Edição número 2507 - 29 de novembro de 2015

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DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 29 DE NOVEMBRO DE 2015 N 0 2507 R$ 4,00 tribunahoje.com EXEMPLAR DO ASSINANTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas Mínima 22º Máxima 27º TEMPO MARÉS FINANÇAS TRANSPLANTES MAIS DE 300 PESSOAS ESTÃO NA FILA À ESPERA POR UM ÓRGÃO EM ALAGOAS Alagoas tem hoje 313 pessoas na fila por um transplante de órgão, segundo a Central de Transplantes do Estado. Desse total,109 espe- ram por córneas, 200 por um novo rim e quatro por coração. Neste ano foram realizados 77 transplantes de córneas, 10 de rins e dois de cora- ção. Um dos problemas é a falta de doação de órgãos. PÁGINA 9 05:49 2.0m 11:54 0.4m 18:04 2.0m CONSUMIDORES INADIMPLENTES QUASE METADE NÃO SABE A RENDA DISPONÍVEL PARA O PRÓXIMO MÊS Pesquisa feita com consumidores inadimplentes nas capi- tais, revela que 47% deles sabem pouco ou nada sobre a renda disponível para o próximo mês e 53% não fazem ideia de que despesa cortar, segundo o SPC e CNDL. PÁGINA 14 INDEPENDENTE SANDRO LIMA CRISE ENERGÉTICA BANDEIRA VERMELHA SEGUE SENDO COBRADA NA CONTA DE LUZ EM DEZEMBRO PÁGINA 13 BRASILEIRÃO CONTRA O REBAIXAMENTO, VASCO VAI COM TUDO PARA CIMA DO SANTOS PÁGINA 15 BICENTENÁRIO DE MACEIÓ ESQUADRILHA DA FUMAÇA FARÁ APRESENTAÇÃO ESPECIAL NO DIA 5 PÁGINA 12 O JUDICIÁRIO ALAGOANO TEM PENDENTES MAIS DE MEIO MILHÃO DE PROCESSOS RELATI- VOS A DÉBITOS FISCAIS, DISSE O JUIZ MAURÍLIO FERRAZ, QUE COORDENOU, NA ÚLTIMA SE- MANA, O MUTIRÃO FISCAL PROMOVIDO PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PARA ELE, É UMA SITUA- ÇÃO CRÍTICA PARA A JUSTIÇA E OS ÓRGÃOS ARRECADADORES. PARA ENCONTRAR SAÍDAS, O CNJ TEM DEFENDIDO A REALIZAÇÃO DE MUTIRÕES, COMO O QUE FOI PROMOVIDO. PÁGINA 2 Alagoas tem mais de meio milhão de processos por débitos fiscais SANDRO LIMA Índio apicultor quer aumentar produção de mel Um grupo de 25 famílias de índios Wassu Cocal produz três toneladas de mel de abelha em oito meses, nas 480 colmeias de cinco apiários instalados na Mata Atlântica. Empreendedores, eles querem elevar a produção e, para isso, tentam identificar espécies na mata que floresçam no período da en- tressafra para cultivá-las para as abe- lhas e obter o produto agroecológico durante o ano todo. PÁGINAS 9 e 10 APÓS SEPARAÇÃO, CAROL CASTRO DIZ QUE ESTÁ AMADURECENDO A atriz Carol Castro, 31, separada do ator Raphael Sander desde junho, diz que encontrou no trabalho forças para se reerguer emocionalmente. “Estou bem sozinha, é importante este momen- to para amadurecer”, diz. Este ano, Carol rodou os longas “O Herdeiro” e “EAS – Esquadrão Antissequestro”. SUPLEMENTO POUPANÇA: 0,6303s% DÓLAR COMERCIAL R$ 3,84 R$ 3,84 DÓLAR PARALELO R$ 3,77 R$ 3,95 OURO: R$ 129,00 Empreendedorismo

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Page 1: Edição número 2507 - 29 de novembro de 2015

DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS

29 DE NOVEMBRO DE 2015 N0 2507

R$ 4,00 tribunahoje.com

EXEMPLAR DOASSINANTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

Mínima

22ºMáxima

27ºTEMPO MARÉS FINANÇAS

TRANSPLANTES

MAIS DE 300 PESSOAS ESTÃO NA FILA À ESPERA POR UM ÓRGÃO EM ALAGOAS

Alagoas tem hoje 313 pessoas na fila por um transplante de órgão, segundo a Central de Transplantes do Estado. Desse total,109 espe-

ram por córneas, 200 por um novo rim e quatro por coração. Neste ano foram realizados 77 transplantes de córneas, 10 de rins e dois de cora-

ção. Um dos problemas é a falta de doação de órgãos. PÁGINA 9

05:49 2.0m11:54 0.4m

18:04 2.0m

CONSUMIDORES INADIMPLENTES

QUASE METADE NÃO SABE A RENDA DISPONÍVEL PARA O PRÓXIMO MÊSPesquisa feita com consumidores inadimplentes nas capi-tais, revela que 47% deles sabem pouco ou nada sobre a

renda disponível para o próximo mês e 53% não fazem ideia de que despesa cortar, segundo o SPC e CNDL. PÁGINA 14

INDEPENDENTE

SANDRO LIMA

CRISE ENERGÉTICA

BANDEIRA VERMELHA SEGUE SENDO COBRADA NA

CONTA DE LUZ EM DEZEMBROPÁGINA 13

BRASILEIRÃO

CONTRA O REBAIXAMENTO, VASCO VAI COM TUDO

PARA CIMA DO SANTOSPÁGINA 15

BICENTENÁRIO DE MACEIÓ

ESQUADRILHA DA FUMAÇA FARÁ APRESENTAÇÃO

ESPECIAL NO DIA 5PÁGINA 12

O JUDICIÁRIO ALAGOANO TEM PENDENTES MAIS DE MEIO MILHÃO DE PROCESSOS RELATI-VOS A DÉBITOS FISCAIS, DISSE O JUIZ MAURÍLIO FERRAZ, QUE COORDENOU, NA ÚLTIMA SE-

MANA, O MUTIRÃO FISCAL PROMOVIDO PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PARA ELE, É UMA SITUA-ÇÃO CRÍTICA PARA A JUSTIÇA E OS ÓRGÃOS ARRECADADORES. PARA ENCONTRAR SAÍDAS, O CNJ TEM DEFENDIDO A REALIZAÇÃO DE MUTIRÕES, COMO O QUE FOI PROMOVIDO. PÁGINA 2

Alagoas tem mais de meio milhão de processospor débitos fiscais

SANDRO LIMA

Índio apicultor quer aumentar

produção de melUm grupo de 25 famílias de índios

Wassu Cocal produz três toneladas de mel de abelha em oito meses, nas 480 colmeias de cinco apiários instalados na Mata Atlântica. Empreendedores,

eles querem elevar a produção e, para isso, tentam identificar espécies na

mata que floresçam no período da en-tressafra para cultivá-las para as abe-lhas e obter o produto agroecológico

durante o ano todo. PÁGINAS 9 e 10

APÓS SEPARAÇÃO, CAROL CASTRO DIZ QUE ESTÁ AMADURECENDOA atriz Carol Castro, 31, separada do ator Raphael Sander desde junho, diz que encontrou no trabalho forças para se reerguer emocionalmente. “Estou bem sozinha, é importante este momen-to para amadurecer”, diz. Este ano, Carol rodou os longas “O Herdeiro” e “EAS – Esquadrão Antissequestro”. SUPLEMENTO

POUPANÇA: 0,6303s%

DÓLAR COMERCIALR$ 3,84 R$ 3,84

DÓLAR PARALELOR$ 3,77 R$ 3,95

OURO:R$ 129,00

Empreendedorismo

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PolíticaMACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015POLÍTICA2

Processos fiscais somam meio milhãoSomente em Maceió, mais de 120 mil processos relativos às dívidas dos contribuintes precisam ser sanados

SANDRO LIMA

Juiz Maurílio Ferraz comenta que a Justiça tem caminhado para descomplicar a vida do contribuinte

LUCIANA MARTINSREPÓRTER

O juiz Maurílio Ferraz coorde-nou há pouco

mais de uma semana um mutirão fiscal para conseguir ar-recadar as dívidas dos tributos devidos pelos contribuintes tanto ao estado quanto ao mu-nicípio de Maceió. Tit-ular da 15ª Vara Cível Municipal, o magis-trado conta que existe a necessidade de trazer a população para regu-larizar os seus impos-tos e o chamariz para esta iniciativa é justa-mente conceder descon-tos em juros e multas, além de proporcionar ao contribuinte que ele esteja a par de todas as informações sobre as condições que estão sendo oferecidas.

TRIBUNAINDEPENDENTE

Tribuna Independente - Durante quatro dias, contri-buintes que estão com pen-dências com o município e estado tiveram a oportu-nidade de renegociar seus débitos. Qual a avaliação feita deste trabalho conjun-to com o Poder Judiciário?

Maurílio Ferraz - O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) impôs ao Judiciário alagoano que era preciso dar impulso as execuções fiscais. Nós temos em Alagoas, hoje, 155 juízos com cerca de meio milhão de processos. Só em Maceió, na 15ª Vara e 19ª Vara, nós temos 120 mil processos. A decisão do Tribunal de Justiça é que nós precisamos sanear esse proces-so, julgar e arquivar e foi por isso que nasceu esse mutirão. A minha avaliação é positiva por-que houve uma integração per-feita das Fazendas, do Poder Judiciário e da imprensa que deu conhecimento a sociedade da vantagem desse mutirão. O município de Maceió e o Estado de Alagoas editaram leis espe-cificas para o mês de novembro com ênfase para o mutirão para proporcionar benefícios fiscais aos contribuintes. É externa-mente positivo porque nós fica-mos satisfeitos com a recepção

dos contribuintes que eles têm sim, o desejo de quitar suas obrigações com o Fisco.

Tribuna Independen-te – O volume de processos tem preocupado o Poder Judiciário? Qual o motivo principal motivo para que as Varas estejam cada vez mais repletas destas ações?

Maurílio Ferraz - A si-tuação econômica, a insatisfa-ção com os gestores e o salário modesto contribuem. É todo um contexto. Mas verificamos que a sociedade entendeu que ao conversar com um auditor, um procurador, um juiz e tirar suas dúvidas, ela está dispos-ta a resolver o seu problema e está satisfeita ou parcialmente satisfeita com a administração. Você vê quem além da crise, da questão financeira que estamos sofrendo, eles também fazem um esforço para cumprir com as suas obrigações. Eu sempre digo: todos nós vivemos em so-ciedade e estamos submetidos à regra e o Estado é que impõe as regras num ambiente públi-co e a gente já sabe como fun-ciona. Ainda que o contribuinte esteja insatisfeito por mil ra-zões, o tributo é uma questão de legalidade.

Tribuna Independente

- A realização do mutirão fiscal com tantos benefícios aos contribuintes que pa-gam com atraso, não pode ser um estímulo à inadim-plência?

Maurílio Ferraz - É uma oportunidade. Isso é algo que o Brasil faz, que as Fazendas precisam de vez em quando fa-zer um encontro de contas com a sociedade. Não é estimulo à inadimplência. Há sim um es-tímulo de aproximação com a sociedade e o Fisco. Vejo desta maneira. Nós verificamos du-rante o evento que as pessoas que nos procuraram, elas tira-ram muitas dúvidas, a exemplo dos tributos prescritos no Fisco.

Tribuna Independente - O descrédito junto ao poder público contribui para que a população deixe os impos-tos atrasarem?

Maurílio Ferraz - Às ve-zes os contribuintes ficam com desgosto da gestão por ques-tões políticas, de escândalos, insatisfeito com o prefeito e o governador, mas isso não afas-ta a responsabilidade de ele contribuir. Imposto não tem alternativa. E tem um deta-lhe: o imposto não deixa saída para o contribuinte, o melhor caminho é pagar à vista ou negociar o parcelamento sem juros. No momento de inflação de alta, o parcelamento tem que ser refletido porque os im-postos são vinculados à taxa Selic, que hoje está 14,25% ao mês, e é muito alto. A melhor alternativa, gostando ou não do imposto, é quitá-lo de pre-ferência à vista ou no parce-lamento curto para não pagar mais juros. O desafio das ges-tões brasileiras é chegar a um ponto de equilíbrio que você sinta que o tributo que estão lhe cobrando é justo.

Tribuna Independen-te - Encerrado os prazos de prorrogação de nego-ciação com os descontos, quais são os próximos pas-sos da Justiça?

Maurílio Ferraz - A par-tir de dezembro tanto a prefei-tura quanto o estado podem lançar nos cartórios de pro-testo este título, sendo mais uma dificuldade se tornando um problema para empresa e para o cidadão. E internamen-

te, lá no juízo da 15ª Vara, nós dedicamos o mês de dezembro a um mutirão interno para que a gente possa verificar quem são esses contribuin-tes que tem conta bancária para bloquear essas contas. Quem tiver dinheiro em con-ta bancária, infelizmente será bloqueado. Será retirado o dinheiro do tributo e depois desbloquear a conta. E o pas-so para 2016 será os leilões. O tribunal já contratou uma empresa especializada para a realização deles. Nós temos uma determinação do Poder Judiciário brasileiro que é sa-near as Varas e para isso nós temos que executar os tribu-tos. Eu, sinceramente torço, que jamais eu leve a leilão um bem por conta da falta de pa-gamento de tributo porque eu acho muito duro, mas não tem outro caminho. Ou eu faço, ou eu respondo a um processo porque há uma determinação.

Tribuna Independente - Um dos clamores do estado foi para que as usinas pro-curassem o mutirão e rene-gociassem seus débitos em mais de R$ 1 bilhão. Um saldo devedor deste porte não deve ser tratado pelo Poder Público com mais rigor justamente por ser metade do valor devido ao estado?

Maurílio Ferraz – Se esta-do e município querem receber o imposto, eles precisam procu-rar a justiça informando quem é o devedor e o valor da dívida. O que responde pelo tributo é o patrimônio. Se porventura o juiz manda pagar e o con-tribuinte não paga, o próximo passo é determinar a penhora de bens e para isso eles têm que estar desembaraçados (limpos) e se não estiver bem desemba-raçado não tem penhora. Con-clusão: não tem como o Poder Judiciário garantir a execução porque não encontrou o bem. Então parte para o bloqueio de contas, que pode não ter saldo em conta corrente e é outro problema e fica a dificuldade. O contribuinte não paga o tribu-to porque o judiciário não tem como garantir essa execução. O débito fica em aberto e não tem alternativa porque a lei não dá outros caminhos.

Nós verificamos durante o evento que as pessoas que nos procuraram tiraram muitas dúvidas, a exemplo dos tributos prescritos no Fisco

O município de Maceió e o Estado de Alagoas editaram leis especificas para o mês de novembro com ênfase para o mutirão para proporcionar benefícios fiscais aos contribuintesMAURÍLIO FERRAZJUIZ DA 15ª VARA CÍVEL

Às vezes os contribuintes ficam com desgosto da gestão por questões políticas, de escânda-los, insatisfeitos com o prefeito e o governador, mas isso não afasta a responsabilidade de ele contribuir

Eu, sinceramente torço, que jamais eu leve a leilão um bem por conta da falta de pagamento de tributo porque eu acho muito duro, mas não tem outro caminho

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DIVULGAÇÃO

Sergio Studart integrou a equipe que analisou a lei de acesso à informação nos municípios brasileiros

FUNCIONAMENTO

Portais atendem aos pedidos do TCE-AL

SANÇÕES

Para MPE, falta vontade política das gestões

Procurados pela repor-tagem da Tribuna Inde-pendente, alguns prefeitos alagoanos, cujos municí-pios tiraram nota zero em transparência junto à sua população na avaliação feita pela Controladoria Geral da União, disseram que estão com seus portais da trans-parência funcionando e atendendo as exigências do Tribunal de Contas do Esta-do (TCE), e que a avaliação causou estranheza.

“O nosso site está no ar,

e tudo o que o TCE pediu nós já implantamos. As in-formações são lançadas em tempo real. Se falta mais al-guma coisa a CGU e o TCE/AL precisam dizer. A CGU precisa dizer o que quer”, declarou o prefeito de Mare-chal Deodoro, Cristiano Ma-theus (PMDB).

O gestor acredita que a avaliação da CGU foi feita com dados com bases an-teriores a publicação e re-gulamentação do portal da transparência de Marechal

Deodoro.O prefeito de Paripueira,

Abrahão Moura (PP) tam-bém garantiu que o site do município está disponível para a população com infor-mações e dados solicitados pelo Tribunal de Contas.

“A avaliação foi feita com 47 municípios imagine se fosse com os 102, pelo menos 80 teria nota zero”, ressal-tou o prefeito de Paripueira afirmando que iria tomar todas as providências para atender a CGU.

O analista da CGU/AL, Sergio Studart, foi catedrá-tico quando diz que “a CGU não quer nada quem quer é a lei.” Segundo Studart está havendo uma confusão por parte dos prefeitos. “O Por-tal da Transparência é uma exigência da Lei de Respon-sabilidade Fiscal, e apesar de ser também uma das exigências da Lei de Acesso à Informação, não foi objeto da avaliação da CGU, e sim, se as pessoas tinham o aces-so às informações”, analisa.

O que leva aos municí-pios não cumprirem às leis que prezam pela transpa-rência: falta de conhecimen-to ou de vontade política? Para coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Pú-blico do Ministério Público Estadual (MPE), o promotor José Carlos Castro, existe falta de vontade política.

“Apesar de tantos avisos e tentativas de se fazer com que a lei fosse cumprida, não vejo justificativa para os municípios permanen-

cerem sem a transparência necessária e exigida por lei”, argumenta o promotor.

Na opinião do promotor, um dos motivos para des-cumprimento da legislação é que falta, na própria lei, a previsão de uma sanção mais clara e rígida.

De acordo com José Car-los Castro, os municípios podem ter suspensos os re-passes voluntários, caso não atendam a Lei de Responsa-bilidade Fiscal, que é a úni-ca sanção que a lei trás. Po-

rém, o fato de descumprir a legislação, por si só, já pode ensejar numa ação de im-probidade administrativa.

Segundo contou o coor-denador do Núcleo de De-fesa do Patrimônio Público, a falta de transparência levou alguns promotores a ingressarem com ações ou publicarem recomendações no sentido de vos gestores cumprirem o que determina a lei, o que vem refletindo numa melhora.

Há quase quatro anos

que as leis estão em vigor, além do tempo, dado aos municípios menores para se adequarem e mesmo assim, os gestores desrespeitam a legislação. Os órgãos de con-trole já expediram recomen-dação conjunta aos 102 mu-nicípios no tocante ao Portal da Transparência, mas o que falta, talvez, seja um pouco mais de braço forte dos próprios órgãos, ora, se a lei existe, e não está sendo cumprida, alguém precisa ser responsabilizado. (AT)

Acesso à informação é precário nos municípiosOs órgãos têm 20 dias úteis para responder as perguntas de qualquer cidadão

ANDREZZA TAVARESREPÓRTER

A transparência é um item fundamental para administração

pública. No entanto, mui-tos municípios alagoanos seguem descumprindo a legislação, deixando a sua população completamente desinformada sobre o raio de atuação de cada prefeitura. Muitas gestões alagoanas deixam de de prestar as informações aos cidadãos quando solicitadas, como at-esta a Controladoria Geral da União (CGU) em Alagoas.

De 47 municípios alagoa-nos avaliados, 38 tiraram nota zero na transparência. O analista técnico da CGU/AL, Sergio Studart, que in-tegrou a equipe que avaliou as mais de 1.100 cidades em todo o país, explicou que o objetivo da pesquisa foi ava-liação a transparência das informações prestadas aos cidadãos.

“Qualquer pessoa pode solicitar informações de qualquer órgão público, des-de que não sejam informa-ções sigilosas ou pessoais, e este por sua vez, tem que responder em 20 dias úteis, caso contrário, estarão des-cumprindo a lei e podem ser passíveis de sanção”,

ACESSOCem prefeituras foram voluntárias em testeQuando souberam que os municípios brasileiros passa-riam por avaliações para testar a transparência no acesso à informação, 100 municípios em todo o país se apresentaram a Controladoria Geral da União como voluntários para partici-parem da pesquisa, e segundo o analista da CGU em Alagoas, Sergio Studart, nenhum muni-cípio alagoano está na lista. O analista informou ainda que a pesquisa foi realizada no segun-do semestre deste ano em mais de 1.100 municípios do Brasil.

RECOMENDAÇÃOQuem não cumprir responderá na JustiçaSegundo o procurador da Repú-blica, Marcelo Lôbo, o Ministério Público Federal, em todo o Brasil, vai encaminhar recomen-dações para que os municípios se ajustem às Leis de Respon-sabilidade Fiscal e de Acesso à Informação. Em caso de descumprimento, será recomen-dada a suspensão das transfe-rências voluntárias destinadas aos municípios e ainda haverá a propositura de ações judiciais para o cumprimento das leis e a responsabilização dos gestores por improbidade administrativa.

Viva a Lava a Jato

De Carlos Alberto Sardenberg, em “O Globo”: “Dizem que as crises políticas e econômicas, num dado momento, geram os líderes necessários para sua solução. Dizem também que é muito difícil

antecipar quando esse momento está se aproximando, mas que a gente percebe quando chegou. Pois no Brasil de hoje, parece o contrário. O momento já está passando. O senador Delcídio Amaral e o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, foram presos, por determinação do Supremo Tribunal Federal, sob a acusação de obstrução da Justiça. Mas as peças do processo mostram que essa denúncia, embora muito grave, é até menor diante dos casos que são ali mencionados... E, para falar francamente, não é de hoje que os mercados olham com certa restrição para o modo de operação de Esteves. Se ele foi efetivamente apanhado, vão muita gente e muito negócio atrás. Que a política está toda comprometida, já se sabia. Piorou, é verdade. A prisão do senador líder do governo, determinada pelo STF, jogou a crise um degrau acima. Mais exatamente, jogou a crise para a praça ao lado, do prédio do Con-gresso para o Palácio do Planalto — onde, aliás, já estava parcialmente conduzida pelos membros do PT apanhados na Lava-Jato.”

PropostaNão é sem sentido o aperto financeiro que o governador Renan Filho está impondo à sua gestão, em termos administrativos, acompanhado de uma busca incessante por recursos. A caça por novas receitas não para. O objetivo é se destacar como bom gestor e ser uma referência como gestor público, nacionalmente.

PretensãoAlguns podem até achar exagero, mas a meta principal é, com pro-posta de eficiência de gestão, formação de superávit em fase de crise financeira nacional e aparência jovem, se credenciar, em médio prazo, para disputar a Presidência da República. Um antigo sonho de Renan Calheiros, pai, passado para Renan, filho.

RenovaçãoRodrigo Cunha, que na primeira disputa política, no ano passado, se elegeu deputado estadual com a maior votação de Alagoas, está criando discípulos. Advogado como ele, com a mesma proposta política, Juliano Pessoa, também filiado ao PSDB, será um dos candidatos a vereador em Maceió. Com apoio de Rodrigo.

PazA Semana da Justiça pela Paz em Casa, que acontece de amanhã até 6ª feira, 4 de dezembro, visa intensificar a prevenção e a resolução de casos de violência doméstica. O Tribunal de Justiça programou 120 audiências de instrução em Maceió, segunda capital do país com mais casos de agressão contra a mulher.

AgendaO Projeto de Dinamização e Sustentabilidade do Turismo no Baixo São Francisco será encerrado amanhã e depois, na histórica cidade de Piranhas, com a realização do 1º Seminário Internacional de Turismo. O tema principal é o desenvolvimento da atividade turística na região, considerando o que foi discutido no programa.

DestaqueHoje é o último dia da VII Bienal Internacional do Livro de Alagoas, um evento que cada vez mais se consolida como a principal referência na área cultural no Estado. Além do conteúdo e da organização, é incon-testável a eficiência do trabalho de divulgação, que é feito pelo setor de Comunicação da Ufal.

PosiçãoValmir Prascidelli (PT-SP), do Conselho de Ética da Câmara dos Depu-tados: “Há acusações contundentes e o processo correndo no Judiciário contra Eduardo Cunha. A Câmara não pode deixar de mostrar sua condi-ção de poder instituído para analisar isso. O fim do processo significaria a Câmara se omitir e isso seria ruim para a Casa”.

explicou Sergio Studart, salientando ainda que as informações podem ser so-licitadas virtualmente no local destinado ao Acesso à Informação.

Para se chegar ao resul-tado, o analista contou que foram analisadas quatro se-

cretarias em cada município: Saúde, Educação, Assistên-cia Social e Administração. Cada uma delas respondeu uma pergunta, que foi a mesma para todo o país.

“Foi feita a mesma per-gunta a todas as secretarias de saúde de todos os muni-

cípios avaliados. O mesmo ocorreu com as demais se-cretarias. Quem respondeu teve a pontuação, quem não respondeu nada tirou zero”, disse Studart, destacando que os analistas fizeram as perguntas aos municípios de estados diferentes.

MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

* Insensatez ou insanidade? Apesar de toda a preocupação com ata-ques terroristas, por conta de tragédias que se sucedem, a presidente Dilma liberou de visto os estrangeiros que queiram vir ao Brasil para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

* A VII Bienal Internacional do Livro de Alagoas recebe hoje, das 9h30m às 17 horas, a 2ª Jornada Alagoana de Relações Públicas, uma iniciativa do Grupo de Pesquisa de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, da Universidade Federal de Alagoas.

* O reitor da Universidade Federal de Alagoas, Eurico Lôbo, receberá amanhã o título de Cidadão Honorário de Alagoas. A homenagem será às 15 horas, no plenário da Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado estadual Ricardo Nezinho.

* A secretaria estadual da Agricultura e a Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas promovem amanhã o I Workshop de Previsão Climática de Curto e Médio Prazo para o Estado de Alagoas. A partir das 9 horas, na sede da Faeal, em Jaraguá.

* As inovações técnicas e as melhores práticas voltadas para o incre-mento da fruticultura alagoana serão os destaques da Expo Fruta de Alagoas e do II Festival do Abacaxi, que acontecem simultaneamente, hoje, no povoado Sítio Poção, em Arapiraca.

* Prossegue em Arapiraca, até amanhã, a campanha de isenção de juros e multas de até 100% para quem pagar à vista débitos de IPTU, ITBI e ISS. Há, também, um desconto previsto de 70% para quem quiser parcelar a dívida em até três vezes.

* O CSA está fazendo tudo certo para se recuperar no futebol alagoano. Contratou um bom técnico - Oliveira Canindé, elaborou um planejamen-to para 2016, montou o elenco com antecedência e, parece, não falta dinheiro para alcançar a meta desejada.

Não vamos aceitar que a opo-sição, que votou a favor do Eduardo Cunha, queira agora impedir o governo de votar as matérias que lhe interessam”PAULO PIMENTADeputado federal (PT-RS)

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura

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Imunidade sobrisco nas decisões dos ministrosRaramente a população brasileira consegue ver que congressistas são presos por decisão judicial

EXCESSOSBurocracia impede avanço econômicoO senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que o Brasil precisa fazer os ajustes neces-sários para vencer a paralisia da economia. Para ele, já passou da hora de o governo apresen-tar uma agenda de reforma de curto, médio e longo prazo para o país Em sua opinião, coloca-da em plenário, a pauta dessa reforma pode ter pode base o diagnóstico do chamado custo Brasil, que engloba os entraves que prejudicam o desenvolvi-mento do país, como o excesso de burocracia.

SITUAÇÃORio São Francisco será debatido na 3ªO senador Otto Alencar (PS-D-BA) apresenta na terça-feira (1º) um diagnóstico sobre o processo de revitalização do Rio São Francisco, política pública avaliada pela Comissão de Meio Ambiente neste ano. Preocu-pado com a situação do Rio São Francisco, o senador Otto Alencar, que preside a CMA, tem alertado constantemente para o comprometimento de afluentes, prejudicados pelo despejo de esgoto, assorea-mento, destruição de mata ciliar e das nascentes.

Monitorando os biomas

O Ministério do Meio Ambiente lançou, esta semana, o Programa Nacional de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros, que vai mapear e acompanhar o desmatamento, as queimadas e

os diversos usos das terras brasileiras, além de monitorar a recuperação das vegetações e coibir crimes ambientais. Segundo a Ministra Izabella Teixeira, o Programa vai estender a todo território nacional o que já vem sendo feito na Amazônia desde 1988 e no Cerrado desde 2002. Atualmente mais de 70% do território brasileiro esta sendo monitorado por satélites, inclusive os dois biomas. A Floresta Amazônica é o maior bioma brasileiro e tem a maior diversidade de florestas tropicais do mundo. O Cerrado é o segundo maior bioma do país, mas a savana ainda é a mais rica em biodiversidade do mundo. Izabella Teixeira disse que o monitoramento feito inicialmente na Amazônia foi estendido para o cerrado e que o novo programa pretende estendê-lo para a Mata Atlân-tica. No biênio 2017/2018 entram no esquema o pantanal, a caatinga e os pampas. Durante o lançamento do Programa, foram divulgados dados de dois projetos de acompanhamento do Cerrado. Os resultados mostraram que o bioma tem aproximadamente 55% do seu território preservado e os 45% restantes têm outros usos, com predominância de pastagens e agricultura. O bioma Cerrado concentra quase 5% de todas as espécies do mundo e 30% da biodiversidade do Brasil. Contudo, me-nos de 10% de todo o Cerrado é ocupado por unidades de conservação e menos de 3% de unidades de proteção integral.

Valorização da educaçãoO Plano Municipal de Educação, que esta-belece as diretrizes para o setor nos pró-ximos dez anos, deve ser encarado como uma conquista da sociedade maceioense. Foi elaborado pelos diversos segmentos da sociedade, será monitorado constantemen-te e superou as expectativas. Como frisou a Secretária Municipal de Educação, Ana Dayse Dórea, “o plano seguiu todos os trâmites e foi proposto por uma comissão composta por mais de 50 pessoas, que ouviu todos os grupos da sociedade”. No total foram realizadas 18 audiências

públicas para sua elaboração. O texto final publicado no Diário Oficial do Município foi sancionado sem vetos e vai nortear as ações da educação na próxima década.

Criptografia na comunicaçãoA questão que envolve as mensagens cifradas volta à discussão após os atentados terroristas de Paris que deixaram 130 pessoas mortas. A criptografia é defendida para quem deseja evitar o monitoramento go-vernamental, mas por outro lado as mensagens cifradas podem ajudar grupos radicais a planejar suas ações, como garantem oficiais da área da segurança. Após os ataques surgiram informações de que integran-tes do Estado islâmico usaram a tecnologia para coordenar os massa-cres. A CIA criticou o fortalecimento da criptografia entre as empresas de tecnologia do Vale do Sílicio e chegou a citar a possibilidade do uso do Playstation 4 (que dispõe de uma rede de comunicação interna entre os jogadores), já que um aparelho foi encontrado pela polícia da Bélgica em um esconderijo em Bruxelas.

Criptografia na comunicação 2O aplicativo Telegram, rival do WhatsApp e criado pelo russo Pavel Du-rov, garante ser uma ferramenta mais segura por dois motivos principais: ter um sistema de codificação mais difícil de ser quebrado e disponibili-zá-lo para verificação pública. A principal diferença da ferramenta, usada por 60 milhões de pessoas, é oferecer os chats secretos, opção que aumenta o nível de segurança e que faz a verificação da identidade dos usuários. O criador da ferramenta até admite que seu aplicativo possa ser utilizado por terroristas. Para ele, este seria o preço a se pagar pela privacidade dos usuários legítimos. Mas a facilidade no uso dessas ferramentas não significa que o Estado islâmico tenha utilizado a comu-nicação cifrada para cometer o massacre de Paris.

Discussão sobre o climaNesta segunda feira (30) acontece o I Workshop de Previsão Climática de Curto e Médio Prazo para o Estado de Alagoas, na sede da Fede-ração da Agricultura e Pecuária de Alagoas, no bairro de Jaraguá. O evento é promovido pela própria Federação e também pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura e traz para coordenador o debate a pesquisadora Anna Bárbara Coutinho de Melo, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais (CPTE/INPE). O objetivo é estimular o debate sobre as ações de combate a seca em Alagoas, bem como adotar algumas medidas ligadas a agricultura e pecuária no Estado.

A madeira na BolsaA partir do próximo ano, a Bolsa de Valores Ambientais (BVRio), que desde 2012 negocia créditos de carbono entre empresas, passará tam-bém a comercializar lotes de madeira legal. A ideia é que em Fevereiro, a Bolsa, que hoje trabalha somente com créditos de compensações am-bientais, comercializados na forma de títulos, passe a atuar com madei-ra física extraída no país. A plataforma será aberta internacionalmente e facilitará o contato entre compradores e vendedores. A BVRio criou um sistema para garantir que o produto comercializado seja 100% regular, e assim impedir que compradores adquiram madeira ilegal mesmo em distribuidores autorizados.

A madeira na Bolsa 2Existe no Brasil uma indústria para “esquentar” o produto fruto do desmatamento. O Greenpeace estima que 60% da madeira extraída na Amazônia venha de fontes ilegais. Para evitar isso a Bolsa criou um sistema que cruza diversos bancos de dados sobre produtores e trans-portadores de madeira. Ele contém informações sobre multas do Ibama, lista de trabalho escravo, registro de automóveis, licença de produção, volume de espécies valiosas em determinadas regiões e imagens de sa-télites. Por isso mesmo, a Bolsa é uma forma de garantir que o mercado brasileiro seja um destino seguro para compradores de todo o mundo.

• Para acompanhar os casos registrados de microcefalia em Alagoas, a Secretaria Estadual da Saúde criou um grupo técnico com profissio-nais de diversas áreas, para decidir o encaminhamento adequado do problema.

• O grupo é formado por infectologistas, neuropediatras e profissionais de áreas técnicas, que terão uma primeira reunião com a Secretária Rozangela Wyszomirska nesta semana, para seguir as orientações do Ministério da Saúde sobre o problema.

• Diante do aumento do registro dos casos de microcefalia, o ministério da Saúde desencadeou um processo de notificação imediata desse agravo.

• Em Alagoas, a superintendente de Vigilância em Saúde, Cristina Rocha, informou que os serviços que prestam assistência materna e infantil e os núcleos de vigilância municipal foram informados e estão cadastrando as notificações.

• A partir de agora o processo terá mais celeridade e os casos que porventura forem detectados, serão notificados imediatamente, para que a investigação seja realizada, explicou Cristina.

BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

CONGRESSISTAS

Foro contribui para corrupção em todo o país

De acordo com o crimina-lista Alberto Zacharias To-ron, garantias como essas, que tornam parlamentares imunes às prisões por deter-minação da Justiça brasilei-ra estão presentes nos par-lamentos de todos os países para evitar prisões arbitrá-rias de congressistas.

“Muita gente questiona a validade dessas regras num país em que os tribunais fun-cionam com independência. Mas, apesar de haver esse questionamento, até hoje prevalece o entendimento de que os congressistas devem ter essa proteção para po-der atuar com independên-cia e não serem alvos fáceis de regimes autoritários que possam colocar a polícia no encalço do parlamentar”, destacou o criminalista con-sultado.

A procuradora regional da República e professora da FGV-Rio Silvana Batini tem visão diferente. Na sua opinião, o foro privilegiado compromete a eficiência do combate à corrupção no país.

“Nós temos um sistema de foro privilegiado mui-to, muito amplo, maior que qualquer outro país no mun-do. Precisamos repensar a questão do foro privilegiado, sim. Eu acho que ele cria uma casta. É uma situação que não se justifica na evolu-ção democrática que nós te-mos hoje no Brasil”, afirma.

Ela observa que, quando a Constituição foi escrita, em 1988, o país havia acaba-do de sair de um regime au-toritário, a Ditadura Militar (1964-1985) e, por isso, ha-via uma preocupação gran-de em proteger a liberdade do parlamentar.

“Foram regras criadas numa reação ao período an-tidemocrático, para blindar o parlamentar contra as in-vestidas de um poder autori-tário”, lembra.

“Hoje o jogo democrático é completamente diferente. O risco de um parlamentar criminoso continuar prati-cando crimes no Brasil de hoje é maior que o risco au-toritário de um Poder querer cooptar o outro como numa ditadura. Aquela regra foi concebida dentro de uma vi-são de homens republicanos honestos, mas a realidade é outra”, argumenta.

MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

FOTOS PÚBLICAS

Ministros do Supremo Tribunal Federal não encontraram legitimidade na lei ao prender um senador

BBC BRASIL

Dezenas de pessoas já foram presas pela Operação Lava Jato,

mas na quarta-feira aconte-ceu algo inédito: um senador no exercício de seu mandato, o líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-MS), foi detido preventivamente sob a acusação de tentar atrapalhar as investigações contra ele. O Senado, por sua vez, decidiu manter a prisão do senador, por 59 votos a favor e 13 contra.

Mas, com tantas suspei-tas e acusações que recaem sobre congressistas – al-gumas dezenas deles estão sendo investigados na Lava Jato – por que a prisão de um parlamentar é algo tão raro? Isso ocorre porque há uma série de normas previs-tas na Constituição Federal que dão proteção extra aos

congressistas teoricamente com o objetivo de preservar sua autonomia durante o exercício do mandato para o qual foram eleitos democra-ticamente. A legitimidade dessas regras, porém, não é consenso entre juristas.

O artigo 53 da Constitui-ção, por exemplo, prevê que um parlamentar só pode ser preso se for pego em flagran-te cometendo crime inafian-çável – ou seja, para o qual não está prevista a possibili-dade de pagamento de fian-ça para obter a liberdade.

Além disso, esse artigo estabelece também que a decisão da prisão deverá ser submetida rapidamente ao plenário da respectiva Casa do parlamentar preso, ou seja, o Senado ou a Câmara dos Deputados.

FOROOutra norma constitu-

cional que tem o objetivo de preservar parlamentares é o foro privilegiado. Segundo essa regra, o congressista só pode ser investigado e preso após autorização do Supre-mo Tribunal Federal.

Isso impede, por exem-plo, que o juiz federal Sergio Moro, responsável pelas pri-sões da Lava Jato na primei-ra instância, decida sobre os parlamentares citados no caso. Moro já condenou dois ex-deputados, André Vargas (ex-PT) e Luiz Argolo (ex--SDD), mas isso só ocorreu porque eles haviam perdido seus mandatos.

“Não é uma proteção, um privilégio, digamos, ao congressista”, entende o ad-vogado e jurista Ives Gan-dra ao ser consultado sobre a prisão do senador petista Delcídio do Amaral, na últi-ma semana.

INDEPENDÊNCIA

Emenda de 2001 facilita as decisõesPara a professora da FGV

Silvana Batini, o Supremo fez uma leitura atualizada da Constituição Federal, o que permitiu decretar a pri-são do senador nesse caso.

“A regra constitucional literalmente prevê que (o parlamentar) só pode ser preso em flagrante por cri-me inafiançável. Mas essa regra foi concebida num momento que a imunidade parlamentar era muito mais

ampla, quando o parlamen-tar só podia ser processado após autorização da Câmara ou Senado”, observa.

No entanto, destaca Ba-tini, desde 2001, após uma emenda à Constituição ser aprovada no Congresso, par-lamentares podem ser pro-cessados pelo STF indepen-dentemente de autorização da Casa legislativa.

“Então, a tese do procu-rador-geral da República,

que foi acolhida pelo Supre-mo, é que aquele dispositivo que restringia a prisão do parlamentar à prisão em flagrante tinha que ter uma interpretação condizente com o atual sistema”, diz a professora. Já o criminalista Alberto Toron não concorda que os atos praticados por Delcídio possam ser caracte-rizados como flagrante.

“não existe flagrante al-gum. O fato de ele lá atrás,

em conversa, ter dito isso ou aquilo poderia dar ensejo a uma prisão preventiva se fosse um cidadão comum, mas não é uma hipótese de flagrante. Isso ocorreu no passado, não existe no pre-sente”, diz.

Para Gandra, se o Sena-do soltasse Delcídio, seria criada “uma crise entre Po-deres, porque, para o Supre-mo declarar isso, as provas devem ser inequívocas”.

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POLÍCIAS

Comissão diverge sobre unificaçãoConsenso em torno da

unificação e desmilitariza-ção das polícias parece ain-da estar longe de ser alcan-çado dentro do aparato de segurança brasileiro. Isso ficou evidenciado em debate promovido pela Comissão de Constituição, Justiça e Ci-dadania (CCJ) na última se-mana sobre cinco propostas de emenda à Constituição (PECs 102/2011; 40/2012; e 19, 51 e 73, de 2013) que modificam a estrutura das

diversas polícias. A discus-são foi conduzida pelo se-nador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), relator da PEC 102/2011.

As divergências expostas no debate gravitaram em torno de duas propostas: a construção de um ciclo com-pleto de polícia (a mesma corporação poder acumular atividades de polícia judiciá-ria, investigação criminal, prevenção a delitos e manu-tenção da ordem pública) e a

ampliação da possibilidade de lavratura do Termo Cir-cunstanciado de Ocorrência - TCO (qualquer policial fa-zer o registro de infrações mais leves, com pena máxi-ma de até dois anos de pri-são ou multa). Os debates tangenciaram, ainda, a cria-ção ou não de um Conselho Nacional de Polícia.

Na avaliação do repre-sentante do Conselho Nacio-nal de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Cor-

po de Bombeiros Militares do Brasil, Alessandri da Rocha Almeida, “o TCO é o pontapé inicial para o ciclo completo de polícia”.

Em complementação, o representante da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais e do Distrito Federal, Elias Silva, defendeu o ingresso da guarda municipal no po-liciamento ostensivo, admi-tindo que a PM não dá conta sozinha dessa missão.

MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

A comissão especial da Câmara dos Depu-tados que analisou a

Proposta de Emenda à Con-stituição (PEC) 2/15 apro-vou na última semana, seu relatório final, que obriga a União a executar as emen-das de bancada ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) até o limite de 1% da receita corrente líquida do ano anterior. Para 2016, isso significaria, pelas últimas estimativas, R$ 7,93 bilhões.

As emendas de bancada são aquelas apresentadas por deputados e senadores de cada estado e têm como objeto ações específicas da-quela unidade da Federação.

O texto original da PEC, do deputado Hélio Leite (DEM-PA), fazia referência a todas as emendas coleti-vas, que são de bancadas estaduais e de comissões permanentes, mas o relator, deputado Carlos Henrique (PMB-TO), limitou a propos-ta às emendas de bancada.

Gaguim acredita que as regras para definição das emendas a serem impositi-vas devem ser as mesmas propostas neste ano pela Co-missão Mista de Orçamen-to para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2016. Conforme o texto apro-vado pela CMO, o governo fica obrigado a executar no

FOTOS PÚBLICAS

Deputados já conseguiram que as suas emendas sejam liberadas obrigatoriamente pelo governo

Bancadas torcem por impositividadeDeputados aprovaram em comissão na Câmara Federal o orçamento impositivo para as emendas de bancada

Levy e Barbosa apelam a Renan por pauta do Governo

Com a prisão do líder do Governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS), a presidente Dilma agiu rápido. Os ministros da Fazenda e Planejamento, Joaquim Levy e Nelson Barbosa, telefonaram para

o presidente do Senado, Renan Calheiros, e fizeram um apelo: ‘a pauta não pode parar’. A preocupação é latente. O Congresso Nacional tem só mais seis sessões para encerrar o ano legislativo. É preciso aprovar com urgência a nova meta fiscal, senão Dilma será acusada em 2016 de nova ‘pedalada’ e sua situação piora.

Super-terçaO Governo quer aprovar na terça um relaxamento da meta fiscal que permita déficit de R$ 119 bilhões para ano que vem. A Lei de Diretrizes Orçamentárias

Contas em paraísosNa sessão do Senado, o esforço será pela aprovação da repatriação dos recursos do exterior não declarados. Quem topar, terá de pagar o imposto, mas não será processado.

Inferno astral Na Câmara, segue agonia de Eduardo Cunha: não consegue quorum, com a obstrução dos grandes (ex-aliados) partidos. O cenário não deve se repetir na sessão do Congresso.

Sala blindada Em tempos de conversas gravadas, a placa que há anos está na porta do gabinete da Presidência do Senado é sugestiva: visitantes são proi-bidos de entrar com celulares e máquinas fotográficas. O atual inquilino da sala é Renan Calheiros (PMDB-AL), investigado na Lava Jato por citações de delatores.

Bolsonaro na filaJair Bolsonaro (PP-RJ) e o filho, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), passaram a manhã da última quarta com Pastor Everaldo e bateram o martelo. Jair filia-se ao PSC e será o candidato ao Planalto. Em 2016, testa o nome nas urnas do Rio.

Jogo & NordesteDo deputado federal Danilo Forte (PSB-CE), sobre a tentativa de legalização de bingos, cassinos e jogo do Bicho: ‘Um País que tem dois sorteios milionários da Mega Sena por semana quer proibir o jogo?’. Ele defende casas no Nordeste para fomentar o turismo.

Pela OrdemAgentes fazem mistério. A Polícia Legislativa pode ter usado a famosa maleta de grampo de telefones para monitorar os manifestantes que acamparam no gramado.

Cenários Os caciques do PMDB começaram a discutir internamente o poder do Parlamentarismo.

Caixa d’água na UTIO Governo do Ceará inaugurou um hospital de R$ 300 milhões em Qui-xeramobim, no sertão central, e não tem água suficiente para a unidade. Esperam as obras de transposição do rio São Francisco, que ali não saíram do papel.

Economia & jogo$Após estudar o Carnaval, Luiz Carlos Prestes Filho lançará o livro “A ca-deia produtiva da economia dos jogos”. Visitou o Congresso e entregou uma revista que editou sobre o tema a parlamentares.

Tensão 24hNa última quarta, o senador Ciro Nogueira, em missão oficial no exterior, não dormiu. Na lista de investigados no STF, acompanhou 24 horas, por telefone e internet, o caso Delcídio Amaral. A equipe de Brasília traba-lhou duro. Ligações a cada dez minutos.

Passado & presenteA PF levantou tudo sobre Eduardo Cunha da sua fase no Rio, em especial sua eventual influência nos fundos de pensão de Furnas (Real Grandeza) e da Cedae.

Crise existencial? O senador Randolfe (Rede-AP) defendeu o voto secreto no caso Delcí-dio, durante reunião fechada com colegas. Mas no plenário mudou de ideia e até recorreu ao STF.

May Day Para atender compromissos na sociedade de 49% com empresas nas concessões, a presidente Dilma tem excluído empenho de milhões de reais nos aeroportos da Infraero.

Ponto FinalSem limpeza, o espelho d’água do Congresso Nacional está tão sujo que lembra a lama da Samarco no rio Doce. Aliás, de sujeira o Congres-so entende.

ESPLANADALEANDRO MAZZINI - [email protected]

Com Equipe DF, SP e Nordestewww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

ano que vem pelo menos uma emenda de cada uma das 27 bancadas estaduais, porém com limite de 0,6% da receita corrente líquida.

“Por exemplo, na banca-da de Tocantins, o Hospital de Palmas pode ter R$ 150 milhões, que serão pagos com certeza, depois de a emenda ser escolhida em

conjunto por toda a banca-da”, disse Gaguim, que é o coordenador da bancada de seu estado.

Hélio Leite ressaltou que a aprovação da matéria vai proporcionar obras estrutu-rantes para estados e muni-cípios, porque as emendas de bancada terão de ser exe-cutadas pela União.

“Não se trata de medida contra o governo, mas em benefício da sociedade”, des-tacou.

Com a aprovação, os de-putados dão um importan-te passo (a proposta ainda tem de passar pelo Plenário) para a segunda etapa do chamado orçamento impo-sitivo.

Page 6: Edição número 2507 - 29 de novembro de 2015

Opinião

Rua da Praia, 134 - sala 303 - centro - Maceió AlagoasEndereço Comercial: Av. Menino Marcelo - 10.440 - Serraria

Maceió - Alagoas - CEP: 57.083.410CNPJ: 08.951.056/0001 - 33

PRESIDENTEAntonio Pereira Filho

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José Paulo Gabriel dos SantosEditor geral:

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DIRETORA COMERCIAL:Marilene Canuto

PABX: 82.3311.1338COMERCIAL: 82.3311.1330 - 3311. 1331

REDAÇÃO: 82.3311.1328 - 3311.1329CENTRAL DE ASSINANTE: 82.3311.1308 [email protected]çã[email protected]

OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES. NÃO REPRESENTANDO, NECESSARIAMENTE, A OPÍNIÃO DESTE JORNAL.

VENDA AVULSALOCALIDADE DIAS ÚTES DOMINGO

ALAGOAS R$ 2,00 R$ 3,00OUTROS ESTADOS R$ 3,00 R$ 5,00

ASSINATURASLOCALIDADE SEMESTRAL ANUALALAGOAS R$ 350,00 R$ 700,00OUTROS ESTADOS R$ 500,00 R$ 1.000,00

UM PRODUTO:

JorgrafCooperativa de Produção e Trabalho dos

jornalistas e gráficos do Estado de Alagoas

RENAN CALHEIROS

JANICE VILELA

JOÃO LYRA

Presidente do Congresso Nacional.

Presidente da Fundação Teotônio Vilela.

Empresário.

MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Segurança cibernéticaEspecialistas que participaram de

audiência pública da Comissão Par-lamentar de Inquérito (CPI) da Es-pionagem chamaram atenção para

a vulnerabilidade do Brasil na defesa ciber-nética.

Para o especialista em segurança, Paulo Pagliusi, numa escala de zero a dez, o Brasil está com a nota 4 no que diz respeito à defe-sa cibernética. Ele defendeu investimentos no desenvolvimento de satélites e de cabos submarinos. Pagliusi destacou que 90% das informações brasileiras passam pelo terri-tório dos Estados Unidos, o que facilita a espionagem.

Essa realidade tem que mudar, tem que haver investimentos fortes em cabo de sub-marinos brasileiros. Essa questão do saté-lite é ponto de honra. Temos que recuperar o domínio do nosso satélite brasileiro, que não se aplica apenas ao uso civil, também tem emprego dual, militar. Não faz senti-do deixarmos isso na mão de estrangeiros, afirmou.

O professor da Universidade Federal de Pernambuco, Rodrigo Assad, destacou a ini-ciativa do governo de desenvolver um cor-reio eletrônico próprio. Já o representan-te do Comitê Gestor da Internet, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, Rafael Moreira, revelou que o governo anunciaria em novembro investimentos para que em-presas brasileiras desenvolvam tecnologia nacional que dificulte a espionagem.

Que elas estejam disponíveis no merca-do por empresas brasileiras que ofereçam essas tecnologias para que os cidadãos possam utilizar essas ferramentas de uma forma segura para que suas comunicações pela internet possam ser comunicações seguras,A presidente da CPI, Vanessa Gra-zziotin (PCdoB-AM), disse que as propos-tas das audiências com especialistas vão se transformar em projetos de lei. Um deles tratará sobre a criação de agência regulado-ra de defesa e segurança cibernética, uma unanimidade entre especialistas, segundo a senadora.

O Brasil não tem guerra civil e nem conflitos armados com outras nações. Diante dessa

realidade é inconcebível a taxa de 21,9 mortes por arma de fogo a cada cem mil habitan-tes. A cada hora, quase cinco brasileiros são vítimas fatais de disparos. O Brasil ocupa a décima-primeira posição no ranking de países mais violen-tos do mundo.

É um dado que ameaça e envergonha a todos nós. Com o sentimento da responsabilida-de e com a certeza de que um marco legal deveria ser insti-tuído para coibir o comércio de armas de fogo, é que batalhei arduamente pelo Estatuto do Desarmamento.

O Estatuto é uma conquis-ta que reduziu os indicadores de óbitos. Entre 2004 e 2012, mais de 160 mil vidas foram poupadas no Brasil. Os índi-ces de violência em nosso país

persistem ainda altíssimos. Qualquer descuido ou abran-damento sobre a aquisição de armas de fogo irá representar um retrocesso.

Há uma inciativa nesse sen-tido. Um texto que permite a posse de armas em casa e no trabalho e reduz de 25 para 21 anos a idade para a compra de armas de fogo e amplia a vali-dade do porte, de três para dez anos. Também autoriza que pessoas respondendo a inqué-rito ou processo tenham porte de arma.

Permitir tudo isso é o mes-mo que rasgar o Estatuto do Desarmamento. Entre nós, senadores, há um consenso de que o desarmamento é funda-mental para que mantenha-mos a redução da criminalida-de no Brasil.

A ideia subjacente do pro-jeto aprovado na Câmara é de que o cidadão armado tem mais chances de se defender

da violência. É uma falácia. Um engodo. O cidadão de bem, além de não ter a destreza, será sempre o surpreendido.

Propusemos um referendo para proibição da venda de ar-mas e munições aos cidadãos. Por 64% a 36%, a sociedade optou pela continuidade da venda. Uma campanha que foi marcada pela desinformação e distorções intencionais, onde o direito à propriedade e à liber-dade individual foi confundido com acesso às armas.

Respeitamos o resultado, mas se for para reabrir este debate, que o façamos pelo lado bom, pela perspectiva de preservar vidas, especialmen-te a dos jovens. Se o Senado Federal for rediscutir o tema, o fará pelo viés da proibição da venda de armas. Não vamos nos associar aos mercadores da morte na banalização das armas de fogo. Vamos dar adeus às armas.

Somente o esforço con-junto do governo fede-ral, da sociedade civil e dos governos dos esta-

dos banhados pelo São Fran-cisco poderá impedir a morte do Rio da Integração Nacional.

Para isso, é inadiável um trabalho de revitalização do Velho Chico - que vive uma penosa e demorada agonia -, além de estratégias objetivas e viáveis. Porém, a falta de recursos é o maior obstácu-lo para a efetiva adoção das ações necessárias.

Esse tema foi recentemente discutido em audiência pú-blica pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) no Sena-do. A revitalização da bacia hidrográfica do Velho Chico é fundamental para o êxito do projeto de transposição de suas águas, com término pre-visto para 2017 e que somente acontecerá com o início da re-composição de suas nascentes, revestindo-as com matas cilia-res.

A previsão de que o mês de novembro traria chuva para toda a área do Rio São Fran-cisco até agora não se confir-mou e o quadro tornou-se mais grave em Sobradinho.

Os senadores, membros da CMO, apontaram a escassez de ações e de recursos finan-ceiros. De acordo com o pre-sidente da Companhia de De-

senvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Felipe Oliveira, a verba para fazer refloresta-mento, tratamento do esgoto e contenção do assoreamento no São Francisco é insuficiente.

O órgão recebeu R$ 341 mi-lhões, previstos no Plano Plu-rianual (PPA). Para as obras de revitalização, o governo in-vestiu neste ano R$ 1,4 bilhão.

Para o procurador do Minis-tério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares, as ações im-plantadas pelo governo do seu estado, para recuperar a bacia hidrográfica do São Francisco, têm-se mostrado frustrantes: “As ações do Ministério Públi-co são algumas vezes preven-tivas e outras vezes reparató-rias e, em geral, insuficientes. Então, nosso diagnóstico é que há necessidade de o governo federal liderar o processo”.

Por sua vez, o senador Fer-nando Bezerra Coelho afirmou que os números apontados por especialistas indicam que a Codevasf vem sendo muito desprestigiada: “Não podemos assistir de braços cruzados à situação do Rio São Francis-co”, disse o senador pernam-bucano.

O mais importante é essa tomada de consciência. Esta-mos marcando um momento histórico, um posicionamento político importante para que

possamos aperfeiçoar o marco legal.

Entre essas medidas, está a inclusão de R$ 1 bilhão no PPA para o período 2016–2019 e R$ 250 milhões no Orçamento da União para 2016 em obras para revitalização do Rio.

Adiantou que já foram apro-vadas duas emendas na Co-missão: uma da bancada de senadores da Bahia, no valor de R$ 300 milhões; e outra, no mesmo valor, da CMO.

Ele quer que a aplicação desses recursos tenha caráter impositivo e anunciou que está colhendo assinatura de apoio dos senadores do Nordeste às emendas.

Caso a liberação dessas emendas seja realmente efe-tuada, os trabalhos de revita-lização do Velho Chico e dos seus tributários terão um es-forço de peso, com benefícios imediatos às populações ribei-rinhas, inclusive milhares de famílias habitantes do Baixo São Francisco, de que faz par-te o Estado de Alagoas.

O apelo do Senado represen-ta um alerta que deve sensi-bilizar a presidente da Repú-blica e o seu governo, pois, ou agimos agora ou o Velho Chico tende a virar um mar de lama, interrompendo a produção de energia e as condições cente-nárias de sobrevivência que oferece ao povo ribeirinho.

Em 32 anos de saudades do nosso Menestrel, Teotônio Vilela, conso-lida-se a certeza de que

seus ensinamentos são, igual-mente à sua história, imortais.

Se levarmos em conta o cená-rio político de hoje, cai bem na indignação de todos nós brasi-leiros, frase dita por Teotônio há mais de três décadas: “Se eu pudesse renascer hoje, haveria de dedicar todo o meu tempo novo a uma campanha de res-tauração da dignidade da vida do país”.

Das tantas lições ensina-das com bravura e poesia, com determinação e ternura, com firmeza e liberdade, Teotônio Brandão Vilela deu ao Brasil o exemplo da coragem cívica para se lutar pela dignidade geral.

Mostrou que o desprendimen-to do poder e o enfrentamento ao autoritarismo, em favor da causa da cidadania, são capazes de garantir não apenas a vitó-ria, mas uma guerra legítima, feita por homens e mulheres que, independente das desigual-dades, se unem para trabalhar pelo futuro de um País, de um Estado, de uma Comunidade.

E, de todas as lições de Teotô-nio ao Brasil, fica a mais perti-nente neste momento da política nacional, que é a de restaurar a

Adeus às armas

A agonia do Velho Chico

Teotônio e sua imortalidade

INDEPENDENTE

dignidade de vida dos brasilei-ros, sem esquecer, contudo, que essa não pode ser uma luta iso-lada dos poderes públicos, mas de toda uma sociedade engajada em um Brasil para todos.

Teotônio, em passado recente, mobilizou essa mesma socieda-de em torno da redemocratiza-ção brasileira, e comprovou que o ser humano pode realizar to-dos os sonhos, desde que sejam esses sonhos motivados pelo e para o bem da coletividade.

Porque, ao tempo em que

acreditava que a política só ser-ve se for para servir ao bem de todos, Teotônio também tinha a mais das absolutas certezas de que só a força do povo é capaz de levantar as verdadeiras bandei-ras das mudanças que a Nação exige, em qualquer época.

Nessa trigésima segunda se-mana Teotônio Vilela, é esse foco da nossa Fundação Teo-tônio Vilela. Que as pessoas, jamais, percam a força e a es-perança de lutar pela causa Brasil.

Page 7: Edição número 2507 - 29 de novembro de 2015

7 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015 PUBLICIDADE

Page 8: Edição número 2507 - 29 de novembro de 2015

8 TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

Page 9: Edição número 2507 - 29 de novembro de 2015

Quantidade de doadores cai em 2015; isso não ocorria desde 2007, diz ABTOSegundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), no primeiro semestre de 2015 houve diminuição da taxa de potenciais doadores, de doado-res efetivos e no número de transplantes de rim, de fígado e de pâncreas, em relação a 2014, Segundo a ABTO, isso não ocorria desde 2007. Seus dados apontam que a taxa de recusa familiar à doação, em 44%, persiste como a principal dificuldade para que as doações de órgãos e tecidos sejam efetiva-das. Ainda de acordo com a Associação, somente em relação aos transplantes renais, houve uma queda na realização do procedimento no 1º semestre deste ano em 6,3% em comparação a 2014. Entre os doadores falecidos de rins a queda foi de 2,6% e entre os doadores vivos, de 16,8%.

CidadesMACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015 CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE

Um gesto que salva vidasEm Alagoas, este ano, foram realizados 89 transplantes de órgãos, sendo 77 de córneas, 10 de rins e dois de coração; 313 pessoas ainda esperam na fila

Adeildo José conheceu parentes do doador em encontro promovido por programa de tv

CARLOS AMARALCOLABORADOR

Somente quem já pas-sou pela perda de um ente querido sabe a dor

que sente nesse momento. Talvez por isso seja tão difícil para as pessoas acei-tarem doar os órgãos daque-les que se foram, mas essa dor não deve ser maior do que a aflição de quem espera por um transplante, que não sabe se vai voltar a enxer-gar ou até quando vai viver.

O cenário de incerteza se constrói não somente pela disponibilidade de órgão, mas também pela aceitação da família do possível doa-dor em executar um gesto que pode devolver a visão para muita gente e salvar várias vidas. Essa decisão precisa ser rápida e em meio a dor da perda de um ente querido. Para que uma cór-nea possa ser usada no pro-cedimento médico, o tempo da morte do doador até a mesa de cirurgia não pode ultrapassar seis horas; o co-ração, 4 horas; e os rins, 24 horas.

De janeiro até o início deste mês, em Alagoas, fo-ram transplantadas 77 cór-neas, 10 rins e dois corações,

únicos tipos de transplante de órgãos realizados no es-tado. Esses números pode-riam ser bem maiores se a consciência da importância desse generoso gesto fosse mais forte na população e se as pessoas alertassem seus familiares que são doadores de órgãos.

De acordo com dados da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), estão na fila para receber um transplan-te, para os três tipos realiza-dos no estado, 313 pessoas. Desses, 109 aguardam por córneas, 200 por rins e 4 por um coração.

A atitude de Gllouwer Silva, cabo da Polícia Mili-tar (PM), e suas irmãs sal-vou algumas vidas. A mãe deles, então com 58 anos, faleceu por causa de Aciden-te Vascular Cerebral (AVC) Hemorrágico em abril deste ano. Três dias após sua in-ternação, o médico respon-sável diagnosticou sua mor-te cerebral. Foi então que a equipe da Central de Trans-plantes fez sua abordagem.

Os órgãos doados da mãe de Gllouwer foram os rins e as córneas. Segundo ele, o coração não pode ser doado por causa de complicações

no atendimento e o fígado não pôde ser transportado para outro estado.

“Foi uma surpresa por-que a gente não espera. Foi tudo muito rápido. Como eu já sou doador de órgãos, essa decisão não foi problema para mim. Mas disse a eles que teria que conversar com minhas irmãs. Felizmente, elas não se opuseram”, lem-bra Gllouwer.

Se as irmãs não se opu-seram, o mesmo não ocorreu com as tias. O militar conta que argumentou com elas como o gesto que estava fa-zendo era bom. “Eu disse a elas que depois que a gente morre, não leva nada e com a doação ajudamos duas pessoas a pararem de fazer hemodiálise e duas a voltar a enxergar”.

Gllouwer diz que sua motivação foi “apenas” aju-dar as pessoas e que se sua mãe estivesse viva e fosse dela a decisão em doar ór-gãos, eles não seriam doa-dos. Para ele, isso é refle-xo da cultura de geração e que as mais novas são mais abertas a esse gesto.

“Meus filhos serão mais abertos a isso do que eu e a um monte de outras coisas. A vida é assim mesmo, as

gerações vão mudando, evo-luindo. Mas confesso que por saber que minha mãe agiria diferente de mim, cheguei a sonhar com ela. Ela estava toda de branco, ao lado de meu pai e minha avó. Fiquei com aquilo na cabeça um bom tempo”, diz.

Como sua mãe era do Candomblé, Gllouwer deci-diu procurar o pai de santo que a atendia. Foi nesse mo-mento que ele se tranquili-zou em relação a decisão de doar os órgãos dela.

“Ele me disse que minha atitude foi a melhor possí-vel. Foi um alívio que saiu das minhas costas. Estou muito bem com a decisão que tomei. Sei que o pou-co que fiz ajudou pessoas a melhorarem de vida ou até mesmo a salvar vidas. Olha, se eu pudesse, doava órgãos até em vida mesmo”, afirma.

Gllouwer diz não conhe-cer nenhuma das pessoas que receberam os órgãos de sua mãe e que, na verdade, não quer conhecê-los. Ele conta que recebeu a orien-tação de um psicólogo nes-se sentido e que concordou com a explicação que lhe foi dada: as pessoas proje-tam o parente perdido no receptor. Gllouwer autorizou a doação das córneas e rins da mãe, vítima de um AVC

CORAÇÃO

“A família do Arthur salvou minha vida”Quem passou a conhe-

cer a família que doou o coração que lhe salvou a vida foi Adeildo José, de 49 anos. Ele, assim como Gllouwer, é policial militar e ficou nove meses na fila por um transplante que ocorreu em setembro de 2014. Numa dessas coinci-dências que a vida prega nas pessoas, uma colega de faculdade de Fisiote-rapia era amiga do jovem Arthur, que faleceu aos 22 anos em acidente de moto em União dos Palmares, e teve seu coração doado para o militar.

“Não foi possível deixar de conhecê-los. Além da co-lega de faculdade que era amiga do Arthur, minha filha publicou nas redes sociais que eu tinha feito o transplante. As coisas foram se juntando, até que uma emissora de tevê pro-moveu o encontro”, conta.

Adeildo mantem conta-to constante com a família do jovem e afirma sem va-cilar que foi a decisão to-mada pelos pais de Arthur que o salvou. “A família do Arthur salvou minha vida. Hoje, pelo contato que te-mos, somos como uma fa-mília. Eu carrego um peda-ço da família dele”.

Hoje a família de Ar-thur mantem uma ONG em União dos Palmares, chamada Arthur 22, que atua na conscientização so-bre a importância da doa-ção de órgãos.

Outra coincidência, ou ironia, aconteceu com o próprio Adeildo. Seu pai fa-leceu há três anos e ele au-

ADAILSON CALHEIROS

ADAILSON CALHEIROS

Adeildo mantém contato com a família do doador, que morreu aos 22 anos vítima de acidente de moto em União

CENTRAL DE TRANSPLANTES

Entendimento do diagnóstico de morte dificulta realização

Para Kelly Brandão, co-ordenadora da Central de Transplantes da Sesau, a maior dificuldade na reali-zação dos transplantes de órgãos está no processo que envolve os doadores, princi-palmente no entendimento do diagnóstico de morte en-cefálica – ou cerebral – à or-ganização da Comissão In-tra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) nos hospitais.

É a CIHDOTT que é res-ponsável por monitorar os casos de morte onde é pos-sível haver a doação e por entrevistar as famílias que precisam autorizar o pro-cedimento. “Todo hospital que tem um respirador em funcionamento, por lei, tem que ter essa comissão de profissionais”.

Sobre o entendimento do diagnóstico de morte cere-bral, Kelly pontua que há famílias que não conseguem entender direito o que ocor-reu com seu ente interna-do. E é aí que a CIHDOTT entra em ação. “Até porque toda família tem o direi-to para dizer sim ou não para a doação, mesmo que a pessoa tenha deixado sua intenção por escrito, a famí-lia pode negar ou concordar com a doação”.

Para a coordenadora da Central de Transplantes se as pessoas tiverem informa-ção sobre a importância e sobre todos os procedimen-tos do transplante de ór-gãos, o número de doações aumenta. Segundo ela, no mês de dezembro, período em que se realiza uma cam-

panha para estimular a do-ação de órgãos e tecidos, a quantidade de transplantes cresce.

Ela destaca que todo o procedimento para os transplantes são garanti-dos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O Brasil é o principal país que faz trans-plantes pela rede pública. E todos os pagamentos são acima do teto. Ou seja, tudo o que for cobrado, o hospi-tal recebe. Dos hospitais em Alagoas, apenas um realiza transplantes de rim de for-ma privada”.

Kelly também explica que os critérios para a re-alização dos transplantes mudam de acordo com o órgão em questão. Se for o coração, o critério é a gravi-dade do caso. Se for o rim, o critério é a compatibilidade. E se for a córnea, a ordem da lista de espera.

“Isso por causa do tem-po em que o órgão suporta entre a retirada do corpo do doador e a realização do transplante. Já os casos de medula óssea, fígado e cora-ção para crianças são feitos em outros estados”, explica a coordenadora.

Sobre o contato entre a família do doador e do re-ceptor, Kelly ressalta que a orientação é não fornecer nenhum dado.

“As famílias se quiserem se conhecer precisam in-vestigar por conta própria. Procuramos não estimular o contato porque quem não trabalhou bem o luto pode transferir o sentimento para a pessoa que recebeu o órgão”, explica. (C.A.)

torizou a doação de todos os órgãos que pudessem ser doados. “Tenho certe-za que meu pai estaria fe-liz com a minha decisão. E olha que coisa. Três anos depois quem precisou de um órgão fui eu”.

Ele se lembra dos mo-mentos difíceis que passou enquanto estava na fila por um transplante de co-ração. Faltavam-lhe forças até para comer ou escovar os dentes, chegando até a

bater a comida no liquidifi-cador para conseguir se ali-mentar. Contudo, depois do transplante, sua vida mu-dou da água para o vinho.

“Hoje eu levo uma vida normal. Faço todas as mi-nhas atividades normal-mente. Tenho algumas res-trições para comer e tomo medicamentos contra a re-jeição, mas fora isso, nada”, comenta Adeildo.

Sobre a dificuldade das famílias em autorizar a do-

ação de órgãos de parentes mortos, Adeildo acredita que o problema é cultural, mas que isso será superado um dia.

“Essa é a principal bar-reira. Nós ainda não esta-mos acostumados a fazer isso, doar órgãos. Tem gen-te que pensa que o hospital vai matar o paciente para tirar algum órgão ou que depois da morte cerebral ainda dá para trazer a pes-soa de volta”, diz. (C.A.)

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MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015 CIDADES 11MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

DUPLA28

INOVAÇÃO

Apicultura é a principal atividade de 25 famílias da Wassu Cocal

A criação de abelhas se trans-formou em uma fonte alterna-tiva de renda e preservação ambiental para indígenas da comunidade Wassu Cocal. Em uma área demarcada de 2.758 hectares, 25 famílias têm na apicultura sua principal ati-vidade, que, além de produzir alimentos saudáveis, também preserva a biodiversidade da região.

O Ministério do Desenvol-vimento Agrário (MDA), em parceria com a Associação Agroecológica de Alagoas, in-vestiu em ações de Assistência Técnica e Extensão Rural para a comunidade Wassu Cocal. O trabalho, que teve início há seis anos, deu bons resultados para os indígenas, com a estru-turação da cadeia produtiva do mel por meio de ações que pro-moveram o desenvolvimento sustentável da região.

O indígena Carlos Gomes de Freitas participou de oficinas de apicultura em Limoeiro do Norte, no Ceará, e viu na ati-vidade a possibilidade de gerar renda e produzir o alimento de forma sustentável com base em técnicas agroecológicas de produção.

“A produção de mel ganhou um incentivo com a vinda de técnicos para a Associação. Recebemos capacitação e qua-lificação relacionadas a manejo para aprimorar a produção de pólen e própolis. Atualmen-te, são 480 colméias em cinco apiários espalhados na Mata Atlântica”, conta.

“Hoje sou um agente multi-plicador e levo palestras e cur-sos sobre a apicultura ao povo indígena da Aldeia Boqueirão, na cidade de Palmeira dos Ín-dios, em Alagoas, e em Sergi-pe, na Serra de Santo Amaro. Cada índio da ideia convencido da produção do mel é menos uma árvore cortada e autono-mia financeira na busca pela conquista do próprio negócio”, destaca Freitas.

“Aqui, nós trabalhamos mui-to com o meio ambiente, com reflorestamento, conservação de nascentes, até porque nos-sas amigas abelhas só bebem água limpa. Então, é obrigação dos apicultores protegerem as nascentes”, informa o indíge-na.

O presidente da Associação Agroecológica lembrou o papel fundamental do Banco do Nor-

deste no sentido de acreditar na ideia e contribuir no apoio ao financiamento da compra de material apícola para os indígenas. “A atividade me-lhorou muito depois dos equi-pamentos instalados. Tivemos também o apoio do MDA e a comunidade indígena comprou maquinários e montou a estru-tura para o beneficiamento do mel”, completa Freitas.

Edmilton Cerqueira, coor-denador para Povos e Comu-nidades Tradicionais do MDA, ressaltou que os serviços de Assistência Técnica e Exten-são Rural (Ater) - programa da agricultura familiar que ajuda a reduzir a desigualdade social e fortalece a cultura indígena -, são importantes e de destaque na busca pelo étnico desenvol-vimento das comunidades indí-genas.

Segundo ele, o programa é uma reivindicação de todas as comunidades para consolida-rem e ampliarem seu processo de organização produtiva de acordo com a realidade de cada povo, respeitando a cultura, a organização social, além de va-lorizar e fortalecer os saberes tradicionais. (A.P.O.)

Índios buscam espécies que floresçam fora de época para produzir durante todo o ano

Carlos Gomes de Freitas avisou que o grupo indígena es-tuda atualmente uma forma de produzir o mel durante todo o ano. “Estamos fazendo um tra-balho de catalogação das ma-tas e procurando espécies que floresçam fora de época. Dessa forma, poderemos ter mel o ano inteiro, inclusive no período de entressafra”, revela. A previsão é que em cinco ou seis anos eles consigam colocar o projeto em prática.

Enquanto isso não ocorre, Freitas mostra à reportagem a salinha de extração do mel da associação e a obra que já foi ini-ciada e que, futuramente, será chamada “Casa do Mel”. Com tudo pronto, ele diz que preten-de melhorar ainda mais a qua-lidade do produto e de vida dos agricultores.

“A gente tem um produ-to com sanidade, como exige o mercado, e brevemente quere-mos aumentar a nossa produção

para vender em mais lugares. A duplicação das rodovias que passam aqui perto da aldeia também vai nos ajudar. A pre-visão é sempre boa e positiva”, aguarda otimista.

Para especialistas, a fase ilustra bem o retrato atual do povo indígena e não é, nem de longe, parecido com o que vi-viam no período da colonização, onde ocupavam apenas a con-dição de meros ‘coadjuvantes’, oferecendo mão de obra escrava para os interesses da província e do poder econômico.

Na busca pela autonomia fi-nanceira sem ameaçar sua cul-tura, os índios vão se adequando à realidade por meio de projetos, financiamentos e programas so-ciais para dar respostas as suas necessidades.

Para o sociólogo Jorge Vieira, também mestre em desenvolvi-mento local, já não se fazem ín-dios como antigamente, quando o modelo de desenvolvimento

adotado, desde a colonização do Brasil, em 1511, era puramente de exploração da mão de obra escrava para extrair a riqueza e exportar.

“Permaneceu assim durante o período do Império para os in-teresses da província, do poder econômico e missionário tam-bém. Porém, este conceito mu-dou tendo como base o desenvol-vimento étnico econômico com modelos diferentes”, explica o sociólogo.

Para Vieira, se os territórios fossem demarcados a situação seria ainda melhor na questão do empreendedorismo indígena. “Eles não precisariam sair da aldeia para trabalhar no comér-cio como funcionários, mas eles estão buscando esta autonomia do empreender na economia de mercado na perspectiva da agro-ecologia. Ao buscarem alterna-tivas do modelo capitalista, já sinalizam para este progresso”, completa o sociólogo. (A.P.O.)

Etnia busca autonomia financeira aomesmo tempo que preserva cultura naaldeia Wassu Cocal, em Joaquim Gomes

Índios empreendedores do melANA PAULA OMENAREPÓRTER

Mel. Três letras que não representam apenas si-nônimo de doçura, mas

semelhança a ouro nas mãos de cinco mil índios empreendedores na Zona da Mata de Alagoas. Capacitados há seis anos, um grupo da aldeia Wassu Cocal, no município de Joaquim Go-mes, com pouco mais de 22.600 habitantes, tem naturalmente na veia o “DNA empreendedor” - eles desenvolvem atividades agroecológicas de subsistência dando os primeiros passos para o desenvolvimento étnico na re-gião.

Ouvir índios falando de gestão estratégica é um tanto curioso e caracteriza o progresso econômi-co deste povo, antes escraviza-do no período da colonização do Brasil. Aos poucos, mas sem per-der a sua cultura, penachos, arco e flecha vão sendo substituídos por roupas da apicultura, aven-tal, botas, chapéu, entre outros acessórios e equipamentos indis-pensáveis para a realização do empreendedorismo oriundo do mel de abelha nas aldeias.

O que antes era arriscado, se tornou algo rentável para o indígena Carlos Gomes de Frei-tas. Há seis anos, ele e alguns companheiros participaram de um curso ministrado pela Coope-rativa de Produtores de Mel de

Abelha e Derivados (Coopmel) dentro da aldeia, e, desde então, o agricultor familiar indígena, morador da aldeia Wassu Co-cal, se interessou pelo tema e se tornou um apicultor apaixonado pelo trabalho.

Há quem diga que, basta fa-lar de abelhas, para o sorriso do índio Freitas se abrir e seus olhos brilharem. “A necessidade aliou-se à veia empreendedora”, diz o apicultor indígena. Frei-tas explicou que foi por meio do Programa Nacional de Fortale-cimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do De-senvolvimento Agrário (MDA), que tudo começou.

Freitas, que é o presidente da Associação Indígena Agroe-cológica Wassu Cocal - com 32 integrantes e apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) -, fri-sou que junto às demais famílias apicultoras da aldeia consegui-ram a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e com o documen-to em mãos acessaram o Pronaf Floresta, uma iniciativa pioneira em Alagoas.

O Pronaf Floresta é um finan-ciamento de investimentos em projetos para sistemas agroflo-restais, exploração extrativista ecologicamente sustentável, pla-no de manejo florestal, recompo-sição e manutenção de áreas de preservação permanente, reser-va legal e recuperação de áreas degradadas.

COLHEITA

Cerca de três toneladas do produto em oito meses

Carlos Gomes de Freitas ex-plicou que o período de colheita do mel vai do início da primave-ra, em setembro, até abril. Nes-ses oito meses, os índios envolvi-dos no negócio conseguem tirar cerca de três toneladas de mel e os compradores que se interes-sam pelo produto compram em ‘grosso’ para vender nas feiras livres do município de Joaquim Gomes.

Mas pensa que parou só na cidade? Nada disso. O progresso das vendas, mesmo que aos pou-cos, se expande para as cidades vizinhas, como também para a capital, Maceió, além de Recife, sem contar que os indígenas en-comendam também para empre-sários do Rio de Janeiro.

Manoel Souza, índio também envolvido no empreendedorismo do mel, contou que a propagan-da do mel limpo e livre de pragas extraído direto da mata atrai, do mesmo modo, os empresários do Estado e assim o negócio se estende. “Vendemos para mer-cados, feiras livres e eventos lo-cais. O litro do produto é vendido

a R$ 30, em média”, informa.O indígena Jadson Santos, 23

anos, não hesitou em falar sobre o seu encantamento com a pro-dução de mel dentro da mata. “É gratificante, porém, custa muito suor e trabalho árduo; do mel tudo se aproveita e sei que teremos ainda mais avanços a partir desta matéria-prima. Tenho a prática e quero aliar à teoria, quero crescer com esta produção, tenho muitos sonhos a partir deste alimento tão im-portante para a vida humana”, destacou.

A jovem indígena Jarmylle de Souza também conta do seu en-cantamento pelo mel. Ela disse que começou a ajudar o pai junto com os irmãos e sua mãe há dois anos, e frisou que a tendência é se envolver ainda mais com este tipo de empreendimento. “Antes a gente vivia do que plantava. Hoje a realidade é outra com a ideia do mel nas matas da al-deia. Quero ajudar ainda mais a minha família e, quem sabe, ser dona do meu próprio negócio futuramente”, ressalta. (A.P.O.)

Carlos de Freitas se tornou um apicultor apaixonado pelo trabalho Colheita do mel vai do início da primavera, em setembro, e segue até abril Para Jorge Vieira, se os territórios fossem demarcados, situação seria melhorMel encanta e Jarmylle faz planos de montar seu próprio negócio Jovem indígena, Jadson Santos também sonha com o mel no futuro Na aldeia, mel é produzido de forma sustentável com base na agroecologia

FOTOS: SANDRO LIMA

Eles preveem colocar projeto em prática em cinco ou seis anos

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MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015 CIDADES 11MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

DUPLA28

INOVAÇÃO

Apicultura é a principal atividade de 25 famílias da Wassu Cocal

A criação de abelhas se trans-formou em uma fonte alterna-tiva de renda e preservação ambiental para indígenas da comunidade Wassu Cocal. Em uma área demarcada de 2.758 hectares, 25 famílias têm na apicultura sua principal ati-vidade, que, além de produzir alimentos saudáveis, também preserva a biodiversidade da região.

O Ministério do Desenvol-vimento Agrário (MDA), em parceria com a Associação Agroecológica de Alagoas, in-vestiu em ações de Assistência Técnica e Extensão Rural para a comunidade Wassu Cocal. O trabalho, que teve início há seis anos, deu bons resultados para os indígenas, com a estru-turação da cadeia produtiva do mel por meio de ações que pro-moveram o desenvolvimento sustentável da região.

O indígena Carlos Gomes de Freitas participou de oficinas de apicultura em Limoeiro do Norte, no Ceará, e viu na ati-vidade a possibilidade de gerar renda e produzir o alimento de forma sustentável com base em técnicas agroecológicas de produção.

“A produção de mel ganhou um incentivo com a vinda de técnicos para a Associação. Recebemos capacitação e qua-lificação relacionadas a manejo para aprimorar a produção de pólen e própolis. Atualmen-te, são 480 colméias em cinco apiários espalhados na Mata Atlântica”, conta.

“Hoje sou um agente multi-plicador e levo palestras e cur-sos sobre a apicultura ao povo indígena da Aldeia Boqueirão, na cidade de Palmeira dos Ín-dios, em Alagoas, e em Sergi-pe, na Serra de Santo Amaro. Cada índio da ideia convencido da produção do mel é menos uma árvore cortada e autono-mia financeira na busca pela conquista do próprio negócio”, destaca Freitas.

“Aqui, nós trabalhamos mui-to com o meio ambiente, com reflorestamento, conservação de nascentes, até porque nos-sas amigas abelhas só bebem água limpa. Então, é obrigação dos apicultores protegerem as nascentes”, informa o indíge-na.

O presidente da Associação Agroecológica lembrou o papel fundamental do Banco do Nor-

deste no sentido de acreditar na ideia e contribuir no apoio ao financiamento da compra de material apícola para os indígenas. “A atividade me-lhorou muito depois dos equi-pamentos instalados. Tivemos também o apoio do MDA e a comunidade indígena comprou maquinários e montou a estru-tura para o beneficiamento do mel”, completa Freitas.

Edmilton Cerqueira, coor-denador para Povos e Comu-nidades Tradicionais do MDA, ressaltou que os serviços de Assistência Técnica e Exten-são Rural (Ater) - programa da agricultura familiar que ajuda a reduzir a desigualdade social e fortalece a cultura indígena -, são importantes e de destaque na busca pelo étnico desenvol-vimento das comunidades indí-genas.

Segundo ele, o programa é uma reivindicação de todas as comunidades para consolida-rem e ampliarem seu processo de organização produtiva de acordo com a realidade de cada povo, respeitando a cultura, a organização social, além de va-lorizar e fortalecer os saberes tradicionais. (A.P.O.)

Índios buscam espécies que floresçam fora de época para produzir durante todo o ano

Carlos Gomes de Freitas avisou que o grupo indígena es-tuda atualmente uma forma de produzir o mel durante todo o ano. “Estamos fazendo um tra-balho de catalogação das ma-tas e procurando espécies que floresçam fora de época. Dessa forma, poderemos ter mel o ano inteiro, inclusive no período de entressafra”, revela. A previsão é que em cinco ou seis anos eles consigam colocar o projeto em prática.

Enquanto isso não ocorre, Freitas mostra à reportagem a salinha de extração do mel da associação e a obra que já foi ini-ciada e que, futuramente, será chamada “Casa do Mel”. Com tudo pronto, ele diz que preten-de melhorar ainda mais a qua-lidade do produto e de vida dos agricultores.

“A gente tem um produ-to com sanidade, como exige o mercado, e brevemente quere-mos aumentar a nossa produção

para vender em mais lugares. A duplicação das rodovias que passam aqui perto da aldeia também vai nos ajudar. A pre-visão é sempre boa e positiva”, aguarda otimista.

Para especialistas, a fase ilustra bem o retrato atual do povo indígena e não é, nem de longe, parecido com o que vi-viam no período da colonização, onde ocupavam apenas a con-dição de meros ‘coadjuvantes’, oferecendo mão de obra escrava para os interesses da província e do poder econômico.

Na busca pela autonomia fi-nanceira sem ameaçar sua cul-tura, os índios vão se adequando à realidade por meio de projetos, financiamentos e programas so-ciais para dar respostas as suas necessidades.

Para o sociólogo Jorge Vieira, também mestre em desenvolvi-mento local, já não se fazem ín-dios como antigamente, quando o modelo de desenvolvimento

adotado, desde a colonização do Brasil, em 1511, era puramente de exploração da mão de obra escrava para extrair a riqueza e exportar.

“Permaneceu assim durante o período do Império para os in-teresses da província, do poder econômico e missionário tam-bém. Porém, este conceito mu-dou tendo como base o desenvol-vimento étnico econômico com modelos diferentes”, explica o sociólogo.

Para Vieira, se os territórios fossem demarcados a situação seria ainda melhor na questão do empreendedorismo indígena. “Eles não precisariam sair da aldeia para trabalhar no comér-cio como funcionários, mas eles estão buscando esta autonomia do empreender na economia de mercado na perspectiva da agro-ecologia. Ao buscarem alterna-tivas do modelo capitalista, já sinalizam para este progresso”, completa o sociólogo. (A.P.O.)

Etnia busca autonomia financeira aomesmo tempo que preserva cultura naaldeia Wassu Cocal, em Joaquim Gomes

Índios empreendedores do melANA PAULA OMENAREPÓRTER

Mel. Três letras que não representam apenas si-nônimo de doçura, mas

semelhança a ouro nas mãos de cinco mil índios empreendedores na Zona da Mata de Alagoas. Capacitados há seis anos, um grupo da aldeia Wassu Cocal, no município de Joaquim Go-mes, com pouco mais de 22.600 habitantes, tem naturalmente na veia o “DNA empreendedor” - eles desenvolvem atividades agroecológicas de subsistência dando os primeiros passos para o desenvolvimento étnico na re-gião.

Ouvir índios falando de gestão estratégica é um tanto curioso e caracteriza o progresso econômi-co deste povo, antes escraviza-do no período da colonização do Brasil. Aos poucos, mas sem per-der a sua cultura, penachos, arco e flecha vão sendo substituídos por roupas da apicultura, aven-tal, botas, chapéu, entre outros acessórios e equipamentos indis-pensáveis para a realização do empreendedorismo oriundo do mel de abelha nas aldeias.

O que antes era arriscado, se tornou algo rentável para o indígena Carlos Gomes de Frei-tas. Há seis anos, ele e alguns companheiros participaram de um curso ministrado pela Coope-rativa de Produtores de Mel de

Abelha e Derivados (Coopmel) dentro da aldeia, e, desde então, o agricultor familiar indígena, morador da aldeia Wassu Co-cal, se interessou pelo tema e se tornou um apicultor apaixonado pelo trabalho.

Há quem diga que, basta fa-lar de abelhas, para o sorriso do índio Freitas se abrir e seus olhos brilharem. “A necessidade aliou-se à veia empreendedora”, diz o apicultor indígena. Frei-tas explicou que foi por meio do Programa Nacional de Fortale-cimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do De-senvolvimento Agrário (MDA), que tudo começou.

Freitas, que é o presidente da Associação Indígena Agroe-cológica Wassu Cocal - com 32 integrantes e apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) -, fri-sou que junto às demais famílias apicultoras da aldeia consegui-ram a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e com o documen-to em mãos acessaram o Pronaf Floresta, uma iniciativa pioneira em Alagoas.

O Pronaf Floresta é um finan-ciamento de investimentos em projetos para sistemas agroflo-restais, exploração extrativista ecologicamente sustentável, pla-no de manejo florestal, recompo-sição e manutenção de áreas de preservação permanente, reser-va legal e recuperação de áreas degradadas.

COLHEITA

Cerca de três toneladas do produto em oito meses

Carlos Gomes de Freitas ex-plicou que o período de colheita do mel vai do início da primave-ra, em setembro, até abril. Nes-ses oito meses, os índios envolvi-dos no negócio conseguem tirar cerca de três toneladas de mel e os compradores que se interes-sam pelo produto compram em ‘grosso’ para vender nas feiras livres do município de Joaquim Gomes.

Mas pensa que parou só na cidade? Nada disso. O progresso das vendas, mesmo que aos pou-cos, se expande para as cidades vizinhas, como também para a capital, Maceió, além de Recife, sem contar que os indígenas en-comendam também para empre-sários do Rio de Janeiro.

Manoel Souza, índio também envolvido no empreendedorismo do mel, contou que a propagan-da do mel limpo e livre de pragas extraído direto da mata atrai, do mesmo modo, os empresários do Estado e assim o negócio se estende. “Vendemos para mer-cados, feiras livres e eventos lo-cais. O litro do produto é vendido

a R$ 30, em média”, informa.O indígena Jadson Santos, 23

anos, não hesitou em falar sobre o seu encantamento com a pro-dução de mel dentro da mata. “É gratificante, porém, custa muito suor e trabalho árduo; do mel tudo se aproveita e sei que teremos ainda mais avanços a partir desta matéria-prima. Tenho a prática e quero aliar à teoria, quero crescer com esta produção, tenho muitos sonhos a partir deste alimento tão im-portante para a vida humana”, destacou.

A jovem indígena Jarmylle de Souza também conta do seu en-cantamento pelo mel. Ela disse que começou a ajudar o pai junto com os irmãos e sua mãe há dois anos, e frisou que a tendência é se envolver ainda mais com este tipo de empreendimento. “Antes a gente vivia do que plantava. Hoje a realidade é outra com a ideia do mel nas matas da al-deia. Quero ajudar ainda mais a minha família e, quem sabe, ser dona do meu próprio negócio futuramente”, ressalta. (A.P.O.)

Carlos de Freitas se tornou um apicultor apaixonado pelo trabalho Colheita do mel vai do início da primavera, em setembro, e segue até abril Para Jorge Vieira, se os territórios fossem demarcados, situação seria melhorMel encanta e Jarmylle faz planos de montar seu próprio negócio Jovem indígena, Jadson Santos também sonha com o mel no futuro Na aldeia, mel é produzido de forma sustentável com base na agroecologia

FOTOS: SANDRO LIMA

Eles preveem colocar projeto em prática em cinco ou seis anos

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TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015CIDADES 12

Esquadrilha da Fumaça nos 200 AnosGrupo de sete aeronaves com as cores da bandeira brasileira será atração especial do bicentenário de Maceió, no próximo dia 5

Olha pro céu, meu amor... É a Esquadrilha da Fu-maça que desponta no

horizonte e garante presença na festa dos 200 Anos de Maceió. O grupo de sete aeronaves com as cores da bandeira brasileira vai desenhar um rastro de fu-maça no céu azul de Maceió. A exibição acontecerá no dia 5 de dezembro, pontualmente às 15h30, na altura da orla da Pa-juçara, onde logo após a apre-sentação, acontecerá o Desfile Cívico-Militar do bicentenário.

A Esquadrilha apresentará manobras arrojadas e emocio-nantes que prometem impres-sionar o público na capital. Para isso, Maceió recebeu essa semana a visita do oficial pre-cursor da Esquadrilha da Fu-maça, capitão Thiago Romeiro Capuchinho, que juntamente com o sargento Rodrigo Carlos Senareli, fez o reconhecimento do local onde será feita a exibi-ção.

O presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac), Vinicius Palmeira, re-cebeu a equipe de precursão na sede da Fmac, onde foram defi-nidos todos os detalhes da ação.

Vinicius Palmeira destaca que o Município atendeu todas as condições para a apresen-tação e garante: “Na próxima semana toda a equipe – 28 ofi-ciais, entre pilotos e mecânicos –, chega a Maceió para o mo-mento histórico do bicentenário da nossa capital”.

Os “Fumaceiros”, como são chamados os componentes da Esquadrilha, pilotarão uma ae-ronave turboélice, o Super Tu-cano. A aeronave, utilizada na formação de pilotos de caça e na defesa das fronteiras do Brasil, incorpora os últimos avanços em aviônicos e armamentos.

Segundo o capitão Thiago Romeiro Capuchinho, a apre-sentação durará cerca de 40 minutos e contará com toda a estrutura característica, con-tando, inclusive, com trilha musical e locução especializa-

da que guiará o público sobre todas as manobras que estarão sendo realizadas no céu. “É uma alegria para nós participar da celebração de uma data tão importante para a cidade”, diz.

ESQUADRILHAO Esquadrão de Demons-

tração Aérea, ou Esquadrilha da Fumaça, foi criado em 1952 e é responsável pela divulga-ção da Força Aérea Brasileira (FAB) em território nacional e internacional. Composto por 13 pilotos altamente treinados e capacitados, o Esquadrão tem mais de 3.600 demonstrações realizadas no Brasil e no exte-rior. Reconhecida mundialmen-te, a Esquadrilha representa o Brasil nos principais eventos aeronáuticos.

DESFILELogo após a apresentação

da Esquadrilha da Fumaça, a Avenida Dom Antônio Gouveia, na Pajuçara, será palco de um grande desfile cívico-militar, com estudantes da Rede Pú-blica (Municipal e Estadual) e Privada de Ensino, militares do Exército, Marinha e Polícia Militar.

Às 19h, a fachada do edifício histórico da Associação Comer-cial de Maceió, em Jaraguá, vai virar tela para projeção em três dimensões de imagens da cul-tura de Maceió, entre outras. O Vídeo Mapping, já bastante difundido em grandes capitais mundo afora, chega pela pri-meira vez a Maceió e promete empolgar o público, fazendo uso de alta tecnologia de projeção.

Na sequência, o espetáculo “Maceió Meu Xodó” reunirá cer-ca de 400 artistas alagoanos em uma grande celebração cultural em homenagem ao Bicentená-rio de Maceió. O espetáculo traz um resumo da produção cultu-ral da cidade, das tradições po-pulares às manifestações mais contemporâneas.

Para encerrar as comemo-rações, haverá grande show pi-rotécnico junto com a execução dos parabéns para Maceió.

SECOM MACEIÓ

Integrantes da Esquadrilha vieram a Maceió fazer reconhecimento do local da exibição

Fim de Papo!

Na juventude, o Elesbão Gumercindo foi um boêmio de marca maior. Concluiu o antigo curso primário no Grupo Escolar Alberto Torres, localizado no histórico e tradicionalíssimo Bebedouro, e logo passou a exercer o ofício de vigilante da

estação de passageiros da Rede Ferroviária do Nordeste, situada no sobredito bairro. Naquela época, idos de 1937, ele já era ligado no barato musical que mais fazia suc-esso nas vozes de Ataulpho Alves, Ciro Monteiro, Vicente Celestino, Orlando Silva, Síl-vio Caldas, Carlos Galhardo, Ivon Cury, Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves, Francisco Alves. Na verdade, Elesbão era um cantor frustrado. Incontáveis foram as tentativas que fez para ingressar na vida artística, interpretando as chamadas “cavernosas”, que tanto maltratavam os corações das donzelas e balzaquianas apaixonadas, nas vozes dos astros relacionados nas linhas anteriores. Quando estava de serviço na estação da RFN, Elesbão não pregava o olho, porque estava sempre ligado nos programas das rádios Tupy, Nacional, Record, Mayrink Veiga e Clube de Pernambuco (Alagoas ainda não tinha ingressado na era da radiodifusão). Ele prestava mais atenção no receptor (um aparelho Philps de 12 vál-vulas), que levava de casa (na cabeça) para se deleitar com as audições musicais que varavam as madrugadas e entravam pelas manhãs. Valia a pena escutar os musicais, que eram apresentados pelos famosos locutores Jorge Murad, César Ladeira, Flávio Cavalcanti, José Renato, Collid Filho, César de Alencar... Décadas mais tarde, com a chegada da televisão, quase todos esses astros se transferiram definitivamente para ela. Vibrado nos musicais de outrora, Elesbão foi o primeiro alagoano a se utilizar da grande novidade da década de 50: o rádio portátil a pilha. Para onde ia, levava o aparelho à tira-colo. Morador da histórica Rua do Banheiro, que ficava a poucos met-ros de sua residência, no Bebedouro, Elesbão também tinha facilitado o seu acesso ao “gamba” do Alto da Palmeira, através de uma ladeirinha que serpenteava por trás de casa. As quengas do pedaço adoravam quando ele baixava por lá, carregando o seu volumoso rádio portátil. Parecia mais uma maleta. Elesbão já tinha a sua mesa garantida na birosca da Jandira, uma raparigona adiposa, cujos peitos desabavam até a altura dos joelhos. O amigão puxava a cadeira, sentava a bunda nela, sintonizava o aparelho radiofônico, abria o volume até topar, mandava descer uma garrafa de cachaça “Chica Boa” e um prato de sururu afarin-hado... E chamava na grande. Era vida de rei. Nessa vivência, Elesbão gastou mais da metade do tempo estipulado para sua per-manência no serviço ativo da empresa ferroviária. A boemia estragou sua performance como vigilante do patrimônio da RFN. Dia sim, dia não, ele chegava ao trabalho mais bêbado do que gambá. Depois, começou a faltar ao serviço.

Foi demitido. Sem ter nada mais importante para fazer na vida, Elesbão Gumercindo resolveu fixar residência na área reservada ao meretrício do Alto da Palmeira e lá permane-ceu até ser expulso pela dona do barraco que ocupava, por inadimplência e outras irresponsabilidades mais. Mas o rádio portátil ele não largava. E ficou fazendo biscates para sobreviver, em tudo quanto era biboca de Bebedouro e adjacências. A teimosia desse ilustre cidadão foi a salvação da sua “lavoura”, por um consid-erável período. Os anos se passaram, vieram os tempos mais difíceis e tortuosos que Elesbão teve de enfrentar. Mas, ele venceu, mais uma vez, a desgraça. Foi quando lhe surgiu uma oportunidade de emprego, dentro daquilo que ele mais sabia fazer: atuar como vigilante noturno numa empresa de transporte coletivo. Elesbão já completara 60 anos de idade e a boemia para ele já era considerada praticamente coisa do passado. Na ocasião em que foi confirmado para assumir, de imediato, o posto de vigilante noturno na sede da empresa referenciada, Elesbão fez uma exigência: - Concordo com tudo o que está aí o papel. Mas tenho uma pretensão, que gostaria fosse atendida... - Pois não. Que pretensão é essa, senhor Elesbão? – perguntou o rapaz que respondia pelo setor de pessoal. - Gostaria que a empresa me liberasse um rádio portátil, porque o meu não fun-ciona mais. – esclareceu ele. - Perfeitamente! – concordou o funcionário. – Infelizmente, não podemos liberar hoje, esse rádio para o senhor... Exibindo a maior cara de tristeza, Elesbão lamentou: - É uma pena, doutor. Eu me habituei a trabalhar de vigia escutando rádio, sabe? Sou louco por um rádio. Não abro mão de ouvir a minha musiquinha, enquanto tra-balho. Até porque o rádio não me deixar cochilar. Cidadão de bom coração, o chefe de pessoal compadeceu-se da situação do vigilante: - Vou quebrar o galho pro senhor... Mas, provisoriamente, certo? - Certo, doutor! – alegrou-se Elesbão. - Vou fazer o seguinte... lá dentro, no escritório, tem um rádio portátil muito lindo, que pertence à esposa do patrão. Por sorte, ela o esqueceu aqui! - Ôba! - Como o senhor vai começar no serviço esta noite, e não temos condições, no momento, de comprar um rádio novo, vou quebrar o seu galho lhe emprestando da pa-troa. Mas, vou logo lhe advertindo, seu Elesbão: esse rádio é caríssimo. Foi presente de aniversário do doutor Maurício para dona Ismênia, a esposa dele, que completou hoje 60 anos! - Parabéns pra ela! – bajulou Elesbão. - Um momentinho, que vou lá dentro busca-lo! Não demorou muito, o cara voltou com um embrulho finíssimo. Depositou-o sobre a mesa e, de dentro do referido, retirou um receptor radiofônico todo cheio de floreios dourados, coisa finíssima! - Olha, seu Elesbão, este vai ser o nosso segredo. Ninguém pode saber que lhe abri essa concessão. – advertiu o funcionário. – Ouça a sua musiquinha e depois coloque o rádio no devido lugar, tudo na conformidade do que encontramos, tá bom assim? - Tá, ótimo doutor. Deus lhe pague! Agora vou trabalhar sossegado. Horas se passaram e aí, por volta de meia-noite, Elesbão ligou o rádio no programa “Fim de Papo”, do Stênio Reis, puxou a cadeira que lhe fora destinada, sentou-se nela, esticou as canelas para relaxar um pouco e... tão cansado se achava que, sem querer, fechou os olhos. Mal fechou os olhos, agarrou no sono. Coincidente-mente, naquele momento, foi passando um ladrão, sem e menor pretensão de afanar alguma coisa naquela empresa. Mas, ao reparar naquela coisa linda de rádio dando sopa no colo do vigilante, que puxava um ronco seguro, apossou-se indevidamente do aparelho. E saiu, rua afora, escutando, numa boa, o baixinho Stênio Reis interagir com os seus ouvintes. Dia seguinte, estavam no olho da rua, o bem intencionando funcionário da au-toviária e, claro, o azarado Elesbão Gumercindo.

Padre proíbe reuniões

Como se já não bastasse à falta de respeito da Prefeitura da Barra de Santo Antônio com os professores

e demais servidores da rede educa-cional do município, que estão vivendo um verdadeiro caos com atraso de salários, o padre Aristides, da paroquia local, decidiu proibir à realização de uma assembleia da categoria que luta para receber o pagamento do mês de outubro, reajuste salarial e um sexto de férias.

IndignaçãoA professora Catarina Ferro, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Edu-cação do Estado de Alagoas - Sinteal, se mostrou indignada com a atitude do padre que determinou que a senhora Júlia, responsável pela paróquia, infor-masse da proibição das reuniões dos professores em um prédio anexo a Igreja. “Infelizmente, para a nossa indignação, nos chegou à informação de que o padre esteve reunido com o prefeito, Rogério Farias, em seu estabelecimento comercial (Pousada). Foi a partir daí que passamos a ser retaliados pelo padre”, disse a sindicalista.

Vai denunciarDiante da atitude do pároco Aristides, a professora Catariana Ferro informou que vai, no inicio da próxima semana, denunciar o caso ao Arcebispado, em virtude de eu a Igreja é da comunidade e não do padre ou do senhor prefeito.“Não podemos permitir que nos falte respeito. Estamos lutando por nossos direitos e infelizmente por uma atitude inconsequente o nosso último reduto onde nos reuníamos foi nos tirado. Portanto, só nos resta reclamar ao bispo”, concluiu a professora.Diga aí, tem jeito uma coisa dessas?!

Destino Se não podemos andar com os próprios pés, que o nosso destino seja conduzido pelas nossas mãos. E foi assim que o estudante Rafael Rodrigues da Silva, 21, se sentiu ao colocar as palmas das mãos em sua nova cadeira de rodas: encorajado para enfrentar os desafios diários.

ProjetoO jovem – que sonha em cursar a faculdade de Educação Física para ajudar pessoas como ele, que não têm a mobilidade das pernas – foi um dos agracia-dos pelo projeto encabeçado pela prefeita Célia Rocha. Nesta sexta-feira (27), a gestora entregou 300 cadeiras de rodas à população arapiraquense.

Mobilidade urbana“A gente não quer os louros, não quer manchetes de jornais. Queremos as pes-soas felizes e bem cuidadas; nosso compromisso é este. Quanto às cadeiras, es-tas são 300 de um total de mil que serão entregues a quem mais precisa. Estamos melhorando a mobilidade urbana e muita coisa ainda será feita”, diz Célia Rocha.

Casas novas em InhapiO prefeito Zé Cicero, de Inhapi, deu início às construções das casas para famílias carentes. As duas primeiras estão sendo construídas nos sítios maracujá e Laje do Nóia. No dia 22, o prefeito, técnicos da Funasa e sua comitiva de governo realizaram visitas a quatro das 12 famílias carentes contempladas com o projeto de substituição de casas de taipa por alvenaria no município de Inhapi.

Black FridayAs lojas de eletrônicos foram as mais procuradas pelos consumidores de Arapi-raca, durante a ação Black Friday, realizada na sexta-feira, 27, em todo o País. Mesmo com a crise, os lojistas revelaram que as vendas superaram a expectativa dos comerciantes.

Defesa do Velho ChicoA Fiscalização Preventiva Integrada na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do São Francisco) realizou, na sexta-feira, uma audiência pública no auditório do Instituto Federal de Alagoas, campus Palmeira dos Índios, para apresentar o balanço do trabalho em defesa do “Velho Chico” e da população dependente de suas águas. Um dos temas abordados foram os riscos decorrentes da situação precária de centros de saúde do interior.

Inspeção das unidadesA equipe da FPI do São Francisco responsável pela inspeção das unidades visitou os Centros de Saúde Josefa Barbosa César (Jaramataia), Professor Zerbini (Cacimbinhas) e Doutor Gastão Leão Rego (Estrela de Alagoas). Ela também fiscalizou a Casa Maternal Leonor Paes Ferro (Minador do Negrão), Unidade de Saúde e Maternidade Santina de Alburquerque (Igaci), Hospital Ezechias da Rocha (Major Izidoro), Hospital Regional Santa Rita e Unidade de Pronto Atendi-mento - UPA (Palmeira dos Índios).

Aterro em LimoeiroO prefeito de Limoeiro de Anadia, James Marlan Ferreira, disse que, somente quando o consórcio firmado com 18 cidades do Agreste para a construção de um aterro sanitário em Arapiraca for finalizado o problema poderá ser resolvido naquele município.

... No sábado, 28, uma comissão da prefeitura se reuniu mais uma vez com a direção da Usina Triunfo, para pleitear a doação de um terreno para o aterro e, caso positivo, irá dar início aos contatos junto ao IMA.

... Duzentos pipeiros selecionados para a operação Água é Vida receberam, esta semana, a documentação que autoriza o início do abastecimento de 38 municípios do Sertão, que estão em situação de emergência devido à estiagem prolongada. A distribuição começou a ser feita quinta-feira.

... O Governo Federal havia disponibilizado, inicialmente, R$ 10 milhões para o programa Água é Vida em Alagoas. No entanto, nesta fase inicial, apenas R$ 6 milhões foram liberados, valor que, segundo o major Darbio Alvim, da Defesa Civil, sustenta o andamento da operação por quatro meses.

... Cada pipeiro fica responsável por uma região específica, para que, dessa forma, todos os municípios, povoados e comunidades sejam atendidos e nenhuma família fique sem receber água limpa e própria para o consumo.

AÍLTON VILLANOVA [email protected]@hotmail.com

CidadesemFocoROBERTO BAIA

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MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015 ECONOMIA 13 TRIBUNAINDEPENDENTE

EconomiaPrazo para pagar eSocial termina nesta segunda-feiraA Receita Federal alertou que o prazo para pagamento da guia do eSocial, o Simples Doméstico, que reúne tributos como o FGTS e encargos trabalhistas, termina nesta segun-da-feira (30). No início de novembro, o governo decidiu es-tender o prazo em mais algumas semanas após uma série de falhas no site e reclamações de empregadores. A guia é um documento necessário para realizar o pagamento unificado dos tributos dos empregados domésticos e encargos relativos à competência do mês de outubro, como FGTS e INSS.

Energia segue em bandeira vermelhaNa prática, consumidores vão continuar pagando taxa extra na conta de luz durante mês de dezembro

Sistema de bandeiras tarifárias permite repasse mensal aos consumidores de parte do gasto extra das distribuidoras com custo de energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (An-eel) informou na sex-

ta-feira (27) que a bandeira tarifária seguirá vermelha no mês de dezembro. Na prática, os consumidores vão contin-uar pagando mais caro pela energia consumida, já que a bandeira vermelha mostra que o custo para gerar ener-gia no país está elevado, re-sultando em cobrança extra.

O sistema de bandeiras tarifárias, em vigor desde o início do ano, permite o re-passe mensal aos consumi-dores de parte do gasto extra das distribuidoras com o au-mento do custo da eletricida-de. Desde então, a bandeira tarifária no país é vermelha.

A cor da bandeira é im-pressa nos boletos das con-tas de luz. Se a cor é verde, a situação está normal e não há cobrança de taxa. Ama-rela, cobra-se R$ 2,50 para cada 100 kWh de energia consumidos. Já a verme-lha impõe a cobrança de R$ 4,50 a cada 100 kWh.

No final de agosto, a Aneel reduziu em 18% o valor da bandeira verme-lha. Até então, a cobrança adicional era de R$ 5,50 a

cada 100 kWh consumidos. A mudança foi resulta-

do da melhora do regime de chuvas e da redução do consumo de energia, devido à desaceleração econômica. Esse cenário mais favorá-vel permitiu o desligamento das térmicas de maior custo.

Conta mais cara em 2015 Por conta da escassez

de chuvas, que prejudicou o armazenamento nas re-presas das principais hidre-létricas do país, o governo vinha mantendo ligadas to-das as térmicas disponíveis desde o final de 2012. Como essa energia é mais cara, a medida contribuiu para a elevação do valor das con-tas de luz. Parte delas – as

de maior custo – só foi des-ligada em agosto deste ano.

Também ajudou a au-mentar os custos no setor elétrico o plano anunciado pelo governo no final de 2012 e que levou à redução das contas de luz em 20%. É que, para chegar a esse resultado, o governo antecipou a reno-vação das concessões de gera-

doras (usinas hidrelétricas) e transmissoras de energia que, por conta disso, precisa-ram receber indenização por investimentos feitos e que não haviam sido totalmente pagos. Essas indenizações ainda estão sendo pagas, e o custo tem sido repassa-do ao consumidor final por meio da elevação das tarifas.

O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015.

Isso porque o governo decidiu repassar aos con-sumidores todos os custos com os programas e ações no setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas. Em anos anterio-res, o Tesouro assumiu parte dessa fatura, o que permitiu aliviar as altas nas tarifas.

Novo aumento No final de setembro, a

Aneel determinou a adoção de uma nova metodologia de cobrança da Conta de Desenvolvimento Energéti-co (CDE), que é um encar-go cobrado nas contas de luz. Parte da conta, que até então era paga pelas indús-trias, será repassada aos consumidores residenciais, o que pode representar uma alta de até 8% nas contas de luz. O impacto no bolso do consumidor será sentido quando autorizado o reajus-te tarifário anual de cada distribuidora de energia.

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MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE

Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Bra-

sil) e da Confederação Na-cional de Dirigentes Lojistas (CNDL) feita somente com consumidores inadimplentes, em todas as capitais, rev-ela que muitos deles têm pouco ou nenhum conheci-mento sobre o seu orçamento. De acordo com o levanta-mento, quase a metade (47%) dos entrevistados reconhece saber pouco ou nada sobre a renda disponível para o próx-imo mês. E mesmo estando com contas atrasadas há mais de 90 dias, 53% dos consu-midores entrevistados não sabem ao certo quais despesas terão de cortar para reequili-brar o orçamento pessoal.

O comportamen-to inadimplente é prá-tica recorrente entre os entrevistados: 33% dos consu-midores ouvidos garantem fe-char o mês no vermelho, sem-pre ou na maioria das vezes.

DESINFORMADOSO estudo revela tam-

bém que quatro em cada dez (42%) entrevistados admitem saber pouco ou nada sobre o valor de suas

contas básicas do mês se-guinte, sendo que essa pro-porção aumenta entre os menores escolarizados: 49% para quem tem no máxi-mo o ensino fundamental.

O desconhecimento abrange inclusive as compras feitas no cartão de crédito.

Dentre os consumido-res inadimplentes ouvi-dos, 46% desconhecem ou sabem pouco sobre o valor total das compras feitas re-centemente no cartão, 47% não sabem ao certo quais produtos e serviços foram adquiridos no cartão de crédito e 48% admitem ter pouco ou nenhum conheci-mento sobre o número de parcelas em que dividiram as suas últimas compras.

“O desconhecimento em relação aos gastos com o car-tão de crédito é preocupan-te porque essa modalidade de crédito costuma oferecer taxas de juros elevados, com média acima de 400% ao ano, e pode representar um grave risco para as finan-ças do consumidor”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

DEVEDORES:

Inadimplentes fecham o mês no vermelho, segundo 33% dos entrevistados em pesquisa do SPC e CNDL

8,3%

Cai a busca por crédito dos consumidores, diz pesquisa

A demanda do consu-midor por crédito apontou queda de 7,7% no acumu-lado de 2015, de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC. Na va-riação acumulada em 12 meses (novembro de 2014 até outubro de 2015 contra os 12 meses anteceden-tes), houve recuo de 8,3%.

Já na avaliação con-tra o mesmo mês do ano anterior (out/15 contra out/14) o indicador ob-teve retração de 0,6%.

Na avaliação mensal (out/15 contra set/15), o in-dicador obteve elevação de 0,4%, descontados os efei-tos sazonais. Mantida a base de comparação, con-siderando os segmentos que compõem o indicador, nas instituições financei-ras houve queda de 7,7%,

enquanto para o segmen-to não-financeiro a varia-ção foi positiva em 5,9%.

O consumidor tem sido mais cauteloso em tem-pos de incerteza econômi-ca. Como consequência, a demanda por crédito vem desacelerando paulatina-mente desde meados de 2014, resultado observa-do na tendência de lon-go prazo (verificada pela variação acumulada em 12 meses). Ademais, os fatores macroeconômicos também têm contribuído decisivamente para pio-ra do índice ao longo dos últimos meses. Alta das taxas de juros, inflação consistentemente eleva-da e piora do mercado de trabalho são apenas algu-mas das variáveis condi-cionantes deste cenário.

Cerca de 10 milhões de artesãos brasileiros fo-ram reconhecidos como trabalhadores profissio-nais com a sanção este mês da Lei nº 13.180/2015.

O texto estabelece di-retrizes para as políti-cas públicas de fomento à profissão, institui a car-teira profissional para a categoria e autoriza o Po-der Executivo a dar apoio profissional aos artesãos.

A legislação define como artesão toda pessoa que desempenha atividades profissionais de forma indi-vidual, associada ou coope-rativada, com predomínio manual, podendo contar com o auxílio de ferramen-tas e outros equipamentos.

Entre as diretrizes estão a valorização da identidade e cultura nacionais, a desti-nação de linha de crédito es-pecial para o financiamento da comercialização da pro-dução artesanal e para a aquisição de matéria-prima e de equipamentos, além de qualificação permanente, apoio comercial e certificação da qualidade do artesanato.

A Carteira Nacional do Artesão, prevista na lei, será válida em todo o terri-tório nacional e só será re-novada com a comprovação das contribuições sociais para a Previdência Social.

A lei prevê também a criação da Escola Técni-ca Federal do Artesanato.

47% não sabem quanto ga-

ARTESÃOSRegulamentação deve beneficiar cerca de 10 milhões

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ESPORTES 15 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

Vasco promete pressão contra o SantosClube carioca precisa ganhar o jogo para evitar uma queda antecipada para Série B do Brasileirão em 2016

Trabalhando para se manter na Série A, o Vasco vem procurando

a melhor estratégia para derrotar o Santos. O duelo, válido pela penúltima ro-dada do Campeonato Bra-sileiro será neste domingo, às 16h (em Alagoas), em São Januário. O clube carioca precisa ganhar o jogo para evitar a queda antecipada e, por isso mesmo, os jogadores já avisaram que vão tomar a iniciativa do confronto. Alguns atletas vascaínos deram entrevistas e most-raram que estão focados e

confiantes na vitória, sem esquecer que do outro lado estará um adversário difícil. O lateral-esquerdo Júlio César reconhece a quali-dade do time da baixada, contudo, reforça o interesse do Vasco em dominar o jogo.

“Vamos precisar tomar a iniciativa, pressionar o San-tos desde o começo e mostrar que temos o maior interesse no jogo. O objetivo é ganhar e apenas isso interessa. Por-tanto, desde o começo vamos ter que nos comportar como quem vai pressionar o adver-sário. Respeitamos o Santos

e a sua qualidade, mas es-tamos em um momento da competição em que não po-demos discutir contra quem jogar”, disse.

O volante Serginho acre-dita que a iniciativa dos atle-tas dentro de campo pode ser o diferencial. “O Vasco vai precisar ficar atento para to-mar a iniciativa do confron-to desde o primeiro minuto. Não podemos permitir que o nosso adversário tome a ini-ciativa do jogo. Mas temos que controlar as ações e di-tar o nosso ritmo”, afirmou Serginho.

Time do Vasco sabe que precisa somente da vitória para continuar com chances de escapar do rebaixamento

TERRA

ARENA PERNAMBUCO

Sport Recife prega respeito ao time reserva do Corinthians

DUELO RUBRO-NEGRO

Atlético-PR recebe o Flamengo na Arena neste domingo

Neste domingo, às 16h (em Alagoas) o Sport en-frenta, na Arena Pernam-buco, o campeão Brasileiro antecipado, Corinthians. Com o título assegurado, a equipe paulista pode vir com um time misto. O que não significa em maior tranquilidade para o Leão. Afinal, os reservas corin-tianos humilharam o São Paulo com uma goleada de 6 a 1. Por essa razão, André e Renê esperam por uma partida complicada, em que o rubro-negro precisa estar em seu melhor nível para poder fechar a temporada como mandante com um re-sultado positivo.

“É um jogo importante, para fechar a nossa tem-porada aqui no Recife, en-tão a gente tem que fazer um grande jogo”, avaliou

André. Para o atacante, “o Corinthians é uma grande equipe. Campeã com todos os méritos”, mencionando a última rodada, com a golea-da sobre o rival São Paulo. Resultado construído com o time reserva. Fato que demonstra a força do elen-co corintiano. “É fácil esco-lher, né? Um meteu seis e o outro é campeão”, brincou o artilheiro rubro-negro, ale-gando que “não tem o que escolher. Quem vier vai ser um jogo super difícil.”

A atividade do já cam-peão brasileiro Corinthians ontem evidenciou qual deve ser a equipe para a penúl-tima partida do ano, con-tra o Sport, no Recife. Tite deu descanso a boa parte de seus titulares habituais e mostrou que deve apos-tar em uma espinha dorsal

similar à que aplicou 6 a 1 no São Paulo há uma sema-na. Sete jogadores daquele time, aparentemente, serão mantidos.

As novidades, salvo mu-dança nos dias até a parti-da, ficarão por conta dos re-tornos de Gil, Vagner Love e Jadson e pela oportunida-de a Cristian, que foi reser-va também no último sába-do. Segundo a indicação de Tite, Fagner, Ralf, Renato Augusto e Malcom não ini-ciam a partida em Pernam-buco. O Corinthians foi escalado com o jovem de-fensor Ygor da base entre os titulares, mas deve ter Felipe em seu lugar. Assim, o provável time é: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Uen-del; Cristian; Jadson, Bru-no Henrique, Rodriguinho e Romero; Vagner Love.

Adversários deste do-mingo, às 18h30 (em Maceió), na Arena da Baixada, Atlético-PR e Flamengo têm mais em comum do que as suas co-res. Colados na tabela do campeonato Brasileiro, as equipes não correm risco de rebaixamento e não têm mais chances de garantir uma vaga na Libertadores, mas, separados por apenas um ponto na classificação, vivem um pequeno due-lo particular para saber quem fica na parte de cima da tabela

O Flamengo tem 49 pontos e está na 11ª posi-ção, e o Atlético-PR vem logo em seguida com 48 pontos. Em caso de vitó-ria - e também resultados negativos de Palmeiras, Ponte Preta e até Cruzei-ro -, um deles pode chegar a até a oitava posição e se descolar de uma proximi-dade na tabela que já dura algumas rodadas.

Os times se aproxima-ram na tabela a partir da 31ª rodada, quando o Fla-mengo caiu da 7ª para a 10ª posição. Em queda li-

vre, o Atlético-PR caiu de produção e, a partir da 28ª rodada passou a ocupar a 11ª posição. Similares, as equipes também têm um jejum parecido de jogos sem vitória, com o Atlé-tico-PR chegando a ficar cinco jogos sem vencer, e o Flamengo quatro. No pri-meiro jogo dos dois times, vitória do Flamengo por 3 a 2 pela 18ª rodada, no Ma-racanã.

OUTROS JOGOS16h Grêmio x Atlético-MG16h Cruzeiro x Joinville17h Chapecoense x Goiás

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MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015ESPORTES16 TRIBUNAINDEPENDENTE

EsportesCSA deve iniciar trabalhos com bola já no início desta semanaOs primeiros trabalhos com bola do CSA devem começar nesta segunda ou terça-feira. O técnico Oliveira Canindé já queria ter esta movimen-tação neste domingo, mas alguns jogadores ainda devem fazer, exames e adaptação do clube do Mutange. “Antecipei algumas conversas, e nesta segunda começamos o trabalho. Queria fazer no domingo, mas sei que não pode ser assim. Então vou esperar até segunda para fazermos o que precisa ser feito”, disse Canindé. Mais da metade do elenco do CSA 2016 já está no Mutange e a ideia é trabalhar o grupo até o dia 15 de dezembro.

MB promete mais “ousadia” em 2016Presidente do CRB acredita em motivação maior dos torcedores com o calendário cheio e o Centro de Treinamentos

Brasileiro reconhece dificuldades no carro da Willians

A temporada do fute-bol profissional do CRB acabou. A par-

tir desta segunda-feira a direção do Galo começa a traçar os planejamentos para 2016. Serão inicial-mente quatro competições (Copa do Nordeste, Cam-peonato Alagoano, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro da Série B), e com isso o elenco precisa estar fortalecido. A base deste ano será mantida, mas o presidente Marcos Barbosa promete mais ousadia. “A torcida do CRB ainda não viu nada que o presidente vai fa-zer por este clube. Serei mais ousado. Vamos for-talecer o programa de sócio, vamos buscar mais parceiros e com isso fazer um time para brigar por coisas grandes em 2016. Nosso primeiro grande título será nosso CT. De-pois vem mais. O torcedor

regatiano pode esperar muita coisa boa”, disse Barbosa.

Desde quando foi acla-mado em dezembro de 2010, quando o CRB vi-via uma seca de títulos, Marcos Barbosa mudou a história recente do CRB. O Galo sofria com equipes limitadas tecnicamente, com brigas entre dirigen-tes, presidente brigando com jogador, derrotas em decisões, vários treinado-res demitidos e um uni-verso de dívidas e vários meses de salários atrasa-dos. “Pouca gente lembra quando começamos. As dificuldades. Mas tudo foi superado em em cinco anos de mandato conquis-tamos três títulos, lem-bra.

De lá para cá o presi-dente reorganizou a di-reção do CRB, convidou profissionais competentes para gerir a gestão, con-

seguiu patrocínio da Cai-xa Econômica Federal, quitou todos os débitos salariais, trabalhistas e outros, além de dois aces-sos para Série B do Bra-sileiro.

O presidente prometeu para 24 de dezembro a en-trega do Centro de Trei-namento Ninho do Galo, o quinto maior do Brasil.

Em um terreno de 300 mil metros quadrados, o CT do CRB será o quinto maior do país em área de terreno. O Ninho do Galo terá 4 cam-pos, 2 módulos de alojamen-tos com 12 apartamentos para o time profissional e 12 para a base, 2 poços artesia-nos para irrigação e manu-tenção, 1 academia moderna de 400 metros quadrados (uma das maiores do Brasil), 1 refeitório climatizado, 1 cozinha industrial, 1 módulo administrativo, 1 mini-audi-tório, dentre outros proje-tos de etapas futuras. Presidente Marcos Barbosa espera um 2016 com mais conquistas e promete ser mais ousado

FÓRMULA 1

Felipe Massa não mostra confiança para GP de Abu Dhabi

No GP de Abu Dhabi que encerrou a temporada de 2014, Felipe Massa termi-nou em segundo e por muito pouco não ameaçou a vitória do campeão Lewis Hamilton. Na corrida deste domingo às 10h (em Maceió), porém, o brasileiro é realista. Ciente de que a Williams perdeu terreno em relação à Mer-cedes este ano e sequer é a segunda força do grid, o ve-terano projeta, no máximo, uma briga por pódio.

“Esse ano pode ser mais difícil que no ano passado. Não podemos esquecer que no ano passado uma Merce-des teve um problema tam-bém. Éramos a segunda me-lhor equipe naquela situação do campeonato, mas esse ano nós temos uma outra equipe na nossa frente, que

é a Ferrari. Vai ser uma úl-tima corrida um pouco mais difícil que a do ano passado. Mas tomara que a gente con-siga ter a chance de brigar pelo pódio ou por uma ótima colocação”, disse Massa.

Sexto lugar no Mundial de Pilotos, Massa tem pouco o que almejar nos Emirados Árabes. Com 117 pontos, precisaria vencer e torcer para Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen marcarem pou-cos pontos para ficar com o quarto lugar no geral. Além disso, a Williams já garan-tiu o 3º lugar no Mundial de Construtores. Com a classi-ficação da temporada prati-camente definida, a equipe inglesa preferiu economizar dinheiro e não recorrer da desclassificação de Massa no GP do Brasil, apesar do bra-sileiro garantir ter certeza

de que tudo não passou de um erro na medição dos co-missários da FIA.

“Em duas voltas eu teria destruído os pneus. A gen-te resolveu não apelar por uma situação financeira, até porque nada iria mudar do jeito que o campeonato está. Chegamos em terceiro. Mas a gente tem certeza que a equipe não fez nada de erra-do, mas sim que deve ter tido algum erro do jeito que eles controlam. Mas independen-temente disso, nada funcio-nou bem desde a 1ª sessão até a corrida e tomara que tenha sido a única vez que tenha acontecido, porque sempre corri bem lá”. Os tí-tulos dos Mundiais de Pilo-tos e Construtores já foram decididos de forma antecipa-da em favor de Lewis Hamil-ton e equipe Mercedes.

G1

TERRA

ASCOM CRB

Presidente do São Paulo está pressionado para tirar o diretor de futebol após muitas polêmicas

Felipe Massa espera marcar pontos hoje no GP de AbuDhabi

SÃO PAULO

Presidente sofre pressão para demitir pivô de confusão

LIGA

Jogadores vão fazer parte do conselho

O presidente do São Pau-lo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, sofre pressão nos bastidores para demitir o vice--presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro. As críticas ao dirigente partem de conselhei-ros, diretores e até de alguns integrantes do próprio grupo político, “Legião Tricolor”, com-posto por aproximadamente 20 membros. A maioria é a favor da permanência, mas há quem seja favorável ao desligamento.

Aliados de Ataíde acreditam na possibilidade de o próprio vice pedir para sair no fim da temporada. A pressão sobre o seu trabalho aumentou após a goleada sofrida para o time re-serva do rival Corinthians, por 6 a 1, no domingo passado, na are-na de Itaquera. Por outro lado, pessoas que trabalham com o di-rigente creem na continuidade.

Os resultados do time na temporada são os principais ar-gumentos dos defensores da saí-da. Eliminado pelo Santos nas semifinais do Paulista e da Copa do Brasil, o Tricolor caiu nas oitavas de final na Taça Liber-tadores, diante do Cruzeiro, e encerra o ano atrás de uma vaga no G-4 do Brasileiro. O time per-deu nove dos 14 clássicos do ano.

Há também um aspecto po-lítico. Parte do grupo de Ataíde entende que se o dirigente pedir para sair é possível trabalhar um outro nome da “Legião Tri-color” para assumir a vice-pre-sidência de futebol, ainda que a possibilidade seja remota. Ou ao menos manter o mesmo pos-to em outro departamento. Por outro lado, o grupo teme que a eventual demissão faça o grupo perder o direito de um cargo des-se nível.

Lúcio Flávio, meia do Co-ritiba, e Wallace, zagueiro do Flamengo, farão parte do con-selho técnico da Primeira Liga, respectivamente como titular e suplente. A indicação foi feita pelo movimento Bom Senso FC a convite do diretor executivo Alexandre Kalil.

A escolha dos dois jogadores foi realizada por meio de votação entre os capitães dos times filia-dos à Primeira Liga. A principal atribuição do conselho é a apro-vação do regulamento do torneio e a inclusão de ao menos um jogador é uma norma do Profut que foi atendida por Kalil.

“Acredito ser uma evolução para o futebol brasileiro ter a presença de atletas nesse conse-lho. Tanto se fala em mudanças no nosso esporte e o espaço ad-quirido pelo atleta, mostra de al-guma forma, que todas as partes interessadas devem buscar uma integração e um futebol melhor para todos. Penso em contribuir e em representar bem a classe”, afirmou Lúcio Flávio, capitão do Coritiba, em comunicado.

Em 9 de novembro, em reu-nião entre os representantes da Série A do Campeonato Brasilei-ro, foi pleiteado à CBF que ca-pitães das equipes escolhessem quem seria os representantes dos atletas no conselho técnico do Brasileirão 2016.

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18 VEÍCULOS TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

Modelos são produzidos na fábrica de Sumaré, em SP

Desde o início do ano, a Mercedes-Benz, segue o conceito “Pensando no coletivo. Pensando no futuro”. E dando continuidade à campanha institucional “Mercedes-Benz, o ônibus da galera”, veiculada para motivar o usuário a se sentir coproprietário do trans-porte coletivo, a Empresa está realizando mais uma ação, identificada como “Eu uso, eu cuido”. A iniciativa, criada para incentivar o usuário a preservar o ônibus, que é seu patrimônio no dia a dia .

Campanha estimula público a se sentir coproprietário dos ônibus

Veículos

O Instituto GM entregou as casas que fizeram par-te do projeto em parceria com a ONG Habitat para a Humanidade na comu-nidade de Heliópolis com a GM Foundation, área de responsabilidade social da GM nos Estados Unidos.

O projeto no Brasil é pos-sível graças a uma doação de US$ 1 milhão da GM Foun-dation para Habitat para a Humanidade Internacional. A doação financiou a cons-trução de nove casas nos EUA e duas ações interna-cionais no Brasil e Nepal.

O projeto levou 20 empre-gados da GM do Brasil para fazerem reparos como pin-tura, remoção de entulho, reboco e preparo de cimento nas casas de oito famílias da região. A comunidade de Heliópolis possui aproxima-damente 200 mil habitantes e é localizada na divisa en-tre São Caetano do Sul e São Paulo. Desde a década de 70, a comunidade tem se apre-sentado como um exemplo de mobilização social. Hoje, a maior parte das casas da região já se transformou em construções de alvenaria e 75% da comunidade pos-sui infraestrutura urbana.

“Estamos orgulhosos em apoiar organizações como a Habitat para a Humanida-de que ajudam a tornar o sonho de uma casa melhor uma realidade para muitas famílias que vivem em ne-cessidade. É um compromis-so nosso com a sociedade, com nossos clientes e com o desenvolvimento susten-tável do país e das comu-nidades próximas da GM, além de ser uma oportuni-dade de retornar um pouco do que nos foi dado ao longo dos 90 anos que estamos no Brasil”, foi o que declarou Santiago Chamorro, pre-sidente da GM do Brasil.

HELIOPÓLIS

Instituto GMajuda comunidade

Nova geração do Marruá AM200 4X4Modelo é ideal para operações de busca e salvamento, além de auxiliar no atendimento às emergências

O Marruá é um veículo diferenciado que foi projetado para uso em operações severas, em locais de difícil acesso, que necessite de equipes com diferentes equipamentos

ANRAP

Remanufatura de autopeças cresce

LATIN NCAP

HR-V, Fit e City estão entre os veículos mais seguros

A Agrale expôs, entre 11 e 13 deste mês, no Centro de Convenções

da Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC/GO, a nova geração do utili-tário Marruá AM200 4x4 durante o XV Seminário Nacional de Bombeiros (Sen-abom) e Feira Internacional de Prevenção de Incêndios e Emergências (FIPIE), mais importante exposição do Corpo de Bombeiros no País. A empresa apresentou dois veículos Agrale Marruá AM200 Cabine Dupla ideais para as operações de busca e salvamento, e força-tarefa, além de poderem auxiliar no atendimento às emergências de combate ao fogo e resgate.

Segundo José Alberto Matos, gerente de marke-ting da Agrale, a empresa aproveitou o evento para apresentar a nova geração dos utilitários Marruá e estreitar o relacionamento com as corporações de bom-beiros do país. “A nova gera-ção do Marruá que apresen-tamos continua com o DNA militar. É uma verdadeira viatura que passou por uma importante reformulação, mantendo as suas carac-terísticas de produtivida-de e economia operacional.

Devido aos seus atribu-tos, o Agrale Marruá atende às exigências dos bombei-ros, que precisam enfren-tar condições adversas e terrenos irregulares. Além disso, oferece versatilida-de e robustez para as mais diversas aplicações, che-gando mais perto das ocor-rências, o que mantém a capacidade laboral dos bom-beiros para atuar com efi-cácia”, explicou o executivo.

O AM200 está disponível nas versões cabine simples e cabine dupla, com caçam-ba ou como chassi cabine. O AM300 é cabine simples, sem caçamba. O Marruá é um veículo diferenciado que foi projetado para uso em operações severas, em locais de difícil acesso, que necessi-te do deslocamento de equi-pes de trabalho com diferen-tes equipamentos, além de ferramentas e materiais de proteção para os operadores, como vestimentas especiais, botas, capacetes, máscaras e itens de segurança. Também possibilita, para algumas operações, a instalação de rádios, montagem de escritó-rio e suporte de armas para forças policiais. O ângulo de abertura das portas e o am-plo e único espaço interno facilitam a entrada e a saí-da de pessoas e também de materiais e equipamentos.

A versatilidade do Agra-le Marruá é um dos princi-pais atrativos do veículo. Sua robustez e facilidade de enfrentar os mais diver-sos terrenos comprova sua disposição e operaciona-lidade. É por isso que ele segue como um dos preferi-dos para operações milita-res com várias aplicações.

Com expectativa de pú-blico de 10 mil pessoas, o congresso e feira da Sena-bom 2015 possibilitou ao visitante conhecer de perto os produtos e as novas tec-nologias disponíveis para o setor, além de o evento ter alcance internacional.

O Latin NCAP (Programa de Avaliação de Carros Novos para América Latina e o Ca-ribe) anunciou hoje o resulta-do dos testes de segurança de três modelos Honda recente-mente lançados no mercado brasileiro: os novos Honda Fit, City e HR-V. As notas conquistadas colocam os três veículos entre os automóveis mais seguros da América La-tina. O destaque ficou para o Honda HR-V, que conquis-tou a classificação máxima no teste, com cinco estrelas em relação à proteção dos ocupantes adultos e também para proteção de crianças, no banco traseiro. Fit e City con-quistaram também cinco es-trelas para proteção de adul-tos, e quatro para crianças.

Para Issao Mizoguchi, , a segurança dos automóveis é uma prioridade para a fabri-cante. “Os resultados obtidos com as avaliações da Latin NCAP refletem nossa preo-cupação com a segurança e

O setor de remanufatu-ra de autopeças no Brasil tem registrado crescimen-to de 10% ao ano, diz An-rap, Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças, indicando que o volume médio de matérias--primas recuperadas pelas empresas associadas, como alumínio e ferro, tem sido de 2,6 mil toneladas por ano.

Segundo a entidade, as fabricantes ainda têm como maior desafio o de aumen-tar esses resultados, uma vez que ainda há falta de incentivos para a logística reversa, processo essencial para manter a atividade.

O reaproveitamento, a re-ciclagem e o reuso de recur-sos são considerados tendên-cia pela associação devido à abertura de oportunidades de redução de custo, o que se apresenta como solução diante do cenário atual.

“Quem faz uso do rema-nufaturado colabora para a preservação do meio am-biente e tem uma manuten-ção mais segura, confiável e econômica, pois o produto remanufaturado é mais ba-rato do que um item novo. A aplicação do remanufatu-rado também ajuda a esten-der a vida útil do veículo”, comenta Jefferson Germa-no, presidente da Anrap e gerente de aftermarket para o Brasil e América Latina da Knorr-Bremse.

Ele explica que o pro-cesso de recuperação é re-alizado na própria fabri-cante do produto original.

“Quando a peça usada chega à fábrica ela passa por um criterioso processo de restauração, incluindo a desmontagem dos compo-nentes, inspeção e lavagem das partes. Itens que não são mais utilizáveis têm um descarte correto por meio de práticas em conformi-dade com as leis ambien-tais e são substituídos por itens novos e atualizados.

Honda HR-V conquistou nota máxima na avaliação: cinco estrelas para proteção de adultos e crianças

Os resultados obtidos com as avaliações da Latin NCAP refletem nossa preocupação com a segurança e a qualidade de nossos veículos, atributos sempre presentes em nossos produtos, como um DNA”ISSAO MIZOGUCHIPRESIDENTE DA HONDA SOUTH AMERICA

a qualidade de nossos veículos, atributos sempre presentes em nossos produtos, como um DNA.”

O HR-V traz tecnolo-gia de ponta em relação à segurança, a começar pela estrutura da carroceria com o conceito ACE (Advanced Compatibility Engineering), desenvolvido exclusivamente pela marca. Essa estrutura foi projetada para distribuir de maneira uniforme a ener-gia de um impacto, reduzin-do a força transferida para a cabine e protegendo os ocupantes. Além disso, a es-trutura dispersa de maneira mais uniforme a força trans-ferida para outros veículos

envolvidos na colisão. Refor-ços no subchassi e em vários pontos da carroceria resul-taram em maior resistência para preservar a integridade do habitáculo em caso de aci-dente. O HR-V ainda conta, de série, com VSA (Vehicle Stability Assist – controle de tração e estabilidade), encos-tos de cabeça que atenuam o impacto nos bancos dian-teiros, pontos de ancoragem para assentos infantis com-patíveis com os tipos ISOFIX e LATCH, e airbags frontais para motorista e passagei-ro – a versão top de linha é equipada também com air-bags laterais na dianteira.

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Ridley Scott vai fazer mais três prelúdios de “Alien”Vem aí Alien: Covenant, continuação de Prometheus, filme é um prelúdio de Alien: O Oitavo Passageiro, de 1979. As filma-gens de Covenant começam em março de 2016 na Austrália. E Scott deu uma explicada geral no seu plano, que inclui três filmes> ele afirmou que fará três filmes, a partir de Prometheus 1 tendo como alvo a história do primeiro Alien. Ou seja, o filme contará a saga dos astronautas até chegar a primeira nave onde o Alien, que dá nome a saga, foi encontrado pela primeira vez. Ele prometeu resposta para várias perguntas.

Dizem que o fotografo Peter Urmenyi afirmou um dia que fotografar é transformar a luz em po-esia. Para ele uma poesia imóvel, presa no momen-to; mas que fala profun-damente e para sempre

este instante. O pensamento de Urmenyi não foi a fonte inspiradora da exposição Poesia em Foco – Um visão Contemporânea de Maceió, que está em cartaz no Comple-xo cultural Teatro Deodoro, até o próximo dia 12. Mas quem for visitar o espaço, pode muito bem entender o que ele quis dizer.

A exposição, que reúne fotos de Ana Cris-tina, Arthur Celso e Luna Gavazza, partiu de uma ideia coletiva da Confraria dos Po-etas. Para sua concepção foram escolhidos 30 poemas de alagoanos, entregues aos três fotógrafos que saíram a caça de fotografia que registrassem cenas de Maceió e ao mes-mo tempo se relacionassem com as poesias.

O resultado disso é uma espécie de cônica poética, que reúne fotos e poemas e dialoga cp, uma Maceió cheia de contrastes, cheia de belezas. Uma Maceió litorânea que tei-ma em impor um certo ar de urbanidade

em seu cotidiano, que não lhe veste bem. Como fica claro na Foto De Arthur Celso, onde os prédios que caem sobre a Orla de ponta verde se torna pano de Fundo, e até sujam, a foto que tem como personagem o famoso farol do bairro.

“Foi um processo criativo difícil, rápido e gratificante. Tivemos pouco tempo para fa-zer as fotos, mas foi bem desafiador. Ler as poesias, achar as fotos dentro das poesias e depois ir fazê-las e no meio do caminho achar outras fotografias. Foi bastante instigante”, conta o publicitário e fotografo Arthur Celso.

Ele ainda conta que as 30 poesias esco-lhidas, que tem como autores poetas como Gal Monteiro, Rita Coruripe, Majal-San e Eduardo Proffa, foram distribuídas para os três fotógrafos que passaram o tempo do processo de criação sem comunicação um com os outros.

“A curadoria doa exposição, que é assi-nada por Rosivaldo reis e Viviane Duarte, entregou nas poesias para todos nós. Foi cada um para seu lado, mergulhar em seus processos criativos. Depois nos reunimos e escolhemos, todos nos as fotos que melhor falava coma poesia e ainda lançava o olhar para a idade”, conta Arthur.

Entre as fotos tem várias cenas. Algumas produzidas, como a que remete ao leite de coco utilizada na culinária típica de Ma-ceió. Ou foto de um dos mirantes da Cida-de, que mostra bem como Maceió tem sua natureza exuberante invadida pelo que é urbano, pelo que é concreto, ou simples-mente fotos que mostram registros da ci-dade e como ela está agora.

Além disso, a exposição foi divida em duas alas. Além das fotos relacionadas com as poesias tem uma segunda parte que foi chamada de “tema Livre”, também repleta de excelentes retratos de Maceió e suas peculiaridades. São registros bem inte-ressantes, que foge do olhar lúdico que es-tamos acostumados a enxergar quando se fala de Maceió.

Alias outro ponto da exposição é que as fotos são todas preto e branco. Segundo A curadoria isso daria mais unidade aos trabalhos, já que foram feitos por três olhares diferentes. Pois a ideia foi mais além, fugiu da fantasia do colorido , oque termina deixando as fotos mais centra-das na cidade, no olhar cru que se deve ter de uma cidade tão cheia de contrates quanto a capital alagoana.

DIVERSÃO&ARTE

3X30A exposição Poesia em Foco – Uma visão Contemporânea de Maceió reúne fotos e poemas e lança um olhar cru para a capital alagoana

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DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

Show da Neve no PátioVai nevar no Shopping Pátio Maceió durante todo o período natalino. Três vezes por dia, às 18h, 19h e 20h, flocos de neve cairão sobre o público que prestigiar o inédito e maior ‘Show da Neve’ de Alagoas. A programação para este final de semana será ainda mais especial com apresentações de cantores natalinos. Também faz parte da decoração, o Teatro de Marionetes.

AndejaAcontece no piso superior da Galeria de Artes do Comple-xo Cultural Teatro Deodoro a exposição Andeja, da artista visual Myrian Almeida. A artista está expondo 30 telas feitas em recortes de tecidos, colados, de cores intensas e vivas, que se comunicam, lembrando as cores da artista plástica mexicana Frida Kahlo. A exposição pode ser vista até o dia 12 de dezembro, com entrada franca.

ParadiseDezembro está chegando e, consequente-

mente, da festa que promete ser um dos melhores réveillon de Maceió. Na con-

tagem regressiva faltam apenas 50 dias para a virada do ano e, claro, queremos ter vocês ao nosso lado. O Paradise terá três ambientes para você se divertir: lounge exclusivo, lounge indivi-dual e pista. Tudo isso com uma super infraes-trutura, serviço open bar de primeira qualida-de, 10 horas de festa e segurança especializada. As atrações do nosso réveillon serão o irreve-rente Gabriel Diniz, que promete repetir o su-cesso de show do ano passado, Jammil, Banda Cannibal, Matheus Borba e PV Mello. Valor: pista, R$ 250 e R$ 300, individuais feminino e masculino, respectivamente; lounge individual, R$ 400; lounges exclusivos entre 10 a 14 pesso-as, linhas A e B, R$ 600,00 por pessoa e, linhas C e D, R$ 500,00 por pessoa.

Saulo Laranjeira em: Assunta BrasilVersátil, o artista Saulo Laranjeira faz de tudo em seus shows

apresentados Brasil afora, canta, interpreta, recita poemas e conta causos, um show que prende a atenção do público que se

diverte com toda a irreverência desse mineiro de Pedra Azul. Dia 06 /12 às 20h00 no Mirante Gourmet no Farol em única apresentação. Ingressos: R$ 60,00 (inteira), Estudante e melhor idade R$ 30,00 (meia entrada). Vendas: Loja Mr cat Amelia Rosa e Parque Shopping Maceió. Mais informações: 99979-5959 ou 3024-9250, 3032-1134.

PsiricoAbertura do Verão com a banda Psirico +

Cannibal. Dia 11/12 às 23h30 no Maikai. Vendas: Maikai e Viva Alagoas. Mais

informações: Pre-reserva de mesas e camarotes pelo (82) 98802-6684 / 3305-4400.

Reggae Alagoas 2015Dezarie a diva do reggae internacional + Edson Gomes o rei do reggae no Brasil + Vibrações, a banda ala-goana destaque no reggae nacional e muito mais... Isso é REGGAE ALAGOAS 2015. Dia 11/12. às 22h no estacionamento do Jaraguá. Vendas: Viva Alagoas. Viva Alagoas - Maceió Shopping. Mais informações: (82) 98122-5500.

Na pinacotecaA Pinacoteca Universitária recebe a exposição Moira, da artista plástica Eva Le Campion. Composta de pintu-ras em tecidos e cerâmicas, a mostra reúne obras que refletem a trajetória da artista e a construção de uma poética própria. As moiras, na mitologia grega, eram responsáveis por tecer, cortar e determinar o fio da vida dos deuses e dos humanos. A exposição apresenta um conjunto de obras em que artista tece histórias, testemunhadas durante sua vivência com adolescentes de risco, transformando as em pinturas. Para baixar o aplicativo da exposição, acesse o site www.app.vc/moira

Espetáculo QuietudeO que você tem feito da sua vida? Coisas ou legado? Você tem vivido seus dias, ou simplesmente contado horas de trabalho, números na conta bancária e curti-das nas redes sociais? Foi a partir desses questiona-mentos que a Jeane Rocha Academia de Dança pro-pôs levar ao palco um espetáculo que aborda o estilo de vida ocidental que vivemos. Local: Teatro Gustavo Leite. Dias: Sexta-feira (11/12), às 16h - Espetáculo Be-neficente e às 21h, sábado (12/12), às 17h e às 21h e domingo (13/12), às 17h. Vendas: Academia de Dança Jeane Rocha, Loja PUC (Maceió Shopping e Parque Shopping Maceió), Chocolates Brasil Cacau (Shopping Pátio Maceió), Loja Pirilampo (Centro), Loja Roupa Pe-quena (Farol), Loja Caleidoscópio (Ponta Verde). Valor: Até o dia 10/12 valor promocional a R$ 30,00. R$60,00 (Inteira) / R$30,00 (Meia entrada). Crianças menores de 5 anos não pagam. Crianças de 6 a 13 anos e idosos maiores de 60 anos pagam meia entrada. Mais informações: (82) 3321-3056 / 9.9618-7410.

Espetátulo de Ballet A escola de dança Manu Ducou-lombier realiza dias 11, 12 e 13 de dezembro, no Teatro Deodoro, seu tradicional espetáculo de fim de ano. Este ano o tema será “Laís – um olhar sobre a janela”, que traz toda a alegria da infância em um espetáculo cheio de cores e energia. Os ingressos custam R$ 30 e podem ser adquiridos na escola, localizada na Rua Empre-sário Carlos da Silva Nogueira, 340 – Stella Maris. Mais informa-ções: (82) 3023-2089.

FitdanceO maior evento de dança do Bra-sil será realizado em Alagoas. É o Fitdance, que vai reunir a estrela do ritmo do axé, Sheila Carvalho, e convidados do segmento da dança. Essa parceria inédita na área de atividades físicas, estéti-ca, e dança é formada pelas aca-demias Profits, Adois e Programa Fitdance Alagoas junto com o maior programa de dança com foco no desenvolvimento físico do Brasil com sede em Salvador BA. Dia: 12 de dezembro, às 17h. Local: Galeria Passeio Stella Ma-ris. As inscrições estão abertas e podem ser feita pelo telefone: 9 9659.0756 (Mota) ou pelo e-mail [email protected].

FotografiaA Aliança Francesa de Maceió (AFM)

está lançando seu primeiro concurso de fotografia e ele será promovido em

homenagem a um dos homens considerados precursores da descoberta dessa arte tão especial: Hercule Florence. As imagens captadas devem fazer referência a duas grandes obras já conhecidas dos pintores Alexandre Cabanel e Víctor Meirelles, francês e brasileiro, respectivamente. As inscrições vão até o dia 12 de dezembro e o primeiro colocado ganhará uma bolsa de estudos para aprender a falar a língua francesa. O 1º Concurso de Fotografia Hercule Florence será aberto a toda a comunidade alagoana e os três melhores trabalhos serão agraciados. A temática envolverá os quadros “Nascimento de Vênus”, de Alexandre Cabanel, e “Moema”, de Víctor Meirelles. Mais informações: http://www.afmaceio.com.br

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TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

C’est fini

DIVERSÃO&ARTE 3

TV TUDO

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – Se preten-de mudar de vida é hora de tomar decisões. No plano afetivo: Neste pe-ríodo poderá se sentir dividido entre dois amores. Seja o mais autocrítico possível, para poder tomar a decisão mais adequada. Não troque a estabi-lidade pela pura aventura. Carta do Dia: 10 de Copas, que significa FelicidadeTOURO – (20/4 a 20/5) – Não tome em consideração os comentários menos positivos ou construtivos que possam ser feitos em torno do seu trabalho. Verifique a sua conta bancária e, se tiver algum dinheiro disponível, invista em ações ou outros fundos de rendimento.Carta do Dia: Rei de Ouros, que signifi-

ca Inteligente, PráticoGÊMEOS – (21/5 a 21/6) – Fruto de alguma desilusão amorosa, tenderá a recolher-se para procurar respostas a todas as suas questões. No plano profis-sional e material: Vai se sentir invadido pela monotonia e a rotina. Não se deixe invadir por pensamentos negativos. Arregace as mangas e lute por aquilo que deseja. Carta do Dia: O Julgamento, que signifi-ca Novo Ciclo de VidaCÂNCER – (22/6 a 22/7) – Terá uma vida social agitada e o romance está no ar. A sensualidade vai ser um trunfo a não desperdiçar. Saia, reveja amigos que já não vê há algum tempo. Lembre--se que deve aproveitar as coisas boas

que a vida pode dar.Carta do Dia: 5 de Ouros, que significa Perda/ FalhaLEÃO – (23/7 a 22/8) – A sua vida sentimental estará muito ativa, no entanto os erros de julgamento serão sucessivos. Procure trazer a tranquilida-de à sua relação. Não misture questões sentimentais com dinheiro, assim evitará a maioria dos problemas diários.Carta do Dia: A Lua, que significa Falsas IlusõesVIRGEM – (23/8 a 22/9) – Período que se anuncia prometedor no campo pro-fissional e financeiro. A sua capacidade de iniciativa e criatividade serão trunfos que deve jogar. Estão favorecidos os negócios e as transações comerciais.

Carta do Dia: A Imperatriz, que significa RealizaçãoLIBRA – (23/9 a 22/10) – Os nervos estarão à flor da pele. Há que controlar a forma como fala. Pense duas vezes antes de expressar os seus sentimen-tos. Existe o risco de magoar o seu parceiro e desestabilizar uma relação que pretende que seja calma, o seu verdadeiro porto de abrigo.Carta do Dia: A Morte, que significa RenovaçãoESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – Terá nestes dias um bom ambiente familiar. Os conflitos que possam existir encon-trarão resolução. É momento de namoro e romance. Demonstre ao ser amado com pequenos gestos cotidianos que o

ama. Surpreenda e será surpreendido.Carta do Dia: 7 de Paus, que significa Discussão, Negociação DifícilSAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – Grande estabilidade na vida familiar. Sentirá vontade de promover diversas ativida-des com os seus filhos ou familiares mais chegados. A dedicação que prestará ao ser amado será largamente recompensada.Carta do Dia: 7 de Copas, que significa Sonhos PremonitóriosCAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – Este-ja atento a tudo ao seu redor. Financei-ramente poderá viver algum desafogo e dar-se algum mimo.Carta do Dia: A Temperança, que signifi-ca Equilíbrio

AQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Os conflitos que possam surgir em família devem ser observados com rigor e solucionados com a maior brevidade. Não termine uma relação deixando no ar questões por esclarecer. Seja autocrítico na forma como atua.Carta do Dia: 2 de Ouros, que significa Dificuldade/ IndolênciaPEIXES – (19/2 a 20/3) -Estará sempre disposto a deixar tudo para tudo recomeçar. Se está sozinho este será o momento certo para iniciar uma relação com alguém que foi recentemente apresentado e que despertou o seu interesse. Carta do Dia: A Força, que significa Força, Domínio

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Dom (?):o Cavalei-ro Sonha-dor (Lit.)

Fator de-gradado

em grandescidades

Venceramos EUA

em guerra(Hist.)

Sílaba de"xucro"

Tipo decantil

rústico

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"privile-giada"

AgnaldoTimóteo,cantor

brasileiro

John (?),jornalistae escritor

Cidadenatal docantorDaniel

Bônus doTesouroNacional(sigla)

Aparelhosonoro

levado aoestádio

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Tradicio-nal vesteda mulher

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Irrele-vantes

Avisopara setomar

cuidado

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De + issoParque deanimaisexóticos

Sistemade celularDepósito

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Apro-priados

Serviçoque gera

muitas re-clamações

do con-sumidor

Instrumen-to indianoEspéciede vespa

(?) livre, movimen-

to dobasquete

Árvore,em inglêsA índoledas vilãs

(?) Araújo,atriz

Ir, eminglês

Formatodo palitoLamentos

(poét.)

2/go. 3/gsm — tae — zoo. 4/reed — tree. 5/sanca — sitar. 9/museu dalí.O especial “Isso Eu Faço”, no ar em 16 de dezembro na Record, sob o comando de Rodrigo Faro, vai reunir Marcos Mion, Pérola Faria, Ricky Tavares, Sérgio Loroza, Israel Novaes, Scheila Carvalho, Fabiola Gadelha e Nathalia Guimarães. Esse é o time. Faro que viajou a Nova York quinta-feira para uma sequência de gravações do seu progra-ma de domingo. Só volta ao Brasil dia 1º e grava o último da temporada no dia 3. Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

·A direção da Globo está muito sa-tisfeita com os resultados da novela “Totalmente Demais”...·... E também porque alguns tipos caíram rapidamente nas graças do público...·São os casos dos personagens de Felipe Simas, Marina Ruy Barbosa, Orã Figueiredo e Juliana Paiva...·...Juliana, a Paiva, que vai ganhar bastante destaque na história, como vilã atrapalhada e ingênua.·Caio Castro não estará em “Haja Coração”, a substituta de “Totalmente Demais”...·... O ator já foi comunicado oficialmente pela Globo e ficará no aguardo de um próximo convite...·... Entendeu-se que não tinha muito sentido em ele fazer dois vilões seguidos.·Rede TV! adquiriu um pacote de desenhos para sua programação de dezembro...·... Na lista, animações como “Planeta Hulk”, por exemplo.·Fafá de Belém estará em um dos es-peciais do programa de Mariana Godoy, em dezembro, na Rede TV!.

Festival Cauã Reymond As fãs de Cauã Reymond certamente vão curtir esta: entre 12 e 15 de janeiro, a Globo exibirá o longa “Alemão”, no qual ele faz um traficante. Dose dupla, portanto, uma vez que ele ainda estará no ar, em “A Regra do Jogo”. A Globo possui também um outro trabalho inédito do ator, a série “Dois Irmãos”, sem data de estreia marcada.

Programa na Record A mesma Record admite o desejo em transformar Sérgio Marone em apresentador, e isso inclusive consta do contrato com o artista. Só que ainda não existe uma data fechada para o lançamento. O projeto está em desenvol-vimento.

Especial sertanejo Em alta na Record após o trabalho como Ramsés em “Os Dez Mandamentos”, Sérgio Marone foi escalado para fazer a narração do especial “Zezé di Camargo e Luciano” que a emissora vai exibir dia 17, às 22h30, entre suas atrações de fim de ano. Aliás, as informações que chegam, dão conta que o programa, dirigido por Homero Salles, ficou muito bom e tem tudo para surpreender.

Segue o jogo Apesar do silêncio em torno do novo projeto de Christiane Pelajo, falado após sua saída da bancada do “Jornal Globo”, ganha força o seu retorno à GloboNews, em 2016. Em relação ao “projeto”, há o comentário de que se trata de um novo formato de telejornal. Sobre a questão, apresentadora e canal não se pronunciam.

Convidados André Marques, Chris Vianna e Paolla Oliveira par-ticiparam das pri-meiras gravações da nova temporada de “Amor & Sexo” na Globo. O pro-grama, mais uma vez comandado por Fernanda Lima, voltará ao ar em 23 de janeiro.

Globo marca despedida de Mônica Iozzi do “Vídeo Show”A Globo trabalha com a data de 29 de janeiro, uma sexta-feira, para a despedida de Monica Iozzi do “Vídeo Show”, que dei-

xará a atração por causa das novelas, filmes e teatro. Esta é a informação transmitida há poucos dias para o pessoal do programa e, caso não haja uma outra alteração, a nova companheira de bancada de Otaviano Costa deverá ser conhecida

em 1º de fevereiro. Os trabalhos para encontrar a substituta de Iozzi estão em ritmo acelerado no Projac. Mas, calma: Letícia Lima, ex-“Porta dos Fundos” e atualmente na novela “A Regra do Jogo”, chegou a ser testada, porém não é unanimidade. Há vários nomes no páreo. Na verdade, desta vez, a Globo pretende evitar uma previsibilidade e poderá até surpreender, escalando alguém “fora da casinha”, mais experiente e que venha a se dedicar inteiramente ao programa. Entende-se que essas várias trocas descaracterizam o programa e a ideia é acabar com tal estado de coisas. Por outro lado, se não for possível fechar com um nome diferente, também não se descarta por lá uma situação “mais amena”. Resta saber o significado disso.

Vento a favor A coluna já havia noti-ciado que, por causa da boa fase de “Cúmplices de Um Resgate”, o SBT prolongou o contrato do elenco até junho de 2016. Pois bem, agora surge a informação que o vínculo poderá ser estendido mais um mês.

Ibope “Cúmplices”, vale des-tacar, não ganhou nem perdeu, após a Record encerrar a exibição de “Os Dez Mandamen-tos”. A novelinha de Larissa Manoela, como se observa, possui um público fiel.

Sem parar Tiago Leifert vai com a atual edição do “The Voice Brasil” até 25 de dezembro. Já o intervalo entre o “TVB” e o “The Voice Kids”, que também terá sua apresentação, será bem pequeno. A versão infantil irá de 3 de janeiro a 20 de março.

Paula Fernandes será uma das atrações do “Festeja Brasil”, especial que a Globo vai exibir no dia 16 de dezembro, uma quarta-feira. Também estarão no programa Luan Santana, Bruno e Marrone, Jads e Jadson, Henrique e Juliano, além de outros nomes da música sertaneja

DIVULGAÇÃO/GLOB

Arremate O fato é que a dupla Otaviano Costa e Monica Iozzi funcionou muito bem desde o início e houve in-clusive o reconhecimento do público quanto a isso. O problema é que daqui a pouco o “Vídeo Show” vai ter que remar tudo de novo. Complicado.

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DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

Sempre enfocando personalidade da nossa sociedade, TopNews enfoca as empresárias de moda Kiki e Lukia Garyfalos, elas comandam com sucesso a beka maison Záfora no Parque Shopping, uma loja onde as mulheres chics irão encontrar modelos belíssimos para festas. Parabéns, amigas!

FOTOS BY CHICO BRANDÃO

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

“Os verdadeiros vencedores na vida são pessoas que olham para cada situação com a esperança de poder resolvê-la ou melhorá-la”

Os amigos e empresários Lucienne e Alexandre Morais apre-sentam para os nossos amigos, no quadro Décor News, mais um projeto assinado pela Evviva Bertolini. Uma sala linda e com a praticidade que sempre encontramos nos móveis

Ainda repercute na cidade a beleza e elegância dos modelos assinados pelo estilista Audifax Seabra no nupcial de Vaninha e Felipe, ocorrido no último final de semana, na Igreja Nossa Senhora Mãe do Povo. A noiva, Vaninha, estava simples-mente uma rainha, acompanhada das queridas Vânia e Andréa Coutinho, todas de Audifax Seabra. Luxo puro!

Natal em Evivva Pratagy Beach Resort

Hoje, em nossa coluna, quere-mos parabenizar o executivo

Sérgio Paraíso, que depois de ter realizado um grandioso trabalho no Grupo Pontes, Sérgio assume em nossa cidade a gerência comercial do Pratagy Beach Resort, que já começa a ‘vestir’ nova roupagem, dando início a uma nova era. Com localização privilegiada, o Pratagy Beach Resort irá conhecer novos tempos tendo à frente da gerência comercial o grande executivo Sérgio Paraíso. TopNews aproveita a oportunidade para parabenizar o diretor-presidente do complexo hoteleiro, Fernando Amorim pelo brilhante contratação. Parabéns, Sérgio!

Réveillon no Ritz Lagoa da Anta

Quer saudar a chegada de 2016 em altíssimo estilo?

Então você precisa conhecer as opções de pacotes do Ritz Lagoa da Anta. Acesse já o site www.ritzlagoadaanta.com.br e garanta a sua reserva. Por lá você também poderá consultar a tabela de todas as acomodações.

Réveillon Nannai

O Nannai Beach é um resort localizado no litoral sul de Pernambuco, na paradisíaca praia de Muro

Alto. Muito próximo a Recife e Porto de Galinhas. Quer aproveitar o Réveillon de 2016 neste lugar encantador? Este magnífico espaço oferece parque aquático, piscinas com raias de natação, espaços ex-clusivos de hidromassagem, quadra de tênis, campo de golf, sala de jogos e espaço para recreação infan-til. Além de fitness Center, sauna, equipamentos para esportes aquáticos e muito mais. E para começar

o ano ainda melhor, o resort Nannai Beach oferece aos seus hospedes o Nannai SPA by L’Occitane. Onde você poderá desfrutar de tratamentos faci-ais e corporais, saunas e hidroterapia. Aproveite o máximo do seu Réveillon 2016 no resort Nannai Beach. Desfrute da gastronomia e da requintada cartela de vinhos que o lugar oferece.

AL 101 Norte

As obras de duplicação da AL 101 Norte já têm data de início

definida no Estado de Alagoas. O governador Renan Filho garantiu que a ordem de serviço para o começo do projeto deve ser assi-nada entre dezembro deste ano ou janeiro de 2016. O primeiro trecho da obra será realizado com recur-sos próprios do governo estadual. A obra é considerada fundamental para o desenvolvimento do turismo na região norte do Estado.

Gucci na Rio Branco

Fashion e sofisticado, este Gucci possui formato quadrado,

acabamento preto brilhante e hastes transparentes com detalhes em nude, preto e dourado. Suas linhas levemente arqueadas e mix de cores proporcionam um visual feminino com um toque retrô. Você encontra a coleção summer 2016 da Gucci nas óticas Rio Branco, no Maceió Shopping, com preços e condições de pagamentos inacredi-táveis.

Noite inesquecível de Vânia e Felipe

Foi uma noite de sonhos a enlace dos queridos Vânia e Felipe, que acon-

teceu no último dia 21 de novembro. A bênção nupcial aconteceu na Igreja Nossa Senhora Mãe do Povo, que rece-beu décor deslumbrante assinada por Eva Amaral. Logos após a cerimônia, os noivos receberam seus convidados

na casa de festas Armazém Uzina, mais uma vez divinamente decorada por Eva. A noiva estava uma verdadeira rainha, com modelo haute couture assinado pelo querido Audifax Seabra, que também assinou o vestido da mãe da noiva, Andréa, e da avó paterna Vânia Coutinho. Todas esta-vam deslumbrantes. O serviço de buffet esteve impecável, assinado pela querida Leninha Machado, leia-se Buffet Favo de Mel. Com elogios à parte à mesa de frios. A animação ficou por conta da banda Araketu da Bahia, que animou todos os convidados. Foi uma noite inesquecível, que marcou o começo de uma nova etapa para os noivos Vânia e Felipe. TopNews aproveita a oportunidade para parabenizar os noivos e dizer que este acon-tecimento irá marcar as nossas lembranças. Felicidades mil para vocês!

A lavanderia Clean Express ofer-ece aos seus clientes o melhor

serviço da cidade, sempre focada no bem-estar e satisfação de seus clientes, bem como no treinamento e capacitação de profissionais. A Clean Express inova o conceito de limpeza, oferecendo serviços de alta qualidade, utilizando produtos de primeira linha que não agridem os tecidos e não prejudicam o meio ambiente. Os empresários Daniel Cunha e Henrique Dória estão de parabéns pelos serviços da Clean Express, localizada na Rua José Freire Moura, 270 - Ponta Verde. Telefone: (82) 3231-6964.

Réveillon SummervilleComece o ano de 2016 pulando as 7 ondinhas a beira-mar em Porto de Galinhas. Venha com sua família curtir a festa de Réveillon do Grand Mercure Summerville Resort! Festa de réveillon com Buffet Internacio-nal de frutos do mar, variedades de pratos quentes, sobremesas e Patisserie francesa. Open Bar com whisky importado (12 anos) e brinde à meia noite com champagne fran-cesa. Faça a sua reserva.

Tommy no Maceió Shopping

Já sabe dessa super novidade que chegou por ao Maceió Shopping recentemente? É o quiosque

da Tommy Hilfiger, que traz ao centro de compras e de lazer os cobiçados relógios da marca ameri-cana. Demais, né?

Imaginarium

Imagina carregar a sua comida numa marmita lindinha demais.

Então, é ela mesma que temos aqui! A Marmita Delícias do Dia é a escolha certa pra quem gosta de levar uma comidinha feita em casa com muito amor para o trabalho, escola, faculdade... E vamos com-binar, está cada vez mais comum levar o almoço ou o lanche da tarde para o trabalho, pra escola, ou até mesmo a faculdade. Uma excelente opção para você presentear nesse natal. Você encontra a marmita na loja Imaginarium no 2º piso do Maceió Shopping.

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