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Conselho Editorial

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Editorial

Revista Canavieiros - Março de 2008

Esta edição da Revista Canaviei-ros traz como reportagem decapa um marco para a história do

setor: a assinatura do Protocolo Agro-ambiental. No ano passado foi firmadoum acordo entre o governo do Estado,as secretarias de Estado da Agriculturae Meio Ambiente e a Unica (União daIndústria da Cana-de-Açúcar) com intui-to de antecipar o prazo para o fim da quei-ma da cana. O documento, chamado deProtocolo Agroambiental, determina quea queima da palha da cana-de-açúcar emáreas planas será eliminada em 2014, seteanos antes do que previa a lei estadual11.241, de 2002.

No dia 10 de março foi a vez de osprodutores de cana aderirem ao acordo,em cerimônia no Palácio dos Bandeiran-tes. O evento contou com a presença dogovernador José Serra, do secretário deAgricultura e Abastecimento do Estado,João Sampaio, do secretário do MeioAmbiente, Xico Graziano, do presidenteda Unica, Marcos Jank, do presidenteda Orplana, Ismael Perina Júnior, depu-tados e prefeitos e dezenas de produto-res de cana filiados à Orplana. Nesta edi-ção você terá mais informações sobre oprotocolo e suas diretrizes.

O entrevistado deste mês é JosiasMessias, presidente da ProCana, empre-sa que edita o JornalCana. Na entrevis-ta, Messias fala dos 20 anos do jornal esobre os altos e baixos enfrentados pelosetor ao longo desse período. Na co-memoração dos 20 anos do jornal, 20personalidades e empresas foram ho-menageadas, entre elas Manoel Orto-lan, presidente da Canaoeste, e Fernan-des dos Reis, ex-presidente da Coper-cana e Canaoeste.

O Ponto de Vista deste mês traz oscomentários do presidente da Canaoes-te sobre a assinatura do Protocolo Agro-ambiental. Ortolan destaca a coragemdos pequenos e médios produtores emse comprometer com a sustentabilidadedo setor sucroalcooleiro. O presidentedo Grupo Maubisa, Maurílio Biagi filho,

Novos temposNovos temposassina um artigo intitulado “Desafio”,onde discute a respeito do preço do ál-cool combustível nas bombas e de quemé a culpa pelos aumentos.

Nas páginas da Copercana, vocêconhecerá a nova filial da Copercanaem Campo Florido, a nona loja de ferra-gens e magazine e a terceira no Estadode Minas Gerais. As Notícias Canaoes-te trazem a cobertura do evento quemarcou o início das atividades da SãoFrancisco Saúde em Sertãozinho. A em-presa firmou uma importante parceriacom o Netto Campello Hospital & Ma-ternidade, mantido pela associação.

Além disso, você poderá conferir comofoi o I Encontro Sobre Variedades de Cana-de-Açúcar, em Bebedouro. As páginas daCocred trazem informações sobre a Assem-bléia Geral Ordinária da Cooperativa no dia26 de março, além das mudanças ocorridasna agência de Serrana.

O destaque vai para a “inteligênciado setor”, que foi homenageada em Ara-çatuba com o Prêmio CanaSauro, entre-gue a personalidades voltadas à cadeiada cana há mais de 30 anos. Na editoria“Culturas de Rotação” são informadosos investimentos da Copercana na ras-treabilidade do amendoim e na secção“Novas Tecnologias”, o novo serviçooferecido pelo CTC: as Cartas de Solo.

O assessor técnico da Orplana, EnioRoque de Oliveira, publica um artigo téc-nico sobre o sistema Consecana – SP,onde aborda os equipamentos de labo-ratório homologados. O consultor daCanaoeste, Cléber Moraes, assina a quin-ta parte de seu artigo que ensina comoplanejar a implantação de um canavial.

Como de costume, a Revista traz osprognósticos climáticos do Dr. Oswal-do Alonso, os artigos sobre legislaçãodo Dr. Juliano Bortoloti, dicas de portu-guês, indicação de livros, agenda deeventos, repercutiu e classificados.

Boa Leitura!

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Desafio

Maurilio Biagi FilhoPresidente do Grupo Maubi-sa, CDES; conselheiro da AB-DIB, AMCHAM e UNICA

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

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OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Novos tempos em Serrana- Cocred e Copercana realizam assembléia

- São Francisco Saúde inaugura unida-de em Sertãozinho em parceria com oNetto Campello Hospital e Maternidade- Canaoeste promove reunião de variedades

A queima da cana comos dias contados

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana- Copercana inaugura filial emCampo Florido

CONSECANA

REPERCUTIU

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

ARTIGOTÉCNICO

LEGISLAÇÃO

CULTURA DEROTAÇÃO

CULTURA

AGENDE-SE

CLASSIFICADOS

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EQUIPE DE JORNALISMO:Carla Rossini – MTb 39.788

Cristiane Barão – MTb 31.814

COLABORAÇÃO:Marcelo Massensini

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

Marcelo Massensini

COMERCIAL E PUBLICIDADE:(16) 3946-3311 - Ramal: 2008

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Ana Carolina Paro, Carla Rossini, DanielPelanda, Letícia Pignata, Marcelo

Massensini, Rafael Mermejo, Roberta Fariada Silva, Talita Carilli.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:7.500 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuída gratuita-mente aos cooperados, associados efornecedores do Sistema Copercana,

Canaoeste e Cocred. As matérias assinadassão de responsabilidade dos autores. A

reprodução parcial desta revista é autoriza-da, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

[email protected]

Ponto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vista

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Presidente da ProCana(empresa que edita oJornalCana)

Vinte anos retratando o setor

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Josias Messias

Os fornecedoresindependentes, representadospela Orplana, aderiram aoProtocolo Agroambiental, queantecipa os prazos para o fimdas queimadas

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Novas TNovas TNovas TNovas TNovas TecnologiasecnologiasecnologiasecnologiasecnologiasCTC disponibiliza carta de solosO serviço, será disponibilizado exclusiva-mente aos associados da Canaoeste

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Presidente da ProCana (empresa que edita o JornalCana)

Entrevista

Cristiane Barão

Vinte anos retratando o setor

O JornalCana completou 20anos e a comemoração reu-niu boa parte das lideranças

do setor em um jantar realizado no últi-mo dia 5, em São Paulo. Como parte daprogramação, a entrega de homenagensa 20 personalidades e empresas que in-centivaram o jornal em seu início.

Entre elas o presidente da Canao-este, Manoel Ortolan, e o ex-presi-dente da Copercana e Canaoeste, Fer-nandes dos Reis, falecido em feve-reiro de 99. Reis foi lembrado com aapresentação de um vídeo sobre suahistória e colaboração ao associati-

Vinte anos retratando o setor

Josias MessiasJosias Messias

vismo. A homenagem foi recebida porFernandes dos Reis Filho.

De acordo com Josias Messias,presidente da ProCana, empresa queedita o JornalCana, Fernandes dosReis e Ortolan permitiram o acesso dojornal à realidade dos produtores in-dependentes, além de terem apoiadoo veículo em momentos decisivos, queforam os primeiros anos, de 93 e 94

Retratando e acompanhando a re-alidade sucroalcooleira, o jornal tam-bém sofreu com os altos e baixos dosetor. Parou de circular em abril de

90, em meio à crise de preços, e retor-nou às bancas e aos endereços doselos da cadeia em setembro de 93.

Hoje o veículo se consolidoucomo um dos mais importantes dosetor, contribuindo com as discus-sões e também provocando o deba-te. À frente do JornalCana desde 88,esse jornalista de 38 anos traz fres-cas na memória as principais fasesporque passou o setor sucroalcoo-leiro nesses últimos 20 anos e tam-bém detecta tendências. Leia, a se-guir, a entrevista que ele concedeu àCanavieiros.

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Entrevista

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“O setor conquistou umacompetitividade, um nível delinguagem externa, que são

importantes. Se o governo federal nãoatrapalhar já é muito.

Canavieiros: Como você vê o cres-cimento do setor nesses últimos 20anos?

Josias Messias: Em 88 o setor es-tava no final de um ciclo de prosperi-dade e crescimento, que começou em75, quando veio o Proálcool. Contudo,no final da década de 80, a principaldificuldade era o engessamento da pro-dução. Tudo o que as usinas deveriamfazer era determinado pelo IAA (Insti-tuto do Açúcar e Álcool). Houve o con-gelamento dos preços para reduzir ainflação e especialmente o setor sen-tiu muito isso. Isso culminou com apseudo-falta de álcool. Por que pseu-do? Era estranho a gente saber que ti-nha álcool nas usinas e estava faltan-do nos postos. Por isso, a gente come-çou a articular diversasações com os prefeitos paratentar mostrar à opinião pú-blica e para obrigar o gover-no a tirar o álcool das usinaspara atender o consumidor.

Canavieiros: Essa criseteve desdobramentos...

Messias: O que era uma crise eco-nômica - as usinas não estavam tendoa remuneração adequada de suas ati-vidades -, passou a ser também umacrise de credibilidade. E pior: não dosusineiros apenas. A crise passou parao combustível e para os carros. Tantoque até então mais de 90% da frota co-mercializada era a álcool e já no anoseguinte caiu drasticamente. Assim sepassaram alguns anos e em abril de 90o JornalCana parou de circular. A partirde 93 o setor começou a ter novas pers-pectivas porque o houve um sanea-mento do mercado. Muitas usinas fe-charam as portas e então começou ahaver um ajuste. O setor tinha que to-car e aí retomamos o JornalCana a par-tir de setembro de 93, junto à primeiraFenasucro. Diria que aí foi um períodode transição.

Canavieiros: O que caracterizouessa transição?

Messias: O mercado externo deaçúcar continuava propício e o mer-cado interno de álcool - como houvefechamento de várias destilarias - setornou saneado, praticamente equili-brado. Na verdade o setor estava pro-

curando novas alternativas, precisa-va enxergar novas opções. O gover-no começou literalmente a ser irres-ponsável, ou seja, começou a deixarde cumprir suas funções. Por outrolado, o setor não poderia ficar comoestava porque ia acabar sucateado.Então, foi um período de transição,quando houve muitas estratégias ediscussões a respeito do que fazer enós participamos tanto das mudançasestratégicas como gerenciais, ondeconceitos de liberdade de comerciali-zação começaram a ser colocados comforça. Houve o caso da primeira ex-portação direta de um grupo produ-tor fora do IAA, que foi do grupoCosan, que conseguiu isso via judici-al. Um marco. Foi uma época de uma

sustentação do setor, houve cresci-mento e o que tinha que fechar, fe-chou naquele período de 88 a 93.

Canavieiros: Mas depois dissohouve a crise de 1999....

Messias: Além da falta de unida-de, o setor sofria de outras duas ma-neiras: com a pecha de usineiros - queeram considerados os degradadoresde tudo, concentradores de renda - ecom a crise de credibilidade gerada

pela falta do álcool. Nesse período,também tinha que haver uma corre-ção gerencial porque os preços nãoestavam remunerando. Era necessá-rio fazer uma mudança interna geren-cial, buscar redução de custo. Antesnão precisava fazer isso porque tudoera determinado. Aí, o governo sim-plesmente começou a sair efetivamen-te, mas ainda aparecia como aquelepai que some de casa, deixa de cum-prir com a obrigação, mas na festa deaniversário aparece. O governo saiuno momento de excesso de oferta, queculminou com a crise de 99, quandoo álcool era vendido a R$ 0,14 o litrona usina e seu preço de custo era R$0,36. Aí veio a grande crise de 99,quando tantas usinas fecharam. E

Deus salvou o setor. De 99para 2000 havia a cana bi-sada e veio uma grandeseca. Então foi um ano depreços baixíssimos e outrode preços altos.

Canavieiros: O que o se-tor aprendeu com as crises?

Messias: O setor começou a fazeras mudanças estratégicas. A Unica foiestabelecida, os independentes seaglutinaram, os sindicatos e entida-des regionais foram fortalecidos. Ain-da que não houvesse uma entidadeque representasse o setor no âmbitonacional, pelo menos já se falava umamesma linguagem. A partir de 2001/02o setor começou a enxergar uma novatendência no mercado, que era a ques-tão ecológica, que foi o fator funda-

Josias Messias entregou uma homenagemao presidente da Canaoeste, ManoelOrtolan

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Entrevista

mental para a criação do Proálcool, e obenefício econômico da sustentabili-dade, da distribuição de renda. Issocriou uma oportunidadepara o setor. O setor come-çou a enxergar que, haven-do uma coerência estratégi-ca e uma competitividade ge-rencial, haveria a possibili-dade de atuar de forma libe-ralizada e que essa nova ten-dência permitiria investimen-tos externos.

Canavieiros: Qual deve ser a par-ticipação do governo nesse momento?

Messias: Acho um fator importan-te. O BNDES e os investimentos es-trangeiros são os principais financia-dores do setor, especialmente para ospequenos e médios grupos. O setorconquistou uma competitividade, umnível de linguagem externa, que são im-portantes. Se o governo federal nãoatrapalhar já é muito. Preci-sam ser feitas algumas coi-sas que deixaram de ser fei-tas. Primeiro, o governoprecisa liberar a comercia-lização de álcool direto paraos postos, já que hoje asusinas são responsáveispela qualidade e pelo reco-lhimento dos impostos. Hátambém a questão da iso-

nomia do ICMS (Imposto sobre a Cir-culação de Mercadorias e Serviços).Várias alíquotas para o imposto permi-

tem o “passeio de notas” e outras dis-torções. É preciso ver isso e o gover-no federal tem um papel fundamental.

Canavieiros: Com essa oscilaçãonos preços, quem está firme no se-tor hoje?

Messias: Os grupos que têm açõesnas bolsas e que têm relacionamentocom investidores estrangeiros. Essessão os únicos grupos que estão bem.Você tem a Cosan e mesmo grupos na-

cionais que já estão com ações nasbolsas. Esses estão bem porque nãodependem da geração de caixa. Essesvão continuar adquirindo, tocando osprojetos porque o dinheiro que têm nãopossui nenhuma relação com a com-petitividade do negócio, com a gera-ção de caixa da própria atividade. Elesestão baseados numa perspectiva delucro, de uma tendência futura. Tam-bém estão bem os fornecedores deequipamentos, principalmente os in-dustriais, cujo parque está mais de 70%ocupado. Quem está sofrendo? Todosos demais, as usinas sofrem, os forne-cedores sofrem, em algumas regiõesmais e em outras menos.

Canavieiros: O Consecana é ain-da o melhor mecanismo?

Messias: É o melhor, mas aindatem muitos mecanismos para ser tra-balhados. Talvez a gente agora encon-tre um período que vá reforçar umpouco mais esse relacionamento pro-dutor/usina em algumas regiões por-

que os grãos voltaram a su-bir. Isso beneficia o forne-cedor porque ele tem a op-ção e a usina sabe disso.Isso vai continuar forçandoa melhorar a remuneração dofornecedor, mas isso é extre-mamente regionalizado. Agente sabe que isso não é

imediato, que pode demorar mais emalgumas regiões do que em outras.

Canavieiros: E você acha que nes-ta safra os preços serão um pouco me-lhores?

Messias: Eu não sou muito bom emnúmeros. Mas se fosse para eu chutar,eu chutaria em 10% para baixo e 5% paracima. Os únicos fatores altistas são opreço internacional do petróleo e o mer-cado de açúcar no exterior. Pode ser que

esses dois fatores possam le-var o preço médio de açúcar eálcool na safra, na remunera-ção da usina, para cima. Eacho que no máximo 5%. Emcompensação, existe uma sé-rie de outros fatores que po-dem jogar para baixo de 10%.Inclusive o dólar que tem todaperspectiva de continuar abai-xo do que está.

Os 20 anos do JornalCana foram comemorados emmarço com a entrega de homenagens pelo jornalista Josi-as Messias a 20 personalidades que apoiaram o veículoem momentos decisivos. Entre eles, o presidente da Ca-naoeste, Manoel Ortolan, e o ex-presidente Fernandesdos Reis, falecido em 99, e que foi representado na oca-sião por Fernandes dos Reis Filho.

Comemoração

Fernando dos Reis Filho e José Guilherme Moro dos Reis representaram o ex-presidenteda Copercana, Canaoeste e Cocred, Fernandes dos Reis

“...o governo precisa liberar acomercialização de álcool direto para

os postos, já que hoje as usinas sãoresponsáveis pela qualidade e pelo

recolhimento dos impostos.

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O Protocolo Agroambientale suas implicações

Ponto de Vista

O Protocolo Agroambientale suas implicações

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Manoel Carlos de Azevedo Ortolan*

A adesão dos fornecedores in-dependentes de cana ao Pro-tocolo Agroambiental no últi-

mo dia 10 merece um olhar mais atento,sobretudo em relação às implicaçõesque as diretrizes do termo terão sobreesses produtores, que são, em sua gran-de maioria, pequenos e médios. O acor-do assinado pela Orplana (Organizaçãodos Plantadores de Cana da RegiãoCentro-Sul do Brasil) e pelo Governodo Estado antecipa os prazos para aeliminação da queima da palha da canade 2021 para 2014 para as áreas mecani-záveis e de 2031 para 2017 para as áre-as onde ainda não é possível o traba-lho das colhedoras.

O mesmo protocolo foi assinado pelaUnica, que representa as indústrias, emjunho do ano passado e de lá para cá oíndice de colheita mecanizada avançoude forma importante. Dados do INPE(Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais) indicam que na safra passada hou-ve uma redução de 110 mil hectares naárea de queima, em comparação com asafra anterior. Isso equivale à área de155 mil campos de futebol. No total, oíndice de colheita mecanizada passoude 30% em 2006 para 47% em 2007.

Pelo ritmo da substituição do cortemanual pelo mecanizado observado naúltima safra, o setor acredita que até2012, antes do prazo estipulado pelo

próprio protocolo, a queima da palhada cana para a colheita estará extinta.Se para aqueles que não são do ramoos prazos podem parecer amplos de-mais, para quem vive da atividade, elessão bastante justos. A realidade dospequenos e médios produtores é dife-rente da das indústrias e as dificulda-des são bem maiores.

Esses fornecedores independentessomam em São Paulo 13 mil e cultivam,em média, 58 hectares. Setenta e oitopor cento deles entregam até 4.000 to-neladas de cana, grande parte tem apropriedade como fonte de sustento esuas famílias estão na atividade há vá-rias gerações. Juntos, foram responsá-veis por 26% da cana processada pelaindústria paulista na safra 2006/07 e so-freram com maior intensidade os refle-xos da perda de renda, decorrente daqueda nos preços do açúcar e álcoolna safra passada.

A implantação da colheita mecaniza-da requer um alto investimento em equi-pamentos. Implica não somente a com-pra da colhedora, cujos preços se aproxi-mam de R$ 1 milhão, mas numa frente demáquinas com tratores, veículos de trans-bordo, caminhões. É um custo conside-ravelmente alto para os fornecedores que,por serem pequenos e médios, não têmescala e, sozinhos, dificilmente terão aces-so a esses equipamentos.

A adesão ao mesmo protocolo assi-nado pelas indústrias foi uma demons-tração do comprometimento desses pro-dutores a uma causa maior, que é garantira produção socialmente justa e ambien-talmente responsável. Isso irá exigir umesforço da Orplana e das associações fi-liadas em duas frentes: por um lado, bus-car meios para que os produtores adqui-ram escala e tenham acesso aos equipa-mentos e, por outro, juntamente com en-tidades de pesquisa e fabricantes, viabi-lizar o desenvolvimento de colhedorasde menor porte e mais baratas.

Se isso não acontecer, os peque-nos e médios desaparecerão, assimcomo já ocorreu em outras cadeias pro-dutivas e setores da economia. Numpaís onde as políticas públicas favore-cem apenas os extremos - a agriculturafamiliar e as grandes instituições finan-ceiras -, quem fica no meio corre sériorisco de ser massacrado. E ao aderiremao protocolo, os produtores indepen-dentes estão fazendo a sua parte, dan-do a sua contribuição para o desenvol-vimento sustentado e para o fortaleci-mento da atividade canavieira. Peloperfil que têm, de pessoas de bem e res-ponsáveis, não irão se omitir e cumpri-rão o acordo mesmo com todas as difi-culdades que terão pela frente.

*presidente da Canaoeste(Associação dos Plantadores de

Cana do Oeste do Estado de São Paulo)[email protected]

Associados da Canaoeste e autoridades de Sertãozinho e região se reuniram noPalácio dos Bandeirantes para a cerimônia de assinatura do Protocolo

Agroambiental, no último dia 10 de março

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Ponto de Vista

DesafioDesafioMaurilio Biagi Filho*

Dizem que o preço do etanol estásubindo. E que a culpa dessesrecentes aumentos é dos pro-

dutores. Antes que você concordecom esses comentários, peço que leiaeste artigo até o final.

Está disponível no site da EscolaSuperior de Agricultura Luiz de Quei-roz - a Esalq - da USP, por quanto oálcool vem sendo vendido pelas usi-nas às distri-buidoras nosúltimos 5 anos.Percorrendo alista, vemosque no dia 7 demarço de 2003,fim da entres-safra, o litro de álcool hidratado, queabastece os nossos carros, era vendi-do pelas usinas a R$ 0,90. Repito:R$0,90. Guarde esse valor.

No começo da entressafra de 2004,no dia 7 de dezembro daquele ano, olitro saía das usinas a R$ 0,89. Exata-mente um ano depois, era comerci-alizado por R$ 0,98 e, no dia 7 de de-zembro do ano passado, a R$ 0,85.Este ano, novamente por R$ 0,85. Masalerto que esse preço está prestes asubir novamente.

O meu desafio é encontrar alguémque mostre um produto essencial, quehoje esteja mais barato do que há cincoanos, em seu local de produção. Desa-fio também, alguém a encontrar no sitede qualquer universidade, do governo,órgão de pesquisa ou da própria Petro-brás, por quanto ela vende a gasolinaàs distribuidoras. Nem mesmo seus aci-onistas têm acesso a essa informação.Não se esqueça de que estamos falan-do de uma empresa pública!

A gasolina brasileira é a única domundo que não sofre alteração depreços, se o barril do petróleo custarUS$ 40,00 ou US$ 110. Generosidadedo governo? Não. Pode ter certezaque você é quem paga essa diferen-

ça, tenha ou não carro, porque a Pe-trobrás (leia-se governo) incorpora oscustos. É a cortesia com chapéualheio – o seu chapéu, claro.

Essa perversa distorção aconteceporque enquanto o etanol tem preçoregulado pelo mercado, a gasolina temtarifa (artificial ou “arte oficial”?). Comotem preço, o álcool está sujeito à maisantiga lei de mercado: oferta e procura.

Por ser um produto que vem da na-tureza, como as frutas, os legumes, osgrãos – ele tem safra e entressafra.Portanto, quando a oferta é maior (nasafra), o preço cai; quando é menor(entressafra), sobe (com as exceçõesque confirmam a regra).

Mais um dado interessante: o valorenergético do etanol corresponde a 80%do valor da gasolina. Logo, ele deveriacustar nos postos 80% do preço da ga-solina, algo em torno de R$ 1,70. Mascusta menos, embora tenha mais valorem diversos outros aspectos.

“Mas qual é a saída para esse dile-ma”? - você pode perguntar. E eu res-pondo: as usinas armazenarem etanolpara fazer o estoque regulador e equi-librar os preços de um produto fabri-cado em sete meses, mas que precisadurar doze.

Só que essa resposta não convém,já que o governo não permite. Diz que écontra a lei, porque essa prática podecaracterizar a formação de cartel. Poroutro lado, o próprio governo não cum-pre essa mesma lei, que determina queele tenha os estoques reguladores.

Para concluir, afirmo: produtores sãoculpados. Não pelo suposto aumento

do álcool e sim por negligenciar todasessas informações que estou fornecen-do agora. Ah! Eu disse no começo des-ta nossa conversa que dizem que o eta-nol subiu de preço. Há cinco anos, eravendido às distribuidoras por R$0,90.No dia 7 deste mês, os preços pratica-dos pelos produtores eram de R$0,85 olitro. Foi o álcool que subiu ou aumen-taram o preço do álcool?

Lembrando que no começo dogoverno do Presidente Lula, há cincoanos, o combinado com ele e com oministro Roberto Rodrigues na épo-ca foi de um preço de até R$ 1,00 olitro, ao produtor....

*Maurílio Biagi Filho é, presidentedo Grupo Maubisa, acumula as funçõesde Presidente do Conselho da HoldingMoema e Integrante do Conselho de De-senvolvimento Econômico e Social daPresidência da República – CDES.Como conselheiro, atua em importan-tes instituições: ABDIB - AssociaçãoBrasileira da Infra-Estrutura e Indústri-as de Base; AMCHAM - Câmara Ameri-cana de Comércio e UNICA - União daIndústria de Cana-de-açúcar.

“... o valor energético do etanol corresponde a80% do valor da gasolina. Logo, ele deveriacustar nos postos 80% do preço da gasolina,

algo em torno de R$ 1,70.

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Copercana inaugura filialem Campo Florido

NotíciasCopercana

Copercana inaugura filialem Campo FloridoCarla Rossini

Loja em Minas é a nona de ferragens e magazine da cooperativa e aterceira fora do Estado de São Paulo

A Copercana inaugurou no dia15 de fevereiro, na cidade mi-neira de Campo Florido, sua

nona loja de ferragens e magazine. Anova filial se soma às unidades de Ser-tãozinho, Cravinhos, Serrana, Pontal,Pitangueiras, Severínia, Frutal e Ube-raba. Campo Florido é a terceira lojafora do Estado de São Paulo.

Aproximadamente 100 pessoasparticiparam da cerimônia de inaugu-ração, que contou com a presença dopresidente da Copercana e Cocred,Antonio Eduardo Tonielo e do diretorda Copercana, Pedro Esrael Bighetti.Também estiveram presentes os pre-feitos de Campo Florido e Pirajuba,José Catanante Neto, e Marcos CésarBrunozzi, respectivamente, além devereadores, cooperados, parceiros erepresentantes de associações e usi-nas daquela região.

Em seu discurso, Antonio Eduar-do Tonielo lembrou que, com a inau-guração da ampla e moderna filial, oscooperados e clientes da cidade e dosarredores poderão desfrutar dos bonspreços e condições de pagamento quea Copercana oferece. “São oportuni-dades e condições de compra só vis-tas nos grandes centros urbanos”, afir-mou e completou: “nesta data tão sig-

nificativa, queremoscompartilhar com osamigos aqui presen-tes esse momento dealegria por alcançar-mos mais um objeti-vo. O nosso sucesso,sem dúvida, se deveao apoio e à confian-ça que nossos coope-rados têm depositadonesta instituição, ali-ado ao esforço e à de-dicação de nossaequipe de trabalho”.

A nova loja atenderá a região deCampo Florido e terá um agrônomo àdisposição dos cooperados para ori-entação de produtos e serviços nas la-vouras. “A Copercana acreditou no po-tencial dessa região, que está crescen-do junto com o setor sucroalcooleiro ecolocou o que há de melhor à disposi-ção dos cooperados”, afirmou o dire-tor Pedro Esrael Bighetti.

Fachada da loja de ferragens e magazine da Copercana em Campo Florido

-

Os funcionários Renato, Lauriane, Larissa, Elida e Alexandre que já estãoatendendo na loja de Campo Florido.

O agrônomo daCopercana, Flávio Guidi,leu uma passagem daBíblia durante a bençãoconcedida pelo padreEliseu Pereira deCarvalho.

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NotíciasCopercana

O prefeito de Campo Florido, JoséCatanante Neto, agradeceu aos dire-tores da Copercana por acreditarem nacidade. “Essa inauguração é uma de-monstração de confiança na nossa ci-dade e estamos muito lisonjeados comeste ato”, disse.

Representando os cooperados,Tadeu Magri destacou o princípio daCopercana, de sempre estar auxilian-do seus cooperados. “Hoje nós ga-nhamos um parceiro chamado Coper-cana, que vem para auxiliar no dia-a-dia dos agricultores. Temos de usu-fruir dessa parceira que chegou paramudar a história dessa região”, afir-mou o cooperado.

Após a bênção no local, os convi-dados participaram de um coquetel ofe-recido pela Copercana.

Os convidados visitaram o interior da loja após acerimônia de inauguração

Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana eCocred, durante o discurso inaugural.

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Tadeu Magri discursou em nome doscooperados

Observado pelo presidente da Copercana eCocred, Antonio Eduardo Tonielo, pelo diretorda Copercana, Pedro Esrael Bighetti e peloassessor das diretorias do sistema, ManoelSérgio Sicchieri, o prefeito de Campo Florido,José Catanante Neto, agradeceu a Copercanapela confiança depositada na cidade.

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Secretário da Agricultura participade Workshop em Sertãozinho

NotíciasCopercana

Secretário da Agricultura participade Workshop em Sertãozinho

Diretores da Copercana, Canaoeste e Cocred participaram de reunião com o secretário, João Sampaio

Para apresentar dados de pesqui-sa sobre a qualidade da carneda raça caracu e os avanços téc-

nicos, o Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da secretaria de Agricultura eAbastecimento do Estado de São Pau-lo, realizou no dia 22 de fevereiro noCentro de Pecuária de Corte em Sertão-zinho, o Workshop “Caracu – carnepara mercados exigentes”.

O evento contou com a participaçãodo secretário de Agricultura e Abasteci-mento do Estado de São Paulo, João Sam-paio, do prefeito de Sertãozinho, JoséAlberto Gimenez, do presidente da Co-percana e Cocred, Antonio Eduardo To-nielo, do presidente da Canaoeste, Ma-noel Ortolan, e do diretor da Copercana,Pedro Esrael Bighetti. Após o evento, João

Sampaio se reuniu com o prefeito dacidade e com os diretores do sistemaCopercana, Canaoeste e Cocred paradiscutir assuntos de interesse do se-tor canavieiro.

Na abertura, João Sampaio fa-lou sobre a importância do melhora-mento de carcaça que vem sendorealizado. “Estamos aqui para dis-cutir a raça caracu e mostrar a quali-dade dessa carne ao mercado. Hojeos participantes terão a oportunida-de de conhecer nossas pesquisasque apontam resultados surpreen-dentes”, salientou o secretário.

Especialistas e pesquisadores cien-tíficos do Instituto de Zootecnia, daEmbrapa Gado de Corte e o IAPAR (Ins-

tituto Agronômico do Paraná) apresen-taram resultados de trabalhos realiza-dos com o gado caracu.

José Alberto Gimenez, prefeito Municipal de Sertãozinho;Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana; João Sampaio,secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São

Paulo; Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana eCocred e Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste.

Carla Rossini

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NotíciasCanaoeste

São Francisco Saúde inaugura unidadeem Sertãozinho em parceria com oNetto Campello Hospital e Maternidade

São Francisco Saúde inaugura unidadeem Sertãozinho em parceria com oNetto Campello Hospital e Maternidade

A São Francisco Saúde, opera-dora de planos de saúde doHospital São Francisco de Ri-

beirão Preto, inaugurou no dia 28 defevereiro uma unidade própria de aten-dimento em Sertãozinho. A unidade ficaanexa ao Netto Campello Hospital eMaternidade, que é parceiro daoperadora. A população de Ser-tãozinho poderá optar pelos ser-viços de saúde em seu municí-pio, com corpo clínico completo,além de uma ampla estrutura deatendimento em Ribeirão Pretoque conta com a tradição e quali-dade do Hospital São Francisco,Maternidade Sinhá Junqueira,Hospital-Dia, São Francisco Pe-diatria, Centros Avançados deDignósticos por Imagem, entreoutros serviços credenciados.

Os planos de saúde estarão dispo-níveis tanto para pessoas jurídicas (em-presariais) quanto para pessoas físicas(individuais e familiares) de maneiracustomizada, para atender as necessi-dades específicas de cada cliente. “Te-

Da redação

mos três modalidades básicas de pla-no: o pleno, o integrado e o total. Cadacliente pode optar pelo que mais aten-de a sua demanda. Para pessoas jurídi-cas oferecemos ainda gestão de sinis-tralidade, relatórios gerenciais, que per-mitem maior controle de custos, entre

outros benefícios”, explica Carla Musa,diretora da São Francisco Saúde.

De acordo com o presidente do Net-to Campello Hospital e Maternidade, Ma-noel Ortolan, esta parceria agrega muito

valor à cidade. “Estamos satisfeitos e nossentimos fortalecidos com esta parceriaporque a São Francisco Saúde é uma em-presa muito bem conceituada em nossaregião. Essa parceria certamente trará be-nefícios para a população de Sertãozinhoe também para as cidades vizinhas. Quem

ganha com isso são os clientes quepodem optar pelo plano de saúdeque mais se adapte ao seu perfil”,afirma Ortolan.

A São Francisco Saúde de Ser-tãozinho fica localizada na Rua Vo-luntário Otto Gomes Martins (ane-xo ao Netto Campello Hospital eMaternidade). Os clientes SãoFrancisco Saúde em Sertãozinhotêm direito a todas as coberturasprevistas pela Agência Nacionalde Saúde Suplementar (ANS)e contam com atendimento de

emergência 24 horas em todo o Brasil,por meio de convênio com a Associa-ção Brasileira de Medicina de Grupo(Abramge), resgate aeroterrestree Serviço de Atendimento ao Cliente(SAC) 24h (0800-183456).

André Junqueira SantosPessoa, diretor

presidente do HospitalSão Francisco

Legendas01 - Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e doNetto Campello Hospital e Maternidade, Lício Cintra,gerente comercial da São Francisco Saúde e DanielAnnibal, diretor da Canaoeste.

02 - Luiz Carlos Tasso Júnior, diretor da Canaoeste,Manoel Sérgio Sicchieri, assessor das diretorias, Pau-lo César Canesin, diretor da Canaoeste e Marcos LopesFernandes, gerente administrativo do Netto Campello.

03 - Frederico José Dalmaso, Oswaldo Alonso, AntonioEduardo Tonielo, Paulo César Canesin e Francisco Urenha.

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Autoridades e empresários sertanezinosprestigiaram a cerimônia de inauguração da São

Francisco Saúde em Sertãozinho.

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Manoel Ortolan, Antonio E. Tonielo e Pedro Esrael Bighetti

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NotíciasCanaoeste

Canaoeste promovereunião de variedadesCanaoeste promovereunião de variedadesMarcelo Massensini

Evento reuniu aproximadamente 200 pessoas e contou com palestras dos principais pesquisado-res envolvidos com o desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar

No dia 21 de fevereiro, a Cana-oeste realizou, com o apoio daFMC, o I Encontro Sobre Vari-

edades de Cana-de-Açúcar, em Bebe-douro. O objetivo do encontro foi apre-sentar aos fornecedores associados asprincipais variedades de cana-de-açú-car, bem como mostrar a importânciado desenvolvimento e manejo de no-vos cultivares. O evento contou com aparticipação de aproximadamente 200pessoas, entre elas associados e fun-cionários de usinas da região.

O primeiro palestrante foi o profes-sor Dr. Hermann Paulo Hoffmann, co-ordenador do Programa de Melhora-mento Genético da Cana-de-Açúcar –PMGCA, da RIDESA (Rede Interuni-versitária para o Desenvolvimento doSetor Sucroalcooleiro). Hoffmann mos-trou estatísticas que apontam as vari-edades RB como as mais plantadas noEstado de São Paulo. “A grande preo-cupação é criar variedades que se adap-tem ao plantio mecanizado”, explica.Além destas, o professor avisa quenovas variedades virão, mas sem pres-sa. “Pode ser que liberemos este anoou o ano que vem. Mas, as institui-ções conveniadas, como a Canaoeste,já têm acesso a esse material. A libera-ção é só uma formalidade”, diz.

A segunda apresentação foi feita

pelo pesquisador CTC (Centro de Tec-nologia Canavieira), Carlos Suguitani.Ele apresentou as 15 variedades da ins-tituição, mostrando as principais ca-racterísticas de cada uma e, também,adiantou a criação de novos cultiva-res. Suguitani alertou os produtoressobre a procedência das mudas usa-das nos canaviais. “Temos que teratenção e buscar orientação para nãoter problemas futuros com a escolhadas variedades”, fala.

O diretor do Centro de Cana do IACem Ribeirão Preto, Marcos Guimarãesde Andrade Landell, foi o terceiro pa-lestrante. Landell mostrou comparati-vos que mostram um aumento de 30%na produtividade média dos canaviaisdesde 1990. Ele ressaltou, ainda, a “ne-cessidade de os produtores se atuali-

zarem e utilizarem as novas variedadeslançadas”. Segundo o pesquisador, omanejo varietal é uma forma de promo-ver ganhos em situações específicas.

A penúltima apresentação foi dopesquisador da CanaVialis, Sizuo Mat-suoka. Entre outros assuntos, Mat-suoka explicou que a escolha de umavariedade não é uma tarefa simples. “(Oprodutor) tem que analisar bastantepara ter o melhor rendimento possível,principalmente quando o preço dacana cai. Se ele está ganhando, não sepreocupa muito, mas quando cai o pre-ço percebe a importância de uma boaescolha”, diz. Por isso, para ele, a tec-nologia é de extrema importância.

O último palestrante foi Engenhei-ro Agrônomo da FMC, Carlos SilvioCorrea Júnior, trazendo as principaisInovações e Soluções em Cana-de-Açúcar, promovidas pela FMC, empre-sa que apoiou a reunião. “Viemos tra-zer maiores informações a respeito denossos produtos, que são os herbici-das para cana-de-açúcar e o nematici-da para o tratamento fito-sanitário dacana planta. Esse é o objetivo maiorque trouxe a FMC aqui hoje juntamen-te com a Canaoeste. Para prestar esseserviço aos associados”, termina.

Hermann“Esse tipo de evento é importan-

tíssimo, pois gera uma competiçãoentre os programas de melhoramento.O fornecedor tem que assistir paraconhecer os materiais e escolher osmelhores, tudo dentro de ética, profis-sionalismo, em eventos bem organiza-dos com bastante gente, assim comoesta reunião da Canaoeste.”

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NotíciasCanaoeste

Suguitani“Um evento como este é muito

importante para divulgar as varieda-des aos fornecedores. Porque, namaioria das vezes, eles não têmcontato com essas variedades novas ea associação com certeza tem. Entãoisso ajuda o fornecedor a saber qual amelhor variedade para ele pedir paraa associação.”

Landell“Para o fornecedor, esse evento

é uma oportunidade de recebermais informações sobre o desenvol-vimento de novas variedades, poisa variedade da cana-de-açúcar é oprincipal insumo tecnológico queum produtor pode ter. Então, é vi-tal para ele.”

Sizuo“Primeiramente, é importante reunir

os produtores e passar para eles ascaracterísticas de todas as variedades.Existem muitas e o produtor fica meio

perdido entre qual delas ele deve plantar.Nesse evento ele pôde perceber as

qualidades das variedades e compararcom as novas, para poder chegar na

associação e escolher as mudas de acordocom o ambiente de sua plantação.”

Pitangueiras: Atendimentoodontológico de qualidadePitangueiras: Atendimentoodontológico de qualidade

Consultório da cidade está operando abaixo de sua capacidade. Segundo a responsável,poucos sabem que têm direito a atendimento

Pitangueiras é uma das cidadescom maior número de associa-dos da Canaoeste, mas poucos

deles sabem que a associação disponi-biliza um convênio odontológico de qua-lidade e com condições exclusivas parao os fornecedores e seus funcionários.

A dentista responsável pelo aten-dimento na cidade, Cláudia Seriça, con-ta que anos atrás, o consultório ficavano mesmo prédio do sistema Coperca-na, Canaoeste e Cocred e que realizavaum número grande de consultas men-sais. “Nós resolvemos mudar para umaárea mais central, para facilitar a vida doassociado, mas o número de atendimen-tos caiu”, diz. Segundo ela, muitos pro-dutores pensaram que a Canaoeste pa-rou de oferecer o serviço.

Mas não parou, não. Os fornecedo-res da Canaoeste e seus funcionários

ainda contam com um con-vênio odontológico, rápido,ágil e com profissionais com-petentes. “Muitos convêni-os não trabalham com horá-rio marcado, aqui não. O as-sociado escolhe o dia e a horaque quer ser atendido”, alémdisso, Cláudia ressalta a pre-ocupação que a Canaoestetem em manter os dentistassempre atualizados a fim demanter a excelência em aten-dimento. “Nas reuniões, nóssomos incentivados a nos re-ciclar e nos capacitar cada vezmais”, explica Cláudia.

A família de Silvio Márcio Martinsutiliza o serviço odontológico da Ca-naoeste há quase dez anos. “Estoumuito satisfeito, não tenho do que re-clamar. O preço é bom, o atendimento

é bom. Toda a minha família é atendidaaqui”. Juliana Martins, de 16 anos, fi-lha de Silvio também aprova. “Anteseu tinha medo de dentista, agora jáacostumei com a Cláudia, comecei aconfiar”, elogia.

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Preços médios mensais e acumulados do kg de atr no período de abril/2007 a fevereiro/2008 – safra 2007/2008

Consecana

A seguir, informamos o preçomédio do kg do ATR para efei-to de ajuste parcial da safra

2007/2008. O preço médio acumuladodo kg de ATR para o mês de FEVEREI-RO é de R$ 0,2432.

Os preços de faturamento do açú-car nos mercados interno e externo eos preços do álcool anidro e hidratado,destinados aos mercados interno e ex-terno, levantados pela ESALQ/CEPEA,nos meses de ABRIL de 2007 a FEVE-REIRO de 2008 e acumulados até FE-VEREIRO, são apresentados ao lado:

Os preços do Açúcar de MercadoInterno (ABMI) e os do álcool anidro ehidratado destinados à industria (AAI eAHI), incluem impostos, enquanto queos preços do açúcar de mercado externo(ABME e AVHP) e do álcool anidro e hi-dratado, carburante e destinados ao mer-cado externo, são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kgdo ATR, em R$/kg, por produto, obti-dos nos meses de ABRIL de 2007 a FE-VEREIRO de 2008 e acumulados atéFEVEREIRO, calculados com base nasinformações contidas na Circular 01/07, são os seguintes:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 13/07DATA: 29 de fevereiro de 2008

NotíciasCanaoeste

Canaoeste reelege presidenteCanaoeste reelege presidenteManoel Ortolan foi reeleito para o quadriênio 2008/2011

Carla Rossini

Na Assembléia Geral Ordiná-ria, realizada em 14 de feve-reiro, a Canaoeste reelegeu

o presidente Manoel Ortolan e defi-niu os membros da diretoria e do con-selho fiscal para o quadriênio 2008/

DIRETORIA EXECUTIVA:Manoel C. de Azevedo Ortolan – presidenteAugusto César Strini Paixão – vice-pres.Luiz Carlos Tasso Júnior – 1º secretárioPaulo Paulista Leite Silva Júnior – 2º se-

cretárioFrancisco César Urenha – 1º TesoureiroJoão Nilson Magro – 2º TesoureiroJosé Mário Paro – diretor adjuntoCONSELHO FISCAL EFETIVO- Luiz Clemente Lunardi- Plácido Heitor Castro Boechat- Paulo César Canesin

CONSELHO FISCAL SUPLENTE- José Natal Lucato- Alexandre Jorge Saquy Neto- Daniel Annibal

2011. A assembléia ocorreu no audi-tório da associação, onde também fo-ram lidos, discutidos e aprovados obalanço, o relatório da diretoria e pa-recer do conselho fiscal referentes aoexercício de 2007.

Diretores da Canaoeste

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NotíciasCocred

Novos tempos emSerranaNovos tempos emSerranaMarcelo Massensini

Aqui temos um atendimento di-ferenciado”, diz Octácilio de Freitas Junqueira, cooperado

da Cocred há mais de quatro anos,quando questionado por que prefere acooperativa. “Se você for a um bancoconvencional para falar com o geren-te, você vai ficar horas esperando.Aqui, na cooperativa de crédito, o aten-dimento faz a diferença. Pelo menospara mim é uma coisa que conta mui-to”, completa.

Junqueira conta que se tornoucooperado por influência da mãe,que já era associada, e que hoje pra-ticamente todas as suas movimen-tações financeiras são feitas pelaCocred. Octacílio também destacacomo outro grande atrativo o fatode a cooperativa ser voltada ape-nas para o produtor rural. “Todosos produtos são diferenciados parao produtor. As taxas de juros e tari-fas são muito baixas.”

O cooperado diz ainda que os pro-dutos e serviços não deixam a desejarem relação a outras instituições. “De-vido ao preço baixo da cana, não temsobrado muito dinheiro para aplica-ções. Assim, eu sempre uso as linhasde crédito rural, pois têm taxas muitomenores do que as outras. Tenho sóque falar bem da Cocred. Estou muitosatisfeito”, diz.

Uma das agências mais antigas da Cocred chega em 2008 com mais de 230 cooperados; atendimento é elogiado

Recomeço: o gerenteMaurício Rodrigues

retorna à Serrana

OctacílioJunqueira

Maurício Rodrigues, gerente daagência, endossa a opinião de Jun-queira. Segundo ele, o que o coopera-do mais preza é a qualidade do atendi-mento, o fato de chegar e poder seratendido na hora e ter uma maior proxi-midade com os funcionários. “Quan-do precisam de alguma coisa, eles fa-lam direto comigo. As funcionárias doscaixas são bem atenciosas. Todos gos-tam daqui pela qualidade do atendi-mento”, explica ele.

Em março, Rodrigues assumiu no-vamente a chefia da agência, depoisde pouco mais de um ano. “Gerenciei aagência da Cocred de Serrana durante2 anos e meio e obtivemos diversasconquistas, como o aumento no qua-dro de cooperados e os bons resulta-dos da agência, além de dar maior se-gurança aos cooperados”, conta o ge-rente. “Agora temos um outro desafio,que é voltar a fazer a agência de Serra-na crescer e ao mesmo tempo continu-ar gerenciando a agência de Cajuru,que cresce a cada dia”, completa.

Para isso, ele explica que estão sen-do montadas equipes de qualidade nasduas agências com o intuito de pro-porcionar ao cooperado maior eficiên-cia no atendimento.

A agência de Serrana tem mais de10 anos de funcionamento e atualmen-te atende a mais de 230 cooperados.De acordo com o gerente, nos últimostrês anos a agência tem crescido gra-ças a um grande esforço dos funcio-nários e diretores.

Prédio do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred, nodetalhe fachada da agência da Cocred

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NotíciasCocred

Balancete MensalBalancete MensalCooperativa de Crédito dosPlantadores de Cana de SertãozinhoBALANCETE - Janeiro/2008

Valores em Reais

Carla Rossini

Participação dos cooperados é fundamental,diz presidente

No dia 26 de março, A Copercana (Cooperativa dosPlantadores de Cana do Oeste do Estado de SãoPaulo) e a Cocred (Cooperativa de Crédito dos Plan-

tadores de Cana de Sertãozinho) realizarão suas AssembléiasGerais Ordinárias, no Clube de Campo Vale do Sol.

O presidente da Copercana e Cocred, Antonio EduardoTonielo, afirma que a participação dos cooperados nas as-sembléias é fundamental, já que todos são donos das coope-rativas. “Os cooperados precisam comparecer nas assem-bléias para se interarem do que a diretoria vem realizando”,afirmou Tonielo.

Na ordem do dia, a Copercana apresentará a prestação decontas do exercício de 2007, acompanhada do parecer doconselho fiscal, compreendendo: relatório da gestão de 2007;balanço contábil e demonstrativo das contas do resultadodo exercício encerrado em 31 de dezembro.

Também serão discutidos outros assuntos, como a desti-nação das sobras líquidas do exercício, eleição dos membrosdo conselho fiscal, fixação dos honorários da diretoria execu-tiva e do valor da Cédula de Presença dos demais membrosdo conselho de administração e do conselho fiscal e a demis-são e exclusão de cooperados.

Já a Cocred tem como pauta, além da prestação de contasda diretoria relativa ao exercício de 2007, a destinação dassobras líquidas, eleição dos membros do conselho fiscal, entreoutros assuntos de interesse dos cooperados.

Cocred eCopercanarealizamassembléia

Cocred eCopercanarealizamassembléia

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Assembléia da Cocredrealizada em 2007

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Reportagem de Capa

Carla Rossini

Os fornecedores independentes, representados pela Orplana, aderiram ao

A queima da cana co

Os fornecedores independentes decana aderiram, no último dia 10 demarço, ao Protocolo Agroambiental

do Setor Canavieiro Paulista, que altera osprazos para a eliminação da queima da palhada cana no Estado. A assinatura do termo,feita pelo governador José Serra e por IsmaelPerina, presidente da Orplana (Organizaçãodos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), ocorreu no Palácio dos Ban-deirantes, sede do governo do Estado.

O evento reuniu cerca de 300 produto-res de cana, além do vice-governador, Al-berto Goldman, os secretários estaduaisFrancisco Graziano (Meio Ambiente) e Joãode Almeida Sampaio Filho (Agricultura eAbastecimento), do presidente da Unica(União da Agroindústria Canavieira), Mar-cos Jank, dos deputados federais MendesThame, Duarte Nogueira e Arnaldo Jardime os deputados estaduais Davi Zaia e Ra-fael Silva e do presidente do IBAMA, Ba-zileu Alves Margarido Neto.

A Canaoeste foi representada pelo seupresidente, Manoel Ortolan, e por umacomitiva de produtores. O protocolo as-sinado pelos fornecedores é idêntico aoque as indústrias aderiram, em junho doano passado. O termo de cooperação éum dos 21 itens do pacote de projetosambientais lançado em abril do ano pas-sado pelo Governo do Estado, visando àadoção de ações destinadas a consoli-dar o desenvolvimento sustentável desuas atividades. Ele antecipa os prazospara a eliminação da queima da palha dacana de 2021 para 2014 para as áreas me-canizáveis e de 2031 para 2017 para asáreas não-mecanizáveis.

Durante o evento, os dados dequeima da palha da cana-de-açú-

car foram apresentados pelosecretário Francisco Grazi-

ano, que fez um compa-rativo entre as safras

2006/2007 e 2007/2008 mostrando

uma redu-

ção de 110 mil hectares na área de queimano Estado de São Paulo. Segundo ele,essa área corresponde a 155 mil camposde futebol. Ele também afirmou que houveuma expansão de 657 mil hectares na áreamecanizada.

Utilizando-se de mapas, elaboradospelo INPE (Instituto Nacional de Pesqui-sas Espaciais), Graziano expôs as áreas to-tais de queima nas duas safras. “Quero en-fatizar a redução da área de queima e, aomesmo tempo, o avanço da mecanizaçãonos canaviais”, disse o secretário.

Dados de referência sobre queim

SAFRA ÁREA (há)2006/2007 3.242.2032007/2008 3.790.264

Fonte: Secretaria Estadual do Meio Ambiente

Área Total de Cana colhida noEstado de São Paulo (inclui cana usadapara outros fins, além de produção de

açúcar e etanol):

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Reportagem de Capa

o Protocolo Agroambiental, que antecipa os prazos para o fim das queimadas

om os dias contados

tornando a atividade agrícola ainda mais sus-tentável e toda a linha de produção de açú-car e álcool passa a ser coberta pelo Proto-colo Agroambiental”, afirmou Ismael.

Já, de acordo com o governador JoséSerra, há possibilidade de antecipar aindamais o prazo, por conta do ritmo da expan-são da mecanização. “Nós reduzimos o pra-zo de 2021 para 2014. E, pelo que foi ditoaqui, dá até para antecipar isso”, afirmoudurante o seu discurso.

O governador também explicou que adecisão de eliminar gradativamente a quei-ma da palha da cana-de-açúcar foi tomadapara não prejudicar os pequenos fornece-dores de cana que entregam até 12.000 miltoneladas. “A redução abrupta do uso dofogo nos canaviais poderia prejudicar os pe-quenos produtores pela falta de tempo hábilde se adaptar à colheita mecânica. Da formacomo está sendo realizada, todos terão comose adaptar sem prejuízos”, afirmou Serra.

Os fornecedores independentes somamem São Paulo 13 mil e foram responsáveispela entrega de 26% de toda a matéria-pri-ma processada pela indústria paulista nasafra 2006/07. Cultivam, em média, 58 hec-tares, e são, em sua grande maioria, peque-nos e médios produtores.

De acordo com Ortolan, a adesão ao mes-mo protocolo assinado pelas indústrias foiuma demonstração do comprometimentodos fornecedores independentes a uma cau-sa maior, que é garantir a produção social-mente justa e ambientalmente responsável.“Isso irá exigir um esforço da Orplana e dasassociações filiadas em duas frentes: por umlado, buscar meios para que os produtoresadquiram escala e tenham acesso aosequipamentos e, por outro, juntamen-te com entidades de pesquisa efabricantes, viabilizar o desen-volvimento de colhedorasde menor porte e maisbaratas”, alerta opresidente daCanaoeste.

Segundo dados da secretá-ria de Meio Ambiente, na últimasafra, aproximadamente 50% dacolheita foi feita mecanicamen-te, sendo que antes da criaçãodo protocolo, a colheita mecani-zada representava apenas 35%.“Se continuarmos nesse ritmo,a mecanização total em áreascom inclinação menor que 12%se dará em 2012, antes mesmodo prazo final estipulado peloprotocolo, que é 2014”, afirmouo secretário ao exibir um gráficocom o desempenho do setor naúltima safra.

Além do fim das queimadas,o protocolo incentiva a recupe-ração das matas ciliares em áre-as de canaviais. Graziano sali-entou que “a estimativa é de que600 mil hectares de mata ciliarsejam recuperados”. Outro be-nefício ambiental citado no even-to foi o uso da biomassa para ageração de energia. Estima-seque, até 2020, 2.000 megawattssejam gerados a partir da bio-massa da cana-de-açúcar.

O secretário de Agriculturae Abastecimento, João Sampaio,lembrou que a viabilização dacolheita mecanizada não depen-de somente da vontade do pro-dutor. “Existem vários fatores

que os produtores precisam enfrentar nahora de fazer a colheita mecânica, uma vezque pode ocorrer um aumento no custo eisso pesa no bolso do pequeno produtor.Mas estamos preparados e temos apoio go-vernamental para vencer essa barreira”, afir-mou Sampaio.

O presidente da Orplana, Ismael Perina,salientou que os fornecedores representam28% da produção total de cana-de-açúcarno Estado, que é o principal produtor dopaís, respondendo por mais de 50% da pro-dução nacional. “Com esta adesão, estamos

ma da palha de cana-de-açúcar

CORTE DE CANA QUEIMADA:SAFRA ÁREA (há) participação

no total2006/2007 2.132.079 65,8%2007/2008 2.023.215 53,4%

CORTE MECANIZADO DE CANA CRUA:SAFRA ÁREA (há) participação

no total2006/2007 1.110.124 34,2%2007/2008 1.767.049 46,6%

Observado pelo governador José Serra, opresidente da Orplana, Ismael Perina Júnior, no

momento da assinatura do protocolo

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Reportagem de Capa

Os termos do Protocolo Agroambiental:

dos nos itens“a”, “b” e “c”,serão avaliados,tomando comoreferência osavanços na tec-nologia da co-lheita mecaniza-da de cana cruae a disponibili-dade de máqui-nas e equipa-mentos;

e. Não uti-lizar a prática daqueima da cana-de-açúcar parafins de colheita nas áreas de expansãode canaviais;

f. Adotar ações para que nãoocorra a queima, a céu aberto, da palhada cana-de-açúcar proveniente da co-lheita de cana crua;

g. Proteger as áreas de mata ciliardas propriedades canavieiras, devidoà relevância de sua contribuição paraa preservação ambiental e proteção abiodiversidade;

h. Proteger as nascentes daágua das áreas rurais e a vegetaçãoao seu redor;

i. Adotar boas práticas para Con-

servação de Recursos Hídricos, favo-recendo o adequado funcionamentodo ciclo hidrológico, incluindo controlesistemático da qualidade da água;

j. Adotar práticas de Conserva-ção do Solo, incluindo o combate à ero-são e a contenção de águas pluviaisnas estradas internas e carreadores;

k. Adotar boas práticas para des-carte de embalagens vazias de agrotó-xicos, promovendo a tríplice lavagem,armazenamento correto, treinamentoadequado dos operadores e uso obri-gatório de equipamentos de proteçãoindividual.

a. Antecipar, nos terrenos comdeclividade até 12% e com área acimade 150 hectares e em solos com estru-turas que permitam a adoção de técni-cas usuais de mecanização da ativida-de do corte mecanizado de cana, o pra-zo final para a eliminação da queimadada cana-de-açúcar, de 2021 para 2014,adiantando o percentual de cana nãoqueimada, em 2010, de 50% para 60%;

b. Antecipar, nos terrenos comdeclividade acima de 12% e com áreaacima de 150 hectares e demais áreascom estrutura de solo que inviabilizema adoção de técnicas usuais de meca-nização da atividade do corte mecani-zado de cana, o prazo final para a elimi-nação da queimada da cana-de-açúcarde 2031 para 2017, adiantando o per-centual de cana queimada, em 2010, de10% para 20%;

c. Antecipar, nas áreas com até 150hectares e demais áreas com estrutu-ra de solo que inviabilizem a adoçãode técnicas usuais de mecanização daatividade do corte mecanizado decana o prazo final para a eliminaçãoda queimada da cana-de-açúcar, de2031 para 2017, adiantando o percen-tual de cana não queimada, em 2010,de 10% para 20%;

d. Em 2014, os prazos estabeleci-

a. Fomentar a pesquisa para oaproveitamento energético e econô-mico da palha da cana-de-açúcar;

b. Fomentar a pesquisa para o de-senvolvimento de máquinas colheita-deiras de pequeno porte ou auxiliaresno processo de colheita manual, aces-síveis aos pequenos produtores decana-de-açúcar.

c. Estimular o aproveitamentoenergético e econômico da palha dacana-de-açúcar, agindo como facilita-dor nas negociações entre as indús-trias co-geradoras e as concessioná-rias, para uma remuneração adequa-da da energia ofertada;

d. Estimular o aproveitamentoenergético e econômico da palha da

Os produtores de cana-de-açúcar que aderirem ao Protocolo deverão:

Enquanto a administração pública estadual por sua vez atuará no sentido de:

cana-de-açúcar, agindo como facili-tador nas negociações entre as in-dústrias co-geradoras e os fornece-dores de cana independentes, de for-ma que eles participem da energia co-gerada através da palha e do bagaçoexcedente, agregando valor ao pre-ço da cana;

e. Estimular a adequada transi-ção do sistema de colheita de canaqueimada para a colheita de cana crua,em especial para os pequenos e médi-os plantadores de cana, com área deaté 150 hectares, criando mecanismospara que o produtor rural possa obtercréditos facilitados com carência etaxas de juros mais atrativas para aqui-sição de máquinas e equipamentos;

f. Priorizar o Programa de Micro-bacias através das Prefeituras e Casasda Agricultura, em áreas de pequenosprodutores de cana-de-açúcar, e

g. Conceder o certificado de Con-formidade Agroambiental aos produto-res agrícolas que aderirem ao Protocoloe atenderem as Diretivas Técnicas cons-tantes deste Protocolo, através de suasrespectivas Associações de Classe.

h. Disponibilizar gratuitamenteimagens já existentes no banco de ima-gens de satélite de todo o Estado deSão Paulo que possam auxiliar os pro-dutores de cana-de-açúcar ou suas res-pectivas Associações na elaboraçãode projetos de sistematização dos so-los para a mecanização da colheita.

O governador José Serra, autoridades e associados da Canaoeste

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Repercutiu - Protocolo Agroambiental

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“Os números confirmam que nosso trabalho deentendimento está tendo sucesso”.

Do governador José Serra

“Estamos preocupados com a polui-ção. Não resta alternativa senão agir”.

Ismael Perina Júnior, presidente daOrplana (Organização de Plantadores deCana da Região Centro-Sul do Brasil).

“O setor pretende fazer a transi-ção de modo produtivo e graduado,como deve ser feito. É um processo quenão pode ocorrer da noite para o dia,sob o risco de serem gerados maisproblemas do que soluções”.

Do presidente da Unica, Marcos Jank.

“Enquanto a área colhida cresceu16,9% em 2007, para 3,79 milhões dehectares, a de queima recuou 5,11%, para2,023 milhões de hectares. Mantido o rit-mo, é possível que até 2012 a prática sejaeliminada”.

Xico Graziano, secretário estadual doMeio Ambiente

“Sou produtor de cana, fornecedor da Orplana.Diante dos custos altos da produção, das dificulda-des do mercado, entendo a coragem com que todosnós, produtores, vamos enfrentar mais esse desafio,mas o Governo Serra também compreende a nossasituação: estamos renovando a frota de máquinas,vamos leiloar 6 mil tratores, com a possibilidade definanciamento pelo Feap, a juros de 3% ao ano pararenda bruta de até R$ 400 mil”.

Do secretário da Agricultura e Abastecimen-to do Estado de São Paulo, João de AlmeidaSampaio Filho

“Ao assinarem ao protocolo, os produtoresindependentes estão fazendo a sua parte, dando a

sua contribuição para o desenvolvimento sustentadoe para o fortalecimento da atividade canavieira. Pelo

perfil que têm, de pessoas de bem e responsáveis,não irão se omitir e cumprirão o acordo mesmo

com todas as dificuldades que terão pela frente.”Do presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan

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"Inteligência do setor" épremiada em Araçatuba

Destaque

No dia 26 de fevereiro, durante a Feicana/Feibio2008 aconteceu a entrega do Prêmio CanaSauro.Uma homenagem aos profissionais que se dedi-

cam há mais de 30 anos ao setor sucroalcooleiro. O jan-tar beneficente para a entrega da 1a edição do prêmio,reuniu mais de 500 pessoas no Bela Vista Eventos, emAraçatuba.

O sistema Copercana, Canaoeste e Cocred foi repre-sentado por três CanaSauros: o presidente da Canaoes-te, Manoel Ortolan, o presidente da Copercana e Cocred,Antonio Eduardo Tonielo, e o assessor técnico da Cana-oeste, Oswaldo Alonso.

Também foram homenageados o ex-ministro da Agri-cultura Roberto Rodrigues, que recebeu o troféu Cana-Sauro Rex, o ex-ministro da Indústria e Comércio JoãoCamilo Penna; o diretor da Canaplan, Luiz Carlos Corrêade Carvalho, o co-ganhador do Prêmio Nobel da Paz de2007, Sérgio Trindade; o diretor-presidente da Vale doIvaí S/A –Açúcar e Álcool, em São Pedro do Ivaí (PR),Paulo Adalberto Zanetti entre outros.

Antonio Cesar Salibe, presidente-executivo da Udop,uma das instituições organizadoras, define o prêmio como“um termo carinhoso para tratar os profissionais que há30 anos contribuem com o setor sucroalcooleiro. Nãosignifica velhice, mas inteligência”.

De acordo com Tonielo, o prêmio é uma forma de re-conhecimento. “É bom ter o reconhecimento de colegasdo setor. Ver reunidas pessoas que lutaram juntas para ocrescimento da cadeia sucroalcooleira”, disse.

Ortolan agradeceu o prêmio e o dedicou à Canaoeste.“”É um prêmio de grande importância para mim e, tam-bém, para a Canaoeste, que foi minha casa durante todoesse tempo”, agradece Ortolan. Já Oswaldo Alonso, alémde lisonjeado, considera “a idéia criativa e de grandevalor para quem recebe”.

"Inteligência do setor" épremiada em Araçatuba

Prêmio CanaSauro homenageia profissionais com mais de 30 anos no setor

O presidente da Udop, José Carlos Toledo, o presidente daCanaoeste, Manoel Carlos de Azevedo Ortolan,

e o diretor da Safra Eventos, Flávio Nasser

Toledo e Nasser entregam o prêmio CanaSauro para o assessortécnico da Canaoeste, Oswaldo Alonso

Rogério Leoncini, Paulo Lorenzato, Roberto Rodrigues, MauroSponchiado e Antônio Eduardo Tonielo

Os 70 CanaSauros durante a entrega do prêmio

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CHUVAS DE FEVEREIROe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE FEVEREIROe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

O Mapa 1, ao lado, mostraclaramente que o índice de Água

Disponível no Solo a 50cm deprofundidade, no período de 14 a 17de FEVEREIRO, ainda se apresenta-

va como médio a crítico na regiãode Piracicaba e nas faixas Leste e

Sudoeste do Estado de São Paulo.

Mapa 1: Água Disponível no Soloentre 14 a 17 de FEVEREIRO de 2008.

No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de FEVEREIRO de 2008.

Na média das observações (última linha), as chuvas de FEVEREIRO deste ano ficaram ligeiramente acima da médiahistórica, com exceção das que ocorreram em Barretos, Fazenda Santa Rita, Fazenda Monte Verde (Severínia), Franca,Usinas Ibirá, Batatais e MB.

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Informações Setoriais

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de FEVEREIRO de 2007.

Mapa 3: Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, ao final deFEVEREIRO de 2008.

Para subsidiar planejamentos deatividades futuras, a CANAOESTE re-sume o prognóstico climático de con-senso entre INMET-Instituto Nacio-nal de Meteorologia e INPE-InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais paraos meses de março a maio.

Ainda permanecem os efeitos dofenômeno La Niña (contrário ao ElNino), que corresponde ao esfriamen-to da superfície das águas do Ocea-no Pacífico, ao longo da faixa equa-torial. Quanto mais próximo da costaoeste da América do Sul, na altura doEquador e Peru, mais sensíveis serãoos efeitos das condições climáticaspara o Brasil.

· Na Região Centro Sul, a tempera-tura média poderá ficar próxima danormalidade climática;

· Quanto às chuvas para os mesesde março a maio, prevê-se que estaspoderão “ficar” próximas às médiashistóricas nas Regiões Centro-Oeste,Sudeste e na região sucroalcooleira(centro norte) do Estado do Paraná;

· Como referência:- as médias his-tóricas das chuvas, pelo Centro Apta-IAC, para Ribeirão Preto e municípiosvizinhos são de 165mm em março,70mm em abril e 55mm em maio.

A CANAOESTE recomenda con-tinuar os cuidadosos monitoramentosdas pragas cigarrinha das raízes e bro-ca, bem como efetuar seus controles,quando os resultados desses monito-ramentos o recomendarem.

Sua Associação lembra ainda que,nesta região, em função do históricoclimático, o mais seguro período deplantio de cana de ano e meio tem sidoentre finalzinho de fevereiro e os pri-meiros dias de abril. Chuvas salvado-ras (muito acima da média) em maio(ou meses subseqüentes) não são co-muns. Logo, efetuar plantios tardiosserá apostar “alto” contra os seus al-tos custos e os de produção, compa-rativamente aos atuais preços da cana.

Persistindo dúvidas, consul-tem os Técnicos CANAOESTEmais próximos.

Observando-se os Mapas 2 e 3, nota-se que, aos finais de FEVEREIRO de2007 e 2008, não fossem as diferenças apresentadas no extremo nordeste doEstado, os índices de Disponibilidades de Água seriam muito semelhantes. Mes-mo com as chuvas que ocorreram durante FEVEREIRO de 2008, comparativamen-te até 14 a 17 deste mês, observa-se que a Disponibilidade de Água no Solo sómudou no Leste do Estado, mas se manteve baixa e até crítica nas regiões próxi-mas de Piracicaba, Sorocaba e em quase todo Oeste do Estado.

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Artigo Técnico

PARTE V - Como planejar aimplantação de umcanavial?

Dando continuidade à série de artigos, vamos tratar neste mês da "Elaboração das Estima-tivas de Custo" e da "Elaboração do Fluxo de Caixa". Será a quinta e última parte dasérie. Obrigado pela atenção e boa leitura!

PARTE V - Como planejar aimplantação de umcanavial?

Cleber Moraes - consultor de planejamentoe controle agrícola da Canaoeste

1. Elaboração das Estimativas de Custo:Sendo conhecidas as áreas de trabalho em cada fase da cultura, a ope-

ração em que cada equipamento estará envolvido e a quantidade necessá-rias de cada equipamento, é possível determinar os custos de cada marca emodelo de equipamento individualmente e fazer a alocação dos custos emum sistema ABC, obtendo-se assim os custos de cada fase da cultura.

É sempre importante que estejam disponíveis as demais planilhas deabertura dos custos estimados obtidos no projeto, assim como várias si-mulações de risco de cada variável importante individualmente e simula-ções no modelo de Monte Carlos para análise de risco do empreendimento.

Deve-se também orçar os custos com estrutura administrativa, arrenda-mento de terras, etc, conforme o modelo que segue ao lado (fig 11).

Figura 11 – Modelo de Estimativa dos Custos de Produção Agrícola

2. Elaboração do Fluxo de Caixa:O modelo de apresentação do fluxo de caixa pode variar conforme as

características de comercialização do empreendimento, recuperações deimpostos, visão do analista, etc. Além do que, é inócua a apresentação deum fluxo de caixa somente agrícola para um empreendimento que contem-pla uma fase industrial. Assim, deve-se preparar o modelo para que seencaixe como informação de entrada no modelo agroindustrial.

Entretanto, para exemplificar um fluxo de caixa são apresentadas asfiguras ao lado (fig. 12).

3. Conclusão:O projeto deve ser construído toman-

do por base a região de implantação doprojeto e, sobre esta, são aplicados osconhecimentos agronômicos existentespara a cultura de cana-de-açúcar. A partirdaí, são fundamentados todos os custosde produção e entradas do fluxo de caixaque são peças fundamentais para análiseda viabilidade do projeto.

Uma vez elaborado o Estudo de Viabi-lidade de Produção de Cana-de-açúcar énecessária a montagem de uma apresen-tação em arquivo power point e entregueo relatório final em texto estruturado comos detalhes que se fizerem necessário.

4. Bibliografia:Brugnaro, Caetano e Sbragia, Roberto. Gerência Agrícola em Destilarias de Álcool. Piracicaba-SP, IAA/PLANALSUCAR,

1982, 212 p.Ross, Stephen A. et alli. Administração Financeira. São Paulo-SP, Editora Atlas, 1.995. 698 p.Noronha, José F. Projetos Agropecuários: Administração Financeira, Orçamento e Viabilidade Econômica. São Paulo-SP,

Editora Atlas, 1.987. 269 p.Martins, Eliseu. Contabilidade de Custos. 4ª. Edição. São Paulo-SP, Editora Atlas, 1.996. 311 p.Assaf Neto, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 4ª. Edição. São Paulo-SP, Editora Atlas, 1.998. 292 p.Gitman, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7ª. Edição. São Paulo-SP, Editora Harbra, 1.997. 841 p.Macedo, Isaias de Carvalho. A Energia da Cana-de-Açúcar. São Paulo-SP, UNICA, 2.005, 237 p.Oliveira, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico: Conceitos e Metodologia Práticas. 6ª. Edição. São Paulo-

SP, Editora Atlas, 1.992. 286 p.Moraes, Márcia Azanha Ferraz Dias de. A Desregulamentação do Setor Sucroalcooleiro do Brasil. São Paulo-SP, Editora

Caminho Editorial, 2.000. 238 p.Moraes, Márcia Azanha Ferraz Dias de e Shikida, Pery Francisco Assis. A Agroindústria Canavieira no Brasil. São Paulo-

SP, Editora Atlas, 2.002. 367 p.Segato, Silvelena Vanzolini et alli. Atualização em Produção de Cana-de-Açúcar. Piracicaba-SP, ESALQ/USP, 2.006. 415 p.IDEA. Indicadores de Desempenho da Agroindústria Canavieira. IDEA, Ribeirão Preto-SP.UNICAMP. Estudo sobre as possibilidades e impactos da produção de grandes quantidades de etanol visando à substitui-

ção parcial de gasolina no mundo.CONSECANA-SP. Manual de Instruções do CONSECANA-SP. 5ª. Edição. Piracicaba-SP. CONSECANA. 2.006. 111 p.

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Artigo Técnico

Figura 12 – Fluxo de Caixa

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Artigo Técnico

Sistema Consecana-SPEquipamentos de laboratório homologados

O Sistema CONSECANA-SP exige que todo o materi-al envolvido na avaliação da qualidade da cana-de-açúcar seja homologado pela entidade. É o que dis-

põe a norma N-051, do Manual de Instruções, 5ª edição,2006: “Equipamentos, instrumentais analíticos e reagen-tes devem ser homologados pelo CONSECANA-SP, atravésde testes conduzidos e aprovados pela CANATEC-SP”.

A CANATEC-SP vem a ser a Câmara Técnica e Econômi-ca do CONSECANA, ou seja, o seu braço técnico, tendo asfunções, entre outras, de:

-efetuar estudos e desenvolver pesquisas visando à atu-alização e aperfeiçoamento de normas técnicas de determi-nação da qualidade da cana-de-açúcar;

-constituir ou participar de comissões técnicas de enti-dades externas, visando à normalização das normas técni-cas de determinação da qualidade da cana-de-açúcar, etc.

Como decorrência da norma N-051, acima referida, cabeà CANATEC-SP proceder a testes e estudos sobre o desem-penho de equipamentos e materiais utilizados nos laborató-rios mediante solicitação de seus fabricantes dirigida ao Pre-sidente do CONSECANA-SP.

A relação, a seguir, compõe a lista dos equipamentos emateriais, atualmente, homologados pelo CONSECANA-SP.

1. SONDAS AMOSTRADORAS-Horizontais sobre trilhos: Conger TA e Dedini (Co-

distil) TA-II ;-Horizontais acopladas à trator: Santal TAS-Oblíquas: Dedini TAO-02 e Motocana SO-04M

2. DESINTEGRADORES-Dedini(Codistil) D-2500-II-Engehidro DCE-2600-Irbi DM 540-Penha TH 2500 e THU 5200

3. HOMOGENEIZADORES-Irbi HM 250-Betoneiras com raspadores conforme a norma N-041

do Manual de Instruções do CONSECANA-SP (5ª edi-ção,2006)

4. PRENSAS HIDRÁULICAS-Asama-Dedini(Codistil) PH 45-II-Engehidro PHE 45-Hidraseme PHS-250-Santal

Sistema Consecana-SPEquipamentos de laboratório homologados

Enio Roque de OliveiraAssessor Técnico da ORPLANA

5. CÉLULAS DE CARGA(Dinamômetro àcompressão)

-Engehidro CCE 45-Hidraseme CHF-050-Stap MP 1 e MP-2

6. BALANÇAS SEMI-ANALÍTICAS-Bel B-Tec 2200-Gehaka BG 1000, BG 2000 e

BG 4000-Marte AS 2000

(Todas estas balanças são homolo-gadas pelo INMETRO)

O Sistema, também, aceita balança que cumpre anorma N-057).

7. REFRATÔMETROS-Acatec RDA 2500 e RDA 8600-Atago Smart 1 e RX5000á-Reichert AR 60-Rudolph J57-Sistema RE 1000

8. SACARÍMTEROS-Acatec DAS 2500-Schmidt+Haensch NHZ, NIR-W2 e NNIR-W2-Sistema Sugarmatic II-Rudolph Autopol 589

9. EXTRATOR (Digestor), tipo sul-africano, com ou semparede dupla para refrigeração

10. APARAELHO DE ÍNDICE DE PREPARO(Open cell)-Com copos paralelos (rpm=60±5)

11. MISTURADOR PARA PÓS-Tipo cilindro inclinado, capacidade=5 litros

12. REAGENTES RECOMENDADOS-Cloreto de alumínio hexahidratado, p.a., pureza mí-

nima de 90%-hidróxido de cálcio, p.a., pureza mínima de 95%-Auxiliar de filtração: Celite nuclear 545, Celite Super-

cel, Perfiltro 443 e Fluitec M10 e M30

Evidentemente, não basta que tais equipamentos emateriais sejam homologados. É importante que o moni-toramento dos laboratórios efetuado pelas Associaçõesde Fornecedores seja realizado de maneira competente,visando a avaliar cuidadosamente o desempenho dosmesmos no transcorrer do período de moagem das unida-des industriais.

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Legislação

Protocolo Agroambientaldo Setor Canavieiro -fornecedores

Legislação

Protocolo Agroambientaldo Setor Canavieiro -fornecedores

O Protocolo de CooperaçãoAgroambiental, assinado noúltimo dia 10 de março, em São

Paulo, pelo governo do Estado e pelosprodutores independentes de cana, re-presentados pela Orplana (Organiza-ção dos Plantadores de Cana da Re-gião Centro-Sul do Brasil) - conformereportagem de capa desta edição daRevista Canavieiros - visa à adoção deações destinadas a consolidar o de-senvolvimento sustentável de suas ati-vidades.

O protocolo, que é de adesão vo-luntária por parte dos produtores decana-de-açúcar, traz uma série de dire-tivas técnicas quedevem ser cumpri-das, tais como obe-diência aos limitesdas áreas de pre-servação perma-nente e sua vege-tação, adoção depráticas para con-servação de recur-sos hídricos e desolo, descarte cor-reto de embalagensde agrotóxicos,dentre outras.

Destaca-se entre as diversas dire-tivas técnicas o item que antecipa ofim da queima da palha como métododespalhador da cana-de-açúcar para oano de 2014, em áreas passíveis de me-canização e 2017, em áreas não meca-nizáveis e/ou inferiores a 150 hectares.

O produtor que aderir ao protoco-lo, cumprindo integralmente as dire-tivas técnicas, receberá um Certifica-do de Conformidade Agroambiental,concedido pelo Governo do Estado de

São Paulo. O docu-mento reforça a ima-gem positiva do pro-dutor e do setor sucro-alcooleiro, além de serútil nas relações comer-ciais, nas relações fi-nanceiras, nas relaçõesinstitucionais juntoaos próprios órgãosgovernamentais, den-tre outras que aqui nãoconvêm enumerar.

Visando zelar pelaoperacionalidade dasações, estabelecendometodologias para

avaliação das metas e podendo pro-por ajustes ao aludido protocolo, alémde definir critérios técnicos para expe-

Revista Canavieiros - Março de 2008

Autorização de QueimaPrazo final para obtenção

Está chegando ao fim o prazo para obtenção da autorização do uso do fogocomo método despalhador da cana-de-açúcar, que vai até 02/04/2008. Porém,para solicitar referida autorização, é necessário levantar várias informações, comoa área onde será utilizado o fogo e a área que será colhida de forma mecanizada.Tudo isso por meio de levantamento topográfico a ser realizado pelo produtorou sua associação de classe.

Como tal prazo não será prorrogado, o produtor que ainda não fez o seupedido DEVERÁ PROCURAR A CANAOESTE IMEDIATAMENTE para obtersua autorização sob o risco de não poder se utilizar da queima na safra vindoura.

dição e renovação do Certificado deConformidade Agroambiental, seráconstituído um Grupo Executivo, com-posto de três membros titulares e trêssuplentes, tendo como seus titularesintegrantes da Secretaria da Agricul-tura (01), da Secretaria do Meio Ambi-ente (01) e da ORPLANA (01).

Desta forma, como se trata de umprotocolo de cooperação mútua entreo governo e o setor privado é de seaguardar que os produtores de cana-de-açúcar - acompanhando as indús-trias de açúcar e álcool aderentes - fa-çam a adesão ao Protocolo de Coope-

ração Agroambien-tal a eles destina-dos, uma vez que setrata de um proces-so irreversível, ali-ado ao fato de quetal atitude signifi-cará uma melhorana imagem do setorcanavieiro como umtodo e, ainda, no es-treitamento das re-lações para com osórgãos governa-mentais.

Juliano Bortoloti

Ricardo Viegas, coordenador do Projeto Etanol Verde daSecretária de Meio Ambiente, Manoel Ortolan, presidenteda Canaoeste e Juliano Bortoloti, advogado da Canaoeste

Juliano Bortoloti, advogado da Canaoeste, Waldir de Felício,prefeito de Pitangueiras, Manoel Ortolan, presidente da

Canaoeste, José Carrascosa dos Santos, prefeito de Cravinhos,José Alberto Gimenez, prefeito de Sertãozinho

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Revista Canavieiros - Março de 20083232323232

Copercana investe narastreabilidade do amendoim

Cultura de Rotação

O termo rastreabilidade tem sidomuito utilizado ultimamente, principal-mente depois que a União Européiaquestionou a credibilidade desse siste-ma utilizado na cadeia da carne bovinabrasileira. A rastreabilidade, que grossomodo seria uma espécie de RG do pro-duto, é, sem dúvida um dos critérios queterá cada vez mais valor na hora da co-

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Copercana investe narastreabilidade do amendoim

mercialização e consumo. Nesse senti-do, a UNAME (Unidade de Grãos daCopercana) vem realizando um excelen-te trabalho na rastreabilidade do amen-doim que recebe dos cooperados. Paragarantir a confiabilidade na hora de ven-der o produto, a Copercana conta com aorientação de pesquisadores e consul-torias técnicas que demonstram a serie-

dade e preocupação da cooperativa como consumidor final.

Nesta edição da Canavieiros, oconsultor técnico Antonio RobertoPascoalin, um dos parceiros da Coper-cana na rastreabilidade do amendoim,fala da importância desse trabalho paragarantir a segurança do alimento.

Rastreabilidade de alimentosAntonio Roberto Pascoalin*

A crescente preocupação queo tema qualidade de alimen-tos tem despertado é notória

e tem sido cada vez mais divulgadaem todos os meios de comunicação.Interessante notar que o conceito dequalidade de alimentos, na visão co-mum do consumidor, nada mais é doque a satisfação de característicascomo sabor, aroma, aparência, emba-lagem, preço e disponibilidade.

Muitas vezes, a condição de “se-gurança do alimento”, quando se re-fere a aspectos relacionados à influ-ência do alimento sobre a saúde daspessoas, é desconhecida do consu-midor, ou meramente relegada a umsegundo plano: o que, com certeza, éum contra-senso, já que alimentos sãoconsumidos para fornecer nutrientes,ou seja, manter a saúde das pessoas.

Nos últimos anos, a mídia temapresentado número crescente decasos de intoxicação alimentar que,antes de indicar que pioraram os cui-dados na fabricação e manuseio dealimentos, indicam uma melhora nossistemas de controle de saúde, iden-tificando e notificando casos até en-tão pouco comentados em larga es-cala. Quando perguntamos a alguémse já apresentou, em algum momentode sua vida, os sintomas de intoxica-ção alimentar, a resposta já é conhe-cida – apenas os exemplos mudam.Em alguns casos, os sintomas sãotão intensos que exigem a interna-

ção para cuidados médicos que, senão aplicados a tempo, podem levarà morte. Para quem produz alimentos,o respeito ao consumidor é o primei-ro objetivo, mas também são relevan-tes os danos à imagem da empresa eas perdas decorrentes de ações judi-ciais. Esse quadro, por si só, é umgrande motivador para que uma em-presa venha a planejar e implementaralguma sistemática interna voltada àsegurança dos alimentos.

Neste quadro, várias ferramentasde gestão da qualidade de alimentostêm sido criadas e utilizadas na ex-pectativa de oferecer ao consumidorum produto seguro e, ao mesmo tem-po, contemplar as exigências de co-mercialização – principalmente aque-

las voltadas à exportação, onde oscritérios do mercado são bem maisrigorosos. O grande desafio, no en-tanto, é compatibilizar tais ferramen-tas voltadas ao atendimento de re-quisitos de idoneidade e de respeitoao consumidor, com as necessidadesvoltadas à redução de custos, gera-das pela redução de perdas e otimi-zação da produção.

Dentre as diversas ferramentasdisponíveis às organizações que atu-am no mercado de produção de ali-mentos, podemos citar as BPF (BoasPráticas de Fabricação), o Gerencia-mento da Qualidade (baseado nasNormas da série ISO 9000), as ferra-mentas do Gerenciamento da Quali-dade Total (GQT) e o Sistema APPCC

Equipe envolvida na rastreabilidade do amendoim da Copercana: Regina Cláudia Del GrandeAires, supervisora de processo de secagem; Antonio Roberto Pascoalin, diretor da Aliança

Consultores em Sistemas de Gestão; Ercília S. F. Mazza, analista de grãos e Allan Rodrigues,engenheiro de alimentos da CAP Agroindustrial.

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Cultura de Rotação

(Análise de Perigos e Pontos Crí-ticos de Controle). Tais programas,que se complementam, têm comoobjetivos básicos:

· Aumentar a segurança e a qua-lidade dos alimentos produzidos;

· Permitir a exportação de ali-mentos, preparando o setor pro-dutivo para atender às exigênciasdos países importadores, em ter-mos de segurança dos alimentos;

· Aumentar a competitividadenas empresas.

A ferramenta que vem sendomais amplamente recomendada (eexigida) por órgãos de fiscalizaçãoem todo o mundo, inclusive o Bra-sil, é o Sistema APPCC. Esse siste-ma, utilizado de forma pioneira napreparação de alimentos dos astro-nautas da NASA na década de 50(imaginem o transtorno de uma in-toxicação alimentar em um astro-nauta em sua viagem ao espaço, debilhões de dólares! Como tratá-lo?Como removê-lo para um hospital?).

O APPCC vem sendo utilizadoem toda cadeia produtiva de ali-mentos, por ter como filosofia aprevenção e o controle dos riscosque um alimento possa oferecer,principalmente, no que diz respei-to à sua qualidade sanitária, em to-das as etapas da geração de ali-mentos. Recentemente, uma Nor-ma Internacional (ISO 22000), apro-vada por mais de uma centena depaíses, introduziu o SistemaAPPCC em seu conteúdo, em con-junto com elementos retirados daNorma ISO 9001 e das BPF divul-gadas pelos órgãos mais respeita-dos no mundo. Tornou-se umaNorma reconhecida e aceita, nosquatro cantos do mundo, para em-presas que atuam na cadeia de ali-mentos que buscam uma “certifi-cação” de suas práticas internasde controle dos riscos de conta-minação às pessoas.

Importante destacar que todasessas ferramentas têm algo em co-mum: devem ser aplicadas em todaa cadeia de produção, sob a penade não obter o sucesso necessá-

rio. Assim, imaginando um produ-to agrícola, os controles sobrecada uma das etapas (produção desementes, produção do alimentopelo agricultor, colheita, transpor-te, beneficiamento primário, emba-lagem, industrialização, comercia-lização) são vitais: os danos e con-taminações de uma fase podem nãoser identificados ou corrigidos nasfases posteriores – e, lá na ponta,a saúde do consumidor pode serprejudicada.

Ou seja, não é um movimentodo “eu sozinho”. Ninguém, nestacadeia de produção, responde so-zinho pela segurança do alimento.Conhecer os “rastros”, as “pega-das” deixadas por cada um dosparticipantes é uma peça funda-mental para obter sucesso – é oque denominamos de RASTREA-BILIDADE DO ALIMENTO. Co-nhecer o que foi feito, quando foifeito, como foi feito, que insumofoi adicionado, que equipamentofoi utilizado, que resultados foramobtidos, em cada passo dessa pro-dução, por cada participante, é aprincipal condição necessária paraa implementação dessas ferramen-tas e normas. Além disso, ainda éconhecido – embora pouco fiscali-zado em nosso país – o conceitode “responsabilidade solidária”:adquirir e comercializar alimentoscontaminados ou sem identifica-ção de origem (rastreabilidade) écrime previsto na lei.

Assim, a correta identificação decada passo, em cada lote, é vital parao controle da produção do alimentoe para a segurança do consumidor. Écondição necessária à exportação,que conta com barreiras técnicas emecanismos de controle e fiscaliza-ção mais apurados e eficazes. Nãohá um outro caminho: cedo ou tarde,as restrições à comercialização atin-girão, de maneira plena, todas as re-lações de compra e venda de alimen-tos, nacionais ou internacionais e arastreabilidade é o primeiro passo.

* Sócio-Diretor Aliança Consulto-res em Sistemas de Gestão

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Novas Tecnologias

CTC disponibiliza carta desolos para associadas

O CTC (Centro de TecnologiaCanavieira) realizou no dia 5de março uma reunião no au-

ditório da Canaoeste, em Sertãozinho,para apresentar uma nova tecnolo-gia que o centro de pesquisa estádisponibilizando para as suas asso-ciadas: Carta de Solos e Ambientesde Produção.

O serviço, que vem agregar valorà produção de cana-de-açúcar, serádisponibilizado exclusivamente aosassociados da Canaoeste. O objeti-vo do novo produto é aumentar aprodutividade da cana-de-açúcardentro de uma mesma propriedade

A exemplo do que já havia aconte-cido com o produto Muda Sadia, oCTC está disponibilizando agora oproduto Carta de Solos e Ambientesde Produção que fornece informaçõesespecíficas dos levantamentos decampo (mapa e relatório técnico). Ogerente regional de produtos do CTC,Mauro Sampaio Benedini,explica que “o mapa possi-bilita a visualização e a dis-tribuição espacial dos dife-rentes tipos de solos na pro-priedade, enquanto o relató-rio técnico fornece as des-crições das propriedadesdos solos e a quantificaçãodas áreas de cada solo”.

Porém, para a elaboraçãoda carta de solos, algumasetapas devem ser seguidas:

1- Interpretação de As-pectos fisiográficos: pormeio das imagens de satéli-tes são feitas observaçõesdo relevo e estudo geológi-co da área a ser mapeada;

CTC disponibiliza carta desolos para associadas

O serviço, que vem agregar valor à produção canavieira,será disponibilizado exclusivamente aos associados da Canaoeste

Carla Rossini

2- Trabalho de Campo: coleta deamostras de solos georreferenciadas(demarcação por GPS), delimitaçãodos tipos de solos e descrição dasinformações gerais;

3- Determinação e Interpretaçãode Dados Analíticos: definição dostipos de solos da área estudada.

4- Elaboração da Carta de Solos eRelatório.

Segundo o líder de produto – Car-ta de Solos e Ambiente de Produção– do CTC, Fernando César Bertolani,entende-se por ambiente de produ-ção a separação de áreas com dife-rentes potenciais de produção. “Se-

Ambientes de produção

Fernando César Bertolani, lider de produto do CTC eMauro Sampaio ,Benedini, gerente regional de produtos do CTC

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Revista Canavieiros - Março de 2008 3535353535

Preparo do solo e cultivo - Manejo Conservacionista

· Alocação de variedades porAmbientes de Produção. É a utilizaçãomais conhecida para a carta de solos.Trabalhos realizados no CTC mostramque com o bom aproveitamento da Car-ta de Solos na alocação varietal resul-ta em acréscimo de 3 a 5 toneladas decana/ha/ano.

· Preparo do solo e cultivo. Ma-nejo conservacionista dos solos. Cadasolo tem suas características intrínse-cas quanto aos trabalhos a serem efe-tuados. Latossolos são mais planos,

Aplicações da Carta de Solos:mais homogêneos, com maior infiltra-ção de água, enquanto que os argis-solos são mais susceptíveis à erosão enecessitam maiores cuidados nas ope-rações de preparo e cultivo.

· Planejamento de épocas deplantio e colheita. Argissolos necessi-tam serem manejados com mais cuida-do quanto à época de plantio, fugindodo período mais chuvoso, plantando-se nos meses de abril ou plantio deinverno. Possuem período ideal de sa-fra mais curto.

· Aplicação de resíduos indus-triais. Direcionamento na utilização davinhaça e da torta de filtro para os so-los mais arenosos.

· Planejamento da estrutura deblocos/talhões. Auxilia na melhor sis-tematização das áreas da propriedade.

· Aplicação de herbicida. Auxiliana recomendação de dose dos produ-tos por tipo de solo.

· Escolha de áreas para reflores-tamento. Define áreas de menos po-tencial de produção de cana.

Alocação de variedades (Ambiente de Produção)

Novas Tecnologias

Preparo do solo e cultivo - Manejo Conservacionista

paramos os solos por potencial deprodutividade (nos baseamos embanco de dados já existentes do

CTC). São levantadas as proprieda-des do solo, sua fertilidade natural, acomposição granulométrica, a pro-

fundidade efetiva do solo e a presen-ça de concreções, cascalhos, entreoutros”, disse Fernando.

Planejamento da estrutura de blocos/talhões - Sistematização

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Revista Canavieiros - Março de 20083636363636

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”"CONTABILIDADE RURAL: Contabilidade

Agrícola, Contabilidade da Pecuária e Impostode Renda - Pessoa Jurídica"

José Carlos Marion

Este texto, utilizando-se de uma abordagem atu-al, prática e objetiva, vem preencher uma lacuna

na bibliografia de Contabilidade Rural, no Brasil, eatender à necessidade de um texto com conteúdoprogramático adequado ao ensino e à prática profis-sional.

Em primeiro lugar, trata da Contabilidade Agrí-cola, onde são destacadas as diferenças básicas nacontabilização das culturas temporárias e perma-nentes, bem como é analisado o tratamento contábilque deve ser dado ao desmatamento e preparo dosolo para o cultivo. Um dos pontos altos aqui abor-dados é o tratamento da depreciação na agropecuá-ria. Além disso, o Autor introduz um plano de con-tas para empresas agrícolas e faz comentários sobreo funcionamento das principais contas. Em segun-do lugar, discorre sobre a Contabilidade de Pecuáriae trata pormenorizadamente do método de custo,do custo na pecuária, bem como do método do valorde mercado. Em terceiro lugar, trata do Imposto deRenda aplicado à atividade rural.

Em resumo, o conteúdo deste livro trata dosconceitos básicos da atividade rural: agrícola, zoo-técnica e agroindustrial; o ano agrícola X exercíciosocial; forma jurídica de exploração na agropecuária;fluxo contábil na atividade agrícola: culturas tempo-rárias, permanentes, correção monetária; novos pro-jetos agropecuários e gastos com melhorias; depre-ciação na agropecuária; casos de exaustão e amorti-zação; planificação contábil e operacionalização doplano de contas; inventário periódico e permanente;sistema auxiliar de contas; contabilidade da pecuá-ria; classificação do gado no balanço patrimonial;métodos do custo X método a valor de mercado; eImposto de Renda - pessoa jurídica.

Os interessados em conhecer as sugestões deleitura da Revista Canavieiros podem procurar aBiblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,

nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua

Portuguesa, Consultora de Português, MBAem Direito e Gestão Educacional, escreveu a

Gramática Português Sem Segredos (Ed.Madras) com Miriam M. Grisolia

PARA VOCÊ PENSAR:

1) Prezado amigo leitor existem palavras que geram dúvidasquanto ao uso no texto ou fala.

Citaremos algumas:

O grama: unidade de medidaA grama: relva

O rádio: aparelho receptorA rádio: estação transmissora

O guia: pessoa que guiaA guia: documento

O cisma: separaçãoA cisma: desconfiança

O moral: ânimoA moral: ética

2) ...e no discurso político o Vereador disse:— Amigos “CIDADÕES” a política brasileira...Quanto à política brasileira, sem comentários.Quanto ao substantivo cidadão muitos.Prezado amigo leitor o substantivo cidadão no plural tem a forma CIDADÃOS

(como cristão: cristãos; pagão: pagãos)

3) Profissão não valorizada, mas Pedro disse:— Essa medida irá beneficiar as “donas-de-casas”.Oxalá que alguma medida venha beneficiá-las, mas desde que o Português

esteja correto.DICA: A forma correta é “donas-de-casa”.Quando há preposição (no caso DE) entre os dois elementos(dona/casa),

somente o primeiro (dona) recebe flexão (no caso: donas).Considere a dica para demais situações que vocês deparam na escrita ou fala.

AutopsicografiaO poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razão,Esse comboio de cordaQue se chama coração.

Fernando PessoaCancioneiro

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Revista Canavieiros - Março de 2008 3737373737

Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-seAbril Abril Abril Abril Abril de de de de de 20082008200820082008

Revista Canavieiros - Fevereiro de 2008 3737373737

12ª OFICINA SOBRE APLICAÇÃO DE GPS DE NAVE-GAÇÃO NA AGRICULTURA

Data: 05 de abril de 2008Local: Departamento de Engenharia Rural da ESALQ/USP

- Piracicaba - SPTemática: O curso sobre GPS de navegação visa introduzir

o conceito de receptores de GPS de baixo custo, para aplica-ções agrárias, instruindo os participantes sobre o funciona-mento do sistema e do aparelho em si. Durante o curso sãorealizada tarefas de campo, como, por exemplo, levantamen-to de áreas, demarcação de perímetros, marcação de pontos(pode servir para determinar o local de amostragem de solo,demarcação de árvores, entre outros).

Mais Informações: (19) 3417-6604

CURSO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL - LAGOAData: 07 a 11 de abril de 2008Local: Central da Lagoa - Sertãozinho - SPTemática: O objetivo é capacitar para adequada implanta-

ção e utilização da técnica de inseminação artificial. É destina-do a técnicos, estudantes, profissionais liberais, produtoresrurais e demais pessoas ligadas à pecuária de corte e de leite.

Mais Informações: (16) 2105-2299/2105-2218

MULTIAGRO 2008 - AGRICULTURA, ALIMENTAÇÃO,ABASTECIMENTO

Data: 08 a 11 de abril de 2008Local: Parque de Eventos - Bento Gonçalves - RSTemática: MultiAgro 2008 - Salão de Tecnologia para Agro-

indústrias. Acompanhando a tendência e a vocação dosmunicípios da Serra Gaúcha na produção agroindustrial, oMultiAgro 2008 reunirá empresas fornecedoras, entidades e

programas que apresentem novas tecnologias para a agro-indústria. Máquinas e equipamentos agrícolas, ferramentase utensílios, sistemas de plantio e colheita, adubação, de-fensivos agrícolas,irrigação, sementes e técnicas de semea-dura, silos, câmaras frias e armazenagem, horticultura, fruti-cultura, floricultura e outros.

Mais Informações: (54) 3452-9136

17ª FENASOJA - FEIRA NACIONAL DA SOJAData: 26 de abril a 04 de maio de 2008Local: Parque de Exposições - Santa Rosa - RSTemática: A Fenasoja é um evento de integração entre pes-

soas de cidades, Estados e países diferentes. É um mundo àparte, criado por pessoas da comunidade, no Parque de Ex-posições de Santa Rosa. A cada ano, a expectativa é aumen-tar o público e o volume de negócios do ano anterior. Paraisso, conta voluntariamente com o trabalho e a dedicação deseus moradores e maiores incentivadores.

Mais Informações: (55) 3512.6866

AGRISHOW RIBEIRÃO PRETO 2008Data: 28 de abril a 03 de maio de 2008Local: Pólo de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegó-

cios do Centro - Leste Anel Viário Km 321 - Ribeirão Preto - SPTemática: Considerado o termômetro do agronegócio bra-

sileiro a Agrishow Ribeirão é uma das três maiores feirasagrícolas do mundo, e é a partir dela que produtores rurais eas empresas das mais diversas cadeias do agronegócio de-finem o que farão ao longo do ano.

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Revista Canavieiros - Março de 20083838383838

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ano 2000. máquina com 2.530 h. trabalhadas.Fotos disponíveis aos interessados. Tratarcom Alexandre pelo telefone (16) 3663-3850

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2004. Tem 78,00km rodados.01 Trator Valtra 1180, ano 1999 com / ou

sem a pá dianteira Stara.Tratar com Marco Aurélio ou Emiline pe-

los telefones (17) 3325-2608 / 8121-9113 /9619-3333

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Sítio do monte, Fazenda Santa Rosa, Gleba2. Passível de condomínio fechado ou lotea-mento. Preço a combinar. Tratar com Andreypelos telefones (16)3942-6205, (16) 3942-9708 ou (16) 9219-5656.

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Vende-seColheitadeira SLC 6200 turbo ano 88, revi-

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Vende-se

01 plantadeira JUMIL JM 2880 10/9, ano2004. Nova. Tratar com Marcio Sarni pelotelefone (16) 3946-4200.

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Vende-se01 MB 2217, ano 1987 traçado, pronto

para trabalhar;01 VW 15180, ano 2001, basculante;01 MB 1620, ano 2001, pronto para traba-

lhar. Aceito troca.01 MB 2325, ano 1991 traçado, revisado,

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Vende-se05 Gaiolas Canavieiras para Cana Inteira. Tam-

bém tenho Julieta de 3 e 4 eixos. Aceita-se autono negócio. Tratar com pelo telefone:(16) 9197-0871 ou pelo e-mail: [email protected]

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com Marcio Sarni pelo telefone (16) 3946-4200.

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