Edição 306

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27 de Janeiro de 2011 N.º 306 ano 9 | 0,50 euros Director Hermano Martins PUB PUB AcadØmico da Trofa pede ajuda IncŒndio desalojou 12 pessoas Presidenciais pÆginas 12 e 13 pÆginas 12 e 13 pÆginas 12 e 13 pÆginas 12 e 13 pÆginas 12 e 13 Bombeiros pÆg. 3 pÆg. 3 pÆg. 3 pÆg. 3 pÆg. 3 Voleibol pÆg. 20 pÆg. 20 pÆg. 20 pÆg. 20 pÆg. 20 Procuram-se Abraos Mundos de vida pÆgina 16 pÆgina 16 pÆgina 16 pÆgina 16 pÆgina 16 Especial Festas de S. Gonalo Covelas pÆg. 8 pÆg. 8 pÆg. 8 pÆg. 8 pÆg. 8 Muro ignorou eleiıes Muro ignorou eleiıes Cerca de 50 instituições, empresas e escolas juntaram-se à Mundos de Vida na campanha de 2011.

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Edição de 27 de janeiro de 2011

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27 de Janeiro de 2011N.º 306 ano 9 | 0,50 euros

DirectorHermano Martins

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Académico da Trofapedeajuda

Incêndiodesalojou12pessoas

Presidenciais páginas 12 e 13páginas 12 e 13páginas 12 e 13páginas 12 e 13páginas 12 e 13

Bombeiros pág. 3pág. 3pág. 3pág. 3pág. 3 Voleibol pág. 20pág. 20pág. 20pág. 20pág. 20

Procuram-se AbraçosMundos de vida página 16página 16página 16página 16página 16

Especial FestasdeS.Gonçalo

Covelas pág. 8pág. 8pág. 8pág. 8pág. 8

MuroignoroueleiçõesMuroignoroueleições

Cerca de 50 instituições, empresas eescolas juntaram-se à Mundos de Vidana campanha de 2011.

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Agenda

Edital - Sessão Extraordinária 31 de Janeiro 2011

Delbarque da Costa Dias, presidente da Mesa daAssembleia de Freguesia de S. Martinho de Bougado:

Torna público, que convoca o Plenário da Assembleia deFreguesia, para uma sessão extraordinária que se realiza-rá no Salão Nobre da Junta de Freguesia, no próximo dia31 de Janeiro de 2011 com início às 21 horas com a seguin-te ordem de trabalhos:

Ponto Único: Requalificação do Parque Nossa Se-nhora das Dores

Mesa da Assembleia de Freguesia de S. Martinho deBougado, aos 14-01-2011

O Presidente - Delbarque da Costa Dias

Rita [email protected]

O Rotary Clube da Trofapromoveu uma palestrasobre as azenhas existen-tes no Rio Ave. O orador,Bruno Matos, estuda osedifícios e a sua história hájá três anos.

Estão destruídos, abando-nados, esquecidos e até hápouco tempo cobertos porvegetação, mas os edifíciosdas azenhas existentes aolongo do curso do Rio Ave sãoum património histórico impor-tante para a região e para odesenvolvimento do turismo.Esta é a convicção do arqui-tecto Bruno Matos, que apre-sentou alguns dos resultadosde um estudo, que começouhá três, numa palestra promo-vida pelo Rotary Clube daTrofa, na noite de segunda-feira. Durante cerca de duashoras, o técnico mostrou grá-ficos e fotografias do passa-do e do presente destes lo-cais, explicando o seu funcio-namento, as suas caracterís-ticas e a importância para odesenvolvimento das popula-ções.

A obra de Francisco Go-mes Machado já percorreuPortugal de Norte a Sul e pa-íses como França e Itália. Apartir de 5 de Fevereiro, pin-turas e esculturas deste artis-ta plástico vão estar expostasna Casa da Cultura da Trofa.A inauguração está previstapara as 16 horas.

A exposição vai estar aber-ta ao público até 26 de Feve-reiro e é “mais uma iniciativainserida no programa anual dedinamização” da Casa da Cul-tura, que oferece assim ao

Dia 2720 horas - Assembleia-geralordinária do CD Trofense, noSalão Nobre da Junta de Fre-guesia de S. Martinho deBougado

Dia 2821 horas - Festas em honra deS. Gonçalo, que se prolongamaté dia 31, em Covelas21.30 horas - “Hoje vou aocafé... ouvir poesia”, no CaféPEEWEE, em S. Mamede doCoronado

Dia 299 horas - Open Day, na Acade-mia Municipal - Aquaplace9.30 horas - Encontro de Es-colas APEF, no ComplexoDesportivo do CD Trofense, emParadela15 horas - Troca de cromos doTrofense, na zona vip do Está-dio do Trofense21 horas - Peça de teatro “Alto-mar Louco”, no Salão Paroqui-al de Alvarelhos

Dia 309.30 horas - X Trilho de S. Gon-çalo junto à Estação nova10 horas – Romagem a Covelasda Confraria do Cavalo, com iní-cio no Mercado/Feira da Trofa15 horas - Bougadense xSerzedo, no Parque de Jogosda RibeiraLeões da Citânia x Paradela, naComplexo Cultural e DesportivoLeões da CitâniaS. Romão x Guilhabreu, noCampo Carlos Alves16 horas - Câmara de Lobos xCAT, no Pavilhão CSD Câmarade Lobos

Dia 3121 horas - Sessão Extraordi-nária da Assembleia de Fregue-sia de S. Martinho de Bougado,na Junta de Freguesia

Rotary da Trofa “descobriu”azenhas do Rio Ave

“A minha avó ia levar a rou-pa para o Rio Ave, para o lu-gar da Barca (em S. Martinhode Bougado) e ao ver a aze-nha eu gostava de um dia po-der brincar naquele edifício”,conta Bruno Matos, explican-do como nasceu o gosto pe-los moinhos e azenhas. Come-çou um estudo mais alargadosobre os edifícios que existemnas duas margens e que es-tão “abandonados”. “Sem dú-vida nenhuma que temos umpotencial fantástico. Lá fora,

as pessoas mostram-se inte-ressadas neste estudo por-que este património local po-deria servir, sem dúvida ne-nhuma, para criar uma Rotadas Azenhas do Rio Ave”, re-feriu ainda o orador convida-do pelo Rotary Clube da Tro-fa.

Na palestra participaramvários estudantes e proprie-tários das azenhas que semostraram interessados notema.

“Pressenti que, de facto,

este é um assunto importantepara a Trofa, quer em termosambientais, quer em termosda sustentabilidade do futuro,que não pode ser pensado decostas voltadas para o rio”,referiu António Charro, presi-dente do clube trofense.

O responsável defendeque estes espaços poderiamser “um ícone e uma grandeâncora” para o turismo local,que poderia influenciar entre“outras coisas, a gastrono-mia”.

Obra de FranciscoGomes Machadona Casa da Cultura

público trofense “inúmeras evariadas acções para ocuparos tempos livres de formaconstrutiva”, esclarece fonteda autarquia.

Pode visitar a exposiçãode terça a sexta-feira, das 10às 12.30 e das 14 às 19 ho-ras e sábado das 10.30 às12.30 e das 14 às 17 horas.

Francisco Gomes Macha-do tem já um currículo conso-lidado, tendo participado emvárias exposições individuaise colectivas. R.M.

Assembleia de Freguesia

de S. Martinho de Bougado

Farmáciasde Serviço

Dia 27/01Farmácia Nova

Dia 28/01Farmácia Moreira Padrão

Dia 29/01Farmácia Sanches

Dia 30/01Farmácia Trofense

Dia 31/01Farmácia Barreto

Dia 1/02Farmácia Nova

Dia 2/02Farmácia Moreira Padrão

Telefones Úteis

Bombeiros Voluntáriosda Trofa - 252 400 700

GNR da Trofa252 499 180

Polícia Municipal252 428 109/10

Clube trofense realizou palestra sobre azenhas do Rio Ave

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Rita [email protected]

Incêndio destruiu o inte-rior de uma habitação emS. Romão do Coronado,deixando desalojadas, tem-porariamente, 12 pessoas,incluindo um bebé compoucos meses de vida.Apesar da destruição cau-sada pelas chamas, nãohouve feridos a registar.

As lágrimas e o desesperode Adérito Rodrigues eramimpotentes contra as chamasque destruíram o interior doedifício que mantinha arren-dado a três famílias e onde opróprio residia, na freguesiade S. Romão do Coronado.No total, foram12 pessoasque ficaram, temporariamen-te, desalojadas.

No final da tarde de segun-da-feira, o primeiro andar dacasa - onde moravam um ca-sal e dois filhos, uma meninae um bebé com cinco meses -foi consumido por um incên-dio que terá começado “por-que a pequena de 11 anos foipara a escola e deixou o co-

Incêndio destruiu habitação

Quatro famílias ficaram desalojadasbertor eléctrico ligado”.

Adérito assegurou que acasa está protegida pelo se-guro, mas “não” sabe se esta“paga os prejuízos todos”.

Quando chegaram ao lo-cal, a primeira preocupaçãodos Bombeiros Voluntários daTrofa foi “verificar se existiamferidos” e retirar do interior dacasa um idoso que se recu-sava a fazê-lo. Albino Cunha,COS (Comando das Opera-ções de Socorro) no local,explicou que o fogo foi “ata-cado” a partir das janelas doedifício.

Enquanto os bombeiros seatarefavam a apagar as cha-mas e a atirar para o exterioro colchão, peças de vestuá-rio e outros objectos para evi-tar reacendimentos, as famí-lias faziam tudo para salvar omáximo de bens possível.

Os soldados da paz demo-raram quase duas horas aextinguir o fogo que destruiutudo: “Cozinha, corredor e osdois quartos”. “Está comple-mente destruída”, reiterou obombeiro. Albino Cunha pre-feriu não avançar as causasdo incêndio.

As famílias desalojadaspassaram a noite em casa defamiliares e, de acordo com avereadora da Câmara Muni-cipal, Teresa Fernandes, queesteve no local, “já estão a seracompanhadas pelo ServiçoSocial da Câmara Municipalda Trofa”. As casas que nãoforam afectadas pelas cha-mas podem voltar a ser habi-tadas, sendo apenas neces-sário resolver “o problemados cheiros e das infiltraçõesde água e verificar o sistemaeléctrico”. “Na segunda-feirajá devem estar reunidas ascondições de segurança paraque as famílias regressem aosseus lares”, anunciou TeresaFernandes.

Em relação à família que fi-cou sem casa, a vereadoraatestou que estão a ser pon-derados vários apoios: “Nes-te momento, existe a hipóte-se da atribuição de uma pen-são comparticipada pela Câ-mara e pela Segurança Soci-al ou o arrendamento de umacasa, também com a ajudadestas entidades”. Numa faseseguinte, vão ser pensadassoluções de realojamento

“permanentes”.Segundo a vereadora, ape-

nas uma das famílias estariareferenciada pela SegurançaSocial. O agregado mais afec-

Incêndio destruiu interior de habitação

Isabel Moreira Pereira

A GNR da Trofa deteve dois in-divíduos por conduzir sem cartade condução.

Um indivíduo de 24 anos foi detidopela GNR da Trofa por conduzir semhabilitação legal um ciclomotor, quetambém não possuía matrícula. O jo-vem foi interceptado pela guarda naRua Dr. Délio Santarém, em S. Romãodo Coronado, cerca das 16.10 horasde sexta-feira. De acordo com fonte

Apanhados a conduzirsem carta

policial, o indivíduo ainda ofereceuresistência, mas acabou detido.

No mesmo dia, cerca das 18 ho-ras, na Rua D. Pedro V, em S. Martinhode Bougado, a GNR deteve pela ter-ceira vez um homem de 34 anos, queconduzia um veículo ligeiro, sem ha-bilitação legal. Para além desteincumprimento, que repetia pela ter-ceira vez, o carro em que circulava nãopossuía seguro e inspecção.

Os dois indivíduos foram detidos epresentes a tribunal esta segunda-fei-ra. Os casos baixaram a inquérito.

tado pelo incêndio vive em S.Romão do Coronado há cercade três anos e não era acom-panhado pelos serviços de as-sistência social.

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Cátia [email protected]

Cinco meses bastarampara que a antiga estaçãode comboios da Trofa setransformasse num cená-rio de destruição. REFERdeve emparedar edifícioem Fevereiro.

Vidros partidos, roupa sujae lixo, muito lixo, abundam nazona da antiga estação daTrofa, que agora serve ape-nas de passagem e de refú-gio para os toxicodependen-tes.

Enquanto passeava a ca-dela, Maria Ferreira não ficouindiferente à presença daequipa de reportagem do NT/TrofaTv. Habitante na zona,Maria lamenta o cenário “de-gradante”, considerando-o“um nojo”, e defende que “aREFER ou quem de direitodevia proteger” a infra-estru-tura.

“Isto é vergonhoso, (o edi-fício) devia estar bem preser-vado. Devia estar aqui al-guém a proteger, porque estácada vez pior”, frisou.

Já Amândio Ferreira moraperto da antiga estação e pas-sa pela zona quatro vezes pordia. Acompanhou de perto a

Estação da CP desactivada

Cenário de destruição preocupa trofensesdegradação do edifício e, porisso, acha “que devia ser re-novado”. “Isto devia levar ou-tro rumo”, desabafa.

Os habitantes da zonaalertam para a má imagemque a zona dá à cidade e aofacto de todos os dias muitascrianças passarem por lá parairem para a Escola EB 2/3 Pro-fessor Napoleão Sousa Mar-ques.

Vânia Pinto é uma das jo-vens que utiliza aquele percur-so para ir e regressar da es-cola e não esconde o “receio”que sente quando lá passa “ànoite”.

A Guarda Nacional Repu-blicana tem patrulhado a zonapara garantir a segurança daspessoas que por lá passam.De acordo com o primeiro-sar-gento, Emídio Rodrigues, “aGNR tem feito o patrulha-mento normal, quer apeadoquer móvel, sistematicamen-te, da parte da manhã e datarde”. “À noite costumámospassar lá com o piquete, por-que junto à estação vemos oproblema do consumo de es-tupefacientes que até agoraestá perfeitamente controladoe já não é o que era”, expli-cou.

Na zona, as únicas ocor-rências registadas pela GNR

foram casos de furto “de co-bre e de ferro”, nos dias se-guintes à desactivação da li-nha.

Segundo o primeiro-sar-gento, “por incrível que pare-ça, poucas denúncias existempor parte da população emrelação ao estado em quechegou a estação”. “O habi-tual era que as pessoas quemorassem em frente ligassempara nós quando vissem ac-tos de vandalismo, mas issonão acontece”. Segundo Emí-dio Rodrigues, esses actosdevem ser provocados por“menores que saem da esco-la e ao passar ali partem umvidro e no outro dia partemdois... A zona acaba por che-gar ao estado em que che-gou”.

Trabalhos de limpezadevem começar em

Fevereiro

Contactada pelo NT/Tro-faTv, fonte da REFER afirmouque a empresa “está cientedos problemas de vandalismoque afectam a infra-estrutura”.“Enquanto está em análise oprocesso de valorização dopatrimónio entretanto desacti-vado, proceder-se-á à remo-ção de alguns materiais que

podem ser reaproveitados eao emparedamento dos edifí-cios, com o intuito de preser-var equipamentos e bens, epara garantir as condições de

Interior do edifício está completamente destruído

salubridade e de segurança”,esclareceu. O início da inter-venção está prevista “para omês de Fevereiro”.

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Rita [email protected]

Jovens artistas deram“vida” à música clássica,num recital de contra-bai-xo. O objectivo é prepara-rem-se para a prova quevão “enfrentar” no final doano lectivo.

Quase não existiam luga-res sentados no teatro Alvesda Cunha, da Casa do Fute-bol Clube do Porto, na Trofa,ao final da tarde de sábado.Dezenas de pessoas fizeramsilêncio e escutaram as inter-

Isabel Moreira [email protected]

Autarquia trofense assi-nou protocolo com a Fun-dação para o Estudo e De-senvolvimento da Regiãode Aveiro (FEDRAVE) paradesenvolver formações epós-graduações no conce-lho.

“A Trofa vai ficar a ganharcom este projecto pioneiro nomunicípio”. Foi desta formaque Joana Lima, presidenteda Câmara Municipal da Trofaconcluiu a reunião onde assi-nou um protocolo de coope-ração com a FEDRAVE, estasegunda-feira.

Jovens brilham com música clássicapretações de temas de refe-rência da música clássica,protagonizadas por duas jo-vens instrumentistas. Os de-dos de Vanessa Lima e ÂngelaAlves percorriam as cordas docontra-baixo, ao mesmo tem-po que moviam o arco commestria, para agrado de todos.

Finalistas na escola profis-sional Artave, as duas jovens,de 17 anos, vão ter de reali-zar um recital, onde serão ava-liadas por um júri: “A ideia deorganizar o recital partiu dasduas, porque mais tarde te-mos de fazer algo semelhan-te e desta forma vamo-nos

habituando ao ambiente”, ex-plicou Ângela.

Mas a tarefa de actuar so-zinhas em cima do palco commuitas caras conhecidas naplateia não se afigurou fácil.“Podia ter corrido melhor, masé muita pressão sobre nós ecomeçamos a ficar nervosas.Quando chegamos ao palco,não damos tudo o que temostrabalhado até agora”, con-fessou Vanessa Lima que tam-bém faz parte da Banda deMúsica e da Orquestra Sinfó-nica da Trofa.

As duas amigas defendemque “deviam existir mais inici-ativas destas na Trofa”. A mes-ma opinião tem o maestroLuís Campos, que assumiurecentemente a direcção ar-tística da Banda de Música, jáque atesta que “na Trofa hápouco bairrismo”. Natural dePaços de Ferreira, o jovemmaestro tem “a sensação deque as pessoas acompanhampouco a Banda” e isso reflec-tiu-se na iniciativa daquelatarde. “A música clássica estámuito pouco divulgada e asobras a solo menos ainda. EmPortugal liga-se mais ao fute-bol e menos às artes”, eviden-ciou. Luís Campos fez ainda

questão de frisar que este foium recital de “duas grandessolistas”.

No público estavam ami-gos, familiares e o vereadorda Cultura da Câmara Muni-cipal, Assis Serra Neves, que

considerou o concerto “boni-to”. “Devemos apoiar os jo-vens e estas iniciativas, atéporque este era um programacom qualidade para ser reali-zado a nível concelhio”, afir-mou.

Autarquia assina protocolo com FEDRAVEEsta Fundação, associada

ao Instituto Superior de Ciên-cias da Informação e da Ad-ministração (ISCIA) de Aveiro,trará para a Trofa formação eeducação em cinco áreas dis-tintas. “Uma na área da Edu-cação e da Psicologia, temospós-graduações para as ne-cessidades Educativas Espe-ciais que respondem às ne-cessidades dos professores,temos também pós-gradua-ções de Segurança Comuni-tária, uma área de estudos desegurança que interessa aBombeiros, INEM e ProtecçãoCivil, uma formação na áreadas tecnologias do mar e naárea das Ciências da Comu-nicação”, explicou Armando

Teixeira Carneiro, um dos fun-dadores da FEDRAVE e pre-sidente do ISCIA, à margemda cerimónia de assinatura doprotocolo. O responsável re-alçou ainda a parceria quepoderá ser iniciada com umaformação na área da gestãoestratégica, para os empre-sários locais.

Na EB 2/3 Professor Na-poleão Sousa Marques de-corre já uma pós-graduaçãoem Necessidades EducativasEspeciais, frequentado por 40formandos, em horário pós-laboral. “São professores detodas as áreas de formaçãoe inicialmente começamos poruma acção de formação numcurso de especialização emEducação Especial, no domí-nio cognitivo e motor”, expli-cou Horácio Saraiva, Coorde-nador das pós-graduações doDepartamento de Psicologia eEducação do ISCIA.

“Este curso conta com 40formandos, 20 dos quais jáestão interessados em fazero mestrado”, frisou JoanaLima, satisfeita com o suces-so da iniciativa. Para a autar-ca a assinatura deste proto-colo “é uma mais-valia para oconcelho, sem o mínimo de

custos, a não ser a cedênciadas instalações”.

“Para além de não termoscustos, temos também algunsbónus, nomeadamente bolsasde estudo, como por exemplonuma pós-graduação em Se-gurança Comunitária, que aCâmara Municipal entendeuoferecê-la aos Bombeiros Vo-luntários da Trofa, nomeada-mente ao seu comandante”,acrescentou.

“O exemplo” do concelhode Baião, onde também foi

assinado este protocolo háquatro anos, entusiasmouJoana Lima que aceitou estaparceria que “vai projectar aTrofa ao nível do Ensino Su-perior”. Quanto a uma futuraparceria para instalação deum pólo do ISCIA no conce-lho, a edil deixou tudo emaberto: “Da nossa parte te-mos todo o interesse e terãoo acolhimento necessário pa-ra podermos desenvolveressa parceria no Ensino Su-perior”.

Ângela Alves foi a primeira a subir ao palco

Vanessa Lima interpretou várias músicas

Autarquia assinou protocolo com FEDRAVE

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Cátia [email protected]

Incentivar e apoiar os esforçosdesenvolvidos pela Comunidade,Estados-Membros e pelas autori-dades locais é o objectivo do AnoEuropeu das Actividades Voluntá-rias que promovam uma CidadaniaActiva.

A iniciativa adoptada pelo Conse-lho da União Europeia pretende seruma chamada de atenção dos euro-peus, sublinhou Elza Chambel, presi-dente do Conselho Nacional para aPromoção do Voluntariado.

O propósito do Ano Europeu doVoluntariado divide-se em quatrograndes objectivos específicos: criarum ambiente propício ao voluntariadona União Europeia; dar meios às or-ganizações que promovem o volunta-riado para melhorar a qualidade dassuas actividades; reconhecer o traba-lho voluntário; sensibilizar as pesso-as para o valor e a importância do vo-luntariado.

Segundo a agência Lusa, que citaos dados do Eurobarómetro, há, ac-tualmente, mais de cem milhões de eu-ropeus a fazerem trabalho voluntário,mas, ainda assim, é necessário um

Ano Europeudo Voluntariado

maior envolvimento por parte dos ci-dadãos, uma vez que as metas tra-çadas até 2015 estão cada vez maisdifíceis de alcançar, alertam os últimosestudos das Nações Unidas (ONU).

Em Portugal, a Confederação Por-tuguesa de Voluntariado (CPV) afirmaque o próximo ano servirá para fazera “radiografia” ao número de missõesvoluntárias que existem e de pessoasque se dedicam a esta actividade,actualmente desconhecido. Os objec-tivos nacionais passam por dar maisvisibilidade ao que se faz, de forma atentar ultrapassar as principais dificul-dades com que se deparam as orga-nizações, sobretudo financeiras elogísticas.

Entre activos e “esporádicos”, Por-tugal tem cerca de um milhão e meiode voluntários distribuídos por váriasáreas, segundo dados de 2001 e re-velados pelo Conselho Nacional paraa Promoção do Voluntariado.

O NT vai divulgar, ao longo do ano,algumas histórias de pessoas que fi-zeram ou fazem voluntariado, tentan-do descortinar o que motiva alguém adar de si ao outro sem esperar nadaem troca. Se tem uma experiência novoluntariado que queira partilhar como NT, contacte-nos através do [email protected]

EDITAL Nº 2/2011

JOANA FERNANDA FERREIRA LIMA, Presidente da Câmara Munici-pal da Trofa:

Torna público, nos termos e para os efeitos do artigo 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, edo n.º 2 do artigo 37.º do Código do Procedimento Administrativo, que oExecutivo Camarário, em sua Reunião Extraordinária, realizada em 30 deDezembro de 2010, deliberou aprovar o contrato-programa a cele-brar com a Trofa-Park – Empresa de Reabilitação Urbana, Desenvol-vimento Económico, Inovação Empresarial e Gestão de Equipamen-tos, E.E.M., nos termos do qual foram delegados naquela EmpresaMunicipal os poderes discriminados no documento em anexo ao pre-sente Edital e que dele faz parte integrante para todos os efeitoslegais.

Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presenteedital e outros com igual teor, que vão ser afixados no átrio dos Paços doMunicípio e demais lugares de estilo, bem como no sítio da Internet –www.mun-trofa.pt .

Sede do Município, 04 de Janeiro de 2011.

A PRESIDENTE DA CÂMARA

JOANA FERNANDA FERREIRA LIMA

O Município da Trofa delega na TROFA-PARK, EEM os seguintes pode-res:

a) Para a prossecução do objecto social da TROFA-PARK incumbe aesta a realização dos estudos e infra-estruturas necessárias à concretizaçãodos empreendimentos constantes no seu objecto social;

b) Em complemento, a TROFA-PARK exerce directamente ou em cola-boração com terceiros outras actividades acessórias ou subsidiárias da ex-ploração e gestão, bem como outros ramos de actividade comercial ou in-dustrial conexos, incluindo prestação de serviços, que não prejudiquem aprossecução do seu objecto e que

tenham em vista a realização dos fins sociais e a melhor utilização dosseus recursos disponíveis;

c) Aquisição, alienação, oneração e administração de bens móveis eimóveis com vista à prossecução do seu objecto;

d) Celebração de quaisquer contratos que tenham como objecto a ces-são do gozo dos bens a que se refere a alínea anterior, seja qual for anatureza dos mesmos, designadamente contratos de locação e concessãode exploração;

e) Celebração de contratos de empreitada de fornecimento e de presta-ção de serviços;

f) Desenvolvimento de um conjunto de acções que visem assegurar, deforma regular, contínua e eficiente o objecto social da TROFA-PARK, EEM.;

g) Promoção de estudos visando a aplicação de novas tecnologias emétodos versados sobre o desenvolvimento empresarial do concelho daTrofa;

h) Promoção e ou participação na construção, exploração e gestão dasinfra-estruturas e nas estruturas de apoio às actividades constantes no ob-jecto social da Empresa Municipal;

i) Realização de estudos e projectos, captação de investimentos e negó-cios e aquisições de comparticipações financeiras.

Câmara Municipalda Trofa

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Ricardo Maia é de Alva-relhos e há três anos re-gressou de uma missão emMoçambique. Olhando àdistância, com a calma e aponderação que o tempooferece ao passar, as pala-vras que escolhe para con-tar a experiência ainda sen-tem a “marca” do continen-te africano e não escon-dem a vontade de voltar...

“Era uma vez um jovem denome Ricardo, que partiu paraMoçambique, para terrasmacuas, com o intuito de tra-balhar em comunidade com aequipa missionária de padresespiritanos que já há algumtempo por lá estavam em Mis-são.

Esse jovem sou eu e a his-tória que vos conto foi por mimvivida e é com alegria que apartilho convosco. Foi emOutubro de 2006 que chegueia Itoculo, uma paróquia dadiocese de Nampula, no nor-deste de Moçambique. Têmrazão as pessoas que dizemque África marca para sempree tal foi a força que, acabadode chegar, pude presenciar ascores e sabores, gentes e cul-tura, que em cada pedaço dechão deixa um traço no cora-ção de quem lá passa. A pa-róquia de Itoculo é compostapor 77 comunidades cristãs,espalhadas por uma vastaárea (60x80 quilómetros), com80 mil habitantes, dos quaisapenas dez por cento são cris-tãos. A Missão de Itoculo, en-contra-se numa zona rural,onde subsiste uma pobrezaextrema. As vias de comunica-ção começam a ser restabele-cidas. Contudo, havia semprealgum caminho matreiro quenos fazia perder na aventurade tirar o jipe das areias ou

Um trofense em Moçambiqueterras enlameadas. A educa-ção e a saúde são dois sec-tores bastante carenciados. Éprecisamente na área da edu-cação que vou dar o meuapoio enquanto professor deEducação Musical e FormaçãoCívica. A experiência de daraulas neste contexto foi pro-fundamente marcante, reten-do ainda hoje na lembrançaos olhares vivos e brilhantesdas crianças sem nada, mascheias de vontade de apren-der, sem preocupação empercorrer, descalças sob umsol tórrido, quilómetros e qui-lómetros, durante horas e ho-ras, até à escola apenaspara… aprender. Que grandelição para as nossas criançasportuguesas!

Em geral, só a partir dosnove anos é que começam adominar a língua portuguesa,falando primeiramente a lín-gua nativa, o macua. E per-guntam vocês: ‘O Ricardodava aulas em macua?’ Não,não dava. Eram em portugu-ês e apenas aos 6º e 7º anosde escolaridade, em idadescompreendidas entre os 11 eos 18 anos. Alguns aí em casapoder-se-ão interrogar se al-guns dos alunos não teriam“idade a mais” para estar no6º e 7º anos de escolaridade.Contudo, a resposta é fácil,mas testemunha uma realida-de difícil.

A escola ficava a muitosquilómetros de distância paraalguns alunos e, portanto,como não havia carro, auto-carro ou metro, apenas algu-mas bicicletas para poucosafortunados e uma dezena demotos em toda a paróquia, ascrianças ficavam em casa comos pais, partilhando as tare-fas domésticas, desde procu-rar água e transportá-la, lavar

roupa, ajudar na machamba(campo de cultivo) no cultivode milho, mandioca, gergelim,algodão, amendoim, feijao,batata-doce, ajudar na con-fecção dos alimentos, que ti-nha por base a “chima” (fari-nha de milho cozida), cuidardos irmãos mais novos, ten-do também momentos de con-vívio e brincadeira com as ou-tras crianças do bairro. Sóquando eram autónomas ecapazes de se desenrascar, éque se mudavam para o cen-tro da paróquia, onde estavaa escola. Lá, ou ficavam emcasa de um familiar ou parti-lhavam uma residência comoutros estudantes ou entãoalugavam uma casa e tinhamque colaborar nas despesase pagar uma renda.

Curioso o sentido patrióti-co do povo moçambicano, emespecial os estudantes, quetodas as manhãs se concen-travam e entoavam o hinoenquanto se hasteava a ban-deira nacional. Quando pen-samos em escolas, pensamosque são “uma seca”, no dizerdos estudantes de hoje emdia. Esses mesmos estudan-tes que não valorizam as con-dições em que têm essas mes-mas aulas e o facto de as te-rem. Na Escola de Itoculo, ascrianças não tinham mesasnem cadeiras. Sentavam-seem bancos e colocavam oscadernos sobre as pernas. Assalas não tinham electricida-de. Não havia chegado o cho-que tecnológico, tão em modanos dias de hoje. Contudo,não se deixava de ensinar emuito menos de aprender.Sim, aqueles olhares atentos

e sedentos de sabedoria, deconhecimento, que dariamgosto a qualquer professor dehoje em dia. Além de mim,como professor estrangeiro emissionário, estava a irmãFelicité, missionária espirita-na, que leccionava Inglês. Aotodo éramos nove professo-res, três nacionalidades: Mo-çambicana, Portuguesa e Re-pública Centro Africana. Serprofessor é abrir as portas doconhecimento. E sem dúvidaque se aluno havia que asqueria escancarar, esse era oAlbertino. Impossível deixar deme lembrar dele. Impossíveldeixar de admirar aquela von-tade, aquele entusiasmo edeterminação com que en-frentava cada dia. Com o seusorriso e alegria espalhavaum tom diferente naquelasterras para mim já por si dife-rentes. Uma diferença quecontagiava e fervilhava nasoutras crianças da turma do7º A, como num atrelar a umaonda que se espraia em so-nhos, esperanças, risos, olha-res… de crianças.

Podemos julgar que isto éum passado, quando já é ofuturo, muito mais que sonhopuro, embarcado num projec-to, talvez de uma utopia dis-creta, mas pelo Albertino mui-to apetecida e que o vai levarlonge. O sonho do Albertino,que ele criou e recriou, é osonho de muitas criançasmacuas, que não se entregamà euforia do destino e se re-cusam ser folhas de papel,números gritantes do Tercei-ro Mundo, mas tinta do ama-nhã, alicerce sólido do futurode um país, o seu país, Mo-

çambique.O dia-a-dia na Missão de

Itoculo era passado entre aescola e a visita às comuni-dades cristãs. A equipa missio-nária desdobrava-se de ma-neira a dar asas a um traba-lho que passava pela forma-ção de leigos e de líderes co-munitários, pela formação najustiça e paz e em cuidadosbásicos de saúde, na eleva-ção do papel das mulheres,na execução de uma rede deescolinhas espalhadas pelaparóquia, de maneira a supriras carências na área da edu-cação e, em especial, pela for-mação catequética.

Dos momentos belos queguardo de Moçambique, e queforam muitos, dando para umaenciclopédia bem grossa,vem-me neste momento àmemória o céu à noite. Todoaquele céu imenso, estreladoe cintilante, era silêncio, de-pois de um dia marcado pelaagitação, conversas, ideias,correrias, trabalho e alegria.Aquele céu era a prova deque Deus estava com aquelepovo e que o envolvia terna-mente, na certeza de um fu-turo melhor, na fé acesa edesperta porque vivos e nãopoetas, que é coisa de sofrer,mas poemas, saídos da penade Deus, na terra dos ho-mens.

Quanta coisa quis fazer equanta coisa não fiz. De umlado Deus permitiu. De outrolado o tempo não quis. E é porisso que sonho um dia voltar,para um lugar tão longe e tãoperto, mas que se revelou ummundo que me era tão certo”.

Ricardo passou mais de um ano em missão

As crianças faziam parte do dia-a-dia do trofense Ricardo Maia

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Isabel Moreira [email protected]

Conhecido por muitospor ser um Santo casamen-teiro, o S. Gonçalo tambémé advogado daqueles quetêm problemas nos ossos.O NT entrevistou uma dascovelenses mais antigaspara saber quais as tradi-ções associadas a estafesta centenária.

Clarinda Martins Vieira con-ta 93 anos. Será uma dascovelenses com mais anos devida e a que melhor conheceas tradições daquela fregue-sia do concelho da Trofa.

A festa em honra de S.Gonçalo recorda como sendo“sempre igual”, mas houve umano que se destacou: “O meuavô já contava que era sem-pre muita chuva e que a festaera muito difícil de fazer, de-pois mudaram-na para o Ve-rão, e dizem que foi azar, por-que nesse dia choveu. Tive-ram de mudar outra vez a fes-ta para Janeiro, porque o San-to não queria aquele dia”.

A tradição é “ir à beira doSanto rezar e puxar a benga-

Para não apagar a tradi-ção, a Associação Amigos doPedal vai promover mais um“Passeio do Rojão”, que temcomo ponto de chegada a fre-guesia de Covelas, em plenaromaria de S. Gonçalo, nodomingo, 30 de Janeiro.

Este evento “informal” foipensado para “proporcionaruma jornada de confraterniza-ção entre os amantes do BTTdas mais variadas idades”,referiu fonte da associação.

O passeio-convívio tem iní-

A tradição de rumar a Co-velas a pé ou montado a ca-valo perde-se no tempo, masa Confraria do Cavalo man-tém vivo este costume. Assim,no domingo, o ponto de en-contro é no Mercado/Feira daTrofa, às 10 horas, para de-

“A tradição é rezare puxar a bengala ao S. Gonçalo”

la”, porque “traz felicidade”.“As moças agora já não fazemisso”, garante. Mas o Santotambém é conhecido poraqueles que têm problemasde ossos e que vêm à festapara pedir as melhoras.

“Eu tenho muita devoção,mas vem muita gente do Por-to e da Maia com muita fé, euaté fico admirada”, contou Cla-rinda, recordando histórias depossíveis milagres realizadospelo santo: “Há um senhor quejá vem aqui há muitos anos,que nem sabia quem era o S.Gonçalo e onde era. Veio con-vidado por um amigo que lhedisse ‘lá o que mais há sãodoces e figos!’. O homem veiosaber quem era o Santo, en-trou na capela, rezou e viu aprocissão. Depois contou-meque tinha um catraio que nasegunda-feira ia fazer umaoperação aos dedos e que omédico tinha dito que seriapreciso cortar um dedo. Ohomem estava com fé e pe-diu pela saúde do filho. Quan-do chegou à beira do filho elejá não precisava de cortar odedo, nem da operação. Eledisse-me ‘depois disso, nun-ca mais deixei de vir ao S.

Gonçalo’”.A este ritual das caminha-

das até Covelas para pedir umpouco de tudo a S. Gonçalo,junta-se ainda a boa comida,que se pode encontrar nastasquinhas espalhadas pelasruas que circundam a capela.

“Na nossa tasquinha,quando ainda estava a minhamãe, faziam-se papas de sar-rabulho e rojões. Vinha cámuita gente”, lembrou. O ne-

gócio começou a evoluir e fo-ram alargando o espaço econtratando pessoas paraajudar a servir às mesas. “Vi-nha gente toda a semana, detodos os lados, eu até com-prava 500 quilos de fêveras,fazia rojões e arroz”, contou.

Apesar da idade, a Clarin-da Vieira nada impede de con-tinuar a comandar os destinosdeste restaurante na fregue-sia. “Eu tomo conta do restau-

rante e ainda ensino a cozi-nhar”, frisou, referindo queagora à ementa se juntamoutras especialidades.

Hoje, vê o negócio ser ge-rido por um dos netos e pre-fere ficar em casa a rezar e aapreciar a festa pela vidraça.“Mas quando era moça ia àfesta rezar e ver o fogo-de-ar-tifício”, referiu.

De cavalo até Covelaspois seguir “em direcção” aoS. Gonçalo. A actividade éaberta a todos os que quise-rem participar e, se o tempo opermitir, o percurso de idaserá feito pelo monte de Pa-radela e o regresso pelas es-tradas regulares. R.M.

Amigos do Pedal promovem“Passeio do Rojão”

cio na cidade de Vila Nova deFamalicão, junto aos Paçosdo Concelho, pelas 8.15 ho-ras, e tem como destino “afamosa” festa de S. Gonçalo.

Dado o seu carácter infor-mal, a participação não asse-gura seguro nem é sujeita ainscrição prévia. O percurso,ida e volta, é de sensivelmen-te 40 quilómetros e apresen-ta-se como sendo de médiadificuldade física e de baixa di-ficuldade técnica. C.V.

Clarinda Vieira tem 93 anos

Associação costuma realizar esta iniciativa

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Rita [email protected]

Grupo “Crescer Unidos”junta jovens com vontadede fazer mais por Covelas.

Fundado em Setembro de2006, o Grupo de Jovens“Crescer Unidos” é uma con-sequência dos laços de ami-zade que Rosa Lage desen-volveu com os alunos, os seusfamiliares e a comunidade deCovelas, ao longo dos 28anos em que leccionou na fre-guesia. “Após a minha apo-sentação, fui surpreendidapelo convite formulado por umgrupo de jovens que mostra-va vontade de se organizar,visto não existir em Covelasqualquer actividade cultural ourecreativa para ocupar ostempos livres”, recordou aprofessora.

Actualmente, o grupo éconstituído por 22 jovens (oitoraparigas e 14 rapazes, comidades entre os 12 e os 15anos), que querem “crescerunidos”, pois sentem que de-vem “aprender a crescer emcomunidade e com espírito de

Crescer Unidos em Covelasunião”.

A solidariedade e a culturasão as actividades que maismovem este grupo, cujos ob-jectivos passam por “realizaractividades culturais interes-santes”, “participar em actossolidários” e “contribuir parao crescimento e desenvolvi-mento humano, social e cul-tural de todos os membros”,mantendo a “união”.

Ao longo do ano, os jovensdesenvolvem várias activida-des e procuram participar eminiciativas concelhias e naci-onais, como por exemplo oprojecto “24 horas solidáriasna água”, com o intuito de aju-dar a APPACDM (AssociaçãoPortuguesa de Pais e Amigosdo Cidadão Deficiente Men-tal) da Trofa ou o peditório daLiga Portuguesa Contra oCancro. Uma das actividadesmais importantes do grupo éa recriação da Festa da Fon-te, que promove anualmenteem Julho. O “Crescer Unidos”também marca presença naromaria mais importante doano na freguesia: no S. Gon-çalo monta uma “barra-quinha”, dando a conhecer o

seu trabalho e angariando al-guns fundos.

Outra iniciativa de relevofoi a exposição fotográfica“Olhar Covelas”, que tinhacomo objectivo mostrar o pa-trimónio da freguesia. O gru-po participa ainda em váriosfóruns TCA (Trofa Comunida-de de Aprendentes) e nas ac-tividades organizadas peloTJC (Trofa Jovens em Comu-

nidade), do qual faz parte.“Penso que, na generali-

dade, a comunidade valorizao trabalho do grupo, no en-tanto, sentimos que por partede determinadas pessoas ain-da existe o complexo de quealguns jovens têm comporta-mentos menos toleráveis”,confessou a responsável pelogrupo.

Entre os projectos para o

futuro, o grupo gostaria deconseguir uma sede própria,já que actualmente reúnem naResidência Paroquial cedidapelo pároco local, José Ra-mos. “Queremos continuar adescobrir as belezas naturaisescondidas em Covelas, va-lorizá-las e dá-las a conhecera todos”, explicou Rosa Lage.

Isabel Moreira Pereira

Conhecidos por representar afreguesia de Covelas na Expo-Trofa, em Julho, e em vários locaispor todo o país, a Associação deMúsica Popular Rima Nova existehá 21 anos.

A ideia de formar um grupo quecom novas rimas cantasse a músicatradicional portuguesa nasceu com “aamizade”. Já lá vão quase 22 anos queem Covelas se formou o grupo RimaNova, que se mantém “firme para en-frentar novos desafios”.

“Noutros tempos alguns elementosfaziam parte de um grupo de teatroque existia em Covelas, entretanto al-guém teve a ideia e lá formámos estegrupo”, recordou Arlindo Sousa, um

A cantar novas rimasem Covelas e pelo país

dos elementos.Hoje, sentem-se “como uma famí-

lia”. São sete músicos em palco, quecontam ainda com a ajuda de um téc-nico e dois assistentes. Com cavaqui-nhos, violas, pandeireta, tambores eas vozes afinadas, o grupo tem man-tido a divulgação da música portugue-sa. Como todos os grupos têm “ob-jectivos definidos” e, por isso, garan-tem “ensaiar” para se tornarem “cadavez melhores”. Nos concertos, mos-tram o fruto desses ensaios e cadaum deles se transforma em “momen-tos especiais” partilhados pelos mem-bros do grupo em palco. Do outro lado,“o calor humano” do público que osaplaude a cada música, “transmitesegurança”. “E vontade para desem-penharmos o nosso papel”, comple-tou Arlindo Sousa.

Isabel Moreira [email protected]

Todos os anos são muitos osque contam os dias para rumar aoS. Gonçalo em Covelas. Uns pelafé, outros pelo convívio e muitosque querem apenas provar asiguarias regionais que um poucopor toda a freguesia são vendidas.

Este ano, a festa em honra de S.Gonçalo, na freguesia de Covelas,decorre entre os dias 28 e 31 de Ja-neiro. As actividades já estão progra-madas e espera-se que a festa supe-re as expectativas. Falta apenas con-sultar a meteorologia para saber se oS. Pedro não vai pregar uma partida.

De acordo com o Instituto deMeteorologia de Portugal, não estãoprevistos aguaceiros, pelo menospara domingo, dia em que milhares depessoas rumam a Covelas.

Mas as festividades começam já nasexta-feira, às 21 horas, com um es-pectáculo de folclore onde actuarão

Quatrodiasde festahonramS.Gonçalo

os Ranchos Folclóricos de S. Miguel-o-Anjo e de Silvares. No sábado, a fes-ta começa logo às 8.30 horas com oAgrupamento Musical Juventude emForça, às 12 horas decorre a Missade Acção de Graças dos Gonçalos eàs 18 horas a Missa Vispertina. Paraas 21 horas está marcado o espectá-culo musical com o grupo “Kapittal” eàs 23.30 horas a sessão de fogo-de-artifício.

A Banda de Música de Lousada dáentrada no domingo, às 8.45 horas,na Missa da Igreja Matriz. Às 10 e às11.30 horas decorrem as Eucaristiasem honra de S. Gonçalo e às 14.30horas prevê-se a entrada da Fanfarrade Cabanas. A Procissão em honra doSanto tem início às 15.30 horas e às21 horas actuará o agrupamento mu-sical OSIV.

Na segunda-feira a festa encerracom a “Eucaristia do Voto” e procis-são ao redor da Capela, às 9 horas, ecom a actuação do Conjunto TípicoNovo Dia, às 15 horas.

arqu

ivo

Uma das actividades desenvolvidas pelo grupo é a Festa da Fonte

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www.onoticiasdatrofa.pt 27 de Janeiro de 2011 |O Notícias da Trofa10Covelas

Isabel Moreira [email protected]

Fernando Moreira, au-tarca de Covelas, garanteque a freguesia evoluiunos últimos anos. Em en-trevista ao NT falou daconstrução da sede da Jun-ta, onde será incluído ummultibanco, que ainda nãoexistia na freguesia.

São quase 30 anos a co-mandar os destinos da fre-guesia de Covelas e Fernan-do Moreira não tem “papas nalíngua” no que toca a falar daevolução da freguesia. “Tireia freguesia de Covelas dalama”, afirmou.

“Eu não me apresentei àseleições, foram fazer-me oconvite a casa e eu aceitei”,recordou, frisando que duran-te alguns anos esteve semoposição, mas depois “os par-tidos começaram a prepará-la”. “Podem dizer mal do pre-sidente da Junta de Covelas”,mas o próprio, está de cons-ciência “tranquila”. “A oposi-ção não apresenta uma obra,eles criticam para me deitarabaixo”, acrescentou, semquerer comentar mais o as-sunto.

Tendo a segunda maior

“Tirei Covelas da lama”área de freguesia do conce-lho (16,69 quilómetros qua-drados), em Covelas o que sedestaca são os espaços ver-des a perder de vista, mastambém foi feita obra: “A fre-guesia tinha apenas uma es-trada, hoje todas as ruas es-tão pavimentadas, têm luzpública em todo o lado, umacapela mortuária, antes haviaapenas uma cabine de cor-rente eléctrica e tudo mudou”.“A Junta de Freguesia, com acolaboração do senhor DavidCampos, construiu também aescadaria da capela de S.Gonçalo, aos poucos e com aajuda de outros covelenses”,recordou.

Brevemente estará tam-bém concluída a sede da Jun-ta. “Comprei o terreno e esta-mos a fazer a obra de raiz”,garantiu, lembrando que a Câ-mara Municipal, “já pagou 30mil euros do total de 70 mil eu-ros” prometidos. “Mesmo es-ses 70 mil euros eram paraajudar a comprar o terreno,mas já falei com a senhorapresidente da Câmara, quevai ter de dar algum dinheiropara as obras”, comentou. Noentanto, considera: “Tenhofeito uma boa gestão e já dotempo do outro executivo daCâmara era dos únicos presi-

dentes que fazia muitas obrascom o dinheiro que poupava”.

O novo espaço da fregue-sia terá um gabinete para reu-niões, sala de informática,cave para arrumar o materialda Junta de Freguesia, o ga-binete do presidente, eleva-dor, um auditório e um multi-banco, que ainda não existiana freguesia. A obra “está aandar a bom ritmo”, de acor-do com o autarca, que nãoquis avançar com a data daconclusão.

Mas Fernando Moreira e oseu executivo não pensam

apenas nas obras. A área so-cial também é levada em con-ta: “Se eu souber que há umapessoa em Covelas a passarfome, eu mando lá alguém le-var mercearia e se souber quealguém precisa de medica-mentos também resolvo o pro-blema”.

“S. Gonçalo é umatradição bonita”

“A festa maior da fregue-sia é o S. Gonçalo”. Esta é acerteza de Fernando Moreira,que sabe que nos dias em que

se honra este santo “todos oscaminhos vêm dar a Covelas”.Os romeiros invadem a fre-guesia e para além dos tro-fenses, “também pessoas detodo o país vêm a Covelas”.“É uma festa muito bonita etodos gostam de vir a Covelaspara se divertir e tenho muitapena quando ouço dizer quenão há pessoas para a Comis-são de Festas”, lamentou, fri-sando que acredita que “a fes-ta nunca vai acabar”. “É umafesta que eu amo muito”, rei-terou.

Fernando Moreira mostra futuras instalações da Junta, ainda em construção

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Rita MaiaCátia Veloso

Caridade de S. Martinhoé um grupo constituído porcovelenses que queremajudar os conterrâneosque mais precisam, sejacom bens ou uma palavraamiga.

O padroeiro de Covelas, S.Martinho, foi “um bom exem-plo de caridade” e, por isso,um grupo de pessoas, lidera-das por Laurinda Martins, pe-

Caridade de S. Martinho

Trabalhar na entrega aos outrosdiu emprestado o nome dosanto para criar o Grupo Ca-ridade de S. Martinho.

“A inexistência deste gru-po era uma lacuna a nívelparoquial. Procurei amadure-cer a ideia (que partiu do pá-roco local José Ramos e doBispo Auxiliar da diocese D.João Miranda) e fez-se luzquando num passeio de mu-lheres, vi que estas podiamser pedras preciosas para aorganização do grupo”, expli-cou Laurinda.

Ao apelo desta covelense

responderam 20 pessoas (18mulheres e 2 homens), quequerem “chegar a todos semexcepção, para que ninguémfique sem comida, agasalhos,medicamentos e uma presen-ça amiga, particularmente osque estão impossibilitados desair de casa, quer pela doen-ça quer pela idade”.

Sem estatutos oficiais esem fundo de maneio, o gru-po elegeu informalmente Lau-rinda Martins como presiden-te, que reúne mensalmentecom um secretário e um te-soureiro.

O Caridade de S. Martinhotem já um espaço no salão pa-roquial, onde pode guardar osgéneros alimentícios e a rou-pa que consegue angariar.Também o peditório das eu-caristias do primeiro fim-de-semana de cada mês revertea favor do grupo, que “nãoquer aplausos”: “A solidarie-dade quer um pouco de visi-bilidade, enquanto a caridadepassa pelo silêncio e peloanonimato, trabalha na gra-

tuitidade e na entrega aos ou-tros”. Apesar de algumas ca-rências económicas, em Co-velas o grande problema dapopulação “é a solidão”. Meiacentena de covelenses está“impossibilitada de sair decasa”. Fazer uma visita e pas-sar algum tempo com estaspessoas é compensador tan-to para quem os recebe comopara quem faz parte do gru-po. “No feedback que recebidos membros que já fizeramestas visitas, estes disseram-me que ficaram muito conten-

tes e que se sentiram muitobem”, contou Laurinda.

Durante a festa de S. Gon-çalo, que decorre entre osdias 28 e 31 Janeiro, o grupovai vender rifas, e oferecerbrindes em troca, para anga-riar fundos.

O grupo vai ainda distribuirum desdobrável para informara população da freguesia dasua actividade e quer promo-ver uma noite de música aovivo, em Fevereiro, perto doDia dos Namorados, para an-gariar fundos.

Cátia [email protected]

Grupo Desportivo deCovelas tem equipa de fut-sal feminino a militar na 1ªDivisão da Associação deFutebol do Porto. Clubesonha com construção deum pavilhão para as moda-lidades de salão.

É o único clube desportivoda freguesia de Covelas, mas“está sempre de portas aber-tas a toda a comunidade”.Com 32 anos, feitos no dia 2de Janeiro, o Grupo Despor-tivo de Covelas está a desen-volver a sua actividade no fut-sal, com uma equipa femininaa militar na 1ª Divisão da As-sociação de Futebol do Porto(AFP).

Esta é a primeira incursãoda equipa neste campeonato,depois de ter sido “repescado”pela AFP. A campanha da for-mação covelense tem sido“melhor do que as expectati-vas”, afirmou fonte do clube.“Com o esforço da equipa téc-nica, conseguimos contrataralgumas jogadoras de quali-dade que vieram dar algumaconsistência. Sendo o objec-tivo a manutenção neste es-calão e estando a alguma dis-tância da ‘linha de água’, cre-

GD Covelas dá desporto à freguesia

mos que estamos no bom ca-minho”, referiu.

Mas nem sempre de futsalse ocupou a colectividade. Foio futebol de 11 que captou osesforços dos elementos doGD Covelas e até o atletismoteve alguma representativi-dade. Actualmente, “estão naforja algumas actividades fu-turas a desenvolver na ver-tente desportiva”, como “o tra-balho no sentido de obterapoios para a criação de no-vos escalões na modalidadede futsal”, no entanto o pro-jecto está ainda “numa faseembrionária”.

Outro dos “sonhos” do clu-be é “a construção de um pa-vilhão próprio para a práticade várias modalidades de sa-lão”.

A população de Covelas“ajuda da forma que pode,mesmo não sendo das fre-guesias mais ricas do conce-lho”, mas os dirigentes notamque “cada vez mais pessoasacompanham o clube fruto dacriação do site oficial e daconstante divulgação do clu-be nos órgãos de comunica-ção social”.

“O Grupo Desportivo deCovelas tem neste momento

uma visibilidade que não teveao longo da sua vida. O factoda criação do site, que cercade 3500 pessoas já visitaram,a boa campanha da equipafeminina de futsal desde queestes técnicos estão a traba-lhar connosco, passando pe-las boas relações com a co-municação social e institui-ções desportivas, relançaramo clube para uma projecçãoque não estávamos à espe-ra”, explicou a mesma fonte.

Os elementos do clubetêm ciente “o esforço que a di-recção tem feito para que oúnico clube da terra possa

continuar a desenvolver acti-vidades desportivas para osjovens do concelho” e que“sem apoios extra-concelhios,seria impossível levar o ‘bar-co’ a bom porto”. “Por issoqueremos aproveitar e agra-decer a todos os patrocinado-res e amigos que nos têm aju-dado nesta caminhada. Àequipa técnica, obrigado peloesforço aplicado em todos ostreinos e jogos onde, apesardo amadorismo, têm sempreuma postura muito profissio-nal. Deixamos também umapalavra de apreço às entida-des do concelho pelo apoiodado da forma possível, querao município quer à Junta deFreguesia”, asseverou.

Campo do Covelasutilizado pelos jovens

do TrofenseO campo de futebol do GD

Covelas está, actualmente,sob a alçada do Clube Des-portivo Trofense. Foi assinadoum novo acordo de parceria,para que os jovens do clubeda Trofa possam treinar. “Como fim da equipa sénior de fute-bol de 11, achamos necessá-rio fazer este tipo de parceriapara que todos possam usu-fruir de instalações desportivasque tanto fazem falta ao nos-so concelho”, explicou.

Equipa feminina milita na 1ª Divisão da AFP

Bens estão armazenados no salão paroquial

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Cátia [email protected]

No domingo, ninguémvotou no Muro. Enquantonenhum elemento queconstituía as mesas devoto apareceu na sede daJunta, a população juntou-se na estação desactivadapara “levantar a voz” e rei-vindicar a vinda do metro.

“Metro para a Trofa Já” eraa mensagem das camisolasdaqueles que não conseguemesperar mais. No domingo, empleno dia de eleições, a po-pulação do Muro juntou-separa reivindicar a vinda dometro. Às 8 horas, quando asurnas deveriam abrir, não ha-via nenhum elemento paraconstituir as mesas de voto.

O descontentamento dosmurenses ganhou novos con-tornos com Carlos Martins,presidente da Junta, a defen-der que “como votar é um di-reito, também há o direito à in-dignação”.

Poucos foram os eleitoresque quiseram exercer o direi-to cívico e, por momentos, aconfusão instalou-se na sededa Junta, mas rapidamente osânimos serenaram.

Boicote no Muro para reivindicar o MetroJá no largo onde está a

antiga estação, vestida denegro em sinal de protesto,centenas de murenses junta-ram-se para dizer “basta” aosadiamentos de uma obra quefoi prometida há quase umadécada. O som dos bombosimprovisados tocados por jo-vens da freguesia ecoava echamava a atenção para amanifestação. Um pouco portodo o espaço envolvente,mensagens pintadas nas pa-redes e até na Estrada Naci-onal 14 foram mais uma das“armas” da luta murense.

Joaquim Vinhas desabafa-va que a população “está far-ta de promessas” e “se há di-nheiro para um lado, tambémhá para o outro”.

Já Conceição Costa consi-derava que esta manifestação“devia ter sido feita há maistempo”. Estava “com pena denão ir votar” – era “a primeiravez” que não exercia o direitode voto – mas estava do ladoda vontade da população.

Maria Ramos “vestiu a ca-misola” da indignação e pro-meteu “mais manifestaçõespara ver se olham para osmurenses”.

A presidente da CâmaraMunicipal também compare-

ceu na manifestação paraapoiar o anseio dos habitan-tes do Muro, apesar de nãoconcordar com o boicote. “Ometro à Trofa tinha que seruma realidade. É uma pro-messa e um direito que ostrofenses adquiriram há qua-se dez anos. Os murensespodem contar comigo ao ladodeles nesta luta difícil”, refe-riu.

O presidente da Junta es-teve sempre do lado dos po-

pulares para exigir a reposi-ção da justiça. Carlos Martinsconsidera que “o processo anível político foi muito mal con-duzido”. “Neste processo, nóssentimo-nos, até à data de ho-je, um pouco isolados, porquesomos uma freguesia peque-na, mas a população mostroua sua força. Agora peço àCâmara e às Juntas das fre-guesias por onde passa a li-nha que nos juntemos todospor uma causa única”, asse-verou.

Cordão humano parareivindicar o Metro

Depois da agitação da

manhã, a população do Murovoltou a “bater o pé” durantea tarde de domingo, na defe-sa do meio de transporte. Ospopulares mobilizaram-se jun-to da estação desactivadapara fazer um cordão huma-no e gritar: “Metro já, votosnão há”.

Hélder Ferreira foi uma dascentenas de pessoas que ca-minharam entre a Junta e aantiga estação. Este murenseconsidera que a manifestação“deve começar por algumlado”, mas lamenta “a falta deapoio das outras freguesiasdo concelho”. “Isto deve seruma guerra da Trofa para teraqui o metro”, atestou.

Populares reivindicam vinda do metro até à TrofaPopulação fez-se ouvir no dia das eleições

Murenses fizeram um cordão humano

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www.onoticiasdatrofa.pt O Notícias da Trofa | 27 de Janeiro de 2011 Actualidade13

Rita MaiaIsabel Moreira Pereira

Nem sequer um eleitor do Muroexerceu o seu direito de voto estaterça-feira. Depois do boicote dedomingo, os murenses voltaram anão ir às urnas para, mais uma vez,mostrar o seu descontentamentocom a retirada do comboio de cir-culação e o constante adiamentoda conclusão da Linha Verde doMetro até à Trofa.

Às oito horas de terça-feira, asmesas de voto abriram na Junta deFreguesia do Muro, de forma a dar voza quem entendesse votar. No entan-to, as horas foram passando e ape-nas chegavam ao local jornalistas ealguns populares que reiteravam oprotesto e a vontade de não votar atéque “o metro venha para a Trofa”,antevendo possíveis boicotes a actoseleitorais futuros. Foi isso mesmo quedefendeu António Oliveira, residenteem Alvarelhos, mas solidário com acausa murense. “Tenho quase a cer-teza que nas próximas eleições, se-jam elas para o próximo mês ou daquia quatro anos, a Trofa toda vai aderirao boicote até que o metro passeaqui”, vaticinou, olhando de relanceno sentido do local onde outrora pas-saram comboios na “linha estreita”.

Ninguém votou no Muro

Murenses não esconderam alegria ao final do dia

Manuel Santos chegou à Junta deFreguesia do Muro montado num ca-valo, que, desde que retiraram o com-boio de circulação, é o seu meio detransporte, porque “em casa só existeum carro” e a esposa “precisa dele”.Esta foi a forma que este murense es-colheu para mostrar o seu desagradopor uma situação que já se arrasta háquase uma década.

Também Lúcia Oliveira quer ver aquestão do “metro para a Trofa resol-vida” e vai mais longe ao afirmar queos murenses “deviam cortar a estra-da”, porque “o metro faz muita falta”.“Se não queriam colocar o metro, nãotiravam o comboio. Eu sou doenteoncológica, não posso passar semtransportes e só muito raramente éque há camionetas”, lamentou.

Enquanto Lúcia Oliveira explicavaa importância da vinda do metro paraa Trofa, Nelson Neves, Pedro Santose Pedro Paiva conversavam entre sisobre o mesmo tema. Estes três jovensde 18 anos fizeram parte das duasmesas de voto instaladas na Junta deFreguesia, juntamente com algunscolegas. Os três rapazes nunca vota-ram e estão solidários com o resto dapopulação mas, devido ao boicote dedomingo, foi necessário convocar no-vos elementos para a mesa de voto.“Já há muito tempo que precisamosdeste transporte, sobretudo nós, os

jovens, e esta é uma boa forma de co-meçar a nossa ‘vida eleitoral’”, garan-tiu Nelson Neves. Pedro Santos com-pletou a ideia: “Não estamos a apoiarnem a votar em nenhum candidato,mas sim a votar no Metro”. O colegaPedro Paiva constatou que o dia es-tava “a ser calmo” e até queria que“continuasse assim”, pois era “umaforma de protesto pacífica”. “Estavaansioso por votar pela primeira vez,mas esta é uma boa causa”, confes-sou.

Foi assim ao longo de todo o dia,com palavras de incentivo e de soli-dariedade proferidas enquanto o re-lógio contava os minutos que faltavamaté às 19 horas, altura em que as ur-nas encerraram como abriram: vazi-as. “Vitória! Vitória!” gritavam os mu-renses que fizeram questão de parti-cipar neste momento histórico para oMuro, para a Trofa e para o país. Masas grandes vitórias são conseguidasa custo e os minutos que antecede-ram a abertura das urnas foram vivi-dos de forma ansiosa, com olhares(in)discretos através dos vidros dasjanelas até que o momento mágicoaconteceu: o presidente da mesa cor-tou o fio lacrado, retirou a tampa e vi-rou a urna ao contrário, sem que nemum papel dobrado caísse. Marta Silvafazia parte do grupo que não escon-dia a alegria do momento: “O Muropode ser muito pequeno, mas hoje(terça-feira) foi muito grande. Fez-seouvir com um acto de cidadania, pro-

testando mas pacificamente”.Luís Silva também esteve na Junta

de Freguesia para o momento do en-cerramento das mesas da voto e pro-meteu que “não” volta a exercer o di-reito de voto enquanto “o metro nãochegar ao Muro”.

“No domingo as pessoas não vota-ram porque não puderam, mas destavez não votaram porque não quiserame este foi um apoio muito forte a todosos que se envolveram nesta luta”. Foidesta forma que António Correia re-sumiu os acontecimentos dos últimosdias.

O objectivo estava alcançado e foicumprido “a cem por cento”: “Chamara atenção dos governantes”. Ao finalda tarde, Carlos Martins, presidente daJunta, sentia “o mesmo” que os cercade 2600 habitantes da freguesia, por-que esta votação “foi a prova dosnove”, que confirmou a “indignação”do povo do Muro.

O autarca não escondeu o conten-tamento e anunciou que está a serorganizada uma visita de quatro de-putados do CDS. “Estamos a tentarque todos os deputados, de todos ospartidos, eleitos pelo círculo do Portovenham ao Muro para dizer o porquêda não vinda do metro até à Trofa, setodos prometeram que ele chegaria aoconcelho. Queremos saber se nos vãocontinuar a enganar ou se, de facto,vão começar com a construção da li-nha do metro”, afirmou o autarca.

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Populares estavam satisfeitos pelo facto de se ter confirmado abstenção total

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www.onoticiasdatrofa.pt 27 de Janeiro de 2011 |O Notícias da Trofa14Actualidade

Fundadora: Magda AraújoDirector: Hermano Martins (T.E.774)Sub-directora: Cátia Veloso (C.O. 742)Publicidade : Maria dos Anjos AzevedoRedacção: Cátia Veloso (C.O. 742), Isabel MoreiraPereira (T.P. 1311), Rita MaiaSector desportivo: Cátia Veloso (C.O. 742), DianaAzevedo, Marco Monteiro (C.O. 744), MiguelMascarenhas (C.O. 741)

Ficha TécnicaColaboradores: Afonso Paixão, Atanagildo Lobo,Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864),Teresa Fernandes, Tiago VasconcelosFotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O. 865)Composição: Magda Araújo, Cátia VelosoImpressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda,Assinatura anual: Continente: 18,20 Euros; Extraeuropa: 57,50 Euros; Europa: 40,60 Euros;Avulso: 0,50 EurosE-mail: [email protected]

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Cátia [email protected]

Movimento AmbienteSaudável conseguiu reco-lher cerca de 600 assinatu-ras contra os maus cheiros,em S. Romão do Coronado,no dia das eleições.

Em dia de eleições houvequem trabalhasse por umacausa. No domingo, à porta daEscola da Portela, em S. Ro-mão, elementos do Movimen-to Ambiente Saudável, queluta contra os maus cheirosque afectam a freguesia, re-colheram cerca de 600 assi-naturas dos eleitores que vo-taram para a Presidência daRepública.

Segundo Joaquim DiasPereira, um dos elementos doMovimento, a iniciativa “correumuito bem”. “Todos aquelesque nós abordámos assina-ram”, referiu.

Depois de ter apresentadopublicamente uma petiçãoonline, cujas assinaturas vi-

Assinaturas contramaus-cheirosem dia de eleições

sam chegar à Assembleia daRepública, o Movimento Am-biente Saudável consideraque esta acção junto dos elei-tores foi “um bom segundopasso” na luta contra os mauscheiros, que incomodam osmoradores de S. Romão e S.Mamede do Coronado, Cove-las e até mesmo algumas fre-guesias do concelho da Maia.

“Agora teremos que conti-nuar a incentivar ainda maispara a assinatura da petição.Na próxima semana vamosfazer um balanço da primeirarecolha, porque os primeirosdias foram um sucesso. Comesta divulgação de hoje (do-mingo), deu-se a conhecer apetição, mas vamos ter queandar pela rua a recolher asassinaturas”, explicou.

O Movimento AmbienteSaudável já conseguiu cercade mil assinaturas. Para quetenha viabilidade para ir a dis-cussão à Assembleia da Re-pública, são necessárias qua-tro mil.

Isabel Moreira PereiraCátia Veloso

Cavaco Silva foi o ven-cedor das eleições presi-denciais 2011. Na Trofa, oacto eleitoral decorreucom normalidade em todasas freguesias, à excepçãodo Muro.

Na Trofa, como em todo opaís, Cavaco Silva foi o ven-cedor das eleições presiden-ciais 2011. Com 9555 votos,Cavaco ultrapassou ManuelAlegre, que obteve apenas2854 votos.

Os trofenses foram às ur-nas em todas as freguesias,à excepção do Muro que, de-vido à ausência de elementospara as mesas de voto, obri-gou à marcação de novo su-frágio para esta terça-feira,conforme está estabelecido nalei. No entanto, nenhum elei-tor foi votar, o que contribuiupara o aumento dos valoresda abstenção, que na eleiçãodeste ano se cifrou nos 48,94por cento (em 2006 foi de29,84 por cento, de acordocom dados divulgados emwww.presidenciais.mj.pt). Ape-sar da abstenção do Muro, “oacto eleitoral decorreu de umaforma pacífica e não se regis-tou nenhum incidente”, expli-cou José Magalhães Moreira,vice-presidente da Câmara

Cavaco ganhou na TrofaMunicipal da Trofa. De acor-do com o autarca, a afluênciaàs urnas “foi mais baixa doque na anterior eleição” e osresultados “estiveram dentrodo expectável”.

Quanto aos candidatos, osdiscursos foram díspares.Enquanto um festejava a vi-tória, o outro assumia a der-rota. Cavaco Silva foi reeleitoPresidente da República com52,95 por cento dos votos e,por isso, saudou todos aque-les que lhe deram “a confian-ça do voto de uma forma tãoexpressiva”. “Farei tudo o queestiver ao meu alcance parajustificar a confiança que emmim depositaram”, frisou.Quanto aos ataques de quefoi alvo durante a campanha,Cavaco deixou bem claro: “Foia vitória da verdade sobre acalúnia, a vitória de uma can-didatura feita pela positiva”.

Já Manuel Alegre, que re-colheu apenas 19,76 por cen-to dos votos, felicitou CavacoSilva, assumiu “pessoalmen-te a derrota” e rejeitou “qual-quer comparação com outraseleições”. “O meu objectivo

era a passagem à segundavolta, não consegui e por issoassumo a derrota”.

Mas nestas eleições houveoutras surpresas. FernandoNobre, candidato independen-te, mostrou-se satisfeito pelofacto de que a “candidatura dapura cidadania” ter “um resul-tado histórico”. “Com cerca de14 por cento dos votos e 500mil votantes, não tenhamosdúvidas, a cidadania portugue-sa está viva, recomenda-se eo país vai ter que ter isso emconta”, acrescentou. José Ma-nuel Coelho, conquistou 4,49por cento dos votos dos por-tugueses, tendo ficado em se-gundo lugar no arquipélago daMadeira, por isso garantiu queo seu “futuro político” seriaagora “lutar por uma Madeirademocrática, onde o 25 deAbril floresça nos coraçõesdos madeirenses na sua ple-nitude”. O objectivo é “derro-tar a ditadura ‘jardinista’”.

O candidato apoiado peloPCP, Francisco Lopes, obte-ve 7,14 por cento dos votos eDefensor Moura reuniu 1,57por cento dos votos.

Movimento já conseguiu cerca de mil assinaturas

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Cátia [email protected]

A JS da Trofa pendurouuma tarja na Ponte D. Luís,no Porto, com a mensagem“Metro para a Trofa já!”.Dois elementos da juven-tude partidária foram cons-tituídos arguidos.

“Metro para a Trofa já!”. Amensagem despertou com acidade do Porto, no sábado.Passava pouco das 7.30 ho-ras, quando alguns elementosda Juventude Socialista (JS)da Trofa decidiram reivindicaro meio de transporte, colo-cando uma tarja no tabuleirosuperior da Ponte D. Luís I.

As baixas temperaturasque se sentiram na baixaportuense não desmobiliza-ram os jovens socialistas que,com mais ou menos dificulda-de, lá conseguiram pendurara tarja de 50 metros de com-primento e três metros de lar-gura.

O vento não ajudou, masa mensagem esteve na pontequase uma hora. A forma deluta ecoou em todo o país, já

JS Trofa protesta com tarja na Ponte D. Luísque a iniciativa foi divulgadaem vários órgãos de comuni-cação social nacionais.

Segundo o líder da JS,Marco Ferreira, esta iniciativaé uma mostra de “indigna-ção”. “Vemos com muita pre-ocupação o último adiamentosine die que foi ajustado àobra do Metro e pensamosdesenvolver esta forma deluta para mostrar a nossa pre-ocupação e indignação. En-tendemos que as entidadesda Trofa devem estar envol-vidas nesta questão”, expli-cou.

Para Marco Ferreira, aobra “deve ser prioritária” edeve fazer mobilizar todas “asforças vivas do Norte de Por-tugal”. “Esta é uma questãoque abrange todos os parti-dos políticos, pois, no quadroda sua acção na Assembleiada República, têm um papelmuito importante a dar no con-tributo para que esta obra se-ja uma realidade num futuropróximo”, argumentou.

O líder da JS Trofa defen-de que os políticos “devemouvir o povo” e “olhar para aspromessas que lhes foram fei-

tas e que lhes são constante-mente adiadas”. “Tenho aconvicção que a população,as forças vivas e as entidadesmunicipais da Trofa ao conti-nuar com a sua força, com oseu desempenho por estacausa, terão a oportunidadede ter a obra do Metro”, as-

severou.Antes de regressar a casa,

os jovens socialistas foramlevados à esquadra da PSP,no Porto, e dois elementosforam constituídos arguidos,tendo-lhes sido aplicado oTermo de Identidade e Resi-dência. A tarja também foi

apreendida pelas autorida-des.

Marco Ferreira entendeque “as autoridades têm quefazer o seu papel”, mas con-sidera que “se fizerem justiçaem relação à JS Trofa”, espe-ra que “se faça justiça em re-lação à população da Trofa”.

Vento dificultou acção dos jovens socialistas

Depois de apresentar umvolume de negócios superiora 595 milhões de euros em2010, na fábrica de Lousado(Vila Nova de Famalicão), ogrupo alemão Continental

Lousado

Continental pondera investimentosuperior a 50 milhões de euros

está a ponderar um investi-mento superior a 50 milhõesde euros na unidade.

A novidade foi avançadapelo presidente da subsidiá-ria portuguesa do grupo, An-

tónio Lopes Seabra, em de-clarações ao Jornal de Negó-cios.

O objectivo é reforçar a li-nha de produção de pneus dealta performance, cuja produ-

ção aumentou no último ano.A concretizar-se este intento,a Continental vai dar empre-go a “algumas dezenas de tra-balhadores” e atingir os 470milhões de euros de investi-

mentos nesta unidade de pro-dução. A decisão ainda não foitomada pela “casa-mãe”, maso grupo já adquiriu os terre-nos da fábrica de pneus Tri-bor, que faliu em 2000. R.M.

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www.onoticiasdatrofa.pt 27 de Janeiro de 2011 |O Notícias da Trofa16Região

Isabel Moreira Pereira

[email protected]

Cerca de 50 instituições,empresas e escolas res-ponderam afirmativamenteà Mundos de Vida e junta-ram-se à campanha ‘Procu-ram-se Abraços’ de 2011.

A Mundos de Vida continuaà procura de abraços. Numafábrica, no supermercado, napadaria, na GNR, no hospital,no tribunal e até nas estaçõesde comboios. Também portodo o lado existem criançasque necessitam de uma famí-lia de acolhimento que possadar amor, carinho e muitosabraços.

A 19 de Janeiro, a Mundosde Vida apresentou a campa-nha para 2011 ‘Procuram-seAbraços’. Esta forma de cap-tar a atenção para as crian-ças que necessitam de umafamília de acolhimento surgiuhá cinco anos e “tem sido um

Mundos de Vida continua a procurar abraçossucesso”. Mas este ano, oobjectivo é outro, como expli-cou Manuel Araújo, presiden-te da Mundos de Vida: “Con-seguimos levar este projectoa dez concelhos da nossa re-gião, cinco do distrito de Bra-ga e outros cinco do distritodo Porto, aliás a sede dosnossos serviços no distrito doPorto é na Trofa”.

“A novidade deste ano foia criação de uma rede ‘Pro-curam-se Abraços’, onde con-seguimos juntar um conjuntode entidades, estabelecimen-tos de ensino, empresas e aideia é chegar a mais gente”,acrescentou.

Esta campanha conta tam-bém com o apoio dos padri-nhos, Sónia Araújo e JorgeGabriel, que se mostraramsatisfeitos com o alargamen-to desta campanha. “De hácinco anos para agora sãomais pessoas a acreditar nes-te projecto e também fico con-tente porque a Mundos de

Vida já conseguiu alargar asua rede de actuação paramais crianças e jovens pode-rem beneficiar deste serviço”,adiantou Sónia Araújo. Já Jor-ge Gabriel fez questão de fri-sar que esta “rede transfor-ma-se e não tem cor política”.

Joana Lima, presidente daCâmara Municipal da Trofa,também marcou presença nacerimónia e considerou quetodos se deviam empenhar afavor desta causa. “Penso quetodos os municípios, todas ascâmaras e toda a sociedadecivil se devem empenhar mui-to para poder dar o seu contri-buto para que as criançaspossam ser mais felizes”, rei-terou. Sem esquecer o papelda Mundos de Vida no con-celho da Trofa a edil lembrouque está em construção um lare um centro de dia na fregue-sia de Alvarelhos que “vemenriquecer toda a rede socialdo concelho”.

Cerca de 50 instituições,empresas e escolas responde-ram afirmativamente à Mundos

de Vida e juntaram-se à cam-panha ‘Procuram-se Abraços’de 2011. O Colégio da Trofatambém está disposto a aju-dar e os seus alunos partici-param no vídeo promocional.“Penso que este é um projec-to credível e já manifestamoso nosso apoio total, naquiloque pudermos fazer”, lembrouAmérico Gomes, um dos res-ponsáveis pela instituição deensino, frisando que outrodos objectivos é “incutir nosjovens o espírito solidário”,para que “cresçam a pensarnaqueles que precisam deajuda todos os dias”.

Esta “mudança de mentali-dades”, incentivada pela Mun-dos de Vida, foi elogiada porIdália Serrão, Secretária deEstado Adjunta e da Reabili-tação. “Só a Segurança Soci-al transfere, por dia, para asInstituições Particulares deSolidariedade Social 3,2 mi-lhões de euros, junto com osrecursos dos municípios, dasaúde, da educação, da admi-nistração interna, dos volun-

tários, portanto há um conjun-to de recursos que nos obri-gam a trabalhar as redes deoutra forma e o senhor enge-nheiro Manuel Araújo e a Mun-dos de Vida têm o mérito deconseguir olear estas redes,pô-las a trabalhar em conjun-to e é desta forma que vãoconseguindo ter sucesso noseu trabalho”, considerou.

“Todas as crianças têm di-reito a ter um colo e a uma fa-mília”. Esta é a ideia essenci-al desta campanha que come-ça agora e que espera a par-ticipação de muitas famíliasque estejam dispostas a aco-lher. Para mais informaçõescontacte a Mundos de Vidaatravés do telefone 252 499018.

Veja a reportagem emwww.trofa.tv

Sónia Araújo e Jorge Gabriel (à direita) são os padrinhos da campanha

A Associação de Dado-res de Sangue de Vila Novade Famalicão anda “à pro-cura de sangue novo”, paraajudar os doentes portu-gueses.

Para isso, vai promoveruma colheita de sangueeste domingo, na sede daJunta de Freguesia de Bru-fe, entre as nove e as 12.30horas.

A colheita será feita peloInstituto Português do San-gue do Porto e conta com oapoio do Agrupamento 218do Corpo Nacional de Escu-tas, estando aberta à popu-lação em geral. R.M.

ColheitadeSangueemBrufe

Municípios da Trofa e Maia são parceiros no projecto

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www.onoticiasdatrofa.pt O Notícias da Trofa | 27 de Janeiro de 2011 Região 17

O músico português David Fonse-ca vai apresentar o seu mais recentetrabalho “Between Waves” no Casinoda Póvoa, no Dia dos Namorados.

Na data mais romântica do ano,David Fonseca “promete extasiar aplateia com a sua voz e o seu carisma”,afirmou fonte do Casino.

Inspirado pela canção “U KnowWho I Am”, do seu mais recente tra-balho, David Fonseca vai conceberum espectáculo de características úni-cas em que, tal como o subtítulo indi-ca, estará em palco apenas acompa-nhado dos seus instrumentos e deuma máquina fotográfica.

David Fonseca canta no Casinono Dia dos Namorados

Segundo a mesma fonte, “a sur-presa vai ser um elemento presentenestas apresentações a solo”.

“O recurso a instrumentos que nãoestamos habituados a ver em David,canções mais emblemáticas mas tam-bém as menos tocadas, com temasseus e de outros, com conversa e comsilêncios, acústico e eléctrico, commúsica e com imagens vão ‘pintar’” oconcerto.

O espectáculo realiza-se pelas 23horas, mas antes há jantar, pelas20.30 horas. O preço da entrada porpessoa é de 50 euros. C.V.

David Fonseca vai apresentar o mais recente trabalho

Já estão abertas as candidaturaspara a 1ª edição do “Curso de Pós-Graduação em Gestão do Risco daFraude”, promovido pela Escola Su-perior de Gestão, do Instituto Po-litécnico do Cávado e do Ave (IPCA).Os interessados podem inscrever-seaté 31 de Janeiro e o curso tem iníciona segunda quinzena de Fevereiro.

Este curso destina-se a quadrossuperiores de empresas e da Admi-nistração Pública e Tributária, TOC(Técnicos Oficiais de Contas), ROC(Revisores Oficiais de Contas), Audito-res, Consultores, Mediadores de Se-guros e Imobiliários, Advogados, Soli-

Gestão do riscoe da fraude no IPCA

citadores, bem como outras entidadessujeitas às obrigações da Lei n.º 25/2008, de 5 de Junho, que impôs o “De-ver de Formação” e outros profissio-nais com competências em matéria deprevenção e repressão das diferen-tes formas de fraude, em especialagentes de entidades administrativasou autoridades policiais.

As candidaturas poderão ser fei-tas na secretaria da Escola Superiorde Gestão do IPCA, ou enviadas porcorreio ou email. Para mais informa-ção, os interessados podem consul-tar o site www.ipca.pt. R.M.

Até 19 de Junho, pode visitar a ex-posição “Santo Tirso e o advento daRepública”, no Centro Cultural de Viladas Aves (CCVA), inserida nas cele-brações dos 100 anos sobre a revo-lução de 5 de Outubro.

As comemorações oficiais do cen-tenário da República, iniciadas em2010, terminam apenas em Agostodeste ano e o objectivo é sublinhar “a

República em exposiçãoperspectiva local (concelhia) dosacontecimentos”, explicou fonte daautarquia tirsense. “Com esta exposi-ção, a Câmara Municipal documentanão só este importante período da his-tória nacional como presta uma sin-gela homenagem aos primeiros repu-blicanos de Santo Tirso”, acrescentou.R.M.

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www.onoticiasdatrofa.pt 27 de Janeiro de 2011 |O Notícias da Trofa18 Desporto

Cátia [email protected]

O Trofense venceu oSanta Clara por 3-2, na 15ªjornada da Liga Orangina,e ascendeu à liderança docampeonato. O presidentedo clube, Rui Silva, foi ho-menageado.

Os olhos de Rui Silva en-cheram-se de lágrimas quan-do uma compilação de ima-gens sobre o seu trabalho noTrofense começou a passarno ecrã do estádio. Em plenointervalo do jogo contra oSanta Clara, no qual a equi-pa da Trofa venceu por 3-2, opresidente do clube foi home-nageado por dirigentes, adep-tos e ainda pelas entidadesdo desporto e do concelho.Fernando Gomes, presidenteda Liga Portuguesa de Fute-bol Profissional, Lourenço Pin-to, presidente da Associaçãode Futebol do Porto, JoanaLima, presidente da CâmaraMunicipal, e José Sá, presi-dente da Junta de Freguesiade S. Martinho de Bougado,entregaram lembranças a RuiSilva, que mereceu ainda umcartaz com a sua imagem es-tendido na bancada, onde es-tá instalada a claque.

O agradecimento por terlevado o Trofense até à Pri-meira Liga e o pedido paraque dirija os destinos do em-blema até ao final da época(mandato terminou esta quin-ta-feira) ecoaram pelo estádioque também foi palco de umjogo de “cambalhotas”.

A jogar em casa, a forma-ção da Trofa necessitava devoltar aos bons resultados pa-ra aproveitar a perda de pon-tos dos adversários directos,

Penafiel-VarzimArouca-Santa Clara

Freamunde-FeirenseLeixões-Covilhã

Trofense-Gil VicenteEstoril-MoreirenseFátima-Oliveirense

Desp. Aves-Belenenses

01. Trofense – 2602. Oliveirense – 2503. Gil Vicente – 2404. Arouca - 2405. Feirense – 2406. Desp. Aves – 2207. Leixões – 2108. Moreirense – 2009. Belenenses – 1810. Penafiel – 1811. Varzim – 1812. Santa Clara – 1713. Estoril – 1714. Freamunde – 1615. Covilhã – 1516. Fátima – 10

Próxima jornada(06-02-2011)

Classificação

Varzim 1-1OliveirensePenafiel 1-1 MoreirenseFátima 1-3 Gil VicenteEstoril 1-1 BelenensesDesp. Aves 2-0 Covilhã

Trofense 3-2 Santa ClaraFreamunde 2-2 AroucaLeixões 2-1 Feirense

Resultados15ª jornada

T. Bruno MouraFilipe MendesVítor AlvesDiogo SilvaIlicNélsonJefersonGabiPacheco 81’PlatiniRenato 73’AlexFajardo 62RenanMoreira

T. Porfírio AmorimMarcoJoão DiasPedro RibeiroVarelaIgorFilipe GonçalvesNikiema 74’TiagoSerginhoLicá 81’NildoZé ManelBahinReguila 46’

Local: Estádio do CD TrofenseÁrbitro: Bruno Esteves (AF Setúbal)

Cartões amarelos: Platini (43’), ZéManel (44’) e Pacheco (86’)Marcadores: Serginho (25’), Platini(32’), Diogo Silva (41’), Filipe Gonçal-ves (50’) e Nildo (76’)Resultado ao intervalo: 1-2

TrofenseSanta Clara

32

Trofense líder em tarde de cambalhotas

como o Feirense e o Arouca.O Santa Clara protago-

nizou as primeiras oportunida-des de golo, mas quem che-gou ao golo foram os anfitri-ões, aos 25 minutos: Serginhodesmarcou-se pela esquerdae rematou para o primeiro go-lo oficial como sénior com acamisola do Trofense.

No entanto, muito mais es-tava para vir. Os açorianosnão “baixaram os braços” ederam a volta ao marcador,primeiro com Platini a rema-tar forte, de fora da área, parao fundo das redes de Marcoe depois foi Diogo Silva a com-pletar a reviravolta no marca-dor, na sequência de um livremarcado por Alex.

Desagradados com o rumoque o jogo estava a levar, al-guns adeptos gritavam críti-cas às opções de PorfírioAmorim.

A desvantagem não fez oTrofense desistir de lutar pelaliderança do campeonato. Aos

50 minutos, Filipe Gonçalvesrepôs o empate, após passede Zé Manel que, aos 76, ati-rou ao poste. Na recarga, Nil-do fez o 3-2

No final, o treinador doSanta Clara considerou que osegundo tento do empate foio lance da partida. “Não pode-mos sofrer aquele golo de bo-la parada, que alterou com-pletamente o cariz de jogo”, fri-sou.

Já o treinador do Trofense,

direccionou o seu discursopara os que não apoiam aequipa: “Estou aqui, mas nãome apetecia, pela falta de res-peito de algumas pessoas.Mas também digo que as pes-soas significativas do Trofen-se valem muito, até podem sermuito poucas, mas valem mui-to mais do que esses que sóquerem é dizer mal”, atestou.

E a cota de responsabilida-de de Porfírio Amorim pela vi-tória “vai toda para uma parte

significativa da massa asso-ciativa, que apoiou os jogado-res de uma forma incondicio-nal”. “Tenho a certeza que aminha vontade é extensivaaos jogadores”, concluiu.

Com este resultado, oTrofense ascendeu à lideran-ça, com 26 pontos, mais umque a Oliveirense. Na próximajornada, a 6 de Fevereiro, oTrofense recebe o Gil Vicente,para o início da segunda vol-ta.

Serginho foi um problema para os defesas do Santa Clara

Cátia [email protected]

Por ter sido o campeãode inverno da Liga Oran-gina, o Trofense recebeu oprimeiro Troféu BetClic.

O Clube Desportivo Tro-fense recebeu o primeiro Tro-féu BetClic, esta terça-feira,por ser campeão de invernoda Liga Orangina. Este galar-dão é o primeiro de nove queserão entregues pelo sítio deapostas esta época às equi-pas que se destacarem nocampeonato.

O capitão de equipa, Tia-go, e o treinador, Porfírio Amo-rim, receberam o troféu quedistingue o clube pelo facto deconseguir terminar a primeiravolta da Liga Orangina em pri-meiro lugar. “É com grandesatisfação que recebemos es-te troféu, o qual revela o reco-nhecimento da BetClic em re-lação à qualidade e competiti-vidade da Segunda Liga”,atestou Porfírio Amorim.

O técnico frisou ainda que“a classificação actual é o re-sultado do empenho de todosno clube em levar a equipa ao

Trofense recebe Troféu BetClicmelhor resultado a cada jor-nada”.

Já para os responsáveisda BetClic, “a Segunda Ligaé, provavelmente, a competi-ção de futebol mais equilibra-da em Portugal e conta comgrandes clubes, treinadores ejogadores”. “Como orgulho-sos patrocinadores destasequipas sentimos, desde oinício, uma imensa necessida-de de dar um incentivo espe-cial àquelas que se destacamno plano desportivo. Hoje (ter-ça-feira) damos os parabéns

ao CD Trofense por ter venci-do a categoria Campeão deInverno numa liga tão compe-titiva e desejamos boa sortea todos os clubes para a se-gunda volta da prova”, acres-centaram.

O sítio de apostas vai ain-da distinguir o vencedor docampeonato, o 2º classificado,a equipa com mais golos mar-cados, a equipa mais discipli-nada, o melhor marcador, omelhor jogador, o jogador re-velação e o melhor treinador.

Tiago e Porfírio Amorim receberam o troféu

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www.onoticiasdatrofa.pt O Notícias da Trofa | 27 de Janeiro de 2011 Desporto 19

Cátia VelosoRita Maia

O Paradela venceu o Al-fenense, com golo de Pe-droto na segunda parte.

Era importante vencer ojogo contra o Alfenense paratentar fugir do lugar incómo-do que é o antepenúltimo. Ajogar no Parque de Jogos daRibeira, reduto do Bougaden-se, o Paradela cumpriu e pelamargem mínima (1-0) somoutrês pontos numa exibição queagradou muito ao treinadorAndré Azevedo.

Mas o triunfo só foi conse-guido na etapa complementar,depois de 45 minutos de fute-bol apático e sem oportunida-des de golo.

A ânsia de fugir da perigo-sa “linha de água” fez comque o Paradela reentrassemais afoito na partida, che-

T. Juvenal BrandãoHélderRicardo CaetanoSérgioDiogoRui Bento (71’)HoráciOCarlos Oliveira (60’)JoãoRicardo FerreiraNunoHumberto GomesMárcio GuimarãesDécio MartinsMarco Reis (45’)

T. André AzevedoSérgioPedrotoFilipeDiogoRuizinhoBecasIvanPedro GonçalvesPedro SilvaMilhazes (83’)AndréVítor (76’)RicardinhoTonanha (63’)

Local: Parque de Jogos da RibeiraÁrbitro: Bruno Chasqueira

Cartões amarelos: Sérgio Cunha(33’), Marco Reis (78’), Vítor (88’) eBecas (90’+2’)Marcador: Pedroto (67’)Resultado ao intervalo: 0-0

ParadelaAlfenense

10

Paradela vence e afasta-seda “linha de água”

gando mais vezes à balizaadversária.

O primeiro aviso foi deixa-do por Ivan, aos 47 minutos,com um remate perigoso quesaiu por cima da barra. Pou-co tempo depois, foi Pedro Sil-va que, num remate de ressa-ca, obrigou o guardião do Alfe-nense a uma grande defesa,na sequência de um cruza-mento de Ivan.

A insistência acabou pordar frutos, já que, aos 67 mi-nutos, Pedroto aproveitouuma “segunda” bola para fa-zer um “chapéu” ao guarda-redes do Alfenense.

Os forasteiros nunca con-seguiram discernimento sufi-ciente para chegar com peri-go à baliza de Sérgio. Quemaproveitou foi o Paradela, quegeriu a vantagem até ao fim eassegurou três pontos impor-

tantes na luta pelo objectivoda manutenção na 1ª Divisãoda Associação de Futebol doPorto (AFP).

Em declarações ao NT, Ju-venal Brandão, treinador doAlfenense, estava “desiludido”com a prestação da equipa,mas assumiu a responsabili-dade da derrota. “Foi um jogomuito mau da nossa parte, opior desde que estou no Alfe-nense. Temos que alterar, por-que esta não é a nossa ima-gem”, frisou.

Já o técnico do Paradela,André Azevedo, reconheceuque o jogo “foi muito bem con-seguido”.

“Dominámos, praticamen-te, o jogo todo. O resultado fi-xou-se em 1-0, mas podiam tersido dois ou três. O adversá-rio só criava perigo a partir delances de bola parada”, ates-tou.

André Azevedo gostou “dagarra, do querer e da vonta-de” que os jogadores demons-traram, considerando que “es-tarem mais empenhados doque estão deve ser impossí-vel”.

O treinador reiterou que osjogos em casa “são para ga-nhar”, tudo para que a épocaseja tranquila e faça com quea equipa se aguente no cam-peonato.

O Paradela ocupa o 15º lu-gar da série 2 da 1ª Divisãoda AFP, com 22 pontos, maistrês que o S. Lourenço doDouro, que está abaixo.

Na próxima ronda, a equi-pa da Trofa defronta o 4º clas-sificado, Leões da Citânia.

Sobrado-S. MartinhoLeverense-BaiãoErmesinde-Gens

Rio Moinhos-Águias EirizCrestuma-Marco 09

S. L.Douro-Leões SeroaAlfenense-Caíde Rei

Leões Citânia-ParadelaD. Sand.-Folgosa

01. D. Sandinenses – 4602. Baião – 4303. Marco 09 – 4204. Leões Citânia – 3605. Sobrado – 3506. Rio Moinhos – 3307. Ermesinde – 3108. S. Martinho – 2909. Folgosa – 2910. Águias Eiriz – 2811. Leverense – 2612. Alfenense – 2613. Leões Seroa – 2414. Caíde Rei – 2315. Paradela – 2216. S. Lourenço Douro – 1917. Crestuma – 1518. Gens – 14

Próxima jornada(30-01-2011)

Classificação

Folgosa 0-3 S. MartinhoBaião 2-0 Sobrado

Gens 1-0 LeverenseÁguias Eiriz 2-0 ErmesindeMarco 09 2-0 Rio MoinhosLeões Seroa 2-0 CrestumaCaíde Rei 2-0 S. L. Douro

Paradela 1-0 AlfenenseD. Sand. 2-1 Leões Citânia

Resultados21ª jornada

Diogo tenta desarmar o adversáiro

T. Luciano SimõesRuiPaulo NevesCruzCarlos Pereira 60’AzevedoNunes 82’Bruno SantosRicardo CostaPedroCoutoTavares 60’TóCristopherRibeiro

T. Manuel TavaresFariaNelsonCésarQuintãoLeandroAndréIsmael 90’Manuel AntónioDidiNelsonArtur 87’TiagoBrunoRami 88’

Local: Complexo Desportivo ArcozeloÁrbitro: José Silva Ribeiro

Marcadores: Cruz (33’ pb), Bruno(81’), Nélson (85’) e Ribeiro (90’+2’ gp)Resultado ao intervalo: 1-0

S.FélixMarinhaBougadense

31

Cátia [email protected]

O Bougadense tropeçouno reduto do S. Félix da Mari-nha, no sábado, na 21ª jorna-da da série 1 da 1ª Divisão daAssociação de Futebol doPorto. A equipa liderada porLuciano Simões esteve apáti-ca na primeira parte e quaseofereceu “de bandeja” o do-mínio ao adversário. O S. Félixda Marinha, que pretendia re-cuperar pontos para o adver-sário, conseguiu chegar àvantagem aos 33 minutos, nasequência de um auto-golo deCruz, quando o atleta tentavacortar a bola para fora da área.

A equipa tentou mudar apostura na etapa complemen-tar e quando procurava peloempate, foi surpreendido peloadversário, que aproveitouque a defesa bougadense es-tava em “contrapé” para fazer

Bougadense intranquiloperde com S. Félixda Marinha

o 2-0, aos 81 minutos.Sem nada a perder, a for-

mação de Santiago de Bou-gado voltou a adiantar-se noterreno, deixando espaços naretaguarda e foi assim que,quatro minutos volvidos, Nel-son fez o 3-0, “matando” apartida.

Ribeiro ainda fez o tento dehonra do Bougadense, já nosminutos de compensação, nasequência de uma grande pe-nalidade.

Luciano Simões afirmouao NT que, na primeira parte,a equipa “não esteve à alturado que tem demonstrado”,pois apresentou-se “muitointranquila”. “Para isso contri-buiu muito a ausência do Vir-gílio, que dá segurança e ma-turidade ao grupo”, explicou.

O treinador referiu aindaque “quando a equipa estavaa lutar pelo empate, o BrunoSantos sofreu falta, mas o ár-bitro não marcou e o adversá-rio aproveitou que a defesaestava descompensada parafazer o contra-ataque e mar-car”, asseverou.

Agora, o objectivo é “recti-ficar” os aspectos menos bonsdo último jogo e tentar regres-sar aos triunfos.

Na próxima jornada, a par-tida é em casa com o Serzedo,mas o estatuto de vice-líderdos forasteiros não vai ame-drontar os atletas do Bouga-dense.

A formação de Bougadoocupa o 8º lugar do campeo-nato, com 32 pontos, os mes-mos que o Maia Lidador, 7ºclassificado.

Balasar-Leça BalioMaia Lidador-LavrenseGulpilhares-S.P. Rates

Foz-Desp. PortugalLabruge-Sra Hora

Bougadense-SerzedoValadares-S. Félix

Castêlo Maia-PerosinhoCanidelo-Perafita

01. Canidelo – 5302. Serzedo – 4503. Perafita – 4204. Desp. Portugal – 4105. Lavrense – 3806. Sra. Hora – 3507. Maia Lidador – 3208. Bougadense – 3209. S. Félix Marinha – 3010. Gulpilhares – 2411. Perosinho – 2312. Castêlo Maia – 2213. S. Pedro Rates – 2214. Leça Balio – 1815. Labruge – 1816. Foz – 1717. Balasar – 1618. Valadares – 12

Próxima jornada(30-01-2011)

Classificação

Perafita 3-1 Leça BalioLavrense 2-1 Balasar

S.P. Rates 0-2 Maia LidadorD. Portugal 2-1 Gulpilhares

Sra. Hora 2-0 FozSerzedo 1-0 Labruge

S. Félix 3-1 BougadensePerosinho 3-1 Valadares

Canidelo 3-1 Castêlo Maia

Resultados21ª jornada

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[email protected]

O Clube Académico daTrofa está a viver momen-tos difíceis. As complica-ções financeiras assolam oemblema e a direcção re-solveu “dar um murro namesa” e pedir ajuda. Emcausa está a continuidadeda equipa sénior feminina,actual campeã nacional devoleibol.

Com um valor mensal dedespesas “na ordem dos 12mil euros”, o presidente Má-rio Moreira relembrou o histó-rico do CAT, referindo que“em seis anos é o quarto mai-or clube nacional em campe-onatos nacionais e em Taçasde Portugal”. Por ser “o únicoclube do concelho que entraem todas as competições paraganhar”, o presidente apelouà ajuda da Câmara Municipale dos empresários.

“O CAT está numa grandecrise. Muitas vezes pomos emquestão a continuidade doclube. Não somos subsídio-dependentes, mas obviamen-te dependemos de dinheiro,temos as nossas despesas eos nossos encargos”, frisou.

O responsável espera “re-ceber o subsídio da Câmararelativo a 2010 e 2011, nemque seja num valor mais re-duzido”. Recorde-se que, deacordo com Mário Moreira, oanterior executivo atribuía umsubsídio de 50 mil euros anu-ais ao clube. “Temos a certe-za que a autarquia vai olharpara nós com mais carinho e

Clube de voleibol pede ajuda para não acabar

certamente arranjar-nos osubsídio que é de inteira jus-tiça”, asseverou.

O apelo estendeu-se aosempresários para patrocinar oclube. Mário Moreira afirmouque vai “fazer um grande ape-lo à Federação (Portuguesade Voleibol) no sentido de setransmitirem jogos na televi-são”, para “poder oferecermais qualquer coisa aos pa-trocinadores”.

No entanto, Manuel Barbo-sa, treinador da equipa sénior,considera que se os empre-sários “apostassem mais naequipa e ajudassem a que elafosse às competições euro-peias, já havia jogos na tele-visão”. Para além das dificul-dades financeiras, o clubesofreu ainda com o afasta-mento de alguns directores. Opresidente não sabe a razãoda sua ausência: “Alguns es-tão afastados, mas resolvem

os problemas fora. Agora mui-tos outros deram o nome e nãoconseguem chegar-se ao clu-be. É sempre bonito ver no fi-nal da Taça que está lá todaa gente a bater palmas e aapoiar. É pena que não sejaassim toda a época”.

Capitã do CAT: “Começa achegar o limite…”

O tempo de vida do CAT éescasso e se para MárioMoreira o clube “já não deviaestar a viver”, porque tem“que pagar para ser presiden-te, assim como outros dirigen-tes”, já Manuel Barbosa apon-ta para um limite que acaba“dentro de uma ou duas se-manas”.

Na época passada, asatletas foram campeãs nacio-nais com três meses de sub-sídios em atraso. Jogadorase treinadores chegaram a

acordo com a direcção, masnesta temporada, apenas re-ceberam o do mês de Setem-bro. A capitã não esconde atristeza que se vive no seio doplantel: “Chegámos a um pon-to em que estamos a cumprircom os objectivos, mas nãocumprem connosco. Só quealém de sermos um grupo deatletas, somos pessoas quegostam de jogar e mantemo-nos juntas. Mas começa achegar o limite…”.

O treinador da equipasénior não esconde o desâ-nimo de ver o pavilhão cadavez mais vazio nos jogos econsidera “ignorância” o fac-to de pessoas alegarem des-conhecer o clube: “Um clubeque é campeão nacional tan-tas vezes, só quem é ignoranteé que não pode conhecer”.

Manuel Barbosa foi muitocrítico à forma como o paísencara o desporto no femini-

no: “A nível desportivo somosum país de terceiro mundo.Em Portugal, quando dizemque há direitos iguais não éverdade. Nós temos é os mes-mos direitos para pagar. Por-tugal a nível de desporto ob-tém mais títulos a nível femi-nino, veja-se a Telma Montei-ro, Ticha Penincheiro, AuroraCunha e Rosa Mota, mas aspessoas continuam a dizerque o masculino é que é bom”.

Pais das atletas“estão preocupados”com situação do clube

Também os pais das jovensque compõem o departamen-to de formação do CAT estãopreocupados com o futuro doclube. O porta-voz Jorge Ro-cha referiu que “todos os paistinham gosto que o clube con-tinuasse e aumentasse o nú-mero de atletas”. No entanto,está ciente das dificuldadesactuais, que fazem com quesejam os progenitores “a su-portarem as viagens das atle-tas para a maior parte dos jo-gos”, já que para os pavilhõesmais distantes “a Câmaradisponibiliza um autocarro”.

Jorge Rocha afirmou que,se o CAT acabasse, a maiorparte das jovens “deixavam depraticar voleibol, porque tor-na-se difícil praticar fora doconcelho”.

Mesmo com todas as difi-culdades, a equipa sénior doCAT soma e segue no campe-onato. No domingo, venceu oLeixões por 3-0 e consolidouo 2º lugar, que o permite dis-putar a 2ª fase da Divisão A1.

Dirigentes e atletas alertam que o tempo de vida do CAT é escasso

Depois de um sem núme-ro de empates consecutivos,a equipa de juniores do Tro-fense voltou às vitórias, des-ta feita frente ao Famalicãopor 1-0. Com este triunfo, aformação da Trofa soma 27pontos, ocupando o 8º lugar.

No escalão de juvenis A, oTrofense conseguiu uma vitó-ria importante no reduto doTirsense, por 1-2, o que lhepermite estar no 4º lugar, com42 pontos.

Já a equipa B goleou oFrazão, por cinco bolas semresposta, estando no 3º pos-

Cerca de 200 atletas nor-tenhos das Escolas GeraçãoBenfica visitaram o Estádio daLuz, na actividade anual re-servada às crianças, no sába-do.

Seis autocarros rumaram aLisboa bem cedo e pararamem Fátima para o almoço. Achegada ao estádio aconte-ceu às 15 horas e os craquesde palmo e meio tiveram opor-tunidade de se divertirem numtorneio, que decorreu no sin-tético da Luz.

O “momento alto” da inici-ativa aconteceu quando osatletas deram a volta ao está-dio, seis dos quais entraramde mão dada com jogadores

Craques da Geração Benficavisitaram Estádio da Luz

profissionais do Benfica.“Encurtar a distância que

separa o estádio da sua redede escolas” é o objectivo doclube com esta actividade.

O regresso à “casa-mãe”

acontece outra vez no final daépoca, para participar no en-contro nacional GeraçãoBenfica, que se realiza no rel-vado do Estádio da Luz. C.V.

Iniciados Breforçam liderança

to, com 41 pontos.Um empate a zero foi o re-

sultado da equipa de inicia-dos A frente ao Paços de Fer-reira. Com 28 pontos, os cra-ques de palmo e meio ocupamo 7º lugar.

A formação B do mesmoescalão venceu, fora de por-tas, o Alfenense por 0-1, dis-tanciando-se do adversáriona primeira posição.

No escalão de infantis 11,o Trofense perdeu com o Lei-xões por 0-3, ocupando ago-ra o 6º lugar, com 29 pontos.C.V.

Trofense

200 atletas visitaram Estádio da Luz

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O ano de 2011 começoubem para o S. Romão, quevinha ameaçando a mu-dança nos resultados. Des-ta foi de vez e a equipa li-derada por José Mamedemarcou três golos ao Ra-maldense e conquistou aprimeira vitória do ano e asegunda esta época.

A partida não começou damelhor forma no campo doInatel, com as duas formaçõesa entrarem nas quatro linhasde uma forma pouco dinâmi-

S. Romão- GuilhabreuVitrine- Boavista

Gondim- LusitanosPedroso-Inter MilheirósÁ. Santas- RamaldenseProgresso- Pasteleira

Vila- TorrãoVilar Pinheiro- Atlético Vilar

Sporting Cruz- Rio TintoFolga: Cerco do Porto

01.Cerco Porto – 53

02.Sporting Cruz – 48

03.Rio Tinto – 45

04.Pedroso – 44

05.Guilhabreu – 44

06.Vila – 40

07.Gondim – 37

08.Inter Milheirós – 32

09.Progresso – 29

10.Vilar Pinheiro – 26

11. Pasteleira – 23

12.Lusitanos – 23

13.Boavista – 22

14.Ramaldense – 19

15.Atlético Vilar – 17

16.Torrão – 16

17.Vitrine – 14

18.Águas Santas – 13

19.S. Romão – 9

Próxima jornada(30-01-2011)

Classificação

Ramaldense 1- 3 S.RomãoCerco do Porto 2- 1 Vitrine

Lusitanos 0- 2 PedrosoI. Milheirós 1- 1 Á.SantasGuilhabreu 3-2 Progresso

Pasteleira 1- 2 VilaTorrão 1- 2 Vilar Pinheiro

Atlético Vilar 1-2 Sp. CruzBoavista 1-2 GondimFolgou: Guilhabreu

Resultados22ª jornada

Primeira vitória do ano

ca.Sem grandes investidas

ofensivas, o resultado no mar-cador manteve-se inalterado.Do lado do S. Romão, Hugoprotagonizou duas excelentesdefesas, assegurando que oempate a zero se mativesseaté ao intervalo.

A segunda parte pareceuter refrescado o jogo e o Ra-maldense chegou ao golo aos55 minutos, num contra-ata-que rápido, que Nelson finali-zou com eficácia.

As mexidas na equipa visi-tante deram azo a uma maiormobilidade no ataque e o“onze” de Serafim Choussalsentiu dificuldades em travar oadversário. No minuto 65 adupla de irmãos Vitó e Ricardoprotagonizou a jogada quedeu o golo do empate, com fi-

nalização do último.Cinco minutos volvidos, Vitó

conseguiu virar o resultado,num belo golo de “trivela”.

Em cima do apito final, Dá-rio tentou a sua sorte e rema-tou à figura de Nuno. Depoisda defesa incompleta do guar-dião de Ramalde, Ferraz mar-cou na recarga e na comemo-ração do golo recebeu o se-gundo amarelo e consequen-te expulsão.

José Mamede, treinador doS. Romão, mostrou-se bas-tante satisfeito com esta vitó-ria, que acredita ser moraliza-dora não só para a equipa maspara todos os simpatizantesdo clube.

“Entrámos muito mal, nãodominámos o jogo nem criá-mos grandes oportunidadesde finalizar, tal como o Ramal-

dense. Na segunda parte con-seguimos virar o resultado,depois de estarmos a perdere arrecadámos os tão dese-jados três pontos. Infelizmen-te, perdemos um jogador paraas próximas jornadas”, finali-zou o técnico.

Rui Damasceno, presiden-te do clube, foi surpreendidopelos jogadores com a dedi-catória da vitória e não con-teve a emoção. Foi um fim-de-semana de emoções para o

S. Romão que, depois dasduas vitórias consecutivas dasseniores femininas em futsale de duas jornadas vitoriosasconsecutivas dos iniciados defutebol, fechou a jornada comchave de ouro pela vitória dosse-niores

Apesar do triunfo, a equi-pa romanense ocupa o últimolugar, com nove pontos. Nopróximo domingo, a formaçãoliderada por José Mamede re-cebe o Guilhabreu. D.A.S. Romão conseguiu somar três pontos

arqu

ivo

Isabel Moreira [email protected]

Décima edição do corta-mato municipal decorreuem S. Mamede do Corona-do. EB 2/3 de Alvarelhos, EB2/3 Professor NapoleãoSousa Marques, EB 2/3 deSão Romão do Coronado,Secundária, Colégio da eAPPACDM da Trofa, partici-param na iniciativa.

Mais de 350 atletas corre-ram, durante a manhã de ter-ça-feira, não para aquecer,mas para participar na 10ªedição do corta-mato munici-pal, organizado pela autar-quia, em S. Mamede do Coro-nado. As claques estavam for-madas e os apitos soavam àmedida que os diferentes es-calões femininos e masculinosarrancavam para mais umaprova. Uns mais velozes e re-sistentes do que outros, amaioria terminou a prova, re-gistando-se poucas desistên-cias.

Para Cátia Carneiro, de 16anos, aluna do Colégio daTrofa, ganhar a prova no es-calão em que competiu foiuma surpresa. “Cansada”,

S. Mamede acolhe corta-mato municipal

confidenciou que “o mais difí-cil foi mesmo aguentar até aofim”. Já para João Ferreira de15 anos, da Escola Secundá-ria da Trofa, apesar da “difi-culdade” da prova e do “pisoescorregadio nas curvas dapista”, ganhar era uma hipó-tese que não deixou de par-te. Habituado a correr, já queé “atleta no Ginásio da Trofa”,considerou “boa” esta inicia-tiva da autarquia porque “dápara mostrar o que as pesso-as valem”, explicou.

A parte final “foi a mais di-fícil” para Ricardo Pinto, de 26anos, da Associação Portu-

guesa de Pais e Amigos doCidadão Deficiente Mental(APPACDM) da Trofa e por-quê? “Tive de correr mais de-pressa para apanhar o melhorlugar”, respondeu. Ricardogosta de participar nestas ini-ciativas e “correr, jogar fute-bol e praticar natação” são asmodalidades preferidas. CátiaGonçalves, de 23 anos, damesma instituição, elogiou ainiciativa: “Acho bem que hajaestas iniciativas, porque nósgostamos de participar”.

Teresa Fernandes, verea-dora da autarquia, não deixoude estar presente para dar os

parabéns aos atletas. Os ob-jectivos desta iniciativa eramclaros: “Potenciar a activida-de desportiva, em particular oatletismo que é uma das mo-dalidades que no nosso con-celho existem vários campe-ões, e porque permite aos jo-vens das várias instituições deensino do concelho convive-rem, porque é um momento dediversão”. A descentralizaçãodas actividades é outro dosobjectivos alcançados: “Achoque é uma boa política, o anopassado estivemos em S.Romão e este ano escolhe-mos S. Mamede do Coronado

onde fomos muito bem acolhi-dos”.

Para José Ferreira, presi-dente da Junta de Freguesiade S. Mamede do Coronado,“é importante criar esta dinâ-mica em todas as freguesiasdo concelho”. “Para nós é mo-tivador e cria alguma dinâmi-ca nas nossas instalaçõesdesportivas”, acrescentou.

Também parte integranteda organização deste corta-mato municipal foram os alu-nos das turmas de Desportoda Escola Secundária: “Esta-mos a estagiar em diversas si-tuações para que a Câmaranos solicitou e por isso esta-mos aqui a prestar todo o apoiopossível. Esta é uma boa for-ma de podermos aprendercomo é o mundo do trabalho,porque existem muitas realida-des para além da escola, o queé bastante enriquecedor”. Naactividades participaram osalunos da EB 2/3 de Alvare-lhos, da EB 2/3 Professor Na-poleão Sousa Marques, da EB2/3 de São Romão do Corona-do, da Secundária da Trofa, doColégio da Trofa e da APPACDM da Trofa.

Reportagem em www.trofa.tv

350 jovens participaram no corta-mato municipal

T. José MamedeHugoNunoXinaResendeEsquerdinhaPedroPepeRicardoBrunoFerrazAraújoVitó (63’)Dário (63’)Filipe (85’)

T. Serafim ChoussalNunoDanielTeixeiraGuimarãesHamiltonTóJoão PintoQuintelaEmersonValdoGarrinchaNélson (46’)Flávio (67’)Ricardo (69’)

Local: Campo do Inatel, em RamaldeÁrbitro: Carlos Andrade

Cartões vermelhos: Ferraz (90’+1’)Marcadores: Nelson (55’), Ricardo(65’), Vitó (70’) e Ferraz (90’)Resultado ao intervalo: 0-0

RamaldenseS.Romão

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Cátia [email protected]

Corporação da Trofa par-ticipa no Torneio Inter-bombeiros. Depois de doisempates, conseguiu umavitória por 4-2 frente aosBombeiros de Santo Tirso.

Não foram chamados parasocorrer ninguém nem paraapagar incêndios. No sábadoao início da noite, 14 bombei-ros da Trofa estiveram a de-fender a “camisola” da corpo-ração no Torneio Inter-Bom-beiros, que junta as corpora-ções para jogos de futsal.

Bombeiros da Trofaem torneio de futsal

O sub-chefe Azevedo tevea responsabilidade de convo-car o plantel – ao todo estão25 bombeiros inscritos – parao jogo com os Bombeiros deSanto Tirso. Depois de doisempates nos primeiros jogosda fase de grupos, era impor-tante vencer.

A partida começou com odomínio dos trofenses. De-pois do 2-0 ao intervalo, osbombeiros da Trofa consegui-ram marcar mais dois paraanular os que o adversário ti-nha conseguido. Acabarampor vencer 4-2.

O segundo comandante dacorporação trofense, Filipe

Coutinho, afirmou ao NT quea participação no torneio “ser-ve para aliviar e conviver, nãosó com os bombeiros da Tro-fa, mas também com os dasoutras corporações”.

Os treinos realizam-se àssegundas e quartas-feiras, nopavilhão Yes e na Escola Se-cundária da Trofa.

No grupo da corporaçãoda Trofa e dos Bombeiros deSanto Tirso estão ainda a deMatosinhos-Leça e de Lorde-lo.

Os primeiros classificadosde cada grupo defrontam-seaté chegar à final.

A equipa mista sub-13 debasquetebol da AssociaçãoCultural e Recreativa de Vigo-rosa não conseguiu evitar odesaire frente ao Coimbrõespor 24-59, na 1ª fase do cam-peonato distrital.

O mesmo aconteceu coma equipa feminina de sub-14que perdeu com o Guifões,por 51-22, em mais uma jor-nada da 2ª Divisão. No mes-mo escalão, mas em masculi-nos, a Vigorosa não evitou aderrota por 59-40 com o Ré-gio.

Mais feliz esteve a equipamasculina de sub-16, que ba-teu o Vasco da Gama por 57-50, após prolongamento, nocampeonato da 2ª Divisão.

Já a equipa de mini-10 par-ticipou num encontro em Mo-delos, Paços de Ferreira, econseguiu vencer o Pacense,

Basquetebol na Vigorosamas não evitou o desaire como Maia.

Vigorosa no corta-matoem Felgueiras

A Associação Cultural eRecreativa de Vigorosa parti-cipou no Campeonato do Nor-te de Corta-mato, no ParqueDesportivo da cidade deFelgueiras, no sábado. A atle-ta benjamim Alice Oliveiraconseguiu o 2º lugar no es-calão, assegurando o melhorresultado da colectividadetrofense.

Em iniciados masculinos,João Gomes classificou-se em13º lugar, enquanto os infan-tis Victor Martins, AlexandreSá e Tiago Sá, ficaram em14º, 16º e 23º lugares, respec-tivamente.

Beatriz Silva, iniciada, ter-

minou a prova em 23º lugar,enquanto a infantil Sara Fa-ria foi 54ª classificada.

No próximo domingo, a Vi-gorosa vai marcar presençana estafeta mista de estradado Mártir e Santo Tirso, na ci-dade tirsense.

Assembleia-geral daACR Vigorosa

A Associação Cultural eRecreativa de Vigorosa vairealizar uma Assembleia-ge-ral, no sábado, dia 28 de Ja-neiro, às 21 horas, na sede,com a seguinte ordem de tra-balhos: Apresentação e vota-ção das contas do ano 2010;Apresentação e votação doPlano e Orçamento para2011; Outros assuntos de in-teresse para a colectividade.C.V.

A Associação Amigos doPedal e a Federação de Tria-tlo de Portugal vão promover,a 26 de Março, o primeiroDuatlo de Vila Nova de Fama-licão. Esta prova junta atletis-mo e ciclismo e a organizaçãoespera “a presença dos me-lhores atletas nacionais damodalidade”. “Apesar do ca-rácter federado, a prova estáa ser preparada para acolhertambém todos os amadoresapaixonados pelas duas mo-dalidades desportivas”, acres-centaram os Amigos do Pedal.

As inscrições já estão dis-poníveis em www.federacao-triatlo.pt, tendo um custo dedez euros para não federados,7.50 euros para federados eas senhoras apenas pagam o

Uma vitória por 3-1 foi oresultado obtido pela equipade seniores da AssociaçãoRecreativa Juventude do Mu-ro, na 15ª jornada da série 1da 1ª Divisão de futsal da As-sociação de Futebol do Porto(AFP). A formação murenseascendeu ao 5º posto, com 23pontos, menos um que o S.Sebastião, 4º classificado.

Já a equipa de juniores, na19ª jornada da série 2 da 2ªDivisão da AFP, perdeu 1-2com o N. Sportinguista deGondomar, descendo ao 4º lu-gar, com 34 pontos.

AmigosdoPedal lançam1ºDuatlodeFamalicão

valor do seguro (2.50 euros).A prova vai desenrolar-se

a partir do Parque da Juven-tude de Vila Nova de Famali-cão, de onde “vai sair umaprimeira prova de atletismoem circuito urbano de cincoquilómetros, seguindo-se umaprova de BTT, em circuito ru-ral e florestal com sensivel-mente 18 quilómetros. Para aparte final, fica reservado no-vo desafio de atletismo, des-ta feita com circuito de 2,5 qui-lómetros de extensão”, infor-maram os membros da orga-nização. A ideia para a reali-zação da prova partiu da As-sociação Amigos do Pedal efoi “imediatamente abraçada”pela Federação de Triatlo dePortugal. R.M.

SenioresdoMuroeequipafemininadoS.Romãovencem

A formação feminina doGrupo Desportivo de Covelas,a militar na 1ª Divisão da AFP,perdeu 3-0 com o vice-líderMindelo, continuando com 13pontos, no 9º posto.

Quem soma e segue é aequipa do FC S. Romão, quena 14ª ronda da 2ª Divisão daAFP venceu o CS ParóquiaCarvalhosa por 1-4, aproxi-mando-se do adversário natabela classificativa. O S.Romão ocupa o 5º lugar, ago-ra com menos dois pontosque o CS Paróquia Carvalho-sa. C.V.

Elsa Maia conseguiu a me-lhor classificação do Ginásioda Trofa, no campeonato doNorte de Corta-mato, em Fel-gueiras, no sábado. A atletainiciada conseguiu o 4º lugar,enquanto o infantil Rui Rochaconseguiu o 6º posto. PauloNeto foi 18º classificado.

Ainda em iniciados femini-nos, Andreia Rodrigues con-seguiu o 6º lugar e Ana Ramoso 12º.

GinásiodaTrofa representaconcelhoemFelgueiras

No mesmo escalão, masem masculinos, João Rocha,Fábio Rodrigues e Tiago Mo-reiro foram 9º, 27º e 38º clas-sificados, respectivamente.

Ana Silva (14ª classificada),Sara Teixeira (20ª) e DanielaPontes (31ª) foram as repre-sentantes da colectividadetrofense no escalão de infan-tis femininos. O juvenil JoãoFerreira terminou a prova em22º lugar. C.V.

JunioresdoBougadenseafastam-sedo3º lugar

A equipa de juniores doBougadense venceu o Ataen-se por 2-0, na 18ª jornada da2ª Divisão da Associação deFutebol do Porto, e afastou-se do 3º lugar, ocupado peloadversário. A equipa de San-

tiago de Bougado soma 39pontos, menos quatro que olíder Estrelas de Fânzeres. Jáos juvenis empataram a umabola com o Raimonda, ocu-pando o 12º lugar, com 17pontos. C.V.

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www.onoticiasdatrofa.pt O Notícias da Trofa | 27 de Janeiro de 2011 Opinião23

«… a Razão, mesmovencida, / Não deixade ser Razão »

Excerto de quadra de António Aleixo

Mais uma lição deCidadania daFreguesia do Muro

Uma força humana imparável, num desejo comum: a vinda do Metro à Trofa. Jáassim tinha sucedido, há mais de doze anos, quando o poder político teve de severgar perante a força da vontade popular para a Criação do Concelho da Trofa. Tam-bém nessa causa, os Murenses estiveram na vanguarda com denodo, na exigênciaautonómica.

Nas eleições presidenciais, a luta mais que justa pela vinda do “Metro para aTrofa” veio mostrar aquilo que já muitos sabiam: o peso político da Trofa é tão diminu-to que nenhum candidato presidencial marcou um acto de campanha eleitoral naTrofa. Já se tinha notado essa triste realidade na falta de estruturas como as varian-tes rodoviárias e agora com a situação aberrante do Metro.

A confirmação dessa triste realidade foi feita a poucos quilómetros da Trofa, quan-do em campanha eleitoral um candidato, por acaso o vencedor e de novo o altomagistrado da nação, foi confrontado com a hipótese de a Freguesia do Muro não irvotar, afirmou que todos os trofenses deveriam ir votar. Mas, quando confrontado emCoimbra com uma situação semelhante à da Trofa, afirmou que essa situação era umexemplo de promessas não cumpridas. Dois pesos e duas medidas perante situa-ções semelhantes mas em terras diferentes em termos de peso eleitoral.

Será que por acaso, depois da contagem dos votos de domingo passado, algumcandidato necessitasse dos votos da Freguesia do Muro para ganhar ou para ir àsegunda volta não faria campanha na Trofa? E não iria “pedir batatinhas”, como o povodiz, à Freguesia do Muro? Ninguém tem dúvidas que quem quer que fosse na segun-da-feira assentava “arrais” no Muro e faria as promessas mais hilariantes para conse-guir os seus intentos.

O que se passou no Concelho da Trofa em que muitos e muitos Trofenses utiliza-ram a arma da abstenção para dizer bem alto ao poder político, que basta de menti-ras, a Freguesia do Muro foi o baluarte dessa luta, que em peso quis dizer, e disse-obem alto, para que todo o Portugal ouvisse, e ouviu afirmar: Os que ignoram a Trofa nocaso Metro, a Trofa ignora-os em eleições!

Foi com um civismo exemplar, que o Povo da Freguesia do Muro demonstrou aopoder político, central, regional e local, que se não há peso eleitoral, há o peso darazão. Foi assim há doze anos para a criação do Concelho, é assim agora na lutamais que justa no “Metro para a Trofa”.

Neste belo exemplo de civismo, os Murenses sentiram muitos apoios de Trofensesde outras freguesias mas também de algumas instituições, que devem ser realçadas:A Junta de Freguesia do Muro, que sendo a única autarquia do Concelho a ver ajusteza da pretensão e da luta, esteve sempre ao lado do seu povo; a JuventudeSocialista da Trofa, com a sua irreverência mas com maturidade política tem erguidobem alto a bandeira do “Metro para a Trofa”; a imprensa nacional e local, TrofaTv eJornal “O Notícias da Trofa”, com as suas informações em cima dos acontecimentos,dignificaram o papel da imprensa; as redes sociais, mais concretamente o Facebook,que permitiu a muitos Trofenses a difusão on-line de ideias e partilha da informação.

E, assim, a Freguesia do Muro deu, mais uma vez, uma bela lição de cidadania;exerceu o seu direito à indignação. Perante tanta promessa não cumprida, os Murensese muitos e muitos Trofenses sentiram-se humilhados e indignados. Não fizeram umboicote às eleições presidenciais. Como voto de protesto, fizeram uma abstençãogeneralizada. Espera-se os resultados: a vinda do “Metro para a Trofa”!

[email protected]

Dou comigo, qual Santo António a pregar aos peixes, como acontece na oratóriado jesuíta António Vieira, pois os peixes ouvem, embora não falem, e os homensfalam muito, mas ouvem pouco. Bem me esforço, mas o resultado é reduzido, comodiria um outro pregador popular, J. Mário Branco de seu nome, anda aqui um tipo apregar cheio de boas intenções e vejam bem o que recebe em troca: « só porrada emau viver». Com certeza estarei enganado, o defeito será meu.

Em Portugal não há desemprego, os salários são bons, as pensões melhores, osimpostos baixos, a gasolina a sete e coroa, a electricidade é económica, as auto-estradas são livres, sem portagens, bem como as scuts, o ensino e a saúde sãocompletamente gratuitos, os sectores produtivos seguem a todo o gás, não há cor-rupção, nem compadrios e a justiça funciona a todo o vapor. Quando assisti noDomingo passado ao definhar do resultado nacional das eleições presidenciais, foi oque pensei.

O meu país não é aquele que eu venho caracterizando mas um outro, o acimasucintamente descrito. Não, o país não está mal, o povo não está pobre, não hárecessão económica, nem aumento dos preços, nem cortes nos apoios sociais, nemsupressões nos salários e congelamento das pensões, nem privilégios dos gruposfinanceiros. Tudo isso são coisas inventadas por mim, criadas pela minha ficção. Sóassim se justifica os votos que caíram em Cavaco, Alegre, Nobre e Moura, todoseles, cada um à sua maneira, altos dignitários de uma política que eu consideravaextremamente nociva ao povo português, aos trabalhadores portugueses, aos jovens,aos menos jovens, aos pequenos e médios empresários.

Mas…estarei enganado? Quem, ao longo de anos, de décadas, de forma honradae séria, andou na política portuguesa, na luta e prossecução de interesses colectivoscom o fim de se atingir a melhor justiça social, a soberania nacional, da erradicaçãoa pobreza, o fim da exploração e a distribuição justa da riqueza e da produção naci-onal, não é reconhecido. Quem sempre cumpriu com o que prometeu, quem temapenas um discurso, seja na Trofa, seja na Assembleia da República, não é reconhe-cido, ou, pelo menos, não é devidamente reconhecido. Trata-se, no mínimo, de ingra-tidão. Refiro-me ao PCP e ao seu candidato Francisco Lopes. É certo que, no seutempo, Jesus também não foi ouvido, ainda hoje apenas na teoria e na liturgia éseguido, Galileu foi obrigado a desdizer-se, Camões não foi reconhecido.

Às vezes, dizem-me: «Vocês, comunistas, trabalham como ninguém, mas…»;«Vocês são sérios e honestos, mas…». «Vocês defendem a justiça social e os maisfracos como ninguém, mas…». Mas… o quê? Podem acusar, e já acusaram oscomunistas de tudo, de comer crianças ao pequeno-almoço, de dar injecções aosvelhinhos atrás da orelha, de incendiar o património florestal, e houve quem acreditas-se, e há quem acredite. Mas não podem acusá-los de terem duas caras, de seremhipócritas, de venderem a alma ao diabo, de não serem sérios, de não serem coeren-tes e consequentes com os seus ideais de justiça e igualdade.

É certo que mais de metade dos eleitores portugueses não votaram, num claroprotesto e desacordo com a política que vem sendo seguida nos últimos anos, de queSócrates, Cavaco, Santana, Durão e Portas foram os principais actores. Mas mesmoassim… como se explica que pessoas que vivam, ou melhor, que sobrevivam apenascom o rendimento de reinserção social, e eu conheço algumas, apoiem e votem emCavaco, que foi apoiado pelos partidos que pretendem acabar com esse rendimento.E não foi por falta de aviso.

Ainda agora aí vêm patrocinadas por PS, PSD, CDS e Cavaco Silva, indemniza-ções mais baratas para os despedimentos: 20 dias por cada ano de trabalho até aomáximo de 12 anos. Se o trabalhador tiver 20 anos de trabalho, receberá apenas 12meses, a 20 dias por cada mês, quando até agora receberia 20 meses a 30 dias. Aítêm a paga pelos votos em Cavaco, Alegre e companhia. Esta contradição profunda écomplicada e também de difícil digestão. Mesmo a história do Metro. Porque é que oMetro não vem para a Trofa? Simplesmente porque, apenas e só, o PCP tem asmãos limpas neste tema. Só o PCP, foi e é coerente e consequente com o quesempre assumiu.

E esta é uma afirmação irrefutável . Mas continua a martelar a mesma ques-tão: estarei enganado? Acredito que não. Sim, é possível, um outro país, uma outraTerra, neste cadinho periférico da Via Láctea do incomensurável Universo. Um mundoonde todos sejamos amigos, com pão, educação, justiça e saúde para todos. A Terraa produzir, fecundada, devolverá felicidade a todos os homens e a todos os seresvivos, porque a distribuição será justa e equilibrada.

Poderão dizer: este tipo é um sonhador. Serei…ou talvez não…mas prefiro morrerenvolvido num lindo sonho, do que atormentado por um pesadelo. E assim continua-rei a luta com todos aqueles que preferem o sonho nessa tentativa de mudar e trans-formar este mundo, construindo um melhor, pois apesar deste e de outros resultadoseleitorais semelhantes, não perderei, não perderemos, a razão pois «… a Razão,mesmo vencida / não deixa de ser Razão».

Guidões, 25 de Janeiro de 2011Atanagildo Lobo

A GNR da Trofa registou três assaltos ao interior de veículos esta terça-feira, durante a hora de almoço. Tudo indica que tenham sido os mesmosindivíduos a efectuar os roubos.O primeiro assalto aconteceu entre as 13 e as 14 horas no parque de esta-cionamento de um restaurante na Rua Moinhos da Lagoa, em Santiago deBougado. Os indivíduos partiram o vidro da janela de um veículo ligeiro,remexeram o seu interior e furtaram uma pasta com documentos, que foiencontrada mais tarde na freguesia do Muro. Foi precisamente nessa fre-guesia que se concretizou o segundo assalto. Também partiram o vidro aoveículo e furtaram do seu interior uma carteira com documentos, que aban-donaram em S. Mamede do Coronado, no local do terceiro furto.Na Rua Padre Joaquim de Sousa Ferreira e Silva levaram outra carteiracom documentos, depois de partirem o vidro do veículo, cerca das 14.30horas. Esta carteira ainda não foi encontrada.O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Santo Tirso efectuou a perí-cia aos veículos. I.M.P.

Assaltaram trêscarrospararoubardocumentos

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www.onoticiasdatrofa.pt 27 de Janeiro de 2011 |O Notícias da Trofa24Actualidade

Rita [email protected]

Grupos folclóricos devárias regiões do país esti-veram na Trofa para recor-dar a tradição, com canta-res ao Menino, numa en-contro promovido peloRancho das Lavradeiras daTrofa.

Desconhecido por uns eesquecido por outros, o jogodo rapa fez parte das brinca-deiras de muitas crianças tro-fenses, sobretudo na quadranatalícia, quando era jogado apinhões. No entanto, este fru-to seco não era compradonum qualquer supermercado.As pinhas eram queimadasnas lareiras e nos lares e o“casco” era guardado paraque, em dias de tempestade,as pessoas o atirassem à fo-gueira e afugentassem o mautempo. Esta tradição, apaga-da pelo tempo e pelo desen-volvimento, foi trazida de novoà actualidade durante o XIVEncontro de Janeiras e Can-tares ao Menino, promovidopelo Rancho das Lavradeirasda Trofa, na noite de sábado,já que o grupo trofense ofere-ceu como lembrança de parti-

Cantares ao Menino

cipação no encontro o jogo dorapa e pinhões.

O frio não afastou o públi-co que assistiu à actuação decinco grupos diferentes, nosalão polivalente dos Bombei-ros Voluntários da Trofa. Osprimeiros a subir ao palco fo-ram os elementos do Grupo deDanças e Cantares Regionaisda Feira (Santa Maria da Fei-ra). Depois foram os “vizinhos”do Rancho Regional de Fra-delos (Vila Nova de Famali-cão), que recordaram algumasdas canções típicas da qua-dra. A meio da noite actuou ogrupo anfitrião, que foi segui-

do pelo Rancho Folclórico “AsLavradeira de Pedroso”, deVila Nova de Gaia. A encerraras actuações, o Grupo Etno-gráfico da Região de Coimbraarrecadou muitas palmas dopúblico, com a última canção -“Ó anjos cantai comigo” - a serentoada em conjunto por mem-bros de todos os grupos.

No final, Luís Elias, presi-dente do Rancho das Lavra-deiras da Trofa, mostrou-sesatisfeito com o desenrolar danoite: “É uma maravilha ter osgrupos que cá tivemos, nome-adamente, o Etnográfico daRegião de Coimbra, que fez

questão de dizer, clara e ine-quivocamente, que é um gru-po amigo e que marca em qual-quer lugar onde actue”. “Foium fecho de noite muito agra-dável”, acrescentou.

O presidente da colectivi-dade assegurou que, “se asaúde permitir”, o encontro dejaneiras ou cantares ao meni-no “é para manter”.

Rancho das Lavradeirasda Trofa tem

“marca própria”

Luís Elias acredita que “ofolclore não se esgota no dan-

çar e cantar”. O Rancho dasLavradeiras da Trofa lançouhá pouco tempo uma marcaprópria, com o intuito de ven-der licores e bolachas artesa-nais em algumas lojas gourmetdo país. “Existem outros usose outras tradições, com costu-mes próprios de fazer doces elicor e é precisamente issoque estamos a fazer”, explicou.Entre os produtos estão “umaespécie de bolachas conven-tuais” e cinco licores diferen-tes, vendidos em garrafas “ar-tísticas” . Um destes néctareschama-se “JSL” e é uma ho-menagem ao “saudoso amigodo rancho”, Joaquim SampaioLopes.

A colectividade espera comestes produtos conseguir al-guns “apoios que a autarquiada Trofa não pode concederpor não ter meios”.

Na Trofa, pode encontrar àvenda as bolachas e os lico-res na loja Sanimaia, em San-tiago de Bougado. Estes pro-dutos estão também disponí-veis em Aveiro e Luís Elias as-segurou que o grupo vai ten-tar colocá-los “em lojas de re-ferência em todo o país”, poisesta “também é uma forma dedivulgar o nome da Trofa e doRancho das Lavradeiras”.

Encontro de janeiras e cantares ao Menino recordou várias tradições

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