Edição 53 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2011

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Edição 53 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2011

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(16) 3025-2486(16) 3025-2486

TELEFONE

E-MAILS

JOSÉ RENATO PEIXOTOTécnico em Gestão de Empresa Rural. Franca(SP). “Desejo receber a revista mensalmente. Gosto dos assuntos que ela publica. Estudo na Escola Técnica Agríco-la Profº Carmelino Corrêa Jr., no curso de “Cafeicultura”.

TIAGO HENRIQUE DA SILVAGestor Ambiental da EPAMIG. Três Pon-tas (MG). “Sou pós-graduando em Engª Sanitária e Ambiental e gostaria de rece-ber a revista. Ela apresenta um editorial muito rico sobre o agronegócio brasileiro em todas as suas questões, inclusive a ambiental. Sucesso a todos.”

VANESSA CASTRO FIGUEIREDOEngª Agrônoma. Três Pontas (MG). “Parabéns pela revista. Gostaria de rece-bê-la em meu endereço.”

JOÃO ANTONIO GIANNINI RAMOSAgricultor e Projetista de Máquinas. Matão (SP). “Achei muito interessante as reportagens de algumas edições que pude ler. Gostaria de assiná-la.”

RITA DE CÁSSIA GREGOLNúcleo de Comunicação APTA-SP. Campinas (SP). “Solicito alteração de endereço para o recebimento da Revista Attalea Agronegócios.”

MAURO JOSÉ ARAGÃOSítio - Agropecuária MIL. Fortaleza de Minas (MG). “Tenho um sítio de 8 hect-ares, crio galinhas e algumas novilhas Gir. Gostaria de receber a revista mensal-mente.”

Gesso na Cultura do Café

CONTATOSITE

www.revistadeagronegocios.com.br

NOVO ENDEREÇORua José Domingos de Oliveira Morais, nº 3581, Esplanada Primo Meneghetti

CEP 14.403-240 - Franca (SP)

[email protected]@netsite.com.br

[email protected]

EDITORIAL

As chuvas vi-eram genero-sas, neste iní-cio de ano, em

grande parte das regiões da Alta Mogiana, Triângu-lo, Sul e Sudoeste Mineiro. Os horticultores preocu-pam-se, dado à difi culdade na produção de hortaliças, principalmente as de fol-has. Na bovinocultura, excelente período para a recuperação das pastagens, das capin-eiras e na condução da lavoura de mi-lho, principalmente o utilizado para a produção de silagem.

Os cafeicultores agradecem, dado à estiagem que assolou todas as regiões de cultivo do café no Brasil. E aproveitam, já que janeiro é época de se realizar as correções e adubações de solo e folha no cafeeiro. Em artigo do pesquisador Alysson Vilela Fagundes, do PROCAFÉ aborda especifi camente este assunto.

Também em artigo do PROCA-FÉ, apresentamos orientações sobre a utilização de gesso na formação e produção do cafeeiro.

Na atividade leiteira, apresenta-mos artigo importante sobre a “Produ-tividade e o Custo da mão de obra na

produção de leite”, dos pesquisadores João Cesar Resende, Alziro Carneiro e Lorildo Stock, do CILeite - Centro de Inteligência do Leite, da Embrapa Gado de Leite.

Na fruticultura, publicamos ar-tigo sobre a “Durabilidade pós-colheita de bananas”. E no cultivo da cana-de-açúcar, apresentamos pesquisa que combate a Broca-da-Cana.

Destaque para a segunda geração de milho geneticamente modifi cado: o Yield Gard VT Pro, da Monsanto.

Na região de Franca (SP), mostra-mos a implantação de Unidades de Referência em Sistemas Agrofl orestais (SAF´s), da EMBRAPA Meio Ambi-ente.

Um bom Ano Novo a todos os leitores e uma Boa Leitura!

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7JAN / 2011

MÁQUINAS

Trator John Deere comprova performance e Fazenda Limeira adquire mais três unidades

O Engº Agrônomo Nilson Coelho, representante Colorado John Deere na região, entrega as chaves dos tratores ao administrador da Fazenda Limeira, Fabricio Cangane Basso.

Tradicional produtora de café de qualidade, com 240 hec-tares de lavoura no município de Pedregulho (SP), a Fazen-

da Limeira comprova mais uma vez a importância do gerenciamento na pro-priedade rural.

De acordo com Fabrício Cangane Basso, administrador da fazenda, há um ano atrás foi adquirido um trator 5425N. “As operações realizadas com este trator no dia-a-dia serviram para conhecermos melhor sua performance. Analisamos todos os números, do con-sumo de combustível, ao desempenho, facilidade de manuseio, ergonomia, etc. Após o fi nal da safra, concluímos que o trator John Deere apresentou maior economia de combustível e me-lhor rendimento de operação. Isto nos levou a optar pela compra de mais três tratores John Deere este ano”, explica Basso.

De acordo com o Engº Agrônomo Nilson Coelho, representante da Colo-rado na região, a Fazenda Limeira uti-lizará os tratores John Deere também na prestação de serviços que a empresa realiza durante o ano. “Aos propri-etários rurais interessados da região, a Fazenda Limeira realiza prestação de serviços de poda, decote, varrição e colheita mecanizada na lavoura de café”, orienta Nilson. Informações: www.coloradomaquinas.com.br.

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8JAN / 2011

Agricultores tem até o fi nal de janeiro para aderirem ao Finame PSI e adquirirem máquinas agrícolas

Com a demanda aquecida e taxas favoráveis para fi nan-ciamentos, é hora de renovar equipamentos agrícolas e ga-

rantir o aumento da produtividade no campo.

Condições facilitadas de crédito para produtores rurais, somadas às pre-visões bastante positivas para o cenário agrícola em 2011, sinalizam que é o momento dos produtores brasileiros investirem em mecanização.

O mercado oferece inúmeras formas de fi nanciamento para quem deseja ampliar ou aprimorar seu ma-quinário. Além do Finame PSI e do Finame Agrícola PSI, que está per-mitindo o fi nanciamento de tratores, colheitadeiras e implementos novos com taxas reduzidas, diferentes mo-dalidades, pensadas para todos os tipos de produtores e negócios, podem via-bilizar o desejo de investir na lavoura.

Taxa até 2011 - Agilidade e fl exi-bilidade. É assim que o gerente comer-cial AGCO Finance, Robson Junqueira Pereira defi ne a operação para a obten-ção de linhas de fi nanciamento para a compra de tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas Massey Fergu-son. A competitividade se deve à taxa subsidiada de 5,5% ao ano, concentrada no PSI. “Um dos pontos fortes é a ve-locidade na aprovação do crédito, com retorno imediato”, assegura Pereira.

É possível fi nanciar até 90% a compra de colheitadeiras, tratores e implementos agrícolas Massey Fergu-son, com prazos de oito, seis e cinco anos respectivamente. “Como o juro é fi xo, dá para fazer a simulação da primeira à última parcela”, afi rma.

Outro ponto que pode impul-sionar os negócios são os preços ren-táveis das commodities. “Soja, milho e algodão trarão resultados muito lucra-tivos para a valorização do mercado”, enfatiza Robson. Ele ressalta que é hora de investir na renovação da frota e aproveitar as vantagens do momento em que o mercado está aquecido.

Outra boa notícia, segundo o ge-rente comercial da AGCO Finance, é a aprovação do PSI até março de 2011, com a manutenção da taxa de 5,5% ao ano. A resolução é do Banco Central, com normativa do BNDES, asseguran-do o aporte de R$ 5 bilhões em recur-

sos. “Mas é importante ressaltar que os bancos aceitam propostas somente até o dia 31 de janeiro de 2011. Por isso, os agricultores devem agilizar os proces-sos e darem entrada na rede bancária”, afi rma.

A hora é de investir na renovação da frota e garantir mais qualidade na produção rural, aproveitando as vanta-gens do momento em que o mercado está aquecido. “Até setembro de 2010, houve um crescimento de 41,46% nas vendas em relação ao ano anterior”, comemora Robson. Para ele, o nível de produtividade no setor agrícola propi-cia um aumento muito forte do plantio. “Isso se deve muito à profi ssionalização da mecanização”, observa.

Qualidade e Preço Justo - No mercado há mais de 40 anos a Oima-sa possui unidades nos municípios de Franca, Ituverava, Orlândia, Nupor-anga e Batatais no estado de São Paulo, e Itumbiara e Bom Jesus no estado de Goiás. A revenda mais recente é a de Itumbiara (GO) aberta há apenas 3 anos. “ O sistema de fi nanciamento do Agco Finance gera mais de 80% das nossas vendas de tratores e colheita-deiras das revendas do estado de Goiás; é a principal fonte de fi nanciamento de nossos clientes, seguida pelos outros bancos”, afi rma a diretora administra-tiva da Oimasa, Carolina Bordignon Fares Vieira.

A cana-de-açúcar é uma reali-dade já estabilizada na região de São Paulo e está entrando com força total no estado de Goiás também. “O estado

de Goiás é mais versátil na aquisição de maquinários agrícolas pois pos-sui como culturas principais a soja, o milho, frutas e a cana-de-açúcar, além de gado, tendo assim mais procura por grandes maquinários como é o caso do trator MF 7415.

Já na região de Franca o grande destaque é o café, seguido pela soja e o milho, tendo como maquinário mais procurado entre os agricultores o MF 4275 cafeeiro. Nas outras regiões da Oimasa o destaque é o MF 4283/4 e 4292/4”, afi rma Carolina.

A marca Massey Ferguson é a maior aliada nas vendas da empresa pelo valor que a própria marca re-presenta, signifi cando qualidade, segu-rança, garantia de retorno sobre o in-vestimento e de alto valor de revenda. No ano de 2010 a Oimasa retirou da fá-brica cerca de 200 maquinários, sendo grande parte deles via Agco Finance.”

Consórcio - Para quem tem um pouco mais de tempo para esperar pelo equipamento e prioriza baixo custo, uma das modalidades facilitadas de compra de equipamento agrícola é o Consórcio Nacional Massey Ferguson (CNMF). Em 2009, o sistema de con-sórcios em todo o país movimentou uma cifra em torno de R$ 14 bilhões de reais (1,2% do PIB), volume supe-rior ao ano anterior. Nos últimos dez anos, a modalidade promoveu a entre-ga de mais de 10 milhões de produtos, conforme dados fornecidos pela ABAC (Associação Brasileira das Administra-doras de Consórcio).

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9JAN / 2011

CAFEICULTURA

Cafeicultores podem adquirir clones de café arábica resistente à Bicho-Mineiro e Ferrugem

Em pouco tempo, os cafeicultores poderão utilizar mudas clona-

das de café arábica com resistência ao bicho-mi-neiro-do-cafeeiro (Leu-coptera coffeella) e à ferrugem (Hemileia cof-feicolla), boa qualidade de bebida e alta produ-tividade. Para alcançar esses resultados, há 12 anos são selecionados, por meio de propagação vegetativa, plantas ma-trizes com característi-cas de grande interesse agronômico e econômico.

A previsão é começar, no fi nal de 2011, a distribuição de mudas clona-das aos produtores de cooperativas de Minas Gerais e de outras regiões produtoras. Nessa etapa serão avali-ados a adaptação e o comportamento agronômico das plantas selecionadas. “Será uma boa opção para a região do Cerrado, que sofre com a ocorrência

do bicho-mineiro”, relata o pesquisa-dor Carlos Henrique Carvalho, da EM-BRAPA Café, de Brasília (DF), e coor-denador do estudo.

No decorrer de 2010 e 2011, os clones serão multiplicados para serem repassados aos produtores no fi nal de 2011. “É necessário um ano e meio para desenvolver uma muda clonada”, explica Carvalho. Futuramente, a mul-tiplicação do material poderá ser feita em biofábricas de iniciativa privada ou de cooperativas com o repasse da tec-nologia desenvolvida pela EMBRAPA.

O pesquisador destaca que a téc-nica da clonagem permite que as novas plantas tenham as mesmas característi-cas das originais, enquanto na multi-plicação por sementes isso não ocorre com tanta fi delidade, como é o caso das híbridas. O desenvolvimento de culti-vares de café arábica envolve um longo

processo. Normalmente, demora cerca de 30 anos para uma nova cultivar chegar ao campo. Esse tempo pode ser reduzido para aproximadamente 10 anos com a seleção de plantas matrizes de grande importância agronômica e produção de mudas clonadas.

Segundo Carvalho, a técnica de reprodução é considerada a mais a-dequada alternativa para a multiplicação de plantas híbridas (cruzadas geneti-camente) em larga escala.

Em caráter experimental, a propagação por embriogênese somática foi testada com sucesso para a multiplicação de híbridos em alguns países da América Central. Cultivares obtidas por esse processo apresentam comportamento semelhante ao das oriundas de sement-es, não havendo limitação para usá-las.

A FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, por demanda levantada pelo Pólo de Excelência do Café (PEC/Café), é uma das instituições que apóiam fi nancei-ramente o projeto, além do PROCA-FÉ - Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira, do CNPq - Conselho Nacio-nal de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico, por meio dos INCT - Ins-titutos Nacionais de Ciência e Tecno-logia e do Consórcio Brasileiro de Pes-quisa e Desenvolvimento do Café.

Bicho Mineiro em cafeeiro

Folhas de cafeeiro atacadas pela Ferrugem.

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10JAN / 2011

LEITE

Produtividade e custo da mão de obra na produção de leite

João Cesar de Resende, Alziro V. Carneiro e Lorildo A. Stock 1

Para localizar o Brasil no cenário mundial da pecuária leiteira quatro países são re-ferências importantes: os

Estados Unidos, maior produtor e consumidor de lácteos do mundo; a Alemanha, maior produtor da Euro-pa e quinto maior do mundo; a Nova Zelândia, maior produtor da Oceania, maior exportador mundial de lácteos e uma referência tecnológica pela simi-laridade dos modelos de exploração; e a Argentina, segunda maior produção da América Latina, eventual concorrente brasileiro no mercado internacional. As estatísticas mostram que, compara-do a estes países, a produção de leite no Brasil tem ainda uma estrutura bastan-te pulverizada em termos de unidades de produção. Embora esteja reduzindo a quantidade, as fazendas ainda são nu-merosas, porém, com baixa produção individual (Tabela 1).

Dois fatores indicam potencial para o País ocupar espaços no mercado internacional como forte exportador de lácteos: a produtividade animal e o preço da terra. A baixa produção por vaca mostra que existe potencial para incremento da produção via ajustes simples no manejo do rebanho. Um bom exemplo é o aumento do nível de concentrados fornecido para as vacas, uma prática que não demanda investi-mento estrutural, mas que pode apre-sentar resposta imediata no volume de produção. O baixo preço relativo da terra é outro fator importante de com-petitividade. Os sistemas extensivos de

produção, que apresentam os menores riscos e cus-tos, devem prevalecer nos próximos anos, pois a terra não é ainda fator limitante de crescimento.

No caso da mão de obra, no entanto, o baixo

uso de capital moderno (em maquinári-os e insumos) reduz a produtividade do trabalho humano e, conseqüente-mente, aumenta seu custo. Este pode ser um fator limitante ao crescimento da produção na maioria das fazendas de leite brasileiras. Numa comparação internacional, embora perdendo em produtividade, o Brasil ainda é com-petitivo neste indicador (Tabela 2) graças ao baixo salário relativo prati-cado no País. Estudos conduzidos em fazendas nos estados de Minas Gerais e da Bahia apontaram a produtividade da mão de obra contratada e a dos animais como os fatores mais importantes para explicar o desempenho econômico da exploração leiteira.

Levantamentos realizados 1.000 fazendas de Minas Gerais, maior e mais tradicional estado produtor de leite do Brasil e em outras 1.000 de Goiás, estado relativamente emergente na pecuária de leite, mostraram o seguinte panorama (Tabela 3).

No tocante a mecanização a utilização de máquinas nas fazendas é ainda muito baixa. O investimento

1 - Pesquisadores do CILeite - Centro de Inteligência do Leite - Embrapa Gado de Leite. Infor-mativo Eletrônico Panorama do Leite, Ano 4 - Nº 48 - Novembro de 2010.

INDICADORnº fazendas (x 1.000)total de vacas (x 1.000)produção (B. de litros)vacas por fazendalitros/vaca/dialeite/fazenda/diapreço terra (US$1,00/ha)

100,04.23029,2

4218,9800

15.300

ALEMANHA ARGENTINA BRASIL

TABELA 1 - Indicadores médios da pecuária de leite em países selecionados.

Fonte: FAO (2009); IBGE (2008); IFCN (2009).

EUA N. ZELÂNDIA11,8

1.8419,515614,2

2.208

8.990

1.252,021.500

27,2173,657

3.590

69,19.31581,313523,8

3.225

7.340

11,44.01316,435111,2

3.937

20.730

TABELA 2 - Produtividade e custo da mão de obra (MO) em fazendas de leite dos principais países produtores. (Elaboração dos autores)

PAÍS

AlemanhaArgentinaBrasilEUAN.ZelândiaChinaIndia

841811486890

2.07913427

PRODUTIV.(L/hom/dia)

SALÁRIO(US$/hora)

CUSTO MO(US$/Litro)

Fonte: IFCN (2009).

21,05,02,5

12,017,01,00,5

0,1730,0370,0350,0850,0470,0600,310

TABELA 3 - Indicadores da Produção de Leite em Minas Gerais (MG) e em Goiás (GO).

área utilizada para leite (ha)produção por fazenda (L/dia)produção (L/vaca/dia)capital investido (R$ 1.000,00)capital em terra/total (%)capital em máquinas/total (%)preço da terra (R$ 1,00/ha)ordenha mecânica (%)total de vacas (cabeças)MO familiar/MO total (%)uso de inseminação artifi cial (%)Litros/MO total/dia

MG 1

Fonte: 1 - Faemg (2006); 2 - Faeg (2009).

57,01848,1450715,4

4.07717344513

182

88,02458,2787754,7

6.68724453612

169

GO 2

em maquinários, expresso em percentagem do capital total de

exploração, é pouco superior a 5% em Minas Gerais e inferior a este número em Goiás. Outra constatação, é que a ordenha mecânica, tecnologia presente em praticamente todas as fazendas co-merciais de leite, está presente em ap-enas 17% das fazendas mineiras e 24% das goianas.

Com a tendência de elevação do valor real dos salários e, conseqüente-mente, do custo do trabalho, os gastos com mão de obra contratada podem limitar cada vez mais o desempenho e sustentação econômica das fazendas de leite do Brasil.Dois caminhos apresen-tam-se como possíveis estratégias para aumentar sua produtividade e reduzir o custo relativo: capacitação da mão de obra e a intensifi cação do uso de capital moderno, ou seja, mecanização e insu-mos.

Neste cenário, pode crescer a importância da mão de obra familiar na produção, a exemplo do que ocor-reu na maioria das fazendas de leite da Europa e dos Estados Unidos, onde a família representa a principal, senão a única, força de trabalho no curral. A

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12JAN / 2011

A Monsanto começou as ven-das do milho YieldGard VT PRO no Brasil, a segunda ge-ração de biotecnologia para

a cultura, desenvolvida para o con-trole de pragas. Na primeira semana de negócios, foram faturados 5.600 sacos do híbrido DKB 390 PRO. O primeiro pedido foi registrado em 21 de setem-bro pelo distribuidor Hara Agro, de Faxinal (PR).

O milho YieldGard VT PRO é um avanço em relação a controle de pragas, quando comparado às tecnolo-gias lançadas anteriormente. Por ser a única tecnologia que possui duas pro-teínas de Bt (Bacillus thuringiensis) com modos de ação efetivos, o Yield-Gard VT PRO garante um controle su-perior das principais pragas da cultura do milho (lagarta-do-cartucho, lagar-ta-da-espiga e a broca-do-colmo), asse-gurando proteção do potencial produ-tivo e, consequentemente, aumento da produtividade.

“O milho YieldGard VT PRO é um avanço tecnológico, além de ser mais uma ferramenta para o Manejo Integrado de Pragas e uma opção efi caz e prolongada de Manejo de Resistência de Insetos na cultura”, afi rma Sandro Rissi, gerente de marketing de milho e sorgo da Monsanto do Brasil. Além disso, o YieldGard VT PRO é a única tecnologia que permite a redução da área de refúgio de 10% para 5% da área

Yield-Gard VT PRO: segunda geração da biotecnologia para o milho no Brasil

plantada com milho convencional.O Bacillus thuringiensis (Bt) é

uma bactéria encontrada naturalmente no solo e que, por sua ação inseticida contra lagartas, é utilizada na agricul-tura orgânica há décadas. Quando as lagartas se alimentam das folhas da planta de milho YieldGard VT PRO, acabam ingerindo a proteína que atua diretamente nas células epiteliais de seus tubos digestivos. A proteína, por-tanto, confere uma proteção à planta antes mesmo que os insetos consigam lhe causar danos. Com a produção de duas proteínas que se ligam a recep-tores diferentes no organismo do in-seto, a tecnologia YieldGard VT PRO possui dois modos de ação para con-trole dessas pragas. Essa tecnologia já está disponível na Austrália, na Nova Zelândia, no Japão, na Coreia do Sul,

no México, nas Filipinas, em Taiwan, nos Estados Unidos e no Canadá.

Vantagens Socioambientais e Econômicas - O milho YieldGard VT PRO oferece benefícios para os agricul-tores e também para a saúde humana e animal. Isso porque sua adoção, por sua resistência às pragas, reduz os níveis de micotoxinas no produto, quando com-parado à versão convencional. Mico-toxinas são substâncias cancerígenas produzidas por fungos que podem se desenvolver nos grãos após as plantas serem danifi cadas pelas pragas, afetan-

GRÃOS

do de forma signifi cativa a qualidade do grão. “Por permitir menor aplica-ção de inseticidas, o milho YieldGard VT PRO pode auxiliar na preservação do meio ambiente e reduzir os gastos com o controle fi tossanitário da cul-tura, o que, também, contribui para a diminuição de riscos de intoxicação de agricultores e trabalhadores rurais. A redução de custo da produção se refl ete ainda no menor uso de maquinário, mão-de-obra e inseticidas”, observa Rissi, da Monsanto.

O uso de um menor número de defensivos signifi ca menor número de embalagens descartadas, menor consumo de água, de maquinário e, consequentemente, menor queima de combustível fóssil. A redução do uso de químicos nas lavouras de YieldGard VT PRO reduz os custos de produção, permite o aumento da rentabilidade, e, aliado ao uso de produtos menos tóxi-cos, possibilita a diminuição dos níveis de intoxicação dos trabalhadores na agricultura, favorecendo, principal-mente, os pequenos produtores.

O estudo seqüencial “Impacto Global das Lavouras Geneticamente Modifi cadas 1996-2008” (2010), de au-toria dos economistas Graham Brookes e Peter Barfoot, da consultoria inglesa PG Economics, um dos primeiros le-vantamentos quantitativos sobre o impacto da biotecnologia de 1996 a 2008, apontou que o milho resistente a insetos-pragas (Bt) foi responsável pela redução de 29,9 milhões de quilos de defensivos agrícolas no campo. Além disso, foi responsável por aumentar a renda dos produtores em US$ 2,65 bil-hões só em 2008.

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13JAN / 2011

Produção de leite no Brasil carece deplanejamento e inovação tecnológica

LEITE

Marco Aurélio Bergamaschi

A produção leiteira no Brasil é uma ativi-dade predominantemente extrativista. Ela está baseada na exploração dos fa-tores de produção, como terra, animais,

forragens e mão de obra.Apesar das muitas alternativas tecnológicas

validadas e disponíveis, poucas são incorporadas ao processo produtivo pela falta de conhecimento, de orientação ou por impossibilidade fi nanceira.

Para que haja a especialização da atividade, é necessária a incorporação de técnicas que possi-bilitem o aumento da produção e da produtividade, seja por meio de área, animal ou homem.

O efeito esperado é o aumento na renda, ape-sar do maior custo operacional.

Ainda que haja mais dispêndio, os investi-mentos feitos de forma planejada e coerente trarão impactos positivos ao faturamento e ao lucro.

Os investimentos têm de ser feitos, basica-mente, em fertilidade do solo, melhoramento de pastagens, genética animal e alimentação.

O produtor deve ter à sua disposição tecno-logia viável e acessível, além de ser bem orientado para desenvolver um planejamento adequado à sua situação.

Por isso, o papel da pesquisa e da extensão ru-ral é de fundamental importância.

Um erro recorrente é o investimento em fatores que não refl etirão, necessariamente, em aumento direto na produção de leite, como con-struções (sala de ordenha e de leite, depósito e áreas com cochos cobertos), máquinas agrícolas, resfria-

dor e ordenhadeira mecânica.Sem dúvida, esses fatores melhoram a qualidade do leite e de-

vem ser implementados na ocasião oportuna. Mas, em um primeiro momento, haverá comprometimento do fl uxo de caixa e da lucrativi-dade.

EFICIÊNCIA - O bom planejamento indica que os investimen-tos devem ser dimensionados de acordo com a produção.

A ordenha mecanizada só se torna viável a partir de 250 litros de leite por dia. O ponto de equilíbrio na relação produção/homem é de 400 litros.

Produzir com a máxima efi ciência e o menor custo é o objetivo dos que se dedicam à pecuária leiteira.

O produtor é tomador de preços, tanto na aquisição dos insumos quanto na venda do seu produto. O grande desafi o, portanto, é pro-duzir mais com o custo por litro mais baixo possível.

É preciso lembrar que as margens são pequenas e que o real valorizado favorece a entrada de produtos importados.

Cautela, estratégia e recursos humanos bem treinados são a chave do sucesso de toda atividade econômica, mas imprescindíveis quando se fala em produção de leite.

1 - Médico Veterinário, doutor e supervisor do Sistema de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP)

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14JAN / 2011

Governo adia regra para avaliar café. Indústria reclama de ‘critérios subjetivos’.

CAFEICULTURA

Após pressão da indústria, o Ministério da Agricul-tura suspendeu, por seis meses, uma das formas de avaliação da produção de café.

A análise sensorial criada pela instrução normativa nº 16, com início previsto inicialmente para fe-vereiro, estabelece condições para o governo avaliar a quali-dade do café torrado e moído.

A indústria do setor reclamou dos critérios "subjetivos" para a análise de sabor, aroma, acidez e adstringência do café e alegou ainda que faltam profi ssionais treinados para a fun-ção.

O governo manteve a data para o início da fi scalização sobre impurezas e umidade - 17 de fevereiro -, também pre-vista na instrução.

Os técnicos da Agricultura e os representantes do setor vão agora tentar adotar novos critérios para realizar a análise sensorial do produto. "Estimamos que, em seis meses, podemos adotar parâmetros para garantir ao consumidor um bom café", disse o secretário de Produção e Agroenergia do ministério, Manoel Vicente Fernandes Bertone.

Segundo ele, neste ano, o governo espera treinar 340 degustadores para a análise sensorial. A turma inicial, com 20 técnicos, se formará neste mês na UFV (Universidade Federal de Viçosa-MG).

A Instrução Normativa nº 16 interrompe um ciclo de 20 anos de autorregulação da indústria de café. O controle volta a fi car com o governo.

INDÚSTRIA - O diretor-executivo da ABIC (Associa-ção Brasileira da Indústria de Café), Nathan Herszkowic, disse que a instituição vai trabalhar com o ministério na implantação das normas. "Vamos tentar o melhor café pos-sível", disse.

"Foi uma decisão acertada [a suspensão]", disse o depu-tado federal Carlos Melles (DEM-MG). Ele é presidente da Cooparaiso (Cooperativa de Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso), em Minas, Estado com a maior produção de café do país.

A presidente da Café Utam, de Ribeirão Preto (SP) - 12ª maior indústria do setor no país, segundo a ABIC -, Ana

Carolina Soares de Carvalho, apoia as normas. Ela diz que a instrução normativa é "um grande avanço" só por defi nir regras e impor sanções.

O cafeicultor Guilherme Salomão Vicentini, 30, acha que as normas vão eliminar do mercado os produtos de qua-lidade sensorial, acho importante porque fortalece o setor e incentiva o consumo do café", disse.

O café que não se enquadrar nas normas terá a venda proibida. A regra estabelece limites de 5% de umidade e 1% de impurezas (casca, paus, restos de folha) e matérias estra-nhas (sementes ou farelo de milho). Isoladamente, o limite é 0,1%. (FONTE: Jornal Folha de S.Paulo)

VOCÊ SABIA?# Que o ciclo do café no Brasil se implantou logo após a

Independência (1822), com plantações tomando os mor-ros fl uminenses e se deslocando rumo ao Vale do Paraíba. Em 1850, São Paulo assumiu a liderança da produção, gerando extraordinária riqueza que durou até a grande crise econômica de 1929/1930. Atualmente a liderança na produção cabe ao estado de Minas Gerais.

# Que mão de obra para tocar o café é problema anti-go. No ciclo do café, com o aumento rápido das lavouras começou a faltar mão de obra. Nessa época todos os tratos culturais eram feitos à mão. Chegam os italianos fugindo de suas brigas internas, decorrentes da unifi cação da Itália. Entre 1884 a 1904 entraram no país mais de um milhão de imigrantes italianos. A imigração diminuiu no período entre 1904 – 1923 quando entraram apenas 282 mil.

# Que em 1929 ocorreu uma revolução política no Brasil que levou Getulio Vargas ao poder. Começou então, de fato, a industrialização brasileira, fortalecendo a política dos interesses urbanos e das classes operárias. Fim da política chamada de “café com leite”, período no qual São Paulo e Minas Gerais dividiram o poder nacional.

por Hélio Casale

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15JAN / 2011

A

O economista, cientista social e escritor brasileiro Eduardo Gianetti da Fon-seca, em seu célebre livro “O Valor do Amanhã” (Companhia das Letras,

2005), discorre sobre os fatores que infl uenciam o ser humano e os animais nas suas decisões no pre-sente que terão repercussões e desdobramentos no futuro. Como citado no referido livro, estes fatores funcionam como catalisadores e, ao mesmo tempo, também dão um norte às tomadas de decisões no dia-a-dia pelo homem; são as forças que regem a orientação de futuro de uma sociedade. Os fatores são: Oportunidade, Nível de Impaciência e Pers-pectiva de Vida.

A atividade da cafeicultura pode perfeita-mente ser colocada à luz das teses por ele defendidas em seu livro, pois os retornos na atividade iniciam à partir do 2º/3º ano pós-plantio, com a amortiza-ção total dos investimentos à partir do 4º/5º ou 6º ano, dependendo das condições do mercado duran-te os períodos. Isto é, se caracterizando como uma atividade em que as decisões tomadas hoje, terão conseqüências num futuro relativamente distante e pouco previsível.

Estamos saindo dos meses propícios ao plantio de café (Dez/Jan) e daqui alguns meses estaremos entrando em época de colheita. Os plantios nesta safra foram acompanhados de uma euforia que não se via em anos (talvez década ou mais), prova disso foram os preços praticados na aquisição das mudas, e a falta das mesmas para aqueles produtores que não planejaram com antecedência.

Tal estado de espírito dos cafeicultores é ple-

“CAFÉ: Tempo de Plantar... Tempo de Colher... Tempo de Gestão.”

ARTIGO

MÁRIO CUNHA REZENDE NETO, Engº Agrônomo da CATI - Itirapuã (SP) e Especialista em Gestão do Agronegócio pelo Depto. Economia Rural da UFV.

namente justifi cado, pois após vários anos de baixa rentabilidade da cultura, observam-se atualmente preços da saca de café que remu-neram o produtor e com perspectivas favoráveis no curto/médio pra-zo. Sem querer ser “estraga-prazer”, gostaria de lembrar aos amigos cafeicultores um velho ditado que diz: “a euforia é uma má conse-lheira” .

Nestes tempos de adequada remuneração, o produtor tem que ter em mente que, mais importante que o aumento da área de plan-tio, é aproveitar o momento e focar mais do que nunca na gestão da propriedade. Pois, ao invés do que alguns imaginam, são estas circun-stâncias as mais propícias a se voltar o olhar para os métodos e práticas adotadas na atividade, onde o produtor poderá - com tranqüilidade e foco - rever conceitos e tomar decisões com mais racionalidade sobre os fatores que impactam negativamente a rentabilidade da proprie-dade. Diferente de decisões tomadas em momentos de preços baixos e condições não tão favoráveis onde, invariavelmente, a razão dá lugar à emoção.

Nas épocas vindouras de plantio de café, vale a pena o produtor revisitar no seu subconsciente os fatores que infl uenciam suas de-cisões no presente que terão repercussões no futuro. Para que estas decisões não sejam tomadas apenas na euforia do momento, pois não podemos nos esquecer que as perspectivas para a atividade, segundo especialistas de mercado, devem ser favoráveis no curto/médio prazo. E não podemos perder de vista que o café, como cultura perene, se caracteriza pelo médio/longo prazo, pois se fazer previsões de longo prazo na cafeicultura seria mero exercício de futurologia.

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16JAN / 2011

CAFEICULTURA

Araxá (MG) sedia este ano o 7º Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

Os preparativos para a re-alização do 7º Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil já foram iniciadas.

O evento, já tradicional no meio cafeeiro, ocorrerá em Araxá (MG), de 22 a 25 de agosto de 2011. Esta edição estará a cargo das institu-ições consorciadas mineiras – EP-AMIG, UFLA e UFV. A EMBRAPA Café, coordenadora do Programa Pesquisa Café do Consórcio, é co-organizadora do evento.

O tema é “Articulação em Re-des de Pesquisa e Novas Fronteiras do Conhecimento”. “É a idéia de união de esforços para o avanço da cadeia do agronegócio café tendo em vista o aumento da competi-tividade da cafeicultura brasileira sem perder de vista a sustentabi-lidade, a preservação ambiental, o desenvolvimento dos agricultores familiares e o resgate da cidadania pelo exercício da intelectualidade. União de esforços é a linha mestra

da fi losofi a do Consórcio Pesquisa Café e vêm de encontro aos mais modernos conceitos de inovação e de desenvolvimentos de soluções tecnológicas”, adianta o presidente da comissão organizadora, Gladys-ton Carvalho, da EPAMIG. “É uma oportunidade de reunir a comuni-dade científi ca envolvida em trab-alhos com café, de forma a propi-ciar um fórum muito especial para a reavaliação das linhas de pes-quisa, identifi cação de problemas emergentes e a formação de equi-pes multidisciplinares de pesquisa. Além disso, ao reunir também os diversos setores do agronegócio café, torna-se excelente ambiente para a integração das indústrias e do setor privado da produção à pesquisa, quer seja pela identifi -cação de demandas, quer seja pela formação de parcerias estratégi-cas”, destaca o gerente de pesqui-sas da EMBRAPA, Paulo César Afonso Jr.

A

Montadoras vãoampliar em até 30%a área de exposiçãona Agrishow 2011

A

As grandes montadoras de tratores e máquinas agrícolas ligadas à AN-FAVEA - Associação Nacional dos

Fabricantes de Veículos Automotores con-fi rmaram a participação na edição 2011 da 18ª AGRISHOW - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, entre os dias 2 e 6 de maio, em Ribeirão Preto (SP).

De acordo com José Danghesi, gerente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora do evento, além de recuarem na proposta de participação a cada dois anos da feira, as companhias ampliaram en-tre 30% e 40% as áreas de exposição sobre 2010. “Além do volume excelente de ven-das em 2010, as companhias reconheceram a organização e a estrutura da feira do ano passado, com um novo plano diretor e com investimentos para todos”, disse Danghesi. “Muitos fabricantes de tratores, inclusive, já quitaram os contratos”, completou o exe-cutivo.

Com a ampliação de tratores e colhei-tadeiras, a área total de exposição deve sair dos 160 mil metros quadrados para mais de 170 mil metros quadrados entre 2010 e 2011. Danghesi explicou ainda que a Agrishow irá ampliar a regionalização dos setores de exposição, para facilitar o visitante. “Neste ano teremos mais setores regionalizados, como irrigação, armazenagem, aviação, au-tomobilístico, máquinas para construção, pecuária, o que permitirá que o visitante ande menos para encontrar e pesquisar a solução procurada”, afi rmou.

Com uma área total de 360 mil me-tros quadrados, a Agrishow 2011 deve reu-nir cerca de 730 marcas de 45 países, com mais de 800 demonstrações de campo e um público superior a 140 mil visitantes.

Entre as novidades da edição de 2011 da principal feira de agronegócios da América Latina estão uma exposição de cavalos da Associação Brasileira dos Cria-dores do Cavalo Campolina e uma ofi cina modelo do setor de ferramentas destinada ao produtor rural.

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17JAN / 2011

IRRIGAÇÃO

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18JAN / 2011

CAFEICULTURA

Altas doses de gesso (irrigação branca) naformação e produção do cafeeiro

Alysson Vilela Fagundes 1

Antônio Wander Rafael Garcia 2

José Braz Matiello 3

O gesso agrícola é indicado, normalmente, como fonte de cálcio, enxofre e corretivo, reduzindo o alumínio tóxico e carreando bases para camadas mais profundas do solo. Para essas fi nalidades, trabalhos de pesquisa

realizados dão base para a recomendação de doses em condições de solo que oferecem respostas adequadas. Outra alternativa de uso do gesso nas lavouras cafeeiras tem sido levantada, nos últimos

1 - Engenheiro Agrônomo Mestre em Fitotecnia - PROCAFÉ2 - Antônio Wander Rafael Garcia3 - Engenheiro agrônomo Mapa/Procafé

anos, por um grupo de técnicos, os quais vem difundi-do o uso de gesso, em doses muito elevadas, para atuar como um condicionador de solo, buscando melhoria na condição de suprimento de água para o cafeeiro, o que denominam de irrigação branca.

Ocorre que este efeito, proposto como respon-sável por altas produtividades em lavouras comerciais, ainda não foi comprovado cientifi camente. A prática, uma vez bem estudada e se comprovada, seria interes-sante para economia na irrigação, podendo viabilizar novas áreas cafeeiras em regiões hoje consideradas marginais.

O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de varias doses elevadas de gesso, cobrindo o solo junto á linha de cafeeiros, no pós plantio, na

Tabela 1. Níveis de fertilidade inicial do solo (nov/06) na área do ensaio de gesso, em 2 profundidades, determinados pela análise química, Boa Espe-rança (MG).

0 - 2020 - 40

Prof.5,04,9

2,60,6

5033

0,840,42

pH P K Ca0,320,19

Mg0,30,3

Al5,05,0

H+Al6,35,7

T20,512,1

V%1,81,5

Zn0,10,1

B

Tabela 2. Resultados de análise de folhas, aos 36 meses de campo, em cafeeiros sob diferentes doses de gesso como ir-rigação branca, Boa Esperança (MG), maio 2010.

Testemunha1,5 kg/m (4,3 ton/ha)3,0 kg/m (8,6 ton/ha)4,5 kg/m (12,9 ton/ha)6,0 kg/m (17,1 ton/ha)7,5 kg/m (21,4 ton/ha)9,0 kg/m (25,7 ton/ha)Média

Tratamentos(doses de gesso/m e t/ha)

(Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Skott-Knot a 5%)

1,64 b1,90 b1,86 b2,22 a3,27 a2,65 a2,81 a

2,3

MgCa S

0,17 b0,19 b0,19 b0,20 b0,22 a0,23 a0,26 a

0,20

0,31 a0,27 b0,23 b0,25 b0,28 b0,23 b0,30 b

0,30

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19JAN / 2011

CAFEICULTURAfase de formação e produção do cafee-iro.

Foi conduzido um ensaio na Fa-zenda Experimental da Fundação Pro-café/Capebe em Boa Esperança (MG), no período 2007-10, sobre solo do tipo latossolo vermelho, textura argilosa, estrutura granular e baixa fertilidade (ver análise química inicial na Tabela 1), O experimento foi delineado em blocos ao acaso, com 7 tratamentos e 3 repetições, com parcela de 7 plantas, sendo as 5 centrais úteis.

Os tratamentos constaram de doses de gesso, as quais foram aplica-das em cobertura, em uma faixa de um metro de largura (0,5 m de cada lado da linha de cafeeiros) em uma lavoura da cultivar Catuaí Amarelo IAC 62, com 6 meses de campo, com espaçamento de 3,5 x 0,7 m.

Os tratos, as adubações e demais correções nutricionais foram aplicadas de forma semelhante para todo o en-saio, observando-se as recomendações usuais e os resultados das análises de solo e folhas, efetuadas para acompa-nhamento.

Foram feitas correções iniciais, com 200 g de sulfato de magnésio,

semelhantes em todos os tratamentos, a fi m de reduzir o efeito competitivo do cálcio no solo. Nos anos seguintes, as correções foram feitas com óxido de magnésio na dose de 1 tonelada por hectare.

Os tratamentos ensaiados foram:1) - Testemunha sem gesso 2) - 1,5 Kg de gesso / metro (= 4,3 t /ha)

3) - 3 Kg de gesso / metro (8,6 t /ha)4) - 4,5 Kg de gesso / metro (12,9 t /ha)5) - 6 Kg de gesso / metro (17,1 t / ha)6) - 7,5 Kg de gesso / metro (21,4 t /ha)7) - 9 Kg de gesso / metro (25,7 t /ha).

As avaliações do ensaio consta-ram do acompanhamento por análises do solo e foliar e pela produção nas primeiras safras, em 2009 e 2010.

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20JAN / 2011

CAFEICULTURAResultados e

Conclusões - Os re-sultados de análise de solo, de folhas e a produtividade dos cafeeiros no ensaio estão colocados nas Tabelas 2 a 4.

Com relação aos dados de análise de folhas (Tabela 2), os níveis de cálcio foram inferiores na

Tabela 3. Resultados de análise de solo nas camadas de 0 a 20, de 20 a 40 e de 40 a 60 cm, aos 36 meses de campo em cafeeiros sob diferentes doses de gesso como irrigação branca, Boa Esperança (MG), maio 2010.

Testemunha1,5 kg/m 3,0 kg/m4,5 kg/m6,0 kg/m7,5 kg/m9,0 kg/mMédia

Tratamentos

(Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Skott-Knot a 5%), Ca, P e K em ppm

1,43 b2,88 a2,38 a2,49 a2,52 a2,51 a3,10 a

2,47

MgCa P3,6 b5,6 b4,9 b3,4 b2,9 b3,2 b

16,8 a5,82

0,45 a0,37 b0,27 b0,38 b0,28 b0,25 b0,34 b

0,33

K122,00115,3373,5393,3398,67

108,67108,00102,76

0 - 20cm

1,08 b1,45 b1,55 b1,87 b1,41 b1,70 b2,76 a

1,83

MgCa P5,082,274,401,892,712,13

10,634,16

0,270,280,180,320,210,170,190,23

K88,6788,6766,6798,0068,0066,0070,0077,71

20 - 40 cm

1,16 b1,17 b1,18 b1,70 b1,48 b1,85 b3,14 a

1,67

MgCa P1,716,691,631,752,630,912,122,49

0,240,170,120,230,120,090,100,15

K70,0063,3346,6767,3352,0054,6760,0059,14

40 - 60cmNíveis de Nutrientes nas 3 Profundidades de Solo

testemunha e nos tratamentos com as menores doses de gesso (4,3 e 8,6 t /ha). Porém, mesmo nesses tratamen-tos com menores níveis de Ca, os teores ficaram acima dos níveis considerados limiares para a cultura cafeeira. O magnésio diferiu estatisticamente somente da teste-munha em relação aos demais tratamentos; mas mesmo a testemunha, embora superior em Mg, mostrou níveis na escala nutricional abaixo do limiar para a cultura. O enxofre apresentou níveis foliares superiores a partir de 17 t/ha.

Nas análises de solo (Tabela 3), na profundidade de 0 a 20 cm, os níveis de cálcio foram inferiores somente na testemunha e na profundidade de 20 a 40 e 40 a 60 os níveis desse nutriente foram superiores somente na

Tabela 4. Produtividade média, em sacas/ha, na safra de 2010, dos tratamentos submetidos a diferentes doses elevadas de gesso, Boa Es-perança (MG) -2010.

Testemunha1,5 kg/m (4,3 ton/ha)3,0 kg/m (8,6 ton/ha)4,5 kg/m (12,9 ton/ha)6,0 kg/m (17,1 ton/ha)7,5 kg/m (21,4 ton/ha)9,0 kg/m (25,7 ton/ha)Média

Tratamentos(doses de gesso/m e t/ha)

(Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Skott-Knot a 5%)

12,29,98,4

14,67,5

14,815,011,8

Produtividade2009

41,839,040,036,634,342,940,839,3

71,368,071,758,561,270,966,766,9

Produtividade2010 Média

maior dose de gesso. O magnésio na camada de 0 a 20 foi superior somente na tes-temunha, mas mesmo assim esses níveis ainda estão muito abaixo do considerado ideal para o cafeeiro, isso comprova os sérios desequilíbrios causados pelas altas doses de gesso. O fósforo apresentou níveis crescentes com o aumento da dose de gesso, o que pode ser explicado pelo provável resíduo (cerca de 0,5%) do elemento que sobra na fabricação do adubo fosfatado(SFS).

Com relação à produtividade (Tabela 4), não foi observada diferença entre tratamentos, não mostrando, portanto, efeito favorável das doses de gesso.

Nessa primeira etapa do trabalho, na fase de formação e primeiras produções

dos cafeeiros, pode-se concluir, para as condições do ensaio, que a aplicação de altas doses de gesso, ou a irrigação branca, não favoreceu o desenvolvi-mento e produtividade do cafeeiro, ao contrário, mostra desequilíbrios de nu-trientes no solo, com prováveis prob-lemas futuros.

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21JAN / 2011

Alysson Vilela Fagundes 1

No período conhecido como ‘período das águas’, que vai de setembro a março, é épo-ca de realizar as correções e

adubações de solo e folha no cafeeiro. Operações essas de grande importância para o bom desenvolvimento vegeta-tivo e produtivo do cafeeiro.

Nessa época é importante a uti-lização dos resultados das análises de solo retiradas em maio/junho e a re-tirada de amostras de folhas para cor-roborar com os resultados anteriores. É importante ressaltar que as análises de folha são uma importante ferramenta quando utilizadas da forma correta, mas podem se tornar confusas e até mesmo errôneas se utilizadas de ma-neira imprópria, apenas levando-se em conta os números absolutos através da consulta de tabelas dos órgãos de pes-quisa e extensão.

Com relação às análises de folha é muito importante observar além dos resultados absolutos, alguns requisitos como: mobilidade do nutriente (mó-

Procafé orienta sobre adubação do cafezalCAFEICULTURA

1 - Engenheiro Agrônomo Mestre em Fitotecnia - PROCAFÉ

vel, pouco móvel ou imóvel), cresci-mento da planta e época do ano. Com relação à mobilidade dos nutrientes, os nutrientes móveis como, por exemplo, o nitrogênio, tende a se concentrar nas extremidades. Por isso quando retira-mos uma amostragem de folhas e o N apresenta níveis considerados ótimos, temos ainda que observar como está o crescimento da planta, pois plantas que crescem pouco tendem a concentrar mais o nitrogênio. É muito comum ob-servarmos lavouras esqueletadas com níveis baixos de nitrogênio, porém com crescimentos muito bons (18 a 22 internódios de crescimento).

Um nutriente como o potássio, que é muito requerido para o enchi-mento de grãos, não dá altos níveis na

época da granação, pois o fruto é um dreno muito forte não deixando so-brar altos níveis desse nutriente para a folha. As adubações de solo devem ser realizadas nas doses recomendadas pelos órgãos de pesquisa e extensão, baseadas nas análises de solo e folhas e parceladas em três vezes ao longo do período das águas, sendo os parcela-mentos feitos no início de novembro, fi nal de dezembro e fi nal de fevereiro. A observância de equilíbrio nutricio-nal entre macro e micronutrientes é indispensável para a obtenção de co-lheitas econômicas máximas.

PARA CADA SACA DE CAFÉ SÃO NE-CESSÁRIOS POR HECTARE:

• 6,2 kg de N• 0,6 kg de P2O5• 5,9 kg de K2O• 0,3 kg de S

PARA 30 SACAS DE CAFÉ SÃO NE-CESSÁRIOS POR HECTARE:

• 186 kg de N• 18 kg de P2O5• 177 kg de K2O• 9 kg de S

Adubação para uma lavoura adulta, em produção:- APROVEITAMENTO:

• N e K = 70%• P = 50%• Geral NPK = 30%

Ajuste pelo Aproveitamento:-

2030405060

Produtiv.(sc/ha)

Fonte: Adubação Racional da Lavoura Cafeeira - Matiello, Garcia e Almeida

120-160180-240250-310310-390380-470

NMédia

15-2018-4025-5030-6040-80

P2O5

120-130170-220240-270300-330360-440

K2O

FÓSFORO:• < 10 ppm = dose total• 10 a 20 ppm = meia dose• > 20 ppm = dispensar adubação

POTÁSSIO:• < 60 ppm = dose total + 20 a 30% (forma-ção do solo);• 60 a 120 ppm = 2/3 da dose• > 120 ppm = dispensar adubação (princi-palmente safra baixa)

Ajuste pela Disponibilidade no Solo:-

N (%)P (%)K (%)Mg (%)Ca (%)S (%)Zn (ppm) B (ppm) Cu (ppm)Mn (ppm)Fe (ppm)Mo (ppm)

Nutri-entes

< 2,5< 0,05< 1,2< 0,2< 0,5< 0,05< 7,0< 30< 4,0< 30< 50

-

Defi cientes(c/ sintomas)

Escala Nutricional

3,00,121,8

0,351,0

0,1510401050700,1

Limiar

3,0 - 3,50,12-0,151,8-2,3

0,35-0,501,0-1,5

0,15-0,2010-2040-8010-5050-20070-200

-

Adequada

Fazer as devidas correções de acordo com as análises de folha:

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Page 22: Edição 53 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2011

22JAN / 2011

CAFEICULTURA

Safra paulista de café deve ter queda de 26,5%

A primeira estimativa de safra de café 2011/12, no estado de São Paulo, sugere uma substancial

diminuição na quantidade pro-duzida no estado, contabilizan-do-se apenas 3.423.895 sacas a serem colhidas, ou seja, redução de 26,55% frente a safra anterior (Tabela 1).

A área total somou 175.781 hectares, enquanto aquela em for-mação, portanto, sem produção alcançou os 8.634 hectares. Considerando apenas a área em produção, a produtividade das la-vouras paulistas deverá alcançar a média de 20,49 sc/ha.

Tais resultados refl etem a já esperada diminuição na produção decorrente da bienalidade natural da lavoura.

A recente escalada das co-tações do produto deverá contribuir na reversão da longa tendência de redução de área cultivada no Estado, em que a cafeicultura tem cedido áreas para outras atividades agropecuárias. Todavia, a quantidade de talhões er-radicados não promoveu diminuição expressiva no parque cafeeiro que ainda conta com uma população de 490,646 milhões de covas. A relativa

VARIÁVEL

Área total de caféNúmero total de covasProdução obtida em 2010Produção esperada em 2011Área em formação s/ produçãoCovas em formação s/ produçãoÁrea em produçãoNúmero de covas em produçãoIntenção de plantio em 2011 (área)Intenção de plantio em 2011 (covas)Substituição de área em 2011Substituição de pés em 2011a ser colhida em abrila ser colhida em maioa ser colhida em junhoa ser colhida em julhoa ser colhida em agostoa ser colhida em setembroa ser colhida em outubroa ser colhida em novembro

INTERVALO

FONTE: Conab, Cati e IEA

hectarenúmerosc 60kgsc 60kghectarenúmerohectarenúmerohectarenúmerohectarenúmero

%%%%%%%%

175.781490.646.537

4.661.5773.423.895

8.63431.564.775

167.147459.081.762

5.32918.988.614

3.24810.252.140

1,07,5

23,833,3324,77,00,70,1

168.574469.058.089

4.456.4683.283.515

7.77128.313.603

160.127437.964.001

4.42315.931.447

2.5538.652.806

0,66,7

22,631,723,46,40,60,0

UNIDADE ESTIMATIVAINFERIOR

TABELA 1 - Estimativa de Safra 2011/2012

SUPERIORCV

182.988512.234.985

4.866.6863.564.274

9.49834.815.947

174.167480.199.523

6.23422.045.781

3.94311.851.474

1,48,3

25,134,826,1

7,50,90,2

4,14,44,44,1

10,010,3

4,24,61,7

16,121,415,642,110,2

5,44,75,47,9

20,461,6

estabilidade do parque cafeeiro é resul-tado da implantação de novos estandes com maior número de plantas, pois enquanto na área em formação a den-sidade se aproxima das 3.500cv/ha, a média de estande da área em produção não alcança as 2.800cv/ha.

À época do levantamento o es-toque ainda não comercializado depo-sitado nas próprias propriedades, co-

operativas e armazéns ainda carregava 1,7 milhões de sacas de café benefi -ciado. Tal quantidade de produto en-contra-se na iminência de não conferir segurança ao abastecimento durante a entressafra e essa é uma das razões para a escalada dos preços, pois idên-tica situação ocorre nos demais estados produtores da bebida. (FONTE: IEA e Equipe CaféPoint).

O mercado cafeeiro do país já admite a falta do produto -e o consequente aumento do

seu preço- na safra 2011/ 2012, que começa em maio próximo.

Os motivos são as previsões de quebra acentuada da produção e a bi-enalidade natural do café (que inter-cala ciclos produtivos altos - como em 2010 - e baixos).

Só na região de Ribeirão Preto (SP), a quebra da safra deve chegar a 59,5%, segundo previsão do IEA (Instituto de Economia Agrícola), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. A região responde por um terço da produção paulista.

Já a previsão da COOXUPÉ (Co-operativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé/MG), considerada a maior do país, é de 35% de quebra.

Setor prevê redução na safra nacional“Vai faltar café para comercia-

lização. A variação do preço fi cará muito mais atrelada aos resultados da produção internacional do que à lei de oferta e procura no Brasil”, disse o presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa.

A CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) estima uma queda mais modesta em todo o país -12,9%, de 48,09 milhões de sacas para 41,89 milhões-, que o mercado considerou tímida.

Preços altos - Já o pesquisador do IEA Celso Vegro afi rmou que “o regime de oferta e procura deve re-gular um novo piso para o consumo, que tratará de ajustar-se às limitações da oferta. “Será um período propício para manutenção dos preços eleva-

dos”, disse. Nos últimos 12 meses, o preço da saca de café arábica saltou de R$ 276,59 para R$ 418,03 -alta de 51,14%-, segundo indicador do CE-PEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).

Na Cooxupé, a quebra vai redu-zir para cerca de 3,5 milhões de sacas a quantidade de café recolhido. Em 2010, a cooperativa registrou recorde histórico de 5,2 milhões de sacas.

A COCAPEC (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas da Alta Mogiana), em Franca (SP), tam-bém registrou recorde histórico em 2010 ao obter 1,15 milhão de sacas de café. Agora, a previsão é de volta aos patamares de safras anteriores, de 900 mil sacas. A

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23JAN / 2011

CAFEICULTURA

Com as chuvas, maioria dos cafezais do Brasil se recupera da estiagem de 2010.

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Boa parte das regiões produtoras de café no Brasil deverá colher na safra 2011/12 um volume normal para um período de ci-clo de baixa de produção do arábica, mas

outras áreas como o norte de São Paulo sentirão os efeitos de uma estiagem que afetou os cafezais du-rante 2010, disseram integrantes de cooperativas à Reuters esta semana.

O Brasil certamente terá uma safra menor que as 48,1 milhões de sacas de 60 kg do ano passado, uma vez que as árvores estão no ciclo bianual de baixa. Mas os agrônomos dizem que deve ser um ano típico, de uma maneira geral.

Na safra 2009/10, também de baixa, a produção foi de 39,5 milhões de sacas, a maior para tal perío-do na última década.

“Parece normal. 2011 será bem menor que em 2010, mas nada extraordinário. Tem chovido bas-tante”, disse Mario Ferraz de Araújo, agrônomo da COOXUPÉ, de Guaxupé (MG), a maior cooperativa do mundo, em Minas Gerais, principal produtor brasileiro.

Os preços futuros do arábica, do qual o Brasil é o maior produtor, dispararam no segundo semestre de 2010, em meio às expectativas de oferta ajustada neste ano, subindo para cerca de 2,30 dólares por libra-peso no início de janeiro.

O presidente da COOXUPÉ, Carlos Alberto Paulino da Costa, disse que considerando a queda bianual e o clima mais seco, a cooperativa espera que a produção em sua região recue para cerca de 6 milhões de sacas em 2011, contra 9,3 milhões de sacas do ano passado.

Com a Colômbia caminhando para a terceira queda consecutiva na produção e expectativa de que os problemas climáticos reduzam a safra de robusta do Vietnã, a dependência do produto brasileiro vai aumentar pelo menos até o próximo ano.

A menor safra do Brasil já registrada em um ciclo de baixa na última década foi a de 2003/04, com dados ofi ciais que apontam 28,8 milhões de sacas. Ela foi afetada por uma combinação de exces-so de chuvas, estiagem e uso inadequado de insu-mos químicos, logo após uma safra recorde de 48,48 milhões de sacas.

SÃO PAULO - Cafezais do norte do Estado de São Paulo ou próximos da divisa com Minas Gerais não estão tão bons, entretanto, e duas cooperativas na região disseram que a safra pode ser menor que a do último ciclo de baixa há dois anos.

De acordo com o Roberto Maegawa, enge-nheiro agrônomo da COCAPEC, de Franca (SP). “As fl ores não cresceram. Elas saíram, mas muitas

não formaram o fruto do café e logo murcharam”, disse.Maegawa contou que está trabalhando com uma estimativa de

queda de 15 por cento na safra, em relação a anos de baixa.No ano passado, as regiões produtoras do norte de São Paulo

receberam apenas 30 a 50 por cento do volume médio de chuvas em outubro e novembro.

A safra de café de São Paulo, que é cultivado principalmente no norte do Estado, corresponde a cerca de 10 por cento da produção total do país. “As chuvas em nossa região não foram muito bem dis-tribuídas. A fl orada foi excelente mas o número que se manteve foi terrível”, disse ele.

Novas plantações sucumbiram muito facilmente à seca, porque as raízes das árvores não atingiram partes profundas para pegar mais umidade do solo.

Marcelo de Moura Almeida, do departamento de comercia-lização da COOPARAÍSO, de São Sebastião do Paraíso (MG), disse que espera um declínio da produção. “Estamos começando a trabal-har em nossa primeira previsão agora e, pelos números iniciais que tenho visto, eu acredito que será menor”, ele disse, referindo-se à produção de café do norte de São Paulo, na área de abrangência da COOPARAÍSO. (FONTE: Agência Reuters)

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24JAN / 2011

FRUTICULTURA

Pesquisa desenvolve método para identifi car alvos que combatem o ‘Amarelinho’

O sequenciamento do genoma da bacté-ria Xylella fastidi-osa por cientistas

brasileiros, há 10 anos, repre-sentou um avanço signifi cativo para a ciência e contribuiu para o desenvolvimento da bioin-formática no País. Em 2010, a Embrapa Informática Agro-pecuária (Campinas, SP), uni-dade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vincu-lada ao Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento, desenvolveu um método para a identi-fi cação de potenciais alvos terapêuticos que servirão para desenhar fármacos contra a bactéria.

O pesquisador Goran Neshich, líder do Laboratório de Biologia Com-putacional (LBC), conta que um pedido de patente foi depositado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, em setembro do 2010. A inven-ção refere-se à identifi cação de regiões específi cas em uma proteína, identifi -cada no genoma da Xylella como cru-cial para a patogenicidade da bactéria, para que esta proteína possa ser inati-vada ou ter sua atividade reduzida, di-minuindo ou evitando assim o desen-volvimento da infecção bacteriana.

Ele explica que as principais fi -topatogenias relacionadas à bactéria são a clorose variegada dos citrus (CVC ou amarelinho) e a doença de Pierce, que podem atacar os cultivares de ci-trus de uma forma geral e de videiras, respectivamente, além de outras doen-ças que afetam várias plantas de inte-resse econômico. Os prejuízos com a praga do amarelinho são estimados em US$ 100 milhões anuais nas plantações brasileiras, afetando um terço dos po-mares de laranja.

O LBC desenvolve uma plata-forma computacional denominada BSS - Blue Star Sting, baseada em ferra-mentas livres, que tem o maior banco mundial de dados de descritores de es-trutura de proteínas, sequência, função e estabilidade proteica. Os benefícios desta tecnologia são caraterizados em

integração dos dados e ferramentas de análise e visualização das estruturas proteicas para uso em ensino acadêmi-co, pesquisa básica e aplicações em um amplo espectro de áreas como desenho de drogas, sistemas biológicos, deter-minação de novos alvos para fármacos etc.

O pedido depositado no INPI é de uma patente de invenção intitulada “Identifi cação de alvos terapêuticos para desenho computacional de dro-gas contra bactérias dotadas da pro-teína específi ca, fundamental para a patogenicidade de Xylella fastidiosa”. O LBC pretende apresentar novos

A Flórida, Estado Norte Ameri-cano grande produtor de suco de laranja, está preocupada

com a concorrência da China, que toca projeto para se tornar potência em frutas cítricas. E os citricultores brasileiros também devem começar a se preocupar.

É que a meta chinesa é de culti-var 2 milhões de hectares de citros até o ano 2015 (área dez vezes maior que a da Flórida) e produzir 30 milhões de toneladas (mais que a oferta combi-nada de São Paulo e Flórida).

A comissão de citros da Flórida encomendou uma investigação téc-

pedidos de patente em breve. Conforme a estagiária Izabela Pena Neshich, que desenvolve trabalhos no laboratório sob orientação do pesqui-sador José Gilberto Jardine, esses resul-tados indicam que, com o uso conjunto da bioinformática, da biologia computa-cional e da própria biologia, é possível

prever fatores importantes e avançar na pesquisa agropecuária.

O Sting recebeu apoio da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo. A instituição in-vestiu cerca de R$ 1 milhão em recur-sos, em 2002, para a instalação do labo-ratório em Campinas, anteriormente chamado de Núcleo de Bioinformática. Atualmente, a FAPESP fi nancia a pes-quisa “Aplicação de técnicas de re-conhecimento de padrões usando os descritores estruturais de proteínas da base de dados do software Sting para discriminação do sítio catalítico de enzimas”, desenvolvida pelo LBC.

Projeto chinês para alaranja assusta EUA e Brasil

nica sobre o projeto chinês. Para o professor Zhifeng Gao, que lidera o projeto na Universidade da Flórida, o plano pode afetar o mercado mundial de citros e também o Brasil.

Com produções concentradas nos Estados de São Paulo e da Flóri-da, respectivamente, Brasil e EUA lideram o mercado mundial há déca-das.

Há o temor de que os chineses façam com a laranja o que fi zeram com a maçã - em cinco anos, saíram de quase zero para 75% das exporta-ções mundiais do suco.

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25JAN / 2011

FRUTICULTURA

Natally Ribeiro do Carmo 1

Raimunda Nascimento Sales 2

Maria Madalena Rinaldi 3

A banana é uma das frutas mais consumidas no mundo, sendo cultivada na grande maioria dos países tropicais.

Tem uma enorme importância social, pois fornece energia, minerais e vita-minas a um custo baixo. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de banana, responsável por cerca de 9,5% da produção mundial. No País, ela é considerada a fruta tropical de maior importância, uma vez que mobiliza grande contingente de mão de obra, apresenta fl uxo contínuo de produção a partir do primeiro ano, o que a torna atraente para os agricultores e movi-menta um número apreciável de in-sumos. Além disso, ela é, juntamente com a laranja, a fruta mais consumida pelos brasileiros.

Embora o País seja um grande produtor e consumidor do fruto, a ba-nanicultura nacional apresenta sérios problemas nas fases de produção e pós-colheita, que limitam a sua inserção no mercado internacional. As perdas de banana em países em desenvolvimento variam de 20% a 80% da produção. A alta perecibilidade do fruto e as difi cul-dades em seu armazenamento são os principais fatores responsáveis por es-sas perdas. No que se refere à quali-dade, o grande problema consiste no manejo do produto a partir da colheita, transporte, embalagem, climatização (tratamento em que o fruto é submeti-do para amadurecer uniformemente) e manuseio. Na pós-colheita, a falta de cuidados é responsável pela desvalo-rização da fruta no mercado interno e pela perda de oportunidade de expor-tação.

As perdas pós-colheita podem ter origens mecânicas, fi siológicas e microbiológicas. Os danos de origem mecânica devem ser considerados de maior importância para a conservação da qualidade dos frutos após sua co-lheita. Além de causarem ferimentos,

Durabilidade pós-colheita debananas é estudada

amassamentos e cortes, eles infl uen-ciam nos outros tipos de danos – os fi -siológicos e os microbiológicos.

Por serem frutos climatéricos (amadurecem após a colheita), conti-nuam sua atividade metabólica durante a fase de pós-colheita. No amadureci-mento, muitas transformações quími-cas ocorrem e infl uenciam diretamente na qualidade. Nessa fase, também se o-bserva uma diminuição dos compostos fenólicos, de menor peso molecular, o que acarreta redução da adstringência, além da liberação de compostos volá-teis, fatores responsáveis pelo aroma e sabor, que são características funda-mentais para a aceitação da fruta. Al-guns fatores que melhoram a qualidade e a vida útil (vida de prateleira) desses produtos são: colheita no ponto ótimo de maturação, minimização de injúrias mecânicas, tratamento fi tossanitário e condições adequadas de temperatura e umidade relativa durante a comercia-lização.

Dessa forma, torna-se necessário prolongar o seu período de armaze-namento na fase pré-climatérica, na qual, os frutos apresentam-se ainda verdes. O armazenamento refrigerado é o principal meio de conservação de frutos e vegetais e pode ser aliado a outras técnicas de conservação. As ba-nanas são frutos sensíveis ao chilling (injúria pelo frio), desordem fi siológica observada após a exposição dos frutos a baixas temperaturas, resultando na redução de sua qualidade, promoven-do, principalmente, escurecimento da

casca, baixa transformação do amido em açúcares mais simples, perda de sa-bor, aroma e brilho. Dessa forma, de-vem ser armazenadas sob temperaturas acima das mínimas de segurança, ou seja, que não promovam a desordem fi siológica.

A temperatura mínima de arma-zenagem depende da sensibilidade da banana a danos pelo frio. Essa condição é afetada pelo cultivar, condições de cultivo e tempo de exposição a uma dada temperatura. A melhor indicação de danos pelo frio em banana verde é a presença de pintas marrons-aver-melhadas na casca. Na banana madura, os danos são caracterizados por uma aparência cinza opaca esfumaçada, em vez da cor amarela brilhante da casca.

A falta de informações so-bre o comportamento dos cultivares brasileiros limita a aplicação de téc-nicas de conservação. Com o objetivo de auxiliar no fornecimento de infor-mações sobre a vida útil e a qualidade pós-colheita de variedades de banana, estudou-se – em conjunto com pesqui-sadores da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Agenciarural de Goiás e comerciantes de banana do mercado do produtor de Anápolis, GO – o arma-zenamento das variedades de banana nanicão e prata SHIA 18 cultivadas na Estação Experimental da Agênciarural, situada em Anápolis, GO.

Os frutos foram colhidos no está-gio de coloração da casca (verde-matu-ro), selecionados, lavados, uniformiza-dos quanto ao amadurecimento com o gás Etil 5 e mantidos a temperatura am-biente, em câmara fria na temperatura de 13ºC e 95% de umidade relativa. Análises físico-químicas foram realiza-das à medida que os frutos atingiram a coloração da casca 50% verde e 50% amarela, amarela e extremidades ainda verdes, e casca completamente ama-rela com manchas marrons.

A vida útil do produto foi de-terminada pelo número de dias para atingir a coloração da casca completa-mente amarela com manchas marrons. Este estudo permitiu concluir que ba-nanas da variedade nanicão e prata podem ser mantidas sob condição am-biente por 4 dias, sendo o período de armazenamento, sob refrigeração, de 9 dias para as duas variedades.

1 - Engenheira Agrícola da Universidade Esta-dual de Goiás2 - Pesquisadora em Processamento de Alimentos da Agência Rural/GO.3 - Embrapa Cerrados A

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26JAN / 2011 “A cana de açúcar, um

produto político”

ARTIGO

Olivier Genevieve - presidente da ONG Sucre-Ethique e Professor na Escola de Comércio INSEEC. Lyon - Paris.

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Durante o último encontro anual da Organização In-ternacional do Açúcar, que aconteceu em Londres em

30 de novembro e 1º de dezembro de 2010, o Professor Philippe Chalmin – membro do comitê científi co da nossa ONG – palestrou sobre o futuro do açúcar. Professor de economia e his-toriador das matérias primas, expli-cou a mais de 350 profi ssionais de 60 países que de todas as matérias primas, com certeza, o açúcar sempre foi um « produto político ».

A cana de açúcar construiu países, como destruiu. Quem se lem-bra que Haiti foi o primeiro exporta-dor do mundo no fi nal do século 18 e que a ilha de Java na Indonésia era um pólo de produção de primeira linha nos anos 20? Quem podia acreditar que no fi nal do século 19 os especialistas pen-savam que o açúcar da cana não tinha “futuro” frente ao açúcar de beterraba, mais perto do consumidor?

Antes da revolução industrial e da invenção do motor à explosão, o açúcar teve um verdadeiro papel de matéria estratégica pelo mundo oci-dental.

Com a descoberta das Américas e o clima propício à cana, as potências européias fi zeram uma verdadeira cor-rida às ilhas e terras para plantar um produto que podia produzir um bem de consumo e alto valor agregado. Até o pequeno Danimarco tinha a sua ilha de cana para agradar os consumidores e oferecer aos comerciantes um produto exótico procurado.

Por ter perdido o Pernambuco, os holandeses trocaram em 1639 o novo Amsterdã, a futura Nova Yorque e o muro que fi cara famoso para o Suri-name.

Com o tratado de Paris em 1763, os franceses fi zeram a mesma coisa com o Canadá, recuperando-se o Gua-dalupe, terra aonde em nasceu no mes-mo ano a Josephine de Beaurais, futura

esposa do Napoleão. Nem sempre o negócio com o

açúcar foi positivo, mas revolucionou o mundo. Napoleão quis fazer a Ingla-terra falir economicamente com o fa-moso Bloqueio Continental impedindo a importação do açúcar de cana e assim criando a indústria açucareira tirada da beterraba.

Mais recentemente, o acordo de 2003 “Everyhtring But Arms” (EBA – Tudo fora as Armas) entre a Euro-pa e os países pobres, permitiu desde outubro de 2009 o acesso do mercado europeu sem impostos de importação ou quotas. Até o Brasil pode exportar para o mercado europeu um quota de açúcar bruto para o velho continente sabendo que a federação favorece os estados do Nordeste para este mer-cado, com preços em geral maiores do que o mercado mundial (a não ser atualmente, onde o preço comunitário está abaixo o mercado mundial). Ape-sar desta abertura, o continente desde 1755 consegue produzir açúcar da be-terraba.

Hoje em dia, a beterraba está ligada ao trigo (a França exportou este ano mais de 41 milhões de toneladas) ligados entre eles com a necessária ro-tação agronômica das terras. Como o pão é a base da civilização européia, uma decisão política em acabar com a produção de açúcar fi ca impossível. Além disso, em mercados globalizadas precisa-se em áreas estáveis, no qual a Europa tem este papel.

Os Estados Unidos importa açú-car com vantagens aduaneiras de vári-os países que podem assim ter o dólar como “currency” e assim fi car no trem da globalização. Entre estes países, o Paraguai, que em 1948 votou na cria-ção do Estado de Israel em « troca » de compras de açúcar pelo Tio Sam.

Na passagem do milênio, a cana de açúcar teve sua revolução mundial com o bicombustível que se “demo-cratizou” a partir do Brasil e o famoso

programa “Pró-Álcool”.Em 2001, os Estados Unidos as-

sinaram com os seus “vizinhos próxi-mos” o acordo “CBI” Caribbean Ba-sin Initiative” (uma Iniciativa para o Baixo Caribe) no qual a cana está no cardápio. De fato, as economias destes países tem como apelido “economia de sobremesa” (banana, café, cacau e … açúcar). Para resumir em cima da cana, este acordo permite a estes países poder exportar até 7% do consumo de etanol do mercado norte americano sem impostos de importação. Além disso, até 50% da matéria prima pode ser de origem estrangeira, a fi m de fi car com a mesma origem. Isso signifi ca que o Brasil poderá exportar bagaço para a Jamaica. Por este motivos a Crystal Sev como a Coimex investiram nestes países (El Salvador e Jamaica), como os norte-americano e chineses.

Como o petróleo no século 20 criaram países como o Iraque, com os ingleses da Royal Dutch Shell ou a Arábia Saudita com a Standard Oil (as mesmas que provocaram a guerra entre a Bolívia e o Paraguai de 1932 a 1935) o etanol está numa nova corrida energé-tica com a política brasileira na África. O ex-presidente Lula foi o primeiro dos presidentes do Brasil a visitar tan-tos países africanos, criando uma ver-dadeira política diplomática do etanol, especialmente com o Moçambique e a Angola, mas também em países como a Nigéria. O objetivo é ajudar na criação de novas fontes de uma matéria prima que poderá ser uma “commodity” mundial.

Tomara que este novo trilho afri-cano do etanol não esteja como os ‘al-termondialistas’ afi rmam contra a fl o-resta nativa e a produção de alimentos, mas veículo de desenvolvimento e pro-gresso como pedra de uma nova ordem progressista e espirituosa da liberdade dos povos, fraternidade social e igual-dade de tratamento econômico entre os atores socioeconômicos.

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27JAN / 2011

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Pesquisa encontra alternativa para combater broca da cana-de-açúcar

CANA-DE-AÇÚCAR

A demanda por en-ergias renováveis tem estimulado boa parte dos

produtores rurais a remane-jarem suas culturas de modo a otimizar resultados com a produção. Uma das con-seqüências dessa nova or-dem no campo é a migração para o setor sucroalcooleiro, aumentando consideravel-mente as terras cultivadas com cana-de-açúcar. O oeste paulista, o triângulo mineiro e a região Centro Oeste tem registrado altos índices de substituição da pecuária pela cana. Ao mesmo tempo, es-sas novas fronteiras agrícolas acabam ampliando os limites geográfi cos de determinadas espécies pragas como a broca da cana (Diatraea saccharilis), tida como uma das mais prejudiciais a esta cultura.

Com objetivo de descobrir um novo método de controle para a broca da cana, a engenheira agrônoma Greice Erler desenvolveu uma isca tóxica com intenção de controlar a população de adultos. Inserida no Programa de Pós-graduação em Entomologia, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), Greice estudou substâncias que pudessem ser empregadas em associação ao inseticida trifl umurom. “Esse inseticida regula o crescimento, sendo utilizado atualmente no oeste paulista, região que registra altos índices de infestação da broca”, conta a pesquisadora.

Sob orientação do pro-fessor Octávio Nakano, do Departamento de Entomo-logia e Acarologia (DEA), a agrônoma testou em labo-ratório diversas iscas, inclu-indo seletividade, idade e concentração das mesmas, es-colha do inseticida e sua me-lhor dose, determinação da

distância dentro da área de aplicação, efeito residual e atratividade a alguns inimigos naturais.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o estudo avaliou a mortalidade dos insetos 24 e 48 horas após a exposição às iscas. A seleção e a concentração do atrativo e do inseti-cida foi feita a partir dos resultados que apresentaram efi ciência superior

a 80%. Ainda em laboratório, Greice Erler verifi cou que a isca não atrai o adulto a longas distâncias, ou seja, mais do que 50 cm, tornando necessário aplicá-las em área total.

Em campo, foi realizado experi-mento em área total e os resultados mostraram que as iscas testadas a base de melaço + cloridrato de cartape e Bacillus thuringiensis + Hygrogem controlaram satisfatoriamente a broca

da cana com um custo bem menor dos controles utiliza-dos a partir do parasitóide de lagartas (Cotesia fl avipes) ou com o inseticida regulador de crescimento (trifl umurom). A autora do trabalho ainda verifi cou que o melaço tem pouco efeito na atratividade do inimigo natural C. fl avipes e não possui nenhuma atra-tividade ao predador de ovos Doru luteipes.

“A pesquisa fornece ao produtor outra forma de con-trole para a broca da cana, permitindo a sua integração aos já existentes, empregando como base o melaço, produ-zido pela própria usina”, con-clui Greice.

Adultos de D. Saccharilis: macho (acima) e fêmea (abaixo)

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Danos causados pelas pragas no colmo da cana.

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28JAN / 2011

AGROFLORESTA

Embrapa implanta cinco Unidades deSistema Agrofl orestal na região de Franca

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Em manhã muito chuvosa de ja-neiro, foi im-plantada a

primeira Unidade de Re-ferência em SAF - Siste-ma Agrofl orestal que a EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, unidade Meio Ambiente, de Ja-guariúna (SP), está im-plantando na região de Franca (SP).

O projeto vem sendo discutido há mais de seis meses com insti-tuições da região, como por exemplo a Prefeitura de Franca, COCAPEC, CETESB, COONAI, Es-cola Técnica Agrícola e Associações de Produtores.

O projeto está sendo coordenado pelos pesquisadores da EMBRAPA Meio Ambiente, João Carlos Canuto e Ricardo Costa Rodrigues de Camargo. E conta ainda com a participação de vários bolsistas.

De acordo com Ricardo Camar-go, serão implantados 5 Unidades de Referência na região de Franca (SP). “Iniciamos com esta, representando a Associação dos Produtores Orgânicos de Franca e Região, aqui no Sítio São Carlos, de propriedade do Engº Agrº Fernando Taveira. Posteriormente, mais duas serão implantadas no As-sentamento da Fazenda Boa Sorte, município de Restinga (SP); uma na Fundação do Café, re-presentando a COCAPEC – Cooperativa dos Cafe-icultores de Franca; e a outra na Escola Técnica Agrícola de Franca ‘Profº Carmelino Corrêa Jr.’”, afi rma Camargo.

A idéia é que utilize as UR como um Sistema Agrofl orestal (SAF) Mo-delo Escola, isto é que sirva de aprendizado, material de troca de in-formações, tanto entre estas áreas, quanto ou-tras regiões do Estado de São Paulo que já possuem SAF´s já implantados ou

em vias de implantação. Com isto, cria-se uma rede de intercâmbio entre estas Unidades de Referência.

Foi criado um tamanho padrão para todas as áreas, com 2.500 metros quadrados. De acordo com o pesqui-sador, este tamanho pode, eventual-mente, ser replicado. Mas este tama-nho é o padrão para todas as áreas.

O QUE É O SAF - Sistemas Agro-fl orestais (SAF) são formas de uso e manejo do solo que conciliam o cul-tivo de árvores e lavouras tradiciona-is, visando a produção sustentável de forma a estabelecer a permanência da agricultura familiar no campo. Nada mais é do que imitar o funcionamento da Floresta Tropical, porém escolhen-do quais espécies vão iniciar o sistema e manejando as plantas para atender

nossas necessidades e ofe-recer o sustento da família.

Dentre as plantas uti-lizadas em um SAF des-tacamos:

a) - Carros-Chefes = plantas que irão ser comer-cializadas em maior quanti-dade;

b) - Plantas de Bio-massa = plantas que aceitam poda e servirão de adubadei-ras (mamona, margaridão, hibisco, amora, adubos-verdes);

c) - Plantas de Biodi-versidade = diversas espé-cies, nativas ou não;

d) - Culturas Anuais = plantas utilizadas quando as demais ainda são pequenas ou para produção constante.

OBJETIVOS - “Neste dia de hoje realizamos apenas a implantação. A partir de agora, vem todo um trabalho de monitoramento, de levantamento dos parâmetros (quais mudas pegaram, quais foram bem, os índices de produ-tividade, os índices de conservação de solo e de água). É bom que as pessoas entendam que, apesar de estar sendo implantada numa área particular, o objetivo do SAF é servir de UR para visitações, para troca de experiências, para troca de informações”, informa Camargo.

PRIMEIRA UNIDADE - No Sí-tio São Carlos, por ser uma unidade

de produção orgânica, foram utilizadas várias espécies de plantas, sen-do alguns “carros-chef-es”. Primeiro, o o Cedro-Australiano, para fi ns madeireiros. O Café, que vai ser cultivado visando Café Orgânico. Algumas espécies frutíferas, como o Mamão Havaí e o For-mosa; a Banana Maçã e a Nanica; e o Abacaxi. Tudo isto entremeados com árvores de espé-cies nativas pioneiras e secundárias, com de-staque para a Pitanga e a Goiaba.

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29JAN / 2011

SILVICULTURA

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Produtores rurais do Alto Paranaíba (MG) apostam no Eucalipto

A produção de eucalipto se tornou alterna-tiva de investimento para muitos produ-tores rurais do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, já que utilizam terras que não

eram consideradas mais produtiva. Eles utilizam a madeira na fazenda e também comercializam.

O pecuarista Paulo Nessralla está empolgado com a atividade extra. Ele tem 900 cabeças de gado de corte e leite. Mas a menina dos olhos, agora, são as fl orestas de eucalipto. Na fazenda em Araxá tem áreas de um a cinco anos de idade e o produtor está plantando mais. Ele descobriu que o eucalipto mu-dou a terra que era improdutiva.

São 240 mil pés em 100 hectares. Foram inves-tidos cerca de R$700 por hectare. A atividade deu tão certo que nem vai ser preciso esperar os sete anos para fazer o primeiro corte. Paulo está otimista quanto ao retorno.

A cultura tem atraído muitos produtores. Ao todo, as fl orestas plantadas em Minas se estendem por um milhão e 500 mil hectares. E ainda tem es-paço no mercado já que a demanda é maior que a produção, segundo a Associação Mineira de Silvicul-

tura. Os setores que mais consomem são o moveleiro, as siderúrgicas e a indústria de energia.

Os produtores de mudas também estão otimistas. O propri-etário investiu cerca de R$100 mil. Todo o dinheiro aplicado já foi recuperado. Das 150 mil mudas que estão no viveiro 70% estão ven-didas. “Foi um grande investimento, mas já recuperamos o que in-vestimos”, afi rma o proprietário do viveiro, Paulo Fravet.

A produção é de 600 mil mudas por ano. Cada uma custa, em média, R$0,23. Três meses depois do plantio da semente as mudas podem ser transferidas para o campo. Paulo diz que o produtor de eucalipto deve fi car atento a alguns detalhes na planta.

As prefeituras dos municípios mineiros também incentivam o plantio de olho na integração lavoura pecuária. A idéia é recu-perar áreas de pastagens degradadas. O administrador Edjelson Bar-reto avaliou as vantagens do investimento e ganhou 1.200 mudas do viveiro municipal de Araxá (MG) para começar a nova atividade. (Fonte: Painel Florestal) A

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Page 30: Edição 53 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2011

30JAN / 2011

Tétano em equinosEQUINOS

Tétano é uma doença infeccio-sa, não contagiosa, altamente fatal, causada pela toxina de uma bactéria chamada Clos-

tridium tetani, que entra no organismo através de uma lesão prévia. É carac-terizada por rigidez muscular (tetania), podendo levar à morte por parada res-piratória ou convulsões.

Acomete todos os animais de sangue quente, inclusive o homem. Pelo fato da doença, na maior parte dos casos, ser causada por contaminação de ferimentos (na pele e nas mucosas) por terra, é também chamada de “Doença Telúrica”, ou seja, originária da terra.

São particularmente sensíveis à doença os animais da espécie equina, mais sensíveis até que o homem. Os bovinos são os menos sensíveis à doen-ça.

Ao penetrar através de um feri-mento ou solução de continuidade da pele em um animal suscetível, o micro-organismo permanece aguardando o momento em que ocorre a cicatrização, fechando o ferimento, criando então um ambiente de anaerobiose (falta de oxigenação) para se transformar em sua forma vegetativa. É nessa fase que tem início a secreção e liberação da po-tente toxina (veneno) pelo germe, sen-do essa a responsável pelo desencadea-mento dos sintomas da doença, a qual é denominada de Toxina Tetânica. Entre as toxinas mais potentes conhecidas, a tetânica só é superada pela Toxina Bo-tulínica, secretada também por outro germe do mesmo grupo, o Clostridium botulinum.

Pode ocorrer em animais de qualquer idade e sexo. Em animais recém-nascidos, a doença ocorre geral-mente pela contaminação do umbigo pelo C. tetani. Em humanos, antiga-mente, era a doença co-nhecida como “Mal dos Sete Dias”.

COMO RECONHE-CER - Os sinais clínicos ocorrem uma a três sema-nas após a infecção bacteri-ana. Em bovinos e ovinos os casos ocorrem após manejo como castração, descorna, tosa ou remoção da cau-da, por falta de cuidados higiênicos.

Os animais apresen-tam andar rígido com os

membros em forma de cavalete, tre-mores musculares, trismo mandibu-lar (impossibilidade de abrir a boca), prolapso da terceira pálpebra, rigidez da cauda, orelhas eretas (orelhas ente-souradas, animal em estado de alerta), hiperexcitabilidade, rigidez dos mús-culos da cara e difi culdade ou impos-sibilidade para defecar e urinar. Po-dem ocorrer convulsões, inicialmente quando há estímulo por qualquer ba-rulho e, posteriormente, de forma es-pontânea.

O diagnóstico de tétano é re-alizado, essencialmente, pelo exame clínico, pelos sintomas e pelos dados epidemiológicos (história recente de lesão acidental ou cirúrgica).

COMO TRATAR - Ao iniciar a doença deve ser administrado soro

antitetânico na dose 100.000 UI por via intravenosa, repetindo quando ne-cessário. Fornecer alimentação líquida e de fácil deglutição. Conservar o ani-mal em abrigo isolado, escuro e sos-segado.

Fazer drenagem e limpeza dos ferimentos com água oxigenada, in-fi ltração de Penicilina G em torno da ferida e administração intramuscular de Penicilina G Potássica na dose de 25.000 UI/kg de peso, duas vezes ao dia até a cura do animal.

Fazer o uso de produtos rela-xantes musculares.

COMO EVITAR - Em bovinos, ovinos e caprinos somente os cuidados higiênicos após manejo de castração, descorna, tosquia, corte de cauda são sufi cientes para evitar a doença.

Em equinos são necessári-os maiores cuidados, como: vacinação anual dos animais; uso de soro antitetânico antes de intervenções cirúrgicas ou depois de ferimentos que pos-sam facilitar a infecção; evitar o contato das feridas profundas com terra ou qualquer sujeira, cuidados de assepsia do instru-mento cirúrgico e da anti-sepsia das feridas, desinfetando-as, tão cedo quanto possível; elimina-ção de objetos pontiagudos que possam causar ferimentos aci-dentais. (Fonte: Vallée) A

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Page 31: Edição 53 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2011

31JAN / 2011

A fábrica da New Holland, em Curiti ba (PR), foi recomendada pela auditoria da SGS para a certi fi cação da OHSAS 18001. O certi fi cado é uma ferramenta que permite que a unidade controle sistemati camente os níveis de desempenho de se-gurança e saúde do trabalho esta-belecidos e em conformidade com a legislação municipal, estadual e federal. As unidades produti vas da CNH Lati n America (do Grupo Fiat) de Sorocaba (SP) e de Piracicaba (SP) já foram auditadas.

Inf. www.newholland.com.

FÁBRICA DA NEW-HOLLAND É CERTIFICADA LEITE RETORNA À GARRAFA DE VIDRO NO RJ

FRANCA PREPARA A 42ª EXPOAGRO VALTRA APOSTA NO FORTALECIMENTO

PUBLIQUE CONQUISTA CRI GENÉTICA STIHL TRAZ NOVO PULVERIZADOR SG 20

A Vitalatt e Lati cínios (Valença/RJ) está trazendo de volta uma lembrança das décadas de 1960 e 70: o leite fresco em garrafas de vidro.

A parceria com a Verallia (anti ga Saint-Gobain) reedita uma embalagem quase transformada em peça de museu após o advento da caixinha longa-vida.

As novas garrafas - desenvolvidas dentro do conceito Ecova - são até 30% mais leves que as tradicionais, não são retornáveis, mas 100% recicláveis. O objeti vo da Verallia é estender o pro-jeto a todos os fabricantes de leite do país. Inf. www.vitalatt e.com.br.

A Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim (Franca/SP), em parceria com a Prefeitura (através da Secretaria de Desen-volvimento) começaram os pre-parati vos para a 42ª EXPOAGRO - Exposição Agropecuária de Franca. Considerada a melhor exposição brasileira de Gado Gir Leiteiro de 2010, a Expoagro ampliará neste ano o número de exposições ran-quiadas, com a parti cipação da raça de equinos Mangalarga Marchador. Inf.: (16) 3724-7080. www.franca.sp.gov.br/expoagro.

A empresa registrou crescimento de vendas de 78,5% em colheitadeiras e alcançou o segundo lugar no ranking de vendas de tratores no Brasil, com 13.149 má-quinas. Com forte presença no mercado sucroalcooleiro, tradição em linhas pesadas e recentes investi mentos na linha de tratores leves, a Val-tra chega em 2011 com a ex-pectati va de aumentar ainda mais sua parti cipação.

Inf.: www.valtra.com.br.

Com uma ampla linha de produ-tos desti nados aos mercados agro-pecuário, fl orestal, jardinagem e infraestrutura, a STIHL Ferramentas Motorizadas (São Leopoldo/RS) abas-teceu os seus mais de 1.600 pontos de venda em todo o país com o novo pul-verizador costal manual SG 20. Prati ci-dade e efi cácia estão entre os atributos do SG 20 que, pela sua leveza, conforto, produti vidade e facilidade de uso trará

O Grupo Publique começa o ano comemorando a conquista de novo cliente. Trata-se da CRI Genéti ca, empresa especializada em tecnologias avançadas para o melhoramento genéti co de bovi-nos de corte e de leite. Segundo o

OUROFINO FATURA 27% NA IATF BASF REESTRUTURA UNIDADE NO BRASILA técnica da In-

seminação Arti fi cial em Tempo Fixo, a IATF, cresceu signifi cati va-mente no Brasil nos últi mos anos. A esti -mati va é que tenham

A BASF anunciou, no começo deste ano, a reestruturação da Unidade de Pro-teção de Culti vos no Brasil, que a parti r de então conta com uma

nova composição, que tem por objeti vo estar cada vez mais próxima de dois grandes mercados: Cereais, composto por soja, milho, feijão, algodão, arroz, trigo; e Especialidades, voltado para horti fruti , citros, café e cana-de-açúcar. Por se tratarem de mercados essencialmente disti ntos, formados por um pú-blico altamente especializado e capacitado, foram criadas duas novas Direto-rias: Vendas Cereais, que será comandada por Francisco Fienga e Negócios Especialidades, sob responsabilidade de José Munhoz Felippe. Com vendas de € 3.646 milhões em 2009, dos quais € 838 milhões são da América Lati na, a Divisão de Proteção de Culti vos da BASF é uma das líderes em defensivos agrícolas e uma forte parceira da agroindústria ao fornecer fungicidas, inseti -cidas e herbicidas altamente estabelecidos e inovadores.

Informações: www.agro.basf.com.br.

sido comercializados aproximadamente cinco milhões de protocolos de re-produção IATF em 2010, crescimento de cerca de 30% em relação a 2009. O faturamento na área ultrapassou a marca de R$ 70 milhões.

Frente a este mercado, o Grupo Ourofi no, maior empresa brasileira de saúde animal, obteve crescimento de faturamento de 45% em sua linha de hormônios em 2010 em relação ao ano anterior. Em questão de volume, o crescimento foi ainda maior. “Em 2009, a Ourofi no vendeu protocolo para aproximadamente 850.000 vacas e no ano passado ultrapassamos a casa dos 1,3milhões de protocolos vendidos, portanto um aumento de 53%”, diz o diretor comercial, responsável pela linha de hormônios da Ourofi no, José Ricardo Garla Maio.

Informações: www.ourofi no.com.br.

gerente de Planejamento da Publique, Francisco JB Oliveira, o trabalho tem como foco a comunicação integrada e inclui análise estratégica, consultoria em marketi ng, publicidade, planejamento de mídia, criação de fi lme insti tu-cional, eventos, entre outras ações. “No momento, estamos fazendo o plane-jamento e defi nindo as ações a serem realizadas ao longo do ano”, acrescenta o diretor da Publique, Carlos Alberto da Silva.

Informações: www.publique.com / www.crigeneti ca.com.br

mais autonomia a produtores de pequeno porte no controle de pragas. O pul-verizador costal manual SG 20 é ideal para a aplicação de inseti cidas líquidos na fruti cultura, viti cultura e horti cultura e de defensivos líquidos em geral, herbicidas, fungicidas e inseti cidas. Inf.: www.sti hl.com.br

Page 32: Edição 53 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2011

32JAN / 2011

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

268,41269,34262,48260,10268,02256,64247,50255,34254,29262,20272,55281,57

2009

Média Mensal dos Preços Recebidos pelos Produtores 1

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq/BM&F e Boletim do Café - Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro - 1 - Em R$/saca de 60kg, posto, com Funrural e sem ICMS

280,75278,68279,70282,18289,46305,13302,36313,93328,23327,15355,51387,01

2010

PAÍS

BrasilVietnãColômbiaIndonésiaEtiópiaÍndiaMéxicoGuatemalaPeruHondurasC. MarfimNicaráguaEl SalvadorOutros

39.47018.0009.000

10.7004.5004.8274.2003.5003.7503.8701.8501.4181.115

15.751

PRODUÇÃO MUNDIAL

FONTE: MAPA / SPAE / CONAB e OIC.

2009Prod

ANO

19961997199819992000200120022003200420052006200720082009

CONSUMO(milhões sc)

Evolução do Consumo Interno

FONTE: ABIC. Período = novembro a outubro, sacas de 60kg

3,333,443,613,733,813,913,863,724,014,114,274,424,514,65

4,164,304,514,674,764,884,834,655,015,145,345,535,645,81

11,011,512,212,713,213,614,013,714,915,516,317,117,718,4

inclusivesolúvel

kg caféverde

kg cafétorrado

ARÁBICATipo 6 BC-Duro

(Base Cepea-Esalq)

ARÁBICATipo C Int. 500

(Base Varginha-MG)

ARÁBICATipo C Int. 500

(Base Vitória-ES)

CONILLONTipo 6-Pen.13

(Base Cepea-Esalq)

CONILLONTipo 7 BC

(Base Vitória-ES)

227,66224,07212,57200,20197,13188,45180,09186,13188,89180,77161,61176,41

2009

173,51168,47173,67158,23160,51167,57171,50171,45170,03173,81187,14192,83

2010

184,25193,33196,77198,30204,75196,43191,04194,52190,95182,62180,00185,75

2009

189,50191,39186,52190,00190,00210,95225,91219,09223,10222,25224,70229,71

2010

230,00233,33233,41230,85235,05228,10225,35230,24221,90226,67229,75232,25

2009

233,75227,78221,52225,50231,90241,43246,82234,09234,76235,00243,80249,51

2010

205,50212,22208,46203,55201,45191,43184,57188,10184,76181,43180,50187,00

2009

185,00172,78166,52174,00174,05182,38197,95195,45193,33192,25191,20192,00

2010

CONSUMO(kg/hab.ano)

torrado emoído

-10,611,012,212,613,013,312,914,114,615,416,116,717,4

(%)

32,3714,767,388,773,693,963,442,873,083,171,521,160,91

12,92

2008 20072010Prod (%)

45,99218.5008.6649.3504.3504.3714.6513.7853.8723.4502.3531.6151.547

15.588

35,9114,446,767,303,403,413,632,953,022,691,841,261,21

12,17

Prod (%)

36.07016.46712.5047.7774.9064.4604.1504.1003.0633.8422.5981.7001.621

16.138

30,2113,7910,476,514,113,743,483,432,573,222,181,421,36

13,52

Prod (%)

48.09516.6678.900

10.7503.8005.0004.0003.5504.0003.5001.8001.7001.200

21.671

35,7212,386,617,982,823,712,972,642,972,601,341,260,89

16,10

PAÍS

BrasilVietnãColômbiaIndonésiaEtiópiaÍndiaMéxicoGuatemalaPeruHondurasC. MarfimNicaráguaEl SalvadorOutros

30.48117.0907.8946.5191.8513.1082.8383.5083.0743.0841.8841.3711.307

12.068

EXPORTAÇÃO MUNDIAL2009

Prod (%)

32,1718,048,336,881,953,282,993,703,243,251,991,451,38

11,34

2008 20072010Prod (%)

29.72816.10111.0855.7412.8523.3782.4483.7783.7333.2591.5851.6251.438

10.915

30,4416,4911,355,882,923,462,513,873,823,341,621,661,47

11,18

Prod (%)

28.39817.93611.5572.9453.0732.7181.9503.8002.8433.3821.8331.5101.396

13.232

29,4118,5711,973,053,182,812,023,932,943,501,901,561,45

13,70

Prod (%)

33.49417.0007.8206.2201.8004.6663.0003.5003.0003.0001.8001.3001.3007.200

35,2217,888,226,541,894,913,153,683,153,151,891,371,377,57

FONTE: MIDC / SECEX e OIC.

TOTAL 134.633 122.855 128.587 120.129 TOTAL 95.100 96.077 97.666 96.573

TOTAL 263,20 303,85 229,74 235,49 191,56 208,49 193,67 170,49 194,08 184,74

O MERCADO DO CAFÉ

ITEM1. Produção (milhões/saca) (1)

1.1. Área em produção (milhões/hectare) 1.2. Produtividade (sacas/hectare)2. Exportação (verde, solúvel e torrado) (2)

2.1. Quantidade (milhões/saca) 2.2. Valor (mlhões/US$) 2.3. Preço Médio (US$/saca)3. Consumo Interno (T, M e solúvel) 3.1 Consumo per capita (kg/hab.ano)4. Estoques do Funcafé (milhões/sacas)5. Orçamento aprovado Funcafé (milhões R$) 5.1. Financiamentos 5.2. Publicidade e Promoção do Cafés do Brasil 5.3. Pesquisa Cafeeira6. Participação das exportações brasileiras em relação às exportações mundiais (em sc) (%) (4)

7. Participação do café nas exportações do agronegócio (em US$) (%) (5

201048,12,1

23,2

33,55,8

172,1119,35,90,5

2.8462.67315,015,0

35,2

7,5

INDICADORES DE DESEMPENHO DA CAFEICULTURA BRASILEIRA

FONTE: DCAF, CONAB, ABIC, MDIC/SECEX, OIC, CEPEA/Esalq/BM&F. // (1) - 2010, com base no 2º Levantamento de Safra da CONAB (maio/10); // (2) - 2010, de janeiro a abril; // (3) - 2010, estimativa; // (4) 2010 - de janeiro a março.

200939,52,1

18,9

30,54,3

140,3818,45,80,5

2.8442.67315,015,3

32,2

6,6

200846,02,2

21,2

29,74,8

160,2017,75,60,5

2.5612.44113,012,0

30,4

6,6

200736,12,2

21,2

29,74,8

160,2017,75,60,7

2.1472.02613,012,0

30,4

6,6

200642,52,2

19,8

28,03,4

137,0317,15,51,9

1.6801.579

5,67,5

30,3

6,8

200532,92,2

14,9

26,42,9

110,8015,55,13,2

1.2821.249

8,412,0

30,2

6,6

200439,32,2

17,8

26,72,0

76,3014,95,04,3

1.2261.201

5,08,0

29,3

5,2

200328,82,2

13,1

25,71,5

59,5913,74,75,15505243,58,0

29,9

5,0

200248,52,3

21,0

28,41,4

48,1714,04,85,48246931,65,1

32,0

5,5

200131,32,2

14,4

23,31,4

59,8813,64,95,68988558,0

16,0

25,8

5,9

Page 33: Edição 53 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2011

33JAN / 2011

O MERCADO DO LEITE

UF

PREÇOS DO LEITE E DE DERIVADOS DE LEITE NO ATACADO 1

FONTE: CEPEA-Esalq/USP. - 1 - Os valores referem-se sempre ao preço de 1 quilo de cada produto ou de 1 litro

PRODUTO

GO

Leite cru integralLeite pasteurizadoLeite UHTQueijo pratoQueijo mussarela

2.795,635,549,244,714,755,431,57,81,6

45,943,631,62,4

LITROS DE LEITE NECESSÁRIOS PARA COMPRAR INSUMOS E SERVIÇOS NA PECUÁRIA DE LEITE 1

FONTE: EMBRAPA / CNPGL - Alziro Vasconcelos Carneiro e Jacqueline Dias Alves. - a - Preço médio do leite tipo C, pago ao produtor.

INSUMO / SERVIÇOS

Vaca em Lactação (+ 12 litros)DiaristaRação para Vaca em Lactação (sc 50kg)Farelo de Algodão (sc 50kg)Sal Comum (sc 25kg)NeguvonTintura de Iodo a 10% (litro)Remédio para Mastite (Mastilac)Vacina Aftosa (dose)Uréia PecuáriaSulfato de Amônia (sc 50kg)Detergente alcalino (limpeza ordenha)Óleo Diesel (litro)

R$ 0,812a

Jun/10

2.937,035,049,046,015,055,032,08,11,6

45,044,032,02,4

R$ 0,813Mai/10

2.950,035,051,049,015,058,033,08,21,6

48,049,035,02,5

R$ 0,780Abr/10

3.044,039,061,054,017,067,037,09,41,8

54,054,041,02,8

R$ 0,700Mar/10

2.960,044,068,062,018,074,041,010,21,9

60,056,044,03,0

R$ 0,643Fev/10

3.169,042,055,053,016,050,038,07,91,9

52,052,035,02,7

R$ 0,720Nov/10

2.915,039,055,053,016,048,037,08,01,8

50,047,036,02,7

R$ 0,781Set/10

3.079,042,058,053,017,073,040,07,91,8

50,049,037,02,8

R$ 0,710Ago/10

2.81938,051,049,016,062,034,08,31,7

48,048,035,02,6

R$ 0,755Jul/10

ANO 2010NOV

3.028,040,053,052,016,051,037,08,01,8

52,051,037,02,7

R$ 0,720Out/10

Leite cru integralLeite pasteurizadoLeite UHTQueijo pratoQueijo mussarela

MG

Leite cru integralLeite pasteurizadoLeite UHTQueijo pratoQueijo mussarela

PR

Leite cru integralLeite pasteurizadoLeite UHTQueijo pratoQueijo mussarela

RS

Leite cru integralLeite pasteurizadoLeite UHTQueijo pratoQueijo mussarela

SP

0,771,171,59

10,8310,43

OUT SET AGO JUL JUN MAI ABR MAR FEV JAN

0,811,241,53

11,8511,040,771,261,60

11,7710,55

0,001,181,43

10,9110,56

0,791,301,65

13,0611,28

0,771,151,66

10,3810,58

0,811,231,57

11,8510,86

0,751,221,54

11,1210,05

0,001,151,37

11,0010,80

0,801,311,64

13,2711,33

0,711,181,559,72

10,090,741,201,48

11,5910,64

0,741,201,50

10,079,420,571,131,37

11,0011,000,761,301,65

12,4910,99

0,681,191,459,689,460,731,231,46

11,1210,10

0,741,241,479,248,700,491,161,33

11,0011,000,751,241,57

12,0810,26

0,691,201,549,399,280,761,241,49

10,5210,00

0,771,271,489,579,160,521,141,35

10,5010,50

0,741,281,55

12,6010,10

0,711,211,599,389,290,751,281,58

10,9610,28

0,771,311,529,289,120,001,201,40

10,5910,52

0,751,281,59

12,2910,45

0,821,191,589,179,190,831,281,70

11,1710,30

0,831,311,689,329,800,001,351,43

10,7010,69

0,851,301,64

12,0510,29

0,931,241,659,259,920,911,261,69

11,0910,25

0,741,301,81

10,079,600,001,381,70

12,2512,25

0,861,331,74

11,4910,02

0,911,321,588,309,160,871,251,63

11,059,880,731,341,828,759,040,001,331,64

12,3312,33

0,851,271,71

11,449,69

0,781,171,398,278,160,781,221,459,998,950,681,261,508,578,450,001,281,48

10,7210,40

0,731,211,49

11,179,06

0,631,031,267,857,470,651,171,309,278,070,691,061,369,107,610,001,011,338,409,660,701,151,34

10,718,29

DEZ NOVANO 2009

0,561,041,217,986,960,631,191,258,447,440,721,081,158,696,920,001,001,268,639,100,621,151,21

11,227,67

0,581,111,308,537,430,631,211,309,618,430,731,041,298,297,160,001,031,238,738,970,611,161,28

10,818,19

LITROS DE LEITE NECESSÁRIOS PARA AQUISIÇÃO DE RAÇÃO e ICP LEITE/EMBRAPA

FONTE: EMBRAPA / CNPGL; CEPEA/Esalq; DERAL; Gazeta Mercantil - . - * - 70% milho e 30% farelo de soja; ** - Base Abril/2006 = 100.

INSUMOS

60 kg de Milho60 kg de Farelo de Soja60 kg de Mistura *ICP Leite/Embrapa **

Jun Mai Abr Mar Fev39,1061,6245,85

148,49

Nov Set Ago JulOut36,7560,7643,95

145,93

35,0657,5341,80

144,24

30,0657,0138,14

142,73

25,7447,6232,31

142,08

24,8043,1630,31

141,16

23,2139,9428,23

140,48

24,0739,6728,75

142,50

27,1448,8133,64

145,00

29,4659,6438,51

144,87

Jan33,3371,5344,79

143,85

Dez33,0573,6145,22

143,40

ano 2010 2009

Page 34: Edição 53 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2011

34JAN / 2011

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

0,31520,30280,30890,32170,26320,22990,22430,22680,22610,21740,23700,2418

20070,24020,25290,26280,25380,25060,23850,24930,24980,26850,29200,30150,3116

0,32380,33940,32110,29780,28020,27490,29930,30840,33750,36760,37440,3886

0,43910,47260,43070,38880,34860,32530,33740,34890,37600,40050,42360,4445

2008 2009 2010MENSAL 1

38,2937,9037,6335,1331,6529,3428,0527,3626,9126,4226,3826,46

200726,4626,5526,7427,7127,5326,9326,9727,0227,4128,0228,5428,97

29,4429,9830,3832,5231,4930,8831,3331,8132,7133,8734,7835,67

36,9138,0238,1342,4540,3638,5237,9637,9438,4839,2840,1541,12

2008 2009 2010CAMPO 2

42,7742,3442,0339,2435,3632,7731,3330,5730,0629,5229,4729,55

200729,5529,6629,8730,9530,7530,0830,1330,1930,6131,3031,8832,36

32,8833,4933,9336,3235,1834,4934,9935,5336,5437,8338,8539,85

41,2242,4742,5947,4245,0843,0342,4142,3842,9843,8744,8545,93

2008 2009 2010ESTEIRA 3

CANA-DE-AÇÚCAR

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

74,6174,8576,1977,2480,5291,5392,7992,0588,8290,7988,3982,20

vist75,4175,6077,0278,1181,5292,6193,8993,0089,9492,1589,5783,41

84,0181,5477,5480,0379,4780,8581,3977,9277,2577,1874,3576,64

85,3582,5478,5180,9380,3281,6882,2878,9878,5878,6175,7175,66

praz2008

BOI GORDO / SP 1

vist praz vist praz75,7077,0379,0382,3380,8182,1683,7388,6793,49

100,62113,01104,90

76,9778,1279,8883,3481,6883,0184,5689,4994,56

101,64114,25106,02

2009 2010 MÊS

JFMAMJJASOND

493,19504,14517,13551,69623,64712,18751,18740,16726,05716,86702,55659,71

vist1 pes2

2008

BEZERRO / Mato Grosso Sul 1

2009 2010

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LIMA TAHITI 1

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LARANJA POSTA INDÚSTRIA 1

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LARANJA PERA 1

186,40186,20187,01187,22187,11187,44187,03185,83185,61185,55185,28186,17

636,23627,96634,15651,69633,71648,49638,08615,85607,08596,24592,23593,97

vist1 pes2

186,21186,22186,82188,46188,39191,75191,75187,65194,29186,79187,09185,99

601,17608,98649,59705,26722,07722,78679,96666,82695,40719,19719,51707,30

vist1 pes2

182,58190,86190,77190,61191,01195,16193,76185,28188,76188,02179,15176,17

MÊS

JFMAMJJASOND

183,62137,77142,15135,18128,71126,00126,98120,90120,84122,18116,26112,22

vist1 praz2

ALGODÃO EM PLUMA1

140,98142,39146,94139,81133,05130,14131,50125,09124,87126,46120,51116,14

116,56115,17111,87111,39124,70119,79117,10116,21115,22116,94124,43132,71

119,75118,12114,73114,24127,88122,86120,10119,22118,22119,99127,67136,16

141,27141,72148,62160,56155,96156,80164,49183,80215,34222,48269,55284,48

144,95145,42152,50164,74160,04160,91168,75188,62220,98228,29276,64291,97

SOJA 1

2006

MILHO 1

17,5516,5214,6214,4415,2516,4716,6916,8617,9421,0922,9324,96

30,9327,7927,1926,6227,4326,8827,7624,5623,7822,3220,5120,75

2007 2008

23,6722,2620,6221,2922,2522,2420,5519,4219,1320,6020,4120,02

2009 2010

19,6618,3518,4718,1618,6719,4318,7420,4224,3625,1528,2928,36

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

25,0222,0220,2019,2018,9319,5818,9722,1326,9527,3631,7233,80

2006

29,2527,5325,7024,9126,4627,5927,7327,3028,1130,5433,0631,93

46,2347,7145,8344,3344,7049,9950,5844,7046,0844,6345,1344,61

2007 2008

49,2147,5645,3547,9550,3949,8947,8348,2046,0744,6746,0742,87

2009 2010

39,8035,7334,1434,4935,5936,0938,5841,3242,5944,8848,9748,52

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

32,0032,5831,8030,0130,0830,7131,3434,5638,6739,9142,0743,98

2006

3,092,182,282,825,526,50

11,3828,8735,7644,6026,585,78

4,745,157,845,244,775,979,61

20,1038,9551,7846,6416,26

2007 2008

6,195,034,944,224,794,896,62

26,5231,4722,2821,53

9,83

2009

2,922,343,87

10,7016,4918,8517,9714,8219,0320,9914,9210,16

2005

9,139,78

12,6411,669,368,798,979,139,73

11,0412,5113,85

15,0817,1019,0216,6013,8211,2810,9811,0610,4811,4813,4514,10

2006 2007

15,3816,9517,0314,6512,0411,3911,3811,0110,6410,8310,249,70

2008 2009

10,009,82

11,1310,469,137,666,486,477,047,588,488,94

15,6819,5319,0813,7210,689,38

10,1211,4712,5112,6012,7613,48

2005

7,086,836,015,856,107,148,718,447,947,869,70

11,53

15,4615,5013,688,797,887,97

10,9310,169,789,89

11,7712,61

2006 2007

13,4612,399,668,388,279,72

10,959,719,339,578,637,27

2008 2009

6,805,924,954,504,053,683,655,045,665,866,416,95

12,139,908,667,587,218,10

10,0610,7611,0411,5212,5114,26

2005

4,762,712,372,153,818,36

17,6421,9516,8611,879,986,41

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/arroba (15kg) FONTE: CEPEA/Esalq. Para M. Grosso Sul - 1 - Em R$/cab - 2 - Em R$/kg

FONTE: UDOP - 1 - Em R$/kg ATR // 2 - 109,19 kg ATR // 3 - 121,97 kg ATR

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em centavos R$/libra peso FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/saca de 60kgFONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/saca de 60kg

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, a prazo, entregue no portão, sem contrato.

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, mercado interno, na árvore.

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 27,0kg, mercado interno, colhido.

2010

7,709,77

10,178,24

13,0014,7014,8814,9015,1915,2315,3515,44

2010

10,8917,2219,1716,5014,4915,1314,9014,9416,8319,1719,9319,30

2010

7,028,829,53

11,1214,2518,9621,4922,6331,7525,4230,7425,15

BEZERRO / São Paulo 1

2006

341,01341,89341,69347,65364,42370,14361,67365,51369,08374,37370,13366,08

492,82503,88518,07553,43624,51713,33752,17740,02724,67717,00703,33660,14

2007 2008

636,50629,36635,79657,06661,06656,90641,71618,36604,06597,02585,92592,25

2009 2010

599,80614,68647,90699,60718,62721,53684,39669,62686,57708,95713,72711,55

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

366,38377,36394,33408,47419,30427,29434,89452,92462,15466,46473,66480,86

FONTE: CEPEA - 1 Em R$/cabeça, descontado prazo de pagamento pela NPR

2008vist1 praz2

2009vist1 praz2

2010

Page 35: Edição 53 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2011

35JAN / 2011

LIVROSAGENDA DE EVENTOS

SHOW RURAL COOPAVEL 2011Dias: 07 a 11/02. COOPAVEL. Local: Show Rural Coopavel, Cascavel (PR). Tel: (45) 3225-6885. Email:- [email protected]. Site:-www.showrural.com.br.

CURSO TEÓRICO E PRÁTICO DE ÁCAROS DE IMPORTÂNCIA QUARENTENÁRIADias: 07 a 11/02. INST. BIOLÓGICO. Local: Laboratório de Acarologia do Centro Ex-perimental Central, Campinas (SP). Tel: (19) 3251-0319. Email:- [email protected]. Site:- www.showrural.com.br.

CURSO DE ULTRASSONOGRAFIA E AS-PIRAÇÃO FOLICULAR PARA FIV EM BO-VINOSDias: 08 a 12/02. CPT. Local: R. Padre Se-rafim, 50, Viçosa (MG). Tel: (31) 3899-8300. Email:- [email protected].

EXPOINEL MINAS 2011Dias: 12 a 20/02. ACNB. Local: Uberaba (MG). Tel: (31) 3286-5347.

34º CONGRESSO PAULISTA DE FITOPA-TOLOGIADias: 15 a 17/02. ITAL, IAC e APF. Local: Av. Barão de Itapura, 1481, Campinas (SP). Tel: (19) 3743-1758. Email:- [email protected].

11º SIMPÓSIO DA CULTURA DE FEIJÃODias: 15 a 17/02. ESALQ/USP. Local: Anfite-atro do Pavilhão de Engenharia, Piracicaba (SP). Tel: (19) 3417-6604. Email:- [email protected]. Site:-www.fealq.org.br.

CURSO DE TRANSFERÊNCIA DE EM-BRIÕES EM EQUINOSDias: 19 a 20/02. Universidade do Cavalo. Local: Universidade do Cavalo, Sorocaba (SP). Tel: (15) 3292-6633. Email:- [email protected]. Site:-www.uni-versidadedocavalo.com.br.

CURSO DE DIREITO AMBIENTALDias: 1º/03. FUNDAG e FAJ. Local: FAJ Uni-dade II (Rod. Gov. Adhemar de Barros, km 127), Jaguariúna (SP). Tel: (19) 3233-8035. Email:- [email protected]. Site:-www.feinco.com.br.

PROJETOS DE LICENCIAMENTO AMBIEN-TALDias: 11 a 15/03. INFOAGRO. Local: São Paulo (SP). Tel: (11) 5533-0330. Email:- [email protected]. Site:-www.infoagro.com.br.

11º CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA MÉDICOS VETERINÁRIOSDias: 11/03 a 02/07. FUNEP. Local: Sala de Eventos FUNEP, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3209-1300. Email:- [email protected]. Site:-www.funep.com.br.

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MANE-JO DO SOLODias: 11/03/2011 a 28/02/2013. FEALQ. Lo-

cal: ESALQ, Piracicaba (SP). Tel: (19) 3417-6604. Email:- [email protected]. Site:-www.fealq.org.br.

8ª FEINCO - Feira Internacional de Capri-nos e OvinosDias: 21 a 25/03. AGROCENTRO. Local: Centro de Exposição Imigrantes, São Paulo (SP). Tel: (11) 5067-6767. Email:- [email protected]. Site:-www.fundag.br.

9º CONGRESSO DE PRODUÇÃO E CO-MERCIALIZAÇÃO DE OVOSDias: 22 a 24/03. APA. Local: Hotel JP, Ri-beirão Preto (SP). Tel: (11) 3832-1422. Email:- [email protected]. Site:-www.congressodeovos.com.br.

CURSO DE FLORICULTURA TROPICAL (Gengibre Ornamental, Bastão do Impera-dor, Costus, Helicônias e Alpinia)Dias: 28 a 30/03. INFOBIBOS e AJBIAC. Local: Ubatuba (SP). Tel: (19) 3014-0148. Email:- [email protected]. Site:-www.avisite.com.br.

3º SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DE AVES E SUÍNOS Dias: 29 a 31/03. UFV. Local: Universidade Federal de Viçosa, Viçosa (MG). Tel: (31) 3899-2277. Email:- [email protected]. Site:-www.avisite.com.br.

10º CURSO DE MANEJO EM CULTIVO PROTEGIDO Dias: 25 a 29/04. IAC, INFOBIBOS e CON-PLANT. Local: Instituto Agronômico, Campi-nas (SP). Tel: (19) 3014-0148. Email:- [email protected]. Site:-www.conplant.com.br..

18ª AGRISHOW - Feira Internacional de Tecnologia em AçãoDias: 02 a 06/05. REED EXHIBITIONS e AL-CANTARA MACHADO. Local: Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico - Centro Cana, Ribeirão Preto (SP). Tel: (11) 5067-6767. Site:-www.agrishow.com.br.

42ª EXPOAGRO - Exposição Agropecuária de Franca (SP)Dias: 13 a 29/05. ASSOC. PROD. RURAIS DO BOM JARDIM. Local: Parque de Ex-posições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: (16) 3724-7080. Email:- [email protected]. Site:-www.franca.sp.gov.br/ex-poagro.

3ª EXPOVERDE - Feira de Flores, Frutas, Hortaliças, Plantas Nativas, Plantas Orna-mentais, Plantas Medicinais, Agricultura Orgânica, Insumos, Máquinas e Implemen-tos de Franca (SP)Dias: 22 a 25/09. ASSOC. PROD. RURAIS DO BOM JARDIM. Local: Parque de Ex-posições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: (16) 3724-7080. Email:- [email protected].

CLONAGEM E DOENÇASDO EUCALIPTO

AUTORAcelino C. Alfenas, Edival A.V. Zauza, Reginaldo G. Mafia e Teotônio F. AssisEDITORAUFVCONTATOsite: www.agrolivros.com.br.

FEVEREIRO 2011

LEITE DE QUALIDADE: Manejo Reprodutivo,

Nutricional e Sanitário

Aborda a história da clonagem do eucalipto, seus avanços nas últimas décadas e sua aplicação a outras espé-cies arbóreas nativas e exóticas. For-nece ao leitor informações úteis sobre as técnicas de resgate de árvores-elite no campo e sua multiplicação em am-pla escala, incluindo aspectos de ins-talação de viveiros, manejo da cultura desde a etapa de produção de brotos sadios para estaquia até as fases de enraizamento, aclimatação, crescimen-to e expedição de mudas para o campo; regras para proteção de clones e cul-tivares. Conceito de doenças e seus agentes etiológicos; os sintomas e os princípios fundamentais de controle de enfermidades florestais; as principais doenças em viveiro e campo.

Teve como objetivo sintetizar um bom conteúdo para o público interes-sado e, quem sabe, despertar o interes-se daqueles que ainda não estão fami-liarizados com a bovinocultura leiteira, além de tratar de assuntos relaciona-dos ao manejo reprodutivo e manejo nutricional; porém a ênfase é dada ao manejo sanitário, principalmente ao manejo de ordenha e qualidade do leite, uma vez que este assunto é es-treitamente relacionado com a saúde humana. É uma revisão atualizada para servir de consulta a todos nas suas dú-vidas diárias.

Tel. (51) 3403-1155.

MARÇO 2011

MAIO 2011

SETEMBRO 2011

AUTORLea Chapaval e Paulo R.B. PiekarskiEDITORAAprenda FácilCONTATOsite: www.agrolivros.com.br. Tel. (51) 3403-1155

ABRIL 2011

Page 36: Edição 53 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2011

36JAN / 2011