EDIÇÃO LISBOA TER 3 JUN 2014 HOJE 100 Ideias que … · para baixar o défi ce este ano...
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Bashar al-Assad marcou eleições na Síria, um país devastado e destruído e do qual muitos fugiram p24/25
Líderes das federações apanhados de surpresa com eleições distritais anunciadas no Vimeiro devem reunir-se já amanhã p6/7
A contribuição pedida às câmaras para fi nanciar o Fundo de Apoio Municipal continua a dividir os autarcas e o Governo p16
Os docentes do quadro vão contestar em tribunal a abertura de um concurso apenas para os professores contratados p10
Falhou acordo sobre fundo para resgatar câmaras endividadas
Professores do quadro reclamam 1954 vagas
Assad reelege-se hoje Presidente num país destruído
Líderes distritais marcam reunião à revelia de Seguro
JACKPOTJACKPOTESTA terça-FEIRAESTA terça-FEIRA
Os prémios atribuídos de valor superior a #5.000 estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.
A criar excêntricos de um dia para o outro
*Pre
visã
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HOJE 100 Ideias que Mudaram o Mundo 11.º Vol: 100 Ideiasque Mudaram a Arte II Por + 7,50€
Bruxelas aceita uma nova subida de impostos
A Comissão Europeia diz que a subida de impostos não é “amiga do crescimento”, mas que pode ser a solução mais rápida para baixar o défi ce este ano Portugal, 8/9
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ESPANHA REI JUAN CARLOS RENUNCIA AO TRONO Destaque, 2 a 5 e Editorial
TER 3 JUN 2014EDIÇÃO LISBOA
Ano XXV | n.º 8817 | 1,10€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Miguel Gaspar, Simone Duarte, Pedro Sousa Carvalho | Directora de Arte: Sónia Matos
ISNN:0872-1548
10 | PORTUGAL | PÚBLICO, TER 3 JUN 2014
Salimo Abdula quer livre circulação de pessoas e capital
O primeiro-ministro português anun-
ciou que Timor-Leste, que assumirá
a próxima presidência da Comunida-
de dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP), propôs a constituição de um
consórcio de empresas lusófonas pa-
ra explorar as reservas de petróleo
existentes naqueles países.
Falando no primeiro encontro de
bancos, seguradoras e instituições
fi nanceiras dos países da CPLP, que
decorreu em Lisboa, Passos Coelho
considerou que os dirigentes nacio-
nais “têm um profundo conhecimen-
to da realidade empresarial dos paí-
ses de língua portuguesa” e poderão
“desempenhar um importante pa-
pel no reforço das suas capacidades
produtivas e de diversifi cação da sua
oferta”.
Portugal “está disponível para di-
namizar a concretização de acções
de cooperação técnica no âmbito
da CPLP”, disse Passos Coelho, es-
pecifi cando que essa cooperação
incidirá sobretudo em domínios
como a energia, geologia, turismo,
transportes, obras públicas e comu-
nicações. “Este é o momento para a
cooperação empresarial se afi rmar
na CPLP e, dessa forma, promover o
potencial da lusofonia económica”,
disse ainda.
À tarde, o secretário-geral da Co-
munidade de Países de Língua Por-
Timor propõe consórcio lusófono para explorar reservas de petróleo
tuguesa (CPLP), o embaixador de Ca-
bo Verde Murade Murargy, propôs
a criação de um banco de fomento
no quadro dos oito países da CPLP.
Uma proposta que surge depois de
se ter decidido, no encontro, a cria-
ção de uma união de bancos e segu-
radoras da comunidade. O objectivo
é colmatar os constrangimentos de
escala de alguns países e promover
o intercâmbio entre todos.
No âmbito do aprofundamento
das relações, o presidente da Con-
federação Empresarial da Comuni-
dade de Países de Língua Portuguesa
(CE-CPLP) defendeu, por seu lado,
a livre circulação de pessoas, bens e
serviços nestes países, para além da
livre transferência de capitais para
melhorar as economias nacionais.
“A livre circulação de bens, pes-
soas e serviços, e a livre transferên-
cia de capital entre os nossos países
tornaria mais fácil gerar negócios e
aumentar as economias”, disse Sali-
mo Abdula, argumentando que, co-
mo “o empresariado pede”, bastaria
haver “a vontade dos políticos para
haver um real desenvolvimento das
economias de todos e que nos leva-
ria a ser uma das maiores forças a
nível internacional”.
Durante o discurso na abertura
do encontro, Salimo Abdula reto-
mou esta ideia, já defendida várias
vezes durante o seu mandato, pa-
ra sublinhar que este será “um dos
principais trabalhos” de uma nova
comissão especializada.
No âmbito da criação da união de
bancos, seguradoras e instituições
fi nanceiras, “vai ter como principal
trabalho melhorar os procedimentos
para facilitar a criação de empresas
e promover a melhoria do fi nancia-
mento das economias do nosso espa-
ço lusófono”. Se isto for conseguido,
“não há razão para não abrir as fron-
teiras”, concluiu o representante dos
empresários lusófonos.
Durante o discurso, Salimo Abdula
anunciou ainda que a Guiné Equa-
torial entrará, enquanto associada,
na CE-CPLP já amanhã, nas cerimó-
nias de comemoração do décimo
aniversário da entidade que reúne
os empresários lusófonos.
Outra das novidades deste en-
contro foi o anúncio de que Japão
e Marrocos pediram o estatuto de
observadores da CPLP.
Foi também anunciada a reali-
zação de um Fórum Económico
em Luanda, a 16 e 17 de Julho, para
fortalecer e dinamizar ainda mais o
imprescindível e necessário desen-
volvimento económico nos PALOP.
com Lusa
Reunião da CE-CPLPCristina Ferreira
Secretário-geral da CPLP propõe criação de um banco de fomento comum. Guiné Equatorial entra na Confederação Empresarial
DANIEL ROCHA
Nuno Crato considera que professores estão mal informados e que receios são injustificados
O ministro da Educação e Ciência
atribuiu ontem à falta de informa-
ção e à “má interpretação da lei” a
decisão de um grupo de professores
dos quadros que anunciou que, até
ao fi nal do dia de ontem, ia apresen-
tar uma providência cautelar para
tentar suspender provisoriamente o
concurso extraordinário que se des-
tina à integração na função pública
de docentes que estão a contrato.
Uma afi rmação que não convence
os docentes do quadro, que insis-
tem que têm o direito de concorrer
àquelas 1954 vagas, e a Federação
Nacional de Professores (Fenprof ),
que revindica a abertura de outros
tantos lugares nas escolas, para “re-
mediar a situação”.
Em causa está o concurso pa-
ra a vinculação extraordinária de
professores contratados, que está
a decorrer. Apenas podem candi-
datar-se às 1954 vagas abertas em
zonas específi cas em determinados
grupos de recrutamento professo-
res contratados. O que, reclama o
grupo de professores do quadro
que se formou para contestar o
concurso, “é uma injustiça e uma
Fenprof reclama 1954 vagas para os professores do quadro
ilegalidade”.
“Não é justo que um professor
que está num quadro de escola ou
num quadro de agrupamento a 400
quilómetros de casa esteja impedi-
do de concorrer. E estamos conven-
cidos de que não é, também, legal: a
lei é clara quando defi ne que a reali-
zação de um concurso deste tipo se
inicia sempre pelos trabalhadores
com relação jurídica de emprego
público por tempo indeterminado
previamente estabelecida”, argu-
menta Bruno Gomes, um dos do-
centes que estão a preparar a apre-
sentação da providência cautelar.
“Não há que ter receio”O ministro da Educação contrariou
ontem aqueles argumentos, que
atribuiu a “má informação”. Segun-
do a agência Lusa, à margem da ce-
rimónia de entrega de Prémios do
Ensino Secundário 2012-2013, em
Lisboa, Nuno Crato dirigiu-se aos
professores do quadro e garantiu
que “não há que ter nenhum re-
ceio”. Isto, explicou, na medida
em que o concurso extraordinário
externo “não consolida os lugares”
e no concurso para a mobilidade in-
terna os docentes dos quadros terão
prioridade em relação aos que vão
ser integrados agora.
Quer a direcção da Federação
Nacional de Professores (Fenprof )
quer Bruno Gomes contrapõem, no
entanto, que a prioridade de nada
lhes serve se não existirem as mes-
mas 1954 vagas e nos mesmos qua-
dros de zona pedagógica.
Recentemente, tanto a Fenprof
como a Federação Nacional de Edu-
cação (FNE) defenderam sem êxito,
no processo de negociação com o
Ministério da Educação e Ciência,
a realização simultânea dos concur-
sos externo e interno, para evitar
situações de injustiça. Ontem, a
Fenprof admitiu que aquela solução
já não será possível, “por motivos
técnicos”, e reivindicou “a abertura
de um segundo concurso extraor-
dinário, mas interno” (para profes-
sores do quadro, portanto), “preci-
samente com o mesmo número de
vagas, as 1954, e eventualmente nos
mesmos quadros de zona pedagó-
gica previstos na portaria relativa
ao concurso para os contratados”,
explicitou João Louceiro, dirigente
daquela federação sindical .
Em declarações ao PÚBLICO, o
sindicalista sublinhou que aquela
seria “uma solução de remedeio,
face à intransigência do MEC em
aceitar, no momento certo, a rei-
vindicação da Fenprof”. E frisou
que “face ao número de professo-
res que se aposentaram e que vão
optar pelas rescisões amigáveis a
duplicação de vagas nunca poderá
ser considerada excessiva”.
Bruno Gomes disse que o gru-
po reivindica “algo mais simples,
a abertura do concurso extraordi-
nário aos professores do quadro”.
“Não seriam necessárias mais vagas.
Os 1954 contratados fi cariam colo-
cados nos 1954 lugares que nós, os
do quadro, deixássemos em aber-
to”, disse. com Lusa
Educação Graça Barbosa Ribeiro
Professores do quadro vão contestar em tribunal a abertura do concurso apenas para docentes contratados
12 | PORTUGAL | PÚBLICO, TER 3 JUN 2014
DANIEL ROCHA
É “fi lho sem mãe nem pai” o contrato de ministério com João Pedroso
João Pedroso diz não ter mencionado à ministra honorários para não ser “considerado tonto”
Parece “um fi lho sem mãe nem pai”
o contrato que o Ministério da Edu-
cação fez, em 2005, com o advogado
João Pedroso, para que este compi-
lasse toda a legislação portuguesa
do sector.
Usada ontem pela presidente do
colectivo de juízes das varas crimi-
nais de Lisboa que vai decidir se o
irmão do antigo dirigente socialista
Paulo Pedroso é, ou não, culpado do
crime de prevaricação, a imagem da
orfandade ilustra bem a difi culdade
que os magistrados estão a ter em
perceber quem delineou, afinal,
os ajustes directos sem consulta ao
mercado pelos quais foram pagos
ao advogado 265 mil euros — 110 mil
dos quais foi mais tarde obrigado a
devolver, por não ter conseguido
levar o trabalho até ao fi m. João Pe-
droso garante que não mencionou à
ministra Maria de Lurdes Rodrigues,
igualmente arguida neste processo,
quaisquer honorários quando ela
o convidou para compilar as leis
da educação. Porque “alguém que
fale de dinheiro com um ministro
é considerado tonto”, justificou.
Quem terá, então, determinado
quanto ia receber João Pedroso, que
começou por ter a trabalhar consi-
go dois alegados especialistas na
matéria — um antigo funcionário do
ministério sem formação jurídica e
um estagiário seu sem conhecimento
do sector, cuja missão era, nas suas
palavras, “fuçar” nos diplomas le-
gais? Quem terá redigido condições
tão favoráveis como aquela que de-
terminava que o contrato podia ser
rescindido por qualquer uma das
partes sem direito a indemnização
— independentemente dos pagamen-
tos já feitos? Por que razão nunca foi
o andamento dos trabalhos fi scaliza-
do, como estava previsto?
“Não fui eu”, têm dito sem pesta-
nejar os arguidos. A antiga ministra
garante não ter fi xado quaisquer
honorários ao advogado. O mesmo
assegura também o então secretário-
geral do ministério, que se recorda
de ter delegado algumas dessas tare-
fas em subordinados. Ainda menos
esclarecedora é a resposta de João
Pedroso: “Vi um valor no despacho
da ministra [que determinava a cons-
tituição do grupo de trabalho] e as-
sinei. Foi aí que tive conhecimento
de quanto me iria ser pago.” Mais
tarde havia de fi rmar contrato com
o ministério — contrariado, explicou,
por não reconhecer ao documento
qualquer validade legal, uma vez que
“grupos de trabalho como este não
têm obrigações contratuais”.
Mas era a única forma de lhe paga-
rem. “Assinei a palha que me deram
para assinar”, declarou. Depois “pe-
gou no bolo” do dinheiro e dividiu-o
pelo grupo de trabalho, sob a forma
de ordenados mensais. A maquia
maior era para si e para o veterano
do ministério, que supervisionavam
o trabalho do estagiário, que auferia
um salário menor. Pelas suas contas,
perdeu dinheiro com o negócio: o
mar de diplomas legais em que se
enredou obrigou-o a contratar mais
gente, e em 2007, quando surgem
as primeiras notícias a dar conta dos
contornos pouco claros da sua con-
tratação e deputados do PCP pedem
esclarecimentos na Assembleia da
República, diz que já tinha a traba-
lhar consigo umas 12 pessoas, parte
das quais estagiários ou bolseiros.
“Perdi mais de 70 mil euros”, con-
tabiliza este antigo chefe de gabinete
de António Guterres. “Fiquei com-
pletamente endividado.” Obrigado a
devolver parte do dinheiro, por não
ter terminado a compilação legislati-
va a que se propusera, teve de pedir
para pagar em prestações, depois de
ter tentado, sem sucesso, “regatear”
o montante a repor. João Pedroso de-
fendeu a teoria de que os grupos de
trabalho nomeados pelos ministros
funcionam de forma muito própria,
longe do escrutínio público e de obri-
gações contratuais como o cumpri-
mento de prazos: “Alguns funcionam
durante dez anos. Há pessoas que
ganham dez vezes mais do que eu
ganhei e que não fazem nada.”
Segundo a acusação, foram afi ni-
dades político-partidárias que leva-
ram Lurdes Rodrigues a contratar
João Pedroso sem concurso. A sua
chefe de gabinete havia assessorado
o ministro do Trabalho Paulo Pedro-
so, tendo trabalhado na dependência
hierárquica de João Pedroso quando
este dirigiu o Instituto de Solidarieda-
de e Segurança Social, na viragem do
século. Já o veterano que Pedroso in-
tegrou no grupo de trabalho estivera
consigo no gabinete de Ferro Rodri-
gues. A prevaricação é punível com
até oito anos de cadeia.
Juízes ainda não perceberam quem decidiu preço e condições de ajuste directo que ministra Maria de Lurdes Rodrigues entregou a irmão do dirigente socialista Paulo Pedroso sem consultar concorrência
JustiçaAna Henriques
PÚBLICO, TER 3 JUN 2014 | PORTUGAL | 13
O Instituto de Avaliação Educativa
(IAVE) vai falhar a data legalmente
fi xada de 4 de Junho para divulgar
os resultados do teste de Inglês do
9.º ano, devido à insufi ciência de
professores para classifi car as pro-
vas e à alteração das datas da prova
oral. “Lamentamos o adiamento da
divulgação de resultados agora anun-
ciado e os inconvenientes que o mes-
mo possa causar. Como é público, o
projecto de aplicação do teste Key
for Schools contou, numa fase inicial,
com cerca de 1200 professores que
se disponibilizaram para realizar as
Resultados do 9.º ano na prova de Inglês já não serão conhecidos amanhã
tarefas de classifi cação, tendo para o
efeito participado na formação pro-
movida pela Universidade de Cam-
bridge e pelo IAVE. No entanto, ape-
nas pouco mais de 800 professores
têm estado efectivamente envolvidos
no processo,” lê-se no comunicado
divulgado ontem.
O despacho que defi nia o calen-
dário de implementação da prova,
assinado pelo ministro da Educação
Nuno Crato, e datado de 20 de Feve-
reiro, determinava que os resultados
fossem divulgados a 4 de Junho. Para
os alunos dos restantes anos que se
tivessem inscrito na prova, que para
eles não era obrigatória, a divulga-
ção de resultados devia acontecer,
de acordo com o mesmo despacho,
até 31 de Agosto. No comunicado o
IAVE não aponta qualquer data ou es-
timativa sobre quando será possível
conhecer os resultados dos alunos
do 9.º ano. “Para limitar o esforço e
tempo despendido nas deslocações
efectuadas pelos professores que têm
assegurado as tarefas de avaliação
e classifi cação do teste, e de forma
a minimizar o impacto nas activida-
des lectivas e não lectivas nas escolas
onde os professores avaliadores exer-
cem a sua actividade, foi alargado o
período para a realização das ses-
sões de Speaking [componente oral
da prova]. A alteração das datas de
realização das sessões de Speaking
levou também a que se considerasse
o alargamento do prazo para a reali-
zação da classifi cação da componen-
te escrita do teste”, explica.
O IAVE reconhece ainda “o extra-
ordinário empenho e dedicação dos
professores que têm estado a asse-
gurar o processo de classifi cação”.
Concebido pelo Cambridge English
Language Assessment, da Universi-
dade de Cambridge, o teste Key for
Schools foi introduzido no sistema
português este ano e foi realizado
por cerca de 121 mil alunos. Lusa
Avaliação
Insuficiência de professores para classificar testes é um dos motivos invocados pelo IAVE. Ainda não há nova data
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Os inspectores do Serviço de Estran-
geiros e Fronteiras (SEF) desmentem
a indicação dada recentemente pelo
ministro da Administração Interna,
Miguel Macedo, de que entraram 45
novos elementos para aquele orga-
nismo no ano passado. Macedo ti-
nha adiantado aquele número para
contrapor a alegada falta de pessoal
denunciada pelo Sindicato da Car-
reira de Investigação e Fiscalização
do SEF.
“Isso não corresponde à verdade.
Realmente foi aberto um concurso
em 2013, mas ninguém chegou a
entrar. Tanto que o concurso foi
impugnado na Justiça”, disse ao
PÚBLICO o presidente do sindica-
to, Acácio Pereira. O responsável
insistiu ainda que faltam cerca de
200 inspectores no SEF, segundo
um estudo do sindicato realizado
no ano passado. “Há neste momento
uma grande escassez. Temos inspec-
tores a fazer 15 horas seguidas e não
há rotatividade de folgas. Trabalha-
se na quase escravidão. Mesmo que
tivessem entrado 45 elementos, isso
seria insufi ciente”, apontou Acácio
Pereira. Face à escassez, aquele sin-
dicato admite vir a organizar uma
greve durante o Verão. “Nada está
fora de hipótese, nem a greve”, disse
o dirigente sindical.
Miguel Macedo pediu no sábado
“razoabilidade e bom senso” aos sin-
Inspectores desmentem MAI e denunciam falta de pessoal no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
dicatos que ameaçam com greves
no SEF. A esse propósito, sublinhou
terem entrado 45 novos inspecto-
res em 2013. “Não entram novos ele-
mentos desde 2004. As condições
em que trabalhamos estão cada vez
mais difíceis. Muita gente foi saindo
ao longo dos anos para a reforma e o
pessoal está cada vez mais envelhe-
cido”, insistiu Acácio Pereira.
Perante este cenário, o dirigente
responde que é o sindicato “que pe-
de bom senso à tutela”. “Aguarda-
mos que venham a haver o diálogo
prometido pelo secretário de Estado
João Almeida. Se não, estamos dis-
poníveis para todas as formas de lu-
ta”, ilustrou. De acordo com aquele
responsável, existem actualmente
720 inspectores ao serviço nos qua-
dros do SEF. Aquele sindicato con-
sidera também que deveria existir
uma carreira de apoio à investiga-
ção, extinta em 2008. “Somos a úni-
ca polícia que não tem uma carrei-
ra de apoio”, disse Acácio Pereira.
Também recentemente a presidente
do Sindicato dos Funcionários Pú-
blicos do SEF, Manuela Niza Ribeiro,
considerou importante reconsiderar
a sua reactivação.
“Essa carreira foi mal extinta,
por isso um dos nossos objectivos
é que venha a ser reconsiderada,
porque os funcionários que foram
integrados numa carreira geral con-
tinuam nas mesmas funções. Estes
funcionários não vão, efectivamen-
te, para o terreno, mas são mais-va-
lias porque apoiam a investigação
e têm acesso a várias informações
qualifi cadas”, referiu Manuel Niza
Ribeiro à agência Lusa.
O PÚBLICO contactou o Ministé-
rio da Administração Interna (MAI),
que, porém, não reagiu até à hora
da publicação desta notícia.
Segurança Pedro Sales Dias
Inspectores exigem um reforço de 200 pessoas e admitem realizar greve no Verão contra a “quase escravidão”
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Sindicato afirma que há inspectores a fazer turnos de 15 horas
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