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Ano 13 - nº 75 Novembro / Dezembro - 2012 Cobertura completa do 21º Congresso Brasileiro da Indústria de Águas Minerais e da Expo-ABINAM'2012 Furacão Sandy reforça importância da água engarrafada em situações de catástrofe natural Conheça os vencedores do Prêmio Fraterno Vieira de Jornalismo Criação da categoria de águas adicionadas de sais e vitaminadas pode confundir consumidores Alíquota zero do PIS/PASEP e da COFINS de águas minerais: marco de 2012

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Revista Água&Vida 75

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Ano 13 - nº 75Novembro / Dezembro - 2012

Cobertura completa do 21º Congresso Brasileiro da Indústria de Águas Minerais e da Expo-ABINAM'2012

Furacão Sandy reforça importância da água

engarrafada em situações de catástrofe natural

Conheça os vencedores do Prêmio Fraterno Vieira de Jornalismo

Criação da categoria de águas adicionadas de sais e vitaminadas pode confundir consumidores

Alíquota zero do PIS/PASEP e da COFINS

de águas minerais:

marco de 2012

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editorial

Desde 1975

Ano histórico para a Abinam O editorial da última edição do ano da revista Água & Vida não poderia destacar outro assunto que não a redução do PIS/PASEP e da COFINS sobre águas minerais, anuncia-da pelo governo federal em setembro, poucos dias antes da abertura do 21º Congresso Brasileiro de Águas Minerais. Corrigindo erros tributários históricos, essa tão aguarda-da desoneração fiscal se concretizou graças à Lei 12.715, artigo 76, aprovada após longa batalha no Congresso Nacional.

Há exatamente um ano, usei esse mesmo espaço para pedir aos associados união e perseverança na luta pela diminuição dos impostos que incidem na indústria bra-sileira de água mineral. Neste 2012 que se encerra, além de reportar os excelentes resultados desse esforço, quero agradecer a todos que colaboraram nessa e em outras importantes conquistas.

Não podemos deixar de enaltecer e comemorar a pioneira inclusão da categoria de águas minerais na cesta básica de alimentos do estado de Santa Catarina. Com a medida, o ICMS incidente sobre a categoria caiu para 7% . O principal objetivo para 2013 é a inclusão da água mineral na cesta básica de outros estados do Brasil. Continuaremos trabalhan-do duro para esse desafio, com a convicção de que vencê-lo é uma questão de tempo.

Nunca é demais lembrar que o problema da tributação excessiva das águas minerais começou com a Constituição de 1988, que permitiu que os bens minerais passassem a ter incidência do ICMS, PIS/PASEP e COFINS. Alguns anos de-pois, em 1992, a água deixou de ser classificada pela Receita Federal como mineral não-metálico, passando a ser tribu-tada da mesma forma que refrigerantes e cervejas. Com isso, a carga de impostos chegou a 46%. Na Europa, o valor do IVA incidente na água mineral é de 6%. Há países, como o México, onde a água mineral, nas embalagens de consumo em domicilio, é totalmente isenta de tributos. Esses exemplos internacionais mostram que ainda temos muito a fazer para diminuir a carga tributária incidente no setor. Em 2013 continuaremos essa luta, contando, como sempre, com o apoio de todos os associados da Abinam.

As notícias auspiciosas para o setor de água mineral não param por aí. O balanço preliminar de 2012 indica que tive-mos o melhor segundo semestre dos últimos 15 anos. As vendas da categoria avançaram nada menos do que 22% em média em relação ao ano passado!

Outro ponto que merece destaque é a cobertura do 21º Congresso Brasileiro de Águas Minerais, que aconteceu em Florianópolis (SC), em outubro. Uma reportagem especial desta edição traz os destaques apresentados no evento por pesquisadores e especialistas de todo o Brasil e do exterior. Para quem teve a oportunidade de comparecer ao resort Costão do Santinho, trata-se de material complementar e documental, que vale a pena ter e guardar para consultas futuras. Para os profissionais do setor de águas minerais que não puderam ir ao 21º Congresso, o resumo das palestras publicado nesta edição é leitura simplesmente obrigatória.

Termino esse último editorial do ano convidando novamente a todos para que se unam na luta pela inclusão da água mineral na cesta básica. Afinal, como demonstram as conquistas recentes da Abinam, a vitória é a arte de prosseguir onde os outros desistem.

Bom Natal e ótimo Ano Novo a todos!

Carlos Alberto LanciaGeólogo e Presidente

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Carlos Alberto Lancia César DibMárcio Leite CarvalhoRicardo AltgauzenRicardo SignorelliOlívia Augusta A. Macedo CostaHamilton Luiz Guido

Roberto Gentil Ferreira da Silva

José Angelo M. RambalducciSilvana OrlandoWellington Morgado

Carlos Alberto Lancia Amílcar Augusto Lopes Jr.Wilmar José FranznerCésar DibRicardo SignorelliOlívia Augusta A. Macedo Costa Roberto Gentil Ferreira da Silva José Angelo M. RambalducciPaulo Ferraz NogueiraWellington Morgado

Ceará Superintendente: Francisco Ferreira Sales [email protected]

Rio Grande do Sul Superintendente: Jairo Zandoná [email protected]

São José do Rio Preto (SP) Superintendente: José Carlos Gleriano [email protected]

Região NorteCésa José Perón – ROFernanda de Souza e Silva – TOFrancisco Gervásio Gomes Pascoal – PALuiz Cruz – AM

Região Nordeste Rodrigo Lima Neto – SEFrancisco Ferreira Sales – CEDjalma Barbosa da Cunha Jr. – RNFelix Oiticica Berard – ALJosé Carlos Cunha Lima – PBMarcos Edilton Cintra Santos – BA

Região Centro-OesteMurilo Tebet Thomé – MSWilmar José Franzner – MTLuiz Cesar Albuquerque – GO

Região SudesteJosé Ângelo Rambalducci – ESRobson Fortes de Araújo – MGJocimar Coelho Lima – RJ Região SulAugusto Mocellin Neto – PRJairo Sarandi – RS

Petra S. Sanchez

Pedroza de Andrade Advogados

Márcia de Azevedo

Paulo de Souza (Assessor da Diretoria)Silvia Santos (Secretária Administrativa)

Rua Pedroso Alvarenga,584 - 4º andar Cep: 04531-001 – São Paulo – SPTel.: 11 3167-2008 | Fax: 11 3167-2542e-mail: [email protected]: www.abinam.com.br

IMK Relações Públicas

Márcia de Azevedo

Leandro Haberli

Carlos Alberto LanciaCarlos Pedroza de AndradeDra. Petra S. SanchezRicardo Signorelli

Carlos Alberto Lancia

Lucimara Miyoshi Pecegueiro

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Av. Brigadeiro Faria Lima, 2639 | 9º andarcep: 01452-000 | São Paulo | SP Tel.: 11 3813-1300 | Fax: 11 3814-2924e-mail: [email protected]

Presidente1º Vice-Presidente2º Vice-PresidenteDiretor Secretário Diretor Tesoureiro

Diretora Social Diretor Regional

Conselho fiscal efetivo

Suplentes

SINDINAMPresidente

1º Vice-Presidente2º Vice-PresidenteDiretor Secretário Diretor Tesoureiro

Diretora Social

Conselho fiscal efetivo

Suplentes

Sucursais

Superintendentes Regionais

Assessoria Científica

Assessoria Jurídica

Assessoria de Imprensa

Secretaria Executiva

Coordenação Editorial

Editora

Sub-editor

Conselho Editorial da Abinam

Colaborou nesta edição

Diagramadora

Assinaturas e Publicidade

Fotografo (21º Congresso)

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Já aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado, emenda ao PL1014/2003 segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. Medida pode confundir o consumidor e prejudicar a indústria de águas minerais

Congresso da Abinam em Florianópolis apresentou um panorama dos temas mais relevantes para a cadeia de águas minerais, apontando cenários e perspectivas para o setor em

2013

Palestras

Expo-Abinam '2012

Prêmios

Mercado

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A revista Água&Vida e a Abinam não têm responsabilidade sobre as informações contidas nos anúncios.

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LEGISLAçãO

Uma denominação equivocada, capaz de confundir o consumidor e prejudicar a in-

dústria brasileira de águas minerais. Esse pode ser o resultado da emenda do deputado José Carlos Araújo (PSD-BA) ao projeto de lei (PL) 1014/2003. De autoria do falecido deputado Ricardo Izar, a proposta original se restringia à correta diferenciação das águas minerais das

águas adicionadas de sais. Por sua vez, o projeto do deputado Araújo, que deverá chegar às mãos da presidente Dilma Rousseff no início de 2013, visa incluir na categoria brasileira de águas uma nova classe de bebida: a água adicionada de vita-minas e minerais. Para especialistas, isso coloca o consumidor em risco e viola o conceito uni-versal de água.

Já aprovada na Câmara dos

Deputados e no Senado, emenda ao PL1014/2003

segue para sanção da presidente Dilma

Rousseff. Medida pode confundir o consumidor e prejudicar a indústria

de águas minerais

Projeto de lei quer incluir bebidacomposta na categoria de água

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“Não existe qualquer restrição ao consumo de água, cuja ingestão recomendada pelos médicos para a manutenção da saúde é de dois litros diá-rios. O mesmo não se pode dizer quando ocorre a adição de vitaminas, açúcar, cafeína ou quais-quer outros ingredientes. Portanto, incluir uma bebida composta na categoria de água é desin-formar e expor o consumidor a riscos, devido à confusão de conceitos”, afirma Carlos Alberto Lancia, presidente da Abinam.

Atenta a essa ameaça, a entidade já encami-nhou ofício aos órgãos competentes com sub-sídios técnicos e jurídicos contra a emenda. A Abinam entende que as águas adicionadas de-vem ser classificadas como bebida composta ou preparado líquido, e não como água.

O próprio texto do projeto reforça a tese da denominação equivocada. O artigo 10º do PL 1014/2003 estabelece a restrição de consumo desse produto principalmente por diabéticos, portadores de disfunções renais e hipertensos.

A inexistência da categoria “água adicionada de vitaminas e minerais” no Codex Alimentarius, norma mundial de referência para o conceito de alimentos na legislação, da qual o Brasil é signa-tário, também corrobora o argumento de deno-minação equivocada.

“Se adotarmos a linha de raciocínio pretendida na emenda do projeto para outras bebidas com-postas que têm a água como ingrediente predo-minante, poderíamos classificar o uísque como 'água adicionada de malte' e a cerveja como ‘água adicionada de cevada’”, ironiza Lancia.

A Abinam, conclui seu presidente, lamenta a insistência na apropriação da palavra “água” para criar uma nova categoria de produto. “A água será sempre incolor, inodora e insípida, sendo que, no caso da água mineral, é 100% na-tural, retirada diretamente da fonte, sem adição de quaisquer substâncias, seja para alterar suas características físicas ou químicas, ou para de-sinfetá-la”, arremata Lancia.

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www.revistaaguaevida.com.br8 www.revistaaguaevida.com.br

Presidido pelo ex-senador Neuto de Conto, o 21º Congresso Brasileiro da Indústria de Águas Mi-

nerais cumpriu mais uma vez o objetivo de oferecer a seus participantes conhecimento técnico, conta-tos, lazer e descontração. Realizado em conjunto com a Expo-Abinam’2012, o evento aconteceu en-tre os dias 3 e 5 de outubro, no resort Costão do Santinho, em Florianópolis (SC).

Contando com a participação de pesquisadores

CONGRESSO

Congresso da Abinam em Florianópolis apresentou um panorama dos temas mais relevantes para a cadeia de águas minerais, apontando cenários e perspectivas para

o setor em 2013

Conhecimento

e especialistas de todo o Brasil e do exterior, o 21º Congresso apresentou um panorama dos te-mas mais relevantes no setor de águas minerais hoje. A começar pela redução para alíquota zero do PIS/PASEP e da COFINS de águas minerais, que foi anunciada em setembro, após longa luta da Abinam.

Inspirado nessa conquista histórica, Sérgio Sig-norelli, diretor tesoureiro da Abinam, fez um pro-

contatos edescontração

,

Toque divino: inspirados no deus Poseidon, participantes do Congresso fazem água "brotar" de pedra

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nunciamento surpresa na sessão de abertura do Congresso, no qual frisou o empenho pessoal de Carlos Alberto Lancia, presidente da Abinam, nessa cruzada pela alíquota zero de PIS e COFINS para águas minerais. Após entoar o provérbio preferido de Lancia (“A vitória é a arte de prosseguir onde os outros desistem”), Signorelli foi aplaudido de pé.

Refeito da emoção, o presidente da Abinam reafir-mou em seu discurso de abertura a importância da taxa zero de PIS/PASEP e COFINS para águas mine-rais, além da inserção da água mineral na cesta bási-ca, medida que reduz o ICMS da categoria para 7%. Fiel ao estilo de fábulas e parábolas, Lancia comparou essas duas conquistas ao toque do deus dos mares Poseidon, que é considerado o criador da água mine-ral na mitologia grega. Para dar realismo à história, Lancia surgiu na sessão de abertura com um enorme tridente em mãos, similar ao de Poseidon. Convidou todos os participantes da mesa, juntamente com ele, para segurarem o tridente e juntos tocarem uma pe-dra posicionada perto do palco. Como na mitologia, água começou a brotar da pedra.

Nas páginas a seguir, esta edição especial da re-vista Água&Vida traz a cobertura completa do 21º Congresso Brasileiro de Águas Minerais e da Ex-po-Abinam’2012. Além do resumo das palestras e

apresentações, que mais uma vez foram recheadas de informação relevante para todos os membros da cadeia de valor de águas minerais, a cobertura mostra os destaques do Water Bar, os ganhadores dos prêmios, Waldemar Junqueira Ferreira Filho e Fraterno Vieira de Jornalismo e as empresas certifi-cadas pelo NSF. Boa leitura.

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Lancia recebe placa em homenagem à redução para alíquota zero do PIS/PASEP e da COFINS de águas minerais

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Sérgio Augusto Dâmaso, diretor-geral do DNPM Focado no plano de ações da autarquia para o biênio 2013/2014,

Dâmaso começou destacando iniciativas de orientação e fiscaliza-ção, como a criação, pela diretoria de fiscalização do DNPM, de uma área de inteligência fiscal. A ideia é intensificar as ações de fis-calização, atingindo 30% das concessões de lavra e 10% dos alvarás de autorização de pesquisa de água mineral e potável de mesa. Ins-peções de atividades clandestinas, atendimento de denúncias e fis-calização da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) também estão entre as metas do DNPM para os próximos dois anos. Nas indústrias de água mineral, o órgão planeja realizar campanhas semestrais de fiscalização, principal-mente nas indústrias de envase situadas em estados que vão sediar grandes eventos esportivos, como a Copa das Confederações 2013 e a Copa do Mundo 2014. As fiscalizações semestrais serão feitas nas fontes minerais e em seus respectivos complexos industriais de envase. Com atuação padronizada, as superintendências do DNPM desempenharão papel-chave nas atividades de fiscalização, contan-do com equipamentos, equipes treinadas, suporte técnico da sede em Brasília (quando necessário) e toda a infraestrutura exigida em atividades de controle. Em relação ao monitoramento de aquíferos, Dâmaso destacou como palco das principais ações as regiões de Caldas Novas e Rio Quente, em Goiás, região metropolitana de Re-cife (Pernambuco) e Circuito das Águas do Sul de Minas Gerais. Os aquíferos do país serão submetidos a diferentes testes, incluindo microbiológicos, de análise físico-química, de vazão e verificação de interferências entre poços e fontes. Dâmaso falou ainda sobre a atualização dos parâmetros de estudo e diagnóstico das águas minerais do Brasil, citando o estabelecimento de limites mínimos para elementos dignos de nota para a classificação de água mineral, como flúor, lítio, vanádio, boro e iodo.

Ainda na parte legal, Dâmaso se ateu à inclusão de novos dispositi-vos legais na Consolidação Normativa de Água Mineral. Dentre eles, destaque para a criação de uma legislação que facilite a identifica-ção pelo consumidor da quantidade de sódio de uma embalagem de água mineral. Também está sendo estudada a permissão para inclu-são nos rótulos de águas minerais de expressões recomendadas pela Food and Drug Adminstration (FDA) e Health Association, como “livre de sódio” e “muito baixo sódio”. A classificação, destacou Dâ-maso, será feita de acordo com critérios e teores definidos por es-pecialistas e associações. A resolução para normatizar a indicação

“Está sendo estudada a permissão para incluir nos rótulos expressões como

‘livre de sódio’ e ‘muito baixo sódio’” Sérgio Augusto Dâmaso, diretor-geral do DNPM, comentando possíveis

mudanças na legislação que estabelece regras para a rotulagem de águas minerais no Brasil

do teor de sódio nos rótulos das águas minerais envasadas será feita em conjunto com o Minis-tério da Saúde. O diretor-geral do DNPM citou a elaboração de outros novos dispositivos legais, como a portaria para utilização de água mineral para elaboração de gelo e a portaria de exigên-cia de boas práticas sanitárias (BPSs) para balneários e estabe-lecimentos termais. Dâmaso ter-minou sua palestra lembrando que esse setor é monitorado pela Comissão Permanente de Cre-nologia (CPC), do Ministério de Minas e Energeia (MME). Uma das metas da CPC é a separação de balneários de lazer e clínicas de tratamento hidroterápico, além da aprovação de resolu-ções relativas aos novos dispo-sitivos legais que serão incluídos na Consolidação Normativa da Água Mineral.

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“Entre os nossos desafios está a ampliação do conhecimento do território brasileiro emerso e imerso. Também precisamos agregar valor à produção mineral do país, ampliando a competitividade das empresas”

Carlos Nogueira da Costa Júnior, responsável pela Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, sintetizando as grandes pautas do setor de mineração no Brasil hoje

Carlos Nogueira da Costa Júnior, responsável pela Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia

Representando o Ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, destacou a importância estratégica para o país de políticas para geologia, mineração e transformação mineral. Falou sobre o desafio de agregar tecnologia na produção mineral brasileira, ampliando a competitividade das empre-sas. Destacou a geodiversidade natural e o potencial mineral do Brasil, além das prioridades da política mineral do governo federal, como agi-lidade nas emissões dos atos e outorgas, planejamento de médio e lon-go prazo e regularização da extração ilegal. Costa Júnior também falou sobre a importância da mineração para o desenvolvimento sustentável do Brasil, lembrando que o setor respondeu por 3,8% do PIB em 2011. Na parte legal, lembrou o projeto de lei do marco regulatório, que tem entre seus objetivos fortalecer a ação do estado no processo regulatório, a fim de gerar soberania sobre os recursos minerais. Em conjunto com a alteração do regime de outorga mineral e a criação do Conselho Na-cional de Política Mineral, o marco regulatório visa atrair investimentos e promover a mineração formal, favorecendo o aproveitamento das ja-zidas e fontes.

Costa Júnior também falou sobre o projeto de lei da CFEM (Compensa-ção pela Exploração de Recursos Minerais), reconhecendo que o modelo atual gera arrecadação em descompasso com a dinâmica do mercado e que a diferenciação das alíquotas não respeita critério técnico e econômi-co, punindo a agregação de valor na cadeia produtiva de minerais. O se-

cretário também falou sobre o pro-jeto de lei para criação da Agência Nacional de Mineração, que terá o objetivo de fiscalizar, monitorar e regular o setor mineral, além de decidir sobre conflitos resultantes da aplicação das normas regulató-rias. Outro assunto relevante abor-dado foi o Plano de Mineração (PNM) 2030, que, como o nome sugere, estabelece metas e um pla-no de ações para o setor até 2030.

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CONGRESSO I PALESTRAS

“Estamos trabalhando para aperfeiçoar e atualizar as especificações técnicas para

o aproveitamento de águas minerais e potáveis de mesa”

Walter Lins Arcoverde, diretor da DIFIS/DNPM (Diretoria de Fiscalização da Atividade Minerária do Departamento Nacional de Produção Mineral), sobre as metas da divisão

Walter Lins Arcoverde, dire-tor da DIFIS/DNPM

Falou sobre a Portaria DNPM 374, de 2009, que estabelece nor-mas para os diferentes ciclos pro-dutivos de uma indústria de envase de águas minerais. Na captação, Ar-coverde observou que a tubulação deve ser de aço inoxidável polido de grau alimentício, assentado direta-mente na rocha ou saprólito e com-plementado externamente com concreto adensado. Entre os aspec-tos de captação que precisaram ser adaptados em sistemas antigos, o diretor da DIFIS destaca cantos e

“Ele vem crescendo ano a ano, numa prova de que nossa cadeia produtiva apresenta soluções

ambientais eficientes para o planeta” Auri Marçon, presidente da Abipet (Associação Brasileira das Indústrias de PET),

comentando o índice brasileiro de reciclagem de embalagens PET

Auri Marçon, presidente da Abipet Iniciou com um panorama do mercado brasileiro de resina PET, desta-

cando as características de sustentabilidade e reciclagem do material. Em 2011, informou Marçon, 57% do PET produzido no Brasil foram recicla-dos. Outra boa notícia para o meio ambiente é o aumento no Brasil do uso de resina reciclada para produção de novas embalagens de alimentos e bebidas. Atualmente, 17% de todo o PET reciclado no Brasil destinam-se a esse fim. Segundo o presidente da Abipet, o setor têxtil continua con-sumindo a maior parte do PET reciclado do Brasil: 38%. O palestrante também lembrou que o material mostra-se ambientalmente amigável em termos de logística. No caminhão, as embalagens PET de água mineral re-presentam apenas 2% do peso total transportado. Marçon falou ainda da importância da indústria de águas minerais, que responde por cerca de 35% do mercado nacional de resina PET. Trata-se de participação semelhante à de bebidas carbonatadas (principalmente refrigerantes). Ou seja, apenas os mercados de água e refrigerantes consomem cerca de 70% de toda a re-sina PET comercializada no país. O presidente da Abipet também lembrou

que, ao democratizar a produção e o consumo de águas minerais, as garrafas PET foram decisivas para a pulverização do setor. Segundo Marçon, em todo o mundo há forte influência das marcas regionais no mercado de águas minerais. Graças ao advento das garrafas PET, esse produto teria deixado de ser restrito a minorias, caindo no gosto de todo mundo. Em volume, Marçon infor-ma que o PET já responde por 87% do mercado brasileiro de águas en-vasadas. O vidro fica com 10,8% e o restante é acondicionado em outros tipos de resinas plásticas.

juntas de azulejo que dificultam a limpeza, alta porosidade, vulnerabilidade à ação de raízes de árvores e riscos de vazamento e contaminação. Arco-verde também falou sobre a proteção à captação, que deve ser feita com material inerte. Por sua vez, o sistema de condução e distribuição deve ter altura mínima de 30 cm e ser feito de aço inoxidável ou PVC aditivado. Se-gundo o diretor da DIFIS, os reservatórios precisam ser construídos em aço inoxidável polido e estar em nível superior ao do solo, permitindo inspeção visual externa. Para evitar poeira, a área não construída que estiver ao redor do complexo industrial precisa ser calçada. A sala de envase deve contar com uma antessala de assepsia com sistema para higienização de botas e ser totalmente separada das demais dependências. Suas junções entre piso, paredes e teto devem ser arrendodadas. Arcoverde falou ainda do medidor de vazão e do processo de triagem e lavagem dos garrafões, além da necessi-dade ou não de isolamento das edificações e instalações. O diretor da DIFIS finalizou sua apresentação discorrendo sobre as exigências técnicas envol-vendo o uso de água mineral como ingrediente de bebidas industrializadas.

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“Simboliza um marco regulatório no Brasil, além do início de uma articulação institucional entre poder público, cidadãos e o setor privado

na busca por soluções para o descarte inadequado de resíduos”Petra Sanchez Sanchez, professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e membro do Comitê Científico da Abinam, sobre a Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS)

Petra Sanchez Sanchez, professora da Universidade Presbiteria-na Mackenzie e membro do Comitê Científico da Abinam

Falou sobre estratégias de educação ambiental no contexto da PNRS. Lembrou que a destinação inadequada de resíduos não causa efeitos de-letérios apenas no ambiente - os prejuízos se estendem aos campos sa-nitário, com a difusão de doenças, e econômico. De acordo com Petra, uma das ideias básicas da nova política ambiental é estimular o retorno de embalagens pós-consumo às linhas de produção, a partir de fomento a coleta seletiva, logística reversa e reciclagem. A especialista também lem-brou que a nova legislação obriga o poder público a realizar planos para o gerenciamento dos resíduos sólidos, além de prever o compartilhamento de responsabilidades entre governos, setor privado e cidadãos no geren-ciamento da questão. Atualmente, informou Petra, menos de 20% dos municípios brasileiros contam com coleta seletiva. A palestra também focou em campanhas educativas para fomentar a conscientização pública da necessidade de reciclar e de dar destino adequado aos resíduos sólidos.

Ainda na parte de educação, Petra destacou a importância da inter-net, das redes sociais e também de parcerias com educadores, ONGs e associações. Ela citou ainda a revista Água&Vida e a área de co-municação da Abinam, lembrando que ambas divulgam projetos de reciclagem e práticas sustentáveis da indústria de águas minerais.

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“Em valor o Brasil já ocupa a 4ª posição no mercado mundial de águas envasadas, com 7% de participação. O forte ritmo de

crescimento do setor será mantido nos próximos anos”Richard Hall, presidente da Zenith International, consultoria especializada em informações estratégicas para a indústria global de bebidas,

sobre a crescente importância do Brasil

Richard Hall, presidente da Zenith International Focou sua apresentação no desempenho de vendas e nas últimas

tendências da indústria global de águas envasadas. Os números apresentados reforçaram a tese de que mercados em desenvol-vimento, como o brasileiro, apresentam as melhores perspecti-vas de crescimento do cenário mundial, além de grande número de oportunidades de agregação de valor às marcas do setor de água mineral. Essa ideia transparece no crescimento do mercado global de águas envasadas entre 2006 e 2011, quando o volume consumido passou de 196 bilhões de litros/ano para 260 bilhões de litros/ano. Somente em 2011, o crescimento em volume foi de 7,7%. A região que liderou o aumento de consumo mundial foi a Ásia, seguida por América Latina, Oriente Médio e África. A região da Ásia/Pacífico detém 33% do mercado mundial de águas envasadas, contra 23% em 2006. Em valor, o mercado mundial de águas movimentou 122 bilhões de dólares no ano passado, contra 85 bilhões de dólares em 2006. A região da Ásia/Pacífico apresen-tou o maior crescimento no período, avançando 17% em valor. Foi seguida pela América Latina, cujas vendas de águas envasadas aumentaram 8% em valor entre 2006 e 2011.

Hall falou também sobre o preço médio por litro de água en-garrafada no mercado mundial (menos de 45 centavos de dólar), ressaltando que na América Latina esse valor está próximo a 35 centavos de dólar. A tendência é que essa diferença diminua em países como o Brasil, onde as marcas de águas minerais estão in-vestindo cada vez mais em qualidade e valor. Ele também compa-rou o mercado europeu e o latino-americano por tipos de águas. Aqui os garrafões com mais de 10 litros respondem por 68% do volume vendido, contra menos de 3% na Europa, onde a maior parte da água é vendida em embalagens menores, que oferecem margens de lucro mais generosas. Destaque ainda para a alta par-ticipação das águas com gás no mercado europeu, enquanto o segmento continua pouco representativo na América Latina. O presidente da Zenith também revelou o ranking mundial de águas envasadas por países. Em volume, o Brasil ocupa a sexta posição, tendo movimentado 13 bilhões de litros em 2011, ou 5% do total. O ranking é liderado por China (40 bilhões de litros, 15% de sha-re), Estados Unidos (32 bilhões de litros, 12% de share), México (20 bilhões de litros, 8% de share) Indonésia (18 bilhões de litros, 7% de share) e Alemanha (14 bilhões de litros, 5% de share). Em valor, porém, o Brasil ocupa a quarta posição do ranking mun-

dial, com 7% de participação. Segundo Hall, o forte ritmo de crescimento do setor será mantido. Em 2016, a indústria mundial de águas envasadas deverá vender 345 bilhões de litros.

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Leonardo Machado Rocha, chefe substituto da Divisão de Pro-gramas de Avaliação da Conformidade do INMETRO

Rocha destacou a importância da metrologia industrial e de avaliações de conformidade sistemáticas como ferramentas para promover a ino-vação, estimular a competitividade e proteger consumidores e cidadãos. Em seguida falou sobre os diferentes selos de avaliação da conformidade existentes no Brasil e do forte aumento da demanda por esse tipo de aval na indústria nacional. Atualmente, informou Rocha, 260 mil produtos ostentam algum tipo de selo do INMETRO, contra menos de 137 mil em 2007. O palestrante elencou ainda os critérios para priorização de demandas, que começam por fatores de saúde, segurança e meio am-biente, passam pelo fortalecimento da concorrência e das relações de consumo, e chegam ao fortalecimento das exportações. O funcionário da Divisão de Programas de Avaliação da Conformidade do INMETRO

“A certificação de atendimento a requisitos especificados por um produto, processo, serviço

ou profissional protege cidadãos, estimula a inovação e promove competitividade”

Leonardo Machado Rocha, chefe substituto da Divisão de Programas de Avaliação da Conformidade do INMETRO, sobre os selos e certificações que o órgão fornece para indústrias

ressaltou ainda o desafio de dimi-nuição dos custos dos processos de certificação de atendimento a requisitos especificados. Termi-nou sua apresentação resumindo o conteúdo típico de um progra-ma de avaliação da conformidade e as ações nacionais de monitora-mento de mercado que vêm sendo desenvolvidas pelo INMETRO.

Carlos Pedroza de Andrade , advogado da AbinamO advogado da Abinam falou sobre aspectos legais da Política

Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Ele iniciou mostrando as di-ferenças, do ponto de vista legal, na forma como cinco países de-senvolvidos tratam seus resíduos. Pedroza comparou a legislação de resíduos de Estados Unidos, Alemanha, França, Espanha e Canadá. O advogado lembrou que as leis relativas a resíduos sólidos foram aprovadas nesses países há bem mais tempo do que no Brasil, onde a PNRS começou a valer apenas em 2010. Naquele ano, a lei federal nº 12.305 e o decreto federal 7.404 colocaram em vigor a nova legisla-ção ambiental do país. O advogado da Abinam explicou os principais objetivos dessas leis, lembrando sempre das imposições legais aos envasadores de água mineral, que terão responsabilidade compar-tilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Ou seja, a indústria de água mineral, em conjunto com poder público e consumidores, precisa-rá tomar iniciativas em favor da reciclagem, fazendo valer a logís-tica reversa de suas embalagens pós-consumo. Isso inclui estímulo ao trabalho de catadores e das cooperativas. As indústrias também precisarão elaborar inventários e um sistema declaratório anual de resíduos sólidos. Pedroza falou ainda sobre os acordos setoriais e os planos estaduais de resíduos sólidos, que terão como metas redução,

“O setor empresarial, incluindo envasadores de águas minerais, será penalizado se desrespeitar ou ignorar a nova legislação ambiental”

Carlos Pedroza de Andrade, sobre as metas de logística reversa impostas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

reutilização e reciclagem. Um acordo setorial com termos de compromisso deverá ser firmado entre o setor de águas minerais e o poder público. Pedroza lem-brou que a legislação também prevê o aumento da coleta sele-tiva pelos municípios.

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CONGRESSO I PALESTRAS

Chris Dun, gerente geral de qualidade de bebidas da NSF In-ternational

Focou no crescimento do uso de PET reciclado na indústria global de bebidas, lembrando que, no Brasil, a adesão a esse tipo de mate-rial ainda exige cautela, em função dos riscos de contaminação. Por outro lado, Chris Dun mostrou que, nos EUA, 22% do PET reciclado já são usados para produção de novas embalagens que entrarão em contato com alimentos e bebidas. A média mundial é bem inferior, cravando 13%. Ou seja, em países em desenvolvimento, como o Bra-sil, é forte a tendência de crescimento do emprego de PET reciclado para produzir novas embalagens de alimentos e bebidas. Com isso, as indústrias de envase de água mineral precisarão investir em siste-mas para controle da qualidade desse material. Nesse sentido, Chris

“Será preciso investir em pontos de entrega voluntária (PEV) e em apoio a cooperativas de catadores”

Ernesto Promenzio Rodrigues, presidente da Água Mineral Mogiana, resumindo o que a indústria de água mineral terá de fazer para se adequar à nova legislação ambiental brasileira, efetuando a logística reversa das embalagens

Ernesto Promenzio Rodrigues, presidente da Água Mineral Mogiana Rodrigues falou sobre os desafios da Política Nacional de Resídu-

os Sólidos (PNRS), lembrando que população, empresas, setor pú-blico, catadores e indústrias de reciclagem terão responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Isso inclui destina-ção correta e logística reversa das embalagens. Rodrigues também lembrou que a PNRS estabelece o ano de 2014 como prazo final para a eliminação dos lixões a céu aberto no Brasil. Até lá, eles de-verão ser 100% substituídos por aterros controlados e preparados para evitar contaminações. A ideia também é gerar energia limpa a partir dos gases que se formam com a degradação dos resíduos nos aterros. Rodrigues também falou sobre as implicações da logísti-ca reversa para a indústria, lembrando que um conjunto de ações precisará ser tomado para facilitar o retorno de resíduos aos seus geradores, para que sejam tratados ou transformados em novos produtos. Segundo Rodrigues, a logística de reversa apregoa que, uma vez descartadas, as embalagens são de responsabilidade dos fabricantes. Por isso, ele prossegue, as indústrias, incluindo a de águas minerais, precisam elaborar acordos setoriais para promo-ver o aumento da reciclagem no país. Após aprovação por unani-midade em assembleia, Rodrigues informou que a Abinam deve aderir a um acordo que já está sendo coordenado pelo Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem), em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. Mesmo que ainda não haja um acordo final, Rodrigues adiantou que a indústria de águas precisa-rá investir em pontos de entrega voluntária (PEV) e apoio a coo-perativas de catadores. Em 3 anos, o total de recursos comprome-tidos pelas indústrias que fazem parte do acordo setorial com as novas metas de reciclagem pode chegar a 70 milhões de reais. Isso

significaria mais de 2 milhões de toneladas de material reci-clável desviadas de aterros por ano, mais de 30% de incremento na renda de catadores, além da criação de centenas de coope-rativas e de milhares de postos de trabalho no setor. O papel de entidades representativas como a Abinam no acordo se-torial será coletar informações, orientar investimentos e enviar relatórios das realizações. O comprometimento da Abinam e de seus associados pode chegar a 1,24 milhão de reais.

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Dun ressaltou que a NSF International está apta a realizar os mais diferentes tipos de testes para aferir a qualidade de embalagens de água mineral feitas de PET reciclado. O palestrante lembrou que a entidade é não governamental e sem fins lucrativos, fornecendo so-luções em gerenciamento de risco para a segurança da saúde pública. Em garrafas de águas minerais e nas embalagens de muitos outros produtos, o selo NSF atesta o atendimento a protocolos e normas

“Apoiamos o uso de PET reciclado. Mas recomendamos cautela, principalmente enquanto a indústria de reciclagem não amadurece. Se houver

algum problema de contaminação, lembre-se que o nome do envasador – e não o do centro de reciclagem ou do fornecedor de resina – estará em jogo”

Chris Dun, gerente geral de qualidade de bebidas da NSF International, sobre o uso de PET reciclado pelas indústrias de águas minerais

definidos por várias agências governamentais e dispositivos legais. Chris Dun finalizou sua palestra lembrando que a NSF possui completa estrutura de laboratórios e profissionais para análise de PET reciclado.

“Sem afetar a reciclabilidade do material nem exigir investimentos em adaptação de maquinário, as resinas com alta barreira permitem a produção de embalagens PET capazes de evitar a perda de vitaminas em

sucos naturais” Cécile Bourland, gerente de marketing e desenvolvimento de negócios para especialidades em resina PET do Grupo M&G, sobre o salto tecnológico observado nas embalagens PET nos últimos anos

Cécile Bourland, gerente de marketing e desenvolvimento de negócios para especialidades em resina PET do Grupo M&G

Cécile focou sua apresentação nos novos graus de barreira das resinas PET fabricadas pelo Grupo M&G. Uma das tecnologias destacadas foi a BicoPET, que permite mesclar no mesmo mate-rial de embalagem dois tipos de barreira: ativa, para evitar a en-trada de oxigênio, e passiva, para impedir a saída de CO2. Apesar da altíssima barreira, a transparência e o visual da resina são pou-co afetados. A palestrante também falou sobre os investimentos da M&G em tecnologias PET com barreira específica para evitar a perda de vitaminas em sucos naturais. Cécile frisou que a M&G também conta com reconhecido expertise na produção de resi-nas PET para o mercado de cerveja. Mundialmente, o mercado de cervejas do leste europeu é um dos principais consumidores de garrafas PET. Para outros tipos de bebidas, Cécile lembrou que a empresa pode oferecer resinas com graus de barreira específicos. Entre as vantagens das tecnologias de PET com alta barreira, que foram batizadas pela M&G de Poliprotect, a palestrante lembrou que elas não interferem na reciclabilidade e dispensam adapta- ções e investimento em máqui-

nas, beneficiando envasadores e convertedores de embala-gem. Cécile também informou que a M&G está investindo em tecnologias específicas de alta barreira para linhas de envase asséptico e hot fill. A palestra apresentou ainda o perfil ins-titucional do Grupo M&G, que tem um faturamento anual de 2,5 bilhões de dólares, conta com mais de 2600 empregados e tem fábricas nos EUA, Itália, Brasil e México.

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CONGRESSO I PALESTRAS

“Com grande contribuição dos eventos, o mercado local de bebidas esportivas apresenta oportunidades únicas de crescimento”

Paulo Pazinatto, presidente da Aptar Food & Beverage Latin America, sobre a realização no Brasil da Copa das Confederações 2013, da Copa do Mundo 2014 e da Olimpíada 2016

Paulo Pazinatto, presidente da Aptar Food & Beverage Latin America Destacou os benefícios para a indústria de bebidas da realização no

Brasil da Copa do Mundo 2014 e da Olimpíada 2016. Para ele, um dos segmentos com melhores oportunidades é o de bebidas esporti-vas. Segundo o palestrante, esse mercado cresceu no Brasil mais de 11% entre 2006 e 2011, enquanto a média global foi de apenas 2,9%. Para o período 2011-2016, a expectativa é que o mercado mundial de bebidas esportivas cresça 2,6%, contra quase 9% do mercado bra-sileiro. Ou seja, apesar de representar uma pequena parcela do mer-cado total, o segmento de bebidas esportivas está em franco cresci-mento, destacou Pazinatto, acrescentando que somente a Copa 2014 e a Olimpíada 2016 devem injetar mais de 36 bilhões de reais na eco-nomia brasileira. Para aproveitar essas oportunidades, o palestrante lembrou que é necessário elaborar projetos inteiramente voltados ao público que faz ou acompanha esportes. Além de formulações, rótulos e estratégias de comunicação voltados a esse perfil de consu-midor, as bebidas esportivas precisam apostar em tampas e sistemas de fechamento especialmente desenhados para a prática esportiva. Pazinatto mostrou em sua palestra diferentes cases de marcas icô-

nicas do mercado internacional que usam com sucesso tampas de fácil abertura e com sistema de refechamento, entre elas a norueguesa Imsdal, a americana Smartwater e a alemã Active O2.

“O simples pode ser substituído pelo raro e único. Uma boa gestão é capaz de transformar o usual em especial. E o especial em experiência”

Carlos Ferreirinha, da MCF Consultoria, sobre estratégias para conquistar o mercado de luxo

Carlos Ferreirinha, da MCF Consultoria Ferreirinha falou sobre estratégias que marcas e empresas devem

adotar para ter sucesso no mercado de luxo. Resumidamente, é pre-ciso saber transformar as coisas simples em sublimes. O diferencial agora estaria no que o palestrante chamou de “surpresa agradável”. Ele defende ser preciso convidar o cliente para vivenciar experiên-cias, ter seus sentidos estimulados e ser encantado o tempo todo. Em outras palavras, é preciso contar boas e genuínas histórias ao consumidor. Para isso, marcas e empresas devem se reinventar, re-ver estratégias o tempo todo e segmentar o consumidor de formas diferentes. Ferreirinha também falou sobre o paradoxo da excelên-cia, segundo o qual, no mundo dos negócios já não basta ser exce-lente. É preciso ir além, proporcionando experiências agradáveis aos consumidores. Em suma, para ter acesso ao mercado de luxo, é necessário transformar o ordinário em extraordinário, o comum em especial e o especial em experiência. “O simples pode ser subs-tituído pelo raro e pelo único”, finalizou Ferreirinha.

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CONGRESSO I PALESTRAS

“Além de diminuir gastos do sistema público de saúde, no Brasil a prática termal tem

imenso potencial de geração de divisas no campo do turismo e do lazer”

Nélida Amélia Fontana, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Termalismo (SBT), sobre os potenciais terapêuticos e econômicos das águas minerais medicinais

Nélida Amélia Fontana, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Termalismo (SBT)

Falou sobre a importância do termalismo como prática social e para a promoção da saúde pública no Brasil. Explicou o conceito de creno-terapia, que engloba diferentes usos terapêuticos de águas minerais. Além de banhos de imersão e duchas, a crenoterapia inclui tratamen-tos à base de inalação e ingestão de águas minerais com propriedades medicinais. Além de diminuir gastos do sistema público de saúde, me-lhorando o atendimento como um todo, Nélida lembrou que a prá-tica termal tem imenso potencial de geração de divisas no campo do turismo e do lazer. Ela ilustrou essas potencialidades com o conceito de termalismo praticado na Europa, destacando que do outro lado do Atlântico são comuns convênios entre os centros de tratamento termal e institutos de previdência, sindicatos e outras entidades representati-vas. Essas parcerias ajudaram a democratizar o acesso aos tratamentos termais, que hoje fazem parte da cultura de muitos países europeus. A especialista lembrou ainda que o termalismo moderno engloba, além

“Os consumidores os aprovam, mas sentem dificuldade para colocá-los nos bebedouros e acham o design feio. Há oportunidades para produtos mais convenientes e com maior percepção de valor”

Ricardo Pastore, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), sobre os garrafões de água mineral

Ricardo Pastore, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)

Mostrou os resultados de uma pesquisa sobre os pontos fracos e for-tes de garrafões de água mineral. Um questionário foi estruturado para realização de entrevistas telefônicas em diferentes cidades do estado de São Paulo. Dos 200 respondentes, 100 eram empresas e os demais resi-dências. O garrafão de água mineral se destacou pelos seguintes pontos fortes: é mais barato, não tem custo de peças, não tem assistência técnica, é fácil de comprar, oferece rapidez, pontualidade, é um produto de melhor qualidade. Entre os pontos fracos dos garrafões, foram citados pelos en-trevistados da pesquisa: dificuldade de colocação no bebedouro, estado de conservação da embalagem, falta de higiene interna, fragilidade, ocupam muito espaço, são feios e falta de confiança no produto. Para Pastore, isso indica oportunidades para garrafões menores e mais fáceis de colocar nos bebedouros. Outras tendências que devem ganhar força são a melhora do design das embalagens e a utilização de selos de garantia de qualidade. Pas-tore também destacou a necessidade de melhorar a percepção de valor dos

dos tratamentos de saúde, concei-tos de estética, relaxamento, lazer e bem-estar, oferecendo potencial turístico enorme, mas ainda pou-co explorado no Brasil. Segundo Nélida, a prática termal também tem imenso potencial de preser-vação ambiental e natural com-promisso com a sustentabilidade. A vice-presidente da SBT tam-bém lembrou que a prática termal desempenha papel importante no campo das pesquisas científicas, podendo promover atividades in-terdisciplinares entre governos, empresários e as mais diferentes entidades representativas.

produtos e aumentar a conveniên-cia do consumidor. Segundo o pro-fessor, hoje as empresas são muito passivas, pois “ficam esperando o cliente ligar”. Seria necessário tam-bém buscar formas de programar as vendas, eliminando a necessida-de de contato telefônico com a dis-tribuidora de água mineral.

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CONGRESSO I FEIRA

Expo-Abinam'2012

Mesal

Autoridades, empresários e profissionais do setor participam da cerimônia de abertura da Expo-Abinam'2012

Nutrevi

Zegla IG Máquinas

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Kitlabor Flex do Brasil

Ozoxi Revista Água&Vida

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Jopemar/Paulinox McPack

Theodosio Randon Sandriplast

NSF do Brasil Milainox

Bericap Cobra Correntes

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Plastamp DNPM

SP Plásticos CBM Máquinas

Plasnox Arbras

Tecnomoldes Crystal Moutain

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Garboni Ravibras

EngepackGrupo Construserv

Fortpack/Taimak/JPJ Water Bag Brasil

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HMR Comércio e RepresentaçõesRicefer

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PlastiliderEldorado Indústrias Plásticas

Owens Illinois

Qualiterme

Capsnap Equipament

Packpet

Plast Venâncio Aires

CONGRESSO I FEIRA

Equiplast

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CONGRESSO I FEIRA

Maqnágua Aptar food + beverage

Water Bar

Contando com a participação de mais de 40 mar-cas de bebidas e água mineral, o Water Bar deste ano superou o sucesso das edições anteriores, mostrando vigor redobrado. Aberta a qualquer produto fabricado com água mineral por empresa associada à Abinam, a iniciativa recebeu adesão expressiva, tornando-se

parada obrigatória para conversas descontraídas, re-encontros calorosos e boas rodadas de negócio. No lado das marcas participantes, o Water Bar mais uma vez demonstrou ser uma forma de fortalecimento de imagem, cumprindo assim um dos principais propó-sitos para os quais foi concebido.

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CONGRESSO I PRêMIOS

Prêmio Waldemar Ferreira

Melhor anúncio publicado na revista Água&VidaMultipet

Melhor folder de apresentação da empresaGrupo Construserv

Categoria Fornecedores do Setor

Melhor inovação NUTREV

Melhor contribuição ao meio ambiente | sustentabilidade CBM Máquinas

Em sua 11ª edição, o prêmio Waldemar Ferreira Junqueira Filho deste ano cumpriu mais uma vez o objetivo de reconhecer a excelência e a criatividade da indústria brasileira de água mineral. A cerimônia começou pelos melhores fornecedores do setor. Na categoria de melhores anúncios publicados na revista Água&Vida, o vencedor foi a Multipet. A de melhor folder de apresentação ficou com o Grupo Constru-serv. Nutrev ganhou o prêmio Waldemar Ferreira Junqueira Filho de melhor inovação e a CBM Máqui-nas foi reconhecida por ter feito a melhor contribui-ção ao meio ambiente.

Entre os envasadores de água mineral, a categoria melhor anúncio publicado na revista Água&Vida do prêmio Waldemar Junqueira Ferreira Filho foi para Indaiá e Minalba. Já a Cambuquira ganhou na categoria de melhor design de embalagem em Vi-dro, enquanto a Bonafont foi reconhecida em duas categorias, por melhor design de embalagem PET e melhor campanha de marketing. O melhor rótulo foi considerado o da Água Mineral Acquíssima. A ca-tegoria de inovação foi vencida pela Água Mineral Puríssima, enquanto a melhor contribuição ao meio ambiente foi ganha pela Abipet.

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Melhor campanha de marketing e design de embalagem (PET) Água Mineral BONAFONT

Melhor anúncio publicado na revista Água&Vida Água Mineral INDAIÁ|MINALBA

Categoria Produtores de Água Mineral

Melhor design de embalagem (vidro)Água Mineral CAMBUQUIRA

Melhor rótuloÁgua Mineral ACQUÍSSIMA

InovaçãoÁgua Mineral PURÍSSIMA

Melhor contribuição ao meio ambiente | sustentabilidadeABIPET

Parceiro da Expo-ABINAM há 20 anosIG MÁQUINAS

PRÊMIO ESPECIAL

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CONGRESSO I PRêMIOS

Prêmio Fraterno Vieira de JornalismoRealizada durante o jantar de gala do 21º Con-

gresso da Abinam e coordenada pelo casal Neusa e Ricardo Signorelli, a cerimônia de entrega dos prêmios deste ano contou com a estreia do Prêmio Fraterno Vieira de Jornalismo. Criado pela Abinam em homenagem ao fundador da revista Água&Vida e grande profissional da imprensa brasileira, que fa-leceu no ano passado, o Prêmio Fraterno Vieira visa reconhecer reportagens sobre água mineral publi-cadas em veículos impressos e eletrônicos.

Em 1º lugar ficou o jornalista Silvio Ribas, do jor-

nal Correio Braziliense de Brasília, com a reporta-gem “Água fica cada vez mais cara”, em que consta entrevista com Carlos Alberto Lancia. Em 2º lugar ficaram os jornalistas Francisco Amorim e Itamar Oliveira, do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, com a reportagem “De fotógrafo de casamentos a senhor das bombonas”, que teve como fonte a Água Mine-ral Itati. Em 3º lugar ficou a jornalista Hara Alcân-tara, também do jornal Correio Braziliense, com a reportagem “Olha a água mineral”, que contou com informações da Água Mineral La Priori.

Saiba mais sobre os vencedores Prêmio Fraterno Vieira de Jornalismo

t Sílvio RibasAcumula 20 anos de carrei-ra e passagens pelos jornais Diário do Comércio (MG), Gazeta Mercantil (SP), Cor-reio Braziliense (DF), Estado de Minas, A Tarde (BA) e Brasil Econômico (SP). Atuou também em assessoria de comunicação e é autor do Dicionário do Morcego, além de ilustrador, ativista cultu-ral e blogueiro.

Francisco Amorim uFormado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2000, é mestrando em sociologia pela mesma institui-ção. Repórter do Zero Hora, de Porto Alegre, desde abril de 2005, atuou anteriormente no Jornal VS, do Grupo Editorial Sino, em São Leopoldo (RS).

t Hara AlcântaraGraduada em comunicação social com habilitação em jornalismo pela Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas (2012), colaborou na cobertura do julgamento do mensalão para o site Lei dos Homens. Foi estagiária na editoria de suplementos do Correio Braziliense de janeiro a junho de 2012. Também estagiou na reportagem do Jornal da Amazônia 2ª edição, da Rádio Nacional da Amazônia, e no Gaia/PR, departamento ligado ao Gabinete Pessoal da Presidência da Repúbli-ca, onde colaborou na divulgação do balanço do governo Lula.

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Certificação de Qualidade NSFDestinado às empresas de águas minerais que ob-

tiveram a certificação internacional NSF, que avali-za envasadoras de todo mundo com os mais rigoro-sos critérios técnicos e de qualidade, este ano duas envasadoras receberam pela primeira vez a certifi-cação: Água Schin e Lindoya Verão.

Água Mineral Schincariol

Água Mineral Lindoya Verão

Certificação por 10 anos, Águas Ouro Fino

Certificação por 8 anos, Água Mineral Bioleve

Certificação por 8 anos, Água Mineral Ingá

Certificação por 8 anos, Água Mineral Daflora

Certificação por 6 anos, Água Mineral Minalba

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Caxambu e Cambuquira em destaque na Europa

MERCADO

As marcas de água mineral Caxambu e Cambuqui-ra, ambas de Minas Gerais, serão as águas oficiais do Madrid Fusión 2013, um dos eventos mais impor-tantes da gastronomia mundial. Em sua 11ª edição, o evento vai acontecer de 21 a 23 de janeiro, em Madri. Contando com a participação de mais de cem chefes de diferentes países, esta edição vai homenagear a culinária brasileira, contando com pratos que revelam os diferentes sabores regionais do país. Segundo a Co-pasa Águas Minerais de Minas, empresa responsável pelo relançamento das marcas Caxambu e Cambu-quira, essas duas águas podem ser harmonizadas com os mais diferentes e sofisticados pratos. No caso da Caxambu, sua característica gourmet é ressaltada pela capacidade natural de ampliar a sensibilidade do gos-to, auxiliando na percepção dos sabores de pratos e vinhos. Proveninete das fontes Mayrink I e Mayrink II (ambas com gás) e Fonte Mayrink III (sem gás), a água

Caxambu também conta com propriedades terapêuti-cas, como estímulo das glândulas de secreção interna e das enzimas e auxílio no tratamento dos males da garganta. Ainda de acordo com a Copasa, sobremesas frias também ficam mais interessantes quando prepa-radas com água Caxambu. A água Caxambu brota na-turalmente gaseificada, depois de percorrer um longo caminho subterrâneo. Esse trajeto leva em média 500 anos. Durante esse período de maturação, a água ad-quire suas propriedades terapêuticas e paladar único.

No caso da Cambuquira, proveniente das fontes Regina Werneck, Comendador Augusto Ferreira e Roxo Rodrigues, o tempo de processamento pela na-tureza é menor, entre 150 e 200 anos. No mercado desde setembro de 2011, a água Cambuquira também exibe propriedades terapêuticas, como estímulo da função renal, controle do ácido úrico no sangue e au-xílio no combate ao reumatismo.

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Restaurante da Filadélfia agrada apreciadores de águas minerais

Instalado às margens do rio Schuylkill, dentro do parque Fairmount, o res-taurante Water Works é um dos mais balados da Filadélfia, nos EUA. Entre os motivos do sucesso está a estreita relação do estabelecimento com o uni-verso das águas minerais. O Water Works funciona nas antigas instalações da usina a vapor que abasteceu os reservatórios de água da Filadélfia por mais de 100 anos, até o começo do século XX. Para evocar toda essa tradição, o restaurante conta com um menu de águas minerais composto de rótulos fi-nos provenientes de diferentes lugares do mundo. Entre as marcas disponí-veis, destaque para a croata Jana, a alemã Apollinaris, a norueguesa Voss e a francesa Badoit. Profundo conhecedor das características organolépticas das águas minerais, John Gates, gerente geral do Water Works, dá dicas de como harmonizar adequadamente as águas com os pratos do menu.

Água previne malefícios do Alzheimer O consumo diário de um litro de água mineral ajuda a prevenir o declínio cog-

nitivo e outros males associados à doença de Alzheimer. A conclusão é de um es-tudo britânico publicado no periódico científico Journal of Alzheimer's Disease. A explicação para a ação profilática estaria num dos minerais presente na água pura da fonte: sílica. Além de prevenir o declínio cognitivo, ou seja, a diminuição da percepção, atenção e memória dos doentes de Alzheimer, a sílica ajuda a re-mover o alumínio do organismo, fazendo uma espécie de faxina no sangue. Sílica é um mineral abundante na natureza e está dissolvido, em pequenas quantida-des, em águas de rios, lagos e lençóis freáticos. O estudo foi feito por cientistas da Universidade de Keele. Durante 13 semanas, os voluntários beberam 1 litro de água mineral da marca malaia Spritzer, que apresenta elevada concentração de sílica, por dia. A maioria dos envolvidos não mostrou qualquer novo sinal de deterioração cognitiva depois da experiência. Em três dos doentes, observou-se até uma melhoria na saúde mental. "Testemunhamos a existência de uma relação potencial entre a remoção do alumínio e uma melhoria na função cognitiva", dis-se Christopher Exley, que coordenou a pesquisa.

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MERCADO

No início de novembro de 2012, um ano após assumir o controle acionário do Grupo Schincariol, a japonesa Kirin mudou o nome da empresa fundada em Itu, no interior de São Paulo, em 1939. A Schincariol foi reba-tizada como Brasil Kirin. Os nomes dos produtos do portfólio de bebidas não sofreram alterações.

Gino Di Domenico, presidente da Brasil Kirin, de-fende que a mudança reflete um novo posicionamento, mais voltado às marcas. “Deixamos de ser essencialmen-te industriais para olhar o mercado e os consumidores. Isso significa inovação”, disse o executivo. O conceito de inovação citado por Di Domenico deve ser traduzido por lançamentos. Já no início de 2013, a empresa deve estrear novidades no mer-cado nacional de produtos alcoólicos e não alcoólicos e de bebidas funcionais e com apelo de saudabilidade.

A empresa espera fechar 2012 com um crescimento de 12% no faturamento de R$ 6,1 bilhões registrado em 2011. De acordo com Di Domenico, a Kirin Brasil acumulou entre janeiro e outubro alta de 9,9% em vo-

lume no segmento de cerveja, enquanto o mercado como um todo cresceu 3,6%. Segundo o Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), a companhia deteve participação de 16,6% no mercado de cervejas e de 6,83% no de refrigerantes no mês de outubro. Ao final de 2011, as participações eram de 14,4% e 5,4%, respectivamente.

O processo de construção da marca Brasil Kirin durou seis meses. A logomarca possui um ideogra-ma inspirado nos quatro elementos da natureza e leva as cores do Brasil e da empresa nipônica. O ideogra-ma completo representa a palavra água, em japonês, matéria-prima de todos os produtos. A campanha de apresentação da marca estreou em 25 de novembro.

Schincariol muda de nome e aumenta participação nos mercados de refrigerantes e cervejas

Os vencedores do Water Innovation Awards 2012 foram anun-ciados em outubro, durante o 9º Congresso Global de Águas Enva-sadas, realizado em Barcelona. A marca centenária Imperatriz, de Santa Catarina, foi a única brasileira premiada, levando na categoria Melhor Campanha de Marketing. A bem-humorada estratégia de comunicação desenvolvida para o lançamento das novas embala-gens chamou atenção do júri. A peça que fez mais sucesso foi o co-mercial “do deserto”. No filme para TV, um homem aparenta estar perdido há dias num deserto. Ele suplica por água. Surge um fino mordomo carregando uma bandeja de prata, sobre a qual repousam uma taça de cristal e a nova garrafa da água mineral Imperatriz. Ao receber a água geladís-sima, o homem perdido se transforma sob o sol desértico. Ele passa a agir como um profundo apreciador de águas minerais. Incorpora todos os trejeitos de um verdadeiro sommelier de águas gourmet. Ao final, pergunta: “Tem com gás?” Vale a pena ver o engraçadíssimo vídeo no site da revista Água&Vida, www.revistaaguaevida.com.br.

Tem com gás?

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Água gourmet do Uruguai quer crescer no Brasil

Captada em fontes situadas na região do Monte Arequita, a água mineral uruguaia Virgen está ga-nhando mercado no Brasil. Com foco em restaurantes e hotéis sofisticados, a marca é distribuída aqui pela SMW Importadora de Produtos Premium, empresa do interior paulista fundada por Vania Wenzel.

Significando “rio da alta caverna de pedra", o nome Arequita foi dado pelos índios guaranis. O Monte Arequita é uma formação vulcânica de 300 milhões de anos, que filtra, protege e mineraliza a água vendi-da com a marca Virgen. Segundo a empresa, as carac-terísticas do local proporcionam pureza insuperável e sabor sublime. A água é engarrafada diretamente da fonte em uma planta ecológica projetada para assegu-rar suas condições.

Petrópolis investe em megaproduçãoEstreou em dezembro o novo comercial da água Petrópolis, da Nestlé. Produzido para conectar a marca ao público

jovem interessado em saúde e bem-estar, o filme mostra consumidores queimando calorias sobre dois toca-discos gigantes. Reais, os aparelhos ocupam 400 metros quadrados. Foram necessários 20 dias de pré-produção e dez de montagem para viabilizar as filmagens, que duraram três dias e contaram com 550 pessoas. Veja o filme no site da revista Água&vida, www.revistaaguaevida.com.br

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CLASSIFICADOSMERCADO

Ambev deixa Petrobras para trás na

Bolsa de ValoresCom o aumento do consumo de bebidas e a inserção

de novos consumidores no mercado, a Ambev assumiu o posto de maior empresa brasileira na Bolsa de Valores, desbancando a Petrobras. As ações da Ambev acumu-lam valorização de 27% neste ano. Seu valor de mercado já ultrapassou os R$ 248,8 bilhões. Por sua vez, os papéis da Petrobras acumulam desvalorização desde o início do ano de 13,4%. No mundo, a Ambev é a 40ª maior empre-sa com ações na Bolsa. A liderança é da Apple.

Michael Bloomberg, prefeito de Nova Iorque, é um conhecido tomador de água de torneira. Mas mudou de postura com a passagem do furacão Sandy por Nova Ior-que. Com ventos poderosos e uma sequência recorde de tempestades, o furacão causou destruição ao longo de boa parte da Costa Leste americana. Às vésperas do fenôme-no climático extremo, Bloomberg e outros prefeitos e go-vernadores americanos vieram a público alertar que a po-pulação deveria preparar estoques de água engarrafada e comida, mantendo-se nas residências até segunda ordem.

Mais do que essa imprescindível recomendação, em alguns lugares os governos concederam renúncias fiscais às distribuidoras locais de água mineral. Nas localidades em que as fontes municipais ficaram comprometidas, a água engarrafada foi a salvação.

Para atender o aumento súbito de demanda, a Inter-national Bottled Water Association (IBWA) trabalhou em conjunto com seus membros. Somente a Nestlé Wa-ters North America enviou 5 milhões de garrafas para áreas atingidas durante o furacão. O Walmart também fez doações, que ultrapassaram a marca de 1 milhão de garrafas de água.

“A indústria de água mineral sempre esteve na linha de frente dos esforços de ajuda realizados durante desastres naturais", disse em comunicado oficial Chris Hogan, vice--presidente de comunicação da IBWA. Ele conclui lem-brando que, ao longo dos anos, as envasadoras de água sempre responderam imediatamente à demanda atrelada a furacões, tornados, terremotos e até ataques terroristas.

Super-herói engarrafadoAmbev vai distribuir água mineral da Nestlé

A guerra das cervejas está definitivamente dei-xando de ser o centro das atenções da indústria de bebidas. Com crescimento de vendas no segundo se-mestre de 2012 de 22% - a melhor marca dos últimos 15 anos -, o mercado brasileiro de águas minerais continua atraindo a atenção de gigantes do setor. É o que mostra o início da distribuição da linha de águas da Nestlé pela Ambev. O acordo foi aprovado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Eco-nômica), em decisão publicada no "Diário Oficial da União" de 19 de dezembro.

Para analistas do mercado, a Nestlé Waters vai fortalecer sua musculatura logística, aproveitando a estrutura de distribuição nacional e altamente capilarizada da Ambev. O fato é que o negócio pode reduzir os gastos de distribuição da Nestlé Waters e da própria Ambev, proporcionando aproveita-mento mais eficiente da rede de vendedores e en-tregadores. Em outras palavras, os caminhões vão carregar mais mercadorias, diminuindo o custo de transporte. Para a superintendência-geral do Cade, a união não implicará problemas concorrenciais. Segundo o órgão antitruste, a operação foi avaliada de acordo com as regras da nova lei de defesa da concorrência, não precisando passar pelo crivo do plenário do próprio Cade.

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