Ediçao N.º 1600

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SEXTA-FEIRA, 21 DEZEMBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N. o 1600 (II Série) | Preço: 0,90 Luz Uma nova aldeia fantasma Fez por estes dias uma década que os habitantes da Luz, no concelho de Mourão, viram afundar a sua aldeia original. A passagem para a moderna povoação nunca foi propriamente pacífica. Neste período abalaram perto de 100 habitantes. Sem perspetivas de futuro, a nova Luz está a transformar-se numa “aldeia fantasma”, dizem. págs. 16/17 SUSA MONTEIRO JOSÉ SERRANO O Ministério da Educação quer apenas dois mega-agrupamentos de escolas na área educativa de Beja. Um processo de fusão nada consensual, nem pacífico, que terá que ficar concluído no início do ano. Em 2013, o concurso de professores para Beja contemplará apenas dois códigos, em vez dos habituais cinco. Hoje reúne-se de urgência o Conselho Municipal de Educação. pág. 13 Zambombas O instrumento que em Barrancos se ouve no Natal PUB Revolução nas escolas de Beja Entrevista exclusiva ao Pai Natal Ficção de Ricardo Cataluna Velho tempo de Natal Crónica de João Mário Caldeira Livros e discos no sapatinho Recolha de Carla Ferreira Um conto de Natal de Passos Dickens Opinião de Bruno Ferreira Doces de marmelo para a consoada Receitas de António Nobre Za O i n que se o

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Diario do Alentejo

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SEXTA-FEIRA, 21 DEZEMBRO 2012 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXXI, N.o 1600 (II Série) | Preço: € 0,90

Luz Uma nova aldeia fantasmaFez por estes dias uma década que os habitantes da Luz, no concelho de Mourão, viram afundar a sua aldeia original. A passagem para a moderna povoação nunca foi propriamente pacífi ca. Neste período abalaram perto de 100 habitantes. Sem perspetivas de futuro, a nova Luz está a transformar-se numa “aldeia fantasma”, dizem. págs. 16/17SU

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O Ministério da Educação quer

apenas dois mega-agrupamentos

de escolas na área educativa de

Beja. Um processo de fusão nada

consensual, nem pacífi co, que

terá que fi car concluído no início

do ano. Em 2013, o concurso de

professores para Beja contemplará

apenas dois códigos, em vez dos

habituais cinco. Hoje reúne-se de

urgência o Conselho Municipal de

Educação. pág. 13

ZambombasO instrumentoque em Barrancos se ouve no Natal

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Revoluçãonas escolas

de Beja

Entrevistaexclusivaao Pai NatalFicção de Ricardo Cataluna

Velho tempo de NatalCrónica de João Mário Caldeira

Livrose discosno sapatinhoRecolha

de Carla Ferreira

Um conto de Natalde PassosDickens Opinião de Bruno Ferreira

Docesde marmeloparaa consoadaReceitas de António Nobre

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2012 Editorial

BenvindaPaulo Barriga

Estas linhas foram escritas

na quarta-feira. Há uma

probabilidade muito re-

mota, quase tão remota como a

profecia que alerta para que hoje

mesmo o mundo acabe, que elas

fiquem apenas para mim. Pelo

sim e pelo não, penso regá-las

amanhã, quinta-feira, as pala-

vras, com um tintol abaladiço.

Pois quem nos pode afiançar, ao

certo, se hoje cá estaremos. Como

parece que estamos. E já que cá

estamos, como é provável que es-

tejamos, gostaria de vos anunciar

oficialmente o fim do mundo. Não

como a civilização Maia o vatici-

nou há quatro ou cinco mil anos

atrás, mas como os nossos olhos o

veem abalar a cada dia que passa.

O mundo, o planeta Terra, é velho

que se farta. E envelhece que se

farta. Todos os dias. Como todos

nós envelhecemos que nos farta-

mos desde o exato momento em

que nascemos. As coisas, o mundo

também é coisa e os homens tam-

bém são coisas, envelhecem. É

esse o mistério da vida, dirão em

Roma. É esse o desespero da exis-

tência, diriam os velhos alquimis-

tas. É essa a verdadeira fome de

viver, dirá em rima qualquer po-

eta mediano. O mundo poderá es-

tar prestes a acabar. Talvez esteja.

Mas antes que acabe, acabemos

nós, dentro das nossas possibili-

dades, à nossa ínfima escala, com

o que está a acabar com ele, com

o mundo. E este é o voto de Natal,

sincero e sentido, que o “Diário do

Alentejo”, toda a sua equipa, de-

seja aos seus leitores, aos seus assi-

nantes, aos seus anunciantes, aos

seus amigos. A todos os que nos

leem e que não leem. Ao próprio

mundo. Pois cada instante que

restar, ao mundo e a nós próprios,

será irrepetível. Estupendamente

irrepetível. Admiravelmente irre-

petível. Acho que é isto que que-

rem dizer as pessoas que gostam

de afirmar que o Natal deveria ser

todos os dias. O Natal, visto assim

de esguelha, sem negócio nem

peru, é todos os dias. Apenas não

nos damos conta dele, sempre um

nadinha mais velhos que vamos

estando ou ficando. Na quarta-

-feira escrevi estas linhas como

se fossem as últimas. Na terça, a

minha filha mais nova ficou mais

velha dois anos desde que come-

çou a gostar de respirar a atmos-

fera. Ontem, que foi quinta, acho

que reguei estas palavras com um

belo tintol. Hoje, que o mundo

acaba, estou mesmo contente

por estarmos, eu e você, a ler es-

tas palavras em conjunto. É as-

sim o Natal, todos os dias, até ao

último dia. Dedico esta crónica e

este Natal por inteiro a Benvinda

Paulino. Que soube partilhar cada

instante da sua vida como se fosse

o último. Como se fosse único. E

irrepetível.

O município de Beja não aceita, “nem de perto, nem de longe”, qualquer tipo de “transferência de competências” nessa área. “A câmara não tem capacidade técnica” para assumir estas funções, para além de “não ter nem vontade, nem verbas” disponíveis.

José Velez, vereador com o pelouro da Educação da Câmara de Beja

Fernanda Sousa,67 anos, aposentadaEste ano os meus filhos vão passar a consoada com os so-gros. Assim, e como o Natal é quando nós quisermos, vamos reunir a família e fazer a festa natalícia um dia antes, no do-mingo. Um santo dia é estar-mos todos juntos, filhos, ne-tos, noras e genros, com saúde. A ementa vai ser uma cabi-dela de galinha do campo e um bacalhau no forno. Prendas só comprei para os miúdos.

Maria Rosa,62 anos, reformadaEste Natal vai ser um boca-dinho mais triste. Não va-mos poder reunir a famí-lia mais chegada. O meu filho não vai passar a consoada con-nosco. Trabalha como segu-rança e está de serviço nessa noite. Bacalhau cozido, carne de porco à alentejana, filhoses e borrachos fazem sempre parte da ceia de Natal. Presentes só roupinha para a minha neta, não há condições para mais.

Ricardo Jesus,33 anos, padeiroEste ano o Natal vai ser pas-sado com muita alegria, a ad-mirar o mais novo elemento da nossa família. O meu fi-lho, que nasceu há um mês e que nos traz a todos muito con-tentes e orgulhosos. A ementa será peru, febras na brasa e o bacalhauzinho que não pode faltar. Presentes só vou com-prar para as pessoas mais chegadas. E a minha maior prenda é o meu pequenino.

Liliana Miguéis,33 anos, educadora de infânciaCelebramos o Natal em Vila Real de Trás-os-Montes, que é a minha terra e a do meu ma-rido. Temos uma longa via-gem de seis horas até lá. É im-portante a família reunir-se em convívio nesta quadra. A ementa da consoada é bacalhau cozido com batatas e couve. No almoço do dia 25 o cos-tume da minha região é comer-mos arroz de polvo. Presentes só já compro para as crianças.

Voz do povo Como vai passar a sua consoada de Natal? Inquérito de José Serrano

Vice-versaO Ministério da Educação e Ciência lembrou que o programa do Governo prevê a “incrementação progressiva da descentralização de competências” e a contratualização” com os municípios de “um novo modelo de delegação de competências”.

In “Diário de Notícias”, 19 de dezembro de 2012

Fotonotícia Luzes de Natal É Natal. As luzes, os enfeites, não deixam margem para dúvidas. E ali, para os lados das Por-

tas de Mértola, em Beja, os comerciantes agradecem. Agradecem o facto de as obras já permitirem a passagem desafogada e de ainda haver

uns tostões para enfeitar as ruas. Na esperança, que sempre se renova nesta quadra, que a época anime os negócios. É que os enfeites, em-

bora não passem mesmo disso, de enfeites, sempre ajudam a adornar os dias. A torná-los mais felizes, tanto a pequenos como a graúdos, que

mais não seja quando se passa, quando se avistam as luzes. As luzes de Natal. BS Foto de José Ferrolho

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2012Rede social

O que é o projeto Re-Planta?

Sob o lema “Reaprende, Recomeça e Redescobre a tua Horta”, o projeto Re--Planta! é uma iniciativa desenvolvida pela Amcal, Gesamb e Resialentejo, que se assume como o projeto inspira-dor das hortas domésticas no Alentejo, desejando que todos os habitantes dos 25 concelhos abrangidos redescubram o prazer de cultivar os seus próprios alimentos, que reaprendam como é fácil, simples e acessível a criação de hortas caseiras e recomecem um es-tilo de vida mais saudável e enrique-cedor. Com muito espaço ou com um simples vaso todos podem participar, e por isso o Re-Planta! é uma iniciativa aberta a todos e de participação livre, cujo intuito é também o de criar uma comunidade dinâmica e integradora, onde todos possam contribuir, sejam simples cidadãos ou instituições como lares, escolas, autarquias, associações, etc. E o Re-Planta! também ajuda to-dos aqueles que queiram começar, através da realização de várias ofici-nas de hortas biológicas e composta-gem, que vão percorrer a região em maio, junho e julho de 2013, onde se-rão fornecidos compostores, manuais e formação de modo a que todos pos-sam começar a criar a sua pequena ex-periência agrícola e de compostagem. Está igualmente em execução a ver-tente educativa deste projeto, traba-lhando com um potencial de 192 esco-las da região.

Quais são os principais objetivos?

O Re-Planta! visa capacitar a popula-ção com informação prática sobre ex-periências de cultivo orgânico e sobre a compostagem, assim como irá ce-der cerca de 1 200 compostores aos ci-dadãos e instituições interessados, de forma que os resíduos orgânicos pos-sam ser valorizados em cada jardim alentejano, como forma também de promover a sustentabilidade local e a desertificação dos solos.

Qual a importância deste projeto

para a comunidade educativa?

Devido ao seu carácter particular, as escolas da região terão um programa específico dentro do projeto Re-Planta!, onde, com o apoio da Direção Regional da Educação do Alentejo e dos centros de formação de profes-sores da região, os docentes terão a possibilidade de frequentar uma for-mação acreditada (em análise pelo conselho científico) e inscrever a sua escola num programa educativo que fornecerá recursos, atividades e de-safios, podendo em conjunto com os seus alunos implementar a sua pró-pria horta na escola e explorar os be-nefícios específicos da agricultura bio-lógica. Bruna Soares

3 perguntasa António Sebastião

Presidente da Resialentejo, que representa os três promotores do projeto

Semana passada

QUINTA-FEIRA, DIA 13

CUBA CONDENADO POR ATROPELAR OVELHAS

O Tribunal da Relação de Évora condenou a um ano e quatro meses de prisão com pena suspensa um homem de Cuba, que atropelou mortalmente 10 ovelhas para se vingar dos donos dos animais. A suspensão fica sujeita a regime de prova, que integra a obrigação de o arguido doar mil euros à Liga Portuguesa dos Direitos do Animal. Cada ovelha foi avaliada em 60 euros.

BEJA PSP APANHOU INDIVIDUO

O Comando Distrital de Beja da Policia de Segurança Pública, através da sua Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial, procedeu à interceção, em flagrante delito, de um individuo do sexo masculino, de 26 anos de idade, quando este subtraia combustível de máquinas industriais. Ainda relativamente ao suspeito, apurou-se não ser portador de habilitação legal para a condução do veículo apreendido.

SEXTA-FEIRA, DIA 14

ALMODÔVAR GNR APREENDEU MEIXÃO

A GNR apreendeu, numa ribeira no Baixo Alentejo, 3,5 quilogramas de meixão e vários utensílios usados na apanha ilegal deste peixe, além de outras espécies de peixe e marisco, anunciou a força de segurança. A apreensão ocorreu na ribeira do Vascão, afluente do rio Guadiana, durante uma ação de combate à pesca ilegal de meixão (enguia-bebé) efetuada pelo Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Almodôvar da GNR em colaboração com técnicos do Parque Natural do Vale do Guadiana.

FERREIRA PRISÃO EFETIVA PARA PASTOR SEM CARTA

O Tribunal da Relação de Évora confirmou a pena de um ano de prisão efetiva para um pastor de Ferreira do Alentejo que, em abril, foi apanhado, pela sexta vez na sua “carreira”, a conduzir sem carta. Recorde-se que anteriormente o Tribunal de Beja o tinha condenado a um ano de prisão efetiva, mas o arguido recorreu para a Relação, pedindo a suspensão da pena, alegando, entre outras coisas, que era “o único meio de sustento” da sua família.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 17

SINES 200 TRABALHADORES RECEBEM FORMAÇÃO

A Escola Tecnológica do Litoral Alentejano (ETLA) vai dar formação a mais de 200 trabalhadores da refinaria de Sines durante os próximos quatro anos, anunciou a Galp Energia. Os 221 trabalhadores abrangidos são “operadores de consola e de exterior das cinco áreas operacionais da refinaria”, que irão receber 470 horas de formação, teórica e prática. As turmas são constituídas por “elementos das várias áreas operacionais e com graus de experiência distintos”, para permitir a “partilha” de conhecimentos.

ALCÁCER MADALENA MENDES VENCE CONCURSO

Um trabalho da autoria de Madalena Mendes, concebido com a técnica de pastel a seco, venceu o Concurso de Conceção da Imagem do Postal de Natal’12 do município de Alcácer do Sal, informou a câmara municipal. O concurso, que já vai na quarta edição, teve como destinatários os estudantes da Escola Secundária de Alcácer do Sal, visando promover a participação e o envolvimento da escola na comunidade.

TERÇA-FEIRA, DIA 18

ODEMIRA 310 CABAZES E 1 000 BRINQUEDOS

Um total de 310 cabazes alimentares e cerca de 1 000 brinquedos começaram a ser oferecidos a famílias carenciadas e a crianças do concelho de Odemira, com o objetivo de lhes proporcionar um Natal mais feliz, com a ajuda dos “Aliados do Natal”, uma campanha de solidariedade promovida pela Taipa – Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira. A campanha de oferta de brinquedos será depois alargada a todas as crianças, inspirando a partilha e o espírito de Natal na comunidade.

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Concerto para o Natal no Pax JuliaO Teatro Municipal Pax Julia, em Beja, rendeu-se mais uma vez ao Coro de Câmara de Beja. Este foi mais um Concerto para o Natal. O público aplaudiu e o coro, a atuar na sala de excelência da cidade, agradeceu o gesto.

O Natal chegou a Ferreira do AlentejoA quadra tem vindo a ser celebrada por pequenos e graúdos em Ferreira do Alentejo. Desta vez foram os participantes do projeto Ferreira Solidária que comemorarem o Natal. E a festa foi animada e juntou muitos em palco.

Concurso junta fotógrafos em SerpaSerpa entregou os prémios do concurso fotográfico Património (I)Material. André Boto, com a fotografia “O Arco”, e Rodrigo Antunes Cabrita, com a fotografia “Em casa ou na rua não se deve comer crua”, foram os vencedores. Seguiu-se a inauguração da exposição.

Pós-de-Mina na cafetaria da Casa da CulturaJosé Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara Municipal de Moura e do conselho executivo da Cimbal, participou num debate sobre “Desenvolvimento Económico e Social”, que aconteceu na cafetaria da Casa da Cultura de Beja.

Festa de Natal no Agrupamento N.º 1 de BejaO Agrupamento N.º1 de Beja finalizou o final de período com uma festa de Natal. E os alunos, como não poderia deixar de ser, foram os protagonistas da celebração. E a plateia encheu e aplaudiu os pequenos grandes atores.

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Natal

Foram vários os órgãos de comunicação social que tentaram, mas nós conseguimos (toma e embrulha,

“Jornal de Letras”!). O “Diário do Alentejo” apresenta a entrevista exclusiva com o Pai Natal. O verdadeiro!

E, numa altura em que se fala de crise, austeridade, fim do mundo e da nova cara de Alexandra Lencastre,

encontrámos um Pai Natal atento ao que o rodeia, preocupado, inovador – insistiu em ser entrevistado

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e da revista “Pontos e Bordados”. Enfim, só burocracia…

O que é que vai fazer agora?

Já recorremos aos tribunais, mas o meu advo-gado disse-me logo para não ter muita espe-rança. A lentidão na justiça portuguesa é tal que daqui a 15 anos devem estar a reabrir o pro-cesso dos Távoras.

E os brinquedos para este ano? Quem é que os

vai fazer?

Fiz um acordo com uma fábrica chinesa. Tenho de reconhecer que os miúdos chineses traba-lham muito bem… E a ASAE não mete lá o bedelho!

Estou a ver… Já agora, Pai Natal, uma curiosi-

dade. Aquele mito de que o senhor teria sido

inventado pela Coca-Cola é mesmo verdade?

Mais ou menos. Eu já tinha sido inventado an-tes, a Coca-Cola é que me contratou. Havia um olheiro de Pais Natais que viajava pelo mundo à procura do melhor para fazer a campanha publicitária deles. Mas esta minha transferên-cia para a Coca-Cola foi como a ida do Eusébio para o Benfica. Da mesma forma que o Eusébio esteve para ir para o Sporting antes de rumar ao clube da Luz, eu estive a um passo de assinar pela Canada Dry, mas à última hora fui para a Coca-Cola, e o resto é história… A Coca-Cola é um colosso e a Canada Dry é o Sporting do mundo dos refrigerantes.

Pai Natal, vamos focar-nos na atualidade.

Num tempo em que a palavra crise domina

tudo, como é que vê este Natal de 2012 em

particular?

Cada ano que passa, vejo o Natal com mais des-crença. Não me sinto respeitado.

Desculpe?

Sinto que não sou valorizado. O meu terapeuta bem me disse que tinha de aprender a afirmar a minha posição, e por isso estou a dizê-lo: acho que já não me dão valor!

Como assim, se continua a ser visto como uma

figura central desta época?

O Natal começou por ser visto como uma cele-bração do nascimento de Jesus… E continua a ser… Mas é Jesus quem entrega as prendas? É Jesus que tem de fazer dietas malucas para en-trar em chaminés cada vez mais pequenas e lutar contra exaustores demoníacos? Sabe da ginástica que tenho de fazer para não cair numa frigideira de óleo a ferver? Mas pronto, como o menino tem 2012 anos tem de se falar do menino Jesus…

Pai Natal, muito obrigado por nos receber na

sua casa.

Ho ho ho… Feliz Natal para si e para os seus! Feliz Natal para todos!

Como é que tem passado?

Bem, vai-se andando… Ando à rasca da coluna. O ano passado arranjei um problema ao trans-portar uns presentes de grande dimensão. Isto de descer a chaminé com uma mesa de bilhar no lombinho dá muito trabalho… Mas faço-o com todo o agrado! Ho ho ho…

É bom vê-lo com essa boa disposição. A Mãe

Natal tem ajudado?

Ho ho ho… porra! (Pai Natal começa a cho-rar.) Porque é que me foi perguntar isso... A Mãe Natal já não está connosco… (continua a cho-rar.) Eu admito que não fui um marido fácil… “Oh homem, mete as meias para lavar! Já foste despejar o lixo? Já meteste o papel de embrulho na reciclagem? Já mudaste o óleo às renas? Tens cuecas lavadas, porque é que não as usas?”… Enfim, sinto muita a falta dela…

Lamento, Pai Natal. Morreu?

Não, idiota, antes tivesse morrido. Alugou um T0 na Colina do Carmo e tem um relaciona-mento com outra pessoa. A Leopoldina. (E con-tinua a chorar.) Eu não me importo que ela se te-nha tornado lésbica, mas preferia que se tivesse juntado com a Popota – pelo menos tem mais chicha onde agarrar. Ah, que sofrimento… Eu devia ter percebido os sinais: os discos da Lara Li a tocar a toda a hora, os livros da Margarida Rebelo Pinto espalhados pela casa…

Pronto, se calhar é melhor mudar de assunto.

Nem tudo pode ser mau… Ainda trabalha com

os seus duendes no fabrico de brinquedos?

Oh homem! Você só me fala em tristezas… Aliciaram-me para me mudar para Portugal porque afirmavam que os duendes portugue-ses trabalhavam como os alemães e recebiam como os do Uganda. E correu tudo bem, até ao dia em que a minha oficina foi fechada pela ASAE. Acusaram-me de exploração de traba-lho infantil, pensavam que os duendes eram miúdos. Eu expliquei-lhes que não, mas eles in-sistiram que os duendes tinham de ir para a es-cola… E eu a explicar-lhes: “Eles só embrulham os Magalhães, não têm de ser forçados a tra-balhar com eles!”, mas não me ligaram. Além disso, disseram-me que não podiamos cons-truir brinquedos que não obedecessem às di-retrizes da União Europeia, da Greenpeace, do Ministério da Economia, da Drogaria Armando Espada, do Vítor Gaspar, do Manoel de Oliveira

Mãe Natal refugiou-se com Leopoldina na Colina do Carmo

Pai Natal passa dias angustiantes na Lapónia

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Mas o que quer dizer? Noto aí uma pontinha de

ciúme… Quer dizer que Jesus não existe?

Nada disso! Vocês, os jornalistas, é que só que-rem sangue! Jesus existe, mas o que é que ele faz pelo Natal? É ele que entrega milhares de Playstations numa noite? Não! Se calhar nunca ajudou o pai na carpintaria! E curou um cego ao tocar-lhe na cabeça? A sério? O quê, agora Jesus também tem formação em optometria? Se um idoso com 2012 anos vivesse em Portugal, en-fiavam-no num lar ilegal e gamavam-lhe a re-forma… Mas pronto, como se chama Jesus, acreditam e perdoam-lhe tudo.

Mas esse desencanto só tem a ver com a aten-

ção dada a Jesus?

Isso não é nada! O problema é outro. Você já viu como é que eu sou representado? Já viu a praga de Pais Natais magros, com olheiras e sem piada? E as marchas de Pais Natais para bater recordes do Guinness? Parecem concentrações de imitadores do José Milhazes...

Isso é porque as pessoas gostam de si.

Se gostassem de mim, não punham bonecos de Pais Natais a trepar as varandas… Nunca dá para perceber se vão entrar em casa para distribuir presentes ou fazer um assalto à mão armada. E quando, na mesma varanda, me-tem aos três e aos quatro Pais Natais? Parecem um gang… O que é que vem a seguir? Vão me-ter os bonecos a trepar postes de comunica-ções? Ainda vão dizer que o Pai Natal vai rou-bar cobre!

Mas as crianças continuam a gostar muito de si

e a mandar-lhe cartas…

Já não é o que era… Os miúdos de hoje não es-tão particularmente virados para o Pai Natal. Nem sabem muito bem quem eu sou. Ainda no outro dia um miúdo no centro comercial come-çou a comer-me a barba pensado que era algo-dão-doce… E no mês passado cruzei-me com uma data de adolescentes que ficaram todos en-tusiasmados por me ver, e eu não percebia por-quê. Acontece que iam para a Convenção do Bloco de Esquerda, e um militante mais velho teve de lhes explicar que eu não era o Marx…

E aquelas cartas? Quem é que as consegue ler, estando escritas daquela maneira? Linguagem SNS, ou SMS, ou Smarties, ou lá o que é… De há uns anos para cá até tive de começar a contratar um hacker para fazer a descodificação daquela linguagem…

Não estará a levar as coisas muito a peito?

Não, senhor! Quer outro exemplo? Antigamente, as famílias deixavam-me um pratinho com al-gumas iguarias para me aguentar na noite de 24. Nos últimos anos só me deixam os restos. Há dois anos fraturei o maxilar em dois sítios depois de comer rabanadas com 15 dias… No ano passado, após comer torrão de Alicante, fiquei com a minha placa quase inutilizada. Aquilo só saiu com esfregão de arame e ácido muriático… É o que eu digo, já não há respeito pelas instituições!

Vamos passar à frente. Segundo descobrimos,

o Pai Natal tem fortes ligações ao Alentejo.

Consta que até tem uma tia na Amareleja. É

verdade?

É quase verdade. Não é uma tia, é uma tetravó. Uma fantástica atriz!

Atriz natural da Amareleja? É familiar de Eunice

Muñoz? Sim. É uma querida! Felizmente teve a felici-dade de ter alguém como Gil Vicente a apostar nela e a reconhecer o seu talento. Não podia ter iniciado a carreira de melhor modo.

Pois… Alguma vez visitou o Alentejo?

Vou lá todos os anos, visitar uma prima finlan-desa que vive no parque de campismo de Beja. É muito agradável: o tempo é fantástico, a luz é linda, a comida ótima… Só é pena que nin-guém me reconheça quando não estou ves-tido de Pai Natal. Geralmente ignoram-me ou, quando estou muito tempo parado, atiram-me moedas para os pés. Acho que me confundem com um sem-abrigo.

Também sei que está atento à atualidade regio-

nal alentejana. Há algo que queira destacar?

É verdade… Fui assinante do “Notícias de Beja”

até há bem pouco tempo. Mas enquanto não ar-ranjarem uma versão para iPad, não renovo a assinatura. E tenho andado a acompanhar as obras nas Portas de Mértola, por exemplo.

Estão quase a acabar…

Pudera, começaram por alturas das invasões napoleónicas! Já era tempo…

Gosta do resultado final?

Lamento profundamente que não haja espaço para estacionar as minhas renas… E que não haja um posto para carregar as minhas duas re-nas elétricas…

Renas elétricas?

Sim, ao contrário do que possam pensar, aqui o Pai Natal é muito amigo do ambiente. Só é pena que estas tenham pouca autonomia… Se de-pendesse só delas, distribuiria apenas presentes entre Pias e Moura.

Costuma receber cartas de figuras da região?

O que é que lhe pedem?

As coisas mais inacreditáveis. Este ano recebi a carta do deputado Mário Simões – pede-me que o PSD tenha mais de 1 000 votos em todo o distrito nas próximas autárquicas. Eu já lhe res-pondi… Disse-lhe: “Mário, filho, tu não queres um presente, queres um milagre! Olha, entra em contacto com o menino Jesus, pode ser que ele te dê uma mãozinha e que cure alguém das cataratas pelo caminho… Ho ho ho…”.

Fascinante, Pai Natal. E quem mais lhe enviou

cartas?

Recebi uma carta do Miguel Ramalho, mas não percebi nada. Tive de pedir ajuda a um dos duendes para a ler. Estava toda esborratada das lágrimas que ele derramou pelo facto de a CDU não o deixar ser cabeça de lista à Câmara de Beja. Segundo percebi, ele pediu como prenda de Natal a cabeça de Pulido Valente numa ban-deja de prata. Ou era isso, ou uma caixa de Mon Chéri, não sei…

Já agora, recebeu uma carta do presidente da

Câmara de Beja?

Claro! Pediu-me coisas muito simples. Paz no Médio Oriente, fim da fome em África, que o preço dos combustíveis baixe e que o João Rocha se candidate a uma Câmara nas próxi-mas eleições, desde que seja na Tailândia… Ah, e um colete à prova de bala para as próximas as-sembleias municipais e distritais.

Mais alguma carta que queira destacar?

Sim, quero destacar a carta de um grande senhor: Castro e Brito. Ele pediu-me uma ExpoBeja só para ele. Por mim, até lhe dava duas! Ele é muito simpático. Sempre que passo pela Ovibeja oferece-me feno com fibras para as minhas renas obrarem bem. Se eu tivesse po-der, faria tudo para que fosse canonizado! Veja bem a quantidade de presidentes da Câmara de Beja e ministros da Agricultura que ele teve de aturar! É por isso que é muito respeitado. Digo--lhe mais, se aquele homem fosse considerado santo, haveria uma data de agricultores que vi-riam de propósito de Portel só para se encon-trarem com ele e lhe poderem tocar na alfaia agrícola.

Agora que estamos quase a terminar a nossa

entrevista, permita-me uma pergunta à Daniel

Oliveira: Pai Natal, o que dizem os seus olhos?

Dizem-me que se eu não tiver cuidado com os doces, daqui a uns meses vejo uma camada de tal maneira de diabetes que não vou conse-guir distinguir as minhas renas de um fogão de campismo.

Quer deixar alguma mensagem de Natal aos

leitores do “Diário do Alentejo”?

Desejo-lhes um Bom Natal! Não gastem tudo em gomas, evitem os fritos e leiam um livro de vez em quando, desde que não seja mais um vo-lume da biografia do Paulo Futre… Ah! E se vi-rem o senhor que escreve a secção de Filatelia do jornal, mandem-lhe um abraço meu, está bem? Sou um grande fã!

Ricardo Cataluna viajou para a Lapónia, a partir do aeroporto de Beja, num avião da Zé Renato Air fretado pela Liga de Amigos do Pai Natal de Vale de Vargo.

sem calças –, mas desiludido com esta quadra, e com saudades do tempo em que imperava o amor, a espe-

rança, e em que a família se reunia à volta da mesa a ver o filme “Música no Coração” pela 547.ª vez com o tio

Alfredo, que tresandava a brilhantina. Foi um Pai Natal desassombrado que contou histórias nunca antes re-

latadas e revelou o muito que o liga ao… Alentejo. Esta entrevista é da irresponsabilidade de Ricardo Cataluna

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É certo que o tempo não está para grandes gastos. Mas neste Natal não quisemos deixar de sugerir

um leque de presentes que podem, de alguma forma, animar a quadra. São livros e discos de autores e

artistas alentejanos, ou com forte ligação à região, todos eles dados à estampa ao longo de 2012. E sobre

os quais o “Diário do Alentejo”, atempadamente, deu especial destaque nas suas páginas.

Sugestões de Carla Ferreira

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Eu sei! Ser preto no brancoNuno Colaço

Psicólogo clínico nascido em Beja, mas com atividade em Lisboa, Nuno Colaço é o autor de Eu sei! Ser preto no branco, lançado na cidade natal no início do ano. Uma obra de ficção que, em simul-tâneo, propõe uma nova abordagem científica e descreve como pode tornar--se autodestrutiva uma vida baseada no “parecer”.

Às vezes o mar não chegaSofia Marrecas Ferreira

De famílias alentejanas bem antigas, Sofia Marrecas Ferreira lançou em 2012 o seu sexto romance, regressando à re-gião e aos seus costumes e crenças. Às vezes o mar não chega, que se constrói em redor da história de três irmãs apai-xonadas pelo mesmo homem, é uma ho-menagem assumida ao Alentejo, tam-bém ele uma personagem da intriga.

A Girafa MariaAlexandra Graça

Quem melhor do que uma educadora de infância para conceber uma história que, a um tempo, divirta e eduque a crian-çada? Alexandra Graça, natural de Beja e versada em várias formas de arte – da dança às artes plásticas – é a mãe orgu-lhosa de A Girafa Maria. Um livro em que, de “forma lúdica, despretensiosa e alegre”, se transmitem valores essenciais como a “tolerância e o respeito”.

Comeres com poemasPara viver um grande amorAntónio Murteira

Nasceu no concelho de Évora mas já correu meio mundo. E é desse cru-zamento entre o universal e o local – um lugar “mítico” que conserva sem-pre, chamado Alentejo – que António Murteira fez surgir Comeres com po-emas| Para viver um grande amor. O livro foi lançado em Beja em março úl-timo e, contrariando o título, não é uma obra de poesia. Embora consubstancie um “texto poético”.

Sonhar ao LongeJorge Serafim, José Francisco

Se não podemos mudar o mundo, po-demos ao menos mudar a nossa pers-petiva sobre ele. É esta a premissa de Sonhar ao Longe, a estreia do conta-dor de histórias Jorge Serafim na escrita para crianças, dado a conhecer aos be-jenses em abril último. As ilustrações são de outro bejense, José Francisco, e a história é a de um rapazinho que quer mais bela e acolhedora a rua feia e desu-manizada onde vive.

O Fronteiro do SulJoseia Matos Mira

Rareiam os heróis contemporâneos mas Joseia Matos Mira, professora de literatura e baleizoeira de nas-cimento, não se resigna. Foi ao sé-culo XII resgatar Gonçalo Mendes da Maia, o homem que, diz a lenda, aos 95 anos terá enfrentado os mou-ros até à morte na planície de Beja. O Fronteiro do Sul, romance lançado no verão, é uma lição de “força e or-gulho” em tempos de perda de sobe-rania nacional.

Lendas de Beja – O touro e a cobra e outras históriasJosé Rabaça gaspar

Beirão, José Rabaça Gaspar ensinou a língua mãe ao longo de 20 anos em Beja, usando as lendas e as tradições locais como forma de abrir caminho para o terreno, tantas vezes temido, da literatura. O livro estava pronto desde a década de 80, mas só no pas-sado mês de julho viu a luz do dia. Lendas de Beja – O touro e a cobra e outras histórias é, confessou o au-tor, uma oportunidade para “devol-ver” aos bejenses os seus mitos.

No Caminho sob a Estrelas – Santiago e a Peregrinação a CompostelaJosé António Falcão

Tem mostrado a vários pontos do mundo a arte sacra do território baixo-alentejano e este livro, lançado no último verão, é mais um passo nesse caminho. No Caminho sob a Estrelas – Santiago e a Peregrinação a Compostela , José António Falcão, diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, reúne a colaboração de 26 investigadores, naquele que é o primeiro balanço sobre o culto jaco-beu no Alentejo. Canto Imperecível das AvesAntónio Vilhena

Depois de seis anos de ausência, António Vilhena regressou aos li-vros com uma obra de poesia. Canto Imperecível das Aves, livro que teve apresentação em Beja, terra natal do autor, em setembro último, é uma obra em que o Alentejo se vai asso-mando, aqui e ali, em vários poemas. Ou não tivesse Vilhena um “compro-misso divino” com a região que o viu nascer.

Cameirinha – a biografiaAntónio José Brito

Cumpridas seis décadas de vida em-presarial, Leonel Cameirinha já me-receria uma biografia. E coube ao jornalista António José Brito esse projeto de dar a conhecer o lado menos público de um homem que se distingue por uma invulgar capaci-dade de trabalho, aliada a uma tam-bém rara habilidade social. O li-vro apresentou-se aos bejenses em julho.

Transumância das Pequenas CoisasLuís Filipe Maçarico

É o seu décimo quarto livro de po-emas, este que foi lançado, não sem propósito, no Museu da Ruralidade, em Entradas, no passado mês de outubro. Transumância das Pequenas Coisas reúne 23 poemas onde Luís Filipe Maçarico, que nas-ceu em Évora, ref lete sobre a “ca-minhada da vida”. No seu caso, um percurso sempre ligado à região na-tal, às suas gentes, história, cultura e mundividência.

A paisagem e as pala-vras que lá estão – Levantado do Chão, um romance políticoFernanda Cunha

É lisboeta mas parece ter sido o seu “coração alentejano” que a levou de volta ao romance Levantado do Chão, num livro em que homenageia a região e os seus “heróis imprová-veis”. No ano em que José Saramago faria 90 anos, Fernanda Cunha, bió-loga e autarca em Garvão, lançou A paisagem e as palavras que lá es-tão – Levantado do Chão, um ro-mance político. Em outubro, na própria fundação que leva o nome do Nobel da Literatura.

Os demónios de Álvaro CobraCarlos Campaniço

Está bem lançado o nosso conter-râneo Carlos Campaniço, escritor de Safara. Com Os demónios de Álvaro Cobra, venceu em outubro o Prémio Literário Cidade de Almada 2012 e foi também escolhido para integrar o plano editorial do Grupo Leya, previsivelmente no início do próximo ano. Uma obra que, diz, “retrata a condição humana do sé-culo XIX, num Alentejo parado de novidades, onde a imaginação de um homem quebra barreiras im-postas pela sociedade”.

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FadoNapoleão Mira

No mesmo livro, Napoleão Mira, na-tural de Entradas, fez duas homena-gens: aos emigrantes da década de 60 e a Amália Rodrigues, a sua diva de sempre. Fado foi lançado em abril, na Feira do Livro de Castro Verde, mar-cando a estreia no romance de um ho-mem que também trata por tu a mú-sica e a palavra dita. Graças ao filho, o rapper Sam The Kid.

O TrilhoJosé Saúde

Homem dos jornais e do desporto, José Saúde lançou-se este ano nos do-mínios da ficção com um livro que é um exercício de futurologia protago-nizado, nada mais nada menos, do que por Jesus. Esse mesmo cujo nas-cimento, há 2012 anos, celebramos daqui a dias. O Trilho foi apresen-tado em maio, em Beja, e tem como pano de fundo o interior alentejano num período de um século – de 1950 a 2050.

E o vento soprou do LesteJosé Augusto Varela

Foi em torno de os Campaniços, um clã rural que, no espaço de um século, na margem esquerda do Guadiana, vê as suas condições de vida degra-darem-se até à emigração, que José Augusto Varela se estreou no domí-nio da ficção. E o vento soprou do Leste, lançado em novembro, é a vi-são de um especialista em Política Agrícola Comum e Desenvolvimento Rural que vive com o Alentejo “uma história de amor”.

As Terras e as Gentes do CanteCarminda Cavaco, Paulo Lima, António Cunha, Augusto Brázio

Trata-se do primeiro livro da candida-tura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade e foi lançado há dias na Assembleia da República. Uma obra de divulgação da região, apaixonada mas também crítica, que resulta de um trabalho a oito mãos. Por Carminda Cavaco e Paulo Lima, geógrafa e antropólogo, e pelos fotógrafos António Cunha e Augusto Brázio. O rótulo mais apro-priado será “uma geografia do cante”.

Doce LarVirgem Suta

Depois dos muitos quilómetros an-dados, das horas na estrada e dos in-contáveis concertos que já os leva-ram de norte a sul do País, os bejenses Virgem Suta parecem ter encontrado o seu “Doce Lar”. Um novo álbum em que a dupla Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo se revela “mais madura”, transpondo para a música “uma vi-são da vida e do mundo mais ampla e contemplativa”.

No silêncio das casasPaulo Ribeiro

É o segundo álbum de originais do cantautor bejense Paulo Ribeiro e surge em 2012 depois de uma década de espera deliberada pelos “cúm-plices certos”, nomes como os de Sara Côrte-Real, Celina da Piedade, Viviane ou Zeca Medeiros. Mais con-tido nos instrumentos e de tempera-mento “outonal”, “No silêncio das ca-sas” revela um Paulo Ribeiro também letrista, produtor e arranjador.

QuintoAntónio Zambujo

As coisas não podiam estar a cor-rer melhor a António José Zambujo. Lançado em abril, o novíssimo “Quinto” rapidamente chegou a disco de ouro, tendo sido foi eleito pela re-vista “Blitz” como o melhor disco português de 2012. “Fado descon-certado”, “A casa fechada”, “Algo es-tranho acontece” são os temas que abrem o desfile de 14 faixas, num elenco de autores onde se podem en-contrar Maria do Rosário Pedreira, João Monge, José Eduardo Agualusa ou Pedro Silva Martins (Deolinda). É fado? É cante? É bossa-nova? É António José Zambujo.

ChãoAs Ceifeiras de Entradas

É, em essência, um disco de modas alentejanas mas vai um bocadinho mais longe. “Chão”, o primeiro tra-balho discográfico de As Ceifeiras de Entradas, desafiou 12 autores da re-gião a desconstruir poemas originais, reescrevendo-os à sua maneira, e ofe-rece duas interpretações exclusivas. Uma acompanhada ao piano e outra em dueto com os antigos Ceifeiros da terra.

Caracol BluesCaracol Blues

É o rock que nos chega da sola-renga capital do Baixo Alentejo. Chamam-se Caracol Blues e lançaram no início de 2012 o seu primeiro cd. Genericamente, são seis temas rock bem esgalhados e cantados num por-tuguês bem-humorado. O disco foi gravado nos estúdios Portal do Som, em Cuba. Os Caracol Blues são for-mados por Zeca Serrano (voz e viola ritmo), Toi Campos (viola solo), Luís Dionísio (baixo, vozes) e Zé Condeça (bateria, vozes).No próximo dia 30 à noitinha tocam em Beja, na praça da República. É ir lá vê-los.

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CrónicaVelho tempode NatalJoão Mário Caldeira

Qu a n d o o s curtos dias de inverno, escondidos por detrás das névoas das manhãs, vêm ainda implorar na-tais, todos os

anos sou assaltado pela nostalgia do meu encantamento de criança logo que chega dezembro. Eram tempos de um grande de-sassossego.

Interrogo-me hoje se esse meu deslum-brado estado de alma era extensivo aos meus companheiros de escola e brincadeira que, face ao frio, não tinham, como eu, bu-tes de atanado, calças de lã (que eu detestava porque me picavam as pernas) e blusas de malha tricotadas pelas mães.

Os pés descalços, as canelas chagadas das labaredas efémeras da esteva, os calções re-mendados de cotim e as camisas de riscado, permitiriam àqueles rapazes algum sentir esotérico perante a inclemência do clima e as carências de toda a ordem em que vi-viam? Sou tentado a dizer que sim. Recordo que também neles havia qualquer coisa que mexia no seu imaginário, tal era a pai-xão que lhes via ao combinarmos estratégi-cas para roubar a lenha dos quintais alheios destinada à coletiva fogueira acendida num dos largos da aldeia na noite de vinte e qua-tro. Mas não sei se o enorme lume, só possí-vel pelo afã da rapaziada durante quase um mês, destinado a aquecer o Deus Menino (como todos dizíamos) teria efetivamente para os meus companheiros algum senti-mento transcendental ou somente o prag-mático objetivo de se vingarem, pelo menos numa noite, do inclemente frio de inverno. Aquecer o Deus Menino ou aquecer o me-nino que neles tiritava com frio? Seja como for, recordo com espanto a disciplina e a efi-ciência que esses sofridos moços punham na ação, coisa que nesse tempo me cau-sava inveja e que hoje enalteço pelo estoi-cismo que demonstravam face a condições tão adversas.

Eu sonhava perdidamente com o Natal, absorvendo tudo o que o anunciava. O tempo que o antecedia (em que se incluíam as aguardadíssimas férias escolares) era para mim mais fascinante que a comemora-ção da própria data.

Não havia rádio em casa e a televisão era, então, coisa impensável, mas no jornal “O Século” (de que o meu pai era correspon-dente local numa aldeia do fim do mundo

onde o mais que podia acontecer era uma altercação entre vizinhos) apareciam já si-nais da quadra, não só nos anúncios ador-nados com desenhos de ramos de azevinho (a firma Valente & Osório deseja-lhe Bom Natal e próspero Ano Novo) como nos su-plementos infantis (o saudoso Pim-Pam- -Pum) que iam evocando a magia que me fazia estremecer. O Pai Natal, retratado por vezes no jornal, era já o velho barrigudo de hoje mas sem a vermelhidão das faces e do traje porque então imprimia-se invariavel-mente a preto e branco.

Os postais de boas-festas que se rece-biam em casa (habitualmente de firmas, porque o meu pai tinha um comércio, mas também de alguns amigos e parentes) mais espicaçavam a minha fantasia natalícia. Alguns vinham já a cor, sugerindo paraísos de neve com abetos que eu nunca vira, can-delabros iluminando recantos inimaginá-veis de quente aconchego, velas de pavio in-tenso inexplicavelmente acesas sobre ramos de pinheiro, circunspectos piscos de peito vermelho pousados em braços gélidos de árvores desnudadas, às vezes a evocação do Deus Menino nascido entre palhinhas num longínquo pardieiro, enfim um mundo que eu queria segurar para nele acalentar um sonho de interiorizada magia.

Dias antes de vinte e quatro, um aconte-cimento marcava pontos em tempo tão ab-sorvente. A minha mãe com as duas irmãs e filhas destas, tiravam uma noite para os fritos de Natal. Ao contrário dos bolos da Páscoa cuja empresa exigia forno de lenha que não havia em nossa casa, a confeção das filhoses e dos brinholos decorria na espa-çosa lareira de meus pais, lareira à antiga, de grande vão, onde cabia uma família in-teira sentada à volta do lume. Madeiros de azinho mais volumosos que o habitual for-neciam o combustível, produzindo bra-sas sobre as quais se colocavam trempes de ferro onde assentavam os tachos com o azeite de fritar, aparato desusual que es-pantava o meu pai do seu poiso dileto, obri-gando-o a ir ler o jornal para outro lado que não junto ao fogo, como era seu costume.

Era uma noite diferente. Não esqueço as minhas tias e primas de caras avermelha-das pelo lume (a minha mãe, qual bávara ro-sada de olhos azuis) equipadas com lenços e brancos aventais, em conversa animada, de riso frequente, amassando, tendendo e fri-tando a massa tenra que deixava no ar va-pores gordurentos adoçados pelo cheiro a funcho da erva-doce, que recordo especial-mente. Essa azáfama, de que retenho gestos (o rodar da recartilha) e sons (o batido da massa, o seu rechinar no azeite) era também complemento para o meu fascínio, mas a ré-dea solta que me proporcionava, a mim, ao meu irmão e a um nosso primo, talvez fosse motivo ainda mais especial. Nessa noite ha-via como que uma espécie de salvo-conduto que nos permitia o encontro com os compa-nheiros, sempre libertos nos lugares habitu-ais onde por vezes se acendiam lumes fuga-zes que mal espantavam o escuro e o frio.

Não era bem uma saída consentida, mas to-lerada porque nós éramos um empecilho, no meio daquela barafunda.

Nas habitações com algum desafogo como a nossa, em que havia algumas posses e uma cultura mais urbanizada, era tam-bém hábito armar um presépio, coisa que a minha mãe nos consentia, pese embora as reservas de comprometer o asseio da casa, especialmente com o musgo, que trazia sempre terra e humidade, embora garan-tisse um aveludado prado verde onde dispú-nhamos as personagens do entremez. Para dar um ar ainda mais fresco e viçoso à su-perfície do campo, colocávamos aqui e ali bocados de espelho que supostamente de-viam sugerir remansosos charcos de água, tudo longíssimo do clima desértico onde Cristo terá nascido. Nos lagos largávamos vistosos patos brancos de gesso cujo tama-nho sobrelevava em muito o tamanho dos pastores ou dos reis magos, que montados em camelos (todos também em gesso que nós próprios confecionávamos) simulavam aproximar-se da cabana (coberta de flocos de algodão a imitar neve) onde tinha nas-cido o Menino, bebé de proporções incom-patíveis com a estatura dos progenitores, coisa em que não reparávamos. Não havia escala nem limites para a nossa imagina-ção, embora tenha ainda presente o sorriso contido dos meus pais quando os chamáva-mos para apreciar a obra.

Vividos todos esses acontecimentos com uma intensidade que não deixa de me sur-preender, o implacável correr dos dias ia, a pouco e pouco, acabando com o meu êxtase exacerbado. A véspera de vinte cinco che-gava finalmente com os eventos tradicio-nais: a chocalhada matinal, a espetacular fogueira coletiva acesa ao anoitecer no largo da nossa casa e, noite adentro, os cantares ao Menino entoados por grupos de homens, de porta em porta. Sucedia-se o dia de Natal propriamente dito, para mim sem grande significado, reduzido a dois ou três choco-lates no sapatinho (mais propriamente nos meus butes cardados) e a um almoço espe-cial (normalmente galinha) a cargo da mi-nha mãe que não se esquecia de pôr os fritos à sobremesa polvilhados com açúcar e ca-nela num grande prato de esmalte.

No dia seguinte sobrevinha o vazio, a grande nostalgia do sonho ter acabado e só um ano depois haver outro Natal para dar largas à minha apaixonante fantasia que, como é óbvio, eu não reconhecia como tal.

Como quem conserva uma flor entre as páginas de uma velha enciclopédia para re-cordar um momento qualquer da vida, as-sim guardo eu hoje na lembrança esse meu alvoroço de pequeno, inevitavelmente em-palidecendo como a flor dissecada no meio do livro mas resistindo através do tempo.

Talvez por isso há ainda qualquer coisa de intemporal e terno (e fantasista, sem dúvida) que em mim desperta quando chega dezem-bro, pese embora o ultraje que a sociedade de consumo hoje confere ao Natal, tudo detur-pando e massificando sem piedade.

E com o tempo passamos a viver bem com a fome no mundo, com a pobreza que vive ao nosso lado. Com o tempo, deixamos de ser sensíveis. A falta de pragmatismo matou a nossa sensibilidade. Inês Teotónio Pereira, “I”, 15 de dezembro de 2012

10 Faleceu no passado dia 13, num lar da cidade de Beja, BENVINDA PAULINO. Tinha 84 anos e estava acamada

há já algum tempo. O tempo suficiente para a cidade de Beja, os bejenses, sentir a sua falta. Ora nas partidas de carnaval, ora nos apupos ao árbitro dos jogos do Desportivo, ora vestida de Pai Natal à porta da loja Ribeiro. Ora todo e qualquer dia com um sorriso irrepetível nos lábios. Descansa em paz, Benvinda. PB

Poemário

Sonhode NatalAntónio Machado

Ao sair de casa um diaFiquei deveras espantadoAchei o mundo mudadoQuase nada conheciaVi em todos alegriaEm toda a parte belezaNão vi em ninguém tristezaVi amor em qualquer rostoTudo feliz bem dispostoCom paz, saúde e franqueza

Ficou em mim a certezaDe estar num mundo diferenteCom bem estar para toda a genteNão vi que houvesse pobrezaHavia amor e nobrezaLealdade e compreensãoToda a gente a dar a mãoSem nada querer receberFiquei contente em saberQue havia grande união

Vi crianças ir para a escolaVi crianças a brincarVi homens a trabalharNão vi gente a pedir esmolaOlhei nas flores a corolaNão ouvi ninguém chorarSó senti felicidadeCantei e ti com vontadeDe toda a gente abraçar

Ouvi a todos dizerQue tinha acabado a guerraEm toda a parte da terraJamais ia acontecerPara sempre iria haverPaz, alegria e amorSem haver pranto nem dorToda a gente se estimavaJá ninguém mais se odiavaToda a vida era um primor

As armas para matarTinham sido destruídasSó seriam construídasArmas para trabalharA riqueza ia aumentarA ninguém faltava o pãoQue grande consolação Ter o mundo tal mudançaA nossa infinita esperançaHoje era satisfação

Não havia mais maldadeNem ambições desmedidasHavia em todas as vidasHonra, carinho e bondadeQue imensa felicidadeO presente hoje nos davaToda a gente se adoravaO passado ia esquecendoNovo rumo ia correndo Neste vida que alegrava

Deu-me um baque o coraçãoAcordei em sobressaltoUm mundo belo e tão altoEra uma pura ilusãoQuase perdi a razãoAo ver o mundo realOnde existe tanto malOnde nem tudo é risonhoFoi pena ser só um sonhoLindo sonho de Natal.

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Pensava que isto fosse uma crónica mas não é, agora vou escrever outra coisa que se resume numa frase apenas e a frase consiste no seguinte: tenho saudades de uma porção de pessoas, algumas que já morreram e outras acho que ainda não e digo acho porque não sei delas há um ror de tempo. Se calhar continuam por aí conforme continuo por aqui, sabe Deus como e, se Deus não sabe, quem sou eu para saber, a gente pensa que Deus conhece tudo e se calhar não, com a idade que tem não admira, há lembranças que escapam a uma criatura nova, quanto mais. António Lobo Antunes, “Visão”, 13 de dezembro de 2012

11Numa altura em que o consumo desceu para índices nunca antes vistos, numa altura em que o crédito é uma

miragem ou um suicídio, numa altura de perfeito descalabro económico, um louvor a todos os pequenos e médios EMPRESÁRIOS que conseguiram chegar até aqui. Não é que daqui para diante possa ser melhor. Mas o facto de chegar até ao Natal, para alguns, já é uma vitória. Ou um milagre. PB

Uma nota positiva para todas as AUTARQUIAS da região que, apesar do terrível torniquete orçamental

que sofreram em 2012, que apertou ainda mais com a implementação da famigerada Lei dos Compromissos, ainda conseguiram reservar algum oxigénio financeiro para embelezar as cidades e as vilas, num convite fraterno (ou desesperado) às compras no comércio tradicional. PB

ContoUm Conto de Natal– de Passos DickensBruno Ferreira Humorista

Véspera de Natal. Passos Coelho, o avarento primeiro-ministro está ainda no seu gabinete a despachar documentos com mais aumentos de impostos. A seu lado o pequeno sobrinho Carlinhos Moedas, seu ajudante, vai carimbando a pape-lada e lambendo envelopes.

“Tio, já é tão tarde, eu gostava de ir passar a noite de Natal a Beja

com a minha família. E como acabámos com a autoestrada vou levar horas. O IP8 está um caos, e já não há comboio direto…”.

“Cala-te e trabalha! Este ano não há Natal no Governo. É preciso aumentar as receitas.” Dito isto a caneta do chefe do Governo raspa desafinadamente no papel. “Arre! Acabou a tinta! Moedas, vai imediatamente ao chinês comprar uma caneta!”

“Mas tio, as lojas estão todas fechadas. É véspera de Natal”, retorque o jovem sobrinho. “Eu gostava tanto de poder ir ter com os meus…”.

“Aargh! Pronto, vai-te lá embora!”, interrompe, irado, Passos Coelho. “Mas amanhã quero-te aqui bem cedo. E não te esqueças da caneta”, diz ainda, amargo.

“Muito obrigado, tio Passos!”, agradece, contente, o peque-note Moedas enquanto coloca as luvas e o cachecol para debe-lar as rajadas de vento desta fria noite de Natal. Antes de sair, e vestindo o casaco, Carlinhos despede-se do seu tio: “Boa noite, tio. E feliz Natal!”

“Este ano não há Natal, já disse! Estamos em crise! As pes-soas deviam era ter juízo e em vez de gastarem dinheiro em presentes deviam era poupar. Para depois eu lá ir buscar”, ra-bujou Passos. Carlinhos já não ouviu a última parte. Uns quan-tos papeis ainda esvoaçam pela sala depois do sobrinho sair fe-chando a porta.

Passos passeia-se pelo gabinete, agora deserto. “Assim nunca iremos cumprir o défice”, resmunga enquanto vê, pela janela, as luzes de Natal cintilarem nas ruas desertas. No mesmo ins-tante começa a ouvir o som de correntes de ferro a serem ar-rastadas. Passos vira-se, olhando para todos os lados, mas não vê ninguém. “Quem está aí? És tu Vitor Gaspar?”. Mas quem lhe responde não é o ministro, senão um seu antigo antecessor: António de Oliveira Salazar. O seu fantasma está agora à frente de Passos, arrastando longas correntes atrás de si.

“Já viste a trapalhada em que te meteste?”, pergunta Salazar. Passos, atormentado, responde gaguejando: - “Não fui eu, Presidente do Conselho. Foram os outros antes de mim que…”.

“Uma ova!”, interrompe Salazar. “Eu bem sei que é diver-tido andar a enganar as pessoas, vê-las assustadas, pregar-lhes umas mentiras. Mas tu ainda não tens estaleca, Pedro”.

“Não, nós estamos no caminho certo. Dr. Salazar. Ainda agora a troika disse isso!”

“Tu não percebes nada. És um catraio. Estás a ver estas cor-rentes que arrasto comigo? São um castigo pelo que cá andei a fazer. Se me arrependesse livrava-me disto neste instante. Mas a verdade é que se pudesse… fazia tudo outra vez”, gargalha Salazar. “Os meus camaradas Franco, Adolfo, Benito, o semi-nário, as Províncias Ultramarinas... Eu tive uma bela vida.”

“Eu também quero, Dr. Salazar! Ensine-me tudo! Como se faz?”

“Esquece. Os tempos são outros, meu rapaz. Apenas te digo

que irás ser visitado por três espíritos. Ouve o que têm para te dizer. Senão acabas orgulhosamente só. Quero dizer: só com o Gaspar.

E o fantasma de Salazar desaparece levando consigo o som das correntes. Mal Pedro se senta para descansar as pernas bambas, e eis que ouve uma gargalhada vinda do fundo do seu escritório. “Quem está aí?”, indaga Passos, a medo.

“Sou eu, o José Sócrates, o Espírito do Governo Passado. Está porreiro, pá?”, diz o fantasma risonho, de nariz abatatado, que traz uma vela na mão.

“Francamente!”, diz Passos Coelho, “É preciso ter lata! O que é que você faz aqui?”, pergunta o primeiro-ministro irado.

“Eu venho com a missão de o chamar à razão, Pedro. Quero mostrar-lhe como está o pobre Carlinhos Moedas a passar esta noite de Natal, para perceber a sua injustiça.”

“O inútil do meu sobrinho? O que é que ele tem?” E o fan-tasma do Governo Passado faz refletir na janela do gabinete de Passos Coelho o jantar de consoada em casa da família do Carlinhos Moedas.

“Está a ver, Pedro? Olhe para o pobrezinho a jantar restos. Tão triste. Para poder trocar os pneus estafados por aquele IP8 miserável, a caminho de Beja, não pôde comprar presentes aos filhos”. Passos Coelho fecha a expressão e nada responde. “E sabe porquê esta desgraça? Porque você mandou parar todas as grandes obras que o Governo Passado iniciou.”

“Mas vocês foram uns esbanjadores! Levaram o país à ru-ína!”, vocifera Passos Coelho.

“Ora, não seja histérico, Pedro. São os ciclos normais da economia. Oiça, você não pode romper o fio da história, você é português como eu, o Guterres, o Durão, e os outros todos. Não pode armar-se em europeu no norte, Pedro. O seu destino é continuar a enterrar o país.

“Mas temos o FMI, o BCE e a UE à perna, e se não equilibra-mos as contas, eles…”.

“Eles dão-nos mais dinheiro, Pedro. Como não param de dar à Grécia. É normal haver dívidas. Assim é que andamos para a frente. Ouça, você tem de pôr o país a gastar mais. Você é muito forreta. Olhe para esse fato, Pedro. Isso é de onde? Da Modalfa? Ora, use o cartão do Estado e vá à Dolce & Gabana comprar uma coisinha de jeito, afinal é Natal. E assim contri-bui para a economia crescer. E não se esqueça dos seus amigos, Pedro… Não há almoços grátis…”, ironiza o espírito Sócrates

afagando o ombro de Passos Coelho. “Vou deixá-lo a pensar nisto. E um Feliz Natal para si e para os… para si.”. E o espírito do Governo Passado dissipa-se no ar.

“Ah, desande daqui, seu perdulário! E leve a bodega da sua vela!” Resmunga Passos Coelho estendendo a mão em direção a Sócrates. Mas quem agarra na vela é outro espírito.

“Paulo Portas!? Mas o que é que tu queres? Tu és meu par-ceiro de coligação! Não me venhas infernizar tu também!

“Calma, Pedro. Eu sou o Espírito do Natal Presente, e venho aqui dar-te uns conselhos que deverás seguir”, diz Portas, que traz uma coroa de azevinho à volta da cabeça.

“Ora, francamente, conselhos aqui quem dá sou eu, Paulo! Eu é que sou o Primeiro-ministro!

“Por pouco tempo, Pedro, se continuas assim, irredutível. A vida não é só aumentar impostos e cortar subsídios. Tens de descontrair. Ir ao cinema, fazer uma bela jantarada de sushi num restaurante da moda, e depois curtir um som numa pista lounge com uma bola de espelhos e as paredes forradas a ve-ludo vermelho, toda a apenas com uma máscara e…”.

“O quê?”, interrompe Passos Coelho.“Ah, bom, esquece esta parte… Tens é de ver as coisas com

outra leveza, Pedro. Estás a ser mais papista do que o Papa. E estás cinzento. Até o Jerónimo de Sousa parece um jovem com-parado contigo…”

“São as preocupações. E tu devias saber disso que fazes parte do meu governo!”, rabuja Passos Coelho.

“Ora, eu faço o que sou obrigado a fazer. Se fosse eu a mandar, a esta hora havia um mega jantar de Natal no meu Ministério, onde receberíamos todos os embaixadores de to-dos os países, com muita festa, música, purpurinas, tudo ves-tido de cabedal, e…”

“Desculpa?”, interrompe Passos Coelho.“Ah, bom, esquece esta parte também … Olha, Pedro, acho

que tens de mudar, só isso. Agora vou para o Lux. Adeus, e boa consoada.”

“Paulo, não te esqueças que temos uma reunião para estu-dar novos cortes!”, grita Passos Coelho para o vazio. Porque Portas já lá não está. No seu lugar Pedro vê agora um fantasma vestido de negro.

“Mas quem é você agora, todo vestido de preto? Algum ár-bitro? Eu não tenho nada a ver com futebol, isso é com o Pinto da Costa!”

“Eu sou o espírito do Governo Futuro, o António José Seguro, e sou o seu maior fã!”

“Só me faltava mais esta. O meu maior fã? Mas você passa a vida a dizer mal de mim!”, responde desconfiado Passos Coelho.

“E nem sabe o que isso me custa, senhor primeiro-minis-tro… mas tenho de fazê-lo porque sou obrigado pelo meu partido…”

“E que conselho é que você me vem dar?”“Não venho dar-lhe nenhum conselho, que o senhor sabe

bem o que faz. Venho, antes, pergunta-lhe qual é o seu segredo, pois o meu maior sonho é ser como o senhor. Só que um pouco mais rigoroso e austero. Já quase consigo imitar a sua voz! Ah, e queria ainda pedir-lhe o telefone do Vítor Gaspar para saber se ele está disponível para trabalhar comigo depois do seu go-verno cair. O que será uma pena, mas…

“Espere lá... Se você me admira assim tanto e é esse zero à esquerda... Isso quer dizer que... eu.. também devo ser!... NÃÃÃÃOOOO!”, grita desesperado Passos Coelho. É nesse mesmo instante que acorda, em sobressalto, sentado na ca-deira do seu gabinete. “Não! Sai daqui! Sai espírito, xô!... Hã? Mas… isto foi tudo um sonho? Meu Deus! Finalmente senti o sofrimento que ando a causar aos portugueses...”, consterna-se Passos Coelho. Mas no instante seguinte o seu rosto volta a ani-mar-se. “O que vale é que… não passou de um pesadelo!” E o riso macabro do primeiro-ministro ecoa para fora das janelas do seu gabinete, marcando as doze badaladas da noite da con-soada. Feliz Natal.

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Pela primeira vez em 31 anos há mais do que um candidato

Duas listas disputamCentro de Paralisia de Beja

Pela primeira vez na sua história, em 31 anos, o Centro de Paralisia Cerebral de Beja (CPCB) vai hoje a votos com duas listas candidatas aos órgãos sociais. Dina Carvalhal, ex-funcionária da insti-tuição, e Ana Baptista, atual coordena-dora da formação encabeçam as duas listas a concurso num organismo com um universo de 1 800 sócios, embora apenas cerca de meio milhar esteja em condições de votar, com perto de 600 clientes/utentes, 60 funcionários, um or-çamento anual de um milhão e 200 mil euros e um passivo na ordem dos 100 mil euros.

Dina Carvalhal considera “normal” e “muito positiva a inédita exis-tência” de duas listas candida-

tas aos órgãos sociais do CPCB. “É uma forma de envolver ainda mais os sócios e de o centro se fazer ouvir com mais força no exterior”, refere a candidata da lista A. Uma lista que, como a própria reco-nhece, vai manter “uma certa continui-dade” com o trabalho desenvolvido pe-las direções anteriores. “Neste momento”,

afirma, “a rotura é um luxo a que não nos podemos dar”.

Já Ana Batista, da lista B, reconhece que são necessárias mudanças a nível interno. O CPCB, assegura, “tem internamente uma cultura muito pouco participativa. É neces-sário reorganizar a casa, implementar uma cultura mais dinâmica e abri-la ao exterior”. Razão pela qual Ana Batista diz ter consti-tuído uma “lista o mais heterogénea possí-vel que envolve funcionários, pais de clientes, sócios fundadores, sócios com uma partici-pação ativa na instituição e, pela primeira vez na história do CPCB, um cliente/utente”.

Por seu lado, Dina Carvalhal acredita que “num momento de grandes dificuldades, o que o CPCB necessita é de “muita experi-ência”: “O motor de arranque da nossa lista passa por isso mesmo, passa por trazer para a direção pessoas experientes essencialmente na área da gestão e na área jurídica”, refere. “O centro tem uma dívida de 100 mil euros, o que já requer uma gestão especializada e pensada, no sentido de assumirmos os nos-sos compromissos”, conclui Dina Carvalhal.

A sustentabilidade financeira do CPCB é igualmente uma das prioridades da lista

encabeçada por Ana Batista. “É importan-tíssimo manter todas as valências atual-mente existentes no centro e, sobretudo, de-senvolver outras atividades que rentabilizem o nosso património e tragam mais-valias”. Uma das apostas da lista B reside exatamente na “implementação de uma clínica social, di-rigida a todas as pessoas que estão fora das respostas sociais agora existentes”.

Na atualidade, o CPCB tem um centro de atividades ocupacionais, serviço de ambula-tório, formação profissional, escola de ensino especial, intervenção precoce, hipoterapia e um lar de apoio. Estão em curso obras para a criação de um lar residencial com 20 camas, para as quais já existem 16 clientes em lista de espera, equipamento que ficará concluído em meados de 2013.

O CPCB tem hoje 600 clientes, 90 dos quais em situação de internato. E, destes, 11 frequentam a escola de ensino especial que, a par da existente em Faro, é a única a sul de Lisboa.

As eleições para os órgãos sociais decor-rem hoje, 21, entre as 9 e as 20 horas. A lista eleita tomará posse em janeiro de 2013 para o triénio seguinte.PB

Resultado das eleições na Coreia do Sul pode ditar decisão

Pilotos coreanos incertos na Base de Beja

12 O ministro da Defesa afirmou, na sexta-feira passada, em Beja, que o

Governo está “empenhado”, de “forma coesa”, em “salvar” o Estado,

nomeadamente o estado social, e deseja que o orçamento estatal para

2014 seja “melhor” do que o de 2013. O ministro da Defesa participou, na

Base Aérea nº. 11, na cerimónia de aceitação da última de cinco aeronaves

Lockheed P-3C CUP+Orion que resultaram da modernização de cinco

aeronaves P3-C que o Estado português comprou em 2005 já desatualizadas.

Ministroda Defesa

na Base Área N.º11

PS de Beja toma posição

A comissão política concelhia de Beja do

Partido Socialista reuniu-se e tomou posição

sobre a agregação/fusão de freguesias,

manifestando o seu total desacordo. O

PS considera ainda a proposta de Lei

Quadro – Atribuições e Competências das

Autarquias Locais e Estatuto das Entidades

Intermunicipais extemporânea e ao arrepio

do consenso geral enraizado na tradição

administrativa do País. O aeroporto de

Beja e a A26 também foram alvo de análise

e, segundo o PS, estes projetos não podem

ser “esquecidos, nem desvalorizados”,

defendendo, inclusive, a conclusão da A26.

CDU faz declaração de repúdio

Os eleitos da CDU na Assembleia de

Freguesia de São João Batista (Beja)

apresentaram uma declaração de repúdio

sobre o trabalho desenvolvido pela

Unidade Técnica para a Reorganização

Administrativa do Território. Para os

eleitos da CDU, “constitui um ataque ao

Poder Local Democrático”.

BE diz que orçamento é mau

A coordenadora distrital de Beja do Bloco

de Esquerda reuniu-se, em Castro Verde,

e defendeu que o “orçamento para 2013

é uma desgraça social e uma violação

constitucional”. Considerou também o BE

que “os cortes anunciados ameaçam a saúde

e a vida das populações”. E manifestou-se

ainda contra a extinção de freguesias.

Parque de Feiras na ACOS

O movimento “Por Beja com todos”

propõe que a gestão do Parque de Feiras

e Exposições de Beja deve ser assegurada

pela “ACOS, mediante um protocolo

celebrado entre o município de Beja e a

Associação de Agricultores do Sul”, que

garanta “a manutenção e a dinamização”

do mesmo, de forma a “contribuir para a

afirmação de Beja como centro de feiras e

outros eventos do Sul, com respeito pelo

interesse público e o apoio empenhado da

Câmara Municipal de Beja”.

Apoios à cultura insuficientes

Os vereadores da CDU na Câmara

de Beja garantem que “consideram

manifestamente insuficiente o montante

a atribuir a cada associação cultural”

e que “votaram a favor da proposta”,

mas sublinhando que o faziam “apenas

para que não viessem a ser acusados de

estarem a inviabilizar que mesmo este

pequeno subsídio não viesse a chegar às

associações”.

O ministro da Defesa informou que a decisão da Coreia do Sul de ins-talar uma escola de pilotos na Base

Aérea de Beja aguarda o resultado das elei-ções presidenciais que vão decorrer na quarta-feira naquele país. A decisão, que “esteve em estudo, até há relativamente pouco tempo”, pelas autoridades sul-co-

reanas, “está, digamos, numa situação de stand by, a aguardar o resultado” das presi-denciais na Coreia do Sul, disse José Pedro Aguiar-Branco, que falava aos jornalistas em Beja, após uma cerimónia militar na Base Aérea n.º 11.

Segundo o Ministério da Defesa, a Coreia do Sul prevê instalar uma escola

para formar pilotos na Base Aérea n.º 11, que poderá funcionar por um período de 30 anos. A escola poderá formar 200 pi-lotos por ano (120 sul-coreanos, cerca de uma dezena da Força Aérea Portuguesa e as restantes vagas abertas a outros países) e implicar a instalação em de Beja de “mais de 200 ou 300 famílias” sul-coreanas.

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Ministério da Educação quer apenas dois mega-agrupamentos

Revolução nas escolas de Beja

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Concentração em defesa das freguesias A Associação Nacional de Freguesias promove uma concentraç ão amanhã, s ábado, pelas 14 horas, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa. Esta inicia-tiva visa, segundo a Anafre, “aler tar o Presidente

da República para os prejuízos da eliminação de mais de um milhar de freguesias em Portugal e para as consequências negativas para as populações e para a democracia”. A delegação de Beja da Anafre vai marc ar presenç a e apelou “à par tic ipaç ão e

empenhamento de todas as f reguesias, eleitos, trabalhadores da Administração Local, coletivida-des e população do distrito de Beja nesta concen-tração em defesa das freguesias e dos direitos das populações”.

A Câmara Municipal de Beja espera concluir a obra de

beneficiação da baixa de Beja a 15 de fevereiro. Neste

momento os trabalhos encontram-se parados, para

que os comerciantes não sejam mais prejudicados.

A intervenção será retomada no dia 7 de janeiro.

Obras na baixa de Beja

concluídas em fevereiro

António Valério em Alvito

O professor de história António Valério,

de 56 anos, é o candidato da CDU a Alvito.

Na discussão que houve entre a comissão

coordenadora concelhia de Alvito e os atuais

eleitos da CDU na autarquia, a candidatura

de António Valério foi considerada “a melhor

solução e a mais ajustada ao contexto das

próximas eleições autárquicas”. A escolha

de António Valério, que foi “consensual”,

“não pressupõe nenhuma desvalorização”

do trabalho do atual executivo liderado por

João Penetra, e resultou da “consciência”

de que o novo candidato “assegura maiores

esperanças de manutenção e reforço da CDU”

à frente do município. Natural e residente em

Alvito, António Valério é mestre em História

pela Universidade de Lisboa e professor do

ensino secundário.

Ourique reduz metade da dívida

O executivo PS da Câmara de Ourique já

reduziu quase metade da dívida de 20 milhões

de euros “herdada” em 2005 da anterior gestão

PSD, disse à Lusa o presidente do município. Em

outubro de 2005, a dívida total do município,

entre dívidas à banca, organismos do Estado,

fornecedores privados, empreiteiros e custos

associados a 116 processos judiciais, era de

“20 milhões de euros” e atualmente é de “10,8

milhões de euros”, disse Pedro do Carmo.

Em sete anos, o executivo conseguiu reduzir

a dívida da câmara em 9,2 milhões de euros,

ou seja, quase metade, o que “é obra e muito

significativo”, frisou. A redução da dívida total

deveu-se “a uma gestão rigorosa, determinada

e eficiente”, disse, frisando ter sido “um grande

esforço”, porque, ao mesmo tempo, o município

“fez muita obra”.

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A partir do próximo ano letivo nada será como dantes nas escolas de Beja. Os três agrupamentos de es-colas e as duas secundárias da área educativa da cidade irão integrar dois mega-agrupamentos. Os con-tornos da remodelação ainda não es-tão completamente definidos, mas no próximo concurso de colocação de professores, em janeiro, apenas aparecerão dois códigos, ao contrá-rio dos cinco habituais.

Texto Aníbal Fernandes

Quarta-feira, na reunião sema-nal do executivo da Câmara Municipal de Beja, foi aprovado

por unanimidade “um parecer negativo” sobre os mega-agrupamentos em geral, disse José Velez ao “Diário do Alentejo”.

No entanto, o vereador que é respon-sável pelo pelouro da Educação diz que o município está “como sempre esteve”, disposto para participar na procura das melhores soluções para as escolas do concelho.

Hoje, sexta-feira, na reunião do Conselho Municipal de Educação, o as-sunto voltará a ser debatido, e deverá aprovar um parecer “não vinculativo”, tal como é exigido por lei.

José Velez disse ao “DA” que a câ-mara ainda não tomou posição sobre

a proposta que a Direção Regional de Educação do Alentejo (DREA) fez che-gar ao município, até porque, “segundo informação posteriormente recolhida” pela vereação, essa proposta já sofreu alterações.

Na pr i meira versão, a Escola Secundária Diogo de Gouveia agrega-ria os estabelecimentos de ensino dos atuais agrupamentos de Santa Maria e Santiago Maior, enquanto o agrupa-mento de Mário Beirão se juntaria à es-cola Secundária D. Manuel I. No en-tanto, numa emenda a este documento, a DREA admite a possibilidade de as esco-las das zonas rurais poderem vir a inte-grar este segundo grupo de escolas.

Professores das escolas envolvidas neste processo disseram ao “Diário do Alentejo” que a situação ainda “está in-definida”, e como tal não queriam pro-nunciar-se sobre o assunto.

No entanto, conseguimos apurar que a proposta “é definitiva” e que o pró-ximo concurso de professores já deverá ocorrer tendo em conta o novo figurino de escolas, apenas com dois códigos de candidatura.

O próximo passo que a lei determina exige a criação de duas comissões ad-ministrativas provisórias (CAP), que terão como função a elaboração do re-gulamento interno e do projeto edu-cativo, bem como a eleição do conse-lho geral de cada agrupamento, que,

posteriormente, elegerão cada um dos conselhos diretivos.

Governo quer escolas nas mãos das câma-ras O Ministério da Educação pretende passar a gestão dos estabelecimentos de ensino até ao 12.º ano de escolaridade para a responsabilidade das câmaras, que terão competências para a colocação e contratação de pessoal docente e não docente.

José Velez disse ao “DA” que “nem de perto, nem de longe” o município de Beja aceita qualquer tipo de “transferência de competências” nessa área. O vereador da Educação lembra que a Câmara de Beja “não tem capacidade técnica” para assu-mir estas funções, para além de “não ter nem vontade, nem verbas” disponíveis.

O ministro Nuno Crato, ouvido terça--feira passada no Parlamento, não disse uma palavra sobre o assunto, mas a Fenprof já veio classificar a ideia como “um disparate”, considerando que o atual funcionamento das atividades ex--tracurriculares (AEC), na dependên-cia das autarquias, deixa antever o pior: “Subfinanciamento crónico, atraso na transferência de verbas do poder cen-tral para o poder local, atraso no paga-mento de salários aos docentes, preca-riedade extrema e miseráveis salários, e entrega daquelas atividades a empresas privadas”, afirma o sindicato dos profes-sores no comunicado.

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EP considera autoestrada dispendiosa

A26 foi “equívoco técnico”

A decisão de construir a A26, entre Sines e Beja, foi um “equívoco técnico”, porque não se justificava, e os 35 mi-lhões de euros gastos nos lanços can-celados foram “mal” aplicados, consi-dera a Estradas de Portugal (EP).

A decisão foi “um equívoco técnico”, porque “o tráfego previsto não jus-tificava a criação de uma autoes-

trada dispendiosa para ficar literalmente sem trânsito”, refere a EP, numa resposta por escrito a perguntas colocadas pela agên-cia Lusa.

Segundo a EP, nas obras canceladas de construção dos lanços da A26 entre Relvas Verdes e Grândola e entre Santa Margarida do Sado e Beja “foram gastos cerca de 35 milhões de euros”.

Este montante não foi “dinheiro inves-tido”, “mas sim fundos mal aplicados, que nunca trariam qualquer benefício significa-tivo à economia”, considera a EP, referindo que, atualmente, é “precipitado adiantar qual a melhor forma e se será útil aproveitar as infraestrutura já existentes”.

O cancelamento das obras dos lanços, decidido no acordo de renegociação do con-trato da subconcessão Baixo Alentejo, que inclui a construção da A26, entre a EP e a concessionária, a Estradas da Planície, per-mitiu poupar “cerca de 60 milhões de eu-ros” aos contribuintes, frisa a empresa.

Até agora, precisa, a Estradas da Planície, no âmbito da subconcessão Baixo Alentejo, cujo projeto inicial previa um investimento de 372 milhões de euros, realizou obras “num valor próximo dos 100 milhões de eu-ros”, mas o Estado ainda não efetuou “qual-quer pagamento, porque as remunerações à concessionária “apenas terão início em 2014”.

Por outro lado, lembra, a renegocia-ção do contrato da subconcessão Baixo Alentejo permitiu ao Estado poupar 338 milhões de euros, sendo 199 milhões de euros relativos à redução de investi-mento não adequado e 139 milhões de eu-ros a operações de manutenção, que pas-sarão a ser asseguradas pela EP e não pela concessionária.

Segundo a EP, as obras da subconces-são Baixo Alentejo estão paradas “há vá-rios meses” e só o acordo de renegociação do contrato permitiu criar condições para “assegurar a sustentabilidade financeira do projeto e retomar os trabalhos”.

Sobre a eventual requalificação do IP8, que é exigida por várias entidades do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral, em alterna-tiva ao cancelamento dos lanços da A26, a EP refere que a estrada “continuará a ofe-recer boas condições de circulação e segu-rança” adaptadas ao tráfego existente entre a A2 e Beja, que, atualmente, é de 5 550 veí-culos por dia.

Entidades contra obras paradas

“Machada no desenvolvimento”

14

Grândola responsabiliza EP A Câmara Municipal de Grândola decidiu responsabilizar em tribunal a Estradas de Por tugal (EP) pelo estado vergonhoso em que o consórcio, que es-tava a realizar as obras do IP8, deixou o troço

entre A zinheira dos Bar ros e Mosqueirões. Recordando ainda o incumprimento do com-promisso estabelecido com a autarquia de re-posição das condições inicialmente existentes naquelas vias.

A Cooperativa Agrícola de Beringel e a EDIA assinaram

um protocolo para a implementação de uma unidade de

demonstração e divulgação de produção de hortícolas. A

implementação da Academia das Hortícolas de Alqueva

tem como principal objetivo a dinamização da agricultura

de regadio, associada à pequena propriedade.

Academiadas Hortícolas

de Alquevaem Beringel

Odemira aprovouorçamento de 33 milhões

O município de Odemira vai ter um

orçamento de 33 milhões e 395 mil

euros em 2013, menos 15,2 por cento

que em 2012. Apesar das restrições

orçamentais, a autarquia, garante,

“aposta num ano de intensa atividade,

concretização de um conjunto de

investimentos e na continuidade das

parcerias estabelecidas, sendo as

pessoas, a atratividade do território e a

modernização dos serviços municipais os

pilares de atuação”.

Alcácer já temorçamento aprovado

A Assembleia Municipal de Alcácer do

Sal aprovou na passada sexta-feira o

Orçamento e as Grandes Opções do Plano

para o ano de 2013, com os votos favoráveis

do PS e do PSD, a abstenção da CDU e o

voto contra do Bloco de Esquerda. Este

orçamento é de 21,3 milhões de euros,

menos dois milhões em relação ao ano

anterior.

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O cancelamento da construção de lanços da A26, que ligaria Sines e Beja, é “ne-fasto” e uma “machada” no desenvolvi-

mento do Baixo Alentejo, segundo representan-tes dos autarcas e empresários locais, que, em alternativa, exigem a requalificação do IP8.

A Estradas de Portugal (EP) chegou a um acordo com a Estradas da Planície, que prevê uma poupança para o Estado de 338 milhões de euros na subconcessão Baixo Alentejo, atra-vés de várias medidas, como o cancelamento da construção dos lanços da A26 entre Relvas Verdes e Grândola e entre Santa Margarida do Sado e Beja.

“É uma machadada naquilo que era a perspetiva de desenvolvimento” do Baixo Alentejo e “significa que as entidades gover-namentais e a EP não estão a olhar para esta região como deviam”, disse à Lusa o presi-dente da Comunidade Intermunicipal do

Baixo Alentejo (Cimbal), José Maria Pós-de--Mina.

O cancelamento da construção dos lan-ços é “nefasto”, porque as empresas e os inves-timentos da região, sobretudo o aeroporto de Beja, o Alqueva e o porto de Sines, “precisam de acessibilidades capazes”, disse o presidente da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal), Filipe Pombeiro.

“Não queremos colocar na ordem do dia o retomar da A26”, entre Sines e Beja, porque “é um nado morto”, frisou José Maria Pós-de- -Mina, referindo que a Cimbal, em alternativa à autoestrada, exige a requalificação do IP8 pre-vista no Plano Rodoviário Nacional.

A requalificação do IP8, entre Sines e Beja, defendeu José Maria Pós-de-Mina, deverá ser feita aproveitando as infraestruturas feitas no âmbito dos trabalhos de construção dos lanços da A26 que foram cancelados.

Santiago contraa extinção de freguesias

O município de Santiago do Cacém

manifestou-se contra a extinção de

freguesias e, na sexta-feira passada,

promoveu num plenário contra a

extinção da freguesia de Santa Cruz.

Recorde-se que no concelho de Santiago

do Cacém prevê-se a extinção de três

freguesias.

Novo reservatórioem Amareleja

Vai avançar a empreitada de construção

do novo reservatório de Amareleja, a

qual tem como objetivo a construção

de uma célula apoiada, com capacidade

para armazenamento de 1 000

metros cúbicos de água tratada,

aumentando-se, desta forma, segundo

a Câmara Municipal de Moura, para

mais do dobro a reserva atualmente

instalada, que serve Amareleja e Póvoa

de São Miguel. O objetivo é eliminar os

constrangimentos ao abastecimento que

se têm verificado nos meses de verão.

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Exposição no Museu da Presidência da República

Cavaco elogia riquezado património alentejano

Foi inaugurada, na sexta-feira passada, a exposição de Natal do Museu da Presidência

da República. A exposição “E um Filho nos foi dado – Iconografia do Menino Deus no Alentejo Meridional” conta com a organiza-ção do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e do Museu da Presidência da República, sob a responsabilidade científica de José António Falcão.

No dia da inauguração, cerca

de duas dezenas de convidados, na maioria oriundos do Baixo Alentejo, compareceram na residência oficial do Chefe de Estado e foram recebi-dos pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e por Maria Cavaco Silva.

O Chefe de Estado destacou “o trabalho que tem vindo a ser feito para preservar a arte sacra alente-jana, mas também para dá-la a co-nhecer, dentro e fora das fronteiras do País”. O Presidente da República

enalteceu ainda “a riqueza deste pa-trimónio, bem como a sua impor-tância como marca de identidade do povo alentejano”.

Recorde-se que a exposição re-úne cerca de uma centena de obras de arte, entre pinturas, esculturas e exemplos de artes decorativas, da Idade Média a 2012, pertencentes a museus, igrejas e coleções particu-lares do Baixo Alentejo, boa parte delas nunca antes apresentadas ao público.

Entidades de turismo apoiam reorganização do setor

“Reforma é indispensável e urgente”

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Mediador cigano da Câmara de Beja apoia Aljustrel A Câmara de Beja vai disponibilizar o seu me-diador junto da comunidade cigana para apoiar o município e a extensão da Cruz Vermelha de Aljustrel no seu trabalho pela inclusão de ciganos. A disponibilização do mediador

vai ser efetuada no âmbito de uma parceria entre a Câmara de Beja e o município e a extensão da Cruz Vermelha de Aljustrel “considerando a importância do diálogo intercul-tural na aproximação e na relação entre instituições e as co-munidades ciganas ou a rede de parceiros”.

A Cocas Produções organiza a primeira edição do festival O Natal dos

Pequeninos, que começa já amanhã, sábado, no pavilhão do Nerbe, em Beja.

A iniciativa prolongar-se-á até ao dia 1. Durante os 11 dias do festival, as

crianças vão poder usufruir de um conjunto de atividades lúdicas e recreativas,

como jogos, insufláveis, piscina de bolas, camas elásticas, animação

musical, workshops, pinturas faciais, neve artificial e muita animação.

O Natal dos Pequeninos

até dia 1de janeiro

em Beja

Prémios de fotografia em Castro

O concurso de fotografia “Castro e o Comércio”, promovido

pelo Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento da Câmara de

Castro Verde, já tem vencedores. O júri, porém, considerou

que apenas dois dos seis trabalhos apresentados cumpriram

os requisitos. Os restantes participantes receberam um

certificado de participação na iniciativa.

Grupos corais na Basílica de Castro

A Câmara Municipal de Castro Verde volta a dinamizar

a tradição do Cante ao Menino, Janeiras e Reis e, neste

sentido, marcam presença, na Basílica Real de Castro

Verde, na quinta-feira, 27, pelas 21 e 30 horas, o grupo

coral Ateneu Mourense, o grupo Cantares de Évora e o

grupo coral As Camponesas. A iniciativa conta com a

colaboração da Paróquia de Castro Verde e da Cortiçol.

110 cabazes distribuídos em Ourique

À semelhança dos anos anteriores, a Câmara Municipal

de Ourique procedeu à entrega de cabazes de Natal a

110 famílias carenciadas do concelho. Ao todo foram

distribuídos 2 600 produtos alimentares, resultantes da

recolha de alimentos que a autarquia promoveu nos dois

últimos fins-de-semana e ainda das doações feitas por

empresas e entidades.

Campanha dinamiza comércio em Beja

A Câmara Municipal de Beja, em parceria com a

Associação do Comércio, Serviços e Turismo do

Distrito de Beja, lançou uma campanha de promoção

das compras de Natal no comércio tradicional de Beja.

“Entre no Natal, pelas Portas de Mértola” é assinatura

da campanha que indica o ponto de partida para as

compras de Natal de 2012: as Portas de Mértola.

Presépios expostos em Santiago

Até ao dia 5 de janeiro vão estar em exposição, no Mercado

Municipal de Santiago do Cacém, presépios de Natal que

foram concebidos pelos utentes das instituições de apoio a

reformados e idosos do concelho.

Mértola com agenda em prol das crianças

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do Concelho

de Mértola, em parceria com o Agrupamento de Escolas de

Mértola, decidiu assinalar o 23.º aniversário da Convenção

dos Direitos da Criança com a edição de uma agenda, que tem

por objetivo despertar a consciência da comunidade para a

proteção dos direitos da criança. Os fundos angariados com

a venda da presente agenda reverterão a favor dos lanches dos

alunos carenciados do Agrupamento de Escolas de Mértola.

DRCAlentejo ganhou menção honrosa

A Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlentejo)

foi distinguida com uma menção honrosa na categoria

de Melhor Serviço de Extensão Cultural. A distinção

foi entregue no âmbito dos Prémios APOM 2012,

que teve lugar no Museu da Farmácia, em Lisboa.

As cinco entidades regionais de turismo do continente mani-festaram o apoio à proposta

de reorganização administrativa para o setor, considerando a reforma indispensável e urgente.

Apesar de reconhecida a necessi-dade de “alguns ajustamentos na es-pecialidade”, o apoio “à generali-dade” do projeto-lei foi revelado num comunicado subscrito pelos repre-sentantes das entidades regionais de turismo do Porto e Norte, do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve.

“É uma reforma indispensável e

urgente, face à perda de competiti-vidade do mercado interno”, já que “introduz instrumentos de corre-ção nos custos de estrutura e maxi-miza o esforço financeiro nacional, aumentando a nossa competitivi-dade, bem como a capacidade de nos aproximarmos de operadores nacio-nais e estrangeiros”, defendem os responsáveis.

As cinco entidades consideram que o projeto-lei se inscreve “no es-pírito da reorganização adminis-trativa para o turismo regional” e põe fim a constrangimentos como “descontinuidades do território” ou

“fragmentação de produtos e marcas turísticas existentes”.

A nova versão da proposta de re-estruturação das entidades regio-nais do turismo extingue, por fu-são, os seis polos de turismo que são fundidos em cinco regiões e cuja área de intervenção é definida de acordo com as unidades territo-riais NUTS II.

Esta nova versão surge pratica-mente um ano depois de ter sido lan-çada a discussão sobre a reforma do setor do turismo e tem sido contes-tada por alguns polos e associações de turismo.

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LuzLocalidade perdeu 100 habitantes

na última década

“Isto parece uma aldeia fantasma”

A 19 de novembro de 2002 era inaugu-rada pelo então primeiro-ministro Durão Barroso a nova aldeia da Luz,

edificada de raiz a cerca de três quilómetros da antiga, que foi desmantelada e maioritaria-mente submersa pela albufeira de Alqueva. O processo de transferência dos cerca de 400 ha-bitantes foi considerado “um dos impactos so-ciais mais importantes decorrentes do avanço do empreendimento de Alqueva” e por isso um dos mais mediatizados. Passada uma dé-cada, Maria Manuela Gonçalves, 54 anos, au-xiliar educativa na escola do primeiro ciclo, ainda não sente a aldeia como sua. E talvez nunca a venha a sentir como tal. Não só por-que não se identifica com a configuração da nova localidade, “que parece um puzzle com as casas todas iguais”, mas também pelos “muitos desgostos” que tem “apanhado” desde que a habita. “Perdi a minha mãe, perdi uma netinha. Sonho muito com a outra aldeia, o tempo que a gente viveu, quando era criança”, diz, adiantado que sente muitas saudades “de tudo” – da sua antiga casa, construída “com tanto sacrifício”, das ruas, do rio Guadiana, “um bom rio”, em cujas margens havia “uns freixos que faziam umas boas sombras”, ide-ais para piqueniques. “Não há espaço nenhum de que eu não tenha saudades. Esta [aldeia] a mim não me diz nada, penso que isto há de ser bom é para o meu neto e para as crianças que já nasceram cá, estes um dia vão gostar dela”.

Para Maria Manuela, não restam dúvidas de que o processo foi mal conduzido logo “de raiz”, aquando da escolha da zona que acolheu a nova aldeia da Luz – a herdade de Julioa. “Se tivessem escolhido outro sítio… Falaram-me [na altura] de uma estrada que era movimentada, ente a Póvoa de São Miguel e Mourão, agora aqui fi-cámos isolados como estávamos, não melho-rou nada”.

Uma década após a inauguração da nova aldeia da Luz, no concelho de

Mourão, muitas das promessas continuam por concretizar. O processo de

emparcelamento dos terrenos agrícolas não foi concluído. A adega pro-

gramada para apoiar 83 hectares de vinha foi “desviada” para outro lado.

Sem perspetivas de emprego, a população jovem vai abandonando a al-

deia que, cada vez mais envelhecida e com menos população, se vai asse-

melhando a uma “aldeia fantasma”.

Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano

O isolamento e as promessas que nunca se concretizaram, adianta a auxiliar, obrigaram os jovens “a abalar”, mantendo-se na aldeia, atual-mente habitada por cerca de três centenas de pes-soas, as pessoas de meia-idade e “outras mais ve-lhas”. “Prometiam que faziam casas, que havia muitos terrenos. Eu tenho umas primas que es-tão na Alemanha que quiseram comprar cá ter-reno e os da EDIA [Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva] diziam que era com a junta de freguesia, a junta dizia que era com a EDIA e a câmara, o que é certo é que elas abalaram e acabaram por não construir. Só agora ao fim de 10 anos é que apareceram aí es-ses lotes para venda, agora que estamos em crise, mas não havendo dinheiro ninguém compra. Dizem que já venderam dois ou três terrenos mas de resto está tudo igual. O jardim está igual. A minha filha casou faz 10 anos agora no dia 28 e eu disse-lhe ‘olha filha tiras aqui uma fotogra-fia porque isto não tem nada e um dia mais tarde vais recordar’. Mas está igual, passaram 10 anos e está igual, tem a mesmas flores. Prometeram uma vida melhor, eu não vi nada”.

Quem ficou a ganhar, “e ainda bem”, salienta, foi “quem tinha casas velhinhas”, porque ficou com melhores condições. No seu caso, diz, até gostou da planta da atual habitação, “mas não tem nada a ver com a outra casa”: “O meu pro-cesso de mudança foi muito custoso”, recorda.

A configuração da nova aldeia, diferente da da velha Luz, também não permite uma inte-ração social como antigamente. Na Luz agora submersa “as pessoas tinham as casas de um lado e os quintais do outro”, o que as levava “a andarem mais na rua, com os animais”. Com a edificação dos quintais junto às habitações, e com “as salas” construídas para o lado do quin-tal, as pessoas passaram a fazer a “vida na parte de trás das casas e não para o lado da rua”, re-fere Maria Manuela: “As pessoas não aparecem

[na rua]. E têm morrido muitas pessoas, essas que faziam mais a vida na rua. Isto agora parece uma aldeia fantasma. A única coisa que esta al-deia me deu de alegria foi ter nascido cá o meu netinho, de resto… vive-se”.

Ana Maria Guerra, 57 anos, doméstica e costureira, aponta como um dos aspetos mais positivos da transferência de aldeia o facto “de a comunidade estar mais bem instalada”, não havendo o risco de inundações, ao contrário do que acontecia na antiga Luz, “sempre que chovia um bocadinho mais”. Como aspetos negativos identifica “a perda de um bocadi-nho dos hábitos”, devido “à ampliação da al-deia” que promove o afastamento das pessoas, e a saída “de muitos casais”, de “muita moci-dade”, porque “não deixam aqui fazer casas”, o que leva ao “envelhecimento da aldeia”.

O processo de mudança, que “foi muito do-loroso” e que “não tem explicação”, adianta, também “mexeu muito com a sensibilidade das pessoas, com o sistema nervoso”. “No co-ração das pessoas ficou um sofrimento, pes-soas da minha idade, pessoas um pouco mais velhas. Os mais novos já não sentiram tanto, porque pensam sempre que se vai para me-lhor. Nós também não estamos a dizer que estamos no pior, não é esse o caso, mas isto mexeu muito com a nossa sensibilidade, só quem passa pelas coisas é que sabe, e nesse sentido as pessoas foram-se aí muito abaixo. Apareceram doenças, coisas de coração e de sistema nervoso, depressões, esgotamentos”.

Ana Maria tenta superar alguma da sua des-motivação ocupando o seu tempo a ler, a cos-turar e a fazer malha. “Quando não tenho tra-balho [de costura] invento, puxo por mim para me distrair, mas há pouca gente assim”, reco-nhece ao mesmo tempo que lamenta que a al-deia não tenha projetos capazes de motivar as pessoas, como “uma praia fluvial, umas

piscinas” e atividades direcionadas para as pes-soas de meia-idade e idosas, para que não “sufo-quem” entre quatro paredes.

Daniela Farias, 27 anos, desempregada desde fevereiro, pertence ao rol de luzenses que menos sofreu com a mudança, diz. No seu caso a transferência marcou a “aquisição” de alguma independência, uma vez que pas-sou a ter um quarto só para si, assim como a sua irmã. A casa onde vivia a sua família tam-bém “já era velha”, pelo que na nova Luz fica-ram com outras condições”. Daniela realça, no entanto, que a antiga habitação tinha “chão e casa de banho”, ao contrário do que foi divul-gado “noutras reportagens”.

Mas Daniela, que já trabalhou em Mora, Lisboa e Reguengos de Monsaraz, e cujo futuro gostaria que passasse pela cidade de Évora, re-conhece que a mudança afastou as pessoas: “O pessoal afastou-se, os jovens abalaram todos, não há aqui perspetivas de trabalho e as pes-soas tiveram que optar por sair daqui. Mas éra-mos mais unidos, a aldeia parece que era mais junta. As pessoas nunca pensaram de a barra-gem ser construída e depois quando se viram cá começou a melancolia, a tristeza. Lá na al-deia nasceram os filhos, os netos, tudo. Aqui é diferente, a disposição da aldeia, mas essa é a minha opinião”.

Carlos Coelho, 45 anos, funcionário da Câmara de Mourão, atualmente a trabalhar no pavilhão desportivo da aldeia, também lamenta que as muitas promessas feitas não tenham pas-sado disso mesmo, de promessas. “Isto é o que está a ver, não há nada, só o que há são olivais. Diziam que faziam aí uma marina, essas coisas todas, não fizeram nada. Podia haver aí mais trabalho, mas não há”. De parcas palavras lá vai revelando que tem saudades do Guadiana – “só ouvindo a corrente de água era bonito” –, onde “a malta convivia”: “A nossa terra era aquela”.

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Fez em novembro último 10 anos que a nova al-

deia da Luz foi inaugurada. Qual é o balanço que

faz desta última década?

É negativo, até porque ficaram muitas questões pen-dentes por resolver. Aguardamos resposta por parte da EDIA [que liderou o processo] e do Estado para que elas sejam resolvidas, com alguma urgência, de modo a que possamos dar novamente vida à aldeia.

Que questões pendentes são essas?

São questões que têm a ver com a reposição do pa-trimónio da freguesia, com situações que durante o emparcelamento rural foram tidas quase como factos consumados, nomeadamente a construção de uma adega, porque temos aqui 83 hectares de vi-nha, e levaram a adega para outro lado, só por ra-zões políticas. O responsável da Direção Geral de Agricultura dessa altura disse-me isso cara a cara. Não construíram um posto de recolha de azei-tona, que também fazia parte do plano de empar-celamento, não colocaram os prédios rústicos em nome dos proprietários. Isso dificulta várias inter-venções e impede até algumas explorações agríco-las de continuarem e receber os seus subsídios de-vidamente. Para além disso fazia parte do plano do emparcelamento rural a motivação para os agricul-tores fazerem floresta, até porque se enquadrava na região onde estamos inseridos. Com esse emparce-lamento éramos para ter uma garantia de trabalho de quatro ou cinco postos de trabalho anuais, pelo menos. Perdemos essa possibilidade e isso fez com que perdêssemos também população. São menos dois milhões de euros de investimento numa fre-guesia como esta. Não é só termos casas novas, que casas já nós tínhamos…

A vida em comunidade também sofreu

alterações…

É normal que isto aconteça. Durante este processo de reinstalação da aldeia houve várias negociações das habitações, quintais, logradouros e parcelas agrícolas, tudo isso criou algumas divergências en-tre vizinhos e amigos, entre as famílias. Mas tam-bém temos outras questões que faziam da outra al-deia um ponto mais de convívio, como as idas às fontes buscar água e ao lavadouro público. Também tínhamos três mercearias e cinco cafés, agora res-tam-nos dois cafés, uma mercearia e a coletividade, mais nada, portanto não há sítio para mais conver-sas, tirando também a padaria. Na altura a EDIA conseguiu dividir as pessoas para poder reinar, e o preocupante é que isso ainda se mantém.

Quantos habitantes tem a Luz de acordo com o

Censos 2011?

No Censos 2011 tínhamos 297 pessoas, embora eu saiba que poderá haver uma margem de erro de três ou quatro pessoas. São menos 100 que em 2001. Claro que a maior percentagem tem mais de 65 anos. Mas em 2001 conseguimos contradizer aquilo que é normal no Alentejo: cerca de 30 por cento da população tinha entre zero e 30 anos. As expetativas em relação ao futuro, após o fecho das comportas de Alqueva e com a nova aldeia, eram altas, mas esse futuro foi-se pelas razões que já enu-merei e mais aquelas que nós desconhecemos.

Museu da Luz é “o espaço interpretativo das profundas alterações” ocorridas no território

Com a construção da nova aldeia da Luz foi também edifi-cado, junto à réplica da Igreja de Nossa Senhora da Luz e ao cemitério, o Museu da Luz, que é considerado “o espaço in-terpretativo das profundas alterações ocorridas neste ter-ritório, manifestadas numa reconfiguração da paisagem e consequente ajustamento social e cultural”, pode ler-se no sítio do espaço museológico. Os responsáveis salientam que o museu, cujo projeto de ar-quitetura é da autoria dos arquitetos Pedro Pacheco e Marie Clément, “não é perspetivado no âmbito restrito da sua co-leção”, mas que é “encarado como a possibilidade de docu-mentar o processo social necessariamente conturbado da mudança, a partir do passado comum, reativando as memó-rias para a reconstrução do lugar”. Simultaneamente “pro-move o redimensionamento da nova realidade e da paisa-gem através da exploração artística”. A ideia da edificação de um museu teve origem na década de 1980, “no quadro da definição de medidas compen-satórias dos impactes decorrentes da implementação do projeto”. O Museu da Luz abriu ao público em 2003. Dois anos mais tarde “recebeu uma menção honrosa da Associação Portuguesa de Museologia, na categoria de ‘Melhor Museu do País’” e em maio de 2010 “passou a integrar a Rede Portuguesa de Museus (RPM), responsável pela credencia-ção e qualificação na área museológica”.

Francisco OliveiraPresidente da Junta de Freguesia de Luz

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Os vizinhos Piense e Aldenovense são os protagonistas do jogo da jor-nada que antecede a quadra natalícia, um tempo de surpresas e mexidas na classificação.

Textoe foto Firmino Paixão

O Estádio 1.º de Maio, em Pias, recebe no domingo este derby da “margem esquerda”, entre duas das melhores

equipas que estão em prova neste campeo-nato. O Aldenovense, tido como um dos can-didatos ao triunfo final, tarda em revelar-se e vem de um empate caseiro com o Cabeça Gorda. O Piense ganhou tangencialmente na

Amareleja e subiu um furo na tabela. Entre as restantes partidas, e tendo em conta aquilo que foi a produção da última jornada, sobres-sai ainda a viagem do Serpa para a Cabeça Gorda (antecipado para a tarde de sábado) e a deslocação do São Marcos ao terreno do Odemirense. No rescaldo da jornada ante-rior, à margem do empate do líder, sublinha-mos o triunfo do Guadiana em Serpa, o em-pate do Cabeça Gorda em Vila Nova de São Bento, a vitória do São Marcos no Rosário e o sucesso do Sporting de Cuba em Beja. Em Odemira o líder deixou dois pontos, mas manteve a invencibilidade e a liderança, na-turalmente que com menos folga para os res-tantes concorrentes. O Milfontes goleou o

Bairro da Conceição e já está no segundo lu-gar, Serpa e Odemirense baixaram um de-grau, o Piense recuperou o quarto posto e o Sporting de Cuba já está em sétimo. Guadiana e São Marcos estão a subir e a “lanterna ver-melha” ficou agora entregue ao Bairro da Conceição, precedido pelo Cabeça Gorda e pelo Desportivo, um rodapé formado pelas três equipas do concelho de Beja. O Milfontes tem o ataque mais realizador, Luís Carrega do Aldenovense é o artilheiro mor da prova. O Serpa mantém a melhor defesa do campe-onato. Uma última nota para assinalar que o árbitro António Bernardino dirigiu a partida entre o Desportivo e o Cuba sem a presença de efetivo policial.

Futebol juvenil 18

Desporto

Campeonato Distrital de Iniciados (9.ª

Jornada): Serpa-Milfontes, 0-3; Vasco Gama-

-Moura, 1-3; Amarelejense-Guadiana, 6-0;

Odemirense-Sporting Cuba, 5-0; B.º Conceição-

-Rio Moinhos, 1-4. Folgaram Despertar e

Ourique. Líder: Moura, 23 pontos. Próxima

Jornada (23/12): Moura-Serpa; Guadiana-

-Ourique; Sporting de Cuba-Amarelejense; Rio

de Moinhos-Odemirense. Despertar-Bairro

da Conceição. Folgam o Vasco da Gama e o

Milfontes.

Taç a A r m a n d o N a s c i m e n to J u ve n i s

(7.ª J o r n a d a) : A l m o d ô v a r- D e s p e r t a r,

5-2; Aljustrelense-Despor tivo Beja, 0 - 6;

Serpa- Cas trense, 1-2. Folgou o Moura.

Classif icação f inal: 1.º Desportivo de Beja, 15

pontos. 2.º Castrense, 15. 3.º Almodôvar, 12.

4.º Serpa, 8. 5.º Moura, 7. 6.º Aljustrelense,

3. 7.º Despertar, 1.

Campeonato Distrital de Juniores (7.ª

Jor nada): Odemirense -Desper tar, 1-2;

Aldenovense-Vasco Gama, 3-0; Castrense-

-Cabeça Gorda, 2-1; Desportivo Beja-Sobral

Adiça, 1-1. Líder: Odemirense, 16 pontos.

Próxima Jornada (22/12): Despertar-Vasco da

Gama; Aldenovense-Cabeça Gorda; Castrense-

Sobral da Adiça; Odemirense-Desportivo de

Beja.

Campeonato Distrital de Futsal (9.ª

Jornada): Ferreirense-Luzerna, 4-5; Desportivo

Beja-Safara, 10-2; IPBeja-Barrancos, 5-6; Vasco

Gama-Almodovarense, 3-4; NS Moura-Baronia,

2-5; Vila Ruiva-Alcoforado, 3-6. Folgou a

ADVNSBento. Líder: Baronia, 24 pontos.

Próxima Jornada (21/12): Safara-Fereirense;

Barrancos-Desportivo Beja; Almodovarense-IP

Beja; Baronia-Vasco Gama; Alcoforado-NS

Moura; ADVNSBento-Vila Ruiva.

Campeonato Nacional de Iniciados (15.ª

Jornada): Desportivo Beja-V.Setúbal, 0-7;

Olhanense-Despertar, 0-0. Líder: V.Setúbal, 39

pontos. 6.º Despertar, 17. 9.º Desportivo Beja, 6.

Próxima Jornada (23/12): Despertar-Desportivo

de Beja.

Campeonato Nacional de Juvenis (15.ª

Jor nada) : De sper t ar- O demirens e, 0 -2.

Líder: V.Setúbal, 34 pontos. 9.º Despertar,

8. 10.º Odemirense, 8. Próxima Jornada

(22/12): Lusitano de Évora- Odemirense;

Louletano-Despertar.

Campeonato Nacional de Juniores (14.ª

Jornada): Moura-Olímpico Montijo, 2-3.

Líder: Oeiras, 42 pontos. 10.º Moura, 4 pontos.

Próxima Jornada (22/12): Louletano-Moura..

Campeonato Distrital de Benjamins

22/12 (10.ª Jornada) Série A: Ferreirense

A-Despor tivo Beja; Aljustrelense -Vasco

Gama; Sporting Cuba-B.º Conceição; Alvito-

-Figueirense. Série B: Despertar B-Sobral da

Adiça; Moura-CB Beja; Piense-Santo Aleixo;

NS Beja-Ferreirense B. Série C: Boavista-São

Marcos; Renascente-Castrense; Rosairense-

-Ourique; Milfontes B-Milfontes A; Odemirense-

-Almodôvar.

Campeonato Distrital de Infantis 22/12

(10.ª Jornada) Série A: Alvito-Sporting Cuba;

Vasco Gama-NS Beja; B.º Conceição-Despertar;

Desportivo Beja-Alvorada. Série B: Despertar

B-Piense, 11/0; Amarelejense-Operário, 7/0; CB

Beja-Serpa; Guadiana-Aldenovense. Série C:

Almodôvar-Odemirense; Boavista-São Marcos;

Rosairense-Ourique; Renascente-Castrense;

Milfontes B-Milfontes A.

Campeonato Distrital de Juvenis 23/12

(1.ª Jornada): Desportivo de Beja-Despertar;

Castrense-Moura; Serpa-Almodôvar. Folga o

Aljustrelense.

Campeonato Distrital de Seniores

Femininos 22/12 (8.ª Jornada): Serpa-

-Ourique; CB Castro Verde-Vasco da Gama;

Odemirense-Almansor. Folga a CB Almodôvar.

3.ª Divisão – Série F

11.ª jornada

Juv Evora-U.Montemor.................................................... 0-2 Sesimbra-Lus VRSA ...........................................................3-1 Esp.Lagos-Monte Trigo .....................................................1-0 At. Reguengos-Lagoa ...................................................... 3-0 Vasco da Gama-Moura .................................................... 0-4 Aljustrelense-Castrense .................................................. 0-1 J V E D G P

Esp.Lagos 11 7 4 0 20-6 25

Moura 11 6 4 1 25-9 22

At. Reguengos 11 5 4 2 15-9 19

Sesimbra 10 5 3 2 15-13 18

Juv Evora 11 4 4 3 12-12 16

Aljustrelense 11 3 4 4 8-7 13

Vasco da Gama 11 2 4 5 16-22 10

Castrense 11 3 1 7 11-20 10

Monte Trigo 11 2 2 7 12-22 8

Lus VRSA 11 1 3 7 11-23 6

Lagoa 12 1 3 8 11-33 6

Próxima jornada (30/12/2012): Aljustrelense-Monte Trigo, At.

Reguengos-Juv. Évora, Esp. Lagos-Lagoa, Lusitano VRSA-U.

Montemor, Sesimbra-Moura, Vasco Gama-Castrense.

1.ª Divisão – AF Beja

11.ª jornada

Desp.Beja-Sp.Cuba ............................................................0-2Rosairense-S.Marcos ......................................................... 1-2Amarelejense-Piense ........................................................2-3 Odemirense-Almodôvar ................................................ 0-0 Milfontes-Bairro Conceição ............................................ 5-0 FC.Serpa - Guadiana ........................................................ 0-1Aldenovense - Cabeça Gorda ........................................ 2-2 J V E D G P

Almodôvar 11 9 2 0 24-9 29Milfontes 11 7 2 2 26-11 23FC.Serpa 11 6 4 1 19-6 22Piense 11 6 3 2 25-13 21Odemirense 11 6 2 3 14-9 20Aldenovense 11 5 3 3 19-14 18Sp.Cuba 11 4 3 4 13-13 15Rosairense 11 3 3 5 16-17 12Amarelejense 11 3 1 7 13-21 10S. Marcos 11 3 1 7 10-25 10Guadiana 11 3 0 8 13-31 9Desp. Beja 11 2 3 6 9-14 9Cabeça Gorda 11 2 3 6 15-20 9Bairro Conceição 11 2 2 7 8-21 8

Próxima jornada (23/12/2012): Almodôvar-Desp.Beja, Sp.Cuba-Amarelejense, Piense-Aldenovense, Bairro Concei-ção-Rosairense, Guadiana-Milfontes, Cabeça Gorda-FC.Serpa, Odemirense-S.Marcos.

O Moura goleou em Vidigueira e man-tém um lugar no pódio a três pontos do líder. O Castrense venceu em Aljustrel e subiu dois lugares.

Textoe foto Firmino Paixão

Dois derbies com sabor amargo para as duas equipas visitadas. O Vasco da Gama da Vidigueira começou

por oferecer alguma resistência ao maior poder do adversário, mas as tropas recu-adas acabaram por ceder e os pontos atra-vessaram além do Guadiana pela ponte do Pedrógão.

No Municipal de Aljustrel, condicio-nados pela baixa de última hora de Nelson Raposo, ainda o motor que impulsiona a equipa tricolor, o Mineiro deixou o gigante

Rui Pepe acercar-se da baliza e assinar o triunfo do Castrense. A equipa de Castro Verde voltou assim às vitórias, o que já não acontecia há três jornadas consecutivas. Nesta série, o União de Montemor, atual lí-der destacado, e o Esperança de Lagos (2.º) são as duas equipas que ainda não perde-ram.

O Moura mantém o terceiro lugar. Aljustrelense, Vasco da Gama e Castrense ocupam, por esta ordem, posições entre o 7.º e o 9.º postos. Fecha a tabela a equipa do Lagoa, em dificuldades para manter o seu plantel (na última semana três dos seus jo-gadores, entre eles o conhecido Márcio Candeias, rumaram para Castro Verde). O campeonato será retomado no dia 29 de de-zembro, com mais um derby em Vidigueira, agora com a visita do Castrense.

Almodôvar empata em Odemira e Milfontes sobe ao segundo lugar

Surpresas de Natal

1.ª Divisão Distrital

Visitantes ganham dérbis

Desportivo-Cuba António Bernardino arbitrou sem policiamento

Corta Mato

de Natal

Os atletas João Figueiredo (C.N.Alvito) e Vera Fernandes (Bela Vista)

venceram as provas absolutas, em masculinos e femininos, do Corta

Mato de Natal disputado em Castro Verde, organizado pela Associação

de Atletismo Beja (AAB) e pelo município local. Participaram 95 atletas

nos vários escalões, em representação de oito clubes da área da AAB e a

Associação Académica Bela Vista, do Algarve (que ganhou por equipas).

Taça Distrito de Beja A Associação de Futebol de Beja já realizou o sorteio da próxima eliminatória (1/4 final) da Taça Distrito de Beja na categoria de seniores, que se disputará a três de fevereiro, com os jogos: Cuba-Aldenovense; Piense-São Marcos; Desportivo Beja-Rosairense; Amarelejense-Cabeça Gorda.

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João José Bento

O convidado desta semana para, em tempo de Natal, prognosticar os jogos do

“Distritalão” é alguém que tem um incomensurável amor pelo seu clube. O João José, a par de ou-tros amigos, que, através dos tem-pos, não têm deixado cair o fute-bol na sua terra, é a reserva moral do Guadiana de Mértola. Falar do futebol de Mértola é recordar no-mes como Baiôa, Vivaldo, Mário Avelino, Madeira, Hugo Santos, entre outros. Mas o João José e o Guadiana estão intimamente liga-dos, vivem uma espécie de cum-plicidade como o rio que refresca a Vila Museu e o seu próprio leito. Naturalmente que foi em Mértola que o João José despertou para o futebol e foi com esse emblema ao peito que se fez jogador e guarda--redes de eleição. As suas qualida-des despertaram a cobiça de outros emblemas, como o Futebol Clube de Serpa e o Despertar Sporting Clube, de Beja, que representou em épo-cas diferentes, voltando mais tarde ao seu clube de sempre. No Clube de Futebol Guadiana o João José tem feito um pouco de tudo. Atleta, di-rigente, formador, treinador, enfim uma trave mestra na caminhada deste clube fundado há mais de ses-senta e cinco anos. O João, hoje com 50 anos, tem-se revelado também pelo seu trabalho nos escalões de formação, mas, recentemente, vol-tou ao banco dos seniores para aju-dar o presidente Luís Madeira, ou-tro dos históricos do Guadiana, e levar o “Vendaval” a bom porto. Eis os seus prognósticos:

(2) ODEMIRENSE / SÃO MARCOSTendo em conta a excelente época que o Odemirense tem vindo a fazer, é com na-turalidade que lhe atribuo todo o favori-tismo neste jogo com o São Marcos.

(1) B. DA CONCEIÇÃO / ROSAIRENSESão equipas com recursos e objetivos bem diferentes, cuja posição na tabela me permite vaticinar o triunfo dos visitantes.

(X) GUADIANA / MILFONTESO Guadiana obteve em Serpa uma vitó-ria muito moralizadora e agora tem pela frente o mais sério candidato ao triunfo final. Entramos sempre em campo para ganhar, mas estamos conscientes das dificuldades.

(2) CABEÇA GORDA / SERPAA equipa da casa reforçou-se recente-mente e tem vindo a melhorar a sua pro-dução, mas o Serpa quererá redimir-se da derrota sofrida em casa.

(X) PIENSE / ALDENOVENSEEstamos em presença de um derby e estes jogos são sempre de desfecho imprevisí-vel. Por isso mesmo a opção pelo empate.

(1) SPORTING CUBA / AMARELEJENSEPelo excelente desempenho que o Sporting de Cuba tem vindo a mostrar nos últimos jogos justifica-se a aposta no triunfo dos visitados.

(1) ALMODÔVAR / DESP. DE BEJA Duas equipas com objetivos diferentes e com um percurso neste campeonato que justifica a elevada percentagem de favoritismo do líder da prova.

19Hoje palpito eu...Taça Fundação Inatel – 7.ª jornadaSérie A: Salvadense-Luso Serpense, 1-0; Pedrógão-Brinches, 1-3; Sobral da Adiça-Ficalho, 1-5. Folgou o Quintos. Líder: Luso Serpense, 15 pontos. Próxima Jornada (5/1): Salvadense-Ficalho; Pedrógão-Quintos; Brinches-Sobral da Adiça. Folga o Luso Serpense.

S é r i e B: L o u r e d e n s e -Beringelense, 1-1; Faro Alentejo-Neves, 1-0; AC Cuba-São Matias, 4-1. Folgou o Penedo Gordo. Líder: Penedo Gordo, 15 pontos. Próxima Jornada (5/1): Louredense-São Matias; Penedo Gordo-Faro do Alentejo; AC Cuba-Neves. Folga o Beringelense.

Série C: Vale da Oca-Santa Vitór ia, 1-1; Mombeja-Alvorada, 2-0; Figueirense-Messejanense, 2-0. Folgou o Jungeiros. Líder: Vale d’ Oca, 16 pontos. Próxima Jornada (5/1): Vale d’ Oca-Messejanense; Mombeja-Jungeiros; F igueirens e -Alvorada. Folga o Santa Vitória.

Série D : Sanjoanense -Trindade, 1-5; Sete-Fernandes, 0-0; Alcariense-Albernoense, 1-0. Líder: Trindade, 14 pontos. Próxima Jornada (5/1): Sete-Sanjoanense; Albernoense-Trindade; Fernandes-Alcariense.

Série E : Santa Luzia-A m o r e i r a s G a r e , 1-3; Soneguense-Cercalense, 1-2; Luzianes-Relíquias, 1-2. Folgou o Colense. Líder: Relíquias, 16 pontos. Próxima Jornada (6/1): Santa Luzia-Relíquias; Sonenguense-Colense; Luzianes-Cercalense. Folga o Amoreiras Gare.

Série F: Malavado-Boavista; Milfontes-Saboia, 1-1; Campo Redondo-Bemposta, 1-1. Folgou o Cavaleiro. Líder: Milfontes, 14 pontos. Próxima Jornada (6/1): Malavado-B e m p o s t a ; M i l f o n t e s -Cavaleiro; Campo Redondo-Saboia. Folga o Boavista.

S é r i e G : Pe r e i r e n s e -Santa Clara-a-Nova, 3-4; Naveredondense-Serrano, 1-1; Almodovarense-Santaclarense, 0-5. Líder: Santaclarense, 13 pontos. Próxima Jornada (5/12): Serrano-Pereirense; Santaclarense-Santa Clara-a-Nova; Naveredondense-Almodovarense.

Associação de Patinagem do Alentejo organizou torneio em Aljustrel

Alentejanos com nota positivaA

seleção de iniciados da Associação de Patinagem de Lisboa venceu o Torneio Inter Associações de Natal 2012 que se

disputou no Pavilhão Armindo Peneque, em Aljustrel, e que serviu de aprumo para o pró-ximo Torneio Nacional Inter Associações a re-alizar na Páscoa de 2013. Além do conjunto lisboeta, competiram as equipas representa-tivas das Associações de Setúbal, do Alentejo (APA) e da Federación Andaluza de Patinaje, de Sevilha. A equipa alentejana, que só per-deu com os lisboetas, apesar de excelente ré-plica, obteve o segundo lugar da competição, o que levou o técnico António Castilho a refe-rir: “Tivemos uma boa prestação, até um bo-cadinho acima das nossas expectativas, de-

vido ao facto de não termos trabalhado muito. Tivemos poucos treinos, mas a atitude e a pos-tura dos atletas foi fantástica”. O treinador su-blinhou ainda: “No último jogo, com a seleção de Lisboa, estivemos muito bem até à parte fi-nal, mas quando nos começaram a faltar as for-ças eles acabaram por ganhar merecidamente, mas o nosso empenho foi fantástico e os miúdos estão de parabéns”. Caracterizando a equipa da APA, Castilho lembrou: “A base da nossa equipa é o Estremoz, este ano já fomos buscar três mi-údos ao Boliqueime, porque o Algarve já está junto com o Alentejo nesta fase de reestrutura-ção das associações. Temos poucos miúdos, va-mos continuar a trabalhar para alcançarmos os melhores resultados possíveis”.

Seleção da A.P.Alentejo: Filipe Gonçalves, Augusto Cachucho, Luís Cebola, Sérgio Rita e Luís Godinho (todos do Estremoz), Kevin Saraiva, Diogo Silva e Rafael Miguel (Boliqueime), Carlos Fresco e Gonçalo Martins (C.P.Beja).

Resultados – 1.ª Jornada: Andalucia--Alentejo, 0-13; Setúbal-Lisboa, 1-13. 2.ª Jornada: Alentejo-Setúbal, 3-1; Lisboa--Andalucia, 17-0. 3.ª Jornada: Alentejo-Lisboa, 0-3; Andalucia-Setúbal, 3-4.

Classificação: 1.º A.P.Lisboa 9 pon-tos. 2.º A.P.Alentejo, 6. 3.ª A.P.Setúbal, 3. 4.º A.PAndalucia, 0. Melhor Marcador: Gonçalo Nunes (A.P.Lisboa), 10 golos. Taça Disciplina: A.P.Alentejo.

Taça Armando Nascimento 2012/2013 ganha pelo Desportivo de Beja

A taça era um dos objetivos

A equipa de Juvenis do Clube Desportivo de Beja conquistou a Taça Armando Nascimento, primeiro título distrital

da Associação de Futebol de Beja entregue na presente temporada 2012/2013.

A prova foi disputada por sete equipas (após a desistência do Boavista de Pinheiros), a uma volta, e terminou com o Desportivo de Beja e o Castrense empatados em pontos (15), prevalecendo o triunfo dos bejenses (2/1) so-bre a equipa de Castro Verde para a deci-são final. A formação do Desportivo de Beja, orientada pelo jovem técnico Paulo Paixão, concluiu a prova com cinco vitórias e uma derrota (1-0 em Almodôvar), marcou 16 go-los (o Castrense foi mais realizador, com 19) e sofreu apenas 6. O treinador da equipa ven-cedora revelou “conquistámos um dos nos-sos objetivos, foi um bom prémio para os nos-sos jogadores, mas agora temos o campeonato distrital que é a nossa segunda meta, senão a principal”. Paulo Paixão assumiu que “o mo-mento mais importante da taça foi o triunfo sobre a equipa do Castrense, porque foi esse o resultado que nos permitiu ficar no primeiro lugar, tendo em conta que tivemos um jogo em Almodôvar em que as coisas não nos corre-ram bem” e perspetivou o futuro competitivo da sua equipa “o campeonato será mais difícil,

já existe um conhecimento entre as equipas, nada será igual ao que foi durante esta com-petição, mas vamos tentar manter esta mo-tivação, para podermos entrar bem e obter-mos os melhores resultados”. A conquista da Taça Armando Nascimento, pelo Desportivo de Beja, tem ainda o significado especial de ser um troféu que evoca a memória do avô do atual presidente da comissão administrativa

do clube, Diogo Cruz Nascimento. Percurso da equipa vencedora: Desportivo-

-Despertar, 3-1; Almodôvar-Desportivo, 1-0; Desportivo-Castrense, 2-1; Serpa-Desportivo, 1-2; Desportivo-Moura, 3-2; Aljustrelense--Desportivo, 0-6. Classificação final: 1.º Desportivo de Beja, 15 pontos. 2.º Castrense, 15. 3.º Almodôvar, 12. 4.º Serpa, 8. 5.º Moura, 7. 6.º Aljustrelense, 3. 7.º Despertar, 1. FP

Futebol Juvenis do Desportivo de Beja conquistaram a Taça Armando Nascimento

A vila de Aljustrel recebeu o torneio quadrangular de hóquei em patins, no escalão de iniciados, organizado pela Associação de Patinagem do Alentejo

Texto e foto Firmino Paixão

Diá

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bro

2012

20

Saudades José Saúde

Fundada em 30 de março de 1925, seria no entanto em 2 de março de 1926 que se lavrou a ata n.º 1 da Associação de Futebol de Beja. Neste retrocesso às catacumbas da saudade, recordo que para além da incalculável dedicação de dirigentes que se entregaram desinteressadamente ao serviço da causa associativa ao longo do tempo, Artur da Silva Dias foi o primeiro presidente da coletividade, assumindo, também, o cargo de delegado da Federação Portuguesa de Futebol. À elite de lideres associaram-se depois António Fernando Covas Lima, Raul Guerreiro Lampreia, Vicente Cruz Oliveira, Luís de Lima Faleiro, José Gonçalves Fagulha, Manuel Inácio Lopes de Melo Garrido, José Manuel da Encarnação Nobre, Padre Virgílio da Ascensão Abrantes Ferreira, José António Candeias Vieira, Casimiro Mendes Heitor, Fernando Manuel Marques Dionísio e o atual José Luís Ramalho. Acresce que cada elenco liderado por estas ilustres personagens do mundo da bola sul alentejano todos trabalharam em coesão, diligenciando o contexto fatual do momento deparado. A sede, melhor, as infraestruturas físicas com as quais a AF Beja se deparou, foram dimensionando-se com a metodologia que a própria evolução do futebol foi autenticando. Recorde-se a sua evolução a nível físico e sobretudo humano. Ganhou-se um verdadeiro boom futebolístico e perspetivou-se um imóvel que hospedasse todas as necessidades que a associação carecesse. Andou-se com a casa às costas, é verdade, mas perspetivando-se sempre a aquisição de um bem que contemplasse as prementes carências que a estrutura associativa entretanto se deparava. E a cereja sobre o bolo teve lugar no passado dia 12 de dezembro com a inauguração da nova sede na rua Eça de Queiroz, n.º 6 em Beja. O novo equipamento dispõe, justamente, de um auditório com o nome de João Manuel Covas Lima, um ícone do mundo do associativismo regional. Que saudades dr. Nana da sua inigualável amizade e simplicidade!

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Eleição na Zona Azul O presidente da Associação Cultural e Recreativa Zona Azul, Vasco Cordeiro, foi ree-leito para mais um mandato de dois anos à frente dos destinos da coletividade bejense. António Raposo e Gervásio Amaro lideram, respetivamente, a Assembleia--Geral e o Conselho Fiscal.

Redondo e Zona Azul fora da Taça A equipa de Andebol da Zona Azul perdeu em casa (27/32) com o Académico do Porto, em jogo relativo aos dezasseis avos de final da Taça de Portugal, ficando afastada da competição. O Núcleo do Redondo perdeu com o Santana (24/27).

Realiza-se no próximo dia 6 de janeiro, em Castro Verde, o II

Grande Prémio de Atletismo “Campo Branco”, que decorrerá

em simultâneo com o Campeonato Distrital de Estrada. Trata-se

de uma organização conjunta do Município de Castro Verde e

da Associação de Atletismo de Beja, com início às 10 horas.

Grande Prémio

do “Campo Branco”

O 3.º Grande Prémio de Santa Bárbara, em atletismo, reu-niu na vila de Aljustrel cerca

de centena e meia de atletas em repre-sentação de 33 clubes.

O queniano Cybrian Kotut, 20 anos, e a sportinguista Clarisse Cruz, 34, venceram as provas de absolutos masculinos e femininos desta corrida - Entre Bairros Mineiros – na distân-cia de nove quilómetros. O atrativo menu de prémios pecuniários fez con-vergir para Aljustrel um lote de cre-denciados atletas que só não tornaram a corrida mais competitiva porque o africano Kotut (nos três quilómetros iniciais ainda teve a companhia dos sportinguistas Carlos Silva e Ricardo Mateus e do portalegrense Bruno Paixão) arrancou decidido a vencer

categoricamente esta terceira edição de uma prova cujo traçado alia a pa-norâmica à dureza, características que lhe acrescentam qualidade e potencial para se afirmar no calendário nacio-nal da modalidade.

A prova feminina teve um bom leque de concorrentes, mas Clarisse Cruz repetiu a vitória das duas edições anteriores, sendo de destacar o quarto lugar da odemirense Ana Catarina Dias. A anteceder a prova rainha, que teve partida no mítico bairro Vale d’ Oca e chegada ao, não menos pito-resco, bairro de São João, realizaram- -se, neste último local, as provas des-tinadas aos escalões de formação, com cerca de seis dezenas de jovens atletas, corridas onde o Amiciclo de Grândola e o Núcleo de Messejana ga-

rantiram os primeiros dois lugares coletivos. Nos escalões de iniciados e juvenis, triunfos dos “suspeitos do cos-tume” a atleta/futebolista Ana Capeta (Messejana) e essa grande revelação do ano que é o guineense Mussa Djau.

O Grande Prémio evoca a padro-eira dos mineiros e tem um percurso que toca em todos os recantos da vi-vência, da tradição e da história de uma terra onde a indústria mineira tem um papel fundamental, até tu-rístico e aqui, sabiamente, potenciado pelo desporto. Nota alta para a orga-nização, a junta de freguesia local e o Núcleo de Atletismo e Recreio de Messejana, aliados a outras entidades locais e, sobretudo, aos inúmeros vo-luntários que garantiram a segurança do percurso. FP

Cybrian Kotut e Clarisse Cruz dominaram

Nas minas de São João

Diário do Alentejo21 dezembro 2012

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Fundada em 17/02/1972

A Direcção da AHDSB deseja a todos os seus Dadores,

Sócios e todos os que ao longo do ano nos ajudaram

Boas Festas de Natal e Ano Novo

O Presidente

Bento Tecla Fava

Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 1.ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE ALMODÔVARSecção Única

ANÚNCIOProcesso: 621/10.3GCFARProcesso Comum (Tribunal Singular)

N/Referência: 319983

O Mm°) Juiz de Direito Dr. Pedro Godinho, da Secção Única - Tri-

bunal Judicial de Almodôvar:

Faz saber que no Processo Comum (Tribunal Singular), n.°

621/10.3GCFAR, pendente neste Tribunal contra o(a) arguido(a) Manuel

Cascales natural de: França; nacional de França nascido em 01-02-1956

estado civil: Desconhecido, profi ssão:

Desconhecida ou sem Profi ssão domicílio: Rue Pologne 18, N°

38 1º-2º, 75, Paris, 75055 Paris França, por se encontrar acusado da

prática do(s) crime(s):

1 crime(s) de Furto simples, p.p. pelo art.° 203° do C. Penal, pra-

ticado em 21-08-2010; foi o(a) mesmo(a) declarado(a) contumaz, em

27-11-2012, nos termos do art.° 335° do C. P. Penal.

A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação

do(a) arguido(a) em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes

efeitos:

a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresen-

tação ou detenção do(a) arguido, sem prejuízo da realização de actos

urgentes nos termos do art.° 320.° do C. P. Penal;

b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial

celebrados pelo arguido, após esta declaração;

c) Proibição de obtenção de passaporte, cartão do cidadão ou

contribuiente fi scal;

d) Proibição de obtenção ou renovação de carta de condução,

carta de caçador ou licença de uso e porte de arma;

e) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos

junto de autoridades públicas.

Almodôvar, 29-11-2012.

O/A Juiz de Direito,

Dr. Pedro Godinho

O/A Escrivão Adjunto,

Paula Brito

Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 1.ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE ALMODÔVARSecção Única

ANÚNCIO Processo: 92/08.4GBADVProcesso Comum (Tribunal Colectivo)

N/Referência: 319996

O/A Mmo(a) Juiz de Direito Dr(a). Pedro Godinho, do(a) Secção

Única – Tribunal Judicial de Almodôvar:

Faz saber que no Processo Comum (Tribunal Coletivo), n.°

92/08.4GBADV, pendente neste Tribunal contra o(a) arguido(a) Farit Ache-

raf fi lho(a) de Khaled Abedkadar Acheraf e de Sohra Daurchi natural de:

Egipto; nacional de Egipto nascido em 15-05-1975 estado civil: Solteiro,

profi ssão: Carpinteiro domicílio: Rua da Padaria, Pensão Algarve, 1100-

000 Lisboa, por se encontrar acusado da prática do(s) crime(s):

1 crime(s) de Furto qualifi cado, p.p. pelo art.° 204° do C. Penal,

praticado em 18-12-2008; foi o(a) mesmo(a) declarado(a) contumaz,

em 27-11-2012, nos termos do art.° 335° do C. P. Penal.

A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação

do(a) arguido(a) em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes

efeitos:

a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresenta-

ção ou detenção do(a) arguido(a), sem prejuízo da realização de actos

urgentes nos termos do art.° 320.° do C. P. Penal;

b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial

celebrados pelo(a) arguido(a), após esta declaração;

c) Proibição de obtenção de passaporte, cartão do cidadão ou

contribuinte fi scal;

d) Proibição de obtenção ou renovação de carta de condução,

carta de caçador ou licença de uso e porte de arma:

e) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos

junto de autoridades públicas.

Almodôvar, 29-11-2012.

O/A Juiz de Direito,

Dr. Pedro Godinho

O/A Escrivão Adjunto,

Paula Brito

A Águas Públicas do Alentejo (AgdA), empresa do Sector do Ambiente, integrada em Sólido Grupo Económico, pretende seleccionar, para trabalhar na Zona de Beja:

Técnico de Contabilidade (m/f)

Ref.20/AgdA/12 Integrando a Direcção Administrativa e Financeira, a função tem como principais responsabilidades executar atividades inerentes ao processo contabilístico da AgdA, cumprindo as normas legais e os procedimentos em vigor no Grupo. Perspetivamos, para esta função, candidatos com habilitações ao nível do 12º ano, preferencialmente na via técnico-profissional (nível III) em ciências socioeconómicas e experiência profissional em funções relevantes de, pelo menos, 3 anos. Preferencia-se, ainda, bons conhecimentos de SAP e Microsoft Office. Constituirá ainda um factor preferencial na pré-selecção das candidaturas, a residência, ou a menção expressa de vir a residir, no distrito de Beja. Oferecemos a possibilidade de integrar uma Empresa de prestígio, remuneração compatível com a função e regalias sociais em vigor no Grupo. Respostas, até ao dia 15-01-2013, com C.V.s detalhados, indicando a respectiva referência, preferencialmente para [email protected] Ou: AdP-Águas de Portugal, Serviços Ambientais, S.A. Direcção de Recursos Humanos Rua Visconde de Seabra, 3 1700-421 Lisboa

Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação

A Águas Públicas do Alentejo (AgdA), empresa do Sector do Ambiente, integrada em Sólido Grupo Económico, pretende seleccionar, para trabalhar na Zona de Beja:

Engenheiro Mecânico (m/f)

Ref.26/AgdA/12 Integrando a Direcção de Infraestruturas, a função tem como principais responsabilidades efetuar o acompanhamento, execução, planeamento e desenvolvimento de manutenção dos equipamentos e infraestruturas sob gestão da empresa, assim como acompanha intervenções, projetos e empreitadas no âmbito de novas instalações e requalificação de existentes, com relevância no domínio da sua especialidade. Perspectivamos, para esta função, candidatos com Licenciatura (pré Bolonha) ou Mestrado (pós Bolonha) em Engenharia Mecânica e experiência profissional em funções relevantes de, pelo menos, 3 anos, preferencialmente no Sector da Água e Saneamento e carta de condução de ligeiros. Preferencia-se, ainda, proatividade, gestão de prioridades, disponibilidade, bons conhecimentos de Máximo ou Mac, Autocad e Microsoft Office. Constituirá ainda um factor preferencial na pré-selecção das candidaturas, a residência, ou a menção expressa de vir a residir, no distrito de Beja. Oferecemos a possibilidade de integrar uma Empresa de prestígio, remuneração compatível com a função e regalias sociais em vigor no Grupo. Respostas, até ao dia 15-01-2013, com C.V.s detalhados, indicando a respectiva referência, preferencialmente para [email protected] Ou: AdP-Águas de Portugal, Serviços Ambientais, S.A. Direcção de Recursos Humanos Rua Visconde de Seabra, 3 1700-421 Lisboa

Diário do Alentejo21 dezembro 2012

22 saúde

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do Sangue – Hospital de Beja

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Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação

COOPERATIVA AGRÍCOLA

DE BEJA E BRINCHES, C.R.L.

1.ª e 2.ª CONVOCATÓRIAS

De harmonia com o preceituado no art. 33 n.º 1 dos

nossos Estatutos, convoco os Senhores cooperadores

para assistir à reunião da Assembleia Geral Ordinária

desta Cooperativa, que deverá realizar-se no seu esta-

belecimento principal sito em Monte Acima, s/n em Brin-

ches pelas 10H30 do dia 27 de Dezembro de 2012.

Não se encontrando presentes o número de Coope-

radores Indicado no art. 36 n.º 1.º, fi ca desde já marcada

a 2.ª convocatória para a reunião que se efectuará 1

hora depois (11H30), no mesmo local, funcionando com

qualquer número de Cooperadores ou seus represen-

tantes, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Apreciação e votação do orçamento e plano de

actividades, para o exercício de 2013.

2. Deliberação sobre a proposta da Direção da

permuta de uma parcela de terreno do prédio rústico

denominado “Quarteirões”, propriedade da Cooperativa,

inscrito na matriz da freguesia de Brinches sob o artigo

n.º 52 Secção F com uma parcela do prédio rústico

denominado “Quarteiras ou Barrlnho Vermelho ou

Quarteirões”, inscrito na matriz, também da freguesia de

Brinches, sob o artigo n.º 51 da Secção F, propriedade

de António José Correia e mulher, ambas as parcelas

com a mesma área, destinando-se a parcela a permutar

a nela serem construídos armazéns para depósito e

comercialização de produtos agrícolas e similares.

3. Outros assuntos de interesse.

Beja, 10 de Dezembro de 2012.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Dr. Luís Carlos Ferreira de Mira Coroa

Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

E FISCAL DE BEJA

ANÚNCIOProc. n.° 389/11 .6BEBJAAcção administrativa especial de pretensão conexa com actos administrativos Data: 16/11/2012Intervenientes:Autor: Ministério Público;Contra-interessado: Alexandre Miguel Palma Salgado (e Outros);

Réu: Município de Serpa

FAZ SABER, que nos autos de ação administrativa especial,

registados sob o número 389/11.6BEBJA, que se encontram pen-

dentes no Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, em que é Autor o

Ministério Público e demandado o Município de Serpa; são os Contra-

Interessados: - Alexandre Miguel Palma Salgado, residente na Rua

Cândido dos Reis, 10, em Ferreira do Alentejo; Amélia Saião Rocha

da Silva, residente Rua da Eira de São Pedro, n° 7, em Serpa; Anabela

Granchinho Ribeirinho Valente SaIes, residente na Rua Hospital São

João de Deus, 20, 4.º B, em Lagos; Ana Isabel Gonçalves dos Santos,

residente na Rua Gabriel Pedro, 13, Samouco, Alcochete; António

Manuel Amado da Silva, residente na Rua Fernando Pessoa, 4, 6°

G, em Paço de Arcos; Bruno André Martins Guerreiro, residente na

Cerca Velha, em Paderne, Albufeira; Carolina Ramires de Carvalho,

residente na Rua Barão de Sabrosa, 131, 1° esq., em Lisboa; Daniel

Francisco Lebre Casteleiro, residente Praceta Professor Montalvão

Marques, n° 4, 3° dto., em Beja; David Filipe Albuquerque Lopes,

residente na Rua Jaime Cortesão, n° 3, 5º dto., Amora; Filipe Caeiro

de Jesus Caras Altas, residente na Rua Ary dos Santos, n° 39, 1°

dto., Feijó, Almada; João Pedro Berjano Lança, residente na Rua 28

de Setembro, 3, Aljustrel; José Manuel Soares Candeias, residente

na Rua do Rossio, 70, Vila Nova de São Bento, em Serpa; Jorge

Miguel do Rosário Santos Cruz, residente na Rua Luís de Camões,

13, 2° dto., em Beja; Jorge Miguel Vital Rodrigues, residente na Rua

Franco Nogueira, 5, 1° esq., em Oeiras; Nadine Santos Caldeira,

residente na Urbanização da Muralha, Pátio das Alcáçovas, n° 6,

1° dto., em Évora; Natércia Rodrigues da Silva Claro, residente na

Quinta dos Pomares, Batudes, em Palmela; Márcia Orlanda Pinto

Oliveira, residente na Rua Dom Rodrigo de Moura Teles, Porta 821,

Calendário, Vila Nova de Famalicão; Marco José Caetano Guerreiro,

residente na Rua Coophecave, porta 28, em Castro Verde; Marco

Paulo Pereira Rocha, residente na Rua António Francisco Silva Porto,

lote 1, r/c frente, em Loures; Pedro Jorge Alfaite Marto, residente na

Rua Escola, porta 9, Assafarge, Coimbra; Pedro Miguel Cebola dos

Santos Louro, residente no Bairro 25 de Abril, Rua Alves Redol, n° 25,

em Evora; Ricardo Jorge Caracinha Saragoça, residente na Travessa

do Sul, 47, em Cuba; Ricardo Jorge do Cabo Pacheco, residente na

Rua escritor Aquilino Ribeiro, 16, em Beja; Rodrigo Ventura da Luz

Gonçalves Gomes, residente na Rua Augusto Alexandre Jorge, lote 8,

4º Esq., em Odivelas; Sérgio Físico Felício, residente na Rua Barto-

lomeu Dias, lote 3 A, c/v esq., em Albufeira; Teresa Alexandra Graça

da Costa, residente na Rua Eusébio da Silva Ferreira, lote 2, 3° esq.,

Serra de Carnaxide, Amadora, CITADOS, para no prazo de QUINZE

DIAS se constituírem como contra-interessados no processo acima

indicado, nos termos do art.° 82.°, n.° 1 do Código de Processo nos

Tribunais Administrativos, cujo objecto do pedido consiste:

– declaradas nulas as deliberações da Câmara Municipal

de Serpa de 16.12.2009 e 27.1.2010 e bem assim todos os actos

subsequentes do procedimento concursal aberto pelo aviso n°

5383/2010.

Uma vez expirado o prazo para se constituírem como contra-

interessados, consideram-se CITADOS para contestar, no prazo de

30 DIAS, a acção acima referenciada pelos fundamentos constan-

tes da petição inicial, cujo duplicado se encontra à disposição na

secretaria, com a advertência de que a falta de contestação ou a

falta nela de impugnação especifi cada não importa a confi ssão dos

factos articulados pelo autor, mas o tribunal aprecia livremente essa

conduta, para efeitos probatórios;

Na contestação, deve deduzir, de forma articulada, toda a maté-

ria relativa à defesa e juntar os documentos destinados a demonstrar

os factos cuja prova se propõe fazer;

Caso não lhe seja facultado, em tempo útil, a consulta ao pro-

cesso administrativo, disso dará conhecimento ao juiz do processo,

permitindo-se que a contestação seja apresentada no prazo de 15

dias contado desde o momento em que o contra-interessado venha a

ser notifi cado de que o processo administrativo foi junto aos autos.

De que é obrigatória a constituição de advogado, nos termos

do art.° 11 .°, n.° 1 do CPTA;

O prazo acima indicado é contínuo e terminando em dia que

os tribunais estejam encerrados, transfere-se o seu termo para o

primeiro dia útil seguinte.

Beja, 16 de Novembro de 2012.

A Juiz,

Luísa Candeias Tinoco

O Ofi cial de Justiça

Pedro Miguel Guerreiro Laurêncio

Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação

CERCIBEJA

CONVOCATÓRIANos termos do artigo 45º, do ponto 3 do Código Coo-

perativo, convocam-se todos os Sócios efectivos da CER-

CIBEJA para uma Assembleia Geral Extraordinária no dia

03 de Janeiro de 2013, pelas 16:00 horas, nas Instalações

da CERCIBEJA, sito na Quinta dos Britos, com a seguinte

ordem de trabalhos:

Ponto Único: Eleição dos Corpos Gerentes da Cercibeja

para o triénio dois mil e treze, dois mil e quinze.

Se à hora marcada não estiver o número de sócios

legalmente estabelecido para o seu funcionamento, a As-

sembleia, começará uma hora depois (17:00) com qualquer

número de presentes.

Beja, 18 de Dezembro de 2012

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Paula Pinto Mendes

Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA

DOS BOMBEIROAS VOLUNTÁRIOS DE MÉRTOLA

CONVOCATÓRIAEm conformidade com o disposto no n.º 1 do art.º 41

dos Estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mértola, convoco todos os associados no pleno gozo dos seus direitos a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 27 de Dezembro de 2012, pelas 20 horas, na sede da Associação com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS1. Informação;2. Apreciação, discussão e votação do Plano de Activi-

dades e do Orçamento para o exercício do ano de 2013;3. Outros assuntos de interesse colectivo.Se à hora marcada não se verificar o número de

presenças previstas nos Estatutos, a Assembleia Geral poderá deliberar 30 minutos depois da hora inicial, com qualquer número de presenças, desde que não inferior a três associados efectivos.

Mértola, 14 de Dezembro de 2012.O Presidente da Assembleia Geral

Manuel Romba Ruas

Diário do Alentejo21 dezembro 2012

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DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS

CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800”

MISSA

Francisco Aleixo

Dias Gonçalves18.º Ano de Eterna Saudade

Sua esposa e fi lha participam

a todas as pessoas de suas

relações e amizade que man-

dam celebrar missa por alma

do seu ente querido no dia

27/12/2012, quinta-feira, às 18

e 30 horas, na Igreja do Carmo,

em Beja, agradecendo desde

já a todos os que comparece-

rem ao acto religioso.

MISSA

Jorge

da Silva Revez

1.º Ano de Eterna Saudade

Mãe, irmãos e restante fa-

mília participam a todas as

pessoas de suas relações e

amizade que será celebrada

missa pelo eterno descan-

so do seu ente querido no

dia 28/12/2012, sexta-feira,

na Capela do Convento das

Carmelitas em Beja, pelas 9

horas, e agradecem desde já

a todos os que comparecerem

ao acto religioso.

Vidigueira

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Joaquim Santana

Esposa, fi lha, genro, netos e

restante família cumprem o

doloroso dever de participar o

falecimento do seu ente queri-

do ocorrido no dia 16/12/2012,

e na impossibilidade de o fa-

zerem individualmente vêm

por este meio agradecer a to-

das as pessoas que o acom-

panharam à sua última mora-

da ou que de qualquer forma

manifestaram o seu pesar.

Serpa

PARTICIPAÇÃO

É com pesar que participa-

mos o falecimento da Sra.

D. Cândida da Consolação

Dionísio Belchior, ocor-

rido no dia 16/12/2012, de

67 anos, casada com o Sr.

António da Silva Rodrigues,

natural da freguesia de

Santa Maria, Serpa. O fune-

ral a cargo desta agência re-

alizou-se no dia 17/12/2012,

pelas 10 horas, da Casa

Mortuária de Serpa para o

cemitério local.

Apresentamos à família as

cordiais condolências.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA

Gerência: António CoelhoTm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 |

Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

SANTA CLARA DE LOUREDO

†. Faleceu a Exma. Senhora D. DOMINGAS DOS ANJOS BALTAZAR PALMA, de 86 anos, natural de Vila Nova de São Bento - Serpa, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. BENVINDA PAULINO, de 84 anos, natural de Salvada - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

SALVADA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. TERESA MARIA PAIXÃO BRAIZINHA, de 68 anos, natural de Salvada - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor ANTÓNIO JOAQUIM ROCHA MACHADO, de 79 anos, natural de Trindade - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Emília Maria Gonçalves Latas Machado. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras

condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

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ASSINATURA

Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail [email protected]

Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail [email protected]

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Morada ______________________________________________________________________________

Localidade ___________________________________________________________________________

Código Postal ________________________________________________________________________

Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________

Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________

*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:

AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral

Beja

AGRADECIMENTO

Joaquim Afonso

Mestre Nasceu 28.04.1939

Faleceu 12.12.2012

Sua família na impossibi-

lidade de o fazer pessoal-

mente agradece por este

meio a todas as pessoas

que o acompanharam à

sua última morada ou de

outro modo manifestaram

o seu pesar. Agradecendo

publicamente por este meio

aos Bombeiros Voluntários

de Beja pelo Empenho e

Humanismo demonstrados

neste piedoso acto.

Alcaria da Serra

AGRADECIMENTO

Luís António

Trindade

Nasceu 26.01.1926

Faleceu 12.12.2012

Sua família na impossibi-

lidade de o fazer pessoal-

mente agradece por este

meio a todas as pessoas

que o acompanharam à

sua última morada ou de

outro modo manifestaram

o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ESPÍRITO SANTO, LDA.

Tm.963044570 – Tel. 284441108Rua Das Graciosas, 7

7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

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Diá

rio d

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lent

ejo

21 d

ezem

bro

2012

26 A Câmara Municipal de Santiago do Cacém, com o apoio das

juntas de freguesia, procede à entrega de 40 cabazes de Natal,

cujos géneros foram entregues pela população que assistiu, no

passado dia 24 de novembro, ao espetáculo dos alunos da Escola

da Guitarra Portuguesa Mestre António Chainho.

Santiago distribui 40

cabazesde Natal

Um passeio pelo centro histórico de Beja

Rua das Lojas desertificadaNum passeio pelo centro histórico de Beja não foi possível deixar de passar pela famosa rua das lojas (antiga rua dos Mercadores). Local de passagem obrigatória para muitos na cidade, e até para turistas, hoje está parcial-mente desertificada, transparecendo revolta e profunda tristeza por parte dos comerciantes. Composta por não mais do que meia dúzia de lojas. É as-sim que se encontra.

Publireportagem Sandra Sanches

Quem em tempos lá passou, e atual-mente se desloca à antiga rua dos Mercadores, mais conhecida por rua

Doutor Afonso Costa (vulgo rua das lojas), vive o vazio que a mesma deixa transparecer. Uma rua que em tempos esteve totalmente preenchida por comércio, hoje apresenta-se “nua”, demonstrando um sentimento de va-zio pelos que lá estão e passam parte do seu dia a dia.

Atualmente faz parte da rota turística da cidade de Beja e oferece muito pouco à mar-gem do que se viu em tempos. Aparentemente o motivo parece não estar só ligado ao atual cenário que o País atravessa, mas também com a oferta e diversidade que Beja tem vindo a disponibilizar nos últimos tempos por parte dos comerciantes. Moderno parece

ser a palavra-chave para o que acontece. Inovou-se muito, oferece-se cada vez mais o tradicional aliado ao moderno e deixou-se para trás a procura das verdadeiras raízes do comércio tradicional.

Os comerciantes, questionados sobre o que está a acontecer, referem, de um modo geral, que o problema deve-se a vários fato-res: das “transformações que foram feitas na praça da República à falta de vocação que as pessoas têm para utilizar os parques de esta-cionamento”, passando, sobretudo, pelos es-paços que estão fechados há muito tempo e que não são arrendados por ninguém. “Estes comerciantes necessitam urgentemente de uma autarquia que olhe por eles”, diz Maria Adelina, proprietária da casa Tenibol, “a pri-meira loja de artigos de desporto que abriu em Beja, contando com mais de 60 anos de existência”.

Se em tempos a rua das lojas era um lo-cal histórico, ainda com retratos de um pas-sado com muito para se ver, atualmente é composta por sete lojas que ainda sobrevi-vem a um presente tenebroso. Os comercian-tes, sem dúvida, preocupados com o futuro, vêm de um passado em que a rua se desta-cava como a mais emblemática da cidade e parece agora estar esquecida.

João Guilherme, proprietário da casa Seatra, um espaço com mais de 70 anos, ainda se recorda do movimento desta rua.

“As pessoas tinham que se desviar umas das outras e hoje chamam-lhe a rua do lá vai um”. Uma casa que em tempos chegou a ter nove trabalhadores, hoje apenas pode integrar uma funcionária e, infelizmente, tempo livre é o que não lhe falta, dedicando-se à arruma-ção das prateleiras e à limpeza do pó.

Por sua vez, Maria Laurinda, proprietária da casa Midila, mais conhecida por Casa das Lãs, vítima também destes tempos mortos, ocupa o seu tempo livre, que por sinal tam-bém não lhe falta, a fazer malha, referindo que prefere deixar-se “ir à margem e não pensar muito nas perspetivas”. Conta que a “sorte” é ter os “alicerces” que precisa para continuar.

Não obstante, Maria Adelina diz que “nos meses de verão, nesta artéria da cidade, é onde passa mais movimento, nomeadamente turistas, que mais não seja para pedir infor-mações da rota a seguir para chegar ao cas-telo”. Questionada quanto ao futuro, adianta: “Não vou arrumar as botas, pelo menos nos próximos anos”, e relembra uma “rua muito animada com pessoas bem-dispostas, co-merciantes mais antigos e cheios de experi-ência”. “Éramos uma família”, conclui.

Resta-lhes o apelo que deixam à popula-ção, pedindo-lhe que não fique alheia a esta realidade que os afronta a cada dia com inú-meros desgostos e sem perspetivas de dias melhores.

Empresa de vinhos investepara produzir energia solarA Roquevale, empresa do concelho de

Redondo produtora de vinho, investiu

quase 230 mil euros, que espera recuperar

em seis anos, para produzir energia solar

que vai injetar na rede elétrica nacional.

O investimento da empresa vitivinícola

alentejana consistiu na instalação de 514

painéis solares fotovoltaicos na herdade, com

uma potência instalada de 127 kilowatts.

Este sistema de minigeração, segundo

o administrador, vai permitir produzir

anualmente 242 KW/hora de energia para a

rede elétrica nacional. O projeto representa

uma mais-valia para a empresa, acrescentou

Miguel Santos, referindo que não só a

Roquevale diversifica a sua atividade e

contribui para energia “limpa”, como obtém

vantagens económicas.

Inalentejo faz balanço e entrega contratos de financiamentoA autoridade de gestão do InAlentejo

– Programa Operacional Regional do

Alentejo 2007-2013 apresentou, no auditório

da CCDR – Comissão de Coordenação e

Desenvolvimento Regional do Alentejo, o

“Presente e Futuro – Empreendedorismo e

Inovação no Alentejo”. Na sessão, que contou

com a presença do secretário de Estado

Adjunto da Economia e do Desenvolvimento

Regional, António Almeida Henriques, foi

feito o balanço e apresentada a orientação

futura do programa Operacional Regional

do Alentejo e ainda efetuada a entrega de

contratos de financiamento no âmbito dos

Sistemas de Incentivos às Empresas.

Idosos de Ferreira do Alentejo têm transporte gratuitoA Câmara de Ferreira do Alentejo tem

um novo transporte para ajudar os mais

carenciados. Três dias por semana um mini

autocarro transporta as pessoas das aldeias

até à sede do concelho, com o objetivo de

aproximar as mesmas dos serviços, como

câmaras municipais, finanças, bancos,

segurança social, médicos e estabelecimentos

comerciais. Ao mesmo tempo tentam

promover o convívio entre as freguesias e as

pessoas da sede do concelho.

Mercadinho de Natalem GrândolaVinte artesãos mostram as suas artes

no Mercadinho de Natal, em Grândola,

até ao final do ano. Promover e apoiar o

artesanato, produtos regionais e outras artes

desenvolvidas no concelho é o principal

objetivo da Câmara Municipal de Grândola.

O mercadinho está na rua General Humberto

Delgado, no centro tradicional da vila, de

segunda a sábado, das 9 às 19 horas.

EmpresasAtAAAAtAtAtAtAtAtAtAtAtAtAtAtAAAAAAttAtAAA uauauauauauaauuuuauaualmlmlmlmlmlmlmlmlmlmmmlmlmmmmmmmlmmeneeneeeee tettettttttte fffazazazzzzzzzz pppppp pppp ppparararararararaararrrteetetetetetetetteteteeetetee ddd d da aaaaa rorororotatatata tutututututuututututuuuttutuuuuuutt rírírírírírírírírírírrírírrírírrrííríírrrr ssstststststsststsststiicicicica aaa dadaadaaadaaa cccccccccciiiididdiiiiii adadadaddadee e dedee BB BB B B BBB B B BB BB BBBejejejejee a a a eeeeee e eeeeeeeeeeee eee oofofofofoferererrececececeeee e e e e mmmmmummmumm itittitooo o o o popooucuccuuuucoo ooo à à à ààmmamamam rgrgrgemememem ddddd ddddddddddo o o o ooo quuuququee e ee e e e seseseseseseseseseesese v vvvvvvvvvviuiuiuiuiuiuiuiuiuiuiuiu eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee eemmm mmtetetetetetett mpmmmmpposososososos. . . . AAAAApApApAApApAA aarrarrraararraa enenenenenenenennenenntetetetetetetetetetetetemememememememememememementntntnntnnntntntttn e eee eee eeeee ooo o ommmomomm tititititt vovovovovovooo p p ppppppppparararararrarararrra ececececcccecece eeeeeee eeeeee nãnãnãnãnãnãnãããnãnãnnnn o o oo o o oo oooooo eseseseeseseseseseeestatatatataatatattaaaar rrrrr r rrr rrrr sóssóóósó lililliiliiiiiiiiiil gagagagagagagagaagagaagagagagaggaggagagaggag dodododododo aaa aooo o ooo oo atattataa uuauaaauauaaaaaauuauauualll l llllll cecececececececececceccccceceeeenánánánánáánánáááánánánnánánánáánánááriririririririrrriririrrirrirrrrr o oooooooooo oo qquuuuuqqqqquqqqqqqqqqqq eee e ee o o oo PaPaPaPaPPPaPPPPPPPP ííííísísísísííííííííííííís a a atrtrtrrtrtrtrtttravaavvvvva esesesessssssasaaassssasassasssaasaass ,,,, ,,,, , ,, mammamamamamamamamamamammammmmmm s sssss ssssssssss ttttttatattttattttttttt mmmmbmbbbbbbbbmmmmbmbbmmm émémmémmé ccococoooooocoococooooc mmmmm m mmmmmmmmmmm mmm a aaa aa ooofofffoooofofererreeeeertatatata ee eeeeeeeeeeee ee d d dddddd ddd dddd d ddddddddiviviviviviivivivivivivivivverererererrrereerererererererssssissisisssissssssiss dadadadadadadadadaadaaaaaaaddddddeeeedeeddddddddd q qqqqueueueue BeBeBeeeeeeBBeeeeBeeBeeeejjjjjajajajjjjjjjjjjj tt t temememmmmmmemmmme v vv v vvinininininndodododododododddddodoodoood aaaa aaaaaaaa aa ddddddddddddddddddddddiiiiisisiiiiisiisisisississspopopopopopopoppopopoppponiininiininnninnninininnniiiiibbbbbibibbbbibbibbbbbbbbibbibbbibbbibiililiiliizazazazzazz r rnonononooooonnonoonooonoooonoonooossssss s sssssssss úlúúlúllúlúltititiimmmomooomooomommm sss s sss s tteteteteteteteteteeetttttetttttttttttempmpmpmpmpmmpmpmpmpmpmpmpmpmmppmpososososososososososososososososososossoooos p pp pp pppp oroorororororororrrrorororr pppppp pppp araararaaaraa ttetet dodoodooooooodoodoodoodooooooossssss s ssss ssss cococcooommmemememememeemem rcrcrcrcrcrcrcrrrccciiiaaaaaaaaaaaaiiaaaiiaaantntntntntntttntntnntnntnntesesesesesesesesseseses.. .. .. . MMMMooMoMMMoMoMM dededededededededededededeeedededededeeeded rnrnrnrnrnrno o o opapapapapaaarererrrrrrrererererrererrrerrrrecececeeccccececcc s sssssssserererererereree a a aaaaaa aa pppppppppppppppppppalalalalalalalalalalalalaaaalallavavavavavavavavavaaavavavrararararararararararara-c-c---c--- hahahahahahahahahahahahahahaaaaaaaahavvvvevevevevvvvv papapapapaaarararrarrrrrraaraarrrrrarrrrarrr oooooooooo qqq qq qq q qqq q q qq q q qqqqqqueueueueueueeeuu a aa a aaaaaaaaacccoccococococococococcoococcococcoccontntntntntntntnntntnnttnttececececeecececeeceecece ee.e.eeeeeee.eeeeeeee IIIIIIIIIIIIIIInonononononononononooonononoonoovvvvovovovovvooovovv u-u-u-u-uu sesesessmummuuuuuuuuuummmuiiititittiiitiii o,o,ooo,o o oooooooooooooooooooooffefefefefefefef rerererererrececececcceccceeececcecceccccccececceec -s-s-s-s-s-s-s-ss-s-s-s-s-seeeee e eeeeeee cacaccacacacacacacacccacacaccc dadadadadadddadadadadadadaaaaa v vvv vvvvvvveeeeeezezzeeeezeeeeeee mamamamamammmmmmmmmammmmmmmmmmmmmm iiiisisssiiiiisi o o ooo ttt ttrarararararaar diddididdid ccccccciiiiicicciicciiiononononononononononnono aaalalalaaalalaaalaaal aa aa aaaaaaaaaaaaaallilililllillllilillllllll adadadadadaddddadddadadaddadooo ooooo aoaoaoooa momomomomomomomommomoooomm dedddddedededededededededddded rnrnrnrnrnrrnrnnrno oo oo ee e ddedededeeeeddeeeeedeeededdededeixixixixixixixixixixixxiixixxoououououououuououuuouoououououoooo -ss-s-s-s-s-ss-s-s-s-ss-s-ssss-s-see e e e eeeee papapapapapappapp rrrrrrararararrrarrr trtrtttrtrttrtttrtrtrtrtttrásásáásásásásááásáásásásssássás a a aa aa aaaaa aa p p p p pp ppp p p ppprorororooroor cucucucucuuuuuc rarararararaaaaaraarararaaaaaaara d dddd d d ddddasasasasaasassasas vvvv vvvvvvvverererererrerereereee dadadadaddddadadaaaddddddddedddeddedddddddddeirrrirasasasssasasssa rarararraraaaízízízízízízíízíízesesesesesssesesesesess d dd dd d ddddd dd dd o oo oo oooo ooo oo o cocococococococococococococoocc mémémémémémémémémémémééééméméméémémémm rrcrcrcrcrcrcrcrccrcrcrcrrrrcrccrcioioioioioiooioioiooioioioioioioioioooiooo t t tt t tttttttttttt t tttttraraaraararaararrrarrrrarrrrrr didididididddid cccccciccccccccicccccccc onono alalallaaaalaaaaaaa .... ..

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Dica da semanaSabe bem dar um pontapé numa pedra, mas da próxima vez olha bem para ela, pois pode estar a esconder uma verdadeira obra de arte. Deixamos-te aqui algumas pe-dras da designer italiana Michela Bufalini . Podes ver uma variedade de estilos e aplicações das pe-dras, mas confessamos-te que as que gostámos mais foram as das caras pela sua originalidade. Podes consultar a página desta artista no face-book. https://www.facebook.com/MichelaBufalini.SassiArtistic

A páginas tantas... O que há é um novo livro da Pla-neta Tangerina e tem a assina-tura de Isabel Minhós Martins e da ilustradora Madalena Ma-toso, e fala de milhares de ob-jetos que todos os dias estão à nossa volta, dentro das mochi-las, nas gavetas, nos bolsos ou mesmo debaixo das camas.Aparentemente quietos, mas não, são desarrumados, ou se-remos nós e constantemente mudam de sítio, trocando-nos as voltas. “Por serem tantas e estarem sempre em movimento, pode-mos ter verdadeiras surpresas!Abrimos uma gaveta e... Ah!Pomos a mão num bolso e... Oh!Espreitamos o saco da avó e... Tchiii!E a mala da mãe, alguém se atreve a adivinhar o que tem lá dentro?”Um livro cheio de desafios apro-priado para leitores-detetives, basta só seguir as pistas.

Entre os dias 18 e 22 os mais pequenos poderão participar no

Ateliê de Natal. Estarão ao teu dispor vários materiais que te

ajudarão a criar verdadeiras obras de arte alusivas ao Natal. O

objetivo desta atividade prende-se com o desenvolvimento da

criatividade individual e coletiva e com o fomento do convívio

e ocupação de tempos livres.

Ateliêde Natal na Biblioteca

Municipal de Odemira

À soltaUma ideia para pais aprovei-tarem os desenhos dos mais pequenos

PaisAs famosas bengalas de açúcar são agora substituídas por fruta. Mantém-se o espírito, mas é muito mais saudável. Com al-guma paciência se cortar peda-ços de morango e banana mais pequenos as bengalas ficam mais perfeitas.

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Boa vida

Acontece hoje, sexta-feira, pelas 21

horas, no Cine-Teatro Sousa Telles,

em Ourique, um concerto de Natal.

Subirá ao palco, para assinalar a quadra

festiva, a Sociedade Filarmónica

1.º de Janeiro de Castro Verde.

Concerto de Natal

em Ourique

Comer Geleia de marmeloIngredientes:q.b de cascas e caroços de marmelos;500 g de açúcar;q.b de água;Confeção:Lave muito bem os marmelos.Descasque e tire os caroços (mais ou menos 1,2 kg).Coloque um tacho em lume brando com as cascas, os caroços e cubra com água. (Reserve a polpa dos marmelos em água com um pouco de sumo de limão, para a receita que vem a seguir).Deixe ferver durante 40 minutos e se necessário acrescente um pouco de água.De seguida passe a calda por um pano e misture o açúcar.Leve a calda e o açúcar ao lume, até obter o ponto que deseja.

Nota: O ideal é ficar como a consistência do mel.Se desejar mais doce acrescente mais açúcar. A polpa de marmelo em água e

limão é para não oxidar .

Doce de Marmelo com CanelaIngredientes:800 g de polpa de marmelo;200 g de açúcar;2 paus de canela;Confeção:Corte a polpa dos marmelos em pedaços e lave muito bem.Coloque-os numa panela e cubra com água e leve ao lume brando.A meio da cozedura acrescente o açúcar, a canela e deixe cozinhar mexendo sempre.

Nota: Se desejar o doce em pasta, passe com a varinha mágica.A consistência do doce depende do gosto de cada pessoa.Eu pessoalmente gosto de encontrar pedaços de marmelo no doce.Bom apetite…

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

LetrasRumor branco

Como se escreve sobre um texto como este, agora reeditado, 50

anos depois da primeira edi-ção e da polémica em seu re-dor, de Almeida Faria?

Rumor Branco é um li-vro que reúne fragmentos da circunstância de um jovem – Almeida Faria tinha ape-nas 19 anos quando o publi-cou – de raízes alentejanas, nas suas deambulações por Lisboa, por Paris, durante a “noite” salazarista. É uma obra que estilhaça a narra-tiva, que toma o ritmo de empréstimo à poesia, para descrever ora os pequenos detalhes em que se queda a atenção e emoções do seu protagonista, Daniel João, ora o retrato de um mundo que é todo fora, que é todo frio, todo solidão que apenas se incendeia em encontros de amor ou com amigos.

Almeida Faria, nascido em Montemor-o-Novo em 1943, faz do Alentejo per-sonagem, lugar de “misté-rios surdos” pontuado por “azinheiras de silêncio” e onde não canta, a ceifeira. Também por aí estalou a po-lémica. Foi, na verdade, uma polémica mais em torno de Vergílio Ferreira e da sua in-f luência em Rumor do que em torno do livro. No pre-fácio, Ferreira escreveu que, formalmente, a obra tinha a ver com o novo romance mas, para outros, tratava-se mais de um romance novo do que de novo romance. O certo é que, como esclare-ceu José Riço Direitinho na edição do Público de 28 de novembro, Almeida Faria mal conhecia o nouveau ro-man. Rumor branco foi es-crito após um curso de verão do trabalhador-estudante em Cambridge com regresso por Paris e dias gastos nos museus e no cinema. Voltar a Portugal é um mergulho, triste, insuportável, na “noite salazarista” em que antes não reparava por falta de ter-mos de comparação. Quanto a esse Rumor branco, que mói o indivíduo a asfixiar na tara corporativista, entra-nha-se no leitor como poucas obras logram fazê-lo.

Maria do Carmo Piçarra

JazzHeikki Sarmanto Big Band – “Everything Is It”

O que mais ressalta da audição de “Everything Is It”, reeditado em 2011, é que quarenta anos vol-

vidos desde a sua gravação (setembro de 1972), a música nele contida conserva in-tacta toda a sua frescura e atualidade. À data, já o pianista e compositor Heikki Sarmanto (n. 1939) era uma figura central do jazz finlandês e nórdico. Frequentou a Academia Sibelius, em Helsínquia, e foi o primeiro músico finlandês a conseguir uma bolsa para estudar no prestigiado Berklee College of Music, em Boston, em 1970. Sarmanto é sobretudo conhecido pelo seu trabalho sinfónico, orquestral e para ensembles de jazz (amiúde para te-atro e cinema), no qual funde influên-cias vindas de vários quadrantes, do jazz à música clássica, passado pela música tradicional daquelas frias paragens. Para esta ocasião reuniu uma big band cons-tituída por 16 músicos que é um verda-deiro “quem é quem” no jazz finlandês do princípio da década de 1970. Como so-listas destacam-se, para além do próprio Sarmanto, o trompetista Bertil Lövgren, o saxofonista Eero Koivistoinen e o flautista Juhani Aaltonen. O disco é dominado por uma obra de fôlego, a suite “Marat” (em quatro partes), a que são acrescentadas outras duas peças, “The Dream Of It” e “The Death”, em linha com algum do tra-balho desenvolvido por outras formações coevas, fortemente influenciado pelos ventos de liberdade que então sopravam dos dois lados do Atlântico. São percetí-veis grooves derivados de “Bitches Brew” – obra magna do período jazz-rock de Miles Davis – e laivos de Carla Bley, numa eficaz combinação de atmosferas elétricas e acústicas, arranjos ao mesmo tempo au-daciosos e sóbrios, timbricamente exube-rantes e prenhes de detalhes. Das partes I (“Introduction”) e III (“The Player”), mais sombria, avulta o canto encantatório de Taru Valjakka, então soprano da Ópera da capital finlandesa. Mais solta e fortemente “swingante” é a parte IV (“The Game”), pontuada por conseguidas intervenções solísiticas de Lövgren e Koivistoinen, que emanam de uma massa orquestral fluida e em passo acelerado. Nota ainda para “The Death”, introduzida ao piano por Sarmanto numa espécie de valsa que de-pois ganha um dinamismo e uma vibra-ção especiais, com mais um excelente solo assinado por Koivistoinen, agora em sa-xofone soprano. Uma gravação em boa hora resgatada ao baú e que importa re-descobrir.

António Branco

FilateliaAs (irregulares) emissões natalícias15 autores em 12 emissões

Desde que em 1974 os correios emitiram a sua primeira série de se-los dedicados ao Natal, são já treze as emissões e quinze os auto-res dos desenhos desta, que é uma das temáticas mais coleciona-

das em todo o mundo.A sua periodicidade não tem obedecido a uma lógica compreensível. Senão ve-

jamos: à emissão de 1974 sucedeu-se uma outra em 1977. A partir daqui entra-se num ciclo de emissões natalícias nos anos ímpares, ciclo este que é quebrado após a emissão de 1987.

Segue-se um interregno que é interrompido em 1995. Curiosamente, no ano seguinte, temos uma nova emissão do mesmo tema. A emissão seguinte aparece em 1999 e, a partir daqui, parece entrar-se outra vez num ciclo regular de emis-sões; desta vez com intervalos de cinco anos, pois outras emissões se lhe sucedem,

em 2004, 2009 e, segundo o plano de emissões filatélicas para 2013, tere-mos novamente selos de Natal no pró-ximo ano.

São variados os autores destas emissões. Aqui os registamos: Abílio de Matos Silva desenhou a emissão de 1974. Maria do Sameiro, Paula Maria David, Carla Maria Cruz e Maria M. Cardoso desenharam, cada um, o seu

selo da emissão de 1977. António Almeida desenhou os de 1979.José Manuel Coutinho, Rosa Leitão e Sónia Hilário os de 1987. Vitor Santos desenhou

duas emissões: a de 1994 e a de 2004. Luís Filipe Abreu a de 1995. Maria F. Gonçalves, Marta Silva e Luís F. Farinha os de 1999. João Machado desenhou os de 2009.

Os serviços de Filatelia dos Correios assinaram as emissões de 1981, 1983 e 1985.Os autores das emissões de 1977 e de 1987 foram selecionados através de um

concurso que decorreu entre os alunos das escolas portuguesas.Quanto à emissão de 1999, também ela selecionada entre centenas de propos-

tas, contempla trabalhos de artistas portadores de deficiência.Esta emissão foi apresentada em 19 de novembro daquele ano, numa cerimónia

pública, que decorreu na estação de correios dos Restauradores, em Lisboa.A Anaced (Associação Nacional de Arte e Criatividades de e para Pessoas com

Deficiência) deu o seu contributo para a seleção destas propostas, que, juntamente com outras, estiveram expostas numa exposição que decorreu de 23 de novembro a 3 de dezembro de 1999, na Galeria de Artes dos CTT , no edifício D. Luís, à praça da Ribeira, em Lisboa.

Sobre esta emissão a Anaced, em texto conjunto com os CTT e que, na oportu-nidade foi distribuído è imprensa, escreveu: “A arte tem testemunhado em todos os tempos e lugares as mentalidades e crenças, os hábitos e costumes, as atitudes e sen-timentos dos homens. A história da humanidade inscreve-se nas várias formas de arte, através da expressão dos sentimentos e génio de artistas que participam e en-riquecem o património cultural de um povo, com as suas criações, sem distinguir raças, religiões, nacionalidades, ou quaisquer diferenças que habitualmente divi-dem os homens.

O património artístico mundial conta hoje com obras de arte, consideradas ge-niais, cujos autores foram, na sua época socialmente desvalorizados e excluídos. A genialidade habita frequentemente aqueles que estão mais marcados pelo precon-ceito social e por isso foi criada a Anaced, para promover e dar visibilidade social à criatividade deste grupo de indivíduos.

A expressão artística e o exercício da criatividade tornam-se indispensáveis ao desenvolvimento humano, tanto a nível pessoal como a nível de participação no seu tempo e espaço social”.

As ilustrações de hoje mostram-nos o sobrescrito do primeiro dia de circula-ção da emissão de 1977 e os selos da emissão de 1999, a dos artistas portadores de deficiência.

Geada de Sousa

Almeida FariaAssírio & Alvim12,90 euros160 págs.

Heikki Sarmanto Big Band – “Everything Is It”Taru Valjakka (voz), Eero Koivistoinen, Juhani Aaltonen, Esa Pethman, Pentti Lasanen, Seppo Paakkunainen, Hannu Saxelin (palhetas), Bertil Lövgren, Ossi Runne, Kaj Backlund (trompetes), Mircea Stan, Seppo Peltola (trombones), Keikki Sarmanto (piano, fender rhodes, celesta), Pekka Sarmanto (contrabaixo) e Craig Herdon, Esko Rosnell (bateria).Editora: Porter RecordsAno: 2011

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29A Direção Regional de Cultura do Alentejo organiza

a 2.ª edição da iniciativa “Cante ao Menino – Rota

das Catedrais”, que começa já hoje, sexta-feira,

dia 21, e se prolonga até ao dia 29. O objetivo é

promover e divulgar o cante tradicional alentejano,

mantendo viva a tradição do Cante ao Menino,

que tem lugar na quadra que se aproxima e, ao

mesmo tempo, o património arquitetónico da

região. A primeira atuação, a cargo do Grupo

Coral da Freguesia de Monsaraz, encontra-se

agendada para hoje, sexta-feira, pelas 21 horas,

na Sé de Beja. O evento conta com o apoio da

Arquidiocese de Évora, Diocese de Portalegre e

Castelo Branco, Diocese de Beja e Museu de Évora.

Cante ao Menino

na rota das catedrais

Fim de semana

V Prémio Ibérico

Esculturas para apreciar em Serpa

A Câmara Municipal de Serpa promove, entre amanhã, sábado, 22, e o dia 31 de janeiro, o V Prémio Ibérico de Escultura – Cidade de Serpa.

As obras encontram-se em exposição no percurso entre o jardim da biblioteca municipal e o Espelho de Água.

Este concurso pretende, mais uma vez, segundo a câmara municipal, “projetar Serpa como conce-lho que apoia a cultura e a arte a nível internacional”, bem como “estimular as relações culturais com o país vizinho, uma vez que o concurso é aberto a escultores residentes em Portugal e em Espanha”.

A Entrega do V Prémio Ibérico de Escultura de Serpa acontecerá, assim, amanhã, sábado, pelas 10 e 30 horas, na biblioteca municipal Abade Correia da Serra.

Recorde-se que as candidaturas deram entrada na Câmara Municipal de Serpa até ao dia 24 de ou-tubro e que este ano serão atribuídos dois prémios. O primeiro no valor de 6000 euros e troféu, da au-toria de Silvestre Raposo, e o segundo no valor de 1500 euros. Serão ainda entregues, no mesmo dia, três menções honrosas.

Veredas Lopes, de Sevilha, é o grande vencedor deste ano, com a obra “Algodon de Azúcar”. Leandro Sidoncha, com a escultura “Eclosão”, arrecadou o segundo prémio.

O prémio da primeira edição galardoou o espanhol Manuel Fuentes Lázaro, com a obra em aço “Medievo”. Fernando Miguel Roussado Silva foi o vencedor do II Prémio Ibérico, com a obra “Máxima” e Augusto Arana venceu a terceira edição com a obra “Olhador”. Em 2011, o galardão coube a Enrique Ramos Guerra, com a peça “Silueta 7”.

V Prémio Ibérico

Banda Filarmónica de Ferreira dá música neste NatalA Banda da Sociedade

Filarmónica Recreativa de

Ferreira do Alentejo vai subir

ao palco do salão de festas da

Casa do Povo, no sábado, pelas

21 horas, para brindar todos os

presentes com um concerto de

Natal. A acompanhar a banda

estarão dois grupos corais.

A Casa do Natal na Mina de S. DomingosA Casa do Natal volta abrir portas

amanhã, sábado, entre as 15 e as

18 horas, na Mina de S. Domingos,

concelho de Mértola. Os mais

pequenos podem escrever cartas

ao Pai Natal e está ainda preparada

muita diversão. Sessões de cinema,

uma quermesse e até um presépio

para visitar são outras das propostas.

Exposições em Vidigueira e Vila de FradesEstá patente, no Museu Municipal

de Vidigueira, uma exposição de

presépios. “Nascimento de Cristo”,

da autoria de Manuel Carvalho,

pode ser visitada até ao dia 6 de

janeiro. Já na Casa do Arco, em Vila

de Frades, está patente, também até

ao dia 6, uma exposição de pintura

e escultura com trabalhos do Grupo

9, constituído por Chi Pardelinha,

Florentina Resende, Hermínia

Cândido, Manuel Carvalho, Manuela

Carmo, Manuela Taxa, Maria João

Cunha, Maria Rafael, Paulo Medeiros,

Sérgio Reis e Silvestre Raposo.

“RIbanho” na EDIAA Empresa de Desenvolvimento e

Infraestruturas do Alqueva (EDIA)

tem patente nas suas instalações, em

Beja, a exposição “RIbanho”, que

apresenta a coleção de cartoons sobre

Alqueva, da autoria de Carlos Rico e

Luís Afonso, publicados no “Diário do

Alentejo” ao longo dos últimos anos.

Zambombas patentes em Barrancos Até ao dia 31 de janeiro está patente,

no Posto de Turismo de Barrancos, a

tradicional exposição de zambombas,

instrumento tradicional da vila

raiana. As tradições do Natal

voltam a sair à rua em Barrancos.

Concerto de Natal em Casével O lar de Casével, no concelho de Castro Verde, acolhe amanhã, sábado, um concerto de Natal. O Coro Polifónico de Castro Verde, um dos projetos da Associação Sénior de Castro Verde, entidade que dinamiza a Universidade Sénior do concelho, subirá ao palco pelas 15 horas. O coro, criado em 2010, é constituído atualmente por cerca de 40 elementos e conta com a direção musical de António João César, docente no Conservatório Regional do Baixo Alentejo.

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail [email protected] | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail [email protected]

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Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Domitília Soares, Filipe Pombeiro, Filipe Nunes, Francisco Marques, João

Machado, João Madeira, João Mário Caldeira, José Manuel Basso, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho

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O céu deverá apresentar--se, hoje, sexta-feira, muito nublado e a temperatura oscilará entre os nove e os 17 graus centígrados. Amanhã, sábado, e no domingo também são esperadas nuvens.

Virgem Suta e Os Azeitonas no fim de ano em Beja

Concertos dos Virgem Suta e Os Azeitonas, uma

noite de comédia e atuações de DJ vão marcar o

programa de fim de ano em Beja, que arranca no

próximo dia 29 e vai decorrer na praça da República.

Através do programa, que inclui três noites de festa,

a Câmara de Beja, a promotora, pretende “manter as

pessoas na cidade nesta época festiva e atrair novos

públicos”. A primeira noite do programa, no dia 29,

inclui os concertos da banda de Beja Tango Paris e

de Os Azeitonas e a Penthouse Golden Night Party

com Roody Deejay e Nadia Mendez. Segue-se, no dia

30, o concerto da banda bejense Caracol Blues, uma

noite de stand up comedy, com os humoristas Jorge

Serafim e António Raminhos, e, a fechar, a atuação

do DJ Fernando Alvim. A noite de passagem de ano,

dia 31, inclui os concertos dos Xeque-Mate e dos

Virgem Suta, seguidos das atuações de DJ dos bares

de Beja já nas primeiras horas de 2013.

Mercado Livre volta ao largo do Museu de Beja

A Associação Juvenil Arruaça organiza amanhã,

sábado, a terceira edição do Mercado Livre,

que terá lugar no largo do Museu Regional de

Beja, entre as 9 e as 17 e 30 horas. Mais uma vez,

segundo a associação, “pretende-se proporcionar

aos seus participantes e compradores o acesso

a bens manufaturados ou em segunda mão por

um preço justo”. A inscrição é gratuita, bastando

comparecer no local à hora prevista.

Museu da Ruralidade inaugura presépio de Natal

O presépio de Natal do Museu da Ruralidade, na

vila de Entradas, no concelho de Castro Verde, que

foi concebido por artistas do projeto A Terra Mexe,

pode ser apreciado a partir de hoje, sexta-feira. O

presépio, uma iniciativa do Museu da Ruralidade

e da Junta de Freguesia de Entradas, vai estar

patente ao público no núcleo museológico até 6 de

janeiro.

Foi-lhe recentemente atribuído o Prémio

Nacional Austríaco de Tradução Literária

2012. Qual é a sensação de receber tão

distinto galardão?

A minha sensação ao receber a notícia de que me tinha sido atribuído o Prémio Nacional Austríaco de Tradução Literária foi, em primeiro lugar, de uma enorme surpresa e depois, naturalmente, de uma grande satisfação e, direi mesmo, orgu-lho, porque este prémio representa para mim o reconhecimento do trabalho que tenho feito, com o objetivo de divulgar a literatura austríaca em Portugal. Dá-me ao mesmo tempo uma certa garantia de que esse trabalho não foi em vão.

O ministério da Educação, Arte e Cultura

austríaco elogia o seu empenho na di-

vulgação da literatura austríaca. Como

tem sido este trabalho? Quais os autores

que traduziu?

O meu trabalho no domínio da tradução literária deve-se, por um lado, ao prazer que sinto em traduzir textos literários (sobretudo poesia) para português e, por outro, à ideia de que as traduções são ne-cessárias para dar a conhecer, num país de outra língua, neste caso Portugal, au-tores estrangeiros, no caso presente aus-tríacos. Dos autores que traduzi, e que só comecei a publicar depois de me ter apo-sentado na universidade, distingo parti-cularmente Thomas Bernhard, do qual já foram publicadas oito obras traduzi-das por mim, tendo também já pronta a “Autobiografia” deste escritor, em cinco volumes, cuja edição, porém, em espe-cial por motivos financeiros, aguarda ainda o momento oportuno. Dos ou-tros autores que já traduzi distingo par-ticularmente Peter Handke, Heimito von Doderer, Hugo von Hofmannsthal e Arthur Schnitzler.

Como definiria este seu percurso em

Áustria?

O meu percurso na Áustria deveu-se

a um conjunto de circunstâncias feli-zes e ocasionais, sobretudo as que leva-ram a que eu fosse enviado pelo Instituto de Alta Cultura para desempenhar as funções de leitor de Português na Universidade de Viena, em 1962, e as que permitiram depois que, terminada essa missão oficial, eu fosse contra-tado pela universidade e pudesse ficar em Áustria, fazendo aqui a minha car-reira docente, o que me deu o maior pra-zer. Viena é uma cidade que, desde o pri-meiro contacto, me fascinou e sinto-me muito feliz por aqui me ter radicado. No entanto, continuo a ser português, mais ainda alentejano, como costumo dizer, e todos os anos passamos, a minha mu-lher e eu, grande parte do verão emVidi-gueira (Viena e Vidigueira são os polos da minha vida).

Considera que a literatura é fundamen-

tal no processo de integração europeia?

É muito difícil dizer o que é fundamen-tal no processo de integração europeia, porque se trata de um processo extrema-mente complexo, que depende de mui-tos fatores. Mas parece-me muito im-portante, diria mesmo fundamental, que haja nos cidadãos dos vários países o co-nhecimento e a compreensão suficientes para aceitar e, mais ainda, reconhecer as vantagens de uma tal integração. E a arte em geral e a literatura em particular são fatores que se elevam acima dos interes-ses, tantas vezes mesquinhos, do dia a dia e permitem uma consonância espiritual ou intelectual que una os cidadãos em vez de os separar, como fazem, por exemplo, a política e a economia. E, no meu enten-der, o conhecimento e a compreensão do que somos são os fatores que mais podem contribuir para uma humanidade mais humana. Bruna Soares

José Palma Caetano81 anos, natural de Vidigueira

É licenciado em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorado em Germanística pela Universidade de Viena. Exerceu em Portugal, mas em maio de 1962 começou a exercer a função de leitor na Universidade de Viena. Exerceu também na Universidade de Graz. Conta com várias publicações em livros e revistas e com várias traduções literárias, somando várias condecorações.

Prémio Nacional Austríaco de Tradução Literária

O prazer de traduzir textos literários

São várias as condecorações que acumula no seu currículo e recentemente foi distinguido com o Prémio Nacional Austríaco de Tradução Literária. Tem-se dedicado, entre outras matérias,

à divulgação da literatura austríaca em Portugal. Já traduziu, por exemplo, Thomas Bernhard, Peter Handke, Heimito von Doderer, Hugo von Hofmannsthal e Arthur Schnitzler. Foi em Áustria

que fez a sua carreira docente, no entanto, não esquece o seu torrão natal: Vidigueira.

quadro de honra

O “DA” está no canal 475533 doNº 1600 (II Série) | 21 dezembro 2012

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