Edição n° 5. Ano 2011

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Informativo do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza - HUBFS. Ano III● n.º: 05 Agosto, 2011. O objetivo é acolher as possíveis angústias dos pacientes e seus familiares envolvidos com o implante coclear. O atendimento multiprofissional garante também acompanhamento com fonoaudióloga. Pág. 04 HUBFS e TJE firmam parceria O Bettina está integrado ao projeto de reinserção social vinculado à Vara de Justiça de Penas Alternativas da Região Metropolitana de Belém. Consiste em receber pessoas que cumprem penas alternativas para atuarem dentro do hospital a partir deste semestre. Pág. 06 Bettina Ferro fará transplante de córnea Implante coclear oferece apoio psicológico Reuniões planejam ações estratégicas O HUBFS fez o Mapa Estratégico de Projetos do Hospital, incluído no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFPA para os anos de 2011 e 2015. Além disso, elabora novo Organograma e Regimento Interno, reativa comissões e avalia desempenho dos serviços do hospital. A finalidade é melhorar os serviços prestados à população e a qualidade de vida dos servidores. Pág. 08 Editorial O médico e sociológo Paulo Amorim, que assumiu este ano a direção geral do hospital, fala das metas e compromissos assumidos ressaltando projetos que serão incorporados e destaca outros já existentes, que orgulham a gestão. Pág. 02 O procedimento deve acontecer neste semestre e será o primeiro transplante realizado por um Hospital Universitário na Amazônia. O Bettina aguarda publicação de credenciamento do Ministério da Sáude para iniciar os trabalhos na área. Com a iniciativa, por meio do HUBFS, a UFPA tornou-se parceira no projeto Amazônia Transplantes. Pág. 05 Durante reunião o reitor da UFPA, direção do Bettina e representantes de órgãos públicos celebram a parceria

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Informativo do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza - HUBFS.

Ano III● n.º: 05 ● Agosto, 2011.

O objetivo é acolher as possíveis angústias dos pacientes e seus familiares envolvidos c o m o i m p l a n t e c o c l e a r . O a t e n d i m e n t o m u l t i p r o f i s s i o n a l g a r a n t e t a m b é m a c o m p a n h a m e n t o com fonoaudióloga. Pág. 04

HUBFS e TJE firmam parceria

O B e t t i n a e s t á integrado ao projeto de r e i n s e r ç ã o s o c i a l vinculado à Vara de J u s t i ç a d e P e n a s Alternativas da Região M e t r o p o l i t a n a d e Belém. Consiste em receber pessoas que c u m p r e m p e n a s a l t e r n a t i v a s p a r a atuarem dentro do hospital a partir deste semestre. Pág. 06

Bettina Ferro farátransplante de córnea

Implante coclear oferece apoio psicológico

Reuniões planejamações estratégicas

O HUBFS fez o Mapa Estratégico de Projetos do Hospital, incluído n o P l a n o d e

D e s e n v o l v i m e n t o Institucional (PDI) da UFPA para os anos de 2011 e 2015. Além disso, elabora novo O r g a n o g r a m a e Regimento Interno, reativa comissões e avalia desempenho d o s s e r v i ç o s d o hospital. A finalidade

é melhorar os serviços prestados à população e a qualidade de vida dos servidores. Pág. 08

EditorialO médico e sociológo Paulo Amorim, que

assumiu este ano a direção geral do hospital,

fala das metas e compromissos assumidos

ressaltando projetos que serão incorporados e

destaca outros já existentes, que orgulham a

gestão. Pág. 02

O procedimento deve acontecer neste semestre e será o

primeiro transplante realizado por um Hospital Universitário

na Amazônia. O Bettina aguarda publicação de

credenciamento do Ministério da Sáude para iniciar os

trabalhos na área. Com a iniciativa, por meio do HUBFS, a

UFPA tornou-se parceira no projeto Amazônia Transplantes.

Pág. 05

Durante reunião o reitor da UFPA, direção do Bettina e representantes de órgãospúblicos celebram a parceria

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EDITORIAL

Expediente: Hospital Universitário Betttina Ferro - Campus IV da UFPA Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá (com aceso pela Avenida Perimetral

Terra Firme) - Belém – PA Telefones: 3201.7825/3201.7656. Ano III – Nº 5 Agosto/2011. Gestão: Reitor: Carlos Maneschy – Vice-Reitor:

Horácio Schneider – Diretor geral: Paulo Amorim. Edição e textos: Cleide Magalhães - Jornalista - 1563 DRT/PA – Colaboração: Glauce

Monteiro – Ascom/UFPA. Fotos: Cleide Magalhães e Karol Khaled. Estagiário de Jornalismo/UFPA: João Carvalho. Projeto Gráfico:

Cleide Magalhães. Home Page: http://www.ufpa.br/bettina - www.twitter.com/hospitalbettina - E-mails: [email protected] e

[email protected] . Tiragem: 1.000 mil exemplares Diagramação: Joval Figueiredo. Impressão: Gráfica Amazônia.

asseguramos que o Hospital Bettina Ferro necessitava de um corpo profissional que soubesse e gostasse de l idar com pacientes, alunos, médicos residentes, razões de sua ex is tênc ia . Desta forma, marcávamos o direcionamento à humanização, norte de nossa proposta, aliada a outros dois g r a n d e s p r i n c í p i o s : a colegialidade e o controle interno.

Evidentemente, esse olhar o r g a n i z a c i o n a l e s p e c i a l a s s e g u r a r á r e p e r c u s s õ e s imensas na qualidade da assistência e financiamento do h o s p i t a l , s e m m e n o r preocupação para com o ensino. É importante lembrar que o binômio ensino-assistência tem q u e s e d e f i n i r p e l a s u a equivalência, posto que a produção científica gerada nos serviços é o seu maior fator de fortalecimento.

No que pese dissabores vivenciados inicialmente, e, p r o v a v e l m e n t e p o r consequência a esses princípios inalienáveis, encontramos grande receptividade por aqueles que surpresos pela novidade aceitaram o convite de

d a r m o s a s m ã o s e demonstrarmos que o Hospital Bettina tem grandes histórias ainda não contadas. Nelas a tônica, seguramente, será o bem comum e não o maniqueísmo dos grupos de dominação.

Desta forma, esse trabalho conjunto tem assegurado inestimáveis avanços, como a r e o r g a n i z a ç ã o d o B l o c o C i r ú r g i c o , d o P r o n t o Atendimento e do Serviço de C r e s c i m e n t o e Desenvolvimento. Em período breve essa união mostrou que é possível o aumento do número de procedimentos e, por consequência, a arrecadação dentro de um agradável a m b i e n t e d e t r a b a l h o e convivência. Alterações técnicas são implementadas e serão todas as vezes que significarem m e l h o r a s c o l e t i v a s , especialmente junto ao objeto maior do hospital: o paciente.

N o v o s s e r v i ç o s e procedimentos estão chegando, como o estudo dos distúrbios do s o n o n o S e r v i ç o d e Otorrinolaringologia, cujo equipamento foi recentemente adquirido; e o tratamento cirúrgico dos lábios palatinos, por meio de convênio com a Secretaria Estadual de Saúde pela absorção de pessoal especializado do Hospital Ophir Loyola.

Além disso, vamos alcançar t ã o a l m e j a d o s o n h o d e realização de transplantes de córnea, para o qual a equipe e o Serviço de Oftalmologia já se e n c o n t r a m d e v i d a m e n t e autorizados pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Levantamento técnico

do HUBFS revela índices que nos permitem participar da discussão que envolve a complexa problemática da realização de transplantes de órgãos no Pará. A iniciativa do Bettina foi abraçada pela Reitoria da UFPA e é vista com b o n s o l h o s p e l o S N T . Recebemos ainda apoio do Governo do Estado do Pará na resolução desse desafio.

Por outro lado, não medire-mos esforços na qualificação de nosso pessoal através da inclu-são de seu quadro técnico e resi-dentes nos cursos strictu sensu da própria UFPA ou na criação deles pela nossa Assessoria Cien-tífica, criada recentemente, preparando, assim, massa críti-ca de pesquisadores que venham constituir linhas de investigações reconhecidas naci-onalmente.

Através do Programa Nacio-nal de Assistência Estudantil (Pnaes) e em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Pará (Proex) ampliamos a assistência aos estudantes de nossa estima-da Universidade, os quais histo-ricamente encontram dificulda-des de acesso ao atendimento médico público ou privado.

E s s e s p r o j e t o s s e r ã o incorporados a outros tantos já existentes como o implante coclear, ora em processo de e x p a n s ã o , e o u t r o s p r o c e d i m e n t o s d e a l t a complexidade que tanto nos orgulham.

Professor doutor e sociólogo Paulo Amorim

assumiu a direção geral do HUBFS em janeiro

de 2011. Deixou o cargo o professor doutor

Murilo Morhy. E-mail: [email protected]

Humanização norteia proposta da gestão

Na ocasião em que nossa ges-t ã o t o m a v a posse, há sete

m e s e s , l e m b r o

q u e àquela altura

Servidor recebe apoio pararealizar pós-graduação

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CURTAS

Será feito arranjo nas atividades dos enfermeiros para realizarem a pós-graduação. A expectativa é que até 2012 todos sejam beneficiados

Representantes do Programa de Pós-graduação em Biologia de A g e n t e s I n f e c c i o s o s e Parasitários (PPG-BAIP) do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA reuniram com direção e enfermeiras do hospital para explicar sobre o programa. O encontro aconteceu na sala do Planejamento, em junho, e atendeu ao convite feito pela direção geral do Hospital Bettina, a qual garante apoio às (aos) enfermeiras (os). “Somos sensíveis e temos interesse que todos busquem a pós-graduação. Vamos fazer arranjo nas atividades para que consigam fazer o mestrado”, disse diretor geral do HUBFS. O objetivo principal do programa é formar recursos humanos na grande área da Microbiologia, especificamente em Bacteriologia, Helmintologia, Protozoologia, Virologia e M i c o l o g i a , u t i l i z a n d o a abordagem da Imunologia, da Epidemiologia e da Biologia Molecular, com o intuito de aprimorar não somente os r e c é m - g r a d u a d o d a s universidades locais, como

também para aqueles que fazem parte das instituições Amazônidas que buscam o amadurecimento profissional por meio de uma pós-graduação formal. Segundo Jeannie Santos, coor-denadora do PPG-BAIP, o edital será lançado em novembro deste ano e as pessoas interessadas já podem contactar antes com os orientadores em potencial do programa para elaborar seu projeto. O vice-coordenador do PPG-BAIP, Ricardo Ishak, tam-bém esteve na reunião. Vagas - A chefe de Enfermagem do Bettina, Tereza Martins, afirma que a iniciativa vai ajudar a melhorar o atendimento no hospital e ampliar o conhecimento dos profissionais. Informa que entre os cerca de 30 enfermeiros, 20 deles ainda não têm mestrado. “Os interessados estão em plena atividade na elaboração do projeto. Entre 5 e 10 vagas serão distribuídas em 2011 e para 2012 serão 10, mas isso não impede que o enfermeiro se inscreva no processo regular e especial. Todos s e r ã o b e n e f i c i a d o s ” . M a i s informação: www.baip.ufpa.br

ResidentesA direção do HUBFS fechou parceria com a Secretaria Estadual de Saúde para garantir a qualificação dos 20 médicos residentes em Otorr ino lar ingolog ia e Oftalmologia. A residência médica dentro e fora do Pará, que este ano envolve recursos de R$ 330 mil, é mantida há sete anos e considerada pela direção do hospital como um pilar importante na formação nos médicos. O orçamento é do próprio Bettina e foi a p r o v a d o n a L e i Orçamentária Anual, do Ministério da Educação. Os principais destinos dos médicos residentes para qualificação em simpósios, congressos e cursos são Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

PnaesPara tentar ajudar a garantir condições de permanência d o s e s t u d a n t e s n a s Instituições Federais de Ensino Superior, o HUBFS se i n s e r i u n o P r o g r a m a Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e se comprometeu em garantir atendimento médico aos estudantes da UFPA. O serviço é planejado e será implementado de forma coletiva ainda este ano. A estimativa é que aconteçam 600 atendimentos ao mês. O Pnaes foi implementado em 2007 e objetiva manter condições de permanência dos estudantes, em especial os que têm baixa renda e v i v e m s i t u a ç ã o d e v u l n e r a b i l i d a d e socioeconômica.

Galeria Para saber mais sobre a história do Hospital Betttina, c o n h e ç a a G a l e r i a d e D i r e t o r e s d o H U B F S , disponibilizada no nosso sitewww.bettina.ufpa.br

Mestrado

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O programa de Implante Coclear do Serviço de Otorrinolaringologia do HUBFS ganha força a cada dia. A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UFPA a p ro vo u o p ro j e t o d e a c o m p a n h a m e n t o psicológico aos implantados e seus familiares, elaborado por Maria Tereza Nassar, m e s t r e e m P s i c o l o g i a Clínica, que já atua junto à equipe multidisciplinar do “ o u v i d o b i ô n i c o ” , denominação popular pela qual o implante é conhecido. Segundo a psicóloga, o objetivo do projeto é acolher as possíveis angústias dos pacientes e seus familiares envolvidos com o implante c o c l e a r e l e v a e m consideração problemas e m o c i o n a i s q u e s e desencadeiam não somente com a perda total da audição do paciente, mas também com a perspect iva de submeter-se à cirurgia e, c o n s e q u e n t e m e n t e , à efetivação do implante coclear. Acompanhamento - “É feito desde a tomada de decisão da pessoa a fazer o implante, até a fase de habilitação e adaptação ao aparelho implantado. De um m o d o g e r a l , t o d o procedimento cirúrgico mobiliza expectativas e angústias que variam em intensidade de um paciente para outro. Contudo, na medida em que vão se c o n s c i e n t i z a n d o d o s benefícios e das vantagens que obterão com o implante, paulatinamente, a angústia se transforma em uma e x p e c t a t i v a b o a e esperança”.

Nesse contexto, os familiares dos pacientes têm importância f u n d a m e n t a l . E l e s s e r ã o convocados a participar de forma efetiva no processo. “O paciente precisa saber e sentir que conta com sua família e que tem seu apoio, mesmo porque o p ó s - o p e r a t ó r i o d e m a n d a cuidados físicos ao paciente. A família é uma retaguarda da qual não se pode prescindir” , considera a psicóloga.Apoio - À elaboração do projeto, Maria Nassar ressalta que teve o apoio de toda a equipe do Projeto de Implante Coclear do HUBFS e que a partir dele surge ainda oportunidade de desenvolver pesquisas e , consequentemente, a produção de trabalhos científicos. “Abre-se um campo para a extensão na UFPA com a disponibilidade de b o l s a s v i a P r o g r a m a Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para alunos que vão participar das atividades - sejam estas individuais e de grupo, bem como no registro e organização de dados para e s t u d o s e p e s q u i s a s posteriores”.

Reabilitação - Depois de receber o implante, o paciente realiza ainda a reabilitação audiológica e auditiva com a f o n o a u d i ó l o g a C i n t i a Yamaguchi. “Eles começam a aprender a ouvir os novos sons. Os ajustes periódicos nos equipamentos acontecem todos os meses e se prolonga na medida que eles obtêm o nível de audição satisfatória”, esclarece Cintia.Implante - Hoje mais de 50 pessoas são avaliadas pelo Serviço de Otorrinolaringologia para receber o implante. Até julho, aconteceram 14 cirurgias com pessoas que perderam a audição, mas aprenderam a falar e possuem memória auditiva. O implante t rata-se de um dispositivo eletrônico que capta os sons e os transmitem ao cérebro, por eletrodos. A coordenação é do doutor e professor José Cláudio Cordeiro. Com o procedimento, Belém se tornou a primeira capital credenciada pelo Ministério da Saúde a oferecer esse serviço à população da Região Norte do Brasil.

Implante coclear garante apoio psicológico

Além do acompanhamento psicológico, a equipe médica multidisciplinar do Bettina garante apoio fonoaudiólog0 até o paciente obter audição satisfatória

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Referência estadual na área de Oftalmologia, o Hospital Bettina vai realizar transplantes de córnea a partir deste semestre. Atualmente, mais de 600 pacientes aguardam na fila para realizar o procedimento. A espera que no Pará, em média, era de três a quatro anos, deverá desaparecer até o final de 2013, graças à expansão do sistema de transplantes do Estado e à adesão do HUBFS ao sistema.

Em reunião, ocorrida em junho, com o reitor da UFPA, C a r l o s M a n e s c h y , representantes das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde celebraram o que nomearam como a “correção de uma distorção histórica”.

“O Hospital Bettina, como centro de excelência em Oftalmologia apenas não fazia o transplante, que, por sua vez, precisava ser feito em locais que n ã o t i n h a m a m e s m a infraestrutura na área. Agora, nossos pacientes poderão realizar todo o tratamento e o a c o m p a n h a m e n t o p ó s -transplante no mesmo lugar onde serão transplantados”, refletiu André Rodrigues, coordenador estadual de Transplantes da Secretaria E s t a d u a l d e S a ú d e .“Nosso objetivo é reduzir pela metade a fila de espera até o final de 2011 e, até 2013, no máximo, alcançar o status de fila zero para transplante de córnea no Estado”, revelou o coordenador. O Pará é referência regional na realização de transplantes e, na Região Norte, são realizados 2% dos transplantes no Brasil, mas eles ainda são praticamente restritos a transplantes de córnea e rim.

Hoje, na rede pública paraen-se apenas o Hospital Ofir Loyola realiza transplantes de córnea. O Bettina Ferro aguarda publi-cação do edital de credencia-mento do Ministério da Saúde no Diário Oficial da União para

iniciar os trabalhos na área. O primeiro transplante de córnea a ser realizado no HUBFS deve acontecer neste semestre e será o primeiro transplante realizado por um Hospital Universitário na Amazônia. “Estamos com tudo pronto. Nossa equipe foi capacitada e os equipamentos estão chegando”, conta Paulo Amorim, diretor geral do Bettina. “Este é um momento históri-co que marca a atuação da UFPA, por meio dos seus Hospitais Universitários, no Pará. Este tipo de transplante é o primeiro e, certamente, há a possibilidade de expandir nossa atuação em outras áreas médi-cas, devido a nossa qualidade de profissionais e o próprio legado histórico”, definiu o reitor. Parceria – Com a iniciativa, a UFPA tornou-se parceira no projeto Amazônia Transplantes – Hospital Regional Amazônico de Transplantes e será uma das responsáveis pela assistência médica, ensino e pesquisa garantindo a formação de f u t u r a s g e r a ç õ e s d e transplantadores na Amazônia. O projeto visa desenvolver um Programa de Transplantes de

Órgãos e Tecidos para atender a Região Norte do País. A ação resultará no aumento do acesso d e p a c i e n t e s p e l a descentralização de atividades, n a r e g i o n a l i z a ç ã o d o s p r o c e d i m e n t o s m a i s complexos e aumento no número de doadores falecidos e f e t i v o s d e s e n v o l v e n d o organização de procura de órgãos. Grupo - Os membros do Grupo de Médicos Amazônia Transplante também estiveram na reunião e apresentaram o projeto, que recebeu apoio da UFPA. “O reitor solicitou que o grupo deixe o projeto mais completo para ajudar na busca de apoio no Estado e de parlamentares em Brasília", disse Paulo Amorim, que está à frente da ação de melhorias do projeto.Médicos - Os médicos que fazem parte do grupo são Maurício Aiasi e Márcia Iasi, do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência; Paulo Soares, do Hospital Ophir Loyola e Universidade do Estado do Pará; e André Rodrigues, da Central de Not i f i cação , Captação e Distribuição de Órgãos do Estado.

Bettina fará transplante de córnea

Membros do Grupo de Médicos Amazônia Transplante apresentam projeto à direção do Hospital Bettina, que passou a ser parceiro recebendo apoio da Reitoria da UFPA

A parceria foi firmada há quatro meses e o projeto apresentado aos servidoresdo Bettina por meio de palestra

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O Hospital Bettina está integrado ao projeto de reinserção social vinculado à Vara de Justiça de Penas A l t e r n a t i v a s d a R e g i ã o Metropolitana de Belém, que consiste em receber pessoas q u e c u m p r e m p e n a s alternativas e vão atuar dentro do hospital a partir deste ano. Os serviços prestados variam desde a limpeza ao auxílio administrativo e depende da d e c i s ã o d o h o s p i t a l e qualificação profissional do cumpridor. A parceria foi firmada há quatro meses e o projeto apresentado aos servidores do Bettina por meio de palestra.

Lorena Vale, assessora da Vara de Justiça, explica como será ministrado o trabalho. “O m o n i t o r a m e n t o d o s cumpridores de penas será fe i to por meio de uma frequência que o hospital vai expedir até o dia 10 de cada mês. O setor de atendimento interdisciplinar, loteado dentro da Vara, é responsável pelo encaminhamento dos infratores e fará visitas inspecionais periódicas ao

HUBFS e TJE iniciam projeto de reinserção social

hospital para checagem de rendimento e frequência”. Segundo a assessora, a importância de ter um parceiro do ramo hospitalar facilita boa parte da demanda dos que irão prestar os serviços. Ela considera ainda q u e a d i v e r s i d a d e d e atividades e a localização do Hospital Bettina são outros p o n t o s i m p o r t a n t e s .

O direto r gera l do HUBFS, Paulo Amorim, afirmou que a parceria vai ao encontro às p o l í t i c a s d o h o s p i t a l , p r i n c i p a l m e n t e a d e h u m a n i z a ç ã o . “ A p e n a alternativa é o principal instrumento da humanização no sistema penal e isso está relacionado às nossas políticas d e h u m a n i z a ç ã o . É importante as instituições públ icas part ic ipem do processo de reinserção das pessoas que cumprem penas alternativas no Estado. Vamos r e c e b e r p e s s o a s q u e constituem complexidade menor, sem periculosidade e enquadrá-las no hospital por meio do setor de Assistência Social”.E s c a l p e l a d o s - M a i s

p a r c e r i a s d e v e r ã o s e r firmadas na medida em que o HUBFS discute com membros da Comissão Estadual de E r r a d i c a ç ã o d o E s c a l p e l a m e n t o a possibilidade de abrir um canal de atendimento às vítimas de escalpelamento no Estado para consultas nos Serviços de Oftalmologia e Otorrinolaringologia. Para a assistente social da comissão, Helena Maria Costa , a parceria é importante porque estão cadastradas 130 vítimas e muitas delas tiveram a audição e visão afetadas na ocasião do acidente. A direção demonstrou estar sensível à causa e disse que o hospital está de portas abertas para atender às vítimas, seguindo aos trâmites do SUS.Palestras - A comunidade também recebe atenção no Hospital. Para promover a interação entre o aluno de Farmácia da UFPA e o usuário, informações são levadas sobre diversos temas na área da saúde são levadas à p o p u l a ç ã o a j u d a n d o a p r o m o v e r a e d u c a ç ã o sanitária, conscientizar a comunidade a adquirir hábitos que melhorem a saúde e evitam doença. São esses os principais objetivos dos ciclos de palestras educativas que ocorrem, gratuitamente, a cada três semanas, em especial às terças-feiras, pela manhã, na Ala C do HUBFS, ministradas pelos alunos do curso de Farmácia da UFPA, sob a supervisão da professora Luana Queiroz, da Faculdade de Farmácia do Instituto de Ciências da Saúde (ICS).

O H U B F S é u m d o s hospitais pilotos no País à implementação do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). A iniciativa padronizará as práticas administrativas e assistenciais do hospital, por meio do qual será feito o cadastro do paciente, a internação e prescrição médica e hospitalar garantindo confiabilidade e informação precisa sobre o paciente, a t r a v é s d o p r o n t u á r i o eletrônico. A previsão é todos os 13 módulos do AGHU sejam concluídos até 2012. S e g u n d o A n a B r i t o , coordenadora do Núcleo de Planejamento, o Bettina já fez o módulo de internação de paciente no Hospital Dia, onde ficam as enfermarias e as duas salas cirúrgicas do Bettina, e realiza o cadastro básico da prescrição, que faz parte do s e g u n d o m ó d u l o . À implantação deste, o setor de Informática já instalou quatro computadores utilizados no procedimento. No programa consta que o Ministério da Educação vai qualificar os servidores, em e s p e c i a l m é d i c o s e enfermeiros, por meio de videoconferências, chats, fóruns, entre outros.Cadastro – Mais de 200 mil pessoas já estão cadastradas no novo banco de dados do HUBFS do AGHU. Os usuários também podem ajudar o hospital na atualização dos d a d o s l e v a n d o s e u s documentos e os de seus filhos quando forem ao Hospital Bettina receber atendimento.

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Hospital é piloto no aplicativo de gestão do PaísO aplicativo gera um novo número de identificação e prontuário do paciente. Prontuário - Concluído o projeto de Reorganização do F l u x o e M a n u s e i o d o s Prontuários e Recepção, que renova o encaminhamento de prontuários entre as alas do hospital garantindo facilidade no andamento dos dados de cada usuário. Constantes reuniões à efetivação total do p r o g r a m a a c o n t e c e r a m envolvendo membros da Coordenação Assistencial, Setor de Planejamento, Serviço de Atendimento Médico e Estatística (Same), além das alas de Oftalmologia, O t o r r i n o l a r i n g o l o g i a , Caminhar e Ginecologia. À frente da equipe estavam Roselis Gonçalves e Ana Brito, coordenadoras Assistencial e do Núcleo de Planejamento, respectivamente. Em julho, o diretor geral assinou a primeira Norma Técnica da gestão sobre o assunto.Exames - Para aprimorar o processo de requerimento e entrega de exames foi criada, recentemente, a Central de Regulação de Exames do B e t t i n a F e r r o . U m departamento foi efetivado para trabalhar na criação de protocolo que normatiza a solicitação de exames e entrega do resultado aos usuários o mais breve possível. “Queremos beneficiar o paciente e melhorar a imagem do Bettina mostrando a responsabilidade que precisa haver no serviço público, dando maior qualidade à gestão”, disse o coordenador técnico do HUBFS, Wallace

Santos, que está à frente da implantação da central . Boletim – A partir de 1º de junho deste ano, todos os usuários que tiverem retorno marcado à realização de qualquer tipo de atendimento e procedimento no hospital devem comparecer munidos de cópias de documentos, que apresentam informações imprescindíveis ao Boletim Individual do Paciente (BPA-I). A medida atende à Portaria 380, de 12/08/2010, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, e altera a forma de cobrança no a t e n d i m e n t o d e t o d o s pacientes dos hospitais conveniados ao SUS do Brasil. Os hospitais devem registrar o atendimento e procedimento do paciente no BPA-I em substituição ao atual, o BPA Consolidado (BPA-C). A finalidade é proporcionar melhorias na captação do r e g i s t r o , d e f o r m a individualizada e subsidiar os gestores na pactuação dos i n d i c a d o r e s d e s a ú d e , juntamente com a viabilização d a a u t o r i z a ç ã o , processamento e faturamento do HUBFS.

No Hospital Dia o novo aplicativo de gestão já é utilizado pelas enfermeiras para controle dos leitos à internação de pacientes

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Elaborar e aprovar junto ao Consun o novo Organograma e Regimento Interno do Hospital Bettina até março de 2012. É a tarefa enfrenta por gestores do Bettina que realizam encontros permanentes. A equipe é formada por membros da direção e coordenadorias, que contam com apoio do professor da UFPA Afonso Medeiros, relator do atual estatuto e r e g i m e n t o i n t e r n o d a Universidade e presidente da Câmara de Legislação e Normas do Consun.Passos - Os passos iniciais dados, seguindo orientação de Afonso, é elaborar diagnóstico do hospital com foco em três pontos: solicitação, avaliação e solução tanto no atendimento

O Hospital Bettina está i n s e r i d o n o P l a n o d e Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFPA para os anos de 2011 e 2015, que vai ser submetido à aprovação em a g o s t o p e l o C o n s e l h o Universitário (Consun).

Para ajudar na elaboração final do Plano a direção do HUBFS apresentou o Mapa Estratégico de Projetos do H o s p i t a l d u r a n t e o I I Workshop de Planejamento Estratégico, em junho, no hotel Beira Rio. O documento d e s c r e v e 1 4 p r o j e t o s envolvendo as três grandes áreas do Bettina que servem de r e f e r ê n c i a n o P a r á – O f t a l m o l o g i a , O t o r r i n o l a r i n g o l o g i a e C r e s c i m e n t o e Desenvolvimento Infantil - e m o s t r a o s r e s u l t a d o s esperados.

Com a inclusão desses

Política

Comissão elabora novo organograma e regimento

Gestão planeja ações estratégicas

Mapa Estratégico, novo Organograma, Regimento Interno e comissões internas são assuntos imprescindíveis discutidos pelos gestores

projetos significa dizer, na visão do diretor geral do Bettina, Paulo Amorim, que a Reitoria da UFPA está com atenção também voltada para o hospital e mostra a participação efetiva na construção política e estratégica da UFPA. “Vemos que o Bettina está cada vez mais integrado a UFPA. Para o próximo PDI queremos discutir o apoio institucional e a política de assistência para os hospitais

universitários. Para isso, vamos participar de todas as etapas de elaboração do Plano”.

PDI - O PDI é um documento por meio do qual a instituição diz para si mesma o que espera do futuro. É nele que a comuni-dade universitária tem oportu-nidade de lançar, tendo para si a experiência do passado e o conhecimento do presente, os caminhos a seguir como insti-tuição.

interno quanto externo e suas dimensões envolvem os níveis que há no planejamento, execução e avaliação. “O que não se enquadrar nos t r ê s p o n t o s é o b e s i d a d e desnecessária e engordam o peso burocrático. Precisamos pensar em simplicidade e economia e ter clareza que o Bettina tem como público o usuário e o aluno oferecendo u m a e s t r u t u r a q u e o s privilegiem. O ritmo do trabalho vai depender do empenho do grupo, para que as propostas sejam levadas ao Consun”, afirmou o professor. Comissões - O HUBFS reativa suas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e Ética Médica. A ação busca

aprimorar os serviços prestados a o a m b i e n t e h o s p i t a l a r beneficiando servidores e usuários. A reativação das comissões consta no Regimento Interno. A patologista Maria Cristina Celeira é a presidente da Comissão de Ética Médica. Ainda este ano a CCIH terá dirigente. Reunião – A direção participa ainda de reunião mensal com as coordenações dos serviços de O t o r r i n o l a r i n g o l o g i a , Oftalmologia e Caminhar. O objetivo é avaliar o desempenho dos serviços c l ínicos e a Coordenadoria Assistencial visando otimizar a produção dos procedimentos c l ín icos e cirúrgicos e definir metas de e x p a n s ã o d o s a t u a i s procedimentos.