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    HOVIONE – NEW R&D BUILDING S – EXTERIOR WORKS

    Projecto de Execução (PEX) – Fundações e Estruturas

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    Memória Descritiva

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    HOVIONE – R&D EDIFÍCIO S – EXTERIOR WORKS

    Projecto de Execução (PEX) – FUNDAÇÕES E ESTRUTURASMEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

    Índice

    INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 2 

    2

    DESCRIÇÃO GERAL DAS ESTRUTURAS .................................................................................................................... 2 

    3 FUNDAÇÕES, ESCAVAÇÃO E CONTENÇÃO PERIFÉRICA ............................................................................................ 3 

    4 ACÇÕES .................................................................................................................................................................... 3 

    4.1  ACÇÕES PERMANENTES .................................................................................................................................................... 3 

    4.2  ACÇÕES VARIÁVEIS ............................................................................................................................................................ 4 

    4.3  COMBINAÇÃO DE AÇÕES .................................................................................................................................................... 4 

    4.3.1  Estados Limites Últimos ........................................................................................................................................ 5 

    4.3.2  Estados Limites em Serviço ................................................................................................................................... 5 

    5

    ANALISE ESTRUTURAL - CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO ................................................................................. 6 

    5.1  ANÁLISE ESTRUTURAL ....................................................................................................................................................... 6 

    5.2  CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO .................................................................................................................................... 7 

    5.2.1 

    Estados Limites Últimos ........................................................................................................................................ 7 

    5.2.2  Estados Limites em Serviço ................................................................................................................................... 8 

    5.2.3  Verificação da Segurança em relação à acção do fogo .......................................................................................... 10 

    5.3  VERIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS ................................................................................................................ 10 

    5.3.1  Pilares e Paredes ................................................................................................................................................. 11 

    5.3.2  Paredes de contenção e Muros de Suporte ........................................................................................................... 11 

    5.3.3  Fundações .......................................................................................................................................................... 12 

    5.3.4  Vigas .................................................................................................................................................................. 12 

    5.3.5  Lajes ................................................................................................................................................................... 13 

    6

    MATERIAIS ............................................................................................................................................................. 13 

    7

    REGULAMENTAÇÃO ADOTADA ............................................................................................................................... 14 

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    INTRODUÇÃO

    Refere-se a presente Memória Descritiva à especialidade de Fundações e Estruturas, no âmbito da intervenção nas áreasexteriores ao Edifício S da Hovione, localizado no Campus do Lumiar.

    A presente memória visa elucidar de uma forma sucinta e clara todos os pressupostos de conceção e dimensionamento

    que serviram de base à elaboração deste projeto.

    Nos capítulos que se seguem:

      Indicam-se os elementos que serviram de base à elaboração deste projeto;

      Descrevem-se as soluções estruturais adotadas;

     

    Detalham-se as ações e combinações consideradas no dimensionamento;

      Apresentam-se critérios aplicados para a verificação da segurança;

      Identificam-se os materiais estruturais adotados, e;

      Regulamentos, normas e documentos técnicos.

    Os elementos de base utilizados na elaboração deste estudo foram os seguintes:

      Projeto de arquitetura e de arquitetura paisagista;

     

    Projetos das especialidades envolvidas, nomeadamente:

    o  Pavimentação e Terraplanagens;

    o  Rede de Águas;

    o  Rede de Drenagem.

      Levantamento topográfico e cadastro de redes do local de implantação da futura obra;

    O trabalho foi ainda precedido de uma visita ao local.

    2 DESCRIÇÃO GERAL DAS ESTRUTURAS

    Neste projeto a intervenção ao nível estrutural, consistiu essencialmente no seguinte:

      Execução de muros de suporte exteriores que permitem vencer os vários desníveis definidos no projeto de

    paisagismo. Foram criados 3 novos muros de suporte denominados ME1, ME2 e ME3;

      Construção das áreas técnicas do futuro edifício S da Hovione. As referidas áreas técnicas destinam-se a

    albergar os seguintes espaços:

    o  Depósitos de água de combate a incêndio;

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    o  Casa do gás;

    o  Diversas áreas associadas à rede elétrica, como: Posto de transformação, Grupo Gerador, etc.

    De referir que a área técnica será enterrada, uma vez que a laje de cobertura será utilizada para estacionamento automóvel

    e circulação pedonal. Este bloco de um só piso, é constituído exclusivamente pelos seguinte elementos de betão armado:

      Muros de suporte ou paredes – M1 a M8;

      Pilares e respetivas sapatas – P1 e S1;

      Laje maciça vigada, cuja espessura varia de 0.15m a 0.20m;

      Vigas – V1 a V7

    Nas peças desenhadas de projeto estão definidas todas as geometrias, em planta e em corte, dos elementos estruturais,

    bem como a pormenorização dos elementos de betão armado.

    3 FUNDAÇÕES, ESCAVAÇÃO E CONTENÇÃO PERIFÉRICA

    O dimensionamento das fundações e estruturas de suporte foi realizado com base na informação obtida do projeto original

    do edifício S.

    Tendo em conta que se trata de um estrutura essencialmente enterrada, portanto, constituídas na sua maioria por muros e

    paredes de suporte, as fundações são do tipo direto com recurso a sapatas corridas. Existem ainda 4 pilares cujas

    fundações diretas são materializadas através de sapatas isoladas e um ensoleiramento geral na área destinada areservatório de água. Estes elementos de fundação encontram genericamente 45cm abaixo dos pavimentos.

    Na periferia do edifício, ao nível das fundações, e para fecho do pavimento foi criado um conjunto de vigas de fundação.

    No que respeita às escavações para modelação do terreno admite-se que os materiais a escavar possam na totalidade ser

    escavados por meios mecânicos com equipamento do tipo máquina de lâmina. Tendo em conta a inexistência de

    confrontações com outros edifícios, prevê-se que a escavação possa ser feita em talude e a céu aberto.

    4

    ACÇÕESAs ações consideradas no cálculo, são as constantes da regulamentação em vigor, nomeadamente do Regulamento de

    Segurança e Ações (R.S.A.) e Eurocódigo 1. Estas dividem-se em ações permanentes e variáveis e são genericamente as

    apresentadas nos subcapítulos posteriores.

    4

    ACÇÕES PERMANENTES

    Pesos Próprios (PP) - Incluem-se os pesos próprios dos materiais como: betão (25.0kN/m³), Revestimentos, e

    equipamentos fixos que constituem o edifício e são contabilizadas pela literatura especializada.

    Outros elementos não estruturais com ações de carácter permanente serão considerados, tais como:

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      Revestimento de coberturas planas sob estacionamento 5.0 kN/m2;

      Revestimento de coberturas planas sob passeio 8.0 kN/m2;

     

    Revestimento de coberturas planas não acessíveis 3.0 kN/m2;

    Impulsos - Esta ação de carácter permanente está relacionada com as características admitidas para o solo, que foram

    genericamente os seguintes:

      Peso específico 20 kN/m3 

      Angulo de atrito interno 30 º;

      Coesão 0 kN/m2 .

    4 2

     

    ACÇÕES VARIÁVEIS

    Sobrecargas (SC) - As sobrecargas consideradas são as que constam no RSA para o tipo de utilização em causa. Assim,

    genericamente foram consideradas as seguintes sobrecargas uniformemente distribuídas:

      Coberturas planas sob estacionamento e sob passeios 20.0 kN/m2;

      Coberturas planas não acessíveis 1.0 kN/m2;

      Sobrecarga sobre muros que confinam com arruamentos 10.00 kN/m2

    Sismo (E) - Esta ação foi contabilizada através de métodos dinâmicos, utilizando o espectro de resposta correspondente

    ao tipo de edifício, terreno, zona sísmica e coeficiente de amortecimento. Apresentamos a seguir os parâmetros a adotar

    para o cálculo sísmico:

    8.9

    SCCPM

      2 (massa generalizada)

    A ação do Sismo foi quantificada tendo como base a formulação apresentada pelo Eurocódigo 8. De referir, que dada a

    natureza do edifício – enterrado e com uma grande quantidade de paredes de betão armado, esta ação não se revelou

    condicionante no dimensionamento estrutural.

    4 3

      COMBINAÇÃO DE AÇÕES

    Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidade não desprezável de atuar simultaneamente

    sobre a estrutura, durante um período pré-estabelecido. Essas combinações devem englobar as diferentes possibilidades

    de ocorrência simultânea das cargas de uma forma verosímil, determinando os efeitos mais desfavoráveis para a

    estrutura.

    Assim sendo, as ações atrás descritas foram posteriormente combinadas de acordo com os critérios regulamentares.

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    4 3 Estados Limites Últimos

    Na análise aos estados limites últimos, em conformidade com o RSA, foram consideradas as seguintes combinações

    fundamentais:Em geral:

    Sd  ∑ γgiSik + γq ⌈Sk + ∑ ΨjSjknj=   ⌉m

    i= 

    No caso de a ação variável base ser a ação sísmica:

    Sd  ∑ Sik + γqSEK + ∑ ΨjSjkn

    j=

    m

    i=

     

    em que:

      SGik – esforço resultante de ação permanente considerada com o seu valor característico;

      SQ1k – esforço resultante da ação variável base tomada com o seu valor característico (SEK no caso da acçãosísmica);

      SQjk – esforço resultante das restantes ações variáveis tomadas com os seus valores característicos.

    Os coeficientes de segurança g e q considerados, respetivamente para ações permanentes e variáveis, foram os

    seguintes:

      Peso próprio da estrutura: g = 1.35 ou 1.00 (caso mais desfavorável)

      Restantes cargas permanentes g = 1.50 ou 1.00 (caso mais desfavorável)

      Ações variáveis q = 1.50 ou 0.00 (caso mais desfavorável)

      Ação do efluente q = 1.20 ou 0.00 (caso mais desfavorável)

    4 3 2

      Estados Limites em Serviço

    A verificação aos estados limites em serviço deve ser efetuada com base em valores unitários para os coeficientes de

    segurança respeitantes às ações (γf ) e às propriedades dos materiais (γm).Em função do estado limite considerado, o RSA indica as seguintes combinações de ações:

      Estados limites de muito curta duração – Combinações Raras: em cada combinação intervêm as ações

    permanentes quantificadas pelo seu valor médio (Gm), a acção variável base quantificada pelo seu valor raro(Qk) e as restantes acções variáveis pelos seus valores frequentes (ψQk).

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      Estados limites de curta duração – Combinações Frequentes: em cada combinação intervêm as ações

    permanentes quantificadas pelo seu valor médio (Gm), a acção variável base quantificada pelo seu valorfrequente (

    ψQk) e as restantes ações variáveis pelos seus valores quase permanentes (

    ψQk).

      Estados limites de longa duração – Combinações Quase Permanentes: em cada combinação intervêm as ações

    permanentes quantificadas pelo seu valor médio (Gm) e as ações variáveis quantificadas pelos seus valoresquase permanentes (ψQk).

    5

    ANALISE ESTRUTURAL - CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO

    5

    ANÁLISE ESTRUTURAL

    Na análise estrutural foi utilizado o programa de cálculo automático de análise tridimensional, SAP 2000– V17.

    Foram elaborados os modelos espaciais para as estruturas que compõem o edifício técnico e a sua discritização foi feita

    de modo a ser utilizado o programa de cálculo automático referido e os seus pós-processadores. Na execução dos

    modelos foram utilizados os elementos “FRAME” para simular os diferentes pilares e vigas e os elementos “SHELL” que

    simulam as lajes, as paredes resistentes e muros.

    Feita a discretização das estruturas em modelos matemáticos, estes são carregados com as ações atrás descritas e

    combinadas de acordo com os critérios referidos, obtendo-se assim, para cada estrutura modelada, os esforços,

    deslocamentos e reações de apoio necessários para a verificação dos Estados Limites Últimos e de Utilização que nos

    permitiram dimensionar as diferentes peças estruturais.

    Através destes modelos matemáticos pretendemos simular, da forma mais realista possível, todas as diferentes situações

    estruturais que constituem este projeto.

    O programa utiliza o método dos elementos finitos para a discretização da estrutura, sendo o cálculo estático realizado

    pela resolução do seguinte sistema de equações lineares:

    KU = R, sendo:

      K - Matriz de rigidez

      U - Vetor dos deslocamentos

      R - Vetor das cargas

    A análise dinâmica é feita através da resolução do seguinte sistema de equações de equilíbrio dinâmico, que relaciona o

    movimento do solo com a resposta da estrutura:

    Mü + Cu + Ku = Müg, sendo:

     

    M - Matriz de massas

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      C - Matriz de amortecimento

      K - Matriz de rigidez

     

    üg - Aceleração do solo

      ü, u e u - aceleração, velocidade e deslocamento da estrutura, respetivamente

    O referido programa resolve o sistema de equações utilizando o método da sobreposição dos modos para um espectro de

    resposta aproximado. A curva de aceleração do solo é introduzida sob a forma de uma tabela que relaciona a aceleração

    espectral com o período. A excitação do solo pode ocorrer em três direções: duas no plano horizontal e perpendiculares

    entre si, e a terceira na vertical desse plano.

    A determinação dos esforços e dos deslocamentos máximos é feita calculando as respostas modais associadas às

    direções principais de excitação sendo a resposta total obtida por combinação quadrática das respostas associadasàquelas três direções.

    Na figura seguinte apresenta-se uma perspetiva do modelo de cálculo desenvolvido para a área técnica.

    5 2  CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO

    5 2 Estados Limites Últimos

    Os Estados Limites Últimos (ELU) estão relacionados ao colapso, ou a qualquer outra forma de rutura estrutural, que

    determine a incapacidade do uso da estrutura. A sua verificação é feita segundo o princípio de que o esforço resistente de

    uma secção terá que ser maior que o esforço atuante de cálculo.

    Os valores dos esforços atuantes de cálculo foram determinados a partir da combinação fundamental de ações, adotando-

    se os coeficientes de segurança e os coeficientes de redução de 0, 1 e 2 das ações especificadas preconizados no

    RSA.

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    No cálculo dos esforços resistentes das secções de betão armado adotaram-se as hipóteses correntes de não

    consideração da resistência à tração do betão, de conservação das secções planas após a deformação e de uma

    aderência perfeita entre o aço e o betão, ou seja não se admitem escorregamentos entre os materiais.

    As extensões dos diagramas de cálculo do betão e das armaduras consideram-se limitados a:

      Extensão de encurtamento do betão: 3.5 ‰   Extensão de alongamento das armaduras: 10.0 ‰ 

    Limitação das extensões numa secção

    A segurança em relação aos estados limites últimos que não envolvem perda de equilíbrio ou fadiga, foi elaborada em

     termos de esforços com base na condição:

    Sd ≤ Rd 

    em que Sd e Rd designam respetivamente os valores de cálculo do esforço atuante e do esforço resistente.

    5 2 2  Estados Limites em Serviço

    Os Estados Limites em Serviço (ELS) são aqueles que correspondem à impossibilidade do uso normal de uma estrutura,

    estando relacionados com a durabilidade das estruturas, aparência, conforto do utilizador e a boa funcionalidade das

    mesmas, seja em relação aos utilizadores, seja aos equipamentos e máquinas existentes.

    A sua verificação considera os seguintes estados limites:

      Estado limite de muito curta duração – Combinação Rara;

      Estado limite de curta duração – Combinação Frequente;

      Estado limite de longa duração – Combinação Quase Permanente.

    5 2 2

    Estado Limite de Fendilhação

    A fendilhação num elemento de betão armado ocorre quando é atingida a tensão de cedência de tração do betão, que se

    admitiu nula.

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    O limite de abertura de fendas admissível depende da agressividade do ambiente e/ou do tipo de utilização da estrutura e

    da sensibilidade das armaduras. No que diz respeito à agressividade do ambiente, são preconizados no RSA três diferentes

     tipos de ambientes:

      Ambientes pouco agressivos – ambientes onde a humidade relativa é geralmente baixa e onde os agentes

    corrosivos são escassos (interior de edifícios);

      Ambientes moderadamente agressivos – correspondem a ambientes interiores onde a presença de agentes

    corrosivos seja expectável ou a humidade relativa seja habitualmente elevada, ambiente exteriores sem

    concentrações especiais de agentes corrosivos, ou ainda águas e solos pouco agressivos;

      Ambientes muito agressivos – ambientes com presença elevada de agentes corrosivos, líquidos agressivos, ou

    solos especialmente agressivos.

    Segundo o artigo 68º do REBAP – QUADRO VIII, para armaduras ordinárias, é definida da seguinte forma a combinação de

    ações a verificar e a abertura máxima de fendas admissível:

    Ambiente Combinação de Ações Abertura máxima de fendas

    Pouco Agressivo Frequente 0.3 Moderadamente agressivo Frequente 0.2 

    Muito Agressivo Rara 0.1 5 2 2 2

      Estado Limite de Deformação

    Este estado limite visa definir as deformações máximas e aceitáveis dos elementos de forma a permitir uma utilização

    normal da estrutura. A deformação destas deve ser controlada de maneira a não comprometer o seu funcionamento, bem

    como o de possíveis máquinas e equipamentos.

    No estado limite de deformação, a verificação é conseguida através da limitação dos vãos e dos valores das esbeltezas

    das lajes, paredes e vigas de forma a obterem-se deformações compatíveis com as utilizações previstas e o

    regulamentarmente estipulado.

    Para além dos elementos estruturais, os valores limites da deformação devem ser tais que não comprometam a

    integridade de elementos não estruturais, tais como paredes divisórias, envidraçados ou mesmo os revestimentos e

    acabamentos.

    5 2 2 3  Tensões nas Fundações

    A verificação de tensões nas fundações foi realizada em termos de tensões para a combinação rara de ações, com base

    na condição, em que d e R designam respetivamente os valores de dimensionamento da tensão atuante e resistente:

    d ≤ R

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    5 2 3  Verificação da Segurança em relação à acção do fogo

    A regulamentação adotada na verificação de segurança em relação à ação do fogo é a seguinte:

     

    “Recomendações LNEC, 1990: Verificação da Segurança de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado emrelação à acção do Fogo”; 

      Eurocódigo 2: Parte 1.2 – Projecto de Estruturas de Betão Armado – Regras Gerais: Verificação da Resistência

    ao Fogo.

    Esta verificação das estruturas face à ação do fogo deve ser feita em relação ao estado limite último, considerando a ação

    do fogo como ação de acidente. Na combinação de ações a formular, estas devem ser quantificadas do seguinte modo:

    m

    i

    n

     j

    Qjk  j FaGik d    S S S S 1 1

     

    Em que:

     Gi k S  Esforços resultantes de acções permanentes consideradas com os seus valores característicos;

     

     FaS  Esforço resultante da acção de acidente, tomada com o seu valor nominal;

     Qjk S  Esforços resultantes das acções variáveis, tomadas com os seus valores característicos.

    Os coeficientes de redução 2 são considerados de acordo com o preconizado no R.S.A.. A segurança é então verificadafeita em termos de esforços com base na seguinte condição:

    d d    RS     

    em que d S 

    e d  R

     designam respetivamente os valores de dimensionamento do esforço atuante e do esforço resistente.

    De realçar que a verificação explícita da segurança das estruturas de betão em relação ao fogo pode ser substituída pela

    satisfação de determinadas regras práticas, traduzidas em disposições de projeto aplicáveis a certas situações correntes,

    regras que foram calibradas pelos critérios formais de verificação da segurança. Estas regras e sua aplicação neste projeto

    são enunciadas nos capítulos seguintes.

    5 3  VERIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

    O dimensionamento dos elementos estruturais como pilares, paredes, vigas, lajes, e fundações, foi feito com base nas

    determinações da regulamentação em vigor nomeadamente o Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-

    esforçado (REBAP) e o Eurocódigo 2. Esta regulamentação será adotada no que diz respeito às características dos

    materiais a utilizar, verificações a efetuar e critérios a seguir para o dimensionamento e pormenorização das secções.

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    Os elementos estruturais serão verificados para os Estados Limite Últimos e de Utilização quando do seu

    dimensionamento. Particularizando temos:

    5 3 Pilares e Paredes

    O cálculo de armaduras para os pilares e Paredes foi efetuado recorrendo a um pós processador do programa de cálculo

    SAP2000, que calcula secções de betão armado sujeitas à Flexão Composta Desviada e Esforço Transverso. Os esforços

    são obtidos diretamente do programa de cálculo. A verificação da segurança em relação ao estado Limite Ultimo de

    Encurvadura foi efetuado, para os pilares cuja verificação não é dispensada, de acordo com a metodologia exposta no

    REBAP e Eurocódigo.

    Outras verificações regulamentares serão observadas tais como: a percentagem máxima e mínima de armadura,

    espaçamento dos varões e cintas, diâmetro mínimo das armaduras.

    5 3 2 

    Paredes de contenção e Muros de Suporte

    No cálculo e dimensionamento das estruturas de fundação e contenção, foram adotados os parâmetros geológicos e

    geotécnicos seguintes:

      Tensão admissível no solo

      Peso Especifico do Solo

      Angulo de atrito interno

      Coesão

      Coeficiente de impulso em repouso

      Coeficiente de impulso ativo

      Coeficiente de impulso passivo

    Os muros de suporte exteriores serão sujeitos, em geral, aos impulsos do aterro no seu tardoz. Os parâmetros

    geotécnicos adotados, foram os seguintes:

    3/20   mkN   ; º30  ; 0c  

    Abaixo do nível freático serão incluídos os impulsos hidrostáticos (3

    /10   mkN água   ). Os impulsos do solo neste caso

    serão os correspondentes ao peso específico saturado do solo:

      (i) Impulsos hidrostáticos

    Abaixo do nível freático serão incluídos os impulsos hidrostáticos (3

    /10   mkN água   ). Os impulsos do solo neste caso

    serão os correspondentes ao peso específico saturado do solo.

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      (ii) Impulsos do terreno

    Para quantificação do impulso do terreno sobre as paredes de contenção foi admitido que o seu movimento está impedido

    pelos elementos estruturais em que estas se apoiam, tendo assim sido considerado o coeficiente de impulso para oestado em repouso.

      (iii) Impulsos devidos às sobrecargas

    Foram considerados os impulsos originados por uma sobrecarga uniformemente distribuída de 10kN/m2 a atuar sobre o

     terrapleno.

      (iv) Impulsos devidos a outras ações permanentes sobre o terrapleno

    Foram considerados os impulsos provocados pelo peso das terras acima do coroamento da parede, assim como, os

    devidos a qualquer outra massa sobre o terrapleno (equipamentos, revestimentos, etc.) que não se encontrem para alémda cunha de impulso ativo.

      (v) Impulsos devidos à ação sísmica

    Os impulsos devidos à ação sísmica foram calculados de acordo com a formulação de Mononobe-Okabe.

    5 3 3  Fundações

    No dimensionamento das sapatas isoladas, de sapatas de paredes e muros, foram tidos em conta as seguintes

    verificações:

      Tensão no solo;

      Verificação do Deslize;

      Verificação do Derrube;

      Flexão e esforço transverso da parede;

      Flexão e esforço transverso da sapata;

    5 3 4  Vigas

    As vigas são dimensionadas a partir da análise direta dos esforços obtidos do cálculo automático utilizando o pós-

    processador do SAP2000. O referido pós-processador dimensiona vigas em estruturas formuladas pelo programa,

    calculando as armaduras nas secções das peças sujeitas à flexão simples, esforço transverso e torção de acordo com as

    indicações regulamentares.

    Outras verificações regulamentares serão observadas tais como: altura mínima, dispensas de armadura longitudinal,

    armaduras longitudinais e transversais máximas e mínimas, etc..

    No que diz respeito aos E.L. de Utilização, serão efetuadas as verificações ao estado limite de deformação, e de

    fendilhação.

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    5 3 5  Lajes

    Como referido anteriormente, a generalidade das lajes do edifício são do tipo vigado maciço. Na análise deste tipo de lajes

    foram observados os artigos 118º e 119º do R.E.B.A.P., aplicando-se, com as adaptações convenientes, as disposiçõesrelativas a lajes maciças presentes nos artigos 100º a 111º do mesmo regulamento.

    Assim, far-se-á a verificação à flexão, esforço transverso e punçoamento, no que se refere aos E. L. Últimos e a

    verificação da deformação e fendilhação respeitantes aos E.L. de Utilização.

    Na análise de lajes vigadas são observados os artº 100º a 111º do R.E.B.A.P. que dizem respeito quer à verificação dos E.

    L. Últimos quer dos E.L. de Utilização.

    Em relação aos E.L. Últimos, os esforços de Flexão são obtidos diretamente do programa de cálculo e o dimensionamento

    foi feito para uma secção retangular. O esforço Transverso é obtido através das áreas de influência consideradas a partir

    das linhas de rutura e verificado pelo artº 54º do R.E.B.A.P.. Não será necessário utilizar armaduras específicas para

    resistir ao esforço transverso neste tipo de lajes.

    No que diz respeito aos E.L. de Utilização, serão efetuadas as verificações ao estado limite de deformação, e de

    fendilhação.

    6

    MATERIAIS

    Os materiais estruturais adotados para a estrutura foram definidos tendo em conta a mais recente regulamentação -

    Especificação LNEC E464 de 2007, tendo em conta uma vida útil para a estrutura de 50 anos.Os materiais estruturais a adotar serão os seguintes:

    Betão: NP EN 206-1:2007 e E464-2005

    C12/15;X0;D20;Cl0.40;S3 Betão de limpeza;

    C25/30;XC2;D20;Cl0.20;S3 Elementos enterrados

    C30/37;XC4/XS1;D20;Cl0.40;S3 Betão à vista

    Aços:

    A500 NRSD em armaduras para betão armado

    Recobrimentos nominais mínimos:

    CLASSE DE PROTECÇÃO EM GERAL EM LAJES

     XO – Betão de Limpeza

     XC1 – Elementos Interiores ou Protegidos 40mm 30mm

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     XC2 – Elementos Enterrados 50mm

     XC4/XS1 – Betão à Vista no Exterior 50mm 50mm

    7

    REGULAMENTAÇÃO ADOTADA

    Na análise e dimensionamento da estrutura foram adotadas as disposições e os critérios de verificação de segurança aos

    Estados Limites Últimos e de Utilização preconizados na regulamentação portuguesa e europeia relativa às estruturas,

    nomeadamente:

      RSA: Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes – Dec. Lei 235/83 de 31 de

    Maio;

      REBAP: Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado, Dec. Lei 349-C/83 de 30 de Julho e Dec.

    Lei 357/85 de 2 de Setembro;

      NP EN206-1:2007 e Especificações LNEC – Betão. Parte 1: Desempenho, especificação, produção e

    conformidade.

      Eurocódigo 1 – Bases de Projecto e Acções em Estruturas, NP EN 1991, 2010;

      Eurocódigo 2 – Projecto de Estruturas de Betão Armado, NP EN 1992, 2010;

      Eurocódigo 3 – Projecto de Estruturas de Aço, NP EN 1993, 2010;

     

    Eurocódigo 4 – Projecto de Estruturas Mistas Aço – Betão, EN 1994;

      Eurocódigo 7 – Projecto de Estruturas Geotécnico, NP EN 1997, 2010;

      Eurocódigo 8 – Projecto de Estruturas para Resistência ao Sismo, NP EN 1998, 2010.

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    Especificações Técnicas

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    HOVIONE – NEW R&D BUILDINGS – EXTERIOR WORKS

    Projecto de Execução (PEX)

    Especificações Técnicas - Fundações e estruturas

    Refª Designação

    ET03.01 Escavação para implantação de fundações e estruturas enterradas

    ET03.02 Moldes, Entivações e Cimbres

    ET03.10 Betão de limpeza

    ET03.11 Betões de Ligantes Hidráulicos

    ET03.12 Aço em Varão para Armaduras de Betão Armado

    ET03.20 Argamassas para Reparação, Nivelamento e Selagem

    ET03.21 Pintura com emulsão betuminosa

    ET03.22 Mástique de selagem hidroexpansivo

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    HOVIONE – R&D EDIFÍCIOS – EXTERIOR WORKS

    Projecto de Execução (PEX) –  ESCAVAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DEFUNDAÇÕES E ESTRUTURAS ENTERRADASESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ET03.01

    Índice

    1.  ESCAVAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS ENTERRADAS ................................................. 2 

    2. 

    GENERALIDADES ...................................................................................................................................................... 2 

    3. 

    ESCAVAÇÕES ........................................................................................................................................................... 2 

    4. 

    ATERROS ......................................................... ................................................................. ........................................ 3 

    5.  TRANSPORTE A VAZADOURO ................................................................................................................................... 3 

    6.  PARTICULARIDADES ................................................................................................................................................ 3 

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    1.  ESCAVAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS ENTERRADAS

    1.1 OBJECTIVOFornecer indicações técnicas gerais sobre as operações de escavação-aterro necessárias à implantação de fundações.

    2.  GENERALIDADESa)  A escavação a efectuar refere-se a terreno de qualquer natureza inclusive ao desmonte de rocha dura, de modo a

    permitir a implantação de fundações, maciços e outras estruturas.

    b)  O Empreiteiro deverá certificar-se das dificuldades dos trabalhos, quer através dos desenhos do projecto, quer

    através do reconhecimento do local.

    c) 

    A bombagem e esgoto de águas pluviais, de infiltração, de nascentes ou outra origem qualquer são encargo do

    Empreiteiro.

    d) 

    Previamente ao começo dos trabalhos, serão colocadas em número suficiente e em locais convenientes, marcas de

    nivelamento bem definidas, verificadas pela Fiscalização, que servirão de apoio e controlo aos trabalhos de

    escavação e aterro, bem como, à implantação dos trabalhos.

    e) 

    A definição do nível de fundação será feita com base no ensaio de Penetração Dinâmica Ligeira (PDL) ou equivalente.

    3. 

    ESCAVAÇÕESa) 

    O modo de escavação é da livre escolha do Empreiteiro, à excepção do uso de explosivos que só serão permitidos

    se a Fiscalização para tal, der autorização.

    b) 

    O equipamento e os meios humanos utilizados deverão permitir sempre o bom andamento dos trabalhos.

    c) 

    No caso da escavação em rocha não será permitido o desmonte de uma camada sem se ter desmontado e retirado

     totalmente a camada superior.

    d)  Dever-se-á ter o cuidado de retirar dos paramentos verticais, à medida que a escavação avança, os elementos de

    rocha soltos ou desagregáveis.

    e) 

    Em qualquer caso, a escavação não deve ser levada abaixo das cotas indicadas nos desenhos, salvo por indicação

    da Fiscalização, face ao aparecimento de solos que não correspondam à tensão exigida em projecto para as

    fundações e que devem por isso ser removidos.

    f) 

    Os materiais removidos abaixo das cotas de projecto, deverão ser substituídos por solos devidamente compactados,

    nas condições indicadas para os aterros ou por betão ciclópico quando indicado em projecto, ou ainda, mesmo se

    não indicado, se a Fiscalização assim o entender.

    g) 

    Deverá atender-se à conveniência de reduzir ao mínimo possível, o tempo que medeia entre a abertura dos caboucos

    ou valas e o seu enchimento, de modo a evitar o desmoronamento ou desagregação dos paramentos das trincheiras

    e/ou o alagamento demorado destas.

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    3|3

    h) 

    O Empreiteiro executará todas as entivações e escoramentos necessários para satisfazer as condições de segurança

    do pessoal, o bom andamento dos trabalhos ou para evitar a descompressão dos terrenos limítrofes.

    i)  Os fundos das escavações serão regularizados e nivelados.

    j) 

    O material escavado que pela sua natureza ou dimensões não possa ser aplicado em aterros, será transportado a

    vazadouro.

    4.  ATERROSa)

     

    De igual modo, o equipamento e os meios humanos utilizados, deverão permitir sempre o bom andamento dos

     trabalhos.

    b)  Os materiais para o aterro devem estar isentos de detritos orgânicos ou lixos e devem provir de solos seleccionados.

    c) 

    Os solos a empregar nas camadas de aterro serão, quando necessário, regados, devendo procurar-se, sempre que

    possível, conferir aos solos a humidade necessária a uma boa compactação.

    d) 

    Sempre que se verificar que a humidade dos solos excede os valores óptimos a uma boa compactação, de acordo

    com a Fiscalização, tomar-se-ão as providências necessárias à sua correcção.

    e) 

    O teor de humidade dos solos aplicados em aterro, deverá ser igual ao teor óptimo determinado no ensaio «PROCTOR

    MODIFICADO».

    f) 

    Os aterros serão cuidadosamente executados em camadas. A espessura das camadas deve estar de acordo com os

    meios de compactação.

    g) 

    Quando os meios utilizados não forem mecânicos a espessura da camada não deverá exceder os 0,20m.

    h) 

    Não se deverá proceder ao espalhamento de uma camada sem que a anterior se encontre com o grau de

    compactação exigido.

    i)  O grau de compactação exigido em toda a espessura das camadas não deverá ser inferior a 95% da baridade seca

    máxima, correspondente à obtida nos ensaios normalizados de compactação de solos "PROCTOR MODIFICADO"

    (AASHO) compactação pesada, ou 75% de densidade relativa, no caso de areias, de acordo com as indicações

    fornecidas pelos desenhos e pormenores do projecto.

    5.  TRANSPORTE A VAZADOUROO transporte dos produtos resultantes da escavação a vazadouro será encargo do Empreiteiro. Ter-se-á sempre em

    consideração que a acumulação dos produtos escavados no local não deverá prejudicar o bom andamento dos trabalhos;

    e em caso algum, poderá pôr em risco a segurança do pessoal.

    6.  PARTICULARIDADESQuando a natureza dos solos escavados não permitir a sua utilização em aterros ou se só o permitir parcialmente, os aterros

    serão efectuados em solos de empréstimo que obedeçam às qualidades exigidas no artigo 4.

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    HOVIONE – R&D EDIFÍCIOS – EXTERIOR WORKS

    Projecto de Execução (PEX) – Moldes, Entivações e CimbresESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ET03.02

    Índice

    MOLDES, ENTIVAÇÕES E CIMBRES .......................................................................................................................... 2 

    1.1  OBJETIVO ........................................................................................................................................................................... 2 

    2

    PRESCRIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................................. 2 

    2.1  REGULAMENTOS, NORMAS E ESPECIFICAÇÕES ................................................................................................................. 2 

    2.2 

    CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS A UTILIZAR NA OBRA ................................................................................................. 3 

    3

    MATERIAIS ............................................................................................................................................................... 3 

    3.1 

    MADEIRAS ......................................................................................................................................................................... 3 

    3.2  AÇOS ................................................................................................................................................................................. 4 

    3.3  PRODUTOS DESCOFRANTES .............................................................................................................................................. 4 

    3.4  OUTROS MATERIAIS ........................................................................................................................................................... 4 

    4

    DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS ................................................................................................................................. 5 

    4.1  CONCEPÇÃO DOS MOLDES, DAS ENTIVAÇÕES E DOS CIMBRES ......................................................................................... 5 

    4.2 

    FABRICO E MONTAGEM DOS MOLDES, DAS ENTIVAÇÕES E DOS CIMBRES ........................................................................ 6 

    4.3  BETONAGEM ...................................................................................................................................................................... 7 

    4.4  DESMOLDAGEM ................................................................................................................................................................. 7 

    5

    ACABAMENTO DE SUPERFÍCIES - TOLERÂNCIAS ..................................................................................................... 7 

    6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E DE PAGAMENTO........................................................................................................... 10 

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    MOLDES, ENTIVAÇÕES E CIMBRES

    OBJETIVO

    No presente capítulo são fixadas as condições técnicas a que devem obedecer os moldes a utilizar na construção dos

    elementos de betão.

    2

    PRESCRIÇÕES GERAIS

    2

    REGULAMENTOS, NORMAS E ESPECIFICAÇÕES

    Os materiais e a execução dos trabalhos devem obedecer à presente especificação e à regulamentação oficial em vigor,

    nacional ou europeia, nomeadamente:

      Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (Decreto-Lei 235/83, de 31 de Maio).

      Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (Decreto-Lei 349-C/83, de 30 de Julho).

      Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios (Decreto-Lei 211/86, de 31 de Julho).

      Norma NP ENV1993-1-1 (1998) + A1 +A2 (2000). Eurocódigo 3: Projecto de estruturas de aço. Parte 1.1: Regras

    gerais e regras para edifícios (a título supletivo do R.E.A.E.).

     

    Norma EN 1995-1-1 (2004) + AC (2006). Eurocode 5: Design of timber structures. Part 1-1: General. Common rules

    and rules for buildings.

      Norma EN336 (2003). Structural timber. Sizes, permitted deviations.

      Norma EN338 (2003). Structural timber. Strength classes.

      Norma EN636 (2003). Plywood. Specifications.

      Norma EN1194 (1999). Timber structures. Glued laminated timber. Strength classes and determination of characteristic

    values.

     

    Norma EN10025-1:2004. Hot rolled products of structural steels. Part 1: General technical delivery conditions.

      Norma NP EN10025-2:2007. Produtos laminados a quente de aços de construção. Parte 2: Condições técnicas de

    fornecimento para aços de construção não ligados.

      Norma EN10210-1 (2006). Hot finished structural hollow sections of non-alloy and fine grain steels. Part 1: Technical

    delivery conditions.

      Norma EN10210-2 (2006). Hot finished structural hollow sections of non-alloy and fine grain steels. Part 2: Tolerances,

    dimensions and sectional properties.

    http://www.ipq.pt/custompage.aspx?modid=0&pagid=1250&TPA=C&ncert=91772http://www.ipq.pt/custompage.aspx?modid=0&pagid=1250&TPA=C&ncert=91772

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      Norma EN10219-1 (2006). Cold formed structural hollow sections of non-alloy and fine grain steels. Part 1: Technical

    delivery conditions.

     

    Norma EN10210-2 (2006). Cold formed structural hollow sections of non-alloy and fine grain steels. Part 2: Tolerances,

    dimensions and sectional properties.

      Norma EN12369-2 (2004). Wood-based panels. Characteristic values for structural design. Part 2: Plywood.

      Norma EN13377 (2002). Prefabricated timber formwork beams. Requirements, classification and assessment.

      Norma NP ENV13670-1 (2005) + E1 (2006). Execução de estruturas em betão. Parte 1: Regras gerais.

      Norma EN14080 (2005). Timber structures. Glued laminated timber. Requirements.

      Especificação L.N.E.C. MC1 (1997). Especificação de madeiras para estruturas.

      Especificação L.N.E.C. MC2 (1997). Pinho bravo para estruturas.

    e subsequentes aditamentos, alterações ou revisões.

    2 2  CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS A UTILIZAR NA OBRA

    a)  Os materiais para construção dos moldes e das respectivas entivações e cimbres a utilizar na obra deverão ser

    produzidos, fabricados e aplicados de acordo com os regulamentos, as normas e as especificações descritas em

    2.1 e ser dos tipos e classes definidos no respectivo projecto. 

    b) 

    No caso de se vir a utilizar em obra “betão branco”, continuam a ser aplicáveis todos os aspectos desta especificaçãocomuns ao betão dito “normal”, competindo ao empreiteiro a apresentação de um estudo específico relativamente

    ao tipo de moldes e cofragens a utilizar com esse tipo de betão.

    3

    MATERIAIS

    3 MADEIRAS

    a)  As madeiras a utilizar na construção de moldes e entivações deverão ser de 1ª qualidade, com ausência de defeitos

    ou em reduzido número, apresentar-se desempenadas e secas ao ar e satisfazer aos requisitos gerais daespecificação L.N.E.C. MC1.

    b)  As madeiras podem apresentar-se na forma de:

      Pranchas, vigas, barrotes ou prumos de madeira maciça natural, cortada do tronco, satisfazendo aos requisitos

    das normas EN336 e EN338.

      Vigas e perfis simples ou compostos, placas ou painéis de madeira laminada colada, satisfazendo aos requisitos

    das normas EN1194 e EN14080.

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      Vigas pré-fabricadas e perfis compostos combinando madeira natural e madeira laminada colada, satisfazendo

    aos requisitos das normas anteriores e da norma EN13377.

     

    Placas ou painéis de madeira aglomerada colada satisfazendo aos requisitos das normas EN636 e EN12369-2.

    c)  Em princípio, qualquer qualidade de madeira que satisfaça os requisitos enunciados nas cláusulas a) e b) do ponto

    3.1 poderá ser utilizada no fabrico dos moldes e das entivações.

    As madeiras mais correntes são:

      Pinho bravo nacional, satisfazendo às características definidas na especificação L.N.E.C. MC2.

      Coníferas, abeto e bétula, com as características definidas pelos respectivos fornecedores que por elas se

    responsabilizarão.

    3 2 

    AÇOS

    a)  Os aços utilizados na construção dos moldes e das respectivas entivações e cimbres podem apresentar-se na forma

    de:

      Perfis abertos, barras, varões e chapas, satisfazendo às características definidas nas normas EN10025-1 e -2.

      Perfis ocos (tubos), satisfazendo às características definidas nas normas EN10210-1 e -2 e EN10219-1 e -2.

    b)  Em princípio, qualquer qualidade de aço que satisfaça os requisitos enunciados na cláusula a) do ponto 3.1 poderá

    ser utilizado no fabrico de moldes, entivações e cimbres.

    3 3 

    PRODUTOS DESCOFRANTES

    a)  Os produtos descofrantes não devem ser agressivos para com o betão, as armaduras, os moldes e o meio ambiente.

    b)  Devem ser não secativos e manter a sua funcionalidade desde que são aplicados até à colocação do betão.

    Não devem introduzir manchas ou coloração nas superfícies do betão endurecido.

    3 4  OUTROS MATERIAIS

    Outros materiais poderão ser utilizados na construção dos moldes (FRP, plástico reforçado com fibras), das entivações e

    dos cimbres (ligas de alumínio) desde que o seu uso e bom desempenho esteja certificado.

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    4

    DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS

    A concepção, o fabrico, a montagem, a desmontagem e a ripagem dos moldes e das respectivas entivações e cimbres

    deverão satisfazer todos os requisitos básicos da cláusula 5 e do Anexo B da norma NP ENV13670-1.

    4 CONCEPÇÃO DOS MOLDES, DAS ENTIVAÇÕES E DOS CIMBRES

    a)  É atribuição do empreiteiro conceber os moldes e as respectivas entivações e cimbres e definir os materiais a usar

    na sua construção.

    b)  Os moldes e as respectivas entivações e cimbres deverão ser concebidos de modo a permitirem a construção dos

    elementos de betão com as dimensões e tolerâncias definidas no projecto e neste caderno de encargos, com

    resistência suficiente para suportarem sem colapso estrutural nem deformação excessiva as cargas a que estão

    sujeitos.

    Deverão ainda ter suficiente rigidez, recorrendo-se a travamentos adequados, para que possam suportar choques,

    vibrações e outras acções dinâmicas durante os trabalhos de colocação compactação do betão, descofragem,

    ripagem e remontagem sem perderem a sua estabilidade nem alterarem a sua forma.

    c)  Os moldes e as respectivas entivações e cimbres deverão ser concebidos de modo a poderem ser montados,

    desmontados, ripados e remontados sem necessitarem de ser destruídos nem sofrerem danos significativos que

    impliquem reparações profundas.

    Poderão ser equipados com sistemas de movimentação sobre rodas, se isso for considerado conveniente, desdeque o sistema de movimentação não induza a perda de estabilidade durante a movimentação e que ele possa ser

    eficientemente travado, durante o desenrolar dos trabalhos de montagem das armaduras, colocação do betão e

    descofragem, de modo a impedir qualquer movimento intempestivo.

    d)  Os moldes deverão ser concebidos e construídos de modo a permitirem manter a uniformidade das superfícies dos

    elementos de betão, sem apresentarem ressaltos nas juntas, abaulamentos e ondulações que desvirtuem o aspecto

    estético e funcional das estruturas.

    e)  Se nada estiver disposto em contrário no projecto ou neste caderno de encargos, os moldes e as respectivas

    entivações e cimbres devem ser concebidos para puderem suportar com segurança as seguintes acções:

      O peso próprio dos elementos de betão e o dos próprios moldes, entivações e cimbres.

      Os impulsos do betão fresco e de terras (se for caso disso).

      Variações de temperatura (que possam afectar a geometria dos moldes).

      Vento, sismo.

      Neve (se for caso disso).

      Uma sobrecarga de serviço para ter em conta o peso dos operários e de pequenos equipamentos auxiliares.

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    Os valores a tomar para as acções das variações de temperatura, do vento, do sismo e da neve serão baseados nas

    disposições do R.S.A., sendo convenientemente reduzidos de modo a terem em conta o muito reduzido período de

    exposição das estruturas às acções sem ser afectada a efectiva segurança de pessoas e bens.

    A sobrecarga de serviço será constituída por uma carga uniformemente distribuída e uma carga concentrada, não

    cumulativas, com os valores mínimos de, respectivamente, 1,5 kN/m 2 e 1 kN conforme for mais desfavorável para

    o elemento em estudo.

    Na concepção e dimensionamento dos cimbres deverão ser tidas em muito especial conta as características do solo

    de fundação.

    As cargas nele introduzidas não poderão produzir tensões de contacto superiores às admissíveis nem

    assentamentos, totais ou diferenciais, que ponham em risco a funcionalidade ou a segurança das estruturas.Em caso de insuficiência da capacidade portante do solo de fundação natural, recorrer-se-á a melhoramento do solo,

     travessas ou lajetas de fundação ou estacas conforme for necessário.

    f)  O projecto deve prever as contra-flechas a instalar nos diversos elementos dos moldes, das entivações e dos cimbres

    de modo a limitar as deformações próprias destes elementos e os assentamentos do solo de fundação.

    Os moldes, as entivações e os cimbres devem ser equipados com dispositivos de regulação que permitam limitar

    estas deformações.

    4 2

     

    FABRICO E MONTAGEM DOS MOLDES, DAS ENTIVAÇÕES E DOS CIMBRES

    a)  Previamente ao inicio dos trabalhos de construção e/ou montagem dos moldes e das respectivas entivações e

    cimbres, o empreiteiro apresentará à fiscalização o respectivo projecto para aprovação.

    Este projecto será constituído por uma memória descritiva, por cálculos justificativos e por peças desenhadas de

    fabrico, de montagem, de desmontagem e de ripagem.

    A fiscalização não autorizará o início dos trabalhos de montagem dos moldes se o projecto do cimbre ainda não

    estiver aprovado.

    b) 

    O fabrico dos diversos elementos respeitará escrupulosamente o projecto aprovado.

    Qualquer alteração, ainda que justificada, terá que ser previamente aprovada pela fiscalização.

    c)  A implantação dos cimbres e a montagem dos moldes serão executadas com todo o rigor, de modo a que as

    estruturas sejam correctamente implantadas e construídas.

    A fiscalização poderá, se assim o decidir, mandar verificar a implantação por meios topográficos.

    d)  Os moldes, antes de utilizados, ou reaplicados, deverão ser inspeccionados pela fiscalização e apresentar as suas

    superfícies convenientemente limpas e isentas de quaisquer detritos, incluindo ferrugem ou calda de cimento,

    devendo as superfícies ser previamente oleadas com um produto descofrante adequado.

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    e)  Salvo disposição em contrário dos desenhos do projecto, todas as arestas vivas expostas deverão ser cortadas em

    chanfro, com o mínimo de 2,5 cm medidos nos cantos.

    f) 

    Em moldes, entivações e cimbres de muito grandes dimensões, ou se a fiscalização assim o decidir, deverão ser

    instalados dispositivos (fios de prumo, miras, níveis, etc.) que permitam controlar as deformações e assentamentos

    dos elementos e das fundações.

    4 3  BETONAGEM

    Durante a colocação do betão proceder-se-á ao controlo das deformações e assentamentos dos moldes, das entivações,

    dos cimbres e das fundações que serão compensados sempre que necessário.

    4 4

     

    DESMOLDAGEM

    A desmoldagem dos elementos betonados deverá satisfazer as disposições das condições técnicas CT 30.01, referidas no

    número 2, em particular no que respeita aos prazos.

    5

    ACABAMENTO DE SUPERFÍCIES - TOLERÂNCIAS

    a)  As superfícies do betão deverão ficar planas e desempenadas, sem pedras à vista, ninhos de pedras, poros ou

    concavidades.

    b) 

    Consideram-se as seguintes classes de acabamento das superfícies:- Acabamento de superfícies moldadas

    i) Classe F1

    Este acabamento aplica-se a superfícies nas quais a rugosidade é admissível, tais como aquelas sobre ou

    contra as quais será colocado terreno, material de enchimento ou betão, ou as superfícies que estejam

    permanentemente sem serem vistas. O único tratamento requerido é a correcção de depressões superficiais

    superiores à tolerância admitida. Os moldes podem ser de qualquer material que não deixe fugir a argamassa

    ou a leitada do cimento quando o betão é vibrado.

    ii) Classe F2

    Este acabamento é o indicado para todas as superfícies expostas para as quais não esteja especificada classe

    de acabamento superior. Os moldes podem ser de tábuas a meia madeira, de contraplacado ou metálicos.

    Para se obter uma superfície com acabamento F2, os moldes devem, de uma maneira geral, ser de madeira

    e de modo a ficarem com as dimensões e alinhamentos requeridos, sem ressaltos e abaulamentos.

    Moldes de chapa fina metálica suportados por moldura não são de aconselhar, sendo a sua utilização sujeita

    a aprovação da fiscalização.

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    iii) Classe F3

    Este acabamento está indicado para as superfícies expostas nas quais a qualidade e o aspecto têm especial

    importância. Para cumprir as exigências deste acabamento é necessário que os moldes sejam muito bem

    construídos, bem acabados e com dimensões exactas, para o que se exige o emprego de tábuas

    perfeitamente desempenadas, com macho e fêmea. O emprego de revestimento a chapa, ou de madeira

    contraplacada ou folheada está sujeito à aprovação da fiscalização. A superfície de betão não poderá

    apresentar saliências, rebarbas ou desvios visíveis. Nas arestas ou cantos das peças de betão, deverão os

    moldes ser perfeitamente rematados e fixados, de modo a ficarem bem estanques e a permitirem

    desmoldagem fácil.

    - Acabamento de superfícies não moldadas

    i) Classe U1

    Este acabamento aplica-se a superfícies que virão a ser cobertas por materiais de enchimento, ou de betão

    e, habitualmente, designa-se por “sarrafado”. A operação de acabamento consiste no desempeno e

    alisamento do betão por meio de uma régua guiada por mestras, de modo a conseguir-se uma superfície

    plana e uniforme. O betão saliente deve ser removido imediatamente depois de ter começado a presa,

    roçando-o com o movimento vai-vem de uma régua ou cércea guiada por tiras de madeira ou de metal

    colocadas previamente para servirem de mestras.

    ii) Classe U2

    Este acabamento é o indicado para todas as superfícies expostas para as quais não esteja especificada classe

    de acabamento superior e, habitualmente, designa-se por acabamento “à talocha”. O alisamento poderá ser

    feito com talocha manual ou mecânica e não deverá iniciar-se antes de se verificar um certo endurecimento

    da superfície do betão e o desaparecimento da película de humidade. A operação de alisamento à talocha

    deve ser apenas a necessária para se obter superfície de compacidade uniforme. Qualquer corte ou

    enchimento necessários deverão ser feitos durante as operações de alisamento.

    iii) Classe U3

    Este acabamento é o indicado para as superfícies expostas nas quais a qualidade e o aspecto têm especialimportância. É um acabamento “liso”, feito à colher ou talocha mecânica. A operação de alisamento não deve

    iniciar-se antes do desaparecimento da película de humidade superficial e de o betão ter endurecido o

    suficiente para se evitar uma camada excessiva de finos e de água na superfície a ser alisada. Enquanto que

    um alisado excessivo e feito cedo demais tende a fendilhar, um excessivo atraso na operação de alisamento

    dificulta as operações.

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    As irregularidades observadas nas superfícies moldadas e não moldadas com as classes de acabamento

    especificadas no número anterior não poderão exceder as tolerâncias do quadro seguinte:

    ESTRUTURA Tipo de Irregularidade

    Tolerância (mm)

    Classes de acabamento

    F1 F2 F3 U1 U2 U3

    Superfícies de betão

    enterradas(fundações, muros de

    suporte, etc.)

    . Afastamento dosalinhamentos definidos nosdesenhos

    +30–10

    -- --+10–10

    -- --

    . Variação das dimensões das

    secções definidas nosdesenhos

    +15

    –5 -- -- -- -- --

    . Irregularidades bruscas+10–10

    -- --+5–5

    -- --

    . Irregularidades suaves (1) +15–15

    -- --+15–15

    -- --

    Superfícies de betãoexpostas

    (parede, pilares, vigas,circuitos hidráulicos,

    etc.)

    . Afastamento dosalinhamentos definidos nosdesenhos

    --+10–10

    +10–10

    --+5–5

    +5–5

    . Variação das dimensões dassecções definidas nosdesenhos

    --+15–5

    +15–5

    -- -- --

    . Irregularidades bruscas --+5–5

    00

    --00

    00

    . Irregularidades suaves(1)  --+10–10

    +5–5

    --+5–5

    +5–5

    c)  Após a retirada dos moldes a correcção de qualquer irregularidade não poderá ser efectuada sem prévia inspecção

    da fiscalização e sua aprovação dos processos de reparação preconizados pelo empreiteiro.

    (1) As irregularidades são medidas com cérceas de 1,5m nas superfícies moldadas e de 3,0m nas superfícies não moldadas.

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    6

    CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E DE PAGAMENTO

    a)  A unidade de medição é o metro quadrado (m²).

    b)  As quantidades serão constituídas pelo somatório das superfícies dos moldes efectivamente em contacto com as

    faces acabadas do betão e medidas nos desenhos do projecto.

    c)  O preço unitário correspondente à unidade de medição engloba todos os encargos relacionados com o fornecimento

    e execução, montagem e desmontagem dos moldes, respectivos suportes e escoramentos, o controle geométrico

    e, de um modo geral, todas as operações necessárias para a completa execução do trabalho.

    d)  O presente critério de medição contempla a medição dos moldes para a construção dos elementos estruturais de

    betão armado que sejam moldados "in-situ".

    e) 

    Os moldes dos elementos pré-fabricados (pré-lajes, pré-vigas, tampas, etc.) não serão objecto de mediçãoadmitindo-se que o respectivo custo está incluído no preço do betão.

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    HOVIONE – R&D EDIFÍCIOS – EXTERIOR WORKS

    Projecto de Execução (PEX) – BETÃO DE LIMPEZAESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ET03.10

    OBJECTIVO

    Dar indicações gerais referentes à execução de uma camada de betão sob fundações ou estruturas enterradas, para

    saneamento do seu local de implantação.

    2

    MATERIAIS E EXECUÇÃO

    a) 

    Utilizar-se-á um betão com a dosagem mínima de 150 kg ou de 200 kg de cimento por metro cúbico em camadas

    de betão de 5 ou 10 cm de acordo com as indicações fornecidas nos desenhos de projecto.

    b)  O trabalho iniciar-se-á pela regularização e compactação do terreno a que se seguirá a aplicação da camada de

    betão depois de terem sido colocadas as marcas ou referências para cumprimento das cotas das fundações ou

    elementos a moldar.

    3

    MEDIÇÕES

    a) 

    O preço unitário Inclui todas as operações necessárias ao fornecimento, eventualmente ao fabrico, e à colocaçãoem obra, bem como ao acabamento exigido para a superfície.

    b) 

    Este trabalho é medido ao m3 e o respectivo volume corresponde ao volume preenchido, determinado

    geometricamente a partir dos desenhos de construção.

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    HOVIONE – R&D EDIFÍCIOS – EXTERIOR WORKS

    Projecto de Execução (PEX) – Betões de Ligantes HidráulicosESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ET03.11

    Índice

    OBJECTIVO ............................................................................................................................................................... 2 

    2

    PRESCRIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................................. 2 

    2.1  REGULAMENTOS, NORMAS E ESPECIFICAÇÕES ................................................................................................................. 2 

    2.2  CARACTERÍSTICAS DO BETÃO A UTILIZAR NA OBRA. ......................................................................................................... 3 

    3 MATERIAIS ............................................................................................................................................................... 4 

    3.1  LIGANTES HIDRÁULICOS .................................................................................................................................................... 4 

    3.2 

    AGREGADOS ...................................................................................................................................................................... 5 

    3.3  ÁGUA ................................................................................................................................................................................. 6 

    3.4  ADJUVANTES ..................................................................................................................................................................... 6 

    3.5  ADIÇÕES ............................................................................................................................................................................ 7 

    4

    EXECUÇÃO DO BETÃO .............................................................................................................................................. 7 

    4.1  COMPOSIÇÃO ..................................................................................................................................................................... 7 

    4.2 

    FABRICO............................................................................................................................................................................. 8 

    4.3  TRANSPORTE, ENTREGA E RECEPÇÃO ............................................................................................................................... 8 

    4.4  BETONAGEM, COMPACTAÇÃO, DESMOLDAGEM E DESCIMBRAMENTO .............................................................................. 9 

    4.5  CURA E PROTECÇÃO ........................................................................................................................................................ 10 

    4.6  TOLERÂNCIAS .................................................................................................................................................................. 11 

    5

    CONTROLO DA QUALIDADE .................................................................................................................................... 11 

    5.1  PRINCÍPIOS GERAIS ......................................................................................................................................................... 11 

    5.2  CONTROLO DAS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS E FÍSICAS DO BETÃO ENDURECIDO ...................... ..................... ........... 11 

    5.3  CONTROLO DAS CARACTERÍSTICAS DE DURABILIDADE ................................................................................................... 12 

    5.4 

    CRITÉRIOS DE CONFORMIDADE E DE DECISÃO................................................................................................................. 12 

    5.5  REGISTO .......................................................................................................................................................................... 13 

    6

    CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E DE PAGAMENTO........................................................................................................... 14 

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    OBJECTIVONo presente capítulo são fixadas as condições técnicas a que devem satisfazer os materiais, o fabrico, o transporte, a

    colocação, a compactação e a cura dos betões de ligantes hidráulicos a utilizar na obra.

    2 PRESCRIÇÕES GERAIS

    2 REGULAMENTOS, NORMAS E ESPECIFICAÇÕES

    Os materiais e a execução dos trabalhos devem obedecer à presente especificação e à regulamentação oficial em vigor,

    nacional ou europeia, nomeadamente:

    •  Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (Decreto-Lei 349-C/83, de 30 de Julho).•  Norma NP EN206-1 (2005) + E1 (2006) + A2 (2006). Betão. Parte 1: Especificação, desempenho, produção e

    conformidade.

    •  Norma NP 1039 (1974). Inertes para argamassas e betões. Determinação da resistência ao esmagamento.

    •  Norma NP 1385 (1976). Betões. Determinação da composição do betão fresco.

    •  Normas NP EN196-1 a -3, NP ENV196-4, NP EN196-5 a -9 e EN196-10. Métodos de ensaio de cimentos. Partes 1 a 10.

    •  Norma NP EN197-1 (2001) + A1 (2005). Cimento. Parte 1: Composição, especificações e critérios de conformidadepara cimentos correntes.

    •  Norma NP EN197-2 (2001). Cimento. Parte 2: Avaliação da conformidade.•  Norma NP EN197-4 (2006). Cimento. Parte 4: Composição, especificações e critérios de conformidade para cimentos

    de alto-forno de baixas resistências iniciais.

    •  Norma NP EN450-1 (2006). Cinzas volantes para betão. Parte 1: Definição, especificações e critérios de conformidade.

    •  Norma NP EN450-2 (2006). Cinzas volantes para betão. Parte 2: Avaliação da conformidade.

    •  Normas EN480-1 a -6, NP EN480-8 e -10, EN480-11 e -12, NP EN480-13 e EN480-14. Adjuvantes para betão,argamassa e caldas de injecção. Métodos de ensaio. Partes 1 a 6, 8 e 10 a 14.

    •  Normas NP EN933-1 a -5, EN933-6 e NP EN933-7 a -10. Ensaios de propriedades geométricas dos agregados. Partes1 a 10.

    •  Norma NP EN934-2 (2003). Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção. Parte 2: Adjuvantes para betão.Definições, requisitos, conformidade, marcação e rotulagem.

    •  Norma NP EN934-3 (2006). Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção. Parte 3: Adjuvantes para argamassade alvenaria. Definições, requisitos, conformidade, marcação e rotulagem.

    •  Norma NP EN934-6 (2003). Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injecção. Parte 6: Amostragem, controlo daconformidade e avaliação da conformidade.

    •  Norma NP EN1008 (2003). Água de amassadura para betão. Especificações para a amostragem, ensaio e avaliação daaptidão da água, incluindo água recuperada nos processos da indústria de betão, para o fabrico de betão.

    •  Normas NP EN1097-1 a -9 e EN1097-10. Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados. Partes 1 a 10.

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    •  Normas NP EN1367-1 a -5. Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados

    •  Norma NP 1385 (1976). Betões. Determinação da composição do betão fresco.

    •  NP EN1744-1, -3 e EN1744-4, -5 e -6. Ensaios das propriedades químicas dos agregados. Partes 1 e 3 a 6.•  Norma NP 4220 (1993). Pozolanas para betão. Definições, especificações e verificação da conformidade.

    •  Normas NP EN12350-1 a -7 (2002). Ensaios do betão fresco. Partes 1 a 7.

    •  Normas NP EN12390-1 a -8 (2003). Ensaios do betão endurecido. Partes 1 a 8.

    •  Norma NP EN12504-1 (2003). Ensaios do betão nas estruturas. Parte 1: Carotes –  Extracção, exame e ensaio àcompressão.

    •  Norma NP EN12504-2 (2003). Ensaios do betão nas estruturas. Parte 2: Ensaio não-destrutivo – Determinação do índiceesclerométrico.

    •  Norma NP EN12620 (2004). Agregados para betão•  Norma NP EN13055-1 (2005). Agregados leves. Parte 1: Agregados leves para betão, argamassas e caldas de injecção.

    •  NP EN13263-1 (2007). Sílica de fumo para betão. Parte 1: Definições, requisitos e critérios de conformidade.

    •  NP EN13263-2 (2007). Sílica de fumo para betão. Parte 2: Avaliação da conformidade.

    •  Norma NP ENV13670-1 (2005) + E1 (2006). Execução de estruturas em betão. Parte 1: Regras gerais.

    •  Norma NP EN14216 (2005). Cimento. Composição, especificações e critérios de conformidade para cimentos especiaisde muito baixo calor de hidratação.

    •  Norma EN 15167-1 (2006). Ground granulated blast furnace slag for use in concrete, mortar and grout - Part 1:

    Definitions, specifications and conformity criteria.

    •  Norma EN 15167-2 (2006). Ground granulated blast furnace slag for use in concrete, mortar and grout - Part 2:Conformity evaluation.

    •  Especificação L.N.E.C. E 375 (1993). Escória granulada de alto-forno moída para argamassas e betões. Característicase verificação da conformidade.

    •  Especificação L.N.E.C. E461 (2007). Betões. Metodologias para Prevenir Reacções Expansivas internas.

    •  Especificação L.N.E.C. E464 (2007). Betões. Metodologia prescritiva para uma vida útil de projecto de 50 e de 100 anosface às acções ambientais.

    •  Especificação L.N.E.C. E465 (2007). Betões. Metodologia para estimar as propriedades de desempenho do betão quepermitem satisfazer a vida útil de projecto de estruturas de betão armado ou pré-esforçado sob exposições ambientais XC e XS.

    e subsequentes aditamentos, alterações ou revisões.

    2 2  CARACTERÍSTICAS DO BETÃO A UTILIZAR NA OBRA.

    a.  Os betões a utilizar na obra deverão ser produzidos de acordo com a norma NP EN206-1 e respectivo Documento

    Nacional de Aplicação, as especificações L.N.E.C. E464 e E465 e serem das classes de resistência e de exposição

    ambiental definidas no projecto.

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    b.  A sua recepção, colocação, compactação, cura e desmoldagem deverão seguir as prescrições do Regulamento de

    Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado e da norma NP ENV13670-1.

    c.  No caso de se vir a utilizar em obra “betão branco”, continuam a ser aplicáveis todos os aspectos normativos comuns

    ao betão dito “normal”, competindo ao empreiteiro a apresentação de um estudo específico e fundamentado

    relativamente à composição do betão com essas características específicas, o qual deverá conter todos os elementos e

    documentação técnica necessária à sua aprovação pela fiscalização. Competirá também ao empreiteiro complementar

    o referido estudo de composição com as especificações técnicas julgadas necessárias para o correcto manuseamento,

    aplicação em obra e cura desse tipo de betão.

    3

    MATERIAIS

    3 LIGANTES HIDRÁULICOSa.  Os ligantes hidráulicos serão exclusivamente cimentos, ou misturas de cimentos e adições, e o seu tipo e características

    geométricas, físicas e químicas, p. ex. composição, finura, resistência mecânica, devem ser seleccionados tendo em

    conta os critérios gerais expostos na cláusula 5.2.2 da norma NP EN206-1.

    b.  Por força do artigo 2º do Decreto-lei n.º 205/86, de 26 de Junho, devem ser exclusivamente utilizados nas obras, salvo

    justificação especial devidamente fundamentada, cimentos que disponham da Marca Nacional de Conformidade com as

    Normas, conferida pela Direcção Geral de Qualidade.

    As normas portuguesas que regulam as propriedades e as características de qualidade dos cimentos correntes, dos

    cimentos correntes de baixo calor de hidratação, dos cimentos de alto-forno de baixas resistências iniciais e doscimentos especiais de muito baixo calor de hidratação e as condições do seu fornecimento e recepção são as normas

    NP EN197-1, NP EN197-2, NP EN197-4 e NP EN14216, sendo os métodos de ensaio para verificação daquelas

    propriedades os que são referidos no conjunto de normas NP EN196.

    c.  A escolha dos tipos dos cimentos deverá ser feita contemplando a especificação L.N.E.C. E464, tendo em atenção as

    características de resistência dos betões especificados no projecto e as exigências de durabilidade considerando as

    classes de exposição ambiental.

    Salvo especificação em contrário do projecto, ou de proposta do empreiteiro aprovada pela fiscalização, o cimento a

    utilizar nos betões das estruturas será da classe de resistência 42,5 e dos seguintes tipos:•  Estruturas expostas à acção do dióxido de carbono e à acção do gelo/degelo: tipo CEM I (cimento Portland).

    •  Estruturas expostas à acção dos cloretos e a ataque químico: tipo CEM IV/A (cimento pozolânico).

    d.  O empreiteiro apresentará para aprovação da fiscalização o tipo de cimento que se propõe utilizar, o respectivo fornecedor

    e os resultados do auto-controlo deste, relativos aos 6 meses anteriores à data do fabrico do betão.

    e.  O cimento deverá ser fornecido em quantidades que assegurem a continuidade dos trabalhos e períodos de

    armazenamento aceitáveis.

    f.  Quando a recepção é feita a granel, o cimento deverá ser colocado em silos metálicos protegidos da humidade e

    exteriormente pintados com cor clara.

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    Caso a recepção seja feita em sacos, o cimento poderá ser colocado em silos, nas condições descritas anteriormente,

    ou ser mantido em sacos que devem ficar armazenados até à sua utilização em armazém apropriado, devidamente

    fechado e coberto, devendo os sacos ser empilhados sobre um estrado que evite o seu contacto com o solo e assim

    ficarem protegidos da humidade.

    As condições de recepção e armazenamento dos cimentos na obra devem satisfazer a cláusula 9.6.2.1 da norma NP

    EN206-1 e serem aprovadas pela fiscalização.

    g.  Na aplicação, o cimento deverá apresentar-se sem vestígios de humidade e isento de grânulos.

    h.  O controlo de qualidade do cimento seguirá o estabelecido na cláusula 9.9 da norma NP EN206-1.

    3 2  AGREGADOS

    a.  Os tipos de agregados (inertes), a sua granulometria e as suas características geométricas, físicas e químicas, p. ex.

    achatamento, resistência ao gelo/degelo, resistência à abrasão, teor de finos, devem ser seleccionados tendo em conta

    os critérios gerais expostos na cláusula 5.2.3 da norma NP EN206-1.

    b.  A escolha dos agregados constitui atribuição do empreiteiro que deverá proceder à comprovação das características

    físicas e químicas com a execução dos ensaios preconizados na seguinte regulamentação oficial, a submeter à

    aprovação da fiscalização:

    i.  As propriedades dos agregados e os requisitos a satisfazer são os constantes das normas NP EN12620 e NP

    EN13055-1, sendo os métodos de ensaio para verificação daquelas propriedades os que são referidos, quando

    aplicáveis, na norma NP 1039 e nos conjuntos de normas NP EN933, NP EN1097, NP EN1367 e NP EN1744.

    ii. 

    O armazenamento dos agregados deverá satisfazer a cláusula 9.6.2.1 da norma NP EN206-1.iii.  O controlo de qualidade dos agregados seguirá o estabelecido na cláusula 9.9 da norma NP EN206-1.

    c.  O empreiteiro apresentará para aprovação da fiscalização o plano de ensaios dos inertes que se propõe realizar, com a

    justificação de eventuais pedidos de dispensa de alguns ensaios referidos na alínea b. do ponto 3.2.

    d.  O empreiteiro apresentará para aprovação da fiscalização o plano de obtenção dos inertes, com a indicação da

    proveniência, e a descrição dos processos de lavagem, selecção, transporte e armazenagem, por forma a garantir a

    produção e do fornecimento com constância das propriedades exigidas e nas quantidades requeridas.

    O uso de agregados recuperados poderá ser permitido se provierem da água de lavagem ou do betão fresco e forem

    respeitadas as disposições da cláusula 5.2.3.3 da norma NP EN206-1.e.  Os agregados deverão apresentar resistência mecânica, forma e composição química adequada para o fabrico do betão

    ou argamassa a que se destinam. É igualmente exigido que não apresentem, em quantidade prejudicial, películas de

    argila ou qualquer outro revestimento que prejudique a ligação ao cimento, partículas moles, fiáveis, ou demasiado finas,

    matéria orgânica e outras impurezas.

    f.  Os elementos individuais do agregado grosso devem ser de preferência isométricos, não devendo a porção de partículas

    chatas (espessura/largura < 0,5) ou alongadas (comprimento/largura > 1,5) exceder 20% do peso total.

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    3 5  ADIÇÕES

    a.  As adições, que têm como objectivo reduzir a porosidade e permeabilidade, não devem conter constituintes prejudiciais

    em quantidades tais que possam afectar a durabilidade do betão ou provocar a corrosão das armaduras.

    b.  No fabrico do betão o empreiteiro só poderá efectuar adições com autorização da fiscalização, nos termos da

    regulamentação oficial seguinte:

    i.  As adições consideradas na regulamentação nacional em vigor são cinzas volantes (NPEN450-1 e NP EN450-2),

    pozolanas (NP 4220), escória granulada de alto forno moída (LNEC E 375), filer calcáreo (NP EN12620) e sílica de

    fumo (NP EN13263-1 e NP EN13262-2).

    ii.  As adições deverão satisfazer as exigências da cláusula 5.2.5 da norma NP EN206-1

    iii.  O transporte e armazenamento das adições devem satisfazer a cláusula 9.6.2.1 da norma NP EN206-1.

    iv.  O controlo de qualidade das adições seguirá o estabelecido na cláusula 9.9 da norma NP EN206-1.

    c.  Só será permitida a utilização de adições que se encontrem incluídas na composição do betão aprovado pela fiscalização.

    4

    EXECUÇÃO DO BETÃO

    4

    COMPOSIÇÃO

    a.  A composição do betão, isto é, as dosagens de cimento, de agregados e de água (e das adições e adjuvantes quando

    utilizados) deve ser seleccionada pelo empreiteiro de maneira a satisfazer os critérios de comportamento para o betão

    fresco e para o betão endurecido, incluindo a consistência, densidade, resistência, durabilidade e protecção das

    armaduras contra a corrosão. A composição do betão deve permitir obter uma trabalhabilidade compatível com o métodode construção a utilizar.

    A composição deve ser estudada de modo a minimizar a possibilidade de segregação e exsudação do betão fresco.

    b.  O estudo da composição do betão deve permitir satisfazer os requisitos básicos indicados nas cláusulas 4, 5.3 e 6 da

    norma NP EN206-1.

    Se outra disposição em contrário não estiver definida no projecto, os requisitos de durabilidade do betão e das armaduras

    deverão, em geral, ser satisfeitos de acordo com as disposições da especificação L.N.E.C. E464.

    Em casos especiais devidamente estabelecidos no projecto (ataque químico ou corrosão, acção do gelo/degelo, vida

    útil significativamente diferente de 50 anos, ou outros) poderá ser necessário definir a composição por métodosespecificamente orientados para a durabilidade.

    Nestes casos deverão ser seguidas as disposições da especificação L.N.E.C. E465 e as recomendações do Anexo J da

    norma NP EN206-1.

    c.  O empreiteiro obriga-se a mandar efectuar, em laboratório aprovado pela fiscalização, os ensaios necessários ao estudo

    das características e composição dos betões, e entregará à fiscalização amostras dos inertes utilizados para esta poder

    comprovar a manutenção das suas características.

    Estes ensaios deverão caracterizar objectivamente as classes de consistência requeridas para a obra e os valores médios

    para as resistências mecânicas nas idades de 3, 7, 14 e 28 dias e respectivos desvios padrão expectáveis aos 28 dias.

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    d.  O empreiteiro obriga-se a encarregar o laboratório antes referido a controlar o seu fabrico, t