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Conselho editoRial:Antonio Eduardo TonieloAugusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido VanzellaManoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio SicchieriOscar Bisson

editoRa:Carla Rossini - MTb 39.788

PRojeto gRáfiCo e diagRamação: Rafael H. Mermejo

equiPe de Redação e fotos:Carla Rodrigues - MTb 55.115Murilo SicchieriRafael H. Mermejo

ComeRCial e PubliCidade:Marília F. Palaveri(16) 3946-3311 - Ramal: [email protected]@revistacanavieiros.com.br

imPRessão:São Francisco Gráfica e Editora Ltda

tiRagem: 11.000 exemplares

issn: 1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuída gra-tuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e SicoobCocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos au-tores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte.

endeReço da Redação:A/C Revista CanavieirosRua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190)

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Expediente: Editorial

A atividade exercida pelo produ-tor rural está sempre sendo in-fluenciada pelas intempéries. As

vezes, o agricultor sofre pela falta das chuvas e hoje, por exemplo, sofre pelo excesso dela. Este é o assunto da edito-ria “Culturas de Rotação” desta edição, já que o grande volume de chuvas pro-vocou o atraso na colheita de safra de verão e consequentemente, no plantio de cana-de-açúcar.

Ainda abordando o tema sobre fato-res climáticos, a Reportagem de Capa traz informações sobre a principal cau-sa do florescimento da cana-de-açúcar: o fotoperíodo, que nada mais é do que o período de luz de um dia, desde quando o sol nasce até ele se por. Além do fo-toperíodo, as condições de temperatura e a quantidade de chuvas no período in-dutivo – que na região Centro-Sul, vai de final de fevereiro ao final de março - também afetam o florescimento, causan-do prejuízos e perdas ao canavial, pois prejudicam a produtividade da planta.

O entrevistado do mês é o pesquisa-dor do IAC – Apta (Instituto Agronômi-co – Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), Denizart Bolognezi. Ele conversou com a Canavieiros sobre suas principais áreas de atuação, que é o sistema de plantio direto e a palhada de cana crua, já que o plantio da cana-de-açúcar é um exemplo de atividade que vem sendo modificado e aperfeiçoado.

O presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Sawaya Jank, é quem assina o Ponto de Vista, em que discute sobre alta dos preços agrícolas. Em seu artigo, Jank questiona e reflete se isso poderá causar uma ameaça ou uma oportunidade para o país avançar.

As Notícias Copercana mostram a preocupação da cooperativa com o meio

ambiente. Depois de firmado um Ter-mo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, a Copercana plantou 1800 ár-vores nativas do Brasil em troca do corte de uma paineira, localizada no terreno onde será instalado o futuro supermerca-do da rede na cidade de Jaboticabal.

Em Notícias Canaoeste o leitor pode-rá conferir as apresentações realizadas pelo superintendente da Sicoob Cocred, Marcio Meloni, pelo gerente do depar-tamento técnico da Canaoeste, Gustavo Nogueira e pelo consultor agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso durante o Ribeirão Canainvest, evento que reu-niu profissionais do setor. Ainda em No-tícias Canaoeste estão as informações sobre o “XI Encontro Anual de Produ-tores de Cana”, que destacou as mudan-ças necessárias do Código Florestal. O evento foi organizado pela Orplana e foi realizado durante a Feicana 2011, em Araçatuba.

Em Assuntos Legais, o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti aborda os procedimentos que devem ser adotados pelos produtores em caso de incêndio de origem desconhecida e alerta para as queimas de cana realizadas sem a autorização junto a Secretaria do Meio Ambiente.

Na editoria “Destaque” está o II Sim-pósio Paulista de Mecanização em Ca-na-de-açúcar em Jaboticabal, que reu-niu profissionais do setor para discutir os problemas da mecanização da cultura de cana-de-açúcar na região de Ribeirão Preto. E também o encontro realizado pelo Ceise Br com lideranças do setor para retomada de investimentos na ca-deia produtiva sucroenergética.

Além disso, não deixe de conferir as Informações Setoriais com o consultor agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, dicas de leitura e gramática.

Fatores climáticos na vida do produtor

Boa leitura!Conselho Editorial

RC

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Ano V - Edição 57 - Março de 2011

Índice:

E mais:

Capa - 22Fatores climáticos atuam no

florescimento dos canaviaisNa região Centro-Sul, o perío-

do indutivo natural é de final de fevereiro ao final de março; per-da de produtividade é uma das consequências do florescimento

10 - Notícias Copercana

06 - Entrevista

10 - Ponto de Vista

18 - Notícias Canaoeste

24 - Notícias Sicoob Cocred

30 - Rotação de CulturaColheita e plantio são prejudicados pelas chuvas

Excesso de umidade provocou atraso na colhei-ta de safra de verão e consequentemente, no plantio de cana

- Copercana planta 1800 árvores nativas do Brasil

Denizart BologneziPesquisador científico do IACPlantio Direto: uma tendência crescente

Marcos Sawaya JankPresidente da UNICA

Alta dos preços agrícolas, ameaça ou oportunidade?

- XI Encontro Anual de Produtores de Cana - Setor Sucroenergético em debate no Ribeirão Canainvest

- Balancete Mensal

Safra de Grãos

.................página 12

Circular Consecana

.................página 14

Destaque

.................página 24

Informações Setoriais

.................página 26

Assuntos Legais

.................página 28

Mecanização

.................página 31

Cultura

.................página 32

Agende-se

.................página 33

Classificados

.................página 34

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Denizart Bolognezi

Plantio Direto: uma tendência crescente

Carla Rodrigues

Revista Canavieiros: O que é o plantio direto?

Denizart: O sistema plantio direto não se restringe a preparar solo, mas sim envolver outros aspectos que com-põem os princípios da agricultura con-servacionista, ou seja, ele é uma mo-dalidade dentro de um conceito mais amplo que denominamos de agricultu-ra conservacionista.

Revista Canavieiros: Quais os ti-pos de culturas que podem ser usadas no plantio direto?

Denizart: Como estamos falando da cana-de-açúcar, nesse caso a nossa ja-nela para diversificar o ambiente agrí-cola começa em setembro/outubro e vai até fevereiro/março, que é o plantio de canavial de 18 meses. Nessa janela entre o último canavial a ser reformado e o novo canavial, nós temos todas as condições para poder cultivar as espé-cies leguminosas comerciais e os adu-bos verdes também.

As espécies comerciais mais uti-

“...redução de insumos externos através da

rotação de culturas, es-tabilidade de produção

pela manutenção de melhoria de estrutura de solo, reciclagem de

nutrientes...”

Entrevista com:

A prática da agricultura está em constan-te transformação e todas as suas etapas, desde o plantio até a colheita, passam por modificações. O plantio da cana-de-açúcar é um exemplo de atividade que vem sendo modificado e aperfeiçoado. Para falar sobre esse assunto, a Revista Canavieiros entrevis-tou o pesquisador científico do IAC – Apta (Instituto Agronômico – Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), Denizart Bo-lognezi, que explicou o sistema de plantio direto, seus benefícios e suas características.Bolognezi tem experiência em agronomia com ênfase em fitotecnia. Ele atua prin-cipalmente nos temas de plantio direto, amendoim, palhada de cana crua, fluxo de CO² e pastagem.

lizadas são a soja e o amendoim, que até na região de esfera da Copercana, Sertãozinho e Ribeirão Preto, o amen-doim é uma cultura predominante, até por razões de estrutura de recebimento do produto. Já nas regiões onde a es-trutura para o amendoim não está em boas condições, a soja ocupa o espaço de maneira mais efetiva.

Existem outras opções, como o sor-go sacarino, que apesar de hoje não ser uma leguminosa, pode se tornar uma opção interessante porque permite flo-rescer matéria-prima para começar a

safra mais cedo e diminuir o período de ociosidade das usinas, sendo esta uma matéria-prima que pode fabricar o etanol com qualidade da mesma forma com que a cana produz.

Outra característica que precisa ser mais bem estudada, que é uma van-tagem do sorgo, pelo menos fora do Brasil, é que os genótipos de sorgo que estão sendo cultivados, têm uma par-ticularidade de melhorar o controle e reduzir a população de Pratylenchus zeae, que são nematóides que têm au-mentado na área de cana. Precisamos testar isso nas condições de cana do Estado de São Paulo, e ver se isso será verdadeiro também aqui.

Revista Canavieiros: Quais os be-nefícios/vantagens do plantio direto?

Denizart: Redução de insumos ex-ternos através da rotação de culturas, estabilidade de produção pela manu-tenção de melhoria de estrutura de solo, reciclagem de nutrientes, equilíbrio na fauna e solos, sofrendo menos estres-

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se hídrico no período de veraneio e a redução de impacto ambiental. Como tenho um ambiente mais equilibrado, na medida em que uso menos defensi-vo, uso menos fertilizantes, porque te-nho ciclagem de nutrientes, como por exemplo, o nitrogênio que é fixado no solo por leguminosas. Isso gera uma estabilidade de produção, fazendo com que deixe de usar recursos externos de maneira excessiva.

Revista Canavieiros: Os produ-tores estão se identificando com esse método de plantio?

Denizart: O plantio direto como tec-nologia já é conhecido desde o final da década de 70, quando lançaram o glifo-sati. No começo da liberação comercial do glifosati a cana foi uma das primei-ras culturas a ser estudada, assim como a dissolução química da sua soqueira e o seu plantio sem o preparo. Agora o conceito de sistema plantio direto, onde envolve a rotação de culturas no contexto da cana crua, é algo novo que ainda precisa ser trabalhado.

Já têm agricultores em São Paulo, na abrangência de Sertãozinho e Ri-beirão Preto, até São Joaquim da Barra e Morro Agudo, que há 12 anos vêm praticando a soja em cima da palha da cana. E a tendência é crescente.

Para o produtor capitalizado, que arrenda áreas mais extensas, em par-ceria com as usinas, ou mesmo as usinas que são produtoras de soja, como a Usina Guaíra, a tecnologia está muito bem ajustada. O problema tem sido para o pequeno e médio pro-dutor, com no máximo 150 hectares. Esse produtor não tem maquinário

que se ajuste a realidade atual. Então é preciso criar mecanismos de inves-timentos, pois a cana crua está pre-sente e esse pequeno agricultor terá que ter implementos adequados para fazer um bom trabalho.

Revista Canavieiros: Os imple-mentos utilizados durante o plantio direto são os mesmos do método con-vencional?

Denizart: Não, as semeadoras são outras. No caso do produtor de amen-doim, esse é um entrave. Não tem cres-cido as áreas de amendoim no plantio direto porque o produtor ainda tem aquela semeadora convencional e pre-cisa de um investimento.

Nessas áreas de amendoim são mó-dulos de produção muito grandes, e as vezes a cultura não permite que adote a tecnologia e a faça bem feita. As adap-tações muitas vezes levam a frustração da adoção e isso diminui o interesse em adotar o modo de plantio direto.

Na soja as adaptações são menores, é mais fácil. As semeadoras conseguem ter um desempe-nho, mesmo que não sejam es-pecíficas para área de palhada de cana.

Revista Canavieiros: O plantio direto é recomendado para todos os tipos de solo ou há algumas restrições?

Denizart: Na década de 80 quando começou a se pensar em fazer cana sem preparo de solo, os levantamentos para as áreas paulistas eram de 40% das áreas viáveis para se ade-quar ao sistema. Hoje com a

“...quando a infestação é muito alta e o produ-tor não vai utilizar um

controle químico, a des-truição mecânica das soqueiras passa a ser

a alternativa mais viá-vel. Mas isso representa manchas do total de áre-as, onde é possível fazer o preparo localizado...”

expansão da cana, nas regiões Noroes-te do estado, existem solos com limi-tações que demandam uma tecnologia um pouco mais refinada.

Para a região Nordeste do estado, não existe limitação de solo. Já os so-los da região Oeste do estado, princi-palmente nos argissolos, há problemas com alumínio em subsuperficie, uma questão ainda a ser trabalhada.

Nos solos que têm problemas de infestação de pragas, que nesse caso, quando a infestação é muito alta e o produtor não vai utilizar um controle químico, a destruição mecânica das so-queiras passa a ser a alternativa mais viável. Mas isso representa manchas do total de áreas, onde é possível fazer o preparo localizado, e nas áreas que não tem o problema, o produtor pode ir adotando paulatinamente o sistema de manejo conservacionista.

Revista Canavieiros: Hoje muito se fala na “obrigação” dos produ-tores em proteger o meio ambiente. Em 2006 foi assinado o protocolo agroambiental pelo governo paulis-ta para acabar com as queimadas de cana. Você acredita que o estado de São Paulo irá conseguir manter-se fiel ao protocolo?

Denizart: Certamente 100% não é possível num espaço tão curto. O que a gente ouve nas discussões, é que até as fábricas de colhedoras não conseguem suprir essa demanda tão rápido.

Eu acredito que tem um desejo do setor produtivo em adotar logo a co-lheita mecanizada não só por questões ambientais, mas trabalhistas também. Muitas regiões têm dificuldade com mão-de-obra, que está ficando cara e tem todas as exigências trabalhistas, então a colheita de cana crua passa a ser uma alternativa mais interessante.

Eu não vejo nenhum empecilho da adoção em médio prazo, talvez em 2014 já consiga viabilizar. Já as áreas não mecanizáveis, que tem topografia mais acidentada, talvez seja necessá-rio substituir a cana por outra ativi-dade, como por exemplo, o café nas regiões possíveis.

Revista Canavieiros: Hoje qual é a porcentagem de área colhida de cana crua no Estado de São Paulo?

Denizart: Aproximadamente 70%

O pesquisador Denizart Bolognezi ao lado do gerente do departamento técnico da Canaoeste, Gustavo Nogueira,

durante o Ribeirão CanaInvest

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da área colhida no Estado é mecani-zada. De acordo com o levantamento realizado pelo INPE (Instituto Nacio-nal de Pesquisas Espaciais), as áreas que não são possíveis de mecanizar aqui na região mais tradicional de cana-de-açúcar, estão em torno de 89 a 90 mil hectares. Essas áreas te-riam que ter outro destino ou outra atividade, o que ajudaria o produtor a diversificar sua renda. Mas vale lem-brar que esses 89/90 mil hectares não são contínuos, são maciços, ou seja, numa propriedade tem 5% de área não mecanizável, na outra tem 10% , na outra 15%, etc.

Revista Canavieiros: A cana crua pode causar algum dano na produção final?

Denizart: Na literatura interna-cional mostra que a Austrália já tem mais de 20 anos de experiência com colheita de cana crua, e muito pelo contrário, a produtividade pode até aumentar por razões de melhoria de fertilidade de solo, assim, nos anos de alto custo da cana, pode-se reduzir al-guns nutrientes como o potássio, que é

lixiviado da palha. A questão hídrica, que é determinante em muitos anos e a rebrota da cana em condição de palha é melhor do que na condição de cana queimada, e as variedades já estão adaptadas para isso.

Para os problemas fitossanitários como a cigarrinha já existe solução para conviver na condição de palha, de maneira que cana queimada versus cana crua é um paradigma que foi que-brado nos últimos anos.

Todo mundo sabe das vantagens agronômicas, o que vejo hoje como problema é a demanda da palha como mais um insumo, que é uma matéria que a usina no futuro possa querer le-var pra aumentar o seu rendimento in-dustrial, para produzir etanol ou coge-ração de energia.

Revista Canavieiros: Há algum di-ferencial no preparo da cana que será colhida crua?

Denizart: Tem. As áreas são siste-matizadas. Os lances de colheita de-vem ser os mais contínuos possíveis, de maneira que a máquina faça a mes-ma manobra.

Revista Canavieiros: O que acon-tece com a palha da cana crua depois que ela é colhida?

Denizart: Certamente, dependen-do da época que o canavial for co-lhido, retirar a palha vai aumentar a evaporação de água no solo. Se au-mentar a evaporação, num período de inverno, diminui a disponibilidade hídrica para brotação dessa cana. Isso é um efeito direto.

Um efeito indireto disso é aumentar a infestação de daninhas. Colchão de palha ajuda a controlar a planta dani-nha, e se retirar esse colchão, aumenta a infestação e terá um aumento de cus-to de herbicidas nessa área.

Outro aspecto é o recolhimento do palhiço da cana, que a meu ver não é viável, porque é mais uma opera-ção que vai aumentar a compactação dessa área.

O que eu vejo é que com o tempo o melhoramento genético vai desenvol-ver mais variedades que retenham mais a folha, de maneira que leve mais fibra para a usina, e o que ficar no campo, se deixa no campo.

Entrevista

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10Ponto de Vista

Marcos Sawaya Jank

Alta dos preços agrícolas, ameaça ou oportunidade?

A recente alta dos preços dos produtos agrícolas e dos ali-mentos novamente desperta

sinais alarmistas no Brasil e no mun-do: temores de pressões inflacioná-rias, ameaças de desabastecimento e agravamento do problema da fome em algumas regiões do planeta. Na esteira da alta vêm as revoltas de consumi-dores e o risco de queda de governos, com destaque para os recentes levantes no mundo árabe, que é notório impor-tador líquido de alimentos. De fato, se olharmos para a História, não faltam exemplos de conflitos e guerras cau-sados pela falta de commodities agro-pecuárias, energéticas e minerais.

É, todavia, também verdade que o problema da fome no século 20 esteve e está muito mais relacionado com a falta de renda do que com a disponibi-lidade global de alimentos. A imensa injeção de tecnologia com o melho-ramento genético, a introdução de insumos modernos, a mecanização, a biotecnologia, o manejo das lavouras, a integração das cadeias produtivas, a melhoria nos transportes e da armaze-nagem e a globalização dos mercados permitiram que a produção de alimen-tos explodisse e juntamente com ela a população mundial, permitindo ao mesmo tempo um forte cres-cimento do nível de

urbanização e da renda per capita nas principais economias emergentes.

Nas últimas quatro décadas, o Brasil tornou-se o terceiro maior exportador mundial de produtos do agronegócio e referência notável de competitivi-dade na área tropical do planeta, com uma pauta cada vez mais diversifica-da, gerada por sistemas eficientes de produção de alimentos, bebidas, fi-bras, rações e agroenergia. Um setor que exporta hoje US$ 76 bilhões, gera 16 milhões de empregos apenas no campo, interioriza o desenvolvimento e incorpora alta tecnologia, tendo se tornado benchmark global em diver-sas cadeias produtivas.

Mas, ainda assim, nos últimos anos temos assistido a recorrentes proble-mas de oferta em importantes regiões agrícolas do planeta em razão de inun-dações, chuvas excessivas, secas, do-enças e outros fatores inerentes ao sis-tema. Os estoques dos principais grãos encontram-se no nível mais baixo dos últimos 30 anos e muitos especialistas já preconizam que caminhamos para uma década com déficits estruturais de oferta no mundo.

O primeiro impacto da alta dos pre-ços agrícolas são as análises precipitadas e as recomendações equi-vocadas de políticas. Tal é o caso da carta do presidente da França,

Nicolas Sarkozy, que

propõe a velha e fracassada receita da formação de estoques reguladores e controles de preços pelos governos centrais. Não é de espantar que a pro-posta de controlar a oferta, em vez de expandi-la, venha exatamente de um país campeão em gerar distorções nos mercados agrícolas mundiais. O clás-sico protecionismo da Política Agrí-cola Comum da União Europeia tem profundas raízes francesas. No acesso aos mercados, são tarifas altíssimas e cotas de importação aplicadas ci-rurgicamente sobre as commodities mais importantes, escaladas tarifárias que protegem contra a importação de produtos de maior valor adicionado e toda sorte de barreiras não tarifárias. Na produção e na exportação, são subsídios altamente distorcivos que deterioram a concorrência mundial. A solução para ampliar a oferta mun-dial e reduzir o preço das commodi-ties agrícolas não é mais intervenção governamental no mundo, mas sim menos distorções, com a redução das tarifas, cotas, subsídios e outras pro-teções que impedem que a plena ex-pressão das vantagens comparativas se manifeste.

Internamente, é hora de refletir so-bre a imensa responsabilidade que esta nova crise global representa para a agricultura brasileira. O Brasil é o país mais bem posicionado do plane-

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ta para dar um salto de produção nas cadeias produtivas da agricultura com rentabilidade e sustentabilidade. Mas esse setor tem sido altamente preju-dicado pela valorização do câmbio, pelos gargalos da infraestrutura, pelas deficiências da defesa sanitária, por um conflito cada vez mais insano entre de-senvolvimento agrícola e conservação ambiental, sem contar os inaceitáveis conflitos agrários e as restrições aos investimentos na ampliação da área agrícola brasileira. Na questão do Có-digo Florestal, por exemplo, corremos o risco de ver imensas áreas produti-vas sendo compulsoriamente transfor-madas em florestas, ao mesmo tempo que continuamos permitindo o desma-tamento de imensas áreas de florestas com baixa aptidão agrícola. Isso por-que depois de 500 anos ainda não fize-mos um simples zoneamento capaz de apontar onde deve ficar a agricultura e onde devem ficar as florestas.

É hora de constituir uma verdadeira força-tarefa público-privada para atu-ar organizadamente ante o desequilí-

brio de oferta que se desenha no mun-do. Em vez de taxar, incentivar. Em vez de controlar a oferta e a demanda, expandir a produtividade. Fazer com que a eficiência já obtida dentro das propriedades rurais chegue às estra-

das, ferrovias, hidrovias e aos portos. Equilibrar desenvolvimento agrícola e conservação ambiental, modernizar a legislação trabalhista no campo, am-pliar os investimentos nacionais e es-trangeiros, aumentar a racionalidade e fortalecer as nossas instituições. Este é certamente um importante desafio para o novo governo, com repercus-

sões não apenas para o Brasil, mas para o planeta, já que até 2050 será necessário aumentar em 70% a produ-ção agrícola mundial.

Confúcio, o famoso sábio chinês, dizia que, “apesar das muitas conquis-tas da humanidade, devemos a nossa existência aos primeiros 20 centíme-tros de solo e ao fato de chover”. É verdade! Mas, além da água das chu-vas e dos minerais do solo, a civili-zação moderna, globalizada, urbana, consumista e hiperconectada só existe porque o homem desenvolveu tecno-logias agropecuárias que trouxeram imensos ganhos de eficiência e im-portantes quedas nos preços reais dos alimentos. Este é o momento certo e o país certo para avançar com firmeza nessa equação.

*Artigo publicado originalmente no jornal O Estado de São Paulo, edição de 09 de fevereiro de 2011

- Marcos Sawaya Jank é presiden-te da UNICA - União da Indústria de

Cana-de-Açúcar

“...o problema da fome no século 20 esteve e está mui-

to mais relacionado com a falta de renda do que com a dispo-nibilidade global de

alimentos...”

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12Notícias Copercana

Safra de grãos

Copercana planta 1800 árvores nativas do Brasil

Valor bruto da produção é o maior em 14 anos

Carla Rossini

A Copercana e o Ministério Pú-blico firmaram em agosto de 2010, um Termo de Compro-

misso de Ajustamento de Conduta, para que, em troca do corte de uma paineira que estava localizada no terreno onde será instalado o futuro supermercado da rede na cidade de Jaboticabal, fos-sem plantadas 1.747 árvores nativas brasileiras em áreas verdes da cidade, desprovidas de vegetação.

A paineira foi autorizada a ser re-tirada do local pelo Comdema – Con-selho Municipal de Defesa do Meio Ambiente. O Projeto de Revegetação das Áreas Verdes foi aprovado pelo se-cretário Fábio Trevisoli, da Secretaria Municipal de Agricultura, Abasteci-mento e Meio Ambiente de Jabotica-bal. A cooperativa tinha até o final de março de 2011 para cumprir o acordo, mas em fevereiro, 1800 árvores nati-vas do Brasil foram plantadas em di-versas áreas verdes da cidade.

Para o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, além de cumprir o acordo, a cooperativa está ajudando a

O Valor Bruto da Produção (VBP) das 20 principais la-vouras do Brasil deve alcançar

R$ 189,6 bilhões em 2011. O resulta-do apurado, com base na estimativa da safra 2010/2011 e nos preços pra-ticados até fevereiro deste ano, repre-senta crescimento de 5,8% em relação ao VBP obtido em 2010. O estudo elaborado pela Assessoria de Gestão

Várias áreas verdes de Jaboticabal receberam as mudas

Em 2011, o rendimento das 20 maiores lavouras do país deve chegar a R$ 189,6 bilhões, quase 6% superior ao registrado no ano passado, ultrapassando recorde de 2008

cidade a criar áreas verdes. “Nas áreas em que foram plantadas as mudas, não haviam árvores. Dessa forma, estamos RC

contribuindo com a preservação am-biental e a criação de praças arboriza-das em Jaboticabal”, disse Bighetti.

Estratégica do Ministério da Agricul-tura mostra também que esse é o maior valor da produção dos últimos 14 anos e deve ultrapassar o recorde registrado em 2008, quando o número fechou em R$ 181,8 bilhões.

“A projeção de que tenhamos a maior safra de grãos da história, com 154 milhões de toneladas e os

preços dos produtos agrícolas em ascensão provocam um efeito direto no valor bruto da produção”, afirma José Garcia Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Mi-nistério da Agricultura e responsável pelo levantamento.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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Consecana CIRCULAR Nº 16/10DATA: 28 de fevereiro de 2011

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para o ajuste parcial da safra 2010/2011. O preço médio do kg de ATR para o mês de FEVEREIRO, referente à Safra 2010/2011, é de R$ 0,3912.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril de 2010 a fevereiro de 2011 e acumulados até FEVEREIRO, são apresentados a seguir:

Notícias Canaoeste

Os preços mensais e acumu-lados do kg do ATR, em R$/

kg, obtidos nos meses de abril de 2010 a fevereiro de 2011 são

apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à indústria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril de 2010 a fevereiro/2011 e acu-mulados até FEVEREIRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/10, são os seguintes:

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XI Encontro Anual de Produtores de Cana

O XI Encontro Anual da ORPLA-NA, realizado no dia 17 de feve-reiro, durante a Feicana/Feibio

2011, em Araçatuba – SP, reuniu cerca de 300 produtores, técnicos do setor su-croenergético, diretores de Associações da Região Centro-Sul, imprensa e pes-quisadores.

Na abertura, a vice-presidente da Or-plana, Maria Christina Pacheco, representou o presidente, Ismael Perina Junior. Christi-na fez um chamado à classe produtora para manter a união em um momento crucial para o setor, que é a discussão sobre as mudanças do Código Florestal. Caso não haja alterações, o “Código colocará a maioria dos produtores na ilegalidade. Tudo o que nós queremos é continuar a produzir e com sustentabilidade. O Encontro da Or-plana é um marco, que demonstra a força do Estado de São Paulo, na defesa por mudanças”, ressaltou Christina.

O deputado federal Aldo Rebelo, que iria ministrar a palestra, foi convocado para outra reunião que tratou da propos-ta de mudanças do Código Florestal. Ele escreveu uma mensagem aos produtores, em que ressaltou o equívoco da atual legislação. “A agricultura se encontra

Evento, organizado pela Orplana, destacou os equívocos do Código Florestal.premida por uma lei anacrônica e um decreto que a suspende. O projeto que relatei enfrenta essa realidade, oferece soluções, tira os produtores da ilegalida-de e ainda mantém o Brasil com a mais rígida legislação de proteção ambiental do mundo”, afirmou Rebelo em texto en-viado à organização do evento. Ele con-clui pedindo o apoio de São Paulo. “Há um movimento crescente pela aprovação

do projeto que se manifesta do Norte ao Sul do País. Aqui estão vocês, planta-dores de cana, reunidos em Araçatuba. Em Rondônia, o governador do Estado defende o projeto. No Rio Grande do Sul, trabalhadores rurais organizam um movimento para acelerar a votação em Brasília. Recebo diariamente mensagens de apoio de brasileiros do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Rio de Janeiro, Paraná, Maranhão, Pernambuco, Goiás, Espírito

Santo. Mas o Brasil espera muito de São Paulo. O novo Código Florestal precisa do apoio do Estado maior da Nação.”

O professor Luís Carlos Moraes foi o palestrante, que tratou do Código. Ele foi requisitado, junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, pela Câmara dos Deputados, para prestar assessoria à Co-missão Especial do Código Florestal. O

advogado defende que a manutenção da legis-lação atual traz perdas ao país, quando reduz a produção. “O pro-blema não é de falta de terra, mas de ajuste no território nacional. Onde está a maior pro-dução, a maior geração de riqueza é onde se quer a maior recompo-sição (florestal).” Para o especialista, seria necessário, resolver o problema das áre-as consolidadas sem

pensar em passado histórico. “Pensar em quais são as áreas consolidadas necessá-rias a não prejudicar o Brasil, o rumo cer-to que o Brasil está tomando em imposto, renda, qualidade de vida. Isso desmisti-ficaria todo o resto. A Amazônia vai ser muito pouco tocada, porque 75% dela é pública.”, concluiu.

A outra palestra do dia foi proferida por Antonio de Pádua Rodrigues - Dire-tor Técnico da Unica (União da Indús-tria de Cana-de-Açúcar). Ele falou sobre a situação do fornecedor de cana com a consolidação do setor. Na opinião de Pá-dua, não é possível dizer que os preços do açúcar se manterão em altos patama-res. Por isso, “é necessária uma remune-ração sustentável do etanol”. Ele ressalta que será necessário rever custos, já que a falta de preço nos anos anteriores fez com que não houvesse renovação na la-voura. “Estamos com o mesmo canavial, mesma tecnologia, mas com 10 tonela-das abaixo [em termos de produtividade por hectare].”

Fonte: Assessoria de Imprensa da Orplana

Professor Luís Carlos Moraes

Antonio de Pádua Rodrigues - Diretor

Técnico da Unica

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Setor Sucroenergético em debate no Ribeirão CanainvestCarla Rodrigues

Nos dias 28 de fevereiro, 01 e 02 de março, aconteceu em Ribei-rão Preto, no teatro D. Pedro II,

o Ribeirão Cana Invest 2011, que contou com a participação de profissionais do se-tor, empresários, estudantes e produtores rurais. O objetivo do evento é trazer para mais perto de Ribeirão Preto e região, te-mas que geram discussões de grande im-portância para a cadeia sucroenergética.

Durante os três dias de evento vários palestrantes do setor industrial, agrícola, empresarial, bioenergia, associações e pesquisadores passaram pelo palco, en-tre eles o superintendente da Sicoob Co-cred, Márcio Meloni, o gerente do depar-tamento técnico da Canaoeste, Gustavo Nogueira e o consultor agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso.

Em sua apresentação, Márcio Me-loni que participou do painel “Recu-peração, Investimentos e Logística do Setor Sucroenergético”, falou sobre o trabalho realizado pela cooperativa, a maneira especial com que cuida de cada produtor e também citou alguns proble-mas constantes na vida dos produtores. “Sessenta por cento do nosso negócio é voltado para os pequenos e médios produtores, e por isso temos linhas de crédito mais longas. Também enfrenta-mos alguns problemas pontuais, como por exemplo, recuperar o que ficou para trás nas safras passadas e devolver isso

Evento reuniu profissionais do setor em Ribeirão Preto

ao cooperado”, explicou Meloni. Além disso, ele também lembrou a dificulda-de que o produtor tem para fechar seu círculo com seguro de preço, já que a cana ainda não faz parte do seguro agrí-cola. “Nós que trabalhamos diretamente com os produtores, temos que entender que eles não querem negociar dívida e sim pagá-las”, completou Márcio.

Gustavo Nogueira participou do pai-nel “Inovações na área agrícola canaviei-ra – rumo à agricultura de baixo impacto – novidades na área de plantio; cultivo mínimo, plantio direto; colheita e trans-porte de cana”. Segundo Gustavo, “os fornecedores reconhecem as vantagens de uma agricultura de baixo impacto, onde a adoção do plantio direto em áreas de renovação de cana colhidas mecani-camente cruas é tecnicamente aplicável, economicamente viável e socialmente correto. Mas ainda é necessária a cria-ção de mecanismos para os pequenos produtores adotarem esse método, já que

exigi-se um investimento grande”, escla-receu Nogueira.

O consultor agronômico Oswaldo Alonso, participou do painel “Expectati-vas da safra 2011/12 – número de pro-dução de cana, açúcar e etanol”. Alonso foi questionado sobre a expectativa da região de Ribeirão Preto para a próxima safra e disse acreditar numa “produtivi-dade semelhante à do ano passado”.

Além desses debates, outros temas foram discutidos, como: sustentabi-lidade, qualificação e requalificação profissional no setor sucroenergético, inovações na área agrícola canavieira rumo à agricultura de baixo impacto, melhoramento genético, sanidade e nu-trição da cana-de-açúcar, inovações na área industrial, bioeletricidade, plástico verde, alcoolquímica, expectativas da safra 2011/2012 para produção de cana, açúcar e etanol, logística e perspectivas para o mercado sucroenergético.

Gustavo Nogueira gerente do dep. técnico da Canaoeste

O público presente pode participar fazendo perguntas aos palestrantes

Oswaldo Alonsoconsultor agronômico da Canaoeste

Márcio Melonisuperintendente da Sicoob Cocred

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Notícias Canaoeste

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18Notícias Sicoob Cocred

Balancete MensalCOOP.CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO

INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - FEVEREIRO/2011Valores em Reais

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Na região Centro-Sul, o período indutivo natural é de final de fevereiro ao final de março; perda de produtividade é uma das conseqüências do florescimento

A principal causa do florescimento da cana-de-açúcar é o fotoperí-odo, que nada mais é do que o

período de luz de um dia, desde quando o sol nasce até ele se por. Além do fo-toperíodo, as condições de temperatura e a quantidade de chuvas no período in-dutivo – que na região Centro-Sul, vai de final de fevereiro ao final de março - também afetam o florescimento, causan-do prejuízos e perdas ao canavial, pois prejudicam a produtividade da planta.

A maioria das variedades de cana-de-açúcar podem ser induzidas com um foto-

Carla Rossini

período inicial de 12 horas e 55 minutos, necessitando de dias curtos para a indução. O pesquisador do IAC – Instituto Agro-nômico, Maximiliano Salles Scarpari, explica que as condições climáticas deste ano, estão favoráveis ao florescimento. “É cedo ainda para afirmarmos com toda cer-teza, a indução começou por volta do dia 20 de fevereiro e vai até o final de março na região de Ribeirão Preto, mas acredito que as variedades mais floríferas devem ser induzidas”, disse o pesquisador, que há 4 anos realiza um trabalho de acompa-nhamento de indução de florescimento de cana na região.

Nessas condições, mesmo as varie-dades não floríferas, podem sofrer este efeito, florescendo e causando danos ao rendimento da cultura. Maximiliano explica que para a formação da flor, a planta sofre alterações morfológicas e fisiológicas causando no final do pro-cesso, em algumas variedades, a iso-porização ou chochamento. “A planta interrompe o seu crescimento, ocorre geralmente brotações laterais pela per-da da dominância apical e consequente diminuição do caldo e produtividade”, disse Maximiliano.

Um fator importante do trabalho realizado pelo pesquisador é para o planejamento da safra. O gerente do departamento técnico da Canaoeste, Gustavo de Almeida Nogueira, afirma

Fatores climáticos atuam no florescimento dos canaviais

Pesquisador do IAC – Instituto Agronômico, Maximiliano Salles Scarpari

Gustavo Nogueira - Canaoeste conversa com Maximiliano do IAC

que através das informações recebidas do IAC, consegue orientar melhor os fornecedores de cana da associação. “É possível planejar o manejo das varieda-des floríferas, antecipando sua colheita e, assim, diminuindo os prejuízos que podem ser causados pelo florescimen-to”, conclui Gustavo.

InduçãoAlguns trabalhos literários dizem que

a indução natural necessita de pelo me-nos 10 dias (que não precisam ser ne-cessariamente seguidos) em condições

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23Reportagem de Capa

Fatores climáticos atuam no florescimento dos canaviais

Câmara de Fotoperíodo

de fotoperíodo curto, umidade antes e durante o processo, diferença entre as temperaturas médias diurnas (não supe-riores a 32º) e noturnas (não inferiores a 21º) e sensibilidade da cana.

Câmara de Fotoperíodo

Única no Brasil, a Câmara de Fotope-ríodo automatizada foi obtida pelo IAC com investimentos da FAPESP – Fun-dação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, pelo projeto BIOEN. Sua tecnologia permite manter as plantas em temperaturas entre 21 e 32 graus, não ul-trapassando esse intervalo, que é o ideal para o florescimento da cana-de-açúcar e desenvolvimento das variedades.

Esse trabalho também é realizado pelo IAC na Bahia, que possui um clima quente durante o dia e à noite. Em Ribei-rão Preto, onde está o Centro de Cana do IAC, o clima durante o dia é quente, mas ao longo da noite esfria, fazendo com que o grão do pólen seja esterilizado.

Um dos principais benefícios da câ-mara é manejar o fotoperíodo fazendo uma indução considerada impossível de se conseguir na natureza, que é o cruza-mento de variedades que florescem em épocas diferentes no ano, casando o perí-odo de florescimento entre elas e poden-do produzir “filhos” delas.

Variedades suscetíveis ao florescimento

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Ceise BR realiza reunião de comitês técnicos e setoriais

Foi dada a largada oficial para colocar em prática as ações dos Comitês Técnicos e Setoriais. Dia 16 de mar-ço, membros dos Comitês se encontraram em primeira

reunião para falar da importância de cada um dos Comitês, seus respectivos programas e cronogramas de atividades.

Criados com o objetivo de formar no futuro o Núcleo de Inteligência Competitiva do Setor Sucroenergético, por inicia-tiva do Ceise Br, Unica e Orplana, os membros atuarão como grupos de assessoria da presidência do Ceise Br no intuito deles formularem sugestões para depois serem encaminhadas aos poderes públicos e à iniciativa privada com o propósito de resolver problemas e conflitos, bem como atender demandas setoriais da cadeia produtiva sucroenergética.

Durante o encontro, o presidente do Centro Nacional das In-dústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis, Adézio José Marques, apresentou cada Comitê e seus respectivos mem-bros, expressou quais serão as ações iniciais de cada grupo, des-tacou suas peculiaridades e ainda, em primeira mão, revelou o nome de quem irá coordenar cada Comitê.

Os coordenadores dos Comitês nomeados foram: Comitês TécnicosRelações Institucionais & Governamentais – Manoel Orto-

lan (CANAOESTE)Logística & Transportes – Márcio Mattos Borges de Oli-

veira (FEA/USP)Serviços – José Américo Rubiano (J.A. Rubiano Consultores)Máquinas & Implementos Agrícolas – José Roberto Santo

André (Santal)Tecnologia da Informação & Automação Industrial – Lean-

dro da S. Pereira (LA Automação)Comércio Internacional – Flávio Castelar (APLA Piracicaba)Bens de Capital – Antonio Carlos Christiano (Sermatec)Insumos & Produtos Químicos – Otto Rohr (Miracema-

Nuodex)Sustentabilidade Ambiental – Profa. Sônia Valle Walter

Borges de Oliveira (FEA/USP)Inovação Tecnológica – Marcelo F. Selli (Inselli Engª &

Ciência Aplicada)Acoolquímica – Edmundo Coelho Barbosa (Sindálcool/PB)

Comitês SetoriaisBiodiesel – Carlos Eduardo O. Alexandre (Grupo UniA-

merica)Bioeletricidade – Zilmar José de Souza (UNICA)Novos Biocombustíveis – Claudinei Andreoli (Bioenergia Te-

chbio Consulting)

Depois das nomeações reveladas e das breves explicações

Autoridades, personalidades do setor e convidados participaram da reunião no auditório do Centro Empresarial Zanini

Membros dos Comitês Técnicos

Diretoria do CEISE Br e coordenadores dos Comitês revelados na reunião

das atribuições de cada grupo e seus respectivos coordenadores, o presidente da entidade passou a palavra ao Prof. Dr. Alberto Bor-ges Matias, da FEA-RP/USP e presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (INEPAD). Com muita propriedade o professor falou sobre a Nova Economia Brasileira e Mundial e a Inserção da Cadeia Produtiva Sucroenergética com demonstrações em gráficos e ilustrações contundentes. Segundo Matias, toda essa mobilização recorrente significa que estamos estudando o setor no futuro, e não, simplesmente, vivendo o agora.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Ceise BR

Destaque

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Retomada de investimentos na cadeia produtiva SucroenergéticaCarla Rodrigues

Implantação de uma política de apoio à indústria de bens de capital, deso-neração fiscal em investimentos para

a construção de novas usinas e ampliação das plantas fiscais, implantação de linhas especiais de financiamento à exportação de máquinas, equipamentos e insumos, recursos para qualificação profissional, maiores linhas de financiamento a pro-jetos de biocombustíveis de segunda e terceira geração. Essas foram algumas das propostas oferecidas em conjunto pelo Ceise Br – Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis, pela Força Sindical de São Paulo e pela Secretaria de Indústria, Comércio, Abastecimento, Agricultura e Relações do Trabalho da Prefeitura Mu-nicipal de Sertãozinho durante a apre-sentação do Projeto de “Retomada dos Investimentos na Cadeia Produtiva do Setor Sucroenergético” realizada em fe-vereiro, no Ceise Br.

Participaram do encontro lideranças e autoridades do setor, como o presidente e o vice-presidente do Ceise Br, Adézio José

Ceise Br realiza reunião com lideranças do setor para retomada de investimentos

Marques e Antonio Eduardo Tonielo Filho, o presidente e o vice-presidente da Força Sindical de São Paulo, Danilo Pereira e Antônio Vítor e o secretário da Indústria Comércio, Abastecimento, Agricultura e Relações do Trabalho da Prefeitura Muni-cipal de Sertãozinho, Marcelo Pelegrini.

De acordo com Danilo Pereira, foi a própria presidenta Dilma Rousseff quem apontou as necessidades de tais investi-mentos, fazendo com que diferentes repre-sentantes do setor reunissem forças para conversar com os interlocutores do gover-no federal. “Fomos convidados a partici-par deste encontro para acompanharmos de perto o trabalho que está sendo realiza-do pelo Ceise Br, no sentido de alavancar mais investimentos para o setor. As empre-sas estão reclamando da escassez de mão-de-obra qualificada, por isso é interessante também ter nesse grupo os representantes dos trabalhadores”, explicou o presidente da Força Sindical de São Paulo.

Para Adézio Marques, é importante essa criação de comitês técnicos e se-

toriais para incentivar o ramo sucroe-nergético e de biocombustíveis, já que há uma cadeia produtiva atrás deste se-tor, que emprega cerca de dois milhões de trabalhadores, é composto por qua-tro mil indústrias e em 2009 chegou a movimentar aproximadamente US$ 85 bilhões. “Nenhum outro setor da eco-nomia nacional tem os níveis de sus-tentabilidade social e ambiental como o nosso, mas temos que ver que o perfil da produção da área rural mudou e agora precisamos acompanhar essa mudança, através da qualificação e requalificação dos trabalhadores”, disse Adézio.

Atualmente no Ceise Br há os Comi-tês Técnicos de Logística & Transportes, Relações Institucionais & Governamen-tais, Serviços, Máquinas & Implementos Agrícolas, Tecnologia da Informação & Automação Industrial, Comércio Inter-nacional, Inovação Tecnológica, Bens de Capital, Insumos & Produtos (Químicos e Sustentabilidade Ambiental) e os Comitês Setoriais (Alcoolquímica, Biodiesel, Bioe-letricidade e Novos Biocombustíveis).

Membros dos Comitês Setoriais

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26Informações Setoriais

CHUVAS DE FEVEREIRo e Prognósticos Climáticos

As chuvas do mês de FEVEREIRO de 2011 são mostradas no quadro a seguir.

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

A média das chuvas anotadas em FEVEREIRO (168mm) “fica-ram” abaixo da média das normais climáticas (223mm). Chuvas signi-ficativamente superiores ocorreram apenas “no corredor” entre Coper-cana-Uname, LDCSEV Santa Elisa e Usina São Francisco. Entretanto, na Fazenda Santa Rita e arredores, as chuvas ficaram muito aquém das médias históricas dos locais.

O Mapa 1, mostra que até me-ados de FEVEREIRO (14 a 16) a condição hídrica do

solo, na faixa Centro-Norte do estado de São Paulo e a partir de final de JANEIRO, gradativamente tendeu a reumedecimento, com exceção de um círculo entre Bebedouro a Catanduva. A região Sudoeste do estado mante-ve a alta umidade do solo; enquanto que, uma larga faixa do leste do esta-

do e atravessando Piracicaba - Soro-caba, mostrou perda da boa condição hídrica inicial do mês. Pelos mapas 2 e 3, observa-se progressivo e signifi-cativo dessecamento do solo na faixa Centro Norte, em pleno mês de FE-VEREIRO, entre os dias 17 e 23.

Observando-se os mapas 4 e 5, nota-se o que houve de comum aos finais de FEVEREIRO dos dois anos

foram as regiões Norte-Nordeste e Centro do Estado, que se apresenta-ram com maior umidade no solo. As demais regiões mostraram condições hídricas bem opostas nos mesmos períodos. Neste FEVEREIRO, des-tacaram-se os expressivos volumes de chuvas na região Central do Es-tado e na de Piracicaba, que foram muito acima das respectivas normais climáticas.

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 14 a 16 de FEVEREIRO de 2011. Mapa 2:- Água Disponível no Solo entre 17 a 20 Fevereiro 2011

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Para subsidiar planejamentos de ati-vidades futuras, a CANAOESTE resu-me abaixo o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacio-nal de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de março a maio de 2011:

• Prevê-se que as temperaturas mé-dias serão acima das normais climáticas em toda Região Centro Sul do Brasil;

• Como ilustrada no Mapa 6, a pre-visão de chuvas serão próximas às normais climáticas em toda área su-croenergética da Região Centro Sul do Brasil e caracterizadas por panca-das esparsas. Exceto para as Unidades do Rio Grande do Sul, onde as chuvas

Mapa 3:- Água Disponível no Solo entre 21 a 23 Fevereiro 2011 Mapa 4:- Água Disponível no Solo ao final de FEVEREIRO de 2010.

Mapa 6:- Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para a Região Centro Sul durante o trimestre março a maio de 2011.

Adaptado pela CANAOESTE

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Mapa 5:- Água Disponível no Solo ao final de FEVEREIRO/início MARÇO de 2011

poderão “ficar” abaixo das respectivas médias históricas;

• Como referência, as médias histó-ricas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro Cana e Apta-IAC, são de 165mm em março, 70mm em abril e de 55mm em maio.

Por sua vez, a SOMAR Meteorologia assinala que para a região de abrangência CANAOESTE, o prognóstico é de que as chuvas após março (de abril a junho, in-clusive) serão, em média, próximas das normais climáticas. Provavelmente, não ocorram excessos, tampouco ficar sem chuva em qualquer um destes meses.

Aos produtores que irão iniciar suas colheitas em abril, recomenda-se, já visando a safra 2012/13, evitar piso-teios e proceder aos esmerados tratos culturais mecânicos ou químicos, em áreas que não estejam comprometidas por danos de pragas, doenças, falhas ou elevada infestação de ervas daninhas. Áreas estas, que merecem e justificam renovações.

Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco CANAOESTE.

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28Assuntos Legais

QUEIMA DE CANAProcedimentos a serem adotados em caso de incêndio de origem desconhecidaEstimados produtores de cana-

de-açúcar, inobstante as auto-rizações de queima de palha

a serem obtidas junto à Secretaria do Meio Ambiente, de igual forma iremos presenciar mais uma vez uma avalan-che de autuações administrativas sendo aplicadas em desfavor dos produtores, decorrentes de incêndios descontrola-dos, originados por terceiras e desauto-rizadas pessoas, que atingem os cana-viais. Nesse caso, por precaução, deve o produtor de cana-de-açúcar buscar produzir o maior número possível de provas negativas, ou seja, àquelas ca-pazes de demonstrar que o produtor ru-ral não teve intenção de utilizar-se do fogo na lavoura atingida pelo incêndio. Provas essas que servirão em prováveis defesas administrativas e judiciais.

Mais uma vez, venho enumerar al-guns exemplos de provas que o produtor deve fazer:

> Fazer análise da cana queimada para poder constatar que o rendimento indus-trial, medido em quilos de ATR, não está no ponto ideal, ou seja, a cana queima-

da não estava no seu nível de maturação máximo para ser colhida, não sendo jus-tificável, portanto, o uso do fogo como auxiliar da colheita;

> Pedir declaração da unidade in-dustrial e ou prestadora de serviços que enviou o caminhão tanque (bombeiro), onde conste que o produtor assim soli-citou para apagar um incêndio de origem desconhecida ocorrido em seu canavial;

> Tirar fotos dos aceiros existentes na propriedade, bem como do não plantio em áreas proibidas de serem explora-das (abaixo das linhas de transmissão de energia elétrica, por exemplo), demons-trando com isso obediência à legislação pertinente;

> Caso possua autorização, informar ao agente autuador, caso esse apareça, que não estava programada a queima, tanto que sequer efetuou as comunica-ções aos confrontantes e à Secretaria do Meio Ambiente;

> Caso não possua autorização, infor-mar ao agente autuante que não possuía

interesse em utilizar-se do fogo em sua lavoura, tanto que sequer buscou referida autorização;

> Demonstrar, através de fotos, teste-munhas e laudo pericial, que a área quei-mada estava preparada para o corte me-cânico, não justificando, portanto, o seu interesse em utilizar-se do fogo, assim como a correta área atingida pelo fogo.

> Demonstração de que a queima na área ocorreu em um período inferior a 12 meses. Isso pode ser feito através de do-cumento que comprove a data da colheita da área queimada na safra anterior, inclu-sive por meio da comunicação de queima feita à secretaria do meio ambiente.

> Apresentação de laudo técnico, as-sinado por profissional habilitado, de-monstrando a origem desconhecida do fogo ou a origem provocada por terceiros que poderá ser solicitado pelo Escritório Regional da Coordenadoria de Assis-tência Técnica Integral – CATI (casa da agricultura), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento Estadual.

Portanto, estes são alguns exemplos de provas que o produtor rural deverá pro-duzir em caso de incêndio acidental ou criminoso em sua propriedade, devendo, ainda, caso receba a visita de um Policial Ambiental ou agente ambiental, infor-mar esses fatos para que sejam apostos no respectivo Boletim de Ocorrências ou Auto de Infração, além de procurar orientação jurídica adequada, onde o De-partamento Jurídico da Canaoeste estará à inteira disposição do associado para defendê-lo nestes casos.

Juliano BortolotiAdvogado da Canaoeste

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Colheita e plantio são prejudicados pelas chuvasCarla Rodrigues

Com o excesso de chuvas que ocor-reram no início do mês de março, os produtores rurais estão preocu-

pados com as perdas que podem ocorrer nas áreas de renovação dos canaviais, as culturas de rotação com a cana-de-açúcar.

Nesta safra de verão, o produtor Rober-to Rossetti, plantou amendoim na sua área de rotação e por causa das chuvas, ainda não conseguiu realizar a colheita, que já está atrasada. “Esta grande quantidade de chuva faz com que o grão perca sua qua-lidade e produtividade. Isso vai nos afetar lá na frente, na próxima safra quando os preços vão subir”, explicou Rossetti.

De acordo com o gerente do departa-mento técnico da Canaoeste, Gustavo de Almeida Nogueira, quando há um atraso de colheita como este, todo o resto da ca-deia produtiva acaba sendo atingido tam-bém, como o atraso no plantio da cana-de-açúcar. “Tudo o que é em excesso é prejudicial. Se faz muito sol, a plantação sofre, se chove demais, como é o caso de agora, também é ruim. O amendoim que já deveria ter sido colhido, está brotando

Excesso de umidade provocou atraso na colheita de safra de verão e consequentemente, no plantio de cana

de novo por excesso de umidade. Por esse motivo, as máquinas não conseguem en-trar na plantação e muitos grãos deixam de ser colhidos, ocasionando uma perda de 30 a 40% para o produtor em sacas por hectare, produtividade e qualidade”, explicou o gerente.

Além disso, Nogueira também ex-plicou que “este amendoim prejudicado pelas chuvas já não serve mais para ex-portação (consumo), pois este grão tem uma classificação, ou seja, se perde qua-lidade, há uma desvalorização do grão (preço)”, finalizou.

Produtor Roberto Rossetti

Safra de grãos tem novo recorde

A Companhia Nacional de Abas-tecimento (Conab), estatal vin-culada ao Ministério da Agri-

cultura, anunciou, na quinta-feira, 10 de março, uma nova previsão de recorde para a safra de grãos 2010/2011. Pelo novo levantamento, o Brasil deve co-lher aproximadamente 154,2 milhões de toneladas de grãos este ano. Esse é o sexto levantamento desta safra.

O número representa um aumento de 3,4%, o que equivale a aproximadamen-te 5 milhões de toneladas a mais que a

Levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que devem ser colhidas 154 milhões de toneladas nesta safra

safra passada, que atingiu 149,2 milhões de toneladas.

A área plantada com soja teve uma ampliação de 2,4%, e alcançou 24 mi-lhões de hectares. A produção, por sua vez, cresceu 2,3%, chegando a 70,3 mi-lhões de toneladas. A colheita do grão começou no Rio Grande do Sul e conti-nua nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná.

No milho total, a produção estimada é de 55 milhões de toneladas, 1,7% a me-

nos que na safra passada, que atingiu 56 milhões de toneladas. A queda teve ori-gem no milho 1ª safra, que será menor em um milhão de toneladas, devido à di-minuição em 33,6 mil hectares (0,4%) da área plantada, que totaliza 7,7 milhões de hectares. Para o milho 2ª safra, cujo plan-tio ainda continua, a estimativa é de uma área de 5,45 milhões de ha, ou seja, um aumento de 4,5%, em comparação com a safra anterior, e com uma produção pre-vista de 21,96 milhões de toneladas.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Rotação de Cultura

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II Simpósio Paulista de Mecanização em Cana-de-açúcarCarla Rodrigues

Dr. Osmar Figueiredo Filho - diretor de Mercado e Oportunidades do CTC

Ao final das palestras as dúvidas da platéia foram esclarecidas pelos palestrantes

Professor Dr. Rubismar Stolf da UFSCar

Professor Paulo Magalhães, da Feagri/Unicamp

Nos dias 22 e 23 de fevereiro foi reali-zado o SPMEC 2011 (Simpósio Paulista de Mecanização em Cana-de-açúcar) na UNESP (Universidade Estadual Paulis-ta) em Jaboticabal.

Aproximadamente 180 pessoas esti-veram presentes no evento, que reuniu profissionais do setor para discutir os problemas da mecanização da cultura de cana-de-açúcar na região de Ribeirão Preto. Estudantes, empresários e produ-tores assistiram às palestras.

Durante as apresentações foram dis-cutidos vários assuntos como os desafios da mecanização da cana-de-açúcar, as novas tecnologias para colheita, agricul-tura de precisão e tecnologia plene. Além disso, foram apresentados os resultados da pesquisa realizada sobre a avaliação das falhas em linhas de cana-de-açúcar, um estudo realizado pelo professor Dr. Rubismar Stolf da UFSCar (Universi-dade Federal de São Carlos). “É natural o canavial ser falhado, e é interessante conhecer os espaços entre as falhas. Quando um canavial é considerado “não falhado” é porque ele apresenta muitas falhas pequenas, já o canavial “falhado” apresenta falhas grandes”, explicou o professor.

De acordo com diretor de Mercado e Oportunidades do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), Dr. Osmar Fi-

Jaboticabal sediou o evento que reuniu profissionais do setor canavieiro

Mecanizaçao

gueiredo Filho, os maiores desafios en-frentados pela colheita de cana crua são a conservação do solo (sistematização e diminuição da compactação), redução do número de operações, o plantio mecani-zado, qualidade de plantio, mão-de-obra qualificada, carregamento e transporte, aumento da capacidade de equipamen-tos, aplicação completa do conceito de agricultura de precisão a toda cadeia de produção agrícola e manejo da palha da cana-de-açúcar. “Não podemos desani-mar. Temos que criar mecanismos para incentivar toda essa mudança necessária nos canaviais, principalmente para os pe-quenos produtores”, disse o diretor.

Já para o professor Paulo Magalhães, da Feagri/Unicamp, o estado de São Pau-lo, apesar dos desafios enfrentados, con-seguiu avançar com a cultura da cana-de-açúcar. “Sabemos que será uma longa jornada, mas temos que reconhecer que avançamos. Saímos da cana queimada

para a cana crua, assim como saímos da colheita manual para a mecanizada”, ex-plicou Magalhães.

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“General Álvaro Tavares Carmo”

Guia Ilustrado de Pragas e Insetos Benéficos da Cana-de-açúcar

O Guia Ilustrado de Pragas e Insetos Benéfi-cos da Cana-de-açúcar foi preparado por atuan-tes pesquisadores e consultores do setor sucro-alcooleiro para orientar o leitor na identificação das pragas e de seus inimigos naturais na cultura da cana-de-açúcar, e para trazer informações so-bre aspectos bioecológicos desses organismos.

Este livro contém cerca de 250 ilustrações das diferentes fases de desenvolvimento das pragas, assim como dos danos que causam, e de seus inimigos naturais (predadores, parasitóides e en-tomopatógenos), ajudando o leitor a minimizar suas dúvidas sobre os possíveis problemas en-contrados em suas plantações.

*sinopse retirada do livro.

Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,

nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone :(16)3946-3300 - Ramal 2016

Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português.

“Carrega de ouro as asas do pássaro e ele nunca mais voará pelo céu” Tagore

Cultivando a Língua Portuguesa

PARA VOCÊ PENSAR:

Dicas e sugestões, entre em contato: [email protected]* Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua

Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

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1) ...e a polícia está a procura do “sequestrador”. Sem o trema, conforme o Novo Acordo Ortográfico a

polícia o encontrará rapidamente.Dica: o trema não existirá mais (regra geral), conforme o

Novo Acordo Ortográfico.

2) “PÔR” a conversa de forma transparente entre Pedro e o chefe foi a opção....opção bem escolhida e com a grafia correta.

PÔR (verbo): mantém-se o acento circunflexo como diferencial

POR (preposição): sem acento

3) Os candidatos “leem” e estudam muito para a prova do concurso público.

Com certeza, ler e estudar são as formas indicadas para realizar uma boa prova.Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o hiato “êem” da 3ª pessoa do plural do

presente do indicativo do verbo LER, NÃO será mais acentuado.

Alexandre de Sene Pinto / Paulo Sérgio Machado Botelho / Heraldo Negri de Oliveira

“Se algum dia alguém lhe perguntar quem sou eu...Diga que sou, intimamente, desconhecida, que me amou ou odiou pelos meus olhos, pois neles estão todas as minhas verdades”. Procura-se autoria.

“À noite, quando começo a pensar nos meus defeitos, durmo imediatamente”.Abraham Lincoln.

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Eventos em Abril 2011XII SIMPóSIO BRaSIl Sul De avICulTuRa

empresa Promotora: Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária - Núcleo Oeste e Embrapa Suínos e Aves

Tipo de evento: Encontro / SimpósioInício do evento: 05/04/2011Fim do evento: 07/04/2011estado: SCCidade: ChapecóLocalização do Evento: Centro de Cultura e Eventos Plínio

Arlindo De NêsInformações com: Núcleo Oeste de Médicos VeterináriosSite: www.nucleovet.com.brTelefone: (49) 3329-1640E-mail: [email protected]

ExpoLondrIna - 51ª ExposIção aGROPeCuáRIa e InDuSTRIal De lOnDRIna

empresa Promotora: Sociedade Rural do ParanáTipo de evento: Exposição / FeiraInício do evento: 07/04/2011Fim do evento: 17/04/2011estado: PRCidade: LondrinaLocalização do Evento: Parque de Exposições Governador

Ney BragaInformações com: Sociedade Rural do ParanáSite: www.srp.com.brTelefone: (43) 3378-2020E-mail: [email protected]

TECnoshow ComIgo 2011empresa Promotora: COMIGOTipo de evento: Exposição / FeiraInício do evento: 12/04/2011Fim do evento: 16/04/2011estado: GOCidade: Rio VerdeLocalização do Evento: Centro Tecnológico COMIGO

(CTC)Informações com: Secretaria Geral - Patrícia MoniSite: www.tecnoshowcomigo.com.brTelefone: (64) 3611-1525E-mail: [email protected]

ExpograndE 2011 - ExposIção aGROPeCuáRIa e InDuSTRIal De CaMPO

GRanDeempresa Promotora: Acrissul - Associação de Criadores

do MSTipo de evento: Exposição / FeiraInício do evento: 14/04/2011Fim do evento: 24/04/2011estado: MS

Cidade: Campo GrandeLocalização do Evento: Parque de Exposição Laucídio Co-

elhoInformações com: AcrissulSite: www.expogrande.com.brTelefone: (67) 3345-4200E-mail: [email protected]

8º SeMInáRIO InTeRnaCIOnal eM lOGíSTICa aGROInDuSTRIal

empresa Promotora: ESALQ-LOG - Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial

Tipo de evento: Seminário / Jornada Início do evento: 18/04/2011 Fim do evento: 18/04/2011 estado: SPCidade:PiracicabaLocalização do Evento: Anfiteatro do Pavilhão da Enge-

nharia, na ESALQ/USP Informações com: Priscilla, Vanessa, Joseane ou Claudi-

rene. Telefone: (19) 3429-4580Site: log.esalq.usp.br/home/pt/seminario.php E-mail: [email protected]

77ª ExpoZEBu empresa Promotora: ABCZ - Associação Brasileira dos

Criadores de Zebu Tipo de evento: Exposição / Feira Início do evento: 28/04/2011 Fim do evento: 10/05/2011 estado: MGCidade:Uberaba Localização do Evento: Parque Fernando Costa Telefone: (34) 3319-3900Site: www.expozebu.com.br E-mail: [email protected]

agrIshow 2011 - 18ª FEIra InTErnaCIonaL dE TECnoLogIa Em ação

empresa Promotora: ABIMAQ, ABAG, SRB e ANDATipo de evento: Exposição / FeiraInício do evento: 02/05/2011Fim do evento: 06/05/2011estado: SPCidade: Ribeirão PretoLocalização do Evento: Pólo de Desenvolvimento

Tecnológico dos Agronegócios do Centro - Leste Anel Viário Km 321

Informações com: Reed Exhibitions Alcantara MachadoSite: www.agrishow.com.brTelefone: (11) 3060-5000E-mail: [email protected]

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Revista Canavieiros - Março de 2011

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VEndE-sE- 01 picado JM 5200, Jumil 2006. Tratar com Alessandra pelo telefone: (16)

9283-8240.

VEndEm-sE- 01 Invertedor de amendoim (Arran-

cador);- 01 Serra Fita Schiffer vol. 1- 10 mts;- 01 Serra Fita Geminada (Mendes);- 01 Serra Fita Horizontal (Mendes);- 01 Desdobro;- 01 Grade aradora 12x32 com controle

remoto;- 03 destopadeiras pneumáticas;- 02 circulares;- 01 trator TL 75 - ano 2002 - 4x2;- 01 moto Honda 150 - ano 04/05;- 01 Uniport Selv Spray 2002;- 01 W20E - ano 90 - Est. 0km; Tratar com Lair Ribeiro pelo telefone:

(16)3667-3322.

VEndEm-sE - Sulcador de cana DMB, caixa quadra-

da, chapa de prato mecânico, reformado,com marcador de sulco;

- Esteira da carreta de torta de filtro Otta semi-nova;

- Plataforma traseira para tratores de cha-pa bem reforçada;

- Arado aiveca, duas hastes completo, semi-novo;

- Enleirador de palha leve, quatro rodas DMB.Tratar com Eduardo pelos telefones: (16)

3942-2895 ou (16) 8136-6830

VEndE-sE- Barracão de estrutura metálica, sem uso,

com cinco tesouras de 11 metros, terças de 5 metros cada num total de 20 metros e pé direito de 5 metros de altura, totalizando 220 m². OBS: Não tem cobertura (telhas). Valor a Combinar.

Tratar com Antonio Celso Ancheschi pe-los telefones: (16) 3942-5490 ou (16) 8146-0957.

VEndEm-sE- 03 colhedeiras de cana Cameco, ano

2001, esteira, motor Scania;- 11 transbordos de cana de trator;- 07 transbordos de cana para caminhão;- 04 tratores Valtra 1780, ano 2002, com

kit transbordo e freio;- 02 tratores Valtra BH 180, ano 2002,

com kit transbordo e freio;

- 01 caminhão MB 1519 Oficina, com gru-po gerador MWM;

- 01 caminhão Pípa Scania 111, ano 1979, com tanque de fibra 12 mil litros;

- 01 caminhão Chevrolet D60, ano 1977, com munk para 4 ton.

Tratar com Luiz Antonio pelos telefones: (18) 9633-5100 ou (16) 8112-5151.

VEndEm-sE- Caminhão MB 1620 04/1720, 02 chassis;- Carreta Randon 92/94/04;- Volvo FH 01.04.05 6x4, revisado;- Caminhão MB1620 04/1720, 02 chassis;- Carreta Sider 01 guerra;- Caminhão FH 380 05 6x4 com caçamba;Tratar com Plauto pelo telefone: (41) 3035-

1938 ou pelo email: [email protected].

VEndE-sE- Carreta canavieira, quatro eixos (12 mts

por 3,70 mts) Rondon, rodoviária, em ótimo estado, toda reformada. Cor vermelha. Valor: R$ 25.000,00.

Tratar com Gilmar pelo telefone: (16) 8152-7322 ou pelo email: [email protected].

VEndE-sE- Fazenda Santo Antônio do Pantano, lo-

calizada em Descalvado (SP). Segue abaixo os dados da fazenda:

- 192,24 hectares planos;- 03 rios que cortam a propriedade;- 01 sede;- 03 casas colono;- 01 armazém;- 01 oficina (almoxarifado);- 01 barracão garagem;- 02 caixas d’água sendo uma de 27 mil

litros e a outra de 5 mil litros;- 01 terreiro;-01 paiol;- 01 estábulo simples;-01 igreja;- 01 transformador trifásico 30kva;- 04 açudes;- 01 jazida de cascalho (brita e pedra portu-

guesa, ideal para cana, laranja e pastagem);- Distância de locais estratégicos: 06 km

da Usina Santa Rita de Açúcar e Alcool, 17 km de Descalvado, 12 km da Rodovia Anhan-guera, 03 km de vicinal asfaltada e 256 km de São Paulo.

Tratar com o Sr. Antonio Augusto Tor-res pelos telefones: (19) 9724-8485 ou (19) 9613-2138.

VEndEm-sE- 04 Reboques agrícola (transbordo) SMR,

ano 2008/09 (SERMAG), Chassis duplo, re-cebido em 2009;

- 01 Trator agrícola VALTRA BH180, ano 2006 (Gabinado), 4x4 com HiFlu (Lataria, parte elétrica e pneus perfeitos);

- 01 Trator agrícola VALTRA BH180, Ano 2007 (Gabinado), 4x4 com HiFlu (Lataria, parte elétrica e pneus perfeitos);

- 01 Caminhão FORD 5032, ano 2006, 4x4 Traçado (Pneus Semi-novos), com Car-roceria Canavieira (GOYDO), ano 2009, Comprimento 8m. Com cabos de aço e cam-bão (Ótimo estado);

- 01 Reboque 2 eixos (GOYDO), ano 2009, Comprimento 8,20m, Altura 4,40m, Largura 2,60m com cabos de aço e cambão (pneus em bom estado) medida dos pneus 1000/20 (Semi-novo);

- 01 Reboque 2 eixos (GOYDO), ano 2009, Comprimento 8,20m, Altura 4,40m, Largura 2,60m com cabos de aço e cambão (pneus em bom estado) medida dos pneus 1000/20 (Semi-novo);

- 01 Caminhão FORD 5032, ano 2007, 4x4 Traçado (pneus em bom estado), com Carroceria Canavieira (GALEGO), ano 2008, Comprimento 8m. Com cabos de aço e cam-bão (em ótimo estado);

- 01 Reboque Monobloco 4 eixos (GALE-GO), ano 2008, Comprimento 12m, Altura 4,20m, Largura 2,60m - 16 rodas com medida 1100/22 (em bom estado).

Os atendimentos dos caminhões são da própria concessionária.

Tratar com Marcus pelo telefone: (17) 8158-1010 ou com Nelson pelo telefone: (17) 8158-0999.

VEndEm-sE- 01 caixa d’água modelo australiana para

50.000 lts;- 01 caixa d’água modelo australiana para

5.000 lts;- 01 transformador de 15 KVA;- 01 transformador de 45 KVA;- 01 transformador de 75 KVA;- Mourões de aroeira;- coxos de cimento;- porteiras;- 01 repetidora com 10 rádio-amadores e 3 HT;- 01 cultivador de cana DRIA 2006 Semi

novo.Tratar com Wilson pelo telefone: (17)

9739-2000 - Viradouro –SP.

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