Edição Nº 305

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Crateús-Ce. Terça-feira, 28 de setembro de 2010 - Ano XIV - N o 305 - R$ 2,50 www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected] A Polícia Federal negou o envolvimento do governador Cid Gomes e de seu irmão, deputado federal Ciro Gomes - ambos do PSB, no esquema de desvio de verbas de prefeituras cearenses denunciado na edição da revista Veja da semana passada. Pág. 04 A Petrobas tornou-se a segunda maior empresa petroleira do mundo em valor de mercado com a capitalização para estruturar a exploração do petróleo na camada pré-sal. Com o aporte de US$ 70 bilhões em seu capital, o valor da estatal no mercado de ações atingiu US$ 220 bilhões ou R$ 337 bilhões. Foi a maior capitalização, até hoje, registrada no mundo, e o maior negócio da História. Com a capitalização, a União aumentou de 40% para 48% a sua participação. A capitalização fez com que a bolsa brasileira atingisse a segunda colocação no mercado mundial no pregão do dia 24 último. Com o volume de recursos, fica garantido o plano de investimentos da estatal, que prevê a conclusão da refinaria Premium II no Ceará para o ano de 2017. O Seminário tratou das atividades da “Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral”, que percorre todo o País enfrentando a espúria prática da “compra de votos”, em busca da conscientização popular sobre a importância do ato que iremos praticar no próximo dia 03 de outubro. Pág. 5 São Paulo. O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça Eleitoral o candidato a deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva (PR), o Tiririca, sob a acusação de falsidade ideológica. Pág. 5 A crença de que as terras de pé-de-serra de Queimadas, no município de Crateús, um dia serviram para refúgio de negros escravizados e se tornaram quilombo, é a mesma de acreditarmos na existência de ninhos de avião nas nuvens. Pág. 10 13 ANOS Jornalismo, Ética, Liberdade, Compromisso e Democracia. PF DESCARTA PARTICIPAÇÃO DE CID E CIRO EM DESVIOS PETROBRAS É SEGUNDA MAIOR PETROLEIRA DO MUNDO COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ REALIZA SEMINÁRIO QUILOMBO OU NINHO DE AVIÃO? PROMOTOR DENUNCIA TIRIRICA POR FALSIDADE IDEOLÓGICA Corte de árvores parece brincadeira de mau gosto MEIO AMBIENTE LEIA NESTA EDIÇÃO: CORRUPÇÃO ELEITORAL QUEIMADAS Rangel Cavalcante: Café amargo - Pág. 5 Adisia Sá: Subir não é fácil - Pág. 15 Leonardo Boff : A pedagogia e o mundo mudado - Pág. 9 Dijalma Pinto: Tiririca e o poder político - Pág. 4 José Maria Bonfim de Morais: Os Rolim - Pág. 12 Flávio Machado (Crateús de Ontem): Retrospectiva de eleições municipais - Pág. 14 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apertou hoje a campainha da Bovespa, que lança simbolicamen- te a negociação das novas ações da Petrobras, no cento de SP. (Foto: Jorge Araújo/Folhapress) Rastros da escravidão: Casa grande de senhor de engenho, do sítio Baga- ço, conservada até hoje na serra de Baturité Estamos assistindo a uma verdadeira temporada de corte de árvores em Crateús, que nos parece mais com brincadeira de mau gosto. Pág. 12 Três árvores abatidas em frente à mesma residência, na rua Auto Aragão

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Terça-feira, 28 de setembro de 2010

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Crateús-Ce. Terça-feira, 28 de setembro de 2010 - Ano XIV - No 305 - R$ 2,50www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected]

A Polícia Federal negou o envolvimento do governador Cid Gomes e de seu irmão, deputado federal Ciro Gomes - ambos do PSB, no esquema de desvio de verbas de prefeituras cearenses denunciado na edição da revista Veja da semana passada. Pág. 04

A Petrobas tornou-se a segunda maior empresa petroleira do mundo em valor de mercado com a capitalização para estruturar a exploração do petróleo na camada pré-sal. Com o aporte de US$ 70 bilhões em seu capital, o valor da estatal no mercado de ações atingiu US$ 220 bilhões ou R$ 337 bilhões. Foi a maior capitalização, até hoje, registrada no mundo, e o maior negócio da História.Com a capitalização, a União aumentou de 40% para 48% a sua participação. A capitalização fez com que a bolsa brasileira atingisse a segunda colocação no mercado mundial no pregão do dia 24 último. Com o volume de recursos, fica garantido o plano de investimentos da estatal, que prevê a conclusão da refinaria Premium II no Ceará para o ano de 2017.

O Seminário tratou das atividades da “Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral”, que percorre todo o País enfrentando a espúria prática da “compra de votos”, em busca da conscientização popular sobre a importância do ato que iremos praticar no próximo dia 03 de outubro. Pág. 5

São Paulo. O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça Eleitoral o candidato a deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva (PR), o Tiririca, sob a acusação de falsidade ideológica. Pág. 5

A crença de que as terras de pé-de-serra de Queimadas, no município de Crateús, um dia serviram para refúgio de negros escravizados e se tornaram quilombo, é a mesma de acreditarmos na existência de ninhos de avião nas nuvens. Pág. 10

13 ANOSJornalismo, Ética, Liberdade, Compromisso e Democracia.

PF DESCARTA PARTICIPAÇÃO DE CID E CIRO EM DESVIOS

PETROBRAS É SEGUNDA MAIOR PETROLEIRA DO MUNDO

COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ REALIZA SEMINÁRIO

QUILOMBO OU NINHO DE AVIÃO?

PROMOTOR DENUNCIA TIRIRICA POR FALSIDADE IDEOLÓGICA

Corte de árvores parece brincadeira de mau gosto

MEIO AMBIENTE

LEIA NESTA EDIÇÃO:

CORRUPÇÃO ELEITORAL QUEIMADAS

Rangel Cavalcante:Café amargo - Pág. 5

Adisia Sá:Subir não é fácil - Pág. 15

Leonardo Boff:A pedagogia e o mundo mudado - Pág. 9

Dijalma Pinto:Tiririca e o poder político - Pág. 4

José Maria Bonfim de Morais:Os Rolim - Pág. 12

Flávio Machado (Crateús de Ontem):Retrospectiva de eleições municipais - Pág. 14

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apertou hoje a campainha da Bovespa, que lança simbolicamen-te a negociação das novas ações da Petrobras, no cento de SP. (Foto: Jorge Araújo/Folhapress)

Rastros da escravidão: Casa grande de senhor de engenho, do sítio Baga-ço, conservada até hoje na serra de Baturité

Estamos assistindo a uma verdadeira temporada de corte de árvores em Crateús, que nos parece mais com brincadeira de mau gosto. Pág. 12

Três árvores abatidas em frente à mesma residência, na rua Auto Aragão

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EditorialOnda de denúncias

Uma onda de denúncias sacode o País, na proporção em que as eleições entram na reta final para decidir quem vai governar o Brasil nos próximos quatro anos. As pesquisas estão a indicar que a candidata in pectore de Lula a presidente, Dilma Rousseff, monta o cavalo favorito do páreo eleitoral e poderá ser a primeira mulher presidenta deste vasto e opulento País, com chances de eleição ainda no primeiro turno.

O candidato José Serra de-senterrou denúncia de quebra de sigilo fiscal de sua filha, fato ocorrido há um ano, e à qual não deu a menor impor-tância na época, e jogou-a em meio à imprensa amestrada como notícia recentemente ocorrida. Uma revista sema-

nal, de circulação nacional, bem do agrado da Oposição, queima os últimos cartuchos do desespero ao provocar a onda de denúncias, mas tudo o que consegue é a sustenta-ção de Dilma em altíssimo patamar de vantagem sobre o candidato José Serra, em todas as pesquisas, com ten-dência de elevar, gradualmen-te, esta vantagem.

No plano estadual, a Opo-sição formada da noite para o dia, já jogou a toalha no ringue. O PSDB perderá metade de sua bancada na Assembléia e a reeleição de Tasso Jereissati ao Senado já não é mais anunciada como favas contadas. O galego jamais pensou em suar tan-to a camisa pedindo votos numa campanha eleitoral, ele,

acostumado a eleger postes. Se bem quisesse, a coligação de Cid Gomes poderia fazer chover denúncias contra o senador Tasso Jereissati, so-bretudo a quebra do BEC, os benefícios que suas empresas obtiveram com emprésti-mos generosos do Banco do Nordeste, as causas do seu enriquecimento a partir de quando entrou para a política, a venda da Coelce, cujo di-nheiro desapareceu, e outras tantas ainda. Cid Gomes assumiu uma folgada posi-ção de liderança e tornou-se imbatível em sua reeleição para governador do Ceará. Se quiser, já pode encomendar o terno da posse e planejar umas férias após o pleito de 3 de outubro.

O crescimento da econo-mia brasileira pode resultar em uma mudança no perfil dos crimes cometidos pela Internet contra as instituições financeiras do País. A exem-plo do que já ocorre com bancos norte-americanos, o Brasil poderá passar a ser alvo de cybercriminosos do Leste Europeu.

O alerta foi feito pelo che-fe interino da Unidade de Crimes Cibernéticos do Birô Federal de Investigações (FBI) dos Estados Unidos, James Harris. “Como a eco-nomia brasileira está crescen-do mais do que a do resto do mundo, certamente atrairá os mesmos tipos de criminosos que atuam contra as institui-ções financeiras dos Estados Unidos. A maioria desses criminosos vivem no Leste Europeu, para onde o dinhei-

ro roubado, pela Internet, dos bancos norte-americanos é levado”, disse.

Harris explica que a maioria dos crimes investigados pela Polícia brasileira envolve práticas cometidas no País. “Esta é uma das diferenças entre as investigações do FBI e da Polícia Federal brasileira. Enquanto aqui no Brasil, os criminosos investigados encontram-se em território nacional, os criminosos que são investigados pelo FBI costumam cometer os crimes a partir de outros países”.

Para Harris, a PF tem totais condições de combater esses criminosos. “A capacitação dos policiais federais brasi-leiros é muito similar à que é dada aos agentes do FBI. Venho ao Brasil há mais de 15 anos e posso afirmar: o treinamento, os cursos,

as técnicas e as tecnologias são muito parecidas com as que utilizamos nos EUA”, afirmou.

O fato de haver hackers brasileiros entre os melhores do mundo também acaba tor-nando a PF mais preparada para lidar com os criminosos do Leste Europeu. “Fiquei muito impressionado com o que vi sendo feito por hackers brasileiros”, acrescentou.

O diretor elogiou também a forma como a PF compar-tilha suas informações, tanto internamente, entre diferen-tes áreas periciais e investi-gativas, quanto externamente, com outras instituições. Para as investigações de caráter internacional, o FBI e a PF têm tido uma articulação cada vez mais eficiente. (das agências)

Cartilha de Vida

A palavra etiqueta significa não apenas o conjunto de regras e normas em ocasiões sociais, a principio em forma-lidades da corte, mas também a marca, o rótulo que identifica o fabricante de determinado produto. É comum relacio-narmos roupa de etiqueta com vestuário de grife, marca, prestígio e muitas vezes, com preços mais elevados. Para muitos, pelo menos do ponto de vista do fabricante, etiqueta boa é aquela que é lembrada, vista pelo consumidor. Assim, muitas etiquetas são costura-das em local de fácil visibi-lidade, ou ainda, de maneira maquiavélica em áreas que pinicam o corpo para então, serem vistas e, muitas vezes, cortada. Do ponto de vista do consumidor, a etiqueta expres-sa o status, o charme, a inveja a ser causada nos outros. Ter uma roupa de etiqueta não é para muitos, assim, quem não tem, ou se contenta com não ter, ou busca uma alternativa. Seja uma peça “falsificada”, seja uma roupa alternativa cool sem etiqueta ou com ela mais em conta.

Pedindo uma certa licença artística e adentrando no mun-do das possibilidades mentais e dos pensamentos, questio-namo-nos acerca de nós, seres humanos, e de nossa etiqueta pregada em nosso íntimo e principalmente, em nossa mente. Até que ponto a famí-lia, a nossa condição econô-mica, a formação profissional, as nossas idiossincrasias não nos tornam “prisioneiros” de nossa etiqueta mental sem po-der vislumbrar uma realidade mais ampla, uma identificação maior com o amor universal e a universalidade dos seres? Não seria esta “etiqueta”, este esquema interpretativo, uma maneira de nos distinguirmos e nos valorizarmos em relação aos demais, mas que nos limita ao mesmo tempo?

De certo modo, Francis Bacon, um dos grandes sábios da idade moderna em seu livro Novum Organum costumava tratar as etiquetas em termos

de ídolos, ou seja, as falsas noções que nos levam a erros, imprecisões e limitações em nossa forma de pensar. Assim, muitos dos erros cometidos pela ciência e pelos homens são devido a estes ídolos que podem ser de quatro tipos: da tribo, da caverna, do mercado e do teatro. O ídolo da tribo está ligado à própria limitação do ser humano. Sua capacida-de cognitiva e racionalidade limitada, suas deficiências e mazelas. O homem é um espelho imperfeito e reflete com imperfeição a luz da realidade.

Já o segundo ídolo, a da ca-verna, é a do próprio indivíduo e faz alusão à alegoria da ca-verna de Platão. Ou seja, cada pessoa tem seu jeito próprio de ver e pensar as coisas, suas emoções e dores. Por isso, ela esta algemada, restrita de ver e consequentemente, de viver uma consciência mais ampla. É necessário que, assim como em Platão, cada um procure desgastar as correntes que o prendem à realidade do eu pequeno, do ego, da realidade corpóreo-material, para uma vida mais ampla e mais espiri-tual do mundo. É importante expressar que tanto Platão, quanto Bacon defendem ve-emente uma subordinação da vida material para com a espi-ritual. O espírito é superior à matéria.

Por sua vez, o ídolo do mercado ou do foro vem das inter-relações com outros in-divíduos. É o relacionamento interferindo na análise da verdade. Gostamos das pes-soas que pensam de maneira parecida conosco. Ou como se costuma escutar na academia: “inteligente são as pessoas que pensam como eu penso”. É necessário saber viver em sociedade, o homem é um ser gregário, mas é necessário, principalmente, ter o amor à verdade acima de tudo para ser um bom cientista, um pensador profundo.

Por fim, há os ídolos do teatro ou dos sistemas filosó-ficos. Para Bacon, os sistemas

filosóficos não passam de pe-ças teatrais, sendo uma versão simplificada e sem elegância e complexidade, principalmente por deixar de fora à realidade propriamente dita. Ou seja, todo conjunto de crenças e filosofia que não está disposto a se verificar e se atualizar na realidade não passa de mera peça de teatro.

Assim, os ídolos, assim como as etiquetas, são pre-conceitos, condições limitan-tes, condicionantes de uma realidade menor. É necessário que o ser pensante consiga ver além, ultrapassar o conheci-mento que se apresenta para uma verdade maior, mesmo que ela custe os sacrifícios de se abandonar antigas crenças e pensamentos. Somos grandes por aquilo que conhecemos e maiores ainda por aquilo que havemos um dia de aprender. A vida é uma grande escola e seremos sempre eternos aprendizes. Assim, é necessá-rio que o homem se renove, realize um crescimento de suas capacidades cognitivas, culturais e espirituais.

Nestes últimos tempos não é o Universo que diminuiu ou as distâncias que encurtaram, mas o progresso da razão do Homem tem levado ele a mares numa dantes navegado. Que a razão seja o farol das luzes para o Homem e que ele, livre de amarras e peias da ilusão da matéria, consiga observar uma paisagem maior e límpida e que ele consiga sentir sua responsabilidade pe-rante o progresso de si mesmo e do Universo. Pois como diz um antigo ditado americano: “a vossa vida é aquilo que façais; o mundo não vos de-volve mais do que aquilo que lhe damos”. Nada mais lógico, nada mais justo.

Etiqueta e os ídolos baconianos

Cybercriminosos ameaçam o Brasil

Paulo Hayashi Jr.Doutorando em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Sebastião César Aguiar ValeEditor-Geral e jornalista responsávelMat. nº: 01227JP - CE [email protected]

M. Duarte da SilvaCNPJ: 06.327.640/0001-97Rua Cel. Lúcio, 569 - CEP 63700-000, Crateús-Ce - Fone/Fax: (088) 3692.3810

Fundada em 30 de maio de 1997

Projeto Gráfico e Diagramação:Fabrício [email protected]

Coordenação e Digitação:Miliane Silva

Conselho Editorial:Eduardo Aragão Albuquerque Jr.José Bonfim de Almeida JúniorSebastião Cesar Aguiar Vale

Assessoria Jurídica:Dr. José de Almeida Bonfim Júnior,OAB 15545 CE

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Impressão:Gráfica e Editora Premius

Tiragem por edição: 2.000 exem-plares.

Crateús:Assinatura anual R$ 60,00

Outras localiadadesAssinatura anual R$ 100,00Assinatura semestral R$ 60,00

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Política[CrônicadaCidade]

Rubem Alves ensina que “há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas”.

E faz, com a maestria de prestidigitador de pala-vras, a sutil distinção:

“Escolas que são gaio-las existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essên-cia dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiola-dos. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensi-nar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado”.

É induvidoso que vivemos uma crise no nosso sis-tema de ensino. Décadas atrás o profeta da educa-ção libertadora, Paulo Frei-re, já diagnosticava que “um dos grandes pecados da escola é desconsiderar tudo com que a criança chega a ela. A escola de-creta que antes dela não há nada.” Conceituou isso como “educação bancá-ria”. Era como se o pro-fessor fosse preenchendo com seu saber a cabeça vazia de seus alunos; de-positava conteúdos, como alguém deposita dinheiro num banco.

Janusz Korczak, diretor de um abrigo para crianças e adolescentes em Varsóvia, na Polônia, costumava dizer: “Vocês, professores, me dizem que é muito difícil ensinar às crianças. Estou de acordo. E vocês

dizem também que é mui-to difícil descer às crian-ças. Estou em desacordo. O que é muito difícil é subir ao nível de sensibili-dade e de curiosidade das crianças, ficar na ponta dos pés, falar brandamen-te para não machucá-las”. Esse é o grande desafio das escolas: preparar os seus profissionais para subirem ao nível das crianças.

Porém, a par desse enor-me quadro de dificuldades e desafios, há experiências e exemplos de unidades educacionais, tanto no sistema público quanto na esfera privada, que nos reanimam na crença de que é possível fazer da escola um ambiente pra-zeroso. Vulcão motivador. Lócus de alegria, parque de emoção, força livre das amarras da “grade curri-cular”.

Na semana antepassada recebi, dos confrades Lou-rival Veras e Flávio Macha-do, uma comunicação que dizia: “O Colégio Vitória convida os membros da Academia de Letras de Crateús para uma amostra cultural e exposição cientí-fica”. O convite estampa-va: DIA DA CIÊNCIA E DA CULTURA – Uma noite má-gica na qual nossos pes-quisadores irão abordar de forma clara e científica duas grandes temáticas: Consciência Ambiental, Memória de Crateús. Você é nosso convidado. Dia 24 de Outubro, às 18:00, no Colégio Vitória.

Por razões profissionais estive impossibilitado de comparecer. Soube que o evento foi exitoso. Dentre as atividades desenvolvi-das, houve destaque para os escritores locais, que foram homenageados pelos alunos através da socialização de informa-ções a respeito da vida e

obra daqueles conterrâ-neos que se dedicam à arte de revisitar a fonte do código escrito.

Tive informação que a Escola Sônia Burgos tam-bém está elaborando um Projeto similar, envolven-do a Academia de Letras de Crateús (ALC), a Socie-dade Amigos da Biblioteca Norberto Ferreira Filho (SABi) e o Sindicato de Professores.

Ações desse naipe con-figuram valiosa contri-buição à alma sedenta, fermento biológico para a massa encefálica cultural, pão farto na mesa huma-na carente de alimentos ao espírito.

É essencial que os edu-cadores tenham sempre em mente a relevância de estimular a criatividade. A leitura, ao invés de uma carga ou obrigação, há que ser um deleite, abraço dialógico entre escritor e leitor. E que dessa sinergia interativa surja algo novo: a construção do ideário próprio de quem nela mergulhou.

Mais do que nunca é im-perioso reposicionarmos a prateleira dos valores, mantermos a irmandade com as coisas permanen-tes, voltarmos os olhos ao imorredouro.

Aos pais, principalmente, nunca é demais recordar: dêem aos filhos asas no lugar de gaiolas, educação no lugar de metal.

Como assentou Joel Alves Bezerra: “Dai ao teu filho fortuna ao invés de educação e, quando partires, tudo o que con-seguistes será dissipado. Dai ao teu filho educa-ção ao invés de fortuna e, quando partires, tudo o que conseguistes será multiplicado”.

[Observatório]

Júnior Bonfim

www.juniorbonfim.blogspot.com

Escola - espaço de prazer“O poder não é um antro;

é um tablado. A autoridade não é uma capa, mas um farol. A política não é uma maçonaria, e sim uma liça. Queiram, ou não queiram, os que se consagraram à vida pública, até à sua vida particular deram paredes de vidro. Agrade, ou não agrade, as constituições que abraçaram o governo da Nação pela Nação, têm por suprema esta norma: para a Nação não há segredos; na sua administração não se toleram escaninhos; no procedimento dos seus ser-vidores não cabe mistério; e toda encoberta, sonegação ou reserva, em matéria de seus interesses, importa, nos homens públicos, traição ou deslealdade aos mais altos deveres do funcionário para com o cargo, do cidadão para com o país”.

ATUALIDADEParecem escritas agora, mas

as palavras acima foram pro-feridas em 1920 pelo notável homem público Ruy Barbosa. Integram a Conferência “A Imprensa e o Dever da Verda-de”, que tinha dois objetivos: chamar a atenção da comuni-dade para a responsabilidade dos meios de comunicação social e contribuir para os serviços de assistência social e educacional prestados por entidades particulares. Os intentos foram alcançados. A renda proveniente da publica-ção foi revertida em favor do Abrigo dos Filhos do Povo, uma entidade que possuía dez escolas na periferia de Salva-dor, Capital da Bahia.

ELEIÇÕESNo próximo domingo os

brasileiros se dirigirão às ur-nas para a escolha de quem deverá conduzir, no próximo quadriênio, os destinos da Pátria, dos Governos Esta-duais, do Congresso Nacional e das Assembléias Legislati-vas Estaduais e do Distrito Federal. O ideal é que cada um fizesse a escolha a partir de uma profunda reflexão. No entanto, as campanhas eleitorais progressivamente são contaminadas por baixas contingências gregárias. Uma torrente de emoção sacode, inclusive, as consciências mais sóbrias. Há uma agitação feé-rica, um fenômeno recorrente de abalo no estado de ânimo das pessoas, majoritariamente provocado pelo incentivo das lideranças. Nessa ambiência de incontrolável eferves-cência, há muita perda de referência. Qual o verdadeiro

significado da representação popular? Para que serve o poder?

A CONJUNTURA ATUALEmbalados pelos bons ven-

tos da situação econômica que o País experimenta, a maioria do povo parece anestesia-da. Idolatra o Presidente da República e pronto. Há uma verdadeira veneração ao Che-fe do Governo. Sua trajetória singular o alçou à condição de mito. É como se fosse um homem que pairasse acima do reino do bem ou do império da maldade. Salvo diminutas exceções que confirmam a re-gra, todo mundo se entregou à sauna do individualismo e fazendo vistas grossas às mazelas públicas. Veja-se o caso de Erenice Guerra.

ERENICEErenice Guerra foi esco-

lhida para substituir Dilma Rousseff como ministra por ser pessoa da estrita confian-ça da ex-chefe da Casa Civil. A imprensa provou que o coração do governo era, sob os auspícios da ministra, um balcão de negócios. Fábrica de nepotismo. A reação de Erenice foi agressiva: negou peremptoriamente. Inconti-nenti, mais graves evidências eclodiram. Sua situação ficou insustentável. Foi obrigada a pedir para sair. A denúncia deixou o Presidente posses-so. Não com os malfeitores, mas com a imprensa que descobriu o malfeito. E, em gesto de descontrole pouco recomendável, acusou os meios de comunicação que divulgaram o episódio de ‘mídia golpista’.

A IMPRENSATodo mundo sabe que essa

mesma imprensa denunciou recentemente problemas na obra do rodoanel e do metrô de São Paulo, sob o governo dos tucanos. Igualmente deu ampla publicidade ao mensa-lão de Brasília que culminou com a derrocada de José Roberto Arruda, governador pelo DEM. ‘A imprensa’, di-zia Rui Barbosa, ‘é a vista da Nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam’. Essa sempre foi a essência do papel da impren-sa: fiscalização permanente do exercício do poder. Na oposição, o PT aplaudia essa postura crítica; na situação, defenestra.

O PRESIDENTEO que ocorre é que o Presi-

dente, ego inflado por índices estratosféricos de populari-dade, despreza valores caros à democracia e aos princí-pios republicanos. Desce da condição de estadista para a de cabo eleitoral. É um militante assanhado que re-age raivosamente a qualquer provocação. Revela enorme dificuldade de conviver com pensamentos contrários ao seu. Isso é lamentável. Pior: a correção procedimental é posta em segundo plano. Se a economia vai bem, se mui-ta gente melhorou de vida, que se dane a ética, a moral e os bons costumes. Há uma verdadeira banalização da moralidade pública. Segundo Hélio Bicudo, um dos funda-dores do PT, “na certeza da impunidade, Lula já não se preocupa mais nem mesmo em valorizar a honestidade. É constrangedor...”

PARA REFLETIR“A liberdade não foi con-

quistada apenas para os que “informam corretamente”, mas também para os que, na opinião desse ou daquele presidente da República, não informam tão correta-mente assim. Se um jornal quiser assumir uma postura militante, de cabo eleitoral histérico, e, mais, se quiser não declarar que faz as vezes de cabo eleitoral, o problema é desse jornal, que se arrisca a perder credibili-dade. O problema é dele, só dele, não é do governo. (...) Não cabe ao Executivo, ao Legislativo ou ao Judiciário definir o que é “informação correta”. Isso é prerrogativa do cidadão e da sociedade. Que setores da sociedade protestem contra esse ou aquele jornal faz parte da vida democrática. Às vezes, é bom. Pode ser profilático. Agora, que o governo emule, patrocine ou encoraje esses movimentos é no mínimo temerário. (...) A pessoa do presidente tem direito de se irritar com o noticiário. Tem até o direito de processar jornalistas. Mas o chefe de Estado não deveria seme-ar o ódio, conclamando o povo a “derrotar” órgãos de imprensa”. (Eugênio Bucci, no artigo Um pingo de serenidade)

SaboresCaseirosBolo básico com chocolate

Marguê Freire

Ingredientes:Massa, 02 xícaras (chá) de açúcar, 03 colheres (sopa) de manteiga, 04 unidades de gema de ovo, 03 xícaras (chá) de farinha de trigo, 01 copo de leite gelado, 05 colheres (sopa) de chocolate em pó, 01 colher (sopa) de fermento químico em pó e 04 unidades de clara de ovo em neve.

Modo de fazer:Massa: Bata as gemas com

o açúcar e a manteiga. Vá jun-

tando a farinha de trigo inter-calando com o leite aos poucos. Continue batendo. Após a mas-sa totalmente batida, misture o fermento delicadamen-te. Por último misture as claras em neve à massa delicadamente com movimentos de-baixo para cima. Separe um terço da receita e junte o chocolate em pó. Misture bem. Unte a fôrma e vá despejan-do conchas de massa

de leite e massa de chocolate. Coloque a fôrma em forno pré-aquecido e deixe assar em fogo médio.

“Setores da mídia vão inventar todo tipo de factóide, manobra, mentira para impedir que o povo escolha a primeira mulher presidente”.José Eduardo Dutra (em Fortaleza)Presidente do PT, reagindo às denúncias contra Dilma

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Política “Nós não somos maioria no País, nós temos uma maioria para eleger o presidente, até porque fizemos uma aliança ampla”.José DirceuEx-Ministro da Casa Civil

Artigo Djalma PintoAdvogado

“O que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei, vote em mim que eu te conto.” Com essa provoca-ção, o humorista Tiririca po-derá ser um representante do povo para legislar e fiscalizar os atos do Executivo. Se con-firmada, adesão dos eleitores comprovará que a maioria não sabe qual a finalidade do mandato porque muitos, após eleitos, passaram a im-pressão de que o mandato é apenas fonte inesgotável de benesses.

A motivação de Tiririca em conquistar o poder pela via do deboche atesta uma falha recorrente na educação até aqui ministrada no Brasil. Não há preocupação em preparar o homem para o seu exercício, daí os sucessivos

vexames de pessoas, cultas e incultas, ao exercerem os mais diversos cargos. Prati-cam muitas ações, não em benefício da coletividade, mas visando à maximiza-ção do próprio patrimônio, sem devolução do dinheiro desviado.

Nem a escola nem a univer-sidade ensina que o mandato conquistado através do voto e a investidura em qualquer função pública destinam-se a que o cidadão, na condição de autoridade, faça o melhor de si em benefício do inte-resse coletivo, nunca para favorecer o próprio bolso.

Essa omissão faz com que alguns, mesmo com estudos em grandes centros acadêmi-cos, atuem no exercício do poder com desvio de finali-

dade. Não oferecem, assim, boas lições à sociedade.

Nesse ambiente de dis-torções graves, em que os cargos são usados para fa-vorecimento dos agentes públicos, sem reação eficaz, tiririca encontrou espaço para mostrar com risos de melancolia que a sociedade não sabe o que é espírito público nem qual a finalidade do mandato.

Um parlamento eleito por pessoas que trocam voto por gargalhada termina sem aplauso. A democracia pode até precisar de circo, mas quando o palhaço se con-verte em líder é porque os políticos estão transforman-do a República em piada de mau gosto.

Brasília. O presidente do STF (Supremo Tribunal Fede-ral) Cezar Peluso votou contra a validade da Lei da Ficha Limpa este ano e empatou em 5 a 5 o julgamento realizado. O impasse continuou quando os ministros discutiram o que fazer com o empate após várias ponderações, como manter a decisão do STF de validade da lei este ano, ou aguardar a nomeação do novo ministro para que desempate o julgamento, os ministros decidiram suspender o jul-gamento e voltar a analisar o processo.

No julgamento, Peluso afir-mou que “alterar as condições de inelegibilidade é aquilo que tem a maior capacidade de atingir a correlação de forças políticas eleitorais“, alterando assim seu processo. Os minis-tros julgam o caso de Joaquim Roriz, que teve a candidatura a governador do Distrito Fe-deral barrada pelo TSE por ter renunciado ao cargo de Se-nador, em 2007, para escapar de processo de cassação. Ele era acusado de ter quebrado

o decoro parlamentar após ter sido flagrado, em conversa te-lefônica, discutindo a partilha de R$ 2 milhões.

Roriz alega que se tratava de um empréstimo para comprar uma bezerra. A Lei da Ficha Limpa estabelece que o polí-tico que faz isso fica inelegível por oito anos após o fim do mandato que ele cumpriria. Como seu mandato se encer-raria em 2014, ele poderá ficar inelegível até 2022, quando terá 86 anos.

O ministro Celso de Mello votou contra a validade da lei e também pela impossi-bilidade de aplicá-la no caso de políticos que renunciaram para escapar de cassação. “A meu juízo, a interpretação dada pelo TSE, fazendo-a aplicável desde logo, impli-cou em vulneração à cláusula constitucional em questão [princípio da anualidade]”, afirmou. Sobre a renúncia, ele avalia que tornar alguém inelegível por conta disso é criar uma nova “sanção”.

Marco Aurélio votou contra a aplicação nestas eleições por

considerar que a legislação al-tera a correlação de forças do pleito. “O caso repercute nas forças políticas e influencia as eleições disse ele. O voto de Marco Aurélio contra a lei já era esperado. Membro do TSE, ele já havia se posi-cionado no tribunal contra a legislação.

A ministra Ellen Gracie, que era considerada uma in-cógnita, votou pela validade da lei já nas eleições deste ano. Ela acompanhou o relator do caso, Carlos Ayres Britto, e também afirmou que a legis-lação deve valer para políticos que renunciaram antes de sua promulgação.

Além de Gracie, foram a favor da nova lei Ricar-do Lewandowski, Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia e o relator do recurso de Roriz. Antes, Gilmar Mendes votou de forma contrária da Ficha Limpa. “Muitas vezes tem de se contrariar o que a opinião pública entende como sal-vação, para salvar a própria opinião pública”, afirmou Mendes.

O Tribunal de Justiça do Estado Ceará (TJCE) elegeu, em sessão extraordinária do Tribunal Pleno, os procura-dores de Justiça que integram a lista tríplice para uma vaga de desembargador do quinto constitucional, destinada ao Ministério Público (MP). Pau-lo Francisco Banhos Ponte, José Valdo Silva e Marcos Tibério Castelo Aires foram os selecionados. O processo de escolha ocorreu em sessão pública, com votos abertos, nominais, fundamentados pelos 30 desembargadores

presentes, dos 31 que com-põem o Pleno do TJCE.

“A avaliação dos candidatos foi das mais criteriosas e qual-quer um dos representantes do Ministério Público que venha a ser escolhido pelo go-vernador saberá, com certeza, honrar o Poder Judiciário do Ceará”, declarou o desembar-gador Ernani Barreira Porto, presidente do TJCE. A lista com o nome dos três candida-tos será preparada e enviada ao governador Cid Gomes, a quem compete nomear o novo desembargador.

O representante do MP escolhido irá ocupar a vaga deixada por Raúl Araújo Fi-lho, que tomou posse como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em maio deste ano, na vaga decorrente da aposentadoria do ministro Paulo Gallotti. A sessão para escolha da lista tríplice, que seria realizada na sexta-feira, 17 de setembro, teve de ser remarcada para que houvesse prazo suficiente à interposi-ção de recursos.

Tiririca e o poder político

STF suspende julgamento após empate

TJCE indica lista tríplice

PF descarta participação de Cid e Ciro em desvios

TRE dá prazo para Tiririca se defender

A Polícia Federal negou o envolvimento do governador Cid Gomes e de seu irmão, deputado federal Ciro Go-mes – ambos do PSB -, no esquema de desvio de verbas de prefeituras cearenses de-nunciado na edição da revista Veja da semana passada. Em nota sucinta enviada à im-prensa, a Superintendência Regional da PF no Ceará in-formou “as investigações em andamento não alcançaram qualquer autoridade federal ou estadual detentora de foro privilegiado, tampouco o governador do Estado do Ceará, Cid Ferreira Gomes, e o deputado federal Ciro Ferreira Gomes”.

A nota oficial acrescenta ainda que, já que não há o envolvimento do governador e de seu irmão, o processo apresentado pela revista tra-mita em primeira instância na Justiça Federal do Ceará. Nenhuma outra informação será dada, segundo o órgão, pelo fato de as investigações

estarem sob segredo de jus-tiça.

No último dia 17, o Mi-nistério Público Estadual, através da Procuradoria de Justiça dos Crimes Contra a Administração Pública, já descartara a participação de autoridades federais ou estaduais no esquema que teria provocado um rombo de R$ 300 milhões nos cofres públicos.

Conforme reportagem da Veja, as ações de corrupção teriam se iniciado em 2003, ano em que Ciro entrou para o Ministério da Integração Nacional. A pasta repassaria recursos para determinadas prefeituras – a matéria não diz quais são -, que, por sua vez, realizavam licitações dirigidas para que a empresa vencedora fosse uma das 17 pertencentes ao Empresário Raimundo Morais Filho. Um percentual dos repasses – 4% - ficaria com o empresário, e o resto para o deputado es-tadual Zezinho Albuquerque

(PSB), principal interlocutor de Cid na Assembléia Legis-lativa.

Ao parlamentar caberia enviar os recursos para as prefeituras, que executavam as obras licitadas com valor e qualidade abaixo do determi-nado em contrato. O restante do dinheiro alimentaria um caixa dois que, de acordo com os arquivos de Morais, custeou as campanhas de Cid para governador e de Ciro para deputado. Quando Ciro deixou o ministério, os recursos teriam passado a sair do próprio Governo do Estado.

DEFESAOs irmãos já rechaçaram

qualquer envolvimento no escândalo. Indignados, eles afirmam que irão processar a revista e que as denúncias têm o interesse de prejudicar a reeleição do governador Cid Gomes. “A revista Veja mente, e esta não é a primeira vez”, contra-atacou Cid.

São Paulo. A Justiça Elei-toral de São Paulo mandou citar o candidato a deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR), para que ele apresente sua defesa em 10 dias, depois que o Ministério Público Eleitoral o denunciou por falsidade ideológica. Pesquisas de in-tenção de votos apontam que ele pode ser o deputado federal com o maior número de votos no País.

A medida do MP foi to-mada porque, em entrevista à revista Veja, o humorista disse que declarou ao Tri-bunal Superior Eleitoral não possuir nenhum bem, pois teria colocado o seu patri-mônio em nome de terceiros, já que responde a processos trabalhistas e movidos por sua ex-mulher. O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aluísio Sérgio Rezende Silvei-ra, recebeu a denúncia preli-

minarmente, após conferir que estão presentes requisitos mínimos legais para ouvir o Tiririca.

Segundo o Tribunal Re-gional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), somente após ana-lisar a defesa do candidato, o juiz vai confirmar ou rejeitar a denúncia. Se for confirmado o recebimento da denúncia, terá início o processo crimi-nal para apurar se houve ou não o crime.

Componentes da lista tríplice do TJCE para a vaga destinada ao ministério público: Paulo Francisco Banhos Ponte, José Valdo SIlva e Marcos Tibério Castelo Áires

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 511 - CentroFone/Fax: (88) 3691.1717NOVA RUSSAS: Rua Pe. Francisco Rosa, 1311 - CentroFone: (88) 3672.0308SANTA QUITÉRIA: Rua Cel. Manoel Alves, 157 - CentroFone: (88) 3628.0374ARARENDÁ: Rua Francisco Mourão Lima, s/n- Centrovizinho ao mercadinho Manoel DinhoFone: (88) 3633.1203FORTALEZA: Rua Pe. Luiz Filgueiras, 550 - AldeotaFone: (85) 3221.4355

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5Crateús - terça-feira, 28 de setembro de 2010 Página

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Cidade

Promotor denuncia Tiririca por falsidade ideológica

Comissão Justiça e Paz realiza seminário

São Paulo. O Ministério Público de São Paulo de-nunciou à Justiça Eleitoral o candidato a deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva (PR), o Tiririca, sob a acusação de falsidade ideo-lógica.

A denúncia do promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes é baseada em en-trevistas concedidas pelo candidato à revista “Veja“, em 1° de setembro, na qual confessa ter transferido para o nome de terceiros todos os seus bens. Isso porque, segundo ele, responde a “processos trabalhistas e de sua ex-mulher”.

Em sua declaração à Justi-ça, Tiririca alega não possuir nenhum bem. Por outro lado, estima um gasto de campanha de cerca de 3,5 milhões. Até hoje, o candi-dato já arrecadou cerca de R$ 600 mil. “Assim agindo, omitiu em documento públi-co declaração da qual deveria constar os bens e valores que possui”, diz trecho da denúncia.

O promotor pede a quebra

do sigilo fiscal e bancário do candidato e cópias de processos no Ceará, movido pela ex-mulher e filho de Tiririca.

Na denúncia, o Ministério Público alega que essa supos-ta irregularidade fere o artigo 350 do Código Eleitoral. Se confirmado, é um crime com pena de “reclusão até cinco anos e pagamento de multa”.

O advogado do humorista, Ricardo Vitta Porto, disse que a denúncia é um “factóide“ e que a Justiça deve rejeitá-la. Porto afirmou ainda que o candidato não escondeu ne-nhum patrimônio. “Quando declarou não possuí-los é porque de fato, ele não os tem e nunca teve”, afirmou o advogado.

A Comissão Brasileira Justi-ça e Paz – Regional Nordeste I realizou, em Crateús, o III Seminário de Combate à Corrupção Eleitoral, tendo o evento ocorrido nas depen-dências do Teatro Rosa Mo-rais, na noite do dia 21 último, com expressiva presença de público.

O Seminário tratou das ati-vidades da “Campanha Nacio-nal de Combate à Corrupção Eleitoral”, que percorre todo o País enfrentando a espúria prática da “compra de votos”, em busca da conscientização popular sobre a importância do ato que iremos praticar no próximo dia 03 de outubro.

O evento, que teve o de-cisivo apoio do Ministério Público local, reuniu o bispo diocesano de Crateús, Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, o bispo emérito de Limoeiro do Norte, Dom Manoel Edmilson da Cruz,

o professor doutor Cláudio Regis Lima Quixadá, o pre-feito de Crateús Carlos Felipe, o promotor de Justiça José Arteiro Soares Goiano, que fez a abertura do Seminá-rio, a juíza de Direito Sâmia Freitas da Silveira, e várias personalidades representan-tes de diversos segmentos da sociedade local.

PRONUNCIAMENTOSO promotor de Justiça José

Arteiro referiu-se à compra e venda do voto no varejo e no atacado e dos currais eleito-rais pelos políticos. Citou o milenar provérbio em que os pobres são dominados pelo dinheiro e os humildes com sandálias, e apontou a cor-rupção eleitoral como causa comum de nossas mazelas.

Dom Jacinto de Brito mos-trou a necessidade de eleições limpas, pois é delas que resul-tam os avanços da cidadania

e da democracia e o ideal de um Brasil melhor e mais cidadão.

O pastor Gilson pediu aos presentes uma reflexão sobre a prática da compra e da ven-da do voto, assinalando que, quem vende o voto compro-mete e vende o seu futuro, pois que a venda está ligada a um benefício imediato.

Entusiasta da Campanha Nacional de Combate à Cor-rupção Eleitoral, o professor doutor Regis Quixadá, na qualidade de fervoroso cató-lico, invocou o Espírito Santo antes de se pronunciar. Disse da sua sétima vinda a Crateús, sempre com a mesma missão e à frente do mesmo movi-mento. Utilizou-se de recur-sos áudio-visuais e afirmou que 85% da opinião pública quer a Ficha Limpa dos can-didatos a cargos eletivos; que o objetivo da campanha não é o de apenas ver políticos se-

rem cassados quando pegados metidos em falcatruas, mas de vê-los barrados em suas can-didaturas. Afirmou que ne-nhum político acreditou que o projeto Ficha Limpa passasse no Congresso Nacional. Cha-mou a atenção para o Ceará, um dos estados mais pobres, mas que tem a segunda mais cara campanha eleitoral do País. E argumentou: de onde vem tanto dinheiro para as campanhas? Regis citou a máxima do cardeal Aloísio Lorscheider: político que gasta demais é porque rou-bou ou vai roubar. Ressaltou que vivemos um momento histórico quando vimos um governador sair do palácio para a cadeia. Referiu-se à Diocese de Crateús como a que mais angariou assinaturas qualificadas para o projeto Fi-cha Limpa. Ressaltou, ainda, que estamos à mercê de ban-doleiros e que precisamos ter

a audácia da esperança. Dom Edmilson da Cruz

fez citações de ocorrências do dia-a-dia com as pessoas, que justificam a máxima que ele mesmo cunhou: “quem vota em político corrupto está votando na morte”. Afirmou que o Movimento Contra a Corrupção Eleitoral – MCCE vai mudar ou já está mudando o Brasil pouco a pouco.

CARLOS FELIPEO prefeito Carlos Felipe

congratulou-se com a Co-missão Justiça e Paz que, mais uma vez, trazia sua pregação a Crateús. O prefeito discor-reu sobre a evolução do voto ao longo de nossa História Política. Referiu-se ao poder político e sobre o poder do marketing desde a época do nazismo e do fascismo, e disse do grande gesto que foi o projeto Ficha Limpa. Ressaltou o prefeito a gran-

de dificuldade do poder em conseguir manter a vigilân-cia sobre os corruptos. Fez referência às obras que vêm sendo implantadas em Crate-ús, especialmente em bairros pobre que estão passando por transformações, como a Vila São José, que vem re-cebendo calçamento, escola, casas populares, unidade do CRAS, etc.

Durante o evento, deu-se a recitação do cordel “Elei-ções”, da autoria do poeta popular Edmilson Providên-cia, pelo ator Rogério Aguiar, bem como a distribuição do mesmo pelo autor aos mem-bros da Mesa dos trabalhos. Antes do encerramento do evento, o público presente teve a palavra franqueada para fazer perguntas e obter respostas.

Promotor José Arteiro: venda de votos no varejo e no atacado.

Dom Jacinto de Brito: necessidade de eleições limpas

Prof. Régis Quixadá: de onde vem tanto dinhei-ro para as campanhas eleitorais?

Dom Edmilson da Cruz: votar em político cor-rupto é votar na morte.

Prefeito Carlos Felipe: dificuldade do poder em conseguir manter a vigilância sobre os corruptos.

CORRUPÇÃO ELEITORAL

Artigo Rangel Cavalcante

Quando assumir em janei-ro próximo, o ministro da Saúde do novo governo vai encontrar os armários e de-pósitos da sua pasta, assim como os de praticamente todos os hospitais públicos do Brasil, vazios de remé-dios e materiais hospitala-res. Não conseguirá nem mesmo um Engov para a ressaca da festa de posse. Mas vai se deparar com um estoque de nada menos de 30 toneladas de café moído e torrado adquiridas pelo seu antecessor no apagar das luzes do governo Lula. É isso mesmo. Por incrível que pareça, enquanto mi-lhares de pessoas padecem nas filas dos hospitais públicos em busca de uma cirurgia, um remédio, uma simples consulta médica e, muitas delas morrem sem atendimento porque o sis-tema esta falido, sucateado, saqueado e criminosamente abandonado, o Ministério da Saúde manda comprar 30 toneladas de café para

o consumo interno da sua imensa burocracia. É isso mesmo. Não tem remédio, mas tem café. E do bom. Como explicar que 30 to-neladas de café sejam com-pradas por um Ministério a menos de três meses do final do governo – já que elas só serão entregues no final de outubro? A saúde pública brasileira faliu. O cidadão tem que recorrer à Justiça para conseguir um internamento ou um remédio. E chega a morrer à porta do hospital com a liminar na mão, sem que a ordem judicial seja respei-tada. E fica tudo por isso mesmo. Aqui em Brasília, morre gente nas filas do maior hospital público da capital do País, a poucas quadras do Palácio do pre-sidente da República. Na semana passada, o repórter Adalmir Ponte mostrou bem isso aqui no Diário do Nordeste. Pois bem. Indiferente a esse quadro aterrador, o ministro da

Saúde mandou comprar 30 toneladas de café. E chega ao requinte de exigir coisa boa, da melhor qualidade, não serve genérico.A rubiácea terá que ser do tipo exportação, torrada e moída, empacotada a vá-cuo puro e empacotada em embalagens aluminizadas de 500 gramas. Quer dizer que serão 60 mil pacotes de meio quilo do melhor café do mundo que estarão à disposição do sucessor do doutor Temporão, pois não é possível que o pessoal de hoje beba toda essa cafe-zada em menos de 90 dias. Isso se realmente o total da compra for entregue e não houver mais mutreta no caminho. É assim que fun-ciona a saúde pública no Brasil. Um verdadeiro caso de polícia. Só que a polícia só aparece para expulsar os que protestam em frente aos hospitais e postos de saúde. Os governantes não sentem isso. Também pu-dera. Presidente, vice-pre-

sidente, ministro, senador, deputado e seus familiares não passam nem perto de um hospital público. Todos têm assistência médica, hospitalar, odontológica e até veterinária, se neces-sária, tudo de graça. Ou melhor, paga também pelo cidadão que morre nas filas. Dona Dilma, a mais nova mãe dos brasileiros estaria exibindo tanta saúde se ao invés de recorrer aos mais caros hospitais de São Paulo, pagos pelo contri-buinte, tivesse se tratado do câncer num hospital público como uma cidadã comum? E o vice presiden-te ainda estaria vivo, se não fosse a Medicina milioná-ria a que recorre em São Paulo, no Sírio Libanês? E depois o cidadão, que vota no Tiririca e no Maluf, no Jáder Barbalho e no Renan ainda quer ter o direito de reclamar.

Café amargo

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6 Crateús - terça-feira, 28 de setembro de 2010Página

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Regional

Informe Publicitário Novo Oriente

Informe Publicitário Monsenhor Tabosa

Secretaria de saúde participa de Feira de Ciências

Prefeito José Souto entre os 53 melhores do país

Melhores prefeitos do Brasil – 6ª Edição

Área 1213 - 8802 5067 OU 190

Área 1212 - 8802 5066 OU 190Área 1211 - 8802 3535 OU 190

Informe Publicitário Independência

Prevenção da diabete mobiliza população

Inaugurações prosseguem no município

Secretaria de Saúde mo-bilizou população de Novo Oriente no último dia 09 de setembro, no sentido de aler-tar e prevenir os portadores de diabete sobre os cuidados a serem tomados na convi-vência com a doença e evitar conseqüências danosas ao organismo.

O evento foi realizado pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Atenção Básica de Saúde. As ações que tiveram início no dia 09 de setembro, se estenderão por todo o mês. Durante a campanha, profissionais das

equipes Saúde da Família re-alizaram varias atividades, en-tre as quais, o monitoramento de glicemia, verificação de pressão arterial, orientações sobre alimentação saudável, atividade física entre outros.

Sob a orientação da coor-denadora da Atenção Básica,. Sonya Komarsson, o atendi-mento teve inicio das 08hs ás 17hs, quando todas as equipes de Saúde da Família (médicos, enfermeiros, agentes comu-nitários de saúde) e Hospital Dr. Jose Maria Fernandes Leitão, estiveram engajados junto à população, tendo re-

alizando mais de mil exames. A coordenadora destacou a importância da campanha de prevenção no Município de Novo Oriente para detecção de novos casos, pois um grande número de pessoas tem diabete, mas desconhece. A pessoa só vai procurar um serviço de saúde quando as complicações aparecem; daí, a iniciativa de se realizar uma campanha de âmbito munici-pal, cujo objetivo maior é o de informar e conscientizar a população sobre os cuidados e a prevenção da Diabetes Mellitus.

As escolas do município de Monsenhor Tabosa, por intermédio da Associação Taboense dos Apicultores – ATA, estão recebendo mensalmente mel de abe-lha de altíssima qualidade, em embalagem sache, para ser consumido por alunos como complemento da me-renda escolar. A iniciativa resulta de uma parceria entre a Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB, Associação dos Apicultores e a Prefeitura Municipal através da Secretaria de Educação. Os apicultores vendem o pro-duto para a CONAB através do Programa de Aquisição

de Alimentos – PAA, que em seguida repassa para as escolas.

Alimento natural e comple-to, o mel é riquíssimo em ele-mentos nutritivos. De acordo com a OMS, contém mais de 70 substâncias essenciais ao organismo.

De acordo com Algaci Abreu de Mesquita, presi-dente da ATA, recebem o produto as escolas estaduais, indígenas e 95% das escolas da rede municipal. Atualmen-te o projeto beneficia cerca de 6.500 alunos, equivalente a 75% da classe estudantil do município. São fornecidos a cada mês, em média, 3.400kg

de mel, quantidade que não é suficiente para atender a demanda, considerando que, em todo o município, existem cerca de, 8 mil alunos nas escolas públicas. Pensando em aumentar o fornecimento junto aos estabelecimentos educacionais, a Associação já trabalha projetos objeti-vando elevar esses dados e potencializar o atendimento em 2011.

A apicultura em Monsenhor Tabosa tem se destacado nos últimos anos. O município já é um dos maiores produ-tores de mel da região, com a produção de 49 toneladas em 2009.

Teve início, durante o mês de agosto, vasta programação de inaugurações e entrega de obras à população, que foi iniciada pelo novo Paço Municipal, com a estrada de Tranqueiras e, agora, com a Unidade Básica de Saúde, mais moderna e equipada para atender a demanda no apoio ao PSF do Assen-tamento de São Joaquim/Ematuba e região. O objetivo é atender, na área de atenção básica, a todos os programas preconizados pelo MS, ou sejam: odontologia, pré-natal, imunizações, palestras, aten-dimento médico e serviços sociais. Para o secretário de Saúde Elicio Gonçalves, em breve, outras unidades estarão sendo entregue à população. O prefeito Valdi Coutinho anunciou a inauguração de mais 3 mil metros quadrados de calçamento, em paralelepí-pedo, nas ruas Cícero Justino, Sant’ Ana, Nossa Senhora de Fátima e outras, no bairro Setenta, onde já existe o sa-neamento. Em parceria com

O Núcleo de Endemias e Mobilização Social da Se-cretaria de Saúde - NEMSI, integrado às escolas, partici-pou da Feira de Ciências, por ocasião das comemorações do mês de aniversário (52 anos) do Ginásio Santana. Durante a semana de 13 a 17 de setembro, foram promovi-das exposições culturais, ati-vidades com aplicação prática dos conteúdos conhecidos no ano letivo, desenvolvi-mento no campo artístico e científico, socializando a responsabilidade que preten-de a escola em torno de uma atividade comum, integrando família e comunidade no processo educativo. Nessa oportunidade, a equipe do NEMSI fez demonstração de uma sala situacional da Saúde, com exposição, de forma didática e pedagógica, com afixação de cartazes, distribuição de panfletos, representação do ciclo bioló-gico e evolutivo do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue. Foram ainda apre-

O prefeito de Monsenhor Tabosa, José Araújo Souto, por decisão conjunta dos Conselhos Diretores do Ins-tituto Ambiental BIOSFERA e Instituto Brasileiro de Estu-dos Especializados – IBRAE é apontado como dos melho-res prefeitos do Brasil nos quesitos: Desenvolvimento Sustentável e Responsabili-dade Social. A outorga em reconhecimento ao destaque nacional será conferida por meio de Diploma e Medalha. O prêmio é um reconheci-mento público ao sucesso das ações e iniciativas direcio-nadas à busca da otimização da qualidade de vida junto à

população do município.Dos 5.565 municípios do

País, a premiação será ou-torgada a 53 Prefeitos e 15 outras autoridades brasileiras. A Comissão de Premiação levou em consideração o cri-tério de precedência, ou seja, foram escolhidos os municí-pios com maior número de indicações voluntárias por parte das pessoas formadoras de opinião, previamente con-sultadas. Na prática, foram selecionados os 53 prefeitos mais votados na pesquisa prévia realizada em todos os estados brasileiros.

A entrega da premiação ocorrerá em sessão solene a

ser realizada no Rio de Janei-ro-RJ, no dia 05 de novembro de 2010 e acorrerá no Centro de Eventos do South Ameri-can Copacabana Hotel, das 18hs às 22hs horas, como parte do evento Premiação dos Melhores Prefeitos do Brasil em 2010. A solenidade de premiação será integrada por diversas altas autoridades especialmente convidadas. O evento conta com forte divulgação nos veículos da grande mídia nacional, prin-cipalmente das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, incluindo jornais, rádios e TV’s.

O prefeito José Souto co-mentou a indicação para o prêmio e se disse surpreso ao tomar conhecimento. No quarto mandato como prefeito do município, é esta a primeira vez que recebe homenagem de tal magni-

tude. Afirma que se sente imensamente honrado e que isso é parte dos frutos pro-duzidos pelo trabalho árduo e sério que vem realizando juntamente com sua equipe, frente às diversas pastas da administração municipal.

Dos 184 municípios cea-renses, apenas três, com seus respectivos prefeitos, recebe-ram a indicação: José Araújo Souto - Monsenhor Tabosa; Expedito Ferreira da Costa – Aracati, e Aurineide Bezerra de Souza Pontes - Croatá.

Teste de diabetes em crianças Tomada de pressão arterial

Monsenhor Tabosa: mel de abelha enriquece merenda escolar

a FUNASA, foram entregues obras de construção de kits sanitários. Pelo Projeto São José, foi entregue um trator à comunidade de Cachoeira do Fogo e, brevemente, será entregue outro à comunidade

de Várzea do Toco. A Prefei-tura, atualmente, faz trabalho de piçarramento da estrada que dá acesso ao distrito de Iapi, numa parceira governo municipal com o governo do Estado.

Prefeito Valdir Coutinho faz entrega de trator à comunidade de Cachoeira do Fogo

Unidade Básica de Saúde inaugurada no assentamento São Joaquim em Ematúba

Alunos do cinquentenário Ginásio Santana

sentadas as ações da equipe e material necessário utilizado no combate e controle do inseto, exposição de EPIs e produtos químicos que, às vezes são utilizados, além de orientação e sensibilização de alunos visitantes sobre a importância da participação da comunidade no efetivo controle do mosquito.

Em 2010 deu-se a ocorrên-cia de 140 casos notificados suspeitos, com 42 casos con-firmados. No momento, há uma preocupação da equipe, devido ao surgimento de

vários casos clinicamente identificados, importados no mês de julho, devido o fluxo de pessoas, com a infestação e incidência de quase dois mil casos confirmados em Tauá e cidades vizinhas, com fluxos diários para Independência. Como agravante, temos a pre-sença do mosquito em torno 2,08% no geral, e ainda, a circulação do vírus, portanto, é preciso o envolvimento e o apoio de todos, pois, “Con-trolar o Mosquito Transmis-sor da Dengue é Missão de Cada Um”.

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Regional

Depois de beneficiar a co-munidade de Pitombeiras com a construção e instala-ção de um poço profundo, para abastecimento d’água, o prefeito Marcos Alberto, acompanhado dos vereadores Chico Martins, Carla Loyola e Teixeira, e das lideranças políticas Zé Tavares, izídio, Marcelo Evangelista, Val-demir Juvêncio, Gonzaga Mourão, Socorrinha Holanda e de grande número de pes-soas, compareceu ao local para inaugurar a passagem molhada de Pitombeiras. Marcos Alberto espera en-tregar, em curto espaço, mais oito passagens molhadas no município. Essas obras terão largo alcance social e eco-

nômico, vez que, inúmeras famílias, durante o período invernoso, ficam ilhadas e impossibilitadas de trafegar até a sede do município, o que causa transtornos e inviabiliza o desenvolvimento comercial, educacional e so-cial. O prefeito tem assegura-do em todas as reuniões que,

até ao final do seu mandato, todo o interior estará ligado com a sede do município e nenhuma comunidade ficará isolada do desenvolvimento por falta de ação do poder público. “A administração “Nova Russas de Todos Nós” fará jus ao slogan e trabalhará com o objetivo de acabar as

distorções entre campo e cidade, principalmente para assegurar a melhoria da qua-lidade de vida dos menos favorecidos, direito sempre negado pelas administrações anteriores”, Finalizou o pre-feito Marcos Alberto.

Informe Publicitário Nova Russas

Administração inaugura obra em Pitombeiras

Campanha de vacinação foi sucesso

Núcleo de Mobilização da Infância e Adolescência

Informe Publicitário Ararendá

“Senhor presidente solicito, em caráter irrevogável, que aceite meu pedido de demissão”.Erenice GuerraEx-Ministra da Casa Civil

Audiência Pública mobiliza autoridades em defesa da criança e do adolescente

I Fórum Comunitário Selo UNICEF – Edição 2009-2012Audiência Pública em defe-

sa da criança e do adolescente lotou o auditório do Patro-nato, no último dia 9, com a presença de autoridades do município e da comunidade de Nova Russas. Marcaram presença no evento o prefeito Marcos Alberto e a primeira dama e articuladora do Selo UNICEF, Gracinha Diogo; o promotor de Justiça, da In-fância e da Juventude, Hugo José de Lucena Mendonça; a presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Soraia Pedrosa Carlos Madei-ro; o presidente do Conselho Tutelar, Erivan Cavalcante, e os representantes do projeto Bom de Bola Bom na Escola, Izídio Farias e professor Luis Correa, além de grande repre-sentação da sociedade local

que compareceu para ajudar a formular o plano de ação do governo municipal para o ano de 2011.

Durante o evento, os alunos do projeto Eu sou Cidadão e Amigos da Leitura, encena-ram uma apresentação teatral e, em seguida, foi apresentado o projeto Bom de Bola Bom na Escola. Ambos demons-trando a grande preocupação com a educação de crianças e adolescentes. A ideia é de-senvolver na juventude uma consciência voltada para o desenvolvimento educacio-nal, tanto nas atividades es-colares, quanto em atividades extraclasse. O importante é que seja realizado um esforço em conjunto da sociedade para integrar a juventude em diversos programas sociais e esportivos que os retire da

ociosidade.As autoridades foram en-

fáticas no sentido da mobi-lização social para combater o uso de drogas e entorpe-centes, o trabalho infantil, a gravidez precoce, e trabalhar todas as formas possíveis para garantir uma infância e uma juventude saudáveis aos jo-vens do município. O prefeito Marcos Alberto ressaltou o trabalho que a primeira dama

vem desenvolvendo na área social, mas, reconheceu que é importante avançar cada vez mais e ficar vigilante na garan-tia dos direitos dos jovens e adolescentes. Marcos Alberto pediu o empenho de organis-mos não governamentais e do Ministério Público nessa parceria, pois, o município necessita de uma força con-junta para transformar para melhor a vida dos jovens.

O município de Araren-dá realizou, no último dia 17/09, no auditório da Se-cretaria de Educação, o I Fórum Comunitário Selo UNICEF Município Apro-vado Edição 2009-2012. A solenidade contou com a presença do prefeito José Adriano, da ex-prefeita Tânia Mourão, da presidente do CMDCA, Márcia Militão, do articulador municipal José Felício, do Poder Legis-lativo, do Conselho Tutelar, de membros da Comissão PRÓ-SELO, do Núcleo de Mobilização da Infância e da Adolescência e de vasta representação de segmentos sociais, afora a participação de grande número de crian-ças e adolescentes.

A presidente do CMDCA fez a abertura do evento agradecendo a presença de todos, e destacando a im-portância da participação para a construção do Plano de Ação que visa à melhoria de vida das Crianças e Ado-lescentes do Município, que apresentem condições de vulnerabilidade social.

O articulador e coorde-nador da Comissão PRÓ-SELO, José Felício, ressaltou a importância de todos nesse processo democrático, pe-diu aos presentes a união e empenho para dobrarem suas ações no sentido de melhorar os índices em que o município se encontra, bem como reverter os dados que precisam melhorar.

O prefeito José Adriano destacou o empenho da Comissão PRÓ-SELO, agra-deceu a presença de todos os segmentos da sociedade e destacou ainda a importância da conquista do Selo UNI-CEF edição 2009-2012 para o município. Ressaltou que é preciso unir forças no com-bate à mortalidade infantil e à evasão escolar e, principal-mente, não medir esforços na educação de crianças e adolescentes. O prefeito finalizou, e apelou aos pre-sentes que debatessem os problemas do município, pois, os debates são funda-mentais para a construção do Plano de Ação, documento capaz de melhorar a vida de crianças e adolescentes de Ararendá.

Os adolescentes Kássia Muniz e Daniel dos Santos e as crianças Laiane Soares e Felipe Landim, conduziram o Decreto GPM Nº 16.09.0-01/2010, que dispõe sobre a nomeação de 16 adolescen-tes, até a mesa, para assinatu-ra do prefeito José Adriano. O decreto tem como objetivo unir e fortalecer os segmen-tos sociais na garantia de seus direitos. Encerrado o primeiro momento, deram-se início os trabalhos de grupos que foram conduzidos de forma satisfatória, tendo sido alcançado os objetivos do fórum “O mundo todo vai ver Ararendá com bons olhos!”

Fim de semana assinalado pelo sábado, dia 18, foi bastante movimentado em Nova Russas, para as famílias com crianças de três meses a um ano de idade. Neste sábado, ocorreu no mu-nicípio o “Dia D” da campanha de vacinação contra pneumonia e meningite, bem contra outras doenças. As crianças recebam as vacinadas em todos os postos de saúde do município. A co-ordenadora da Atenção Básica, Neiviane Tavares, considerou a campanha como um sucesso e ressaltou a importância das fa-mílias estarem atentas a todas as

campanhas de vacinação, para evitar futuras doenças em seus filhos. Neiviane Tavares tam-bém aproveitou a oportunidade para agradecer o empenho dos profissionais da área da saúde na realização dessa campanha e fez um alerta às famílias: “é importante que os pais fiquem atentos para todas as campanhas de vacinação, pois, a vacina de hoje é sinônimo de saúde ama-nhã.” Neiviane esclareceu que, oportunamente, será divulgado o calendário de vacinação para crianças de um a dois anos.

É no município onde cada criança e adolescente nasce, cresce e se desenvolve. O município é o local onde me-ninos e meninas vivem com suas famílias e, portando, onde podem acontecer mu-danças concretas para melho-rar sua situação de vida. Com este objetivo, o município de Ararendá realizou no último dia 15/09, no Auditório da secretária de Educação, o encontro CIDADANIA DOS ADOLESCENTES,

onde foi apresentada a me-todologia do Selo UNICEF Edição 2009-2012 e a im-portância da existência do Núcleo de Mobilização que será mais um segmento para o fortalecimento na garantia de seus direitos. O evento contou com a participação de mais de 60 crianças e adoles-centes e foi coordenado pela presidente do CMDC Márcia Militão e pelo articulador José Felício.

Prefeito José Adriano ladeado pelo adolescente Daniel dos Santos e pela ex-prefeita Tânia Mourão

Prefeito Marcos Alberto abre audiência pública em defesa da criança e do adolescente

Passagem molhada em Pitombeiras, inaugurada pelo prefeito Marcos Alberto

Campanha de vacinação ocorrida dia 18

COMUNICADO SEMACE

CONSTRUTORA MÃE RAINHA LTDA.Torna público que requereu à Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE - a Licença Prévia para Instalação de um loteamento denominado PLANALTO RESIDENCE, localizado à Rua Gustavo Barroso S/N - Bairro Castelo, no município de Crateús/CE. Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas ”Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.”

REMÉDIOSMais de 20 mil caixas de

remédio de uso controlado no Brasil foram apreendidas pela Polícia Federal em operação conjunta com a Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os medicamentos estavam sendo vendidos de forma clandestina ou sem re-gistro da Anvisa, em Ouricuri, Serra Talhada e Salgueiro, no

sertão de Pernambuco, e em Penaforte, no Ceará. Quinze pessoas envolvidas no esque-ma foram presas. A carga era contrabandeada do Paraguai e entrava no Brasil pela foz do Rio Iguaçu. De acordo com a Anvisa, foi a maior apreensão de medicamentos de uso con-trolado do País nos últimos três anos.

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Cidade

“O que aconteceu com a Erenice é que ela jogou fora uma chance extraordinária de ser uma grande funcionária pública deste País.”

“Como se pode exigir que lei explícita de expressa requisição constitucional só entre em vigor em tal data? O cumprimento da probidade pode esperar?”

“Não tenho pretensão de resolver situação eleitoral em lugar algum. Agora, tenho a pretensão de fazer campanha, de ajudar aqueles que são meus parceiros”.

“Estou sabendo que tem gente nervosa do outro lado. Aqui, não, não tem ninguém tremendo. Do outro lado tem gente que vai até perder os dedos”.

Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente

Carlos Ayres BrittoMinistro do STF, sobre a necessidade de apli-cação da norma da Lei da Ficha Limpa

Dilma RousseffCandidata do PT a presidente

Após ocupar por quatro meses uma cadeira na Câmara Municipal, por força de uma licença do vereador Adria-no das Flores, o suplente de vereador Índio Rena-to (PCdoB) despediu-se da Casa, na última quinta-feira, 23, sob elogios de todos os seus pares, por conta de sua atuação naquele poder. Cada um dos vereadores presentes à sessão dirigiu-lhe palavras de carinho e aceitação.

O presidente do Legislati-vo, vereador Márcio Caval-cante, fez votos para que o suplente, no próximo plei-to eleitoral, voltasse àquela Casa, na condição de titular do mandato. O presidente lembrou a prestigiada posse de Índio Renato, que se deu em sessão solene do Poder

na aldeia indígena de Crate-ús, como forma de respeito à etnia e às raízes indígenas. Márcio Cavalcante encami-nhou à Câmara um pedido de concessão de título de ci-dadania crateuense à genitora de Índio Renato.

Índio Renato deixa a Câmara

Prefeito Carlos Felipe Saraiva Bezerra entrou para o rol dos cinqüentões, sexta-feira

última, dia 20, quando grande parte da população de Crateús homenageou-o comparecendo à Catedral do Senhor do Bonfim, para assistir a uma missa solene que a família mandou celebrar em ação de graças pela efeméride. O ato religioso foi celebrado pelo bispo diocesano de Crateús, Dom Jacinto Brito.

Empresário Agostinho Morais comemorou idade nova, dia 15, no meio familiar, ao lado da esposa Maria

Antônia e dos filhos Diagostiny e Amanda, que também passou pelo calendário, dia 20. Cidadão exemplar, Agostinho se destaca no desporto local.

Casal Carlos Felipe e Luciene Rolim conduzem ao altar o cálice e a âmbula

Suplente de vereador (PC doB) Índio Renato

“Peço equilíbrio e prudência a esses que caluniam Dilma, movidos pelo desespero, pelo preconceito contra a mulher e também contra mim”.Luiz Inácio Lula da Silva – Presidente

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CidadeArtigo Leonardo Boff

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Séculos de guerras, de con-frontos, de lutas entre povos e de conflitos de classe nos estão deixando uma amarga lição. Esse método primário e reducionista não nos fez mais humanos, nem nos aproxi-mou mais uns dos outros e muito menos nos trouxe a tão ansiada paz. Vivemos em permanente estado de sítio e cheios de medo. Alcançamos um patamar histórico, que, nas palavras da Carta da Terra, “nos conclama a um novo começo”. Isto requer uma pedagogia, fundada numa nova consciência e numa visão includente dos problemas econômicos so-ciais, culturais e espirituais que nos desafiam.

Esta nova consciência, fruto da mundialização, das ciências da Terra e da vida e também da ecologia nos está mostrando um cami-nho a seguir: entender que todas as coisas são interde-pendentes e que mesmo as oposições não estão fora de um todo dinâmico e aberto. Por isso, não cabe separar, mas compor, incluir ao invés de excluir, reconhecer, sim, as diferenças, mas também buscar as convergências e no lugar do ganha-perde, buscar o ganha-ganha.

Tal perspectiva holística vem influenciando os pro-cessos educativos. Temos um mestre inolvidável, Paulo Freire, que nos ensinou a dia-lética da inclusão e a colocar a “e” onde antes púnhamos o “ou”. Devemos aprender a dizer “sim” a tudo aquilo que nos faz crescer no pequeno e no grande.

Frei Clodovis Boff acumu-lou muita experiência traba-lhando com os pobres no Acre e no Rio de Janeiro. Na esteira de Paulo Freire entre-

gou-nos um livrinho que se tornou um clássico: “Como trabalhar com o povo”. E agora face aos desafios da nova situação do mundo, elaborou um pequeno decá-logo daquilo que poderia ser uma pedagogia renovada. Vale a pena transcrevê-lo e considerá-lo, pois nos pode ajudar e muito.

1. ”Sim ao processo de conscientização, ao despertar da consciência crítica e ao uso a razão analítica (cabeça). Mas sim também à razão sen-sível (coração) onde se en-raízam os valores e de onde se alimentam o imaginário e todas as utopias.

2. Sim ao “sujeito coletivo” ou social, ao “nós” criador de história (“ninguém liberta ninguém , nos libertamos juntos”). Mas também sim à subjetividade de cada um, ao “eu biográfico” ao “sujeito individual” com suas refe-rências e sonhos.

3. Sim à “práxis política”, transformadora das estru-turas e geradora de novas relações sociais, de um novo “sistema”. Mas sim também à prática cultural (simbólica, artística e religiosa), “transfi-guradora” do mundo e cria-dora de novos sentidos, ou simplesmente, de um novo “mundo vital”.

4. Sim à ação “macro” ou societária (em particular à “ação revolucionária”), aque-la que age sobre as estruturas. Mas sim também à ação “micro”, local e comunitá-ria (“revolução molecular”) como base e ponto de partida do processo estrutural.

5. Sim à articulação das forças sociais sob a forma de “estruturas unificadoras” e centralizadas. Mas sim também à articulação em “rede”, na qual por uma ação

descentralizada, cada nó se torna centro de criação, de iniciativas e intervenções.

6. Sim à “crítica” dos me-canismos de opressão, à denúncia das injustiças e ao “trabalho negativo”. Mas sim também às propostas “alter-nativas”, às ações positivas que instauram o “novo” e anunciam um futuro dife-rente.

7. Sim ao “projeto históri-co”, ao “programa político” concreto que aponta para uma “nova sociedade”. Mas sim também às “utopias”, aos sonhos da “fantasia cria-dora”, à busca de uma vida diferente, em fim, de “um mundo novo”.

8. Sim à “luta”, ao trabalho, ao esforço para progredir, sim à seriedade do engaja-mento. Mas sim também à “gratuidade” assim como se manifesta no jogo, no tempo livre, ou simplesmente, na

alegria de viver.9. Sim ao ideal de ser “ci-

dadão”, de ser “militante” e “lutador”, sim a quem se entrega, cheio de entusias-mo e coragem, à causa da humanização do mundo. Mas também sim à figura do “animador”, do “companhei-ro”, ”do amigo”, em palavras pobres, sim a quem é rico de humanidade, de liberdade e de amor.

10. Sim a uma concepção “analítica” e científica da so-ciedade e de suas estruturas econômicas e políticas. Mas sim também à visão “sistêmi-ca” e “holística” da realidade, vista como totalidade viva, integrada dialeticamente em suas varias dimensões: pes-soal, de gênero, social, eco-lógica, planetária, cósmica e transcendente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em um evento oficial em Juiz de Fora (MG) que poderá voltar a estudar depois de deixar a Presidência da República. Mas aventou também a possibili-dade de dar aulas sobre como governar o país.

Em discurso durante inau-guração no campus da UFJF (Universidade Federal de Juiz

de Fora), Lula disse: “Adoraria ter um curso superior. Quem sabe agora, depois de [ser] presidente, eu possa “tirar” um curso ou dar aula para en-sinar algumas pessoas [sobre] como governar este país”.

Em nenhum instante da sua da sua fala de 21 minutos ele mencionou o escândalo que envolvem a Receita Federal e a Casa Civil da Presidência.

Lula deixou a universidade sem dar entrevistas. Quem falou pelo governo foi o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

Padilha disse que o governo quer “a apuração até o final” do caso de tráfico de influên-cia que derrubou a ministra Erenice Guerra da Casa Civil. (das agencias)

A pedagogia e o mundo mudado

Lula admite voltar a estudar

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10 Crateús - terça-feira, 28 de setembro de 2010Página

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CidadeA crença de que as terras

de pé-de-serra de Queimadas, no município de Crateús, um dia serviram para refúgio de negros escravizados e se tor-naram quilombo, é a mesma de acreditarmos na existência de ninhos de avião nas nu-vens. Citar supostos fatos ou historietas de escravos ocor-ridos naquela região, e fazer crer na existência de tal santa chamada “Felícia”, é como que procurar chifre em cabeça de cavalo. Querer distorcer os fatos para mudar o curso da História equivale a remar contra a maré. O território de Queimadas jamais foi tido como quilombo, pois sua con-figuração geográfica nunca se prestaria para esconderijo de negros fujões, nem suas ter-ras foram trabalhadas com a utilização de mão-de-obra escrava. Isto não é apenas uma afirmação nossa. A História não registra escravidão na en-tão Vila de Piranhas, Príncipe Imperial ou Crateús, nem em suas circunvizinhanças nos Estados do Ceará e do Piauí.

A História merece respeito. Ela não pode ser olvidada e substituída por fatos inverídi-cos para referendar ONGs pi-caretas surgidas a pretexto de defender direitos de minorias, especialmente as chamadas raciais. Tem gente inventando índio e quilombola por todo canto, abocanhando grandes extensões de terras em nome deles. Não é meia dúzia de ratos de sindicato nem um laudo fajuto produzido por uma antropóloga de aluguel, encomendado pelo INCRA, para escamotear a verdade e inventar um quilombo em Crateús, que prevalecerão so-bre a História, para que 8,5 mil hectares de terras, pertencen-tes a mais de cem famílias pro-prietárias, sejam injustamente tomados à força e distribuídos entre falsos “quilombolas” em Queimadas.

QUESTIONAMENTOOs municípios mais pró-

ximos a Crateús, onde ficou registrada a escravidão foram Pedra Branca, Tauá, Arneiroz, Santa Quitéria e Sobral, dis-tanciados de Queimadas entre 160 km e 270 km. De qual ma-neira teriam fugido os negros desses municípios e como vieram aqui aportar, se eles

não tinham qualquer rumo nem conhecimento prévio da então inóspita região de Quei-madas? E, se Queimadas era uma planície, por que então não fundaram um quilombo na Serra da Ibiapaba, nos Tu-cuns, de clima ameno, de boa água e de difícil acesso e onde estariam mais seguros?

PROCESSO ABOLUCIONISTA

O calendário da abolição dos escravos no Ceará data do ano de 1883 e, segundo o Barão de Studart, maior de nossos historiadores, a Vila de São João do Príncipe (Tauá) aboliu seus escravos a 25 de abril daquele ano. Pedra Branca libertou seus negros a 08 de julho do mesmo ano. Santa Quitéria e Sobral liber-taram seus escravos no dia 02 de janeiro de 1884, havendo, na época, em Sobral, um total de 117 negros que foram al-forriados. No mesmo ano de 1884, a 25 de março, deu-se a abolição de todos os escravos do Ceará, sendo Arneiroz, Jar-dim e Milagres os três últimos municípios a alforriarem seus negros.

A Vila de Acarape, hoje Redenção, foi o primeiro município brasileiro a abolir a escravidão e o fez a 1º de janeiro de 1883, antecipando-se em cinco anos à abolição da escravatura em todo o território nacional, com a assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel, a 13 de maio de 1888. Na Vila de Acarape, hoje, Redenção, havia extensas glebas de terra para o cultivo da cana de açúcar. Lá, já exis-tiu até uma usina de açúcar. Próximo a Redenção, a Serra de Baturité dispunha, como até hoje dispõe, de imensas glebas também apropriadas ao cultivo da cana de açúcar e de café. Esses dois municípios concentraram grande quanti-dade de negros cativos, mas, curiosamente, em Redenção, Baturité, Guaramiranga, Pa-coti, Palmácia, Mulungu, Ara-tuba, Maranguape, Pacatuba, Guaiúba, Acarape, Aracoiaba, e municípios que compõem o Maciço de Baturité, em nenhum deles há história de formação de quilombos. Em todo o Ceará, não há qual-quer registro de formação de Quilombos, mas, os ratos de

sindicato, as ONGs picaretas e o INCRA descobriram que o filão estava aqui em Crateús, nas Queimadas, onde querem abocanhar 8,5 mil hectares de terras pertencentes a mais de uma centena de famílias, mesmo que isto possa resul-tar num rio de sangue e fogo naquela localidade.

CONTESTAÇÃO E CALENDÁRIO DE LIBERTAÇÃO

Tudo o que contestamos sobre a existência de um qui-lombo em Queimadas, tem origem na obra histórica “Da-tas e Fatos para a História do Ceará” – Tomo II – do Barão de Studart, publicada em 1896. Está escrito:20 de maio (1883) – Extinção da escravidão nos municípios de Maranguape e Messeja-na, despendendo-se neste a quantia de 2:140$000 rs. com a libertação de 24 escravos e naquele a de 2:500$000 rs. Com a de 25.23 de maio – Extinção da escravidão no município de Aquiraz, despendendo-se 3:740$000 com a libertação de 60 escravos.3 de junho – Extinção da escravidão no município de Soure (Caucaia), despenden-do-se 2:960$000 réis com a libertação de 53 escravos.8 de julho – Extinção da escra-vidão no município de Pedra Branca.27 de setembro – Extinção da escravidão no município de Pereiro, com 164 cartas de liberdade.29 de setembro – Extinção da escravidão no município da Viçosa.4 de outubro – Redenção da Vila de Canindé sendo liber-tados todos os escravos do município.11 de outubro – Extinção da escravidão do município de S. Pedro de Ibiapina.22 de outubro – Extinção da escravidão do município de Várzea Alegre.8 de dezembro – Extinção da escravidão do município de Pentecoste.27 de dezembro – Extinção da escravidão do município de São Matheus.31 de dezembro – Extinção da escravidão dos municípios de Trairi, Jaguaribe - mirim e Brejo Seco.

2 de janeiro (1884) Extinção da escravidão do município de Santa Quitéria.2 de janeiro – Extinção da escravidão do município de Sobral. Desde 19 de dezembro do ano anterior achava-se a cidade livre de escravos com a alforria dos existentes em n.º de 117.2 de janeiro – Extinção da escravidão nos municípios de Aracati, e União.8 de janeiro – Extinção da escravidão nos municípios de Lavras e Cachoeira.18 de janeiro – Extinção da escravidão nos municípios de Acaraú e São Bernardo das Russas.20 de março – Extinção da escravidão no município de Missão Velha.25 de março – Essa notável data comemora a total extin-ção dos escravos na província do Ceará.

COMENTÁRIOAo todo, apenas 25 mu-

nicípios do Ceará, inclusive Fortaleza, se serviram da mão-de-obra escrava. Sobre Crateús, a História não faz qualquer referência e não re-gistra a presença do elemento servil no município. Note-se que, até julho de 1880, as ter-ras que formavam a então Vila Príncipe Imperial pertenciam ao Estado do Piauí, permuta-das que foram pelas terras que hoje formam o município de Luiz Correia naquele Estado. À época da escravidão, o município ainda estava se or-ganizando e seu nome anterior era Marvão, e compreendia as terras da freguesia de Pelo Sinal (Independência e Novo Oriente).

Mas, a região de Queima-das, onde existem centenárias propriedades rurais e não exis-tiram escravos, os senhores das terras são considerados intrusos pelo INCRA. Aque-

las terras, imaginem, estão passando por um processo de “DESENTRUSÃO” por parte daquele organismo.

RASTROS DA ESCRAVIDÃO

Rastros da escravidão no Ceará podem ser encontrados, ainda frescos, na Serra de Baturité, onde, imponentes, se mostram os casarões de senhores de escravos, do Sé-culo XIX, um deles no Sítio Bagaço, hoje, de propriedade da família de Edson Queiroz. No Sítio Álvaro, de Tasso Jereissati, no Sítio Labirinto e outros mais. Quem se habilita a inventar um quilombo nessas belas e ociosas propriedades?

EM CRATEÚSMichele Gomes, filha e su-

cessora do falecido sindicalista Nenen Lourenço, que partiu sem ter a noção do incêndio que ajudou a preparar para os conterrâneos habitantes de Queimadas, ao ser entrevista-da por uma repórter corres-pondente do Diário do Nor-deste, edição de 16/9/2010, sem possuir a noção do que estaria falando, declarou: “É este o nosso sonho, ter as ‘nos-sas’ terras ‘resgatadas’ para nela plantarmos e vivermos. Queremos somente os ‘nossos direitos’ e iremos em frente até conseguir a titulação das terras que eram dos nossos descen-dentes”. “É um direito deles (‘os proprietários intrusos’) se defenderem, mas a antropólo-ga veio, conheceu, pesquisou e viu que aqui existiu a mão-de-obra escrava”. Michele Gomes não distingue ascendente de descendente, mas acredita piamente que a antropóloga produziu um laudo verdadeiro encomendado pelo INCRA; que a santa Felícia merece um altar e a devoção de todos; que é bisneta de escravos; que são verdadeiras as histórias con-

tadas pelos seus avós sobre os escravos de Queimadas. Só não sabe, porque também não sabemos nós, nem sabem os nonagenários de Crateús, o nome de apenas um senhor de escravo deste município e de uma única propriedade que tenha servido de eito para os cativos nele trabalharem. Ela não sabe. Nós também não sabemos, porque nunca existi-ram. Porém, que importa saber ou não saber, se ela acredita na verdade que lhe foi passada e, igual ao seu pai, se declarou quilombola com todos os seus “direitos” legalizados? Mas, a antropóloga esqueceu-se de pesquisar a história ainda viva e contida em notas do 1º Car-tório, cuja existência é anterior ao município de Crateús. É lá onde se encontra a verdade que desmarcara a farsa qui-lombola que veio se instalar em Crateús.

UMA NOVIDADEA última novidade inventada

nessa área é a criação de uma tarifa social para dar energia elétrica de graça a índios e quilombolas. Ela se soma aos descontos de até 60% já dados a 18,5 milhões de famílias de baixa renda. É o racismo iluminado, pelo qual, índio e negro não vão mais pagar a conta de luz. Podem gastar até 50 quilowats por mês, na base da gratuidade. Se passar disso, pagam a diferença com um grande desconto. Tudo está bem regulado numa re-cente resolução da Agência Nacional de Energia Elétri-ca. Para obter o benefício, basta o sujeito se declarar afro-descendente – a maneira charmosa de chamar o negro. Por aí pode-se avaliar o tama-nho da fatura, que, como não existe almoço grátis, vai para o cidadão, que trabalha e paga os impostos mais escorchantes do mundo, pagar.

“A única coisa que aprenderam a fazer foi vender o que não era deles, o bem público desse País”.Presidente LulaMais uma vez provocando os tucanos

Quilombo ou ninho de avião?QUEIMADAS

ALZHEIMER.No Dia Mundial de Com-

bate ao Alzheimer, a asso-ciação internacional sobre a doença estima que o número de pessoas com algum tipo de demência ou Alzheimer no mundo deve praticamente

dobrar em 20 anos. Atual-mente, há 35,6 milhões de pacientes do tipo no mundo. Em 2030, devem ser 65,7 mi-lhões, e em 2050, a previsão é de 115,4 milhões de pacien-tes. A associação, com sede na Inglaterra, alerta que os

custos com a doença devem consumir 1% do Produto In-terno Bruto (PIB) global de 2010, equivalente a US$ 604 bilhões. Depois dos 65 anos de idade, a chance de alguém desenvolver a doença duplica a cada cinco anos.

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CidadeO Escritório regional do

SEBRAE de Crateús, atende aos municípios de Crateús, Ararendá, Catunda, Indepen-dência, Ipaporanga, Monse-nhor Tabosa, Nova Russas, Novo Oriente, Poranga, Santa Quitéria e Tamboril, e uma população estimada de 285 mil habitantes (CEARÁ, 2009 ), com o desenvolvimento de projetos nos setores de Apicultura, Artesanato, Co-mércio, Indústria, Serviço, Ovinocaprinocultura, Bovi-nocultura Leiteira.

FENECRATNo ano de 1989, o SEBRAE

buscava uma ação impactante que pudesse promover e pros-pectar o mercado para micro e pequenos empreendedores da região. Dessa forma, pro-moveu, nas dependências do Clube Caça e Pesca, a primeira feira multi-setorial da região de Crateús, inserindo em um mesmo espaço, vários seg-mentos econômicos ativos da pequena indústria, comércio e do setor de alimentos. Nascia assim a FENECRAT – Feira de Negócios da Região de Crateús.

A partir da segunda edição, a FENECRAT despontou como a maior feira de negó-cios da região Centro-Oeste do Estado do Ceará, onde cada vez mais se tornava alia-da de pequenos empresários, fosse no lançamento de um novo produto ou serviço, na divulgação da sua marca ou na expansão de suas vendas. No decorrer dos anos, a FENE-CRAT passou a fazer parte dos eventos permanentes de

Crateús.Percebendo a dimensão

crescente do evento, o SE-BRAE, pensando um novo modelo de apresentação e execução da Feira, estreitou suas relações com o Poder Público Municipal e o Esta-dual, e com iniciativa privada, estabelecendo uma parceria saudável que pudesse atender as necessidades das empresas do setor formal ou informal.

Desde a primeira edição, o Escritório Regional do Sebrae de Crateús encarou, com muita responsabilidade e de-terminação, o compromisso junto a sociedade de trazer as melhores ferramentas de gestão e oportunidades para o fortalecimento das micro e pequenas empresas. E, no ano de 2010, propõe-se a realizar a maior edição da FENE-CRAT, buscando aliar inova-ções ao resgate da cultura e das potencialidades de uma das regiões mais importantes para o desenvolvimento do Estado do Ceará.

JustificativaA economia do sertão de

Crateús é historicamente uma economia agrícola de subsis-tência, incapaz de aumentar por si só o PIB regional, dessa forma cria-se uma interdepen-dência de investimentos entre essa agricultura, a indústria e o comércio local.

O processo de desenvolvi-mento econômico depende do investimento público e privado que se refletem no aumento do capital humano caracterizado pelas taxas de educação e saúde média da

população; capacidade de ino-vação e empreendedorismo.

O Escritório Regional do SEBRAE de Crateús consi-dera que essa inovação e em-preendedorismo acontecem a partir do crédito, educação permanente, bem como ao acesso a novos mercados. Dessa forma o SEBRAE propõe-se a realizar a XXIII FENECRAT (Feira de Ne-gócios da Região de Crateús) onde a população dessa re-gião poderá ter contato com um resgate da cultura local, perceber quais os produtos e serviços disponíveis em sua localidade, possibilitando uma maior valorização dessa população aos negócios lo-cais criando uma identidade regional que bem trabalhada resultará na atração de inves-timentos, geração de emprego e renda, consequentemente gerando um desenvolvimento local e sustentável.

ObjetivoCriar um ambiente de opor-

tunidades que possa propor-cionar a realização, de forma profissional, de negócios efetivos e duradouros, con-tribuindo para o crescimento sustentável dos empreende-dores e futuros empreende-dores da região de Crateús.

Sebrae elabora XXIII FenacratPoder da mídia

A mídia agora já começa a discutir a nossa política, se vai fazer ajuste, se não vai; se vai estatizar, se não vai; se vai fazer concessão ou não vai. E começa a discutir se o PT está sendo desprestigiado ou não. Aquilo que nós temos

de maior qualidade, que é o Lula, eles querem apresentar como negativo, porque o Lula é maior do que o PT. Eles é que não têm ninguém maior que o partido deles. Ainda bem que nós temos o Lula, que é duas vezes maior do que o PT. Mas temos que

transformar o PT em um partido nacional. O PT teve 17% de voto, em 2002/2006, para a Câmara, que calcula a força de um partido em todo o mundo. (José Dirceu – ex-presidente da Casa Civil)

Salário mínimoVi e ouvi o candidato José

Serra, com a cara mais lisa do mundo, dizendo ter estudos que comprovam a possibi-lidade de o salário mínimo passar, ano que entra, de R$

538 para R$ 600. Por que ele não disse isso a seu chefe, Fernando Henrique Cardoso, para quem a majoração do salário mínimo do equiva-lente a 70 dólares para 100 importaria na falência do

País, da menor prefeitura do Brasil a todas as pequenas empresas? Veio o Lula e, na maciota, majorou o salário para 538 reais. (Lustosa da Costa – Jornalista)

SigiloPergunte a alguém do povo

se sabe o que foi a violação do sigilo fiscal da filha de José Serra, fato ocorrido há um ano, que o então governador de S. Paulo menosprezou, em entrevista ao SBT. Quando viu que era conveniente para

que não se falasse nos negó-cios da filha, ressuscitou o tema, em forma de denún-cia. A televisão, todos os dias, gastava o noticiário da noite sobre a tal quebra de sigilo sem dizer ao público que ele ocorrera há um ano e não havia surpreendido o

então governador de S. Paulo. Como ninguém sabe o que é isto, a não ser minoria que paga Imposto de Renda, a popularidade de Dilma con-tinuou crescendo e a de Serra caindo. Sobe apenas no teor de rejeição popular. (Lustosa da Costa – Jornalista)

CompensaO deputado Paulo Maluf

meteu a mão em alguns milhões de dólares no su-perfaturamento de obras em São Paulo. Foi denunciado à Justiça em 2002. Pois agora o Supremo Tribunal Federal,

dentro da lei, decidiu arquivar o processo e ele fica livre e não vai devolver nenhum tostão. Motivo: a própria Justiça deixou o processo nas gavetas desde 2002, até a prescrição. E o fato de ter mais de 70 anos – idade em

que o sujeito já devia ter ver-gonha na cara – ajudou a ga-rantir a impunidade do depu-tado mais votado do Brasil. E tem gente acreditando que o crime não compensa. (Rangel Cavalcante – Jornalista)

CheiroEsse negócio de o Contran

exigir modelos de cadeirinhas para o transporte de crianças em veículos está cheirando à famosa obrigatoriedade do uso de estojos de primeiros

socorros em todos os veícu-los do País; à mudança dos extintores de incêndio e à tentativa frustrada de impor cintos de segurança em to-dos os ônibus urbanos do País; à famosa imposição da

inspeção veicular em oficinas privadas e à nova imposição do ponto eletrônico nas empresas privadas. Tudo obrigatório. E caro. (Rangel Cavalcante – Jornalista)

A sucessão nas páginas policiais

Há um esforço em levar a sucessão presidencial para as páginas policiais. Todavia, como já ficou demonstra-do, o panorama da disputa sucessória presidencial não

sofreu influência do escân-dalo armado em torno da quebra do sigilo fiscal da filha do candidato de opo-sição José Serra, Verônica Serra. O corregedor-geral da Receita Federal, Antônio Carlos Costa D’Ávila, leu

um comunicado informando que, entre os dias 1º de agos-to e 8 de dezembro de 2009, a servidora Adeílda Leão dos Santos, de Mauá (SP), quebrou o sigilo fiscal de 2.949 contribuintes. (Tarcísio Holanda – Jornalista)

EstiloSerra que, no segundo

governo de FHC, mandou para São Luis do Maranhão mais de cem policiais fede-rais para flagrar a entrega de contribuição financeira para a campanha de Roseana Sar-ney, até um dia desses, pagava

a jornalistas para acusarem Aécio Neves de drogado e espancador de namorada, até obrigá-lo a não se candi-datar a presidente. Agora, ele subsidia a cloaca do jornalis-mo brasileiro para ejacular imundícies contra a honradez conhecida de Cid e Ciro

Gomes. Se a velha imprensa golpista está toda com ele, a blogosfera denuncia os bons negócios de sua filha, seu genro e um primo de sua inti-midade. Belíssimos negócios os deste clã tucano. (Lustosa da Costa – Jornalista)

Falta controleO caso Erenice Guerra

comprova, mais uma vez, o quanto é complicada essa relação entre Estado e a iniciativa privada, em nos-so País, pela frouxidão dos controles. É inacreditável que um funcionário de primeiro

escalão, como um minis-tro, deixe de apresentar sua declaração de bens, como exige a legislação e não exista um órgão com poder para exigir o cumprimento da lei, sob pena de punição. Outra norma imprescindível é a de que todo dirigente submetido

a uma grave acusação deve deixar automaticamente o cargo, até a apuração ser concluída. Trata-se de uma regra saudável para a demo-cracia. Será que dessa vez não aprenderão? (Valdemar Meneses – Jornalista)

TucanopatiaO tucano parece ter vo-

cação para virar espécie ex-tinta. Está no auge de uma campanha eleitoral e de seu candidato põe nos jornais a informação de que José Serra poderá ser candidato a pre-feito de São Paulo em 2012. Avisam que entregaram os pontos. Algo como um time que pede para ser dispensado de jogar o segundo tempo.

Se isso fosse pouco, o pró-prio candidato informou pu-blicamente que, no dia 25 de

janeiro passado, comunicou a Nosso Guia que decidira disputar a Presidência da Re-pública. As primeiras notícias de que Serra informara ao PSDB a sua disposição de ser candidato só apareceram uma semana depois, sempre encapuzadas. À choldra, oito dias depois de sua conversa com Lula, ele dizia o seguinte: “Eu nunca afastei a possibi-lidade de vir a ser candidato, coisa que declarei há mais tempo. Existe a possibilidade de eu ser candidato? Existe

sim. Ela não foi afastada”. Nesses dias, Tasso Jereissati e Jarbas Vasconcelos faziam exortações públicas para que ele anunciasse claramente a candidatura. Mal sabiam que Nosso Guia estava melhor informado que eles. Tirando partido disso, acusava Serra de inaugurar maquetes. Serra reciclou a dúvida de Gar-rincha. Combinou tudo, só com os russos. (Elio Gaspari – Jornalista)

FEIRA DE NEGÓCIOS

Ataque de Lula à imprensa provoca reações

A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reagiram aos ataques feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à imprensa, em Campinas (SP).

Em nota, a ANJ disse ser “preocupante” que o presi-dente manifeste desconhe-cimento em relação ao papel da imprensa em sociedades democráticas.

“O papel da imprensa, convém recordar, é o de levar à sociedade toda informação, opinião e crítica que contri-bua para as opções infor-madas dos cidadãos, mesmo aquelas que desagradem os governantes“, declarou a associação na nota.

“Ele (Lula) jamais criticou o trabalho jornalístico quan-do as informações tinham implicações negativas para seus opositores“, ressaltou a ANJ.

O presidente da OAB,

Ophir Cavalcante, também criticou o teor do discurso de Lula. “Esse é um país onde a imprensa é livre. Denúncias sempre existiram, hoje e an-tes, quando o presidente esta-va na oposição”, afirmou.

No sábado, em atividade em prol das candidaturas do petista e de Dilma Rousseff, que concorre à Presidência da República, Lula disse, em comício em Campinas (SP), que alguns veículos de comunicação agem como “partidos políticos”. “Nós não vamos derrotar apenas os nossos adversários tucanos. Nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se com-portam como partido político e não tem coragem de dizer que têm partidos políticos“, disse Lula, em discurso in-flamado.

DEFESAO candidato do PT ao Go-

verno de São Paulo, senador

Aloizio Mercadante, saiu em defesa do discurso feito na véspera pelo presidente Lula, em comício em Campinas.

“Acho que quem está bai-xando o nível da campanha são os tucanos (o PSDB) e, lamentavelmente, parte da imprensa está participando disso”, afirmou Mercadante, à reportagem.

Em tom mais moderado que o do presidente, Mer-cadante evitou ataques à imprensa, mas saiu em defesa de Lula e do partido.

“As agressões não têm vindo das campanhas do PT. Sempre estive atrás nas pesquisas e nunca tive reação que não fosse propositiva”, afirmou o candidato petista.

Mercadante visitou um centro espírita e, depois foi a uma igreja católica. (da Folhapress).

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12 Crateús - terça-feira, 28 de setembro de 2010Página

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Cidade Área 1213 - 8802 5067 OU 190

Área 1212 - 8802 5066 OU 190Área 1211 - 8802 3535 OU 190

Artigo Jose Maria Bonfim de MoraisCardiologista

Era uma madrugada dis-tante. Longínqua. Eu deixava minha querida Crateús. No meu alforje, levava alguns molambos esquecidos e mui-ta saudade. As luzes pálidas da cidade contrastavam com a clareza das estrelas e com a imensidão da lua que cami-nhava com o trem que me levava. Partia eu para outro universo. Extremamente desconhecido. Ao meu lado, minha mãe rezava. Como os ovos eclodidos da Carolina do Norte e as minúsculas tartarugas digladiavam com a areia para irem-se a enfrentar a imensidão do mar, eu tam-bém enfrentava meu mar de incerteza, de dúvida e imen-sas interrogações. Chegamos a Fortaleza, as estrelas já brilhavam, e a lua se portava como a amante bela e inse-parável. Brilhava em um tom meloso. No outro dia partí-amos para Recife. O ônibus era da Expresso de Luxo. No

fim da tarde chegávamos a Cajazeiras-PB. Alojamo-nos no Colégio Padre Rolim. Jantamos na casa do padre José Rolim Rodrigues. No seminário de Carpina co-nheci o valioso padre Rolim. Meu professor, meu grande amigo. Português impecável. Inglês límpido. Orador sacro invejável. Latinista primoro-so. Profundo conhecedor da Bíblia. Elegante joga-dor de Futebol. Hoje, mora em Recife. Lúcido. Amável. Querido. Adorável. Sempre que vou ao Recife, eu não somente o visito, mas o venero. Em Crateús, temos também Rolim. E são per-feitos. Somente cito o grande cardiologista Abdias Rolim. Grande médico. Grande pes-soa humana. De caráter into-cável. Dobra-se à perfeição. A morte de Sinval Rolim fez ressurgir estas madrugadas de saudades. Fez renascer estas lembranças fincadas

no meu peito. Não aceito alguém ir sem um adeus. Um sorriso calmo. Um adeus de leve. Uma cerimônia doce. Um planar suave. Um rosto amável de que vem anoitecer. Sinval não parecia o homem da guerra. Sinval era a pilastra da Paz. O arqueiro, cujas lan-ças eram flechas de amor. Os nobres Rolim que eu conheci da Paraíba tão distante conti-nuam a brilhar. Levo em mim a anatomia da Esperança. A certeza de que os Rolim são as certezas do mundo. A doçura da saudade. A certeza de ser feliz. Os Rolim são a paz. E na última manhã de domingo queria que Sinval falasse, senta a pua da paz. Em cada manhã do IDEAL ele vinha tão belo e tão sor-riso, nos cumprimentava nos dias de domingo. No dia da saudade. No dia em que a nave não pousa mais.

Aos 91 anos de idade, faleceu em Crateús, dia 23 último, Firmo Geraldo de Alen-car (Mestre Fir-mo), natural de Campos Sales-CE, mas foi em Crate-ús que ocorreu o desenrolar de sua existência. Firmo

Alencar, um dos primeiros proprietários de caminhão de nossa cidade, foi pioneiro ao se estabelecer com uma moderna retífica de mo-

tores, no final da década de 1940. Inteligente e habilidoso, sobressaiu-se como mecânico, eletricista e também como agropecuarista.

Foi casado em primeiras núpcias com Tere-zinha Gomes de Alencar (falecida), com quem teve os filhos Aglair Alencar Setúbal e Antô-nio Geraldo Alencar (falecido). Em segundas núpcias casou-se com Maria Hortência Gomes de Alencar, que deixa viúva, e de cuja união nasceram os filhos Francisco Amaro, Firmo Geraldo, Terezinha, Byron, Wellington e Hor-têncio. De sua prole nasceram-lhe seis netos e um bisneto. Mestre Firmo deixou muitos amigos em Crateús, sua terra por adoção, que o acompanharam à sua última morada.

Os Rolim

Nota de Falecimento

Estamos assistindo a uma verdadeira temporada de cor-te de árvores em Crateús, que nos parece mais com brinca-deira de mau gosto. Assisti-mos também a uma época em que as árvores parecem mais incomodar do que mesmo serem úteis. Estamos, há anos, denunciando a devastação de árvores urbanas em nossa cidade, uma das que possuem clima dos mais quentes do Estado, mas não conseguimos ainda sensibilizar as pessoas e muito menos o poder público. Nesta cidade, cai por terra a célebre trilogia atribuída à satisfação do homem: ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore que, doravante, troca de sentido, para matar uma árvore.

Quem percorre a cidade, vive a se deparar com árvo-res abatidas sob qualquer pretexto e, o mais das vezes, sem pretexto algum, o que é inconcebível. As árvores pa-recem incomodar ao produzir sombra, uma sombra que, de princípio, não vai beneficiar

direta e exclusivamente a resi-dência ou o prédio comercial onde a mesma se encontra vicejando. É quando o dono do imóvel se vê impedido de estacionar seu carro ou moto na sombra produzida pela árvore, já ocupada por outra pessoa. Aí, cresce sua revolta e ele diz: na frente de minha casa, se ela não serve pra mim, para abrigar meu carro, não servirá pra ninguém; e corta a árvore pelo tronco. Outros repetem o gesto porque a ár-vores encobre a placa de seu estabelecimento. Há exem-plos os mais diversos.

Recentemente, ao acaso, detectamos uma residên-cia na Rua Auto Aragão, onde três árvores da espécie sempre-verde foram abatidas, aparentemente, para clarear a calçada, para não dar abri-go aos passarinhos ou para não produzir sombra a ser utilizada por outras pessoas. Um prédio comercial, na Rua Moreira da Rocha, onde há grande incidência de sol no período da tarde, também,

sem qualquer motivo, abateu outro sempre-verde. Na Rua Cel. Lúcio, uma árvore de ou-tra espécie, após experimentar seguidas podas radicais, não resistiu à última que lhe foi imposta: não resistiu e mur-chou até morrer.

Mais uma vez, chamamos a atenção da recém-criada Secretaria do Meio Ambiente, para que vá ao rádio com uma campanha de conservação das árvores e de plantio de outras. Não podemos tolerar a prática cruel desses crimes contra o meio ambiente. As pessoas precisam saber que nossas árvores são plantadas no leito das ruas, para além das calçadas, e nenhum dono de estabelecimento pode se arvorar a ser dono dessas ár-vores que, depois de plantadas e tornadas adultas, produzin-do sombra, elas pertencem à cidade. Antes de tudo, elas amenizam o clima e evitam a entrada do sol em nossas casas.

Corte de árvores parece brincadeira de mau gosto

MEIO AMBIENTE

Três árvores abatidas em frente à mesma residência, na rua Auto Aragão

Árvore abatida na rua Moreira da Rocha, no Centro de Crateús.

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13Crateús - terça-feira, 28 de setembro de 2010 Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Cidade“Repararam que não faz comício, só passeata? (...) Acho que ele não tem coragem de juntar gente em uma praça”.Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente, sobre José Serra

A saúde da população vem sendo um dos fatores priori-tários na atual gestão muni-cipal. A Secretaria de Saúde informa que o Hospital de Referência São Lucas (HRSL) tem passado por inúmeras mudanças em benefício de seus usuários. Mesmo assim, precisa ainda de várias inter-venções. Como exemplo, foi introduzido o parto humani-zado que, além de capacitar profissionais para o acompa-nhamento da parturiente na hora do parto cria também um ambiente agradável para o acolhimento, integra os acompanhantes para levar tranqüilidade à gestante.

O HRSL adquiriu, para melhoria do atendimento à parturiente berços em acríli-co para os recém-nascidos, incubadoras, mesas auxiliares, mesas ginecológicas, balança digital, cadeiras de rodas, aparelho laringoscópico, es-preguiçadeiras hospitalares, cadeiras para acompanhan-tes, nova roupagem para os pacientes, cama exclusiva para auxílio às gestantes no momento da preparação e ou-tros equipamentos de suma importância.

O projeto do Parto Hu-manizado tem contribuído, sobremodo, para com as mães, fazendo com que elas se sintam respeitadas no am-biente hospitalar.

TRAUMATOLOGIAO município de Crateús,

atualmente, é o que mais realiza cirurgias traumatoló-gicas em todo o interior do

Estado, a exceção de Sobral. Nos últimos oito meses foram realizadas mais de 600 cirur-gias do tipo, e por esse mo-tivo, a população está sendo informada que se encontra em fase de conclusão a Sala de Cirurgia Traumatológica no HRSL, que contará com proteção radiológica tanto no piso quanto nas paredes.

ASSINADA ORDEM DE SERVIÇO DO AÇUDE XAVIER

O Governo Municipal de Crateús, através da Secretaria de Infra-Estrutura, assinou a Ordem de Serviço para a construção do açude do Assentamento Xavier, na localidade do mesmo nome, cujos trabalhos já se encon-tram em andamento. O lan-çamento da obra ocorreu no dia 11 do corrente, na vila do assentamento, e contou com a presença do prefeito Carlos Felipe, que se fez acompa-nhado de membros de seu

secretariado, de vereadores e lideranças políticas. O evento contou com a participação de presidentes de associações co-munitárias e com expressiva presença da população local.

O benefício dará relevante contribuição às pessoas que vivem na comunidade do Assentamento Xavier e for-talecerá o abastecimento de água aos produtores daquela região. O açude é uma reivin-dicação da comunidade há mais de uma década. A obra orçada em R$ 290 mil é fruto de uma parceira da Prefeitura de Crateús com o Ministério do Desenvolvimento Agrá-rio, por meio do INCRA. O açude terá capacidade de 350.000m3 de água, e, quando pronto, terá como objetivo principal, reforçar o forneci-mento de água de 50 famílias assentadas, além de ajudar na realização de projetos produtivos, como: irrigação, piscicultura e plantação de culturas de vazante.

HRSL humaniza parto e recebe novos equipamentos

Bêrço em acrílico faz parte do novo equipamento do Hospital São Lucas

A agência do Banco do Nordeste, de Crateús (CE), está realizando sistematica-mente as “Agências Itineran-tes” criadas para facilitar a liberação de recursos do pro-grama de crédito AgroAMI-GO. As Agências Itinerantes são eventos promovidos com o objetivo de evitar o des-locamento dos clientes dos municípios de Novo Oriente, Independência e Ipaporan-ga até a cidade de Crateús. Dessa forma, os clientes do programa AgroAMIGO são atendidos em seus próprios municípios, uma vez que tanto o processo de cadastro, como a contratação e a libera-ção de recursos são realizados pelos colaboradores do Banco

do Nordeste no município onde residem os clientes. Até as prestações são quitadas através de boletos entregues aos beneficiários no ato da contratação dos financiamen-tos. O grande benefício desses eventos, além da economia de tempo e redução de gastos é a segurança para os agricul-tores, uma vez que não pre-cisam conduzir dinheiro em espécie, pois o processo de liberação é realizado através de cheques administrativos. Segundo o coordenador lo-cal do AgroAMIGO, Noel Teixeira, o programa permite aos micro empreendedores rurais (agricultores familia-res enquadrados no Grupo B do PRONAF) o acesso

aos financiamentos de até R$ 2.000,00, com juros de 0,5% a.a. e bônus (desconto) de 25% sobre o valor das parcelas. Além disso, agricul-tores familiares beneficiados pelo programa têm o acom-panhamento e a assessoria de técnicos agrícolas com capacitação específica para o microcrédito rural orientado. “A agência de Crateús, através do Programa AgroAMIGO, já realizou financiamentos que beneficiaram 5.572 fa-mílias de micro empreende-dores rurais, com liberação total de R$ 6.881.688,77”, destaca Francisco Frota, Ge-rente de Negócios do PRO-NAF da agência do BNB, Crateús(CE).

“A Vara Única de Execu-ções Criminais virou o câncer do Fórum”. A declaração do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – secção do Ceará, Valdetário Andrade Monteiro, expressa o caos exposto por ele, em entrevista coletiva.

O presidente reuniu a Im-prensa para declarar que a OAB está apresentando à Corregedoria Geral de Justiça do Estado e ao Conselho Na-cional de Justiça um pedido de realização de correição na Vara Única de Execuções Criminais e Corregedoria de presídios da Comarca de Fortaleza. “A Vara tem 10 mil processos acumulados para apenas um magistrado e um número bas-tante reduzido de servidores no atendimento ao público”.

O acúmulo de processos

na VEC é um problema anti-go. “Ocorre há, pelo menos, cinco anos, mas que piorou muito com o aumento da criminalidade e com o proce-dimento de virtualização dos processos, que saem da Vara e demoram de cinco a seis dias para retornar. Desta maneira, os advogados têm encontrado dificuldades para ter acesso aos autos e, pior, estão ocorrendo atrasos na expedição de alvarás de solturas, o que resulta numa revolta da população carcerá-ria”, destaca.

De acordo com o presidente da OAB, o órgão disponibiliza um serviço de tele-atendimen-to através do Centro de Apoio e Defesa do Advogado.

“Temos recebido muitas re-clamações“, relata o advogado José Navarro, coordenador do Centro. Segundo Monteiro, na

última semana, familiares de presos telefonaram em grande número para reclamar da situ-ação. “Por último, recebemos ligações até de dentro dos presídios. Como os alvarás não estão saindo no tempo certo, os presos estão começando a se revoltar e o sistema carcerá-rio está virando uma panela de pressão. Em algumas ligações, eles ameaçaram fazer rebelião se a situação continuar como está”.

A OAB propõe a imediata lotação de mais dois juízes na Vara de Execuções, mais servidores para atendimento público e o retorno, em 24 horas, dos processos após virtualização.

O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará ainda não se manifestou sobre o fato.

Brasília. O ministro Ale-xandre Padilha (Relações Institucionais) disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou do ministro da Justiça, Luiz Paulo Bar-reto, agilidade na apuração e qualquer denúncia contra pessoas que integram o go-verno.

“O governo quer saber exatamente a verdade, quer trazer para a população bra-sileira a verdade dos fatos que aconteceram, por isso o presidente tem reiterado o ministro da Justiça e á

CGU [Controladoria Geral da União] a agilizar todo processo de apuração“, disse Padilha, que participou da reunião de coordenação do governo, com Lula e minis-tros, em Brasília.

De acordo com Padilha, o governo vai exigir daqueles que denunciam, as provas das irregularidades que atribuem a funcionários do governo. Se confirmadas as denúncias nas investigações, disse o ministro, os envolvidos serão “frontalmente punidos.”

ATENÇÃO Padilha disse ainda que

qualquer denúncia recebe a mesma atenção do governo, inclusive aquelas que partem de pessoas que têm “antece-dentes criminais”, referência ao consultor Rubnei Quícoli, que acusa o filho da ex-minis-tra Erenice Guerra, Israel, de cobrar propina para viabilizar negócios no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimen-to Econômico Social).

Quícole tem duas conde-nações e chegou a passar dez meses na prisão.

BNB promove “agências itinerantes”

Caos na Vara de Execuções: um juiz para 10 mil processos

Padastro e mãe presos por tortura

Lula quer agilidade em investigações

AGROAMIGO

QUEIMADURAS A mãe e o padrasto de

uma menina de 8 anos foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por terem espancado a criança e colocado um ovo quente nas mãos dela. Segundo a promotoria, a queimadura pode provocar deformidade permanente nas mãos da garota.

Segundo o órgão, a tortura

aconteceu em 21 de julho na casa da família, em Niterói. De acordo com a denúncia, a garota pegou R$ 2,60 da car-teira do padrasto e sofreu os maus-tratos com punição.

“Os autores do delito, de forma fria e cruel, causaram intenso sofrimento físico à vítima, sob a roupagem de a estarem educando”, diz a acusação. Conforme informa-ções da Promotoria, a mãe da

menina cozinhou o ovo usado na tortura e não fez nada para impedir os maus-tratos.

Depoimentos de familiares confirmam que mãe e padras-to costumavam agredir a me-nina para educá-la. A criança procurou ajuda da polícia no dia seguinte ao crime. A mãe e o padrasto estão presos tem-porariamente por 30 dias.

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14 Crateús - terça-feira, 28 de setembro de 2010Página

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Cultura

Hermenegildo, urgente! Sarcástico e irreverente, irô-nico, mordaz e inteligente fazendo um mô pra vocês. A atriz global Carolina Die-ckmann declarou: “Casei e emagreci”. Aí eu não entendo. Toda mulher que se casa, dá pra engordar logo nos primei-ros meses, mas Carolina não deu pra engordar e preferiu contrariar a lei da Natureza – emagreceu. E agora vai virar moda a mulher casar dar para emagrecer.

E o blogueiro Cagazuma apaixonou-se pelos olhos azuis do Galegão, pela altura e o tamanho do pé do Marcão. Sacomé, né? Ele acha que pé grande, tudo acompanha. Feito vivandeira da guerra do Paraguai, não larga o pé do senador e do Marcão. A emo-ção tomou conta do Caveirão do blog, e ele tá ao lado deles, todo dia e a toda hora, em car-reatas e comícios, na Capital e no Sertão, filmando e fotogra-fando o baixinho e o grandão. Quanta emoção em segurar o pau da bandeira dos dois! Ui! Cruzes!!! Que loucura, se eu pudesse colocar os olhinhos azuis do galeguim no Marcão!! Oh!!! Belisca-me, e me diz se estou vivo! Vou desmaiar! Acuda eu! Tô me sentindo grávido! Nossa... que sufoco incontrolável! Bate aqui o meu retrato do ladinho deles

pra eu curtir com minhas cadelinhas. Olha como eu tô arrepiado, Maravilha!

HERMENEGILDO.COM ( Atendimento a internautas)

Meu caro Hermenegildo. Sou anônimo sem nome e sem endereço e não vou dizer quem eu sou. Mas quero que o senhor me informe sobre o caso de uma mala e de um cofre roubado e arrombado, e de uns trabalhos odontológi-cos, et cetera e tal, de um tal blogueiro Zé de Zuma Zales, somentemente a título de informação.

Meu caro anônimo e amigo sem nome e sem endereço. Pra começar, este indivíduo a que se refere, nasceu do cruzamento da Pomba Gira com o lobisomem Tranca Rua, numa sexta-feira, 13 de agosto. Seus pais, vendo o monstrengo que viera ao mundo resolveram chamá-lo Francisco das Chagas e entre-garam o rebento à proteção do Santo. O menino cresceu e aprendeu a andar de costas até que o costume virasse vício. Daí o vício pegou nele e acompanhou a vida dele até ele se transformar na boneca do Pio XII, generosa com todos os meninos na cama de mata-pasto. Tendo envergo-nhado a família, o pai mandou que se empregasse no Banco do Brasil, mas não deu certo.

Foi pra outro banco, o BNH e também não deu certo. Aí foi mandado pra ser dentista, mas na profissão continuou dando pra trás e aleijando a boca dos clientes com serviço de implante. Teve o caso de um cidadão que ele tratou e deixou o homem com o beiço de baixo descaído pra baixo, com um implante entramela-do, deixando o coitado sem poder mastigar, fumar, beber água com canudinho, sem poder assoprar ou beijar sua mulher e filhos. Deixou de lado a profissão e fundou um blog só pra esculhambar e fazer mal às pessoas de Cra-teús e da região, e encheu-se de processos aqui e na Capi-tal. Em Fortaleza, depois de haver passado por três pro-gramas policiais de televisão, foi consagrado com o troféu “Mala dos Inhamuns” pelo deputado Ely Aguiar. Em Crateús, arrombou o cofre de uma tia que morreu atropela-da em Fortaleza. Seqüestrou o cofre da casa onde ela morava há 50 anos, com uma amiga, e arrombou o cofre contendo um tesouro com valiosíssimas peças e objetos em ouro e brilhante, calculadas em dois quilos, que a tia juntou ao lon-go de seus 85 anos de idade. O crime foi completado no quintal da casa de um primo no bairro São Vicente. O con-teúdo do cofre e os segredos da morta foram violados, e o testamento que estava no cofre ele enfiou no da famí-

lia, tendo o salafrário ficado com a maior parte do butim, usurpando uma herança que era pra ser inventariada e de-cidida judicialmente a quem iria pertencer. Mesmo assim, se diz portador de uma ones-tidade sem limite da própria falsidade. Eis, aí, em súmula, meu caro amigo anônimo sem nome, um perfil 3 X 4 do co-nhecido Mala dos Inhamuns, o verdadeiro mala mascarado. E viva a pilantragem!!!!

E, Por último, o filósofo da ribeira do Curtume, vul-go professor Tim, aquele que correu nu pelas ruas de Nova Russas, à procura de uma freira, também caiu de paixão pelo atrabiliário blo-gueiro, a quem chama de o Belo e de meu cuscuz com leite. Os dois, mutuamente, se concluem e se admiram, se completam e se amam com eternas juras, o que vem dando motivos às ciumeiras do teórico do PT de Novo Oriente, o advogado doutor Airtinho Cor de Rosa.

Bem me ensinava meu pro-fessor de latim clássico (a lín-gua morta): Nil habet infelix paupertas, durius in se quam quod ridículos homines facit. A pobreza nada tem de mais duro, que tornar homens ridículos. Com licença. O ministro quer falar-me...

Ademã que vou em frente. Os cães latem, mas a caravana passa.

Relembrar antigos aconteci-mentos vividos em Crateús é uma das minhas paixões. Nes-ta época de política, volto no tempo e afirmo que cada elei-ção tem a sua história. Quem, antes, era adversário,com o passar do tempo, vira aliado e vice-versa.

Concorreram ao cargo de prefeito, na campanha de 1976, Maria Lionete de Oli-veira Camerino, Manoel Her-mínio Veras, José Marques de Alcântara (José Maria Pedrei-ro) e Raimundo Bezerra de Melo. Os candidatos a vice eram: Manoel Melo Caval-cante, Juarez Jucá de Queiroz, Edmilson Rodrigues Coelho e Raimundo Torquato da Cos-ta. Lionete foi eleita e ficou consagrada como a única mulher que administrou esta cidade. Governou até 1982, ano em que concorreram Leandro Martins de Souza, Raimundo Nonato Torres de Melo, José Fernandes da Silva, José Marques de Alcântara, e o PT, pela primeira, vez lançou um candidato, Ma-noel Balbino. Os candidatos a vice prefeito foram: Sérgio Andrade Morais, José Leite de Sabóia, Fernando Antonio

Aguiar, José Vagno Mota e Mariana Ferreira, residente em Simeão.

Leandro Martins ganhou a eleição, porém não exerceu todo o mandato. Faleceu em dezembro de 1987, ocasião em que Sérgio Andrade Mo-rais assumiu o cargo e gover-nou até 1988, ano de outra disputa, entre José Almir Claudino Sales, Raimundo So-ares Resende Filho, Ana Lúcia Ferreira e Edmilson Rodri-gues Coelho. Candidataram-se a vice-prefeitos Francisco José Bezerra (Dr. Nenzé), Raimundo Nonato Torres de Melo, Francisco Gonçalves de Oliveira e Antonio Soares Cavalcante. José Almir, candi-dato lançado pelo governador Tasso Jereissati, ganhou a eleição e governou até 1992, ano da campanha em que se candidataram Francisco José Bezerra e Marcelo Ferreira Machado, tendo como vice Antonio Bezerra Veras e Ivan Monte Claudino. Dr. Nenzé venceu a eleição com 246 vo-tos de maioria. Pela diferença, conclui-se como foi acirrada a disputa.

Muitos eleitores, ainda hoje, questionam sobre a seriedade

daquela apuração. Outros di-zem que isto é coisa de quem perde. Naquele tempo não existia ainda a urna eletrônica e as cédulas eleitorais eram contadas manualmente. A apuração aconteceu no clube Caça e Pesca, e terminou na noite do último dia de apu-ração. Após a divulgação do resultado o PFL entrou com uma contestação, pedindo a recontagem dos votos. A esperança de que os votos seriam recontados demorou meses e o Superior Tribunal Eleitora negou o pedido. Se houvesse acontecido a recontagem, hoje ninguém questionaria.

Nenzé, eleito, governou Crateús até 1996, ano do cha-mado “acordão”, quando se candidataram Paulo Nazareno Soares Rosa, José Marques de Alcântara e Maria Socorro Sa-les Bezerra. Os candidatos a vice foram: Raimundo Soares Rezende Filho, João Batista Aguiar Albuquerque e Fran-cisco Gonçalves de Oliveira. Paulo Nazareno ganhou a eleição e, em 2000, se ree-legeu, disputando com José Almir Claudino Sales e José Vagno Mota. Os candidatos

a vice foram: Raimundo Soa-res Rezende Filho, Francisco José Bezerra e João Frederico Aguiar. Novamente Paulo Nazareno foi vitorioso, como reconhecimento do povo pela brilhante administração que realizou. Ele governou Crateús até 2004, ano de nova disputa, desta feita entre os candidatos José Almir Clau-dino Sales e Carlos Felipe Sa-raiva Bezerra. Os candidatos a vice foram Luiz Benevides Sales e José Maria Pedreiro. José Almir foi eleito e gover-nou até 2008, ano de nova disputa. Os candidatos foram Carlos Felipe Saraiva Bezer-ra, Jesuíno Coelho Sampaio (Nenen Coelho) e Alexandre Maia. Os candidatos a vice foram Antonio Mauro Soares, José Humberto Bezerra Lima e João Elias de França. Carlos Felipe venceu esta eleição com uma margem de 10.851 votos, diferença, nunca vista por aqui.

Estas linhas escritas são lembranças de nossa política, de filhos desta terra, interessa-dos no seu progresso e desen-volvimento, que trabalharam e registraram seus nomes na história de Crateús.

Retrospectiva de eleições municipais

“Eu daria tudo que pu-desse” pra ter de volta uma feira de sábado em Crateús, só pra ver, do lado de fora do mercado, tropas de jumento e burro chegando com os garajaus, surrões e caixões de madeira cheios da produção do campo. Pra ver os benja-mins de seu Leandro Veras e de Enoque Soares (barbeiro) apinhados de animais amar-rados. Pra ver os cabras do sertão bebericando nas bo-degas do mercado; pra ouvir a gritaria dos açougueiros e a zoada dos facões cortando osso no mercado da carne. Pra ver a banca de frutas do seu Genoíno Raposo, o Cí-cero Catrevagem vendendo tripa, mocotó e buchada; Pra ver o toucinho dos porcos do Chico Mereré e a carne de bode do Gerardo Banda Vermelha; pra ver Chico Piauí, João Lauriano, João Eva, Zé de Paula, Agileu, Venceslau, vendendo carne em seus açougues, e Nicarion

Sampaio vendendo toucinho salgado e banha de porco. Do lado descoberto, queria ver o Linhares Coxo, com o pé no tamanco, vendendo farinha, os vendedores de ra-padura da Serra Grande e ver o Antônio Penha vendendo solado de pneu e borracha de câmara de ar. E, nos alpen-dres, eu queria ver de novo as cafezeiras e cozinheiras: Isabel Venâncio, Regina, Ze-finha, Délia e tantas outras. Queria ver também o sanfo-neiro Coqueiro tocando na loja de João Coleta e Pedro Farias (Casa da Bandeira Encarnada). Queria ver as raparigas do Alto cheirando a Royal Briar e procurando freguês na feira. Por fim, queria ver o caminhão de Orlando Magalhães, descar-regando surrões de rapadura MR, de banana e de laranja e de coisas da Serra. No pára-choque do Fargo a inscrição “Tarzan da Tabatana”.

Zé Fontenele, que saiu daqui e foi morar no Crato, e lá esteve bem de vida, trabalhando com a extração de óleo de pequi e com a exploração de pescado de seu açude, certa feita, foi conhecer a Zona Franca de Manaus. Foi ao Juazeiro e to-mou um avião pra Fortaleza e, de lá, outro até Manaus no Amazonas. Levou com ele a mulher que tinha o desejo de conhecer a floresta e os rios do Amazonas. Hospedaram-se num bom hotel, fizeram muitas compras e passearam muito.

Na véspera de seu regresso, Zé Fontenele e sua mulher foram jantar num restaurante que servia comidas típicas. Sentaram-se à mesa e foram atendidos por um garçom que lhes trouxe o cardápio. Ao sair procurando um prato típico, lá estava: HIPOGLÓS R$ 30,00, acompanha pirão, etc... Chamou o garçom e disse-lhe: rapaz, na minha terra, Hipoglós é uma poma-da muito usada em assadura de criança, e aqui, o que é? É pacu assado, respondeu-lhe o garçom.

Coisas que o tempo levou

Hipoglós no cardápio

Flávio Machado

FlashdoPassado - César Vale

AfrouxandooRiso - César Vale

Crateús de Ontem

Saudade! Olhar de minha mãe rezando,E o pranto lento deslizando em fio...Saudade! Amor da minha terra... o rio...Cantigas de águas claras soluçando.

Noites de junho... O caboré com frio,Ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando...E, ao vento, as folhas lívidas cantandoA saudade imortal de um sol de estio.

Saudade! Asa de dor do pensamento!Gemidos vãos de canaviais ao vento...As mortalhas de névoa sobre a serra...

Saudade! O Parnaíba – velho mongeAs barbas brancas alongando... E, ao longe,O mugido dos bois de minha terra...

SaudadeDa Costa e Silva

CantinhodaPoesia

Dr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

Dr Bruno Cavalcanti MartinsPRÓTESE E CLÍNICA GERAL - CRO-CE: 4875

Dr Breno Cavalcanti MartinsCIRURGIÃO DENTISTA - CRO-CE: 6028

Drª Lia Barroso Brandão AragãoPERIODONTIA - CRO-CE: 4874

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 495 - Centro - Fone: (88) 3691.8050NOVO ORIENTE: Rua Cazuza Rocha, 56 - Centro - Fone: (88) 3629.1477E-mail: [email protected]

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15Crateús - terça-feira, 28 de setembro de 2010 Página

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GeralComunicando

A nova praçaNão dá para acreditar que

o conjunto das duas novas praças recém-inauguradas não tenha sido concluído em sua totalidade, por omissão da administração pública. Jamais um prefeito iria dei-xar atrasar propositalmente o cronograma de obra tão importante para a cidade. A responsabilidade cabe direta-mente à construtora que ven-ceu a licitação, e que, desde o início da obra, não vem se empenhando na sua conclu-são, haja vista que a obra vem se arrastando desde quando começou. Isto está mesmo é cheirando a uma oposição velada ou, quando menos, a uma pirraça injustificável.

A nova praça (II)Claro que a população tem

de cobrar mesmo é do pre-feito, e este da construtora. A obrigação do gestor munici-pal é aplicar multa por atraso na entrega da construção. A primeira etapa da praça, praticamente, foi concluída na marra, tudo de afogadilho, para inauguração no Dia do Município, 06 de julho. De lá para cá, estabeleceu-se a embromação por parte da construtora e a obra cami-nha a passos de tartaruga. O remédio para este tipo de empresa que vence licitação e não entrega a obra no pra-zo, é barrar sua presença em outras obras municipais. É

preciso compreender que o canteiro de obras em frente ao Teatro está prejudicando a cidade.

A nova praça (III)A malha asfáltica implan-

tada nas duas praças está carecendo de um redutor de velocidade, antes que os aci-dentes comecem a acontecer. As motocicletas percorrem as pistas em alta velocidade, o que não se justifica. Se a Guarda Municipal colocar vi-gilância permanente no local, não apenas as motos, como de resto os automóveis, serão indubitavelmente flagrados em graves infrações. Há de haver uma conscientização de que as ruas não são pistas de corrida. Motoristas e mo-toqueiros estão entendendo que o asfalto hoje espalhado por inúmeras ruas da cida-de tem a finalidade dessas pistas. É preciso, por parte da Guarda Municipal, em conjunto com o Detran , que sejam feitas blitze educativas, sobremodo, abordando de-terminados motoqueiros que costumeiramente avançam sobre calçadas e ultrapassam veículos pela direita.

Poluição sonoraAs ruas centrais de Crateús

estão se transformando em verdadeiro caos, agora in-tensificado pela propaganda eleitoral. As pessoas não se entendem quando param pra

conversar, para fazer compra numa loja ou até mesmo para atender ao telefone fixo ou celular. Certas empresas que vendem eletrodomésticos, por sua vez, têm por costu-me manter uma guerra de som ao invés de anunciarem civilizadamente seus produ-tos sem que extrapolem o som permitido. Aliás, nem é permitido por lei este tipo de propaganda, mas, aqui, tudo pode.

VisualO visual da cidade já tão

prejudicado por faixas de propaganda comercial e por anúncios de festas, que per-manecem esticadas de um outro lado ao outro das ruas da cidade, por tempo indeterminado, também ex-perimenta a ocupação de calçadas onde vários tipos de comércio são praticados ao arrepio da lei. Há estabele-cimentos ocupando metade da calçada em frente; outros colocam serviços de som o dia inteiro na porta de seus estabelecimentos sem se incomodarem que têm vizi-nhos que não estão obriga-dos a curtir sons indesejáveis. Mantas de carne de carneiro secam expostas ao sol e à po-eira, em flagrante desrespeito à Vigilância Sanitária, afora outros tipos de mazelas ur-banas que infernizam a vida dos cidadãos.

“Como inventam coisa contra o Lula, como se eu dependesse deles para ter 80% de aprovação”Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente

Justiça do Ceará é líder nacional em congestionamento

O Poder Judiciário do Ce-ará chegou ao absurdo de ter 89,9% de congestionamento na segunda instância e 90% na primeira instância dos Juizados Especiais. A infor-mação consta no Relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), enviado à OAB/CE, em que coloca a Justiça cea-rense como líder no ranking nacional de congestionamen-to. Todos os documentos do “Panorama da Justiça Bra-sileira” estão disponíveis no site da Seccional Ceará (www.oabce.org.br/institucional/relatorios-2010-cnj).

Diante deste quadro preo-cupante, a OAB-CE, em ini-ciativa inédita, lança, ao longo deste mês de setembro, o grande movimento pela efe-tivação da Justiça Estadual, denominada “Justiça Já”. A advocacia cearense não pode conviver com a Justiça mais congestionada do Brasil.

O Fórum Clóvis Beviláqua será palco do ato de lança-mento do “Manifesto da Advocacia” com as propostas dos advogados e advogadas cearenses para a melhoria do serviço no Judiciário, e reivindicação de dotação or-çamentária para o aumento no número de servidores e magistrados.

Desde junho último, a OAB Ceará, juntamente com suas Sub-seccionais, vem pesqui-sando o funcionamento das Comarcas do Interior e da Capital. Os problemas vão desde a falta de funcionários e excesso de terceirização

até o absurdo de um único juiz responder por inúmeras Comarcas.

As informações recebidas serão compiladas e encami-nhadas ao Presidente do Tri-bunal de Justiça, ao Diretor do Fórum Clóvis Beviláqua e remetidas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No tocante a terceirização, sobremodo no Interior, será entregue documento a todos os candidatos ao Governo do Estado, com sugestões para ampliação do orçamento anual do Poder Judiciário, inclusive contratação de ser-vidores e magistrados.

Apoiamos a virtualização e depositamos nossas esperan-ças na nova tecnologia im-plementada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, mas os inúmeros problemas paralelos à virtualização exi-gem medidas urgentes.

Os problemas são antigos e contumazes e para termos “Justiça Já” exigimos:

- A criação imediata de um Plantão Civil na Capital, pois hoje só funciona no fim de semana;

- Implantação da “Semana da Sentença”. A exemplo da Semana da Conciliação precisamos ter, a cada dois meses, uma semana dedicada somente ao sentenciamento dos feitos;

- Acesso imediato pela ad-vocacia aos Autos, indepen-dente da virtualização;

- Criação de “Grupos de Trabalho” permanentes para

atender as Varas com maior número de processos para-dos;

- Mudanças imediatas da Vara de Execução Criminal, com atendimento urgente e preferencial aos advogados que hoje esperam horas no balcão da Vara;

- Criação de uma “Ouvi-doria do Fórum” com aten-dimento 24 horas;

- Efetividade dos Plantões Criminais;

- Fim do “Estado de Gre-ve” (não há greve declarada dos servidores em geral, no entanto, quase nada funciona, sobremodo no Interior do Estado)

- Presença imediata do CNJ (Conselho Nacional de Justi-ça) para apuração das implica-ções e responsabilidades pela letargia processual demons-trada pelo congestionamento atestado no Relatório Anual do próprio CNJ, (Judiciário cearense em primeiro lugar em congestionamento no Brasil);

- Lotação de magistrados e servidores nas Comarcas do Interior. Há cidades como Aracati, Quixadá, Crateús, Itapipoca e tantas outras que estão, há meses, sem juízes para despachos imediatos.

Contribua com nossa Cam-panha, utilizando os servi-ços da OAB-CE: Central de Acompanhamento dos Pra-zos Processuais e o Centro de Apoio e Defesa do Advogado e da Advocacia (CADAA).

“JUSTIÇA JÁ”

O LEGISLATIVO NO BRASILNo Brasil, bastariam dois Poderes: O Exe-

cutivo e o Judiciário. E como ficaria o Poder Legislativo para elaborar as leis e fiscalizar o Executivo? Este acabaria, é o poder podre. O novo poder seria formado por um exclusivo Conselho de Notáveis, renovado anualmente, constituído por homens de notório saber, com ilibada projeção ética e moral sobejamente comprovadas, com uma ajuda de custo para cobrir passagens, hospedagens e alimentação. Seria indicado por associações de classe e comunidades. A representação parlamentar no Brasil é um excelente negócio para enri-quecer milhares de pessoas. Como é que um parlamentar vai aplicar milhões de reais numa campanha se o somatório dos seus ganhos salariais no período do mandato não vai chegar nem na metade do investimento? No caso do Brasil atual esses milhões voltariam aos inves-tidores com polpudos dividendos, através de negociatas ... Um ótimo negócio com pouco

risco! Será que para se eleger um Senado com 81 membros só existam essas figurinhas tão manjadas? Fica a sugestão para melhorar esse tão espoliado Brasil.

José Batista Pinheiro Fortaleza – CE

SE A MODA PEGASó um jornalismo independente, lúcido e im-

parcial, como o praticado pela Adísia Sá, seria capaz de denunciar com igual peso os políticos inescrupulosos, os vigaristas da Igreja Romana e falsos líderes da Prosperidade Evangélica. Todos fundamentados na malandragem que envergonha o Evangelho de Cristo e denigre a imagem da verdadeira Igreja Cristã (Ezequiel 34:1-10).

Parabéns Adísia!

Armando Bispo da Cruz Fortaleza – CE

Cartas

Artigo Adísia Sájornalista

De toda esta cobertura jor-nalística sobre a ex-ministra Erenice Guerra, da Casa Civil da Presidência da República, um ponto me chama particu-lar atenção. Não se trata de ela ser denunciada e fazer parte do lobby montado pelo filho Israel dentro da Casa Civil, não: a coisa vai além.

Passo por cima das man-chetes que tentam envolver o presidente Lula e sua candida-ta Dilma no escândalo: minha

luneta está noutra direção. Não estranho a negligência e a irresponsabilidade da Comis-são de Ética da Presidência da República em não cobrar de Erenice – tão logo indicada para a casa Civil – documentos com informações sobre a sua evolução patrimonial e relação de parentes ocupando cargos públicos tampouco em não insistir no atendimento a duas notificações enviadas a então ministra no mesmo sentido. Não se trata disto. Tampou-co critico publicamente o servidor/conselheiro Fábio Coutinho em, ouvido pela im-prensa sobre a não cobrança de informações patrimoniais de Erenice, responder que “só se deu conta da falta cometida pela ex-ministra, após publica-ção das primeiras denúncias contra o seu filho.”

O que me chama a atenção é a história de Erenice, de famí-

lia proletária, filha de pedreiro, pobre, graduou-se em nível superior, galgou posições, chegou às culminâncias do poder e perdeu-se. “De que vale ganhar o mundo todo, se vier a perder a sua alma?” Ere-nice, arrastando ou levada por filhos e irmãos, se inebriou com o poder de onde é apeada sob apupos e cai nas teias da curiosidade pública e na malha fina da Imprensa.

Erenice perdeu-se e perdeu o que conquistou ao longo da vida. A ladeira da vida é difícil de subir, mas de descer basta um escorrego... Erenice vai comer o pão da amargura, da solidão: não mais mesu-ras, palmadinhas nas costas – “joga pedra na Geni”. Só Cauby lhe fará companhia: “Agora daria um milhão, para ser outra vez Conceição”.

Subir não é fácil

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A Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no Recanto das Águas, em Brasília, no último

dia 6, celebrou as bodas de Andréa Campelo e Marcelo Feitosa Campelo. Ela, filha de Sueli Capriata Vaccaro (in memoriam) e do advogado Estenio Campelo Bezerra; ele, filho de Emília Feitosa de Carvalho Campelo e do engenheiro agrônomo Gutemberg Mourão Campelo. A celebração religiosa foi dada como das mais faustosas do ano e reuniu a melhor sociedade de Brasília e muitos amigos do Ceará.

Foi levado à Pia Batismal, no último sá-bado 25, o infante Enzo Levi Melo Cor-reia, filho de Maria Monique Cruz Melo e Jheferson Adrianny Castelo Correia. São seus avós maternos Maria Lindalva Cruz Melo e José Airton Melo Cavalcan-te, e, paternos, Raimunda Costa e Gon-çalo Correia de Sousa. O pequeno Enzo Levi foi apadrinhado pelo empresário Guiovani Aguido Lembi e Kátia Melo Lembi. Ele, industrial do ramo de cal-çados, na cidade de Itapagé-CE, tendo passado antes por Crateús.

Estenio Campelo conduz a filha Andréa ao altar, para o sim a Marcelo Feitosa Campelo

Marcelo, Andréa e seu irmão Guilherme Campelo

Gutemberg e Emília, pais de Marcelo; Andréa e seu pai Estenio Campelo

Noivos Marcelo e Andréa ladeados por Ana Cristina e Estenio Campelo

Geovana e ministro José Coelho do STM Marizete e ministro do TCU Valmir Campelo

Enzo Levi com os padrinhos Kátia e Guiovani LembiKátia e Guiovani Lembi, Monique com o filho Enzo, celebrante, avós Lindalva e José Airton Melo Cavalcante

Telma Campelo e Ana Vale Andréa e Marcelo após o Sim

Estenio Campelo, Gutemberg Mourão Campelo, Valmir Campelo, Eliane Campelo, Vânia Bezerra e José Vanlor Bezerra

Ministro Gilmar Mendes, do STF, ladeado pela esposa Guiomar Feitosa e a filha Ketlin