Edição Maio 2012

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ART Não deixe de anotar o nome do SENGE-GO na Anotação de Responsa- bilidade Técnica (ART), no campo “Entidade de Classe”. É uma contribuição indispensável para o combate do exercício ilegal da profissão e uma impor - tante receita para a nossa entidade manter todos os serviços prestados aos associados. Portanto não esqueça de preenchê-la, lembrando que os profis- sionais não sindicalizados também devem fazer a anotação. página 3 página 5 página 4 Perícia E MAIS... Preservação Ibape é reativado para representar os interesses dos profissionais do CREA- GO e CAU-GO atuando nas atividades de Auditoria, Perícias, Avaliações e Normas Técnicas nas variadas áreas Goiânia enfrenta situação mais crítica. O comprometimento das águas é devido principalmente aos laticínios, frigoríficos, esgotos e lixo Conferência Goiana promove propostas para a Rio+20

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Informativo do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Goiás

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ARTNão deixe de anotar o nome do SENGE-GO na Anotação de Responsa-

bilidade Técnica (ART), no campo “Entidade de Classe”. É uma contribuição indispensável para o combate do exercício ilegal da profissão e uma impor-tante receita para a nossa entidade manter todos os serviços prestados aos associados. Portanto não esqueça de preenchê-la, lembrando que os profis-sionais não sindicalizados também devem fazer a anotação.

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Preservação

Ibape é reativado para representar os interesses dos profissionais do CREA-GO e CAU-GO atuando nas atividades de Auditoria, Perícias, Avaliações e Normas Técnicas nas variadas áreas

Goiânia enfrenta situação mais crítica. O comprometimento das águas é devido principalmente aos laticínios, frigoríficos, esgotos e lixo

Conferência Goiana promove propostas para a

Rio+20

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PresidenteGerson Tertuliano

engº eletricista

diretoriaJoão Batista Tibiriçá

engº CivilAntônio Augusto Soares Frasca

GeólogoAnnibal Lacerda Margon

engº agrônomoCláudio Henrique B. Azevedo

engº eletricistaJosé Augusto L. dos Santos

engº eletricistaCaio Antônio de Gusmão

engº CivilEdson Melo Filizzola

engº CivilMarcelo Pontes Pereira

engº CivilLuiz Carlos Carneiro de Oliveira

engº eletricistaJoão Dib Filho

engº eletricistaEduardo James de Moraes

engº CivilMarcelo Emilio Monteiro

engº agrônomoWanderlino Teixeira de Carvalho

Geólogo

Conselho FisCalEduardo Joaquim de Sousa

engº CivilAntonio Carlos das C. Alves

engº CivilAdelita Afonso Boa Sorte

engº eletricistaLeonardo Martins de C.Teixeira

engº CivilJosé Luiz Barbosa Araújo

engº agrônomo

rePresentantes junto à F.n.eAnnibal Lacerda Margon

engº agrônomoMarcos Rogério Nunes

engº agrônomoWanderlino Teixeira de Carvalho

Geólogo

jornalista resPonsávelAline Fernandes

diaGraMaÇÃoVinícius Alves

iMPressÃoStylo Gráfica

Circulação gratuita entre os associadosEndereço:

Av. Portugal nº 482Setor Oeste, Goiânia-GO

Telefones: 3251.8181 / 3251.8967Email: [email protected]: www.senge-go.org.br

Todos os artigos e citações aqui divulgadas são de responsabilidade da Diretoria. As

matérias assinadas são de responsabilidades dos autores e não correspondem

necessiariamente à opinião do Jornal.

triênio 2010/2013ÓrGãO DE DivulGAçãO DO SinDiCATO

DOS EnGEnhEirOS DE GOiáS

Como chamamento à realização da Confe-rência Rio+20, a Onu declarou que no pró-ximo 05 de junho de 2012, quando se co-

memora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Brasil será o anfitrião das atenções do desenvolvimento sustentável e ambiental em todo o mundo. A temáti-ca desta conferência é: economia verde. O que isto se reveste de importância para a nação brasileira?

Para início de conversa, nosso País, por ser de clima tropical tem uma das maiores biodiversida-des do planeta, senão a maior. O Brasil com 8,5 milhões de km², ocupa quase a metade da Améri-ca do Sul. A maior floresta tropical úmida (a Ama-zônia) e a maior planície inundável (o Pantanal) do mundo se encontram em solo brasileiro, além dos cerrados, caatinga e mata atlântica, sem falar na extensa costa marinha.

A biodiversidade é uma das propriedades fun-damentais da perpetuação das espécies, responsá-vel pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas e fonte de imenso potencial de uso econômico. É a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesquei-ras e florestais e também a base para a estratégica indústria da biotecnologia.

Esta diversidade de biomas, faz com que o Brasil tenha relevância como provedor de alimentos para alimentar a crescente população mundial, que já atingiu a cifra dos 7 bilhões de habitantes. Este papel está ligado à importância que a biodiversida-de ostenta na economia do país.

Enquanto a população brasileira dobrou nos últimos 35 anos, a área plantada de grãos e olea-ginosas cresceu bem menos, de 37.318.900.00 de

A economia verde e a fome do mundo

hectares para 48.859.600,00 hectares, isto é, um acréscimo de apenas 27%. Ao mesmo tempo a produção agrícola cresceu 213% e a produtividade média teve acréscimo de 2,5 vezes.

Em resumo, isto significa um ganho tecnológi-co da maior importância em suprir alimentos para o mundo, se não vejamos: em 1940 um agricultor brasileiro produzia alimentos para o consumo de 19 pessoas. Em 1970 a produção de alimentos de deste mesmo agricultor sustentava 73 pessoas em 2010 a produção era para 155 pessoas. Isto tudo em apenas 9% do território nacional, demonstrando que a inovação para produzir evolui tanto quanto as técnicas de preservação do meio ambiente.

Somente o setor de agronegócio é responsá-vel por cerca de 25% do pib brasileiro, calculado em R$ 4,143 trilhões, no ano de 2011. Os deriva-dos da cana de açúcar tiveram sua participação na matriz energética brasileira, aumentada de 10,9%, em 2000, para 18,2%, em 2009, com apenas 1 % de ocupação de seu território. Até 2020 a produ-ção de energia do bagaço da cana corresponderá à uma hidrelétrica de Itaipu.

Segundo estudos da Fao, a demanda mun-dial por alimentos aumentará em 20%, sendo que o Brasil será responsável com uma cota de 40% desta fatura, significando que mais e mais tecno-logia deverá ser utilizada para se produzir com alta produtividade e pouco acréscimo de área plan-tada. É o mundo reconhecendo que a economia verde brasileira é o caminho a ser trilhado, em não exaurir os recursos naturais e sim provendo a sus-tentabilidade a todo custo.

Annibal Lacerda Margon é Engº Agrônomo e Diretor representante do Senge junto a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros)

opinião 2Senge em Notícias

maio de 2012

Entre 4 e 6 de junho de 2012, a Cidade Mara-vilhosa acolherá a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,

conhecida como Rio+20. Convocada duas décadas após a ECO-92 – um divisor de águas nas relações internacionais envolvendo ambiente e desenvolvi-mento –, a Rio+20 vai se materializar em duas mega--atividades. O elegante Porto Maravilha, resultado da revitalização dos antigos armazéns do cais carioca, hospedará a conferência oficial. Receberá os donos do poder e as luzes da mídia. Serão protagonistas chefes de Estado, ministros, embaixadores, persona-lidades. Todos os países-membros da ONU enviarão delegações. O embaixador Luiz Alberto Figueiredo

Machado, subsecretário-geral do Itamaraty, imagina que poderá vir a ser “a maior conferência da história”.

Após 20 anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvi-mento, será realizado em 2012 no Rio. O evento vem somar na lista de reuniões da Organização das Na-ções Unidas – ONU, entre as quais destacam-se as Conferências de Estocolmo em 1972 e de Joanesbur-go em 2002. A Conferência tem como objetivo asse-gurar um comprometimento político renovado com o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existem na im-plementação dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável.

PoR denTRo dA Rio+20

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perícia 3Senge em Notícias

maio de 2012

Henrique Seleme Lauar é Engenhei-ro Agrônomo, formado pela UFG (Universidade Federal de Goiás) em

1995, com especializações em Marketing Rural na França, bem como em Máquinas e Motores pela UF Lavras. Em 2009, integrou a equipe a qual apresentou trabalho técnico no XV COBREAP (Congresso de Avaliações e Perícias de Engenharia) em São Paulo. Desde 2006, ocupa o cargo efetivo de Perito Federal Agrário pelo INCRA já tendo realizado mais de 150 Vistorias, Avaliações e Perícias de imóveis rurais. E hoje presidente do IBAPE.

Em 2010, foi indicado pela AEAGO (Asso-ciação de Engenheiros Agrônomos de Goiás) para se tornar Conselheiro do CREA-GO, no-meado pelo então Presidente Dr. Gerson de Almeida Taguatinga. Na última Sessão Plená-ria em 2010 dos Conselheiros do CREA-GO, surgiu-u então a ideia para a reativação do IBAPE-GO (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Goiás). Em setem-bro do ano passado, reuniram-se os sócios fundadores e novos Sócios, onde foi eleita a diretoria e conselheiros, membros estes ab-

iBAPe-Go é reativado com grandes perspectivas

negados e bastante aplicados na reativação da entidade, haja visto o caráter honorífico de seus cargos. O Presidente do IBAPE-SP – Dr. Marcelo Rossi – e o Engº Civil Paulo Grandiski também foram grandes incentivadores na re-ativação do IBAPE-GO.

Henrique salienta que por perceber a im-portância de reativar entidade a qual congre-ga todos profissionais de nível superior nos quais atuam no ramo da Engenharia de Ava-liações, Dr. Taguatinga não poupou esforços

em contribuir ativamente na reestrutura-ção. “Com gigantesco incentivo ele nos

cedeu uma sala aqui no CREA para fixar a sede do IBAPA. Temos vá-

rios projetos para o futuro da nossa entidade, um deles é fornecer cursos e palestras para nossos associados”.

O presidente explica que o IBAPE é uma Socieda-

de Civil sem fins lucrativos, fundada em 1.996 e que representa os interesses dos profissionais do CREA-GO e CAU-GO atu-antes nas atividades de Auditoria, Perícias, Avaliações e Normas Técnicas nas variadas áreas de: Imóveis Urbanos, Rurais e Indus-triais; Recursos Naturais e Minerais; Veícu-los, Máquinas, Equipamentos, Instalações e Bens Industriais em geral; Passivos e Ativos Ambientais; Empreendimentos; Patrimônio Histórico; e Segurança do Trabalho.

Ele ressalta que de 69 sócios fundado-res em 1996, o instituto atualmente conta com mais de 130 associados das nas diver-sas áreas de Perícia, Auditoria e Engenharia de Avaliações. Entre ele Arquiteto, Geólogo e Engenheiros: Agrônomo, Cartógrafo, Ci-vil, Eletricista, Florestal, Industrial, Mecâni-co, de Minas, de Segurança do Trabalho e de Telecomunicações.

Segundo ele o apoio de todos os sin-dicatos e órgãos da área serão muito bem quistos neste começo de sua gestão e faz uma proposta ao SENGE- GO (Sindicato dos Engenheiros do Estado de Goiás) para firmarem uma parceria. “Precisamos de to-dos os companheiros nesta empreitada. São tarefas difíceis, porém juntos podemos ajudar muito a sociedade através do nosso

instituto e dos parceiros”. Ele ainda pontua alguns acontecimentos que ocorreram no passado de Perícias e Avaliações de Enge-nharia as quais podemos auxiliar a iniciativa privada e o Poder Público (Executivo, Legis-lativo e Judiciário) no diagnóstico e principal-mente na prevenção de acidentes:

1) Enchentes e Deslizamentos de Terra no RJ, MG, PE e SC;

2) Enchente do Rio Vermelho na Cidade de Goiás com danos ao Patrimônio Histórico;

3) Incêndio da Matriz de Pirenópolis-GO;4) Terremotos com epicentros em Mara

Rosa e Mutunópolis;-GO5) Acidentes nos brinquedos dos Parques de

Diversões em Vinhedo-SP e Goiânia-GO;6) Rompimento da Barragem sobre o Rio

Corrente em Itarumã-GO;7) Caos aéreo nos Aeroportos e congestio-

namento nos Portos marítimos;8) Enchente do Rio Aporé e danos ambien-

tais em Itajá e Lagoa Santa-GO;9) Elaboração de Planilhas Referenciais

de Preços e Quantitativo de Honorários, Obras e Serviços de Engenharia;

10) “Recall” de Veículos, Máquinas e Equi-pamentos Industriais;

11) Transporte coletivo, malha viária e en-garrafamentos urbanos;

12) Desabamento de prédios no Rio de Ja-neiro-RJ e São Bernardo do Campo-SP;

13) Queda das torres de transmissões, apa-gões e “blackout” das sub-estações da CELG & FURNAS;

14) Auditoria de obras e serviços de Enge-nharia, inclusive se há indícios de super ou subfaturamento;

15) Prevenção de segurança do trabalho e diagnóstico de acidentes trabalhistas;

16) Prospecções de Minérios e estimativa de extração de Reservas Minerais Inferidas;

17) Falhas nos Sistemas de Irrigações e ex-plorações: Agrícola, Pecuária, Fruticultu-ra e Silvicultura;

18) Tempestades e quedas de árvores urba-nas, bem como, enxurradas por galerias pluviais sub-dimensionadas; e

19) Estações de Tratamento de Afluentes e Efluentes da SANEAGO & Agroindústrias.

Henrique Seleme, presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Goiás

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meio ambiente 4

maio de 2012

Senge em Notícias

A 3ª Conferência Estadual de Meio Ambiente aprovou 97 propostas, sendo seis moções, para melho-

rar a gestão e reforçar a política estadual de preservação de Meio Ambiente. De 1º a 3 de março, os participantes puderam discorrer sobre os principais problemas enfrentados por Goiás e questões urgen-tes que carecem de resolução. Cerca de 700 pessoas marcaram presença no dias de discussão e contribuíram para fazer da Conferência a maior discussão já feita sobre o Meio Ambiente em Goiás.

Todos os grupos, divididos de acor-do com os subtemas, aprovaram suas respectivas propostas. O tema central da Conferência foi Cerrado Rio+20: Eco-nomia Verde no Contexto do Desenvol-vimento Sustentável e da Erradicação da Pobreza. Goiás se antecipou aos de-mais estados do País e foi o primeiro a fazer um evento da importância de uma conferência para discutir especialmente a temática da Rio+20, convenção das Nações Unidas que vai reunir os repre-sentantes de todos os países no Rio de Janeiro, em junho deste ano.

Hoje, existem importantes projetos em andamento, em Goiás, que atendem aos anseios da política de desenvolvi-mento sustentável, assim como ques-tões históricas e urgentes que precisam ser dissolvidas. Diante disso, o tema central foi subdivido em cinco platafor-mas, a fim de ampliar o debate. Tal me-dida se mostrou eficaz, uma vez que as propostas aprovadas na Conferência envolvem todos os problemas e implica-ções pertinentes da temática ambiental. Veja abaixo algumas propostas:

1) aprovação urgente do Projeto de Lei

Conferência Goiana promove propostas para a

número 5.487/2009 que regulamenta o Pagamento de Serviços Ambientais no Estado de Goiás.

2) aprovação da criação do Mosaico de Unidades de Conservação da Chapada dos Veadeiros. A região da Chapada dos Veadeiros já é de fato um Mosaico de Unidades de Conser-vação conforme disposto no Sistema Nacional de Unidades de Conserva-ção – SNUC restando o seu reconhe-cimento oficial junto ao Ministério do Meio Ambiente.

3) aprovação para proibição de PCHs do município de Alto Paraíso da cidada-nia e propor na Conferência Regional que adote o mesmo posicionamento.

4) alteração de alguns artigos da Lei Com-plementar nº 90 de 22 de dezembro de 2011: a plenária da 3ª Conferência Estadual do Meio Ambiente de Goiás, aprova moção para alteração dos se-guintes artigos da Lei Complementar nº 90: o artigo 4º, que passa a ter a se-guinte redação: artigo 4º, a repartição de 5% do ICMS a que alude o inciso III do art. 107 da Constituição Estadual, será feita da seguinte maneira:

I – 85% (oitenta e cinco por cento) para municípios com áreas legalmente pro-tegidas, considerando-se o porcentu-al de reserva legal extrapropriedade

existente em cada municípios com mananciais de abastecimento;

II – 15% (quinze por cento) para os muni-cípios que adotem políticas municipais de Meio Ambiente, englobando ações de fiscalização, defesa, recuperação e preservação do Meio Ambiente.

Parágrafo único – no caso de municípios com sobreposição de áreas com ma-nanciais de abastecimento e unida-des de conservação ambiental será considerado o critério de maior com-pensação financeira.

5) alteração do artigo 49 do novo Código Florestal: posicionar-se contrários ao que define o artigo 49 da proposta do novo Código Florestal, que retira 30% ( trinta por cento) dos recursos arreca-dados pelos C.B.Ms, para que sejam obrigatoriamente aplicados em ações de reflorestamento, por interferir no processo de decisão da Bacia e na Gestão dos Recursos Hídricos, além de não representar uma nova fonte de recursos para o setor ambiental.

6) em repúdio ao novo Código Florestal: considerando que a maioria das mu-danças do projeto do novo Código Flo-restal representam verdadeiro atraso na legislação ambiental, manifestamos nosso repúdio ao Congresso Nacional, em especial aos parlamentares que li-deram esse movimento retrógrado.

Rio+20

3° Conferência Estadual do Meio Ambiente

foto: semArh

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preservação 5

maio de 2012

Senge em Notícias

foto: Aline fernAndes

Marcos Antônio Correntino da Cunha, engenheiro eletricista, especializado em Hidrologia e Recursos Hídricos

e vice- presidente do Comitê da Bacia Hidro-gráfica do Rio Meia Ponte ao nos conceder uma entrevista sobre o Meio Ambiente nos alerta que, algo precisa ser feito rapidamente por parte das autoridades. “Criar uma política pública que defenda o cerrado, as águas, a fauna e a flora é de extrema importância, caso contrário sofreremos drásticas conseqüên-cias no futuro”, adverte o engenheiro.

Segundo Correntino, a Bacia Hidrográ-fica do Rio Meia Ponte é a mais densa e povoada do Estado de Goiás e, por conse-qüência uma das mais poluídas, tudo devido ao lançamento de esgotos domésticos e in-dustriais, desmatamentos, irrigação, lavoura com uso de agrotóxicos, ocupação desor-denada e extração mineral. “A situação das famílias que moram perto do barranco do Rio Meia Ponte é preocupante é muito séria. Existem casos em que o esgoto sanitário é depositado no Rio e naquele mesmo lugar eles usam a água do Rio para irrigar lavou-ras e hortas. Está é o tipo de situação mais alarmante e comum de ser vista”, salienta.

Ele destaca que hoje o Meia Ponte está en-tre os sete rios mais poluídos do Brasil, segun-do o Relatório da Conjuntura Nacional dos Re-cursos Hídricos no Brasil lançado pela Agência Nacional de Águas (ANA). O documento avalia a qualidade e a quantidade das águas brasilei-ras, atesta que a qualidade das águas do Meia Ponte é péssima, principalmente na seca, en-tre setembro e outubro. “O rio ainda enfrenta o despejo de esgoto in natura, (inclusive pela Saneago), a extração de areia e a poluição por resíduos industriais, lavajatos, postos de combustível, frigoríficos, granjas e o agrotóxico usado em lavouras. E é por isso que ele chega a quase 90% de poluição”.

Correntino diz que o relatório aponta que, em relação à assimilação de carga orgânica, o Rio Meio Ponte encontra-se em uma situação crítica. Ele aparece ao lado de rios também poluídos, como o Tietê e Piracicaba, em São Paulo, das Velhas e Verde Grande, em Minas Gerais, Iguaçu, no

“Hoje 90% da Bacia Hidrográfica do Rio meia Ponte está poluída”Goiânia enfrenta situação mais crítica. O comprometimento das águas é devido principalmente aos laticínios, frigoríficos, esgotos e lixo

Paraná, dos Sinos, no Rio Grande do Sul, e Anhanduí, no Mato Grosso do Sul. O Meia Ponte atravessa 37 municípios em Goiás e é responsável pelo abastecimento de mais de 2 milhões de goianos .

Porém, a recuperação de nascentes e matas ciliares do Meia Ponte onde há mui-tas áreas degradadas já foram recupera-das. Empreendimentos poluidores instala-dos na bacia do Meia Ponte, segundo ele, também já estão se adequando às exigên-cias para o tratamento de seus efluentes. No entanto, ele ressalta que existe pouca fiscalização o que incentiva estas empresas a continuarem com a poluição. “Projetos existem muitos, mas o poder público é pou-co ativo no quesito cobrança e entende que não é necessário tanta atenção”, frisa.

Hoje a maior saída para a recuperação do Rio, de acordo com Correntino é a eficácia do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte, mas ele explica que também existem

várias entraves que estão contribuindo nega-tivamente para a administração e para o não cumprimento adequado da execução das tarefas que são de competência do Cobamp (Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte). “A pouca participação dos prefeitos, a faltas de recursos financeiros, a necessi-dade de capacitação permanente entre os membros, a falta de um plano de bacia, al-guns membros não comparecem às reuni-ões e não querem ter atribuições, o comitê não se reúne nos municípios do interior, as reuniões são somente na Capital e a falta de normas administrativas para o funcionamen-to das Câmaras Técnicas. Infelizmente estes são alguns de nossos problemas”.

O engenheiro enfatiza a importância da 3ª Conferência Estadual de Meio Ambiente ocorrida neste mês, onde aprovou 97 pro-postas, sendo seis moções, para melhorar a gestão e reforçar a política estadual de preservação de Meio Ambiente. Segundo ele se ao menos algumas destas propostas forem atendidas o Rio Meia Ponte, o Cerrado e o Meio Ambiente no todo será beneficiado, pois reforça o quanto a gestão pública é de-sinteressada no assunto.

Marcos Antônio Correntino, vice- presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte

Rio Meia Ponte - Goiânia

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Engenharia Sanitária e Ambiental 6Senge em Notícias

maio de 2012

A Engenheira Civil Lívia Maria Dias, pre-sidente da Associação Brasileira de En¬genharia Sanitária e Ambiental –

ABES - seção Goiás e profissionais goianos da área de saneamento e meio ambiente, es-tiveram em Belo Horizonte entre os dias 18 a 22 de março, participando da XV edição do SILUBESA – Simpósio Luso-Bra¬sileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, que con-siste em uma iniciativa con¬junta da ABES com a APRH - Associação Portuguesa dos Recursos Hídri¬cos e a APESB - Associação Portuguesa para Estudos de Saneamento.

O Simpósio, que acontece alternadamen-te em ambos os países, a cada dois anos, já se consolidou com um dos principais eventos para debates, atualização e fortalecimento de laços entre as comunidades técnico-cien-tíficas do Brasil e de Portugal. O grupo de técnicos goianos que participou do evento, inclusive com a apresentação de trabalhos técnicos, contou com a participação dos profissionais da SANEAGO, os engenheiros civis Ana Lúcia Colares Lopes Rocha, Átilla Moraes Jardim Júnior e Mário Cesar Guerino, a técnica em saneamento Kelly Cristine Mar-ques, as biólogas Cristiana Monteiro dos San-tos e Maura Francisca da Silva.

A Universidade Federal de Goiás foi re-presentada com apresentação de trabalhos técnicocisos pelos professores doutores, Engª Geóloga Simone Costa Pfeiffer, Engº Agrônomo Rogério de Araújo Almeida, os En-gos Civis Paulo Sérgio Scalize e Alexandre Kepler Soares. Estiveram também presentes o Engº. Ambiental Anselmo Claudino de Sou-sa e a Tecnóloga em Saneamento Ambiental Yara Vanessa Portuguez Fonseca , dos qua-dros técnicos do Ministério Público de Goiás e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, respectivamente.

Goiás participa da XV edição doFicou evidente a necessidade de se preocupar não só com a aplicação dos volumosos montantes de recursos do PAC, mas em definir e garantir como Goiás se estruturará para a devida gestão desses sistemas de abastecimento

siLUBesA

No Simpósio, aconteceram 11 painéis e quatro mesas redondas, além da apresen-tação de aproximadamente 400 trabalhos técnicos assistidos pelos cerca de 900 parti-cipantes. Simultaneamente, aconteceu a Ex-poSilubesa, feira aberta ao público, que con-tou com stands de diversos fornecedores de equipamentos e serviços do setor.

Dos vários temas pertinentes discutidos, alguns se destacaram pelo interesse da maioria, dentre eles, as questões relativas à implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos e a destinação adequada desses re-síduos, além do aproveitamento do potencial energético, com experiências descrevendo a realidade no Brasil e em Portugal, nesse caso, segundo as diretrizes na União Européia.

A universalização dos serviços de sanea-mento, em especial os de água e esgotos e a eliminação dos lixões ( as lixeiras, como são denominados em Portugal), foi amplamente discutida no tocante aos recursos demanda-dos, suas fontes e o prazo necessário para tal, não deixando de ser destacada a impor-tância de um planejamento formal, por meio dos Planos de Saneamento e da gestão des-sa infraestrutura após a conclusão das obras.

Os técnicos portugueses deixaram um alerta ao Brasil de que a urgência vivenciada por eles na universalização dos seus serviços de saneamento, implicou altos investimentos em um espaço relativamente curto de tempo, não se tendo dado a devida importância à fase de elaboração dos projetos de engenharia e ao planejamento da gestão desses sistemas.

Assim, Portugal convive hoje com uma

infraestrutura instalada mas carente da ade-quada gestão. Ou seja, ficou ali caracterizado que a viabilização de recursos e a implanta-ção de obras não é a fase mais difícil do pro-cesso e sim a sua correspondente gestão de forma sustentável e perene, a fim de garantir a devida operação e manutenção, a custos ab-sorvíveis pela população, em níveis técnicos apropriados e que garantam a vida útil dos sistemas preconizado nos estudos e proje-tos, o que efetiva a referida sustentbilidade.

Aos técnicos goianos ficou evidente a necessidade de se preocupar não só com a aplicação dos volumosos montantes de recursos do PAC e de outros investimentos para a universalização tão almejada e neces-sária, mas em definir e garantir como o Es-tado de Goiás se estruturará para a devida gestão desses sistemas de abastecimento de água, de coleta, transporte e tratamento dos esgotos, da coleta e destinação ade-quada dos resíduos sólidos e da drenagem e destinação correta das águas pluviais, ficando assim a urgência da conclusão do Plano Estadual de Saneamento.

fotos: Arquivo pessoAl

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jogo rápido 7Senge em Notícias

maio de 2012

seRViços ofeReCidos PeLo senGeAtendimento odontológico nA sede do sindicAto

• AdultosAtendimento às quintas-feiras, mediante agendamentoprévio com Idália pelo telefone: (62) 3251-8181• CriAnçAs e AdolesCentes de 0 A 17 (Prevenção odontológiCA)Atendimento todos os dias, mediante agendamentoprévio com Idália pelo telefone: (62) 3251-8181

• AssistênCiA JurídiCA trAbAlhistA e PrevidenCiáriA nA sede do sindiCAtoMarcar horário antecipadamente pelo telefone: (62) 3251-8181• Convênios Com desContoEspecialidades Odontológicas, Médicos, Clínicas e Laboratórios

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ConGResso de enGenHARiAe TeCnoLoGiA dA UfG

O Congresso de Engenharia e Tecnologia (CET) da UFG nasceu no ano de 2011 como um projeto arrojado, viabilizado pelos discentes dos cursos de engenharia da Universidade Federal de Goiás. Este congresso se pauta pela união dos centros acadêmicos e de suas experiências na organização de eventos semelhantes, como a tradicional Semana de Engenharia Aberta (que fora realizada em XIV edições), a Semana de Engenharia Civil (que se realizou por XV edições), e demais semanas.

Emely Kely de Souza Gomes, diretora de marketing e financeira do congresso, graduanda do 6º período de Engenharia Elétrica destaca que na edição deste ano de 2012, que ocorre entre os dias 15 e 18 de maio, no Campus II da UFG tem como tema: “EMPREENDEDORISMO: TRANSFORMANDO O PROFISSIONAL DO FUTURO”. “Visamos trabalhar a interdisciplinaridade nas diversas áreas da engenharia e demais cursos, promovendo a integração entre as universidades, os cursos e os discentes. Levar a todos mais informações e conhecimento sobre as novas tecnologias, pesquisas e inovações. Além de mostrar novas visões para os discentes que terão oportunidades de ter maior contato com o mercado de trabalho”, explica.

Venha fazer parte do maior evento deEngenharia e Tecnologia do Centro Oeste.De 15 a 18 de maio de 2012,em Goiânia, no Campus II da UFG.Inscrições pelo site: www.cetufg.com.br

CReA-GoGerson tAGuAtinGAiniciA seGundo mAndAto

O ano de 2012 começa com muito trabalho para o engenheiro Civil Gerson de Almeida Taguatinga que se prepara para exercer o seu segundo mandato como presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO). A solenidade de posse ocorreu no dia 16 de março no Clube Ferreira Pacheco, em Goiânia. Reeleito em 8 de Novembro de 2011, pelo voto direto e secreto dos profissionais registrados no Crea-GO, para o triênio 2012-2014, Taguatinga obteve cerca de 67% dos votos válidos. O Engenheiro Civil José Tadeu da Silva, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Confea, empossou Taguatinga no cargo.

Entre as principais metas para o segundo mandato de Gerson Taguatinga está o envio de um anteprojeto de lei, que está em fase final de elaboração, e que em breve será enviado ao poder legislativo estadual e municipal, sobre a manutenção preventiva e periódica das edificações e equipamentos públicos e privados. A proposta indica que edifícios deverão passar por vistorias técnicas registradas em relatórios ou laudos técnicos, de responsabilidade de seus proprietários ou gestores. As vistorias deverão ser realizadas por profissionais habilitados e registrados no Crea-GO que assumirão a responsabilidade técnica, civil e criminal por suas conclusões e recomendações constantes no documento técnico, seguindo as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Engenheiro Civil Gerson de Almeida Taguatinga sendo

empossado em seu segunda mandato no Crea-GO

Encerramento do Congresso de Engenharia e Tecnologia da UFG de 2011

cetufG

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FNE 8

maio de 2012

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Proteger os salários da mordida do leãoMurilo Celso de Campos Pinheiro

Já se tornou bandeira histórica do movimento sindical a luta por um sistema tributário mais justo, que

pese menos sobre quem produz e tra-balha. Batalha constante tem sido aque-la pelo reajuste das alíquotas do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), que, pesando excessivamente sobre os salá-rios, acaba por reduzir as conquistas e ganhos dos trabalhadores.

Um passo importante para proteger a renda do empregado da mordida violenta do leão foi dado no dia 14 de março últi-mo, quando o movimento sindical conse-guiu que o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), relator da Medida Provisória 556, concordasse com a inclusão das emen-das que isentam os trabalhadores da ini-ciativa privada do pagamento de IR sobre PLR (participação nos lucros e resulta-dos), abonos e adicional de 1/3 das férias.

De autoria dos deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e Vicentinho (PT-SP), as emendas visam introduzir critérios de justiça na incidência do IR. Segundo o parlamentar petista, estudo divulgado pela Secretaria da Receita Fe-deral em 2009 aponta que quase metade da arrecadação foi obtida dos tributos incidentes sobre bens e serviços – usu-almente repassados aos consumidores – e um quarto do montante se originou de folha de pagamentos. O IRPF respon-deu por mais 7% do total. Tal distribuição demonstra o grande peso sobre os assa-lariados, que teriam relativo alívio fiscal com as mudanças propostas na lei.

Paulinho, por sua vez, destaca ainda o impacto positivo que a isenção sobre a PLR pode ter para a produtividade das empresas. O pedetista chama atenção também para o absurdo de se cobrar IR sobre o abono previsto no art. 9º da Lei 7.998 (referente ao PIS/Pasep). “A clientela do benefício é de forma inquestionável hi-possuficiente, porque se exige uma remu-neração média no máximo corresponden-te a dois salários mínimos. Exigir que tal destinatário pague tributo corresponde a agir como o lendário Robin Hood, mas às avessas, isto é, tirando dos pobres para enriquecer os mais afortunados”, pondera na justificativa da emenda proposta.

Garantida essa conquista – que pre-

cisa se confirmar na votação da MP –, deve-se manter o esforço estratégico por uma reforma tributária que leve em conta não só a eficiência econômica e as necessidades de financiamento do Estado, mas também a urgente deman-da por distribuição de renda no Brasil. É preciso que os que têm menos, contin-gente formado pela massa assalariada inclusive de classe média, deixem de arcar com o peso maior e que os mais abonados passem a contribuir de forma mais significativa.

Murilo Celso de Campos PinheiroPrEsIDEnTE Da FnE