Edição Nº 10 - 26/06/09

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Verdade Objectividade Isenção Director: Carlos Borges | Sexta-feira | 26 Junho 2009 | Ano 1 | N.º 10| Preço: 1 Euro | Bissemanal (Terça e sexta) | www.desportotal.pt AMANHÃ NA FIGUEIRA DA FOZ VIII Encontro de Basquetebol Moçambicano páginas 20 e 21 Manuel Fernandes “Estamos como todos os clubes em tempo de contenção” Página 4 Páginas 12 a 17 III Divisão Caldas ambiciona apenas a manutenção no campeonato Página 7 Futebol de Praia U. Leiria/O Sotão sagra-se uma vez mais Campeã Nacional Páginas 22 e 23

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Edição Nº 10 do Jornal Desportotal.

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Verdade Objectividade Isenção

Director: Carlos Borges | Sexta-feira | 26 Junho 2009 | Ano 1 | N.º 10| Preço: 1 Euro | Bissemanal (Terça e sexta) | www.desportotal.pt

AMANHÃ NAFIGUEIRA DA FOZ

VIII Encontrode BasquetebolMoçambicano

páginas 20 e 21

Manuel Fernandes“Estamos comotodos os clubes emtempo de contenção”

Página 4

Páginas 12 a 17

III DivisãoCaldas ambicionaapenas a manutençãono campeonato

Página 7

Futebol de PraiaU. Leiria/O Sotãosagra-se uma vezmais Campeã Nacional

Páginas 22 e 23

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0226 JUNHO 2009

EDITORIAL

MERECIAM

MAIS,

MUITO

MAIS!

“Seguramente se o

Campeonato Euro-

peu de Clubes se

realizasse ali para

as bandas do Rio

Douro, não temos

dúvidas - alguém

as terá ? - que os

bilhetinhos, ofere-

cidos e tudo, não

chegariam para os

pedidos!”

Costa Santos

nos têm caído os maiores e melhoreslouros, nem assim houve motivaçãopara marcar presença.Verdade - temos a nossa opinião… -que não nos pareceu ter havido umadivulgação maciça, insistente, daquelegénero de "estar a promover umqualquer produto" e quase "obrigar" aspessoas a "comprar". Foi tudo muito"soft", muito pelo básico. E quandoassim é, quando as pessoas têmpouca motivação e não são "espica-çadas", acontece o que aconteceu:alguma indiferença!Claro que não temos cultura desporti-va; claro que não temos o sentidobairrista de querer defender a nossaregião e colocá-la no top sempre queprendada por algo importante; claroque apreciamos as figuras mediáticasque temos nas várias disciplinas damodalidade mas, no seu todo, nãonos sentimos atraídos pelo espectáculoem si. Esta é a verdade e não há quefugir dela. Talvez por isso, o desejo dedescentralizar acabe por não tersentido e eventos desta grandeza, comesta dignidade, não poderão sair dasgrandes cidades. Seguramente se oCampeonato Europeu de Clubes serealizasse ali para as bandas do RioDouro, não temos dúvidas - alguém

Não se pode ficar indiferente aoslamentos de Nélson Évora e de NaídeGomes, quanto à moldura humanaque esteve no Magalhães Pessoa, nasduas jornadas do CampeonatoEuropeu por equipas..Grandes atletas, grandes campeões,habituados a grandes palcos, natural-mente que estranharam que, no seupróprio país e numa cidadezinha queraramente abraça eventos destaimportância, o palco das provas nãoconseguisse atingir, em cada jornada,meia casa de assistência. NaídeGomes, com um sorriso tímido norosto, ainda adiantou que "as pessoaspreferiram ficar na caminha", paradepois, mais a sério, deixar escapar acensura mais do que óbvia "é acultura desportiva que temos!"Com razão.Leiria recebeu um evento de extremaimportância desportiva. Doze selec-ções do que de melhor há na Europa,muitos atletas com o titulo de "melho-res do mundo" e, mesmo assim,voltou-lhe as costas.Se falássemos de futebol internacional,seguramente que o estádio tinha outramoldura a embelezá-lo. Mas não,falamos de atletismo e mesmo tendoem conta que é desta modalidade que

as terá ? - que os bilhetinhos, ofereci-dos e tudo, não chegariam para ospedidos!

Tememos que se comece a generalizar,em termos de futuras decisões, aterrível ideia de que "Lisboa e Portosão as grandes cidades e o restoé…paisagem!" Se por todo este litoral-Interior já reina a desertificação demuita coisa importante para a vida, setal acontecesse, restar-nos-ia umjoguito de futebol para entretere…muita televisão para variar!Claro que a cultura desportiva não écoisa por aí além; que não se estáhabituado a eventos que ultrapassema "mediania"; que mesmo no futebolda terra, mais do que quinhentosespectadores nas bancadas éum…êxito! Verdade tudo isto. Noentanto…este Campeonato da Europalevou Leiria a muitos cantos doMundo, deu-lhe outra dimensão decidade, outra projecção Europa fora.E a imagem de um estádio meiovazio… pouco abonou!Infelizmente!

…este Campeonato

da Europa levou Leiria a

muitos cantos do Mundo,

deu-lhe outra dimensão

de cidade, outra

projecção Europa fora.

E a imagem de um está-

dio meio vazio…

pouco abonou!

Infelizmente!

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0326 JUNHO 2009

LIGA SAGRES

Muita coisa anda por aí,no ar, e que não abonaem nada a credibilidadeque cada vez mais éimportante o futebol tenha.Pelo contrário, actos,palavras e acções têmreforçado a ideia de que ofutebol, o seu mundofechado, a sua "quinta",continua a ser poisodesejado a todo o custopor pessoas que, nãotendo possibilidade dealcançar mediatismo deoutra forma, se arvoramem candidatos a candida-tos a dirigentes para,

Ao

correr

da

Pena

jeito nem sentido. Que quis ocandidato Bruno Carvalhocom aqueles vinte minutinhosde voo? Apresentar o seuprograma? Esclarecer ossócios? Nada disso. De umaforma desajeitada, desembol-sou uns largos milhares deeuros, convidou uns quantosjornais - baptismo de voopara alguns jornalistas? - e,sem jeito nem alinhamento,disse meia dúzia de palavrasque não ficaram, seguramen-te, nos ouvidos de quemdeveriam ficar!Mas se cenas destas sepassam a "jusante", tambéma "montante" surgem coisasmenos simpáticas: o tempode antena usado por JoséEduardo Moniz para concluirque o período eleitoral é"propositadamente" curto enão permite uma avaliaçãocorrecta da situação geral dainstituição, não necessitavade tanto "suspense". Está nacara de toda a gente…No meio, no epicentro da"tempestade", Luís FilipeVieira lá vai calcorreando oseu trilho, certo e seguro que

tem apoios importantes, quejá eram e…por força dolugarzito garantido na lista,continuam a ser!É caso para dizer…"ao quechegou este Benfica"!

Domingos sempre "caiu" noBraga. Coisa esperada,muito embora nos últimosdias tivesse havido um certoruído sobre no nome de LajosBologni, tão do agrado doDirector Geral Carlos Freitas.Mas vingou o primeiro desejoe nada há a dizer. O que asgentes de Leiria não espera-vam era que Domingos viessebuscar o preparador físicoRui Santos. Mas aconteceuassim mesmo. Verdade queRui Santos tinha contrato pormais uma época, com aUnião, mas um projecto maisaliciante - certamente - e ofacto de estar ao pé de casa,terão influenciado na deci-são…O que não se esperava era areacção leiriense a essasaída. Há contrato é para

Por

Costa Santos

obviamente, usufruírem deuns minutinhos de antena e,através disso, darem o saltoda relativa obscuridade ondevivem, para a rua, para omeio do povo sempre ávidoem "tocar" nos deuses.E neste defeso curto mas"mexido", o Benfica temarrebatado os maiores"tempos de antena". Nemsempre pelas melhores razões- convenhamos-, nem semprede maneira mais correcta.Desde a decisão de Vilarinhoem aceder à antecipação doacto eleitoral até às ameaçasveladas do mesmo Vilarinhoem "ser rigoroso na triagem afazer a qualquer lista (quenão a dele, naturalmente…)que se apresente a sufrágio”.Pelo meio, aquela "deslava-da" apresentação de umoutro candidato que escolheuos seis mil metros de altitudee o conforto e segurança deum Airbus da TAP, para dizeraos jornalistas que…"vou avotos".Confesso que este tipo de"cerimónias" "cheira" a umprovincianismo bacoco, sem

Fanfarronadas meio

caminho para a derrota

E, em futebol, não é

isso que acontece…

Mas Rogério Gonçal-

ves, recem chegado

à cidade dos "douto-

res", já fez perceber

que tem o canudo

debaixo do braço,

toda a ciência meti-

da no bolso e com

ele não há bolas na

trave, penaltis falha-

dos, golos anulados

e resultados negati-

vos.

Nada pior, numa altura em que as "cartas" ainda nem estão na mesa, que fazer futurologia,prometer mundos e fundos, como se tudo, afinal, dependesse da vontade de cada um.

Por isso, não esteve commeias tintas e já avisou a "na-vegação" que "queria fazer me-lhor que o Domingos!"

"Presunção e água benta,cada um toma a que quer", dizo ditado do povo a que per-tenço. E bem verdade é. Maso "mister" Rogério Gonçalves,embalado no misticismo da Bri-osa, talvez sedento de apren-der a simbologia do "efe-rre-á" não perdeu tempo e…zás,"quero fazer melhor que o meuantecessor!"

Realmente, deveria ter to-mado as devidas precauçõese aprendido a receita impor-tante nestes casos: " uma co-

lher de chá de bom senso,outra de humildade, aindaoutra de cautela e capacidadede análise q.b.

Juntando estes ingredientesem "lume brando", e depois deconhecer muito bem o "tacho"onde o pitéu vai ser cozinha-do, poderia sonhar com aapresentação dos pratos na"mesa". Mas…também o mis-ter Rogério quis ignorar tudoisso e tratou de alindar o ce-nário, indiferente à frescura dosingredientes e, até, è eficiên-cia dos seus "ajudantes".

Por outras palavras, os seusvotos, ditos como foram ditos,são…meio caminho para a

derrota. A falta de ética acabapor se voltar contra e, depois,por mais realistas que sejam asdesculpas - e, inclusive, ver-dadeiras…- ninguém as acei-tará e todos cobrarão jurospelo incumprimento da pro-messa!

Conhecendo a Académicacomo muita gente conhece,não teria dito o que disse; fa-lando previamente com Do-mingos, não "pensaria" o quedisse; conhecendo o futebolcomo supomos conhece, nãodeveria fanfarronar coisas des-tas.

Claro que este "desabafo"de Rogério Gonçalves, apon-

tado como objectivo a atingir,não passa disso mesmo: umobjectivo. Natural, aceitávelse…fosse dito exactamentecomo "um desejo" ,"um dever"de fazer melhor do que na épo-ca anterior. Mas não: a afir-mação foi peremptória, cate-górica, "certeza absoluta". Aí o"pecado" da vaidade, coisa queem futebol é, repetimos, meiocaminho andado para a der-rota.

Veremos…

cumprir. No mundo dabola não é assim. Melhor:só é assim quando háinteresses...

Cajuda deixou o Guima-rães. Melhor: o Guimarãesprescindiu dos serviços deManuel Cajuda. Razões ?Uma entrevista dada pelotécnico que não caiu muitobem no seio das hostesvomaranenses.Não sabemos se o motivoque levou a se "entornasseo caldo" terá sido mesmoeste ou se…a paz podreque se respirava no balneá-rio ainda o campeonatodecorria, não terá levadobem mais cedo a estadecisão. Só que não haviaum motivo palpável e, daí,"aguentar".Veio a entrevista e…foi sopano mel. As partes extrema-ram-se e o "divórcio"consumou-se. O futebolanda assim. Já dizia o"outro" :" quem tem odinheiro é quem manda"!!!

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ENTREVISTA

MANUEL FERNANDES:

“Em tempo de contenção...”

Manuel Fernandes está "aoserviço". Dias de férias forampoucos ou nenhuns e, agora,há que preparar tudo para o"arranque".

Tudo… com reforços!"Temos um guarda-redes -

que não conheço mas todosme dizem ser, de facto, umbom reforço para a Liga Sa-gres - assegurado, há nego-ciações com outro e, por aí,não estaremos preocupados…"

Quer dizer que es tápreocupado com outrossectores?

"Não, nada disso. Estamosà espera que o presidente Bar-tolomeu chegue de Angola,para falarmos do que falta.Mas nada que preocupe. Te-nho duas, três ou quatro so-luções que observei no Brasil.Uma já "fugiu" - foi para oLeixões - mas há mais. Nãotemos grande pressa em resol-ver as coisas, porque o mer-cado da oferta é extenso…"

E re forços por tugue-ses?

´"É isso, temos que ter maisportugueses, há por aí muitos

Por Costa Santos

Porém, nesta fase, oque domina as aten-ções são, naturalmen-te, os reforços, as"mais valias" para umatemporada que não seantevê fácil, mesmotendo em conta que oobjectivo primeiro serásempre a "permanên-cia". A meta do costu-me, muito emboradepois, com a bola asaltitar, se queiraatingir mais e mais,subir na classificaçãoe, se possível, ficarsempre um furo acimado "melhor lugar desempre".

A temporada está à porta. Mais dez dias e… já haverá quem deite muitas gotas de suor para apurar o físi-co e preparar-se para render aquilo que muita gente está à espera: o máximo!

jogadores que querem repre-sentar a União de Leiria e pen-so que vamos construir umaequipa competitiva. Simulta-neamente estamos a tentar re-solver o problema dos que jácá estão, alguns já têm pro-postas… será uma questão de

tempo. Vamos ver. Temos quejogar sempre em função dadisponibilidade financeira daUnião de Leiria. Estamos emcontenção de despesas, todosos clubes vivem em dificulda-de e, por isso, há que ter mui-ta cabeça para não se passar

por situações de aflição. OLeiria paga certinho, nuncafaltou com as suas responsa-bilidades salariais e, por isso,teremos que ser os primeirosa entender que há que redu-zir custos…"

L imi tat ivo…"Não, não é. Dou-lhe um

exemplo: quando, na épocapassada, começámos a gastarmenos, foi nessa altura que aequipa começou a subir deprodução. Por isso não vejoqualquer relação entre o pa-gar muito/render muito. Sabe,muitas vezes é preferível acer-tar em cheio nas contrataçõesde dois ou três elementos, doque esbanjar dinheiro em meiadúzia e não beneficiarmos, emtermos qualitativos e quantita-tivos, desse investimento."

Quer dizer que a 3 deJulho o p lante l es tarácompleto?

"Não…completo não esta-rá. Até ao fecho das inscriçõeshaverá sempre lugar para maisum. É preciso saber esperare…ter sorte, procurando-a. OCarlão é um exemplo disso…"

Já teve reuniões com oSporting. Fumo "branco" ?

"Nem "branco", nem "pre-to". Estamos a dialogar. Jáfalei com o Pedro Barbosa eagora depende das condiçõesque lhes possamos oferecer,em confronto com as que ou-tros possam dar. Os empresá-rios são quem mandam…"

Estágio em Celorico da Beira

O “programa” do regresso ao trabalho, no próximodia 3 de Julho, está definido. Assim:

Dia 3 - inspecções médicasDia 4 - cont. Inspecções méd.Dia 5 - FolgaDia 6 - Trabalho de campo. Treino no Pilado e des-

canso no Hotel Cristal, na Marinha Grande.

A partida para Celorico da Beira está agendada parao dia 13 e o regresso para o dia 23.

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0526 JUNHO 2009

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0626 JUNHO 2009

LIGA SAGRES

Académica e Navalpreparam próxima temporadaConimbricenses e figueirenses tentam reforçar os respectivos plantéis, mas em tempos de crise, contençãoé a palavra de ordem. Por isso, não espanta que os reforços tardem em chegar. O estudo e as avaliações

têm que ser super rigorosas, para que as finanças não sofram nenhum abalo.

Fazendo jus à altura do anoem que nos encontramos, Aca-démica de Coimbra e Naval 1ºde Maio estão a preparar a pró-xima época desportiva. Antesdos arranques das respectivas“oficinas”, ambos os conjuntos

Eduardo Marques do centro do País estão a endi-vidar todos os esforços para for-marem plantéis fortes, ambici-osos, e com reforços que au-mentem a qualidade dos mes-mos. Ainda assim, para já, nãohá muitas definições nesse ca-pítulo. Fruto dos problemas fi-nanceiros quase gerais nos clu-

bes de futebol, tanto os “estu-dantes” como os “figueirenses”estão com dificuldades em en-contrar as melhores alternati-vas, olhando à relação preço/qualidade.

Com Rogério Gonçalves aoleme, a Briosa só confirmou ofi-cialmente uma contratação

para a época que se avizinha.Trata-se de Jonathan Bru, mé-dio defensivo francês de 24anos que foi formado no Ren-nes, e que representou na últi-ma temporada o Istres, dos es-calões secundários do futebolgaulês. Em cima da mesa, nestemomento, está o regresso dePaulo Sérgio. Se o novo técni-co der o aval, o médio brasi-leiro que na temporada tran-sacta esteve cedido ao Al-Etti-faq (Arábia Saudita), vai inte-grar o plantel. Do plantel queconquistou a melhor classifica-ção de sempre da “Briosa” dosúltimos 25 anos, deixarão defazer parte Boris Peskovic (rumaao Cluj, da Roménia), NunoPiloto (irá representar os gre-gos do Iraklis) e Carlos Saleiro(regressa ao Sporting após em-préstimo). Existe, porém, maisjogadores que poderão deixarCoimbra, casos de Markus Ber-ger, Júlio César, Pedrinho (in-teressa a vários clubes alemães,entre eles, o Hannover). O mé-dio ganês William Tiero tam-bém pode seguir outro caminho,uma vez que tem clubes inte-ressados, e pode significar um

bom encaixe financeiro para oscofres da Académica.

Na Figueira da Foz, o co-mandante da nau continuará aser o mesmo, Ulisses Morais, eas mexidas no plantel tambémnão deverão ser muitas. O or-çamento é limitado, e apenashaverá alguns reajustamentos.Para já, estão confirmadas asentradas de Kalidou CoulibalyYero, ponta de lança senega-lês de apenas 17 anos, e queimpressiona pelo seu porte atlé-tico (1,94 metros de altura e 90kg de peso), que representouna temporada transacta o Is-tres, de França, e também deBourama Ouattara, médiofrancês de 24 anos, que repre-sentava o Châteauroux, tendoestado emprestado ao Beau-vais. A grande maioria doplantel da época passada tran-sitará para este ano, sendo deregistar as prováveis saídas dePaulão, um dos esteios daequipa navalista, sendo inclu-sivamente o capitão de equipa,de João Real e ainda de JoãoRibeiro.

Na cerimónia deapresentação deRogério Gonçalves – jácom Pedro Romasentado na cadeira damesa principal, comonovo mister dosguarda-redes – opresidente da Académi-ca-OAF, José EduardoSimões, nas palavrasque proferiu, não secansou de vincar anecessidade da equipademonstrar, ao longoda temporada, “traba-lho e garra”.

AcadémicaNaturalmente que o sétimolugar conseguido porDomingos, é uma “pesadaherança” que não deixa deter alguma influência no“discurso” inicial.Em futebol, o importanteé melhorar a produtivida-de e, como tal, alcançarmetas superiores às daépoca finda. Não serátarefa fácil, mas…é umobjectivo a atingir.Deitando mão a umpassado de história,Eduardo Simões foidizendo que “os 70 anos

de história ()…) são umincentivo para preparar anova época e que será aoitava no escalão máximodo futebol português. Nosúltimos dois anos tivemosalguém que fez a equipacrescer e lhe deu umanova forma de trabalharque agora vai ser amadu-recida por RogérioGonçalves e a suaequipa. Faço um agrade-cimento público aDomingos Paciência, éjusto reconhecê-lo, masagora vamos amadurecer,

continuar a trabalharmuito. Podemos não teros melhores atletas a nívelnacional, mas seremoscertamente aquela equipaque irá trabalha com maisexperiência, mais dinâmi-ca, mais garra. Vamoscontinuar a lutar pelamelhor classificaçãopossível desde o primeirojogo.”Referindo-se a RogérioGonçalves, EduardoSimões acrescentou:“Ele gosta dos jogadoresque a Académica tem,

tem confiança neles. Issoé fundamental para quehaja um espírito delealdade e solidariedadee uma grande vontadepara puxar pelos adep-tos. Há atletas que já

deram muito, maspodem dar aindamuito mais!”Refira-se que aAcadémica começaráa trabalhar no dia 6de Julho.

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0726 JUNHO 2009

III DIVISÃO

NOTÍCIAS:

Caldas ambiciona

manutenção na III DivisãoO Caldas Sport Clube, equipa que na época anterior conseguiu a manutenção na III Divisão na última jorna-

da, já começa a planear a época 2009/2010 com o mesmo objectivo: trabalhar para a manutenção.Para isso, conseguiu renovar com a grande maioria dos jogadores e vai tentar manter

o mesmo número de jogadores.

Paulo Alexandre Teixeira

Para além de manter a maioria dosjogadores, o clube das Caldas vai con-tratar três jogadores, todos eles regres-sam a uma casa que conhecem: o de-fesa Bruno Francisco, que estava noPortomosense; Fábio Sabino, que es-teve no Rio Maior, e o guarda-redesDiogo Soares, que na época anterior

PRESIDENTE VÍTOR MARQUES

Orçamento

é de 45.000 EUROSEm relação ao começo dos trabalhos para a época 2009/2010, já existeuma data marcada: 1 de Agosto. O estágio será na zona das Caldas daRainha, e em relação ao orçamento, o presidente da direcção, Vítor Mar-ques, afirma que não tenciona gastar mais do que na época passada,podendo até sofrer uma redução de 10 a 15 por cento: "Não tencionamosgastar mais do que 4000 euros por mês em despesas com jogadores eequipa técnica. Ao todo, desejamos e esperamos que o orçamento anualdesta época não ultrapasse dos 45 mil euros".

estava ao serviço do Beneditense. Emrelação a dispensados, Gila não con-ta mais com os serviços dos jogadoresBruno Silva, João Abreu e Pequerru-cho. Também está prevista a promo-ção de um jogador vindo do planteljúnior.

"O nosso objectivo é a manuten-ção na III Divisão nacional. Consegui-mos manter a maioria dos jogadores,sendo que as entradas servem para col-matar os lugares onde estamos maisfracos. Ainda por cima são regressos.",declarou Gila.

Em relação ao começo dos traba-lhos para a época 2009/2010, já exis-te uma data marcada: 1 de Agosto.

O estágio será na zona das Caldasda Rainha, e em relação ao orçamen-to, o presidente da direcção, Vítor Mar-ques, afirma que não tenciona gastarmais do que na época passada, po-dendo até sofrer uma redução de 10 a15 por cento: "Não tencionamos gas-tar mais do que 4000 euros por mêsem despesas com jogadores e equipatécnica. Ao todo, desejamos e espe-ramos que o orçamento anual destaépoca não ultrapasse dos 45 mil eu-ros".

No clube da capital termal, o

treinador Gila deseja ter à

sua disposição entre 23 a 24

jogadores no plantel princi-

pal, no sentido de permane-

cer o "núcleo duro" da equi-

pa, para tentar alcançar de

novo o objectivo da manuten-

ção com a maior tranquilida-

de possível, evitando os

percalços como o que acon-

teceu na época que findou,

onde só se manteve na última

jornada, contra o Torres

Novas.

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MARINHENSE:

Balanço da época de subida

08 26 JUNHO 2009

II DIVISÃO B

Paulo Alexandre Teixeira

Após seis temporadas na III Divisão, o Marinhense conseguiu no final de Maio a subida à II Divisão B,ao classificar-se na segunda posição na Série D, contra adversários como o Sertanense, o Sporting de Pombal,

o Gândara e o Benfica de Castelo Branco.

No clube da cidade vidreira, existem duas pessoasque são os obreiros deste feito histórico: o treinadordos seniores, José Petana, e o presidente do clube,Hélder Fernandes.Neste balanço da época que terminou e como lança-mento para a próxima temporada, o Desportotalentrevistou a ambos, abordando todos os aspectosdo clube, desde a parte desportiva até à partefinanceira, discutindo também o novo formato da IIDivisão B, agora no novo modelo de três séries de16 equipas cada. Uma conversa franca, honesta eaberta, onde se faz a radiografia do clube.

Hélder Fernandes, pre-sidente do Marinhense:

"Vamos ter de trabalhar odobro para ficar nos lugaresde não-descida"

Esta foi uma época quecorrespondeu às vossas ex-pectat ivas?

Antes de responder a essapergunta, quero antes fazer a re-trospectiva do que foi o traba-lho desta direcção. Quandoassumi a direcção deste clube,em 2003, primeiro em Comis-são Administrativa e mais tardequando formei uma direcção,

era um clube que estava numasituação não muito favorável emtermos financeiros, apesar dehoje ter melhorado um pouco,embora sem que os principaisproblemas não terem sido resol-vidos. O clube viveu momentosde glória no passado, mas nosúltimos anos, o clube teve de re-duzir as despesas de forma apoder sobreviver.

Foi nessa altura que nossurgiu a ideia de fazer um pro-jecto a médio e a longo prazono sentido de dentro de cincoa seis anos, conseguíssemossubir de divisão.

Este era o tal ano dasubida?

Não, não era. Preparamosa época no sentido de conse-guir fazer uma época tranqui-la, mas no íntimo, sabíamosque caso a situação apareces-se, não iríamos desperdiçá-la.Foi o que aconteceu este ano.

Que orçamento é quevocês tinham?

Era reduzido. Não conhe-ço os orçamentos das outrasequipas, pois só conheço omeu. Agora uma coisa é cer-ta: eu sabia que, aquilo quese gastou neste grupo de tra-balho, foi bem gasto. E não foisó para o grupo de trabalho,foi também para outras situa-ções, pequenos pormenoresque as pessoas normalmentenão se lembram. Posso dizer-lhe que o grupo de trabalhotinha disponível na época quefindou um orçamento da or-dem dos 75 mil euros.

Felizmente tivemos um bomgrupo de trabalho, aliás, que-ro ressalvar que o sucesso sedeve a esse grupo de traba-lho, que as condições nem

sempre foram as melhores,nem sempre houve a possibili-dade de cumprir para com elesaquilo que foi combinado.Contudo, foi um trabalho sé-rio, honesto, feito por jovens queestão aqui porque gostam doclube, diz-lhes alguma coisa, ecom uma equipa técnica queconhece bem o plantel e quevai na quarta época no clube.Portanto, acho que foi aí quefoi a chave do sucesso parachegarmos onde chegamos.

E agora em 2009/2010, vão encarar um de-safio diferente: uma novadivisão, com outro quadrocompeti t ivo, com outrosobject ivos. Cont inua aapostar na prata da casa?

A época é completamentediferente nos aspectos da or-ganização, é certo. A filosofiadesta equipa técnica e do Atlé-tico Clube Marinhense vai con-tinuar a ser a mesma, logica-mente com os devidos ajusta-mentos. E quando falo emajustamentos, não falo em co-meter loucuras. Vamos mantera aposta nos atletas de forma-ção, e nestas situações nemsempre é fácil alcançar os ní-veis competitivos que se pre-tendem numa competiçãocomo esta. Vamos também pro-curar atrair os atletas da zona,pois não temos a possibilida-de orçamentária de atrair osatletas de fora desta região.

E vai haver alguma mo-dificação significativa emtermos orçamentais?

Não, absolutamente nada.O orçamento que iremos fazerserá acompanhado com as re-ceitas que hão de aparecerpelo facto de estarmos na II Di-visão. Por exemplo, se tivermosmais cinco ou dez por centode receitas, o orçamento teráum aumento igual. Caso nãohaja um aumento de receitas,manteremos o mesmo orça-mento.

E em relação ao plan-te l?

Em relação ao plantel,manteremos o mesmo númerode atletas, porque a maior par-te deles assinou um contratode dois anos connosco, e énessa base que nós iremos tra-balhar, manter o grupo de tra-balho e fazer contratações ci-rúrgicas, no sentido de colma-tar as vagas daqueles queeventualmente saírem.

O treinador disse quevão começar a época a 27de Julho. É verdade?

Apontamos para essa data,mas há factores externos á nos-sa organização que ainda noscolocam dúvidas sobre esseassunto, como o caso da utili-zação do Estádio Municipal.Eu penso que a Câmara vaidesenvolver todos os esforçospara que o estádio esteja aonosso dispor nessa data, logo,espero que não haja proble-mas no sentido de começar ostrabalhos do dia marcado.

Mudando de assunto:como está a decorrer o

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0926 JUNHO 2009

II DIVISÃO B / NATAÇÃO

processo do Campo daPortela?

Olhe, esta é uma situaçãoque, quanto a mim, anda a ar-rastar-se há tempo demais.Mas infelizmente, as coisas sãoassim, estas demoras aconte-cem por diversos assuntos.Neste momento o processo estáem andamento, não na velo-cidade que nós desejávamos,no sentido de acompanhar osnossos desejos e expectativas.Contudo, estou convencido,porque tudo indica para isso,que no início da próxima épo-ca a nossa formação não co-mece o ano no Campo da Por-tela, mas sim em instalaçõesmais dignas.

E em relação ao novomodelo competitivo da IIDivisão B, qual é a sua opi-nião? Um campeonato com16 equipas, em três zonas,onde descem os quatro pi-ores classificados…

Vou falar daquilo que vi nopapel, pois não tenho uma ex-periência directa de uma situ-ação semelhante. Para mim, seos clubes envolvidos pertence-rem a distâncias mais aproxi-madas, provavelmente terá

maior vantagem em termos dereceita e despesa. Neste mo-delo, segundo parece, na nos-sa zona, cada equipa terá quese deslocar pelo menos portrês vezes aos Açores. Logica-mente, não é só a deslocaçãoque cria problemas, mas tam-bém quando estas vieram aoContinente, as receitas serãomenores. Hoje em dia, nenhumclube pode colocar nos seusorçamentos as receitas dos jo-gos, pois estes são ridículos.

Quanto ao modelo docampeonato, traz-nos algunsproblemas, porque repare,uma equipa como a nossa,que faz "das tripas, coração",para tentar estar ao nível dasoutras, pode caso joguemoscom o modelo anterior, corre-mos o risco de ficar em sétimolugar e depois de descer dedivisão, por causa do modeloadoptado. Como no nossocaso não podemos entrar emloucuras orçamentárias, vamoster de trabalhar o dobro paratentar ficar nos lugares de não- descida. Penso, e espero,que tenhamos grupo para isso.Com muito trabalho e sacrifí-cio, penso que isso irá acon-tecer.

NATAÇÃO

Paulo Martins bi-campeão

nacional de MastersO Ginásio não pára! Mesmo num fim-de-semana em que tudo e todos

dentro do clube estiveram vocacionados para o Grande Encontro, a classe deMasters de natação participou em Coimbra nos 11ºs Campeonatos Nacionais

- Open de Portugal.

E trouxe 19 medalhas,sendo 2 de ouro, 5 de pra-ta e 12 de bronze.

Resultado excelente,dado ter competido com ad-versários nos quais estasclasses se encontram con-solidadas há anos, enquan-to no Ginásio é relativa-mente recente, estando ain-da em fase de expansão.

Estes Campeonatos reu-niram 298 nadadores repre-sentando 39 clubes, dosquais 4 espanhóis.

Paulo Martins salientou-se pelas duas vitórias (50 e100 metros mariposa) noescalão dos 40 aos 44anos, mas todos os outros

nadadores ginasistas contribu-íram para o êxito desta parti-cipação: Ana Rolo, João Pe-laio, Cláudia Reis, Paula Al-

meida, José Neto, Carla Lei-te, Gabriela Cardanho,Hugo Rocha e João Furet.

Page 10: Edição Nº 10 - 26/06/09

1026 JUNHO 2009

III DIVISÃO

Portomosense em trabalhos

a partir de 1 de Agosto

Cid Ramos

A pré-época do Portomosense começa a 1 de Agosto, com o estágio a ter lugar em Porto-de-Mós.Os jogos de preparação ainda não estão marcados.

A subida à terceira Divisão implicauma maior concentração dos dirigentesdo Portomosense, e uma planificaçãomais cuidada da parte do treinador, RuiBandeira. Apesar de o plantel não estarfechado, estando em fase de negocia-ções, já há algumas confirmações rela-

tivamente aos atletas que vão ingressarno Portomosense versão 2009/2010.

Quim Quim deixa o relvado, paratrabalhar como chefe do departamentode futebol. O veterano de 34 anos termi-na assim em grande a sua carreira aoserviço do Portomosense, conseguindo asubida e mantendo-se no clube numcargo de grande importância. Miranda,

outro veterano da “equipa da subida”,deixa o futebol e, presumivelmente, nãoterá nenhum cargo. Por fim, Morgado,que tencionava “arrumar as botas” estaépoca, ainda está em negociações, se-gundo Rui Bandeira.

Diogo Jorge, ex-Marrazes, será umdos reforços do clube de Porto de Mós.Quanto a futuras contratações, ainda

não há nada confirmado, mas em tem-pos de crise a solução passa pela... for-mação.

E está prevista a promoção de qua-tro júniores, segundo Quim Quim, queem conversa ao DESPORTOTAL admiteque o clube está no bom caminho.

“O Portomosense tem jovens de muita qualidade!”- afirma Quim Quim, anunciando um futuro risonho para o Portomosense

Joaquim Ricardo Pereira, ou“Quim Quim” no mundo doFutebol, é dos poucos jogadoresque se pode gabar de terminar acarreira numa época de ...subida. Arrumando as botas nocacifo, o ex-médio do Portomo-sense não deixa, no entanto, obalneário. Após a ascenção doPortomosense à Terceira DivisãoNacional de Futebol, QuimQuim viu-se a braços com outramissão, desta feita fora dosrelvados. Com o curso de nível2 de treinador, já está a encami-nhar os sub-13 da equipa dePorto de Mós, e é também oChefe de Departamento deFutebol. Com a pré-época àvista, o novo membro da direc-ção do Portomosense já está apreparar a próxima temporada,juntamente com o Treinador RuiBandeira. Quanto ao futuro doclube, o objectivo é liquidar opassivo e encaminhar a equipade Porto de Mós a uma divisãode maior visibilidade.

Dos distritais até aos nacio-

nais... Como sentiu a época da

subida?

“Foi com grande alegria, ganhámos

o campeonato. Tinha esperança de fa-zermos a dobradinha. Lembro-me de

quando comecei em sénior o Portomo-sense estava na distrital, conseguimosganhar o campeonato e a Taça. No meuúltimo ano tentei fazer o mesmo, mas fi-quei-me pela metade.”

E já sabia que ia ser a últimaépoca como jogador?

“Já, tinha ponderado muito com aminha família, que chegou a altura dedizer adeus ao futebol, como jogador,porque são muitos anos a jogar futebol,desde os 16 anos. E todos os dias a trei-nar, optei por um ponto final na carreirade jogador e dedicar-me com mais cal-ma e menos stress como treinador dascamadas jovens e chefe do departamen-to de futebol. “

Foi uma bela despedida dos rel-vados...

“Gostei imenso de termos vencido ocampeonato. Estava tudo programado

“Houve um ou outro jogador

que foi embora, o tempo é de

crise. Não é só no Portomo-

sense, mas acaba por ser o

que nos interessa. Temos um

orçamento muito reduzido,

mesmo em termos de distri-

tais. Haviam cerca de 5 ou 6

equipas com um orçamento

superior ao nosso.

Tiago Ramalho

Page 11: Edição Nº 10 - 26/06/09

1126 JUNHO 2009

III DIVISÃO

Portomosense aposta

na continuidade

DIOGO JORGE É REFORÇO

A AD Portomosense prepara a época2009/2010, tendo em vista a manuten-ção no escalão terciário do futebol por-tuguês, após na última época ter con-quistado o título distrital da divisão deHonra da AF.Leiria.

A direcção presidida por Luís Costa,garantiu as permanências de Emanuel,Dário, Vitor Vinhas, Luís Correia, Jack-son, Hugo Almeida, Elton, Juliano, Fer-raz, Gigas, Mota, René, Rodrigo, PedroOrfão, Paulo Correia e Pedro Rodrigues.

Ao que apurámos, o lateral esquer-do Morgado, afinal deve permanecer noclube. Já o guarda-redes Sérgio podeestar de saída para um clube da 2ªdivi-são, mas até ao momento ainda não

existe fumo branco, em relação a estaquestão. De saída, estão Quim-Quim(passa para o departamento de futebol)eMiranda (terminam a carreira) e Joel(Guiense).

São promovidos à equipa sénior, JoãoGrazina, Afonso, Ricardo Rodrigues eFilipe Silva. No que diz respeito a refor-ços, o médio Diogo Jorge, é o únicoconfirmado. O ex-jogador do Marrazes,vai desta forma, dar um salto na suacarreira, para um campeonato nacional,após várias temporadas no clube do con-celho de Leiria.

Cid Ramos

para ser uma grande festa. A final daTaça ia ser num bom campo, a equipamerecia a vitória, fomos melhores, maso futebol é isto...”

Agora como Chefe do Departa-mento de Futebol, digamos que éa continuação de um vício...

“Sim, acaba por ser. Este ano era paraser apenas treinador dos sub-13 do Por-tomosense, treinador duas vezes por se-mana, ter competição ao sábado, semstress. Mas o presidente acabou por pres-sionar-me, dizia que tinha de ser, queera importante eu me manter no clube. Eàs tantas convenceu-me e portanto voutambém ocupar essa função.”

Quais foram as preparaçõespara o cargo?

“Acho que a preparação prende-secom os anos de futebol. Tenho mais de20 anos federado e de tanta experiên-cia, acabamos por nos preparar, ver to-dos os anos o que os outros fazem. Eacho que essa é a melhor preparação.”

E que funções vai desempenharao certo?

“Acompanhar a equipa, ser um elode ligação entre a equipa técnica, jo-gadores e direcção. Apesar de, naqualidade de capitão, eu já fazer essatarefa. Mas é essencialmente prepararo plantel, já para o ano, juntamentecom o presidente e com o mister Ban-deira.”

Digamos que o papel que tinhacomo jogador, no balneário, vaipermanecer...

“Era uma das condições que o presi-dente queria, como vou eu sair, o Mor-gado, o Miranda, os jogadores experi-entes, que fique um pouco o que vem de

trás. Uma das coisas que os jogadoresdizem ao chegar ao Portomosense é quetem uma grande recepção, são muitoacarinhados e os jogadores mais vetera-nos têm grande papel nesta inserção.Então como fica só o Hugo, dos maisantigos, o presidente optou por me acon-selhar a ficar e ir acompanhando. E as-sim o “bichinho” continua, também!”

Como está a organização doPortomosense?

“Temos o presidente, que é o chefemaior, cuja ideia é ele não ficar nadaligado ao futebol. Temos o director des-portivo, que juntamente comigo, vaiacompanhar a equipa, a sua prepara-ção e o que for preciso para a direcção.E além disso temos o professor Bandei-ra.”

Relativamente ao plantel, pre-vêm-se alterações?

“Houve um ou outro jogador que foiembora, o tempo é de crise. Não é só noPortomosense, mas acaba por ser o quenos interessa. Temos um orçamento mui-to reduzido, mesmo em termos de distri-tais. Haviam cerca de 5 ou 6 equipascom um orçamento superior ao nosso. Eeste ano, tempo de crise, tem de ser as-sim. Ainda vamos reduzir em cerca de40% o orçamento.”

Já se sabe quem sai e quementra?

“Em termos de saídas, temos o Mor-gado, o Miranda, sai um ou outro miú-do que escolheu sair. Mas o que eu pen-so é que não temos muitas aquisições.O que há é miúdos com muito valor evontade de ganhar. Além dos ex-junio-res que temos, que trouxeram muita qua-lidade, temos quatro juniores que vão

subir e que podem acrescentar mais aofutebol do Portomosense.”

A sua influência como antigocapitão pode também ajudar os jo-vens...

“Sim, eles dizem-me isso. Mas eu es-tou lá sempre para ajudar e nisso elesrespeitam-me bastante.”

Como está a correr a prepara-ção da pré-época?

“Temos o plantel quase fechado, pen-so que faltam no máximo dois jogadorespara definir. Juntamente com o profes-sor Bandeira, já temos a planificaçãopara a época toda. Pensamos começardia 1 de Agosto. Já temos alguns jogosde treino marcados, contra equipas daregião, como o Marrazes, possivelmenteo União da Serra.”

À pouco falou da crise finan-ceira... Prevêm-se melhorias parao Portomosense?

“Não acredito. Nem no Portomosen-se, nem em outro clube. Desde há qua-tro anos que esta direcção tomou contado Portomosense, e quando chegaramtinham um défice muito grande, e opta-ram por cortar radicalmente nos orde-nados para equilibrar as contas. E pen-so que nestes quatro anos já reduziramem metade o passivo. Espero que dentrode dois anos fique tudo completamente

liquidado, para pudermos apostar emmais qualquer coisa.”

III Divisão... Quais são as ex-pectativas?

“Sabemos que vai ser díficil, mas osobjectivos passam por ficar nos seis pri-meiros. Tentar conseguir a manutençãologo na primeira fase do campeonato. Éa única certeza. Se ficarmos, não des-cer. Nós temos má experiência neste tipode campeonatos, porque no ano emque descemos, estávamos a um pontode lutar por subir e acabámos por des-cer. Tinhamos 16 pontos de avanço so-bre a equipa que estava atrás de nós emesmo assim descemos. Apesar das di-ficuldades, até em termos orçamentais,sabemos também que temos uma equi-pa muito jovem, com média de idadesde 23 anos, mas com muito valor. OProf. Bandeira é uma mais valia, pois émuito bom a trabalhar nos jovens. E jáque a direcção decidiu apostar na for-mação, foi uma aposta certeira. O Mistersabe muito bem trabalhar com miúdose este ano foi a prova disso. Ganhá-mos cerca de 6 ou 7 jogadores titularese sabemos que dá para contar comeles.”

Então a formação do Portomo-sense está bem encaminhada...

“Acho que é relativo, porque ela podeir muito bem encaminhada, e não havervalores. E neste momento a formação viveà custa de jogadores da zona. Não va-mos buscar ninguém, à excepção de umou outro jogador fora. E eu penso queestas últimas fornadas de juniores, prin-cipalmente a última e esta, podem acres-centar muito à equipa.”

E há sonhos a longo-prazopara a equipa de Porto de Mós?

“Estes próximos dois anos são fun-damentais para estabilizar e equilibrar.E talvez, quem sabe, nós consigamosfazer mais qualquer coisa. Apesar de euachar que o lugar do Portomosense é a2ª Divisão B, Terceira Divisão no máxi-mo. Nunca nos distritais.”

Desde há quatro anos que

esta direcção tomou conta do

Portomosense, e quando

chegaram tinham um défice

muito grande, e optaram por

cortar radicalmente nos orde-

nados para equilibrar as

contas. E penso que nestes

quatro anos já reduziram em

metade o passivo.

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1226 JUNHO 2009

ATLETISMO

Reportagem de Paulo Teixeira e Tiago Ramalho

O Campeonato da Europa de Equipas foi

um filme no qual não se previa um final

feliz para a Selecção Portuguesa. Com as

12 melhores Selecções ao nível Europeu,

três seriam relegadas para a I Liga. Ape-

sar do esforço dos atletas portugueses, o

nono lugar necessário para assegurar a

manutenção não foi conseguido, ficando-

se pela 11ª posição.

Ainda assim, os 200 pon-tos alcançados espelham aevolução da Selecção e a for-ma intensa como foram dispu-tadas as provas. A Alemanhafoi a grande vencedora, ultra-passando a Rússia. A Grã-Bre-tanha, uma das selecções fa-voritas, acabou por ficar como “bronze”. Em termos indivi-duais, grande campanha deNélson Évora, ao conseguir oprimeiro lugar no Triplo Salto,euma boa marca no Salto emComprimento. Naide Gomes,a favorita ao Salto em Com-primento Feminino destacou-sedas adversárias, assegurandoo “ouro”. Rui Silva, outra dasgrandes figuras de Portugal,superou toda a concorrêncianos 1.500 metros.

Mas vários recordes Nacio-nais foram batidos no Dr. Ma-galhães Pessoa, pelo que estacompetição foi uma mais-valiapara os atletas nacionais. EvaVital, atleta do Arneirense, con-seguiu bater o recorde nacionalde Juvenis e Juniores nos 100mBarreiras femininos, com umhonroso quarto lugar. De lem-brar que esta jovem atleta temsomente 16 anos e já competecomo.. gente “muito” grande!

Dany Gonçalves conseguiuuma excelente marca de 10.39

Apesar do esforçoCAMPEONATO

DA EUROPA DE

EQUIPAS SPAR 2009

segundos, nos 100 metros dasua série. Também em corrida,nos 4x100m estafetas, os atle-tas nacionais mostraram-se emgrande nível, ao bater o recor-de nacional, tanto em femini-nos como masculinos.

O PÚBLICO

Um evento desta magnitu-de pedia bancadas cheias,sem um único lugar vazio, commilhares de pessoas a enver-garem as bandeiras dos seuspaíses. No entanto,a realida-de foi bem diferente. A estima-tiva aponta para 18 mil pes-soas no estádio, no total dosdois dias. Só uma bancada fi-cou cheia, pintada na suamaioria pelas cores de Portu-gal. Outros países estavam re-presentados, mas em claraminoria. Apesar disto, os adep-tos portugueses vibraram coma modalidade e não somentecom os seus heróis, e a provadisso foi a constante exultaçãopelos grandes resultados des-portivos dos “concorrentes”.Em especial, o grande feito dofrancês Lavillenie, no salto comvara. Toda a gente no estádiode olhos fixos no atleta, à me-dida que cavalgada para a gló-

A COMPETIÇÃO

Os dois dias de competição (n.d.r.: Sábado 20 e Domingo 21 de Junho) foram marcadospelas elevadas temperaturas, pelo que os horários das provas talvez não tivessem sido osideais. Ainda assim, uma boa organização, apesar de algumas falhas “menores”. Uma dassituações foi relativa ao Salto Triplo em femininos. Após o salto da atleta alemã, consideradonulo, foi limpa a caixa de areia, mesmo antes da atleta verificar a decisão. Esta acçãodespertou algum mau estar, mas foi prontamente resolvida. Algo mais negativo, mas nãodirectamente ligado à organização, prende-se com as novas regras impostas. Na prova dos3.000 metros, ao chegarem à volta de eliminação, os atletas foram “forçados” a combaterpor um avanço de metros, provocando a queda de dois atletas, que lutavam para não seremeliminados.

Portugal mostrou estar à altura de organizar competições de elevada importância, no quetoca ao atletismo, e certamente que este Campeonato da Europa não será o último evento ater lugar no nosso País. Leiria está também de parabéns pelas óptimas condições à práticadestas modalidades.

ria, salto magistral e...a euforia!

Nota negativapara os “assobios”a Philips Idowu,concorrente di-recto ao lugarcimeiro do Tri-plo Salto, ondeo “nosso” Nél-son garantiuuma excelentevitória. O saltador portuguêsfoi, aliás, um agitador, arran-cando sempre do público gri-tos, aplausos e incentivos.

Ainda assim, a forma comofoi composta a bancada, mis-turando atletas com especta-dores, foi interessante. Váriascaras conhecidas do atletismonacional marcaram lugar, in-clusivamente Tiago Marto, de-catlonista português com umfuturo promissor.

Num computo geral, aprestação levada a cabo pelopúblico presente foi positiva,apesar de alguma “timidez”inicial em se faz ouvir. Todosos que estavam nas bancadascumpriram o seu papel de es-pectador, adepto e incentivoextra para os atletas.

Um evento desta

magnitude pedia

bancadas cheias, sem

um único lugar vazio,

com milhares de pessoas

a envergarem as bandeiras

dos seus países. No entanto,a

realidade foi bem diferente. A

estimativa aponta para 18 mil

pessoas no estádio, no total dos

dois dias. Só uma bancada ficou

cheia, pintada na sua maioria

pelas cores de Portugal.

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1326 JUNHO 2009

ATLETISMO

o o destino estava traçado!

OS CONSAGRADOSNÉLSON ÉVORA

O português voadorNélson Évora, atleta olím-

pico medalhado, campeão domundo em triplo salto, entreoutros títulos, foi um dos hé-rois portugueses, ao saltarbem longe para os 12 pontosque ajudaram Portugal a so-nhar. 17.59m foi o seu melhorresultado no Domingo, em tri-plo salto, mas não fosse aquelesalto nulo e.... poderia ter “vo-ado” ainda mais alto!A marcados 18 metros não andou lon-ge.

Após ter dado uma ajudaà Selecção, saltando em com-

primento (conseguindo até osegundo lugar, ficando atrásdo espanhol Eusebio Cáceres,por 6 centímetros), no salto tri-plo, face à concorrência dePhillips Idowu, atleta britânicoe vice-campeão olímpico, o“Português Voador” não se fezde rogado, e entre saltos bas-tante competitivos e renhidos,finalmente conseguiu a marcaque o destacou como vencedor.Sempre efusivo, pedindo aopúblico mais e mais apoio, oportuguês foi um dos mais aca-rinhados pelos espectadores.

NAIDE GOMES

A “ilusionista”Só os melhores conse-

guem transformar umadistância de 6 metros emalgo mínimo...

E Naide Gomes éuma dessas pessoas.Com uma óptimamarca de 6.83m, aatleta portuguesaultrapassou ac o n c o r r ê n c i acom enorme cate-

goria, no sal-to em com-pr imen to .Com muita

luta e muitoesforço.

Em segundo lugar,ficou a atleta russa, Olga Ku-

cherenko, com a marca de6.73m. 10 centímetros basta-ram para separar a campeãlusitana da sua adversária rus-

sa. Mas além de saltar, NaideGomes também correu, con-seguindo um grande resultadona prova de 4x100m estafetasem conjunto com Sónia Tava-res, Carla Tavares e Eva Vital,batendo o recorde nacional,algo que suscitou enorme eu-foria e felicidade, não só nasatletas como também no pú-blico.

RESULTADOS SALTO EM

COMPRIMENTO:

1º Ensaio: 6.562º Ensaio: 6.83

3º Ensaio: 6.774º Ensaio: 6.63

4x100m estafetas: 44:76s

RESULTADOS SALTO EM

COMPRIMENTO:

1º Ensaio: 7.662º Ensaio: 7.863º Ensaio: 7.804º Ensaio: 7.94

RESULTADOS TRIPLO

SALTO:

1º Ensaio: 17.472º Ensaio: 16.953º Ensaio: 17.59

4º Ensaio: nulo

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1.º Alemanha, 326,52.º Rússia, 320

3.º Grã-Bretanha, 3034.º França, 3015.º Polónia, 289;6.º Itália, 278;

7.º Ucrânia, 265,58.º Espanha, 2579.º Grécia, 216,5

10.º República Checa, 213,511.º Portugal, 20012.º Suécia, 138

Page 14: Edição Nº 10 - 26/06/09

1426 JUNHO 2009

ATLETISMO

QUADRO DE RESULTADOS

Sábado, 20 de Junho

MASCULINOS

MARTELO1º - Nicola Vizzoni (ITA) 78.15 metros11º - Dário Manso (POR) 66.62400 METROS BARREIRAS1º - David Greene (GBR) 49,26 segundos10º - Edivaldo Monteiro (POR) 51,22SALTO EM ALTURA1º - Yury Kerymarenko (UKR) 2.31 metros12º - Paulo Gonçalves (POR) 2.05PESO1º - Tomasz Majewski (POL) 20.81 metros9º - Marco Fortes (POR) 19.07400 METROS PLANOS1º - Tim Benjamin (GBR) 45.57 segundos9º - João Ferreira (POR) 46.66100 METROS1º - Dwain Chambers (ING) 10.072º - Francis Obikwelu (POR) 10.201500 METROS1º - Rui Silva (POR) 3:42.07SALTO EM COMPRIMENTO1º - Eusébio Cáceres (ESP) 8.002º - Nelson Évora (POR) 7.945000 METROS1º - Mo Farah (GBR) 13:43.01 segundos5º - Rui Pedro Silva (POR) 14:08.664X100 METROS1º - Itália 38,77 segundos4º - Portugal 39,02 (recorde nacional)

FEMININOS

SALTO COM VARA1º - Monika Pyrek (POL) 4,70 metros10º - Sandra-Helena Tavares (POR)4 . 2 5TRIPLO SALTO1º - Teresa Nzola Meso Ba (FRA) 14.40 metros8º - Patricia Mamona (POR) 13.50100 METROS1º - Emily Freeman (GBR) 11.428º - Sónia Tavares (POR) 11.57DISCO1º - Nataliya Semenova (UKR) 61.58 metros11º- Liliana Cá (POR) 47.41800 METROS1º - Yuliya Kervsun (UKR) 1:58.62 segundos10 º - Sandra Teixeira (POR) 2:02.003000 METROS PLANOS1º - Gulnara Galkina-Samitova (RUS) 8:46.883º - Inês Monteiro (POR) 9:00.83400 METROS BARREIRAS1º - Anna Jesien (POL) 54,52 segundosPatricia Lopes (POR) - desqualificada3000 METROS BARREIRAS1º - Antje Moldner (GER) 9:32.65 segundos4ª – Sara Moreira (POR) 9:43.99DARDO1º - Christina Obergfoll (GER) 68.59 metros12ª – Silvia Cruz (POR) 50.30400 METROS1º - Libania Grenot (ITA) 51.16 segundos11ª Maria do Carmo Tavares (POR)55 .094X100 METROS1º - Russia 43,35 segundos7º - Portugal 44,70 (recorde nacional)

OS ATLETAS NACIONAIScentímetros de o igualar. O seu melhor salto atingiu os 7metros e 94 centímetros, contra os 8 metros do espa-nhol. Já o terceiro classificado chegou aos 7 metros e91.

4x100m estafetas:Dany Gonçalves, João Ferreira, Arnaldo Abrantes e

Francis Obikwelu conseguiram um fantástico 2º lugar econsequente recorde nacional.

400 metros barreiras:Edivaldo Monteiro, na sua última corrida individual

pela Selecção Nacional, ficou-se pelo 10º lugar, contraadversários mais velozes e certamente mais frescos. Comum tempo de 51.22 segundos, ficou à frente da Espa-nha e da Suécia. Ainda assim, o seu mérito extendeu-setambém às estafetas de 4x400 metros.

FEMININOS

Triplo:Patrícia Mamona, atleta portuguesa, conseguiu uma

boa marca no salto triplo, ao atingir os 13 metros e 50.A concorrência foi feroz e a atleta francesa, Teresa Nzolaassegurou a sua melhor marca da época, com 14 me-tros e 40.

100m: Sónia Tavares, apesar do seu óptimo terceiro lugar

na série, não foi além do 8º na geral. Ainda assim, umaóptima prestação da atleta nacional, em grande esforço.

4x100m estafetas:Naide Gomes, Sónia Tavares, Carla Tavares e Eva

Vital asseguraram uma óptima marca nacional, supe-rando o recorde nacional. Com óptima passagens, bonsarranques, as portuguesas percorreram no total, os 400metros em 44:76s.

400 metros barreiras:Com a melhor marca pessoal de sempre, Patrícia

Lopes conseguiu atingir o segundo lugar na sua série,com 56.88 segundos. Na geral, conseguiu o 7º lugar,que não sendo um resultando brilhante, é marcado pelaboa prestação.

400 metros:Maria Carmo Tavares não foi além do 11º lugar,

numa prova com muitos recordes batidos pelas diversasatletas. Ainda assim, a portuguesa conseguiu ficar à frenteda sueca Moa Hjelmer, com 55.09 segundos.

3000 metros obstáculos:Sara Moreira, numa fantástica prova, repleta de es-

forço e resistência, conseguiu agarrar o quarto lugar,com o fantástico tempo de 9 minutos, 43 segundos e 99centésimos.

3000 metros:Inês Monteiro em mais uma grande prova de atletis-

mo, dos 3000 metros. Conseguindo um lugar no “pó-dio”, a portuguesa ficou somente atrás da russa Gulna-ra Galkina-Samitova e da polaca Sylwia Ejdys. A suamarca, de 9:00:83 espelha a excelente prova e com issoos 10 pontos para Portugual.

800 metros:Sandra Teixeira, com a sua melhor marca da tempo-

rada, conseguiu o 10º lugar, ficando à frente da polacaRenata Plis e da sueca Sofia Öberg. A portuguesa, com2:02:00, ofereceu mais 3 pontos esforçados a Portugal.

Lançamento Disco:A Portuguesa Liliana Cá conseguiu somente um lan-

çamento, com a marca de 47.41 metros. O seu segun-do lançamento foi nulo e assim, o 11º lugar teve debastar. Ainda assim ficou à frente da russa Olesya Koro-tkova.

MASCULINOS

Lançamento do Martelo:Dário Manso não foi além do 11º lugar, recolhendo

somente 2 pontos para a Selecção Nacional. Com umensaio a atingir os 66.62 metros, marca escassa com-parativamente ao primeiro classificado, o italiano Nico-la Vizzoni (76.44 no primeiro ensaio e 78.15, a melhormarca do dia), e o segundo ensaio a sair nulo, as aspi-rações do português morreram cedo.

100 metros:Francis Obikwelu conseguiu uma óptima prestação,

e apesar do arranque lento, influênciado pela nova re-gra que impossibilita qualquer falsa partida, o portuguêsconseguiu mesmo a sua melhor marca do ano, com10.20 segundos, estando no entanto longe do primeiroclassificado no geral, o britânico Dwain Chambers, quecorreu os 100 metros em 10.07 segundos. Em terceirolugar ficou Emanuele Di Gregorio, atleta italiano, quebateu o seu recorde pessoal, com 10.21 segundos.

100 metros, série 2:Dany Gonçalves, o atleta madeirense conseguiu uma

óptima prestação nos 100m da sua série, ao bater todaa concorrência, e terminando com um fantástico tempode 10.39s. Em segundo lugar ficou o francês EmmanuelNgom, com 10.50 e em terceiro o Grego Yeóryios Kout-sotheodórou com 10.58. Também deu uma “perninha”nas estafetas de 4x100m, conseguindo destronar o anti-go recorde nacional.

400 metros:João Ferreira foi mais um dos atletas nacionais a

ultrapassar “barreiras”. Apesar do seu quarto lugar, afas-tado do “pódio”, o atleta português bateu o seu recordepessoal, fazendo os 400 metros em 46.66 segundos.

1500 metros:Rui Silva, um dos hérois Portugueses presente no Es-

tádio Dr. Magalhães Pessoa esforçou-se por alimentar osonho da Selecção Portuguesa em permanecer na SuperLiga, e com uma prova fantástica conseguiu arrancar o

primeiro lugar a Diego Ruíz, de Espa-nha e Yoann Kowal, de Fran-

ça.Salto em Altura:Paulo Gonçalves não

conseguiu saltar além doúltimo lugar. Com um pri-

meiro ensaio positivo, asuperar a marca dos 2

metros e 5, quando aparada subiu para os2 metros e 15, foi in-

capaz. Com três saltosnulos, acabou por ficar-

se pela última posição.Salto em Compri-

mento:Nélson Évora, em prova

“emprestada”, mostrou a suacapacidade fantástica devoar sobre a pista e com uma

excelente marca (a sua melhorda época), conseguiu o segun-do lugar, atrás do espanhol Eu-sebio Cáceres e à frente do gre-go Loúis Tsátoumas. Em qua-tro saltos, Nélson chegou mes-mo a ameaçar a hegemoniado espanhol, mas ficou a 6

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1526 JUNHO 2009

ATLETISMO

EDIVALDO MONTEIRO, ATLETA DE 400M BARREIRAS E 4X400 ESTAFETAS

“Disse adeus à Selecção!”

O resultado não foibrilhante...

“Estamos na SuperLiga, é muito complicado.Mas esta prova marcou-mepor ser a minha últimacompetição pela Selecção,entre os melhores atletas daEuropa e também do Mun-do, em alta competição.Ainda assim fizemos umaboa prova, tentamos lutarao máximo pela nossa Se-lecção e acho que foi umorgulho para os especta-dores.”

E relativamenta oteu futuro...

“Passa por alguns pro-jectos meus, mais pesso-ais. Provavelmente para oano vou fazer competições,de nível mais baixo, mastalvez passe também porcontinuar no atletismoatravés de outros cargos,para me manter neste des-porto que adoro. Mas aalta competição está forade questão.”

Foi a última vez que colocou o brasão lusitano ao peito e correu pelo país

e ainda assim, o seu futuro não será afastado do atletismo...

QUADRO DE RESULTADOS

Domingo, 21 de Junho

MASCULINOS

SALTO À VARA1º - Renaud Lavillenie (FRA) 6.01 metros

10º - Edi Maia (POR) 5.35TRIPLO SALTO1º - Nelson Évora (POR) 17.59 metros110 METROS BARREIRAS1º - Andy Turner (GBR) 13.42 segundos

12º - Luis Sá (POR) 14.33DISCO1º - Piotr Malachowsky (POL) 66.24 metros

11º - Jorge Grave (POR) 49.55800 METROS1º - Manuel Quesada (ESP) 1:47.76

10º - Fábio Gonçalves (POR) 1:49.453000 METROS1º - Jesus España (ESP) 8:01.73 segundos

6º - Manuel Damião (POR) 8:12.30200 METROS1º - Dwain Chambers (GBR) 20.55

2º - Arnaldo Abrantes (POR) 20.62DARDO1º - Mark Frank (GER) 78.63 metros

10º - Elias Leal (POR) 68.823000 METROS OBSTÁCULOS1º - Moustafa Mohamed (SWE) 8:28.09

Alberto Paulo (POR) eliminado4X400 METROS1º - Grã-Bretanha 3:00.82

11º - Portugal 3:08.08

FEMININOS

MARTELO1º - Anita Wlodarczyk (POL) 75.23 metros

11º - Vânia Silva (POR) 61.36SALTO EM ALTURA1º - Ariane Friderich (GER) 2.02 metros

12ª - Marisa Anselmo (POR) 1.80PESO1º - Nadine Kleinert (GER) 19.59

11º - Maria Antónia Borges (POR)15 .46200 METROS1º - Yuliya Gushchina (RUS) 23.01 segundos

7º - Sónia Tavares (POR) 23.82100 METROS BARREIRAS1º - Lucie Skrobarova (CZE) 12.94 segundos

10º - Eva Vital (POR) 13.66SALTO EM COMPRIMENTO1º - Naide Gomes (POR) – 6.83 metros1500 METROS1º - Anna Alminova (RUS) 4:07.59 segundos

7ª – Sara Moreira (POR) 4:12.945000 METROS1º - Dolores Checa (ESP) 15:28.87 segundos

5ª - Dulce Félix (POR) 15:47.374X400 METROS1º - Rússia 3:25.25

9ª – Portugal 3:36.15

As novas regras têmgerado alguma contro-vérsia...

“Eu não concordo nemdiscordo. Penso é que asequipas é que se têm dementalizar, porque estas re-gras estão presentes, e ne-cessitam de trabalhar paraconseguirem competir se-gundo os novos moldes.”

Uma análise à Se-lecção?

“Muito positiva. Nósviemos preparados paradescer, mas batemos mui-tos recordes pessoais enacionais, o que é fantás-tico. Temos atletas muitojovens, com uma capaci-dade tremenda, e achoque o futuro é risonho. Vi-mos de um país com tal-vez 10.000 atletas federa-dos, contra outras potên-cias que tem muito maisatletas e mais condições.Basta olhar para os paí-ses que competiram aqui,estão as 12 melhores se-

lecções da Europa. Ape-sar de tudo isso, competi-mos com muita garra eacho que somos motivo deorgulho para a Selec-ção.”

O público..“Foi fantástico, puxou

por nós desde o príncipioao fim, independentemen-te de corrermos à frenteou atrás”

SARA MOREIRA

“Podia ter feito melhor marca!”

Como é que te sen-tes após este resultado?

“Estou contente. Apesarde achar que podia ter fei-to uma marca melhor. Estámuito calor, muito sol, aprova em si é muito difícil eextenuante. Foi feita de for-ma mais lenta, eu poderiater disparado melhor naúltima volta, mas é com-plicado contra atletas quefazem grandes tempos. Te-nho de estar contente.”

Quais eram as ex-pectativas?

“Depois de ter visto aselecção, sabia que havia6 atletas muito fortes. Asoutras estavam ao meunível e eu sabia que con-seguia subir alguns luga-res, apesar de estar a com-

Atleta dos 1500 metros femininos, classificada no 7º lugar, bateu o seu recorde pessoal.

petir contra atletas teorica-mente mais rápidas.”

Que análise faz daSelecção?

“Acho que, acima detudo, o espírito da equipa éexcelente. Todos estão a lu-tar por uma tarefa muitocomplicada. Tenho vistoatletas a ultrapassarem osseus limites, e quando as-sim é, o resultado passa parasegundo plano. Porquemais ninguém, para além denós, sabe o que custa estarali e penso que têm feito umgrande trabalho a honrar onosso País e as pessoas têmde estar orgulhosas.”

As novas regras?“Sou contra. Acho que

é mau para o desporto,

mau para os atletas, maupara o atletismo. Dizemque é bom para o espec-táculo, mas eu discordocompletamente. Eu achoque não, no caso do meio-fundo, acho até uma pa-lhaçada. Tive também ahipótese de ver a prova dos5000 masculinos e achouma injustiça. Qualqueratleta merece ir até ao fi-nal, todos dão o seu me-lhor, e ainda por cimanuma competição onde sedebateram as 12 melhoresselecções da europa, achoque deviam deixar os atle-tas competir até ao final.Houve várias situações, nocaso do Daniel, se fossenuma prova normal, tal-vez conseguisse chegar atéa um quarto lugar.”

O futuro?“O meu grande objec-

tivo desde o início da épo-ca é o Campeonato doMundo de Berlim, para oqual tenho treinador bas-tante bem. Antes, tenho ocampeonato do mundouniversitário, para o qualquero estar bem prepara-da, quero fazer o meumelhor e tentar vencer. Tam-bém porque se não forpara ganhar, com o espí-rito de conseguir a vitória,não vale a pena participar.Depois tenho os jogos daLusofonia, que são umagrande competição tam-bém em Portugal, e voutentar dar o máximo, tam-bém pela Selecção, paratentar ganhar uma meda-lha.”

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1626 JUNHO 2009

ATLETISMO

ARNALDO ABRANTES, CORREDOR DOS 4X100M ESTAFETAS E 200M

“Conseguimos o record nacional!”

Como se sentem ao con-seguir este grande resultado?

“Bastante bem. Esta provafoi bastante difícil, foi necessá-rio muito esforço mas consegui-mos bater o recorde nacional,o que é fantástico.”

Como vêem a prestaçãoda Selecção?

“Está a haver muitas surpre-sas pela positiva, conseguimosgrandes lugares. Estamos entre

Individualmente conseguiu o 2º lugar, no cômputo geral das séries. Nas estafetas bateu o recorde nacional, juntamente com

Francis Obikwelu, Dany Gonçalves e João Ferreira.

as 12 melhores Selecções daEuropa, o que por si é muitodifícil, mas acho que estamos aconseguir boas prestações. Jásabíamos que ia ser difícil amanutenção na Super Liga, masacho que Portugal está no bomcaminho.”

Que análise fazes aos no-vos moldes da competição?

“Eu acho que, em termosde espectáculo, é bom. As fal-

sas partidas são boas, paratornar mais justo e espectacu-lar. Apesar de achar que al-gumas provas têm de ser re-vistas, como a do meio-fundo,em que a Espanhola acaboumesmo em primeiro lugar mastinha sido desclassificada an-teriormente. Provoca algumaconfusão e isso não é bompara os atletas que estão napista. Mas em geral, acho queé um bom modelo.”

E relativamente ao futu-ro...

“Em termos de Portugal, achoque temos possibilidades, um diaestar entre as 10 melhores Se-lecções Mundiais. Temos gran-des jovens talentos, a progredire estamos a montar uma gran-de equipa. Alias, tem-se vindoa provar aqui, com boas mar-cas. Em termos pessoais, agoraé tentar fazer uma boa presta-ção no Campeonato do Mundonos 200 metros e fazer uma boaestafeta.”

Entrevista a ArnaldoAbrantes após o segundolugar no geral dos 200m

Mais um bom resultadopara a Selecção e mais umagrande prestação. Como tesentes?

“Sinto-me bem, tentei dar omáximo possível. Foram pontosimportantes para Portugal espe-rava fazer uma prova, sabia queia fazer uma boa marca. Fizbons resultados para o Campe-onato do Mundo, estou muitosatisfeito.”

As expectativas antes daprova, foram cumpridas?

“Acho que estamos a supe-rá-las. Como já dissemos, es-

tão aqui as 12 melhores equi-pas da Europa, uma Super Liganunca é fácil, sabíamos que iaser difícil, mas acho que os re-sultados estão a ser positivos.”

Como vês o futuro daselecção?

“Acho que é muito promis-sor. Temos grandes talentos, jo-vens muito bons na velocidade,no salto, enfim, em todas as mo-dalidades. Ainda agora o recor-de de juvenis e juniores nacio-nal foi batido, pela Eva Vital, oque é fantástico. Mostra que otalento está lá, é preciso é ex-plorá-lo e desenvolvê-lo aomáximo.”

E relativamente às no-vas regras?

“Isso será falado pelos téc-nicos. Na velocidade, pelo queme diz respeito, não há gran-des alterações, as falsas parti-das, mas já nem pensava emfazê-las. Mas em outras pro-vas, como no meio-fundo, tal-vez seja necessária uma revi-são.”

Uma análise global àtua prestação...

“Muito boa e a caminharpara melhor!”

PATRÍCIA LOPES:

“Estou a crescer”400m barreiras: 2º lugar, com o tempo de 56.88

Como te sentes apóseste resultado?

“Sinto-me muito bem. Jádevia ter alcançado este re-sultado, mas é sinal que es-tou a crescer e espero cadavez fazer melhor.”

Quais eram as ex-pectat ivas antes dacompetição?

“Queria baixar os 57. Asprovas têm-me corrido bem,fiz uma boa ponta final e comoestou muito rápida, senti que

era possível baixar a marca quetinha. Consegui e foi óptimo!”

Como aval ias a tuaprestação?

“Foi boa, mas podia tersido melhor. Tranquei ali numasérie de barreiras e

sinto que podiater feito melhor

se isso não ti-vesse acontecido.

Mas já não foi mau, conseguibater o meu recorde pessoal.”

E que análise fazes àprestação da Selecçãoneste Campeonato?

“Não tenho visto os resul-tados, pois quando os meuscolegas participaram estava noaquecimento, a preparar-mepara a minha prova mas agoraque já fiz o meu trabalho, pos-so prestar mais atenção. Portu-gal está numa posição difícil,mas talvez seja possível...”

Provas futuras?“Ainda não sei, por ago-

ra estou concentrada nesteCampeonato da Europa. De-pois, logo se verá.”

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1726 JUNHO 2009

ATLETISMO

OS CONSAGRADOS

RUI SILVA

O Guerreiro

Em 3:42:07, uma óptimamarca, o guerreiro lusitanoconseguiu superar vários ad-versários na última volta, apósuma enorme demonstração deesforço, vontade e garra. Pe-rante todos os que o observa-vam atentamente, de coraçãonas mãos, gritando de euforiapara o incentivar, Rui Silva nãodefraudou as espectativas e foimais um dos hérois que per-mitiu à Selecção Nacional so-nhar com a permanência naSuper Liga.

Em entervista ao DESPOR-TOTAL, o meio-fundista portu-guês mostrou a confiança nassuas capacidades e aspira pe-los lugares cimeiros no pódiodo atletismo mundial.

Como te sentes apóseste resultado?

“Sinto-me bem, o objecti-vo era dar o máximo pela Se-lecção. Foi conseguido, gra-ças também a este públicomagnifico. Consegui o primei-ro lugar, foi um bom resulta-do. E espero também que opúblico tenha gostado do es-petáculo, porque é um privilé-gio ver todos estes grandesatletas, as 12 melhores naçõesda Europa, e não é todos osdias que vêm cá.”

Quais eram as expec-tativas antes da prova?

“Sabia que estava bem,que a prova ia ser bastantedifícil. Começou de forma mui-to lenta, como eu previa, e naparte final muito rápida e es-tas provas são bastante difíceis,porque toda a gente que lá estáluta para ganhar. Não se faza selecção natural entre ape-nas um, dois ou três atletas.Mas eu sentia-me bem, e con-

Rui Silva, meio-fundista português, mostrou no passado fim-de-

-semana que quem sabe nunca esquece e na prova dos 1.500

metros, sob um calor abrasador, conseguiu uma prestação fan-

tástica, dando os 12 pontos a Portugal.

segui acabar bem a prova, oque foi fantástico.”

Uma prova posi t iva,então..

“Sim, bastante positiva.Consegui a vitória, é bom paramim, mas ainda mais impor-tante, é bom para Portugal.”

Como é competir numaprova com estes novosmoldes?

“A minha prova não foi pro-priamente afectada pelos no-vos moldes, mas talvez a pro-va possa incutir mais espectá-culo nas competições, apesarde afectar talvez negativamen-te alguns atletas. Mas acabapor ser bom para o espectá-culo, as pessoas vêm cá paraassistir ao espectáculo e pen-so que pode proporcionar umagrande festa e boa competi-ção.”

Retrospect iva da épo-ca. . .

“Esta temporada foi marca-da pelo objectivo que tracei dechegar ao Campeonato doMundo, na prova de 1.500metros. Neste momento estátudo bem encaminhado. Tinhaos objectivos de pista cobertae este campeonato também.Consegui, alcancei a vitória,e espero chegar ao campeo-nato do mundo, ser finalista etalvez conseguir a vitória.”

Para Rui Silva, o futuropassa por...

“O futuro passa pelo Cam-peonato do Mundo. Como jádisse, está tudo bem encami-nhado, tenho treinador paraisso, estas provas têm-me cor-rido bem e espero mesmo che-gar aos lugares cimeiros.”

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1826 JUNHO 2009

ESCOLINHA “FOOT IN”

Fernando DesportoPequenos Jogos, Unipessoal lda.

Tel.: 236 098 035Tm.: 964 392 677Rua da Figueira da FozEdifício Fonte Nova, Lj. F3100-334 PombalEmail: [email protected]

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Ao contrário do queacontece nas categoriasmais velhas de formação,onde se incutem termostécnicos e tácticos aosjogadores, aqui o maisimportante é a aprendiza-gem dos valores maisbásicos, como o prazerde jogar futebol e orespeito pelos adversári-os, como afirma o treina-dor das escolinhas,Ricardo Dinis.

Ricardo, como é que selida com jogadores de oitoanos de idade?

Basicamente é conhecer onível de desenvolvimento deles.Nestas idades, sabemos que te-mos de lidar com muita brinca-deira, pois o nível de concentra-ção destes miúdos é muito bai-xo. Neste aspecto, o que interes-sa é variar o mais possível emtermos de exercícios. Fundamen-talmente, interessa mais é queestes miúdos se divirtam, porqueestar a treiná-los como se faznoutras categorias, de formarcampeões, seria estar a deformá-los enquanto pessoas. Queremosincutir valores, como aceitar asdecisões dos colegas, respeitar asdecisões dos demais intervenien-tes, e acima de tudo respeitar asregras de conduta instituídas,sabendo que devem cumprir.

E quando eles vão jo-gar, que ideia é que lhes

“Treiná-los só para formar campeões

seria estar a deformá-los como pessoas”A Escolinha “Foot In”, de Pombal, fundada há três anos por Pedro Roma, actual treinador de guarda-redes da Académica de Coimbra,tem este ano quatro equipas inscritas na Associação de Futebol de Leiria, mais concretamente nas categorias de Escolas e Escolinhas.

ESCOLINHA “FOOT IN” FUNDADA HÁ TRÊS ANOS POR PEDRO ROMA

Paulo Alexandre Teixeira

transmite antes de pisaremo relvado?

Primeiro que tudo, que sedivirtam. Depois que se lembremdaqueles princípios, daquelespormenores que andamos a tra-balhar durante a semana, e doqual fazemos determinadas con-dições, para que depois, de cer-ta forma, evoluam. O importan-te, nestas idades, é não dar muitainformação a estes miúdos emtermos técnicos e tácticos, e tra-balhar mais no “jogo da bola”,como a marcação individual, eajudar o companheiro em situ-ações como a perda de bola ea posse de bola, ocupar o es-paço vazio. E isso, com maiorou menor dificuldade, eles con-seguem fazer. E também tem de

haver consciência que estes jo-gadores podem ter um bom jogonum dia e um mau jogo nou-tro. É um processo de sistemati-zação que vai demorar o seutempo.

Nesta categoria já se de-finem posições no campo,como nas categorias maisvelhas?

Nós aqui não falamos emposições de campo por ummotivo: é a politica desta es-cola de futebol que não tenhanenhum jogador específicopara uma posição no campo,pelo menos nesta categoria. Oque fazemos? Nos treinos, ro-damos os jogadores. Por exem-plo: todos passam pela posi-ção de guarda-redes, primei-ro por uma questão de forma-ção, pois é importante famili-arizar com todas as posiçõesno campo. Depois, para elesse apercebam da dificuldadeque é estar nesta posição es-pecífica, para que aceitemmais facilmente o erro do co-lega quando este tenha o azarde cometer um “frango”, porexemplo. E eles aceitam muitobem esse facto, sem gozar oumandar “bocas” ao colega. E

por fim, porque ainda é muitocedo para que se definam po-sições em campo. Claro, seaparecer algum atleta quequeira ser só guarda-redes,nós não vamos dizer que não,devia passar pela posição deavançado. Mas tal coisa ain-da não aconteceu.

Só por curiosidade,quanto tempo dura um jogode escolinhas?

Um jogo nesta categoria,nas escolinhas, tem quatro pe-ríodos de dez minutos cada um.Não há nenhum regulamentotécnico - pedagógico que defi-ne isso, algo que na minha opi-nião de treinador, deveria exis-tir, para evitar situações que sevêem por aí, como é ter 12 mi-údos na ficha de jogo, e só jo-gar os mesmos cinco nos qua-tro períodos de tempo. Há miú-dos que podem não ter muitotalento, e só jogam poucos mi-nutos, e os mais talentosos jo-gam mais tempo apenas peloobjectivo da competição, o quenão deve ser assim nesta cate-goria. Aqui, o objectivo é: pri-meiro, valorizar os que treinammais. Esses jogam mais tempoque os outros, independente-mente do talento que tiverem. Edepois, fazer um equilíbrio en-tre aqueles que tem talento ina-to e aqueles que se esforçampara jogar bem, para que to-dos joguem o mesmo períodode tempo. E acho que temos fei-to isso com algum sucesso.

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1926 JUNHO 2009

ESCOLINHA “FOOT IN”

Qual foi a razãopelo qual inscreveramas vossas categoriasna Associação de Fu-tebol de Leiria?

“Jogando todos os fins-de-semana,

ganham ritmo competitivo”

“Gosto de futebol e… fiquei!”Hugo GonçaloSimões tem noveanos e é um dostreze jogadores daEscolinha Foot In,na categoria deEscolas, entre asdezenas quefrequentam estaAcademia. Estáaqui há cerca deum ano, gosta dejogar a médio -centro e de marcargolos.

Hugo, estás aquihá muito tempo?Comecei a jogar noano passado, atravésdo meu pai. Comogosto de futebol,fiquei aqui, e sempreque o treinador mechama, estou a jogar.

Costumas jogarem que posição?Médio-centro

E gostas de jogar?Gosto.

Esta é a posiçãoque preferes?É.

Mas já jogastenoutras posiçõesem campo.

Na Escolinha Foot In, de Pedro Roma,Paulo Guilherme é o coordenador da esco-la, enquanto que o seu patrono estiver maisenvolvido nas actividades de jogador pro-fissional da Associação Académica deCoimbra. Ele explicou à Desportotal asrazões pelas quais se decidiu, no anopassado, inscrever as equipas de Escolas eEscolinhas nos campeonatos da Associaçãode Futebol de Leiria. Uma experiênciacompensadora, afirma.

Já, já joguei. Mas gostomais de jogar ondeestou.

Vocês jogam comuma menina, aKeila. Como é jogarcom ela?É bom. Pensávamos deinício que nos ia preju-dicar, afinal não. Aténos ajudou a marcargolos e a ganhar algunsjogos.

Recordas-te qualfoi o melhor goloque marcaste?Foi quando jogueicontra o União deLeiria, aqui. Eu estavano meio campo, adefesa deles tinhachutado a bola para afrente, ela veio paramim, chutei com força,ela foi para o ar, eentrou entre o guarda-redes e a baliza.

A razão tem a ver coma actividade dos miúdos.Uma vez que estes miúdosprecisam de ritmo compe-titivo, achamos por bem

eles jogarem todos os fins-de-semana durante trêsmeses, para terem umaideia do que é a competi-ção. Quando não estáva-mos inscritos, fazíamos osnossos próprios torneios,mas depois chegamos áconclusão que estandoinscritos competitivamen-te, retiraríamos muito maisvantagens.

Inscreveram-se pelaprimeira vez no anopassado. Que conclu-sões estão a retirardesta experiência?

Basicamente, notamosque a evolução dos miú-dos foi maior. Jogandotodos os fins-de-semana,passaram a ter um maiorritmo competitivo, algoque não iam conseguir

jogando entre si. Paraalém desses, tínhamos ossub-13, que não estãoinscritos este ano por fal-ta de jogadores. E temosos Bambis, com cinco eseis anos, que ainda não

podem ser inscritos nascompetições da Associa-ção de Futebol de Leiria,e aí fazemos os nossospróprios torneios, para queeles terem uma ideia dacompetição.

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2026 JUNHO 2009

BASQUETEBOL

VIII Encontro de Basquetebol

Moçambicano na Figueira da Foz

Mundo Slam está de volta, emmais uma iniciativa arrojadapara relembrar as “velhas glóri-as” do Basquetebol de Moçambi-que e também a fabulosa equipado Ginásio Figueirense da épocade 1976/77, quando conquista-ram tudo o que havia paraconquistar, desde campeonatonacional até à Taça de Portugal.

O próximo fim-de-semana vai ser de Basquetebol, na Figueira da Foz.

Três anos após o último encontro,que foi caracterizado pelo enorme su-cesso que assegurou, não só pelos na-turais da Figueira da Foz mas tam-bém de todo o país, este ano prometeser ainda melhor.

Por Tiago Ramalho

agendados também vão levar todos osantigos jogadores mostrar as qualida-des que não ser perderam com o tem-po.

O 8º Encontro de Basquetebol Mo-çambicano não é, no entanto, parauma pequena elite de glórias. É aces-sível para todos os que quiserem pas-sar um fim-de-semana de convívio,desporto e muita história.

A concentração será feita no Pavi-lhão Jorge Galamba Marques, e teráinício às 14h45. Cinco jogos estãoagendados, sendo o último um desa-fio entre jovens atletas e antigas estre-las. Entre as partidas, irão decorrer di-versos concursos para animar os pre-sentes.

Para além do basquetebol, tambémestá organizado um torneio de mini-ténis em pares mistos, no domingo,que promete reunir todos os interveni-entes numa competição amigável e di-vertida.

Samuel Carvalho a “estrela” do evento

Como um dos organizadores ecujo nome se insere na sigla“MundoSlam”, este ex-basquete-bolista, que iniciou a sua carrei-ra em Moçambique, jogando noFerroviário, e fez parte da equi-pa do Ginásio Figueirense naépoca de ouro de 1976/77,conversou com o DESPORTOTAL,numa viagem ao passado enuma antevisão do que espera atodos os que forem presenciar o8º Evento de Basquetebol Mo-çambicano.

“Fui um jogador privilegiado”

Começemos pelo ínicio. Anos60, Moçambique... Basquetebol.Porquê esta modalidade?

“O basquete em Moçambique era amodalidade querida! O Basquete suplan-tava, na altura, o próprio futebol. Aliás,o basquete, o hóquei eram as duas mo-dalidades de maior preferência da juven-tude moçambicana. Grandes nomes dobasquete nacional partiram destas ori-gens. Falando neles posso dizer MárioAlbuquerque, considerado por muitoscomo o melhor jogador de Basquetebolde sempre português. E mais tarde oCarlos Lisboa, também de origens mo-çambicanas.”

Figueira, contra os homens, e foi assimque se tornou uma grande jogadora.”

Em Moçambique ganhou vári-os títulos mas qual foi o melhormomento?

“Bons momentos foram vários. Euposso-me considerar um jogador privili-gado, porque nos quatro anos da mi-nha formação como atleta, em três anosfoi campeão de moçambique, mais tar-de subi aos seniores e depois fui por duas

Como descreve a sua experiên-cia em Moçambique?

“As minhas raízes estão lá todas, osmeus pais já lá nasceram e como todo ojovem tinha a ambição de ser jogadorde basquete. Nas ruas tinhamos tabelaspregadas nas árvores e era normal quemuitos jovens, de tenra idade, começas-sem a praticar desde cedo na rua. Quemcorresse a avenida de Lourenço Marquespodia ver vários campos, e foi assim quecomecei a praticar a modalidade.”

Fez muitos amigos, também...“Sim, era natural. Os amigos foram

todos do bairro. Eu comecei um poucotarde o basquete federado, só aos 15anos. Mas já jogava nas ruas desde pe-queno. Eu penso que hoje devia ser im-portante que os jovens começassem apraticar a modalidade nas ruas. “

Acha então que se perdeu aideia de ir para os ringues jogarbasquetebol?

“A Figueira, apesar de tudo, continuaa ser um centro onde se gosta muito doBasquete. A própria Ticha Penicheiro,grande atleta portuguesa e a jogar naWNBA, começou a dar os seus primeirospassos no campo das traseiras aqui na

Com uma projecção de “datashow” em pleno pavilhão, a organi-zação vai permitir aos presentes revi-ver os “velhos tempos”. Os jogos

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2126 JUNHO 2009

BASQUETEBOL

PROGRAMA DO VIII ENCONTRO

SÁBADO14h45 – Concentração no Pavilhão Jorge Galamba Marques (G.C.F)15h15 – Primeiro Jogo: “Mufanas” X “Moleques” (Masculinos)15h50 – Concurso Surpresa 116h00 – Exibição Cadeira de Rodas16h15 – Segundo Jogo: “Chonguilas” X “Tombazanas” (Femininos)16h50 – Concurso Surpresa 217h00 – Terceiro Jogo: “Catembes” X “Bazucas” (Masculinos)17h35 – Concurso Surpresa 317h45 – Quarto Jogo: “Real Sociedade” X “Misto LM” (Masculinos)18h20 – Concurso “Bola do Dinheiro”18h35 – Quinto Jogo: “Xiconhocas” X “Canganhiças” (New Stars) (Masculinos)20h00 – Concentração Pavilhão Jorge Galamba Marques (G.C.F)20h15 – Partida com destino a Quiaios20h30 – Jantar Convívio – Restaurante “Rosa Náutica”

DOMINGO08h45 – Concentração – Ténis Clube da Figueira da Foz09h00 – Mini-Torneio de ténis (Pares Mistos)11h00 – Distribuição de Prémios12h15 – Concentração Pavilhão Jorge Galamba Marques (G.C.F)12h30 – Partida com destino a Paião12h45 – Almoço de convívio – Restaurante “O Peleiro”

vezes campeão nacional de moçambi-que. Portanto posso-me considerar umatleta priviligiado. Mas talvez a minhaprimeira internacionalização tenha sidoo meu melhor momento. Foi num jogocontra o Brasil, nos jogos Luso-Brasilei-ros. Acho que ainda tinha idade de juni-or quando cheguei à selecção principal.”

Após Moçambique... a Figueira!“Sim, em 76', devido ao que se pas-

sava em África. E muitos de nós tivemosa opção de ir para Portugal. E assim foi.Graças ao Ginásio Figueirense fez-seaquela equipa fantástica que conseguiuganhar tudo o que havia para ganharnaquela época dourada do basquete fi-gueirense, em 1976/77. Nesse ano ga-nhámos o campeonato regional, o cam-peonato distrital, o Nacional e a Taça dePortugal.”

Foi então, verdadeiramente, a“Época de Ouro” para o Basque-tebol figueirense e até Nacional...

“De facto foi uma época que galva-nizou toda uma cidade. Quem não fos-se com uma hora de antecedência já nãoentrava no pavilhão. Toda a cidade dafigueira, arredores e até muitas cidadeperiférias, vinha para ver esta equipa. Sómais tarde tive a noção do impacto queesta equipa teve nos amantes do bas-quetebol, ao conversar com pessoas que

não residiam na Figueira da Foz mas ti-nham a equipa do Ginásio Figueirenseno coração.”

Qual foi o jogo que mais omarcou?

“O jogo mais marcante, e que pensoter sido decisivo na nossa conquista, foina minha primeira época pelo Ginásio.Depois de termos perdido por uma mar-gem de 3 pontos com o FC Porto, nasAntas e se ganhássemos os outros doisjogos fora, contra o Sangalhos, uma equi-pa bastante forte, a única com um joga-dor estrangeiro, e contra a Académica,seriamos campeões. E o jogo de Sanga-lhos era fundamental para as nossas as-pirações. Penso que foi a nossa melhorexibição. Fizemos uma primeira parte deluxo, ao intervalo já tinhamos 60 pontosmarcados. E portanto, toda a equipa foimuito forte e na minha óptica foi o me-lhor jogo da equipa do Ginásio.”

Eventualmente termina a carrei-ra como atleta... mas não aban-dona o basquete!

“Bem, após deixar o Ginásio aindajoguei noutros clubes, como o Olivais.Depois dessa fase tive o convite de trei-nar uma equipa de basquete, o SportingFigueirense. Fui treinador durante vári-os anos, tanto na equipa sénior comonos escalões de formação.”

Relativamente ao Mundo Slam,como é que surgiu?

“O Mundo Slam foi ideia de um co-lega nosso, que faz parte desta organi-zação. Os encontros já existiam, masnão havia nenhuma forma de divulgarna internet. Ele teve a ideia e fomos en-tão ajudados por um Web Designer deCoimbra, que concebeu o site, e nos aju-dou a divulgar estes Eventos Moçambi-canos. E de facto, o site teve uma pro-jecção imensa em pouco tempo e é nes-te momento o site da moda, digamosassim, do basquetebol africano.”

O que é que podemos esperardeste 8º encontro?

“Este vai ser mais um na linha dosanteriores. No entanto, vamos ter algu-mas novidades, como um “data show”dentro do próprio pavilhão, onde temosuma equipa técnica de Aveiro que nosvai proporcionar isso. E penso que es-tão criados todos os ingredientes paraum grande fim-de-semana em que as

amizades e a festa vão estar de mãosdadas.”

Que estrelas vão estar presen-tes?

“As grandes estrelas do basquetemoçambicano vão estar presentes. Nãoqueria enumera-los, com medo de meesquecer de alguém, mas Mário Albu-querque, Rui Pinheiro, Paulo Carvalho,Quim Neves, Luís Almeida, António Al-meida, Eustácio Dias, Henrique Vieira,o treinador do Benfica. Vamos ter doiscampeões Nacionais de sub-16, vamoster Luís Dionísio, o treinador dos sub-14.Para além disso temos muita gente quevem dos estrangeiro. Pessoas que vêmdos Estados Unidos, do Canadá, Mo-çambique, África do Sul, Austália e Lu-xamburgo. Esses pelo menos estão ga-rantidos. Portanto vamos ter uma gran-de festa, que aliás, não é só para osmoçambicanos! Envolve toda a gente quegosta de Basquetebol. Portanto fazemosaqui um apelo para que toda a gentevenha aqui este fim-de-semana, que seirá divertir connosco!”

O nome “MundoSlam” está li-gado às iniciais dos nomes dos or-ganizadores, correcto?

“Sim, de facto. Tinhamos necessida-de de criar um nome. Achámos que“mundo” representava todos o que esta-vam espalhados pelo globo, que parti-lhavam o nosso gosto pelo basquetebole Moçambique. E as iniciais do “Slam”tinha a ver com um gesto técnico doBasquete, o “Slam Dunk” (mais conhe-cido por “afundanço”, em português”) etambém porque “S” é de Samuel, “L” éde Luís, “A” é de Almeida e “M” de Mo-çambique. Foi criado o nome e hoje já éconhecido por muita gente do basqueteportuguês e também estrangeiro.”

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2226 JUNHO 2009

FUTEBOL DE PRAIA

Este ano a prova con-tou com um formato dife-rente do habitual uma vezque foi disputada numa sóetapa (fim-de-semana), aoinvés dos anos anterioresque tinha sido disputada emtrês. A prova foi compostapor dois grupos de quatroequipas das quais as duasprimeiras de cada grupo sequalificavam para a fase fi-nal (meias finais e final).

Depois de ter assegu-rado o 1º lugar do grupocom duas vitórias (Estorilpor 8-5 e Benfica por 2-1) e uma derrota (V. Gui-marães por 5-7), a forma-ção leiriense passou àsmeias-finais da provaonde, no Domingo demanhã, encontrou o FCPorto, tendo vencido por5-3. Na outra meia-final,o Benfica foi derrotadopelo Rio Ave, grande sen-sação da prova, por 2-1.

À partida para a finalda prova, a formação li-derada por Paulo Henri-

À TERCEIRA FOI DE VEZ…

União de Leiria/O Sotão sagra-No passado fim-de-semana, debaixo de um sol abrasador, as areias da praia do Titan em Matosinhos encheram para

assistir ao 3º campeonato nacional de futebol de praia, que foi conquistado pela formação da União de Leiria/O Sotão.

Bruno Fernandes

A prova contou com a participação deoito equipas: Benfica, FC Porto, V. Setú-bal, V. Guimarães, Rio Ave, Estoril, U.Leiria e Leixões. O grande ausenteacabou por ser a equipa do Sporting,que, por não terem reunido as condi-ções necessárias, não puderam partici-par no evento.

ques já contava no seucurrículo com dois títulosde vice-campeão nacio-nal e com uma Super taça(2007), pelo que chega-va a altura de provar quenão é por acaso que a U.Leiria é considerada a me-lhor formação de futebolde praia do nosso país.

Encontrados os doisfinalistas e chegada ahora da verdade, a forma-ção leiriense superiorizou-se ao adversário e venceua partida por 5-2 e, pelaprimeira vez na sua histó-ria, sagrou-se campeãnacional de futebol depraia, título que já perse-guia há alguns anos. Nojogo de atribuição dos 3ºe 4º lugares, a formaçãodo Benfica venceu o FCPorto através da marcaçãode grandes penalidades,já que o resultado no fi-nal do encontro expressa-va um equilibrado 4-4.

Quem acompanhoude perto esta prova foi o

seleccionador nacional defutebol de praia, José Mi-guel que aproveitou estacompetição para tirar al-gumas ilações sobre a or-ganização da prova, ob-servar os jogadores e tiraralgumas notas sobre pos-síveis seleccionáveis paraa selecção principal damodalidade.

Protocolo

É de extrema relevân-cia informar que a União

de Leiria e a AssociaçãoCultura e desporto "O So-tão", equipa sediada naNazaré, têm um protoco-lo pelo qual permite aosàquela equipa nazarena,competir no campeonatonacional da modalidade,que agora acaba de con-quistar.

Recorde-se que aequipa do Sotão é umadas mais fortes do país ejá são vários títulos atin-gidos, tanto a nível naci-onal como distrital peloque não foi difícil a ob-tenção de um acordo coma União de Leiria com vis-ta à viabilização da parti-

cipação da equipa naprova mais alta da moda-lidade. Após a realizaçãodeste acordo foi estabele-cido por ambas as equi-pas que o nome da equi-pa que participaria noscampeonatos seria o ac-tual: União de Leiria/OSotão.

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-se campeã nacional

2326 JUNHO 2009

FUTEBOL DE PRAIA

“Esta distinçãoenche-me de orgulho”Contactado pelo DESPORTOTAL, o guarda-redes daUnião de Leiria/O Sotão, João Carlos mostrava-se umhomem satisfeito pela conquista do campeonatonacional e afirma que esta conquista é o culminar deuma luta e dedicação de longos anos. "Esta vitóriasignifica acima de tudo dedicação ao futebol de praiado distrito uma vez que já há bastante tempo queandamos a lutar para tentar alcançar este título. Queroagradecer à União de Leiria por ter feito este protocoloconnosco sem o qual não seria possível participarmosno campeonato nacional. Queria agradecer tambémao povo da Nazaré que sempre nos acompanho aolongo destes anos. É com grande satisfação que mesagro campeão nacional pelo Sotão/União de Leiria".Concluiu.Para além de se ter sagrado campeão nacional, JoãoCarlos também arrecadou o prémio de melhor guarda-redes do campeonato. Em declarações ao nosso jornalo keeper assumiu que este prémio é a recompensa pelotrabalho desenvolvido e sente-se orgulhoso pela suaconquista. "Este prémio significa que o trabalho foidesenvolvido de uma forma bastante séria e o apoiodo Rogério Serrano que, comigo e com o Cláudio,desenvolveu um trabalho excepcional nas últimas trêssemanas. Foi com bastante alegria e orgulho querecebi esta distinção", finalizou o guarda-redes.

Após o final dapartida seguiu-se aentrega dos prémiosrelativamente aos

Prémios intervenientes directos naprova. Melhor jogador:Pedro Salvador (RioAve), Melhor marcador:Fernando Gonçalves (V.Setúbal), Melhor guarda-

redes: João Carlos(União de Leiria/OSotão), fair-play: V.Setúbal.Para além de erguer otroféu de campeão

nacional, a formaçãoda União de Leiriaassegurou um encaixefinanceiro na ordemdos 4.000 euros.

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2426 JUNHO 2009

ANDEBOL DE PRAIA

V Torneio de

andebol de praia

SIR/Snoobar

S. PEDRO DE MOEL 26, 27 E 28 DE JUNHO

Irá realizar-se no próximo fim-de-semana o V Tor-neio de Andebol de Praia SIR/SOOBAR, numa

organização da Sociedade de Instrução e Recreio1º de Maio, que será a I Etapa do

Circuito Regional deAndebol de Praia.

O torneio terá dois escalões masculinos efemininos, seniores e Sub-16, com os jogosdeste escalão a começarem às 16 horas de6ª feira, e os seniores a partir das 20h00 domesmo dia.

No Sábado os jogos decorrerão das 10h00às 23h00, apenas com intervalo para almoço

e jantar e no Domingo, com jogos desde as9h30, serão realizadas as finais durante a tarde,

com o encerramento do torneio previsto para as18h00.D

.R.

Page 25: Edição Nº 10 - 26/06/09

2526 JUNHO 2009

BTT

Seis horas de Resistência Urbana

Como surge a AIR-BIKE e como chegou aeste estatuto de Orga-nizador de eventos deBTT?

Embora o nascimentoda AIRBIKE - Associação deCiclismo, tenha sido ofici-almente a 7 de Novembrode 2008, com sede provi-sória em Gândara dos Oli-vais - Leiria, a sua históriavem bem de trás. Na reali-dade, nasceu em Fevereirode 2005 com a abertura daloja de bicicletas AIRBIKEem Leiria (hoje já extinta)em que vários elementos,pela amizade e gosto peloBTT se foram encontrandoprincipalmente aos Domin-gos, desenvolvendo estegrupo. Do lazer à competi-ção, foi necessário poucotempo para, principalmen-te com participações emMaratonas de BTT, se de-senvolver a equipa quehoje existe.

Em 2006, organizámoso seu primeiro evento decompetição de BTT, com aorganização da Maratonado Centro a 19 de Março,prova esta que hoje semantém como imagem demarca.

Como surgiu a ideiade organizar um troféucomo este, em Leiria?

No tempo de vida daAIRBIKE como grupo deBTT tivemos várias fases, emque uma delas passou pelaparceria que mantivemoscom a ARDOG durante 2anos. Há já alguns anos,a ARDOG organiza umpasseio nocturno de BTT,sempre a 9 de Junho, aRota dos Monumentos, emque se passeia pela cidadede Leiria. Deste passeio, na

Joaquim Trindade

Chegados a meio deste e quando seaproxima a 3ª prova, as 3h. de Resis-tência Urbana de Leiria, falámos comAlexandre Domingues, responsável pelaorganização deste evento.

Maratona do Centro, 3 horas de Resistência Urbana e Contra-Relógio BTT,são as 4 provas que compõem o TROFÉU BTT AIRBIKE 2009.

ARDOG surgiu a ideia deuma prova de resistênciaurbana nocturna em Leiria,que nós pusemos em práti-ca durante a parceria, pelaexperiência que tínhamosde organização de provasde competição e pelo ex-periência obtida do LisboaDowntown em que somosa equipa responsável pelasegurança de todo o per-curso e alguns dos nossoselementos estão no núcleoduro desta organização.Daqui, foi só dar o passoem frente, e passar das idei-as à prática.

Já na segunda edi-ção deste Troféu, senteter havido uma evolu-ção ao longo deste per-curso? Em que aspec-tos?

A evolução será enor-me, em que muitos aspec-tos foram revistos, emborapassem despercebidos aopublico, mas para nós sãomuitíssimo importantes. Acronometragem, que vai serfeita com recurso a um sis-tema de elevada precisãoe fiabilidade. No Largo Pau-lo VI vai ficar concentradaa zona onde os atletas po-dem receber assistência,com melhores condiçõesdo que no ano passado, oque torna a Zona de Metatambém mais alegre. Opercurso foi igualmenteaperfeiçoado, tornado-seum pouco mais técnico,mas mais seguro em certaszonas. Criaram-se maiszonas de publico, em quea zona junto ao Banco dePortugal e Turismo será maisampla, e novas zonas jun-to à Sé, Fonte Luminosa eEscola Sec. Domingos Se-queira.

Este troféu caracte-riza-se pela diversida-de das suas quatro pro-vas. Trata-se apenasde uma coincidência outem um objectivo espe-cífico?

A partir das provas queachamos interessantes or-ganizar, o objectivo eraencontrar o atleta mais com-pleto em 4 vertentes do BTT,nas quais se enquadracada uma das provas.

Esta prova, em con-creto, tem característi-cas muito próprias.Poderá fazer-nos umadescrição daquilo aque poderemos assis-tir?

Esta prova "arrisca-se" aser um caso sério de popu-laridade em Portugal, emque tudo faremos para queisso aconteça. Leiria tem umenquadramento e condi-ções quase únicas para aorganização desta prova,permitindo criar um fabu-loso percurso citadino deBTT, em que as escadariasdão um brilho diferente. Porse estar no centro da cida-de, o "factor público" é o ele-

mento que faz toda a dife-rença. Não existe mais ne-nhuma prova de XC emPortugal, com tanto publi-co.

Quais são as zonasmais espectacularesdeste percurso e ondese poderá fazer a dife-renças entre os ciclis-tas?

Há 3 zonas para tiposdiferentes de atletas, ondecada um pode fazer a dife-rença: Os trepadores têma subida do Arquivo Distri-tal para a GNR, como azona que causará maisdesgaste aos atletas; osRoladores têm a zona doMarachão em que podematingir velocidades na or-dem dos 40kms/h; e os Tec-nicistas que podem tirarpartido das zonas de esca-das e da zona histórica dacidade, nas suas ruas es-treitas onde farão tangen-tes a cada esquina ondepassem para conseguir amelhor trajectória.

Duas provas, doisvencedores diferentes.Dadas as característi-

cas muito especiais dopercurso do BTT Noc-turno, podemos espe-rar um novo vencedorou poderemos assistira uma repetição e aoinício da definição daclassificação final doTroféu?

Esta será das 3 provasdo troféu até agora reali-zadas, a que atraiu a mai-or quantidade de melhoresatletas da actualidade. Seráuma prova muito disputa-da em que a nova vaga deatletas, como o David Rosa,Diogo Silva, Fábio Ferrei-ra, Ivo Santos, entre outros,marcarão certamente o rit-mo da prova, mas serãocontrolados pelos mais ex-perientes como o SérgioValente, Ricardo Figueire-do, Daniel Pacheco, porexemplo. Prognósticos… sóno final do jogo…

Levar a cabo umainiciativa como estanão será fácil. Podedescrever-nos a infra-estrutura que é neces-sária para um eventodestes?

Esta é sem dúvida doseventos que organizamos,o mais complicado. Só parase ter uma noção, necessi-tamos de cerca de 750 gra-des metálicas para delimi-tação e protecção do per-curso, temos um staff comcerca de 20 pessoas e ou-tras 120 a controlar a pis-ta. A cronometragem é ou-tro pormenor de organiza-ção complicado, em que setem de recorrer ao sistemamais avançado do merca-do, devido à velocidademédia elevada da prova,

em que os atletas usarãotransponders nas bicicletas.

Para além de todaesta logística no finaldo Troféu ainda haverácerca de 4.000 euros deprémios as distribuirpelos atletas. Com queapoios conta a Airbikeneste projecto?

Temos parceiros que nosapoiam, grande parte delesdesde o n/inicio, como aREGIÃO DE LEIRIA e a Lu-brigaz, entre outros, e temosa colaboração preciosa daCâmara Municipal de Lei-ria, da Junta de Freguesiade Pousos, dos BombeirosVoluntários de Leiria e da Fe-deração Portuguesa de Ci-clismo (UVP-FPC).

Como vê o momen-to do BTT em Portugal?

Acho que atravessamosum momento único, comuma aposta da Federaçãono BTT como nunca hou-ve: temos a selecção naci-onal a participar em variasprovas da Taça do Mundo,está a desenvolver-se regu-lamentação como nunca,e finalmente, percebe-seque o BTT tende a deixarde ser um parente pobre dociclismo de estrada. Talvezse existirem mais eventosjunto das cidades, a exem-plo, da nossa prova de Re-sistência Urbana, acho queo crescimento será aindamaior. As maratonas deramum impulso também muitogrande, e o XC está a res-surgir em força, o que con-sidero que dentro de 2anos, estará novamente notopo das várias vertentesdesta modalidade.

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2626 JUNHO 2009

FUTSAL

CAMPEONATOS NACIONAIS DE FUTSAL – BALANÇO FINAL

Época positiva

para as equipas da regiãoA época que agora termina acabou por ser bastante positiva para as equipas da região. Em relação aos campeonatos

nacionais apenas o Núcleo Sportinguista de Leiria entra no lote das equipas que desceram aos distritais. Em relação a todasas outras equipas que representam o nosso distrito os objectivos foram cumpridos.

Por Bruno Fernandes

FUTSAGRESNo campeonato maior do futsal português, o Instituto DomJoão V não desapontou e terminou o campeonato no 8º posto,lugar que deu acesso ao play-off de apuramento de campeão,tendo sido eliminado pelo SL Benfica por 2-0. Com mais umapresença no play-off, o Instituto demonstra que é, cada vezmais, uma equipa que evolui de ano para ano, e que numfuturo não muito longínquo pode sonhar com a conquista deum campeonato nacional.

Play-off

J.1Instituto 1 Benfica 4

J.2Benfica 4 Instituto 2

Na 2.ª divisão nacionalcontámos com a presença doAmarense que acabou aépoca em 9º lugar. A equipada Batalha realizou umaépoca positiva apesar de terficado um pouco aquém dassuas expectativas que passavapor terminar a época naprimeira metade da tabela.

3.ª DIVISÃO NACIONAL/SÉRIE CA 3.ª divisão nacional foiaquela que contou com ummaior número de equipasrepresentativas da nossaregião. Mendiga, União deLeiria, Externato da Benedita,Arnal e Núcleo Sportinguistaforam as equipas “leirienses”presentes neste campeonato.A Mendiga foi quem realizouo melhor campeonato tendoterminado na 3.ª posição,muito perto de conseguir asubida. O 6º posto com que aU.Leiria terminou a épocaacaba por ser um tanto ouquanto enganador, já que, napenúltima jornada da provaainda tinha hipóteses degarantir a subida. No 7º postoficou o Externato da Beneditaseguido pelo Arnal em 8º.

O Núcleo Sportinguista deLeiria não resistiu aos sucessi-vos maus resultados e caiu apique até se fixar no 13ºposto e muito cedo ter ditoadeus aos nacionais de futsal.

Este campeonato contou commuito equilíbrio entre asequipas onde a incerteza dequem subiria predominouquase até ao final.

2.ª DIVISÃONACIONAL/SÉRIE B

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2726 JUNHO 2009

FUTEBOL

RICARDO SILVA É O NOVO TREINADOR DO PEDROGUENSE

João Palheira e Normando são reforçosO Recreio Pedro-

guense está de regressoà divisão de Honra,após uma temporada na1ªdistrital.No comandotécnico vai estar RicardoSilva (ex-Ansião). O téc-nico Marco Ferreira, queorientou a equipa, nasúltimas sete jornadas,vai orientar a formaçãojúnior do Sp. Pombal, na2ªdivisão Nacional.Emrelação ao plantel, a di-recção presidida porJoão Cunha, já garan-tiu a continuidade deSergito, Madeiras, Fábio,

Filipe e Chinoca. A direc-ção está em negociaçõescom os restantes atletas doplantel, no sentido de ga-

Grupo Desportivo “Os Nazarenos”

apresenta contas e vai a votos

Com um orçamento de140 mil euros este ano, 30mil dos quais investidos noplantel sénior, o seu pre-sidente afirma que conse-guiu equilibrar o orça-mento, apostando na for-mação: “Temos 13 equi-pas formadas, com maisde 300 miúdos a jogar, eboa parte desse orçamen-to é gasto na manutençãodessas equipas, pois anossa aposta forte é naformação. O plantel séni-

Paulo Alexandre

Teixeira

O Grupo Desportivo Nazarenos irá realizar a sua Assembleia-geral no próxi-mo dia 26 de Junho, onde serão apresentadas as contas de 2008/09. Antó-

nio Ova Santos, o presidente que está de saída do clube, faz um balançopositivo do seu mandato e acredita que existirão sucessores ao seu lugar.

or só representa uma fa-tia desse orçamento, emesmo assim, boa parteé gasto em outras despe-sas que não a massa sa-larial, como os seguros eas deslocações”, afirmou.

Em jeito de balanço doseu mandato, AntónioOva Santos acredita quealcançou os seus objecti-vos, propostos há mais dedois anos, quando foieleito: “Conseguimosmanter um orçamentoequilibrado, o plantel temtudo em dia, e nós tam-bém temos tudo em dia

com a Segurança Social eas Finanças. Acho quedeveremos ser dos poucosclubes que terá lucro esteano!”, declarou. Quantoao futuro do clube, dizque este estará assegura-do caso o novo presiden-te “siga a mesma politicaque segui nos meus doisanos de mandato, ouseja, manter o orçamentoequilibrado, sem entrarem loucuras”.

Quanto aos possíveissucessores, apesar de seouvir falar na constituiçãode mais de uma lista à

Direcção do Clube, qual-quer certeza só as terá nanoite da Assembleia-geral.“Ouve-se falar de muitacoisa, mas nada de con-creto. Só no dia em queapresentar as contas é queterei certezas se haverá ounão listas para a Direcçãoe Assembleia-geral. Umacoisa é certa: este clube émuito grande e muito for-te, consegue mobilizarmuita gente, portanto te-nho a certeza que apare-cerão candidatos”, con-cluiu.

rantir a permanência, damaioria dos atletas, queconseguiram trazer o Pe-droguense novamentepara a divisão de Honra.No que diz respeito a re-forços, o Pedroguense jágarantiu os ingressos deJoão Palheira (ex-Fig.Vinhos)e Normando(ex-Avelarense). No casode João Palheira, trata-sede um regresso a umacasa que bem conhece,dado que, foi formado nasescolas do clube e é natu-ral de Pedrógão Grande.já Normando, é um mé-

dio-ala que faz da velo-cidade, uma das suasprincipais armas. Na úl-tima temporada represen-tou o Avelarense e cotou-se como uma das prin-cipais figuras. O DES-PORTOTAL sabe que de-correm negociações comvários jogadores e embreve devem ser conhe-cidos mais reforços paraa época 2009/2010.Noque diz respeito a saídas,está confirmada a deTatá, por motivos profis-sionais.

Cid Ramos

NÚCLEO DURO PERMANECE

Duo reforça OuteirenseO Outeirense, que

está de regresso à divi-são de Honra, três anosdepois, já garantiu doisreforços para a novaépoca.São eles, o defe-sa Nuno (ex-Praia daVieira) e o médio JoãoDuarte (ex-Outeirense).No caso de João Duar-te, trata-se de um regres-so a uma casa que bem

conhece, dado que já re-presentou o clube. Ao queDESPORTOTAL sabe, oOuteirense está em nego-ciações com mais algunsatletas, no sentido de cons-truir um plantel suficientecompetitivo para divisãomaior do distrital de Leiria.Rui Botas vai manter-se nocomando técnico, após obom trabalho rubricado na

última época, que culmi-nou com a subida de divi-são, da turma de Outeiroda Fonte. Permanecem noOuteirense, Costinha, Pai-lé, Joel,Ângelo, Serginho,Tiago, Jaime, Rui Lobo,Renato, Chedas, Brunito,Telmo Lavos, Sandro, Ri-cardo Lavos, Rogério Ba-talha e Telmo Barroso.

Cid Ramos

TRÊS SAÍDAS CONFIRMADAS

Trio reforça Guiense

O Guiense já prepa-ra a nova época e jáadquiriu três reforços.São eles, os médios Mes-quita (ex-Marialvas) eRui Lemos (ex-CovaGala) e ainda o avan-çado Joel (ex-Portomo-sense). Ao que nossojornal conseguiu apurar,o Guiense procura maisdois reforços, para darpor encerrado o plantelpara a época 2009/2010.

No comando técni-co vai estar uma vezmais, o técnico JoséGodinho, que substituiua meio da época RuiGama, devido aosmaus resultados, que oclube vinha averbando.No capítulo de renova-ções, a direcção do clu-be garantiu as perma-nências de João do Tou-co, Fábio Gomes, Gon-çalo Ramos, Tiago Sil-va, Gabi, Prancha, Pe-dro Dias, Hugo Montei-ro, Sopas, João Russo,Sandro, Joni Alberto,Fabinho, Pedrito e JoniOliveira. São promovi-dos a sénior, Vasco, Ro-xito, Joel Correia e Ri-cardo. No que diz res-peito a saídas, estãoconfirmadas as de Bo-cas, Jean (motivos pro-fissionais) e Luís Simões.

Cid Ramos

SEIS CARAS NOVAS

Valcovense aposta

numa época tranquilaO Valcovense regres-

sou aos campeonatosdistritais da AF.Leiria naúltima época e conse-guiu o primeiro lugar nazona Sul e a correspon-dente subida ao escalãoprincipal da AF.Leiria. Nocomando técnico vai es-tar uma vez mais, PauloRoque que em declara-ções ao jornal DESPOR-TOTAL, deu a conheceros objectivos para a novaépoca. “ Estamos a cons-truir um plantel que nosdê garantias de rubricarum campeonato tranqui-lo na divisão de Honra.Sabemos que não vai serfácil, dado a qualidadedas equipas participan-tes, mas confiamos numaboa prestação”. No quediz respeito ao capítulode reforços, o Valcoven-se adquiriu o concursode Fábio Pereira (ex-Unhais da Serra, JoãoCorreia(ex-Torreense B),Dani (ex-Gaeirense),

Óscar (ex-P.Vieira), JoãoJesus (ex-sacavenense) eZezito (ex-Ponte Frielas).

Neste momento oplantel às ordens de Pau-lo Roque é o seguinte:

Guarda Redes: Mar-co e Hélio Ventura

Defesas: Bula, Mati-as, Edgar Fialho, FábioPereira (ex-Unhais daSerra), João Correia (ex-Torreense B), Zezito (ex-Ponte Frielas) e Tó-ZéMédios : Dani (Ex-Gaei-rense), Figueiredo, Nél-son, Miguel, Pedra e BetoAvançados : Fábio, Mar-cos, Óscar (ex-Praia daVieira), João Jesus (ex-Sacavenense) e Ramos

Page 28: Edição Nº 10 - 26/06/09

2826 JUNHO 2009

MOTORES Coordenação Adélio Amaro

[email protected]

COM 40 PARTICIPANTES

O Clube Roadster de

Leiria promoveu o seu

3.º encontro com um

percurso surpresa

onde os 40 participan-

tes, ao volante de um

"dois lugares" desfru-

taram das paisagens

da nossa região, onde

não faltou a gastrono-

mia, no passado dia

21 de Junho.

Assim, com saída de Lei-ria, e já no norte do distrito,a comitiva visitou uma Quei-jaria Artesanal, onde não fal-tou a respectiva prova dequeijos.

Depois, todos tiveramoportunidade de desfrutar oconhecido troço "Rampa deFigueiró dos Vinhos" assimcomo os troços do Rally Cen-tro de Portugal.

O esperado almoço, de-pois de uma manhã cheia de surpresas, foi numaadega em Podentes, onde todos, moderadamente,principalmente os condutores, participaram numaprova de vinhos.

A encerrar o dia de passeio a comitiva marcoupresença na Aldeia de Xisto em Ferraria de S. João eno Turismo Rural Casa do Zé Sapateiro.

Este 3.º Encontro, como referiu ao DesportotalJoão Pina, elemento da organização, "deu oportuni-dade a todos os participantes de visitarem lugares de

3.º ENCONTRO do Clube

Roadster no distrito de Leiria

sonho do norte do nosso distrito, ondea gastronomia e o turismo rural forampontos altos".

É de salientar que para este passeioo clube apresentou uma "norma": eraobrigatório cada carro ter um elementofeminino, sendo uma forma de levar assenhoras para junto dos automóveis e maisconcretamente dos roadsters.

Já se pensa no 4. encontro...

AA

Page 29: Edição Nº 10 - 26/06/09

Coordenação Adélio Amaro

[email protected]

MOTORES 2926 JUNHO 2009

ORGANIZADO PELO NÚCLEO DESPORTOS MOTORIZADOS DE LEIRIA

Imagens que ficam para a história

do Rallye Verde Pino 2009

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3026 JUNHO 2009

TRIPELA

Tripela: O início

Rui Matos

O momento

Estávamos no mês de Fe-vereiro do ano de 2008 quan-do a ideia surgiu. Coincidin-do com um período de algu-ma descompressão, motivadopela entrega da versão provi-sória da Tese de Doutoramen-to, eis que a perspectiva decriar uma nova modalidadedesportiva colectiva se insta-lou, de forma persistente, nomeu cérebro.

As bases

A minha experiência des-portiva nos domínios do fute-bol e andebol, respectivamen-te como praticante e treinador,aliada à minha formação en-quanto profissional de Educa-ção Física, abriu caminho àcriação da Tripela.

A motivação

A vontade de inovar, o es-pírito criativo e inquieto e acostela de inventor que flutuadentro de mim apontaram o

caminho. A pouca variedadede oferta de desportos colecti-vos nas Escolas (Futebol, Bas-quetebol, Andebol, Voleibol epouco mais) fizeram o resto.Poder ficar na História do Des-porto como criador de umamodalidade desportiva, dei-xando esse legado de orgulhoaos meus descendentes e com-patriotas em geral, tambémpesou!

A ideia

E se, em vez de se praticarcom pés ou mãos, se jogassecom pés e mãos? Mãos a re-ceber, pés a enviar: agarra,solta e pontapeia: a Tripela!

O nome

Confesso a dificuldade daescolha! Qual pai que pensanum nome para o seu filho, fo-ram muitas as ideias que per-passaram a minha mente: mul-tibol, handfootball, entre ou-tras. Depois, insidiosamente,começou a instalar-se umnome diferente, bem portugu-ês, com ligações óbvias a umoutro termo muito badaladopela comunicação social. Comefeito, a Trivela, gesto que, em-bora não sendo novo, Qua-resma ajudou a salientar (cu-riosamente, um treinador quetive criticava-me por o utili-zar…), deu-me o click que fal-

Equipa sénior masculina de Andebol da Juventude Desportiva do Lis

tava: Tripela seria! Tri, por onúmero 3 ser muito impor-tante no jogo (limite de 3passos, e 3 segundos, coma bola nas mãos, distânciamínima de 3 metros dos ad-versários na marcação delivres, 3 formas diferen-tes de pontuar os golosobtidos, etc), e Pelacomo nome arcaico deBola. Além disso,uma homenagem àsmulheres, dando aeste desporto umnome feminino, casoquase único dos des-portos colectivos co-nhecidos: A Tripela!

Primeiros contactos

Tida a ideia, escolhido onome, pensadas as regras bá-sicas (de que falaremos noutraoportunidade), era preciso pen-sar na concretização: como dara conhecer a modalidade?Dado que o Andebol (por viadas regras) e o Futsal (pela di-nâmica e movimentações) apa-reciam como as modalidadescom maiores afinidades e maisinspiradoras da Tripela, decidique o jogo de apresentação de-veria pôr em confronto, preci-samente, uma equipa de cadaum destes desportos. Relativa-mente ao Andebol, pelo conhe-cimento e proximidade, procu-rei apoio e disponibilidade jun-

to da Juventude Desportiva doLis, reservando a contribuiçãodo Futsal, por motivos seme-lhantes, para o Núcleo Spor-tinguista de Leiria.

A receptividade, por partedos treinadores das equipas deseniores masculinos, foi total.Com os jogadores, igualmen-te. Contudo, as primeiras re-acções foram de algum espan-to: "pés e mãos? Não darágrande confusão?

Primeiros treinos

Ficou combinado, comcada equipa, que iríamos fa-zer, pelo menos, dois treinosantes do jogo de apresentação.Este, por conveniência de am-bas, ficou aprazado para o dia14 de Junho de 2008, no Pa-vilhão Desportivo da Juventu-de Desportiva do Lis.

Foi muito interessante vercomo as equipas se adaptarama esta nova modalidade, trans-ferindo para ela aspectos téc-nico-tácticos da sua modalida-de de eleição. Da natural he-sitação inicial, rapidamente sepassou para um jogo com al-guma fluidez e com momentosde grande espectacularidade,motivando ainda mais atletase treinadores para participaremnaquele que se espera vir aconstituir um momento históri-

co: o jogo inaugural da Tripe-la!

E árbitros?

Tendo em conta que iríamoster em confronto uma equipa deAndebol e outra de Futsal, pa-receu-me adequado convidardois árbitros, um de cada umadessas modalidades. Por dificul-dades de vária ordem, não foipossível ter árbitros de Andebol,marcando presença dois árbi-tros de Futsal, já retirados dasarbitragens oficiais. Algumas ex-plicações, alguns visionamentosde filmagens que fiz nas minhasaulas (sim, os primeiros a expe-rimentar foram alunos de Edu-cação Física e de Desporto eBem-Estar da ESEL-IPL) e a pre-sença num dos treinos permitiuque chegassem ao dia "D" maisou menos preparados!

Quem iria vencer?

Sendo um jogo em que pése mãos têm papel fundamen-tal, quem iria vencer: as mãos(equipa de Andebol) ou os pés(equipa de Futsal)?

Na próxima edição:quem venceu o jogo inaugu-ral, fotos desse jogo, aprecia-ção dos espectadores presen-tes, e muito mais!

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3126 JUNHO 2009

POOL

DANIEL SILVA – EQUIPA “CAFÉ RAMIRO/CASA DO BENFICA DE LEIRIA”

“Não tinhamos grandes ambições”Quem tem acompanhado o nosso jornal nas últimas edições, certamente que não deixou de constatar que tem sido

feitos algumas abordagens à modalidade de pool português, ou o tradicional snooker.

No distrito de Leiria, aprática da mesma écada vez mais comum,e de ano para ano onúmero de jogadores eequipas federados temaumentado. Uma dasequipas que participoupela primeira vez noCampeonato Distritalfoi o Café Ramiro/Casado Benfica de Leiria.

Eduardo Marques

Daniel Silva e Paulo Silvasão os irmãos que exploram oestabelecimento comercial, esão também os mentores desteprojecto. Neste entrevista aoDESPORTOTAL, a opinião deambos é comum, sendo Dani-el Silva que acaba por respon-der às questões colocadas. Oprimeiro ano foi satisfatório, efica a promessa de que na pró-xima temporada a equipa vaicontinuar a competir, estandomesmo em estudo a criação deuma segunda equipa.

Foi o primeiro ano queparticiparam no Campeo-nato Distrital por equipas.Qual é o balanço que faz?

"Fazemos um balanço mui-to positivo. Pensámos fazer aequipa por termos condiçõespara tal no estabelecimento, eagora podemos constatar quefoi uma experiência muito po-sitiva."

A class i f icação f inalnão foi a melhor (ndr: oi-tavo lugar entre noveequipas part ic ipantes).Desport ivamente, comoclassif ica a prestação daequipa?

"Mesmo que o campeona-to não tenha corrido da me-lhor forma, tal como a classi-ficação indica, não posso dei-xar de referir que ficámos mui-to satisfeitos. Não tínhamosgrandes ambições esta época,já que era a de estreia, e oobjectivo era criar um bomgrupo para competir a níveldistrital. Conseguimo-lo, epor isso, na próxima época,lá estaremos, outra vez, a "lu-tar".

Sente que com a cria-ção da equipa, o café tam-bém foi beneficiado?

"Sim, penso que sim. A mo-dalidade está em franca expan-são, e pode tornar-se numcaso sério de popularidade.Quando criámos a equipa,

não tínhamos ideia de que te-ríamos tanta gente a assistiraos nossos jogos, quer emcasa, quer fora. Assim, tam-bém foi proveitoso para o café,que acabou por receber maispessoas."

São todas essas razõesque fazem com que criem

uma segunda equipa paraa próxima época?

"Sim, sem dúvida. A acei-tação da modalidade é de talordem, os jogadores federadoscontinuam a aparecer e a de-senvolverem-se cada vez mais,e pensamos que podemos be-neficiar com a criação de umaoutra equipa. Queremos me-lhor ainda mais, e tentar fazero melhor possível na próximaépoca".

O ambiente entre todasas equipas que participamno campeonato e respec-

t ivos jogadores é saudá-ve l?

"Sim, muito saudável! Aci-ma de tudo somos todos co-nhecidos e/ou amigos, e issoajuda ainda mais ao desenvol-vimento da modalidade. Háum excelente ambiente em to-das as casas onde se joga anível federado no distrito deLeiria, o que embeleza aindamais o pool português."

A Federação Portugue-sa de Bilhar tem dado odevido contributo aos dis-tr i tos?

"No panorama geral doPaís, não posso fazer uma ava-liação correcta. O que possoafirmar claramente é que, nonosso distrito, estamos muitobem servidos em termos de or-ganização. O delegado distri-tal, Armindo Cardoso, é umapessoa super prestável, sempredisposta a ajudar e a solucio-nar problemas que surjam.Sempre que pode está presen-te, e julgo que as equipas sótêm a lucrar tendo uma pes-soa como ele como responsá-vel pelas provas federadas emLeiria."

Não tínhamos grandes

ambições esta época,

já que era a de estreia,

e o objectivo era criar

um bom grupo para

competir a nível distri-

tal. Conseguimo-lo, e

por isso, na próxima

época, lá estaremos,

outra vez, a "lutar".

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26 JUNHO 2009

ÚLÚLÚLÚLÚLTIMATIMATIMATIMATIMAA FECHAR

A vida, por vezes,não nos traz ensina-mentos. Por ouitraspalavras: pensamossempre que a nossacapacidade, a nossaesperteza, a nossavisão das coisas, estáa léguas das dosoutros, vivemos numpatamar muito acima,enfim, somos os "mai-ores da freguesia, dacidade, do Mundo"!

“Boomerang”Águ(i)asagitadasHélio Nascimento

O “efeito boomerang” acontece…

O culto da personalidade,a lei do "quero posso e man-do", o sentimento "de inferiori-dade que os outros nos mere-cem", são características quenas páginas das história estãobem definidas e agarradas aum determinado tipo de politi-ca. Que morreu esmagadopela abertura ao diálogo, pelaconsciencialização dos "inferi-ores" de que não eram nada"inferiores".

Hoje, no seio da socieda-de que formamos, há muitosque ainda não se aperceberamque não são superiores, nãosão mais "espertos" do que osque os cercam. Vivem enga-nados pelo culta da sua per-sonalidade, rodeados de "yesman's" dispostos a abdicar doseu próprio conceito de vida ede sociedade, a manter um ser-vilismo absoluto em troco deumas quantas mordomias queo "boss", na sua necessidadede ser adulado, vai distribuin-do.

E há quem seja guerreirosem causa, invadindo a "pro-priedade" alheia, dispondo aspedras como se fossem suapertença, manipulando os da-dos como fosse o dono dojogo. Quem se rodeie dos "ami-

Por Costa Santos

Ainda a épocanão começou e osditos e mexericos noBenfica, em especial noseu futebol, nascem (ouprosseguem?) em bomritmo. Um mau sinal,decididamente, numaaltura em que o aconse-lhável era a maior dastranquilidades para JorgeJesus iniciar o trabalho e irdefinindo o plantel. Masnão. O Benfica, nosúltimos tempos, habituou-nos a isto: até mesmoquando as coisas estãorelativamente bem importadescobrir um imbrógliosusceptível de agitar aságuas.A antecipação das elei-ções, as críticas ao desem-penho de Vilarinho e ao"golpe estatutário" de LuísFilipe Vieira, agora aprovidência cautelar, maisa poeira levantada peloprocesso que Moniz querinstaurar ao jornal "A Bola"(que publicou ser intençãodo "Movimento Vencer,Vencer" proporcionar a umgrupo espanhol tomar oclube de assalto, segundoinformações de dentro dopróprio Benfica...), mais asfarpas constantementetrocadas entre Vieira e JoséVeiga, enfim, são demasia-dos atritos em tempo quedevia ser de calmaria.A agitação é má sobretudopara os encarnados, queem termos de futebolnecessitavam de umaunião completa à volta donovo projecto. Vem aí umaépoca-chave para RuiCosta, também para Vieira(se entretanto for reeleitopresidente), enquantoJesus terá pela frente omaior dos desafios da suajá considerável carreira.Falando, aliás, do planomeramente futebolístico, écom inusitada expectativaque se aguarda peloregresso ao trabalho, o

que, de resto, se repete emtodas estas alturas daépoca. Três ou quatroreforços para já, o regres-so de dois ou três empres-tados, e a possibilidade daequipa perder uma ououtra das suas referências(o que levaria, na circuns-tância, ao anúncio deoutras contratações)preenchem as discussõesde café.Desta feita não temosnomes sonantes comoReyes, Suazo ou Aimar, oque também não devepreocupar muito o adeptodas águias, face aorendimento medianodaqueles futebolistas natemporada transacta. Nãose percebe, por outro lado,a persistente teimosia emprocurar um novo guarda-redes... a menos que hajaalguém interessado emculpar exclusivamenteQuim e Moreira pelosmuitos pontos perdidos em2008/09.É neste mar de(in)definições que navegao Benfica do presente.Talvez dentro de umanormalidade, digamospromissora, no que con-cerne ao futebol. O pior émesmo fora das quatrolinhas... onde certasfiguras já provocamcansaço só de as ver eouvir. A propósito: não hápara aí gente interessadaem meter férias?

gos" e desate num falatório decátedra, apontando o indica-dor a tudo e todos, "descobrin-do" defeitos e fazendo realçaro seu "poço de virtudes". Quemtenha medo de andar pelasruas, sozinho, mas no discur-so de café seja um "leão" sem-pre pronto a ir à luta leal comqualquer presa que apareça.Quem, deitando mão às no-vas tecnologias, agarre no te-lemóvel e "desanque" o seu in-terlocutor mas, depois, num"olhos nos olhos", seja cordei-rinho concordante com o quesempre disse discordar!

Há…

Não raras vezes presenci-amos este estilo. Entra na"quinta" alheia, mesmo queestejam a decorrer os traba-lhos, convida, alicia, procuraenfraquecer o "adversário" e,depois, canta vitória, enalteceo seu "chico-espertismo", a suacapacidade de movimentaçãono "bas-fond" e os "lucros" ob-tidos nessas viagens ao sub-mundo!!!

Nem pensa que o "boome-rang" tem ida e volta; nemimagina que haja alguém quelhe possa fazer frente e, com asmesmas armas, procure enfra-quece-lo; nem imagina que umtrabalhador seu, cansado de"golpes" e com outras condiçõespela frente, lhe volte as costase procure outro "rendeiro". Equando assim é, a ameaça, aofensa, o denegrir das capaci-dades, surge como única viapara procurar arrastar a razãopara o seu (dele) lado.

Mas acontece.

E quando acontece,quando o tal "efeito boome-rang" lhe bate à porta, nãohá espaço que chegue paraa sua revolta, não há limites

para o seu ódio, não há bar-reiras para a sua argumenta-ção. Vale tudo. Da ofensa àcalúnia; da mentira à… ame-aça!

Com os bolsos a abarrotarde euros, pensa que eles sãosuficientes para "comprar" asconsciências de quem os ro-deia. Como se comprasse fa-vas ou ervilhas!

Estilos de vida.

E o coro dos "yes man's"logo salta em seu redor, aju-dando o "mestre" a aumentaros um "boomerang"…decibéisdas insensatas frases. Coisaque ele não agradece masaproveita para reforçar o seuego.

O costume.

Tudo isto, porque analfabe-to dos bons costumes, adver-sário das boas maneiras, con-tinua a pensar que é Rei e Se-nhor, exemplo de inteligência,modelo de conhecimentos…medida padrão para toda aadoração.

E não é.Nunca foi e nunca será!Infelizmente nem sabe o

que é...