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Fundamentosda crise

Conselho Editorial

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Editorial

Revista Canavieiros - Maio de 2009

Apesar do aumento da produ-ção sucroalcooleira na safra2008/09, um grande contin-

gente de produtores enfrenta sérias di-ficuldades. Os motivos para esse des-compasso são um dos temas aborda-dos no estudo “Os Fundamentos daCrise do Setor Sucroalcooleiro no Bra-sil”, do especialista em bioenergia,Ângelo Bressan Filho. A análise foiapresentada durante a Agrishow e estáno Ponto de Vista da edição deste mês.

Com base nos princípios que nor-teiam a Metodologia CONSECANA-SP, o consultor da Canaoeste, CleberMoraes, explica passo a passo comofazer o contrato de fornecimento decana-de-açúcar em seu artigo técnico.Em outro artigo, o agrônomo da Cana-oeste, Marcelo de Felício, esclarece osprodutores sobre florescimento nocanavial, alertando-os sobre futurosprejuízos.

O advogado da Canaoeste, Julia-no Bortoloti, coloca em discussão oCódigo Florestal Federal. Segundo ele,ao não se adequar às pecularidadesregionais do país, o código se trans-formou num gerador de ilegalidadesaos produtores rurais.

Em entrevista, o presidente da Uni-ca (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) Marcos Jank, fala sobre o re-conhecimento do Estado da Califórnia,o maior consumidor de combustíveisdos Estados Unidos, de que o etanolbrasileiro de fato reduz as emissõesdos gases causadores do efeito estu-fa. Jank fala também sobre a liberaçãodos recursos para a estocagem do eta-nol e redução da alíquota de ICMSsobre álcool hidratado.

Fundamentosda crise

As secções Notícias Canaoeste eCopercana trazem como assuntos a en-trega da carta de solos e ambientes deprodução aos associados e o dia decampo realizado na fazenda Bananal,dedicado somente a produção de soja.

Ainda em Notícias Canaoeste te-mos o Netto Campello Hospital e Ma-ternidade, que pela primeira vez reali-zou o procedimento para captação deórgãos de um doador. O médico res-ponsável, Dr. Matheus Borges, desta-cou o empenho do hospital para a rea-lização da captação. Quatro pessoasreceberam os órgãos.

As variedades de amendoim lan-çadas durante a Agrishow pelo IAC(Instituto Agronômico) podem ser en-contradas em Novas Tecnologias. En-tre as qualidades das variedades estáo alto teor de ácido oléico.

As novidades apresentadas naAgrishow deste ano estão na Repor-tagem de Capa, que apostou na valo-rização dos pequenos e médios pro-dutores por meio da demonstração decampo de máquinas e implementos.

Você poderá encontrar também in-formações sobre o V AgronegóciosCopercana, que vai acontecer nos dias24,25 e 26 de junho. A feira prometetrazer novidades para os produtores.

Também poderá encontrar no des-taque deste mês as primeiras estimati-vas para a safra 2009/2010 divulgadaspela Unica, Canaplan, Datagro, IEA eConab. Além disso, a edição deste mêstambém traz as informações setoriais,dicas de leitura e escrita.

Boa leitura.

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Fundamentos da crise do se-tor sucroalcooleiro no Brasil

Ângelo Bressan FilhoEspecialista em Bioenergia doAgronegócio da Conab.

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Balancete Mensal

- Associados da Canaoeste recebem Car-tas de Solos e Ambientes de Produção- Netto Campello realiza procedimentopara captação de órgãos

Aposta nos pequenos emédiosSem os grandes fabricantesna Agrishow deste ano,empresas apostaram nasmáquinas e equipamentosvoltados aos produtores demenor porte

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana- Fazenda Bananal realiza Dia de Campo- Agronegócios Copercana chega àquinta edição

ASSUNTOSLEGAIS

CONSECANA

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

ARTIGOTÉCNICO I

ARTIGOTÉCNICO II

NOVASTECNOLOGIAS

CULTURABIBLIOTECA

CLASSIFICADOS

AGENDE-SE

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EDITORA:Cristiane Barão – MTb 31.814

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Carla Rossini – MTb 39.788

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

Rafael H. Mermejo

COMERCIAL E PUBLICIDADE:(16) 3946-3311 - Ramal: 2008

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues,Carla Rossini, Daniel Pelanda,

Janaina Bisson, Letícia Pignata,Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:11.000 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas

são de responsabilidade dos autores. Areprodução parcial desta revista é

autorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

[email protected]

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EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Marcos Sawaya Jankpresidente da Unica(União da Indústria de Cana-de-Açúcar)

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Novas TNovas TNovas TNovas TNovas Tecnologiasecnologiasecnologiasecnologiasecnologias

IAC lança duas variedades de amendoimIAC 503 e IAC 505 foram apresentadas naAgrishow e apresentam alto teor de ácido oléico

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"Há um longo caminho aser percorrido", diz Jank

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"Há um longo caminho a serpercorrido", diz Jank

Marcos Sawaya Jank

Entrevista

Carla Rodrigues

Marcos Sawaya Jank

"Há um longo caminho a serpercorrido", diz Jank

presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar)

O reconhecimento do Estado daCalifórnia, principal mercadoconsumidor de combustíveis

dos Estados Unidos, de que o etanolbrasileiro de fato reduz as emissõesde gases causadores do efeito estufa,deve favorecer o Brasil. No entanto,no processo de ampliação do espaçodo combustível brasileiro no mercadonorte-americano, ainda há um longocaminho a ser percorrido.

Essa é a opinião do presidente daUnica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Sawaya Jank. Segun-do ele, o setor trabalha para melhorar ametodologia e os números utilizadospelos órgãos da Califórnia para a clas-sificação dos combustíveis.

“Mas, esse reconhecimento (porparte do Estado da Califórnia) signifi-ca que a partir de 2011 para a redução

do nível de emissões de gases causa-dores do efeito estufa da gasolina, teráde misturar etanol de cana e não eta-nol de milho. Esse é o principal resul-tado”, disse.

Jank esteve em Ribeirão Preto noúltimo dia 13 para o 2º Encontro deComunicação da Única. Leia, a se-guir, a entrevista que ele concedeu àCanavieiros.

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Entrevista

“"Só a Califórnia consome gasolina duasvezes a mais que o Brasil. Assim, se eles

puserem 10% de álcool na gasolina, comoeles estão falando, é um mercado de 6

bilhões de litros de álcool."

Canavieiros: O Estado da Cali-fórnia reconheceu que o etanol bra-sileiro de fato reduz as emissões decarbono. Isso beneficia o Brasil?

Marcos Sawaya Jank: A Califór-nia reconheceu, mas ainda tem muitoa ser melhorado. Nós, por exemplo,não concordamos com a metodolo-gia que eles usaram e também com osdados que eles colocaram sobre cana.Nós fizemos esse grande questiona-mento através de uma carta de 25 pá-ginas, que foi entregue ao CARB(Conselho de Qualidade do Ar do Es-tado), que é o órgão regulador daCalifórnia, e ainda esperamos que osnúmeros da cana melhorem. Aindahá um longo caminho a ser percorri-do. Mas esse reconhecimento signi-fica que a partir de 2011 para a redu-ção do nível de emissões de gasescausadores do efeito estufa da ga-solina, terá de misturar etanol decana e não etanol de milho. Esse é oprincipal resultado.

Canavieiros: Qual o tamanho domercado do Estado daCalifórnia?

Jank: A Califórnia éum mercado de 60 bilhõesde litros de gasolina,duas vezes maior que aprodução brasileira, qua-se três. Só a Califórniaconsome gasolina duasvezes a mais que o Brasil. Assim, seeles puserem 10% de álcool na gaso-lina, como eles estão falando, é ummercado de 6 bilhões de litros de ál-cool. O Brasil esse ano vai produzir26 bilhões de litros de álcool. É ummercado muito importante e tambémuma referência porque outros Esta-dos norte-americanos vão possivel-mente seguir o exemplo da Califórnia.

Canavieiros: O governo divulgoua algumas semanas que liberará R$2,3 bilhões para warrantagem.Como está a negociação e quando odinheiro estará disponível?

Jank: Os recursos serão liberadosvia BNDS e Banco do Brasil. Esse di-nheiro já está saindo, mas ainda háproblemas para ele chegar à ponta. Eudiria que o principal problema hoje é obalanço das empresas, pois muitas de-

las estão em uma situação financeiracomplicada e os bancos não querememprestar dinheiro a elas. Nós esta-mos fazendo todas as gestões possí-veis para que esse dinheiro chegue àponta, porque ele já foi aprovado pelogoverno, já saiu a Medida Provisória,a resolução do Conselho MonetárioNacional e a norma do BNDES.

Canavieiros: O setor quer elevaro percentual de mistura para 30%para aquecer o consumo interno deetanol, já que as exportações deve-rão cair. Em qual estágio está essanegociação?

Jank: Não existe na verdade umpedido da Unica nessa direção e nóssabemos que é extremamente difícilavançar neste sentido porque o que alei determina é a mistura de 20% a 25%,e para ir acima de 25% tem que passarum novo projeto de lei, o que não étrivial. Nós até entendemos que há ou-tras coisas que podem ser feitas, maissimples do que aumentar o nível damistura e com resultados semelhantes.

Canavieiros: O governo de Goi-ás reduziu a alíquota de ICMS so-bre o hidratado, de 26% para 20%.O senhor tem conhecimento de al-gum outro Estado que vá seguir estemesmo caminho?

Jank: Eu acho que foi um exemplomaravilhoso, seguindo o que fez o Es-tado de São Paulo, que reduziu a alí-quota que já foi de 25% para 12%. Goi-ás não chegou a 12%, mas já é um pas-so. Acho que seria importante Brasí-lia conseguir também, mas não sei seestá incluído ou não. Minas deveriaseguir o mesmo caminho e eu esperoque o governador Aécio Neves, quehoje tem uma indústria sucroalcoolei-ra importante lá no Estado, também sesensibilize com o exemplo de Goiás ereduza a alíquota em Minas.

O mesmo vale para outros Estados,mas a maioria infelizmente aplica no

etanol as mesmas alíquotas aplicadassobre a gasolina e bem mais altas doque as aplicadas sobre o diesel. Euacho que seria muito importante parao álcool, por ser uma energia limpa,renovável, que gera tantos empregos,

que beneficia o meio am-biente, ter uma alíquotamais baixa em todos os Es-tados. Este trabalho quefoi feito em Goiás precisaser reaplicado em outrosEstados. Eu gostaria deparabenizar Goiás pelo oque fez, foi uma gestão ex-

tremamente importante.

Canavieiros: O Consecana devepassar por uma nova atualização (aúltima foi em 2005). Que pontos no-vos a revisão do Consecana devetrazer? O cálculo para o valor dacana considerará o potencial degeração de energia?

Jank: Nesse momento nós es-tamos ainda produzindo os estudosnecessários para este debate. Fo-ram contratados vários estudos pe-los membros do Consecana, queidentificaram grupos universitáriose outros centros de pesquisas queestão fazendo esses estudos. Nãohá absolutamente nada decidido atéaqui, mas esse debate vai aconte-cer a partir do segundo semestre, jáque o Consecana tem que ser revi-sado ano que vem.

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Ponto de Vista

Fundamentos da crise do setorsucroalcooleiro no BrasilFundamentos da crise do setorsucroalcooleiro no BrasilÂngelo Bressan Filho*

Os números da safra sucroalco-oleira de 2008/09, já encerra-da, indicam que, mais uma vez,

obtivemos um expressivo aumento naprodução, apesar das sérias dificulda-des que ameaçam a saúde financeirade um grande contingente de produto-res. A produção brasileira de cana-de-açúcar cresceu com índice próximo a14%, atingindo 571,4 milhões de tone-ladas e a região Centro-Sul ultrapas-sou, pela primeira vez, a marca de meiobilhão de toneladas de cana processa-da (502,02 milhões de toneladas).

A produção de açúcar teve um cres-cimento modesto de 2,6% (passando de31,3 milhões de toneladas para 32,1 mi-lhões) e o etanol apresentou um cresci-mento espetacular da produção da or-dem de 15,6%, atingindo 26,6 bilhões delitros e o consumo doméstico desse com-bustível renovável superou o volume doconsumo de seu sucedâneo, a gasolina.

Apesar desses excelentes resultados,a safra 2008/09 não teve um comporta-mento normal. As condições climáticasadversas em alguns Estados e o atrasono cronograma de início de moagem deum contingente considerável de unida-des novas programadas para entrar emfuncionamento naquela safra, não pos-sibilitaram o corte de toda a cana madurae fez remanescer nas lavouras um volu-me recorde de quase 28 milhões de tone-ladas, que não pôde ser cortada. A exis-tência dessa matéria-prima pronta paraser colhida vai engrossar as estatísticasda nova safra e antecipou o início da co-lheita da temporada 2009/10.

O ponto importante a ser observa-do está em que o expressivo volume decrescimento da colheita não revela asenormes dificuldades econômico-finan-ceiras pelas quais está passando a mai-oria dos grupos econômicos deste se-tor e o surpreendente volume de negó-cios com os ativos desse ramo de ativi-dade, que tem transferido de mãos (in-

clusive para capitais internacionais) apropriedade de diversas unidades deprodução, inclusive algumas que forammodelo de organização e gestão empre-sarial em nosso país.

A raiz dessa grave crise de um setorque tem uma enorme tradição de estabi-lidade e solidez econômica transcendeas consequências da crise global queeclodiu em meados do ano passado etem explicação num conjunto de fatores.

O primeiro a ser examinado diz res-peito ao excesso de velocidade na ex-pansão do plantio de novos canaviaise a construção de novas unidades deprodução. O otimismo que tomou con-ta do setor a partir de 2005, está vincu-lado aos seguintes itens:

a) aos bons preços do açúcar e doálcool por alguns anos, até 2006, e a boasituação financeira da maior parte dosgrupos que tinham capitais próprios dis-poníveis para novos investimentos;

b) ao grande entusiasmo quanto aoaumento do consumo doméstico em facedo enorme sucesso mercadológico doveículo tipo flex-fuel, cujas vendas men-sais vêm se mantendo, por vários anos,no patamar de 180 mil veículos.

Se cada veículo novo desse tipoutilizar somente etanol, cujo volumeanual de consumo está estimado 1.600a 1.700 litros, a demanda potencial adi-cional de consumo por ano, apenas pe-los veículos novos, está acima de 3,5bilhões de litros. Ou seja, um mercadoque cresce 10% ao ano, pois o consu-mo total dos combustíveis para veícu-los leves (gasolina e etanol) por anoestá próximo de 34 bilhões de litros;

c) às enormes expectativas, aindapor realizar, sobre a abertura em largaescala dos mercados externos, em es-pecial os Estados Unidos, a União Eu-ropéia e o Japão para o novo combustí-vel. Apesar do grande esforço das au-toridades brasileiras e do setor priva-do, as negociações entabuladas e osacordos realizados não tiveram os re-

sultados esperados em termos do volu-me de exportação e da consolidação donovo produto na matriz energética in-ternacional;

d) à boa disposição do BNDES (Ban-co Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social) em aportar grandes vo-lumes de recursos para a instalação denovos projetos e construção de novasunidades produtivas, fato que estimu-lou a decisão de muitos interessados.

O segundo fator, e certamente o maisimportante, vincula-se aos níveis poucoremuneradores para açúcar e para o álco-ol nas safras de 2007/08 e 2008/09, causa-do pelo grande volume da oferta de açú-car e de álcool e pelas baixas cotações dodólar americano, que deprimia o nível dareceita das exportações. Somente a partirde agosto de 2008, com a manifestaçãoda crise econômica mundial, que provo-cou a desvalorização da moeda brasileirafrente à moeda americana, os preços re-cebidos pelos produtores de açúcar apre-sentaram alguma recuperação. Os preçosdo etanol, todavia, continuaram em níveisbastante conservadores.

Independentemente das causasdesse baixo nível de remuneração, os

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baixos preços, observados por esselongo período, para o açúcar e para oetanol, que coincidiram com elevadonível de endividamento da maior partedos produtores em decorrência dosgrandes investimentos no aumento daprodução, erodiram as reservas dispo-níveis e afetaram drasticamente o fluxofinanceiro, particularmente dos gruposque tiverem um programa de crescimen-to muito agressivo. Como efeito secun-dário dos baixos preços dos produtosfinais, os preços pagos pela cana-de-açúcar adquirida de fornecedores inde-pendentes, em torno de R$ 40,00 portonelada, também ficaram em níveismuito próximos aos custos de produ-ção, tornando crítica a situação econô-mica desses agricultores, inclusive for-çando muitos a descurarem dos tratosculturais adequados de seu canavial oumesmo a abandonar essa atividade.

O terceiro fator a ser observado estáno próprio crescimento da participaçãodo etanol no consumo veicular da frotade veículos leves no Brasil, que atual-mente está próximo de 52% do consu-mo total. O que parece ser uma contra-dição tem uma explicação simples: asunidades de produção têm um prazomais ou menos fixo (6 a 7 meses no ano)para processar toda a cana disponível.Dessa forma, é preciso primeiro produ-zir e depois descobrir se tem clientelasuficiente para comprar toda a produ-ção. Nestas condições, do ponto de vis-ta do mercado, a posição dos produto-res é, quase sempre, muito frágil e combaixo poder de barganha.

Além disso, é preciso produzir onecessário para todo o ano apenas noperíodo viável de moagem (maio a no-vembro, na região Centro-Sul, e setem-bro a março, na região Nordeste) e guar-dar o estoque excedente (que, pratica-mente, começa a ser formado desde oprimeiro dia da moagem) para o restan-te do ano, quando não existe colheita.Como consequência, é imprescindívelter disponível um enorme volume decapital de giro para operar esta política.Com o crescimento do consumo e daprodução, cresceu também a necessi-dade de mais capital de giro para man-ter os estoques, cujo custo já foi reali-zado no momento da produção.

Na temporada recém-terminada a pre-sença de três pontos conjunturais ajudoua deprimir os preços, piorando a situação:

a) os pequenos produtores, quenão têm capital de giro disponível e nãotêm como formar estoques, tendem a pro-duzir para venda imediata e, com isso,exercem uma pressão forte e permanen-te sobre a oferta e sobre os preços;

b) a oferta, nesse ano, esteve ele-vada durante todo o período da safra eos estoques no final do período de mo-agem (particularmente na região Cen-tro-Sul) estavam em níveis bastanteconfortáveis e fizeram com que os pre-ços de entressafra (janeiro a março) quedeveriam ser remuneradores, também semantivessem baixos e não permitiram areposição dos custos da estocagem;

c) o início antecipado da safra,com a moagem da cana madura rema-nescente do ano anterior (cana bisada).

Resultado de tudo isso: a situaçãoque já seria preocupante há alguns anos,quando a produção era muito mais baixae a quantidade de capital de giro era igual-mente muito menos, tornou-se muitomais grave com o forte crescimento daprodução e do volume de capital de girocompatível com as novas necessidades.

O quarto fator diz respeito às mu-danças no âmbito das relações entre asesferas ligadas ao assunto e ao setorprivado, que dificultaram a antevisãodas mudanças que a promoção do eta-nol, como um novo combustível de am-plo uso, traria para os mercados e parao funcionamento regular do próprio se-tor. A ausência de medidas preventivaspara minimizar os efeitos da crise que osetor está vivendo, com todas as con-sequências nas esferas econômica esocial, é um indicativo de que é precisorecuperar a capacidade de manter umainterlocução de alto nível entre o setorpúblico e o setor privado e editar asmedidas, tanto no âmbito público comoprivado, necessárias para superar asatuais dificuldades e criar os mecanis-mos que estabilizem o setor e que asse-gurem o seu crescimento sustentado.

Obviamente, fazer um diagnósticoadequado da situação atual é tão so-mente o primeiro passo para estabele-cer os mecanismos de como superar apresente fase de dificuldades.

Possivelmente, existem outros fato-res importantes que estão ausentesdeste pequeno texto e que devessemser considerados.

De fato, este artigo representa ape-nas um rápido esboço da análise apro-fundada que a Conab está desenvol-vendo a respeito desse assunto e quedeverá ser publicada brevemente,onde teremos a oportunidade de abor-dar as possíveis soluções para o im-passe atual como, por exemplo, a ne-cessidade de garantir capital de girode baixo custo para o setor, tendocomo garantia os próprios estoques,conforme previsto na Lei 10.453, de13 de maio de 2002, com o uso dosrecursos da CIDE (Contribuição deIntervenção no Domínio Econômico -Combustíveis), que precisam estarassociadas a políticas de sustentaçãode preços e regras de retorno do pro-duto em garantia ao mercado; a ampli-ação e consolidação do consumo atra-vés da conquista permanente dos mo-toristas em face das qualidades intrín-secas e ambientais do etanol comocombustível automotivo e o conven-cimento desse mesmo consumidor que,em igualdade de condições de preço, aescolha correta para seu veículo é oetanol e não um produto de origem fós-sil, como a gasolina; a intervenção di-reta em praças importantes, onde a açãodas distribuidoras e postos de reven-da insistem em manter margens maiselevadas para o etanol do que para agasolina, onerando o produto e afas-tando o consumidor; retomar a açãoarticulada e mais agressiva de conquis-ta dos mercados internacionais, espe-cialmente em mercados mais promis-sores como a China; entre outros.

A fase de crescimento acelerado aqualquer preço está esgotada e esta-mos atravessando um momento cruci-al de redefinição de rumos. No entan-to, este setor, pela sua história, por suaimportância atual e, mais que tudo, peloque será no futuro, deve fazer partedas grandes questões estratégicas denosso país.

* especialista em Bioenergia da Superin-tendência de Informações do Agronegócio

da Conab.

Ponto de Vista

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Fazenda Bananal realizaDia de Campo

NotíciasCopercana

Fazenda Bananal realizaDia de Campo

Em março foi realizado na Fazen-da Bananal em Sertãozinho –de propriedade da família Bi-

ghetti - um dia de campo dedicado so-mente a soja, que vem apresentandouma melhora significativa no preço.

O diretor da Copercana, PedroEsrael Bighetti, que organizou oevento, lembrou da importância doscooperados se informarem sobre oplantio de soja que vem ganhandomercado e remunerando melhor osprodutores. "Organizamos esseseventos para que os nossos coo-perados participem e se informemdas melhores técnicas de plantio.A soja está com um preço bom etemos que aproveitar para expan-dirmos essa cultura na nossa re-gião", lembrou Bighetti.

Lelo tambem esclareceu que a coo-perativa conta com infraestrutura ade-quada para receber toda a produçãode soja dos cooperados e acrescentouque existe planos de financiamentopara os produtores que desejam inici-ar sua produção.

Durante o dia de campo, o repre-sentante técnico da Monsanto doBrasil, Jorge Luis Guimarães foiquem deu a palestra para os coope-rados e agrônomos de todas as fili-ais que estiveram presentes. O temaabordado foi a renovação do cana-vial com plantio de soja utilizandotecnologia RR (resistente roundup),mais conhecida pelos produtorescomo soja transgênica.

A cultura de soja traz grandesbenefícios para o plantio de cana-de-açúcar, como por exemplo, a ge-ração de recurso em dinheiro etambém o enriquecimento da fer-tilidade do solo com a reposiçãode nitrogênio.

Da Redação

A soja foi destaque em evento que reuniu agrônomos e cooperados

No caso do plantio direto na pa-lhada, o exemplo da Fazenda Bananalé excelente: "Quando plantamos cho-veu pouco e mesmo assim a soja de-senvolveu bem", afirma Lelo. Ele tam-bem ficou satisfeito com a produtivi-dade - 52 sacos por hectare.

O cooperado Antônio Rizzi, queplanta 8.000 hectares convencional emGoiás, ficou impressionado ao ver oplantio direto na palhada.

"Estou propenso a praticar o plan-tio direto na palhada.”

Pedro Esrael Bighetti, e Paulo Bighetti na colheitarealizada em março de 2009

O plantio foi realizado em novembro de 2008

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NotíciasCopercana

Agronegócios Copercanachega à quinta ediçãoAgronegócios Copercanachega à quinta ediçãoDa Redação

Feira exclusiva aos cooperados já tem data e local definidos

Aquinta edição do Agronegóci-os Copercana vai acontecernos dias 24,25 e 26 de junho,

com horário de funcionamento das 10às 18 horas, no Clube de Campo Valedo Sol – Rodovia Attílio Balbo, Km 331– Sertãozinho, SP.

Mais de 60 expositores estarão pre-sentes na feira que promete novidadese um sistema facilitado de venda de in-sumos, máquinas e equipamentos. Oevento marca o encerramento do 1º se-mestre de 2009, período tradicional denegócios para o setor canavieiro, prin-cipalmente na área de agroquímicos.

Apesar da crise que desde o início doano vem se alastrando pelo Brasil, os or-ganizadores esperam bons resultados paraesta edição da feira. No ano passado, ovolume de negócios realizado foi excelen-te e superou as expectativas iniciais.

Neste ano a diretoria da Copercanaconvida todos os cooperados a visita-rem a feira que é uma vitrine de produ-tos e serviços para os produtores decana e grãos. “Vamos realizar o V Agro-

Cooperados e agrônomos assistem a palestra ministrada porJorge Luis Guimarães, representante da Monsanto do Brasil

Giuliano, Luis Tasso, Frederico, Pedro Esrael Bighetti, AntônioRizzi, Gustavo Nogueira, Lazinho e Danilo Saule

O plantio em palhada e o cortemecânico combatem a erosão e pro-movem melhor manejo de plantas da-ninhas de difícil controle no canavial,como grama ceda, corda de viola, co-lonião e leiteiro.

Também há o período de vazio sa-nitário, em que a soja é cultivada comvariedades resistentes a nematóides,havendo uma redução da populaçãoda classe meloidogyne (javanica e in-cognita - subclasse) e, além disso, ocusto operacional do plantio direto é

melhor que o convencional. As varie-dades disponíveis para este tipo de tra-balho são as variedades M.Soy-7908,resistente a dois tipos de nematóides,sendo esta de ciclo médio e a M.Soy-7211, resistente a incognita, sendoesta de ciclo curto.

negócios Copercana com a certeza depoder contar com a visita dos nossoscooperados, que sempre prestigiaramnossos eventos”, disse Pedro EsraelBighetti, diretor da Copercana.

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Associados da Canaoesterecebem Cartas de Solos eAmbientes de Produção

NotíciasCanaoeste

Associados da Canaoesterecebem Cartas de Solos eAmbientes de ProduçãoCarla Rossini

No último dia 29 foi realizada, noauditório da Canaoeste, a en-trega dos mapas de Classifi-

cação dos Solos e Ambientes de Pro-dução Edafoclimáticos para 21 produ-tores de cana associados. Juntos, elesatingem área de 6.233 hectares que fa-zem parte da primeira etapa. No total,serão 20.000 hectares entregues emsequência até o final da safra 2009/2010.

A abertura do encontro foi realiza-da pelo gerente do Departamento Téc-nico, Gustavo de Almeida Nogueira,que agradeceu a presença de todos e acolaboração dos colegas da Canaoes-te nos trabalhos efetuados. De acordocom ele, em 2009 espera-se levantarmais 13.000 ha de áreas de fornecedo-res filiados.

O líder regional do produto Cartade Solos e Ambientes de ProduçãoEdafoclimáticos do CTC (Ribeirão Pre-to), José Geraldo, afirmou que as prin-cipais finalidades da carta de solosdentro da cultura da cana-de-açúcarsão manejo de variedades, conserva-ção e preparo de solos, cultivo, adu-bação, doses de herbicidas, época deplantio e de colheita e sistematizaçãode talhões. Ele enfatizou a importân-cia dessa ferramenta no processo detomada de decisão durante o planeja-mento agrícola.

A carta de solos é o produto finaldo levantamento pedológico. Compõe-se de um mapa que apresenta a distri-buição espacial dos solos e de um rela-tório que descreve as característicasdos solos e as suas porcentagens deocorrência.

Os solos mapeados são agrupadosem ambientes de produção de cana-de-açúcar (Ex. A-II, B-II, C-II, D-II, EII e F-II) considerando-se o potencial de pro-

dução de cada um deles. As letras (A,B, ...) representam o potencial naturaldos solos e os algarismos romanos (I,II, III...) referem-se à região climática emque a propriedade mapeada se insere.

Portanto, a partir desta safra o pla-nejamento das variedades de cana-de-açúcar será realizado com base nas in-formações de solo e clima, assim comovem sendo desenvolvido e direciona-do o programa de melhoramento ge-nético do CTC. A tendência para ospróximos anos é que existam gruposde variedades específicas por regiõesedafoclimáticas.

O líder regional, responsável peloProduto Muda Sadia, Rodrigo Mahl-mann de Almeida, abordou sobre asprincipais variedades CTC recomen-dadas para os tipos de solos da re-gião de Ribeirão Preto, entre elas asCTC7 e CTC9, para início de safra;CTC4 e CTC2 para meio e CTC6 eCTC15 para final de safra, destacandosuas principais características e ambi-entes de produção recomendadas. Al-meida também enfatizou a produçãode mudas por meristemas na nova Bi-ofábrica do CTC, que disponibilizarámudas a todos os produtores que so-licitarem, por meio da Canaoeste.

Latossolo: predominânciaO Latossolo foi a classe de solo predominante dentre os solos mapeados

nesta safra (Tabela 1), e dentro desta classe, o Latossolo Vermelho distroférricotextura argilosa se destacou. Esse solo é sempre argiloso tanto em superfíciequanto em subsuperfície e de média fertilidade, originários de rochas máficas (ex.basalto) indicando seu elevado índice de ferro, são solos encontrados predomi-nantemente em regiões planas a suave ondulada (Figura2).

“De acordo com a região edafoclimática encontrada, este solo pode ser consi-derado um solo de potencial médio-alto a muito alto, segundo os estudos desen-volvidos pelo CTC”, explicou José Geraldo.

Tabela 1. Classes de solosmapeadas na Safra 08/09.

CLASSES DE SOLO ÁREAha %

CAMBISSOLO HÁPLICO (CX) 1,78 0,03GLEISSOLO HÁPLICO (GX) 197,72 3,17LATOSSOLO AMARELO (LA) 168,92 2,71LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO (LVA) 145,81 2,34LATOSSOLO VERMELHO (LV) 1.299,01 20,84LATOSSO VERMELHO FÉRRICO (LVf) 4.119,43 66,08NITOSSOLO VERMELHO (NV) 5,86 0,09NITOSSOLO VERMELHO FÉRRICO (NVf) 273,42 4,39NITOSSOLO HÁPLICO (NX) 3,18 0,05NEOSSOLO LITÓLICO (RL) 4,32 0,07NEOSSOLO QUARTZARÊNICO (RQ) 14,46 0,23TOTAL 6.233,91 100,00

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Fig. 1: Latossolo Vermelho distroférrico textura argilosa e sua alta atração magnética em função dos elevados índices de ferro.

Foram apresentados os potenciais produtivos das áreas mapeadas na safra 2008/2009, segundo os critérios do CTC,onde verificou-se que os ambientes de produção edafoclimático mais representativo na safra 08/09 foram o “A-II/III” e “BII/III” com 40,96 e 37,90% respectivamente (Figura 2).

Fig. 2: Distribuição dos Ambientes de Produção Edafoclimáticos

Finalizando sua apresentação, oEng. Agrº José Geraldo, juntamentecom a equipe de Eng. Agrônomos daCanaoeste, Danilo Fonseca, Sandroe Tiago, que participaram e auxilia-ram no mapeamento, entregaram aosfornecedores a carta de solos junta-mente com o mapa de ambiente (Fi-gura 3 e 4) de produção edafoclimáti-co de suas fazendas.

Para o engenheiro agrônomoOswaldo Alonso, “os valores da con-tribuição associativa que todos pagamao CTC são plenamente suplantadospelo retorno de apenas estes dois pro-dutos do CTC apresentados – a Cartade solos e Muda sadia”.

Fig. 3: Carta de solos e ambientes de produção edafoclimáticos.O Eng. Agrônomos do CTC explicam as utilidades

e significados das cartas de solo

O gerente regional do CTC, Mau-ro Benedini, parabenizou a Canaoes-te, que foi a associação filiada quemais área mapeou, colocando diver-sos profissionais no projeto.

NotíciasCanaoeste

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Netto Campello realizaprocedimento paracaptação de órgãos

Netto Campello realizaprocedimento paracaptação de órgãosCarla Rossini

Pela primeira vez, o hospital realizou o procedimento que beneficiou no mínimo quatro pessoas

Na madrugada de 24 de abril, oNetto Campello Hospital eMaternidade demonstrou mais

uma vez seu compromisso com a co-munidade e com a responsabilidadesocial. É que pela primeira vez foi reali-zado no hospital o procedimento paraa captação de órgãos de um doador.

Segundo o médico responsávelpelo processo, Matheus Borges, “tãoimportante quanto o fato da doação emsi, foi o desprendimento da diretoria doNetto Campello para que o procedimen-to fosse realizado. Em nenhum momen-to o hospital se preocupou com os cus-tos do processo, mas sim com o bene-fício que estava realizando”, garantiu.

Os nomes do doador e recepto-res não foram revelados, assimcomo quais órgãos foram enviadospara transplante. Segundo Borges,no mínimo quatro pessoas foram be-neficiadas com o gesto de solidari-edade da família do paciente, queteve morte encefálica.

A carência de doadores é aindaum grande obstáculo para a efetiva-ção dos transplantes no Brasil. Mas,aos poucos, os profissionais ou ci-dadãos envolvidos com a transplan-tação, formal ou informalmente, vemesclarecendo todo o processo, mos-trando sua seriedade, transparênciae importância social.

Como funciona o sistema decaptação de órgãos

1)Identificação do PotencialDoador

Um potencial doador é o paci-ente que se encontra internado numhospital, sob cuidados intensivos,por injúria cerebral severa causa-da por acidente com traumatismocraniano, derrame cerebral, tumore outros, com subsequente lesão ir-reversível do encéfalo.

2)NotificaçãoO hospital notifica a Central de

Transplantes sobre um pacientecom suspeita de morte encefálica(potencial doador) e a Central deTransplantes repassa a notificaçãopara uma OPO (Organização deProcura de Órgão).

3) AvaliaçãoA OPO se dirige ao Hospital,

avalia o doador com base na his-

tória clínica, antecedentes médicose exames laboratoriais, a viabilida-de dos órgãos bem como a sorolo-gia para afastar a possibilidade dedoenças infecciosas, e testa a com-patibilidade com prováveis recep-tores. A família é consultada so-bre a doação.

4) Informação do DoadorEfetivo

Terminada a avaliação, quandoo doador é viável, a OPO informaa Central de Transplantes e passaas informações colhidas.

5) Seleção dos ReceptoresA Central de Transplantes emi-

te uma lista de receptores inscritos,selecionados em seu cadastro téc-nico e compatíveis com o doador.

6) Identificação das EquipesTransplantadoras

A Central de Transplantes in-forma as equipes transplantado-ras sobre a existência do doadore qual paciente receptor foi se-lecionado na lista única em quetodos são inscritos por uma equi-pe responsável pelo procedimen-to do transplante.

7) Retirada dos ÓrgãosAs equipes fazem a extração

no hospital (OPO) onde se en-contra o doador, em centro ci-rúrgico, respeitando todas as téc-nicas de assepsia e preservaçãodos órgãos. Terminado o proce-dimento, elas se dirigem aos hos-pitais para procederem à trans-plantação.

8) Liberação do CorpoO corpo é entregue à família

condignamente recomposto.

Dr Matheus Borges

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Épública e notória a disputa en-tre os setores dito ruralistas eambientalistas acerca das altera-

ções na legislação ambiental nacional,mormente no que diz respeito às áreas depreservação permanente e reserva flores-tal legal, dispostas respectivamente nosartigos 2º e 16, do Código Florestal (Leinº 4.771/65, alterados pela Medida Provi-sória nº 2166/67). Isso se deve em razãoda legislação atualmente vigente não le-var em consideração o tamanho conti-nental do país e, consequentemente, aspeculiaridades regionais.

A mesma norma que serve para de-terminar as áreas ambientalmente prote-gidas no Pará, não se aplica, certamente,à realidade ambiental do Rio Grande doSul e outros Estados da Federação, vistopossuírem biomas, hidrografias, geogra-fias e ocupações urbanas/rurais diferen-tes. Nesse sentido está o estudo apre-sentado pelo pesquisador Gustavo Cur-cio, da Embrapa, demonstrando que exis-tem divergências até sobre as definiçõesde relevo, o que deve ser analisado casoa caso e/ou definido por biomas, inclusi-ve as Áreas de Preservação Permanen-tes (APP) e as áreas de Reserva Legal:“eu tendo mais a achar que a divisão so-bre isso deve ser feita por biomas, e nãopor Estados”, defende Curcio. O mesmopesquisador afirma ainda que “caso oatual Código Florestal Brasileiro estives-se realmente sendo aplicado, cerca de71% da área do país deveriam estar pre-servadas com cobertura florestal” (Fon-te: Mariana Jungmann/ Agência Bra-sil, in www.ambientebrasil.com.br de30.04.2009).

O meio ambiente ecologicamenteequilibrado nada mais é do que a inte-ração entre o ser humano e a natureza,de forma ordenada e sustentavelmenteorganizada, pois não existe nenhumaatividade animal, incluída a humana,que não degrade o meio ambiente, emdiferentes intensidades.

Porém, as incongruências da legis-lação ambiental federal, feita de forma

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Código Florestal Federalgerador de ilegalidades aos produtoresrurais ante a sua inadequação àspeculiaridades regionais do país.

Código Florestal Federalgerador de ilegalidades aos produtoresrurais ante a sua inadequação àspeculiaridades regionais do país.

Assuntos Legais

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política e sem sustentáculo técnico alhe dar fundamento lógico - fato este,aliás, incontestável por todos os técni-cos e cientistas que estudam de formaséria e imparcial a aplicação dessa le-gislação atualmente existente -, culmi-nou recentemente com a promulgaçãodo Código Ambiental de Santa Catari-na, sancionado dia 13 de abril de 2009.

Referido Código Ambiental elabora-do pelo governo catarinense, descon-tente com a legislação federal, alterouas metragens das áreas de preservaçãopermanente e os índices de reserva flo-restal legal, dentre outras coisas, de acor-do com estudos técnicos fundados àspeculiaridades naturais daquele Estado.Matéria disponibilizada no sítio eletrô-nico www.ambientebrasil.com.br, de 15/04/2009, informou que o ministro doMeio Ambiente, Carlos Minc, ameaçouusar forças federais (IBAMA) contraquem observasse o referido código es-tadual e desrespeitasse a legislação fe-deral, com multas e prisões. O governa-dor catarinense, Luiz Henrique da Sil-veira, contra-atacou e afirmou que asforças estaduais (polícia) protegeriam asinstituições e os cidadãos daquele Es-tado contras as forças federais.

Após o clima beligerante entre am-bos, o governador catarinense convi-dou o ministro Minc a visitar Santa Ca-tarina: “Conhecendo a nossa realidadee os prejuízos que a lei federal vem im-pondo à produção agropecuária catari-nense, bem como a geração de empregoe renda no campo, vossa excelênciaaplaudirá o nosso código, que compati-biliza o desenvolvimento com proteçãoambiental” (www.ambientebrasil.com.br,de 15/04/2009).

Paralelamente a isso, os Ministéri-os do Meio Ambiente e da Agriculturaestão estudando propostas de altera-ção do Código Florestal, como a com-pensação das reservas florestais emoutras bacias hidrográficas, a permis-são de atividades agropecuárias emAPPs (Áreas de Preservação Perma-

nente) já consoli-dadas (topos demorro, encostas evárzeas), uma vezque nas várzeas,existem plantaçõesde arroz; nas en-costas, plantaçõesde frutas; em Mi-nas Gerais, planta-ções de café quegarantem ao Esta-do a condição demaior produtor nacional do grão”, pois,pela lei, essa produção atualmente é ile-gal, mas todas são plantações que nãotrazem problemas ao meio ambiente(Fonte: Lúcia Norcio/ Agência Bra-sil, in www.ambientebrasil.com.br, de27/04/2009).

De acordo com o ministro Stepha-nes, da Agricultura, “se o agricultor temque fazer a reserva legal, mas não temcondições de providenciar isso na pro-priedade, deveria ter permissão paraplantar, como compensação, em outrolocal, até mesmo em outro Estado.

“Isso se aplica muito ao Paraná, queé um Estado ambientalmente correto. Noentanto, seria preciso sacrificar 4 milhõesde hectares para atender as necessida-des do Código Florestal. O que preocu-pa é que milhares de pequenos agricul-tores perderiam a capacidade de produ-ção, além de uns 15 milhões de toneladasde produtos” (Fonte: Lúcia Norcio Agên-cia Brasil, in www.ambientebrasil.com.br,de 27/04/2009).

Já a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que também é presidente da CNA(Confederação da Agricultura e Pecuá-ria do Brasil), afirmou na audiência pú-blica de todas as comissões permanen-tes do Senado, ocorrida no dia 29/04/2009, que a insegurança jurídica gera-da por sucessivas mudanças no Códi-go Florestal Brasileiro “jogou os pro-dutores na ilegalidade”, uma vez que ocódigo “já foi alterado em 11 legisla-ções, em 60 itens diferentes” (Fonte:

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Mariana Jungmann/ Agência Brasil,in www.ambientebrasil.com.br de30.04.2009).

Em decorrência disso, alguns Esta-dos estão estudando a possibilidade deseguir o exemplo de Santa Catarina, talcomo o governo do Estado de São Pau-lo, conforme afirmação feita no dia 28 deabril de 2009, pelo secretário de Agricul-tura e Abastecimento, João de AlmeidaSampaio Filho, na cidade de Ribeirão Pre-to, onde participou de uma feria de agro-negócios (Agrishow). Sampaio disse, naoportunidade, que ele e o secretário deMeio Ambiente, Xico Graziano, têmacompanhado de perto as negociaçõessobre a mudança do Código Florestalem Brasília. “Achamos que esse é o ca-minho mais sensato nesse momento.Mas a aprovação em Santa Catarina foium fato novo e importantíssimo, queprecisa ser bem avaliado. Se, eventual-mente, a questão não evoluir em Brasí-lia, pode ser uma opção a se negociartambém em São Paulo” (fonte: EstadãoOnline, in www.ambientebrasil.com.br,de 29/04/2009).

Na matéria disposta no sítio eletrô-nico ambientebrasil.com.br, de 29/04/2009, Sampaio defende a utilização dasAPPs no cômputo da reserva florestallegal e que, para aquele Estado, não se

ultrapasse a percentagem de 20% dapropriedade rural. “Hoje, o produtortem a obrigação de preservar 20% dapropriedade como área de reserva le-gal. Fazendas que possuem, por exem-plo, mais 10% de Área de Proteção Per-manente ficam com 30% do espaço in-viável para a produção.”

Ainda, na mesma matéria, o secre-tário Sampaio disse que a expansãoagropecuária em São Paulo terminounos anos 1970 e que a área de florestasaté cresceu nos últimos anos. “Mastemos de ter bom senso. Se fôssemoscumprir o que está na Medida Provisó-ria 2.166, que hoje rege a questão ambi-ental e florestal, São Paulo perderia 3,5milhões de hectares de produção. Nãosei nem quantos bilhões de reais equantas centenas de milhares de em-pregos seriam perdidos. Não podemosnos dar esse luxo”, afirmou. “A ques-tão ambiental deve ser priorizada, mascom racionalidade.”

Recentemente, assisti em um tele-jornal que ONGs ambientalistas, junta-mente com alguns artistas televisivos,bem como em companhia da combati-va ex-senadora Heloisa Helena, protes-tavam no Senado Federal contra as dis-cussões de alteração do Código Flo-restal, pois, no seu entender, isso pre-

judicaria a Amazônia, no que é até com-preensível, porém, preocupante.

Preocupante porque não podemosesquecer que a discussão não se res-tringe apenas à Amazônia, mas tam-bém ao resto do país e aos demaisEstados e biomas. O que ocorreu aolongo das 67 (sessenta e sete) reedi-ções da Medida Provisórias nº 2.166/67, que alterou o Código Florestal, foiexatamente isso, pois discutiu-se e al-terou-se única e exclusivamente nor-mas para a Amazônia, sem levar emconsideração que a legislação atingi-ria também as demais regiões do paíse, por conta dessa omissão, estas es-tão hoje na ilegalidade.

Portanto, para não se cometer osmesmos erros, é necessário “separar ojoio do trigo”, criando-se e alterando-se normas ambientais federais, que se-rão de caráter geral, deixando os Esta-dos legislarem sobre o meio ambiente,de acordo com as suas peculiaridadesregionais de fauna, flora, geografia, hi-drologia, relevo e ocupação do solo. OQUE NÃO SE PODE MAIS PERMITIRÉ SE LEGISLAR ÚNICA E EXCLUSI-VEMENTE PARA UMA REGIÃO E,ESTA LEGISLAÇÃO, SERVIR PARATODO O RESTO DO “CONTINENTEBRASIL”.

Assuntos Legais

Consecana

Aseguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entreguedurante o mês de ABRIL de 2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de ABRIL, referente à Safra 2009/2010, éde R$ 0,2978.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, no mês de ABRIL, são apresentados a seguir:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 04/09DATA: 30 de Abril de 2009

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercadoexterno (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e aomercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos no mês de ABRIL, calculados com base nasinformações contidas na Circular 01/09, são os seguintes:

Média do mês de abril = R$ 0,2978/kg de ATR

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NotíciasCocredBalancete MensalBalancete MensalCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade Sertãozinho BALANCETE - MARÇO/2009

Valores em Reais

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Aposta nos pequenoReportagem de Capa

Aposta nos pequenoCarla Rodrigues

Aausência dos grandes fabri-cantes de máquinas e equipa-mentos na Agrishow deste

ano abriu uma janela para as empre-sas menores que, por sua vez, apos-tam em soluções para os pequenos emédios produtores. Muitas fizeram atédemonstrações de campo para promo-ver seus produtos voltados à culturada cana-de-açúcar.

A Civemasa, por exemplo, apresen-tou sua plantadora automática de canapicada. De acordo com José Luiz Bor-tolucci e Eduardo Schiabel, encarrega-do administrativo e agente de negóci-os, respectivamente, a máquina em umaúnica passada pela área de plantaçãoabre o suco, joga adubo, cana, defen-sivo, inseticida e faz a cobertura dacana. “Para fazer tudo o que a planta-dora faz, seria necessária a participa-ção de trinta pessoas”, esclareceramJosé Luiz e Eduardo.

Outra empresa que apostou nas de-monstrações de campo foi a Tatu Mar-chesan, que apresentou seu arado sub-solador com desarme automático. Oarado subsolador serve para descom-pactar o solo, permitir uma maior infil-tração e evitar a erosão, ou seja, ele vaiidentificar a camada compactada parapoder trabalhar de acordo com essaprofundidade.

Sem os grandes fabricantes na Agrishow deste ano, empresas apostaram nas máquinase equipamentos voltados aos produtores de menor porte

Para José Florivaldo Otrente, queatua na área de pós-vendas da Tatu,esse implemento pode ser usado porqualquer produtor rural, desde que te-nha um bom trator. “A utilização destamáquina independe do tamanho da áreaa ser trabalhada, pode ser desde pe-queno a grande produtor e o custo delavaria com a necessidade da potênciado trator”, explicou José Florivaldo.

A Menta Mit esteve na feira paraexpor sua colhedora de cana Colhica-na CM-20, destacando ser a única nomundo, segundo a empresa, voltadapara este público, que pode variar dopequeno ao grande produtor.

Essa máquina colhe a cana crua ouqueimada, joga no transbordo e já entre-ga a cana picada. Ela chega a colher de 20a 40 toneladas por hectare com toletesde cana de 20 a 24 centímetros, para en-genhos e usinas de açúcar e álcool.

“A Colhicana CM-20 tem um valorcinco vezes inferior e seu rendimento éexcelente. Além disso, na entressafra,o produtor pode desocupar o trator eutilizá-lo em outro tipo de trabalho”, co-mentou Luciano Menta, diretor comer-cial da empresa.

A Antoniosi aproveitou para exporo transbordo ATA 10500. Com uma ca-pacidade volumétrica de 24 m3 , a má-quina pode transportar uma carga alta,facilitando o trabalho do produtor emcarregar a cana picada até a usina.

A Colhicana CM-20

Plantadora Automáticade Cana Picada

José Florivaldo Otrente apresenta o Arado Subsolador

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os e médiosReportagem de Capa

os e médiosO consultor técnico de vendas da

Antoniosi, Alvaro Amorim, e o con-sultor técnico comercial, FranciscoLopes, estão animados com os bonsfrutos que a feira pode gerar. “AAgrishow nos proporcionou uma ex-pectativa muito boa este ano. Já te-mos alguns clientes que estão conos-co e sempre procuram por novas in-formações”, contam.

A Metalfor também demonstrou asinovações de seu pulverizador Multi-ple 2.500 AB. Segundo Nilson Patias,do departamento comercial da Metal-for, a máquina foi criada para atender aoserviço de pulverização em áreas acimade 800 hectares e também trouxe novi-dade em relação ao tamanho do pneu.

“Antes era 36, agora temos o tama-nho 46, para ser usada também por pro-dutores que trabalham com milho, já quea soja é mais baixa”, explicou Patias.Além disso, a Multiple 2.500 possui umsistema de carga de água com incorpo-rador de produto, sistema de tríplice la-vagem com água 100% limpa e um dife-rencial na parte de transmissão.

Avião a álcool: Além de todas es-sas novidades, quem esteve presen-

te na feira também pôde ver as exibi-ções do avião Ipanema, movido a ál-cool, apresentado pela Embraer. Ele écomercializado pela Neiva, subsidiá-ria integral da Embraer, localizada emBotucatu-SP.

Hoje o mercado de aviação agríco-la brasileiro é o segundo maior do mun-do, sendo 75% do modelo Ipanema.De acordo com Fábio Bertoldi Carret-to, gerente comercial da Embraer, a ca-pacidade operacional é 7% mais efici-ente que o motor a gasolina, tem umcusto três vezes menor e um impactobastante reduzido sobre o meio ambi-ente.

Sua função principal é a pulveriza-ção de defensivos, mas pode ir além,como no combate a incêndios, a veto-res e larvas e nucleação de nuvens.

O Ipanema lidera a lista de vendasem seu segmento, somente em 2008 fo-ram entregues 32 aeronaves e este anoa meta a ser alcançada é a mesma. “Ape-sar do cenário que o mundo está vi-vendo com a restrição de crédito, nóstemos a expectativa de entregar em2009 de 28 a 30 aeronaves”, destacouFábio Carretto.

Consultor técnico de vendas da Antoniosi, AlvaroAmorim, o consultor técnico comercial, Francisco

Lopes e Paulo Rodriguês, técnico

Nilson Patias, do departamento comercial da Metalfor

José Luiz Bortolucci e Eduardo Schiabel, encarregadoadministrativo e agente de negócios

Fábio Bertoldi Carretto, gerente comercial da Embraer

Negócios atingiramR$ 680 milhões

A 16ª edição da Agrishow, realiza-da de 27 de abril a 2 de maio, gerou R$680 milhões em negócios, resultadoabaixo dos R$ 870 milhões estimadospelos organizadores. O público visitan-te foi de aproximadamente 120 mil pes-soas, sendo 2,5 mil estrangeiros.

Para o presidente da Agrishow, Ce-sário Ramalho, os números alcança-dos na feira são muito expressivos secomparados à atual situação do mer-cado nacional e internacional. “Tantoo volume de negociações geradas nafeira quanto o número de visitantesforam condizentes com a realidade atu-al”, afirmou.

Segundo dados da Abimaq (Asso-ciação Brasileira da Indústria de Má-quinas e Equipamentos), o faturamen-to e as exportações de máquinas e im-plementos agrícolas caíram 44% no pri-meiro trimestre.

“A feira reúne todos os setoresdo agronegócio, por isso se tornouum termômetro do segmento, ofere-cendo as diretrizes do que é precisofazer”, enfatizou.

A próxima realização da feira estáagendada para o período de 26 deabril a 1º de maio de 2010, em Ribei-rão Preto/SP.

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Saem primeirasestimativas para asafra 2009/10

Destaque

Da Redação

Unica, Canaplan, Datagro, IEA e Conab preveem aumento na produção

OCentro-Sul do Brasil deveráproduzir na safra 2009/10, 550milhões de toneladas de

cana, de acordo com a estimativa di-vulgada pela Unica no último dia 29.Em relação à safra anterior, a produ-ção será 8,9% maior do que as 505milhões/toneladas processadas. Noentanto, o crescimento será em me-nor escala: enquanto na safra 2008/09 o crescimento foi de 74 milhões/ton em relação à safra anterior, o in-cremento agora poderá chegar a 45milhões/ton.

O “mix” de produção deverá ficarem torno de 42,1% da matéria-primadestinada à produção de açúcar, con-tra os 39,5% verificados na safra2008/09. Esse crescimento é susten-tado pelo déficit mundial de açúcar,provocado por quebras significati-vas de safras em importantes paísesprodutores, como a Índia.

A produção de açúcar deverácrescer 16,6%, passando das 26,7milhões de toneladas da safra 2008/09 para 31,2 milhões de toneladas. Aprodução de etanol também devecrescer em 4,7%: devem ser produzi-dos 26,3 bilhões de litros, divididosem 19,3 bilhões para o etanol hidra-tado e 7 bilhões para o anidro. Nasafra anterior, a região Centro-Sulproduziu 25,1 bilhões de litros.

Em relação ao mercado externo,os embarques de etanol devem so-frer queda de 15,3%. A região Cen-tro-Sul deve exportar 3,60 bilhões delitros, contra 4,25 bilhões na safrapassada. Já as vendas de açúcar de-vem crescer 22,6%, passando de 17,6milhões de toneladas para 21,7 mi-lhões/ton.

Ainda de acordo com a Unica,apesar da expectativa de moagem de550 milhões de toneladas no Centro-Sul, esse número poderá não ser al-cançado em função de dois fatoresprincipais: o atraso no início da moa-gem, em muitos casos devido a pro-blemas financeiros que podem obri-gar algumas usinas a postergar o iní-

cio de suas atividades, ou uma redu-ção no volume de cana colhida cau-sado por proibições temporárias daqueima da palha de cana, que impe-dem o corte manual.

Essas proibições resultam deações civis públicas em alguns mu-nicípios, particularmente no Estado

Saem primeirasestimativas para asafra 2009/10

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Revista Canavieiros - Maio de 2009 2525252525

Destaquede São Paulo – ações que, em todosos casos até aqui, vem sendo rever-tidas pelo judiciário. Condições cli-máticas também poderão influenciaro total da moagem da nova safra.Mesmo com as previsões meteoroló-gicas apontando para um invernomais seco, a expectativa para o iníciode primavera é de chuvas normais, oque poderá encurtar o período favo-rável à colheita.

Datagro: A safra no Centro-Suldo Brasil pode atingir um recorde de535 milhões de toneladas, de acordocom a estimativa de abril da Datagro.A produção de açúcar deve chegar a31,1 milhões/ton e as exportaçõesforam estimadas em 21,8 milhões detoneladas. A produção de etanol doCentro-Sul em 2009/10 deve totalizar25,5 bilhões de litros, enquanto asexportações podem cair para 3,8 bi-lhões de litros.

Canaplan: Segundo as previsõesdivulgadas em abril, a região Centro-

Sul deve moer entre 543,3 milhões e558,83 milhões de toneladas. A pro-dução de açúcar deve variar de 31,04milhões/ton a 32,86 milhões/ton. Já aprodução de álcool ficará em um in-tervalo de 25,23 bilhões a 26,72 bi-lhões de litros.

Conab – a safra brasileira está es-timada de 622,03 a 633,72 milhões detoneladas de cana-de-açúcar, de acor-do com o primeiro levantamento di-vulgado pela Conab no dia 30. O vo-lume é o maior alcançado até agora eoscila entre 8,6% e 10,7%, quandocomparado as 572,57 milhões de to-neladas de 2008.

Um dos fatores desse crescimen-to são as 28 milhões de toneladas decana madura remanescentes da safrade 2008 e que serão moídas neste pe-ríodo. Outro motivo para este incre-mento é a ampliação de 9,9% da áreaplantada, consequência da entradaem produção de aproximadamente 25novas usinas. Até o ano passado, os

canaviais destinados à indústria su-croalcooleira ocupavam 7,08 milhõesde hectares e agora chegam a 7,79milhões de hectares

A quantidade destinada à fabri-cação de açúcar poderá crescer até17%, enquanto para o etanol o au-mento é de até 7,7%. Com esta pers-pectiva, o Brasil vai produzir entre36,42 e 37,91 milhões de toneladasde açúcar e entre 27,78 e 28,60 bilhõesde litros de álcool.

IEA: Levantamento realizado em fe-vereiro pela Secretaria de Agriculturae Abastecimento do Estado de SãoPaulo, por meio do IEA (Instituto deEconomia Agrícola) mostra que a áreaplantada no Estado de São Paulo re-duziu em apenas 0,2%, ficando em 5,37milhões de hectares, com a produção2,2% maior que a safra passada (de 391milhões de toneladas), devendo totali-zar 400,5 milhões de toneladas, poisnão há indícios de oscilações signifi-cativas na produtividade (0,1%).

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CHUVAS DE MARÇOe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE MARÇOe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de ABRIL de 2009.

Revista Canavieiros - Maio de 20092626262626ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as nÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n

Nas médias das observações(última linha), as chuvas deABRIL deste ano foram iguais ada média histórica. Acima dasrespectivas normais climáticas, ficaram as chuvas anotadas em Dumont-Algodoeira Donegá, Terra Roxa-Faz Santa Ritae em Morro Agudo-Usina MB; enquanto que, em Barretos-Casa da Agricultura, Pitangueiras-CFM e Usina Ibirá, aschuvas foram bem inferiores às respectivas médias.

Mapa 1: Água Disponível no Solo entre 16 a 19 de ABRIL de 2009.

O Mapa 1, acima, mostra claramen-te que o índice de Água Disponível noSolo, a 50cm de profundidade, no perí-odo de 16 a 19 de ABRIL, apresentava-se como médio a crítico na região Oes-te do Estado de São Paulo e de Soro-caba. Por outro lado, na faixa São Josédo Rio Preto, Ribeirão-Preto e Pirassu-nunga o solo mostrava-se com alto ín-dice de umidade.

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Revista Canavieiros - Maio de 2009 2727272727

Informações Setoriais

sem abusar !nascentes e cursos d’água.sem abusar !nascentes e cursos d’água.

Revista Canavieiros - Maio de 2009 2727272727

Mapa 3: Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, ao final deABRIL de 2009.

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de ABRIL de 2008.

O Mapa 2 - ABRIL de 2008 - mostra que a Disponibilidade Hídrica do Soloencontrava-se crítica na faixa Norte do estado, excetuando-se o extremonoroeste. Ao final de ABRIL de 2009 (Mapa 3), acentuou-se a baixa e atécrítica Disponibilidade Hídrica do Solo na Região Centro Oeste do Estado,que se observou em meados de abril (Vide Mapa 1), estendendo-se até asregiões de Piracicaba e Sorocaba.

Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE re-sume o prognóstico climático consensuado entre INMET-Instituto Nacional

Mapa 4:- Prognósticos de chuvas paraa Região Centro Sul, pelo Consórcio INMETe INPE, no trimestre maio a julho (idênticoao trimestres fevereiro-abril e março-maio),onde azul corresponde a normalidade cli-mática e, em amarelo, ligeiramente abaixo damédia. Elaboração CANAOESTE.

A SOMAR Meteorologia, com a qual aCANAOESTE mantém convênio, elaborouprognóstico climático assinalando que, pelaneutralidade dos fenômenos La Niña e ElNiño, a probabilidade é a de que as somasdas chuvas entre maio/julho, (pelomenos)na região de abrangência da CANA-OESTE, poderão ser próximas às respecti-vas médias históricas.

Neste início de safra, evitem dúvidasquanto aos tratos mecânicos e químicos desoqueiras, consultem os Técnicos CANA-OESTE.

de Meteorologia e INPE-Instituto Nacionalde Pesquisas Espaciais para os meses demaio a julho.

Embora mostrando sinais de enfraque-cimento, a longa estiagem no Sul do Brasil eas intensas chuvas nas Regiões Norte eNordeste, ainda se devem ao efeito La Niña.

· Na Região Centro Sul, a temperaturamédia deverá ficar em torno da normalidadeclimática;

· Quanto às chuvas para os meses demaio a julho, prevê-se que estas poderão“ficar” próximas às médias históricas nasRegiões Centro-Oeste e Sudeste, como tam-bém no Estado do Paraná;

· Como referência de chuvas na região:-as médias históricas, pelo Centro Apta-IAC- Ribeirão Preto, são de 55mm em maio, 25mmem junho e 20mm em julho.

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Contrato de fornecimentode cana-de-açúcar

Artigo Técnico

Contrato de fornecimentode cana-de-açúcar

Inicialmente precisamos entender osprincípios que norteiam a Metodo-logia CONSECANA-SP. Ela é bem

simples. O faturamento líquido obtidopela unidade industrial com açúcar eálcool é dividido entre o produtor e ausina proporcionalmente aos custos deprodução de cada um. Assim a meto-dologia CONSECANA-SP busca apu-rar qual o faturamento líquido da usinacom cada um destes produtos a partirdos preços levantado pela ESALQ/CE-PEA, aplica a participação do produ-tor, que é de 59,5% para o açúcar e 62,1%para o álcool, converte em ATR (Açú-car Total Recuperável) e pondera ospreços dos diversos mercados e pro-dutos. Tem-se, então, o preço do ATR,que será multiplicado pela quantidadede ATR fornecida pelo produtor.

Para tratarmos sobre o assunto pro-posto, qual seja a celebração de umContrato de Fornecimento de Cana, apergunta inicial de todo produtor decana-de-açúcar é: qual a necessidadeque tenho de fazer um contrato de for-necimento de cana-de-açúcar?

Nas regiões mais tradicionais deprodução de cana-de-açúcar, essa per-gunta surge, pois, muitas vezes, o pro-dutor pretende ter liberdade de nego-ciar sua matéria-prima com mais de umaunidade industrial. Entretanto, essadisponibilidade também tem sua outrafase: a dificuldade em encontrar umaunidade industrial para processar suacana em anos de abundância de maté-ria-prima, mas talvez esse não seja ain-da o ponto mais importante. Vejamos:

É necessário esclarecer que não háa obrigatoriedade de fazer-se um con-trato de um ciclo completo ou váriosanos. É aconselhável, mas não é obri-gatório. Portanto, o contrato pode serpara apenas uma safra.

Aliás, é importante que o produtortenha em mente que a compra e vendade cana-de-açúcar em todo o país é li-vre e as partes negociam da forma que

Cleber Moraes, consultor da CANAOESTEe M. Moraes Consultoria Agronômica Ltda

melhor lhes convenha. Nada no Mo-delo CONSECANA-SP é obrigatório atéque seja colocado em contrato. Repita-se que é necessário um acordo e nãouma imposição. Ou seja, em contrato épossível a modificação de qualquernorma ou sugestão do CONSECANA-SP, mas, novamente, não é aconselhá-vel, pois o Sistema de Pagamento deCana proposto pelo CONSECANA-SPtem um equilíbrio em todas as suas fór-mulas, participações do produtor nosprodutos finais e percentuais de adi-antamento e ajustes. É preciso que oprodutor esteja atento a cada uma dascláusulas do contrato, em especial se aminuta (primeiro esboço do contrato)parte da compradora, ou seja, da uni-dade industrial. Sem um contrato nãose pode garantir a aplicabilidade dasnormas do CONSECANA-SP.

Sabendo da necessidade de ter-seum contrato, o CONSECANA-SP, emseu Anexo III, descreve as Regras Con-tratuais Mínimas que devem ser segui-das para ter-se o contrato dentro dasnormas do CONSECANA-SP.

Mas, antes de entrarmos especifica-mente na elaboração do Contrato de For-necimento de Cana é importante que osseguintes documentos estejam em mãos:

· Matrícula: ler a matrícula e to-das as pendências existentes;

· Cópia autenticada para todasas pessoas físicas envolvidas, inclusi-ve testemunhas e diretores das empre-sas de:

o Documentos eo Comprovantes de residência.

· Contrato social das pessoasjurídicas envolvidas:

o Observar quem pode ser seus re-presentantes legais e quantos devemassinar;

o Solicitar Ficha de Breve Relatojunto à JUCESP.

· Licenciamento ambiental ecumprimento da legislação ambiental,onde haja exigência:

o APP – Áreas dePreservação Perma-nente;

o Reserva Legal;o Averbações

em matrículas.· Mapa

existente dapropriedade:

o Se possível medir área antes deassinar o contrato;

o Tornar o mapa um anexo do con-trato, indicando talhões de onde sairáa cana a ser fornecida no contrato.

Faremos algumas observações deproblemas vividos ou que chegaram aonosso conhecimento e que justificam anecessidade da documentação acima:

· Quanto às matrículas: nas ma-trículas das propriedades devem serregistradas garantias que recaiam so-bre a propriedade e a produção. Dissodecorre a necessidade de se conhecerse não há pendências sobre a cana aser adquirida;

· Quanto ao documento daspessoas físicas: é comum que nomes enúmeros de documentos sejam grafa-dos de forma errônea, o que dificulta aproposição de ações no judiciário e atéa localização das partes e das testemu-nhas por erros gráficos;

· Quanto ao contrato social depessoas jurídicas: é comum que mais deuma pessoa física tenha que assinar umdocumento para que a pessoa jurídicaesteja representada perante o Judiciário;

· Quanto ao licenciamento am-biental: esta documentação é importan-te para se evitar discussões de respon-sabilidades se houver o embargo porparte de órgão ambiental na retirada damatéria-prima;

· Quanto ao mapa: é comum queo produtor, não definindo exatamentequais talhões estão designados paraum contrato, fique obrigado a fornecerà mesma unidade industrial canas queele pretendia fornecer a outra unidade.

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Falando mais especificamente docontrato, cumpre-se ressaltar que é im-portante que o conteúdo que será des-crito a seguir esteja todo ele no contra-to, não necessariamente na ordem quese apresenta. Contudo, facilita bastan-te a leitura do contrato, caso esteja naordem que será proposta. Com uma fi-nalidade mais didática, as Regras Con-tratuais Mínimas estabelecem a seguin-te divisão de Cláusulas do Contrato deFornecimento de Cana-de-Açúcar:

I. Nome e Qualificação das Partes;II. Preâmbulo;

III. Objeto;IV. Prazo de Vigência;V. Apuração da Qualidade da

Cana Entregue;VI. Preço;VII. Adiantamento Contra a Entre-

ga de Cana;VIII. Adiantamento no Período entre o

Final da Moagem e o Final do Ano-Safra;IX. Liquidação ao Final da Safra;X. Retenção;XI. Conciliação.Passaremos a discutir cada parte do

contrato.

I. Nome e Qualificaçãodas Partes:

O manual do CONSECANA-SP pro-põe o seguinte texto:

“Pelo presente instrumento parti-cular de contrato de compra e venda:

de um lado: (qualificação comple-ta do fornecedor), de ora em diantedesignado VENDEDOR; e

de outro lado: (qualificação com-pleta da unidade industrial), de ora emdiante denominada COMPRADORA.”

Sugerimos que, para qualificar pes-soas físicas e jurídicas seja utilizado oseguinte formato:

Pessoa Física: NOME, portador doCPF/MF sob n°. NÚMERO e R.G. n°.

NÚMERO, NACIONALIDADE, ESTA-DO CIVIL, PROFISSÃO, residentes edomiciliados à LOGRADOURO, No.NÚMERO , MUNICÍPIO-ESTADO,CEP NÚMERO.

Pessoa Jurídica: NOME DA EM-PRESA, sociedade empresária inscri-ta no CNPJ/MF sob n°. NÚMERO comsede à LOGRADOURO, No. NÚME-RO, MUNICÍPIO-ESTADO, CEP NÚ-MERO com estabelecimento filial lo-calizado à LOGRADOURO, No. NÚ-MERO, MUNICÍPIO-ESTADO, CEPNÚMERO, neste ato representada,conforme seu contrato social, porseu(s) diretor(es) NOMES E TODOSOS DADOS DE PESSOA FÍSICA,conforme acima.

II. Preâmbulo:Nesse item o Manual do CONSE-

CANA-SP propõe o seguinte texto:“Considerando que: 1 - O Conselho dos Produtores de

Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool doEstado de São Paulo – CONSECANA-SP deve zelar pelo relacionamento dosintegrantes da cadeia produtiva daagroindústria canavieira do Estadode São Paulo;

2 - Há necessidade de assessora-mento à conduta dos vendedores decana, de um lado, e dos produtores deaçúcar e álcool, de outro, reciproca-mente considerados, decorrente dascaracterísticas e peculiaridades de

seus negócios;3 - O CONSECANA-SP age com o

fito de aperfeiçoar a parceria que deveexistir entre vendedores de cana e pro-dutores de açúcar e álcool;

4. O CONSECANA-SP busca apu-rar e transmitir informações atualiza-das para os integrantes do sistema,tanto em relação à qualidade da canacomo ao preço dos produtos finaisderivados desta;

5. O CONSECANA-SP define, pormeio de seu Regulamento, uma sériede normas para a consecução dos finsacima referidos têm entre si justo econtratado o quanto segue:”

III. Objeto:O texto em itálico é proposição do

CONSECANA-SP e o texto em negritoe entre parênteses são nossas obser-vações, onde chamamos a atenção doprodutor para questões relevantes.

“Cláusula (...) – Pelo presente ins-trumento particular e na melhor for-ma de direito, o VENDEDOR vende ea COMPRADORA compra (...) tonela-das de cana-de-açúcar, produzidas noFundo Agrícola (nome do Fundo Agrí-cola), situado na (endereço do Fun-do Agrícola), município de (nome domunicípio). (Será apresentada nova re-dação a seguir)

Parágrafo 1º - O VENDEDOR en-tregará a cana na esteira da COM-PRADORA. (Atentar para quem fará acolheita)

Parágrafo 2º - A entrega efetuar-se-á durante todo o período de moa-gem (se a unidade industrial for reali-zar a colheita, definir quantidadesmensais e multas ou compensaçõespelo não cumprimento) da COMPRA-DORA, conforme cronograma elabo-rado, na proporção de sua cana totalprocessada.

Parágrafo 3º - Será admitida avariação de até (...)% da quantidadecontratada de cana-de-açúcar, quera menor, quer a maior do cronogramaprevisto no Parágrafo 4º - As despe-sas referentes à entrega da cana até aesteira da COMPRADORA serão su-portadas pelo VENDEDOR.”

Sugerimos que o corpo principal dotexto que define o objeto do contratoseja o seguinte:

Cláusula (...) – Pelo presente ins-trumento particular e na melhor formade direito, o VENDEDOR vende e aCOMPRADORA compra QUANTIDA-DE DE CANA toneladas de cana-de-açúcar, produzidas no Fundo AgrícolaNOME DO FUNDO AGRÍCOLA, situ-ado na ENDEREÇO DO FUNDO AGRÍ-COLA, município de NOME DO MU-NICÍPIO, na comarca de NOME DACOMARCA, contendo a área de ÁREAalqueires, equivalentes a ÁREA hecta-res de terras, registrada no Cartório deRegistro de Imóveis da Comarca sobn°. NÚMERO, cadastrada junto ao IN-CRA sob n° NÚMERO, de onde se des-taca uma área de ÁREA alqueires, equi-

Artigo Técnico

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Revista Canavieiros - Maio de 20093030303030

Artigo Técnico

IV. Prazo de Vigência:A redação proposta pelo CONSE-

CANA-SP é a seguinte:“Cláusula (...) – O prazo de vi-

gência do presente contrato é de

(...) anos.”Sugerimos que o produtor acres-

cente o seguinte parágrafo:Parágrafo Único – Podendo ser

V. Apuração da Qualidade da CanaEntregue:

O texto proposto pelo CONSECA-NA-SP é a seguinte:

“Cláusula (...) – A qualidade dacana-de-açúcar entregue peloVENDEDOR será apurada pelaCOMPRADORA, conforme o dispos-

to no Regulamento do CONSECA-NA-SP, que as partes declaram co-nhecer e respeitar.”

É necessário que o produtor fi-que atento à inclusão no contrato deequipamento não homologado pelo

VI. Preço:Para determinação do preço o Ane-

xo III do CONSECANA-SP propõe:“Cláusula (...) – O preço devido

pela COMPRADORA ao VENDEDORé aquele apurado ao final do ano-safra, a partir da metodologia esta-belecida no Regulamento do CON-SECANA-SP, que as partes declaram

conhecer e respeitar.Parágrafo único - O preço será

determinado com base:I – No mix de produção e de co-

mercialização da COMPRADORAdurante a safra terminada;

II – Nos preços médios finais dokg de ATR dos produtos que com-

VII. Adiantamento Contra a Entregade Cana:

O texto proposto para o Adianta-mento contra a Entrega de Cana, isto é,aquele adiantamento que ocorre no pe-ríodo de moagem da unidade industri-al, é o seguinte:

“Cláusula (...) – A COMPRADORApagará ao VENDEDOR, a título de adi-antamento, no dia (...) do mês subsequenteao da entrega da cana (...) % do valor defaturamento da Nota Fiscal de Entrada,calculado em função da quantificação

de ATR do produtor e do preço médio dokg do ATR divulgado pelo CONSECA-NA-SP para o mês da entrega.

Ou, opcionalmente:Cláusula (...) – A COMPRADORA

pagará ao VENDEDOR, a título de adi-antamento, no dia (...) do mês subsequen-te ao da entrega da cana, R$.(...) portonelada de cana-de-açúcar entregue.”

É importante saber-se que a parti-cipação do produtor, que é de 59,5%

VIII. Adiantamento no Período entre oFinal da Moagem e o Final do Ano-Safra:

prorrogado por mais QUANTIDADEDE ANOS anos dependendo da viabi-lidade do canavial a critério exclusivodo VENDEDOR.

CONSECANA-SP. Se um equipa-mento não foi homologado, ele podenão estar adequado às normas doCONSECANA-SP e resultar em pre-juízo para o produtor ou mesmo paraa unidade industrial.

põem o mix de comercialização doEstado de São Paulo, a serem divul-gados pelo CONSECANA-SP até odia 10 do mês subsequente ao térmi-no do ano-safra;

III – Na quantificação total deATR entregue pelo produtor de cana-de-açúcar.”

para o açúcar e 62,1% para o álcool,tem como premissa um adiantamentodurante o período de moagem de 80%.Por isso, a Circular 02/06 sugere que oadiantamento do período de moagemseja de 80%. Cumpre ressaltar que apalavra “sugere” foi usada porque nametodologia CONSECANA-SP nada éobrigatório e não há sentido em dizerque é obrigatório, pois tudo dependede um acordo entre as partes.

valentes a ÁREA hectares de terras,cujo mapa geo-referenciado é parte in-tegrante deste contrato.

Sugerimos também que seja acrescen-tado o parágrafo quarto, como a seguir:

Parágrafo 4º - Não fazem parte deste

contrato as demais áreas da propriedadeque não estejam discriminadas neste mapa.

É importante que seja determinadoo período em que cada gleba (conjuntode talhões) seja colhida conforme operfil varietal da área e multas para o

não cumprimento destes períodos. Nãoé raro nos deparar com situações emque a colheita ficou por conta da uni-dade industrial e as canas foram colhi-das em épocas inapropriadas, ocasio-nando sérias perdas ao produtor.

O texto do CONSECANA-SP diz:“Cláusula (...) – A partir do mês

subsequente ao do término da moa-gem, conforme determinado no Regu-lamento do CONSECANA-SP, a COM-PRADORA, mensal e sucessivamente,calculará o preço provisório dacana-de-açúcar fornecida e iniciará

o pagamento da diferença entre estee as quantias já adiantadas durantea safra.

Parágrafo 1º - Preço provisórioserá determinado com base em:

I – O mix de produção da COM-PRADORA;

II – O mix de comercialização pro-

visório da COMPRADORA~III – Os preços médios acumula-

dos do kg de ATR dos produtos quecompõem o mix de comercializaçãodo Estado de São Paulo, divulgadospelo CONSECANA-SP;

IV – A quantificação de ATR entre-gue pelo VENDEDOR, durante a safra.

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Revista Canavieiros - Maio de 2009 3131313131

Artigo TécnicoParágrafo 2º- (A forma de paga-

mento dos referidos adiantamentosde que trata esta cláusula deveráser disposta neste parágrafo confor-me o acordado entre as partes con-tratantes).”

Assim, sugerimos que o texto doparágrafo 2º. seja o seguinte:

A COMPRADORA adiantará aoVENDEDOR sobre o total da cana for-necida durante o período de moagem

IX. Liquidação ao Final da Safra:Quanto à liquidação de safra, o

CONSECANA-SP propõe:“Cláusula (...) – Ao final do ano-

safra a COMPRADORA pagará aoVENDEDOR as diferenças entre o pre-ço final apurado, conforme disposto na

cláusula (vide item VI), e os valoresadiantados com base nas cláusulas(vide itens VII e VIII) deste contrato.”

X. Retenção:Todos os estudos, elaboração de

normas e atualizações necessárias àmanutenção do CONSECANA-SPsão custeados, pelo lado dos pro-dutores, pelas associações de for-necedores. Dessa forma, para que osfornecedores possam ter todas as

orientações necessárias é precisoque façam o recolhimento de taxa desuas associações. Mediante isso oCONSECANA-SP propõe o seguin-te texto:

“Cláusula (...) – A COMPRADO-RA se obriga a descontar as obri-

gações pecuniárias devidas peloVENDEDOR à ASSOCIAÇÃO (deno-minação da associação), recolhen-do-as a esta última na forma defini-da por deliberação assemblear, cujaata deve ser subscrita e enviada, emtempo hábil, à COMPRADORA.”

XI. Conciliação:Caso haja necessidade de concili-

ação, é preciso que se disponha o se-guinte texto no contrato:

“Cláusula (...) – As partes enca-minharão à Diretoria do CONSECA-NA-SP as dúvidas e conflitos surgi-dos entre elas, quanto à execuçãodo presente contrato, no que se refe-re às Normas do Regulamento doCONSECANA-SP. “

É fundamental que a unidade in-dustrial participe da ÚNICA (Uniãoda Indústria de Cana-de-Açúcar) eo fornecedor recolha taxa para umaassociação na forma de seus estatu-tos sociais e que esta seja vinculadaà ORPLANA (Organização dos Plan-tadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil).

Sugere-se que conste em contratoas seguintes cláusulas adicionais:

1. O atraso no pagamento em qual-quer das parcelas acordada neste con-trato implicará em correção monetáriapelo IPCA ou outro índice de inflaçãooficial do governo que venha a subs-tituí-lo, mais juros de 1% ao mês.

2. As partes se obrigam ao inte-

gral cumprimento deste contrato emtodas as suas cláusulas, convencio-nando que eventual descumprimen-to de qualquer delas sujeitará a par-te infratora ao pagamento de multacorrespondente a 20% (vinte porcento) calculado sobre o preço dototal de cana colhida na safra emcurso ou na que venha a ser colhidase ainda não realizada nenhuma co-lheita, em favor da parte inocente,ressalvando que o pagamento destamulta não exclui o direito da parteexigir o integral cumprimento da obri-gação principal.

3. A tolerância de quaisquer daspartes no descumprimento das cláu-sulas e condições aqui estipuladas nãoserá entendida como novação ou re-núncia prevista no Código Civil Bra-sileiro, podendo a parte prejudicadaexercer seus direitos a qualquer tem-po, sem prejuízo das indenizaçõeseventualmente devidas em decorrên-cia de inadimplemento.

Finalmente, é importante tambémestar atento a:

· Data de pagamentos

· Eleição do Foro· Caso a unidade vá prestar servi-

ços de colheita:o Definir período quando os ser-

viços deverão ocorrer e multa ou com-pensação para o não cumprimento;

o Se puder levar a outra unidadeindustrial, definir preço dos serviçosde colheita em todas as situações pos-síveis ou que o preço do serviço seráaquele determinado até a unidade con-tratante;

o Estipular forma de reajuste,caso prazo seja superior a mais deuma safra.

· Deve-se pactuar forma de paga-mentos nos casos de ajustes final ne-gativos, mesmo que se siga a propos-ta do CONSECANA-SP.

· No caso de companhias agríco-las ou entre proprietário e fornecedo-res, sugere-se nomear uma unidade in-dustrial interveniente que garanta orecebimento da matéria-prima.

· Critérios de renovação.Caso seja necessário, entre em

contato conosco por meio do telefo-ne (16) 3946-3300 ramal 2100.

e pelo seu teor médio de ATR, os se-guintes percentuais pagos no dia ...de cada mês:

Novembro: (Valor Atualizado x84% - Valores Pagos) / 5 - pagamentodia.../dez/ano

Dezembro: (Valor Atualizado x 88%- Valores Pagos) / 4 - pagamento dia.../jan/ano

Janeiro: (Valor Atualizado x 92% -

Valores Pagos) / 3 - pagamento dia .../fev/ano

Fevereiro: (Valor Atualizado x 96%- Valores Pagos) / 2 - pagamento dia.../mar/ano

Observação: Valor Atualizado =Quantidade de ATR fornecida nasafra multiplicado pelo preço doATR acumulado atualizado até omês, segundo as normas do CON-SECANA-SP.

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Revista Canavieiros - Maio de 20093232323232

Florescimento no canavial,um alerta ao prejuízoFlorescimento no canavial,um alerta ao prejuízo

Ofenômeno do florescimentoocorre quando as condiçõesclimáticas são favoráveis ao seu

aparecimento, como o excesso de chuvanos meses de Dezembro à Janeiro, foto-período curto, umidade antes e duranteo processo de indução, diferença entreas temperaturas médias diurnas e notur-nas e sensibilidade das variedades cana.Mesmo as variedades não floríferas,quando colocadas em regiões onde ascondicionantes são altamente favoráveis,sofrem este efeito, florescendo e causan-do danos ao rendimento da cultura.

Dependendo do ano-safra agrícolao branco-acinzentado do florescimen-to da cana-de-açúcar é cada vez maiscomum na paisagem de algumas regi-ões produtoras de cana do Brasil.

Apesar de o cenário ser de encheros olhos de quem passa perto, não setraz nenhum benefício ao fornecedor ea Indústria.

Ao emitir o pendão floral a plantade cana canaliza uma grande parte doaçúcar para o local, reduzindo a produ-tividade e a qualidade da matéria primana Indústria.

Alterações morfológicas e fisioló-gicas são os primeiros sintomas preju-diciais do florescimento, que causaacúmulo de sacarose na cana-de-açú-car. A formação da flor drena a sacaro-se e causa prejuízos à qualidade dacana. O florescimento causa também a

Artigo Técnico II

Por; Marcelo de Felício,engenheiro agrônomo da Canaoeste.

Florescimento pleno, em canavial.

isoporização – ou chochamento –, quese caracteriza pelo secamento do inte-rior do colmo e perda de peso final, porconta da redução do volume de caldo.

É possível evitar o florescimentofazendo o manejo das variedades florí-feras e planejando a colheita para iní-cio de safra, das variedades sensíveisa este fenômeno, entretanto essa não éa estratégia mais usual nem a mais viá-vel, “Teríamos que colher tudo no iní-

cio de safra”, podemos também, levarem conta tipo de solo, topografia daregião, forma do plantio/colheita e ca-racterísticas climáticas da região.

Podemos ainda usar os regulado-res de crescimento, que aplicado no pe-ríodo indutivo, inibe a ocorrência doflorescimento da cana, evitando a iso-porização ou chochamento, pode ain-

da acelerar a maturação quepermite o adequado manejoda cana na colheita.

Além disso, al-guns produtosapresentam umefeito positivo nabrotação da so-queira, incremen-tando ganhos naprodutividade do corte seguinte.

Produtor fique sempre atento aoaparecimento do pendão floral nos ca-naviais, se antes não usou nenhumtipo de método para inibir o floresci-mento, após o aparecimento das pri-meiras flores, providencie o mais rápi-do possível a colheita da área e con-sulte sempre um engenheiro agrôno-mo de sua região.

Pendão floral da planta de cana.

Cana Isoporizada ou Chochada

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IAC lança duas variedadesde amendoimIAC lança duas variedadesde amendoim

Novas Tecnologias

Da Redação

IAC 503 e IAC 505 foram apresentadas na Agrishow e apresentam alto teor de ácido oléico

OIAC (Instituto Agronômico)lançou na Agrishow as varie-dades de amendoim IAC 503 e

IAC 505 com alto teor de ácido oléico— entre 70% a 80% — enquanto osmateriais tradicionais têm 40% a 50%.

Esse ácido garante maior durabili-dade ao produto — isto é, o armazena-mento pode ser feito por maior tempo,sem perda de qualidades. O sabor deranço deixa de existir, ao menos por umbom período, já que os óleos vegetaispossuem outros ácidos em sua com-posição que conferem maior resistên-cia à oxidação.

Esse atributo é fundamental para omercado brasileiro, pois apesar de oamendoim ser uma oleaginosa, o pro-duto é mais utilizado pela indústria deconfeitaria, com rígidos critérios dequalidade para atender ao exigentemercado de doces e confeitos. “Os de-rivados do amendoim, como doces eóleos, terão prolongada a sua vida deprateleira”, afirma Ignácio Godoy, pes-quisador do IAC.

De acordo com o pesquisador, esseácido graxo tem grande relevância paraa cadeia produtiva como um todo.“Essa característica representa um sal-to de qualidade para a indústria e ten-de a tornar o amendoim mais atraente,sobretudo no mercado externo”, dizGodoy. As sementes desse materialdeverão chegar aos produtores em2010/2011.

Granulometria é outro destaque -Os novos materiais são superiores tam-bém na quantidade de grãos de maiortamanho, obtidos após o descasca-mento e a retirada das impurezas. O IAC503 apresenta cerca de 30% a mais degrãos grandes que o Runner IAC 886.A granulometria da IAC 505 também ésuperior aos materiais já conhecidos.

Grãos de maior tamanho são os maisvalorizados no mercado de confeitaria.

Desempenho agronômico- IAC 503e IAC 505 são classificadas como dogrupo “runner”, com hábito de cresci-mento rasteiro e ciclo ao redor de 130dias. Em relação às doenças foliares,ambas classificam-se como moderada-mente suscetíveis à mancha preta e fer-rugem, principais doenças do amendo-

Ignácio Godoy, pesquisador do IAC apresentou as novas variedadesdurante Agrishow 2009 no estande do IAC

im, cujo controle representa cerca de30% do custo de produção. A varieda-de Runner IAC 886, o de maior expres-são comercial atualmente, é considera-do suscetível a essas doenças.

Segundo Ignácio Godoy, os primei-ros testes de produtividade foram fei-tos em 2005/2006. Na média de duaslocalidades, a IAC 503 e a IAC 505 pro-duziram, respectivamente, 5.859 e 5.344

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Novas TecnologiasKg/hectare (em casca), contra 4.412 e 4.495 Kg/hectare dos cultivares RunnerIAC 886 e IAC Caiapó.

Já em 2006/2007, ano considerado difícil sob o aspecto de clima e de baixaeficiência no controle de doenças, como a mancha preta, o desempenho pro-dutivo médio dos materiais IAC 503 e IAC 505, em quatro localidades, foi de3.519 e 3.514 Kg/hectare, e de 3.364 e 3.571 Kg/hectare para os tradicionaisRunner IAC 886 e IAC Caiapó, respectivamente.

As tecnologias IAC dominam os campos paulistas de amendoim, que res-pondem por 70% da produção nacional da oleaginosa, com cerca de 100 milhectares. Cerca de 80% da área plantada com amendoim no Brasil utiliza mate-riais IAC. Segundo Ignácio Godoy, na safra 2008/09, estima-se que foramplantados 70 mil hectares com a cultivar Runner IAC 886 e 18 mil hectares deIAC Tatu ST, além de outros com menores áreas de cultivo.

IAC expõe tecnologias jáadotadas por produtores

Durante a Agrishow, o IAC também expôs tecnologias já adotadas pelosprodutores, como as oito variedades de cana lançadas nos últimos três anos.Dentre esses cultivares, os destaques são IAC91-1099 e IACSP95-5000 pelaelevada produtividade e concentração de sacarose.

Comparadas a materiais bastante cultivados comercialmente, a produtivi-dade da IACSP95-5000 foi superior em 17,7% e a da IAC91-1099 em 11%.Esses valores correspondem uma variação na produção de 120 a 90 toneladas/hectare e de 140 a 95 toneladas/hectare, respectivamente.

Ainda relacionada a essas características, a IAC91-1099 garante uma boaprodutividade mesmo em cortes avançados, com produção superior em 20% ados materiais que apresentam esse mesmo perfil. “Os ensaios que validaramessa variedade foram conduzidos até o quarto corte, em diversos ambientes deprodução. Nessa condição, para o quarto corte ela apresentou dados médios de94 toneladas/hectare”, informa o pesquisador do IAC, Mauro Alexandre Xavier.

Segundo ele, outro aspecto que também chama a atenção da IAC91-1099 éo seu caráter rústico-estável, o que possibilita seu cultivo em ambientes médi-os a desfavoráveis.

Em relação ao nível de maturação, a IAC91-1099 e IACSP95-5000 apresen-tam boa capacidade de acumular sacarose ao longo da safra, tornando-se umaboa opção para corte entre o inverno e a primavera – o que corresponde aoperíodo entre julho e novembro.

Já a IACSP95-3028 e a IACSP93-2060 chamam a atenção pela precocidadede maturação, o que beneficia a colheita durante o período de menor volumede produção. “Para a IACSP95-3028, colhida em início de safra – um momentobastante crítico para o acúmulo de sacarose – o teor percentual desse açúcarpode ser 7,5% superior ao das variedades ainda cultivadas e utilizadas eminício de safra”, pontua Xavier.

O pesquisador explica ainda que, enquanto IACSP95-3028 atende à neces-sidade de antecipação da colheita para final de março e início de abril, aIACSP93-2060 destina-se entre a quarta e a sexta quinzenas da safra. Essacaracterística permite que os produtores planejem melhor e possam adiar ouantecipar o início do corte.

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BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

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Cultivo de pinhão-manso paraprodução do Biodiesel

Prof. Nagashi TominagaProf. Jorge Kakida

Prof. Eduardo Kenji Yasuda

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em

Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

“O significado das coisas não está nas coisas em si, massim em nossa atitude com relação a elas”

Antoine de Saint-Exupéry

1)Pedro, com seu ato HERÓICO, socorreu prontamente suaamiga Maria...

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, Pedro não foi heróico... sem tirar omérito do socorro prestado a sua amiga Maria...

NOVA REGRA (para TODOS sermos HEROICOS!).Foi eliminado dos ditongos (encontro de uma vogal+semivogal ou vice -versa

na mesma sílaba) abertos ei e oi dos vocábulos paroxítonos (palavras cuja sílabapronunciada com mais intensidade é a penúltima) o acento gráfico (acento agudo).

ANTES= HeróicoDEPOIS= HEROICO (correto)

Então, Pedro foi um HEROICO!!!

2) Apelidos familiares.

Precisamos respeitá-los, muitos carinhosos, outros estranhos, outros incon-fessáveis, mas os confessáveis como: leãozinho, gatinha selvagem, docinho... eassim vão!

Ouvi, no supermecado, outro dia: “A JIBÓIA da minha sogra...”Veja: temos uma redundância: animal de estimação a Jibóia? ou...Prezado amigo leitor, na oralidade, na fala, a JIBOIA da sogra precisa ser

respeitada.Na escrita, vamos a nova regra:ANTES= JIBÓIADEPOIS=JIBOIA (correto)

E a regra?- É a mesma do HEROICO - exemplo acima

3) Prezado amigo leitor, você sempre é TRANQUILO?

Sem trema, sempre TRANQUILO!!!Lembrando a Nova Regra: depois do Novo Acordo o trema foi abolido, existe

apenas com palavras estrangeiras (Ex.: modelo Gisele Bündchen.)

PARA VOCÊ PENSAR:

“ A torneira seca(mas pior: a falta de sede)

a luz apagada( mas pior: o gosto do escuro)

a porta fechada( mas pior: a chave por dentro)

José Paulo Paes

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Junho Junho Junho Junho Junho de de de de de 20092009200920092009

12ª Expocachaça - Feira e Festival Internacional da CachaçaEmpresa Promotora: Cachaças do BrasilTipo de Evento: Exposição / FeiraInício do Evento: 04/06/2009Fim do Evento: 07/06/2009Estado: MGCidade: Belo HorizonteLocalização do Evento: Expominas Belo Horizonte - Pavi-

lhões 2 e 3Informações com: Cachaças do BrasilSite: www.expocachaca.com.brTelefone: 31 3284-6315/3287-5243E-mail: [email protected]

FEICORTE 2009 - 15ª Feira Internacional da CadeiaProdutiva da Carne

Empresa Promotora: Agrocentro Empreendimentos e Par-ticipações

Tipo de Evento: Exposição / FeiraInício do Evento: 16/06/2009Fim do Evento: 20/06/2009Estado: SPCidade: São PauloLocalização do Evento: Centro de Exposições ImigrantesInformações com: Adriana CarvalhoSite: www.feicorte.com.brTelefone: 11 5067-6767E-mail: [email protected]

EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIATipo de Evento: ExposiçãoCidade: Itajubá/ MGInício do Evento: 04/06/2009Fim do Evento: 07/06/2009E-mail: [email protected]

V DIA DE CAMPO COCAPEC - CIRCUITO DAS ÁGUASTipo de Evento: Dia de CampoApresentação de novos produtos, máquinas e implemen-

tos voltados à cafeicultura.Palestra Técnica sobre Manejo de Podas do Cafeeiro.Início do Evento: 06/06/2009Fim do Evento: 06/06/2009Local: Sítio Santa Joana, Bairro dos Leais.Cidade: Serra Negra/SPTelefone: (19)3892-7099/3892-2356E-mail: [email protected]: http://www.cocapec.com.brResponsável: Eduardo Leite Maraccini (19)9143-8505

Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-se

Revista Canavieiros - Maio de 20093838383838

II SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIATipo de Evento: SimpósioO GELQ 2010 realizará nos dias 8 e 9 de junho de 2009, o

"II Simpósio de Integração Lavoura-Pecuária". O evento édirecionado às discussões técnicas e gargalos para a im-plantação e manutenção dos sistemas de produção queintegram atividades de agricultura e pecuária de forma si-nérgida e sistêmica.

Início do evento: 08/06/2009Fim do Evento: 09/06/2009Local: Pavilhão da EngenhariaESALQ/USP (Piracicaba)Cidade: Piracicaba/SPTelefone: 19- 34176600E-mail: [email protected]: http://www.gelqesalq.com.brResponsável: Antonio Luiz Fancelli (ESALQ/USP) e Al-

berto C.Organizador: GELQ 2010 - ESALQ/USP

16ª Hortitec - Exposição Técnica de Horticultura, CultivoProtegido e Culturas Intensivas

Tipo de Evento: ExposiçãoInício do Evento: 10/06/2009Fim do Evento: 12/06/2009Cidade: Holambra/SPTelefone: (19) 3802-4196E-mail: [email protected]

XI SIMPÓSIO DA CULTURA DE MILHOInício do Evento: 22/06/2009Fim do Evento: 24/06/2009Segmentos: SimpósioO tradicional evento promovido pela ESALQ/USP apre-

senta como objetivos principais a discussão de assuntosatuais relativos à cultura de milho e a proposição de siste-mas sustentáveis de produção, além de contemplar a apre-sentação de inovações tecnológicas disponíveis para apróxima safra.

Local: Hotel Fonte Colina VerdeEndereço: Rua Veríssimo PradoCidade: São Pedro/SPTelefone: (19) 3417-6604E-mail: [email protected]: http://www.fealq.org.br ou www.esalq.usp.br/depar-

tamentos/lpv/Responsável: Prof. A.L.FancelliOrganizador: ESALQ/USP - Depto Produção Vegetal

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