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Conselho Editorial

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Editorial

Revista Canavieiros - Março de 2009

Nesses tempos em que as pa-lavras acreditar e confiar sãonecessárias para enfrentar a

turbulência sem maiores danos, a Re-vista Canavieiros traz entrevista com opresidente executivo da UDOP, Anto-nio Cesar Salibe. Mesmo com a crise,ele se mantém otimista e se diz surpresocom os negócios gerados durante a Fei-cana/Feibio, realizada em Araçatuba.

O presidente da Canaoeste, Ma-noel Ortolan, faz uma análise positi-va sobre as perspectivas para o setordepois de dois importantes anúnci-os: os investimentos da Petrobráspara ter participação em usinas e oprograma de financiamento de esto-ques com recursos do BNDES, deno-minado warrantagem.

Em Notícias Copercana temos ostreinamentos realizados pela Unamedurante o mês de fevereiro para funci-onários e cooperados. Foram feitoscursos em laboratórios e com equipa-mentos agrícolas e para os produto-res do Projeto Amendoim Copercana.

A secção Notícias Canaoeste trazo encontro sobre variedades de cana,realizado na Estação Experimental deCitricultura, em Bebedouro. O geren-te técnico da Canaoeste, GustavoNogueira, coordenou os trabalhos,que contou com a participação depesquisadores do IAC, CTC e UFS-Car/Ridesa.

Esta edição também traz o prêmioCanasauro 2009, em que o presidenteda Canaoeste, Manoel Ortolan, foihomenageado pelo trabalho de gran-de importância que realiza dentro dosetor sucroalcooleiro.

A Canaoeste também realizou nomês de fevereiro sua Assembléia Ge-ral Ordinária, quando foram feitas a

Crença econfiançaCrença econfiança

apresentação e prestação de contas doexercício de 2008 aos seus associados.

Ainda em Notícias Canaoeste a re-vista aborda a nova parceria firmadaentre o Netto Campello Hospital eMaterinadade e a Associação de Pro-teção à Maternidade e a Infância- Ma-ternidade Fernando Magalhães, deMonte Azul Paulista, que trará bene-fícios para todos os seus associadose aumentará a relação de cooperação.Já em Bebedouro, a Canaoeste firmouum novo contrato com a dentistaRose Leone, que atenderá os associ-ados à Canaoeste.

A Reportagem de Capa traz a maisnova estimativa de safra, apresentadapelo presidente da Datagro, PlinioNastari, em Araçatuba. O levantamen-to aponta um crescimento de 6,08% naprodução de cana, que poderá chegarem 530 milhões de toneladas de cana.

O consultor da Canaoeste, CléberMoraes, traz em seu artigo técnico di-cas importantes sobre como gerenci-ar os escassos recursos na produçãode cana-de-açúcar em momentos decrise e também faz um alerta sobre oscuidados que o fornecedor deve terantes de contratar serviços agrícolas.

Em Pragas e Doenças, a Canaviei-ros apresenta a Biocana, um labora-tório de entomologia, formado no anopassado na região de Campo Floridopara a criação de agentes de controlebiológico, como a “vespinha”, prin-cipal agente de combate às pragasdos canaviais.

Para finalizar, o advogado da Canao-este, dr Juliano Bortoloti, fala sobre a im-portância e a necessidade do ProtocoloAgroambiental para o setor canavieiro.

Boa leitura.

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Boas notícias no meioda crise

Manoel Carlos de Azeve-do OrtolanPresidente da Canaoeste

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

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OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

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CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Balancete Mensal

- Canaoeste realiza encontro sobre varie-dades de cana- Manoel Ortolan recebe prêmio Canasauro- Canaoeste realiza AGO- Netto Campello firma novas parcerias

Safra é aberta comprevisão de crescimentode 6,08%Segundo a Datagro, a regiãoCentro-Sul deverá moer 530milhões de toneladas decana; safra deve terremuneração maior

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana- Uname realiza treinamentos paracooperados e funcionários- Safra de grãos volta a crescer

CONSECANA

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

ARTIGOSTÉCNICOS

ASSUNTOSLEGAIS

PRAGAS EDOENÇAS

REPERCUTIU

CULTURA

AGENDE-SE

CLASSIFICADOS

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EDITORA:Cristiane Barão – MTb 31.814

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Carla Rossini – MTb 39.788

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

Rafael H. Mermejo

FOTO CAPA:Divulgação Equipav

COMERCIAL E PUBLICIDADE:(16) 3946-3311 - Ramal: 2008

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues,Carla Rossini, Daniel Pelanda,

Janaina Bisson, Letícia Pignata,Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:11.000 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas

são de responsabilidade dos autores. Areprodução parcial desta revista é

autorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

[email protected]

Ponto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vista

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EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Antonio Cesar SalibePresidente executivo daUDOP

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Artigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoEstudo com Adubo Orgânico Líquido ContendoAminoácidos de Extrato de Peixe

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"Para o setor, a crise temprazo de validade", dizSalibe

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"Para o setor, a crise temprazo de validade", diz Salibe

Antonio Cesar Salibe

Entrevista

Da redação

Antonio Cesar Salibe

"Para o setor, a crise temprazo de validade", diz Salibe

O balanço dos negócios geradosna Feicana/Feibio, realizada entreos dias 10 e 12, em Araçatuba, ain-da não foi fechado, mas deve serpositivo, apesar da crise. É o queacredita o presidente executivo daUDOP (União dos Produtores deBioenergia), Antonio Cesar Salibe.De acordo com ele, a feira sentiu acrise, mas em menor grau do queera esperado. No próximo ano oevento deve ser realizado tambémno Mato Grosso do Sul.

Para Salibe, o setor deve sair dacrise antes dos demais. Leia, a se-guir, a entrevista que ele concedeuà Canavieiros por e-mail.

Presidente executivo da UDOP

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Entrevista

“"Deverá haver um adiamento momentâneoda instalação dessas unidades pelo tempo

que durar essa restrição de créditos"

Canavieiros: A expectativa para aedição da Feicana/Feibio deste anoera repetir o volume de negócios doano passado. Isso ocorreu?

Antonio Cesar Salibe: A Safra Even-tos, empresa que organiza a feira, aindanão divulgou um balanço total de negó-cios firmados durante os três dias daFeicana/FeiBio. Acreditamos que o vo-lume de contratos deva ter caído umpouco em decorrência do momento tur-bulento no mercado financeiro, que atin-giu as usinas que sofrem com a falta dedinheiro, agravado pela crise e pela bai-xa remuneração de seus dois principaisprodutos: o açúcar e o etanol. Mas sou-bemos de inúmeros negócios, principal-mente na área de máquinas agrícolas edemais, que foram fechados durante afeira e outras dezenas de contatos queforam firmados e que notempo certo serão concre-tizados entre as partes. Detoda a forma, a maioria dosexpositores que acreditouna Feicana, mesmo dianteda crise, saiu satisfeita com os negóci-os e contatos realizados.

Canavieiros: De alguma forma, a

feira, que é uma das mais importantesdo setor, sentiu os efeitos da crise?

Salibe: Como explicado anterior-mente, a feira sentiu os efeitos da crisesim, mas em menor grau do que se es-perava. Mais de 90% dos expositoresque estavam na edição de 2008 manti-veram seus estandes nesta edição, alémda entrada de outras empresas, perma-necendo assim com um volume de 300expositores.

Canavieiros: Dá para avaliar se o

setor está no começo, no meio ou nofim da crise?

Salibe: Segundo nossos analistas,é difícil precisar em qual estágio da criseenfrentamos hoje. Porém, uma coisa écerta: para o setor, a crise tem prazo devalidade. O açúcar começa a ter seu pre-ço recuperado no mercado externo, de-vido principalmente à quebra da safrana Índia, que passará neste ano de ex-portadora para importadora da commo-dity. Quanto ao etanol, mesmo com ospreços ainda pouco ou nada remunera-dores, com quedas em plena entressa-fra nas usinas paulistas, ainda há uma

previsão de aquecimento de consumopara este ano por diversos fatores, até olançamento de motocicletas flex, o quedeve abrir novos mercados e com issohaverá uma recuperação gradativa norendimento. Assim, temos convicção deque com muito trabalho o setor devasair antes que os demais da crise.

Canavieiros: No processo de ex-

pansão do setor, o noroeste paulista éo principal endereço das ampliaçõese construções de unidades industriais.O que mudou depois da crise?

Salibe: A nosso ver nada se alterou,a não ser o adiamento de alguns proje-tos que ainda estavam em fase embrio-nária, com o aguardo de licenças ambi-entais. Nesses casos deverá haver umadiamento momentâneo da instalação

dessas unidades pelo tempo que duraressa restrição de créditos. No mais, con-tinuamos sendo a região com melhorescondições para a expansão do setor,com disponibilidade de terras, com to-pografia, clima e logística inigualáveis,mão-de-obra em abundância, enfim, comtodas as condições que fizeram dessaregião o pólo bioenergético da regiãoCentro-Sul do Brasil.

Canavieiros: Das unidades previs-

tas para entrarem em operação nasafra passada, quantas efetivamenteiniciaram a moagem? E para esta safra,quantas devem iniciar?

Salibe: Conforme levantamento denosso departamento de economia eestatística, o Oeste Paulista ganhou nasafra 2008/09 mais 13 unidades e paraeste ano deve ganhar outras quatrounidades.

Canavieiros: O senhor acha que os

recursos anunciados pelo governopara estocagem de etanol para a sa-fra 2009/10 são suficientes? O que ogoverno deve fazer ainda para esti-mular o setor?

Salibe: O valor anunciado pelo go-verno – R$ 2,5 bilhões - é razoável, oque permitirá uma estocagem bastante

significativa no volume total produzido.Mas o problema maior que o setor ques-tiona não é com referência ao tamanhodo cheque, mas sim como esses recur-sos vão chegar às usinas, uma vez queas unidades estão com sérios proble-mas de crédito, com bancos tendo difi-culdade em dar dinheiro novo a essasusinas. Além disso, o custo desse di-nheiro também preocupa e quando eleestará disponível, pois se não chegarno início da safra, dificilmente surtiráseus efeitos. Como esses desafios se-rão vencidos é o principal ponto agora.

Canavieiros: Quanto a região no-

roeste deve produzir de cana, açúcare etanol nesta próxima safra?

Salibe: Ainda não temos fechado ovolume total de processamento de cana

para a safra que deve come-çar nas primeiras semanasde abril. A dificuldade nes-sas previsões leva em con-ta uma série de fatores, comoo volume de cana bisada da

safra passada, que ainda não temos areal dimensão, e o fato de ainda muitasusinas não terem parado suas safras,devendo emendar os dois períodos decolheita, o que dificulta qualquer esti-mativa a respeito. Acreditamos sim, quenão haverá qualquer queda na produ-ção para esta safra, mas quanto ao volu-me maior ainda depende de outros fato-res, como quando as novas usinas en-trarão efetivamente em operação etc.

Canavieiros: Quais os planos para

a próxima edição da Feicana/Feibio?Salibe: Tradicionalmente a Feicana/

FeiBio é responsável pela abertura dociclo de feiras do setor, sendo a únicarealizada durante o período onde tradici-onalmente ocorre a entressafra. Assim,nossa expectativa é de que a feira conti-nue provendo o setor da melhor tecnolo-gia para enfrentar a crise e que, por meiode parcerias sólidas, com a Datagro oumesmo o ICOOI (Instituto de Coopera-ção Internacional) continuemos sendopalco das discussões sobre o futuro pro-missor do setor e suas perspectivas.Além disso, estamos também com gran-de expectativa para a inauguração daFeicana no Estado do Mato Grosso doSul, ainda sem data certa, mas com previ-são de ser inaugurada em 2010.

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Ponto de Vista

Boas notícias no meio da criseBoas notícias no meio da criseManoel Carlos de Azevedo Ortolan*

Em meio às notícias da crise fi-nanceira, duas deram uma inje-ção de ânimo ao setor sucroe-

nergético nessas últimas semanas: osinvestimentos da Petrobras para adqui-rir participação em usinas e o anúnciodo programa de financiamento de es-toques, chamado de warrantagem, comrecursos do BNDES.

A PBio (Petrobras Biocombustí-veis) quer abocanhar pelo menos 20%do total do crescimento da produçãode etanol no mercado nacional pormeio da aquisição de até 40% de parti-cipação em usinas. Os planos de in-vestimentos da Petrobras em biocom-bustíveis entre 2009 e 2013 envolvemUS$ 2,4 bilhões em produção, dosquais cerca de US$ 400 milhões esteano. O etanol receberá US$ 1,9 bilhãoe o biodiesel US$ 480 milhões.

Nos próximos dois meses a PBiodeve concluir a participação em pelomenos quatro projetos de novas usi-nas no país. Outros cinco projetos es-tão previstos para entrarem em opera-ção em 2012 e mais oito entram em2013. Juntas, essas aquisições em par-ticipações em usinas representarão 1,9bilhão de litros em 2013.

Além dos investimentos da PBio,ainda serão destinados para a logísticados biocombustíveis US$ 400 milhões,e outros US$ 500 milhões em pesqui-sas, via o centro de pesquisas da Pe-

trobras, o Cenpes, totalizando US$ 3,3bilhões. Além da injeção de recursos nosetor nesse momento de turbulências,a entrada da Petrobras, estatal brasilei-ra de credibilidade no mercado mundiale expertise em logística e exportação,pode atrair ainda mais a atenção e inte-resse dos investidores estrangeiros.

Já o programa de financiamentopara estocagem foi anunciado pelo mi-nistro da Agricultura, Reinhold Stepha-nes, no último dia 5. O BNDES irá des-tinar R$ 2,5 bilhões para financiar a es-tocagem de cinco bilhões de litros deetanol na safra 2009/10. Os detalhesdo programa estão sendo definidos ea expectativa é que os recursos sejamdisponibilizados rapidamente, já que asafra já está aí.

A formação de estoques de etanolé um meio de reduzir a volatilidade ex-cessiva dos preços e dos volumes co-mercializados ao longo do ano e evitardesequilíbrios na remuneração da ca-deia produtiva. Sem estoques, o com-bustível tende a ficar mais caro nasbombas no período da entressafra ouentão o resultado é o que estamos ven-do neste ano: com dificuldades de aces-so ao crédito por conta da crise, mui-tas indústrias estão vendendo o pro-duto a preços baixos para fazer caixa eisso desequilibra o setor.

Essa ajuda do governo vem em boahora, mas é importante que a cadeia

produtiva também faça a sua parte,buscando maior organização e orde-namento de seus elos. Os fundamen-tos do setor continuam positivos, ape-sar da crise mundial: deve haver recu-peração nos preços do açúcar e aumen-to nas exportações brasileiras do pro-duto e a demanda de etanol seguirácrescente. O setor precisa aproveitaresse bom momento e as medidas deapoio para se reestruturar e contornardificuldades que sempre existiram,como essas oscilações de preços quedesestabilizam toda a cadeia.

*presidente da Canaoeste(Associação dos Plantadores de

Cana do Oeste do Estado de São Paulo)

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Uname realiza treinamentospara cooperados efuncionários

NotíciasCopercana

Uname realiza treinamentospara cooperados efuncionáriosCarla Rodrigues

AUnidade de Grãos da Coper-cana (Uname) realizou no mêsde fevereiro vários encontros

com profissionais para atender as neces-sidades técnicas dos cooperados e funci-onários quando o assunto é amendoim.

O primeiro encontro falou sobre trei-namento laboratorial e aconteceu no dia5. O evento contou com a participaçãodos consultores da ESALQ, Dra. Ma-ria Antônia e Dr. Eduardo Micotti, quejuntamente com a equipe de qualidadeda Copercana destacaram a importân-cia do trabalho de amostragem, análi-ses físicas e químicas do amendoim ecompetência para produzir o grão comsegurança e qualidade.

No mesmo dia, em Herculândiahouve um treinamento com os produ-tores daquela região realizado pela em-presa Miac com o objetivo de treinaros participantes para operar de formacorreta os equipamentos agrícolas, ori-entando sobre as regulagens, manu-tenções e normas de segurança.

O último treinamento aconteceu nodia 13 de fevereiro para os produtoresdo Projeto Amendoim Copercana e foiministrado em conjunto pela equipe dequalidade da Copercana e pelo Enge-nheiro Pedro Faria.

O engenheiro Pedro Faria ressaltoua importância da aplicação e utilizaçãoda tabela de maturação do amendoimpara a estimativa do início da colheita.

Também foram abordados assuntosrelativos ao manejo correto na colheitapara evitar perdas e impurezas, assim

como o caderno de campo que é funda-mental para a comprovação das boas prá-ticas agrícolas, rastreabilidade e a impor-tância da qualidade desde o campo.

Todos estes treinamentos têmcomo objetivo fundamental a orienta-ção e conscientização de todos os en-volvidos no projeto do amendoim afim de atender as exigências do mer-cado consumidor (interno e externo).Pois manter a rastreabilidade desde ocampo até o produto final é o diferen-cial que garante a qualidade dos pro-dutos da Copercana.

Safra de grãos volta a crescerSafra de grãos volta a crescer

Após cinco meses de quedasconsecutivas, a produção degrãos no Brasil voltou a cres-

cer. O sexto levantamento da safra 2008/09, divulgado na segunda-feira (9 demarço) pela Conab, mostra que o paísvai colher 135,32 milhões de toneladas,crescimento de 0,47% em relação à pes-quisa do mês passado. Mesmo comesta recuperação, a projeção é 6,1% me-nor que a do ciclo anterior.

O incremento nesta edição, em re-lação ao quinto estudo, está na segun-da safra de feijão (safra da seca), quepassou de 1,41 para 1,55 milhão de to-neladas (+9,9%), no arroz,de 12,35 para12,52 milhões t(+1,3%), na soja, de

57,21 para 57,63 milhões t (+0,7%), eno milho total,de 50,30 para 50,37 mi-lhões t (+0,1%).

Mesmo com o crescimento registra-do de fevereiro para março, a maior par-te dos estados terá produção menor quea do ciclo passado, resultado do atrasodo plantio em algumas regiões e do cli-ma adverso durante o desenvolvimentodas culturas. A estimativa para o perío-do atual é de 57,63 milhões de toneladaspara soja (cerca de 50%colhida), 50,30milhões t para o milho total (cerca de45% do milho primeira safra colhidos),12,52milhões de t para o arroz (cerca de15% colhidos) e 3,73 milhões do feijãototal (primeira safra 100% colhida).

Área– A área total do plantio degrãos será de 47,68 milhões de hecta-res, 0,5% maior que na safra passada.Entre as lavouras que ganharam es-paço estão o feijão (3,99 para 4,17 mi-lhões ha) e o arroz (2,87 para2,89 mi-lhões ha).

A pesquisa foi realizada entre osdias 16 e 20 de fevereiro. A estatal ou-viu produtores rurais, agrônomos etécnicos de cooperativas, secretariasde agricultura, órgãos de assistênciatécnica e extensão rural e agentes fi-nanceiros dos principais municípiosprodutores do país.

Fonte /Conab

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Canaoeste realiza encontrosobre variedades de cana

NotíciasCanaoeste

Canaoeste realiza encontrosobre variedades de canaCarla Rodrigues

ACanaoeste promoveu, no dia5 de março, o 2º Encontro So-bre Variedades de Cana-de-

açúcar, realizado na Estação Experimen-tal de Citricultura, em Bebedouro. Oevento contou com o apoio da FMC ea participação de aproximadamente 200associados.

O gerente técnico da Canaoeste,Gustavo Nogueira, coordenou os tra-balhos que teve a participação dos pes-quisadores Marcos Landell, do IAC(Instituo Agronômico), Carlos Sugui-tani, do CTC (Centro de TecnologiaCanavieira) e Hermann Paulo Hoff-mann, da UfsCar/Ridesa (Rede Inter-universitária para o Desenvolvimentodo Setor Sucroalcooleiro).

O tema principal da reunião foi omanejo e uso adequado das principaisvariedades de cana-de-açúcar planta-das atualmente, destacando a região deabrangência da Canaoeste. O pesqui-sador Carlos Suguitani falou sobre asnovas variedades que o CTC deve lan-çar ainda este ano.

Já o professor Hoffmann destacou queo Brasil, pelo seu desempenho em relaçãoà inovação na produção de etanol, tem o

menor custo comparado a outros países.Também aproveitou o momento para falarsobre os ganhos obtidos com as varieda-des precoces: RB966928, RB925345,RB855453 E NA56-79.

Landell falou sobre a importância dotrabalho realizado pelas instituições emmelhoramento genético da cana, a valo-rização das variedades com as quais osolo já está acostumado e também co-mentou sobre as pré-variedades do IAC.

O evento teve como intuito aproxi-mar cada vez mais o produtor de cana de

sua associação e dos pesquisadores quetrabalham para melhorar e facilitar o ser-viço do produtor. “Os fornecedores nãoproduzem como as usinas, então temosque fazer o melhor possível por eles”,comentou o pesquisador Carlos do CTC.

“Essas reuniões proporcionam aaproximação dos centros de pesquisascom os produtores, de forma que pode-mos esclarecer dúvidas e dar orienta-ções diretas aos associados. Eu apreciomuito isso, pois nos permite redirecio-nar as pesquisas de acordo com as ne-cessidades deles”, afirmou Landell.

Carlos Suguitani (CTC), Marcos Landell (IAC), Éder, Prof. Dr. Hermann Paulo Hoffmann(Ridesa / UFSCar), Gustavo Nogueira (Canaoeste) e Carlos Correa (FMC)

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NotíciasCanaoeste

Manoel Ortolan recebeprêmio Canasauro 2009Manoel Ortolan recebeprêmio Canasauro 2009

Durante a realização da Feicana/Feibio, em Ara-çatuba, o presidente da Canaoeste, ManoelOrtolan, recebeu o prêmio Canasauro 2009, que

reconhece o trabalho, a luta e a perseverança conquis-tados por profissionais que concretizaram o momentode grande importância vivido pelo setor sucroenergéti-co brasileiro.

Neste ano foram escolhidos 69 autoridades commais de 30 anos de experiência para serem homenage-ados, reunindo em um só espaço grandes nomes dahistória do setor.

Canaoeste realizaassembleia geral ordináriaCanaoeste realizaassembleia geral ordinária

Adiretoria da Canaoeste reali-zou no dia 13 de fevereiro a As-sembleia Geral Ordinária para

apresentação e prestação de contas doano de 2008. O presidente da associa-ção, Manoel Ortolan, comandou a pauta

que incluiu a leitura, discussão e vota-ção do balanço, relatório da diretoria eparecer do Conselho Fiscal e também fa-lou sobre os serviços assistenciais pres-tados pela Canaoeste. Durante a assem-bleia, foram apresentadas pelo Departa-

mento de Planejamento da associação,as projeções de ATR, valores para fecha-mento e números da safra 2008/2009.

Para finalizar, o diretor Luiz Carlos Tas-so Júnior apresentou as posições doNetto Campello Hospital e Maternidade.

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NotíciasCanaoeste

Consecana

Aseguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entreguedurante o mês de FEVEREIRO e ajuste parcial da safra 2008/2009. O preço médio do kg de ATR para o mês deFEVEREIRO, referente à Safra 2008/2009, é de R$ 0,2746.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de ABRIL de 2008 a FEVEREIRO de 2009 eacumulados até FEVEREIRO, são apresentados a seguir:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 15/0827 de fevereiro de 2009

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercadoexterno (ABME e AVHP), do etanol anidro e hidratado carburantes (AAC e AHC), destinados à industria (AAI e AHI) edestinados ao mercado externo (AAE e AHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de ABRIL de 2008 a FEVEREIROde 2009 e acumulados até FEVEREIRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/08, são os seguintes:

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NotíciasCanaoeste

Netto Campello firma novasparcerias para 2009Netto Campello firma novasparcerias para 2009Carla Rodrigues

ONetto Campello Hospital e Ma-ternidade em parceria com aAssociação de Proteção à Ma-

ternidade e a Infância - MaternidadeFernando Magalhães, de Monte AzulPaulista, proporcionará a todos os as-sociados da Canaoeste da região, pre-ços especiais em consultas realizadasna Maternidade Fernando Magalhães.

O objetivo desta parceria é au-mentar a relação de cooperação, fa-zendo com que haja um maior movi-mento na Maternidade, e ocupar oespaço que ela tem, explica o Dr. Pau-lo David, médico responsável e su-pervisor da entidade.

“Aqui os associados poderão en-contrar disponibilidade e qualidade deserviços oferecidos por nós e pelo Net-to Campelo”, complementou Dr. Paulo.

Também através desta parceira, os

associados Canaoeste não pre-cisarão mais se deslocar até Ser-tãozinho para serem atendidos,somente em casos mais gravesquando for necessário uma es-trutura hospitalar completa.

Para realizar uma consultaatravés da Canaoeste, basta oassociado apresentar a carteirade trabalho para comprovar ovínculo com a associação.

Em Bebedouro, a Canaoeste firmouum novo contrato para o atendimentoodontológico com a dentista, RoseLeone, que passa a atender os associ-ados à Canaoeste.

“Tudo o que é exigido para umatendimento de qualidade nós temosaqui. Em breve vamos aumentar o con-sultório e usá-lo para trazer benefíci-os a todos os meus pacientes e asso-

ciados”, disse Dra. Rose.Todos os associados têm uma ta-

bela de preços diferenciados para con-sultas. Os funcionários da associaçãoe filhos até 14 anos, recebem atendi-mento gratuito.

O consultório fica localizado naRua Antônio Toller, 368, Jardim Para-íso – Bebedouro/SP. O telefone é(17)3343-6572.

Rose Leone:atendimento

odontológicopara os

associados deBebedouro

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NotíciasCocredBalancete MensalBalancete MensalCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade Sertãozinho BALANCETE - JANEIRO/2008

Valores em Reais

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AGRISHOW 2009 terárecorde de expositoresAGRISHOW 2009 terárecorde de expositores

ABIMAQ prevê que AGRISHOW 2009 vai determinar a “hora da virada”do agronegócio brasileiro

Aorganização da AGRISHOW2009 está entusiasmada com oritmo de fechamentos de con-

tratos de compra e ampliação de espa-ço pelos expositores da 16ª edição damaior feira de agronegócio da AméricaLatina, que será realizada no períodode 27 de abril a 2 de maio próximo, emRibeirão Preto/SP.

Neste ano, a área de exposição foiprojetada para ser maior que a ediçãoanterior. Serão 145 mil metros quadra-dos comportando cerca de 720 empre-sas e instituições que deverão apresen-tar em torno de 2 mil produtos de tec-nologia de ponta, além de serviços in-dispensáveis, para os estimados 140 milvisitantes qualificados, que virão devárias partes do País e do Exterior inte-ressados na realização de negócios.Durante a feira, serão promovidos vá-rios cafés matinais com os maiores pro-dutores de cana, café, açúcar, grãos eagropecuária, visando potencializarnegócios com os expositores daAGRISHOW.

A estimativa de negócios para esteano é chegar a R$ 870 milhões.

Para Luiz Aubert Neto, presidenteda ABIMAQ – Associação Brasileira daIndústria de Máquinas e Equipamentos,realizadora do evento em conjunto coma ABAG - Associação Brasileira do Agri-business, ANDA - Associação Nacio-nal para Difusão de Adubos e SRB -Sociedade Rural Brasileira, “a grandeprocura, nas últimas semanas, por es-paços dentro da AGRISHOW confirmanossas expectativas, sinalizando que asempresas expositoras continuam acre-ditando na força do agronegócio brasi-leiro e que não podem ficar de fora deuma das três maiores feiras mundiais dosetor”. Ele assegura que “a AGRISHOW2009 marcará a “hora da virada” do agro-negócio em nosso País”.

Aubert considera que o produtorbrasileiro evoluiu muito, está maisbem informado, tecnificado, experien-te, seguro e preparado para os desa-fios. Lembra que “foi a agriculturaque tirou os Estados Unidos da de-

Destaque

pressão de 1929 e restabeleceu o cír-culo virtuoso da economia america-na e mundial. No Brasil, a agriculturacontinua sendo a grande indutora dodesenvolvimento dos demais seg-mentos econômicos”.

Aumento de área e infra-estruturaOs organizadores do evento assina-

lam que parte dos tradicionais e principaisexpositores tem solicitado ampliação deárea para montagem de seus estandes.

Há também expressiva solicitaçãode espaço por empresas que desejamdebutar nesta edição. Todos os seg-mentos do agronegócio estarão repre-sentados na AGRISHOW 2009, comotratores, colheitadeiras, implementosagrícolas, caminhões e implementosrodoviários, pickups, autopeças, insu-mos (fertilizantes, adubos, sementes,defensivos agrícolas), silagem, bancose outros, além de instituições comoMinistério da Agricultura e Pecuária,Secretaria da Agricultura e Abasteci-mento do Estado de São Paulo, Prefei-tura Municipal de Ribeirão Preto, Fa-esp, Embrapa, IAC, Apex, Universida-des, Embaixadas, Câmaras de Comér-cio, entre outras.

Conforme destaca a ABIMAQ, aampliação da área de exposição con-tinua exigindo novos investimentosem infra-estrutura, em complementoaos já realizados em 2008, como pa-vimentação, reforma de banheiros,maior eficiência do sistema de cap-tação de água, novo pátio de alimen-tação, reposicionamento de áreasadministrativas, ampliação dos esta-cionamentos – agora com serviçoVIP proporcionado por “valetes” -,visando mais conforto para os mi-lhares de visitantes do evento. Aquestão segurança também foi leva-da em conta, através de plano queestá sendo elaborado em conjuntocom as autoridades policiais paramelhor proteção aos visitantes, den-tro da feira e na área urbana de Ri-beirão Preto. Durante a montagem doevento, cerca de 5 mil empregos tem-porários serão criados.

OtimismoA direção da ABIMAQ reforça sua certeza no crescimento da AGRISHOW

2009, ao citar alguns dos indicadores positivos do agronegócio no País:- segundo os últimos dados divulgados pela Anfavea, as vendas de máquinas

e equipamentos agrícolas em janeiro deste ano foram 7,3% maiores que no mesmomês de 2008.

- as cotações internacionais da soja e de outros grãos se apresentaram em altadurante todo mês de janeiro último.

- analistas dão como otimistas as estimativas de estabilidade dos mercadosconsumidores de produtos brasileiros, como carne, frutas, açúcar e vinícolas.

- a atual cotação do dólar, 50% superior à média de 2008, tornou os produtosbrasileiros mais competitivos nos mercados internacionais.

- o governo brasileiro acena com a criação de um expressivo pacote de recur-sos e incentivos à produção agrícola, sem precedentes no País.

- o governo Barak Obama criou o maior pacote de recursos financeiros dahistória para estabilização da economia americana, com reflexos diretos na econo-mia mundial.

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Safra é aberta com previsãoReportagem de Capa

Safra é aberta com previsãoDa redação

Segundo a Datagro, a região Centro-Sul deverá moer 530 milhões de toneladas de cana; safradeve ter remuneração maior

Asafra 2009/10, aberta na re-gião de Ribeirão pela UsinaBatatais no último dia 17,

deverá moer 530 milhões de tonela-das de cana na região Centro-Sul,um crescimento de 6,08% sobre as499,6 milhões/ton processadas nociclo anterior. Já a produção brasi-leira deverá chegar a 598 milhões detoneladas, 5,72% acima das 565,6 mi-lhões/ton de 2008/09. É o que mos-tra a mais recente estimativa da Da-tagro, divulgada no último dia 9, du-rante a Feicana/FeiBio, em Araçatu-ba. Nesta nova safra, a produçãobrasileira de açúcar deverá ser de

35,2 milhões de toneladas, uma ex-pansão de 11,38% sobre o ciclo an-terior, quando foram produzidas 31,6milhões/ton. Para o Centro-Sul, a Da-tagro estima uma produção de 30,1milhões/ton, 12,5% acima das 26,7milhões/ton da safra passada.

As exportações brasileiras deaçúcar devem crescer 19,21%, pas-sando das 19,6 milhões/ton embar-cadas no ciclo anterior para 23,4 mi-lhões/ton. A região Centro-Sul de-verá exportar 20,7 milhões/ton,23,2% acima das 16,8 milhões/tonda safra anterior.

O expressivo crescimento nas expor-tações de açúcar é decorrente da redu-ção na oferta da Índia, que de exporta-dora deverá passar a importadora. Odéficit mundial do produto está estima-do em 4,27 milhões de toneladas e oBrasil deverá ocupar esse espaço.

Por conta do cenário positivo paraos preços do açúcar, o crescimento naprodução de etanol será de apenas2,96%. Devem ser produzidos 27,905bilhões de litros, contra os 27,098 bi-lhões de litros da safra anterior. A re-gião Centro-Sul deve produzir 25,676bilhões de litros, crescimento de 3,55%.

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UNICA avalia como“positiva e oportuna”decisão do governode financiarestocagem de etanol

o de crescimento de 6,08%Reportagem de Capa

o de crescimento de 6,08%A crise financeira mundial, a que-

da no preço do petróleo e a reces-são nos Estados Unidos, principalcomprador do produto brasileiro,devem reduzir os embarques de eta-nol para 3,75 bilhões de litros, 25,7%menos. Na safra 2008/09 as exporta-ções chegaram a 5,05 bilhões/l. OCentro-Sul deverá exportar 3,5 bi-lhões de litros, redução de 24,7%sobre a safra 2008/2009.

De acordo com a Datagro, a de-manda total de álcool, somando omercado doméstico e as exportações,deve ficar ajustada à oferta. A deman-da deve atingir 27,82 bilhões de li-tros de álcool no Brasil e 24,8 bilhõesde litros no Centro-Sul, o que apon-ta para uma reserva de 100 milhões

UNICA avalia como“positiva e oportuna”decisão do governode financiarestocagem de etanol

O ministro da Agricultura, ReinholdStephanes, anunciou, no último dia 5,que o governo irá liberar, via BNDES,R$ 2,5 bilhões para financiar a estoca-gem de cinco bilhões de litros de eta-nol na safra 2009/10. O presidente daUnica, Marcos Jank, avaliou a medidacomo positiva e que ela vem em ummomento oportuno.”Hoje, se não hou-ver o financiamento da estocagem, oua ‘warrantagem’, a tendência para asafra 2009/2010 seria de um mercadode etanol com preços deprimidos e ummercado de açúcar mais demandante,devido ao déficit internacional de pro-dução. A warrantagem permitirá que apróxima safra não seja tão açucareira,pois passa a ser interessante a estoca-gem do etanol com financiamento pú-blico”, comentou.Para Jank, a warran-tagem dará maior equilíbrio entre os

mercados de etanol e açúcar, permitin-do que o país tire pleno proveito dosmelhores preços internacionais para oaçúcar. “Isto deve se refletir positiva-mente no aumento das exportações dosetor para 2009, em relação aos totaisdo ano passado, beneficiando tambémo mercado interno pois o fluxo de co-mercialização de etanol ao longo doano será mais regular, evitando-se umavolatilidade excessiva de preços e vo-lumes comercializados. Isto tambémsignifica mais estabilidade de preçosao longo do ano, e mais oferta durantea entressafra”, completa Jank. Sem awarrantagem, os estoques de etanol fi-cam essencialmente por conta das usi-nas produtoras, que suportam todo ocusto da estocagem de etanol que abas-tece o mercado ao longo de todo o ano,especialmente durante a entressafra.

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de litros no País e de 859 milhões delitros na região produtora.

A queda nas exportações deveser compensada pelo aumento da de-manda interna de etanol, já que sãoprevistos perto de 2 milhões de veí-culos flexíveis novos no país em2009. “Mesmo com a queda de 21%prevista para os veículos novos em2009 sobre 2008, a demanda pelo ál-cool deve crescer”, disse Plínio Nas-tari, presidente da Datagro.

Ainda de acordo com a Datagro,o mix de destino da cana-de-açúcarna nova safra deverá ser de 56,5%para a produção de álcool no Brasile de 58,2% no Centro-Sul. Na safrapassada, o destino da matéria-pri-ma para a produção de álcool foi de

58,46% no País e atingiu 60,26% noCentro-Sul.

Segundo Nastari, a oferta de canaserá maior nesta safra e deverá ha-ver sobra de matéria-prima. No cicloanterior, cerca de 20 milhões/ton decana deixaram de ser processadas.

Em relação à remuneração da sa-fra de cana, Nastari estima um cres-cimento de 10% a 15% em relação aociclo anterior devido à recuperaçãodos preços do açúcar no mercado in-ternacional. No entanto, ele observaque esse cenário já considera o pro-grama de financiamento de estoques,anunciado no início do mês. Caso oprograma não seja implementado, aremuneração poderá ser até menor doque a da safra passada.

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Mapa 1: Água Disponível no Solo entre 12 a 15 deFEVEREIRO de 2009.

CHUVAS DE FEVEREIROe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE FEVEREIROe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de FEVEREIRO de 2009.

Durante FEVEREIRO a mé-dia das observações de chuvas"ficou" bem próxima da médiadas normais climáticas. Porém,mostrou somas de chuvas inferiores às médias históricas na Açúcar Guarani, Algodoeira Donegá-Dumont, Andrade, Barre-tos, C.E. Moreno, Fazenda Santa Rita (que foi a metade da média), Faz Monte Verde, Usinas Batatais e MB, mostrandoirregularidade regional, principalmente entre EEC Bebedouro e proximidades.

Revista Canavieiros - Março de 20092424242424ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as nÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n

O Mapa 1 acima, mostra que o índice de Água Disponí-vel no Solo, a 50cm de profundidade e no período de 12 a 15de FEVEREIRO, apresentava-se como médio a alto na áreasucroenergética na faixa Região Central e Leste do Estadode São Paulo, mas ainda crítico em áreas da faixa Oeste.

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final deFEVEREIRO de 2008.

Observa-se pelo Mapa 2 acima que, a Disponibilidadede Água no Solo ao final de FEVEREIRO de 2008 mostrava-se entre média a alta no quadrilátero Centro-Nordeste e noextremo Oeste do Estado, mas entre média a crítica nas regi-ões canavieiras de Araçatuba, Assis/Presidente Prudente e

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Revista Canavieiros - Março de 2009 2525252525

Informações Setoriais

sem abusar !nascentes e cursos d’água.sem abusar !nascentes e cursos d’água.

Revista Canavieiros - Março de 2009 2525252525

Mapa 3: Água Disponível no Solo, 50cm de profundidade, ao final deFEVEREIRO de 2009.

Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE re-sume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacionalde Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para osmeses de março a maio.

Estes Institutos Meteorológicos indicam que o fenômeno La Niña estáperdendo força, possibilitando ocorrência de irregularidades na distribuiçãode chuvas na Região Centro Sul do Brasil nos meses próximos.

· A temperatura média poderá ficar próxima a ligeiramente acima das médi-as nos estados da Região Centro Sul do Braisl;

· Quanto às chuvas para os meses de março a maio, como ilustrado peloMapa 4 (abaixo), prevê-se que estas poderão “ficar” próximas às médiashistóricas nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste; enquanto que, na RegiãoSul e faixa sul do Mato Grosso do Sul poderão ficar entre normal a abaixo dasrespectivas médias.

· Como referência:- as médias históricas das chuvas, pelo Centro Apta-IAC, para Ribeirão Preto e municípios vizinhos são de 165mm em março,70mm em abril e 40mm em maio.

Mapa 4:- Prognósticos de chuvas para a Região Centro Sul, pelo Consór-cio INMET e INPE, no trimestre março a maio (idêntico ao trimestre fevereiro-abril), onde a cor azul corresponde a normalidade climática e ligeiramenteabaixo da média pela cor amarela. Elaboração CANAOESTE.

Para a região de abrangência da CA-NAOESTE, a SOMAR Meteorologia as-sinala que as temperaturas médias po-derão ser próximas das normais climáti-cas nos meses de março a maio. Quan-to às chuvas, serão 25 a 35% inferioresàs respectivas médias históricas nosmeses de março a maio.

Em função destes prognósticos cli-máticos, dos custos das operações deplantio e dos recomendados insumos eutilização de tecnologia de produção, aCANAOESTE sugere que evitem plan-tios tardios. Acreditar que possam ocor-rer providenciais e salvadoras chuvas(muito acima da média) em abril e maio éapostar “muito alto” contra os altos cus-tos de plantio e de produção.

Estes prognósticos serão revistos acada edição da Revista Canavieiros e fa-tos ou prognósticos climáticos relevan-tes serão noticiados em nosso sitewww.canaoeste.com.br . Continuemacompanhando !

A CANAOESTE sugere ainda quemantenham os necessários monitora-mentos da broca e de cigarrinha das ra-ízes, bem como efetuar seus controlesquando os comprometedores índices deinfestações recomendar.

Persistindo dúvidas, consultem osTécnicos mais próximos ou através doFale Conosco CANAOESTE.

entre Piracicaba a Sorocaba. Enquanto que, ao final de FEVEREIRO de 2009(Mapa 3), a área crítica de umidade do solo migrou do Oeste (Mapa 1) para oCentro/(quase)Leste do Estado, onde tem-se observado comprometimentodo desenvolvimento dos canaviais, mesmo que ligeiro, referenciando no(menor)porte das mudas de cana.

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Estudo com Adubo OrgâAminoácidos de

Artigo Técnico

Estudo com Adubo OrgâAminoácidos de

RRRRRESUMOESUMOESUMOESUMOESUMO No CCA/UFSCar, Araras, es-

tudou-se o efeito de bioferti-lizante contendo aminoácidos origina-dos a partir de extrato de peixe na ferti-lização de cana-de-açúcar, em 1ª soca.

As doses estudadas foram 4, 5 e 6–!/ha do biofertilizante em complemen-tação à adubação mineral, em 1ª socaoriginada de cana-planta que recebeuo referido biofertilizante. Estudou-setambém o efeito da aplicação de 4 –!/ha do biofertilizante em complementa-ção à adubação mineral em 1ª soca, ori-ginada de cana-planta que não rece-beu o biofertilizante.

Observou-se pelos resultados ob-tidos que o biofertilizante estudado foieficiente na fertilização da cana soca eque a dose de 4 –!/ha apresentou re-sultados semelhantes às demais e, tam-bém, que as elevações de produtivida-de, com a aplicação do biofertiliante,ocorreram na cana-soca independenteda cana-planta ter recebido ou não oproduto.

1. INTRODUÇÃO1. INTRODUÇÃO1. INTRODUÇÃO1. INTRODUÇÃO1. INTRODUÇÃONo campo da adubação e nutrição

vegetal, as pesquisas tem procurado,de forma intensa, o conhecimento denovos produtos e técnicas de uso queproporcionem maior eficiência na pro-dução agrícola. Além dos já tradicio-nais macros e micronutrientes essenci-ais, outras fontes de crescimento ve-getal, como os biofertilizantes, tem des-pertado a atenção do meio agrícola.

Biofertilizante é um adubo orgâni-co líquido produzido em meio aeróbi-co ou anaeróbico a partir de diversosmateriais orgânicos, a partir de dife-rentes meios como farelos de arroz ede trigo, fubá, rapadura, restos de pei-xe e outros.

*Prof. Dr. Luiz Carlos Ferreira da Silva*Prof. Dr. Miguel Ângelo Maniero*Prof. Dr. José Carlos Casagrande*Prof. Dr. Rubismar Stolf**Prof. Dr. Luiz Antonio Correa Margarido

SILVA e colaboradores (2009), es-tudaram o efeito da utilização de ami-noácidos em biofertilizantes a base depeixes na adubação da cana-de-açú-car e observaram a elevação da pro-

2.2.2.2.2. MA MA MA MA MATERIAL E MÉTTERIAL E MÉTTERIAL E MÉTTERIAL E MÉTTERIAL E MÉTODOSODOSODOSODOSODOSA continuidade do ensaio inicial deu-se em 28/10/2007, após a colheita da

cana-planta, ou seja, em primeira soca, no CCA/UFSCar-Araras/SP, em solo La-tossolo Vermelho Distroférrico típico (LVd), textura argilosa/muito argilosa, vari-edade RB 72-454. A colheita foi realizada em 29/10/2008. A análise do solo onde foidesenvolvido o estudo encontra-se na Tabela 1.

Tabela 1 - Análise Química do Solo

O delineamento estatístico foi o de blocos ao acaso com 4 repetições. Cadaparcela foi composta por 6 linhas de cana com espaçamento de 1,40m e comprimen-tos de 10m. Para os cálculos de rendimentos foram consideradas as 3 linha centrais.

Os tratamentos encontram-se na tabela Tabela 2

Tabela 2. Tratamentos realizados em primeira soca.

OBS. Os tratamentos T2, T3 e T4 receberam na cana-planta 8L/ha do bioferti-lizante, em complementação à adubação mineral de 24-180-120 Kg/ha de N , P2O5e K2O. O tratamento T5 recebeu na cana-planta a adubação mineral de 24-180-120Kg/ha de N; P2O5 e K2O, sem complementação com o biofertilizante.

dutividade da cultura em ciclo de cana-planta e, o objetivo do presente traba-lho, foi o de dar continuidade ao estu-do da utilização deste biofertilizanteem primeira soca.

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ânico Líquido ContendoExtrato de Peixe

Artigo Técnico

ânico Líquido ContendoExtrato de Peixe

2.1. CARACTERÍSTICAS DO BIOFERTILIZANTE: 2.1. CARACTERÍSTICAS DO BIOFERTILIZANTE: 2.1. CARACTERÍSTICAS DO BIOFERTILIZANTE: 2.1. CARACTERÍSTICAS DO BIOFERTILIZANTE: 2.1. CARACTERÍSTICAS DO BIOFERTILIZANTE:Estado físico: líquido

Analisando-se os dados, obser-va-se pela Tabela 3, na coluna t cana/ha, que nas condições estudadasnão ocorreram diferenças significa-tivas entre os tratamentos que rece-beram o biofertilizante (T2 a T5), massim entre eles e a testemunha, evi-denciando o efeito positivo do bio-fertilizante na fertilização da cana-de-açúcar no ciclo de 1ª soca, em con-cordância com os resultados obtidosanteriormente em cana-planta.

Outro resultado a ser destacadoé que houve acréscimo de produtivi-dade de cana com a aplicação do bi-ofertilizante logo após o primeirocorte, independente da cana-plantater recebido ou não o produto (em-bora não tenha ocorrido diferençassignificativas entre T5 e os tratamen-tos T2, T3 e T4). Para toneladas depol por hectare (t pol/ha) os resulta-dos não mostraram diferenças esta-tísticas significativas.

Por ocasião da instalação do en-saio (cana-planta), os tratamentos bi-ofertilizantes aplicados foram:- T2(¹),T3(²) e T4(³); 3, 4 e 5 –!/ha no sulcode plantio e mesmas doses no fecha-mento da cultura, respectivamente.

Embora não se tenha a análiseestatística da soma das produtivi-dades, observou-se significânciasestatísticas, em separado, para tcana/ha nos dois cortes efetuados,evidenciando que a soma dos resul-tados de tratamentos com adubaçãomineral e diversas dosagens de bio-fertilizante, são diferentes e superi-ores à da testemunha.

3.3.3.3.3. RESUL RESUL RESUL RESUL RESULTTTTTADOS E DISCUSSÃOADOS E DISCUSSÃOADOS E DISCUSSÃOADOS E DISCUSSÃOADOS E DISCUSSÃOOs resultados obtidos encontram-se na tabela 3.

Tabela 3– Resultados médios de produtividade em toneladas de cana e depol por hectare (t cana e pol/ha), bem como a análise estatística do experimento.

Letras minúsculas diferentes nas colunas: significativo ao nível de 5%Letras maiúsculas diferentes nas colunas: significativo ao nível de 1%

**significativo ao nível de 1%; DMS - Diferença Mínima Significativa; CV - Coeficiente de Variação.

Tabela 4– Soma dos resultados médios de produtividade em toneladas de cana e de polpor hectare obtidos (t cana e pol/ha) em primeiro corte e primeira soca.

Deve-se ressaltar que no mês de agosto, devido à forte ventania ocorreu tomba-mento da cana, o que pode ter provocado influência na qualidade tecnológica dacultura. A seguir, na Tabela 4, são apresentados os dados das somas de produtivi-dades de cana e de pol obtidas no primeiro corte e primeira soca.

4. CONCLUSÕES4. CONCLUSÕES4. CONCLUSÕES4. CONCLUSÕES4. CONCLUSÕESNas condições estudadas o experimento permitiu as seguintes conclusões:- O biofertilizante estudado foi eficiente na elevação da produtividade de cana em 1ª soca e na soma dos

dois cortes;- A análise dos resultados obtidos mostra que entre as doses do biofertilizante estudadas, a de 4 –!/ha foi suficiente para

a fertilização da cana-de-açúcar no ciclo de 1ª soca e proporcionou resultados semelhantes às doses mais elevadas.

*Professores do Depto. de Recursos Naturais e Proteção Ambiental do CCA/UFSCar.** Professor do Depto. de Tecnologia Agroindustrial e Sócioeconomia Rural do CCA/UFSCar.

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Como gerenciar os escassosrecursos na produção decana-de-açúcar emmomentos de crise?

Artigo Técnico

Como gerenciar os escassosrecursos na produção decana-de-açúcar emmomentos de crise?Cleber MoraesConsultor CANAOESTEM. Moraes Consultoria Agronômica Ltda

Quando os recursos para pro-dução são escassos é preci-so ter cuidado na hora de

gastar e priorizar os desembolsos éfundamental para minimizar as per-das de produção e maximizar os re-sultados da produção agrícola.

Havendo poucos recursos, ondeeles devem ser gastos?

Primeiramente vamos a dois con-ceitos importantes: Eficiência e Efi-cácia.

Eficiência significa “fazer certo ascoisas” e Eficácia significa “fazer acoisa certa”. Pode-se ser eficienteadubando todo o canavial, mas, se oadubo for aplicado onde não havianecessidade, não se foi eficaz. Isto é,adubou-se corretamente, fez-se cer-to, da forma correta a adubação, masnão se fez a coisa certa, que seria adu-bar somente onde era necessário.

Com a experiência pode-se sersempre muito eficiente, mas, sem co-nhecimento técnico, dificilmente épossível ser eficaz. O agrônomo ouengenheiro agrônomo tem a respon-sabilidade de tornar o produtor agrí-cola eficaz, porque, a maioria, com suaexperiência têm plenas condições deser eficiente.

A primeira preocupação é o con-trole de mato, assim devemos priori-zar o controle de ervas daninhas, emespecial para as áreas de cortes maisjovens. Por conseqüência os equipa-mentos de aplicação (tratores e pul-verizadores) devem receber forteatenção. Prioritariamente os bicospulverizadores devem ser revisados

avaliando o controle dos volumes devazão e a eficiência e eficácia distri-buição do produto. A utilização devazão reduzida com maior concentra-ção dos produtos proporciona eco-nomia de horas tratores na aplicação,combustível, lubrificantes e desgas-te dos equipamentos.

Se ainda houver recursos dispo-níveis, a adubação do canavial deve-rá ser muito mais criteriosa e a utiliza-ção de análises de solo é fundamen-tal para priorizar as áreas que deverãoreceber maior atenção, sempre procu-rando preservar a produtividade dasglebas de corte mais jovens.

Com o avanço da colheita meca-nizada e a procura por custos de co-lheita menores, podemos muitas ve-zes ser iludidos com custos de co-lheita menores e perdas de colheitaque jogam no lixo todo o “ganho”obtido com o preço menor pelo ser-viço. Vamos a um exemplo:

Em um canavial tem-se 100 t/ha(cem tonelada por hectare) de cana-

de-açúcar a serem colhidas, dois pres-tadores de serviços poderão realizara colheita. Um oferece um determina-do preço em R$/t colhida, que cha-maremos de X e o outro X+R$1,00/t.

Depois de realizada as operações,o primeiro de valor X, buscou a mai-or eficiência possível de seu conjun-to de colheita, sem se preocupar coma eficiência do sistema com um todo,e obteve 12% de perdas de colheita,portanto colheu, das 100 t/ha dispo-níveis, apenas 88 t/ha (oitenta e oitotoneladas por hectare) de cana-de-açúcar como produtividade real.

O segundo de X+R$1,00/t, ga-rantiu em contrato perdas de colhei-ta de até 6% e das 100 t/ha disponí-veis colheu 94 t/ha (oitenta e oitotoneladas por hectare) de cana-de-açúcar como produtividade real.

Não vamos levar em conta, nesteexemplo, os custos de tratos cultu-rais, amortização da formação do ca-navial, nem de transporte ou outroscustos. O objetivo é encontrar a di-

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Artigo Técnico

ferença da combinação de preços dosserviços de colheita versus perdasde colheita.

Para fazermos os cálculos, vamosadmitir o teor de ATR em 140 Kg/tpara as 88 t/ha e para a cana recupe-rada, ou seja, as 6 t/ha adicionais,vamos admitir um teor médio de 120Kg/t, assim a produção de 94 t/ha terá138,72 Kg de ATR/t. Usaremos o pre-ço de R$ 0,2800 por Kg de ATR. As-sim teremos:

Fórmula: Caso = Receita – Custode colheita

Caso 1= 88 t/ha x 140,00 Kg/t x R$0,2800/Kg - 88 t/ha x X= R$ 3449,60 –88 x X

Caso 2= 94 t/ha x 138,72 Kg/t x R$0,2800/Kg - 94 t/ha x (X+R$ 1,00/t)=R$ 3.557,11 - 94 x X

Veja na tabela abaixo qual oganho obtido no caso 2.

Tabela ganhos obtidos no Caso 2 por hectarepara diversos valores de X

Preço de Colheita Resultados Diferença(Receita – CCT) (Caso 2 – Caso 1)

Caso 1 Caso2 Caso1 Caso2(R$/t) (R$/t) (R$/ha) (R$/ha) (R$/ha)

10,00 11,00 2.569,60 2.617,11 47,5111,00 12,00 2.481,60 2.523,11 41,5112,00 13,00 2.393,60 2.429,11 35,5113,00 14,00 2.305,60 2.335,11 29,51

Entretanto não basta que o presta-dor de serviços garanta perdas meno-res, é preciso fazer constar em contrato eacompanhar as perdas de colheita nocampo com metodologia definida e acei-ta previamente entre as partes com parti-cipação de ambos ou de seus represen-tantes no momento do levantamento.

Em resumo, maiores perdas de co-lheita representam perdas de produ-ção. Produção esta que estavam à mãopara ser colhida e escorrerão pelosdedos em uma só operação.

Sempre é importante nos atentar-mos para a qualidade das operaçõesagrícolas, a adequação dos tratores aosimplementos, a aferição dos equipa-mentos, mas, principalmente, nos mo-mentos de menor disponibilidade derecursos, a atenção a estes itens deveser redobrada para melhoria da eficá-cia dos insumos e operações realiza-das e nesta hora o acompanhamentode um agrônomo ajudando a “fazer acoisa certa” é fundamental.

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Artigo Técnico

Contratação de ServiçosAgrícolasContratação de ServiçosAgrícolasCleber MoraesConsultor CANAOESTEM. Moraes Consultoria Agronômica Ltda

Acontratação de serviços agrí-colas exige que o fornecedorde cana fique atento a alguns

passos que devem ser tomados antesque seja assinado o contrato de pres-tação de serviços ou mesmo se iniciea prestação dos serviços na lavoura.

Passo 1: Solicitar orçamento detalha-do dos serviços a serem prestados, dis-criminando: operações mecanizadas, detransporte ou de mão-de-obra a seremrealizadas; equipamentos a serem utili-zados no caso das operações mecaniza-das e de transporte; rendimento opera-cional (horas para tratores por hectare,quilômetros rodados para veículos e di-árias para rurícolas); custo por unidadede medida (horas, quilômetros ou diári-as). No caso de insumo, discriminar oinsumo, a dose, o custo e o valor total.

Passo 2: Consultar o agrônomo daCANAOESTE, em quaisquer dos escri-tórios regionais, para verificar se asoperações e insumos sugeridos no or-çamento estão adequados para a con-dição de solo, relevo e clima de sua pro-priedade. Lembre-se que como, presta-dor de serviço, quanto mais operaçõese insumos melhor. Todos os custos jávêm acrescidos de um adicional querepresenta o lucro da prestação de ser-viços, pois ninguém trabalha de graça,mesmo que o discurso seja diferente.

Passo 3: Enviar uma cópia do orça-mento ao Departamento de Planejamen-to e Controle, situado na sede da CA-NAOESTE em Sertãozinho, para avali-ar se os valores sugeridos estão ade-quados, elevados ou se contêm, defato, algum benefício ao fornecedor.

Passo 4: Aprovado o orçamento,pedir uma “minuta” do contrato (pri-meira redação feita pelo prestador deserviços sem a revisão do contratan-te). Enviar esta minuta ao Departamen-to Jurídico para uma avaliação e corre-

ção de cláusulas que tragam ônus des-proporcionais ao produtor de cana oumesmo cláusulas abusivas.

Passo 5: Acompanhar no campo a exe-cução das operações e aplicação dos in-sumos, conforme descrito no orçamento.Talvez este seja o passo mais importante.

O fornecedor também deve estarciente de algumas questões extrema-mente relevantes para não ser surpre-endido com possíveis ações judiciais(ação de cobrança, reclamação traba-lhista), decorrentes da má confecçãodo contrato.

Os casos mais comuns são os seguintes:1. Pagamento dos serviços em

cana: Normalmente quando os serviçossão pagos em cana, faz-se a conversãodo valor do serviço em reais, dividindopelo valor da cana com teor de ATR de121,97 Kg por tonelada. Acontece quea cana entregue na unidade industrialterá em média 145,00 Kg de ATR portonelada, podendo chegar a mais de160,00 Kg de ATR por tonelada. A dife-rença de ATR deverá cobrir os custosde CCT (colheita) da cana fornecida atítulo de pagamento da prestação deserviços, pois, do contrário, estará re-presentando a cobrança de juros, porsinal bastante elevado.

2. Valor dos serviços de mão-de-obra: Os valores dos serviços de mão-de-obra rurícola provêm de um acordocoletivo feito pelos sindicatos rurais,que acrescidos dos encargos tributá-rios e trabalhistas, são chamados ge-nericamente de encargos sociais. Es-tes exigem que a prestação dos servi-ços tenha um valor mínimo para preen-cher todos os requisitos legais. Assimvalores de plantio muito baratos po-dem implicar em ônus futuros comações trabalhistas, pois o contratante,no caso o fornecedor, tem obrigaçãosubsidiária ao prestador de serviços.

3. Valor do CCT (colheita) a sercobrado nas safras futuras: Quando aprestação de serviços de plantio é fei-ta por uma unidade industrial e não écobrado à vista, esta obriga que o for-necedor entregue toda a produção,deste ciclo da lavoura plantada, em sua

unidade industrial. É extremamente im-portante estabelecer no contrato umvalor de CCT para o primeiro ano, umíndice de reajuste para este valor (IGP-M, IPC, INPC ou qualquer outro), querepresentará o valor máximo a ser co-brado nas safras seguintes e, ainda,abrir a possibilidade do fornecedorcontratar outro prestador de serviçospara realizar a colheita entregando acana obviamente na unidade industri-al que prestou o serviço de plantio,caso o valor sugerido pela unidade in-dustrial esteja acima de qualquer ou-tro orçamento.

4. Definição do método do paga-mento de cana: Pelos Manuais do CON-SECANA é preciso que conste em con-trato que a metodologia de pagamentode cana a ser adotada é o CONSECA-NA. No Manual do CONSECANA, quepode ser baixado pelos associados daCANAOESTE da internet através dosite da ORPLANA, existe um capítulocom as Regras Mínimas para Elabora-ção do Contrato de Compra e Venda deCana-de-Açúcar. O fato de estabelecer-se valores tetos ou garantidos de teorde ATR, expresso em Kg de ATR portonelada e/ou valor de ATR, expressoem reais por Kg, não impossibilita aadoção do método CONSECANA. Por-tanto, é fundamental a elaboração deum contrato sempre.

No mais e para outras dúvidas pro-cure o Departamento de Planejamentoe Controle da CANAOESTE através dotelefone (16) 3946-3300 ramal 2100.

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Foi amplamente divulgado pelaimprensa e também por esta re-vista, n’outras edições, sobre o

Protocolo e Cooperação Agroambien-tal entabulado pelo Governo do Esta-do de São Paulo, através de suas Se-cretarias do Meio Ambiente e da Agri-cultura, com o setor sucroalcooleiro(unidades industriais e produtores decana-de-açúcar), tendo a CANAOES-TE - Associação dos Plantadores deCana do Oeste do Estado de São Pau-lo, aderido em 22 de julho de 2008.

Referido protocolo antecipa os pra-zos, para o fim das queimadas nos ca-naviais do Estado de São Paulo, em áre-as de produtores independentes decana-de-açúcar de 2021 para 2014 nasáreas mecanizáveis e, de 2031 para 2017,nas áreas não mecanizáveis, além dedeterminar outras providências, todasjá previstas em leis, como a proibiçãoda queima da palha pós colheita, con-servação do solo, conservação daágua, proteção de matas ciliares e nas-centes e descarte adequado de emba-lagens de agrotóxicos;

Para o êxito do acordo, os produ-tores independentes de cana-de-açú-car, proprietários, possuidores, arren-datários ou parceiros, deverão conhe-cer, aderir e, sob sua responsabilida-de, cumprir voluntária e individual-mente o plano de ação proposto pelasassociações de classe junto ao Gover-no Estadual;

Apesar de ser uma adesão volun-tária, os produtores que não a fizerempoderão enfrentar grandes dificuldadescom os órgãos de fiscalização ambien-tal, inclusive com a possibilidade derecusa e/ou corte da autorização dequeima e, também, quando da vendade seus produtos (cana-de-açúcar) jun-to às usinas, pois estas estão passan-do por processo de auditoria e certifi-cação ambiental e social para viabilizara comercialização do etanol brasileiro.

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Protocolo agroambientalum desafio necessário ao setorcanavieiro

Protocolo agroambientalum desafio necessário ao setorcanavieiro

Assuntos Legais

Revista Canavieiros - Março de 20093232323232

Sertãozinho-SP, 16 de Março de 2009.

Assunto: Recadastramento de Produtor Rural PessoaFísica – Estado de Minas Gerais.

Prezado cooperado,

Desde o dia 2 de Março de 2009, os produtores rurais doEstado de Minas Gerais inscritos no antigo Cadastro de Produtor Rural devem secadastrar no recém-criado Cadastro de Produtor Rural Pessoa Física, nos termosdo artigo 3º, do Decreto nº 45.030, de 29 de Janeiro de 2009.

Conforme divulgado pela Subsecretaria da Receita Estadu-al, por força do Comunicado SRE nº 2, de 27.02.2009, os prazos inicialmente pre-vistos naquele Decreto foram prorrogados para as seguintes datas:

- o último dia útil do mês de abril de 2009 para as inscrições terminadas em 1;- o último dia útil do mês de maio de 2009 para as inscrições terminadas em 2, 3 e 4;- o último dia útil do mês de junho de 2009 para as inscrições terminadas em 5, 6 e 7; e,- o último dia útil do mês de julho de 2009 para as inscrições terminadas em 8, 9 e 0.

Para fazer o recadastramento, o contribuinte deverá emitirum Termo de Responsabilidade, utilizando formulário próprio disponibilizado nosite da Secretaria de Estado de Fazenda, www.fazenda.mg.gov.br, valendo ressal-tar ainda que a inscrição atualmente existente no antigo Cadastro de ProdutorRural será substituída no dia seguinte às datas acima estabelecidas, perdendosua validade na mesma data.

Portanto, vem a Copercana comunicar o produtor com pro-priedade rural no Estado de Minas Gerais para as providências que se fazemnecessárias, solicitando, ainda, que tão logo seja efetivado o recadastramento,seja enviado ao Departamento de Cadastro a nova inscrição no Cadastro deProdutor Rural Pessoa Física, sem a qual não será possível a emissão das notasfiscais em seu nome.

Em caso de dúvidas, procure o Departamento de Cadastro,no fone (0xx16) 3946-3300, ramais 2218 / 2286, para maiores esclarecimentos.

Atenciosamente,

DEPARTAMENTO DE CADASTRO

Desta forma, para evitar problemas no decorrer desta sa-fra e das demais, para com o órgãos de fiscalização e, inclusi-ve, para com as unidades industriais receptoras da cana-de-açúcar que, de igual forma, aderiram ao protocolo agroambi-ental, sugere-se que o produtor de cana-de-açúcar procure asua associação representativa para, através dela, aderir aoreferido protocolo, cumprindo, assim, ao que foi avençadoentre o setor canavieiro e o Governo de São Paulo.

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Revista Canavieiros - Março de 2009 3333333333

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Revista Canavieiros - Março de 20093434343434

Controle biológico avançapara Minas Gerais e GoiásControle biológico avançapara Minas Gerais e GoiásCarla Rodrigues

Acana-de-açúcar está exposta avários tipos de pragas que pre-judicam o resultado de toda

uma colheita, que foi planejada pelosseus produtores.

A broca-da-cana (Diatraea sac-charalis) é hoje uma das pragas prin-cipais da cultura e atinge os canaviaisde todo o país. Esta broca é um insetoque penetra a planta, causando gran-des reduções nas produtividades. Seuataque é feito durante todo o ciclo dacana e pode ser menor no período emque a cana ainda é jovem, devido àausência de entrenós formados.

O caminho mais procurado paracombater esta praga é por meio decontrole biológico. O agente de mai-or eficiência para o combate a brocaé a introdução da vespa (Cotesia fla-vipes), presente no Brasil desde a dé-cada de 70.

Preocupados com a saúde de seucanavial, os fornecedores de canaMarco Aurélio dos Reis Rao e An-tônio César Mendes Ribeiro, mon-taram a Biocana, um laboratório deentomologia especializado na cria-ção de vespinhas, localizado emCampo Florido-MG.

Pragas e Doenças

Fornecedores ampliam laboratório especializado na criação de vespinhas, que combatem a broca

“Resolvemos investir no laborató-rio devido ao aumento da área plantadacom corte mecanizado, que aumenta ainfestação da praga e principalmente porcausa da dificuldade em adquirir agen-tes de controle”, explica Marco.

A Biocana está em funcionamentohá menos de um ano e hoje conta comum quadro de 60 funcionários e uma pro-dução de 1.000 copos de cotésias pordia, contendo 1.500 vespas por copo.

A partir do mês de abril o laborató-rio pretende aumentar sua produçãopara dois mil copos por dia, visandoatender usinas e produtores de cana

Broca de cana-de-açúcar e Cotesia flavipes

da região do Triângulo Mineiro, Pon-tal do Triângulo, norte de Minas e Goi-ás, além de investir em outros agentesde controle biológico, segundo os pro-prietários.

Liberação da Cotesia no canavial

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Revista Canavieiros - Março de 2009 3535353535

Repercutiu

“Queremos ampliar a participa-ção dos renováveis na nossa matriz

energética, primeiro a biomassa(etanol, bioeletricidade e biodiesel) e

depois a eólica”, disse Dilma Roussef,ministra da Casa Civil, durante a

palestra de abertura do SeminárioInternacional sobre Desenvolvimen-

to em Brasília.

“O cumprimento da meta (de tor-nar a matriz energética paulista maislimpa) exige um acréscimo de 10%na oferta de energia não-poluente. Eta-nol e bioeletricidade são agendas dasustentabilidade”, afirmou FranciscoGraziano Neto, o Xico Graziano, en-genheiro agrônomo e secretário esta-dual do Meio Ambiente de São Paulo,em artigo publicado pelo jornal Fo-lha de S. Paulo, em 17/02/2009.

“Isto deve se refletir positivamen-te no aumento das exportações do se-tor para 2009, em relação aos totais doano passado, beneficiando também omercado interno, pois o fluxo de co-mercialização de etanol ao longo doano será mais regular, evitando-se umavolatilidade excessiva de preços e vo-lumes comercializados. Isto tambémsignifica mais estabilidade de preçosao longo do ano, e mais oferta durantea entressafra”, comentou MarcosJank, presidente da UNICA em entre-vista, em relação wanrrantagem.

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Revista Canavieiros - Março de 20093636363636

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

Os interessados em conhecer as sugestões deleitura da Revista Canavieiros podem procurar

a Biblioteca da Canaoeste, na Rua AugustoZanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone

(16)3946-3300 - Ramal 2016

O livro de mais de 900 páginas foi feitopela Stab (Sociedade dos Técnicos Açu-

careiros e Alcooleiros do Brasil), buscandoreunir todos os assuntos que foram discuti-dos no 9º Congresso Nacional da Stab, reali-zado no período de 16 a 21 de novembro de2008.

A obra é composta por estudos e pesqui-sas dos mais notórios profissionais da área,que se dedicaram para a preparação desteencontro científico. Também há a participa-ção de empresários, administradores e técni-cos, que juntos apresentaram os avanços maisrecentes na área agrícola, industrial e admi-nistrativa do setor sucroalcooleiro do Brasil.

9º Congresso Nacional da StabSociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcoolei-

ros do Brasil

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em

Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

“A verdade envelhece mas não muda a sua razão” A .D

Dúvida sobre o Novo Acordo Ortográfico - esclarecendo.

1) Pedro explanou sua “IDÉIA” para a equipe da empresa.

Ninguém gostou da idéia, agora, escrita de forma incorreta.O Novo Acordo Ortográfico detestou...—Prezado Amigo Leitor como ficam nossas “idéias”? Corretamente, segundo o Acordo, SEM ACENTO: IDEIA.Mas é preciso relembrar a regra, pois caso contrário ficará difícil o entendi-

mento posto pelo Novo Acordo Ortográfico.Vejamos a NOVA REGRA: Desaparecem os ditongos abertos ÉI e ÓI das

palavras paroxítonas.RELEMBRANDO:Paroxítonas palavras que têm a penúltima sílaba mais forte.Ditongo: É a junção de vogal mais semivogal( ou semivogal mais vogal) na

mesma sílaba.ANTES: idéia, jóia, platéia, heróico.DEPOIS: IDEIA, JOIA PLATEIA, HEROICO...(AGORA ESCRITAS CORRETAS)

Dica: as semivogais são o i e u quando aparecem ligados a uma vogal, for-mando sílaba com ela.

As semivogais são pronunciadas mais “fracamente” do que as vogais.Ex.:AMEIXA= A-MEI-XA = MEI= e (vogal) i (semivogal) OUTRO=OU-TRO = OU = o (vogal) u (semivogal)

2) Pedro encontrou a certidão “ANEXO” no processo.

Com certeza, a certidão não foi encontrada no processo com o erro.DICA FÁCIL:ANEXO: adjetivo, variável, concorda com o substantivoEM ANEXO:expressão que não varia, não concorda com o substantivoVeja, prezado leitor, os exemplos corretos:... a certidão ANEXA no processo......o documento ANEXO no processo...... a certidão EM ANEXO no processo...... o documento EM ANEXO no processo...

3) Maria foi demitida “ HAJA VISTO” os problemas causados na empresa.

...não só na empresa, bem como na Língua Portuguesa!!!HAJA VISTA expressão correta , invariável.Lembrando: Por favor, prezado amigo leitor:

sempre MENOS.( menos é invariável)Ex.: Vieram MENOS pessoas na comemoração que o esperado.

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Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-se

Abril Abril Abril Abril Abril de de de de de 20092009200920092009

AGRISHOW RIBEIRÃO PRETO 2009Empresa Promotora: ABIMAQ, ABAG, SRB e ANDATipo de Evento: Exposição / FeiraInício do Evento: 27/04/2009Fim do Evento: 02/05/2009Cidade: Ribeirão Preto - Estado: SPLocalização do Evento: Pólo de Desenvolvimento Tecnológico dos Agrone-

gócios do Centro - Leste Anel Viário Km 321Informações com: Reed Exhibitions Alcantara MachadoSite: www.agrishow.com.brTelefone: 011 3060-5000E-mail: [email protected]

VI SEMINÁRIO INTERNACIONAL EMLOGÍSTICA AGROINDUSTRIAL

Empresa Promotora: ESALQ-LOG - Grupo de Pesquisa e Extensão emLogística Agroindustrial

Tipo de Evento: Seminário / JornadaInício do Evento: 06/04/2009Fim do Evento: 08/04/2009Cidade: Piracicaba - Estado: SPLocalização do Evento: ESALQ/USPInformações com: Walter Paes, Carolina Yuri e Daniel EisijnkSite: log.esalq.usp.br/home/pt/seminario.phpTelefone: (19) 3429-4580E-mail: [email protected]

75ª EXPOZEBUEmpresa Promotora: ABCZ - Associação Brasileira dos Criadores de ZebuTipo de Evento: Exposição / FeiraInício do Evento: 28/04/2009Fim do Evento: 10/05/2009Cidade: Uberaba - Estado: MGLocalização do Evento: Parque Fernando CostaInformações com: ABCZSite: www.expozebu.org.br/2009Telefone: (34) 3319-3900E-mail: [email protected]

13º TREINAMENTO EM SUPLEMENTAÇÃO PARA BOVINOS DECORTE EM PASTAGEM

Empresa Promotora: FEALQTipo de Evento: Curso / TreinamentoInício do Evento: 14/04/2009Fim do Evento: 16/04/2009Cidade: Piracicaba - Estado: SPLocalização do Evento: Esalq - Centro de TreinamentoInformações com: FEALQSite: www.fealq.org.brTelefone: 019 3417.6604E-mail: [email protected]

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Revista Canavieiros - Março de 20093838383838

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Oportunidade de crescimento profis-sional e de consolidar carreira em em-presa;

Necessário possuir veículo ou condi-ção de adquirir rapidamente;

Disponibilidade total de horários epara curtas viagens à cidades perten-centes à região de Ribeirão Preto.

A Cia. oferece Capacitação Profissio-nal pela Fábrica e Treinamento Técnicoconstante (pelo seu Centro de Treina-mento na Matriz), além de desafios naárea comercial, trabalhando por metas eobjetivos, obtendo segurança por tra-tar-se de empresa sólida, estável e con-solidada no mercado.

Interessados: enviarem currículo com-pleto com salário atual e pretensão [email protected],colocar no campo assunto a sigla: EV.

Maiores informações pelo telefone(16) 9786-3826 ou (16) 9787-0858

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Revista Canavieiros - Março de 2009 3939393939

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