles chegou ao Paraná vindo de Santa Catarina.

Árabes - O primeiro lugar onde os árabes se ins-talaram no Paraná foi Paranaguá. Mais tarde eles foram para Curitiba, Araucária, Lapa, Ponta Grossa, Guarapua-va, Serro Azul, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, que hoje tem a maior colônia árabe do Estado. Em Curitiba apareceram em maior número após a Segunda Guerra Mundial, quando chegaram a constituir cerca de 10% da população.

Uma das maiores influências dos árabes no Esta-do está na gastronomia, onde os temperos e condimen-tos passaram a ser incorporados a culinária de modo geral, além dos kibes e sfihas que até hoje estão presen-te na mesa dos paranaenses. Os imigrantes árabes se dedicaram principalmente à produção literária, arquitetu-ra, música e dança.

Espanhóis - Os primeiros imigrantes espanhóis que chegaram ao Paraná formaram Colônias nos muni-cípios de Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Wens-ceslau Brás. Entre 1942 e 1952 a imigração espanhola tornou-se mais intensa. Novos municípios, principalmen-te na região de Londrina, foram formados por esses imigrantes. Eles desenvolveram atividades comerciais, artesanais e relacionadas à indústria moveleira.

Holandeses - Os primeiros holandeses chegaram no Paraná em 1909, instalaram-se em uma comunidade próxima a Irati. Algumas famílias acabaram voltando para a Holanda, outras foram para a região dos Campos Gerais onde fundaram a Cooperativa Holandesa de Lati-cínios, em 1925. A Cooperativa trouxe a consolidação da colônia de Carambeí. A Castrolanda é a povoação mais recente de holandeses na região.

Índios - Na época do descobrimento, em 1500, o Brasil era habitado por tribos indígenas, qsue viviam espalhadas por todo o território nacional. No Paraná, o habitantes primitivos também eram os indígenas que formavam grandes grupos ou tribos, os Jê ou Tapuia e a grande família dos Tupis-Guarani. Os Carijó e Tupini-quim habitavam o litoral; os Tingüi, a região onde hoje é Curitiba; os Camé, a região onde hoje é o município de Palmas; os Caigangue e Botocudo habitavam o interior do Paraná. Os primeiros caminhos do Paraná foram feitos pelos índios e usados pelos bandeirantes para penetrar no território: Caminho de Peaberu, Caminho da Graciosa, Caminho de Itupava e Estrada da Mata.

Italianos - Sem dúvida os italianos foram os que ocuparam o primeiro lugar nas imigrações brasileiras. No Paraná eles contribuíram muito trabalhando nas lavouras de café e, mais tarde, em outras culturas. A principal concentração desses imigrantes no Estado está na capi-tal, Curitiba, em Morretes, no litoral, e nas cidades de Palmeira e Lapa, onde existiu a colônia anarquista de Santa Cecília.Os italianos contribuíram também na in-dústria e na formação de associações trabalhistas e culturais.

Japoneses - Os imigrantes japoneses se fixaram no Norte Pioneiro, trazendo a tradição da lavoura. Como, porém, desconheciam técnicas agrícolas relativas às culturas tropicais, se dedicaram a piscicultura, horticultu-ra e fruticultura na economia regional.

Alguns dos produtos introduzidos no Estado pelos japoneses foram o caqui e o bicho da seda. Maringá e Londrina são as cidades paranaenses que concentram o maior número de japoneses. Os municípios de Uraí e Assaí originaram-se a partir de colônias japonesas.

Negros -A população do Paraná tradicional, isto é, do Paraná da mineração, da pecuária, das indústrias extrativas do mate e da madeira, e da lavoura de subsis-tência , era heterogênia e nela estavam presentes os mesmos elementos que compunham a população das outras regiões brasileiras: o índio, o europeu, o negro e seus mestiços. Portanto, uma sociedade também marca-da pela escravidão e na qual foi significativa a participa-ção econômica e social dos escravos negros. Na primeira metade do século XIX o número relativo de representantes da raça negra chegou a 40% do total da população da Província.

Em Curitiba, o escravo estava presente no traba-lho doméstico, mas também tinha lugar importante no cenário cultural da cidade. Eles mostravam seu talento musical participando de "cantos" no largo do mercado municipal.

Poloneses - Os poloneses chegaram ao Paraná por volta de 1871, e fixaram-se em São Mateus do Sul, Rio Claro, Mallet, Cruz Machado, Ivaí, Reserva e Irati. Em Curitiba, fundaram várias colônias que hoje são os bairros Santa Cândida e Abranches. Esse povo ajudou a difundir o uso do arado e da carroça de cabeçalho móvel, puxado a cavalo. Dedicados à agricultura, ajudaram a aumentar a produção do Estado.

Portugueses - No Paraná, a partir de meados do século XIX, destacam-se as grandes levas de portugue-ses atraídos pela explosão cafeeira do Norte Novo do Paraná, no eixo compreendido entre Londrina, Maringá, Campo Mourão até Umuarama. Grande maioria veio das Beiras (Alta e Baixa), Minho, Trás-os-Montes.

A cidade de Paranaguá foi, e continua sendo até hoje, a cidade do Paraná que tem mais traços da cultura e herança lusitana. Foi a porta de entrada dos portugue-ses e manteve alguns traços característicos desse lega-do.

Ucranianos - Os ucranianos chegaram ao Paraná entre 1895 e 1897. Mais de 20 mil Imigrantes chegaram ao Estado e formaram suas principais colônias em Pru-dentópolis e Mallet. Estão presentes também nos muni-cípios de União da Vitória, Roncador e Pato Branco. Hoje o Paraná abriga a grande maioria de ucranianos que vivem no Brasil: 350 mil dos 400 mil imigrantes e des-cendentes.

Demografia

Demografia do Paraná

Ficha técnica

População 9.563.458 (2000).

Densidade 48 hab./km² (2000).

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Crescimento demográfico 1,4% ao ano (1991-2000).

População urbana 81,4% (2000).

Domicílios 2.664.276 (2000).

Carência habitacional 260.648 (est. 2000).

Acesso à água 83,6%;

Acesso à rede de esgoto 53% (2000).

IDH 0,787 (2000). População estimada em 2005: 10.261.856 hab. População urbana – 71,1%

Segundo o censo de 2000, o estado do Paraná tem uma população de 9.564.643 habitantes. Em relação ao ano de 1991, quando a população era de 8.415.659, esses números mostram uma taxa de crescimento anual de 1,4%, inferior a do Brasil como um todo (1,6% para o ano de 2000). Ainda segundo o censo de 2000, o Paraná é o sexto estado mais populoso do Brasil e concentra 5,63% da população brasileira. Do total da população do estado, 4.826.038 habitantes são mulheres e 4.737.420 habitantes são homens. Para 2005, a estimativa é de 10.261.856 habitantes.

Esse crescimento é explicado não só pelo aumento natural da população paranaense, mas também pela entrada de colonos vindos principalmente de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais, atraídos, pelos solos férteis de matas ainda virgens.

O censo de 2000 revelou que a população urbana do Paraná é hoje maior que a população rural. Cerca de 81,5% dos habitantes do estado moram nas cidades. A densidade demográfica estadual é de 47,9 hab./km².

Rede demográfica A distribuição dos grandes municípios do Paraná

é de certa forma bem homogênea. No leste a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) engloba diversos municípios, contando com cerca de 3 milhões de habitantes. No norte Londrina e Maringá polarizam outra região fortemente povoada. No oeste a cidade de Cascavel com quase 280 mil habitantes e Toledo com pouco mais de 100 mil criam outra zona fortemente povoada, além de Foz do Iguaçu, que juntamente com Ciudad del Este no Paraguay e Puerto Iguazu na Argentina formam uma aglomeração de quase 700 mil habitantes. A região central do Paraná a despeito da baixa densidade populacional ainda sim conta com Guarapuava com cerca de 160 mil habitantes e Ponta Grossa, um pouco mais ao leste, com cerca de 300 mil.

Em ordem os dez municípios mais populosos do Paraná baseado nas estimativas do IBGE de 2006, são:

Distribuição da População no Estado do Paraná.

1. Curitiba - 1.788.559 hab. 2. Londrina - 495.696 hab. 3. Maringá - 324.397 hab. 4. Foz do Iguaçu - 309.113 hab. 5. Ponta Grossa - 304.973 hab. 6. Cascavel - 284.083 hab. 7. São José dos Pinhais - 261.125 hab. 8. Colombo - 231.787 hab. 9. Guarapuava - 169.007 hab. 10. Paranaguá - 147.934 hab.

Principais centros urbanos Curitiba, capital e maior cidade do estado,

forma com os municípios de Lapa, Quitandinha, Mandirituba, Agudos do Sul, Tijucas do Sul, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucária, Contenda, Balsa Nova, Campo Largo, Campo Magro, Itaperuçu, Piraquara, Pinhais, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Colombo, Almirante Tamandaré, Rio Branco do Sul, Bocaiúva do Sul, Tunas do Paraná, Cerro Azul, Adrianópolis, Doutor Ulysses a Região Metropolitana de Curitiba. Além de centro comercial e cultural, Curitiba possui um importante e diversificado parque industrial.

Londrina destaca-se como centro comercial e industrial, no norte do Paraná.

Ponta Grossa, na parte centro-leste do estado, possui estabelecimentos metalúrgicos, de beneficiamento de trigo, fábricas de adubos e de óleos vegetais.

Paranaguá, às margens da baía do mesmo nome, tem um dos mais importantes portos do Brasil.

Maringá, no norte, destaca-se como importante centro cafeeiro, além de produtor de soja.

Cascavel, no oeste, é uma das principais cidades do agronegócio, não só no Paraná, mas de todo o Brasil.

Foz do Iguaçu, no extremo-oeste, é parte de um aglomerado urbano de quase 700 mil habitantes, é também uma das regiões que mais cresce no Paraná, tendendo no próximos 5 anos a se tornar a 3° maior cidade do Paraná, ultrapassando Maringá. Em Foz do Iguaçu está localizada a maior usina hidrelétrica do mundo, Itaipu, e as cataratas do Iguaçu, um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil.

Guarapuava, no centro, é a capital geográfica do Paraná. Economicamente é semelhante a Cascavel em termos de agronegócio, porém com uma importância menor.

Paraná Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na região Sul do país e tem como limites São Paulo (a norte e nordeste), oceano Atlântico (leste), Santa Catarina (sul), Argentina (sudoeste), Paraguai

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(oeste) e Mato Grosso do Sul (noroeste). Ocupa uma área de 199.709 km².

Sua capital é Curitiba e outras importantes cidades são Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Cascavel, Guarapuava e Paranaguá.

Geografia O estado do Paraná ocupa uma área de 199.880 km², estendendo-se do litoral ao interior, localiza-se a 51º00'00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 24º00'00" de latitude sul da Linha do Equador e com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT. Três quartos de seu território ficam abaixo do Trópico de Capricórnio. No Brasil, o estado faz parte da região Sul, fazendo fronteiras com os estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e dois países: Paraguai e Argentina. É banhado pelo oceano Atlântico.

Seu relevo é dos mais expressivos: 52% do território ficam acima dos 600m e apenas 3% abaixo dos 300m. Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé e Piquiri são os rios mais importantes. Veja a lista de rios do Paraná. O clima é temperado.

Geologia

40% do território, no norte paranaense, mais uma considerável parte da região oeste, estão cobertos pela terra roxa, o solo mais fértil do Brasil. Ela foi a responsável pela expansão da cultura do café, no Estado, a partir de 1920.

Tanto os solos das florestas como os dos campos são pobres. Nestes últimos anos, entretanto, estão sendo usadas técnicas modernas para seu melhor aproveitamento.

Relevo

Mapa físico do Paraná

Cerca de 52% do território do Paraná encontram-se acima de 600m e 89% acima de 300 metros; somente 3% ficam abaixo de 200 metros. O relevo é plano e levemente ondulado, com fortes elevações na Serra do Mar. Cinco unidades de relevo sucedem-se de leste para oeste, na seguinte ordem:

baixada litorânea

serra do Mar

planalto cristalino

planalto paleozóico

planalto basáltico

Baixada litorânea

A baixada litorânea forma uma faixa de terras baixas com cerca de vinte quilômetros de largura média. Compreende terrenos baixos e inundáveis (planícies aluviais e formações arenosas) e morros cristalinos com aproximadamente cinqüenta metros de altura. Em sua porção setentrional, a baixada litorânea se fragmenta para dar lugar à baía de Paranaguá, cujo aspecto recortado resulta da penetração do mar através de antigos vales fluviais, isto é, da formação de rias.

Serra do Mar

Conjunto do Pico Paraná, fotografado em 2006.

A serra do Mar constitui o rebordo oriental do planalto cristalino e domina com suas enérgicas escarpas a planície litorânea. No estado do Paraná, ao contrário do que ocorre em São Paulo, a serra apresenta-se fragmentada em maciços isolados, entre os quais se introduz o nível do planalto cristalino (900m), até alcançar a borda oriental. Em geral, os maciços ultrapassam em cem metros essa cota. Isso faz com que no Paraná a serra do Mar, além da escarpa que se volta para leste com um desnível de mil metros, também apresente uma escarpa interior, voltada para oeste. No entanto, esta mostra um desnível de apenas cem metros. Na serra do Mar, se encontram as mais elevadas altitudes do estado. O ponto mais alto do estado é o pico Paraná, com 1.922m, na Serra dos Órgãos.

Planalto cristalino

O planalto cristalino, também chamado de primeiro planalto do Paraná, apresenta uma faixa de terrenos cristalinos, que se estende em sentido norte-sul, a oeste da serra do Mar, com uma largura média de cem metros e uma altitude de aproximadamente 900m acima do nível do mar. A topografia varia de acidentada, ao norte, a suavemente ondulada, ao sul. Um antigo lago, hoje atulhado de sedimentos, forma a bacia sedimentar de Curitiba.

Planalto paleozóico

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Arenito de Vila Velha.

O planalto paleozóico, também chamado de segundo planalto do Paraná ou planalto dos Campos Gerais, desenvolve-se em terrenos do período paleozóico. É limitado, a leste, por um escarpa, a Serrinha, que cai no planalto cristalino e, a oeste, pelo paredão da serra Geral, que sobe para o planalto basáltico. O planalto paleozóico apresenta topografia suave e ligeira inclinação para oeste: em sua extremidade oriental alcança 1.200m de altura, e, na base da serra Geral, a oeste, registra apenas 500m. Forma uma faixa de terras de aproximadamente cem quilômetros de largura e descreve uma gigantesca meia-lua, cuja concavidade se volta para leste.

Planalto basáltico

Guarapuava dá nome ao planalto basáltico.

O planalto basáltico, ou terceiro planalto do Paraná, também chamado de planalto de Guarapuava, é a mais extensa das unidades de relevo do estado. Limita-o, a leste, a serra Geral, que, com um desnível de 750m, domina o planalto paleozóico. A oeste, o limite é assinalado pelo rio Paraná, que para onde correm suas águas, onde ficava o salto de Sete Quedas forma impressionante desfiladeiro (na verdade, o planalto prolonga-se para além dos limites do estado do Paraná e constitui parte dos territórios de Mato Grosso do Sul, do Paraguai e da Argentina).

Tal como o planalto paleozóico, o planalto basáltico descamba suavemente para oeste: cai de 1.250m, a leste, para 300m nas margens do rio Paraná (a montante de Sete Quedas). Formado por uma sucessão de derrames de basalto, empilhados uns sobre outros, esse planalto ocupa toda a metade ocidental do estado. Seus solos, desenvolvidos a partir dos produtos da

decomposição do basalto, constituem a "terra roxa", famosa pela fertilidade.

Essas unidades de relevo são partes integrantes do planalto Meridional, localizado no sul do planalto Brasileiro.

Economia

A economia do Estado se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, mandioca), na indústria (agroindústria, indústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate).

PIB

O Paraná possui o quinto maior PIB do Brasil, com 108,7 bilhões de reais, representando 6,2% do PIB nacional para o ano de 2004, contra 6,4% em 2003. Entretanto o crescimento do PIB paranaense vem apresentando sinais de desaquecimento nos últimos dois anos. Em 2003 a variação real foi de 5,2% em relação ao ano anterior. No ano seguinte, 2004, houve variação de 3,2%. Em 2005 a variação estimada pelo IPARDES é de apenas 0,3%. Esse desaceleração pode ser atribuída as crises no campo que vem atingindo o estado nos últimos anos, e que acabam refletindo no comércio, serviços e até indústria. Cerca de 15% do PIB paranaense provém da agricultura. Outros 40% vem da indústria e os restantes 45% vem do setor terciário.

Setor primário Agropecuária

Os principais produtos agrícolas do Paraná são o trigo, o milho e a soja, produtos de que já obteve safras recordistas, na competição com outros estados. A cultura da soja é a mais recente das três e expandiu-se tanto no norte como no oeste do estado e, posteriormente, no sul. Também é importante a produção de algodão herbáceo, principalmente no norte. A cafeicultura, que se segue entre as riquezas da terra, se não goza do mesmo esplendor do passado (o Paraná, sozinho, já chegou a produzir 60% do café de todo o mundo), ainda conserva entre os maiores produtores do Brasil. Sua maior densidade cobre a área a oeste de Apucarana. Vêm em seguida as terras da zona de Bandeirantes, Santa Amélia e Jacarezinho.

No que diz respeito à pecuária, o Paraná conta com grande rebanho de bovinos e está sempre entre os principais criadores brasileiros de suínos, especialmente no centro, sul e leste do estado. Nas últimas décadas, os rebanhos tanto de bois como de porcos expandiram-se bastante. Como nos outros estados da região Sul, são diferentes, no Paraná, os modos como se usa a terra de campo ou floresta. Em geral, nas zonas de campo, pratica-se a criação extensiva; nas zonas de floresta, desenvolvem-se as plantações e pastos artificiais para a engorda. São ainda significativas, no Paraná, as produções de ovos, de casulos do bicho-da-seda, mel e cera de abelha. Mas é na avicultura que o estado vem se destacando nos últimos dez anos, graças à implantação de frigoríficos pela iniciativa privada e pelas

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cooperativas. A avicultura é produzida em praticamente todas as regiões acompanhando as áreas onde se produz milho, que é a matéria-prima para a ração das aves. As aves são exportadas para mais de uma dezena de países.

Mineração

O subsolo paranaense é muito rico em minerais. Ocorrem reservas consideráveis de areia, argila, calcário, caulim, dolomita, talco e mármore, além de outras menores (baritina, cálcio). A bacia carbonífera do estado é a terceira do país, e a de xisto, a segunda. Quanto aos minerais metálicos, foram medidos depósitos de chumbo, cobre e ferro.

Extrativismo vegetal

A madeira do pinheiro-do-paraná foi um produto importante do extrativismo vegetal.

Uma riqueza essencialmente paranaense, a dos pinheirais, esteve bastante ameaçada pela indústria madeireira e pela agricultura extensiva. Em 1984, o Instituto de Terras e Cartografia do Paraná informava que as florestas do estado estavam reduzidas a 11,9% do que haviam sido cinqüenta anos antes, quando se implantou no Paraná o primeiro código florestal. Do final da década de 1980 em diante, o governo passou a disciplinar o uso do solo e dos recursos florestais de acordo com uma política de proteção ao meio ambiente e de ininterrupto reflorestamento.

Setor secundário Indústria

Na segunda metade do século XX, as atividades industriais tomaram impulso considerável na economia paranaense. Foi em decorrência desse impulso que se deu a crescente urbanização, não só na região em torno de Curitiba, como em pólos do interior, a exemplo de Ponta Grossa, Londrina e Cascavel. Os principais gêneros de indústria são os de produtos alimentícios e de madeira. Curitiba é o maior centro industrial e os principais setores de sua indústria são o alimentar e de mobiliário, de madeira, minerais não-metálicos, produtos químicos e bebidas. Na Região Metropolitana de Curitiba, em São José dos Pinhais, encontram-se ainda unidades industriais (montadoras) da Volkswagen-Audi e da Renault, ambas de grande porte, o que torna a região o segundo pólo automotivo do país. O setor de madeira

acha-se disperso no interior, com centros de importância em União da Vitória, Guarapuava e Cascavel.

O centro mais significativo dos produtos alimentícios é Londrina, sendo também muito importante a atividade em Ponta Grossa, considerado um dos maiores parques moageiros de milho e soja da América Latina. A principal unidade industrial do estado é a Companhia Fabricadora de Papel do grupo Klabin, instalada no conjunto da Fazenda Monte Alegre, no município de Telêmaco Borba.

Energia

O Paraná tem um grande potencial hidrelétrico muito bem aproveitado, especialmente no rio Iguaçu, onde foram construídas várias hidrelétricas, entre elas as de foz do rio Areia, salto Osório e salto Santiago. Próximo a Curitiba está a Usina Hidrelétrica de Capivari Cachoeira, uma das primeiras construídas pela Copel, a companhia estadual de energia elétrica. Mais recentemente foram construídas pequenas centrais hidrelétricas em vários rios de menor porte, como a de Chavantes e Vossoroca. No rio Chopim, no sudoeste do estado, foi construída a Usina Hidrelétrica de Júlio Mesquita Filho. Mas está localizada entre o Brasil e o Paraguai, no rio Paraná, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo, construída em conjunto com o país vizinho, e que fornece energia para vários Estados brasileiros. Tem capacidade para produzir 12.600 MW e só em 1991, quando foi concluída, instalou as últimas turbinas. Teve suas comportas fechadas em 12 de outubro de 1982 e a usina hidrelétrica foi inaugurada em 5 de novembro do mesmo ano, durante a presença dos presidentes João Baptista Figueiredo, do Brasil e Alfredo Stroessner, do Paraguai. Devido à utilização de toda a sua capacidade calculada em megawatts, o Paraná é o maior produtor de energia elétrica do Brasil.

Mas o Paraná também é rico em energia gerada pelas usinas de açúcar e álcool, que produzem eletricidade a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar. Não se pode desprezar também a energia automotiva que vem do álcool, pois o Paraná é um grande produtor desse combustível.

Setor terciário Comércio

O Paraná é um dos estados que mais contribuiu para as exportações brasileiras. Vários órgãos, como o Centro de Exportação do Paraná (CEXPAR) e a Carteira do Comércio Exterior do Banco do Brasil (CACEX) vêm estimulando cada mais o comércio externo.

As exportações paranaenses para o mercado externo são feitas pelo porto de Paranaguá, por Foz do Iguaçu, pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena e uma pequena parte pela cidade de Barracão no sudoeste do estado.

A área comercial do porto de Paranaguá estende-se por todo o Paraná, pela maior parte de Santa Catarina, pelo extremo norte do Rio Grande do Sul, pela parte meridional de Mato Grosso do Sul e pela República do Paraguai.

Paranaguá tem todas as condições de um grande porto. Possui modernos equipamentos de carga e descarga, pátio para "contêineres", terminais para o sistema de

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transporte denominado "Roll-on-Roll-off" e cais para inflamáveis. A implantação de um moderno terminal graneleiro veio facilitar o escoamento da safra agrícola. Daí ser o porto de Paranaguá um dos quatro terminais marítimos brasileiros que formam os Corredores de Exportação.

Os principais produtos exportados pelo Paraná são: soja em grão, farelo de soja, milho, algodão, café, erva-mate, produtos refinados de petróleo, caminhões e outros.

Os principais produtos importados pelo Paraná são: trigo, petróleo e derivados, fertilizantes, veículos, máquinas, carvão mineral, vidros, eletrodomésticos e outros.

O comércio exterior é feito com os seguintes países: Estados Unidos da América, Alemanha, Itália, Países Baixos, Japão, Bélgica, Noruega, Inglaterra, Canadá, Argentina e outros.

O comércio interno se faz com os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e outros.

Turismo O Paraná é um dos estados que tem um grande número de parques nacionais, destacando-se o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional do Superagüi. Foz do Iguaçu com cerca de 250 quedas-d’águas e 75 metros de altura, é conhecida internacionalmente. A Garganta do Diabo é uma das atrações do maior conjunto de cataratas do mundo. Além das visitas às atrações naturais, é um passeio bastante cotado conhecer a gigantesca hidroelétrica de Itaipú.

Outro ponto de interesse turístico é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, onde as rochas esculpidas pelos ventos e pelas águas parecem ruínas de uma grande cidade. Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar o Buraco do Padre, a Capela de Santa Bárbara (construída pelos Jesuítas) e a Cachoeira da Mariquinha. Em Maringá existe a Catedral de Maringá (Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória), segundo monumento mais alto da América do Sul e décimo do mundo. Crescente visitação tem ocorrido na região do cânion Guartelá, em Tibagi.

As praias de Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paraná e Praia de Leste são as mais freqüentadas do Paraná. São procuradas por turistas não só no verão, mas também no inverno, quando parte da população vai para o litoral fugindo do frio do planalto.

Curitiba, capital do estado do Paraná, tem um planejamento urbanístico arrojado que serve de modelo a outras cidades brasileiras. O Jardim Botânico, que reúne espécimes da variada flora local, provenientes da mata de araucárias, floresta tropical e mata atlântica.

Curitiba é hoje um importante destino turístico brasileiro, especialmente procurado por turistas oriundos de estados vizinhos que chegam à cidade por via terrestre. Um importante aumento no "turismo de negócios" tem também se verificado nas últimas décadas. Seja por razões de lazer ou trabalho, o fluxo de visitantes estimado no ano de 2006 chega a ser surpreendente: mais de 1.800.000 pessoas, ou seja, maior que o número de habitantes da cidade. Os principais pontos de visitação da cidade são seus parques, e Curitiba conta com uma bem distribuída rede deles. Destacam-se o Jardim Botânico, com sua estufa iluminada (famoso cartão postal), o Parque Tanguá e a Ópera de Arame. Além dos parques, são procurados o museu Oscar Niemeyer, com seu curioso anexo em forma de "olho", a Rua 24 Horas, a torre panorâmica da Telepar (Torre das Mercês), a praça Santos Andrade onde ficam o Teatro Guaíra e o edifício histórico da Universidade Federal do Paraná, e, em dezembro, o Palácio Avenida, sede do grupo HSBC, onde ocorre o tradicional espetáculo do coral natalino infantil, que reúne milhares de pessoas no calçadão da rua XV de novembro. Os vistantes podem ter acesso a todos os principais parques e pontos turísticos da cidade (exceto os centrais) através de uma linha de ônibus circular especial, a custo baixo. Para os adeptos do ciclismo, existe uma importante (para os padrões brasileiros) rede de ciclovias, que permite acesso a vários recantos agradáveis da cidade em meio a áreas verdes. Encontram-se, porém, poucos locais de locação de bicicletas. Curitiba tem outros pontos turísticos interessantes que merecem ser visitados: o Relógio das Flores, montado em um grande canteiro no centro histórico (o Largo da Ordem); o bairro de Santa Felicidade, onde se encontram vários restaurantes com comidas típicas de diferentes países; a "Boca Maldita", na avenida Luís Xavier, a "menor do mundo", pois tem apenas um quarteirão, onde políticos se reúnem no final da tarde para conversar sobre os principais assuntos do dia e trocar informações; as feiras de arte e artesanato aos sábados e domingos, além de outros parques e bosques.

Placa de boas vindas à Ilha do Mel, logo na chegada.

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Paranaguá, a primeira cidade fundada no Estado, em 1648, guarda em suas igrejas de estilo barroco alguma coisa da história da época. Pode-se ir de litorina da capital até Paranaguá numa viagem bastante interessante. A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, construída pelo império há mais de cem anos, corta a serra do Mar através de túneis e viadutos, atravessando precipícios a todo instante. A beleza da paisagem, formada pela mata quase virgem e por diversas quedas-d’água, é valorizada pelos abismos. Outro trajeto turístico da Serra do Mar é a estrada da Graciosa, de história mais antiga que a propria ferrovia, um sinuoso e encantador caminho, em sua maior parte de paralelepípedos, que desce a serra em meio a exuberante vegetação e vistas panorâmicas, chegando a Morretes (por onde também passa a ferrovia), cidade histórica, onde se saboreia o barreado, prato típico do litoral paranaense, e onde se praticam múltiplas modalidades de ecoturismo. A cidade é também famosa pela qualidade e variedade do artesanato e por seus alambiques, que produzem cachaça de qualidade. De lancha, pela baía de Paranaguá, pode-se alcançar a ilha do Mel, onde a história e a natureza se misturam.

Na cidade da Lapa, são Benedito é festejado (13 de maio) com a "congada" (dança dos negros congos, de origem africana, onde descendentes de escravos falam, recitam, cantam e dançam).

Outras danças populares são o curitibano, com os pares fazendo roda; o quebra-mana, uma mistura de valsa e sapateado; e o nhô-chico, dança ao som de violas, característica do litoral.

Durante o ano inteiro, se realizam feiras e festivais, destacando-se a München Fest de Ponta Grossa, a Oktoberfest de Rolândia, o Festival Internacional de Londrina, Festival de Teatro de Curitiba (o principal do país), Festival do Folclore, a Feira do Comércio e Indústria e a Feira de Móveis do Paraná (Movelpar). Atraem ainda considerável interesse as feiras agropecuárias de grande porte, em especial Expo Londrina, a maior da América Latina.

Educação De acordo com o PNUD do ano 2000 o IDH-Educação do Paraná é 0,879. Dentre os municípios do estado, o melhor resultado foi de Curitiba com 0,946 e o pior foi Ortigueira com 0,687. Ainda de acordo com a pesquisa, o índice de anafalbetismo no estado em adultos acima de 25 anos era 11,7%, sendo o menor índice 3,4%, registrado em Quatro Pontes, e o maior 43,6% no município de Tunas do Paraná, localizado no Vale do Ribeira, notadamente a região mais pobre do estado.

Universidade Federal do Paraná.

Em 1912 é fundada a Universidade Federal do Paraná, a primeira universidade brasileira. Além da UFPR, o Paraná tem universidades estaduais espalhadas pelo estado nas principais cidades de cada região. Em Ponta Grossa a universidade estadual é a UEPG, em Londrina é a UEL, Maringá conta com a UEM, Guarapuava é sede da UNICENTRO, Cascavel é a cidade-base da UNIOESTE que ainda conta com campus espalhados por vários outros municípios. Recentemente o Paraná ganhou uma nova universidade federal após a conversão do CEFET-PR em UTFPR, a primeira universidade tecnológica do país.

Transportes

Aeroportos

O estado tem dois aeroportos internacionais, o de São José dos Pinhais e o de Foz do Iguaçu, importante ligação com os países do Mercosul, além de dois aeroportos domésticos, em Londrina e Maringá. Curitiba conta com o Aeroporto de Bacacheri.

Portos

O porto de Paranaguá, um dos mais importantes do país, foi objeto de um intenso programa de modernização, com dragagem, ampliação do cais, renovação de equipamento, inclusive a construção de um terminal de contêineres e de silos com unidades sugadoras. Além do porto de Paranaguá, merece destaque o porto de Antonina.

Rodovias

A rede de rodovias pavimentadas compreende duas estradas de penetração, no sentido leste-oeste: a ligação Ourinhos SP-Londrina-Apucarana-Maringá-Paranavaí (BR-369/BR-376) e a ligação Paranaguá-Curitiba-Ponta Grossa-Guarapuava-Cascavel-Foz do Iguaçu (BR-277). Em sentido transversal, figuram as ligações Apucarana-Ponta Grossa (BR-376), Sorocaba-Curitiba e São Paulo-Curitiba-Rio Negro. Esta última prolonga-se até o extremo sul do Rio Grande do Sul e é parte da BR-116.

Ferrovias

O sistema ferroviário paranaense desfruta de notável participação na vida econômica do estado. No setor meridional, o estado é servido pelas linhas da Ferroeste (Antiga Ferropar), a ferrovia da soja, que passou a ser operada pela iniciativa privada em 1997 e retomada pelo Governo no começo de 2007, no trecho entre Guarapuava e Cascavel, com uma extensão até Guaíra

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e Foz do Iguaçu. Uma outra estrada de ferro faz as ligações de Paranaguá com Curitiba e Guarapuava. No sentido norte-sul, encontram-se as linhas da ferrovia Sul-Atlântico, correspondente à malha sul da antiga Rede Ferroviária Federal, também privatizada na década de 1990, que faz a ligação do Paraná com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Tópicos miscelâneos

Igreja Católica

A Igreja Católica divide-se administrativamente em quatro arquidioceses, Cascavel, Curitiba, Arquidiocese de Londrina e Arquidiocese de Maringá, e quatorze dioceses: Diocese de Apucarana, Diocese de Campo Mourão, Diocese de Cornélio Procópio, Diocese de Foz do Iguaçu, Diocese de Guarapuava, Diocese de Jacarezinho, Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, Diocese de Paranaguá, Diocese de Paranavaí, Diocese de Ponta Grossa, Diocese de São José dos Pinhais, Diocese de Toledo, Diocese de Umuarama e Diocese de União da Vitória.

Geografia física Geologia e relevo. Cerca de 52% do território do

Paraná encontram-se acima de 600m e 89% acima de 300m; somente três por cento ficam abaixo de 200m. O quadro morfológico é dominado por superfícies planas dispostas a grande altitude, compondo planaltos escar-pados formam as serras do Mar e Geral. Cinco unidades de relevo sucedem-se de leste para oeste, na seguinte ordem: baixada litorânea, serra do Mar, planalto cristali-no, planalto paleozóico e planalto basáltico.

A baixada litorânea forma uma faixa de terras bai-

xas com cerca de vinte quilômetros de largura média. Compreende terrenos baixos e inundáveis (planícies aluviais e formações arenosas) e morros cristalinos com aproximadamente cinqüenta metros de altura. Em sua porção setentrional, a baixada litorânea se fragmenta para dar lugar à baía de Paranaguá, cujo aspecto digita-do resulta da penetração do mar através de antigos vales fluviais, isto é, da formação de rias.

A serra do Mar constitui o rebordo oriental do pla-nalto cristalino e domina com suas enérgicas escarpas a planície litorânea. No estado do Paraná, ao contrário do que ocorre em São Paulo, a serra apresenta-se fragmen-tada em maciços isolados, entre os quais se insinua o nível do planalto cristalino (900m) até alcançar a borda oriental. Em geral, os maciços ultrapassam em cem metros essa cota. Isso faz com que no Paraná a serra do Mar, além da escarpa que se volta para leste com um desnível de mil metros, também apresente uma escarpa interior, voltada para oeste. No entanto, esta mostra um desnível de apenas cem metros.

O planalto cristalino, também chamado primeiro planalto do Paraná, apresenta uma faixa de terrenos cristalinos, que se estende em sentido norte-sul, a oeste da serra do Mar, com uma largura média de cem metros e cerca de 900m de altura. A topografia varia de aciden-tada, ao norte, a suavemente ondulada, ao sul. Um anti-go lago, hoje atulhado de sedimentos, forma a bacia sedimentar de Curitiba.

O planalto paleozóico, também chamado segundo planalto do Paraná ou planalto dos Campos Gerais (ou Ponta Grossa), desenvolve-se em terrenos do período paleozóico. É limitado, a leste, por uma escarpa, a Serri-nha, que cai para o planalto cristalino e, a oeste, pelo paredão da serra Geral, que sobe para o planalto basál-tico. O planalto paleozóico apresenta topografia suave e ligeira inclinação para oeste: em sua extremidade orien-tal alcança 1.200m de altura e, na base da serra Geral, a oeste, registra apenas 500m. Forma uma faixa de terras de aproximadamente cem quilômetros de largura e des-creve uma gigantesca meia-lua, cuja concavidade se volta para leste.

O planalto basáltico, ou terceiro planalto do Para-

ná, também chamado planalto de Guarapuava, é a mais extensa das unidades de relevo do estado. Limita-o, a leste, a serra Geral, que, com um desnível de 750m, domina o planalto paleozóico. A oeste, o limite é assina-lado pelo rio Paraná, que a jusante do ponto onde fica-vam os saltos de Sete Quedas forma impressionante desfiladeiro (na verdade, o planalto prolonga-se para além dos limites do estado do Paraná e constitui parte

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dos territórios de Mato Grosso do Sul, do Paraguai e da Argentina).

Tal como o planalto paleozóico, o planalto basálti-co descamba suavemente para o ocidente: cai de 1.250m, a leste, para 300m nas margens do Paraná (a montante de Sete Quedas). Formado por uma sucessão de derrames de basalto, empilhados uns sobre os outros, esse planalto ocupa toda a metade ocidental do estado. Seus solos, desenvolvidos a partir dos produtos da de-composição do basalto, constituem a "terra roxa", famosa pela fertilidade.

Clima. Três tipos climáticos caracterizam o estado do Paraná: os climas Cfa, Cfb e Cwa da classificação de Köppen. O clima Cfa, subtropical com chuvas bem distri-buídas durante o ano e verões quentes, ocorre em duas partes distintas do estado, na planície litorânea e nas porções mais baixas do planalto, isto é, em sua porção ocidental. Registra temperaturas médias anuais de 19o C e pluviosidade de 1.500mm anuais, algo mais elevada na costa que no interior.

O clima Cfb, subtropical com chuvas bem distribu-ídas durante o ano e verões amenos, ocorre na porção mais elevada do estado e envolve o planalto cristalino, o planalto paleozóico e a parte oriental do planalto basálti-co. As temperaturas médias anuais oscilam em torno de 17o C e a pluviosidade alcança cerca de 1.200mm anu-ais.

O clima Cwa, subtropical com verões quentes e invernos secos, ocorre na porção noroeste do estado. É o chamado clima tropical de altitude, pois ao contrário dos dois acima descritos, que registram chuvas bem distribuídas no decorrer do ano, este apresenta pluviosi-dade típica dos regimes tropicais, com invernos secos e verões chuvosos. A temperatura média anual oscila em torno de 20o C e a pluviosidade alcança 1.300mm anu-ais. Quase todo o estado está sujeito a mais de cinco dias de geada por ano, mas na porção meridional e nas partes mais elevadas dos planaltos registram-se mais de dez dias. A neve aparece esporadicamente na área de Curitiba.

Vegetação. Dois tipos de vegetação ocorrem no Paraná: florestas e campos. As florestas subdividem-se em tropicais e subtropicais. Os campos, em limpos e cerrados. A floresta tropical é parte da mata atlântica, que recobria toda a fachada oriental do país com suas formações latifoliadas. No Paraná, ocupava primitiva-mente uma área equivalente a 46% do estado, aí incluí-das as porções mais baixas (baixada litorânea, encostas da serra do Mar, vales do Paraná, Iguaçu, Piquiri e Ivaí) ou de menor latitude (toda a parte setentrional do esta-do).

A floresta subtropical é uma floresta mista, com-posta por formações de latifoliadas e de coníferas. Estas últimas são representadas pelo pinheiro-do-paraná (A-raucaria angustifolia), que não aparece em agrupamen-tos puros. A floresta mista ou mata dos pinheiros reco-bria as porções mais elevadas do estado, isto é, a maior parte do planalto cristalino, a porção mais oriental do planalto basáltico e pequena parte do planalto paleozói-co. Essa formação ocupava 44% do território paranaense e ainda parte dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atualmente, das florestas do país é a que sofre maior exploração econômica, por ser a única

que apresenta grande número de indivíduos da mesma espécie (pinheiros) em agrupamentos suficientemente densos (embora não puros) para permitir fácil extração.

Além do pinheiro, a floresta mista oferece também espécies latifoliadas de valor econômico, como a imbuia, o cedro e a erva-mate. No final do século XX, apenas pequena parte das formações florestais subsistiam no estado. A derrubada para exploração de madeira e for-mação de campo para agricultura ou pastagens foi res-ponsável por sua quase completa eliminação. As últimas reservas florestais do Paraná acham-se na planície lito-rânea, na encosta da serra do Mar e nos vales dos rios Iguaçu, Piquiri e Ivaí.

Os campos limpos ocorrem sob a forma de man-chas esparsas através dos planaltos paranaenses. A mais extensa dessas manchas é a dos chamados cam-pos gerais, que recobrem toda a porção oriental do pla-nalto paleozóico e descrevem imensa meia-lua no mapa de vegetação do estado. Outras manchas de campo limpo são as de Curitiba e Castro, no planalto cristalino, as de Guarapuava, Palmas e outras, menores, no planal-to basáltico. Os campos limpos ocupam cerca de nove por cento do território paranaense. Os campos cerrados têm pouca expressão no Paraná, onde ocupam área muito reduzida -- menos de um por cento da superfície estadual. Formam pequenas manchas no planalto paleo-zóico e no planalto basáltico.

Hidrografia. A rede de drenagem compreende rios que correm diretamente para o litoral e rios que correm para oeste, tributários do Paraná. Os primeiros têm cur-sos pouco extensos, pois nascem a pequena distância da costa. Os mais longos são os que se dirigem para o estado de São Paulo, onde vão engrossar as águas do rio Ribeira de Iguape. A maior parte da superfície esta-dual fica, assim, sob domínio dos tributários do rio Para-ná, dos quais os mais extensos são o Paranapanema, que faz o limite com São Paulo, e o Iguaçu, que faz, em parte, o limite com Santa Catarina e Argentina. O rio Paraná assinala os limites ocidentais do estado, a sepa-rá-lo de Mato Grosso e do Paraguai.

No ponto de convergência das linhas divisórias de Mato Grosso do Sul-Paraguai, Paraná-Mato Grosso do Sul e Paraná-Paraguai encontravam-se os saltos de Sete Quedas, formados pelo rio Paraná ao descer do planalto basáltico para a garganta que o conduzia à planície pla-tina. Em 1982 dois saltos foram submersos, sob protesto dos ambientalistas, pelo lago da represa de Itaipu. Mais ao sul, o rio Iguaçu desce também do planalto basáltico em direção à mesma garganta. Forma então os saltos do Iguaçu, que não foram afetados pela construção da bar-ragem, por situar-se Itaipu a montante da confluência dos dois rios.

População

Elevadas taxas de crescimento populacional ca-racterizaram o Paraná entre as décadas de 1940 e 1960, devido a consideráveis contingentes humanos provindos, em grande parte, dos estados de São Paulo, Santa Cata-rina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Essas correntes migratórias prendiam-se à expansão, através do território paranaense, de áreas agrícolas de São Paulo e Santa Catarina, que se deslocaram em busca de solos flores-tais ainda virgens. As áreas mais povoadas do estado são as de Curitiba, do norte e do oeste.

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No começo do século XX, a população do Paraná alcançava apenas cerca de 330.000 habitantes, e em 1950 ainda mal passava dos dois milhões. Verificou-se, desse período em diante, um rápido processo de urbani-zação. Não só aumentou muito o número de cidades como os centros mais importantes passaram por acentu-ado aumento populacional.

Rede urbana. As maiores cidades do estado, além de sua capital, Curitiba, são Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Colom-bo, Paranaguá, Umuarama, Apucarana e Campo Mou-rão.

O território paranaense se encontra situado dentro da área de influência da cidade de São Paulo. A metró-pole paulista comanda a vida econômica do estado por intermédio dos centros urbanos de Ourinhos, em São Paulo, e Jacarezinho, Maringá, Londrina e Curitiba, no Paraná. Ourinhos e Jacarezinho dominam, em conjunto, a porção oriental do norte do Paraná; Londrina o centro da região, e Maringá, a parte ocidental.

Curitiba serve a todo o resto do estado do Paraná e ainda a quase todo o estado de Santa Catarina, exclu-indo-se no leste a região de Tubarão e, no oeste, a de Chapecó. A ação da capital, em sua área de influência paranaense, se faz sentir diretamente ou por meio dos centros intermediários de Ponta Grossa e Pato Branco. A área de influência direta compreende todo o leste e o sudeste do estado. Pato Branco serve à porção sudoes-te, e Ponta Grossa, todo o centro e o oeste.

Cultura e turismo A Universidade Federal do Paraná foi fundada em

1912, e a Universidade Católica do Paraná, em 1959. Dos museus existentes no estado, o mais importante é o Museu Paranaense, em Curitiba, fundado em 1876 pelo historiador Agostinho Ermelino de Leão, com coleções históricas, etnográficas e arqueológicas, além de biblio-teca.

Outra instituição importante é o Museu Coronel

Davi Antônio da Silva Carneiro, também na capital. Suas coleções, como as do Paranaense, foram tombadas pelo

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Seu acervo possui peças arqueológicas, etnográficas e numismáti-cas. Em Paranaguá, dois museus atraem os visitantes: o Museu de Arqueologia e Artes Populares, mantido pela Universidade Federal do Paraná e que funciona no anti-go Colégio dos Jesuítas, e o Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá.

O Patrimônio Histórico também tombou, no esta-do, diversos monumentos de valor arquitetônico e histó-rico, como a igreja matriz de São Luís, em Guaratuba, a igreja matriz de Santo Antônio, a casa histórica da praça Coronel Lacerda, a casa onde morreu o general Carnei-ro, na rua Francisco Cunha, o pavimento superior da Casa da Cadeia, em Lapa, a antiga residência jesuítica, na rua Quinze de Novembro, e a fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres (ou da Barra), na ilha do Mel, em Paranaguá.

Entre as festas religiosas, são especialmente re-presentativas a de Nossa Senhora da Luz, em Curitiba, e a de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá, acompa-nhada de grande procissão. Entre as festas populares, sobressai a Congada da Lapa, de origem africana e em homenagem a São Benedito, na cidade de Lapa. Várias danças populares subsistem em localidades do interior: o curitibano, dança de roda aos pares, o quebra-mana, dança sapateada, a valsada, e o nhô-chico, no litoral. As várias comunidades de origem européia conservam danças, cantos e trajes de seus países, sobretudo as de origem alemã.

Cortado de boas estradas e pontilhado de bons restaurantes, o Paraná é um estado muito atraente para o turismo. Merecem a atenção do visitante a capital, com seus museus, jardins e universidades, o teatro Guaíra, o Passeio Público (com o jardim zoológico), os monumen-tos históricos de Guaratuba, Lapa e Paranaguá, e princi-palmente a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, uma das obras mais notáveis da engenharia brasileira. Dos trens que a atravessam, descortina-se magnífico pano-rama que envolve ao mesmo tempo paisagens da serra e do litoral.

A ferrovia foi projetada, no segundo reinado, por Antônio Rebouças, irmão (prematuramente falecido) do engenheiro, monarquista e abolicionista André Rebou-ças. Contra a opinião de especialistas estrangeiros que o governo convidara a opinar, a estrada, aberta ao tráfego em 1885, foi construída num traçado em linha de simples aderência. Tem 111km de extensão, 41 pontes e 13 túneis, 12 dos quais escavados na rocha viva, além do arrojado viaduto Vicente de Carvalho, com 84m de ex-tensão. Muitas dessas obras de arte, concebidas para vencer as passagens mais difíceis, ainda são considera-das de grande audácia, para a topografia da região.

São numerosos os acidentes naturais de interesse turístico no Paraná, como as formações rochosas de arenito vermelho de Vila Velha, que parecem dolmens, nos arredores de Ponta Grossa; as grutas calcárias de Campinhos, em Rio Branco do Sul, e do Monge, em Lapa; as cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu; o Par-que Nacional do Iguaçu, com sua reserva florestal; a ilha do Mel, com sua bela praia, o farol, a gruta e a fortaleza histórica da Barra, em Paranaguá; os balneários de Pon-tal do Sul, Praia do Leste, Matinhos, Caiobá e Guaratu-ba.

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A cozinha paranaense testemunha as diversida-des da origem de sua população. O prato mais típico do estado é o barreado, apreciado em toda a região litorâ-nea e feito à base de carne cozida, por muito tempo, em panela de barro, até desmanchar-se. O churrasco é, como em todo o sul, um dos pratos mais característicos do interior, juntamente com os das comunidades de tradição alemã, polonesa e italiana. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. Curitiba Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Município de Curitiba

"Cidade da Gente"

Brasão Bandeira

Hino

Fundação 29 de março de 1693

Gentílico curitibano

Prefeito(a) Carlos Alberto Richa (PSDB)

Localização

25° 25' 47" S 49° 16' 19" O

Estado Paraná

Mesorregião Metropolitana de Curitiba

Microrregião Curitiba

Região metropoli-tana Curitiba

Municípios limítro-fes

Almirante Tamandaré, Colombo, Pinhais, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucária, Campo Largo e Campo Magro.

Distância até a capital 1.374 quilômetros

Características geográficas

Área 434,967 km²

População 1.788.559 hab. est. 2006

Densidade 4.111,9 hab./km²

Altitude 934 metros

Clima Subtropical Cfb

Fuso horário UTC -3

Indicadores

IDH 0,856 PNUD/2000

PIB R$ 19.109.744.000,00 IBGE/2004

PIB per capita R$ 11.065,00 IBGE/2004

Curitiba é uma cidade brasileira, capital do estado do Paraná, localizada no primeiro planalto paranaense. De

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acordo com estimativas de 2006, sua população é de 1.788.559 habitantes, sendo a maior cidade do sul do país, e a mais importante e influente nacionalmente. Gerando um PIB de R$ 19.109.744.000,00 (o maior das capitais da região Sul do Brasil, e o terceiro maior nacional). A Região Metropolitana de Curitiba é formada por 26 municípios, agrupados em cinco microrregiões.

Curitiba está entre os três municípios com a melhor infra-estrutura do país, atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro, de acordo com estudo exclusivo realizado pela consultoria paulista Simonsen Associados em parceria com EXAME. Curitiba é uma das cinco melhores cidades para investir na América Latina. De acordo com pesquisa da revista América Economia, publicada na edição Especial Cidades 2006, que tem como título "A Cidade Inovadora", Curitiba está à frente de importantes capitais como Cidade do México, Buenos Aires e Brasília, ocupando a quinta colocação no ranking. A matéria levou em conta as principais economias latino-americanas ou aquelas que têm relevância para os negócios realizados no continente. À frente da capital paranaense estão apenas São Paulo, primeiro lugar no ranking, Santiago, no Chile; Monterrey, no México; e Miami, nos Estados Unidos.

Seguindo uma metodologia internacional em que o PIB per capita é ajustado com o custo de vida e índices de violência das cidades pesquisadas, o PIB do curitibano atinge US$ 7.980.

Com um parque industrial de 43 milhões de metros quadrados, a região metropolitana de Curitiba já atraiu grandes empresas como ExxonMobil, Sadia, Kraft Foods, Siemens e HSBC.

Etimologia

A hipótese mais popular para a origem do nome da cidade é a de que este derivaria da expressão indígena "cury'i ty(b) ba", que em língua guarani significa "lugar onde existem pinheiros". Mais precisamente, "Cury'i" significa "pinheiro-do-paraná", ou talvez "pinhão" (a semente do pinheiro), "tyb" vem do verbo existencial "i tyb" e "ba" é um sufixo locativo, livremente traduzido para "lugar onde". Outra hipótese se refere à língua Tupi, falada pelos colonizadores portugueses na época. Em tupi, Kury seria algo como pinheiro, pinhão. E tyba é um sufixo que indica ajuntamento, portanto seria algo como Ajuntamento de pinheiros.

Panorama

Curitiba é conhecida por suas soluções urbanas diferenciadas, notadamente por seu sistema integrado de transporte de massas que, em conjunto com as vias regulares de trânsito, tem servido, especialmente a partir da década de 1970, como indutor de seu desenvolvimento urbanístico.

O sistema de transporte público de Curitiba é habitualmente lembrado por seus terminais de passageiros interligados por canaletas exclusivas para ônibus biarticulados e complementados com o "ligeirinho" e alimentadores diferenciados por cores.

Esse modelo tem inspirado experiências similares em cidades de outros países, como Los Angeles e Nova Iorque, onde houve, na década de 1990, a instalação

experimental de uma linha de "ligeirinho" naquela cidade, ligando a prefeitura ao World Trade Center.

Espalhadas pela cidade e comumente integradas com os terminais de ônibus, estão as Ruas da Cidadania, centros municipais que congregam secretarias e órgãos públicos municipais, estaduais e federais, pontos de comércio, serviços gratuitos de acesso à internet e equipamentos de lazer, como parques infantis, quadras poliesportivas e canchas de futebol.

Medições recentes indicam que a área verde de Curitiba é de 51 metros quadrados por habitante, cerca de três vezes superior à área mínima recomendada pela ONU. Tais áreas são compostas, fundamentalmente, por parques e bosques municipais a proteger parte das matas ciliares de rios locais, como o rio Barigüi e o rio Iguaçu. Há também na cidade uma grande variedade de praças e logradouros públicos, associados a vias públicas habitualmente bem arborizadas.

O zoneamento urbano da cidade, integrado ao sistema de transporte, tem permitido um desenvolvimento arquitetônico e urbanístico tido, por certos analistas, como coeso e harmônico, sem os principais problemas das grandes metrópoles modernas. Curitiba, inclusive, foi recentemente recomendada pela Unesco como uma das cidades-modelo para a reconstrução das cidades do Afeganistão, após a intervenção militar ocorrida naquele país, em 2001.

No entanto, essas características positivas (aliadas a uma maciça propaganda oficial), contribuíram, recentemente, para um pronunciado inchaço populacional da cidade, favorecendo a explosão demográfica em bairros afastados, como Boqueirão, Xaxim, Pinheirinho e Sítio Cercado e municípios vizinhos, como Fazenda Rio Grande.

E, como qualquer outra grande cidade brasileira, Curitiba tem pronunciados problemas sociais, como a existência de grandes favelas em alguns bairros e no entorno do município e o expressivo crescimento do contingente de moradores de rua.

Na década de 1990, a cidade foi agraciada com o prêmio United Nations Environment Program - UNEP, da ONU, considerado o prêmio máximo do meio ambiente no mundo. Em 2003, a cidade recebeu o título de Capital da Cultura das Américas pela entidade CAC-ACC. Em 2006, Curitiba sediou o evento COP8/COP-MOP3 da ONU, realizado na vizinha cidade de Pinhais.

Embora tenha mais de três séculos de fundação, o crescimento demográfico de Curitiba deu-se, fundamentalmente, nos últimos 100 anos, em virtude de maciços afluxos migratórios de outros países. No entanto, parte substancial do crescimento demográfico da cidade deu-se notadamente na segunda metade do Século XX, com a crescente industrialização da cidade (especialmente na Década de 1970) e o considerável afluxo de migrantes de diversas regiões do Brasil.

Esta trajetória histórica parece ter contribuído para a modificação da identidade da cidade (antes considerada, por alguns analistas, como uma capital provinciana e "bairrista") e para o incremento de seu multiculturalismo e cosmopolitismo e sua definitiva inserção na modernidade.

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História

Vista geral de Curitiba em 1900, com dados de progressão populacional: 1780 (2.949 hab.), 1857 (10.000 hab.), 1858 (11.313 hab.), 1872 (11.730 hab.), 1890 (24.553 hab.), 1900 (50.124 hab.)

A região de Curitiba começou a ser povoada por volta de 1630 (em média muito depois de muitas outras capitais pioneiras), por habitantes vindos de Paranaguá, onde havia sido descoberto o ouro de aluvião, formando o povoado de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, que foi elevado a vila em 1693. Sem muitos recursos minerais, a região fez com que muitos dos moradores se deslocassem para Minas Gerais. Durante muito tempo, a vila não foi mais do que uma passagem do transporte de gado dos campos de Viamão, no Rio Grande do Sul, a Sorocaba, em São Paulo. O desenvolvimento efetivo de Curitiba começou a partir do início do século XIX, com a exploração e exportação da erva-mate, e a elevação à condição de cidade em 1842. Em 1853, o sul e sudoeste da província de São Paulo se separam desta, formando a nova província do Paraná, da qual Curitiba tornou-se capital.

A partir de 1867, Curitiba começa a receber levas de imigrantes, em sua maioria poloneses e italianos. Durante o século XX, especialmente na segunda metade, a cidade passa por um grande incremento populacional e se consolida como pólo regional de comércio e serviços, tornando-se uma das cidades mais ricas do Brasil e pioneira em soluções urbanísticas.

Geografia Localização

Curitiba está localizada no primeiro planalto do Paraná, na sua parte menos ondulada, no também denominado planalto curitibano. Ocupa o espaço geográfico de 432,17 km² de área na latitude 25º25'40"S e longitude 49º16'23"W. O litoral do estado está a uma distância de 70 km da cidade (oceano Atlântico). O município tem uma extensão norte-sul de 35 km e leste-oeste de 20 km. Entretanto, Curitiba não se limita ao seu espaço, pois os laços culturais com os povos de todos os continentes existem desde a chegada dos imigrantes europeus; dentre os mais numerosos estão os portugueses, italianos, poloneses, alemães, ucranianos, japoneses, sírios e libaneses.

Tal peculiaridade dá a Curitiba duas grandes características: primeiramente, seu atraente caráter multicultural e cosmopolita e, em segundo lugar, ser a

cidade-pólo da Região Metropolitana, que atualmente é composta por 26 municípios.

Distâncias rodoviárias

Capitais brasileiras Aracaju/SE - 2595 km Belém/PA - 3193 km Belo Horizonte/MG - 1004 km Boa Vista/RR - 4771 km Brasília/DF - 1366 km Campo Grande/MS - 991 km Cuiabá/MT - 1679 km Florianópolis/SC - 300 km Fortaleza/CE - 3541 Goiânia/GO - 1163 km João Pessoa/PB - 3188 km Macapá/AP - 2794 km Maceió/AL - 2871 km Manaus/AM - 3598 km Natal/RN - 3365 km Palmas/TO - 2036 km Porto Alegre/RS - 711 km Porto Velho/RO - 3145 km Recife/PE - 3078 km Rio Branco/AC - 3699 km Rio de Janeiro/RJ - 852 km Salvador/BA - 2385 km São Luís/MA - 3230 km São Paulo/SP - 408 km Teresina/PI - 3143 km Vitória/ES - 1300 km

Principais cidades do Paraná Apucarana - 354 km Campo Mourão - 447 km Cascavel - 482 km Cornélio Procópio - 445 km Foz do Iguaçu - 624 km Guaíra - 657 km Guarapuava - 239 km Jacarezinho - 394 km Londrina - 373 km Maringá - 409 km Paranaguá - 87 km Paranavaí - 485 km Pato Branco - 439 km Ponta Grossa - 110 km Umuarama - 573 km União da Vitória - 231 km

Municípios da Região Metropolitana Adrianópolis - 133 km Agudos do Sul - 73 km Almirante Tamandaré - 17 km Araucária - 27 km Balsa Nova - 42 km Bocaiúva do Sul - 40 km Campina Grande do Sul - 31 km Campo Largo - 32 km Campo Magro - 10 km Cerro Azul - 87 km Colombo - 19 km Contenda - 48 km Doutor Ulysses - 170 km Fazenda Rio Grande - 19 km

Apostilas Exitus

Economia e Demografia Paranaense 19

Itaperuçu - 37 km Lapa - 71 km Mandirituba - 45 km Pinhais - 7 km Piraquara - 22 km Quatro Barras - 31 km Quitandinha - 72 km Rio Branco do Sul - 33 km São José dos Pinhais - 15 km Tijucas do Sul - 62 km Tunas do Paraná - 87 km

Geologia

Na região de Curitiba encontram-se sedimentos da formação Guabirotuba. Tais sedimentos ocorreram durante o Quaternário Antigo ou Pleistoceno, de origem flúvio-lacustre que preencheram uma antiga e grande depressão, formando a chamada bacia de Curitiba.

Relevo

O relevo de Curitiba é levemente ondulado. A altitude média da cidade é de 934,6 m acima do nível do mar, variando entre os valores mínimo e máximo de 900 e 1000 m, aproximadamente.

Curitiba, capital do estado do Paraná, possui superfície de 432,17 km² no Primeiro Planalto Paranaense, o qual foi descrito por Reinhard Maack (1981) como "uma zona de eversão entre a Serra do Mar e a Escarpa Devoniana", mostrando um plano de erosão recente sobre um antigo tronco de dobras.

Uma série de terraços escalonados são dispostos em intervalos altimétricos caracterizando Curitiba com uma topografia ondulada de colinas suavemente arredondadas, ou seja, um relevo levemente ondulado, dando-lhe uma fisionomia relativamente regular.

O município de Curitiba possui uma altitude média de 934,6 m acima de nível do mar, sendo que o ponto mais alto está ao norte do município, correspondendo à cota de 1.021,00m, no bairro Lamenha Pequena, dando-lhe uma feição topográfica relativamente acidentada e composta por declividades mais acentuadas, devido à proximidade com a Região Serrana de Açungui.

Ao sul do município de Curitiba encontra-se a situação de mais baixo terraço, com cota de 864,90m, localizada no bairro do Caximba, na cabeçeira do rio Iguaçu.

Há cadeias montanhosas e conjuntos de elevações rochosas em praticamente todo o entorno da cidade, sendo o mais notável e imponente destes a Serra do Mar, localizada a leste de Curitiba e que separa o planalto do litoral do Paraná. Ao norte, há elevações na região de Rio Branco do Sul e ao oeste, singelos conjuntos de morros em Campo Magro. Ao sul da cidade não há elevações sensíveis, a não ser próximo da fronteira com Santa Catarina.

Clima

A altitude dá à cidade características próprias, como um inverno mais frio do que o das demais capitais do Brasil, exibindo um rigor semelhante a dos invernos de alguns locais de maior latitude.

O clima de Curitiba é subtropical úmido (não confundir com temperado, clima inexistente no Sul do Brasil), sem

estação seca, com verões suaves e invernos relativamente frios, pela classificação de Köppen. Em razão da proximidade do mar (o oceano está a cerca de 70 quilômetros da cidade), a maritimidade tem grande influência no clima local, sendo responsável por suavizar as ondas de frio do inverno e evitar dias de calor intenso no verão, além de tornar a cidade bastante úmida (praticamente todos os dias a umidade relativa alcança pelo menos 90% no período noturno).

O clima não é muito constante, sendo comum observar variações sensíveis em um único dia, com temperaturas oscilando entre 7ºC e 30ºC, inclusive com a possibilidade de chuvas, sol, neblina no mesmo dia.

A temperatura média anual é de 16,5°C, com amplitude térmica anual de aproximadamente 7°C, sendo 13,5°C a temperatura média no mês mais frio (julho) e 20,5°C no mês mais quente (fevereiro).

Curitiba tem a mais baixa temperatura média anual dentre as capitais brasileiras. Essa característica deve-se a altitude, que garante um clima mais frio que o das duas capitais de estado mais ao sul, Florianópolis (Santa Catarina) e Porto Alegre (Rio Grande do Sul) ambas ao nível do mar.

Mesmos em invernos brandos, as temperaturas mínimas diárias ficam na média de 10ºC contra 7ºC ou menos, em invernos rigorosos. No verão as temperaturas mínimas ficam na média de 16ºC e as máximas 26°C. Durante o inverno as mínimas médias ficam em torno de 8°C e as máximas 18°C. Também durante o inverno, observa-se uma média de 40 dias com temperaturas abaixo de 10ºC e uma média de 4 geadas em invernos brandos contra mais de 10 em invernos rigorosos e com alguma chance de neve em invernos rigorosos.

Segundo o Simepar, a temperatura mínima absoluta de Curitiba foi -6,0ºC em 17 de Julho de 1975[1]. Já a temperatura máxima registrada pelo INMET foi 35,2ºC em 17 de Novembro de 1985.

A estação invernal é caracterizada por temperaturas baixas e geadas periódicas. O rigor do inverno é semelhante ao de alguns países no Norte da África e países europeus mediterrâneos como o Sul de Portugal, Espanha e Itália, em localidades ao nível do mar. Nesse período, temperaturas negativas acontecem, em média, em três ou quatro dias, durante a madrugada. A ocorrência de neve é rara, sendo registrada em média uma vez a cada 10 anos. Oficialmente a neve foi registrada nos anos de 1889, 1892, 1912, 1928 (dois dias), 1943, 1955, 1957, 1963, 1975, 1979, 1981 e 1988, mas com chance a cada inverno rigoroso, e sempre esperado pela população curitiba em todos os invernos[2].

Vários fatores interferem na característica climática do município de Curitiba, entre eles destacam-se:

A sua localização em relação ao Trópico de Capricórnio, a topografia do Primeiro Planalto Paranaense, a altitude média do município de 934,6m acima do nível do mar, como também a barreira geográfica natural da Serra do Mar.

Tendo-se por referência a classificação de Köppen (Maack, 1981), a cidade de Curitiba localiza-se em região climática do tipo Cfb, com clima temperado (ou subtropical), úmido,

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mesotérmico, sem estação seca, com verões frescos e invernos com geadas freqüentes e ocasionais precipitações de neve (última ocorrência em 17 de julho de 1975).

Os dados da Estação Meteorológica de Curitiba, localizada no Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná — bairro Jardim das Américas — relativos ao período de junho de 1997 a dezembro de 2001, demonstram algumas características climáticas do município.

Vegetação

Ipês-amarelos florindo no fim do inverno. Praça Rui Barbosa, Curitiba.

Curitiba está situada no domínio vegetacional denominado Floresta ombrófila mista, composto por estepes gramíneo-lenhosas pontuadas por capões de florestas com araucária, além de outras formações, como várzeas e matas ciliares.

Na vegetação local ainda aparecem remanescentes do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que resistiram à ação civilizadora dos tempos atuais. As araucárias estão em bosques particulares e públicos, agora protegidas pela legislação ambiental que impede a sua derrubada. A área verde da cidade é de 51 m² por habitante.

A vegetação de Curitiba também é caracterizada pela existência de uma grande quantidade de ipês roxos e amarelos que dão um toque especial a paisagem da cidade durante a floração de final de inverno.

Pluviometria

O índice pluviométrico alcança 1.500 mm em média por ano, pois as chuvas são uma constante do clima local. Esse fato em parte deve-se ao grande desmatamento da Serra do Mar, barreira natural de umidade.

Hidrografia

A bacia hidrográfica de Curitiba é constituída de vários rios e riachos, que cortam a cidade em diferentes direções, agrupados em cinco (5) bacias hidrográficas:

O principal rio do estado é o Paraná, sendo que o município de Curitiba localiza-se à margem direita e a leste da maior sub-bacia do rio Paraná, a bacia hidrográfica do rio Iguaçu.

Os principais rios que constituem as seis bacias hidrográficas do município são: rio Atuba, rio Belém, rio

Barigüi, rio Passaúna, ribeirão dos Padilhas e rio Iguaçu, todas com características dendríticas de drenagem.

Conforme tabela abaixo, pode-se constatar que a maior bacia hidrográfica de Curitiba é a do rio Barigüi, que corta o município de norte a sul e perfaz um total de 139,9 km². Ao sul do município tem-se a menor bacia hidrográfica de Curitiba, a do ribeirão dos Padilhas, com 33,6 km² de área.

Devido ao relevo de Curitiba possuir predominância de maiores altitudes ao norte do município, todas as seis bacias hidrográficas correm para o sul do município, indo desembocar no principal rio de Curitiba, o rio Iguaçu, que por sua vez irá desaguar no rio Paraná, a oeste do estado.

Em razão de certas particularidades, as chuvas costumam ocasionar cheias consideráveis nos rios de Curitiba, causando enchentes regulares, o que é constante motivo de preocupação para a população e a administração pública. Atualmente, após uma série de estudos sobre os cursos de água locais, quase todos os rios estão em processo de canalização.

Abastecimento de água

O abastecimento de água de Curitiba é majoritariamente provido pelos reservatórios formados pelas barragens do Iraí e Piraquara I, que servem a região leste da cidade, e do Passaúna, que abastece as regiões sul e oeste.

A população de Curitiba e região metropolitana consome aproximadamente 7,5 mil litros de água tratada por segundo, fornecidos pela Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar. Além disso, estima-se que existam na cidade mais de mil poços artesianos (utilizados principalmente por condomínios, empresas e hospitais), que, somados, têm potencial para fornecer uma vazão adicional de aproximadamente 1,5 mil litros de água por segundo.

Durante as estiagens de inverno dos últimos anos, o abastecimento de água tem se mostrado ocasionalmente comprometido. Nessas ocasiões, têm sido necessárias interrupções programadas da vazão, que são executadas de acordo com cronogramas definidos pela Sanepar.

A barragem Piraquara II deve ter suas obras concluídas no início de 2007, mas só estará operacional no verão de 2008, pois é necessário um período de aproximadamente um ano para a elevação do nível de água no reservatório, que terá capacidade final para armazenar 22 bilhões de litros. Posteriormente, está prevista a construção da estação de captação e tratamento do rio Miringuava, em São José dos Pinhais.

Demografia

Indicadores principais

População total: 1.788.559 habitantes (100% urbana; 52,07% homens e 47,93% mulheres)

População Estimada para 2007: 2.459.818 habitantes

Densidade demográfica: 4.111,9 habitantes por km²

Mortalidade infantil até cinco anos de idade: 24,26 a cada mil crianças

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Taxa de fecundidade: 1,74 filhos por mulher

Taxa de alfabetização: 96,63%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,856

IDH-M Renda: 0,846

IDH-M Longevidade: 0,776

IDH-M Educação: 0,946

Renda per capita (dados de 2000 expressos em R$ de 1 de agosto de 2000): R$ 6198,20

Fonte: IPEADATA

A população de Curitiba em 2006 era de 1.788.559 habitantes, conforme dados coletados pelo IBGE. Além disso, o censo demográfico de 2000 já colocava Curitiba na sétima posição entre as cidades mais populosas do Brasil.

A maior densidade populacional verifica-se na região sul da cidade, sendo o bairro CIC o mais populoso, com 174.383 habitantes em 2005. O bairro mais denso da cidade é o Água Verde, com 10.476 habitantes por km².

Segundo os resultados dos últimos censos, a população da cidade elevou-se de 483.038 habitantes, em 1970, para 843.733 habitantes em 1980. O município de Curitiba (430,9 km²), que pertence à microrregião nº 268 (Curitiba), teve sua população aumentada, no mesmo período, de 624.362 habitantes para 1.025.979 habitantes, elevando-se sua densidade de 1.411 hab./km². Em termos percentuais, o aumento populacional da cidade entre 1960 e 1970 foi de 40% enquanto que, de 1970 a 1980, elevou-se a 74%.

Apesar de tais indicadores, a cidade apresenta ótimos índices, perfazendo um lugar de condensação de investimentos. O IDHM é de 0,856, e o ICV é de 0,835 , o maior entre as metrópoles brasileiras. A esperança de vida na cidade é superior a 71 anos. 99,9% dos domicílios são atendidos pela rede de distribuição de energia elétrica, 99,61% pela rede de esgoto e 99,54% são atendidos pela coleta de lixo. 98,61% contam com abastecimento de água.

Problemas urbanos

O crescimento populacional e urbanístico de Curitiba, a par de transformar a cidade em moderna metrópole, acarretou também os seguintes fenômenos:

Abastecimento de água insuficiente;

Alta poluição da maioria de seus rios;

Diminuição da permeabilidade do solo;

Esgotamento do aterro municipal, localizado no bairro da Caximba;

Aumento crescente nos índices de criminalidade e violência;

Alto índice de moradores de rua na região central da Cidade.

Comprometimento da fluidez viária em razão do incremento permanente da frota de veículos (o

trânsito de Curitiba tem, em média, um veículo para cada duas pessoas).

Sub-dimensionamento da rede de transporte urbano, que é incapaz de atender a demanda em numerosas linhas e horários.

Composição étnica

Praça do Japão, memorial à imigração japonesa.

Na sua formação histórica, a demografia de Curitiba é o resultado da miscigenação das três etnias básicas que compõem a população brasileira: o índio, o português e o negro. Mais tarde, com a chegada dos imigrantes, especialmente poloneses, ucranianos, italianos, alemães e japoneses, formou-se um caldo de cultura singular, que caracteriza a população da cidade, seus valores e modo de vida.

Imigrantes

O processo de desenvolvimento populacional tanto da cidade como do município teve origem com o Tropeirismo e ondas migratórias iniciada por portugueses, espanhóis e outro grupos étnicos incluindo ciganos, judeus e africanos. Após esse período a cidade recebeu forte onda de imigração européia, alemães a partir de 1833; em 1871, os italianos; e por último, os poloneses e ucranianos. Atualmente a cidade é o centro da cultura polonesa no Brasil.

Em 1876, existiam em Curitiba vinte colônias agrícolas compostas de vários grupos étnicos, os quais abrigavam, além de agricultores, outros profissionais. Merecem destaque as colônias de imigrantes japoneses e sírio-libaneses. Atualmente, esse processo foi substituído pelas migrações internas, oriundas principalmente de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Economia

Curitiba é o centro econômico do estado do Paraná. Em parte, isso se deve à população de quase três milhões de habitantes, se for considerada a sua região metropolitana.

Além disso, a cidade concentra a maior porção da estrutura governamental e de serviços públicos do estado e sedia importantes empresas nos setores de comércio, serviços e financeiro.

Cultura

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Teatro

Museu Oscar Niemeyer ,o mais moderno da América Latina.

Curitiba tem uma profícua relação com as artes cênicas e teatrais. A cidade sedia desde 1992 um importante festival de teatro (habitualmente composto de atrações internacionais, grande atrações nacionais, montagens locais e uma mostra alternativa), responsável pela atração periódica de um amplo contingente de turistas e por expressiva movimentação cultural. A cidade conta com salas de espetáculo de inquestionável gabarito técnico-acústico, como o Teatro Guaíra, uma das maiores salas, em número de espectadores, da América do Sul.

Cinema

A história do cinema curitibano é caracterizada pela sua inconstância e por alternar períodos de cadência intensa com outros, de completa inatividade.

O primeiro filme projetado em Curitiba foi em 1897, pouco após a invenção do cinematógrafo pelos Irmãos Lumière. No entanto, até 1930, a história do cinema da cidade se limitou às iniciativas isoladas de apenas três curitibanos: Annibal Requião (que filmou em Curitiba desde 1907 e até 1912), João Baptista Groff e Arthur Rogge.

Na década de 1960, surgem os primeiros filmes do cineasta Sylvio Back , ligado ao cineclubismo e à crítica cinematográfica e que adquiriria notoriedade em todo o país nas décadas subseqüentes (com filmes como Lance maior e Aleluia, Gretchen), produzindo até os dias atuais.

Na década de 1970, surge a Cinemateca do Museu Guido Viaro, responsável por relativa movimentação do cenário cinematográfico curitibano e pela descoberta de novos talentos locais (notadamente o cineasta Fernando Severo, também na ativa até os dias atuais.

Posteriormente, surge uma tendência, na cena local, à produção de documentários, normalmente denuncistas ou atrelados a certos posicionamentos ideológicos. Nesse contexto, destacam-se os trabalhos de Frederico Fullgraf (com trabalhos habitualmente relacionados com a ecologia) e Sérgio Bianchi.

Na atualidade, o cinema curitibano se organizou em eventos e festivais periódicos (dos quais se destaca o Festival de Cinema, Vídeo e DCine de Curitiba, realizado

desde 1997) e revela periodicamente novos realizadores e produtores.

Literatura

Curitiba é o local de nascença, moradia e principal inspiração temática do escritor Dalton Trevisan, um dos mais importantes contistas vivos da literatura brasileira. Além disso, a cidade é o berço do controvertido escritor, poeta e compositor Paulo Leminski, autor da antológica obra em prosa experimental Catatau, tida por muitos críticos como excessivamente hermética e críptica, mas não menos genial. Também é natural de Curitiba o poeta simbolista Emiliano Perneta.

Museus

Museu do Expedicionário

Museu na Praça Generoso Marques

Curitiba conta com diversos museus, valendo destacar o Museu Paranaense (dedicado às artes plásticas e à história), Museu Oscar Niemeyer (dedicado às artes plásticas), Museu de Arte Sacra (que concentra imagens religiosas e arte sacra em geral), Museu do Expedicionário (dedicado à história da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial), Museu de Arte Contemporânea, Museu da Imagem e do Som (cinema e fotografia), Museu Alfredo Andersen (como o próprio nome revela, dedicado às pinturas de Alfredo Andersen), Museu Metropolitano de Arte de Curitiba (arte moderna) e Museu de História Natural (dedicado à biologia e botânica).

Música

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Na esfera da gestão pública da produção musical de Curitiba, o Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC), criado em 2004, realiza a gestão da área musical da Fundação Cultural de Curitiba, sendo responsável pela promoção dos seguintes corpos estáveis: Camerata Antiqua de Curitiba (coro e orquestra), Conservatório de MPB, Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Orquestra à Base de Sopro, Orquestra à Base de Corda, Vocal Brasileirão e Coral Brasileirinho.

Administração pública

Câmara de vereadores

A Câmara Municipal de Curitiba tem um total de 38 vereadores eleitos desde 2004. A sede do poder legislativo é o Palácio Rio Branco. Foi criada em 1693, com as seguintes características básicas: foro especial de justiça e administração independente da Coroa. Até então prevaleciam as câmaras abertas onde deliberavam todos os "Homens Bons". Com a legislação Afonsina seria criado um sistema de representantes, instituindo-se a vereança. O atual edifício da Câmara Municipal de Curitiba foi inaugurado em 1896.

Prefeitura Municipal

O poder executivo é atualmente exercido pelo Prefeito Municipal Beto Richa (eleito em 2004 e com mandato até 2008), pelo Vice-Prefeito Luciano Ducci e pelos Secretários Municipais nomeados pelo prefeito.

Administrações regionais

Curitiba é dividida em nove administrações regionais (equivalentes a subprefeituras), que gerenciam os 77 bairros do município, a saber:

Matriz, que compreende dezoito bairros: Centro, Centro Cívico, Batel, Bigorrilho, Mercês, São Francisco, Bom Retiro, Ahú, Juvevê, Cabral, Hugo Lange, Jardim Social, Alto da XV, Alto da Glória, Cristo Rei, Jardim Botânico, Prado Velho e Rebouças;

Santa Felicidade, que compreende quatorze bairros: Santa Felicidade, Lamenha Pequena, Butiatuvinha, São João, Vista Alegre, Cascatinha, São Braz, Santo Inácio, Orleans, Mossunguê, Campina do Siqueira, Seminário, Cidade Industrial (região Norte), e parte de Campo Comprido;

Boa Vista, que compreende treze bairros: Boa Vista, Bacacheri, Bairro Alto, Tarumã, Tingüi, Atuba, Santa Cândida, Cachoeira, Barreirinha, Abranches, Taboão, Pilarzinho e São Lourenço;

Cajuru, que compreende cinco bairros: Cajuru, Uberaba, Jardim das Américas, Guabirotuba e Capão da Imbuia;

Portão, que compreende onze bairros: Portão, Fazendinha, Santa Quitéria, Vila Izabel, Água Verde, Parolin, Guaíra, Lindóia, Fanny, Novo Mundo e parte de Campo Comprido;

Boqueirão, que compreende quatro bairros: Boqueirão, Xaxim, Hauer e Alto Boqueirão;

Pinheirinho, que compreende cinco bairros: Pinheirinho, Capão Raso, Tatuquara, Campo de Santana e Caximba;

Bairro Novo, que compreeende três bairros: Sítio Cercado, Ganchinho, e Umbará;

Cidade Industrial de Curitiba, que compreeende quatro bairros: Cidade Industrial de Curitiba (região Centro/Sul), Riviera, Augusta e São Miguel.

Transporte

Veículos particulares

Rua XV de Novembro, avenida fechada para o trânsito de veículos em 1972.

Fundamentalmente, o trânsito de Curitiba está estruturado de forma integrada com o transporte de massas via ônibus, por meio dos chamados trinários (sistemas de canaletas exclusivas de ônibus expressos, ladeados por pistas simples para veículos particulares, em sentido contrário e, imediatamente paralelas a estas, vias rápidas com velocidade permitida superior.

A política municipal relacionada a veículos é concebida de forma a diminuir o número de veículos no anel central da cidade, o que é feito mediante a própria intervenção no fluxo viário (diminuição do númeto de ruas com sentido direcionado para o centro da cidade) e mediante a manutenção de importantes espaços para pedestres, como a Rua XV de Novembro, antes uma das avenidas mais movimentadas da cidade.

A cidade tem bons índices de cobertura asfáltica, embora ainda haja elevado grau de ruas de chão-batido e sem qualquer identificação nominal (placas de rua) em bairros afastados, como Ganchinho, Tatuquara e Caximba. Alguns críticos apontam que, desde a década de 1970, Curitiba teria se imobilizado na sua imagem de cidade voltada para os ônibus e suas canaletas, deixando de realizar obras de engenharia de grande porte (viadutos, trincheiras etc.) aptas a desafogar o crescente número de veículos que trafegam em suas ruas.

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Em contrapartida, se utiliza muito o sistema de binários (duas ruas paralelas mas de sentidos únicos e contrários), que no fim das contas, é muito mais barato e não degrada a paisagem urbana.

O sistema de ônibus de Curitiba é, segundo diversos analistas, um dos mais modernos e eficientes do Brasil. No entanto, a alta escolha por veículos particulares na cidade aponta problemas no sistema existente, que alguns analistas acreditam estar saturado. Muitos apontam a necessidade de um sistema mais veloz e confortável, como o metrô.

O sistema de ônibus é composto por terminais estrategicamente localizados nos principais bairros da cidade, devidamente interligados por canaletas exclusivas para ônibus expressos, em sistemas de vias compostas com pistas para veículos particulares e, em alguns casos, ciclovias.

Além da interligação por ônibus expressos, os terminais são providos de ônibus alimentadores, que compõem a ramificação secundária deste sistema de transporte de massas. Adicionalmente, uma outra categoria de ônibus expressos (os chamados ligeirinhos) provê rápido intercâmbio de passageiros entre um terminal e outro, em trajetos desprovidos de paradas intermediárias.

Com a implantação (já iniciada em janeiro de 2007 e previsão de término total até meados de 2008) do sexto eixo (Linha Verde), o Sistema integrará as linhas já estabelecidas (Sul, Boqueirão, Leste e Norte), deslocando o fluxo das linhas Norte-Sul e ainda atendendo diretamente a duas cidades da região metropolitana (Colombo e Fazenda Rio Grande) e indiretamente mais 7 cidade limítrofes (São José dos Pinhais, Araucária, Mandirituba, Quitandinha, Quatro Barras, Campinha Grande do Sul e Bocaiuva do Sul).

Metrô

Para informações sobre os planos de se construir um metrô, consulte o artigo Metrô de Curitiba.

Táxis

OS táxis são padronizados, de cor laranja com xadrez preto nas laterais e alguns detalhes em preto nos pára-choques. Possui um frota de 2300 veículos, tendo 3 categorias:

comum

especial

deficientes

O órgão fiscalizador é a URBS- Urbanização de Curitiba S.A, sendo a Gerência de Táxi e transporte comercial o responsável pela operacionalidade do sistema.

Vans

Este tipo de transporte é chamado TRPNP- Transporte Remunerado de Pessoas de Natureza Privado, só pode ser efetuado entre pessoas jurídicas salvo em casos de translados, previamente documentado. Os veículos devem ser todos credenciados junto a URBS e os condutores devem portar o(s) contratos, voucher(s) e lista de passageiros. Dúvidas ou reclamações: (41) 3330-3339/ 3330-3146 ou 156.

Rodovias

A principal rodovia que liga Curitiba a outros pontos do país é a BR-116 que, por muitos anos dividiu a cidade em duas porções (uma norte e outra sul), cortando os bairros do Pinheirinho, Uberaba, Cristo Rei e Atuba, entre outros, no sentido Porto Alegre-São Paulo. Atualmente o trajeto urbano desta rodovia foi desviado por uma série de contornos rodoviários, notadamente o Contorno Sul, que atravessa o bairro Umbará (Curitiba).

A cidade é ligada ao litoral do Paraná pela BR-277, que atravessa a Serra do Mar até Paranaguá (embora haja, em caráter secundário, a ligação da cidade ao litoral pela histórica Estrada da Graciosa (PR-410), cujo trajeto se inicia no vizinho município de Quatro Barras). Curitiba é ligada ao interior do estado pela Rodovia do Café, no trecho paranaense da BR-376.

Há diversas rodovias secundárias e estaduais que ligam a cidade a outras localidades, como a Rodovia da Uva - PR-417 (Colombo), Rodovia dos Minérios (Almirante Tamandaré e Vale do Ribeira), Rodovia do Xisto (São Mateus do Sul e sudeste do estado) e Estrada do Cerne - PR-090 (Campo Magro e norte do estado).

Transporte Rodoviário de Passageiros

Curitiba possui a terceira rodoviária mais movimentada do país, perdendo somente para as de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, porém em algumas datas atinge a primeira colocação do ano, e mais rotineiramente a segunda.

Trajeto turístico de Curitiba a Paranaguá

Trilhas e caminhos

Na formação histórica de Curitiba, antes da invenção de veículos de tração mecânica, o trajeto de mercadorias vindas do litoral (notadamente de Paranaguá, Morretes e Antonina) era feito por meio de tração animal (lombo de burro) ou com carregadores humanos (índios e escravos) em caminhos e picadas abertos na mata por índios e mineradores. Os principais caminhos coloniais que conectavam à cidade ao litoral eram o Caminho do Itupava, o Caminho do Arraial e o Caminho da Graciosa, este último atualmente substituído pela estrada homônima.

Ferrovias

Curitiba é atravessada por algumas ferrovias, majoritariamente para o transporte de cargas.

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Ramal Norte - ligação com Rio Branco do Sul: transporte de cal e cimento proveniente de atividades de mineração

Ramal Sul - ligação com Ponta Grossa e norte do Paraná: transporte de grãos.

Ramal Leste - ligação com Paranaguá: transporte de grãos e óleos vegetais

Atualmente, a única linha de trem dedicada ao transporte de passageiros tem conotação turística. O trajeto é feito entre Curitiba e Paranaguá, com parada em Morretes.

Hà um projeto de transferência de toda a malha urbana de trens para a região metropolitana, desviando seu tráfego da área central e proximidades de Curitiba, visando a segurança e agilidade do fluxo de trens e veículos.

Transporte aéreo

Aeroporto Internacional de Curitiba

O acesso aéreo a Curitiba é servido principalmente pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena, localizado na contígua cidade de São José dos Pinhais.

O aeroporto fica a aproximadamente 25 quilômetros do Centro de Curitiba. O acesso é efetuado através da avenida das Torres (avenida Comendador Franco) e pode ser feito de carro, táxis ou ainda, por duas linhas de ônibus:

Ligeirinho Aeroporto

Executivo

Aeroporto do Bacacheri

Curitiba possui outro aeroporto, o Aeroporto do Bacacheri, localizado no Bairro Bacacheri. Localiza-se juntamente com o centro de comandos do trafégo aéreo brasileiro, o Cindacta II que é responsável pelo tráfego aéreo da ragião Centro-Sul do país. O Aeroporto do Bacacheri recebe vôos de aviões de menor porte, em comparação com o Aeroporto Internacional Afonso Pena.

Parques, Monumentos e Logradouros de destaque

Segurança pública

Polícia Militar

A Polícia Militar do Paraná conta com aproximadamente 15 mil viaturas e camburões e 22.000 homens, entre delegados, investigadores, escrivães e cargos superiores e inferiores. Foi eleita em 2002 e em 2005 a melhor e mais bem equipada polícia do Brasil.

Polícia Civil

A Polícia Civil do Paraná conta com aproximadamente 3.000 homens, entre delegados, investigadores e escrivães. Sua função procípua é de investigar os crimes ocorridos, apurando a autoria e a materialidade dos delitos, proporcionando condições para que o Ministério Público e o Judiciário possam exercer suas funções. Curitiba como Capital do Estado, centraliza a chefia das polícias e é onde está o maior contingente.

Símbolos oficiais

Bandeira de Curitiba

Brasão de Curitiba

Hino do município de Curitiba, de Ciro Silva e Bento Mossurunga

Adicionalmente aos símbolos oficiais do município e por meio da Lei municipal 10.236, a Câmara Municipal de Curitiba instituiu como "Local Símbolo da Cidade de Curitiba" o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná.

Exportação do Paraná aos países do Mercosul sobe 33%

As exportações do Paraná aos países do Merco-sul subiram 33% no período de janeiro a novembro de 2006 em relação ao mesmo período do ano passado. É o que revelam dados da Secretaria Nacional de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira (8) pela Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul. As exportações paranaenses ao bloco - formado pela Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela - chegaram no período a US$ 1,130 bilhão.

Na análise do governo do Paraná, o resultado su-perou as expectativas. “O Paraná é o único Estado brasi-leiro que tem uma política pública de integração com o Mercosul”, afirma o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Jacir Bergmann II. “É uma ação de união de esforços que tem garantido uma relação cada vez mais efetiva de intercâmbio de produ-tos, projetos e serviços”.

O secretário lembra ainda que os países do Mer-cosul concentram uma população estimada em 220 mi-lhões de habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente US$ 1,3 trilhão. “A participação do Mercosul nas exportações paranaenses já ultrapassa 12%”, aponta. Em 2007, revela, as políticas públicas do Paraná para o comércio exterior devem ganhar força em 2007. “Novas missões estão sendo planejadas e o Mer-cosul será prioridade”, informa Bergmann II.

Um dos melhores resultados das exportações do Paraná ao Mercosul nos 11 primeiros meses de 2006 veio do Uruguai, onde as exportações do Estado subiram 91% no comparativo com o mesmo período de 2005. “No caso da Argentina, que já ocupa 9% de participação no destino das vendas do Estado e a segunda colocação entre todos os países compradores, nossa alta foi de 29%”, disse o secretário. Com a Venezuela e com o Paraguai, a elevação foi de 28%.

Entre as ações do governo do Paraná para ampli-ar os negócios com o Mercosul, Bergmann II destaca as missões comerciais e as rodadas de negócios organiza-das com empresários paranaenses. Entre 2003 e 2006, o Paraná participou de 32 missões governamentais e em-presariais, sendo 18 específicas aos países do bloco. Mais de 500 empresários paranaenses, desde 2003, têm fechado negócios ao participar de missões, a maioria delas, 95%, empresas de pequeno porte.

Região Metropolitana de Curitiba Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Apostilas Exitus

Economia e Demografia Paranaense 26

Região Metropolitana de Curitiba

Estado Paraná

Lei Lei Complementar Federal nº 14/1973

Data da criação Não disponível

Número de municípios 26

Cidade sede Curitiba

Características geográficas

Área 15.416,9 km²

População 3.261.168 hab. 2006

Densidade 206,6 hab./km²

PIB R$ 38.143.824.000 2004

A Região Metropolitana de Curitiba, 118ª maior área metropolitana do mundo, no Estado do Paraná.

Estimativas do Censo 2007 apontam que a Região Metropolitana de Curitiba tem 3.261.168 habitantes, concentrando maior PIB do sul do país, e o terceiro nacional, com pouca diferença em relação ao segundo colocado. Com estes dados a Grande Curitiba classifica-se como a 9ª maior e mais importante região metropolitana do país.

A Região Metropolitana de Curitiba é composta atualmente por 26 municipios:

Curitiba Lapa Quitandinha Mandirituba Agudos do Sul Tijucas do Sul

São José dos Pinhais Fazenda Rio Grande Araucária Contenda Balsa Nova Campo Largo Campo Magro Itaperuçu Piraquara Pinhais Quatro Barras Campina Grande do Sul Colombo Almirante Tamandaré Rio Branco do Sul Bocaiúva do Sul Tunas do Paraná Cerro Azul Adrianópolis Doutor Ulysses

PROVA SIMULADA 01. O Estado do Paraná é constituído por ........... muni-

cípios. a) 339 b) 399 c) 401 d) 378

02. A população atual do estado é de aproximadamen-

tee .............. habitantes. a) 10.300.000 b) 7.950.000 c) 12.800.000 d) 8.100.000

03. O clima do estado é

a) equatorial b) tropical c) subtropical Cfa/Ctb d) nenhuma das anteriores

04. A Região Metropolitana de Curitiba abrange ........

municípios. a) 32 b) 18 c) 26 d) 44

05. A Economia do Paraná se baseia na agricultura

(cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, mandioca), na indústria (agroindústria, indústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate). Quanto à proposição acima podemos dizer que

a) está parcialmente correta b) está totalmente correta c) está incorreta d) nada podemos afirmar

Nas questões que se seguem, assinale: C – se a proposição estiver correta E – se a mesma estiver inorreta

Apostilas Exitus

Economia e Demografia Paranaense 27

06. Estimativas do Censo 2007 apontam que a Região Metropolitana de Curitiba tem 3.261.168 habitantes, concentrando maior PIB do sul do país, e o terceiro nacional, com pouca diferença em relação ao segundo colocado. Com estes dados a Grande Curitiba classifica-se como a 9ª maior e mais importante região metropolitana do país.

07. A Polícia Civil do Paraná conta com aproximadamente 3.000 homens, entre delegados, investigadores e escrivães.

08. Rede urbana. As maiores cidades do estado, além de sua capital, Curitiba, são Londrina, Maringá, Ponta Gros-sa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Colombo, Paranaguá, Umuarama, Apucarana e Campo Mourão.

RESPOSTAS 01. B 02. A 03. C 04. C

05. B 06. C 07. C 08. C