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Mudançanecessária

Boa leitura!Conselho Editorial

Editorial

A Reportagem de Capa da Cana-vieiros de fevereiro, traz a coberturada Audiência Pública que aconteceuno início do mês em Ribeirão Preto, eque esquentou a discussão sobre anecessidade de revisão da legislaçãoambiental, principalmente do CódigoFlorestal, possibilitando um desen-volvimento sustentável entre a pro-dução e o meio ambiente. Esse tam-bém é o tema abordado em “Assun-tos Legais”, pelo advogado da Cana-oeste, Juliano Bortoloti.

Neste mês, a redação entrevistouCesário Ramalho, que desde 2009 pre-side a mais importante feira do agro-negócio da América Latina: AAgrishow – Feira Internacional daTecnologia em Ação. Segundo Rama-lho, as expectativas para esse ano são

Mudançanecessária

muito positivas e prometem uma re-cuperação nos negócios realizadosdurante a feira.

Quem assina o Ponto de Vista éEdivaldo Del Grande, presidente dasOrganização das Cooperativas do Es-tado de São Paulo (Ocesp). Edivaldocomenta o setor sucroenergético bra-sileiro e as barreiras ambientais en-frentadas pelos produtores rurais.

O leitor também pode conferir ascaracterísticas e recomendações dasvariedades CTC no “Artigo Técni-co” assinado pelo Centro de Tecno-logia Canavieiro. Informações Seto-riais, notícias Copercana e Canao-este e muitos outros assuntos e re-portagens completam a Canavieirosde fevereiro.

Nota deEsclarecimento

A REVISTA CANAVIEIROS esclarece seus clientes,parceiros e leitores que, na edição nº 43, ano V, de janeirode 2.010, página 31, publicou anúncio pago contratado porconta e risco da empresa Cavalhari Representações Ltda.,CNPJ nº 03.910.293/0001-32, da cidade de Rio Acima-MG.,sendo esta a única responsável pelas condições dos planosde financiamentos e pelas exigências de garantias contratuais,o que requer, como de praxe, cautela dos interessados naconcretização dos negócios anunciados.

Conselho Editorial

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Artigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo Técnico

Variedades CTCcaracterísticas e recomendaçõesCentro de Tecnologia Canavieira - CTC

Um ano de oportunidades egrandes desafios

Edivaldo Del Grandepresidente da Ocesp

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Balanço patrimonial- Demonstração do resultado do exercício

- Plano de Eliminação Gradativa da Quei-ma da Palha de Cana-de-Açúcar e Protoco-lo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro- Assembleia Geral Ordinária

Audiências públicasdebatem o CódigoFlorestalRibeirão Preto foi sede de maisuma audiência que contoucom a participação de aproxi-madamente 2.600 pessoas

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana- O produtor fala para a gente...- Dia de Campo de Amendoim

CIRCULARCONSECANA

SAFRA DEGRÃOS

ASSUNTOSLEGAIS

INFORMAÇÕESSETORIAIS

CLIMA

DESTAQUE

CULTURA

CLASSIFICADOS

AGENDE-SE

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EDITORA:Carla Rossini – MTb 39.788

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

EQUIPE DE REDAÇÃO / FOTOS:Carla Rodrigues - MTb 55.115

Carla RossiniRafael H. Mermejo

COMERCIAL E PUBLICIDADE:(16) 3946-3311 - Ramal: 2208

[email protected]

IMPRESSÃO:Pluss.br. Grafica e Editora Ltda

TIRAGEM:11.000 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associa-

dos e fornecedores do SistemaCopercana, Canaoeste e Cocred. As

matérias assinadas são de responsabilida-de dos autores. A reprodução parcialdesta revista é autorizada, desde que

citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190)

www.revistacanavieiros.com.br

www.twitter.com/[email protected]

Ponto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vista

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EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Cesário RamalhoPresidente do ConselhoConsultivo da Agrishow epresidente da SociedadeRural Brasileira

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E que venha a Agrishow...

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E que venha a Agrishow...

Cesário Ramalho

Entrevista

Cesário RamalhoPresidente do Conselho Consultivo da Agrishow e presidente da SociedadeRural Brasileira

E que venha a Agrishow...

Agricultor e pecuarista, Cesário Ramalho é sócio da Sociedade Rural Brasileira desde1963 e passou a ter participação ativa no dia-a-dia da entidade a partir da década de 80.

O auge de seu envolvimento deu-se no final de 2006, quando então como primeirovice-presidente assumiu interinamente o comando da Rural no lugar de João AlmeidaSampaio Filho, que aceitou o convite do governador José Serra para assumir a secreta-ria da Agricultura do Estado de São Paulo.

Em março de 2008, assumiu como presidente efetivo, com mandato até 2011. Além deliderar a Rural, Ramalho é diretor do departamento de agronegócio da Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), integra a Federação das Associações Ruraisdo Mercosul (Farm), entidade que presidiu por dois anos até 2009 e é diretor da Asso-ciação Comercial de São Paulo (ACSP).

Desde 2009, Cesário Ramalho é presidente do Conselho Consultivo da Agrishow. Oprestígio e reconhecimento de sua atuação no setor agropecuário foram os principaisfatores para o convite feito pelas entidades realizadoras da feira - ABAG - AssociaçãoBrasileira de Agribusiness, ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas eEquipamentos, ANDA - Associação Nacional para Difusão de Adubos, e a própria SRB.

Perfil:Perfil:

Carla Rodrigues

Durante a coletiva de im-prensa para a apresenta-ção da Agrishow 2010, re-

alizada no dia 10 de fevereiro emRibeirão Preto, cidade sede da fei-ra, a Revista Canavieiros entrevis-tou Cesário Ramalho, que desde2009 preside a mais importantefeira do agronegócio da AméricaLatina: A Agrishow – Feira Inter-nacional da Tecnologia em Ação.

Segundo Ramalho, as expecta-tivas para esse ano são muito po-sitivas e prometem uma recupera-ção nos negócios realizados duran-te a feira. No ano passado, em vir-tude da crise econômica mundialque teve início em meados de 2008,a Agrishow sofreu uma queda novolume dos negócios. Mas esseano “vai ser diferente,” disse.

A feira será realizada entre osdias 26 a 30 de abril no Pólo Regi-onal de Desenvolvimento Tecnoló-gico dos Agronegócios do Centro-Leste / Centro de Cana IAC em Ri-beirão Preto.

Novamente, a Revista Canavi-eiros faz parte do quadro de expo-sitores que participam da feira.Com as informações mais atuali-zadas do setor, o estande da Cana-vieiros é sucesso de visitação du-rante a feira. Aproveitamos paraconvidar todos os nossos leitorespara visitarem a Agrishow e retira-rem gratuitamente um exemplar darevista em nosso estande.

Confira a íntegra da entrevistacom Cesário Ramalho:

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Entrevista

““Fizemos um desenho novo, ou seja,uma nova planta e isso encerra

definitivamente a polêmica da feira sairde Ribeirão Preto.”

Revista Canavieiros: O comentáriode que a feira esse ano vai ser 50%maior é verdadeiro?

Cesário Ramalho: A feira é o novoAgrishow e realmente deve crescer de40 até 50%. Estamos programados paraisso. Fizemos um desenho novo, ou seja,uma nova planta e isso encerra definiti-vamente a polêmica da feira sair de Ri-beirão Preto. Acho que a Agrishow édo Brasil, é de São Paulo, é de RibeirãoPreto. Tanto que a comunidade de Ri-beirão Preto e toda a re-gião têm uma responsa-bilidade muito grande emmantê-la aqui. Estamosno berço da agriculturabrasileira.

Revista Canavieiros: Quais são osfatores que mostram esse crescimen-to? A feira vai superar o volume deexpositores, visitantes e negócios doano passado?

Ramalho: A agricultura brasileirapassou pela crise e já a superou. Nossaagricultura é tão importante que fez comque o Brasil superasse essa crise semmuitos problemas. Essa é uma das ra-zões que o presidente Lula tanto falano exterior, sobre essa capacidade queo país teve de antecipar a saída da cri-se, graças a “poupança” do agronegó-cio, através das reservas cambiais quedeu essa condição favorável e positi-va. Em função disso, imaginamos queteremos um crescimento natural - nãoteremos uma explosão, um boom – masum bom crescimento já que hoje, nossoBrasil tem uma economia estável. Espe-

ramos também um número maior de vi-sitantes porque o agricultor brasileiroprecisa visitar a feira para conhecer asnovas tecnologias que serão apresen-tadas. E a hora é essa.

Revista Canavieiros: Quais sãoos números desse ano em relação aoano passado?

Ramalho: Ano passado nós tivemos140 mil pessoas visitando a feira e va-mos trabalhar para aumentar esse nú-

mero. O principal foco para mim, comopresidente, é procurar trazer mais e maisagricultores na feira. Talvez ele não com-pre no dia da feira, mas conhece a tec-nologia e leva isso para casa. Um diamais tarde, quando surgir a oportuni-dade, ele vai comprar a máquina que co-nheceu na Agrishow. Isso é o mais im-portante. Quanto ao faturamento, o ob-jetivo é, no mínimo, o faturamento de2008, que foi na ordem de R$ 860 mi-lhões em negócios. Ano passado foramR$ 680 milhões. Mas nossa expectativaé atingir R$ 1 bilhão.

Revista Canavieiros: As grandesempresas que não participaram o anopassado estarão de volta nessa feira?

Ramalho: Sim, todas confirmadas.Todos os estandes já devidamentealocados, algumas empresas amplia-

ram as suas áreas. O espaço que tí-nhamos era de 102 mil metros quadra-dos e passamos para 140, quase 150mil metros quadrados. Isso deu me-lhores condições para as fábricas ex-porem seus produtos.

Revista Canavieiros: Qual o va-lor dos investimentos para aAgrishow 2010?

Ramalho: O investimento é gran-de, imaginamos que estamos fazen-

do um programa maiorque R$ 10 milhões, issoé dividido entre o gover-no do estado, prefeiturade Ribeirão Preto e entreas empresas promotorasdo evento, a principal in-

vestidora é a ABIMAQ.

Revista Canavieiros: Alguns visi-tantes, principalmente os que não per-tencem a essa região e precisam viajarpara conhecer a feira, reclamam dasdependências onde a Agrishow é rea-lizada. Quais são as melhorias na in-fra-estrutura para esse ano?

Ramalho: Temos bastantes melho-rias, por exemplo, a criação de uma pra-ça. Os visitantes vão caminhar pela fei-ra, visitar os estandes e depois des-cansarem em uma praça, com bancoscolocados estrategicamente. Tambémconstruímos novos banheiros. A ques-tão da alimentação também evoluímos.Os estacionamentos estão sendo am-pliados, inclusive com estacionamen-to VIP. Os acessos a feira serão melho-rados, a obra já teve início através daconcessionária Via Norte.

Revista Canavieiros: O senhordisse que a feira ficará mesmo emRibeirão Preto. Mas a cidade de SãoCarlos vai lutar para conseguirlevá-la prá lá...

Ramalho: Não, São Carlos é águapassada. Uma das grandes vitórias dafeira é ter uma cumplicidade com os se-tores técnicos da secretaria da Agricul-tura de São Paulo, que tem um envolvi-mento muito grande. Temos isso aquiem Ribeirão Preto. Estamos trabalhan-do em um contrato novo para 20 ou 30anos. Hoje temos um contrato de 5 ou 6anos e agora estamos trabalhando emum contrato maior.

José Danghesi, gerente geral da Agrishow 2010, CesárioRamalhoe Eduardo Camargo, diretor executivo da ABAG

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Um ano de oportunidades egrandes desafios

Ponto de Vista

Um ano de oportunidades egrandes desafios

Osetor sucroenergético brasi-leiro está em festa. No dia 3de fevereiro, a Agência Ame-

ricana de Proteção Ambiental (EPA)classificou o etanol feito de cana-de-açúcar como um biocombustívelavançado que, se comparado à gaso-lina, reduz a emissão de dióxido decarbono em 61%. O anúncio é um gran-de estímulo ao Brasil, maior produtorde etanol de cana do mundo.

A decisão favorece não somentea possibilidade de se passar a con-correr com o mercado do álcool demilho, largamente consumido nosEstados Unidos, mas, acima de tudo,de ampliar a participação do etanolde cana no mercado mundial, já queas barreiras ambientais ficam, então,superadas.

Essa conquista, de fundamentalimportância para o setor e para o Bra-sil, tem mérito na iniciativa privada,que se empenhou em mostrar que onosso etanol não é o responsávelpelo desmatamento nem mesmo pelafalta de alimentos, como querem fa-

Edivaldo Del Grande*

zer crer aqueles que se opõem a essaalternativa. A credibilidade conquis-tada pelo etanol o torna altamentecompetitivo frente aos grandes pro-dutores de petróleo e seu potencialeconômico.

A boa nova chega com uma ondade otimismo. O preço da cana está embom patamar e deve melhorar, o cré-dito está mais acessível e os efeitosda crise começam a se dissipar.

A iniciativa privada fez sua parte.Agora é o momento de o setor públicodar sua resposta e oferecer a seguran-ça jurídica necessária para que o pro-dutor possa investir e desenvolver suaatividade. Essa conquista de nada va-lerá se o setor produtivo tiver que con-tinuar enfrentando decisões que oameaçam, como é o caso do novo Có-digo Florestal, do Plano Nacional deDiretos Humanos (PNDH) e da inten-ção de se fixar, sem critérios técnicos,novos índices de produtividade.

Cada um desses instrumentos afe-ta negativamente o produtor rural e,

por consequência, toda a cadeia pro-dutiva, inclusive a da cana. Se, de umlado, o produtor enxerga a demandapotencial, de outro tem em seu encal-ço a ameaça de ter que se submeter aleis que podem inviabilizar sua per-manência no campo. São medidas queaos nossos olhos, olhos de produto-res rurais que há anos lidam com aterra, parecem absurdas.

Dou apenas alguns exemplos.

Caso seja aprovado, o novo Có-digo Florestal condenará uma série deprodutores, há dezenas ou centenasde anos instalados, a trocar áreasplantadas por áreas de reserva legal,causando prejuízos gigantescos. Ora,o produtor já estava no campo antesdessa norma e não há lei no país quepossa ser retroativa, a não ser parafavorecer o cidadão, como preconizanossa Carta Magna.

O PNDH estabelece que o propri-etário que tiver sua fazenda invadidadeve antes negociar com os ocupan-tes sua saída, defendendo, dessa for-ma, o direito de quem invade, despre-zando o direito constitucional de pro-priedade, assim como passando porcima do Judiciário.

“A boa nova chega com uma onda de otimismo. O preçoda cana está em bom patamar e deve melhorar...”

“A boa nova chega com uma onda de otimismo. O preçoda cana está em bom patamar e deve melhorar...”

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Ponto de Vista

Também vivemos com a ameaça doaumento de exigência dos níveis deprodutividade, colocando-nos comoúnicos empresários a ter que produ-zir independentemente da situaçãoeconômica, da oscilação de mercado,sob pena de perdermos o direito ànossa terra.

O momento é para comemoração,mas me sinto na obrigação de chamara atenção para os muitos desafios queainda temos de enfrentar. Como coo-perado, creio na força da união. So-mos muitos produtores. Isolados so-mos pequenos e fracos. Associadosem cooperativas, podemos ser fortes.E, para conseguirmos vencer essasdificuldades, temos de estar unidos,contando com todo o apoio disponí-vel à nossa luta.

Demonstração dessa força ocor-reu agora, em fevereiro, nas audiên-cias públicas sobre o Código Flores-tal, realizadas pela Câmara dos Depu-tados em Assis e Ribeirão Preto, onde

superamos qualquer expectativa depúblico, numa verdadeira ação de ci-dadania. A atuação dos parlamenta-res que nos representam na Assem-bleia Legislativa, em São Paulo, e noCongresso, em Brasília, foi fundamen-tal para esse encontro.

As frentes parlamentares do coo-perativismo tiveram grandes vitóriasem 2009. Ressalto uma delas, a apro-vação na Câmara dos Deputados doPL 5498, “uma minirreforma eleitoral”,que regulamentou a doação às cam-panhas pelas cooperativas e foi trans-formado na Lei 12.034/2009. Esse dis-positivo nos habilita a apoiar parla-mentares envolvidos com as nossasquestões. Sensíveis às nossas cau-sas, estarão dispostos a levar nos-sas demandas ao Congresso.

Por isso, neste momento tão im-portante, em que se abre uma enormeporta para o etanol no mercado mun-dial, externo todo meu reconhecimen-to ao esforço da iniciativa privada,

mas faço um apelo para que sigamosunidos nessa batalha, que é de todoo povo brasileiro. Os interesses sãogigantescos, como é o caso do mer-cado do petróleo e da biotecnologia.Temos que ser implacáveis para nãopermitir que nos coloquem na posi-ção de vilões e joguem sobre nossosombros toda a responsabilidade pelapreservação de nossas florestas.

Países desenvolvidos, que destru-íram suas matas em nome do desen-volvimento, também devem arcar comesse ônus. E, se não têm mais o quepreservar, então que paguem por isso.

A realidade é dura, mas unidos es-tou certo de que encontraremos o ca-minho para que o setor agropecuáriotenha tratamento à altura da impor-tância que tem para o país.

* Edivaldo Del Grande épresidente das Organização dasCooperativas do Estado de São

Paulo (Ocesp)

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O produtor fala para agente...O produtor fala para agente...

NotíciasCopercana

*Gustavo Lopes - Veterinário Copercana

Fizemos uma entrevista com o produtorRoberto G.C Filho, proprietário da Fazenda São Geraldo no município de

Batatais, com 70 alqueires com cana-de-açú-car, gado de corte e ovinos. Na ovinoculturahá seis anos possui 1,5 alqueires com 100 ma-trizes da raça Santa Inês e 01 reprodutor Dor-per , e se diz satisfeito com a atividade e oprojeto Copercana-Sebrae.

Questionado sobre o que viu de resulta-do, ele disse:

“Com os trabalhos dos técnicos a campoconsegui reduzir as mortes, eu dava apenasum princípio ativo para verminose e não mu-dava, depois com o método famacha passei aalterar de três a quatro aplicações de um ver-mífugo para outro. A orientação para troca doreprodutor também deu resultado para maisovelhas prenhas, com tudo isso estou satisfeito”.

Participantes do ProjetoSebrae-Copercana

*Informações retiradas do Informativo Ovinonews, volume 2, edição 2 – Janeiro/2010.

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NotíciasCopercana

Dia de Campo deAmendoimDia de Campo deAmendoimCarla Rodrigues

Produtores da Copercana participaram do evento realizado em Pindorama

No dia 19 de fevereiro, produ-tores da Copercana partici-param do encontro de pro-

dutores e dia de campo de amendo-im promovido pela Secretaria deAgricultura e Abastecimento, Agên-cia Paulista de Tecnologia dos Agro-negócios, Pólo Regional Centro-Norte e pelo Instituto Agronômicode Campinas.

O evento foi realizado na Sede doPólo Regional Centro-Norte (Fazen-da Experimental) em Pindorama/SP econtou com a presença de pesquisa-dores, produtores, universitários eprofessores, reunindo aproximada-mente 150 pessoas.

Durante o encontro, os produ-tores ouviram palestras sobre nutri-ção e manejo conservacionista doamendoim, manejo integrado de pra-gas e doenças, mercado atual doBrasil para o grão e também partici-param do espaço técnico, onde pro-fissionais de empresas de produtospara esta cultivar deram dicas sobrenovidades disponíveis e modo deaplicação. Além disso, os produto-res foram convidados para conhe-cerem na prática o trabalho realiza-do pelos pesquisadores em um pas-seio pelas plantações.

Para o coordenador do evento, Dr.Marcos Doniseti Michelotto, do PóloApta Centro-Norte/APTA, a impor-tância deste encontro, que já está emsua terceira edição, é de aproximaros produtores para junto deles, mos-trar o que é feito durante as pesqui-sas e os seus resultados práticos.

“A ideia é que o produtor consi-ga, através dessas palestras, encon-trar as melhores alternativas para di-minuir custo e aumentar a rentabili-dade. Todas as palestras foram para

que o produtor tenha mais conheci-mento técnico e consiga aplicar issodiretamente no campo, obtendo umaprodução maior, mais lucratividade eum produto de melhor qualidade tam-bém para o consumidor final”, disseo coordenador.

O cooperado José Roberto Tre-visan esteve presente no encontroe acredita que este tipo de evento é

Cooperado José Roberto Trevisan: “Sempreque posso eu participo dessas reuniões, pois

conhecimento nunca é demais...”

Coordenador do evento, Dr. MarcosDoniseti Michelotto, do Pólo Apta Centro-

Norte/APTA: “A ideia é que o produtorconsiga, através dessas palestras, encontrar

as melhores alternativas para diminuircusto e aumentar a rentabilidade...”

Produtores de amendoim da Copercana marcaram presença no encontro em Pindorama no dia 19 defevereiro. O Dia de Campo foi promovido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Agência Paulista

de Tecnologia dos Agronegócios, Polo Regional Centro-Norte e pelo Instituto Agronômico de Campinas

sempre muito bem vindo pelos pro-dutores que passam um dia diferen-te e levam consigo novas informa-ções. “Sempre que posso eu partici-po dessas reuniões, pois conheci-mento nunca é demais. Mesmo tra-balhando já há algum tempo comisso, acabo aprendendo muito so-bre as variedades, inseticidas, modode aplicação e também passo a co-nhecer as novidades e tecnologiasque estão disponíveis no mercado”,explica o produtor.

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NotíciasCanaoeste

Consecana

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entreguedurante o mês de JANEIRO de 2009 e ajuste parcial da safra 2009/2010. O preço médio do kg de ATR para o mês deJANEIRO, referente à Safra 2009/2010, é de R$ 0,3380.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril de 2009 a janeiro de 2010 e os acumuladosaté JANEIRO, são apresentados a seguir:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 13/09DATA: 29 de janeiro de 2010

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercadoexterno (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e aomercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril de 2009 a janeiro de 2010e os acumulados até JANEIRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/09, são os seguintes:

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NotíciasCanaoeste

Plano de eliminação gradativa daqueima da palha de Cana-de-Açúcare Protocolo Agroambiental do SetorSucroalcooleiro

Plano de eliminação gradativa daqueima da palha de Cana-de-Açúcare Protocolo Agroambiental do SetorSucroalcooleiro

Safra 2010/2011Prezado(a) Fornecedor(a) Associado(a),

Comunicamos a Vossa Senhoria que, a CANAOESTE, estará executando novamente este ano a elaboração dosobrigatórios Requerimentos de Autorização de Queima Controlada da Palha de Cana-de-Açúcar para seus associados.

Os Escritórios da Canaoeste estarão realizando, a partir do dia 01 de Fevereiro de 2010, os Requerimentos deAutorização da Queima da Palha de Cana-de-Açúcar para a Safra 2010/2011.

Os Fornecedores(as) Associados(as) que tiveram expansões em seus canaviais, aquisições de propriedades porcompra ou arrendamento, dentre outras situações, nas quais a área total ou soma das áreas contíguas à seremcolhidas na Safra 2010/2011 sejam iguais ou superiores a 150 ha cultivadas com cana-de-açúcar, deverão procurarnossos escritórios até o dia 05 de março de 2010, para que possam ser agendadas visitas dos topógrafos paraefetuarem as medições necessárias das áreas.

Lembrando que o prazo para indicação, nos mapas, das áreas que serão colhidas com ou sem queima, na safra2010/2011, deverá ser feita até o dia 19 de março de 2010.

Na safra 2009/2010, por perda de prazo, muitos Fornecedores(as) Associados(as) não fizeram o Requerimento deAutorização da Queima da Palha de Cana-de-Açúcar, exigindo que a colheita da cana-de-açúcar tivesse que sertotalmente crua, mesmo em áreas não mecanizáveis.

Portanto, solicita-se que, para o cumprimento da legislação vigente, do início de fevereiro até o dia 26 de março de2010 para que sejam feitos os Requerimentos de Autorização da Queima da Palha de Cana-de-Açúcar, em prazo hábil.

Os fornecedores(as) Associados(as), devem estar munidos das documentações necessárias para a realização dopedido de autorização de queima da palha de cana-de-açúcar, dentre elas, o CNPJ e a Inscrição Estadual de cadaimóvel rural.

Pede-se acompanhar sempre na revista Canavieiros da CANAOESTE ou entrar em contato com os Escritórios daCANAOESTE, para obter informações complementares sobre o Plano de Eliminação Gradativa da Queima da Palha deCana-de-Açúcar da Safra 2010/2011.

Aproveitando o momento os Fornecedores(as) Associados(as) poderão aderir e renovar ao Protocolo Agroambi-ental do Setor Sucroalcooleiro. Para maiores informações sobre o Protocolo e documentações necessárias, favorprocurar uma de nossas filiais abaixo relacionadas.

VALORIZE SUAASSOCIAÇÃO,

PARTICIPANDO DELA.

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Assembleia GeralOrdináriaAssembleia GeralOrdinária

NotíciasCanaoeste

Da redação

ACanaoeste realizou no dia 11de fevereiro, a sua Assem-bleia Geral Ordinária para lei-

tura, discussão e votação do balan-ço, relatório da diretoria e parecerdo Conselho Fiscal, referentes aoexercício de 2009.

O presidente da associação, Ma-noel Ortolan, presidiu a mesa e coor-denou a pauta da assembleia. O rela-tório com os números da Canaoestee do Netto Campello Hospital e Ma-ternidade foram apresentados pelodepartamento de Controladoria eaprovados pelos associados presen-tes na Assembleia.

Marcos Molezin, Clóvis Vanzella, Manoel Ortolan, Francisco Urenha eLuiz Carlos Tasso Junior durante a AGO

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Clima melhora e safra degrãos já chega a 143milhões de toneladas

Safra de Grãos

Clima melhora e safra degrãos já chega a 143milhões de toneladas

Aprodução nacional de grãos,da safra 2009/10, foi projetadapela Conab no início de feve-

reiro, em 143,09 milhões de toneladas.O resultado, de acordo com o quintolevantamento, é o segundo melhor dahistória e 5,9% superior as 135,13 mi-lhões de toneladas da última tempora-da, ou 1,2% a mais que o do mês passa-do (141,35 milhões de toneladas). O re-corde da produção é do ciclo 2007/08,que foi de 144,1 milhões de toneladas.

O bom desempenho se deve à esta-bilidade de chuvas nos principais es-tados produtores, diferentemente doperíodo anterior, que foi marcado pelaestiagem nos estados da região Sul eMato Grosso do Sul, provocando re-dução significativa na colheita, espe-cialmente de soja e milho.

A oleaginosa, juntamente com omilho primeira safra, é a cultura maisbeneficiada pelo clima e deve alcançar66,73 milhões de toneladas, 16,7% ou9,57 milhões de toneladas a mais que atemporada 2008/09, de 57,17 milhões detoneladas. Esta estimativa confere umnovo recorde nacional de produção.

Outras culturas, como feijão primei-ra safra e algodão, também elevaram a

produção. O primeiro registrou cresci-mento de 10,6% ou colheita de 142,1mil toneladas, graças à recuperação daprodutividade. Já o algodão cresceu2,1%, o equivalente a 40 mil toneladas.

Por outro lado, e em razão do ex-cesso de chuvas no Rio Grande do Sul,o arroz apresenta queda de 1,10 milhãode tonelada, ou -8,7%. O milho tambémdiminuiu 1,29 milhão de tonelada, ou -3,8%, em razão da redução de área.

Área – A área total plantada estácalculada em 47,65 milhões de hecta-res, inferior 22,8 mil hectares da anteri-

or. Com exceção da soja e do feijão pri-meira safra, as demais culturas pesqui-sadas tiveram redução de área, entreelas o algodão (-25,6 mil ha), o arroz(- 113,9 mil ha), o milho primeira safra(-1,11 milhão ha) e o segundo safra(-164,2 mil ha).

A pesquisa de campo foi realizadapelos técnicos da Conab entre os dias 18e 22 de janeiro, de acordo com informa-ções prestadas por produtores, represen-tantes de cooperativas e sindicatos ru-rais, órgãos públicos e privados.

Fonte: Conab

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Demonstração doresultado do exercício

Balançopatrimonial

NotíciasCocred

Balançopatrimonial

Demonstração doresultado do exercício

CNPJ: 71.328.769/0001-81

Valores em Reais Valores em Reais

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Reportagem de Capa

Audiências públicasdebatem o Código FlorestalAudiências públicasdebatem o Código Florestal

Carla Rossini

Na tarde da quarta-feira, 3 defevereiro, Ribeirão Preto foisede da 13ª Audiência Públi-

ca promovida pela Comissão Especialda Câmara dos Deputados para dis-cutir a reforma do Código Florestal.Desde novembro a comissão fez audi-ências em Brasília, Mato Grosso, Pa-raná, Santa Catarina, Rio Grande doSul, Pará, Rondônia, Alagoas, Pernam-buco, Bahia e recentemente, em SãoPaulo e Minas Gerais.

O objetivo da audiência foi ouviros representantes de setores em quese baseia a economia da região, queenfrentam alguma dificuldade nocumprimento da legislação ambien-tal, para auxiliar na melhor elabora-ção do relatório da Comissão Espe-cial, ou seja, uma legislação que sejaefetiva na proteção do meio ambien-te e que compatibilize esta proteçãocom a produção e o desenvolvimen-to econômico.

Ribeirão Preto foi sede de mais uma audiência que contou com a participaçãode aproximadamente 2.600 pessoas

Em Ribeirão Preto, a audiência reu-niu produtores rurais – dentre eles co-operados e associados do sistema Co-percana, Canaoeste e Cocred-, deputa-dos federais e o Ministério Público.Entre os participantes estavam o de-putado federal e coordenador da audi-ência, Duarte Nogueira, o presidenteda comissão, deputado Moacir Miche-letto, o deputado e relator Aldo Rebe-lo, o 1º vice-presidente da comissão,deputado Anselmo de Jesus, o 2º vice-presidente da comissão, deputado Ho-mero Pereira e os deputados e integran-tes da comissão, Mendes Thame, Val-dir Colato e Paulo Piau. Também parti-ciparam o secretário da Agricultura doEstado de São Paulo, João Sampaio e aprefeita de Ribeirão Preto, Darcy Vera.

A reunião foi marcada por manifes-tações de integrantes do Movimentodos Trabalhadores Rurais Sem Terra(MST), representantes da Federaçãodos Empregados Rurais e Assalariados

do Estado de São Paulo (Feraesp) eambientalistas. Ao todo, cerca de 2.600pessoas participaram do evento.

A Reserva Legal (porção de terrasdas propriedades rurais que deve sermantida com vegetação nativa) foi oprincipal ponto de divergência entre osrepresentantes dos produtores ruraise ambientalistas. Segundo a lei atual,áreas de floresta situada na AmazôniaLegal devem ter 80% de reserva legal.Área de cerrado situada na AmazôniaLegal deve ter pelo menos 35% de re-serva legal e, nas demais regiões doPaís, esse percentual é de 20%.

Pelas contas do Instituto de Eco-nomia Agrícola, para São Paulo se ade-quar aos 20% de reserva legal terá dedeixar de produzir R$ 15 bilhões ao ano,em receita bruta, numa área de 3,6 mi-lhão de hectares. O secretário de agri-cultura do Estado, João de AlmeidaSampaio Filho, diz que a mitigação que

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Reportagem de Capaa indústria paulista terá de fazer com asmetas de redução de gases-estufa pre-vistas no plano estadual poderiam sercompensadas com o sequestro de car-bono de árvores da reserva legal daagricultura. “Esta discussão tem queandar junto. O produtor não pode pa-gar esta conta sozinho”, disse.

A coordenadora da Área de MeioAmbiente do Centro de Apoio Operacio-nal e Cível e de Tutela Coletiva do Minis-tério Público Estadual, promotora Cristi-na Godoy de Araújo Freitas, criticou osdiscursos dos deputados, representan-tes dos agricultores, juristas e de algunstécnicos do governo, inclusive a EM-BRAPA, que defendem em seus discur-sos as mudanças no Código Florestalpara adequá-lo a realidade atual. Para ela,“a legislação não pode ser flexibilizadapara não perder a finalidade de protegero futuro do meio ambiente”. Além disso,ela diz que isso não prejudicaria a produ-ção de alimentos, no que foi contestada,inclusive, pelos integrantes da comissão,mormente o deputado Aldo Rebelo.

Os produtores rurais defendem aadequação da legislação de forma a tor-ná-la exequível, preservando a vegeta-ção já existente atualmente, interligan-do-as através de corredores ecológicose, quando tais medidas não forem sufi-cientes para atingir o percentual de pre-servação necessário, compensar atravésda criação de grandes maciços arbóre-os no mesmo bioma. Isto porque, se-gundo estudos científicos apresenta-dos, áreas isoladas de mata dentro depequenas e médias propriedades recons-truídas não são possíveis de atender aoescopo da lei, que é a formação e con-servação de um ecossistema natural am-bientalmente equilibrado.

Para Elio Neves, presidente da Fe-raesp, “a lei deve atender à produçãosem deixar de lado a preservação ambi-ental e, se isso não está ocorrendo,deve haver uma alteração da legisla-ção, ressaltando que o trabalhador ru-ral deve ser o ator principal desta dis-cussão, pois é ele quem inicialmentesofrerá os reflexos desta mudança”,disse. “Mas é que o Brasil vai à Confe-rência do Clima e posa de progressista.Mas aqui dentro a postura é atrasada”.

Em outra audiência pública ocorri-da na cidade de Uberaba, Minas Ge-rais, na tarde do dia 4 de fevereiro, co-ordenada pelo deputado federal PauloPiau, com a sobredita Comissão Espe-cial que revisará o Código Florestal, queteve a presença de mais de mil pesso-as, assim como manifestações de ou-tros deputados federais com base elei-toral no Estado de Minas Gerais, do ex-ministro Carlos Melle e, ainda, de enti-dades representativas de classe do se-

tor produtivo, cien-tistas ligados a uni-versidades e órgãospúblicos e do Mi-nistério Público Es-tadual, a voz cor-rente foi a necessi-dade de alteração dalegislação ambien-tal, através de estu-dos técnico-cientí-ficos, “de modo atorná-la exequível”,

nas exatas palavras do representantedo Ministério Público daquele Estado.

O relator, deputado Aldo Rebelo, emambas audiências públicas, disse que“do jeito que está, a lei prejudica o meioambiente, o agronegócio e a economiado país”. Quando ele foi discursar, naaudiência de Ribeirão Preto, os mani-festantes não o deixavam falar. Irrita-do, ele declarou: “vocês podem me im-pedir de falar, mas nunca de pensar.”Ele também disse que “o ambientalis-mo transformou-se em uma trincheirapor onde se escondem os interessesdas multinacionais e dos países ricos”.E finalizou dizendo que as “mudançasque venham a ser introduzidas serãopromovidas com equilíbrio, temperan-ça e moderação”. Tal fato não ocorreuna audiência ocorrida em Uberaba-MG.

Mais de 300 projetos ligados aotema tramitam no Congresso Nacional.Na Comissão Especial, seis basicamen-te reformulam a Política Nacional deMeio Ambiente de 1981 e o Código Flo-restal de 1965. As audiências públicasvão dar oportunidade para traçar umfuturo melhor na busca pelo equilíbrioentre produzir e preservar.

Segundo Moacir Micheletto, pre-sidente da comissão, a ideia é que orelatório final com o parecer sobre oprojeto fique pronto até o final destemês e passe na Câmara e no Senadoaté o fim de abril.

Audiência foirealizada também

na cidade deUberaba

Mesa com os participantes da Audiênciarealizada em Ribeirão Preto

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Código Florestal.Alteração inevitável

Assuntos Legais

Código Florestal.Alteração inevitável

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

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Como já falado na reportagemde capa desta Canavieiros,esquenta a discussão acerca

da necessidade de revisão da legis-lação ambiental, principalmente doCódigo Florestal, possibilitando umdesenvolvimento sustentável entre aprodução e o meio ambiente natural,o que não ocorre hoje até mesmo pelainexequibilidade da legislação em di-ferentes regiões do País. Argumen-tos técnicos, jurídicos e sociais nãofaltam para que isso ocorra, pois épremente a necessidade de se ade-quar a legislação ao histórico de ocu-pação territorial brasileira e às pecu-liaridades regionais, coisa que a le-gislação atual não faz.

É sabido que o Código Florestal(Lei nº 4.771/65) foi promulgado em1965, quando a realidade era outra, oque, por si só, denota a necessidadede sua revisão. Não fosse apenasisso, ocorre que este Código foi ob-jeto de inúmeras alterações perpetra-das pelo Poder Exe-cutivo, através desessenta e sete me-didas provisórias esuas reedições, cul-minando com a Me-dida Provisória nº2.166/67, sem, con-tudo, a mínima par-ticipação do Con-gresso Nacionalcomo agente políti-co nomeado pelaConstituição Fede-ral e eleito pelo povopara representá-lo.

Suprimindo sua“omissão” em ade-quar o Código Flo-restal ao longo des-tes mais de 40 anos,a Câmara dos Depu-tados vem realizan-do audiências públi-

cas para, legitimamente, embasarnovo texto legal, ouvindo os diver-sos atores econômicos, políticos esociais da sociedade.

Participamos de duas destas au-diências, uma em Ribeirão Preto-SP.(03/02/2010) e outra em Uberaba-MG.(04/02/2010) e pudemos constatarque haverá sim uma alteração da le-gislação ambiental, mormente naquestão da reserva legal e das áreasde preservação permanente, assimcomo será instituído outras formasde proteção ambiental, tudo de acor-do com estudos técnico-científico-sociais e levando-se em considera-ção as peculiaridades regionais e ohistórico de ocupação territorial.

Podemos verificar que a resistên-cia a adequação desta legislação de-corre principalmente de interessesexternos em continuar engessando aprodução nacional utilizando-se pro-positalmente da bandeira ambiental,

assim como demovimentos soci-ais ideológicoscujos fundamen-tos não suportama uma brisa de se-renidade e bomsenso.

Não digo issoem razão de apoi-ar um lado ou ou-tro, pois acreditoque não há lados nesta história, massim o ser humano como centro dasatenções ambientais. Não se prote-ge o meio ambiente sem dar condi-ções do ser humano sobreviver, pois,na falta de condições, certamente eledegradará o meio em que vive.

Em função de acreditar nisso, naaudiência pública de Uberaba-MG,ocorrida no dia 04 de fevereiro últi-mo, tive a oportunidade de conver-sar com o Deputado Aldo Rebelo,

Juliano Bortoloti entrega a “Carta de Ribeirão Preto”, resultadodas discussões multidisciplinares que ocorreram no 1º

Workshop Brasileiro sobre Crises Ambientais no Agronegócioao Deputado Aldo Rebelo

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Assuntos Legaisrelator da Comissão Especial de Revisão do CódigoFlorestal, da Câmara dos Deputados, lhe entregandoum documento denominado Carta de Ribeirão Preto-SP., resultado das discussões multidisciplinares (téc-nicas, jurídicas, econômicas, sociais, etc.) que ocor-reram no 1º Workshop Brasileiro sobre Crises Ambi-entais no Agronegócio, realizado em novembro de2007.

Referido documento sintetiza todos os problemasque os palestrantes, técnicos, juristas e cientistas li-gados a órgãos e universidades públicas chegaramsobre a legislação ambiental, que vão ao encontro doque se discutiu nas audiências públicas.

Segundo o Deputado Aldo Rebelo, devido a ur-gência que o caso requer, irá entregar até março o seurelatório sobre as alterações na legislação ambiental,para ser posto em votação no Congresso Nacional nomais tardar em junho deste ano.

Bem ou mal, é a atitude que esperamos do nossoCongresso, até mesmo para dar a tão almejada segu-rança jurídica que o setor produtivo necessita paratrabalhar com tranqüilidade, crescer e gerar divisaspara o País, tudo dentro do tão esperado desenvolvi-mento sustentável.

A “Carta de Ribeirão Preto” pode ser lida na íntegra na edição dejaneiro de 2008 - nº 19 que está disponível em nosso site,

www.revistacanavieiros.com.br

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CHUVAS DE JANEIROe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE JANEIROe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

As chuvas do mês de JANEIRO de 2010 são apresentadas no quadro abaixo.

Revista Canavieiros - Fevereiro de 20102626262626ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as nÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n

A média das chuvas ob-servadas durante o mêsde JANEIRO “ficou”

praticamente igual à média das normais climáticas. Porém, somas de chuvas acima das médias históricas ocorreram emFranca e Usina Ibirá, apenas .

Mapa 1:-Água Disponível no Solo entre 14 a 17 de JANEIRO de 2010.

O Mapa 1, ao lado, mostra que oíndice de Água Disponível no Solona região canavieira do Estado deSão Paulo, a 50cm de profundidade,no período de 14 a 17 de JANEIRO,ainda se apresentava como médio acrítico na circunvizinhança de SãoJosé de Rio Preto a Araçatuba.

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Informações Setoriais

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Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de JANEIRO de 2009.

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, ao final deJANEIRO de 2010

Pelos mapas 2 e 3, nota-se que os índices de Disponibilidade de Água no Soloaos finais de janeiro de 2009 e de 2010 foram muito semelhantes na área Sucroener-gética do Estado de São Paulo, notando-se maiores Disponibilidades na faixa dia-gonal Nordeste-Sudoeste (Franca-Assis), enquanto que uma pequena diferençafoi observada apenas na região Meio-Oeste e Noroeste do Estado.

Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume oprognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia eINPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de fevereiro a abril.

Estes Institutos Meteorológicos indicammanutenção de temperatura da superfície (nafaixa equatorial) do Oceano Pacífico acima damédia, e que, ainda, estão favorecendo ocorrên-cia do fenômeno El Niño, podendo dar continui-dade à chuvas acima das médias nos estados daRegião Sul do Brasil e metades Sul dos Estadosdo Mato Grosso do Sul e São Paulo.

· A temperatura média poderá ficar ligeiramen-te acima das médias em todos os estados daRegiões Centro Sul;

· Quanto às chuvas para os meses de feverei-ro a abril, como ilustrado pelo Mapa 4 (abaixo),prevê-se que estas poderão “ficar” próximas àsmédias históricas na metade Norte das RegiõesCentro-Oeste e Sudeste; enquanto que, nas me-tades Sul daquelas Regiões e Estado do Paraná;

· Como referência:- como normais climáticasde chuvas, pelo Centro Apta-IAC, para RibeirãoPreto e municípios vizinhos são de 225mm emfevereiro, 165mm em março e 70mm em abril.

Mapa 4:- Prognósticos de chuvas, pelo Con-sórcio INMET e INPE, para o trimestre fevereiroa abril de 2010:- é de próxima à normalidade cli-mática na faixa cinza no mapa e de ser acima damédia na área verde. Na grande faixa (cor tijolo)que envolvem os estados das Regiões Norte eNordeste, prevem-se chuvas ligeiramente abai-xo das respectivas médias históricas. Elabora-ção CANAOESTE.

A SOMAR Meteorologia, com a qual a CA-NAOESTE mantém convênio, prevê que os des-vios das históricas temperaturas médias serãopequenas nos meses de fevereiro a abril. Quan-to às chuvas, a SOMAR está prognosticandoque durante os meses de fevereiro a março elaspoderão ser próximas às respectivas médias his-tóricas, além de frequentes.

Em função destes prognósticos climáticos, doscustos das operações de plantio, dos recomenda-dos insumos e utilização de tecnologia de produ-ção, a CANAOESTE sugere que se precavenham,evitando-se plantios tardios. Estes prognósticosserão revistos a cada edição da Revista Canavieirose fatos ou prognósticos climáticos relevantes serãonoticiados em nosso site www.canaoeste.com.br .Continuem acompanhando !sem abusar !

nascentes e cursos d’água.sem abusar !nascentes e cursos d’água.

Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010

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Variedades CTCcaracterísticas e recomendações

Artigo Técnico

Variedades CTCcaracterísticas e recomendações

CTC1 – Precoce. Alto teor desacarose. Recomendada paraambientes de bom a médio

potencial. Fibra baixa. Alto floresci-mento. Média isoporização. Resisten-te à escaldadura e amarelecimento. In-termediária ao carvão e broca; mode-radamente suscetível à ferrugem e mo-saico. Plantar com mudas novas.

CTC5 - Destaca-se pela precocida-de e alto teor de sacarose. Recomen-dada para ambientes de alto potencialde produção. Apresenta fibra baixa,baixos florescimento e isoporização.Resistente ao mosaico, ferrugem e ama-relecimento, intermediária à escaldadu-ra, carvão e broca. Exigente em água.Indicada para áreas de vinhaça.

CTC7 - Precoce. Alto teor de saca-rose, recomendada para ambientes dealto a médio potencial de produção.Vem sendo plantada também em ambi-entes mais fracos. Desenvolvimentoinicial bastante rápido com tombamen-to em primeiro corte. Despalha natural.Fibra média, pouco florescimento e iso-porização. Resistente às principaisdoenças e intermediária à broca.

CTC9 - Precoce, rica e rústica.Ambientes de média a baixa produ-ção, até D. Realizar plantios mais tar-dios devido ao rápido desenvolvi-mento inicial. Excelentes resultadosem áreas comerciais. Destaque emtodas as regiões. Fibra e florescimen-to médios e pouca isoporização. Re-sistente ao amarelecimento, ferrugeme carvão. Intermediária à escaldadu-ra e à broca. Moderadamente susce-tível ao mosaico.

CTC12 – Super precoce. Apre-senta o maior valor em POL de todasas variedades CTC. Ambiente de altopotencial de produção, sendo maisexigente em água do que em fertili-dade de solo. Não floresce e não iso-poriza no Centro-Sul. Resistente às

Centro de Tecnologia Canavieira - CTC

principais doenças (ferrugem, escal-dadura, carvão, mosaico e amareleci-mento). Intermediária à broca. Res-ponde a maturadores.

CTC13 – Precoce com alta pro-dutividade. Para ambientes de médioa alto potencial de produção. Porteereto. Floresce raramente e isoporizapouco. É resistente á ferrugem, es-caldadura e ao mosaico e moderada-mente resistente ao amarelecimento.Reação intermediária ao carvão e àbroca.

CTC16 – Precoce. Alto teor desacarose. PUI longo. Responsiva.Ambientes de médio a alto potencialde produção. Ótimo perfilhamento eexcelente brotação de soqueira emcolheita mecanizada. Ótima colheita-bilidade. Pode ser utilizada comocana-de-ano. Teor de fibra alto. Flo-resce pouco. É altamente resistenteà ferrugem, carvão, escaldadura e aoamarelecimento. Apresenta reaçãointermediária ao mosaico e à broca.Responde bem a maturadores.

CTC17 - Precoce e alto teor desacarose. Ótimo desempenho em so-los arenosos e ambientes de médio abaixo potencial de produção. Teor defibra médio, floresce raramente e iso-poriza pouco. Altamente resistenteao mosaico, escaldadura e ao amare-lecimento e moderadamente resisten-te à ferrugem. Intermediária ao car-vão e à broca. Responde a matura-dores. Tolerante à seca.

CTC2 - Maturação média, ambien-tes de médio a baixo potencial produti-vo. Fazer plantio mais tardio; rústica e

produtiva; recomendada para plantioe colheita mecanizada. Variedade CTCcom maior área plantada. Bons resul-tados quando realizada a antecipaçãoda colheita com maturadores químicos.Alta longevidade. Fibra média, poucoflorescimento e média isoporização.Resistente à escaldadura, ferrugem eamarelecimento. Intermediária ao car-vão e à broca. Moderadamente susce-tível ao mosaico.

CTC4 – Maturação média a tar-dia. Ambientes de alta a média pro-dução. Rica e alta produtividade.Destaque nos ensaios de produtivi-dade da 1ª geração de variedades doCTC. Boa tolerância ao stress hídri-co. Fibra baixa, médio florescimentoe baixa isoporização. Resistente àescaldadura, carvão, mosaico e ama-relecimento. Reação intermediária àbroca e à ferrugem.

CTC8 - Maturação média, para am-bientes de média produção. Boa brota-ção de soqueira. Porte ereto, intensoperfilhamento e resistência à seca. Fi-bra alta, florescimento e isoporizaçãomédios. Resistente à escaldadura, fer-rugem e carvão e moderadamente re-sistente ao amarelecimento. Reação in-termediária ao mosaico e à broca.

CTC10 – Maturação média a tar-dia, para ambientes de médio poten-cial de produção, porém é responsi-va à fertilidade; boa brotação; altaprodutividade e médio POL; fibramédia, não floresce e não isoporiza.Resistente à ferrugem, ao mosaico eao amarelecimento. Intermediária àescaldadura, ao carvão e à broca.Responde a maturadores.

CTC11- Maturação média; nãotomba e é rica; ambientes de médio aalto potencial de produção com al-gumas restrições, pois é exigente emágua. Alto perfilhamento e excelentefechamento na linha e na entrelinha.

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Artigo TécnicoÉ a CTC de maior destaque no plan-tio mecânico. Floresce raramente eisoporiza pouco. Resistente à ferru-gem, escaldadura e ao amarelecimen-to. Intermediária ao carvão, mosaicoe à broca. Responde muito bem amaturadores químicos.

CTC14 – Maturação média a tar-dia com alta produtividade; para so-los de médio a alto potencial de pro-dução. Responsiva à fertilidade desolo; resistente à seca. Floresce ra-ramente e não isoporiza. Resistenteà ferrugem, escaldadura, mosaico eao amarelecimento. Intermediária aocarvão e à broca. Responde bem amaturadores químicos.

CTC15 - Destaca-se pela altaprodutividade e resistência ao estres-se hídrico; maturação média a tardia;para ambientes de menor potencialde produção. Excelentes resultadosem praticamente todas as regionais.Florescimento e isoporização médi-os. Resistente à ferrugem, escalda-

dura, amarelecimento e broca. Mo-deradamente resistente ao carvão eao mosaico. Responde a maturado-res químicos.

CTC18 – Maturação média (pre-coce em Goiás); para ambientes demédio a baixo potencial produtivo,porém responsiva; excelente perfilha-mento e ótima brotação de soqueira.Tolerante a seca. Ereta. Boa colhei-tabilidade. Floresce, apresentandoisoporização média. Resistente à fer-rugem, escaldadura, mosaico e aoamarelecimento. Intermediária ao car-vão e à broca. Responde bem a ma-turadores químicos.

CTC3 – Maturação tardia, ambi-entes de alto a médio potencial de pro-dução. Desenvolvimento inicial len-to. Boa brotação de soqueira e resis-tência a seca. Não floresce. Fibra eisoporização baixos. Resistente à fer-rugem, carvão, mosaico e amareleci-mento. Intermediária à broca e mode-radamente suscetível à escaldadura.

CTC6 – Maturação tardia, altas pro-dutividade e sacarose, recomendadapara ambientes de boa a média produ-ção; não tomba, recomendada para plan-tio e colheita mecanizada. Baixa fibra,médio florescimento e pouca isoporiza-ção. Resistente às principais doenças.Reação intermediária à broca.

CTC19 – Alto teor de sacarose ealta produtividade. Meio a final desafra. Ambientes de médio a alto po-tencial. Fibra baixa. Floresce poucoe raramente isoporiza. Alta resistên-cia à ferrugem e ao amarelecimento.Reação intermediária ao carvão, mo-saico, escaldadura e à broca.

CTC20 – Alta sacarose e PUI longo.Recomendada para colheita durante todaa safra. Alta produtividade, elevado perfi-lhamento e rápido fechamento. Fibra bai-xa. Responsiva. Para ambientes de médioa alto potencial de produção. Floresce eisoporiza pouco. Resistente à ferrugem,carvão, escaldadura e amarelecimento. In-termediária ao mosaico e à broca.

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Clima

Estudo da secretariaaponta chuvas e aspossíveis perdas naagropecuária

Estudo da secretariaaponta chuvas e aspossíveis perdas naagropecuária

O excesso de chuvasque vem ocorren-do desde dezembro

em todo o Estado de São Pau-lo trouxe consigo episódiosde erosão que destruíram ca-minhos internos nas proprie-dades, arrancaram pontes,tornaram intransitáveis mui-tas estradas vicinais e atémesmo asfaltadas. O Institu-to de Economia Agrícola daSecretaria de Agricultura eAbastecimento (IEA) fez umaanálise para tentar mensuraro “tamanho” desse estrago.

As atividades mais prejudicadassão as de produção de hortaliças fo-lhosas e de leite, altamente perecíveis.Além disso, a grande quantidade dechuva favorece o aparecimento de do-enças fúngicas e bacterianas, prejudi-cando o processo de colheita e a qua-lidade de muitos produtos.

Os pesquisadores salientam que setrata de uma análise preliminar das per-das prováveis na produção paulista, comênfase em avaliação qualitativa, uma vezque as chuvas devem continuar ocorren-do. “Só então, passado esse período, éque as perdas poderão ser calculadas commaior precisão, através de levantamen-tos detalhados, quando se encerrarem osciclos produtivos em curso.”

CAFÉ - Entre agosto e dezembro de2009, as floradas apresentaram uma for-mação bastante desuniforme, provavel-mente em função das alterações climáti-cas observadas no período. O maior ris-co que pode ocorrer não se refere pro-priamente à quantidade, mas ao compro-metimento da qualidade dos grãos, sejapela falta de uniformidade da maturaçãoou dificuldades na colheita e secagem.

Nos principais cinturões cafeeiros,especialmente nos de arábica mais me-ridionalmente posicionados, verifica-ram-se substanciais precipitações du-rante a época da colheita, com prejuí-zos diretos no quesito qualidade dabebida. Isso se observou principalmentepara os cafeicultores com compromis-sos financeiros em processo de liqui-dação (CPRs - física e financeira - e títu-los financeiros - contratos futuros eopções), uma vez que o custo para pa-dronizar os lotes elevou-se, segundo aqualidade exigida pelos contratos.

Houve situações em que o cafei-cultor desistiu do exercício de entregado produto (caso das opções públi-cas) em função do elevado encargo fi-nanceiro, para preparar seu café nasunidades de rebenefício, em que seexige elevado volume de produto paraa formação de lotes homogêneos.

A condição anterior de excessivaumidade manteve-se. Resultado, umamultiplicidade de fases reprodutivas nomesmo ramo de produção que deve tra-zer os seguintes efeitos: a colheita ten-derá a ser mais custosa, em virtude do

maior número de repasses ne-cessários para recolher grãosem estágio de maturação apro-priado; haverá problemas no-vamente este ano com a qua-lidade da bebida, pois há ten-dência para que ocorra imen-sa mistura de grãos; pode acar-retar em perdas no volumeprevisto para a colheita, exce-tuam-se os cafeicultores quedescascam os frutos.

Ainda não se pode atri-buir grande prejuízo ou com-prometimento da quantida-de produzida de café ao ex-

cesso de chuvas no Estado. O Escritó-rio de Desenvolvimento Rural da Se-cretaria em Ribeirão Preto, contudo,estima perdas de até 10%, sobretudopelo comprometimento da infraestru-tura para o escoamento da colheita.

GRÃOS - Entre as culturas degrãos, as que mais vêm sofrendo da-nos são as de amendoim e feijão, legu-minosas de ciclo curto e muito sensí-veis às adversidades climáticas. Todasas fases dessas culturas têm sido pre-judicadas, especialmente as da matu-ração e colheita. No caso do amendo-im, se as chuvas persistirem até a co-lheita da maior parte das lavouras emcurso, os danos não serão apenasquantitativos, mas qualitativos, com aforte ocorrência da aflatoxina, substân-cia tóxica que deprecia acentuadamen-te o produto.

Dada a diversidade do desenvolvi-mento das culturas no Estado, torna-se difícil mensurar o estrago na culturade feijão, embora haja informações deperdas da ordem de 30% a 50% na pro-dução das regiões de Avaré e Itapeva,as maiores produtoras.

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ClimaNos casos de milho e soja, as in-

formações preliminares sobre perdasvariam de 10% a 20%, números passí-veis de retificação dada a possibilida-de de alguma recuperação do estadovegetativo ou de maturação, principal-mente da soja.

A cultura do milho de verão encon-tra-se em vários estágios do ciclo produ-tivo no Estado, dada a amplitude do perí-odo de semeadura da presente safra, fa-vorecida pelo início precoce do períodochuvoso. Além das precipitações pluvi-ais excessivas, a ocorrência de dias nu-blados com baixo nível de insolação pre-judica a fotossíntese, afetando, assim, opotencial produtivo das plantas.

No caso do arroz, grande parte daslavouras paulistas com o produto fi-cou inundada, o que está dificultandoa colheita e prejudicando a qualidadedos grãos.

Houve também aumentos dos cus-tos de produção, decorrentes da difi-culdade de locomoção de máquinas,veículos e de trabalhadores para a exe-cução de operações agrícolas e comer-ciais. Devido ao fato da combinaçãode umidade excessiva e temperaturaselevadas favorecer a ocorrência de pra-gas e o desenvolvimento de doençase ervas daninhas nas culturas, há ain-da uma maior utilização de inseticidas,fungicidas ou herbicidas. Além disso,os grãos colhidos com alto teor deumidade terão de passar, necessaria-mente, por secadores, o que tambémeleva os custos.

FRUTAS - As chuvas intensas co-incidem com a época de safra da maio-ria das frutas de clima temperado pro-duzidas em São Paulo, prejudicandoprincipalmente a qualidade.

A uva está apresentando problemasde “coroinha” (botrytis cinerea), fungopós-colheita que causa perdas durantea comercialização e afeta o preço no ata-cado. Não se pode, ainda, quantificaras perdas no campo causadas pelaschuvas na viticultura paulista, mas épossível afirmar que a redução da qua-lidade da fruta é grande, afetando tam-bém o teor de sólidos solúveis.

Quanto ao figo, que apresenta o picoda safra nesses meses bastante chuvo-sos, sua qualidade está sendo prejudica-da principalmente pela redução do tempode prateleira da fruta, altamente perecível.

Não há dados que permitam quanti-ficar quais serão as perdas nas safrasde caqui e goiaba afetados por chuvade granizo no final do ano, mas se podeafirmar que a produção será inferior àprevista em condições normais.

Também a produção de manga foibastante reduzida devido às chuvasintensas e ventanias do final do anopassado, que já prejudicaram o iníciodo ciclo produtivo, ou seja, a florada ea formação de frutos.

No caso dos citros, embora nãohaja maiores perdas de produção, ocusto de manutenção dos pomaresdeve aumentar devido à maior incidên-cia de doenças e pragas favorecidaspelo excesso de umidade, além de difi-culdades na colheita e transporte.

“De um modo geral, como as frutasmuitas vezes não estão alcançando ospadrões exigidos pelo controle de qua-lidade do varejo, boa parte delas temsido descartada já no campo, ocasio-nando perdas aos produtores”, salien-tam os pesquisadores.

CANA - A atividade encontra-se emseu período de entressafra no Estado,que habitualmente inicia-se na segun-da quinzena de dezembro do ano ante-rior e se estende até o fim de março doano seguinte.

As chuvas que ocorrem com gran-de intensidade desde o segundo se-mestre de 2009 causou um atraso con-siderável na colheita, o que ocasionouum efeito danoso na oferta regular dematéria-prima para as usinas. Dessaforma, algumas unidades entraram noperíodo normal de entressafra colhen-do cana nos intervalos de trégua dachuva, acarretando uma possível re-dução da manutenção das máquinas eequipamentos e dos tratos agrícolas.

Em plena safra, houve precipita-ções pluviométricas acima da média

para o período, aumentando conse-quentemente o número de dias para-dos na produção. Essa alteração cli-mática também levou a uma diminui-ção na qualidade em termos de con-centração de açúcares totais recupe-ráveis (ATR), o que incide diretamentena quantidade de transformação decana nos produtos açúcar e álcool.

Outro efeito provável por conta dasexcessivas chuvas é a impossibilidadede colher a cana, resultando numaquantidade considerável da safra 2009/10 em pé ou bisada (cana que sobroude uma safra para outra sem cortar), oque, em parte, compromete a oferta.

Dados preliminares obtidos na Co-ordenadoria de Assistência Técnica In-tegral da Secretaria (Cati) dão conta deque poderá haver uma quantidade decana bisada em torno de 10% da pro-dução da safra 2009/10, o que significacerca de 40 milhões de toneladas. Al-gumas regiões foram mais afetadas doque outras, portanto, estão com maio-res dificuldades.

Vale ressaltar que as chuvas excessi-vas não são a principal causa dos aumen-tos recentes do preço do açúcar e do ál-cool. Outros fatores contribuíram commaior peso, a exemplo das importaçõesde açúcar pela Índia e o aumento da de-manda por etanol, ou seja, é mais umaquestão de mercado do que de chuvas.

Em resumo, pode-se afirmar que aschuvas ocasionaram problemas pon-tuais na colheita da cana, o que de fatojá ocorreu e, de certa forma, foi resolvi-do com a competência na gestão dasusinas em reorganizar o cronograma decolheita e, assim, mitigar ao máximo osefeitos das precipitações pluviais.

O estudo foi realizado pelos pes-quisadores Sérgio Torquato, AlfredoTsunechiro, Sônia Martins, Celso Ve-gro, Priscilla Rocha Silva, Maria CéliaMartins de Souza, Katia Nachiluk eMaximiliano Miura.

(Informações sobre pecuária,mandioca, olerícolas, veja no texto

completo: www.iea.sp.gov.br)Fonte: Secretária de Agricultura e

Abastecimento do Estado de São Paulo)

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Destaque

Agrishow 2010Agrishow 2010Carla Rodrigues

Edição deste ano conta com melhorias na estrutura e retomada dos negócios;a Revista Canavieiros estará presente pelo 3º ano consecutivo

AAgrishow – Feira Internacio-nal da Tecnologia em Ação, amais importante feira do agro-

negócio da América Latina será rea-lizada entre os dias 26 a 30 de abrilno Pólo Regional de Desenvolvimen-to Tecnológico dos Agronegócios doCentro-Leste / Centro de Cana IACem Ribeirão Preto.

Para a edição deste ano, a orga-nização do evento preparou uma novafeira, mas sempre com o mesmo foco:cada vez mais trazer um número mai-or de agricultores para a feira. Deacordo com o presidente daAgrishow, Cesário Ramalho, este é oobjetivo maior do evento, expor aosagricultores as novas tecnologias dosetor. “O produtor pode não comprarno dia da feira, mas ele conhece atecnologia, leva isso com ele e umdia compra essa máquina, isso que éimportante”, disse Ramalho durantea coletiva de imprensa, que abriu afeira, no início de fevereiro.

As novidades presentes serãomuitas, tudo para atender melhor asnecessidades dos 140 mil visitantesesperados e dos 730 expositores di-retos e indiretos, que já confirma-ram presença. Está sendo feito uminvestimento de aproximadamenteR$ 10 milhões, que é dividido entreo governo do Estado de São Paulo,prefeitura de Ribeirão Preto e tam-bém pelas empresas promotoras doevento, como a ABIMAQ que é agrande investidora.

Com esse investimento foram fei-tas melhorias na estrutura da feira,agora a Agrishow possui uma novaplanta, retangular, muito bem aceitapelos técnicos e principalmente pe-los pesquisadores do IAC (InstitutoAgronômico de Cana-de-açúcar), quetêm a preocupação de não invadir asáreas de pesquisa do Centro. Esta re-formulação permitiu que a feira ficas-

se assimétrica, sendo composta porseis avenidas e 21 ruas dentro da áreade exposição estática, referente a 360mil metros quadrados.

Foram criados os estacionamen-tos norte e sul para que o expositorpare sempre próximo ao seu estande.Também foram feitas reformas e cons-truções de novos banheiros, regio-nalização dos expositores para faci-litar o caminho percorrido, desde achegada que será asfaltada, trans-porte de trenzinho sem poeira e pos-tes de concreto. Serão montadasduas praças, uma para que as pesso-as possam caminhar pela feira e ou-tra em que vai estar os bancos colo-cados estrategicamente.

Ainda foram feitas melhorias emtoda a parte hidráulica do evento paraque não corra risco de faltar águapara higienização dos sanitários.Além disso, durante os cinco dias deAgrishow será possível realizar 800demonstrações de campo numa áreade 100 hectares para diversas cultu-ras, cada empresa terá seu espaçocom a agricultura que escolheu o diatodo.

A EMBRAPA (Empresa Brasilei-ra de Pesquisa Agropecuária), a FE-

TAESP (Federação dos Trabalhado-res na Agricultura do Estado de SãoPaulo) e o Ministério do Desenvol-vimento Agrário já são presença ga-rantida entre os participantes e te-rão uma ilha significativa na feirapara mostrar seus trabalhos.

A expectativa para a edição des-te ano é de retomada, tanto das gran-des empresas que ficaram fora anopassado e este ano irão participarquanto dos negócios não realizadosem 2009, já que o saldo da feira foiprejudicado por conta da crise finan-ceira internacional que teve iníciono final de 2008.

“Não vamos ter nenhuma explo-são, mas eu acho que temos que re-ver os projetos e comprar os equipa-mentos. A agricultura brasileira éconsolidada, precisamos apenas fa-zer os aperfeiçoamentos. Acreditoque este ano vamos voltar a cami-nhar dentro da normalidade, porqueo ano passado não foi normal”, ex-plica o presidente do evento.

E para encerrar definitivamente asespeculações sobre a saída daAgrishow de Ribeirão Preto, CesárioRamalho esclarece que a feira encon-

Agrishow 2009

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trou seu caminho este ano e que é im-possível pensar em Agrishow foradessa cidade. “A feira não sai daqui.O maior PIB do país está nessa região.Ano passado fizemos um acordo paraseis anos, mas estamos trabalhandoem um contrato novo com o governopara 20 ou 30 anos. Hoje temos umaresponsabilidade maior com a feira,que envolve secretaria do Estado,

Sistema Ocesp/Sescoopdifundem conhecimentos sobrecooperativismo

Sistema Ocesp/Sescoopdifundem conhecimentos sobrecooperativismoCarla Rodrigues

Palestras estão sendo realizadas no interior do Estado de São Paulo

O sistema Ocesp/Sescoop – SP(Organização das Cooperati-vas do Estado de São Paulo e

Serviço Nacional de Aprendizagem doCooperativismo do Estado de São Pau-lo) está realizando palestras para re-passar aos cooperados, funcionáriosde cooperativas e para o público emgeral a doutrina cooperativista, ouseja, dividir experiências e falar umpouco sobre o histórico do cooperati-vismo, dentro dos princípios, valorese questões tributárias.

Antigamente, essas reuniões eramrealizadas em São Paulo apenas uma vezpor semana, gerando uma grande difi-culdade para os grupos interessadosnesse assunto em se deslocar até a gran-de São Paulo. Foi neste momento, comas estruturas regionais já abertas, que oSescoop deu início às palestras sema-nais no interior do Estado, que ficamlocalizadas em Ribeirão Preto, São Josédos Campos, Marília e Piracicaba.

De acordo com o coordenador dosNúcleos Regionais, Cassiano Faria, oobjetivo das realizações dessas pales-tras é fazer uma promoção do sistemacomo um todo, tanto o sistema coope-

prefeitura e a comunidade de Ribei-rão Preto”, esclarece Ramalho.

A Agrishow 2010 é uma iniciati-va da ABAG (Associação Brasilei-ra de Agribusiness), ABIMAQ (As-sociação Brasileira da Indústria deMáquinas e Equipamentos), ANDA(Associação Nacional para Difusãode Adubos) e SRB (Sociedade Ru-

ral Brasileira), e é organizada e pro-movida pela Reed Exhibitions Al-cantara Machado.

Local: Pólo Regional de Desen-volvimento Tecnológico dos Agro-negócios do Centro-Leste / Centrode Cana IAC – Rodovia AntônioDuarte Nogueira, KM 321 – Ribei-rão Preto – SP.

rativista quanto a estrutura da Ocesp eas atividades que são desenvolvidas porela. É possível fazer também uma pros-pecção de novas demandas que venhamsurgir a partir dessas reuniões, que sãouma forma de abertura e conhecimentopara o público cooperativista.

Durante as palestras, que têm comotema “Cooperativismo como Alternati-va de Desenvolvimento”, os participan-tes podem adquirir informações maisprofundas em relação ao cooperativis-mo, principalmente sobre os ramos emque atuam, como: agropecuário, con-sumo, crédito, educacional, habitacio-

nal, infra-estrutura, saúde, trabalho,produção e transporte.

Também têm conhecimento sobreos sete princípios em que o sistemacooperativista se baseia. São eles: 1º -Adesão livre e voluntária, 2º - Gestãodemocrática pelos sócios, 3º - Partici-pação econômica dos sócios, 4º - Au-tonomia e Independência, 5º - Educa-ção, treinamento e informação, 6º - Co-operação entre cooperativas e 7º - Pre-ocupação com a comunidade.

Para mais informações, acesse o site:www.portaldocooperativismo.org.br

José Alberto, Alex e Cassiano Faria integrantes da Sescoop

ACESSE O NOVO SITE DA REVISTA CANAVIEIROSWWW.REVISTACANAVIEIROS.COM.BR

Destaque

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 20103636363636

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

Os interessados em conhecer as sugestões deleitura da Revista Canavieiros podem procurar

a Biblioteca da Canaoeste, na Rua AugustoZanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone

(16)3946-3300 - Ramal [email protected]

CANA-DE-AÇÚCAR: Bioenergia, Açúcare Álcool - Tecnologia e Perspectivas

Fernando SantosAluízio Borém

Celso Caldas

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialistaem Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão

Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos(Ed.Madras), em co-autoria.

" Não sou do tamanho da minha altura, mas da estruturadaquilo que posso ver" Fernando Pessoa

1) No mês que vem Pedro fará “cinqüenta” anos!Data especial, momento de reflexão também.

Pedro as congratulações serão verdadeiras sem o trema!Idade nova, Novo Acordo Ortográfico e nova regra para o tópico gramatical:

o trema foi abolido (temos exceções).Assim, “parabenizando-o corretamente”: CINQUENTA!P.S.: ...para os amigos que gostam de “dar ênfase” ao momento de vida, por

favor, CINQUENTÃO (sem trema)!

2) Maria disse:- Eu “magôo” com pessoas que criticam meu trabalho sem fundamento...

Prezado amigo leitor cuidado com as críticas sem fundamentos e o verbo ma-goar...

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o hiato (encontro de dois sons vocáli-cos) “oo” deixa de receber acento nas palavras paroxítonas (a sílaba tônica, forte,é a penúltima da direita para a esquerda).

O correto é MAGOO.Críticas sem fundamentos podem magoar.Vamos evitá-las ou escolher o diálogo, não é?

3) ... e a expressão popular “caiu de pára-quedas”?

Prezado amigo leitor para não cair mais, por favor, escreva corretamente: PA-RAQUEDAS!

Paraquedas agora é escrita de forma aglutinada (não se separa).Explicação fácil: o Novo Acordo Ortográfico com o uso do Hífen referente à

Composição. Regra: compostos - não se usa o hífen nas palavras compostas queperderam a noção de composição (é o processo que forma novas palavras a partirda junção de duas ou mais palavras ou radicais).

PARA VOCÊ PENSAR:

Este livro, recentemente lançado na Universi-dade Federal de Viçosa, aborda em apenas 21

capítulos os mais importantes avanços em tec-nologia da cana-de-açúcar e de seus derivados naatualidade. Com prefácio escrito pelo ex-minis-tro de Estado da Agricultura Dr. Roberto Rodri-gues e, escrito por renomados especialistas, estapublicação é de leitura obrigatória a todos aque-les que necessitam estar atualizados no uso destaespécie no contexto da produção de bioenergia,incluindo o álcool e o açúcar.

Os capítulos tratam os seguintes assuntos: Pla-nejamento Agrícola; Fisiologia; Plantio; Nutrição eAdubação; Manejo de Pragas e Nematoides; Ma-nejo de Doenças; Manejo de Plantas Daninhas;Manejo de Irrigação; Agricultura de Precisão e Sen-soriamento Remoto; Sistemas de Colheita de Col-mos; Melhoramento Genético e Recomendação deCultivares; Biologia Molecular e Biotecnologia;Controle de Qualidade nas Indústrias de Açúcar eÁlcool; Processo de Produção do Açúcar, Fermen-tação Etanólica; Destilação; Aproveitamento de Re-síduos Industriais; Bioenergia de Cana; Sistema deRemuneração da Cana; Fundamentos Teóricos dasAnálises Sucroalcooleiras; Gestão de Custos naProdução e Processamento.

Tua caminhada ainda não terminou...A realidade te acolhe dizendo que pela fren-

te o horizonte da vida necessita de tuas pala-vras e do teu silêncio.

Se amanhã sentires saudades, lembra-te dafantasia e sonha com tua próxima vitória.

Vitória que todas as armas do mundo ja-mais conseguirão obter,porque é uma vitóriaque surge da paz e não do ressentimento.

É certo que irás encontrar situações tem-pestuosas novamente, mas haverá de ver sem-pre o lado bom da chuva que caie não a facetado raio que destrói.

Tua Caminhada Ainda Não TerminouCharles Chaplin

Tu és jovem.Atender a quem te chama é belo, lutar por

quem te rejeita é quase chegar a perfeição.A juventude precisa de sonhos e se nutrir

de lembranças, assim como o leito dos riosprecisa da água que rolae o coração necessitade afeto.

Não faças do amanhã o sinônimo de nunca,nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais.

Teus passos ficaram.Olhes para trás...mas vá em frente pois há

muitos que precisam que chegues para pode-rem seguir-te.

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010 3737373737

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 20103838383838

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-VW 31320, ano 2008. Quatro cami-nhões (de 22.000,00 a 26.000,00 km comcarroceria canavieira). Valor de vendaassumir saldo devedor de R$ 212.000,00ou parcelas a pagar 42x R$ 7.200,00.Valor já pago R$ 127.500,00

-Cavalinho MB1634LS , ano 2002,340.000 km. Valor: R$ 130.000,00;

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Almeida Prado - Av. Alcides Fagundes Chagas, 600 - BairroAviação

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45ª EMAPA - EXPOSIÇÃO MUNICIPAL EAGROPECUÁRIA DE AVARÉ

Empresa Promotora: Prefeitura da Estância Turistica de AvaréTipo de Evento: Exposição / FeiraInício do Evento: 27/02/2010Fim do Evento: 14/03/2010Cidade: Avaré - SPLocalização do Evento: Parque de Exposição Fernando

Cruz PimentelInformações com: Matriz da ComunicaçãoSite: www.emapaavare.comTelefone: (14) 3732-1608E-mail: [email protected]

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