Edição 9

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Diebold adquire GAS Tecnologia “Com essa aquisição, passamos a atuar em todos os principais canais bancários, desde a automação dos caixas na agência, passando pelo autoatendimento e agora atuando fortemente em Internet e Mobile Banking”, disse João Abud. RECORTAR E COLAR, A BRINCADEIRA QUE VIROU HOBBY DR. HERBERT LANCHA FALA SOBRE ALIMENTAÇÃO E OS SEGREDOS PARA UMA VIDA LONGA ATM SEGURO MARCA EDIÇÃO 2012 DO CIAB João Abud Junior, presidente da Diebold Brasil e Leonardo Soares da Silva, diretor de negócios da GAS Tecnologia Diebold Brasil Magazine Ano 2 | Número 9 | Novembro de 2012 Uma publicação

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Diebold adquire GAS Tecnologia, ATM Seguro marca edição 2012 do Ciab, Recortar e colar, a brincadeira que virou hobby, Dr. Herbert Lancha fala sobre alimentação e os segredos para uma vida longa

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Diebold adquire GAS Tecnologia“Com essa aquisição, passamos a atuar em todos os principais canais bancários, desde a automação dos caixas na agência, passando pelo autoatendimento e agora atuando fortemente em Internet e Mobile Banking”, disse João Abud.

RecoRtaR e colaR, a bRincadeiRa que

viRou hobby

dR. heRbeRt lancha fala sobRe alimentação e

os segRedos paRa uma vida longa

atm seguRo maRca edição

2012 do ciab

João Abud Junior, presidente da Diebold Brasil e Leonardo Soares da Silva, diretor de negócios da GAS Tecnologia

Diebold Brasil MagazineAno 2 | Número 9 | Novembro de 2012

Uma publicação

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• Mais de 100 mil equipamentos reciclados.

• Mais de 700 árvores plantadas este ano.

• Produção atende às normas que restringem o uso de substâncias

nocivas ao meio ambiente.

• Coleta seletiva de lixo e coleta interna de pilhas e baterias.

Acesse www.diebold.com.br e saiba mais.

INVESTIR NO FUTURO

DA TECNOLOGIA SEM IGNORAR

O FUTURO DO PLANETA.

A DIEBOLD ACEITA ESTE DESAFIO.

A Diebold mudou o cenário da automação bancária e eleitoral no

Brasil, implementando projetos inovadores também nas áreas da

saúde, em tribunais, grandes indústrias e cooperativas de crédito.

Mas o trabalho voltado para o futuro não termina aí: a Diebold

também tem tradição em promover atitudes sustentáveis.

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EDITORIAL

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Com a palavra, o chefe!“Entre os meses de julho e agosto, a atenção de milhares de milhões de expectadores do mundo todo esteve voltada para Londres, cidade que sediou as Olimpíadas. Esses jogos nos fascinam, em parte, por causa do drama humano que está na base das competições mais emocionantes. Um deles foi o esforço de recordistas como Michael Phelps e Usain Bolt em se superar e levar mais uma medalha de ouro para casa. Mas poderia Phelps, em sua quarta e última competição olímpica, novamente subir ao pódio? Será que o ser humano mais rápido do mundo, conseguiria adicionar mais ouro em sua coleção? E é fascinante perceber que eles conseguiram se superar.

Nos negócios, como no atletismo, manter o primeiro lugar, muitas vezes, é mais difícil do que alcançá-lo. Quando você é o número 1, os concorrentes estão sempre motivados para tirá-lo de seu pedestal. Todos os dias, os competidores estão trabalhando para desenvolver novas estratégias e novas abordagens para superar sua vantagem. Para combater esses desafios, os atletas medalha de ouro trabalham continuamente para elevar sua performance a novos patamares.

A Diebold Brasil, onde recentemente me reuni com colegas e clientes, é um grande exemplo de um atleta número 1 que vem intensificando seu treino para correr ainda mais rápido. A comparação é especialmente relevante, já que o Rio de Janeiro servirá como cidade-sede das Olimpíadas de 2016. De fato, o lema desses jogos, ‘Viva Sua Paixão’, descreve bem o espírito competitivo que define muitos dos nossos colegas no Brasil.

O Brasil é o terceiro maior mercado de autoatendimento bancário no mundo. É um mercado maduro e crescente, com uma grande rede de terminais e intenso uso por parte dos clientes para executar uma ampla variedade de transações. Todos os bancos neste País enorme, que é a sexta maior economia do mundo, têm uma presença nacional

- não há bancos regionais. Por esse motivo, o serviço de suporte técnico de sucesso requer um alcance continental. Ainda mais crítica é a capacidade de fornecer soluções totalmente personalizadas. Muitas exigências governamentais e do próprio setor bancário para o canal ATM são exclusivas do Brasil. Como líder de mercado, muito do sucesso da Diebold pode ser atribuído aos investimentos que fizemos durante muitos anos para projetar soluções sob medida para as necessidades dos clientes brasileiros.

Em junho, tive o prazer de mais uma vez participar do Ciab Febraban, um dos mais importantes eventos de tecnologia do mundo voltado para o setor financeiro. Além de servir como palestrante, passei muitas horas no estande da Diebold, em reuniões com clientes discutindo as mais recentes inovações e como atender às necessidades de mercados emergentes. Um desafio crescente são os ataques a caixas eletrônicos com explosivos. Para esse problema, não é nenhuma surpresa que a Diebold Brasil tenha desenvolvido um cofre seguro e antiexplosivos, o que gerou enorme interesse entre os participantes do Ciab. Esta solução engenhosa emprega um cofre com dois compartimentos. Quando uma explosão ocorre, o compartimento mais exterior absorve o impacto, enquanto que a parte mais interna preserva o dinheiro, frustrando os criminosos.

Minhas longas conversas com membros de nossa equipe no Brasil me ajudaram a ter certeza de que esses colegas não se concentram em realizações do passado, mas sim naquilo que é necessário para manter a nossa liderança no mercado. Seja uma ATM mais segura, a conquista de um novo e grande cliente ou criar a tecnologia que permite a expansão de serviços bancários a milhões de novos consumidores, nossos colegas do Brasil estão provando que eles têm a paixão e o fogo competitivo para continuar vencendo pelos próximos anos”.

Atenciosamente,Tom SwidarskiCEO Global da Diebold

Nesta segunda edição do ano de 2012 de nossa revista tenho o prazer de compartilhar com vo-cês uma das mensagens

mais estimulantes que recebemos ao longo de nossa trajetória cor-porativa, e ela veio de nosso presi-dente mundial e meu chefe, Thomas Swidarski. Além de ser um executivo brilhante e um administrador disci-plinado, Tom é um homem admirá-vel porque, mais do que qualquer executivo estrangeiro que conhe-ci, ele realmente tem se esforçado para compreender o Brasil e suas idiossincrasias, e tem estimulado e vibrado com cada uma de nossas iniciativas. Nas colunas ao lado, você conhecerá um pouco da visão desse homem sobre o mercado brasileiro e sua fé na forte equipe Diebold aqui presente. Com a palavra, o chefe!

boa leitura!

João Abud JuniorPresidenteDiebold Brasil

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Na mosca!

ATM com cofre resistente à dinamite foi uma das maiores atrações do Ciab Febraban 2012, que aconteceu de 20 a 22 de junho, em São Paulo

Recorte, cole e divirta-se!

A transformação das agências bancárias e o aumento do volume de negócios

Após quase 50 anos da sua fundação, Zona Franca continua atraindo empresas

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SumáRIOEspEcial pEoplEwarE

capa

inovação

EspEcial ii

Diebold adquire GAS Tecnologia e passa a atuar nos canais Internet e Mobile Banking

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AUTOCOM 2012Intel Developers Forum 2012

Assédios moral e sexual no ambiente de trabalho

“Coach”, o personal trainer dos negócios

31 32

34

notas socioambiEntal

opinião

Ano 2 | Número 9 | Novembro de 2012

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chEfs, sommEliErs, baristas E cia.

Nutrição e longevidade

Nesta edição, a coluna não traz receitas, nem dicas de bebidas, mas o esclarecedor artigo do médico nutricionista, Dr. Antonio Herbert Lancha Júnior. Recheado de informações sobre as mais recentes descobertas da ciência sobre os alimentos e o cérebro humano, por exemplo, o artigo ajudará os leitores a selecionarem os alimentos e a transformar seus hábitos alimentares para viverem mais e melhor

28 Pesquisa mundial de

satisfação revela crescimento da lealdade dos clientes

brasileiros aos ATMs Diebold

30

nEgócios voz do cliEntE

Companhia conquista o mercado de

cooperativas de crédito no País

Expediente

A revista Diebold Brasil Magazine é uma publicação da Diebold Brasil.

Coordenação Geral

carlo benedetto, diretor-geral

de marketing e vendas

Revisão

Elaine Dellaflora, Analista de

marketing e gabrielle Rosemberg,

assistente de marketing

Produção de Conteúdo e Edição

gad comunicação

www.gadcom.com.br

(11) 3846-9981

Jornalista Responsável

mônica vendrame – mtb 24.632

Textos

mônica vendrame e diná simas

Projeto Gráfico e

Editoração Eletrônica

dpto. www.dpto.com.br

Capa

carlos humberto/asics/tse

Tiragem

5.500 exemplares

Atendimento ao Leitor

[email protected]

acesse www.diebold.com.br

Page 6: Edição 9

Na mosca!ATM coM cofre resisTenTe à

dinAMiTe foi uMA dAs MAiores

ATrAções do ciAb febrAbAn

2012, que AconTeceu de 20 A 22

de junho, eM são PAulo

mais uma vez, a Diebold Brasil acertou em cheio

quando decidiu levar ao Ciab 2012 uma resposta

tecnológica e comercialmente viável para os

ataques com dinamite aos caixas eletrônicos.

A notícia sobre a nova solução ocupou páginas

dos mais importantes jornais do País, impressos e eletrônicos,

e chamou a atenção do ecossistema financeiro. “A reação do

mercado e a grande repercussão dos meios de comunicação

demonstraram que a expectativa em torno da tecnologia é

que ela resolva nossos problemas aqui e agora”, refletiu Carlos

Alberto Pádua, vice-presidente de tecnologia da Diebold Brasil.

A nova ATM, Opteva 610AE, também chamada ATM Segura,

desenvolvida em parceria com a TecBan, empresa que administra a

Rede Banco24Horas, é dotada de um cofre especial que é capaz de

proteger o dinheiro em caso de explosões com dinamite. A solução

encontrada pela companhia valeu-se da teoria da dissipação

da energia produzida no momento da explosão. “Graças a essa

nova solução, as cédulas estão protegidas e ninguém terá acesso

ao dinheiro. Além disso, o nível de impacto poderá disparar o

entintamento das notas com uma substância que penetra nas fibras

do papel e não sai, nem com água e nem com solventes. Todos

os testes comprovaram que encontramos uma solução eficiente

e com o melhor custo-benefício do mercado”, enfatizou Pádua.

DBM | Novembro 20126 | 7

EspEcial

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Estande da Diebold no Ciab 2012

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• ClOUD ATM – Trata-se de um caixa eletrônico-conceito bastante simplificado. O hardware é forma-do por um tablet acoplado ao cofre onde ficam acondicionados os cas-setes com as cédulas; e o aplicativo para o funcionamento da máquina fica na nuvem. Para realizar um sa-que, o correntista fará quase toda a transação através do seu celular que enviará uma ordem para o caixa ele-trônico dispensar o dinheiro. Toda a operação é finalizada mediante au-tenticação biométrica e de um có-digo que é enviado exclusivamente para o celular. Além dessa opera-ção, o Cloud ATM também é ideal para a realização de ordens de pa-gamento em dinheiro. Por exemplo, para efetuar o pagamento de uma empregada doméstica, basta que o empregador informe um código que deverá ser digitado em qual-quer Cloud ATM e a pessoa poderá sacar o dinheiro tendo a biometria como garantia de segurança.

• ATM OpTevA 620 COM TeCNOlOGIA NFC – Nesse mo-delo de caixa eletrônico, o usuá-rio não precisa inserir o cartão na leitora, basta aproximar o cartão ou o próprio celular (que possua a tecnologia NFC) da máquina e ela reconhecerá o correntista. Essa tecnologia praticamente inviabili-za a clonagem, já que o correntis-ta não terá que inserir seu cartão na máquina e, assim, dispositivos fraudulentos como o chupa-ca-bras não terão sucesso. A auten-ticação, isto é, a garantia de que se trata mesmo do correntista, é feita através de biometria. Essa mesma máquina possui também a capacidade de ler código de bar-ras em duas dimensões e possui uma impressora que imprime nos dois lados do formulário, econo-mizando papel.

• ATM OpTevA 630 COM BIOMe-TRIA DUplA, ReCIClADOR De

NOTAS e MóDUlO De DepóSITO qUe ACeITA MAçO De CéDUlAS e De CheqUeS – Esse caixa ele-

trônico oferece dispositivos bio-

métricos duplos que reforçam a

segurança, como reconhecimento

de face e das digitais. Aceita de-

pósitos em dinheiro e cheques em

maço, e fora do envelope. Esse

equipamento foi desenvolvido

pensando na automação dos de-

pósitos, pois é capaz de reconhe-

cer cédulas verdadeiras ou falsas,

captura a imagem dos cheques e

já credita o valor em dinheiro ins-

tantaneamente na conta do depo-

sitante. As cédulas que recebe nos

depósitos podem ser reutilizadas

para novos saques.

• TpG 4500 COM MóDUlO De expANSãO – Caixa eletrônico

que possui um módulo adicional

que dispensa cartões pré-pagos

e aceita depósito em cheques fora

do envelope.

EspEcialA

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Últimas novidades em tecnologia bancária(tour pelo estande da Diebold no Ciab 2012)

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Thomas W. Swidarski, presiden-te mundial da Diebold, apre-sentou a palestra “Delivering Convenience, Security and In-novation”, quando mostrou o resultado de uma pesquisa rea-lizada com cerca de 25 mil con-sumidores de mais de 20 países sobre as expectativas e preocu-pações dos correntistas quanto ao uso dos canais de atendimen-

• TCS 600 – Terminal web para con-

sultas e também terminal “cashless”.

• TeSOUReIRO ReCIClADOR

– Especialmente desenvolvido

para equipar as agências bancá-

rias, esse terminal é utilizado para

receber o dinheiro das sangrias

das gavetas dos caixas e também

pode dispensar as quantias ne-

cessárias aos saques efetuados na

boca do caixa, garantindo de ma-

neira segura a movimentação diá-

ria da agência. A novidade é que

o reciclador das notas é capaz de

to. Outra pesquisa igualmente abrangente revelou as principais demandas dos bancos, tendên-cias e desejos sobre a gestão dos canais de atendimento, em especial do autoatendimento, e como a indústria de automação está se preparando para atender às expectativas dos bancos e de seus clientes com novas tecno-logias e novas funcionalidades.

reconhecer o número de série das

cédulas depositadas.

• TA 5000 – Novo terminal com-

pacto para realizar operações fi-

nanceiras em locais com pouca in-

fraestrutura para informática. Ideal

para uso como correspondente não

bancário. Aspectos como robustez,

versatilidade, confiabilidade e sim-

plicidade de operação tornam o TA

5000 uma ferramenta importante

na automação do atendimento ao

público e sua operação por pessoal

com pouca qualificação técnica.

Nesse sentido, Swidarski elencou quatro inovações que considera essenciais para a evolução dos canais bancários: a virtualiza-ção, 4G, tecnologias multicanal e multivendor. E para encerrar questionou: “Será que vamos chegar a uma sociedade sem di-nheiro e sem agências?”. A Die-bold não acredita que isso acon-tecerá tão cedo.

• TRUNCAGeM e pROCeSSA-MeNTO De DOCUMeNTOS –

Sistema completo de digitaliza-

ção de documentos, totalmente

compatível com os padrões Fe-

braban. Além de solução para

o back office, a Diebold já con-

ta com um terminal que acei-

ta depósito de cheques fora do

envelope, onde as imagens dos

cheques são capturadas, pro-

cessadas e transmitidas para a

central através de um workflow

previamente configurado.

Tom swidarski, cEo mundial da Diebold, foi um dos principais palestrantes do ciab 2012

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iNovação

mudanças no ambiente financeiro global têm

levado os bancos de varejo a discutirem

a eficiência do modelo de atendimento

das agências, abrindo frentes internas

de avaliação do desempenho comercial,

operacional e financeiro de suas redes. Esta reflexão

também foi estendida aos clientes visando captar opiniões

e críticas sobre as deficiências no atendimento atual e

como eles gostariam de ser atendidos.

A transformação das agências bancárias e o aumento do volume de negócios

Por Jarbas Cruz

A transformação das

agências bancárias gera,

inicialmente, um aumento

de 20% nos custos, no

entanto, provoca um

incremento de 35% no

volume de negócios

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Page 12: Edição 9

iNovação

estes estudos revelaram alguns aspectos interessantes:

1os clientes consideram a agência

como principal ponto de contato

com os bancos, tanto para a aqui-

sição ou contratação de produtos

e serviços (atendimento geren-

cial) como para a realização de

transações (atms e caixas).

2antes de decidir pela contratação

de um produto ou serviço, os clien-

tes usualmente fazem duas ou três

consultas ao banco via internet

banking, call center ou agência,

por telefone ou pessoalmente.

3a maior parte das agências

bancárias está fechada nos ho-

rários em que os clientes têm

maior disponibilidade de tem-

po para visitá-las.

4cerca de 90% dos vínculos com

clientes são construídos e rompi-

dos dentro das agências.

f5os clientes estão cada vez mais

sensíveis a preços, tarifas e taxas,

não hesitando em mudar de ban-

co quando se sentem insatisfeitos.

6há uma enorme divergência en-

tre a expectativa dos clientes e

o tipo de atendimento oferecido

pelos bancos. os clientes espe-

ram um atendimento proativo e

que seja realizado por pessoas

com conhecimento especializado

e os bancos oferecem um aten-

dimento simpático, por pessoas

com conhecimento genérico.

7os clientes estão igualmente dis-

postos a estabelecer uma relação

duradoura com bancos que enten-

dam suas necessidades e inovem

seus modelos de atendimento.

8apesar do êxito obtido no esfor-

ço de migrar 90% das transações

para canais eletrônicos, os 10%

remanescentes nos caixas corres-

pondem a 40% dos custos opera-

cionais de uma agência e a 10%

dos custos globais de um banco.

A eficiência comercial dos ban-

cos de varejo está diretamente

ligada à dimensão de sua rede de

pontos de venda (agências).

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Em função desses estudos, al-

guns bancos decidiram desenvol-

ver planos para transformar suas

agências, combinando arquitetu-

ra, processos e tecnologia para

criar um modelo de atendimento

com forte simplificação operacio-

nal, permitindo a alocação integral

dos recursos humanos em ativida-

des de pré-vendas e negócios.

Inspirados em modelos de redes

de lojas de varejo inovadoras, tais

como Sony e Apple, os arquitetos

incorporaram a ideia de levar aos

clientes uma nova experiência

multissensorial ao usarem uma

agência com cores, iluminação,

texturas, aromas, sons e mobiliá-

rio especiais.

Um elemento-chave neste proces-

so foi a adoção de terminais de

autoatendimento com funcionali-

dades avançadas, tais como reci-

cladores de numerário, dispensa-

dores de troco e depositário de

cheques com scanner. Com capa-

cidade para atender clientes, não

clientes e até pessoas jurídicas

que transacionam grande volume

de cédulas e cheques, as novas

ATMs puderam absorver quase

100% das transações anteriormen-

te atendidas nos caixas.

Adicionalmente, foram introduzi-

dos nas salas de autoatendimen-

to novos terminais interativos de

consultas, transações sem nume-

rário e de atendimento comercial

apoiados por videoconferência

24 horas por dia, sete dias por se-

mana. A adoção destes elemen-

tos foi fundamental para que a

agência transformada tenha nas-

cido com o seu fluxo transacional

e informativo já implementado

em canais eletrônicos.

E para completar, a otimização

dos processos de atendimento

nas plataformas de negócio foi

obtida com o apoio de sistemas

de CRM, workflow, gestão eletrô-

nica de documentos e gestão de

rentabilidade da carteira de clien-

tes administrada pelo executivo

de contas, permitindo seu acom-

panhamento como uma unidade

de negócios virtualmente autô-

noma. Mas o principal elemento

de transformação foi, no entanto,

o recrutamento e treinamento de

funcionários especializados e pro-

ativos, com perfis adequados para

trabalhar nas novas agências.

A preocupação com a gestão da

experiência de atendimento é um

requisito essencial para o suces-

so do projeto. Gerir a experiência

é buscar constantemente manter

o nível do atendimento dentro

dos patamares de qualidade e

satisfação previamente defini-

dos. Para garantir que a experi-

ência seja homogênea em todas

as agências transformadas, ela

deve ser monitorada de forma

centralizada ou regional.

Os elementos da transformação

foram provados exaustivamente

em agências piloto, antes de sua

incorporação ao modelo defini-

tivo. Segundo alguns estudos, a

transformação gera inicialmente

um aumento de 20% nos custos

das agências, no entanto, provo-

ca um aumento de 35% no volu-

me de negócios.

Vários bancos já aprovaram os

seus modelos transformados e

partiram para a implantação mas-

siva em toda a rede, tais como o

Umpqua Bank (USA), Jyske Bank

(Dinamarca), Belfius Bank (Bél-

gica) e Helm Bank (Colômbia). Outros seguem operando o novo modelo em pequenas redes, tais como o Barclays (UK), Citibank (USA), BNP Paribas (França) e Deutsche Bank (Alemanha). No Brasil, podemos citar o Espaço Banco do Brasil, instalado no Shopping Iguatemi, em Brasília (DF); a agência-conceito Brades-co Next, além de algumas agên-cias do Banco Itaú que estão proporcionando aos clientes uma nova experiência no atendimento.

As agências transformadas serão fundamentais para a conquista de corações e mentes das novas e exi-gentes gerações de clientes.

“não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes e sim aquelas que melhor se adaptam às mudanças”

Charles Darwin

Jarbas cruz é consultor da diebold brasil para novas tecnologias.

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A Zona Franca de Ma-naus (ZFM) surgiu no final da década de 60 como estra-tégia de desenvol-

vimento regional dos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Ro-raima e as cidades de Macapá (AP) e Santarém (PA). A ideia era, entre outras, garantir a soberania nacio-nal sobre as fronteiras ao norte do País, além da proteção ambiental e melhor qualidade de vida para a população. Com essa estratégia, o governo brasileiro conseguiu que todo o País prestasse atenção àquela enorme faixa verde de ter-ra, e o pulo do gato foi oferecer in-centivos fiscais tais que valessem a pena para qualquer empresa instalar-se ali, apesar da distância.

Hoje, com suas 600 indústrias de alta tecnologia e que geram mais

EspEcial ii

de meio milhão de empregos, dire-tos e indiretos, a Zona Franca ainda é uma boa opção para as empresas, em termos fiscais e para a popula-ção, em função do mercado de tra-balho; e Manaus ficou mais perto de todo o País. No caso da Diebold, a cidade ocupa um lugar especial em sua história. Segundo Antonio Gal-vão, vice-presidente de operações da Diebold, a Zona Franca foi uma excelente opção e ajudou a trazer competitividade para o negócio na época, além de uma grande expe-riência em termos logísticos.

Tudo começou em 1992, quando iniciou suas atividades com uma operação ainda pequena para produção de terminais de caixa e servidores. Dois anos mais tarde, após um estudo detalhado, a com-panhia Procomp, na época, decidiu transferir também a fábrica de

ATMs que, até então, funcionava em São Paulo. Assim, a nova uni-dade começou a operar com força total e já com as áreas de engenha-ria industrial e controle de quali-dade estruturadas.

Em 1999, a fábrica ganhou um novo endereço em Manaus e é onde permanece até hoje. Mas a evolução da empresa na cida-de não para nunca. Em 2001, foi inaugurada a fábrica de cofres; em 2007, aconteceu a transferên-cia da produção dos mecanismos de impressão de mecânica fina (linha Mecaf); e, em 2011, se deu a consolidação de todas as unida-des em um modelo de lean ma-nufacturing, reunindo a fabrica-ção de diversos produtos em 18 mil metros quadrados de moder-nas instalações e com o auxílio de 400 colaboradores.

Diebold completa 20 anos de produção em manausLogística é o grande desafio de quem produz na região Norte

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A unidade de cofres da Diebold instalada em Manaus é, sem dú-vida, uma das mais avançadas do País. Possui células robotizadas de solda, corte de aços de alta preci-são, além de realizar usinagem com as ferramentas mais moder-nas do mercado. Todos os cola-boradores recebem treinamento especializado para comandar má-quinas a laser, CNC (Controle Nu-mérico Computadorizado), operar robôs, pintura a pó, entre outros. “A criação da fábrica de cofres foi um desafio incrível. Por se tratar de uma unidade mecânica, foi uma ação completamente diferente de tudo que a empresa já havia feito”,

“Produzir em Manaus é vantajoso por conta das isenções de impos-tos, mas exige um trabalho minu-cioso da logística para que todos os prazos sejam cumpridos”, afir-ma. Ele explica que, normalmen-te, os pedidos saem de Manaus de avião ou de balsa até Belém (PA), de onde seguem até seu destino via rodoviária.

“A operação na ZFM trouxe, para toda a empresa, um conhecimen-to incrível em termos de logística e que nos ajudou em todos os ou-tros negócios, inclusive no caso da distribuição das urnas eletrônicas pelo Brasil, e para nossa área de assistência técnica, que hoje che-ga em qualquer parte do País sem grandes dificuldades”, completa.

conta Fernando Cúrcio, diretor in-dustrial da Diebold.

Mas, o principal desafio para quem produz na ZFM é mesmo a logística de transporte para recebimento de mercadorias e escoamento da pro-dução. O sistema rodoviário é pre-cário, a estrutura aeroportuária se ressente da falta de aviões carguei-ros e de terminais adequados e, por fim, no caso das hidrovias, faltam entrepostos multimodais, os portos não conseguem atender à deman-da e o tempo de percurso é sempre muito longo.

Fernando Cúrcio conta que, no caso da Diebold, os equipamentos são despachados para o resto do País por via fluvial, aérea e rodoviária.

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ação

Polo industrial de Manaus, onde está localizada a fábrica da Diebold e o Rio Negro ao fundo

modernidade e desafio logístico

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pEoplEwarE

Na década de 60, com a primeira viagem dos astronautas ame-ricanos à lua, o mundo todo mergulhou em um clima de fanta-sia sobre o espaço sideral. Isso influenciou toda uma geração e alimentou a imaginação de milhares de crianças mundo afora como Marco Lallo – hoje gerente de projetos de automação elei-toral da Diebold – seu irmão mais novo e seu primo que, na casa dos avós, brincavam de desenhar e montar miniaturas de papel com temas aeroespaciais. Os garotos, após essa motivação inicial inspirada pela Apollo 11, ainda passaram boa parte da infância recortando, colando e montando modelos de uma infinidade de objetos, de carros a casas, animais etc. Já na pré-adolescência, os modelos ficaram mais elaborados e os três amigos, além de régua, cola e canetinha hidrocor, tiveram que apelar para o uso de com-passo, esquadro, transferidor e seus conhecimentos incipientes de geometria. Esse era o hobby preferido dos meninos que se desta-cavam na escola por conta do talento com trabalhos manuais.

recorte,

e divirta-se!COLE

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Marco Lallo e seus modelos de papel em miniatura

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O tempo passou e, quase trin-ta anos depois, já formado em engenharia elétrica, computa-ção e pós-graduado em marke-ting, Marco Lallo, um entusias-ta da internet e o seu alcance globalizado, começou a pensar em alguma ideia para entreter pessoas pela grande rede. Foi assim que decidiu resgatar o talento esquecido no passado e voltar a criar modelos em papel e postá-los para que qualquer um pudesse fazer suas próprias montagens em miniaturas. En-tão, em 2000, Lallo criou o site www.recortecole.com.br.

Nessa retomada, agora com mais habilidade e experiência, Lallo montou um modelo de car-ro de combate, um caminhão de bombeiros e, em seguida, uma réplica aproximada do avião do lendário Barão Vermelho, o avia-dor alemão da Primeira Guerra Mundial. E assim foram surgindo os mais variados modelos que hoje podem ser encontrados no site com dicas de como montá--los, quais materiais usar, instru-ções e orientações detalhadas sobre os papéis mais resisten-tes, a gramatura ideal etc.

Passo a PassoO hobby de Marco Lallo é tra-balhoso e exige dedicação. São horas e dias de pesquisas, de-senhos e cálculos geométricos. “Primeiro, faço um protótipo em papel, sem pintura, só para dar forma à futura miniatura; depois aplico o desenho técnico com medidas e informações descriti-vas, pinto e finalizo os detalhes”, ensina. Após essa primeira eta-pa, Lallo monta a miniatura final, tira fotos e as publica no site.

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Ele reconhece que a satisfação na montagem das peças ain-da é a mesma de quando era criança, mas o fato de poder compartilhá-las publicamente deu um novo impulso ao hobby. “Apesar de dar trabalho, ajuda a aliviar o estresse do dia a dia e os resultados são gratificantes. Respondo e-mails constante-mente e interajo com os inter-nautas interessados nessa mes-ma atividade”, descreve ele.

Coisas do BrasilEm 2008, após descobrir que no mundo todo há artistas de papel-modelismo que desenvol-vem miniaturas, origamis e kiri-gamis (uma variação dos origa-mis) – hobbies muito populares na Europa, Ásia e nos Estados Unidos – achou melhor dar um toque brasileiro aos modelos e passou a construir miniaturas típicas: a estátua do Cristo Re-dentor, a caravela de Cristovão Colombo, o Museu de Artes de São Paulo (Masp), o 14-Bis, car-ros de combate do Brasil usa-dos no Haiti e viaturas da Polícia Militar de São Paulo.

Na esteira das brasilidades, não por acaso Lallo incluiu o modelo da urna eletrônica. É que o ge-rente acabou se tornando um dos especialistas da Diebold em automação eleitoral; ele partici-pou do processo de desenvol-vimento do protótipo da urna eletrônica desde 1996, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou a primeira licitação para a produção das urnas e não saiu mais da área. Após tantos anos de dedicação às urnas reais, Lal-lo achou que era hora de fazer uma miniatura do equipamento. “Foi um sucesso!”, recorda.

pEoplEwarE

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Casos PitoresCos e livro didátiCo Com um hobby como esse e um site na internet que lhe confere ainda mais visibilidade, Marco Lallo sempre recebe pedidos inusitados. Um dos casos mais interessantes, lembra ele, foi o pedido de um de seus amigos. Ele queria que Lallo construísse uma réplica do navio Lavoisier, onde os pais se conheceram na década de 50. Lallo atendeu o desejo do amigo e o impecável modelo foi usado como desta-que na decoração da festa das bodas de ouro do casal.Lallo também conta que uma professora da rede municipal de ensino, em São Paulo, incluiu em sua aula de educação artística o site recortecole.com.br para en-treter seus alunos e motivá-los a se aventurar pelo mundo da

montagem de miniaturas em pa-pel. Mais motivador ainda para Lallo foi ter sido incluído no livro “A Arte de Fazer Arte – 4º ano”, dos autores Denise Akel Hadad, Dulce Gonçalves Morbin e Pris-cila Okino, pela Editora Saraiva. O modelo do Masp em miniatu-ra encontra-se na página 49.

Para quem quer se arrisCarOs modelos podem parecer coi-sa de criança, mas necessitam de uma boa dose de vontade e habilidade. De acordo com o gerente, quem nunca recortou, dobrou e colou pode ter alguma dificuldade no início, mas pode aprender montando os mode-los mais simples. “O tempo de montagem depende da desen-voltura de cada um. A urna, por exemplo, não é muito difícil, mas pode dar trabalho. Talvez uma hora”, admite Lallo.

Nem sempre o gerente tem o tempo que gostaria para se dedicar a seu hobby, mas con-tinua recebendo dezenas de e--mails com comentários, pedi-dos de novos desenhos e troca de informações por conta do site que mantém nos idiomas português e inglês. O público interage o tempo todo e a pági-na conta hoje com 42 mil page views mensais. O executivo chegou a recu-sar alguns pedidos por falta de tempo em atendê-los, mas já está enxergando uma saída para esse problema. Seus dois filhos também nasceram com a mes-ma habilidade, principalmente sua filha de oito anos que dese-nha e pinta. “Quem sabe, ao me aposentar, farei uma parceria com minha filha que herdou o meu talento para atendermos a toda a demanda”, diverte-se.

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CAPA

Diebold adquire GAS Tecnologia e passa a atuar nos canais Internet e Mobile BankingSoluções da GAS estão instaladas em mais de 30 milhões

de computadores no País

Depois de alguns anos em busca de uma empresa para aquisição, com dinheiro em caixa e desejo de atuar mais fortemente em outros canais bancários, a Diebold, finalmente, encontrou o que procurava. A companhia anunciou no dia 5 de setembro a aquisição da GAS Tecnologia, empresa brasileira especializada em soluções de segurança da informação e que protege, com seus sistemas, quase 70% das transações de Internet Banking no Brasil.

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oJoão Abud Junior, presidente da Diebold Brasil e Leonardo Soares da Silva, diretor de negócios da GAS Tecnologia

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CAPA

“Esta aquisição representa um novo tempo de crescimento para nossa companhia no mercado brasileiro”, disse Thomas W. Swidarski, presidente e CEO da Diebold. “Durante os últimos anos, experimentamos grande sucesso na região e estamos confiantes de que a GAS será uma adição significativa para Diebold à medida que expandimos a nossa experiência e conhecimento no setor de segurança no Brasil. Nossa intenção é ampliar o menu de soluções da GAS e levar essa oferta para América Latina e outros mercados internacionais”, garantiu o CEO.

Satisfeito com a complementa-ção da oferta Diebold no País, o presidente João Abud Junior comemora: “Com essa aquisi-ção, passamos a atuar em todos os principais canais bancários, desde a automação dos caixas na agência, passando pelo au-toatendimento e agora atuando fortemente nos canais virtuais”. Ele lembra que depois de 25 anos de liderança nos canais au-toatendimento e agência, a em-presa buscava essa diversifica-ção. O negócio envolveu 100% das ações da GAS, que perma-necerá como unidade de negó-cios independente; seus exe-cutivos se reportarão a Carlos Alberto Pádua, vice-presidente de tecnologia da Diebold Brasil.

Estudo da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) apon-ta, entre outros dados, que nos últimos cinco anos, o Internet Banking firmou-se como o canal preferido dos brasileiros para transações bancárias. Hoje, o País tem cerca de 42 milhões de contas correntes com aces-so via internet, o que representa 46% do total de contas ativas. Além disso, esse número vem crescendo a uma taxa de 18% ao ano desde 2002. O estudo mostra ainda que o crescimen-to do uso do Internet Banking

tem sido alavancado pelo maior acesso à banda larga associado aos investimentos em seguran-ça feitos pelos bancos. “O vo-lume de transações através do Internet Banking dobra a cada três anos e as transações com plataformas móveis, apesar de ainda incipientes, têm mostrado um tremendo potencial de cres-cimento para se tornar um canal dominante em futuro próximo”, ratificou Carlos Pádua.

Os executivos concordam que o grande desafio para esses canais é a segurança das tran-sações e a GAS é hoje a líder no fornecimento de sistemas de segurança lógica para esse mercado. “É crucial ter soluções que garantam a integridade das transações contra fraudes por meio de software. O sistema de-senvolvido pela GAS é estado da arte no Brasil e no mundo e a Diebold pretende transformar essa linha de soluções em um negócio de amplitude global”, comentou Pádua.

São 32 milhões de computadores protegidos

Com um faturamento anual de R$ 30 milhões e 125 funcionários – sendo quase 60 especialistas na área de segurança cibernéti-ca – a GAS (sigla que quer di-

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zer Gerador Automático de Sis-temas) foi fundada em 1992 e tornou-se líder no Brasil na área de gestão de risco e prevenção à fraude em ambientes digitais no mercado financeiro. Entre seus principais produtos para segurança lógica estão os co-nhecidos módulos de proteção dos bancos que os correntistas devem instalar quando iniciam o uso do Internet Banking. De acordo com estimativas da pró-pria GAS, cerca de 32 milhões de computadores no Brasil uti-lizam suas tecnologias através do sistema bancário e têm suas transações protegidas.

Para Hilton Silva, diretor execu-tivo da GAS, o negócio com a Diebold é uma excelente opor-tunidade para alavancar a tec-nologia local. “O foco de nossas soluções está direcionado para

a identificação e prevenção das

técnicas de ataques utilizadas

para explorar vulnerabilidades

do ambiente operacional dos

usuários dos sistemas bancários.

Trata-se de um desafio mundial

para o qual nós temos a solu-

ção”, afirma.

Silva explica que a grande ino-

vação que a GAS trouxe para o

mercado não foi só em termos

tecnológicos, mas trata-se de

um conceito no qual o banco es-

tende sua política de segurança

até o ponto mais vulnerável, o

computador do correntista, e no

exato momento em que ele está

utilizando os serviços. Isto é, o

banco fornece uma ferramen-

ta que atua do lado do usuário,

monitorando, acompanhando as

tendências de fraudes e ativida-

des maliciosas e é capaz de agir

antes que o ataque aconteça.

“Trata-se do conceito de blinda-

gem digital que impede a ação

maliciosa enquanto o correntista

está usando o site do banco”.

Segundo o diretor da GAS, o

Brasil é o segundo país mais

atacado do mundo por hackers

e um dos que mais realiza tran-

sações bancárias pela internet.

“Nossos bancos só permitem

mais transações porque temos

tecnologia capaz de proteger

nossos correntistas. Se não ti-

véssemos essa tecnologia não

poderíamos avançar no Internet

Banking no País desse modo”,

avalia. Ele informa que o Return

of Investment (ROI) da ferra-

menta é de 30 dias e sua imple-

mentação é rápida. “Requer o

mínimo de alteração em termos

de programação”.

Da esq. para a dir.: Maurício de Nazar Abreu (Diebold), Mike Tharp (Diebold), Leonardo Silva (GAS), João Abud Junior (Diebold), Fernando Carvalho (Diebold), Rafael Homem Del Rei (GAS) e Evandro Silva (GAS)

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chEfs, soMMEliErs, baristas E cia.

Nutrição e longevidade

A alimentação é um fator que está diretamente re-

lacionado à qualidade de vida e longevidade; nes-

se quesito, a massa muscular é muito importante

para essa qualidade de vida. E para preservá-la,

indica-se atividade física de elevada intensidade e

ingestão calórica de proteína entre 1 e 2 g por kg

de peso/dia.

Entretanto, a elevação da ingestão proteica acima

dessa referência determina perda de massa mus-

cular por ação de hormônios catabólicos como o

cortisol. A participação da ingestão de carboidra-

tos deve representar a maior parcela do total ca-

lórico na prevenção da degradação proteica típica

do processo de envelhecimento.

Antonio Herbert Lancha Jr. é professor

titular de nutrição da Escola de Educação

Física e Esporte de São Paulo e coordenador

da equipe de nutrição do Vita (SP).

[email protected]

Por Antonio Herbert Lancha Jr.

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ação

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Chefs, sommeliers, baristas e Cia.

Neurônios em diaCom o envelhecimento, várias al-terações ocorrem no sistema ner-voso central levando à perda de memória, redução da capacidade cognitiva e Alzheimer. Já foi de-monstrado que o processo inicial que desencadeia essas alterações é o acúmulo de uma substância chamada amiloide. Essa subs-tância é normalmente produzida pelas células do sistema nervo-so central, mas não se acumula, isto é, ela é produzida e removi-da constantemente. No envelhe-cimento, no entanto, a remoção dessa substância fica prejudicada e ela se acumula nos neurônios, di-ficultando a funcionalidade destes, ocasionando morte de neurônios

e redução do tamanho cerebral. Esse fenômeno ocorre fundamen-talmente após os 60 anos com o aumento do AAMI — Aging Asso-ciated with Memory Impairment ou envelhecimento associado à deficiência de memória.

A homotaurina, substância encon-trada em pequena quantidade nas algas marinhas, reduz a atividade da enzima responsável pela sín-tese de amiloide. Assim, a homo-taurina previne o “encolhimento” (shrink) do hipocampo cerebral, principal região afetada no Alzhei-mer, minimizando os efeitos do envelhecimento no sistema nervo-so central. Nesse caso, recomen-da-se suplementação de 100 mg/dia de homotaurina, uma vez que, para atingir essa quantidade, seria necessário o consumo de 5 kg de algas marinhas.

Alimentação para o cérebroA presença do gene que codifi-ca o Alzheimer (ApoE 4) foi uma grande descoberta dos anos de 1990 por Allen Roses. Entretanto, a presença apenas do gene não garante a manifestação da doença e fatores ambientais como estres-se, qualidade e número de horas de sono, processos inflamatórios crônicos, concussões cerebrais ao longo da vida, depressão do siste-ma imune, fumo e alcoolismo es-tão intimamente associados com a manifestação da doença. Além dis-so, o declínio da atividade cerebral identificada em aposentados que reduzem o input de informação após os 60 anos de idade também podem contribuir com o apareci-mento dessa terrível doença.

Além de manter a atividade intelectual e física, é impor-tante o consumo adequado da relação entre ômega 6 (gordura dos queijos, man-teiga e derivados) e ôme-ga 3 (gordura do peixe). A desproporção com alta in-gestão de alimentos fontes de ômega 6 está associada às doenças neurológicas com ênfase no Alzheimer. O problema é que normal-mente consome-se mais queijo, proporcionalmente, do que peixe. Sendo assim, a recomendação é elevar o consumo de ômega 3, ingerindo peixe de duas a três vezes por semana. Essas conclusões podem ser encontradas no estudo Short-term long chain ome-ga3 diet protects from neu-roinflammatory processes and memory impairment in aged mice. VF Labrousse, A Nadjar, C Joffre, L Cos-tes, A Aubert, S Gregoire, L Bretillon, and S Laye PLoS One, Jan 2012; 7(5): e36861.

Baixo consumo de caloria = maior longevidadeDe acordo com pesquisas, populações com discreto déficit energético, como o Japão e a Itália, apresentam maior longevidade quando comparadas a países que apresentam consumo calórico com superávit, caso dos Estados Unidos. Experimentalmente, esses resultados se confirmam quando ratos com déficit calórico de 30% sobrevivem mais que os ratos superalimentados. Sendo assim, sugere-se manter sempre um ligeiro déficit calórico, com consumo calórico maior do que a ingestão.

O mesmo estudo apresentou que reduções nas concentrações de IGF1 (fator de crescimento semelhante à insulina) estão associadas com maior degeneração neurológica e redução da função cognitiva em idosos. A associação entre o consumo de carboidratos, secreção de IGF1 e função neurológica atua prevenindo a perda da função cognitiva. Dessa forma, os pesquisadores condenam a retirada de carboidratos da dieta, sob o risco de acelerar a degeneração neurológica.

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o consumo de polifenóis reduz a atividade oxidativa nos neurônios, privilegiando a memória.

essas substâncias agem reduzindo a morte de neurônios saudáveis, da mesma forma que cur-

cumina e quercitina. o consumo de sucos “berries” (framboesa, amora, mirtilo) apresentou

melhoras significativas da memória. Sendo assim, recomenda-se o consumo diário desse tipo

de frutas (a quercitina é encontrada em pequena quantidade na maçã) e de curcumina (que

está no curry, tempero muito usado na culinária indiana). o suco de uva, que contém resvera-

trol, outro polifenol, elevou o tempo de vida de animais mesmo com dietas ricas em lipídios.

Parece que essa substância age como potente anti-inflamatória, porém mais estudos ainda

são necessários para esclarecer suas reais funções.

A ação da vitamina D tem sido

evidenciada para o incremento

do metabolismo do cálcio. A vi-

tamina D não só está relacionada

à prevenção de osteopenia, mas

principalmente de sarcopenia.

Por isso, recomenda-se suple-

mentação da ingestão de vitami-

na D. O ácido fólico, bem como

a vitamina B12, são apontados

como elementos essenciais na

prevenção imunitária e na manu-

tenção das células vermelhas. O

consumo de luteína e de óleo de

peixe foi apontado como impor-

tante na prevenção da perda de

memória e da demência senil.

Evidências nutricionais para reduzir as doenças do envelhecimento

Suplementos & cérebrois

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NEgócios

O cooperativismo de crédito no Brasil pode até ser um mundo desconhecido para muitos que se acostumaram com a gigantesca malha de atendimento dos grandes bancos, mas essa realidade está com os dias contados. É que as cooperativas estão investindo, cada vez mais, em redes de autoatendimento e já pensam até mesmo em compartilhá-las para atender seus clientes de norte a sul do País.

companhia conquista o mercado de cooperativas de crédito no País

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A companhia fornece, atualmen-te, caixas eletrônicos para algumas das maiores cooperativas de crédito, como Sicoob (1.156 máquinas), Sicre-di (665), Cecred (238) e Unicred (250), totalizando um parque de 2.309 equipamentos Diebold. As princi-pais cooperativas juntas possuem hoje em operação pouco mais de 4 mil ATMs.

Recentemente, a Diebold desenvol-veu uma solução que permite inter-ligar a rede nacional de autoaten-dimento de sistemas cooperativos. A solução está sendo homologada, inicialmente, para os mais de 258 mil cooperados da Unicred, institui-ção financeira cooperativa compos-ta por 108 Unicreds Singulares em 24 estados da federação.

Trata-se de um serviço inédito no Sistema Unicred por permitir que o cooperado realize transações de saques, depósitos e consultas de saldos fora de sua região, em quais-quer ATMs instaladas nas Unidades de Atendimento (UAs), como são co-nhecidas as agências do sistema.

As centrais da Unicred têm suas es-truturas totalmente independentes; as três redes de ATMs dessas cen-trais já são atendidas pela Diebold há mais de oito anos e somam 241 pontos de atendimento. De acordo com Augusto Kuhlmann, diretor co-mercial corporativo da Diebold Bra-sil, este projeto está entre as várias ações para incrementar a oferta de serviços para os cooperados. “Acredi-tamos que essa rede, hoje um piloto, em futuro próximo, poderá interli-gar também todas as ATMs dos vá-rios sistemas de cooperativismo de crédito do País”, prevê Kuhlmann.

“Acreditamos que essa rede, hoje um piloto, em futuro próximo, poderá interligar também todas as ATMs dos vários sistemas de cooperativismo de crédito do País”, prevê Kuhlmann.

João Abud Jr, presidente da Diebold no País, o volume de vendas de ATMs da companhia para as cooperativas dobrou nos últimos três anos; ele acredita que isso foi possível graças à flexibilidade e capacidade da empre-sa em atender a um mercado pulveri-zado, além de sua presença em todas as regiões do País.

Para se ter uma ideia do potencial do cooperativismo, de acordo com a edição de Maiores e Melhores 2011 da Revista Exame, o volume de ati-vos administrado por esse segmento ocupa a 9ª posição no Brasil, sen-do que em volume de depósitos as cooperativas ocupam a 7ª posição (R$ 50 bilhões). Em dezembro de 2010, o total de ativos do mercado financei-ro brasileiro era de R$ 4,8 trilhões, sendo representado por 139 bancos, 1.340 cooperativas de crédito e 294 outras instituições.

Em termos de redes de atendimento e número de clientes, as cooperati-vas também aparecem entre as dez maiores instituições. Das mais de 24,5 mil agências, 18,4% são de coo-perativas de crédito. No ranking ge-ral, encabeçado pelo Banco do Brasil, o Sicoob aparece na 6ª posição com 1.909 pontos de atendimento segui-do pelo Sicredi com 1.130 pontos; a Unicred aparece na 10ª posição com 423 pontos. Quando o assunto é número de clien-tes, as cooperativas voltam a cons-tar de um ranking que traz gigantes como BB, Caixa, Bradesco e Itaú Uni-banco. Nesse quesito, o Sistema Si-coob ficou em 8o lugar com seus mais de 2 milhões de associados (exatos 2.023.000 associados) e, novamente, com o Sicredi logo atrás, na 9ª posi-ção, com mais de 1,8 milhão de asso-ciados (exatos 1.870.000 associados).

mercado promissor

A Diebold Brasil vem atendendo a esse segmento há quase uma década, mas agora consolidou sua presença como principal fornecedor de produ-tos e serviços para autoatendimento das cooperativas de crédito. Segundo

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linha que é totalmente aderente aos desafios dos clientes”, avaliou Carlo Benedetto, diretor-geral de marke-ting e vendas da Diebold Brasil.

Diferentemente dos modelos tradi-cionais de pesquisa de satisfação, o modelo criado pela Diebold possui duas categorias de fidelização: ativa e inativa. Isso ajuda a diferenciar en-tre o percentual de clientes que es-tão em um ciclo constante de com-pras durante o ano versus os que não estão comprando com a mesma frequência no período. Além disso, os diferentes níveis de perguntas resultam em cálculos que permitem estabelecer métricas para efetivar melhorias quando necessárias.

voz do cliENtE

Pesquisa mundial de satisfação revela crescimento da lealdade dos clientes brasileiros às aTms Diebold

A Diebold Inc., acaba de divulgar os resultados de sua pesquisa de sa-tisfação global chama-da Voice of Customer, e

a subsidiária brasileira, novamen-te, obteve um dos mais altos índi-ces de lealdade em todos os itens pesquisados. De acordo com os dados apurados, mais de 90% dos clientes da companhia no País não só estão satisfeitos como vão au-mentar suas compras com a marca Diebold em 2012.

A pesquisa revelou um crescimento de satisfação entre 2011 e 2012, es-pecialmente nos segmentos de se-gurança de ATM, hardware de ATM, serviços técnicos e representantes de vendas. O assunto hardware de ATM alcançou 18 pontos percen-tuais de incremento, atingindo 92% de confiança entre os clientes.

Outro fato que chamou a atenção na tabulação dos números foi a satisfa-ção com o time de representantes de vendas da empresa no Brasil. O crescimento entre um ano e outro foi de 19% chegando a 82% de leal-dade. “Acreditamos que essa satis-fação reflete nosso investimento constante no aperfeiçoamento das nossas relações comerciais e de um time de representantes de primeira

Carlo Benedetto, diretor-geral de marketing e vendas da Diebold Brasil

“Acreditamos que essa satisfação reflete nosso investimento constante no aperfeiçoamento das nossas relações comerciais e de um time de representantes de primeira linha que é totalmente aderente aos desafios dos clientes”

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Há quase 20 anos, a Diebold investe na fabricação de servidores, seja para projetos de inclusão social do governo, seja para bancos, varejo ou mercado corporativo. Sua fabricação própria, em parceria com a Intel, obedece às mais importantes normas do mercado, como a RoHS – que restringe o uso de substâncias nocivas ao meio ambiente. Agora, após o sucesso de venda da linha Verus Server TW 9850, a Die-bold Brasil lançou, durante o Intel

Delevoper Forum Brasil (IDF 2012), o servidor TW 9100, baseado no processador Intel® Xeon® E5-2600. Destinado a aplicações de altíssi-mo desempenho, como servidor de agências bancárias, servidor de im-pressão, de e-mails e de armazena-mento de arquivos, a configuração do novo produto se dá por meio de quatro servidores em rack de 2U. Seu desempenho é até 2,25 vezes supe-rior aos modelos anteriores, apre-

senta consumo reduzido de energia e alta performance por watt e/ou real investido, com certificação 80 Plus de eficiência. É compatível com os sistemas opera-cionais MS Windows® Server e Linux, o que facilita a migração de aplicações. O gerenciamento pode ser local ou remo-to, por meio de porta de rede dedicada. A Diebold assume a instalação, ofere-ce garantia on-site e presta suporte de atendimento e gerenciamento.

Notas

A AUTOCOM 2012 – Exposição e Congresso de Automa-ção Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio, que aconteceu em junho passado, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), foi o palco perfeito para a mostra de toda linha de soluções Diebold para o varejo. Em seu estande, que contou com novo layout - mais atraente e recepti-vo ao público - a empresa demonstrou sua linha de im-pressoras, PCs e servidores, além de soluções de software houses parceiras. “A nossa participação foi um sucesso porque conseguimos apresentar novidades e abrimos espaço para parceiros que criaram aplicações dos nossos produtos para diversos segmentos”, analisou Milton Ifuki, gerente de negócios e produtos da Diebold.

Lançamentos para o varejo e a participação de software houses parceiras foram os destaques do evento

Novos servidores destinados aos data centers

AUTOCOM 2012

Intel Developers Forum 2012

Os destaques do estande foram o mini PC Verus Box, um tablet corporativo robusto e ainda as impressoras portáteis Star Micronics com certificação Anatel. “Essa nova impressora atende muito bem à questão da mobilidade, que está em alta, com muitas soluções em desenvolvimento ligadas a tablets ou smartphones”, reforçou o gerente. Cerca de oito mil profissionais da área participaram do congresso e da mostra, além de 80 expositores.

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socioaMbiENtal

assédios moral e sexual no ambiente de trabalho

Discussões sobre assé-dio moral no mundo corporativo têm sido cada vez mais fre-quentes. Contribui

para esse cenário, entre outros, o atual clima de insegurança finan-ceira mundial e o fato de estarem os mercados cada vez mais com-petitivos, resultando tudo isso, não raras vezes, em uma demanda irracional por resultados e dispu-tas entre colegas de trabalho, que em situações extremas podem acabar configurando o chamado “assédio moral”.

Resumidamente, o assédio moral caracteriza-se como uma conduta abusiva, frequente e intencional, praticada mediante atitudes, ges-tos ou palavras, e que gere cons-trangimento físico ou psicológico a uma pessoa, vindo a pôr em risco o

seu emprego ou degradando o seu ambiente de trabalho.

A conduta abusiva no ambiente de trabalho é aquela que extrapola os limites impostos pela lei. O empre-gador tem sobre seus empregados o chamado “poder diretivo”, que é a faculdade de determinar o modo como a atividade deve ser exerci-da, sob o ponto de vista econômico e técnico, podendo controlar e fis-calizar a execução dos serviços, im-pondo sanções, se necessário. Mas, para cada uma dessas faculdades, há limites a serem respeitados, que são balizados justamente pela preservação da segurança física e psicológica dos trabalhadores. Não se pode, por exemplo, exigir que o empregado pratique um ato que coloque sua vida ou sua saúde em risco, sem as adequadas medidas de proteção e segurança que o caso

requer, nem se deve expô-lo ao ridí-culo no exercício de suas funções.

Para a caracterização do assédio moral, a conduta deve ser, além de abusiva (ou seja, que extrapole o “poder diretivo” do empregador), frequente e intencional. É a reitera-ção de atitudes, gestos ou palavras, trazendo em si um objetivo, geral-mente o de desestabilizar a vítima, que gera o assédio moral. Um caso típico, por exemplo, é colocar o em-pregado “na geladeira”, ou seja, deixá-lo sem nenhum trabalho, ou isolá-lo dos demais colegas por se-manas ou até mesmo meses a fio, de modo a fazê-lo sentir-se dimi-nuído e inútil para a empresa, mui-tas vezes levando a um pedido de demissão. Em uma situação como essa estariam presentes todos os elementos do assédio moral de que acima se falou: atitude abusiva, reiterada, intencional, objetivando fragilizar o empregado, que acaba por “jogar a toalha” e desligar-se da empresa.  

Apesar de o assédio moral ocor-rer mais frequentemente na linha vertical, isto é, entre chefes e su-bordinados, também pode ocorrer horizontalmente, ou seja, entre pessoas de uma mesma hierarquia. Geralmente, o assédio nessa última modalidade se dá em função de disputas por promoções e melho-res cargos dentro da organização. Apesar dessa distinção, ambas as formas de assédio (vertical ou ho-

Por Sergio Vieira

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Sergio Vieira, advogado do escritório LOBO & IBEAS ADVOGADOS

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Ethics Point: uma discreta ferramenta com importantes resultados

rizontal) têm as mesmas implica-ções e são igualmente reprováveis, devendo ser combatidas pelo em-pregador. Afinal de contas, quem perde com essa situação não é só a vítima, mas também a empresa. Não há nada pior para a produti-vidade do que um clima de tensão no ar, ou pessoas desmotivadas em função de situações geradas dentro da própria organização.

Outra forma de assédio que tam-bém tem implicações negativas no ambiente de trabalho é o cha-mado assédio sexual, que pode ocorrer de duas formas: a mais comum delas é o superior exigir favores sexuais de seu subordi-nado, utilizando-se do poder ine-rente à hierarquia como forma de amedrontar – a conhecida chan-tagem; além disso, independen-temente da posição hierárquica dos envolvidos, toda e qualquer manifesta-ção agressiva e reite-rada de índole sexual que prejudique o am-biente de trabalho da vítima pode também ser interpretada como assédio sexual.

Está claro que um ino-fensivo galanteio entre colegas de trabalho, ou uma paquera corres-pondida, não caracteri-zará o assédio sexual. O que importa verificar é se, na conduta analisa-da, está sendo ameaça-da a condição de traba-lho da vítima ou criado um ambiente hostil.

O assédio sexual, ao contrário do que mui-tos pensam, independe do sexo dos envolvidos. Pode estar configurado

entre homens e mulheres ou vice--versa, ou até mesmo entre pessoas do mesmo sexo.

Vale também mencionar que o assédio sexual, quando praticado por superior hierárquico, também traz consequências na esfera pe-nal, já que é considerado crime (art. 216-A do Código Penal), com pena ao infrator que varia de um a dois anos de detenção.

As empresas têm um papel fun-damental na prevenção dos assé-dios moral e sexual e mitigação de seus efeitos. Costuma-se dizer que devem ser seguidos os seguintes passos: diagnosticar, investigar, identificar, reeducar ou, caso não seja possível, aplicar sanções ao ofensor. Empresas responsáveis possuem canais institucionais bem definidos para o reporte de

situações que possam ser caracte-rizadas como assédios moral ou se-xual, como é o caso da Diebold, que dispõe do Ethics Point.

Mas não é só o empregador que deve fazer a sua parte. A constru-ção de um ambiente de trabalho sadio é dever de todos os empre-gados. Não por outro motivo é que está incluído na Política de Ética Profissional da Diebold o princí-pio de que “todos são responsá-veis pela inexistência de casos de discriminação, assédio ou outras formas de condutas não apropria-das entre os funcionários no am-biente de trabalho”. A soma de es-forços empregador-empregados é que, portanto, fará a diferença na prevenção e combate às condutas reprováveis que se caracterizem como assédios moral e sexual.

O EthicsPoint é um canal online de denúncias de atividades ilegais e não éticas que garante anonimato e a confidencialidade aos denunciantes. É certificado pelo Safe Harbor através do Departamento de Comércio dos Estados Unidos.

A Diebold contratou o serviço e mantém a ferramenta desde 2004 em todas as suas unidades ao redor do mundo e as denúncias são recebidas por uma empresa independente, o que lhe confere total transparência.

O EthicsPoint funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, e pode ser acessado por qualquer colaborador através de linha 0800 (0800-8911667) ou do website www.ethicspoint.com/pt.

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O que há em comum entre nomes como Ber-nardinho, Felipão ou Nuno Cobra, além do fato de serem treinadores esportivos e lide-rarem vitoriosos? A resposta é que nenhum deles ensinou o esporte propriamente dito

aos atletas. Esses treinadores fizeram bem mais que isso! Fo-ram peças fundamentais para potencializar competências e despertar o desempenho máximo de cada um desses profis-sionais até que atingissem o topo em suas modalidades.

Analisando esses importantes resultados positivos, o mer-cado resolveu absorver essa figura do “Coach” do mundo es-portivo e aplicá-la à realidade corporativa. Foi então criado o contemporâneo processo de Coaching com objetivo único de elevar o nível dos resultados e produtividade, focalizando o desenvolvimento de habilidades do executivo, líder ou ho-mem de negócios. Dessa forma, tal como um “personal trai-ner”, o Coach vai estabelecendo junto ao “atleta corporativo” circuitos de atuação específicos, trabalhando aptidões, quali-dades e desempenho.

As necessidades do mundo corporativo justificam o cres-cimento contínuo do processo de Coaching. São diferentes “modalidades” (Executive, Career, Business, Team ou Leader-ship) que respeitam e obedecem a regras específicas de atua-ção, mas todas com um único objetivo: resultado. O processo de Executive Coaching, por exemplo, não objetiva ensinar o indivíduo a ser um executivo, mas elevar o nível de habili-dades empreendedoras desse profissional e permitir que ele atue de forma mais pragmática e efetiva. 

Esse indivíduo que está à frente de um em-preendimento, de uma área, precisa possuir uma enorme capacidade de realizar metas, competência de liderança e gestão e ainda se tornar um mestre em gerar resultados para o negócio. São prazos a serem cumpridos e in-dicadores a serem atingidos, e ele ainda tem que saber administrar desde as vaidades hu-manas, políticas internas da organização até a situação atual do mercado, acionistas, clien-tes, a própria família e vida pessoal. Para isso, o “Coach” pode funcionar como um excelente maestro nessa grande orquestra corporativa, organizando e harmonizando todos os setores. 

O processo de Coaching promove mudanças positivas e introduz de maneira efetiva, e em qualquer setor empresarial, uma verdadei-ra cultura de resultados recorrentes. O Coa-ching não é um treinamento motivacional ou de liderança, onde se absorve apenas 22% das informações adquiridas. Coaching é um novo processo que gera e estimula uma deci-são ou ação contínua, validando mudanças e os novos aprendizados de forma mais eficaz.

villela da matta é fundador e presidente da sociedade brasileira de coaching® e é o único profissional com mais de 5 mil horas comprovadas de coaching, formando pessoalmente mais de 5 mil coaches no brasil. É certified master coach pelo behavioral coaching institute e graduate school of master coaches.

Por Villela da Matta

“Coach”, o personal trainer dos negócios

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