Ed. 7 - Ano 1 - 08/2009

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Ano 1 - nº 2 - Agosto de 2009 Gastronomia O São Paulo Restaurant Week está aqui Bebidas Conheça os diversos tipos de whisky Tecnologia O tempo das revistas em papel acabou Ele conquistou seu espaço demonstrando competência Marcello Xepa Revista wr ters i Editora Comunicação Para quem não tem medo da fita métrica SEM MEDIDA

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Revista de variedades dirigida ao público plus size de lingua portuguesa

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Ano 1 - nº 2 - Agosto de 2009

Gastronomia

O São PauloRestaurant Week

está aqui

Bebidas

Conheça osdiversos tipos

de whisky

Tecnologia

O tempo dasrevistas em

papel acabou

Ele conquistou seu espaço demonstrando competência

MarcelloXepa

Revista

wr tersiEditora ComunicaçãoPara quem não tem medo da fita métrica

SEMMEDIDA

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impressão que temos, olhando em nosso contador de acessos, é de que as mudanças pelas quais esta revista passou agradaram nossos leitores e nos fizeram conquistar outra boa quantidade de

admiradores. Para corresponder às expectativas de todos eles, mais uma vez, aumentamos nosso número de páginas e começo a pensar no dia em que estaremos tão grandes quanto uma lista telefônica. Afinal, assunto é o que não falta em se tratando do universo plus size.

Brincadeiras e satisfação à parte, nesta edição entrevistamos o modelo plus size masculino Marcello Braccesi, ou melhor, o Marcello Xepa, aquele que participou do programa do SBT e já fez uma centena de comerciais para a TV. Conhecê-lo foi uma grata surpresa porque descobrimos alguém que, além de corpo, tem cérebro e uma cultura de fazer inveja a muita gente.

Além disso, falamos também sobre a chegada do Restaurant Week a São Paulo. Uma oportunidade única para que todos os bons garfos da cidade possam matar a vontade de comer em diversos restaurantes maravilhosos sem pagar os preços normais do cardápio e ainda colaborar com as obras sociais. Ainda na área do estômago, ops, da Gastronomia, falamos sobre a harmonização de alimentos e bebidas para que você possa tirar o máximo de proveito das suas refeições.

Para quem aprecia bebidas, explicamos como nasceu e quais as diferenças entre os diversos tipos de whiskies disponíveis no mercado. Aproveitamos também para continuar nossa aventura pelos vinhos brasileiros e apresentar a vocês, a Lidio Carraro, uma vinícola cheia de pessoas querendo fazer vinhos para se tirar o chapéu.

Ainda passeando por nosso País, mostramos também uma produtora de charutos da Bahia, a Angelina Tabacos, uma empresa guiada por um homem que não tem medo de arregaçar as mangas e sair pelos quatro cantos do mundo mostrando a qualidade do tabaco nacional.

Além disso, falamos sobre turismo rural, tendências do mercado editorial influenciadas pela internet e apresentamos uma opção para os gordos que querem se vestir bem sem ter que pagar os olhos da cara para isso.

Como vocês podem ver, assunto não falta. Portanto não me resta mais nada a fazer senão lhes desejar uma boa leitura.

Ano 1 - Nº 2 - Agosto de 2009

A revista SEM MEDIDA é uma publicação eletrônica periódica editada pela Writers Editora e Comunicação Ltda., de acesso gratuito através do web site: www.semmedida.com.br. Os artigos publicados aqui não refletem, necessariamente, as posições ideológicas do projeto e da editora e são de inteira responsabilidade de seus autores.

EditoresRoberto Paes e Francisco [email protected]

Jornalista responsávelFrancisco Reis (MTb: 14.887)[email protected]

ComercializaçãoRoberto [email protected]

Writers Editora e Comunicação Ltda.Rua Prof. Guilherme B. Sabino, 1347 Cj 112 - Jd. Marajoara - São Paulo - SPCep: 04678-002Tel.: 55 (11) 3729-3534 ou 3628-4825Web site: www.writers.com.brE-mail: [email protected]

nossas mudanças agradaram

Nova fase

Texto: Roberto Paes

Revista

wr tersiEditora ComunicaçãoPara quem não tem medo da fita métrica

SEMMEDIDA

AJaime Braz Romano

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Tecnologia 48 Charutos 58

6 Perfil 22 Whisky 30 TurismoÍndice

Antonio Larghi Divulgação

Amazon.com, Inc. Antonio Larghi

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Vinho 67 Moda 76

30 Turismo 42 PaladarDivulgação Divulgação

Antonio Larghi Divulgação Divulgação

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ele conquistou seu espaçomostrando competência

Marcello Xepa

Texto: da Redação | Imagens: Antonio Larghi

Se as aparências enganam, imagine então um apelido. O que Marcello recebeu revela seubom humor e espontaneidade, mas não mostra o dono de uma cultura e de uma noção do momento que vivemos capaz de fazer inveja a muitos filósofos que andam por aí.

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ocê já o conhece. Ele já entrou em sua casa uma série de ve-zes. Só falta ligar o persona-gem ao nome. Estou falando de

Marcello Braccesi. Não reconheceu ain-da? E se eu falar Marcello Xepa? Ah, ago-ra você se lembrou dele participando do programa humorístico do Tom Cavalcanti ou na “Casa dos Artistas dos Gordinhos”. Marcello, filho de italianos, o que lhe garan-tiu a dupla nacionalidade, começou cedo na luta. Morando na Vila Mariana, em um prédio onde os meninos não podiam sair na rua, era tido como um herói, pois ele podia sair. Mas não era para brincar como se espera de uma criança. Era para tra-balhar. Ele vendia pipas, as mesmas que não tinha tempo para empinar. Por vender pipas na feira, os meninos do bairro o ape-lidaram de “Dona Xepa”, comparando-o com a personagem de uma novela do mes-mo ano, em 1978, que retratava a história de uma feirante chamada Dona Xepa. O apelido de criança ficou menor, e fixou-se apenas como Xepa.

Sempre um pouco acima do peso nor-mal, em 93, Marcello Xepa percebeu que estava ficando muito gordo. Começou a sofrer com as “gracinhas sem graça”, do tipo ao ir à praia, oferecerem cadeiras para todo mundo, e para ele uma caixa de cerveja. Uma vez foi a um restaurante e perguntou se havia um lugar e o maitre respondeu que sim, se a cadeira aguentas-se. “Isso me incomodava muito, mas eu sempre lidei bem com isso e nunca tive complexo”, afirma Xepa. “Vou à praia de

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short, faço tudo o que quero, tipo rafting, tirolesa, jiujitsu. Só fiquei meio maus quan-do atingi 204 quilos. Aí comecei a fazer um regime por causa da minha saúde. Hoje estou bem, tenho 125 quilos para 1,85 metro”.

Sempre pensando em progredir, come-çou a estudar Rádio e Televisão, na Fa-culdade Metodista, quando um de seus primos que trabalhava na produtora que fazia os comerciais para a Bom Brill, o avi-sou sobre uma seleção em uma agência de propaganda e ele acabou fazendo seu primeiro comercial contracenando com o Carlos Moreno, garoto-propaganda da Bom Brill até hoje.

Em 1996, a TWP, uma confecção de roupas plus size, o convidou para fazer al-gumas fotos, depois apareceram outros co-merciais, alguns filmes, novelas e ele não parou mais. Bem, parou, com a faculdade. “Gosto de fazer tudo, cinema, televisão, adoro. Mas teatro é a paixão. Atualmen-te estou em cartaz com o filme ‘Se nada mais der certo’, com Cauã Reymonds, Mi-lhen Cortaz e Carol Abras. É preciso estar aberto a todos os meios de comunicação e sempre fazer o máximo, se aplicando ao máximo para que o resultado seja bom, não apenas para você, mas, principalmen-te, para o seu cliente e para o público”, diz Marcello.

Mas ele não é apenas humorista, é garoto-propaganda de marcas famosas como Bom Brill, Brastemp, Honda, Casas Bahia e mais uma infinidade de empresas às quais cedeu sua simpatia, humor e ale-

Einsten falou que o homem que não tem tempo é um homem desorganizado.

Eu não tenho tempo para nada, mas se você falar que precisa de mim por um período, eu me arranjo e acabo

arrumando tempo.

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gria na venda de diferentes produtos com a mesma eficiência.

Marcello também é modelo. Sim, mo-delo plus size. “No início todos adoraram minha nova profissão, exceto minha mãe, que queria me ver mais magro, mas era por causa de problemas de saúde, pois estava muito acima do peso”, diz Marcello com um sorriso franco nos lábios. “Agora estou ótimo, lindo”.

Mas foram muitos anos de batalha até chegar ao estágio atual. Ele teve que mos-trar que era capaz, ter a primeira oportuni-dade e dar resultado ao cliente, deixando-o satisfeito. “Eu participei seis vezes do Fes-tival de Cannes, com comerciais premia-dos, o que enobrece a carreira de qualquer um”, diz o ator multimídia. “Mas ainda falta muito, muita coisa para fazer para que eu possa dizer que estou no topo”, confessa humildemente, um modelo que gostaria de ter tido a oportunidade de desfilar para Yves Saint Laurent, a quem viu em São Paulo, quando era menino. “Ele era uma figura e eu nunca esqueci”, diz Marcello.

Ao contrário do que aconteceu com Flu-via Lacerda, descoberta em um ônibus, nos Estados Unidos, Marcello sempre quis par-ticipar do show bussiness. “Sempre achei que chegaria lá, e aí vieram os comerciais, as novelas, o cinema e eu engrenei de vez na profissão”, conta.

E a obstinação e força que Marcello Xepa encontra para perseguir seus objeti-vos vêm de uma filosofia muito simples. “As pessoas devem procurar oportunida-des nas dificuldades, e não dificuldades

nas oportunidades”, diz sorrindo e expli-cando que lhe foram dadas algumas opor-tunidades que ele soube aproveitar.

Um exemplo disso foi a sua participa-ção no reality show exibido no SBT, “A casa dos gordinhos”. “Estava assistindo televi-são às 3 da madrugada e vi o anúncio con-vidando pessoas para participar”, lembra Xepa. “Não tive dúvida, fui pro computador mandei um e-mail no ato. Quando o dire-tor do programa abriu o computador dele, um dos primeiros e-mails era o meu. Com meu perfil tinha tudo para entrar, mas não entrei de primeira. A produção ficou com medo que eu passasse mal durante o pro-grama. Eu estava pesando 190 quilos”.

Mas como a fé, crença e trabalho sem-pre são recompensados, no programa se-melhante nos Estados Unidos, um perso-nagem com as mesmas características de Xepa havia abandonado a competição. Com isso Xepa foi chamado para participar, mas todos o colocaram entre os primeiros a saí-rem. “E enganei todo mundo, fui um dos úl-timos a sair da casa”. Por isso ele se move pela filosofia de que se você acredita nos seus sonhos, e quer aquilo mesmo, eles acabam acontecendo. “Pode parecer uma filosofia sonhadora, mas é isso mesmo. Eu creio muito nisso”, diz Marcello Xepa.

Dos 78 dias que ficou confinado na “Casa”, Xepa guarda boas recordações. Como, por exemplo, do dia em que esta-va lavando a louça e um outro morador da casa apareceu com um frango congelado e perguntou o que era para fazer. “Eu já estava de saco cheio de lavar a louça, não

Eu tenho meu ego sim, gostode ser reconhecido, admirado, mas

prefiro mais o dinheiro (gargalhada).Já passei da fase de contentar apenas

meu ego, agora eu quero é maispensar no dinheiro.

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gosto de lavar a louça. E a hora que ele fez aquela pergunta eu não tive dúvida e res-pondi: coloca no ofurô para descongelar”.

O problema é que o rapaz achou que era verdade e colocou mesmo. O frango descongelou, assou e espedaçou. “Tive-ram que desmontar o ofurô para limpar tudo”, diz Xepa rindo muito. “O Silvio San-tos quando viu, riu muito e a cena do ofurô cheio de frango foi ao ar”.

Mas nem tudo foi riso. “O pior momen-to para mim foi quando tive que sair da casa, deixando a Andréia lá dentro”, con-fessa Xepa emocionado. “Ela me fazia mui-to bem, era meu porto seguro. Quando eu saí, quem ficou partiu pra cima dela, que arrumou uma força muito grande e acabou vencendo. Depois nos encontramos fora da casa e continuamos nosso namoro”.

E para quem pensa que havia marme-lada no programa, Xepa garante que não havia. “Cada um falava o que queria, fazia o que tinha vontade. Apenas no final das provas a gente filmava depois de algum tempo, para não aparecer ofegante, sua-do”, explica.

Batalha e reconhecimento

Não há rotina na vida de Marcello, cada dia é diferente do outro, não tem hora nem dia da semana. E trabalhos não faltam pois, devido ao aumento do número de pes-soas que vestem roupas tamanho grande, a procura por modelos plus size cresceu. “Existe um grande mercado sim”, garante ele. “A Flúvia e eu somos exemplos disso,

mas precisa ralar muito, ir atrás das agên-cias. Lembro que os modelos faziam cerca de 200 composities, cartões com fotos e medidas e eu fiz 4.000 de saída. Entrega-va até para o porteiro de produtora. Mas isso me deu um bom retorno”.

Esse retorno significou, além de desfiles de roupas, a participação em comerciais, curtas metragens e filmes. E com sucesso em todas as áreas. Nos comerciais, Mar-cello Xepa foi ator em seis comerciais se-lecionados no Festival de Cannes, o mais importante do mundo. Também participou de um curta metragem premiado. Além dis-so, muitos de seus comerciais são veicula-dos em vários países do mundo, mostran-do toda a competência das agências e dos atores brasileiros.

Competência esta que Marcello Xepa cedeu ao filme, “Não por acaso”, onde contracenou com Rodrigo Santoro e ao fil-me que está em cartaz, “Se nada mais der certo”, com Cauã Reymonds, Milhen Cor-taz e Carol Abras.

“Nesse filme me chamaram porque pre-cisavam de um gordo, com cara de bravo, que parecesse com caminhoneiro e eu consegui”, diz com humildade Xepa. “É cla-ro que o fato de eu estar no mercado há alguns anos me torna conhecido das agên-cias e meu nome é lembrado”. E é mais um sucesso na carreira de Xepa. O filme foi premiado nos festivais do Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque e Cannes.

Apesar do sucesso que faz em comer-ciais, Xepa diz que tem uma preferência maior pelo teatro, onde consegue estar

Vou à praia de short, faço tudo o que quero, tipo rafting, tirolesa, jiujitsu.

Só fiquei meio maus quando atingi 204 quilos. Aí comecei a fazer um regime por causa da minha saúde. Hoje estou bem,

tenho 125 quilos para 1,85 metro.

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mais perto do público que acaba intera-gindo com ele. Da televisão, ele gosta da magia, para matar o ego que todo mundo tem, mas ninguém admite. “Eu tenho meu ego sim, gosto de ser reconhecido, admira-do, mas prefiro mais o dinheiro”, diz soltan-do uma enorme gargalhada. “Já passei da fase de contentar apenas meu ego, agora eu quero é mais pensar no dinheiro”.

E essa batalha diária e os bons resulta-dos no trabalho permitiram que ele fizesse algumas viagens interessantes. Tirando as viagens a trabalho, ele fez várias por diver-sos países, mas se encantou com a Gré-cia. “Lá você faz uma volta ao tempo, volta à história”, diz com saudades. “Fui à Ilha de Rodes e achei fantástico. Lá tive a opor-tunidade de conhecer o Castelo de Lindos, e acho que é desse lugar que vem a pala-vra lindo, tamanha a beleza do lugar”.

Tutti buonna gente

O relacionamento com as modelos com manequim abaixo de 46 é normal. “Essas modelos me tratam com profissionalismo e muito carinho”, revela. “Apesar de algu-mas delas terem que trabalhar bem menos que eu”, diz sorrindo e conta uma passa-gem onde mostra todo seu bom humor e jogo de cintura. “Uma vez encontrei com a Ana Hickman que disse que eu era muito simpático e inteligente”, lembra ele. “Res-pondi que achava que tinham dito isso ao Einstein, que era feio de mais e nós dois rimos muito”.

Mas a carreira de modelo não é só risa-

das, festas e glamour. “Por trás tem muita ralação, trabalho pesado, dor e a ansie-dade que mata”, fala em tom sério pela primeira vez. Para relaxar, nada como a co-mida oriental. Ele adora preparar sushis. “Amo meu sushi”, diz sorrindo. “Vocês tem que conhecer, é minha diversão fazer pra-tos exóticos, convidar amigos, vira uma con-fraria aquele lugar”. Aquele lugar chama-se Sushi Paraíso e fica em São Paulo (www.sushsiparaiso.hpg.ig.com.br). Quando não está preparando seus sushis, ele está no cinema, ou sossegado em sua casa lendo. Atualmente o livro é “Leite derramado”, de Chico Buarque de Holanda.

Mas como Marcello Xepa consegue tem-po para fazer tudo isso e ainda cuidar dois bulldogs ingleses, o Yoda e a Maya?

“Einsten falou que o homem que não tem tempo é um homem desorganizado”, diz Xepa. “Eu não tenho tempo para nada, mas se você falar que precisa de mim, eu me arranjo e acabo arrumando tempo”.

E com esse espírito, Xepa espera da vida apenas uma aposentadoria tranquila financeiramente e se manter vivo, no míni-mo até os 60 anos. “Depois dessa idade, a gente vira Forest Gump, fica contando histórias. Coitado do homem que não vi-veu, porque não terá histórias para contar, não terá o que fazer na velhice”.

Esse não será o caso de Xepa, que re-vela o seu lado romântico ao dizer que o amor é tudo, é incondicional, mas não é só por uma pessoa. É amar o que faz, sua mãe, sua família. Se você não está bem com você, é difícil amar outra pessoa.

Eu participei seis vezes doFestival de Cannes, com comerciais

premiados, o que enobrece a carreira de qualquer um. Mas ainda falta muito,

muita coisa para fazer para que eu possa dizer que estou no topo.

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Uma chance de apreciar a alta gastronomia paulistana

SPRW

Texto: da Redação | Imagens: Divulgação

São Paulo Restaurant Week

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Os paulistanos que se preparem para receber a quinta edição do São Paulo Restaurant Week e degustar, a preços

bastante convidativos, cardápios de restaurantes renomados, que este

ano têm como desafio incorporar toques franceses aos seus cardápios.

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e 31 de agosto a 13 de setem-bro, o paladar dos paulistanos vai ganhar um presente: a quinta edição do São Paulo Restaurant

Week (SPRW), um evento que nasceu há 16 anos na cidade de Nova Iorque e cuja proposta era a de movimentar o setor de restaurantes daquela cidade durante as férias de julho, época em que se realiza-va também o Fashion Week (semana de moda). O evento foi aclamado pelos aficio-nados da boa gastronomia e, no ano se-guinte, ganhou vida própria e se espalhou para as capitais de praticamente todo o mundo.

A proposta do evento, desde o seu sur-gimento, é criar uma rede de casas parti-cipantes de alto nível, que ofereça durante este período, pratos de seu cardápio a um valor fixo e, é claro, bastante convidativo. Na edição inaugural nova-iorquina, estive-ram presentes mais de 90 restaurantes. A última edição paulistana, realizada no mês de março passado, contou com mais de 100 restaurantes, um número que irá do-brar nesta quinta edição, segundo os orga-nizadores do evento.

Todos os anos o SPRW propõe um de-safio aos chefs dos restaurantes partici-pantes e, como não poderia ser diferente nesta edição, a proposta dos organizado-res será a de recriar pratos franceses ou

D

O São Paulo Restaurant Week é uma das poucas

oportunidades de se experimentar pratos do

cardápio de grandes restaurantes.

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colocar inspirações francesas nas próprias culinárias dos participantes, uma forma de prestar uma saborosa homenagem à Fran-ça. Cada chef deverá criar sua maneira original de prestar essa homenagem aos mestres da alta gastronomia mundial.

Uma chance única

Por trás da grandiosidade e de todo o brilho deste evento, a grande notícia para quem vai passar por ele é a oportunida-de de visitar e de degustar as criações de casas que dificilmente estariam acessíveis ao bolso de muita gente. Na lista de partici-pantes deste ano estão os nomes de nada mais, nada menos, que o Brasil a Gosto, o Le Buteque, Antiquarius, La Pasta Gialla, o La Brasserie Erik Jaquim, E.A.T., Eau e o Porto Rubayat, entre outros.

No web site do evento, que pode ser acessado através do endereço www.res-taurantweek.com.br, pode-se encontrar a lista completa dos participantes, que este ano chegará a duas centenas. Todos eles, durante o evento, oferecerão aos seus clientes menus diferenciados com entra-da, prato principal e sobremesa pelo preço fixo de R$ 27,50 + R$ 1,00, para almoço e R$ 39,00 + R$ 1,00 durante o jantar. O couvert e as bebidas não estão incluídos nestes valores e o real acrescido na conta

Algumas pessoas confundem uma degustação a preços reduzidos com a oportunidade de realizar grandes refeições. Isso é um engano desastroso.

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é destinado para a Fundação Ação Criança (www.acaocrianca.org.br), que já recebeu em torno de R$ 150 mil em doações, por conta das quatro edições do evento em São Paulo.

O sucesso da edição de verão do SPRW 2009, realizado em março, colocou defini-tivamente o nome do São Paulo Restaurant Week no calendário de eventos oficiais da cidade de São Paulo. Os organizadores es-timam que 300 mil pessoas passaram pe-los 123 restaurantes participantes desta edição, movidas pela vontade de conhecer sabores diferenciados e alguns restauran-tes chegaram a registrar o aumento de 200% no seu movimento. Todas as casas participantes estiveram lotadas durantes os 14 dias de evento.

Um sucesso que incentivou a entrada de outras cidades neste circuito. Este ano, com a consolidação do Restaurant Week em São Paulo, o evento partiu para a con-quista de outras cidades e promoveu a sua primeira edição no Rio de Janeiro, com a participação de 60 restaurantes. Recife e Pernambuco receberam a maratona entre os dias 15 e 28 de junho, pela segunda vez, com 44 restaurantes e Brasília teve sua semana entre os dias 27 de julho e 9 de agosto, com casas como Rayuela Cultu-ral, Carpe Diem e Babel.

Além do indiscutível fato de que durante

Este ano o evento desafia os chefs a incorporarem

traços da culinária francesa ao seus cardápoios Os

frequentadores vão sair ganhando a disputa.

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a semana do evento todos podem apreciar o que há de melhor na gastronomia paulis-tana, o SPRW traz para a cidade a oportu-nidade de colaborar com ações sociais de peso. A exemplo do que ocorre em todos os Restaurant Week ao redor do mundo, este evento tem um importante cunho de responsabilidade social, elegendo entida-des a serem beneficiadas. O SPRW esco-lheu como parceira oficial a Ação Criança.

Trabalho notável

A Fundação Ação Criança é uma enti-dade sem fins lucrativos, criada em 1996 com a missão de combater no Brasil, a desnutrição em crianças carentes com idades entre 0 e 7 anos, fase responsável pela formação física, psíquica e motora de cada indivíduo. Por meio de convênios rea-lizados com creches e casas-abrigo espa-lhados pelo Brasil, por um período mínimo de 12 meses, a Fundação garante a milha-res de crianças atendidas, toda a estrutura nutricional necessária para que elas pos-sam crescer saudáveis e produtivas.

E como fornecer o alimento não é o sufi-ciente, a Ação promove, em todas as suas unida des, a mudança dos hábitos alimen-tares, ensina a elaboração de cardápios e, também a higiene na manipulação e no preparo das refeições.

Algo que transforma o SPRW num evento único é o apoio dos organizadores à instituições que reconhecidamente realizam trabalhos sociais.

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mais uma contribuiçãodada pelos escoceses

Whisky

Texto: da Redação | Imagens: WikimediaCommons Divulgação

Apesar de não guardar em sua história fatos curiosos sobre seu nascimento, o whisky acabou se

tornando um dos destilados mais consumido em todo o mundo

e a estrela de maior destaquena enorme constelação das

bebidas alcoólicas quedão prazer à humanidade.

WhiskyDestilado de malte (single malt) ou de

grãos (blended), produzido na Escócia e envelhecido em barris de carvalho por no mínimo três anos.

WhiskeyDestilado feito de grãos, produzido em

qualquer país, exceto a Escócia.

WikimediaCommons/Y. Kohno

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o contrário do cognac, que nas-ceu por acaso, pelas mãos dos holandeses, o whisky nasceu por um conjunto de fatores bas-

tante simples, na Escócia. Em primeiro lugar porque os moradores deste país co-nheciam as técnicas de destilação e, além disso, porque a cevada era um dos grãos mais plantados naquela região. Então, nada mais lógico do que fazer uma bebida com aquilo que eles tinham à disposição.

Porém, apesar de seu nascimento hu-milde e quase inevitável, passados alguns séculos, o whisky acabou se tornando a bebida alcoólica mais consumida em todo o mundo, inclusive na França, onde seus apreciadores fazem com que ele supere o consumo de vinhos e do próprio cognac. Não se pode negar, no entanto, que ele teve um empurrão de peso no século XVIII, quando a Philoxera, um pulgão que devora as raízes da videira, dizimou as plantações de uvas européias e interrompeu a produ-ção e o abastecimento de qualquer bebida à base de uva.

Ajudado pelo destino ou não, o fato é que o whisky nasceu na Escócia, durante o século XIV, e muitos historiadores da bebi-da acreditam que ele tenha surgido muito antes do ano de 1494, primeira data na qual a bebida é citada como moeda corren-te para o pagamento de impostos. Aliás, pagamento de impostos cobrados de um monge. O que nos remete a divagar que os religiosos da idade média, entre uma mis-sa e outra, tinham muito tempo livre para dedicar ao estudo da Química, que muitos deles devem ter morrido de cirrose hepá-tica e que, certamente, devemos à Igreja Católica e à obra divina, a maioria das be-bidas alcoólicas de que tanto apreciamos.

No universo do vinho, existe um termo que os especialistas chamam de terroir e esta palavra define uma série de condi-ções que são propícias à produção de um vinho de qualidade. No caso do whisky, a Escócia pode ser considerada o local ideal para a produção desta bebida. Seu clima é frio e úmido, o que o torna ideal para o cultivo da cevada e do trigo; seu solo é rico em formações rochosas e impermeáveis, o que permite a formação de inúmeros rios

de água pura e cristalina. Este mesmo solo é recoberto por uma planta, a urze, que en-quanto está viva, transfere componentes que atribuem sabores e aromas ao whisky e, mais tarde, na forma de carvão vege-tal, é usada para a secagem da cevada, quando transfere novos aromas e sabores à bebida.

O whisky escocês pode ser produzido apenas com malte, que são conhecidos como single malt, ou com diversos tipos de mistura entre a bebida criada com malte de cevada e aquela criada a partir de grãos de trigo, conhecida como blend. Existem três denominações para os tipos diferentes de blends. A primeira é o standard blend, onde apenas 30 ou 35% de puro malte é usado na mistura o de luxe blend, onde o percen-tual de malte é maior que na standard e ele envelhece 12 ou mais anos, a super luxe blend, onde são usados maltes de alta qualidade e o tempo de envelhecimento é muito maior e, finalmente, os de grãos indi-viduais, provenientes de uma única destila-ria, à medida que os anteriores podem ser resultado da mistura de whiskies de várias delas.

Para tornar mais simples tudo isso, va-mos levar em consideração os diversos whiskies de uma única marca, por exemplo, o Johnnie Walker. Os de rótulo vermelho (12 anos) pertencem à categoria standard, o de rótulo preto à categoria de luxe e o rótulo dourado (18 anos) à categoria super luxe blend. Por aí dá para se ter uma idéia da qualidade de uma garrafa que ostenta em seu rótulo 24 ou mais anos de idade. Além disso, é preciso prestar atenção aos rótulos, pois você poderá encontrar neles a palavra Whisky ou Whiskey. A diferença

A

O whisky escocês de puro malte é uma bebida que

pouco a pouco está conquistando o paladar

de quem aprecia uma bebida de qualidade.

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Divulgação

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Web site Jack Daniel’s/Wallpapper

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é que ao tomar um whisky você estará bebendo um destilado feito na Escócia e envelhecido em barris de carvalho por no mínimo três anos. Já um whiskey é a de-nominação de qualquer destilado de grãos feito em qualquer parte do mundo.

Do campo para a garrafa

Para a produção de um whisky de puro malte, em primeiro lugar, os produtores umedecem a cevada para que ela germi-ne, por um período de dois a três dias. Em seguida, os grãos são espalhados no chão para que sejam arejados e comecem a ger-minar. É durante este período que o ami-do é transformado no açúcar necessário para a fermentação alcoólica e a cevada é transformada em malte. O malte então é peneirado, depois triturado e misturado com água quente para a extração do açú-car. De tempos em tempos, a água é tro-cada e a cada troca, mais água quente é acrescida à mistura. O resultado é conhe-cido como mosto e é ele que será levado para a fermentação.

A fermentação deste mosto leva em média 48 horas, e o líquido resultante é levado então para a destilação, que ocorre por duas ou três vezes. Na primeira desti-lação, é separado o álcool das leveduras e de outros componentes. Na segunda desti-lação se obtém um líquido com teor alcoó-lico de aproximadamente 70%. Este líquido é então levado para os barris de carvalho americanos que já foram usados para en-velhecer brandies, outros tipos de whisky ou bourbon. Cada um deles trará para o whisky, aromas e sabores específicos.

Na destilação do whisky de outros grãos,

como o milho e o trigo, as diferenças come-çam pelo não malteamento destes grãos e a adição de 10% de cevada malteada. Os grãos não malteados são cozidos para liberarem o amido. Este amido absorve a água e o líquido pastoso só então é levado para ser misturado ao malte para ocorrer a fermentação. Depois de fermentado, o líquido é levado para a destilação e o re-sultado da destilação possui um teor alco-ólico em torno de 95%. Daí ele passa para os barris e segue seu processo de envelhe-cimento por no mínimo, três anos. Depois deste período, ele poderá ser usado para as misturas que criarão o whisky que será engarrafado e comercializado.

Grande parte dos whiskies comercializa-dos no mundo é resultado da mistura de whiskies de malte e de grãos e o responsá-vel pelo blending é o mestre misturador. É ele quem cuida para que o whisky de uma determinada marca tenha sempre as mes-mas características e a qualidade que o notabilizou entre os consumidores da mar-ca. Ele define as misturas quando a bebida ainda está em fase de envelhecimento e usa apenas o olfato para isso. Para a cria-ção de bebidas de custo baixo, a mistura entre as bebidas feitas gira entre 20% de malte e 80% de grãos e misturas de maior qualidade apresentam percentuais entre 40 de malte e 60% de grãos.

Durante muito tempo, os apreciadores do whisky tomaram a bebida escocesa na forma de blends, mas, há pouco tempo, a cultura pela degustação do single malt vem ganhando adeptos e marcas pouco ou nada conhecidas dos aficionados por esta bebida estão ganhando as prateleiras. A diferença entre a bebida criada com mistu-ras e a de puro malte, basicamente, está no fato de que a primeira é mais suave ao paladar da maioria das pessoas. Mas o melhor é testar cada uma delas e tomar a sua própria decisão. Além de ser bebido puro, o whisky e o whiskey são a base de muitos drinques, como, por exemplo o Irish Coffe. Para conhecer outros tipos de drin-ques feitos com esta bebida, visite o web site dos fabricantes ou visite a Wikipedia pelo endereço: http://en.wikipedia.org/wiki/Category:Cocktails_with_whisky.

Não há como falar em whiskies sem lembrar do lendário Jack Daniel’s, cujo aroma inconfundível agrada degustadores de todo o mundo há muito tempo.

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Este drinque foi inventado no porto de Foynes, por Joseph Sheridan no ano de 1940. Foynes foi o precursor do aeroporto de Shannon, no oeste da Irlanda. A bebida servia para aquecer os passageiros que chegavam da América do Norte pelo Atlântico. Segundo a lenda, sua criação se deu em um dia no qual um vôo partindo de Foynes teve que voltar devido às péssimas condições climáticas, e o restaurante foi avisado para ter comidas e bebidas prontas para o retorno. Sheridan tinha café pronto e resol-veu adicionar algo para estimular os passageiros, uma quantidade pequena de uísque. Um passageiro norte-americano perguntou a ele: isto é café brasileiro? E teve como resposta: não, é café irlandês.

Ingredientes:

- 100 ml café- 50 ml de whisky- 3 colheres de sopa de açúcar- Chantily- Cacau em pó

Modo de preparar

Aqueça o whisky, depois, num copo semelhante a uma taça, misture a bebida com o café recentemente coado, fresco. Em seguida, acrescente o açúcar e mexa bem para que ele se dissolva na mistura. Sobre o líquido, acrescente a nata batida (chantilly) com delicadeza para que ela forme uma camada sobre o líquido. Para finalizar, polvilhe cacau em pó.

Irish Coffe: um dos muitos drinks feitos com whisky

WikimediaCommons

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turismo rural comrequinte e tradição

Natureza

Texto: da Redação | Imagens: Divulgação

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Natureza

Há poucos quilômetros da cidade de São Paulo, é possível passar um final de semana tranquilo em meio à natureza e hospedado numa fazenda histórica que

conserva detalhes da arquitetura do século XVIII sem deixar de lado, todo o conforto e a sofisticação que um hotel

deve oferecer aos seus hóspedes.

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Fazenda Capoava, localizada na cidade de Itu, e a pouco mais de uma hora da capital paulista, é um exemplo de que história,

luxo e conforto podem viver lado a lado, para a satisfação de quem procura um hotel fazenda, mas não quer ficar apenas olhando a natureza.

Com 50 alqueires, o hotel é rodeado por cinco grandes lagos que proporcionam uma vista deliciosa. Entre as águas encontra-se a “Ilha dos Macacos”, onde são morado-res fixos vários macacos prego. E, ao que parece, a presença e a proteção dos ani-mais silvestres são motivos de orgulho da Capoava, que atende a todas as normas estabelecidas pelo Ibama. Quem se hos-peda na fazenda pode ver de perto aves de várias espécies, como papagaios, tucanos e araras. E, além delas, outras espécies como, por exemplo, os sagüis do tufo pre-to, emas, capivaras, veados e tatus. Isso sem mencionar a natureza exuberante da região.

Mas não vá pensando que seu lazer se resume ao contato com a natureza e com os animais. Além deles, a Fazenda Capo-ava também oferece todas as comodida-des de um hotel de alto padrão. Piscina, espaço cultural, bares, pavilhão de jogos, quadras de tênis e vôlei, sauna e pista de equitação também estão à disposição dos hóspedes.

Com tudo o que o hotel oferece, fica fá-cil imaginar o que significa passar um final de semana hospedado em uma fazenda histórica que, depois de restaurada, conta com toda infra-estrutura de um hotel, sem perder os detalhes e a rusticidade de um ambiente típico do campo paulista. O pro-prietário, Paulo de Almeida Prado, transfor-

A

Apesar de ser umafazenda colonial, a Capoava

passou por uma grande reforma e hoje incorpora conforto e

sofisticação.

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mou a senzala doméstica e as casas de colonos em 25 chalés sofisticadamente decorados. Todos possuem lareira, ven-tilador, ar-condicionado, telefone, cofre e frigobar.

Quatro amplos chalés estão situados no corpo do casarão e mantêm preserva-das as paredes, janelas e tetos originais. Outros três estão localizados perto dos lagos e da mata, próximos à saída das tri-lhas, quase em meio à mata de planalto remanescente. A colônia conta com 18 chalés no estilo duplex, onde embaixo, es-tão uma saleta e um banheiro e, no meza-nino, o quarto. Cada saleta possui um sofá que pode transformar-se em uma bicama, podendo abrigar um total de quatro pes-soas.

Segundo Paulo, a idéia que comandou a transformação da fazenda num hotel foi aliar toda a comodidade que um hospede poderia encontrar em sua casa de campo e, ainda, uma extensa programação volta-da ao turismo rural histórico e suas facetas culturais e gastronômicas. E a idéia parece ter dado certo, afinal, ele afirma que “os visitantes sentem-se verdadeiramente em casa e não é raro vê-los fazer da Capoava sua casa no campo, voltando repetidas ve-zes com os parentes e amigos”, diz Paulo de Almeida Prado, que acabou virando per-sonagem local e é reconhecido pela força que da à cultura do interior paulista.

A Fazenda Capoava se transformou no que é hoje há apenas seis anos e o traba-lho feito por Paulo recebeu o reconhecimen-to de muitos ligados ao setor de hotelaria, tanto que a Capoava faz parte do “Roteiros de Charme”, uma rigorosa associação que indica apenas o que há de melhor no mun-do da hotelaria.

A arquitetura, totalmente integrada com a natureza que cerca a fazenda, é um convite para quem deseja esquecer o estresse da cidade.

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Mas sua história é muito antiga. Capo-ava significa em tupi-guarani “rancho co-berto de sapé”, “terreno para roças” ou mesmo “terra fértil”. No solo da fazenda já passaram bandeirantes, que construíram a casa sede e por lá ficaram, iniciando o plantio de cana de açúcar, depois subs-tituído pelo de café, quando foi rebatiza-da de Fazenda Japão. Já no século XX, o cultivo de gado foi a principal atividade daquela terra, que depois se tornou solo fértil para o desenvolvimento do turismo. Essas informações estão todas ilustradas por documentos e objetos cuidadosamen-te expostos no museu situado na Capoava. Além disso, durante todo o ano, aspectos da cultura brasileira são celebrados na pro-gramação, como as festas juninas, a figura do Saci e da influência da cultura indígena na formação da identidade nacional.

Atentos ao lazer

Piscina, espaço cultural, bares, pavilhão de jogos, quadras de futebol, vôlei são itens que não podem faltar a um bom hotel, mas o que a Capoava oferece de especial são as cavalgadas pelo campo, afinal, cavalos e aventura não podem faltar no período de descanso em uma fazenda.

Por isso, na Capoava, os hóspedes têm a oportunidade de “estrear sobre celas” e os mais experientes podem se aventurar pelas trilhas da Fazenda. Todos os finais de semana, diferentes opções de cavalga-das são oferecidas aos hóspedes, como, por exemplo, a “Cavalgada Fazendas His-tóricas”, a “Cavalgada da Lua Cheia” e a “Cavalgada do Pôr do Sol”. Em todas elas, quem visita o hotel, conta com o acompa-nhamento de profissionais experientes,

Passar uma noite tranquila longe do barulho, da fumaça

e da insegurança das grandes cidades é um presente que

todos nós merecemos.

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que fazem do programa uma diversão se-gura para a família.

E depois de tanto exercício, você já deve estar pensando no que comer, não é? Fique tranquilo porque a hotel têm uma preocupação especial com isso. Durante o mês de agosto, por exemplo, a Fazenda Capoava convidou diversas personalida-des ligadas ao mundo da alta gastronomia e preparou um cardápio e uma carta de vinhos digna de agradar a qualquer bom gourmet.

O cachacier Mauricio Maia, o escritor Marcelino Freire, o produtor musical BID, a atriz Ligia Cortez e a sommelière Sonia De-nicol prepararam uma série de cinco dife-rentes “menus”. “Pensamos em uma pro-gramação bem cultural e adulta. A partir de agora, nossos hóspedes passam a ter acesso a todo esse conteúdo organizado por esses curadores. Durante o mês de agosto, por exemplo, o hóspede ou visitan-te pôde participar de bate papos informais com estes especialistas, que explicaram suas escolhas”, diz Maria Beatriz Almeida Prado, gerente Geral do hotel.

Para se ter uma idéia do que aconte-ceu em agosto e imaginar o que o hotel pretende fazer, de agora em diante, para manter o mesmo nível de entretenimento, no final de semana do Dia dos Pais o ca-chacier Mauricio Maia lançou a carta de cachaças da Fazenda. Ela traz 11 diferen-tes opções da bebida, envelhecidas em madeiras como Jequitibá, Carvalho, Cas-tanheira, Amendoim, Peroba do Campo e Bálsamo. No sábado seguinte, o destaque ficou por conta do cinema e da música. O produtor BID mostrou, com um “menu” de músicas brasileiras, como as paisagens, os sabores e a arquitetura da Fazenda Ca-

Os divertidos passeios acavalo pelas proximidades da fazenda revelam segredos que apenas os moradores das redondezas conhecem

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Ao anoitecer, é possível aproveitar o que a Capoava

tem para oferecer ao paladar, degustando bebidas típicas e

saboreando pratos elaborados.

poava trazem lembranças sonoras que não se poderia imaginar.

Depois dos jantares, quem optou por assistir a um filme em DVD, no lugar de participar dos bate papos, pode escolher entre os filmes selecionados pela atriz Lí-gia Cortez. Foram 45 títulos, escolhidos a partir das impressões de Lígia, assídua frequentadora do hotel. Ela levou em conta a ótima safra do cinema nacional e sele-cionou títulos adequados para se ver em família, como “O ano em que meus pais saíram de férias”, de Cao Hamburguer e “Chega de Saudade”, de Laís Bodanzky.

Em outro fim de semana, o premiado escritor Marcelino Freire, vencedor de um Jabuti, apresentou sua carta de livros. Pen-sado para diferentes usos, a carta de Frei-re traz 20 títulos, com clássicos da litera-tura portuguesa, como as coletâneas “50 Contos de Machado de Assis” e “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século”.

A nova carta de vinhos, totalmente dedi-cada à produção nacional da bebida, leva assinatura de Sonia Denicol. A sommeliere selecionou cerca de 30 rótulos que podem ser saboreados em qualquer refeição da Fazenda Capoava.

A Fazenda Capoava fica no Km 89,9 da Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto (antiga Marechal Rondon - saindo de SP, com acesso na saída 59 da Rodovia dos Bandeirantes). Um final de semana, de sexta a domingo custa R$ 1.322,00 para o casal e o day use R$ 245,00 por pes-soa. Para saber mais sobre o hotel, visite o web site pelo endereço: www.fazendaca-poava.com.br. Se você quer ir além e fazer sua reserva, ligue para (11) 4023-0903 ou mande um e-mail para [email protected].

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Aprenda a combinar comidas e bebidas

Paladar

Texto: da Redação | Imagens: Wikimedia Commons

Quando duas pessoas sedão bem, costuma-se dizer que uma complementa aoutra. Quando tentamosjuntar comida e bebida,a impressão que podemoster, caso o casamentoseja perfeito, é a mesma.Caso contrário, sua refeição pode setransformar num desastre.

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PaladarWikimidia Commons/Louis-garden

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ão é raro que alguém saia de um restaurante com uma péssima impressão ou do cardápio, ou da bebida que acompanhou a refei-

ção. Quando isto acontece, na maioria das vezes, o grande culpado é o responsável pela combinação entre o prato e a bebi-da selecionada para acompanhá-lo. Se a escolha foi sua, está na hora de aprender a harmonizar. Se ela surgiu de uma orien-tação do garçom, ou do maitrê, ou do som-melier, está na hora de não dar ouvidos a quem não entende do assunto.

A harmonização de alimentos e bebidas é algo do qual vários profissionais do setor de alimentos e bebidas se dedicam há de-zenas de anos, com a finalidade de tornar uma refeição um acontecimento memorá-vel. Atualmente, com o grande interesse das pessoas “comuns” pela gastronomia e o hábito de cozinhar em casa para fa-miliares e convidados, a harmonização se tornou matéria obrigatória para quem quer se orgulhar de suas aventuras na cozinha.

Harmonizar passa pela identificação de algumas características presentes tan-to nos alimentos quanto nas bebidas e, a partir da descoberta de cada uma delas, tentar fazer combinações que sejam agra-dáveis tanto ao olfato quanto ao paladar. Boa parte das harmonizações é feita por complementação, onde uma característica do prato combina com uma característica da bebida. Mas em outros casos, não tão raros, a harmonização é feita pela contra-posição destas características.

O que se leva em consideração ao ini-ciar uma proposta de harmonização entre alimentos e bebidas são as características olfativas e gustativas de cada um deles. Você pode ter um prato em mente e ape-nas selecionar uma bebida que seja mais adequada a ele. Ou, então, você pode já ter escolhido que bebida tomar e resta apenas a opção de selecionar qual prato é

N

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mais adequado aquele tipo de bebida.Seja qual for o dilema, os estudiosos

do assunto recomendam que se leve em consideração, em primeiro lugar, o peso do que está sendo harmonizado. Peso, neste caso, significa o quão marcantes são os aromas e os sabores presentes no alimen-to ou na bebida. Para se ter uma idéia, ten-te imaginar o quão “mais pesado” é um bife de picanha se comparado a um filet de frango. E, neste caso, seja qual for a bebida, ela deve combinar com estas ca-racterísticas, sendo tão pesada quanto o prato.

Além do peso, outro fator a ser levado em consideração é a intensidade com que aromas e sabores se apresentam. Alguns temperos conferem ao que se está prepa-rando a capacidade de serem sentidos a quilômetros de distância, como, por exem-plo, o manjericão e outros, como o alecrim, são delicados e simples. A harmonização nestes casos, pede bebidas intensas em aroma e sabor, ou delicadas, para não se sobrepujarem ao prato.

Passadas as questões que envolvem peso e intensidade, o que deve ser con-siderado numa harmonização, são os sa-bores que envolvem a comida e a bebida. Um deles é a acidez, que não necessaria-mente precisa estar no alimento, mas que pode fazer parte de um molho. Fica fácil imaginar um prato com estas característi-cas se o exemplo for um salmão grelhado e regado ao molho de maracujá. A acidez da fruta será transferida ao prato e, neste caso, a melhor solução é optar por uma bebida tão ácida quanto à fruta.

Pondo de lado os pratos da culinária asiática onde é fácil encontrar pratos agri-doces, boa parte da gastronomia ociden-tal é definida como salgada, em maior ou menor intensidade. Isso representa um grande desafio para quem está harmoni-zando porque é impossível, neste caso, se-

Wikimedia Commons/Chensiyuan

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lecionar uma bebida “tão salgada quanto o prato”. A melhor opção é cair para o rol das bebidas neutras quanto à esta carac-terística ou, no caso de algo muito salga-do, optar por um vinho doce e harmonizar por contraposição de características.

Já, se o assunto for um prato doce ou agridoce, a melhor pedida segundo os es-pecialistas, é optar por uma bebida com as mesmas características, ou seja, doce também.

Qual a bebida mais indicada

Cada apreciador de um determinado tipo de bebida tem sua opinião de como ela combina melhor com alimentos. Os apreciadores de vinho certamente serão ferrenhos defensores da tese de que esta é a bebida que se presta às melhores har-monizações, da mesma forma, um toma-dor de cervejas dirá o mesmo a respeito de sua bebida preferida e assim por diante.

Ao vasculhar as prateleiras de uma li-vraria, você encontrará uma série de obras que se debruçam sobre o tema vinhos e comida, mas também encontrará outras que aumentam seu leque de opções de harmonização. Se o seu meio de pesquisa for a internet, procure pelos sites oficiais dos fabricantes de bebidas. Eles oferecem uma centena de opções de combinação entre pratos e suas bebidas.

Além das regras para a realização de uma boa harmonização, um dos fatores importantes a ser considerado é a cultura na qual estão inseridos o prato e a bebi-da. Se sua opção de prato for originária da Alemanha, certamente você se defrontará com pratos à base de porco e, nada mais tradicional do que comer comidas alemãs degustando uma cerveja. Ao optar pela gastronomia francesa, nada melhor do que procurar por um bom vinho, assim como ocorre com a gastronomia Italiana.

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Uma boa dica dada pelos especialistas em bebidas é levar em consideração o cli-ma pelo qual se está passando no momen-to de optar por um prato e pela bebida que se pretende harmonizar. Com certeza você encontrará um prato que se harmoniza bem com whisky, mas será que ambos vão cair bem em um almoço durante o verão brasileiro? Não seria melhor, numa oca-sião destas, optar por uma refeição leve, com saladas ou frutos do mar, devidamen-te acompanhados de um vinho branco ou de um espumante? Isso nada mais é do que adaptar o peso da refeição ao clima da estação. Uma mera questão de bom-senso.

Sem medo de errar

Como dissemos, os brasileiros estão despertando para a gastronomia. Na cida-de de São Paulo, assim como em outros estados, todos os dias aparecem novas escolas e profissionais dispostos a ensi-nar às pessoas os segredos da boa mesa. Para quem prefere uma formação auto-didata, as livrarias e a internet são uma fonte inesgotável de informação. A única contrapartida cobrada é a curiosidade e a vontade de aprender e a disposição de ex-perimentar.

Ao contrário do que muitos imaginam, a harmonização não é uma ciência, mas sim, uma arte e, como toda expressão artísti-ca, comporta vários estilos e várias ten-dências. Num país de descobertas como o Brasil, temos nos deparado ultimamen-te com a explosão da culinária japonesa e com a chegada dos aromas e sabores intensos da gastronomia asiática.

Navegando em todas as ondas deste “mar de aromas e sabores”, alguém com curiosidade é capaz de descobrir harmoni-zações que os apreciadores da boa mesa vão aplaudir.

Wikimedia Commons/Warburg

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acostume-se como fim do papel

Revolução

Texto: da Redação | Imagens: Amazon.com, Inc Wikimedia Commons

Provavelmente, nem osinventores da internet imaginaram que, ao interligar computadores em todo o mundo, ela poderia causar uma revolução na maneira como as pessoas interagem e acessam informações.

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RevoluçãoWikimediaCommons

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ntes da internet, quando se que-ria saber o que estava aconte-cendo no País ou no mundo, era preciso correr até a banca de

jornal e comprar uma edição do seu jornal ou revista preferidos. Depois de mais de uma década de sua existência, para saber o que está acontecendo em qualquer lu-gar do planeta, você precisa apenas ligar o computador e se conectar. Se não há um computador por perto, tudo bem, acesse a rede mundial de computadores através de seu celular, ou, quem sabe, daqui a alguns anos, de um monitor touch screen integra-do à porta da sua geladeira. Ah. Só para constar: a Samsung já fabrica uma.

É claro que muitos vão dizer que o aces-so a toda esta tecnologia é muito caro e grande parte da população do planeta está excluída desse tipo de acesso. É verdade. Mas quem se lembra quando o VHS chegou ao Brasil? Ele custava uma verdadeira for-tuna. E os aparelhos de DVD, então? No en-tanto, depois de pouco tempo, tornaram-se extremamente baratos e hoje fazem parte da mobília de qualquer residência brasilei-ra. Com os celulares e os computadores, não de forma tão rápida e predatória, está acontecendo o mesmo. Há menos de uma década eles só podiam ser adquiridos em lojas especializadas e hoje são vendidos por redes de supermercados, ao lado dos televisores e geladeiras.

O fato é que todos os dias milhares de pessoas pensam em maneiras de transfor-

A quantidade de informações criadasdiariamente pela sociedade moderna precisa de uma solução de armazenamento que não ocupe espaço e que possa estar acessível a

qualquer hora.

A

Wikimedia Commons

Amazon.com, Inc.

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Amazon.com, Inc.

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mar a rede num lugar cada vez mais amis-toso e agradável de se estar. Prova disso são as dezenas de ferramentas que são disponibilizadas gratuitamente e para um cem número de finalidades, desde rela-cionamentos, como o Orkut e a Facebook, para não citar outros tantos, até aque-las que otimizam o acesso à informação, permitem que você selecione que tipo de notícias gostaria de receber e até mesmo avisos sistemáticos de novas inserções de informação que interessam a você.

Outras formas de ter conteúdo

Praticamente todos os setores da eco-nomia mundial foram afetados de uma for-ma ou de outra pela internet, mas nenhum deles se viu tão forçado a mudar seus con-ceitos quanto às empresas de comunica-ção. Os responsáveis por jornais e revistas foram obrigados a conviver com o fato de que o monopólio da geração de notícias não pertencia mais a quem tem o poder econômico de imprimir milhões de exem-plares porque, a qualquer momento, um adolescente com acesso à rede, uma pá-gina pessoal e uma câmera microscópica em seu celular era capaz de gerar notícias em tempo real e o pior, era capaz de fazer isso sem cobrar nada.

Essas empresas se viram obrigadas a construir web sites e a disponibilizar, se não o todo, ao menos uma parte dos conteúdos informativos que geravam para

Um jornal produzido durante a madrugada, contendo informações colhidas na tarde do dia anterior, pode se tornar desatualizado se comparado à sua versão on-line que é

atualizada minuto a minuto.

Amazon.com, Inc.

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suas publicações impressas. Outras em-presas, que nunca pensaram em publicar informação, também entraram no mercado da “notícia on-line” e passaram a oferecer conteúdo gratuito como forma de atrair vi-sitação em seus sites e começaram a ter lucro com a venda de anúncios eletrônicos. Isso sem falar que, nestas páginas, as no-tícias passaram a ser atualizadas de minu-to a minuto.

Hoje ainda são poucos os casos, mas sabe-se que alguns jornais e algumas re-vistas de renome já abandonaram suas tiragens em papel e estão circulando ape-nas na internet. É o caso do jornal norte-americano USA Today e, certamente, en-quanto redigimos esta matéria, outros também estarão adotando esta postura. O resultado disto para nós, os usuários, é a gratuidade de conteúdo ou então, o valor de uma assinatura mensal reduzido ao pre-ço de um tablete de goma de mascar. Para quem gosta de se manter informado, isso é uma grande notícia.

Um setor que aderiu com muito mais agilidade ao mundo digital foi o setor de livros. Desde a criação da Amazon Book, que até hoje vende livros em papel, come-çou uma especulação sobre a transforma-ção de livros em papel em e-books, ou, livros virtuais, que poderiam ser lidos na tela de seu computador e que poderiam ser comprados por um preço dezenas de vezes menor do que o similar impresso. No início eles eram feitos para serem lidos

Já é possível, graças à tecnologia das redes sem fio, a qualquer pessoa, onde quer

que ela esteja, acessar qualquer tipo de informação disponível na internet, desde um

jornal até sua conta bancária.

Amazon.com, Inc.

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Amazon.com, Inc.

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através de um programa chamado Acrobat Reader e, atualmente, já se desenvolveram até aparelhos especificamente desenha-dos para permitir a leitura de publicações digitais.

Da espessura de um lápis

Um desses “book readers” que tem feito muito sucesso nos Estados Unidos e que, por coincidência é comercializado pela Amazon Book, é o Kindle DX, que em sua versão mais recente, lançada em 5 de maio deste ano, passou a ter uma tela maior para permitir a leitura de jornais e revistas, conexão sem fio para acessar a internet, capacidade para o armazenamen-to de 3.500 livros, sistema de conversão de textos para áudio, tela que rotaciona automaticamente para visualização de for-matos de página dupla e, a possibilidade de assinar sua revista preferida por US$ 1,49 em vez de pagar, pela revista Time,

por exemplo, o equivalente a US$ 12,50 numa banca de jornal.

Atualmente o Kindle DX é comerciali-zado pela Amazon por US$ 489,00, mas em breve, a concorrência com outros fa-bricantes, certamente fará com que essa quantia caia muito e, em pouco tempo, tal-vez até mesmo os smartphones tenham a capacidade de fazer o mesmo, ou até mais que ele. E além de economizar dinheiro, estes leitores digitais economizam espa-ço guardando em sua memória, o mesmo volume de livros que entupiriam sua casa do piso ao teto e, principalmente, ajudam a evitar a derrubada de árvores e podem transformar grandes áreas usadas para re-florestamento em locais para a produção de alimentos.

Hoje, o Kindle DX possui a grande des-vantagem de ser em preto e branco, mas não é difícil de imaginar que em poucos meses esta versão sofra um upgrade e passe a ser vendido com uma tela ainda

A revoluçãodigital trará a possibilidadede economizar espaço antes destinado a estantes e evitará o consumode papel utilizado na impressão de jornaise de revistas. O planeta agradece.

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maior, desta vez, colorida, e com um nú-mero ainda maior de atrativos para seus usuários. Afinal, quem é capaz de imaginar o que a tecnologia nos reserva para a se-mana que vem.

Informação segmentada

Além de tudo o que você encontrava em papel na banca de jornal e agora encon-tra na tela de seu computador, a internet criou a oportunidade para o surgimento de novas publicações, como a revista SEM MEDIDA, por exemplo. Pequenas editoras como a Writers, sem aporte financeiro para a impressão de grandes tiragens de uma revista, estão utilizando a internet para fazer informações chegarem a um público cada vez mais segmentado. E o melhor, de forma gratuita.

Sem ter que pagar um valor de impres-são, que em alguns casos encarece a edi-ção de uma revista em quase 60% de seu

custo, a Writers, por exemplo, é capaz de editar edições cada vez maiores de sua re-vista sem a necessidade de vender assina-turas e viver apenas da publicidade de suas páginas, que custam infinitamente menos do que um anúncio publicado em uma re-vista impressa de grande circulação. Isto sem contar que a editora está ajudando na conservação do meio-ambiente.

Há os que ainda preferem ter um livro ou uma revista nas mãos, é verdade. Mas, como eles, há alguns anos, os aficionados em música diziam que jamais trocariam seus discos de vinil por CDs e hoje, grande parte deles se acostumou a carregar suas faixas preferidas pela internet para ouvi-las em seu ipod, que por sua vez, também evo-luiu e se transformou em iphone. Em pou-cas palavras, o que está acontecendo é a mudança dos recipientes e não a de seus conteúdos. A notícia jamais deixará de ser o que é. O que está mudando é apenas a forma como ela chega às suas mãos.

Wik

imed

iaC

omm

ons

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o reconhecimento aosprodutores nacionais

Charutos

Texto: da Redação | Imagens: Antonio Larghi Roberto Paes

Quando alguém começa a falar sobre charutos é impossível não ouvir a palavra “cubanos” ecoar pela sala. Mas, pouco a pouco, outros produtores, inclusive os brasileiros, estão ganhando reconhecimento entre apreciadores e conquistando seu espaço.

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Charutos

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m exemplo da qualidade e da no-toriedade da indústria produtora de charutos brasileira é a Ange-lina Tabacos, uma empresa de

médio porte, que conquistou consumidores exigentes no Brasil e em países da Europa e da Ásia. A história da empresa teve início há sete anos, quando o publicitário Marce-lo Ceneviva, hoje com 43 anos, viajou para a Bahia e lá encontrou com um amigo que possuía uma fábrica de charutos. Marcelo gostou da idéia e os dois se associaram e fundaram a Angelina Tabacos. Nome que é uma homenagem à mãe de seu sogro, uma pessoa que Marcelo confessa gosta-va muito.

“Quem me ouve contar esta história, pode acabar achando que eu sou um aven-tureiro”, explica Marcelo. Mas quem fica atento ao que ele diz, acaba percebendo que a idéia de entrar para o ramo dos cha-rutos não se tratou de uma aventura, mas sim da concretização de uma paixão e de uma grande proximidade com os artigos que ele produz hoje. Marcelo conta que tomou proximidade com os charutos quan-do começou a namorar sua esposa. “Eu comecei a namorar a minha mulher e a fa-

mília dela lidava com o ramo de Tabacaria há muito tempo. Além disso, eu nasci em uma família italiana formada por sicilianos e calabreses e o hábito de fumar charutos era algo natural na família. Graças a eles, desde criança, passei a apreciar o aroma de um bom tabaco”, diz Marcelo.

Provavelmente, grande parte do suces-so que a Angelina Tabacos alcançou neste mercado sofisticado e ao mesmo tempo competitivo, se deve à paixão e a dedi-cação com que ele divulgou e tornou seu produto conhecido, tanto no Brasil, como no exterior. Circulando pelas tabacarias de São Paulo, por exemplo, e perguntando aos seus frequentadores se eles conhecem os produtos da Angelina, a grande maioria deles logo toca no nome de Marcelo e fa-lam sobre ele com a intimidade dada a um velho conhecido. Isso se deve ao fato de que até hoje ele visita as tabacarias para acompanhar a venda de seus produtos e anotar os pedidos.

“Não sou um cara que nasceu para fi-car dentro de um escritório conferindo pla-nilhas e organizando a produção. Eu sou um sujeito de vendas, gosto de estar numa tabacaria e acompanhar o movimento da

U

Grouxo Marx gostava tanto de charutos que um dia, sua mulher o colocou na parede exigindo que escolhesse entre ela ou os charutos que

tanto gostava. A resposta de Grouxo foi: “Espero que possamos continuar bons amigos”.

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“Sou um apaixonado por charutos e zelo pela qualidade dos que faço. Detestaria ver um cliente me olhando de cara feia numa tabacaria.”

Marcelo Ceneviva

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loja, ver o que as pessoas compram, que tipo de charutos elas apreciam e assim for-mar a minha opinião sobre o que devemos ou não fazer. Às vezes dou risadas de mim mesmo quando me vejo dentro de uma loja. Acho que me tornando o meu próprio instituto de pesquisas”, ironiza Marcelo.

Mas o fato é que em um setor que não pode contar com o apoio da propaganda, estar na “frente de batalha” pode causar uma enorme diferença, afinal, um aficiona-do que se torna fiel a uma marca ou a um produto faz questão de contar aos amigos algo de bom que ele tenha conhecido. Dizer a todos, então, que conhece e conversou com um dos donos deste produto é uma propaganda que não tem preço.

E se isso dá certo em São Paulo, por que não fazer também em suas viagens pelo exterior. Segundo Marcelo, sempre que surge uma oportunidade, ele divulga a Angelina. “Além de ser produtor de charu-tos eu também sou um ávido consumidor daquilo que eu faço. E, à medida que você está empunhando um charuto não é difícil encontrar pessoas que tenham a mesma paixão. Quando isso acontece, a conver-sa começa a fluir e eu acabo mostrando

aquilo que eu faço aqui no Brasil”, conta Marcelo.

Por conta desse “garoto propaganda” em tempo integral, que a Angelina já expor-ta para diversos países da América do Sul, entre eles, Argentina, Chile e Uruguai, para países da Europa, como Suiça, Alemanha, França, Portugal e para alguns países da Ásia e Oriente Médio, como, por exemplo, Japão, Malásia, Dubai e Arábia Saudita.

Atualmente, além de uma extensa linha de charutos nos formatos clássicos, a An-gelina produz alguns formatos exclusivos, saídos da cabeça de Marcelo, como os seus “figurados” e, também, fabrica cigar-rilhas, feitas com aparas dos tabacos usa-dos nos charutos e em diversos aromas. Há pouco tempo, a marca lançou uma linha popular de charuto, no formato “robusto”, comercializado a preços convidativos, sem anilha, aquele anel que envolve o charuto e facilita sua identificação.

“Criar um charuto popular e que tam-bém tivesse qualidade é um pedido que eu ouvia constantemente das pessoas com quem eu me encontrava nas tabacarias de São Paulo”, explica Marcelo. “Um dia deci-di que faria isso e consegui. Antes de ser

Kennedy pediu ao seu assessor de imprensa que comprasse o maior número

de charutos cubanos H.Upmann - Petit Hupmanns que conseguisse. Quando ele chegou, Kennedy proibiu a comercialização de produtos cubanos

nos Estados Unidos.

Rob

erto

Pae

s

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dono de uma fábrica de charutos eu sou um consumidor daquilo que faço e tenho um senso crítico sobre a qualidade dos meus produtos. Quando terminei o projeto e acendi um destes charutos, conclui que tinha alcançado o meu objetivo e que ia atender à necessidade de muitos aprecia-dores de um bom charuto”, conclui Marce-lo.

Marcelo não poupa palavras para falar sobre sua empresa e do orgulho que sen-te em fazer seus charutos com 100% de tabaco brasileiro. Uma nacionalidade que também está impressa num outro produto, que também recebe o nome da Angelina: a cachaça. Ela é produzida há alguns anos, em Minas Gerais e pode ser encontrada em qualquer tabacaria onde seus charutos são vendidos e em casas especializadas em bebidas. São três tipos diferentes: a prata, a ouro e a Cambuci. Produtos que segundo Marcelo e os apreciadores da be-bida, são de ótima qualidade.

Quando perguntamos a ele qual a dife-rença entre os charutos nacionais e os im-portados, Marcelo diz que não há compara-ção. Ele diz que cada um tem suas carac-terísticas próprias, que vão agradar a uns

e desagradar a outros. “É claro que todo fumador de charuto, ao menos uma vez na vida, experimentou um charuto cubano, ou um dominicano e um brasileiro. Alguns têm um paladar mais adequado aos primeiros, outros o paladar mais adaptado para os segundos e outros terão uma maior afinida-de com o tabaco brasileiro”, explica Marce-lo. “Um bom apreciador de charutos sabe quando acender este ou aquele charuto. Ele tem sua marca e seu modelo preferido, mas não vai deixar de variar conforme seu humor ou seu estado de espírito”, conclui Marcelo.

Ele diz que para ele, degustar um cha-ruto é um momento mágico, que em algu-mas ocasiões o convida a ficar só e refletir e que, em outras situações o predispõe a passar horas e mais horas conversando. Nunca sobre um assunto chato, mas sem-pre conversando e, de preferência, acom-panhado de champagne. “Charuto não é o companheiro de gente chata. Ele gosta de estar com alguém que saiba o que a vida tem a oferecer, ele gosta de gente inteli-gente, com conteúdo. Pessoas que sabem o que querem e que, quando não sabem, procuram por ele”, conclui Marcelo.

Quando lhe foi pedido que proibisse o fumo, o imperador francês Napoleão III respondeu: “Esse vício rende 100 milhões de francos por ano em impostos. Farei a proibição imediatamente se

os senhores me arrumarem uma virtude que nos renda tanto”.

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em busca da perfeição

Vinhos

Texto: da Redação | Imagens: divulgação

Algumasobsessões são

chatas e causammuitos problemas.Outras, entretanto,

merecem incentivos. Esse é o caso da

vinícola Lídio Carraro,cuja obsessão pelo

vinho perfeito nos faz degustar verdadeiras

obras de arte.

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ara quem não está familiarizado com o universo do vinho, ouvir a palavra boutique ou então o ter-mo vinho de garage, associados

à uma vinícola, ou a seus produtos, pode parecer estranho. Mas não se assuste, isso não tem um significado depreciativo, pelo contrário, isso é sinal de esmero por parte do produtor e sinônimo de quase arte quando falamos sobre um vinho. É assim que a Vinícola Lídio Carraro se define e, ao ler os comentários de críticos e especialis-tas sobre vinhos a respeito de seus produ-tos, somos obrigados a concordar.

A Lídio Carraro é uma vinícola diferente. Enquanto a maioria dos descendentes de italianos que migrou para o Rio Grande do Sul logo passou a plantar uvas e a produ-zir vinhos, a Lídio, durante cinco gerações, decidiu apenas plantar e vender suas uvas para quem estivesse interessado em fa-zer vinhos. Só então, em 1998, a família decidiu entrar no mercado de produção de vinhos e, é claro, não queria ser apenas mais uma.

Com a idéia de produzir vinhos diferen-ciados os Carraro investiram na adequação de vinhedos e na criação de sua adega. Tudo começou com a realização de estu-dos geoclimáticos e a busca dos melhores terrenos para cada variedade de uva esco-lhida, tendo como princípio básico, a elabo-ração de vinhos finos de primeira linha.

Durante quatro anos, a família, descen-

P

A Lidio Carraro parecia andar na contra-mão da

vinicultura do novo mundo quando decidiu não passar

seus vinhos por barris de carvalho. Uma aposta acertada,

haja visto a mesmice de aromas e sabores que a maioria

dos vinhos se transformou.

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dente de imigrantes italianos vindos de Breganze, no Vêneto, em 1875, desenvol-veu projetos de reconversão de seus sete hectares situados no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha. E, em 2002, nasceram seus primeiros vinhos, lançados como Li-nha Lídio Carraro Grande Vindima, um va-rietal, que significa que o vinho foi produzi-do apenas com uma variedade de uva, no caso a Merlot e um Assemblage, uma mis-tura de vinhos criados com as uvas Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e a Tannat.

Criar um vinho assemblage, ou em nos-sa língua, um vinho de corte, e ainda por cima combinando as características de quatro uvas diferentes, mostra que a Lídio Carraro não estava interessada em fazer simplesmente vinhos. E a aposta deu cer-to. Tanto que até hoje eles produzem este corte, atualmente chamado de Quorum, mas, segundo Patrícia Carraro, apenas em anos nos quais estas quatro uvas demons-tram todo o seu potencial para fazer uma bebida de altíssima qualidade.

Depois de sua estréia no mercado de vi-nhos nacionais e ainda com a maravilhosa obsessão de produzir vinhos autênticos, com personalidade única, tipicamente bra-sileira, a Lídio Carraro investiu na procura de um terroir próprio. Foi então que a famí-lia adquiriu 200 hectares em Encruzilhada do Sul, na serra do sudeste do Rio Grande do Sul, um local que mais tarde se tornaria

Fazer um assemblege com duas variedades de vinho é uma terefa delicada e que nem sempre gera bom resultados. A audácia da Lidio Carraro, desde sua criação, originou o Quorum, uma mistura de quatro variedades de uvas que agradam qualquer aficcionado.

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um pólo vinícola brasileiro. Nesta região, a vinícola encontrou uma

combinação única, formada por um solo de origem granítica, com baixos teores de ma-téria orgânica, ótima capacidade de drena-gem, altitude de 350 a 600 metros e in-solação homogênea. “Em Encruzilhada do Sul, encontramos uma incrível capacidade de produzir safras mais regulares e com qualidade diferenciada”, afirma o produtor e enólogo Juliano Carraro.

A busca por uma nova identidade para o vinho brasileiro levou a Lídio Carraro a ousar também nas técnicas utilizadas, tanto nas videiras, como na vinícola. Suas parreiras são conduzidas em espaldeira, forma semelhante à usada nos melhores vinhedos da França e que limita a quanti-dade produzida e aumenta a qualidade dos cachos que crescerão. Além disso, os vi-nhedos são monitorados constantemente, através de podas verdes realizadas com o propósito de reduzir significativamente a produção de uva por planta e, assim, man-ter o correto equilíbrio vegetativo. “O resul-tado é uma concentração natural e uma maior expressividade no vinho”, observa a responsável técnica, a enóloga Mônica Rossetti. E quando chega a época da co-lheita, os cuidados não diminuem. A colhei-ta de cada parcela particular do vinhedo é feita separada e manualmente, no momen-to ideal de maturação das uvas.

A Lídio Carraro tornou-se pioneira no

Imaginar que uma vinícola brasileira seja capaz de jogar fora toda a sua produção por

não acreditar que a qualidade de seus produtos, naquela

safra, irá ser igual a que eles costumam ter é um ato de coragem e de dedicação à perfeição de seus vinhos.

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A equipe da vinícola é formada por Lidio Carraro (em pé), Juliano Carraro

(à direita), Monica Rossetti (ao centro) e Giovanni Carraro (à esquerda).

Pessoas que transformam vinhos em obras de arte.

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Brasil, no que diz respeito à tecnologia e inovação, quando implantou sistemas de controle da produção, como, por exemplo, o recebimento das uvas por gravidade, dis-pensando o uso de bombas. “Nossa mis-são é resgatar a essência do vinho, procu-rando a integridade das características e do sabor original de cada variedade”, afir-ma a arquiteta Patrícia Carraro, diretora de Marketing e Exportação, responsável pelo desenho da planta da nova cantina.

Na Lídio Carraro, todo o processo é con-duzido com o mínimo de interferência e o máximo respeito à expressão natural da uva e do terroir de onde ela se originou. Nem mesmo o uso tradicional da madei-ra, os barris de carvalho, é encontrado na vinícola. “A autenticidade de expressão de cada variedade caracteriza os vinhos da Lí-dio Carraro”, enfatiza Juliano Carraro.

Um sinal da seriedade com que a vi-nícola encara a tarefa de produzir vinhos aconteceu em 2003, o segundo ano de sua existência e, mais recentemente, em 2007. Mesmo com uma produção de uvas de excelente qualidade, os enólogos da vinícola notaram que os vinhos a serem produzidos seriam inferiores ao da safra anterior e quebrariam assim a tendência de crescimento da marca e tomaram a ini-ciativa de não vinificar nestes anos. “Foi uma decisão bastante difícil, mas resolve-mos vender toda a produção de uva e ficar esta safra sem produzir nenhum vinho com

A linha de vinhos da Lidio Carraro é limitadíssima e não é de se estranhar que um ou outro rótulo se esgote antes

mesmo que um comprador descubra que o vinho que ele

gostou já está esgotado.

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a assinatura Lídio Carraro”, lembra Patrí-cia. O prejuízo foi imenso. “Mas seria pior se o nosso conceito fosse comprometido”, completa.

É por isso que a Lídio Carraro é concei-tuada como uma vinícola boutique, com produção controlada, pequena, de altíssi-ma qualidade e cuidado extremos em to-dos os detalhes da sua elaboração. Isto se traduz em uma bebida que transmite as peculiaridades da terra onde nasce, as características da variedade que o identifi-ca e um pouco de cada um daqueles que participaram de sua elaboração, assinado nos contra-rótulos da Lídio Carraro. E os cuidados com os diferenciais não se resu-mem apenas ao conteúdo das garrafas. A logomarca da vinícola demonstra isso, com a estilização de um símbolo que represen-ta, ao mesmo tempo, o mapa do Brasil, um cacho de uvas e um coração. A marca Lídio Carraro traz em si, o casamento da tradição com a modernidade e a paixão tra-duzida em vinhos.

Para saber mais sobre a Lídio Carraro e conhecer seus vinhos, a melhor pedida é uma visita ao site da vinícola pelo do endereço www.Lídiocarraro.com. Através dele você também poderá fazer compras on-line e receber suas garrafas em casa. Para quem está de férias e gostaria de co-nhecer a vinícola, ou quem pretende via-jar para um tour enogastronômico pelo Rio Grande do Sul nas próximas férias, poderá, através do site, agendar uma visita.

O mesmo esmero e busca pela perfeição na produção de seus vinhos leva a Lidio Carraro a criar rótulos que saltam aos olhos e atraem a atenção de quem passa por uma loja especializada em vinhos finos.

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vertir-se bem é umaquestão de opção

TWP

Texto: da Redação | Imagens: divulgação Antonio Larghi

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TWP

Não seja como Hardy, a hiena do desenho animado, que vive choramingando e falando que nada vai dar certo na hora de se vestir.Há muitas opções paraquem quer “abalar Paris”.

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muito dura a vida de quem está acima do peso considerado “nor-mal” pelos críticos de moda e precisa comprar roupas. Para

simplificar a situação, são três grandes problemas básicos que devem ser supera-dos até encontrar um modelo ideal.

É como se fosse uma prova de obstá-culos para conseguir se vestir bem tendo como prêmio, em vez de uma medalha de ouro, uma roupa que lhe sirva bem. O pri-meiro obstáculo é encontrar uma loja que venda tamanhos grandes de verdade. Al-gumas até tentam, mas de grande, só o número nas etiquetas e os preços.

Algumas lojas bem intencionadas até oferecem modelos de tamanhos realmen-te grandes. Igualmente grande é a sauda-de que dá ao ver os modelos com corte que lembra os anos 20. É quase impos-sível vestir uma roupa desse estilo e não se sentir naquele filme de Christopher Re-eves, não, não o Super Homem, o outro filme, Em algum lugar do passado.

Mas talvez, o pior e mais difícil obstácu-lo a ser vencido é o do “saco de batata”. Algumas lojas fazem vestidos que se cos-turar em baixo, vira um perfeito saco de batata. Realmente é muito difícil vestir-se bem quando se tem uns quilinhos a mais.

Mas a situação está mudando. “Hoje existem muitas opções de roupas para quem é gordo, mas há alguns anos, nós sofríamos muito para andarmos bem ves-tidos e na moda”, explica Rita de Cássia Martins, uma bancária que sempre vestiu tamanhos grandes e sua única alternativa era recorrer às costureiras do bairro.

Segundo ela, a exceção dos últimos quatro ou cinco anos, todas as vezes que saia para comprar roupas, voltava para casa irritada e de mãos vazias. “Nós podí-amos contar nos dedos as lojas que ven-diam roupas plus size e, mesmo quando encontrávamos uma, quando chegávamos

É

Marcello Xepa, que foi entrevistadonesta edição, é o modelo masculino

oficial da TWP e para esta matéria ele foifotografado por Antonio Larghi .

A moda antes demais nada é estar usando o que se gosta, e não o que dizem que é para você gostar.O que vale é a ousadia de misturar diferentes tecidos e formas, dando vida às peças.

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lá, a única coisa que nos ofereciam eram sacos de batata estampados que só agra-davam minha mãe ou minha avó”, lembra chateada. “Naquela época, com 18 ou 19 anos, eu queria roupas que me deixassem na moda, estava procurando shorts, cami-setas, saias e até mesmo calças jeans. Mas só encontrava conjuntinhos de calça e blusa que me deprimiam”, comenta Rita.

Atualmente ela não passa mais por es-tes problemas, pois o mercado plus size cresceu e, a cada dia, aumenta em todo o País. Algumas confecções se especiali-zaram e pensam neste tipo de roupa da mesma forma como se pensa para a cria-ção das coleções para quem é magro. Mas enquanto alguns empresários esperaram para que esse mercado cresça e se firme, outros preferiram ser pioneiros, acreditar, apostar num segmento que mostrava que seus participantes têm alto poder aquisi-tivo e são muito mal atendidos nas suas necessidades.

Um exemplo de empreendedorismo foi dado por Reneé Chican, que desde a déca-da de 80 se dedica à moda para pessoas que vestem números grandes. Reneé, com um grande tino comercial e visão de mer-cado, acreditou e apostou neste segmen-to, até então carente de opções, criando a TWP, uma loja para atender a este pú-blico.

A TWP é especializada em moda mascu-lina e feminina tamanhos grandes, voltada exclusivamente para o público plus size, ou seja, produtos a partir do manequim 48 e camisas a partir do tamanho 5.

A experiência com o segmento plus size vem desde a década de 80, mas a loja completa em 2009, 12 anos de existência, a partir da constatação de Reneé Chican de um segmento, na época, incipiente e pouco explorado.

Mas fazer roupas de números grandes não é apenas aumentar as medidas de um manequim pequeno. “A diferença é sutil,

No momento de desenvolver suas coleções, o foco

principal e primordial da TWP é estar sempre

em busca de modelos que confiram conforto

e bom caimento para o seu público.

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está nos detalhes e na peculiaridade do público alvo, mas como todo processo de criação, diversos fatores são levados em consideração”, explica Wilson Falco, sócio-proprietário da TWP. “Além de questões como as tendências de tecidos, cores, dentre outros aspectos, no momento do desenvolvimento de nossa coleção, o foco principal e primordial é estar sempre em busca de modelos que confiram conforto e bom caimento para o público tamanho grande”.

Ele explica que é possível aliar sensu-alidade sem abrir mão de elegância, so-fisticação e feminilidade. Basta fazer uma análise mais pragmática e o resultado des-ta observação são inúmeras clientes que adoram e procuram exclusivamente por modelos decotados que valorizem o colo. Além de diversos outros exemplos que são sucessos de vendas, como a frente única, o espartilho com cinta liga também, dentre outros.

A linha de produtos TWP passa por looks de estéticas românticas, modernas, pops, clubbers, e o que mais a criatividade permitir, abrangendo roupas masculinas e femininas casuais como, por exemplo, po-los, batas, leggings, jeans, skinning, “mini-vest”, camisas, camisetes entre outros, passando por esporte fino, social, além de trabalhar também com lingerie, pijamas, acessórios e moda praia (maiôs, sunkines, sungas masculinas, saídas de praia).

Mas o carro-chefe de vendas da TWP é a linha casual ou sport wear, que consis-te na moda para o dia-a-dia, como calças jeans, fusôs, camisetas, skinning streesh, shorts, bermudas, batas e lingerie

“Além de focar o posicionamento de mercado naquilo que é mais perceptível e citados na pesquisas feitas junto a clien-tes, que sempre apontam a TWP como uma loja que possui produtos bacanas, com preços acessíveis aliados a um bom atendimento, priorizamos a transparência

Algumas confecções, ao exemplo da TWP, se especializaram e pensam neste tipo de roupa da mesma forma como marcas famosas pensam para a criação das coleções para quem é magro.

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e a satisfação do público plus size”,explica Wilson Falco.

E para quem acha que a TWP é uma loja só de “madames”, está enganado. A linha de produtos vai desde uma peça para o dia-a-dia, como uma calça em crepe chifon, de gabardine a R$ 19,00 ou uma túnica em tafetá, para um público mais sofisticado, que varia entre R$ 89,00 a R$ 117,00.

Segundo Falco, a tendência para o ve-rão 2009/2010, são as cores nos tons quentes e vibrantes com grande destaque para o amarelo e o rosa, tanto na forma ho-mogênea ou em pinceladas nos detalhes. O ar de romantismo aparece em diversos looks, inclusive nos vestidos. A transparên-cia também é outro ponto forte da estação. Quanto aos tecidos, continuam em alta o básico algodão, as sedas, malhas, a sar-ja, o elastano (streesh), além dos tecidos sintéticos, que também prometem vir com força no próximo verão.

Vestir-se bem aumenta a auto-estima das pessoas e a TWP tem um importante papel nessa função. “Nada é mais gratifi-cante do que ao final de uma venda, ser retribuído com um elogio caloroso, parabe-nizando a loja, as roupas, o atendimento”, garante Wilson Falco. “É isso que nos faz dar continuidade ao nosso trabalho, e es-tar constantemente em busca de novida-des e produtos de qualidade”.

Falco deixa bem claro que, independen-te do peso, vestir-se bem é uma questão de opção, basta querer. O importante é procurar aquilo que lhe faz sentir-se bem, seguro, e confiante. A moda antes de mais nada é estar usando o que se gosta, e não o que dizem que é para você gostar, o que vale é a ousadia de misturar diferentes te-cidos e formas, dando vida às peças.

E se você quiser descobrir esse oásis da moda GG, basta ir à Rua Domingos de Morais, 389, Vila Mariana. O telefone da-loja, que atende inclusive aos domingos e feriados, é (11) 5575-4997.

Algumas lojas bem intencionadas até

oferecem modelos de tamanhos realmente grandes. Igualmente grande é a saudade

que dá ao ver as roupas com um corte que

lembra os anos 20.

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Page 88: Ed. 7 - Ano 1 - 08/2009