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Vem chegando o Verão

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A Clínica Pró-Vida, a Ortomed e a

Farmácia Maria Rocha promoveram, de

19 a 22 de novembro, a já tradicional Se-

mana da Caminhada, em Tubarão, com

o apoio do curso de Educação Física da

Unisul e da Rádio Cidade. Os adeptos da

boa forma se reuniram, em frente à clíni-

ca, onde receberam orientações médicas

sobre a massa corporal, a pressão arterial

e o bom condicionamento físico. Em

seguida, caminharam em grupo - ven-

cendo o percurso de aproximadamente

três quilômetros até o final da Avenida

Marcolino Martins Cabral. O objetivo

da caminhada, que este ano repetiu o

sucesso dos anos anteriores, é chamar a

atenção para a importância de se adquirir

hábitos saudáveis, na preservação da boa

forma física e prevenção de doenças

cardiovasculares.

Viver Melhor é uma publicação Trimestral de responsabilidade da Clínica ProvidaDr. Jaime César Souza - Diretoria Executiva / Dr. Nei E. Fava - Diretoria Executiva / Dr. Varne Viana - Diretoria Executiva / Fábio Vandresen - GerenteRedação: Germana Telles - Jornalista / e-mail: [email protected] visual: Adriano Fernandes da Silva - Designer Gráfico - e-mail: [email protected]

Avenida Marcolino Martins Cabral, nº 2075, Centro - Tubarão - Santa Catarina.

Telefone: (48) 3631-1500

www.clicprovida.com.br

C r ô n i c a

No centro cirúrgico

Um senhor bem idoso passaria por uma cirurgia de hérnia. Transcorria o inverno, um dos mais frios dos últimos tempos.

Deitado em uma maca, no corredor do centro cirúrgico, que não é climatizado, o paciente tremia como vara verde. “Tragam um cobertor”, alguém gritou. E alguns minutos depois: “Mais um cobertor para este paciente!”.

Foi quando chegou o anestesista que havia avaliado o septuagenário na Clínica de Anestesiologia. “Pára, pára”, ele gritou. “O paciente tem parkinsonismo”. Parkin-sonismo é a enfermidade que acometeu o Papa João Paulo II, que provoca tremores involuntários em um dos membros supe-riores. Nessas alturas, o paciente já suava “em bicas”.

Também no corredor, em outra ocasião, estava uma paciente esperando a sua vez para ser operada de varizes. Passamos por ela e perguntamos para uma enfermeira: “Esta é a safena”? (que é como chama-mos, na linguagem coloquial, a cirurgia de varizes). Um pouco aflita, a paciente prontamente respondeu: “Não senhor, doutor, eu sou a Madalena”.

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E v e n t o

Semana da Caminhada

Dr. José WarmuthAnestesista

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Mesmo com a

elevada umidade

e as temperaturas

beirando o limi-

te do suportável,

brasileiro que é

brasileiro mesmo não resiste ao convite desta

época do ano: verão é tempo de sair de casa

e aproveitar o dia ensolarado.

Além de ser um bom programa - caso os

cuidados necessários sejam seguidos - tomar

sol é um santo remédio para os ossos, já que

estimula a produção de vitamina D.

No entanto, mesmo quem só vê a luz do

sol nos dias de folga não pode esquecer de

se prevenir. O importante é não abusar do

tempo de exposição. Isso pode transformar

o melhor dos passeios em um verdadeiro

inferno, devido às queimaduras na pele.

Não dispense o protetor solar nem

mesmo na sombra e use o guarda-sol nas

horas mais quentes do dia. As japonesas não

fazem isso por acaso: isso realmente previne

o problema. Além do sol em excesso, existe

uma série de pequenos pecados que as pes-

soas cometem na estação do calor.

Sanduíches e frutos do mar sem as

devidas condições de higiene, entre outros

alimentos, são consumidos em maiores

quantidades, resultando não somente nos

quilos extras, mas também em uma possível

intoxicação alimentar.

Trocar o cardápio pesado por frutas

e verduras é uma boa alternativa e tam-

bém ajuda a manter o peso. Vale lembrar

ainda que o corpo perde muito líquido no

verão. Para manter a temperatura corporal

agradável, a água - mais do que os onipre-

sentes suquinhos - não pode ser esqueci-

da. Ela é um dos únicos produtos que

podem ser consumidos

em abundância, sem

problemas. Confira

a seguir, em nossa

edição especial de ve-

rão, mais dicas para

você aproveitar 100%

a nova estação.

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Dicas de cuidadospara o verão

Desidratação: Tenha cuidado redobrado com as crianças, pois elas são mais sensíveis à perda de líqui-dos e sais, bem como aos efeitos maléficos do consumo de alimentos não-indicados, po-dendo ser vítimas mais fáceis de desidratação e intoxicação.

Insolação: É causada pela exposição excessiva ao sol sem proteção e pode provocar falta de ar, dor de cabeça, náuseas, tontura, pele avermelha-da e até a perda da consciência. A solução é permanecer em locais bem arejados e com sombra, além de usar roupas de tecidos leves. O protetor solar também não deve ser dispensado.

Pés: As micoses surgem devido à umidade da pele, favorecendo a proliferação de fungos no local. Seus causadores estão presentes em piscinas públicas mas também em praias muito movi-mentadas. Para evitar tais problemas, procure não andar descalço em clubes e piscinas, além de não permanecer com roupas de banho molhadas por muito tempo. Caso adquira a doença, não passe remédios caseiros nem faça automedicação. Procure um dermatologista, pois a micose pode ser confundida com outras doenças mais graves.

Olhos: Surtos da doença são comuns nesta época e, com a poluição intensificada, os cuidados precisam ser redobrados. O ressecamento da mucosa dos olhos, além da ardência, favorece o alojamento de vírus e bactérias transmissores da conjuntivite. O contágio ocorre de maneira rápida, logo, procure não compartilhar toalhas de banho e rosto. Ao perceber sintomas como coceira, vermelhidão, sensibilidade à luz e inchaço nas pálpebras, consulte um médico.

Viva o verão100% melhor

N o v a e s t a ç ã o

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Sul catarinenseonde o verão fervilha

Com seus 561 km de costa, Santa Cata-rina tem um litoral entrecortado, cheio de enseadas, costões e muitas praias.

Além das praias de Florianópolis, várias outras são imperdíveis, principalmente as que estão no sul do Estado, como: Garo-paba, Laguna e Imbituba, dando um show de cenário e opções de lazer.

Conhecida nacionalmente por seu porto, Imbituba também ficou célebre pela Praia do Rosa e ganhou fama por receber as

T u r i s m o e l a z e r

baleias-francas, que vêm parir e amamentar os filhotes em suas águas.

As praias da Vila, do Rosa, da Barra, de Ibiraquera e do Porto, são de beleza in-confundível. A Praia de Itapirubá também ganhou fama por suas características de pre-servação ecológica. A Lagoa de Ibiraquera é um dos mais belos cenários da região e é famosa pela pesca do camarão.

LagunaLaguna possui uma composição

paisagística formada por lagoas, rios na-

vegáveis, praias de surfe, mergulho, pesca

com auxílio dos botos, costões e cabos,

enigmas (como a pedra do Frade), o Farol

de Santa Marta (objeto de importância

para a orientação da navegação maríti-

ma e aérea) que confirmam as belezas e

peculiaridades dessa terra.

Além disso, Laguna faz parte da

história - por meio do Tratado de Tor-

desilhas e da lagunense heroína Anita

Garibaldi. Outro destaque do local na

história do Brasil, foi o papel que repre-

sentou na povoação das terras que ficam

ao sul, aumentando os limites da colônia

portuguesa.

Laguna possui aproximadamente

12 praias, todas com características

muito particulares e especiais. São elas:

Mar Grosso (a de maior movimento e

extensão), Tereza, Gravatá (tranqüila,

beleza agreste e boa para surfar), Itapi-

rubá (recantos e belezas naturais), Farol

(point dos surfistas), Iró, Galheta, Ilhota,

Cigana, Manelone, Ipuã, Siri, Gí.

História viva

GaropabaAtualmente, sem perder suas características de vila de pescadores, Garopaba oferece novas

opções de lazer e vem se transformando em um dos principais pólos turísticos do Estado de Santa Catarina e do país. Garopaba possui nove praias com areias claras e limpas que vão de mar manso às praias reconhecidas internacionalmente para a prática do surfe. Par-tindo do norte ao sul, em seqüência, são elas: Gamboa, Siriú, Garopaba, Preguiça, Silveira, Ferrugem, Barra, Ouvidor e Vermelha.

Localização: Garopaba está a 100 Km de Florianópolis, Imbituba está a 87 Km, Laguna a 120 Km.Acesso: De carro ou ônibus, o principal acesso é feito pela BR-101.

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Enquanto os ponteiros atrelados ao pulso

aceleram uma hora, durante o horário especial

de verão, os antenados de plantão aproveitam

para acertar o ritmo do relógio no peito. Os dias

mais claros do ano devem ser encarados como

excelente oportunidade de colocar a saúde em

dia. É o que sugere o cardiologista da Pró-Vida,

Dr. Vitor Celso Domingues.

“O horário mais longo permite caminha-

das bem mais agradáveis, para aqueles que

saem do trabalho no fim da tarde e podem

se exercitar ainda sob a luz do dia”, diz.

Para ele, o ideal é que se use pelo menos

45 minutos diários para manter o corpo em

forma. “É importante tornar um hábito, e

não há melhor momento do que o verão para

começar. No inverno as pessoas abusam da

alimentação, usam o frio como desculpa

para fugir dos exercícios e acabam negli-

genciando a saúde”, afirma.

De acordo com Dr. Vitor, talvez por isso

a estação traga maior incidência de infartos.

“O verão é uma estação mais saudável, em

muitos sentidos”, acrescenta. No entanto,

ele alerta aos festeiros de plantão para que

não abusem nas comemorações de fim de

ano e deixem de lado o excesso com bebidas

alcoólicas, noites intermináveis e - princi-

palmente - a companhia do cigarro.

Antes de sair numa possível viagem de

férias, ele dá um conselho: faça um check

-up. Em geral, ninguém pensa que prevenir é

mais barato do que tratar. “Aqueles que têm

casos na família - ou que estão entre os que

apresentam outros fatores de risco - devem

começar os check ups mais cedo, com 30

anos”, alerta Dr. Vitor.

Fatores de risco

Também são considerados fatores de

risco, o diabetes, a hipertensão arterial, dis-

túrbios na taxa de colesterol e triglicerídeos,

o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo

e o estresse. “As pessoas que se encaixam

nesse perfil têm 35% a mais de chances de

ter um infarto, entre os 40 e os 50 anos - em

idades bem produtivas - abreviando a vida

ou se tornando inativas bem mais cedo”,

completa.

Para as outras pessoas, os exames devem

ser anuais a partir dos 40 anos, mesmo que

pratiquem esportes e sejam aparentemente

saudáveis. Às vezes, segundo o cardiologista,

o coração funcionalmente está “novo”, mas

não agüenta um esforço em demasia. Além

dos exames é bom tomar outros cuidados,

como evitar comidas salgadas, manter o

peso em torno da normalidade, não fumar,

fazer exercícios físicos, aprender a fazer

relaxamento, meditação ou outro método de

controle mental. A freqüência de consultas

médicas é fundamental. É necessário o acom-

panhamento regular, mesmo que os sintomas

não estejam se manifestando. Cuide-se, e

aproveite bem a vida.

É tempo de acertar o

S e u c o r a ç ã o

relógio no peito Dr. Vitor Celso Domingues

Cardiologista

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Alimento Diet e Light: Qual a Diferença?

Verão batendo à porta, tempo de exibir corpos sarados e aproveitar tudo de bom que a estação mais quente do ano oferece. Você decide cuidar da dieta, faz sua sagrada listi-nha e parte para o supermercado, pronto (a) para revolucionar os seus hábitos. Ao chegar à salvadora prateleira, esbarra em rótulos de produtos diet e light. É nesse momento que o bicho pega. Afinal, qual a diferença entre um e outro e quais os benefícios que cada produto pode trazer à sua saúde?

O fato do produto ser diet ou light não significa estar totalmente isento de calorias e, conseqüentemente, ser consumido sem restrições. “Os produtos diet são isentos de algum nutriente, geralmente açúcar. Nesse caso, pessoas diabéticas podem consumir. Porém, é importante observar, pois mesmo

sendo diet, podem con-ter calorias e gorduras. O chocolate diet, por exemplo, não contém açúcar, no entanto é rico em gorduras”, explica a nutricionista Tatiana Coan, da Pró-Vida.

“Refrigerantes diet, por exemplo – pros-segue a nutricionista

– não contêm açúcar nem calorias. No entanto, são ricos em conservantes, adoçantes e coran-tes, o que em excesso não é nem um pouco saudável”, diz.

Segundo ela, é importante ler o rótulo desses alimentos e consumir com moderação, verificando a composição nutricional com-pleta. Quanto aos alimentos light, ela também simplifica e mostra como reconhecê-los.

“Quando um produto tiver redução ex-pressiva de pelo menos um dos ingredientes encontrados na fórmula original (gordura, por exemplo), poderá ser considerado light. Estes produtos possuem, portanto, menos calorias do que os convencionais”, avisa.

Atenção aos rótulos dos produtos

Os próprios fabricantes induzem as pessoas ao erro ao estamparem nos rótulos as palavras diet e light. Esses produtos são, realmente, bons aliados em dietas, mas não podem ser consumidos em excesso e sem orientação adequada. Quem consome estes produtos está, de certa forma reduzindo ca-lorias. “Porém, é importante cuidar para não exagerar, não comprometendo o valor calórico total da dieta habitual”, ressalta.

D i e t a s

Tatiana CoanNutricionista

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Pegue leve comsua saúde

Para ficar em forma e com saúde no verão, priorize os cuidados com a ali-mentação. “Um dos segredos é o pla-nejamento”, afirma a nutricionista Tatiana Coan. Por isso, selecionamos algumas dicas de alimentação saudável para você adotar na estação do calor e fora dela.

Confira: Consuma 1,5 – 2 litros de água ao

dia (alternar com sucos de frutas, chás gelados e água de coco);

Faça pequenas refeições com horários regulares (3 em 3 horas);

Inclua na alimentação alimentos integrais (arroz integral, pães, cereais, macarrão, farinhas e farelos integrais, e outros);

Aumente o consumo de frutas cítricas (abacaxi, kiwi, morango, entre outras);

Dê preferência às preparações casei-ras. Fique longe dos industrializados;

Coma alimentos grelhados e de fácil digestão;

Dê preferência para as carnes brancas e sem gorduras;

Inclua na alimentação alimentos funcionais ( soja, azeite de oliva, yakult, oleaginosas e cereais integrais);

Evite o consumo de açúcar e frituras;

Coma saladas com vários tipos de folhas, legumes crus e queijos brancos.

Cuidado ao comer fora, preste atenção às condições de higiene e conservação dos alimentos no local.

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Ultrassomtecnologia a serviço da saúde

Cláudio Búrigo de Carvalho Filho

Médico especialista em diagnóstico e imagem

Um mundo inacessível e misterioso. Assim era o útero até meados dos anos 50, quando o obstetra escocês Ian Donald desenvolveu um método de diagnóstico inspirado no sonar, aque-le aparelho utilizado por navios para explorar o oceano. Nascia assim o ultrassom.

De lá para cá, a tecnologia que permite visualizar o bebê na barriga da mãe avançou tanto nos últimos anos que hoje é possível assistir a um bocejo ou flagrar um piscar de olhos com nitidez comparável à da imagem de cinema. No Brasil, 50.000 grávidas fizeram uso dessa tecnologia no ano passado.

Sabendo da extrema importância do

exame, tanto para as grávidas, quanto em diferentes áreas médicas – como exames do fígado, vesículas, rins, pâncreas, baço, vasos abdominais, exames de mamas, tireóide e próstata – a Pró-Vida acaba de adquirir mais três novos equipamentos de última geração, que em breve serão usados para que médicos e pacientes tenham diagnósticos cada vez mais precisos.

Entre as novas aquisições, está o ultras-som 4D que gera imagens em tempo real, que além de obter todos os benefícios do 3D, detecta também os movimentos respiratórios e corporais do bebê.

Com o avanço da tecnologia o ultrassom é capaz de fornecer informações que poderiam não ser notadas, além de detectar o tamanho do cordão umbilical, indicar melhor a posição do feto, parede abdominal, identificar se bebês gê-meos estão na mesma placenta ou não, detectar com muito mais precisão o sexo do bebê e é capaz de produzir imagens quase fotográficas do rosto e do corpo do bebê, aumentando o vínculo com os pais.

O ultrassom tridimensional vem se tor-nando essencial para o controle médico e principalmente para a tranqüilidade dos pais. O tempo médio do exame é de 40 a 60 minutos.

“São realmente aparelhos de última gera-ção e altíssima tecnologia, que irão facilitar

Exame permite diagnóstico precocebastante o diagnóstico. A percepção é bem melhor, porque conseguimos acompanhar os movimentos da criança em tempo real”, afirma Dr. Cláudio Búrigo de Carvalho Filho, especialista em diagnóstico e imagem. “Além disso, temos como definir melhor os casos de lesões uterinas, por exemplo, para melhor programação cirúrgi-ca”, completa.

I n o v a ç ã o

Os três exames obrigatórios no pré-natalpodem ser realizados com a tecnologia 4D.

Ultrassom TransvaginalComo é o exame: um transdutor é inserido 3 centímetros para dentro do canal vaginal com o objetivo de captar imagens do embrião

O que ele informa: O tempo da gravidez O número de bebês em gestação Se a gravidez está sendo desenvolvida

no útero

Quando deve ser realizado:até a 14ª semana de gestação

Translucência NucalComo é o exame: com um aparelho de ultrassom, por meio intravaginal ou apoiado na barriga, me-de-se a espessura da nuca do feto e observa-se a existência do osso do nariz

O que ele informa: Os riscos de o feto ter Síndrome de Down

e de apresentar más-formações cardíacas

Quando deve ser realizado:entre a 11ª e a 14ª semanas de gestação

Ultrassom MorfológicoComo é o exame: o aparelho de ultrassomcolocado sobre a barriga captura imagens detalhadas da estrutura do bebê

O que ele informa: Se o crânio está fechado Se o peso e a biometria estão na média

para aquele tempo de gravidez Descarta 90% das doenças de

má-formação congênita

Quando deve ser realizado:entre a 21ª e a 24ª semanas de gestação.

Em dia com o pré-natal

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Na sala de aula ele é o “pestinha”: ar-

ranca os brinquedos dos colegas, anda de

um lado para o outro, não fica mais de dois

minutos sentado no mesmo lugar. Nunca

termina as tarefas solicitadas e sai da sala

várias vezes sem pedir licença. Em algumas

ocasiões, chega a ser agressivo. Esse com-

portamento, geralmente confundido com in-

disciplina, é característico de um distúrbio de

atenção que atinge cerca de 5% das crianças

e adolescentes de todo o mundo: a hiperati-

vidade. Conhecer os sintomas e aprender a

lidar com esse problema é fundamental para

ajudar a criança (ou o adolescente) a reen-

contrar o caminho e seguir para a vida adulta

sem encarar problemas maiores. Afinal, a

demora em diagnosticar o caso pode trazer

conseqüências sérias para o desenvolvimento

do paciente.

“O Transtorno de Déficit de Atenção e

Hiperatividade (TDAH) envolve três grupos

básicos de sintomas: desatenção, hiperatividade

e impulsividade, podendo haver predomínio

- dependendo do caso - de um ou de outro gru-

po”, explica o Dr. Leonardo Salvador Gaspar,

psiquiatra infantil da clínica Pró-Vida.

Tratamento precoce traz melhor resultado

Segundo Dr. Leonardo, o TDAH é um

transtorno psiquiátrico mais comum em

crianças e adolescentes, encaminhados

para serviços especializados. Acomete

de 3 a 6% das crianças em idade esco-

lar e persiste na vida adulta, em mais da

metade dos casos.

“Geralmente, o quadro é acompanhado

de problemas de comportamento (mentiras,

furtos, oposição, desafio e agressividade),

ansiedade e depressão”, prossegue.

Ainda de acordo com Dr. Leonardo, os

adolescentes com TDAH (com associação

aos problemas de comportamento) parecem

ter risco maior de abuso ou dependência de

drogas.

“O tratamento do transtorno deve ser

precoce e geralmente exige intervenções múl-

tiplas: abordagem psicoterápica, intervenção

psicopedagógica, uso de medicação, orienta-

ção dos pais e professores. É imprescindível

a avaliação do funcionamento familiar e da

criança nesse contexto”, orienta.

E o

Dr. Leonardo faz ainda mais um alerta. “A difi-

culdade dos adultos em reconhecer o TDAH e a

negligência do tratamento adequado para essas

crianças (adolescentes) podem ter um desfecho

catastrófico, quase sempre

marcado pela constante

sensação de fracasso

vivenciada pelos pa-

cientes”.

P s i q u i a t r i a I n f a n t i l

Hiperatividade: ajudando a superar

o problema

Leonardo Salvador Gaspar

Psiquiatra

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Nos últimos dias de 1980, o jovem Mar-

celo Rubens Paiva saiu para um passeio na

cachoeira, com amigos, no interior de São

Paulo. A idéia era festejar o ano que termi-

nava e dar as boas vindas ao novo ano. Em

meio às brincadeiras, Marcelo resolveu testar

suas habilidades e deu um mergulho, após

um salto triplo - chamando a atenção dos

amigos, que não o viam voltar à superfície.

O mergulho, que seria mais um motivo de

comemoração, deixou Marcelo tetraplégico

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Tecnologia e profissionalismo

na reabilitação

Ó r t e s e s e p r ó t e s e s

Esses dois atributos são levados em consi-

deração pelos profissionais do ramo ortopédico

ao recomendar uma prótese (que geralmente

têm a função diferente das órteses, como ca-

deiras de roda, por exemplo, e substituem um

membro amputado) a seus pacientes. Para o

protesista e ortesista da Ortomed, em Tubarão,

Denys Leiria, o aspecto psicológico é a maior

barreira a ser rompida por alguém que necessita

de uma prótese. Para tanto, ele recomenda que

Avanços diminuemsofrimento

Avanços diminuem sofrimento Os

avanços da ciência têm possibilitado

que esse sofrimento seja minimizado.

Pesquisas que usam materiais mo-

dernos, como pernas mecânicas com

sensores de força e movidas a eletrici-

dade, surgem ao lado de materiais que

simulam perfeitamente a pele humana,

incluindo texturas e tonalidades. “Inde-

pendente desses aspectos, é importante

que o trabalho para a implantação da

primeira prótese seja feito da maneira

certa”, esclarece Denys Leiria, lem-

brando que o processo de fabricação

deve ser individualizado, respeitando

as possibilidades do corpo de cada

um. Para maiores informações, con-

sulte a Ortomed, pelo telefone: (48)

3628-4507.

a pessoa seja acompanhada por uma equipe

multidisciplinar - composta por fisioterapeuta,

um especialista em medicina vascular, um

ortopedista e um psicólogo.

“A prótese, a princípio, incomoda. E os

pontos de apoio chegam a causar dor e cale-

jam o corpo. A insistência é fundamental para

se retomar a rotina”, explica a fisioterapeuta

Caroline Mazon Cardoso, também a serviço

da Ortomed.

Funcionalidade e estética

(paralisando seus membros, do pescoço

para baixo).

Começava ali, a luta pela sobrevivência

e pela readaptação numa cadeira de rodas.

O caso do jovem Marcelo - que depois de

longos meses de aprendizado e superação,

lançou o livro “Feliz Ano Velho”, sucesso

de vendas nos anos 80, em todo o Brasil

- mostra as dificuldades enfrentadas por

quem precisa superar a deficiência física.

Novidades no mercado

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“Um velho calção de banho, um dia pra va-

diar, um mar que não tenho tamanho, um ar-

co-íris no ar”. Os versos de Toquinho cabem

perfeitamente nos sonhos de Evandro Thon-

sen Antunes, 40 anos. O mar é sua segunda

casa, o lugar onde ele abandona o cansaço.

A paixão trouxe a reboque um hábito, que

ele faz questão de passar de pai para a filha

(Manuela, 4 anos): o surfe. Equilibrando-se

sobre a prancha, ele descarrega o estresse, faz

leves manobras e reconstrói, semanalmente,

a serenidade. Ao lado da prancha, só outro

instrumento tem tanto destaque em sua vida:

o jaleco.

E esse ainda é símbolo de sua máxima

prioridade: a medicina. Há 22 anos, quando

ingressou na UFSC (Universidade Federal

de Santa Catarina), o então jovem estudan-

te descobriu o prazer de vencer as ondas.

“Fiquei cerca de 20 anos sem surfar, por ter

escolhido levar a medicina mais a sério do

que qualquer outra coisa. Há cinco anos, já

com certa estabilidade, decidi voltar”, diz .

Nos dias em que não está sobre as ondas,

o amante das pranchas veste o seu jaleco e

cumpre as funções de pneumologista infantil,

na Clínica Pró-Vida. “Amo o que faço. Minha

vida é realmente a medicina, mas o surfe me

tira completamente da rotina. Tento, estar em

contato com o mar, para descansar surfando”.

O dermatologista Luís Gustavo Sponchia-

do de Ávila também encarou o mar sobre

uma prancha pela primeira vez há 20 anos, na

mesma época em que entrou para a faculdade

de Medicina - na URGS (RS). Desde então,

tudo em sua vida foi direcionado pelas duas

maiores paixões. “Moro em Garopaba por-

que é o melhor lugar para surfar no Brasil.

Por esse detalhe, dá para medir a importância

do surfe em minha vida”, brinca.

Antes de encarar o trabalho, o médico

acorda às 5h30 e vai surfar. “Quando fico

dois dias sem surfar, começo a ficar ansioso.

Por isso, tracei todos os meus caminhos, para

conciliar minha profissão e o surfe. Não vivo

sem eles”, confessa.

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D e b e m c o m a v i d a

amor pelo surfeMédicos dividem

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