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Revista Canavieiros - Dezembro de 2008 1

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Conselho Editorial

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Editorial

Revista Canavieiros - Dezembro de 2008

Uma nova praga de cana está começando apreocupar o setor. Discreta em sua for-mação, a broca gigante pode trazer gran-

des prejuízos aos produtores se não for desco-berta rapidamente. Mas ainda há muitas dúvidasa seu respeito.

Para explicar melhor sobre este assunto, a Re-vista Canavieiros acompanhou um Dia de Campoem Terra Roxa, com o especialista em tecnologiaagroindustrial fitossanidade do CTC (Centro deTecnologia Canavieira), Luiz Carlos Almeida. O en-contro reuniu agrônomos do sistema Copercana,Canaoeste e Cocred.

No ponto de vista deste mês a Revista traz aopinião de Duarte Nogueira, deputado federal eex-secretário estadual de Agricultura, e José Sid-nei Gonçalves, pesquisador científico do Institu-to de Economia Agrícola, que abordam a crise dealimentos e concluem que a produção de biocom-bustíveis não compromete a produção de comida.

Ainda no Ponto de Vista, o diretor adjunto daCanaoeste, José Mario Paro, registra suas refle-xões durante um dia de trabalho. Busca explica-ções e motivos para o agricultor brasileiro ser tra-tado da maneira como ele é hoje. E se depara comsituações de extrema injustiça e desrespeitos paracom esses brasileiros que tanto se dedicam aoseu país.

Em entrevista, Luiz Antonio Dias Paes, geren-te geral de produtos CTC, analisa a safra atual efaz referências à próxima colheita. Também dá di-cas aos produtores de cana quanto às variedadesque mais se adaptam ao solo da região de RibeirãoPreto e conta sobre as novidades e lançamentosdo CTC para o ano de 2009.

O IAC de Ribeirão Preto e o 9º Congresso Na-cional da STAB são os destaques deste mês. OInstituto Agronômico lançou o livro "Cana-de-Açúcar", escrito pelos seus próprios pesquisa-dores, entre eles estão Marcos Guimarães de An-drade Landell (diretor do Centro de Cana do IAC),Leila Luci Dinardo-Miranda e Antônio Carlos Ma-chado de Vasconcelos. Na mesma ocasião foi inau-gurado o Centro de Convenções de Cana-de-Açú-

Informar paraprevenir

Informar paraprevenir

car, que abre oportunidades de grandes discus-sões para o setor.

O 9º Congresso Nacional da STAB (Sociedadedos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil)foi realizado no Centro Cultural e de Convençõesde Maceió, em Alagoas. Profissionais e técnicosda agroindústria canavieira estiveram presentespara apresentar importantes trabalhos. Entre eles odiretor da Canaoeste, Luiz Carlos Tasso Junior, e ogerente do Departamento Técnico da Canaoeste,Gustavo de Almeida Nogueira, que além de mostra-rem seus trabalhos, também apresentaram o siste-ma Copercana, Canaoeste e Cocred.

Em seu artigo, o advogado da Canaoeste Juli-ano Bortoloti comenta sobre a liminar concedidapelo ministro Eros Grau, do STF (Supremo Tribu-nal Federal), contrária à lei municipal que proibia ouso de fogo nos canaviais de Paulínia.

O Notícias Copercana traz informações sobreas novas parcerias feitas entre Copercana, Tortu-ga e o Grupo Balbo com a finalidade de proporci-onar aos seus associados mais qualidade e eficá-cia em seus produtos.

O Sistema Copercana, Cnaoeste e Cocred tam-bém realizou uma noite de autógrafos com o jor-nalista do Globo Rural, José Hamilton Ribeiro, quelançou seu livro sobre a verdadeira música caipirae aproveitou a ocasião para assistir a apresenta-ção do Grupo de Catira Tradição do Manoel.

A revista registrou a entrega do prêmio de Pro-fissional do Ano a Manoel Ortolan, presidente daCanaoeste. O evento é realizado pela Aeaarp (As-sociação de Engenharia, Arquitetura e Agronomiade Ribeirão Preto). Ortolan foi homenageado comoAgrônomo do Ano.

Para finalizar, a revista faz uma pequena home-nagem à Biblioteca "General Álvaro Tavares Car-mo", a biblioteca da Canaoeste, que neste mêscompleta 36 anos de informação e dedicação paracom os seus funcionários.

Boa leitura e um feliz Natal. Que o Ano Novoseja repleto de realizações.

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Crise de alimentos: energia notanque representa menos comi-da no prato?

José Sidnei Gonçalves eDuarte Nogueira

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

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OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

CocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Balancete Mensal

- Ortolan recebe prêmio profissional doano 2008

Broca Gigante: o que oprodutor deve sabersobre elaA praga, cuja ocorrência serestringia às regiões Norte eNordeste, já está no Estado deSão Paulo

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana

- Noite de autógrafos - José Hamilton Ribeiro- Copercana faz novas parcerias comBalbo e Tortuga

CONSECANA

DESTAQUES

INFORMAÇÕESSETORIAIS

ARTIGOTÉCNICO

LEGISLAÇÃO

REPERCUTIU

SAFRA

CULTURA

LÍNGUAPORTUGUESA

CLASSIFICADOS

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EDITORA:Cristiane Barão – MTb 31.814

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Carla Rossini – MTb 39.788

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

Rafael H. Mermejo

COMERCIAL E PUBLICIDADE:(16) 3946-3311 - Ramal: 2008

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues,Carla Rossini, Daniel Pelanda,

Janaina Bisson, Letícia Pignata,Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva.

IMPRESSÃO:Empresa Jornalística, Editora e Gráfica

Sertãozinho

TIRAGEM:10.800 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas

são de responsabilidade dos autores. Areprodução parcial desta revista é

autorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

[email protected]

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Gerente geral de produtos doCTC

Mecanização avança naregião

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Luiz Antonio Dias Paes

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Artigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo Técnico

Por que a lavagem de cana a seco?A sustentabilidade, nesse e em outros casos, é um dosenfoques que tem sido considerado prioritário pelos téc-nicos do IAC, em função de uma ameaça oriunda doemprego indiscriminado de água pelos setores.

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Mecanização avança na região

Luiz Antonio Dias Paes

Entrevista

Carla Rossini

Luiz Antonio Dias Paes

Mecanização avança na região

Acolheita de cana crua na re-gião de Ribeirão Preto estápróxima de 60%, um crescimen-

to de dez pontos percentuais em rela-ção à safra passada. De acordo com ogerente geral de produtos do CTC (Cen-

tro de Tecnologia Canavieira), LuizAntonio Dias Paes, essa é a região doEstado mais avançada em termos decolheita de cana sem queima. A médiaestadual está próxima de 50%, enquan-to na Região Centro-Sul atinge 40%.

Na entrevista à Revista, DiasPaes analisa a produtividade nestasafra, as variedades mais apropria-das para a região e fala sobre trans-genia e etanol de segunda geração.Leia a seguir:

Gerente geral de produtos do CTC

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Entrevista

“"Até agora estamos tendo uma condição

melhor do que a do ano anterior, quesinaliza uma próxima safra de

produtividade igual ou superior a esta,mas esse panorama pode ser alterado de

acordo com o clima dos próximos meses"

Revista Canavieiros: De acordocom os dados do CTC, o que vocêpode dizer em relação a produtivi-dade e qualidade da matéria-primana safra 2008/09 em relação ao ci-clo anterior?

Luiz Antonio: Na safra atual ob-servamos, até o momento, um acrés-cimo na produtividade agrícola doCentro-Sul na ordem de 4%, o mesmoocorrendo na região de Ribeirão Pre-to com valores ligeiramente menores.Por outro lado, tivemos uma reduçãona qualidade de matéria-prima, no ATRtotal. O valor de ATR diminuiu prati-camente na mesma proporção do au-mento de produtividade, ou seja, aoferta total de açúcar por unidade deárea, que é o produto destas duas va-riáveis produtividade e ATR, pratica-mente não sofreu alteração em rela-ção à safra passada.

Revista Canavieiros: Por que issoaconteceu?

Luiz Antonio: Basicamente devi-do ao regime climático. Nós tivemosum clima favorável no verão, que fa-voreceu o aumento daprodutividade agrícola.Tivemos também umacondição de cana maisnova, ou seja, colheita demaior área nos primeirosestágios de corte, devi-do à expansão ocorridanos últimos anos. Issoelevou a produtividade.Por outro lado, a secaprolongada em 2007, com chuva emjulho e depois somente em novembro,favoreceu o acúmulo de ATR na safrapassada, o que não ocorreu em 2008,com uma melhor distribuição de chu-va ao longo da safra.

Revista Canavieiros: O que issopode representar para a próxima sa-fra?

Luiz Antonio: O principal fatorque determina uma maior ou menorprodutividade agrícola é o regime cli-mático no período do verão, épocaem que ocorre o maior crescimentoda cultura. Nesta época se as chu-vas forem bem distribuídas com boadisponibilidade de água, radiação etemperatura a cana se desenvolve de

forma expressiva. Se você observar,na safra passada, apesar de ter havi-do uma péssima distribuição de chu-va ao longo da safra, a produtivida-de foi recuperada pelas chuvas de de-zembro até maio. Isso mostra que éprematuro ter expectativa para safraseguinte ainda nesse período, ouseja, o regime climático que ainda irá

ocorrer até abril, maio é muito maisdeterminante do que aquele que jáocorreu até então. Até agora estamostendo uma condição melhor do que ado ano anterior, que sinaliza uma pró-xima safra de produtividade igual ousuperior a esta, mas esse panoramapode ser alterado de acordo com oclima dos próximos meses. Não esta-mos considerando aqui eventualqueda de produtividade devido à re-dução nos tratos da lavoura em fun-ção dos menores preços desta safra.

Revista Canavieiros: Na região deRibeirão Preto como está o percentu-al de cana colhida crua em relação asafra passada e a outras regiões?

Luiz Antonio: Na região de Ribei-

rão Preto, a colheita de cana crua estápróxima de 60%, com um crescimentode dez pontos percentuais em relaçãoà safra passada. É a região que estámais avançada em colheita de canacrua no Estado de São Paulo, cuja mé-dia é aproximadamente 50%. O Cen-tro-Sul atinge hoje 40% nesta modali-dade de colheita.

Revista Canavieiros:De acordo com o censovarietal 2008, como andao plantio das variedadesdo CTC?

Luiz Antonio: Nós te-mos satisfação em ver quea expansão do uso das va-riedades CTC nas associ-adas tem sido muito ex-

pressiva. O plantio das variedadesCTC tem crescido de uma forma expo-nencial. A informação que temos atéagora das intenções de plantio, é quecerca de 14% já são variedades CTCna média do Centro-Sul. Temos expec-tativas ainda maiores para a região deRibeirão Preto. Isso se deve primeiroà qualidade do material disponibiliza-do e também ao trabalho do pessoalde campo do CTC, principalmente daequipe de Muda Sadia, que está pró-ximo aos associados para obter o me-lhor potencial dessas variedades.

Revista Canavieiros: Para os pro-dutores da região de Ribeirão Preto,quais são as variedades indicadaspara uma melhor produtividade?

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Luiz Antonio: A principal varieda-de CTC na região de Ribeirão Preto é aCTC2. Outras variedades importantespara a região são a CTC4, CTC6, CTC9,CTC15 e a CTC17 recém lançada comovariedade, entre outras.

Revista Canavieiros: Por queessas variedades se destacam naregião?

Luiz Antonio: As variedades ide-ais para cada local são definidas ba-sicamente em função desses dois pa-râmetros, solo e clima. A região deRibeirão Preto apresenta uma distri-buição uniforme de solos nos ambi-entes de A a D, ou seja, de alto amédio-baixo potencial de produção.Desta forma é importante uma boaalocação varietal para melhor apro-veitamento do potencial produtivodas variedades.

Revista Canavieiros: O que umprodutor pode fazer para ter um ca-navial sadio, que lhe garanta uma boarenda?

Luiz Antonio:Começa pela es-colha da varieda-de mais indicadaà sua condição,ao seu tipo desolo e clima da re-gião. A carta desolos e ambien-tes de produção,que o CTC dis-ponibiliza para asassociadas, éfundamental paraescolha da varie-dade e manejomais indicado.Depois a sanida-de da sua muda,pois é a base, oinício de todo oprocesso produ-tivo. A equipe regional do CTC tam-bém oferece apoio na condução dosviveiros visando à qualidade e sani-dade do material. Depois o manejoadequado, ou seja, colheita na épocamais adequada na indicação dessa va-riedade e todos os tratos que os for-necedores e os produtores de cana jáconhecem muito bem.

Revista Canavieiros: Quais são osnovos projetos do CTC para 2009?

Luiz Antonio: Além de toda agama de programa de P&D, tanto naárea agrícola quanto na industrial,alguns novos projetos são signifi-cativos para as associadas, como anova biofábrica, que multiplicará por10 a condição de oferta de mudapara as associadas, justamente parapoder suprir a necessidade de vari-edades que estão se destacando emdiferentes regiões. Estaremos lan-çando também um produto que jáestá maduro no CTC há alguns anose vamos disponibilizar agora para to-dos as associadas, que chamamosde CTC Sat, que consiste em gerarmapas gerenciais obtidos através deimagens de satélites, que são trata-das para ressaltar a diferença de pro-dutividade da lavoura. Cada associ-ado terá um retrato da sua lavoura apartir dessas imagens de satélite,que permitirá observar, por exemplo,eventuais anomalias que ocorrem

no interior das áreas, e tomar medi-das rápidas para a solução dessesproblemas.

Revista Canavieiros: Há previsãopara o lançamento de novas varieda-des CTC?

Luiz Antonio: O programa de me-lhoramento do CTC tem materiais mui-

Entrevista

to promissores nos seus ensaios regi-onais, que serão lançados nos próxi-mos anos. Anualmente o CTC lançauma nova geração de variedades, du-rante o evento Cana Show, realizadonormalmente entre os meses de outu-bro a novembro.

Revista Canavieiros: No iníciodesta safra, na região foi observado oflorescimento de muitos talhões porconta das condições de luminosida-de e temperatura. Qual o impacto dessefenômeno sobre a produtividade? Épossível mensurar?

Luiz Antonio: O impacto é signifi-cativo em alguns locais e nas varieda-des mais susceptíveis. A mensuraçãoé difícil, mas a recomendação de mane-jo adequado de variedades mais sujei-tas ao fenômeno, antecipando a épocade colheita, por exemplo, pode minimi-zar o impacto na produtividade.

Revista Canavieiros: Como oCTC está envolvido ou analisa as

pesquisas para aprodução do eta-nol celulósico?

Luiz Antonio:Sim, o CTC desen-volve pesquisa deprodução de etanolcelulósico atravésda rota hidrólise en-zimática da biomas-sa, tendo inclusiveestabelecido umaparceria com a No-vozimes, líder mun-dial na produção deenzimas.

Revista Canavi-eiros: Há previsãopara que a transge-nia ganhe os cana-viais brasileiros?

Luiz Antonio:Projeções neste sentido têm que le-var em conta a legislação brasileira,que ainda é restritiva ao uso comerci-al de variedades transgênicas de canae, portanto, é difícil a previsão. O CTCtem investido nesta área para quepossamos fornecer variedades de altaperformance no momento que a legis-lação permitir o seu uso.

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Crise de alimentos: energiano tanque representamenos comida no prato?

Ponto de Vista

Crise de alimentos: energiano tanque representamenos comida no prato?Duarte Nogueira e José Sidnei Gonçalves*

Adiscussão da crise de alimen-tos tem produzido posiciona-mentos que, exacerbados na sua

leitura isolada, criam uma situação de ab-soluta confusão no entendimento da rea-lidade. Um dos pontos consiste no im-pacto da opção pela produção de biocom-bustíveis sobre a produção de alimentos.Desde logo, há de se pontuar que a expe-riência brasileira de promover a expansãocanavieira para produção de álcool com-bustível não pode ser caracterizada comoresponsável pela crise de alimentos.

Na verdade, desse debate e das con-dições criadas pela transformação daagricultura dos anos 1970 emergiu a so-lução brasileira de superação dessa di-cotomia alimentos versus energia. Asmudanças estruturais dos anos 1970 fo-ram decisivas com a implantação do pa-drão agrário em que se formam as ca-deias de produção agro-alimentares emque uma das características fundamen-tais está na especialização regional, quecriou bases produtivas modernas, forado eixo da expansão canavieira, da pro-dução de alimentos em escala.

O novo ciclo de expansão canaviei-ra, ainda concentrada em terras paulis-tas, já inicia movimentos de transborda-mento para outras unidades da federa-ção brasileira. Isso ocorreu com o feijão,que antes concentrado no SudoestePaulista, irradiou-se por outras regiõesbrasileiras; com o arroz, que também so-freu significativa especialização regional,concentrando-se nas terras gaúchas;com o café, antes dependente da terraroxa e hoje presente no cerrado mineiroe até na Chapada Diamantina baiana; ecom a soja, que transbordou para terrasparanaenses e gaúchas e para o cerrado.

Os ganhos de produtividade dessasduas lavouras de alimentos foram estu-pendos e decorrem, além da especializa-

ção regional que determinou ganhos ex-pressivos de escala na produção e na lo-gística, de contribuições inestimáveis dapesquisa pública estadual, no caso as re-alizadas pelo Instituto Agronômico doEstado de São Paulo (IAC), que atualmen-te integra a Agência Paulista de Tecnolo-gia dos Agronegócios (APTA), da Secre-taria da Agricultura do Governo do Esta-do de São Paulo. Há também de se desta-car o papel das políticas públicas, que foidecisivo para superação da carestia e tam-bém para a criação das técnicas de ocu-pação das terras ácidas nos cerrados pau-listas no final dos anos 1960.

Assim, da ótica da experiência bra-sileira, a maior área de cana pode serfeita sem substituir áreas de plantio dealimentos. Para se chegar a tal conclu-são, há de se ter em mente a economiacontinental brasileira e não a lógica ape-nas paulista de mudança na composi-ção de culturas. Afinal, numa economiacontinental integrada, São Paulo nãopode almejar ser auto-suficiente emtudo, muito menos em alimentos.

E, se desafios existem, as respostasdevem ser buscadas, dentre outras polí-ticas, no investimento em conhecimentoem inovações seguindo a trilha do su-cesso da pesquisa pública paulista. Res-salte-se que se a opção brasileira peloálcool combustível de cana não produzefeitos negativos na produção nacional,isso não torna o Brasil imune aos efeitosda crise internacional de alimentos.

Nesse sentido, dada à globalização, ospreços internacionais mais elevados dosalimentos puxam para cima os preços in-ternos_ vejam os índices da inflação dealimentos: soja, milho, trigo, arroz, carnes eleite_ com o que as populações mais po-bres que gastam mais com alimentação te-rão pressões indesejadas nos custos dasobrevivência. Por isso de nada adiantaficar combatendo internamente um aliado,confundindo-o num falso inimigo. Produz-se assim a resposta para a argüição inicialdeste artigo, nos termos de que, nas con-dições da agricultura brasileira, mais ener-gia no tanque não necessariamente repre-senta menos comida no prato.

DUARTE NOGUEIRA, engenheiroagrônomo e deputado federal PSDB/SP.Foi Secretário de Agricultura e Abaste-

cimento do Estado de São Paulo.

JOSÉ SIDNEI GONÇALVES, Enge-nheiro Agrônomo, Doutor em CiênciasEconômicas, Pesquisador Científico doInstituto de Economia Agrícola (IEA)

da Agência Paulista de Tecnologia dosAgronegócios (APTA) da Secretaria da

Agricultura e Abastecimento doEstado de São Paulo.

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"Um dia na vida de umagricultor brasileiro"

Ponto de Vista

"Um dia na vida de umagricultor brasileiro"José Mario ParoDiretor Adjunto da Canaoeste

No dia 2 deste mês de dezem-bro, no período da tarde, es-tava em Minas Gerais, na re-

gião de Pirajuba e Campo Florido, ob-servando nossa operação de plantiode soja. Contemplava então um har-monioso conjunto de homens, má-quinas e implementos operando apleno vapor.

Estávamos em uma posição altado relevo. Casualmente, coloquei osolhos no horizonte. Diante de mimdescortinou-se uma extensa região,rica e bela, toda cultivada com grãose cana-de-açúcar, tendo ao fundo oVale do Rio Grande e mais além, terraspaulistas. O cenário era majestoso e atarde perfeita

Deveria então estar tranqüilo e fe-liz ao ver o resultado do nosso traba-lho e de nossa equipe. Mas não se deubem assim. Num lampejo, percebi quenaquele instante, não saberia dizer semeus irmãos e eu estávamos ricos, re-mediados, pobres ou quebrados: a par-tir dali e até a colheita da soja, estare-mos sujeitos a todas as adversidadesclimáticas; à ocorrência de pragas edoenças. Após a colheita, e mesmoantes dela, estaremos submetidos àsagruras do mercado.

Mais tarde, já no caminho de voltae não estando no volante, retomei mi-nhas reflexões sobre aquele instante,tão intensamente vivenciado. Percebientão, de forma cristalina, aquilo quemuitos já disseram: no Brasil, o exercí-cio da atividade agrícola não se faz deforma empresarial. Na verdade, partici-pa-se de uma grande loteria, que a cadaano produz um sem número de vítimas.

Para que a atividade agrícola pos-sa ser empresarial e não uma loteria,faltam-nos condições básicas de po-lítica agrícola: infra-estrutura; logís-tica; crédito rural acessível; instru-

mentos adequados para a comercia-lização da produção e alguma espé-cie de seguro rural.

Por premência (a maioria); por opor-tunismo (não sei quantos) ou por acharque a agricultura é assim mesmo, par-cela significativa de nossos produto-res inventou uma estranha modalida-de de seguro rural: o calote. Criou-seentão uma profunda distorção nas re-lações com cooperativas, bancos, en-tidades de classe, governo, etc., quetem produzido verdadeiros desastresa cada ano que passa.

A começar por nos jogar contra aopinião pública, que generaliza e nosconsidera, a todos, um bando de calo-teiros. Depois porque coloca a agricul-tura de joelhos, humilhada, com o pi-res na mão, pressionando por renego-ciação ou prorrogação dos débitos.

Não estou aqui negando a exis-tência do problema. Estou sim, ques-tionando a estratégia que vem sendoadotada para resolvê-lo. Imaginemosos benefícios que teriam os produto-res e o país se todos os recursos des-viados para estas renegociações fos-sem direcionados para financiar aque-les que não estão inadimplentes e paranovos projetos.

Felizmente, cada vez mais nossaslideranças e representantes do gover-no, têm vindo a público enfatizando apremente necessidade de que seja fei-ta profunda reformulação no sistemade crédito rural vigente. Reformula-ção que separe o joio do trigo; queestimule a competência e que operecom prazos ajustados ao ciclo das di-versas culturas agrícolas, seja na li-beração dos recursos, seja na épocados vencimentos.

O seguro rural será então um ins-trumento de política agrícola funda-

mental, pois ao reduzir o risco da ativi-dade, permitirá aos produtores aumen-tarem a utilização de insumos e os in-vestimentos em tecnologia. A conse-qüência natural desse processo será oaumento da produtividade, o baratea-mento dos custos de produção, a sus-tentabilidade do agronegócio, esten-dendo-se o benefício a toda a popula-ção, que passará a ter alimentos maisvariados, de melhor qualidade, a me-nores preços. De quebra, teremos a eli-minação dos aventureiros, que estãofazendo do calote, já comentado aci-ma, um meio de vida.

Já era noite e à medida que nosaproximávamos de casa (resido emBebedouro), agora sob uma revigo-rante pancada de chuva, percebi mi-nha alma se reaquecendo e um senti-mento de plenitude começou a apos-sar-se de mim.

Sentimento de plenitude pela sen-sação do dever cumprido; por estar lu-tando contra aquilo que considero in-justo e por fazer parte deste grupo deheróis, que são os agricultores, quecarregam em suas costas boa parte daeconomia do Brasil, apesar de todasas incompreensões que sofrem. Deu-me então vontade de estar naqueleponto do relevo, onde esta conversacomeçou. Eu voltarei lá. A data já estámarcada. Será na colheita da soja.

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Noite de autógrafos nosistema Copercana,Canaoeste e Cocred

NotíciasCopercana

Noite de autógrafos nosistema Copercana,Canaoeste e CocredCarla Rossini

José Hamilton Ribeiro lança livro"270 maiores modas de todos os tempos. Músicas Caipiras"

Os admiradores de moda de vi-ola ganharam no final de no-vembro uma nova oportunida-

de de conhecer melhor este estilo demúsica com o lançamento do livro “270maiores modas de todos os tempos.Músicas Caipiras”, de José HamiltonRibeiro (repórter do Globo Rural).

O livro, que foi lançado no auditó-rio da Canaoeste em Sertãozinho, reú-ne canções de moda de viola e lista asmelhores composições da categoria.Nele, o jornalista José Hamilton tam-bém conta a história de seus autores,revela conteúdo e destaca as estrofesmais conhecidas.

“É o livro que faltava na culturapopular brasileira, pois a obra traz le-tras de quase todos, senão todos, com-positores da música caipira”, afirmaJosé Hamilton.

Cerca de 150 pessoas prestigiaramo evento. A iniciativa de trazer o lança-mento do livro para Sertãozinho foi dodiretor da Copercana, Pedro Esrael Bi-ghetti e do cooperado e secretário deAgricultura de Uberaba, João ÂngeloGuidi. A realização do evento foi pos-sível graças a uma parceria entre a Co-percana e a Syngenta.

“Nós estamos felizes com a visitade José Hamilton, principalmente paralançar um livro que faz parte da culturados brasileiros”, disse Bighetti.

Além do lançamento do livro, ou-tras atrações fizeram parte da progra-mação, como a apresentação dos vio-leiros Jr. Borges e Dr. José Maria Cam-pos. O grupo de catira Tradição do

Manoel também se apresentou. O evento fez partedo calendário das comemorações do aniversário de112 anos de Sertãozinho.

Na função de repórter espe-cial da TV Globo, consideradoo maior repórter brasileiro do sé-culo XX, ganhador de sete Prê-mios Esso de Reportagem, JoséHamilton Ribeiro é autor de 15livros, entre eles “O Gosto daGuerra”, “Diário da guerra”, e “ORepórter do Século”. Foi um dosquatro jornalistas vencedoresdo Prêmio Internacional de Jor-nalismo Maria Moors Cabot de2006. Seu trabalho nas redaçõesdas revistas Realidade e QuatroRodas, na Folha de São Paulo enos programas “Globo Repór-ter”, “Fantástico” e “Globo Ru-ral” (onde trabalha desde a dé-cada de 80 e exerce as funçõesde repórter e editor), o transfor-mou numa referência do jorna-lismo brasileiro.

João Angelo Guidi, José Hamilton Ribeiroe Pedro Esrael Bighetti

José Hamilton Ribeiro

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NotíciasCopercana

Para o jornalista José HamiltonRibeiro, nos últimos seis anos o Bra-sil cresceu porque havia uma venta-nia de prosperidade que sopravamundo afora. No entanto, o ventoagora mudou e vai exigir decisões etalento do governo.

Produzir no Brasil, segundo ele,é tarefa de herói já que, quando oagronegócio precisa da ajuda ofici-al, o governo finge que não é comele. Leia a entrevista que ele conce-deu à Canavieiros.

O senhor, como repórter e expec-tador do agrone-gócio, o que podefalar dos produto-res brasileiros?

A agropecuá-ria brasileira de-pende das pesso-as, dos brasilei-ros. Dos brasilei-ros que plantamsoja, cana, queabrem áreas, queproduzem bezer-ros. E o governofica por baixo mor-dendo. A hora queprecisa dele (go-verno), finge quenão é com ele. En-tão eu acho que o

“O produtor brasileiroé um herói”

campo brasileiro é uma vitória dopovo brasileiro. Se o Brasil depen-der do governo, está frito, mas à me-dida que ele depende e acredita naspessoas, nos empresários, empreen-dedores brasileiros, é um país que vaipara frente. O governo, quando nãoatrapalha, já está muito bom. Deixa obrasileiro trabalhar e produzir.

O produtor rural brasileiro é umherói?

Exatamente. Quando está tudobem, “que maravilha a âncora verdedo Brasil, olha que beleza a agrope-cuária”. A hora que ele (produtor)

precisa do governo, na hora de faci-litar o crédito, é só dificuldade, oBanco do Brasil não atende, não che-gou dinheiro, não cabe no projeto,tem sempre uma desculpa. Mas, nofim, o Brasil se faz porque os brasi-leiros colocam o Brasil para frente.

O senhor é repórter há muito tem-po e, com certeza, já assistiu a mui-tas crises. Qual a sua impressão so-bre essa nova turbulência mundial?

O Brasil, nos últimos seis anos,veio sendo tocado na parte da eco-nomia no piloto automático. Issoporque veio uma ventania que trou-xe prosperidade para o mundo todoe para o Brasil também. Então o Bra-sil cresceu 4,5% quando, na verda-de, cresceu menos que a Argentina,Chile, muito menos do que a Índia,que a China e até menos que a Ango-la, mas veio no piloto automático eveio crescendo.

Agora o piloto automático desli-gou, agora depende de nós, do go-verno, vamos ver se esse pessoal écompetente mesmo ou se o crescimen-to que vinha vindo foi só a ventaniaque veio de fora. Fora o papo, vamosver se o governo tem condição mes-mo de o Brasil ficar imune a essa cri-se. Tanto a prosperidade quanto a cri-se vieram de fora. Enquanto era pros-peridade, o Brasil não falou mal deninguém. Agora que veio a crise elecomeça a falar mal dos outros de fora.

Agora a economianão está mais nopiloto automático.Depende de deci-sões às vezes difí-ceis. Vamos ver seesse governo temcompetência, sin-ceridade e honesti-dade para fazer ascoisas certas. Nãovamos falar mal an-tes, mas vamos vero que o governofaz no momento emque acabou a ven-tania de prosperi-dade que vinha láde fora.

Apresentação do grupo de Catira“Tradição do Manoel”

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Copercana faz novasparcerias

NotíciasCopercana

Copercana faz novasparceriasCarla Rodrigues

Junto com os grupos Balbo e Tortuga, a cooperativa traz novidades e benefícios aos cooperados

Aeficácia da produção e desenvolvimento do setor pecuarista é relacionada à qua-

lidade dos nutrientes absorvidospelo animal e cada vez mais se bus-ca por esta condição. A Copercanamais uma vez, preocupada com osresultados da produção dos seuscooperados, fez uma parceria com osgrupos Balbo e Tortuga para assimatender melhor as necessidades decada pecuarista.

O objetivo da parceria é oferecerum trabalho de atendimento perso-nalizado sem onerar custo ao coo-perado. “Essa parceria vai permitircomprarmos produtos de uso vete-rinário em grandes quantidades,atendendo a todos os nossos coo-perados, com um custo mais acessí-vel”, afirma Gustavo Leal Lopes, ve-terinário da Copercana.

A parceria com o grupo Balbo trazcomo principal produto a “levedura”,que serve de alimentação para qual-quer tipo de animal, mas se destacaentre os bovinos. Ela é retirada pormeio da sangria do leite de leveduradentro do processo de fermentaçãoalcoólica, sendo seca em condiçõesdefinidas. É também uma fonte de

proteína de alto valor biológico combom balanceamento de aminoácidos,minerais e elevada concentração devitaminas do complemento B, tendocomo principais características o altoteor protéico se comparado ao farelode soja e o seu baixo nível de intoxi-cação devido mínimo teor bacterio-lógico encontrado.

Já a Tortuga Cia Zootécnica Agrá-ria possui um programa de nutrição,que acompanha todas as fases doanimal, desde o seu aleitamento atéa sua reprodução. Para fazer partedeste programa, a Copercana vai dis-ponibilizar em suas lojas de Ferra-gens a venda de todos os tipos deminerais necessários para um desen-volvimento sadio dos animais.

“São minerais compostos por su-plementos feitos através de matérias-primas da melhor qualidade e tecno-logias exclusivas de nutrição, comoos minerais orgânicos, ou seja, Trans-quelatos (TQ), Carbo-Quelatos (CQ)e Carbo-Amino-Fosfo-Quelatos (FQ),que além de serem nutrientes comple-tos, proporcionam ao animal maiorganho de peso, melhor aproveitamen-to do pasto e aumento da taxa de re-produção”, explica o veterinário.

Além destas parcerias, a Coper-cana trouxe novidades na parte dearreios e selarias, dos tipos america-nas e australianas, e também no for-necimento de produtos Vetnil, umalinha especializada em vendas de su-plementação eqüina.

Os cooperados que desejaremmais informações poderão contactaro veterinário Gustavo Lopes por meiodo telefone 3946-3300, ramal 2236 oupelo e-mail:[email protected].

Gustavo Lopes,veterinário da

Copercana

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NotíciasCanaoeste

Consecana

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entreguedurante o mês de NOVEMBRO de 2008. O preço médio do kg de ATR para o mês de NOVEMBRO, referente à Safra2008/2009, é de R$ 0,2614.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de ABRIL a OUTUBRO e acumulados até OUTU-BRO, são apresentados a seguir:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 11/08DATA: 28 de novembro de 2008

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo(ABME e AVHP), do etanol anidro e hidratado carburantes (AAC e AHC), destinados à industria (AAI e AHI) e destinados aomercado externo (AAE e AHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de ABRIL a NOVEMBRO e acumuladosaté NOVEMBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/08, são os seguintes:

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Ortolan recebe prêmioprofissional do ano 2008

NotíciasCopercana

Ortolan recebe prêmioprofissional do ano 2008Cristiane Barão

Homenagem da Aeaarp (Associação de Engenharia,Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto) na área de agronomia

O presidente da Canaoeste, Ma-noel Ortolan, recebeu o prêmioProfissional do Ano 2008 con-

cedido pela Aeaarp (Associação de En-genharia, Arquitetura e Agronomia deRibeirão Preto). A solenidade para aentrega da homenagem foi realizada nanoite de 6 de dezembro, na SociedadeRecreativa de Ribeirão Preto.

Também foram homenageados oengenheiro civil José Renato Magda-lena e o arquiteto Eduardo Eugênio An-drade Figueiredo. O prêmio Profissio-nal do Ano foi realizado pela primeiravez em 1979 e a escolha dos três home-nageados é feita por uma comissão for-mada por seis membros da associação.

Para a eleição do engenheiro agrô-nomo, engenheiro civil e arquiteto acomissão utiliza como critério exem-plar e dignificante atuação técnica ede ética profissional, conduta moral ecomprovada participação junto à co-munidade.

Na solenidade, a trajetória profissi-onal dos premiados foi apresentada emum vídeo, com fotos e depoimentos defamiliares e amigos. Ortolan tambémrecebeu homenagens do presidente daOrplana, Ismael Perina Júnior, e do di-

retor Francisco César Urenha, repre-sentando o sistema Copercana, Cana-oeste, e Cocred.

Diretores e colaboradores dastrês entidades estiveram presentes.O presidente da Copercana, AntonioEduardo Tonielo, e o diretor PedroEsrael Bighetti, deram seus testemu-nhos sobre a importância do traba-lho desenvolvido por Ortolan e enal-teceram sua participação no fortale-cimento das entidades.

Em seu discur-so, o homenagea-do destacou a im-portância do enge-nheiro agrônomo.“Para mim, essa ho-menagem não temum significado per-sonalista, que pre-mia o feito de umapessoa apenas,mas sim um reco-nhecimento ao pa-pel fundamental

desempenhado coletivamente pelosengenheiros agrônomos no desenvol-vimento do nosso Estado e do nossopaís”, disse.

Ortolan disse crer que coube a elerepresentar os agrônomos pelo fatode ter se identificado com a profis-são e ter procurado desempenhá-lacom afinco e disposição e que todaessa dedicação também foi o resulta-do de constante estímulo e apoio re-cebidos ao longo de sua trajetóriaprofissional.

“Grande parte do mérito da home-nagem deve-se ao fato de, ao longoda minha vida profissional, ter sidocercado por pessoas de boa índole egenerosas, comprometidas com o for-talecimento da nossa atividade e, so-bretudo, com a melhoria das condi-ções de vida do produtor. Foi umadádiva trabalhar com lideranças pro-gressistas, respeitadas, que me enri-queceram com seus exemplos e mederam a oportunidade de crescer pro-fissionalmente”, completou.

Genésio Abadio de Paula e Silva (secretário do Meio Ambiente de Ribeirão Preto) e o prefeito eleito deSertãozinho, Nério Costa entregaram a homenagem a Manoel Ortolan

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NotíciasCanaoeste

Ortolan também destacou a impor-tância de sua família que, segundo ele,o fez crescer cercado de bons exem-plos e de valores éticos. “Não seriamerecedor desta homenagem sem aparticipação de todas essas pessoas,que foram e permanecem tão importan-tes em minha vida e em minha trajetóriaprofissional: minha família, meus ami-gos, meus companheiros de trabalho ede profissão. A eles dedico essa home-nagem”, finalizou.

Manoel Ortolan recebeu uma homenagem do diretor,Francisco César Urenha, representando o sistema

Copercana, Canaoeste e Cocred

José Renato Magdalena, Eduardo Eugênio Andrade Figueiredo,Roberto Maestrello e Manoel Ortolan

O presidente da Orplana, IsmaelPerina Júnior tambémhomenageou Ortolan

Os homenageados da noite e suas esposas

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NotíciasCocred

Balancete MensalBalancete MensalCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade Sertãozinho BALANCETE - OUTUBRO/2008

Valores em Reais

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Broca Gigante: o que oprodutor deve saber sobre ela

Reportagem de Capa

A praga, cuja ocorrência se restringia às regiões Norte e Nordeste,já está no Estado de São Paulo

As pragas que atacam a cana-de-açúcar são muitas e podemtrazer conseqüências negati-

vas aos canaviais, entre elas estão oscupins, bicudos, migdolus, cigarrinhas,brocas, entre outras. Se não controla-das, essas espécies podem causar da-nos como a redução da produtividadeagrícola e da qualidade da matéria-pri-ma, além da redução da longevidadedos canaviais, conclusão: prejuízo di-reto no bolso do agricultor.

Mas, entre todas essas pragas, umaestá preocupando os institutos de pes-quisas e profissionais do setor: a bro-ca gigante (Telchin licus), considera-da a mais importante praga endêmica

Carla Rossini

Broca Gigante: o que oprodutor deve saber sobre ela

que ataca a cana-de-açúcarna região Nordeste do Bra-

sil. O inseto foi motivo de umDia de Campo realizado na Fazen-

da Santa Rita de propriedade daCopercana (Terra Roxa), com to-

dos os agrônomos e técnicosagrícolas do sistema Copercana,

Canaoeste e Cocred.

O treinamento foi realiza-do no dia 2 de dezembro,pelo especialista em tecno-logia agroindustrial fitossa-nidade do CTC (Centro deTecnologia Canavieira), LuizCarlos de Almeida, que apre-sentou as características do

inseto e manifestou sua preo-cupação em relação à disseminação des-ta praga que já ocupa uma área de apro-ximadamente 320 mil hectares no Nor-

deste, apresenta níveis de infestação naordem de 7%, o que representa uma per-da de cana-de-açúcar equivalente a R$34,5 milhões a cada safra.

“Todos devem estar atentos paraque a praga fique isolada nas regiõesonde foi detectada, pois não são co-nhecidos, no Brasil, inimigos naturaiseficientes na redução das populaçõesda broca gigante”, alerta Almeida.

No Estado de São Paulo, a broca gi-gante foi encontrada em julho de 2007,numa propriedade localizada no municí-pio de Limeira, em canavial cultivado coma variedade SP86-155. A hipótese maisprovável é que tenha ocorrido a migra-ção a partir de viveiros onde são cultiva-das e comercializadas plantas ornamen-tais hospedeiras de brocas gigantes.

Segundo Almeida, a praga apresen-ta características como fácil adaptaçãoao meio ambiente, proliferação rápida,elevada taxa de reprodução, capacida-de de dispersão e provocam danos sig-nificativos as plantas. “Esses são osmotivos que estão nos preocupando emtreinar os agrônomos das associadas doCTC para o risco de infestação”, afirma.

Agrônomos e técnicos do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred participaram dotreinamento na Fazenda Santa Rita em Terra Roxa

Pupada

BrocaGigante

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Reportagem de Capa

A Broca Gigante

Os adultos possuem hábito diurnoe são de coloração escura com man-chas e faixa transversal branca nas asasanteriores e faixa transversal brancamais largas e manchas alaranjadas namargem externa das asas posteriores, evivem por um período de 10 a 15 dias.

As fêmeas, após o acasalamento,efetuam as posturas na base das tou-ceiras e apre-sentam umacapacidadede ovoposi-ção de 50 a 100ovos. As larvassão de coloraçãobranco-leitosa eapresentam um pe-ríodo de desenvol-vimento de cerca de110 dias e, próximo da mudança de fase,permanecem nos internódios basais,abaixo do nível do solo, prejudicandoa brotação das soqueiras e causandofalhas no stand nos cortes seguintes.A praga ainda causa danos na base dosperfilhos e nos colmos.

Métodos de

Controle

O método de controle utilizado porum grande número de produtores, naregião Nordeste, consiste na retiradados rizomas infestados e catação dasformas biológicas presentes. Se utili-zado em larga escala, pode contribuirpara a redução da população da praga.Porém, se realizado por apenas alguns

produtores, a eficiência do método écomprometida.

São estimadas perdas de, em mé-dia, 0,43% em peso e de 0,66% na pol%cana a cada 1% de intensidade de in-festação causada por Telchin licus.

Existem restrições quanto ao usode controle químico, principalmente emfunção do comportamento de larvas epupas da praga, que permanecem abri-gadas nos internódios basais, abaixodo nível do solo, fora do alcance dosinseticidas em sistema convencionaisde aplicação.

Monitoramento

Segundo Almeida, o monitoramen-to desta praga deve ser realizado nasáreas suspeitas, avaliando 18 touceirasde cana por hectare. “É recomendadopriorizar áreas próximas de viveiros deplantas ornamentais e áreas de reforma

com atençãoaos tipos dedanos ocorri-dos nas toucei-

ras e também asforma biológicas

encontradas. Osdados devem serregistrados paraserem analisados”,

explica o especialista.

O levantamento de ocorrência dabroca gigante também deve ser realiza-do por volta de três meses após a bro-tação da soqueira, direcionando a pro-

Larva de Telchin licus

Sintoma de ataque de T. licus“coração morto”

Luiz Carlos de Almeidaespecialista em tecnologia agroindustrial

fitossanidade do CTC

cura da praga em canas que apresen-tam o sintoma de coração morto.

Fonte e Fotos: CTC

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IAC lança publicação einaugura centro deconvenções

Destaque

Carla Rodrigues

IAC lança publicação einaugura centro deconvenções

Solenidade reuniu autoridades e profissionais da área

O IAC (Instituto Agrônomo) lan-çou no último dia 30 o livro“Cana-de-Açúcar”, a mais

completa obra sobre a cultura. A últimapublicação que abordou a cana de for-ma ampla havia sido lançada há 21 anos.

Com 882 páginas e 41 capítulos, o li-vro aborda dez áreas temáticas – história,plantas, melhoramento genético e manejovarietal, ambientes de produção, nutriçãoe adubação, fitossanidade, tecnologia deprodução, cana-de-açúcar para fins diver-sos, estatística e experimentação, aspec-tos econômicos e ambientais.

A obra tem a participação de 72 auto-res de diversas instituições de pesquisa.Além de autores do IAC, participam pes-quisadores do Instituto Biológico, doInstituto de Economia Agrícola e de Pó-los da APTA, todos unidades de pesqui-sa da Secretaria Estadual de Agricultura.

O pesquisador e diretor do Centrode Cana do IAC, Marcos Guimarães deAndrade Landell, foi um dos editores,juntamente com os pesquisadores Lei-la Luci Dinardo Miranda e AntônioCarlos Machado de Vasconcelos.

Para os autores do livro, a obra veiopara promover e difundir o conhecimentoentre os profissionais da área e colocarnas mãos de produtores, estudantes eagrônomos conceitos mais atuais dosetor. “Queremos que o produtor vejade uma forma mais simplificada o queo cerca no dia-a-dia”, afirma Leila.

Na mesma solenidade, foi inaugu-rado o Centro de Convenções Cana-de-Açúcar, construído em parceria coma iniciativa privada. Foram investidosR$ 800 mil e a infra-estrutura do local -com cabines de tradução simultânea,sala de reuniões e 380 lugares - permitea realização de reuniões técnicas, fó-runs e seminários.

A idéia de se construir um centrode convenções surgiu da necessidade

do grupo fitotécnico, criado há 12 anose que reúne profissionais de várias re-giões do país, em dispor de um localpara suas reuniões.

O secretário estadual de Agricultu-ra, João Sampaio, ressaltou a importân-cia do centro de convenções. “Isso vaiser um templo de onde vão sair as maisbelas idéias para o setor sucroalcoo-leiro”, disse. Ele adiantou que o inves-timento para as pesquisas vai continu-ar mesmo com a crise, assumindo du-rante o evento o compromisso da im-plantação de uma câmara de hibrida-ção no Centro de Cana do IAC.

Além do secretário, participaramdo evento o prefeito Welson Gaspa-rini, a deputada estadual e prefeitaeleita de Ribeirão, Dárcy Vera, o de-putado estadual Baleia Rossi e o fe-deral Duarte Nogueira, o presidenteda Orplana, Ismael Perina Junior, ocoordenador da APTA (Agência Pau-lista de Tecnologia do Agronegócio),Orlando de Castro, e o diretor do IAC,Marco Teixeira.

Serviço: os interessados podemobter o livro no Centro de Cana, emRibeirão Preto, e na Sede do IAC, emCampinas. Preço: R$ 210,00 (mais astarifas de envio, se for o caso).

Orlando Melo de Castro, diretor do IAC, Antônio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana e Cocred,João Sampaio, secretário da Agricultura de São Paulo, Pedro Esrael Bighetti,

diretor da Copercana e Ismael Perina, presidente da Orplana

Leila Luci Dinardo Miranda e MarcosGuimarães de Andrade Landell

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9º Congresso Nacional daStab

Destaque

9º Congresso Nacional daStab

Foi realizado de 16 a 21 de novembro de 2008, no Centro Cultural ede Convenções de Maceió/AL, o

9º Congresso Nacional da Stab (Socie-dade dos Técnicos Açucareiros e Alco-oleiros do Brasil), evento que não acon-tecia em Maceió desde 1996, reunindoos melhores e maiores profissionais dosetor sucroalcooleiro do Brasil.

Os mais recentes avanços tecnológi-cos das áreas agrícola, industrial e admi-nistrativa foram apresentados em 163sessões plenárias com apresentação detrabalhos técnicos e científicos e confe-rências de especialistas de reconhecidaexperiência, bem como discutidos nasvisitas técnicas agrícolas e industriaisprogramadas às duas das maiores unida-des agroindustriais da região, Usina Cae-té – município de São Miguel dos Cam-pos/AL (visita 17/11), e Usina Coruripe,município de Coruripe (visita 18/11).

Os trabalhos técnico-científicos

inscritos (um recorde na história dosCongressos da STAB) foram divididose apresentados nas seguintes áreas:

- Melhoramento Genético e Biotec-nologia;

- Fitossanidade, Maturadores eControle de Plantas Daninhas;

- Fitotecnia, Fisiologia e Irrigação;- Recursos Humanos e Gestão Só-

cio Ambiental;- Indústria;- Sessão Pôster.Entre os trabalhos apresentados, o

diretor da Canaoeste, Luiz Carlos Tas-so Junior e o gerente do departamentoTécnico da Canaoeste, Gustavo de Al-

meida Nogueira apresentaram dois tra-balhos em plenária e um em sessão depôster, representando o sistema Coper-cana, Canaoeste e Cocred.

Além da apresentação de todosestes trabalhos uma conferência sobreo mercado de biocombustíveis foi pro-ferida pelo ex-ministro da agricultura, oSr. Roberto Rodrigues.

Os interessados em conhecer os tra-balhos do diretor da Canaoeste, LuizCarlos Tasso Junior e o gerente do de-partamento Técnico da Canaoeste,Gustavo de Almeida Nogueira na ínte-gra, podem acessar o site Canaoeste –www.canaoeste.com.br

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Mapa 1: Água Disponível no Solo, ao final de NOVEMBRO de 2007.

CHUVAS DE NOVEMBROe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE NOVEMBROe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

São apresentadas, no quadro abaixo, as chuvas que ocorreram durante o mês de NOVEMBRO de 2008 em várioslocais da região de abrangência da CANAOESTE.

A média das observações dechuvas que ocorreram duranteeste mês de NOVEMBRO “ficou”abaixo da normal climática, com exceção da Açúcar Guarani, Donegá-Dumont, CFM-Pitangueiras, IAC-Ribeirão Preto eUsina MB, que ficaram próximas ou acima das respectivas médias históricas, mostrando a irregularidade de distribuição daschuvas na região.

Revista Canavieiros - Dezembro de 20082626262626ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as na

ÁGUA, usar sProtejam e preservem as na

Ao final de NOVEMBRO de 2007,com pequenas exceções, o índice deÁgua Disponível no Solo encontrava-se baixo a crítico em quase toda áreacanavieira do Estado, como mostradopelo Mapa 1. Em novembro deste ano,no Mapa 2, nota-se que as melhorescondições hídricas do solo ficaramconcentradas em toda faixa leste e ex-tremo Noroeste do Estado de São Pau-lo, acentuando ainda mais as adversi-dades de umidade do solo nas Regiõesde Araçatuba, Araraquara, Catanduvae São José do Rio Preto e parte da deBarretos e Ribeirão Preto.

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Informações Setoriais

Mapa 2: Água Disponível no Solo, ao final de NOVEMBRO de 2008.

sem abusar !nascentes e cursos d’água.

sem abusar !nascentes e cursos d’água.

Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE re-sume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacionalde Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para osmeses de dezembro e janeiro.

O monitoramento das temperaturas da superfície do mar (TSM), ao longoda faixa equatorial no Oceano Pacífico Oeste, indica neutralidade climáticapara os meses de verão. Logo, para as áreas sucroenergéticas da RegiãoCentro-Sul do Brasil, estima-se que :

· A temperatura média ficará próxima da normalidade climática;· Quanto às chuvas, prevêem-se que serão próximas das respectivas

médias históricas em praticamente toda área sucroenergética da Região Cen-tro -Sul do Brasil;

· Como referência, as médias históricas das chuvas, pelo Centro Apta-IAC - Ribeirão Preto e municípios próximos, são próximas de 270mm emdezembro e de 280mm em janeiro.

· A previsão elaborada pela SOMAR Meteorologia e interpretadas paraa região de abrangência da CANAOESTE mostra que, durante o mês dedezembro, tanto a temperatura média como as chuvas poderão ficar próxi-mas das médias históricas; enquanto que, em janeiro, a temperatura serápróxima e as chuvas ligeiramente acima das normais climáticas.

Face a essas previsões, recomenda-se que fiquem atentos ao monitora-mento e atenções com a cigarrinha das raízes. Persistindo dúvidas, consul-tem os Técnicos CANAOESTE mais próximos.

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Por que a lavagem de canaa seco?

Artigo Técnico

Por que a lavagem de canaa seco?Jair Rosas da Silva*

Em rápidas palavras e de ummodo bastante amplo, a mis-são do Instituto Agronômico

de Campinas, integrante da AgênciaPaulista de Tecnologia dos Agronegó-cios, é gerar e transferir tecnologia parao agronegócio. Contudo, fica implícitoe subentendido que qualquer tecnolo-gia gerada, adotada ou difundida devese apoiar em um tripé formado pelo ba-lisamento da sustentabilidade, do so-cial e do aspecto econômico. O concei-to de sustentabilidade, segundo aONU, é o atendimento às necessida-des atuais sem comprometer as gera-ções futuras. Daí a preocupação dostécnicos do IAC quanto à lavagem dacana a seco.

Sem se descurar dos outros aspec-tos igualmente importantes, a susten-tabilidade, nesse e em outros casos, éum dos enfoques que tem sido consi-derado prioritário pelos técnicos doCentro de Engenharia e Automação doIAC, em função de uma ameaça oriun-da do emprego generalizado e indis-criminado de água pelos setores in-dustrial e agrícola de nosso país, es-pecialmente quando se observa a ex-pansão do setor sucroalcooleiro, umdos mais expressivos usuários dessabenesse natural.

Em 1990, quando o governo insti-tuiu o primeiro plano estadual de re-cursos hídricos, a captação de águapelas usinas era de 5,54 m³ por tonela-da de cana processada, o que repre-sentava 13% do consumo total no Es-tado. Em 2005, esse valor médio pas-sou a 1,83, segundo a Unica. Assim,houve um progresso nesse sentido.Mas, se multiplicarmos esse valor, queestá próximo do atual, pela tonelagemde cana prevista pela Unica para a sa-fra 2008/09 (487 milhões de toneladas),chegamos à cifra astronômica de 891,2milhões de m³ para esse consumo deágua, apenas pelo setor sucroalcoolei-

ro, sem considerar as demais indústri-as. Acrescente-se que para a produçãode cada litro de etanol, são consumi-dos cerca de 20 litros de água.

A se considerar o nível mundial, acada década a água está se tornandoum insumo cada vez mais escasso. Háinformes que na Alemanha, um dos pa-íses mais industrializados do mundo,já não existe água pura. A História mos-tra que civilizações evoluídas desapa-receram a partir do uso indiscriminadode recursos naturais, como os maiasna América Central, os habitantes daIlha de Páscoa, no Oceano Pacífico. NoBrasil, por exemplo, temos áreas em di-ferentes estágios no processo de de-sertificação, nas regiões nordeste, nonorte do Estado de Minas Gerais e nosul do Rio Grande do Sul.

O Brasil é um país privilegiado quan-to às reservas naturais de água doce.Detém cerca de 25% das águas docesfrescas do mundo. Temos algumas im-portantes bacias hidrográficas, como ado Rio Amazonas e seus afluentes, quedespeja 210.000 m³/s de água do Ocea-no Atlântico, dos rios Paraná, São Fran-cisco e outros. O Aquífero Guarani éum dos mais importantes mananciaisde água doce subterrânea do mundo,presente no Brasil, Argentina, Paraguaie Uruguai. No Brasil, o aquífero abran-ge o Estado de Mato Grosso do Sul e amaior parte de toda a região Sudeste.

Um estudo realizado no campus daUNESP de Rio Claro levantou a dire-ção e velocidade do fluxo da água, ageometria, as zonas de recarga e des-carga do aquífero e a qualidade da água.No Estado de São Paulo foram identifi-cadas as regiões de Botucatu, Brotas,Itirapina e Santa Rita do Passa Quatrocomo zonas de recarga do Aquífero e,em vista disso, em tais regiões devemser prioritariamente evitadas atividadespoluidoras do lençol. Observou que a

velocidade do fluxo e a reposição daágua são menores do que se imagina-va. E que existem contaminações porcompostos químicos principalmente noOeste Paulista, no Paraná, no Paraguaie nas áreas fronteiriças entre Brasil eUruguai e entre Uruguai e Argentina.As regiões de Ribeirão Preto e Araça-tuba, entre outras, promovem uso in-tensivo desse manancial de água sub-terrânea para abastecimento urbano.

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Artigo Técnico

Entre 12 a 15% do abastecimento dacidade de São Paulo é realizado porcaptação de água subterrânea. Em ou-tras cidades, hospitais, shoppings,postos de combustíveis, indústrias eempresas efetuam bombeamento pormeio de poços artesianos.

Assim, os fatos demonstram quenão estamos sabendo bem utilizar essaprofusão de recursos hídricos, haja vis-ta a condição em que hoje sobrevive orio Tietê quando este atravessa a Re-gião Metropolitana de São Paulo e, nopercurso, recebe a maior parte do es-gotamento industrial, o rio Paraíba doSul, quando cruza áreas fabris densa-mente povoadas dos Estados do Riode Janeiro e São Paulo, apenas para ci-tar alguns exemplos.

No exterior, há exemplos dignos demenção quanto ao gerenciamento daágua que cruza áreas densamente urba-nizadas. Em Londres, anteriormente o rioTâmisa era completamente poluído, prin-cipalmente por descargas industriais eurbanas, entretanto, um programa decontrole rigoroso de esgotamento indus-trial e doméstico resultou em sua com-pleta despoluição. O rio Sena, em Paris,em situação idêntica, hoje ostenta prai-as e piscinas artificiais.

No Brasil, podemos citar a indús-tria têxtil Covolan, de Santa Bárbara doOeste, SP, que há alguns anos perce-beu a redução do lençol freático de ali-mentação de três poços artesianos queabasteciam a empresa. Construiu sis-tema de tratamento e reaproveitamen-to de água, efetuando hoje um reusode 70% do líquido, que é devolvida aorio Capivari sob rigoroso controle. De-vido a esse conjunto de ações, a FIESPoutorgou à empresa em 2007 o Prêmiode Conservação e Reuso da Água.

A indústria sucroalcooleira utilizaágua na maior parte de seu processa-mento industrial: inicialmente, na pro-dução de matéria-prima, por fertirriga-ção dos canaviais, na lavagem da cana,no resfriamento de equipamentos, naprodução de vácuo nos evaporadores,na lavagem de esteira e para usos di-versos. Somente na lavagem de cana

uma usina ou destilaria pode consumirentre 2 a 30 m³ por tonelada. O Institu-to de Economia Agrícola, órgão daAgência Paulista de Tecnologia dosAgronegócios, previu para a safra 2008/09 o consumo de 1,7 milhões de metroscúbicos de água, nas usinas paulistas.Em vista do alto consumo de água docepelos setores industrial e agrícola, deum modo geral, o governo federal empassado recente legislou e instituiu acobrança pelo uso de corpos d‘água(rios, córregos, lagos, represas), que jáestá em vigor em alguns Estados, masisso não é suficiente para resolver aquestão, acreditamos.

A limpeza da cana ao adentrar nausina ocorre devido à necessidade deretirada de impurezas minerais e orgâni-cas que acompanham a matéria prima,em função principalmente dos sistemasde colheita da cana utilizados. Se colhi-da por meio de máquinas colhedorascombinadas automotrizes, estas efetu-am o corte raso próximo ou adjacente àsuperfície do solo e, por isso, condu-zem terra e palha junto aos rebolos (fra-ções de colmo) colhidos, muito emborahaja sistemas de limpeza no interior des-sas máquinas colhedoras. Se colhidamanualmente, a queimada prévia da canaresulta no transporte de volume consi-derável de fuligem. Em ambos os casos,tais matérias estranhas prejudicam oprocessamento industrial para obtençãode açúcar, dos diversos tipos de etanole a produção de energia nas turbinas deco-geração.

Especialistas opinam que a simplessubstituição do sistema tradicional delavagem de cana pelo sistema a secosignifica uma redução global no con-sumo de 2 m³ de água por tonelada decana processada (de 21 para 19 m³/ton).

A limpeza a seco consiste, resumi-damente, no seguinte: após a entradada matéria-prima na usina pela esteirade recepção ocorre a queda dos rebo-los de cana da mesa alimentadora, mo-mento em que jatos de ar fornecidospor um conjunto de possantes venti-ladores passam por entre a massa derebolos que foram anteriormente rece-bidos pela esteira de recepção e, nes-

sa ação, são arrastadas as partículasleves, as palhas secas e verdes, a ter-ra e a areia. As impurezas decantam nacâmara de captação e são retiradaspelo fundo, que as conduzem a umamoega. Os rebolos sem impurezascaem em uma esteira transportadora esão conduzidos à fase de extração docaldo, onde se inicia o processamen-to industrial de produção de etanol,açúcar e energia elétrica.

A lavagem de cana pelo sistema tra-dicional só se justifica esporadicamen-te, em casos de muita impureza, comoem dias de chuva, por exemplo.

Também é conveniente pensarmosem adotar outras tecnologias que vi-sam reduzir o consumo de água no pro-cessamento industrial sucroalcooleiro,como o fechamento dos principais cir-cuitos evaporativos, concentração docaldo, resfriamento, particulados, usode concentrados, instalação de colu-nas barométricas, retentor de fuligem erecirculação e reuso de água.

Uma das tecnologias inovadoras eeficazes no sentido de economizar aágua captada no meio ambiente é tra-balhar com a água contida na própriacana, considerando-se que cada tone-lada de cana contém cerca de 710 litrosde água. Essa tecnologia está sendodesenvolvida no Brasil, conhecidacomo uso de águas condensadas, re-cupera a água contida no rebolo de canae a usa em todo o processo industrial eainda tem condições de exportar o vo-lume excedente. Assim, em futuro nãomuito distante, não haverá necessida-de de captação de água no meio ambi-ente e as usinas, além de produziremetanol e açúcar, produzirão tambémágua, tal como realiza hoje com a ener-gia elétrica.

Esses e outros assuntos serão de-batidos em reunião técnica a ser reali-zada no Centro de Engenharia Agrí-cola do IAC a 17 de março próximo,em Jundiaí, para o qual estão todosconvidados.

*engenheiro agrônomo, pesquisador doCentro de Engenharia do IAC. E-mail:

[email protected]

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Legislação

Foi publicado no Diário da Justi-ça de 17 de novembro de 2008, adecisão do Ministro do Supre-

mo Tribunal Federal (STF), Dr. ErosGrau, concedendo liminar no sentidode suspender a eficácia da Lei Munici-pal nº 1.952, de Paulínia-SP., que proi-biu “o emprego do fogo para fins delimpeza e preparo do solo, inclusivepara o preparo do plantio e para a co-lheita de cana-de-açúcar”. O texto daliminar anula os efeitos da decisão doTribunal de Justiça do Estado de SãoPaulo, que julgou improcedente a AçãoDireta de Inconstitucionalidade contraa lei municipal.

Segundo o sítio eletrônico do STF,o “pedido de liminar foi formulado peloSindicato da Indústria da Fabricaçãodo Álcool do Estado de São Paulo (Si-faesp) na Ação Cautelar (AC) 2071, ajui-zada no STF para dar efeito suspensi-

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

QUEIMA DE CANA - Competência do

município para legislar proibindo a queimade cana sofre mais uma derrota. Agora, noSupremo Tribunal Federal

Revista Canavieiros - Dezembro de 20083030303030

QUEIMA DE CANA - Competência do

município para legislar proibindo a queimade cana sofre mais uma derrota. Agora, noSupremo Tribunal Federal

vo a um recurso extraordinário quequestiona decisão do Tribunal de Jus-tiça do Estado de São Paulo (TJ-SP),que julgou improcedente Ação Diretade Inconstitucionalidade (ADI) propos-ta contra a lei municipal”.

Como sabemos, alguns municípiosvem promulgando leis que proíbem ime-diatamente o uso do fogo como méto-do despalhador da cana-de-açúcar, emclara afronta à Lei Estadual nº 10.547/2000, alterada pela Lei nº 11.241,2002,assim como o Decreto Federal nº 2.661/98, que prevêem a eliminação gradati-va de tal prática agrícola. Este crono-grama existe no intuito de evitar, assim,um mal maior à sociedade civil, quepoderá se organizar adequadamentepara suportar e absorver a perda de pos-tos de trabalho, além de possibilitar queos pequenos e médios produtores seadaptem à nova realidade.

Em sua deci-são, o MinistroEros Grau obser-vou que “o pe-riculum in mora(perigo da demo-ra) é evidente,na medida emque os industri-ários filiados aosindicato têmsuas atividadescomprometidas em virtude da vedaçãoimposta pela lei municipal, quando lei es-tadual disciplina toda a matéria”.

Referida decisão tomada pela maisalta Corte do Poder Judiciário inibe queoutros municípios tomem a mesma me-dida, de promulgar leis proibindo o usodo fogo como método despalhador dacana, afrontando a legislação vigenteem nosso País.

Desigualdade de tratamentoentre meio urbano e o rural

Desigualdade de tratamentoentre meio urbano e o rural

Ao longo dos últimos anos, es-tamos presenciando o des-compasso com que é tratado o

meio rural e o meio urbano, principal-mente na área ambiental. Exige-se domeio rural mais do que se exige do meiourbano, como se o culpado de todos osproblemas ambientais fosse aquele, oque é uma tremenda inverdade. Sabe-mos que a maioria dos problemas ambi-entais ocorre na área urbana, tais comoo despejo descontrolado de esgoto eresíduos industriais nos cursos d’águas,falta de tratamento de esgoto, deposi-ção inadequada de resíduos orgânicos(lixão a céu aberto), emissão descontro-lada de gases causadores do efeito es-tufa pelos veículos automotores, etc.

Essa falta de tratamento isonômicoentre o meio rural e urbano, vem incrus-tando nos proprietários/produtoresrurais, principalmente nos pequenos e

médios, uma apatia e desinteresse pe-las lides no campo, com a sua conse-qüente migração à zona urbana.

Em excelente artigo extraído da Re-vista Eletrônica Ambiente Brasil(www.ambientebrasil.com.br), edição nº2849, de 29/11/2008, de autoria do De-putado Luciano Pizzatto, que é enge-

nheiro florestal, especialista em direitosocioambiental e empresário, além deter sido diretor de Parques Nacionais eReservas do IBDF/IBAMA 88/89, de-tentor, ainda, do 1º Prêmio Nacional deEcologia, o aludido autor faz uma sáti-ra desta situação que aqui iremos re-produzi-la na íntegra, para uma melhorreflexão das autoridades deste País.

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Legislação

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“Carta do Zé agricultor paraLuis da cidade”

Luis,Quanto tempo. Sou o Zé, seu cole-

ga de ginásio, que chegava sempre atra-sado, pois a Kombi que pegava no pon-to perto do sítio atrasava um pouco.Lembra, né, o do sapato sujo. A profes-sora nunca entendeu que tinha de ca-minhar 4 km até o ponto da Kombi naida e volta e o sapato sujava.

Lembra? Se não, sou o Zé comsono... hehe. A Kombi parava às onzeda noite no ponto de volta, e com acaminhada ia dormi lá pela uma, e o paiprecisava de ajuda para ordenhá asvaca às 5h30 toda manhã. Dava umsono. Agora lembra, né Luis?!

Pois é. Tô pensando em mudá aicom você. Não que seja ruim o sítio,aqui é uma maravilha. Mato, passari-nho, ar bom. Só que acho que tô estra-gando a vida de você Luis, e teus ami-go ai na cidade. To vendo todo mundofala que nóis da agricultura estamo des-truindo o meio ambiente.

Veja só. O sitio do pai, que agora émeu (não te contei, ele morreu e tiveque pará de estudá) fica só a meia horaai da Capital, e depois dos 4 km a pé, só10 minuto da sede do município. Mascontinuo sem luz porque os poste nãopodem passar por uma tal de APPA quecriaram aqui. A água vem do poço, umamaravilha, mas um homem veio e falôque tenho que fazê uma outorga e pagáuma taxa de uso, porque a água vai aca-bá. Se falô deve ser verdade.

Pra ajudá com as 12 vaca de leite (opai foi, né ...) contratei o Juca, filho dovizinho, carteira assinada, salário míni-mo, morava no fundo de casa, comiacom a gente, tudo de bão. Mas tambémveio outro homem aqui, e falô que se oJuca fosse ordenhá as 5:30 tinha querecebê mais, e não podia trabalha sá-bado e domingo (mas as vaca não pa-ram de faze leite no fim de semana).

Também visito a casinha dele, e dis-se que o beliche tava 2 cm menor doque devia, e a lâmpada (tenho gerador,

não te contei!) estava em cima do fo-gão era do tipo que se esquentassepodia explodi (não entendi?). A comidaque nóis fazia junto tinha que fazê par-te do salário dele. Bom, Luis, tive quepedi pro Juca voltá pra casa, desem-pregado, mas protegido agora pelo talhomem. Só que acho que não deu cer-to, soube que foi preso na cidade rou-bando comida. Do tal homem que veioprotegê ele, não sei se tava junto.

Na Capital também é assim né, Luis?Tua empregada vai pra uma casa boa todanoite, de carro, tranqüila. Você não deixaela morá nas tal favela, ou beira de rio,porque senão te multam ou o homem vaiaí mandar você dá casa boa, e um mon-tão de outras coisa. É tudo igual aí né?

Mas agora, eu e a Maria (lembradela, casei) fazemo a ordenha as 5:30,levamo o leite de carroça até onde era oponto da Kombi, e a cooperativa pegatodo dia, se não chove. Se chove, per-co o leite e dô pros porco.

Até que o Juca fez economia pranóis, pois antes me sobrava só um sa-lário por mês, e agora eu e Maria temossobrado dois salário por mês. Melho-ro. Os porco não, pois também veiooutro homem e disse que a distanciado rio não podia ser 20 metro e tinhaque derruba tudo e fazer a 30 metro.Também colocá umas coisa pra prote-ge o rio. Achei que ele tava certo e dis-se que ia fazê, e sozinho ia demorá unstrinta dia, só que mesmo assim ele memultô, e pra pagá vendi os porco e apocilga, e fiquei só com as vaca. O pro-motor disse que desta vez por este cri-me não vai me prendê, e fez eu dá cestabásica pro orfanato.

O Luis, ai quando vocês sujam orio também paga multa né?

Agora a água do poço posso pagá,mas to preocupado com a água do rio.Todo ele aqui deve ser como na tua ci-dade Luis, protegido, tem mato dos doislado, as vaca não chegam nele, não temerosão, a pocilga acabô .... Só que algo

tá errado, pois ele fede e a água é preta ejá subi o rio até a divisa da Capital, e elevem todo sujo e fedendo ai da tua terra.

Mas vocês não fazem isto né Luis.Pois aqui a multa é grande, e dá prisão.

Cortá árvore então, vige. Tinha umaárvore grande que murcho e ia morre,então pedi pra eu tira, aproveitá a ma-deira pois até podia cair em cima da casa.Como ninguém respondeu ai do escri-tório que fui, pedi na Capital (não temaqui não), depois de uns 8 mês, quandoa árvore morreu e tava apodrecendo,resolvi tirar, e veja Luis, no outro dia játinha um fiscal aqui e levei uma multa.Acho que desta vez me prende.

Tô preocupado Luis, pois no radiodeu que a nova Lei vai dá multa de 500,00a 20.000,00 por hectare e por dia da pro-priedade que tenha algo errado por aqui.Calculei por 500,00 e vi que perco o sitioem uma semana. Então é melhor vendê, eir morá onde todo mundo cuida da ecolo-gia, pois não tem multa ai. Tem luz, carro,comida, rio limpo. Olha, não quero fazênada errado, só falei das coisa por tercerteza que a Lei é pra todos nóis.

E vou morar com você, Luis. Maisfique tranqüilo, vou usá o dinheiro pri-meiro pra compra aquela coisa branca,a geladeira, que aqui no sitio eu enchocom tudo que produzo na roça, no po-mar, com as vaquinha, e ai na cidade,diz que é fácil, é só abri e a comida tá lá,prontinha, fresquinha, sem precisá denóis, os criminoso aqui da roça.

Até Luis.

Ah, desculpe Luis, não pude man-dar a carta com papel reciclado pois nãoexiste por aqui, mas não conte até euvendê o sítio.

(Todos os fatos e situações de mul-tas e exigências são baseados em da-dos verdadeiros. A sátira não visa ate-nuar responsabilidades, mas alertaro quanto o tratamento ambiental é de-sigual e discricionário entre o meiorural e o meio urbano.)”

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Repercutiu

MOÇÃO DE APLAUSOS E CONGRATULAÇÕESNo início de dezembro, o advogado Dr. Clóvis Aparecido

Vanzella recebeu uma moção de aplausos e congratulaçõespelos relevantes serviços prestados à advocacia e à comuni-dade sertanezina. A moção é do vereador Dr. Ademir José Sol-dera e foi aprovada pela Câmara Municipal de Sertãozinho.

“Nós realizamos a Agrishow desde sua infância e hoje com quinze anos defeira, já na sua adolescência, não vamos deixar que ela saia da sua cidade. Iremosfazer de tudo para que a feira continue sendo organizada aqui em Ribeirão Preto.”.

Deputada estadual e prefeita eleita de Ribeirão Preto, Darcy Vera.

Na inauguração do Centro de Convenções e lançamento do livro “Cana-de-açúcar”, no Centro de Cana do IAC, umdos principais assuntos foi a provável transferência da Agrishow de Ribeirão Preto para São Carlos. Leia o quedisseram as lideranças.

“Ribeirão Preto é o ponto do agronegócio e nin-guém tira esse título da cidade. Os produtores que-rem vir na feira aqui e não em outro lugar.”

Secretário da Agricultura e Abastecimento doEstado de São Paulo, João Sampaio.

“Em quinze anos de Agrishow aqui em Ribeirão Preto,nós demos tudo o que podíamos para a feira ser feita damelhor forma possível. Ribeirão tem a melhor infra-es-trutura para acolher um evento deste tamanho do que qual-quer outra cidade.”

Prefeito de Ribeirão Preto, Welson Gasparini.

“A Agrishow não sai de Ribeirão Preto, quem dá corpo à feira são osexpositores, organizadores e visitantes, e eles preferem a feira em Ribeirão.”

Deputado federal Duarte Nogueira, durante evento no Centro de Cana do IAC.

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Fabricação de álcool eaçúcar bate mais um recorde

Safra

Fabricação de álcool eaçúcar bate mais um recordeDa redação

Aindústria sucroalcooleira vaiencerrar a safra 2008 com 571,4milhões de toneladas de cana-

de-açúcar processadas, 13,9% a maisque a colheita passada. A área ocupa-da é de 8,5 milhões de hectares. O Cen-tro-Sul será responsável pela moagemde 87,9% da cana e a região Norte/Nor-deste por 12,1%. O volume é o maiorjá registrado no país. Os dados sãodo último levantamento desta safra,publicados na segunda-feira (15/12)pela Conab.

Do total da produção para a indús-tria, 246 milhões de t (+6,7%) serão usa-das na fabricação de 32,1 milhões detoneladas de açúcar. O etanol vai con-sumir 325,3milhões de toneladas decana, um crescimento de 20,1.%, geran-do 26,6 bilhões de litros de álcool, sen-do 10,1 bilhões do tipo anidro (mistura-

do à gasolina) e 16,5 bilhões do hidrata-do (utilizado diretamente nas bombas).

Para ter idéia do tamanho desta sa-fra, o volume processado pelas usinasequivale a aproximadamente 9,5 milhõesde treminhões, veículos para o transpor-te de cana. Enfileirados, os caminhõescom dois reboques e 60 toneladas, ocu-pariam cerca de 285 mil quilômetros deestradas. Segundo o presidente da es-tatal, Wagner Rossi, apesar da instabili-dade do setor, registrada nos últimosmeses, a valorização do dólar ajudou,em parte, o produtor a recuperar o preçode venda, estimulando as exportações.“Somos um dos maiores produtores deaçúcar mundial e referência na fabrica-ção de combustível a partir de matrizesde energias renováveis”, destaca. A pro-dução total atingirá 651,5 milhões detoneladas. Para cachaça, rapadura e ra-

ção animal serão destinadas 80,1 mi-lhões de toneladas. A matéria-prima plan-tada em 315,9 mil hectares só irá para aindústria na próxima safra. Com as chu-vas nos meses de abril e maio no Cen-tro-Sul e atraso no início das operaçõesde novas unidades de produção, os usi-neiros não tiveram tempo suficiente paramoer toda a cana.

Estados- O estado de São Paulosegue como maior produtor, com 340,5milhões de toneladas de cana utilizadana fabricação de álcool e açúcar. Emseguida vem Minas Gerais, com o usode 44,1 milhões de toneladas. Para rea-lizar a pesquisa, 53 técnicos da Conabpercorreram 388 usinas, entre os dias 2e 22 de novembro. Eles entrevistaramrepresentantes de usinas, entidades declasse, associações e cooperativas.

Fonte: Conab

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BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”COMEMORA 36 ANOS

Os interessados em conhecer as sugestões deleitura da Revista Canavieiros podem procurar

a Biblioteca da Canaoeste, na Rua AugustoZanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone

(16)3946-3300 - Ramal 2016

Cultura

No dia 14 de dezembro a Biblioteca“Gene-ral Álvaro Tavares Carmo”,

mais conhecida como Biblioteca da Ca-naoeste, completou 36 anos de história ededicação.

Ela foi fundada em 1972, pelo ex-pre-sidente da Canaoeste, Fernandes dosReis. Sempre com o objetivo de prestaros melhores serviços aos seus associa-dos, a partir da fundação da Biblioteca aCanaoeste passou a ser incentivadora decultura, levando muita informação e en-tretenimento aos fornecedores de canae à comunidade.

Atualmente a Biblioteca conta comum acervo de mais de 12 mil livros e tam-bém se tornou uma videoteca. Ela ofe-rece livros e vídeos para diferentes áre-as profissionais como contabilidade, ma-rketing, direito e os livros técnicos paraos agricultores. Segundo a bibliotecáriaMarcia Ferreira Pinto, o objetivo é “aju-dar e incentivar os fornecedores e fun-cionários do sistema a adquirirem gostopela leitura”.

A Biblioteca da Canaoeste esperacontinuar contando com o interesse detodos os fornecedores e funcionários paradar seqüência a esta atividade, que é tãoimportante e admirada nos dia de hoje.

Dica de LeituraDica de LeituraDica de LeituraDica de LeituraDica de Leitura“Cana-de-Açúcar”

A publicação do livro “Cana-de-Açúcar” mostra aimportância que esta cultura tem para o nosso país ecomo ela pode ser entendida por todos se explicadada maneira correta. Por esse motivo, o IAC (InstituoAgronômico) de Ribeirão Preto teve a idéia de escre-ver este livro, tornando-o uma verdadeira obra sobrea cana-de-açúcar.

Embora o livro tenha sido dividido em vários capítu-los, ele fala sobre a cana como um todo e não a dividindoem etapas de produção, o que torna a leitura agradável.Quem ler o livro encontrará informações sobre melhora-mento genético, experimentação, ambientes de produção, nutrição, entre outros. Valeressaltar que até o dia de seu lançamento, outras observações sobre a cana foramsurgindo, tornando-o incompleto, mesmo sendo um livro desta grandeza.

Os responsáveis por esta obra são os próprios pesquisadores do IAC, como LeilaLuci Dinardo Miranda, diretora do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Centrode Cana do IAC, Antônio Carlos Machado de Vasconcelos (in memorian) e MarcosGuimarães de Andrade Landell, diretor do Centro de Cana do IAC e coordenador doPrograma Cana IAC, sendo estes também os editores do livro. Além deles, o IACrecebeu ajuda de vários outros estudiosos da área e apoio financeiro de empresas.

"Os tropeiros"Livro feito para registrar os detalhes de uma mar-

cha que mudou o rumo do país, vinda do Rio Grandedo Sul a São Paulo. Com o apoio da Rede Globo eautoridades municipais e estaduais, cinco repórteres,incluindo José Hamilton Ribeiro, se revezaram numaviagem de 66 dias e 1.760 quilômetros montados emcima de uma mula para poder reproduzir para o Brasil ocaminho feito por estes tropeiros no século 18 e 19.

No livro pode ser encontrada cada minúcia dessaaventura e todas as informações de tudo aquilo quefoi necessário e dito durante esta jornada.

Além da obra “Música Caipira”, que o jornalista José Hamil-ton Ribeiro lançou no auditório da Canaoeste, a Canavieiros

traz outras duas dicas de leitura do mesmo autor.

"O livro das Grandes Reportagens"

Nesta leitura você pode encontrar histórias dejornalistas importantes registrando suas reporta-gens e lembranças inesquecíveis. Textos e descri-ções daquilo que foi vivido por eles durante encon-tros com Pelé, Monteiro Lobato, Aiatolá Khomeini,Allen Ginsberg, Zé Bilico, João Figueiredo, BuzzAldrin e Leonel Brizola. William Waack, Jsé Hamil-ton Ribeiro, Joel Silveira, Luiz Carlos Azenha, entreoutros, são alguns dos profissionais do quase vocêirá fazer parte de sua história.

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CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em

Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

3737373737

1) Vivemos numa época de crise financeira,ONDE todos pre-cisam economizar, disse Pedro.

Não economize no Português, prezado amigo leitor! Semcrises na Língua Portuguesa com a explicação abaixo.

Há confusão no uso do advérbio ONDE. Também funcionacomo pronome relativo, sempre exprimi a idéia de lugar.

Por esse motivo, deve retomar um termo ou expressão que igualmente se refiraa um lugar.

No exemplo em questão, o onde está retomando a expressão “numa época”,que remete à idéia de tempo. O mais adequado seria, então, usar as formas “emque” ou “na qual”.

Ex.: - Vivemos numa época de crise financeira, em que todos. - Vivemos em uma época de crise financeira, na qual todos.

2) “APARENTEMENTE TODOS PARECEM” gostar da idéia de confrater-nização na empresa.

Menos a Língua Portuguesa com essa redundância.Prezado amigo leitor cuidado com a redundância.O advérbio “APARENTEMENTE” e o verbo “PARECER”(do exemplo aci-

ma) têm o mesmo radical e significado próximos.É redundante dizer que alguma coisa ou alguém “aparentemente parece”.Essa superabundância de termos (ou pleonasmo) é desnecessária na fala e/ou

escrita.Em textos poéticos , a redundância pode criar belos efeitos estéticos (a chama-

da “licença poética”).

3) Final de Ano...Comemorações!Abraços... desejos... um “Kit” positivo para todos os queridos...Maria disse em “COMEMORAÇÃO AOS” 25 anos da empresa junto com o

final de 2008 haverá uma bela festa!

Vamos comemorar,então, corretamente!Comemoramos uma data especial, logo fazemos a COMEMORAÇÃO DE uma

data especial (comemoração rege complemento introduzido pela preposição “DE”).Para a comemoração ser brindada por todos , a frase correta é:“...em comemoração dos 25 anos...”

Um segundo complemento pode ser necessário à frase para indicar COMQUE COMPANHIA se comemora a tal data especial.

Assim, comemora-se algo com alguém ou faz-se comemoração de algo com alguém.Outro exemplo correto:Em comemoração aos 25 anos da empresa (algo) junto com o aniversário de

Maria (alguém) haverá uma bela festa!

Cultura

MEUS QUERIDOS LEITORES:

Cá estamos findando mais um Ano...Cá a minha felicidade em findar um

Ano com vocês...Cá estou desejando o que todos de-

sejam de um jeito especial de desejar...Cá agradeço por tê-los comigo no final

de mais um ano e iniciando outro: 2009!Cá desejo, para mim, para todos

vocês, meus sempre queridos leitoresmuitos Anos para comemorarmos...

Cá desejo com afeto, recheado dealegria e amigos, um coração que quei-ra desejos realizáveis ...

Cá, segundo Fernando Pessoa, de-sejo “...Esse rio sem fim”...

Cá, segundo Drummond, desejo“...a melhor coisa da vida: O Amor”.

Com todo o meu carinho e sempregrata

Renata

PARA VOCÊ PENSAR:

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e essealguém fizer seu coração parar defuncionar por alguns segundos, pres-te atenção: pode ser a pessoa maisimportante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, nes-te momento,houver o mesmo brilhointenso entre eles, fique alerta: podeser a pessoa que você está esperan-do desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for inten-so, se o beijo for apaixonante, e osolhos se encherem d’água neste mo-mento, perceba: existe algo mágicoentre vocês.

Se o primeiro e o último pensa-mento do seu dia for essa pessoa, seà vontade de ficar juntos chegar aapertar o coração, agradeça: Deuste mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos si-nais - não deixe que as loucuras dodia-a-dia o deixem cego para a me-lhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade

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Revista Canavieiros - Dezembro de 20083838383838

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Tatu, 5.500 kg ano 2007.· Uma S-10, 2.8, interculer, diesel, ano 2000.· Uma F-1000, cabine dupla, ano 1982.Tratar com o cooperado José Ricar-

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Vendem-se- Valtra 1880-S, ano 1998- Valtra 1880-S, ano 2001- Valtra BH-180, ano 2002- Valtra BH-180, ano 2003

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com freio, boca de lobo e Cab Parts. Ven-do ou troco por transbordo. Tratar comJoão Carlos Martins de Freitas pelo e-mail: [email protected].

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