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18# REVISTA ALUMÍNIO & CIA. SETEMBRO - OUTUBRO | 2011 ESQUADRIAS à PROVA! Testes garantem desempenho e segurança. | P. 20 REDE ALUMÍNIO & CIA. GANHA PRIMEIRA LOJA NO INTERIOR DO ESTADO DE SãO PAULO | P. 06 ALCOA ESTá ENTRE AS MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR NO PAÍS | P. 10 MELVYN FOX, SEIS ANOS DE DESAFIOS NA PRESIDêNCIA DA ABRAMAT | P. 14 ODEBRECHT E SEU PRIMEIRO EMPREENDIMENTO MIX-USE EM SALVADOR | P. 36

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aluminio

Transcript of edicao_18

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18#Revista alumÍnio & Cia. setembro - outubro | 2011

esquadRias à pRova!Testes garantem desempenho e segurança. | P. 20

Rede alumÍnio & Cia. ganha pRimeiRa loja no inteRioR do estado de são paulo | P. 06

alCoa está entRe as melhoRes empResas paRa tRabalhaRno paÍs | P. 10

melvyn Fox, seis anos de desaFios na pResidênCia da abRamat | P. 14

odebReCht eseu pRimeiRoempReendimento mix-use em salvadoR | P. 36

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Ano III

Setembro/Outubro 2011

Produzida para Alcoa Alumínio S.A. por Textos & Cia

Comunicação para o Conhecimento

11 3799-5269

Coordenação técnica

Nathalia Coelho

editora executiva

Arlete Prieto

redação

Denise Aleluia

Assistente de redação

Sandra Pazzini

Colaboração

Antonio B. Cardoso

Carlos Henrique Mattar

Projeto Gráfico e Diagramação

Uptown Publicidade e Merchandising

Fotografia

Marcos Fioravanti

revisão

Vera Fedschenko

Publicidade

Uptown Publicidade e Merchandising

11 2379-9729 / 2379-9730

www.uptown.com.br

Impressão

Eskenazi Indústria Gráfica Ltda.

Tiragem: 12 mil exemplares

Fale conoscoEncaminhe suas dúvidas, críticas ou sugestões para a

Alumínio & Cia. em revista, por meio do endereço eletrônico

[email protected] ou via Correios para a

Av. Dom Pedro II, 2954 - Bairro Campestre, Sto. André

(SP), CEP 09080-001. Telefone (11) 3799-5269

esquadRias à pRova

É de conhecimento geral que os sistemas de esquadrias

de alumínio são os únicos do mercado homologados

pelo Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade

do Habitat. Afinal, tiveram que passar por uma série de

ensaios laboratoriais para garantir a qualidade necessária a

todas as suas etapas de fabricação, do projeto à montagem.

De certa forma, a homologação traduz a consciência

necessária por parte de quem prima pela excelência no

atendimento, entre outros aspectos.

Para o mercado, é importante que os fabricantes de esquadrias

também possuam esse mesmo entendimento em relação à

qualidade dos produtos e serviços que prestam. Saber inter-

pretar a NBR 10821, por exemplo, é o primeiro passo para isso.

Entre os aspectos abordados pela Norma está a realização de

ensaios em laboratório para verificação da estanqueidade à

água e resistência à flexão. Nesse sentido, testar é fundamen-

tal para que um projeto seja bem-sucedido.

Não foi à toa, portanto, que nesta edição a Revista Alumínio & Cia.

escolheu o tema para ser abordado com profundidade. É preci-

so que todos os fabricantes tenham consciência da neces-

sidade de detectar erros a tempo de corrigi-los, evitando

problemas quando a obra já estiver pronta. Como lembram

nossos entrevistados, realizar testes, para verificar se as esqua-

drias estão em conformidade com a legislação vigente, repre-

senta economia e satisfação por parte dos clientes, incluindo

– principalmente – o consumidor final.

Igualmente interessante é a entrevista concedida por Melvyn

Fox, que durante seis anos esteve à frente da Associação

Brasileira da Indústria de Materiais de Construção. A Abramat

é uma das mais importantes entidades do segmento, gra-

ças a uma política bem-sucedida de diálogo com as esfe-

ras pública e privada. Para o executivo, o segmento deve

manter o ritmo sustentável de crescimento, apesar da crise

econômica internacional, que voltou a preocupar empre-

sários do mundo todo. Uma expectativa que, sem dúvida,

merece ser compartilhada.

Arlete Prieto

Editora-executiva

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espaÇo alCoaConheça o Parque Ambiental de Alumar mantido pela Alcoa

equipe al&Cia.Parceria entre Alcoae Senai faz sucessono Ceará

entRevistaMelvyn Fox fala sobre o cenário da construção civil no Brasil

CapaSaiba qual a importância dos testes de esquadrias

CuRtasFise lança maçaneta com design arrojado e inovador

12#

ConsultoRiaUm mergulho no item esforços de uso da NBR 10821-2011

30#

Fique poR dentRoAlumibox divulga - e muito bem - a marca Alcoa em Sergipe

34#

opiniãoComo funcionam os chamados vidros fotovoltaicos?

18#

pRojetosConheça o Mundo Plaza, sinônimo de confortoe modernidade.

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Com mais de 408 mil habitantes distri-buídos em uma área de 431 km², São José do Rio Preto ocupa a 11ª posição de cidade mais populosa do estado de São Paulo e a 47ª do País. Distante 457 km da capital, o município destaca-se por ser um grande centro comercial, industrial e de serviços com uma das melhores qualidades de vida do Brasil. Não é à toa, portanto que a cidade é vista como uma “terra de oportunida-des”, que se apresenta também para quem quer atuar no segmento da construção civil. Esse é o caso da nova loja da Rede Alumínio & Cia., a Alu-quality, que acaba de abrir a primeira unidade na cidade, mas com raio de atuação bastante amplo.A nova loja atenderá as regiões de Ara-çatuba e Presidente Prudente, em São Paulo; além das cidades de Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas, em Minas Gerais. Mas o plano de expansão não

para por aí. Atualmente, a Aluquality ocupa cerca de 350 m², mas já procura por áreas vizinhas para ampliação. Em um primeiro momento, a loja forne-cerá somente perfis e acessórios das linhas Alcoa, mas há planos de ofe-recer também perfis para o mercado industrial e moveleiro. Para o próxi-mo ano, os planos incluem a abertu-ra de uma nova loja em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Para o diretor, Marcelo Moraes Garcia, a abertura dessa loja no interior de São Paulo é muito importante. “Nossa in-tenção é restabelecer a marca Alcoa nessas regiões prósperas dos estados de São Paulo e Minas Gerais, além de oferecer aos consumidores itens com maior nível tecnológico, produzidos e comercializados sob forte preocu-pação com a sustentabilidade”, expli-ca. “Para isso temos visitado pessoal-mente os principais especificadores da região, além de potenciais clien-tes”, acrescenta.O empenho da Aluquality tem ren-dido muitos elogios. “Agora podere-mos atender mercados cujo acesso era dificultado em função da dis-tância entre potenciais clientes e a loja da Rede mais próxima”, lembra o gerente da Rede Alumínio & Cia., Leonardo Arantes. “Nossa intenção é conquistar novos mercados e a abertura da Aluquality nos ajudará a ampliar a visibilidade da nossa mar-ca em regiões cujo aquecimento do setor é visível”, acrescenta o gerente regional Paulo Bolzoni.A Aluquality é fruto de um plane-jamento levado à frente graças à persistência e dedicação de todos os envolvidos. “Há quase cinco anos, iniciamos a negociação com a Alcoa. Mas somente agora é que conseguimos colocar em prática esse antigo sonho”, lembra Marcelo. Seguindo o padrão estabeleci-do pela Rede, a nova loja contará com uma equipe de funcionários treinados para oferecer o melhor atendimento e suporte técnico aos clientes, fabricantes de esquadrias, engenheiros e arquitetos.

são josé do Rio pReto ganha pRimeiRa loja da alumÍnio & Cia.

a aluquality atenderá também o triângulo mineiro e já tem planos para abrir sua primeira filial

Além de atender o interior de São Paulo, a Aluquality fornecerá perfis para o Triângulo Mineiro, região que receberá uma nova loja, no próximo ano.

“nossa intenÇão é RestabeleCeR a

maRCa alCoa nessas Regiões pRóspeRas dos estados de são paulo

e minas geRais.”

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Uma iniciativa especial, implementada no Ceará, está tentando minimizar os problemas decorrentes da falta de mão de obra especializada na fabricação de esquadrias de alumínio. Trata-se de um curso pioneiro na região, promovido pela Alcoa, em parceria com a Alunobre, Metal Leste, Metalúrgica LCR, Proserv e Arqvetro, além do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Inicial-mente, o curso Serralheria de Alumínio foi idealizado para suprir a necessidade das empresas promotoras do curso, por isso reuniu em sua primeira turma ape-nas 16 profissionais. O sucesso da inicia-tiva foi tão grande que os organizadores formaram uma segunda turma, com ins-crições abertas a toda comunidade.“Para se chegar ao nível técnico exigido pelo mercado era preciso ir além, não bastava mais apenas transferência de co-nhecimento feita internamente. O curso não só eliminou esse problema como também possibilitou aos fabricantes su-prir a falta de mão de obra especializada”, conta o coordenador do curso, no Senai, Sanderson Vangelim. “Esta foi uma gran-de vitória para todos nós, já que há muito tínhamos a intenção de desenvolver algo do gênero, mas não tínhamos recursos para isso. Os alunos têm gostado mui-to, já que não conheciam linhas como a

Master e a Inova”, acrescenta o instrutor José Carlos Pereira Neres.Todo o material didático foi fornecido pela Alcoa, incluindo o maquinário, como o estampo pneumático, além de perfis e componentes para a fabricação das esquadrias. Para garantir a qualidade do conteúdo ministrado, os instrutores passaram por treinamento no CTA da empresa, localizado em Santo André (SP). “O ensino relacionado a esse tema, no Brasil, deixa a desejar de um modo geral. As universidades e os cursos técni-cos, quando o fazem, abordam o assunto de forma muito superficial. Oferecer às pessoas um curso de capacitação, sem dúvida, nos deixa com grandes expec-tativas no aprimoramento profissional. Quem sabe poderemos contribuir para o surgimento de cursos especializados em esquadrias de alumínio nas instituições de ensino?”, pergunta a técnica Regional, Maria Taciana Lima.Para o gerente Regional, Jorge Cruz, o cur-so é de grande importância por inúmeros aspectos que não se limitam apenas ao aperfeiçoamento da mão de obra. “Com essa iniciativa estamos fortalecendo ainda mais a relação de parceria entre a Alcoa, a Rede Alumínio & Cia. e os fabricantes, por meio da geração de conhecimento, o que é extremamente importante nos dias de

hoje. Sem falar no próprio Senai, que nos reconhece como grandes parceiros em empreitadas como essas”, destaca. “Além disso, ao plantarmos essa primeira semen-te, estamos proporcionando ao indivíduo a possibilidade de ele evoluir em sua carreira profissional e ser mais bem re-munerado para isso”, acrescenta.Esse, inclusive, é o caso do cortador de es-quadrias Francisco Everton de Melo Silva, funcionário da Arqvetro. Aluno da primei-ra turma, há um ano, ele trabalhava como montador e, com o curso, foi promovido. “Quando participei da ação, descobri que os perfis de cada linha têm um tipo de corte e um tipo de folga. Com esse conhe-cimento, passei a trabalhar como cortador e, com isso, meu salário melhorou”, afirma, satisfeito. Exemplos como esse compro-vam o sucesso da iniciativa e estimularam a Alcoa a estender o curso para outras ci-dades. A primeira delas a ser contemplada é Juazeiro, na região do Cariri. “E já inicia-mos contato com o Senai de Manaus. Sem dúvida, este será o nosso próximo destino”, acrescenta Taciana.Em São Paulo, a Alcoa já patrocina esse mesmo curso desde 2006, em parceria com o Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, no Tatuapé, e o Senai Mariano Ferraz, na Vila Leopoldina. Nas duas unidades já fo-ram formados cerca de 600 alunos.

CuRso “seRRalheRia de alumÍnio” estimula a geRaÇão de ConheCimento

iniciativa contribui para a formação de mão de obra especializada, um dos principais problemas enfrentados hoje pelo setor

Todo o material do curso, incluindo estampos pneumáticos, maquinário, perfis e componentes foi doado pela Alcoa.

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Raios Solares

Forro

Prateleira de Luz

Lado Interno

Esquadria Vidro

Piso

Reflexão dosRaios Solares

Os alunos do curso Serralheria de Alu-mínio, iniciado no Ceará (veja página 7), tiveram a oportunidade de conhe-cer, no segundo dia de aula, um pro-fissional considerado peça-chave para a Alcoa no Nordeste. Trata-se do ge-rente Regional Comercial, Jorge Cruz, que atua em todos os estados da re-gião Norte, além de Ceará, Piauí e Ma-ranhão, importantes mercados para a Empresa. Formado em Administração com ênfase em Comércio Exterior pela Universidade Gama Filho, em 2004, Jorge já havia concluído anteriormen-te o curso técnico no Senai de Mecâni-ca Geral entre os anos de 1982 e 1983. Sua entrada na Empresa se deu em 1987 e desde então seu maior desa-fio é manter o foco nas necessidades do cliente, de modo a atendê-los da melhor forma, característica forte na Companhia que representa. “Saber enxergar e ficar atento ao que nossos clientes necessitam e, dessa forma,

direcionar tanto os produtos e ações comerciais para atender as exigências individuais de cada um deles, sem dú-vida, é um exercício diário e sempre presente em minha carreira”, lembra. Tanta dedicação é reconhecida por seus colegas, especialmente o gerente Regio-nal Paulo Torres. “O Jorge começou na Alcoa como técnico, na época da distri-buição. Sua dedicação foi fundamental para o sucesso da transição que caracte-rizava aquele momento, no qual estáva-mos saindo da distribuição própria para Alumínio & Cia. Participamos juntos da abertura das lojas de São Luís, Teresina, Belém, Boa Vista, Santarém e Marabá e consolidando as já existentes”, lembra.“Foi um privilegio ter trabalhado com Jorge neste período de tantas con-quistas, além de participar de seu cres-cimento profissional na Alcoa chegan-do a gerente Regional Norte, no qual vem desempenhando um excelente trabalho”, acrescenta.

Foi-se o tempo em que o principal ele-mento de vedação e fixação dos vidros em esquadrias era uma mistura de gesso e óleo de linhaça conhecida como “mas-sa de vidraceiro”. Hoje, há soluções muito mais apropriadas, como as guarnições de EPDM (etileno propileno dieno monômero), que têm como principal função vedar o caixilho e fixar os vidros. Além disso, elas encontram aplicação também na junção ou travamento de dois perfis. A Neobor Indústria e Comércio Ltda. é o fornecedor homologado pela Alcoa para esse item.“Dos materiais atuais para esta aplicação, comparando-se a relação custo x beneficio, o EPDM é o que possui melhor característi-

ca. Além disso, apresenta ótima resistência ao ataque do ozônio, às altas e baixas tem-peraturas, às intempéries, aos raios UV e ao encolhimento. Quando fabricado com a composição química correta, os fornecedo-res dão garantias de até 15 anos”, explica o responsável pelo Centro Técnico Alcoa (CTA), Paulo Gentile. Outro detalhe importante: as guarnições de EPDM para esquadrias são normatizadas pela ABNT e devem atender a especificação da NBR 13756 “Esquadrias de alumínio – Guarnição elastomérica em EPDM para vedação – Especificação” .A essas vantagens, Gentile ainda acres-centa outra, e aproveita para fazer um im-portante alerta. “A manutenção das guar-

nições é muito simples, basicamente uma limpeza com água e sabão. Não se deve usar nenhum produto à base de petróleo, como vaselina, combustíveis em geral, sol-ventes, querosene, tiner, gasolina, lubrifi-cantes, pois esses atacam as características físico-químicas do EPDM”, diz.Mas o que pode acontecer caso não sejam utilizadas guarnições adequadas? “O uso de produtos inadequados ou de baixa quali-dade provoca problemas de vedação, que podem aparecer antes de a obra estar con-cluída, ou depois de alguns anos, quando as guarnições começam a encolher”, afirma Paulo. Isso significa problemas de estanquei-dade a água e ar, algo que ninguém deseja.

poR que usaR guaRniÇões de epdm?

mais de 20 anos de dediCaÇão ao segmento

dÚvida téCniCa

quem é quem

Com amplo conhecimento dos negócios, Jorge possui uma carreira consolidada na Alcoa.

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Raios Solares

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Reflexão dosRaios Solares

Nunca se falou tanto em sustentabilida-de como nos dias atuais. Independente de setor ou porte, as empresas tiveram que aprender a interpretar, de forma diferenciada, o conceito de desenvol-vimento. Não há mais como crescer e manter-se competitivo sem levar em consideração o equilíbrio nos processos econômicos e a harmonia nas relações com as pessoas e o meio ambiente.Hoje, a sociedade cobra das organiza-ções comportamentos responsáveis em relação ao impacto que suas atividades provocam. O setor da construção civil passou a conviver com novas exigências, incorporadas ao cotidiano de fabrican-tes, prestadores de serviços e usuários. Não só o cuidado na geração de resíduos como também o desenvolvimento de novas soluções tornaram-se questões obrigatórias em função dos números assustadores que envolvem o segmento, principalmente no que diz respeito ao meio ambiente.Um bom exemplo é a operação dos edi-fícios erguidos no Brasil, que consome 42% do total de energia elétrica gerada no País, segundo o guia “Boas Práticas”, do Ministério do Meio Ambiente. Os números assustam tanto que a arquite-tura vem desenvolvendo, cada vez mais, projetos que valorizam a utilização de recursos naturais considerando as condi-ções climáticas de cada região. Tudo isso para minimizar os impactos ambientais e reduzir o consumo energético. Parale-

lamente, o mercado vem disponibilizan-do diversas tecnologias industrializadas com essa mesma finalidade.A estratégia tem dado resultados po-sitivos. Tanto que o Brasil ocupa hoje, segundo o Green Building Council Brasil (GBC), o 5º lugar no ranking mundial de construções sustentáveis. Entre as cha-madas novas alternativas disponíveis, estão as prateleiras de luz, utilizadas para aproveitamento da luz natural e re-

dução da incidência direta da radiação solar. Trata-se de uma técnica que leva a luz a ser refletida para a parte superior interna da construção, dando uma pro-fundidade maior ao ambiente. Para se tirar melhor proveito disso, é necessário que o teto e a prateleira sejam superfí-cies claras para refletir a maior quanti-dade de luz possível.Uma prateleira de luz bem dimensio-nada promove não só a melhoria da qualidade da iluminação, por gerar

mais homogeneidade, como permite mais acesso visual ao exterior da edi-ficação. Paralelamente, também ofere-ce maior conforto para as pessoas que ficam próximas à janela, pois reduz o ofuscamento. Portanto, não faltam motivos para a Alcoa dedicar espe-cial atenção a esse tema. Tanto que a Empresa já desenvolveu um produto especial, com base feita em alumínio extrudado com opção de ACM na su-perfície, que atua como canal de ilumi-nação natural, contribuindo para a re-dução do consumo de energia elétrica.De forma geral, são produtos leves e fá-ceis de instalar, bastante utilizados no exterior, que oferecem excelente relação custo-benefício. Estruturadas de forma integrada ao caixilho, as prateleiras po-dem ser pintadas ou anodizadas, tornan-do-se dessa forma produtos versáteis e inteligentes, aspectos fundamentais para se tornarem sucesso no mercado. Em breve você poderá conhecer melhor estas soluções, que trazem benefícios ao meio ambiente e enriquecem o portfólio de quem não dispensa qualidade e di-versidade nos produtos que fabrica.

CAPApRodutos

sustentáveis em alta

FiCa a diCa

“a aRquitetuRa vem desenvolvendo, Cada vez mais, pRojetos que

valoRizam a utilizaÇão de ReCuRsos natuRais

ConsideRando as CondiÇões ClimátiCas

de Cada Região”

Com forte apelo sustentável, as prateleiras de luzAlcoa prometem otimizar a iluminação natural e, consequentemente, reduzir o consumo de energia elétrica.

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A Alcoa foi classificada entre as 100 “Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil”, na categoria Grandes e Mul-tinacionais, na 15ª edição da pesquisa realizada pelo Great Place to Work® em parceria com a revista Época, da Edito-ra Globo. E não foi só: no sub-ranking “As empresas que mais promoveram”, a Alcoa conquistou o 5º lugar; paralela-

mente também se destacou no quesi-to “Tempo de Lista”, por fazer parte do ranking há dez anos.Divulgada em agosto, a pesquisa avaliou o índice de confiança dos funcionários com o ambiente de trabalho e as me-lhores práticas de gestão de pessoas. No caso da Alcoa, 726 funcionários respon-deram ao questionário, avaliando cinco

dimensões: Credibilidade, Respeito, Im-parcialidade, Orgulho e Camaradagem. A outra análise foi feita junto à própria Empresa, que apontou as Práticas Cultu-rais da organização.

Dois projetos ambientais brasilei-ros relacionados à conservação e à sustentabilidade foram benefi-ciados com recursos provenientes da Alcoa Foundation e repassados pelo Instituto Alcoa aos contem-plados. A cidade de Machadinho, no Rio Grande do Sul, recebeu R$ 264 mil para a restauração e a pre-servação das 24 nascentes locais. Neste projeto, o Instituto Alcoa aliou-se ao Consórcio da Usina Hidrelétrica Machadinho e à Tractebel Energia.

A região de Juruti, no Pará, foi beneficiada com R$ 406 mil, contribuição que possibilitará a continuação do Programa de Ma-nejo Integrado de Quelônios, que promove atividades de educação ambiental, manejo de quelônios e ações do Clubinho da Tartaru-ga. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação de Tecnologia Florestal e Geopro-cessamento (Funtec) são os par-ceiros da Alcoa nesta ação.

Foi concluída a mais impor-tante etapa do projeto de im-plementação da nova matriz energética na fábrica da Al-coa em Poços de Caldas (MG). Isso significa que o óleo com-bustível será substituído por gás natural nos calcinadores e caldeiras da área produtiva da Refinaria. A ação trará ga-nhos tanto para a Empresa – com o aumento da eficiência dos equipamentos – quanto para o meio ambiente, com a redução de cerca de 31% de

emissão de CO2, um dos gases responsáveis pelo efeito es-tufa, e pela eliminação quase que total de outro gás preju-dicial à atmosfera, o SO2.A nova matriz energética é apenas uma das diversas ações de sustentabilidade que serão implementadas até 2030 e que permitirão à Alcoa obter consideráveis ganhos ambientais. No caso desta ini-ciativa, a parceria com a for-necedora Gasmig é que viabi-lizou todo o projeto.

entRe as 100 melhoRes empResas paRa tRabalhaR

instituto alCoa Faz doaÇões a muniCÍpios das Regiões sul e noRte do paÍs

nova matRiz eneRgétiCa de poÇos de Caldas beneFiCia meio ambiente

A substituição de óleo por gás natural reduzirá a emissão de gases poluentes para a atmosfera

Responsabilidade socioambiental é umdos valores praticados pela Alcoa

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Em todo o mundo, a Alcoa atua de manei-ra a respeitar sempre o meio ambiente, e uma das ferramentas que utiliza para co-locar em prática ações coerentes com seu princípios é utilizar áreas protegidas para implementar programas de educação am-biental. Um bom exemplo e brasileiro, é o Parque de Alumar, que em 2011 come-morou 15 anos de existência. Além dele, a Alcoa mantém um projeto do gênero em Poços de Caldas (MG) e estuda repe-tir a dose em Tubarão (SC).Criado em julho de 1996, o parque am-biental do Consórcio de Alumínio do Maranhão possui 1,8 mil hectares de flora e fauna que agregam os principais ecossistemas da ilha de São Luís, como

manguezais, brejos e matas de várzea, além de contar com auditório, oficinas de educação ambiental, alojamento para cientistas, viveiro de mudas, área de compostagem e trilhas de interpretação da natureza. Durante seus 15 anos de funcionamento, o parque já atraiu mais de 130 mil visitantes e doou aproxima-damente 450 mil mudas de árvores por intermédio do Programa Dez Milhões de Árvores, importante projeto ambiental da Alcoa que tem como objetivo contri-buir para a sustentabilidade global.A comemoração de aniversário incluiu inúmeras atividades:exposições que contaram a história do parque (itine-rantes e no próprio parque e fábrica),

apresentação da peça teatral “Carta es-crita no ano 2070”, plantio de espécies nativas, oficinas de pintura, reaprovei-tamento de cd’s e hortas suspensas, e exposição de produtos feitos a partir de materiais recicláveis. É importante lembrar que o parque am-biental foi aberto à comunidade 16 anos após a inauguração do Consórcio de Alu-mínio Maranhão, um dos maiores com-plexos do mundo para a produção de alumínio primário e alumina, formado pelas empresas Alcoa, Alcan e BHP Billi-ton. A Alumar tem 90% de funcionários maranhenses e centenas de fornecedo-res locais, com uma produção que vem se superando a cada ano.

A Alcoa foi o principal destaque da 11ª edição do prêmio IT Leaders 2011, criado pela revista Computerworld, para reconhecer o trabalho dos princi-pais executivos de tecnologia da infor-mação do País. A empresa venceu na categoria Agronegócios e Mineração, com a escolha de Tania Nossa, a pri-meira mulher a fazer parte do ranking desde que foi criado, em 2004.A executiva e sua equipe se destaca-ram em função do projeto de imple-mentação realizado na Mina de Bau-xita de Juruti, localizada na Floresta

Amazônica, que integrou negócios, comunidade e natureza. Segundo a Computerworld, trata-se de um em-preendimento em que a tecnologia da informação, mais do que viabilizar processos e comunicação, fomentou o desenvolvimento social na região.Para selecionar os destaques do prê-mio, a publicação trabalhou em con-junto com a consultoria IDC. Foram avaliados 380 executivos que atuam em diversos setores da economia e selecionados 48 finalistas, de 16 ca-tegorias distintas. Quase metade das

empresas participantes fatura acima de 500 milhões de reais/ano e mais de 60% deles contam com orçamento de TI que representa mais de 1% do fatu-ramento da empresa.

paRque ambiental de alumaR ComemoRa 15 anos

alCoa também é destaque em teCnologia da inFoRmaÇão

Tania Nossa é a primeira mulher a fazer parte do ranking da Computerworld desde a sua criação, em 2004.

Em 15 anos, o Parque já recebeu 130 mil visitantes.

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design da nova maÇaneta da Fise esConde os paRaFusos de FixaÇãoMais uma vez a Fise, fabricante de componentes para esqua-drias, lança um produto que se destaca pelo arrojo e pela inovação: a maçaneta da Linha Unique possui um espelho que camufla os parafusos de fixa-ção e gira em um ângulo de 90 graus, o que facilita eventuais reparos, caso seja necessário.O produto, que tem design arredondado e pode ser acio-

nado com mais conforto, é resistente à corrosão e está à venda nas cores branca e pre-ta – outras tonalidades só sob encomenda – e tem cinco anos de garantia. A linha Unique da Fise também inclui cremonas, maçanetas e fechos para outros tipos de portas e janelas, todos com um desenho padronizado para preservar a unidade estética.

minha Casa, minha vida entRa na Fase 2

as mulheRes na ConstRuÇão CivilA participação feminina no mercado da construção civil vem aumentando gradativa-mente nos últimos anos. Se-gundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2006 o número de mulhe-res trabalhando no setor era de 51.587 em todo o país. Em 2010, subiu para 92.298.

Consideradas mais organiza-das, caprichosas e detalhistas, as mulheres procuram se apri-morar mais, fazendo novos cursos e, dessa maneira, supe-rando os homens em determi-nadas funções, principalmente em trabalhos que exigem mais delicadeza e minúcia. Nesse sentido, são insuperáveis.

O programa do governo fe-deral Minha Casa, Minha Vida continua a todo vapor. A meta é priorizar moradia digna à população de baixa renda, com ganhos mensais de até R$ 1.600,00. Na segunda fase do projeto, o objetivo é cons-truir mais de 2 milhões de unidades em todo o País até o ano de 2014, com financia-mento a taxas reduzidas pela Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Para repre-

sentantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o que poderia atrapa-lhar o cronograma do Minha Casa, Minha Vida não seria a falta de materiais de constru-ção, mas sim problemas com mão de obra qualificada. Para a entidade, existe a necessida-de de investir na qualificação dos operários e em novas tec-nologias, para, consequente-mente, aumentar a produtivi-dade nas obras.

Mais caprichosas e detalhistas, as mulheres vêm ganhando cada vez mais espaço na construção civil, setor até então ocupado unicamente por homens.

Até 2014, mais de 2 milhões de famílias devem ser privilegiadas pela segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Com parafusos camuflados, o design das maçanetas Fise tornou-se ainda mais arrojado.

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“não temos como fazer previsões mais acertadas por causa da crise internacional, mas o brasil está em um ritmo que deve se manter pelo menos até 2020.”

melvyn Fox

A indústria de materiais para a construção tem apresentado crescimento sustentável nos últi-mos cinco anos. De 2005 a 2009, registrou um aumento anual de aproximadamente 10%, depois de um período de estagnação de 20 anos que atingiu toda a cadeia. Desoneração de tributos, aumen-to nas linhas de crédito, ampliação nos prazos de financiamento e in-vestimentos em infraestrutura são algumas das ações que vêm mo-vimentando o setor de tal forma que sua participação no PIB na-cional deve saltar dos atuais 8,3% para 9,5% até 2022.

Apesar de os números serem favoráveis, há um misto de oti-mismo e cautela pairando no ar. A crise econômica internacional novamente mostrou sinais de que muita coisa não anda bem, princi-palmente nos Estados Unidos, dei-xando empresários e governos de todo o mundo preocupados com possíveis desdobramentos. Para a Associação Brasileira da Indústria de Materiais para Construção, o Brasil conseguiu passar sem gran-des traumas pelos maus ventos de 2008, hoje está muito mais forte e, portanto, bem mais preparado para novas turbulências.

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“É difícil fazer previsões quando existe um cenário externo como esse, mas a construção civil brasileira evoluiu tanto que tem condições de continuar cres-cendo, de forma contínua, pelo menos até 2020”, destaca Melvyn David Fox, que no último dia 30 de setembro en-cerrou um período de seis anos como presidente executivo da Abramat. For-mado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas, em 1973, trabalhou por quase 15 anos na Henkel, de onde saiu em 1999 para assumir, por dois anos, a direção de outra entidade importante, a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores. Na gestão de Fox, a Abramat ganhou força e representatividade nas esferas pública e privada graças a uma polí-tica bem-sucedida de aproximação e diálogo com diversos segmentos da sociedade. A capacidade de articular novas ideias e buscar soluções para antigos problemas é, inclusive, uma característica da própria personalida-de de Fox, como você pode conferir a seguir, nesta entrevista exclusiva con-cedida à Revista Alumínio & Cia.:

Houve uma retração no índice de cres-cimento projetado para este ano, tanto que a Abramat já refez os cálculoscom base nos resultados obtidos no primeiro trimestre. O que motivou essa desace-leração do setor?No início do ano, o governo teve que tomar medidas para combater a in-flação, a mais alta registrada desde 2005. Embora necessário, o remédio foi amargo demais. O aumento na taxa de juros impôs restrições ao crédito, mudando a curva de crescimento, até então prevista para chegar a 9% até o final do ano. Por isso, a taxa de cresci-mento para 2011 deve ficar entre 4,5 e 5%, acima do PIB brasileiro, que é de 4%. Ou seja, mesmo com a retomada da crise internacional, o setor continuará crescendo, e em níveis que acompa-nharão o desenvolvimento da econo-mia brasileira.

E para quem trabalha diretamente com materiais para construção, como o senhor avalia o momento atual?

No segmento de materiais para cons-trução, 2006 foi o primeiro ano de crescimento após estagnação, regis-trando 6%. Em 2007 foram 8,5%; em 2008, 14%; em 2009, por causa da cri-se, houve uma retração de 12%. Para reverter esse quadro, o governo agiu rapidamente e colocou em prática determinadas ações, como a redução no IPI, que permitiram a retomada do crescimento. Tanto que em 2010, o setor apresentou crescimento de 12%, batendo recorde histórico no volume de financiamento de mate-riais para construção. Ou seja, temos muito o que comemorar. A construção civil é o setor que mais alavanca o cres-cimento do País. Até 2005, o Brasil viveu uma era de estagnação de quase 20 anos. No final do primeiro mandato do presidente Lula, ele vislumbrou uma oportunidade de crescimento

da economia e isso fez com que o segmento deslanchasse. Tanto que continuaremos colhendo os frutos dessa estratégia por um bom tempo.

Que outros indicadores contribuem para o otimismo em relação ao futuro?A necessidade de acelerar o ritmo das obras para a Copa e Jogos Olímpicos, além das obras do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), deverão manter a construção ativa em 2011. E o PMCMV2 deverá garantir a con-tinuidade do investimento em habi-tação nos próximos anos. Não temos como fazer previsões mais acertadas por causa da crise internacional, mas o Brasil está em um ritmo que deve se manter pelo menos até 2020. Recente-mente, o governo lançou o Plano Brasil

Maior, que reduz a zero a alíquota de 20% para o INSS de setores sensíveis ao câmbio, mostrando que busca sem-pre alternativas para proteger o País dos efeitos da crise. Portanto, estamos falando de medidas que garantem a competitividade.

Os programas do governo estão con-tribuindo, de fato, para sustentar essa competitividade?Estes programas são essenciais pois deram muito dinamismo ao setor. O PAC, voltado à infraestrutura, e o Mi-nha Casa, Minha Vida, à habitação, trouxeram muitos bons resultados para o setor e continuarão trazendo. O governo anunciou cortes no orça-mento de 2011, mas esses programas foram preservados. Para quem está li-gado à cadeia da construção civil, isso é muito bom.

O que poderia ser feito para esses re-sultados serem ainda mais efetivos?Há muito o que ser feito para reduzir o que chamamos de Custo Brasil, um dos principais obstáculos para au-mentar a competitividade do setor. A Abramat está lutando pelo IPI zero para todos os materiais de construção e por um prazo indeterminado. Isso é fundamental quando se fala em cres-cimento do País. Propusemos também um estudo de redução de PIS e Cofins e demos início a um estudo especifico de ICMS, com proposta para redução de 50% desse imposto para todos os materiais de construção, em todos os 27 estados do País. Atuar nessa área de redução de tributos é fundamental e um compromisso da Abramat.

Em relação ao mercado externo, como o senhor avalia o desempenho das em-presas brasileiras?Competir com países como a China, por exemplo, tornou-se algo extrema-mente difícil, tanto no mercado inter-no quanto no externo. Temos uma tri-butação alta, com excesso de encargos sociais, custos altíssimos com logística e consumo de energia elétrica, o que acaba encarecendo nossos produtos, tornando-os menos competitivos.

“mesmo Com a Retomada da CRise inteRnaCional, o

setoR ContinuaRá CResCendo, e em nÍveis que aCompanhaRão o desenvolvimento da eConomia bRasileiRa “

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Os números traduzem nossa re-alidade atual: a balança comer-cial, no que se refere aos mate-riais para construção, sempre foi positiva, mas nos últimos anos tem sido deficitária, ou seja, estamos importando mais do que exportamos, e isso é muito ruim. Esse é um cenário que pre-cisamos mudar até mesmo para melhorar a competitividade em nosso próprio País.

Como seria possível reverter essa situação?Hoje, todos os produtos nacio-nais precisam seguir as normas da ABNT, mas enfrentamos a concorrência de produtos que vêm de fora e entram com tri-butação menor, sem atender as normas da legislação brasileira. Felizmente o governo está ado-tando ações para mudar isso, para evitar a entrada no País de produtos piratas ou sem a quali-dade desejada, o que acontece com muita frequência. O pró-prio Inmetro deverá divulgar novidades em relação a proce-dimentos para verificação de processos e materiais usados nos produtos importados que são colocados à disposição dos brasileiros. Paralelamente tam-bém estão sendo criados incen-tivos para a exportação, pois aumentou-se a tributação em relação à importação.

A qualidade da mão de obra ainda é um problema quando se fala em competitividade?Muito se tem feito para me-lhorar a qualidade da mão de obra e isso tem avança-do cada vez mais. A ABNT já identificou e regulamentou 13 perfis profissionais para a construção civil, o que vem fa-cilitando a adoção de medidas para qualificá-los. O Senai tem investido fortemente, crian-do cursos, fazendo parcerias e expandindo suas ativida-

des. Sem dúvida é a principal entidade brasileira quando o assunto é qualificação. Re-centemente, ela anunciou um plano para ampliar a sua capacidade, aumentando a opção de cursos, promovendo ensino a distancia, adotando unidades móveis, realizando cursos em canteiros de obras. Segundo um estudo da Funda-ção Getulio Vargas entre 2010 e 2022 serão abertas 3,3 mi-lhões de novas vagas e o Senai está criando alternativas com base nessa estimativa. Claro que ainda temos problemas em relação à qualificação da mão de obra, mas o momento atual é de profissionalização e estamos sabendo aproveitar isso, o que é mais importante.

Qual o recado da Abramat para quem atua no segmento?Nosso desafio é estar preparado para atender à demanda que existe e é real. De modo geral, a indústria vem trabalhando com uma capacidade ociosa baixa, em torno de 12% a 13%. Ou seja, estamos utilizando de 86% a 87% do total de capacidade instalada do setor. Trata-se de um número alto, mas isso não será problema pois o nível de investimento previsto para os próximos 12 meses está num patamar ao redor de 72% e 73%. Ou seja, tudo indica que conse-guiremos acompanhar o ritmo do mercado e isso é excelente para o profissional que conse-guir se organizar para aprovei-tar as oportunidades que es-tão surgindo a todo momento. Hoje, existe uma abertura muito grande e a tendência é que a produtividade aumente, pelo menos nos próximos dez anos. Pode ser que os números não sejam tão otimistas como espe-ramos, mas que o crescimento é real e sustentável não tenho dúvida alguma.

UMA ENTIDADE JOVEM, PORÉM FORTEFundada em abril de 2004, a Abramat tem como principal objetivo estimular o desenvolvimento de soluções que fomentem o mercado de cons-trução habitacional. Sua trajetória é curta, mas os avanços, significativos. Tanto que, em apenas sete anos de existência, tornou-se uma das entidades mais fortes e respeitadas do País.O sucesso da empreitada deve-se, em parte, à estra-tégia de atuação da entidade, dividida em três gran-des eixos: aumentar a competitividade da indústria de materiais para construção, garantir a realização de ações responsáveis em relação ao meio ambiente e à sociedade, além de fortalecer o relacionamento com organizações dos setores público e privado.Entre as principais propostas defendidas permanente-mente pela associação está a ampliação do crédito e do financiamento para o desenvolvimento do merca-do da construção habitacional, a redução de desper-dícios e de custos, o aumento da produtividade e o desenvolvimento de oportunidades tecnológicas que ampliem a demanda de materiais de construção.Não foi à toa que em tão pouco tempo a Abramat tornou-se integrante do Conselho do Ministério das Cidades e membro do Fórum Nacional da In-dústria, entre outros. Paralelamente, deu corpo à União Nacional da Construção, reunindo de forma inédita todos os elos da cadeia, e participando di-retamente das principais decisões governamen-tais voltadas para a habitação, como a redução de IPI para materiais de construção.A partir de outubro, a Abramat será liderada pelo en-genheiro Walter Cover, que já atuou como superinten-dente-geral da Fiesp, entre 1998 e 2004. No currículo do novo presidente também constam passagens pela Serrana, do Grupo Bunge, e pela Vale, onde por três anos trabalhou como diretor global de relações insti-tucionais, sustentabilidade e meio ambiente.

Com apenas sete anos de existência, a Abramat, com sede na capital paulista já é uma das entidades mais

importantes do setor da construção do País.

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Quando pequenas lâminas de células fotovoltaicas fabricadas com silício são instaladas em vidros simples, laminados ou duplos, eles se tornam fotovoltaicos: vidros que possibilitam a absorção da radiação solar e a convertem em eletri-cidade. Utilizados na construção de pai-néis que contribuem para a conservação do planeta e capazes de reduzir consi-deravelmente as contas de eletricidade, apresentam-se como a nova solução no mercado da construção sustentável.As propriedades de alta transmissão do vidro possibilitam maximizar a energia nos painéis para captação da energia solar. Posteriormente, é transformada em energia elétrica e conduzida de um painel para outro, por meio de fios insta-lados no interior dos perfis de alumínio, até as baterias de armazenamento ou até um inversor, que vai permitir o consumo imediato na rede interna do prédio.Atualmente o custo de uma fachada com vidros fotovoltaicos ainda é mais alto que uma com vidros de controle solar (refletivos). Como a posição verti-cal também não permite um bom de-sempenho - em termo de produção de kWh -, os arquitetos darão preferência ao uso dos fotovoltaicos na parte dos telhados ou como brise-soleils, onde se pode inclinar os painéis na faixa ideal. No Brasil, ela fica entre 5 e 20 graus em relação ao plano horizontal para a má-xima geração de energia.O alto custo é uma questão que afeta o

mundo todo, o que torna incentivos do governo algo essencial para impulsionar essa tecnologia. Nos próximos meses uma reunião em Copenhague poderá re-sultar em grande fonte de financiamento dos projetos solares, já que irá rediscutir o plano que previa uma ajuda de quase 500 milhões de euros para os países em desen-volvimento no crescimento de alternati-vas ambientalmente sustentáveis.No Brasil já existem dois projetos de lei que buscam incentivos e subsídios para geração de energia solar. O 630 é para geração acima de 50 kW no país por meio do CCC (subsídio já pago nas con-tas de energia elétrica) e o 128 visa ajudar o consumidor, fabricante de módulos so-lares e gerador da energia. Além disso, possíveis investimentos devem aparecer nos próximos meses graças à Copa do Mundo e à Olimpíada, com destaque para a solicitação da Fifa, que recomenda aos países que sediarão o mundial nos próximos anos a constru-ção de estádios verdes com cobertura de vidros fotovoltaicos. O futuro para tais vidros é promissor e o mercado mundial já apresenta um cresci-mento de 40% ao ano. Estima-se que até 2012 a capacidade instalada no mundo seja redobrada, devido, principalmente, ao apelo pelas causas ecológicas. O potencial para a energia solar no Brasil é enorme, já que possui uma capacidade de geração quase 50% acima da europeia, de-vido a maior incidência de radiação solar.

O novo aeroporto de Florianópolis, Hercílio Luz, por exemplo, já tem a presença de vidros fotovoltaicos em sua cobertura e o projeto de Guamaré, no Rio Grande do Norte, prevê um parque de mil placas fotovoltaicas para atender o consumo da refinaria da Petrobrás. Além desses, a usina de Tauá tem a meta de gerar 50 MW com 90% de placas solares de pro-dução nacional. Com o avanço da tecnologia, novos ma-teriais estão sendo estudados para pro-dução dos vidros fotovoltaicos e os filmes finos aparecem como matéria-prima mais eficiente, com um custo de fabrica-ção mais estável e barata que o silício cris-talino, viabilizando uma produção 100% nacional nos próximos anos, o que contri-bui para a redução do custo do painel.Além disso, a utilização de diferentes vidros nos painéis fotovoltaicos, como Diamant Solar, Albarino e vidros com coating (linha TEC), foi estudada e a construção desses dispositivos teve seu custo reduzido. Outra previsão é que quanto maior for a utiliza-ção do produto menor será seu preço. Há estimativas que dizem que até 2018 o cus-to da energia solar deverá se igualar ao da energia elétrica convencional.De qualquer forma, os captadores so-lares já se mostram mais eficientes do que nunca em reduzir os gastos com energia e o retorno do investimento com a instalação dos mesmos é mais rápido do que se imagina.

Carlos Henrique mattar, gerente de Desenvolvimentode Mercado da Cebrace - www.cebrace.com.br

FotovoltaiCos: a nova tendênCia veRde na ConstRuÇão Civil bRasileiRa

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teste, sempRe!Ensaios em laboratório atestam a conformidade e garantem que surpresas desagradáveis passarão longe de uma obra. Sua importância é inegável, pelo menos se você busca atender bem o seu cliente!

Você sabia que os caixilhos estão entre os itens que geram as princi-pais reclamações por parte de con-sumidores após aquisição do imó-vel novo? Os mais observadores certamente conseguem responder de bate pronto onde está a origem desse problema. Afinal, erros de cálculo ou instalação são fantasmas que comumente assombram uma obra, provocando situações desas-trosas. Esquadrias que não supor-tam pressões de vento e acabam, literalmente, voando; produtos que não oferecem vedação ao ar e à água, provocando assobios durante ventanias ou permitindo a entrada de chuva nos ambientes... enfim, sobram exemplos que justificam in-dignação por parte de quem busca conforto, qualidade de vida e respei-to como consumidor.O cenário poderia ser outro se todas as esquadrias utilizadas em uma obra estivessem em conformidade com as normas específicas, elabora-das justamente para evitar proble-mas do gênero. Mas como ter cer-teza de que o produto instalado ou até mesmo, um protótipo, está em conformidade com o que determi-na a legislação? Claro que é difícil perceber isso apenas visualmente. Portanto, a melhor solução para o “tira-teima” está na realização de testes em laboratório acreditados

pelo Instituto Nacional de Metrolo-gia (Inmetro), como o Instituto Tec-nológico da Construção Civil (Itec), o Instituto de Pesquisas Tecnológi-cas do Estado de São Paulo (IPT) e os Laboratórios Falcão Bauer.

os testes são uma FoRma de deteCtaR eRRos a tempode CoRRigi-los Por isso, os especialistas fazem coro em relação a sua importância. Tam-bém lembram que tal procedimen-to não constitui ônus para quem os encomenda, mas sim economia de recursos, pois a localização precoce de não conformidades evita retraba-lhos. “O problema que mais ocorre durante a realização dos ensaios diz respeito à permeabilidade à água. Constatamos desde borbulhamen-tos até transbordamento pelo trilho, problemas que podem ser resolvi-dos com correções no projeto ou du-rante a montagem, dependendo do que foi detectado”, afirma a consul-tora da Associação dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal), Fabíola Rago.A fim de evitar problemas como es-ses, a Brookfield Incorporações S.A. – construtora que possui empreendi-mentos de altíssimo padrão em dez estados do Brasil – solicita a todos os fabricantes a realização de testes

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“os testes seRvem paRa gaRantiRmos a qualidade do pRoduto adquiRido. Com isso podeRemos asseguRaR Caixilhos Com

qualidade, Reduzindo bastante os Chamados de manutenÇão poR paRte de quem adquiRe um imóvel.”

Agnaldo Holanda da Costa

“esse tipo de avaliaÇão nos asseguRa que o sistema está sendo montado adequadamente, que os Componentes estão dentRo

dos dimensionais de pRojeto e ContRibui paRa que esses pRoblemas possam seR deteCtados e CoRRigidos anteCipadamente.”

maria teresa Faria e Godoy

de qualidade dos produtos, é o que garante o diretor de Obras, Agnaldo Holanda da Costa. Um dos empreendi-mentos mais importantes da empresa é o Brookfield Malzoni Faria Lima, em construção na capital paulista, que uti-lizou 200 toneladas de alumínio Alcoa para cobrir 36.000 m² de fachada unitiza-da. As esquadrias foram fornecidas pela Luxalum, fabricante que também prima pela realização de testes. Resultado?

uma obRa sem pRoblemas“Nos prédios comerciais, com projetos de cortinas de vidro, fazemos testes específicos em laboratório de ação de vento e estanqueidade; nos demais so-licitamos apenas testes de qualidade do material”, lembra Agnaldo. A solici-tação da Brookfield foi encarada com naturalidade pela Luxalum. “Realizamos testes há mais de uma década e sempre testamos as linhas que produzimos, de acordo com a solicitação do cliente e as características específicas de cada proje-to. Os mais usuais são para resistência e

estanqueidade ao ar e à água, de acor-do com a NBR 10821”, conta o diretor da empresa, Lucínio Abrantes.Outro profissional que defende, com veemência, a realização de ensaios é Igor Alvim, da QMD Consultoria. “Te-mos que perder o medo do teste, ele é fundamental para que a obra possa iniciar com um rumo correto”, des-taca. A arquiteta Maria Teresa Faria e Godoy, da Arqmate Consultoria e Projetos de Esquadrias, segue a mes-ma linha de raciocínio. “Esse tipo de avaliação nos assegura que o sistema está sendo montado adequadamente, que os componentes estão dentro dos dimensionais de projeto e contribui para que esses problemas possam ser detectados antecipadamente e corri-gidos”, acrescenta. “Os testes servem para garantirmos a qualidade do pro-duto adquirido. Com isso poderemos assegurar caixilhos com qualidade, re-duzindo bastante os chamados de ma-nutenção por parte de quem adquire um imóvel”, complementa Agnaldo. Para o pesquisador do IPT, Fúlvio Berçot

Miranda, os ensaios trazem vantagens para todos os envolvidos na cadeia. “No caso do produtor, há a verificação da aderência das características de seu produto diante das normas nacionais e internacionais, garantindo a adequa-ção ao mercado almejado. Por vezes, dependendo dos estudos encomenda-dos, pode-se chegar a uma otimização do processo produtivo, gerando uma margem maior para o fabricante e/ou aumento da competitividade no mer-cado, ocasionada pela redução dos custos de fabricação. Já para o mon-tador, se as análises e ensaios de con-trole forem executados de maneira periódica, sob controle de uma enti-dade isenta, de terceira parte, existe a mínima probabilidade de se trabalhar com materiais fornecidos fora de es-pecificação”, explica.

eletivos ou obRigatóRios?Segundo a diretora técnica do Itec, Michele Gleice, os fabricantes de es-quadrias não são obrigados a realizar

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“os testes Constituem uma salvaguaRda ao pRoduto e evitam o desgaste da imagem do

FabRiCante Com o Cliente, Caso haja pRoblemas.”

michele Gleice

“desde que as noRmas FoRam elaboRadas, Realizamos os ensaios paRa veRiFiCaR se nossos pRodutos atendem às espeCiFiCaÇões.”

Paulo Gentile

testes de ensaios. “No entanto, estamos falando de procedimentos que assegu-ram a qualidade do produto oferecido”, destaca. E isso, sim, é obrigatório para quem quer sobreviver em um mercado tão competitivo como o nosso. Além disso, fazer adequações ao projeto não é nenhum bicho de sete cabeças para quem tem consciência de suas respon-sabilidades. “Não é vergonhoso para ninguém ter que corrigir o projeto caso seja constatada alguma não conformi-dade. A máxima de que papel aceita tudo é provada nos testes. Por isso, nin-guém em sã consciência lança um pro-duto sem antes testá-lo”, lembra.Esse é o caso, por exemplo, da Alcoa, que promove com frequência testes no Instituto Falcão Bauer, IPT e Itec. “Des-de que as Normas foram elaboradas, realizamos os ensaios para verificar se nossos produtos atendem às especi-ficações. Fazemos isso, inclusive, em todos as linhas desenvolvidas para a construção civil. Quando as Normas são revisadas realizamos novamente todos os ensaios para a adequação dos

produtos às mesmas”, conta o respon-sável pelo Centro de Treinamento Alcoa (CTA), Paulo Gentile. A ida aos laborató-rios deveria ser um procedimento coti-diano incorporado por empresas de to-dos os portes, pois muitas deficiências não são visíveis durante a execução do projeto, principalmente problemas como a infiltração de água, uma das piores inimigas das fachadas.

Nesse caso, os problemas podem ocorrer durante a montagem e a instalação do caixilho e, com os testes, é possível, por exemplo, detectar sua origem, muitas vezes relacionada à aplicação de silicone ou ao dimensionamento das guarnições de EPDM, importantes elementos de ve-

dação. “Os testes constituem uma salva-guarda ao produto e evitam o desgaste da imagem do fabricante com o cliente, caso haja problemas”, explica a diretora do Itec. Michele afirma que fazer os tes-tes antes de fornecer as esquadrias é a atitude recomendada, no entanto, na prática, isso nem sempre acontece. “A maioria absoluta é feita quando as es-quadrias já estão sendo instaladas nas obras. Para evitar retrabalhos e gastos desnecessários, recomendamos a reali-zação antes”, destaca.Exceções, porém, também existem, como lembra o pesquisador do IPT. “Os ensaios mecânicos e de ciclagem de abertura e fechamento são os de menor complexidade e podem ser re-alizados na obra, assim como a medi-ção da espessura da camada anódica ou pintura eletrostática. Ensaios de es-tanqueidade, carga de vento e perme-abilidade ao ar não são muito fáceis de serem levados à obra, mas o IPT já rea-lizou várias determinações desse tipo, geralmente em presença de patolo-gias nas esquadrias e, principalmente,

“não é veRgonhoso paRa ninguém teR

que CoRRigiR opRojeto Caso seja

Constatada algumanão ConFoRmidade”

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em fachadas-cortina. É bom ressaltar que esses são ensaios especiais que carecem de avaliação local para sua realização”, esclarece.

pRogRamas voltadosà qualidadeImpossível não falar em testes sem mencionar iniciativas que vêm valori-zando e estimulando a adoção desse tipo de comportamento. Um bom é o Programa Setorial da Qualidade, criado pela Afeal para melhorar a qualidade dos produtos disponíveis no mercado. “Na última década, a política da qua-lidade evoluiu com a implantação do PSQ de Esquadrias de Alumínio, que visa proporcionar aos fabricantes maior conhecimento sobre os produtos, tan-to extrusores quanto serralheiros, pois a responsabilidade é solidária. É uma forma muito econômica, com baixo custo de participação. Inclui os ensaios necessários e é recompensado pelo apoio dado pelas entidades às empre-sas, reduzindo o risco do negócio, pois o consumidor, cada vez mais exigente, irá procurar seus direitos”, explica o co-ordenador do PSQ, Edson Fernandes.Outra iniciativa que incentiva a realiza-ção de ensaios em prol da qualidade dos produtos é o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, criado pelo Ministério das Cidades, do qual a Afeal é uma participante ativa. A ini-ciativa tem por objetivo elevar os pa-tamares da qualidade e produtividade da construção civil, por meio da cria-ção e implantação de mecanismos de modernização tecnológica e gerencial. “O fabricante define em que espaço ele vai atuar. Haverá um momento no qual

será obrigatório, pelas entidades man-tenedoras do programa, o monitora-mento do mercado sobre as empresas que insistem em colocar produtos não conformes no mercado e consequen-te encaminhamento à justiça. Essa é a grande vantagem de programas como esses”, conclui Edson.

a oRigem Os testes aplicados nos caixilhos são um tema relativamente novo se com-parado à própria evolução do setor. Historicamente, muitos produtos e conjuntos de perfis disponibilizados no mercado não possuíam classifica-ção para aplicações específicas, mas atendiam tanto casas térreas quanto edificações de 20 pavimentos. Rara-

mente construtoras e fabricantes sub-metiam as esquadrias a ensaios. Na ausência de equipamentos sofistica-dos, os fabricantes utilizavam diver-sos recursos para verificar a qualida-de dos projetos, como conta Antônio Cardoso, da AC&D, um dos maiores estudiosos de esquadrias do Brasil. “Não tínhamos como testar, mesmo que rudimentarmente, o esforço do vento, por exemplo. Em relação à água, ainda conseguíamos fazer algo, ou seja, o teste era feito na própria obra, usando uma mangueira. Des-sa forma ia-se ajustando o que fosse possível”, lembra.O panorama começou a mudar com o surgimento de câmaras de empre-sas privadas e, posteriormente, com

“na Última déCada, a polÍtiCa da qualidade evoluiu Com a implantaÇão do psq de esquadRias de alumÍnio, que visa

pRopoRCionaR aos FabRiCantes maioR ConheCimento sobRe os pRodutos, tanto extRusoRes quanto seRRalheiRos, pois a

Responsabilidade é solidáRia.”

edson Fernandes

a CÂmaRa azul do iteC é a maioR do paÍs

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a utilização de uma câmara do IPT. “Na década de 70, só existiam duas câmaras no Brasil: uma em São Pau-lo, da Fichet, e outra no Rio, da Pagani Pinheiro. Elas eram de uso das pró-prias empresas. Hoje não estão mais no mercado. Em meados da década, foi elaborada a primeira norma para Esquadrias no Brasil, trabalho coman-dado pelo IPT, e conjuntamente cria-ram a primeira câmara para ensaios de ar, água e esforço de vento. Ela era pequena, somente para janelas, mas foi a primeira câmara pública”, conta.Um dos marcos que impulsionaram a realização profissional de testes foi a construção do CTA – Centro Tecnológico do Alumínio, pela Afeal, com o propósito de ensaiar janelas e fachadas-cortina. Em 2006, o laboratório tornou-se indepen-dente, ganhou novo nome – Itec - e, pos-teriormente, foi creditado pelo Inmetro. Paralelamente, a partir de 1991, com a publicação do Código de Defesa do Con-

sumidor, a conformidade com as Normas Técnicas de todo e qualquer produto passou a ser uma exigência legal”, lembra o coordenador do PSQ. Edson ainda com-plementa o raciocínio falando sobre as linhas de esquadrias. “As principais indús-trias de extrusão desenvolveram linhas, que agora são denominadas de Sistemas de Esquadrias, pois foram previamente

ensaiadas e homologadas, com catálogos cada vez mais explicativos, facilitando o fabricante na produção, de acordo com a aplicação específica na obra e cumprindo

as normas técnicas”, acrescenta.Fúlvio, do IPT, vai além. “Os testes são fruto da evolução da arquitetura e da ousadia da engenharia com a criação de edifícios e estruturas inovadoras, fora do padrão convencional, de ele-mentos e componentes empregados em edifícios (fachadas-cortina, janelas, guarda-corpos, portas, etc.), em aero-náutica (ligas leves e extremamente resistentes), na indústria náutica e na rodoviária, bem como o tratamento de efluentes e reaproveitamento de resí-duos de produção, seja na reinserção na cadeia produtiva do alumínio, ou seja, como matéria-prima em outros processos de construção”, destacaPara o gerente do Laboratório de Cons-trução Civil, do Instituto Falcão Bauer, Maurício Marques Resende, as necessida-des dos testes em esquadrias e fachadas nasceram da importância que os siste-mas têm para uma edificação. “As esqua-drias participam diretamente nas condi-ções de habitabilidade do edifício, uma vez que fazem parte do sistema de ve-dação externa. Além disso, é necessário verificá-las também no que diz respeito à segurança dos usuários e da vizinhança do edifício. Por isso deve apresentar resis-tência em relação à pressão de vento a que estará submetida, de forma que não sofra deformação excessiva, o que pro-voca ruptura dos vidros ou de quaisquer componentes, bem como a sua queda. Por fim, os testes permitem avaliar a du-rabilidade da esquadria em relação às operações de manuseio (ações de abrir e fechar, simulações de esforços de utili-zação), de forma a garantir uma vida útil mínima para a esquadria” acrescenta.

“as esquadRias paRtiCipam diRetamente nas CondiÇões de habitabilidade do ediFÍCio, uma vez que Fazem paRte

do sistema de vedaÇão exteRna. além disso, é neCessáRio veRiFiCá-las também no que diz Respeito à seguRanÇa dos

usuáRios e da vizinhanÇa do ediFÍCio.“

maurício marques resende

um dos maRCos que impulsionaRam

a RealizaÇão pRoFissional de testes

Foi a ConstRuÇão do Cta – CentRo teCnológiCo do

alumÍnio, pela aFeal.

os testes são aCompanhados de peRto pelos FabRiCantes

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A entrada em vigor da versão revisada da NBR 10821 obrigou os laboratórios a fazer pequenas mudanças nas metodologias dos ensaios, objetivando maior uniformi-dade entre os resultados dos ensaístas. Um dos exemplos é a verificação da estan-queidade, em que a disposição dos bicos de água que simulam chuva teve que ser alterada. Sem dúvida, esse é um excelente exemplo que comprova a eficiência desse tipo de procedimento no Brasil: tanto o IPT quanto os Laboratórios Falcão Bauer estão aptos a testar uma ampla gama de produ-tos; o Itec não fica atrás quando o assunto é credibilidade, com o diferencial de ser especializado em ensaios de esquadrias (janelas e portas), além de fachadas-cortina e guarda-corpos para edificações.Centro de desenvolvimento independen-te, sem fins lucrativos, que realiza cente-nas de testes por ano a pedido das cons-trutoras e fabricantes, o Instituto verifica penetração do ar, estanqueidade à água, comportamento mediante à exposição de cargas de vento, além da resistência às operações de manuseio. Para isso, possui quatro câmaras de ensaio: Amarela (2.900 x 2.500 mm), Verde (4.800 x 3.000, com 1.000 mm de profundidade), Vermelha (3.800 x 7.800 mm, para edificações de dois pavi-mentos) e Azul (4.900 x 9.700 mm, para edificações de três pavimentos). Esta úl-tima, inclusive, é a maior câmara do País para testes de fachadas-cortina. Os ensaios têm início com a construção do vão no qual será aplicada a esquadria, seguida da colocação pelo próprio fabri-cante. “Nesse caso, é o próprio produtor que faz a instalação porque muitos pro-blemas em fachadas são decorrentes des-se processo”, explica Michele. Antes do início dos testes, os ensaístas precisam ter acesso a informações básicas como o lo-cal em que serão instaladas as esquadrias, bem como o número de pavimentos da edificação. “São respostas importantes para determinarmos os parâmetros dos testes”, acrescenta a especialista.

Michele lembra, ainda, que todos os testes são feitos com base na NBR 10821, que de-termina parâmetros mínimo, médio e supe-rior de desempenho. No caso específico de permeabilidade ao ar é feita uma avaliação a respeito dos confortos térmico e acústico, já que há uma tolerância permitida pela Norma. Além disso, a permeabilidade ao ar deve ser avaliada com cuidado porque é um importante fator que interfere na climatização do ambiente e, por conse-quência, no gasto de energia elétrica. A avaliação de estanqueidade à água é feita por meio da simulação de chuva, com jatos de água direcionados à esquadria, com um aumento gradativo de pressão, de 20 em 20 Pa até atingir 120, ficando o conjunto ex-posto por cinco minutos em cada estágio. Após isso, há um aumento de 30 em 30 até a pressão chegar a 200 Pa, visando à avaliação da permeabilidade inicial (PI) e da per-meabilidade excessiva (PE). “Se ocorrer PI, ou seja, água nas guarnições de borracha ou palhetas das venezianas, o desempenho da esquadria é considerado mínimo. Já quan-do há PE, ou seja, transbordamento, borbu-lho no trilho e vazamento para o ambiente interno, é preciso fazer grandes ajustes nas esquadrias, pois estamos falando de situa-ções inaceitáveis. A NBR 10821 especifica que não pode haver infiltração que cause escorrimento pela parede na sua face inter-na. Dessa forma, muitos se enganam quan-do dizem que o problema da infiltração foi decorrente da chuva. Não é normal entrar água em casa, a culpa não é da chuva, mas sim, da janela”, alerta Michele.Quando o assunto são as cargas de vento uniformemente distribuídas, aplica-se a pressão de vento de acordo com o mapa de isopletas que mostra a variação da velo-cidade de ventos nas várias regiões do País e mede-se a deformação. Nesse caso, Michele é categórica: “Não pode haver quebra de vidros ou desprendimento de componentes”. Feito isso, aplica-se, em se-guida uma pressão de segurança 1,5 maior que o valor de pressão do vento da região

em que a obra estará localizada. Essa é mais uma modificação na metodologia dos tes-tes impostas pela revisão da 10821. “O ob-jetivo é verificar se não houve colapso da esquadria ou seus componentes, inclusive dos vidros”, explica a especialista. Ao fim dos testes, o Itec entrega um laudo para o solicitante do ensaio, mostrando se foram encontradas não conformidades. “Nosso trabalho se limita a realizar os ensaios e apresentar os resultados. No entanto, não temos know how para apontar o que se deve fazer para solucionar o problema en-contrado”, lembra Michele.

outRos CenáRiosO IPT e o Falcão Bauer realizam testes de forma semelhante. No primeiro, porém, não existe a necessidade de construção de um vão, uma vez que a esquadria é aplicada diretamente na câmara de testes. “A instalação da esquadria é de responsabilidade do cliente, uma vez que deve ser realizada por uma equipe treinada e qualificada para esta finalidade, de tal forma a reproduzir a situação da obra. A partir disso, agenda-se a data de ensaio que será realizado mediante o fornecimento por parte do cliente das informações referentes ao local de utilização da esquadria (região, altura ou número de pavimentos do edifício). Elas são importantes para definir as pressões de ensaio de estanqueidade e de deformação sob cargas uniformemente distribuídas. Além disso, deve ser enviado o projeto da esquadria para que seja verificada o atendimento do protótipo às características definidas neste projeto”, conta Maurício, do Falcão Bauer.O procedimento de ensaio é o mesmo para qualquer das regiões previstas em Norma. Para os especialistas, o que irá variar diz respeito às cargas, estudadas conforme diretrizes da NBR 6123 – Forças devidas aos ventos em edificações, e aplicadas por potentes ventiladores centrífugos. O corpo de prova é confinado em uma câmara es-tanque, considerando-se os efeitos de pres-

RealizaR ensaios paRaapResentaR Resultados

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são positiva e negativa (sucção). A câmara do IPT permite ações cíclicas alternadas de pressão (positiva e negativa, atendendo às normas europeias) e o monitoramento dos deslocamentos dos perfis e demais elementos de interesse”, destaca. Segundo Maurício, quando o teste é feito em dife-rentes andares, os índices de correção são estipulados pela NBR 6123 de acordo com a altura da edificação em relação ao solo, da densidade de construções ao redor, da to-pografia local e da geometria em planta do edifício, entre outros fatores. “Edifícios com características especiais e algumas obras de arte arquitetônica podem dispor do em-prego de maquetes em menor escala, de-vidamente instrumentadas e submetidas a análises e ensaios em túnel de vento, com monitoramento das velocidades e pressões por via digital e laser. O IPT possui um dos maiores e mais modernos túneis de vento de camada limite do Brasil”, acrescenta.

uma obRa impoRtante Entre as grandes obras localizadas na capital carioca, uma delas é bastante significativa do ponto de vista dos ensaios. Trata-se do Ventura Corporate Towers, empreendimento erguido em parceria pelas empresas Tishman Speyer e Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário. Além de ser a primeira obra do Rio de Janeiro considerada “empreendimento verde”, os testes de sua fachada unitizada, em 2008, despertaram questionamentos a respeito da NBR 10821, como conta Alvim.“As pressões que foram apresentadas pelo ensaio de túnel de vento nos fi-zeram questionar toda a NBR 10821, inclusive os procedimentos de testes e suas cargas. Na obra específica, em co-mum acordo com o consultor do clien-te, foi visto que as cargas apresentadas eram cargas de segurança, portanto

não deveríamos medir deflexões quan-do a ela aplicadas. Desta forma o pro-cedimento de testes mudou, passamos a ter uma carga atuante, em que medi-mos as flechas e deformações máximas admitidas e outra quando verificamos apenas a segurança das esquadrias,”, explica o consultor.As duas torres idênticas foram construídas em fases distintas, sendo que a fachada unitizada da primeira foi produzida pela Algrad, enquanto a segunda torre teve sua fachada produzida pelo consórcio Itelux, formado pela Itefal e Luxalum. Ao todo, as três empresas utilizaram 150 to-neladas de alumínio. As esquadrias for-necidas pela Algrad foram testadas na Câmara Azul do Itec e serviram de re-ferência para a segunda fase das obras. Durante os ensaios, as esquadrias fo-ram submetidas a testes de estanquei-dade duas vezes maior que o exigido pela Norma em vigor, a fim de conferir absoluta vedação. Já em relação às cargas de vento unifor-memente distribuídas, os testes foram feitos com pressão três vezes superior ao exigido no Brasil. “Ficamos nivelados ao que de melhor se faz nos Estados Unidos, onde os tufões e ciclones que vêm do mar são comuns”, afirmou Cardoso na época. A isso, soma-se a opinião de um dos di-retores da Itefal, José Sabioni.“ Chegou--se ao consenso que as esquadrias das fachadas deveriam atender às normas integralmente e suportar uma pressão extraordinária que simulasse os picos de vento que tem ocorrido em função das recentes alterações climáticas, e per-manecerem íntegras após as aplicações desses excessos de carga”, acrescenta.

noRmasA perspectiva da entrada em vigor da NBR 15575 e do texto revisado da NBR 10821

certamente influenciaram o mercado de fabricação de esquadrias. Para o representante do IPT, o foco de todas as Normas mais modernas é o atendimento às exigências do usuário, conforme preceitua a norma internacional ISO 6241. Qualquer procedimento que fuja desse princípio favorece somente algum elo da cadeia produtiva e não o consumidor, seja pessoa física, seja um conglomerado empresarial. “Se as exigências que forem definidas dentro destas normas não se refletirem, na prática, às exigências do consumidor final, o setor corre o risco de perder espaço para outros materiais ou para produtos importados, e a norma necessitar de nova revisão no mais breve espaço de tempo, para que seja adequada à realidade do consumidor. O IPT acompanha de perto e com muito interesse a atualização da NBR 15575”, diz Fúlvio. Michele é mais taxativa. “A NBR 15575 veio para revolucionar toda a cadeia e, para atendê-la, as esquadrias necessaria-mente terão que atender também a NBR 10821. Assim, já começamos a lidar com consumidores mais exigentes que estão atentos não somente ao custo das obras, mas sim, na relação custo-benefício que fará valer seus direitos e isso é muito bom para o mercado porque põe fim à concorrência desleal. Quando todos se-guem as normas, o mercado fica melhor, com todos satisfeitos. Atendendo às nor-mas, todo mundo ganha”, diz. Maurício, do Falcão Bauer, também tem uma visão positiva, especialmente para os projetis-tas. “A revisão destas Normas vai facilitar o projeto de esquadrias uma vez que houve o estabelecimento das pressões de ensaios para cada situação específica, que antes não era bem definido, assim como no estabelecimento do requisito de desempenho acústico e de durabili-dade das esquadrias”, acrescenta.

“o ipt aCompanha de peRto e Com muito inteResse a atualizaÇão da nbR 15575.”

Fúlvio berçot miranda

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Dos laboratórios citados nesta repor-tagem, o Itec é o mais novo, tendo sido fundado em 2006 por 46 sócios fundadores da Afeal. Instituição sem fins lucrativos, também realiza ensaios em esquadrias de aço e PVC, além de outras estruturas como guarda-cor-pos para edificações e vidro tempe-rado. Já o Falcão Bauer foi criado em 1953 por Luiz Alfredo Falcão Bauer, que também fundou o Instituto Fal-cão Bauer da Qualidade, em 1992. A história do IPT, por sua vez, se confunde com a própria história do Brasil. Nascido a partir da evo-lução do Gabinete de Resistência dos Materiais da Escola Politécnica – atual Poli-USP – o Instituto surgiu

em 1899, por um grupo chefiado pelo engenheiro e político Antônio Francisco de Paula Souza. Naque-la época, as atividades ligadas ao desenvolvimento e avaliação de materiais incluíam a inserção no ce-nário nacional de metalografia mi-croscópica, estudos metalográficos e de tratamento térmico, apoio às ferrovias Paulista, Mogiana e Soro-cabana, além de ensaios de trilhos e pontes treliçadas. Cerca de 40 anos mais tarde, entre as décadas de 30 e 40, o Instituto atuou junto à indústria, como for-necedor de tecnologia, projetos de blindagem e munição para a Revo-lução Constitucionalista de 1932.

Além disso, pode ser considerado um embrião da indústria aeronáuti-ca nacional ao projetar e testar aero-planos, produzir veículos movidos a gasogênio durante a Segunda Guer-ra Mundial, além de dar suporte à construção de rodovias, ferrovias, aeroportos e hidrelétricas.Especificamente no que refere aos testes envolvendo o alumínio, o IPT se destaca. “Dispomos de ca-pacidade plena para avaliação de características ao longo de todo o ciclo produtivo, incluindo estudos de sustentabilidade, desde a aná-lise geológica das prováveis jazi-das, até avaliações envolvendo o estudo de ligas para diversos usos

Itec Falcão Bauer

Testes realizadospor mês

Número defuncionáriospara testesem esquadrias

IPT

13 15 10

10 8 12

ALGUNS NÚMEROS DOS LABORATÓRIOS

CAPA Como nasCeRam

os laboRatóRios?

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e avaliação do produto acabado, in-cluindo suporte técnico para ade-quação do produto aos mercados in-ternacionais via Progex, um programa financiado pela Financiadora de Estu-dos e Projetos (Finep) e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciên-cia e Tecnologia do Governo do Estado de São Paulo”, explica Fúlvio. Dessa forma, além da garantia de de-sempenho, os ensaios em laboratório também são importantes para as em-presas que pretendem colocar novos produtos no mercado. É o caso, por exemplo, da Alcoa que sempre busca testar suas novas linhas de esquadrias a fim de realizar os ajustes necessários. “Com a realização dos ensaios, temos certeza de que os nossos produtos atendem às especificações de normas e, como realizamos o acompanhamen-to dos ensaios, eles nos auxiliam no desenvolvimento de novos produtos e componentes”, conclui o coordenador

técnico do CTA, Paulo Gentile. Com-portamentos como esse garantem uma nova postura, muito mais responsável, por parte de todos aqueles envolvidos na produção de caixilhos. A recomen-dação a favor dos ensaios torna-se algo natural e cada vez mais evidenciada, em função da estrutura que o País pos-sui hoje para questões como essas. “Uti-lizem os testes como desenvolvimento de produto, de forma que os resultados

obtidos sirvam para reprojetos ou da-dos de entrada para novos projetos, ob-tendo a melhor relação custo-benefício”, enfatiza Maurício. “Ensaiar os produtos é uma garantia tanto para o empresário quanto para o cliente”, acrescenta Mi-chele. “Esquadria é um produto técnico, de especificação, portanto, é preciso saber o que se está produzindo e entre-gando ao consumidor, complementa Maurício”.Estudos comprovam que um con-sumidor satisfeito faz um marketing positivo para aproximadamente qua-tro pessoas, enquanto um insatisfei-to manifesta seu descontentamento para, no mínimo, 11 pessoas. Portanto, a escolha entre a fama e a difamação cabe a quem presta o serviço e, se esse for bem prestado, em breve os caixi-lhos sairão da lista de reclamações para se tornarem o sonho de consumo de qualquer cidadão que quer morar bem, com conforto e de forma segura.

“um ConsumidoR satisFeito Faz um

maRketing positivo paRa apRoximadamente

quatRo pessoas, enquanto um

insatisFeito maniFesta seu desContentamento

paRa, no mÍnimo,11 pessoas. “

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CoNForme JÁ DIssemos NA eDIÇÃo 14, A Nbr 10821 estÁ DIVIDIDA em CINCo PArtes:

Nbr 10821-2011esFoRÇos de uso

na edição 14 da Revista Alumínio & Cia., falamos da nbR 10821-2011, tema da matéria de capa, explorando os aspectos técnicos gerais da norma já vigente no país, e com um pouco mais de profundidade o ponto sobre esforços provocados pelo vento. hoje a proposta é darmos um “mergulho” notópico esforços de uso, temaesse muito importante parao desempenho da esquadria.

por ANtÔNIo b. CArDoso, consultor daAC&D consultoria em alumínio e participações

Parte 1 | terminologiaFala das definições, tipologias que serão tratadas na norma, e obviamente dos termos técnicos que serão utilizados ao longo da norma.

Parte 2 | requisitos dedesemPenho e ClassifiCaçãoAqui estão os grandes temas do desempenho das Esqua-drias, como a parte estrutural em relação aos esforços de vento, ar e água, assim como Resistência às Operações de Manuseio, que, em outras palavras, são os Esforços de Uso, tema este que estamos comentando nesta edição.

Parte 3 | métodos de ensaioAqui encontramos os procedimentos de atuação em laboratórios.

Parte 4 | requisitos de desemPenho aCústiCoDeve entrar em vigor brevemente.

Parte 5 | instalação e manutençãoJuntamente com a parte de acústica, entrará em vigência, creio que ainda neste ano.

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entendendo a inteRpRetaÇãoopeRaÇão de manuseioPrimeiramente, vamos transportar na íntegra o que bem diz a NBR 10821: “Quanto às operações de manuseio, indepen-dente da região de uso, deve atender aos esforços aplicados quando do acionamento para abrir ou fechar, ciclos simulando o tempo de vida útil, e os esforços relacionados à limpeza da Esquadria.” Em outras palavras, não importa em que cidade do País se encontra instalada a esquadria, pois a Norma garante um desempenho mínimo ao longo da vida útil de funciona-mento desse produto, para todas as tipologias consideradas na NBR em vigor. Para facilitar tal interpretação, esse tópico pode ser dividido em duas partes distintas:

a) Os ciclos de abertura e fechamento, onde a Esquadria comple-ta, sempre com os vidros colocados, fica exposta a equipamen-tos simulando sua abertura e fechamento, em certa quantidade de ciclos, e ai são testados roldanas, que muito tem haver com o peso da folha, fechos, conchas, cremonas, fechaduras, maçanetas, dobradiças, braços de articulação, entre outros componentes. Este método consiste em submeter uma esquadria - repito: qualquer que seja o tipo ou região onde se encontra instalada -, em condi-ções normais de uso, a 10.000 ciclos de abertura e fechamento, o que corresponde aproximadamente ao uso de dez anos, consi-derando três operações em média ao longo do dia. Com relação ao tempo de vida útil, temos que prever a ação do próprio tempo, como, por exemplo, as intempéries, e, em particular em zona de grande agressividade, como a orla marítima, a corrosão! Em alguns casos, como o exemplo do parafuso abaixo, a corrosão pode ser controlada através da especificação, da vigilância na produção, mas acima de tudo da conscientização do fabricante.b) Já a outra parte diz respeito ao Esforço de Uso propriamente dito, que é o nosso foco principal hoje. O núcleo do tema em si é relati-vamente simples, pois decorre dos esforços feitos pelo usuário da es-quadria, no que se refere ao acionamento e limpeza. Nesse tópico lim-peza é que “mora o perigo”. Nessa hora temos que simular os esforços decorrentes dessa operação. Como temos dezenas de tipologias hoje na Norma, quando multiplicamos esse número de tipologias pelos mo-

vimentos, podemos chegar a uma centena de interpretações. Logo, a ideia é escolher as duas tipologias mais utilizadas no Brasil, e estratifi-car ambas as tipologias, de tal maneira a fazer um passo a passo e dessa forma passar a experiência de como podemos proceder em termos de cálculo, durante o desenvolvimento de um projeto.

os esFoRÇos de usona tipologia CoRReRNa tipologia correr, vamos pegar como exemplo uma janela de duas folhas de correr. Como sabemos, a primeira “obrigação” de uma janela de correr com duas folhas, é que estas duas folhas transpassem entre si, pois, caso contrário, em se tratando de um prédio, o usuário não terá condições de fazer a suposta limpeza em parte de uma das duas folhas! Atendendo este primeiro que-sito, ai sim podemos passar os pontos de cálculo em si, cuja regra é considerar, no centro dos montantes, uma força de 40 kg, nas duas direções, e como resultado não pode haver a quebra do vi-dro, nem o deslocamento da folha, sendo que o perfil deve voltar à posição original, assim como, após essa operação, a janela tem que funcionar normalmente.No exemplo do cálculo de folha abaixo, trata-se de uma janela de correr da Linha Extrema – Alcoa, em que a pior situação é quando aplicamos a carga de 40 kg estabelecida pela Norma, no sentido perpendicular à folha. Do ponto de vista considera-ções para cálculo, admitimos que o limite da tensão máximo no alumínio, para a Liga 6060 – T5, seja 7 kg/mm2, e no vidro a tensão admissível é de 1,1 + / - 02 kg/mm2.Propositadamente no exemplo, utilizamos um vidro com 4 mm de espessura, e com todos estes dados “alimentamos” o software Cosmos, que habitualmente usamos para simulações na AC&D, obtendo os resultados ilustrados na página seguinte.Interpretando os dados acima e comparando com a simu-lação obtivemos:1. Tensão no perfil de Alumínio: deu 9 kg/mm2, um pouco aci-

ma do que normalmente consideramos para essa liga, mas que neste caso podemos aceitar.

2. Tensão no vidro: ficou em 1,3 kg/mm2, ou seja, no ponto ex-tremo aceitável para vidro comum.

CálCulO fOlHA – jAnElA dE COrrErEXEMPlO dE COrrOSÃO

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No geral, no exemplo em questão, estamos no limite do acei-tável, para este tamanho de folha, com esta opção construtiva de perfil, conjuntamente com o vidro de 4 mm de espessura. Neste ponto da nossa exposição, não poderia deixar de dar uma dica, que é submeter qualquer que seja a composição de uma folha de correr a um teste prático feito em casa:

Observem que, com um dispositivo relativamente simples, pode ser feito o teste do esforço de 40 kg, tanto na direção em que se movimenta a folha, conforme foto acima, como também perpendicular à mesma, de acordo com o cálculo que usamos no exemplo. O dispositivo acima foi produzido na empresa Igê, cujos profissionais que lá atuam têm por hábito realizar pesquisas, transferi-las para o ambiente prá-tico, para análise e depois colocar em produção.

os esFoRÇos de uso na tipologia maxim-aRA maxim-ar é a segunda tipologia mais usada no País, logo, não poderia ficar fora da nossa análise. Nela são fei-tos testes de abertura e fechamento, como já frisamos, além de testes de arrancamento do fecho e braço, para verificação da fixação, assim como o mais severo dos tes-tes, que é o movimento torsor da folha. Vejam a foto a se-guir na próxima coluna, ela foi tirada no Instituto Falcão Bauer, quando da realização dos testes na Linha Gold, a qual usaremos nesse segundo exemplo de cálculo. Ob-servem no lado direito inferior da foto, que temos um dispositivo, também conhecido como “sargento”, cujo papel é imobilizar o canto inferior da folha nesse extre-

mo. Em seguida, no centro inferior dessa folha, sempre falando do lado externo da janela, outro dispositivo é co-locado, e este tem uma roldana, onde passa um cabo de aço, onde é acoplado o peso de 40 kg, simulando o puxar a folha para fora, simulando então o esforço torsor dessa nossa análise, conforme pede a NBR 10821.

Visto o lado prático, vamos agora averiguar o cálculo teórico desse ensaio, e comentar os números nele obtidos.Na imagem acima, está em análise uma folha do tipo maxim-ar, da Linha Gold, medindo 1.000 mm de largura, por 1.200 mm de altura. O vidro considerado foi de 6 mm de espessura. Com relação à liga de alumínio e têmpera, foi a 6060 – T5, cujas características mecânicas são as mes-mas descritas acima. Nesse exemplo em questão, focando o perfil de alumínio, vejam que, pelos resultados, estamos bem abaixo do limite de tensão da liga, pois poderíamos chegar a 7 kg/mm2, e o resultado nos mostra 3,8 kg/mm2. Porém, quando passamos nossa atenção para o vidro, es-tamos somente ligeiramente abaixo do limite de ruptura; ou seja: 0,96 kg/mm2. Com este resultado, já podemos concluir que, para este tamanho de folha, a espessura mí-nima do vidro está entre 5 mm e 6 mm, mas não poderia ser utilizado 4 mm de espessura!

SiMulAçÃO fEitA nO SOftwArE COSMOS tEStE rEAlizAdO nO inStitutO fAlCÃO BAuEr

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FeChamentoTemos participado de alguns ensaios prevalecendo a nova Norma, e observamos que estamos numa fase de adap-tação com relação aos proce-dimentos e valores. Pode ser que tenhamos algum ajuste que a prática nos aponte, mas, no geral, podemos ava-liar como um avanço para o Setor de Esquadrias no Brasil. O comitê formado na Afeal, ao qual tenho feito parte, conti-nua trabalhando nos dois capítulos faltantes, ou seja, acústica e instalação, sendo o objetivo concluir e implan-tar ambos ainda neste ano, e, tão logo julgarmos oportuno, voltaremos a este tema. Abra-ços e até a próxima.

as tipologias que mais FavoReCem o ConFoRtodo usuáRioNa verdade, tudo o que comentamos até agora é no sentido da preocupação da segurança e conforto do usuário final da nossa esquadria. Isso posto, não podemos “passar em branco” o que já temos disponí-vel no Brasil, que atende a esses quesitos e ainda nos oferece mais:Essa tipologia abre e tomba é a mais utilizada

na Europa, e com muita razão, pois tem uma riqueza de movimentos que proporciona, ao usuário final, muito conforto com relação ao uso no dia a dia, tais como: limpeza com segurança, ventilação controlada direta e in-direta. E não para por aí: acústica e vedação são outros pontos fortes dessa tipologia, que já inclusa na NBR 10821. Agora só falta a divulgação, para que dessa forma todos os especificadores tenham conhecimento e, pa-ralelamente, cheguem ao consumidor final.

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Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconô-micos (Dieese) apontam que a conti-nuidade dos financiamentos para casa própria e as grandes obras de infraes-trutura na preparação do País para se-diar a Copa do Mundo de 2014, além daquelas relacionadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), são uma garantia de que a construção civil continua em alta.Esse boom vem atingindo principal-mente o Norte e o Nordeste do País. Se-gundo a consultoria ITCnet, as regiões são a bola da vez no setor. A expectativa é um crescimento na casa dos 14% em números de obras até o final do ano, o que significa 2.276 novas construções em 2011. Sem dúvida são indicadores interessantes para empresas que não perdem oportunidade de ampliar sua par-ticipação no mercado como a Alumibox, de Aracaju, integrante da Rede Alumí-nio & Cia. há seis anos.Toda a equipe da Loja não vem medin-do esforços para divulgar ainda mais a marca Alcoa, principalmente nas cida-des das regiões de Itabaiana e Lagarto. Inaugurada em 1982, a Alumibox pos-sui 18 funcionários e uma área construída de 830 m² na qual oferece, além das li-nhas Alcoa, telhas de alumínio, chapas, alurevest, bobinas, forro e portas de PVC, vidros em geral e acessórios.Segundo o diretor da Alumibox, os perfis

mais fornecidos pela Loja são os das linhas Master e Inova, além do Portão Universal. E, para sanar dúvidas e divul-gar os produtos, a Alumibox vem inves-tindo em treinamentos para os fabri-cantes de esquadrias. “Todos os meses realizamos vários tipos de curso para os serralheiros, esclarecendo suas princi-pais dúvidas de usinagem e acessórios das linhas Master e Inova”, explica o di-retor Edson Ribeiro de Oliveira.

Recentemente, a loja promoveu, em seu CTA, um encontro cujo tema foi o novo portão basculante da linha Universal e contou com a presença de 21 profissionais de 13 empresas. Na oportunidade foram esclarecidas dúvidas em relação à divisão do eixo, peso a ser usado na caixa e ta-manho do braço, tema mais questionado pelo grupo. O sucesso foi tão grande que a equipe da Alumibox já pretende repetir a dose em outubro. “Eventos como este

são importantes para mostrar aos clientes que temos produtos de grande qualidade e que atendem a qualquer tipo de necessi-dade para sua obra”, explica Edson. Além de treinamentos, o diretor acres-centa que aposta em outras formas de divulgação tanto da loja quanto da Marca. “Nós divulgamos os produtos Alcoa através de diversos meios de co-municação no estado de Sergipe. Esse ano, já publicamos um anúncio na re-vista Ademi-se, jornais impressos, rá-dios, panfletos e, agora em setembro, teremos um sorteio com vários prêmios de valores expressivos”, afirma. Para o gerente da Rede, Leonardo Arantes, ações mostram a sintonia da loja com a filosofia da Alcoa. “A construção civil brasileira está em um momento muito positivo e é preciso aproveitar isso, de uma maneira proativa, coisa que a Alu-mibox vem fazendo muito bem”, afir-mou. Quem segue a mesma linha de pensamento é o gerente regional Paulo Torres. “Esta loja tem uma importância fundamental no mercado sergipano, onde os clientes podem encontrar solu-ções em esquadrias para seus projetos e realiza treinamentos para construtores e fabricantes de esquadrias para que eles possam ter as melhores soluções. O pro-prietário, Edson Ribeiro, tem um elevado conceito na região estando sempre pre-sente no mercado trazendo tecnologia e inovação”, conclui.

loja da Rede alumínio & Cia. vem aproveitando o bom momento da construção civil brasileira para divulgar a marca alcoa

ConheÇa a alumibox, de aRaCaju

“a ConstRuÇão Civil bRasileiRa está em um

momento muito positivo e é pReCiso apRoveitaR isso, de uma maneiRa pRoativa, Coisa que a

alumibox vem Fazendo muito bem“

O comprometimento da equipe daAlumibox é um dos responsáveis pelobom desempenho da Loja e por levar a marca Alcoa para o mercado sergipano.

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Reunir em um único espaço moradia, trabalho, serviços e diversão. Esse tem sido o ponto de partida para a criação, cada vez mais comum, de projetos do tipo mix-use, principalmente em gran-des cidades. Empreendimentos assim costumam aliar funcionalidade, beleza e sofisticação. E o Mundo Plaza, primeiro do gênero construído pela Odebrecht Realizações Imobiliárias em Salvador (BA) não fica atrás. O projeto arquitetô-nico da André Sá e Francisco Mota Ar-quitetos otimizou o uso do terreno de 17 mil m² para que fosse erguido ali um shopping center, uma torre empresarial e um edifício residencial, totalizando 122 mil m² de área construída. Entre-gue em setembro do ano passado, a obra vem chamando a atenção desdee que foi anunciada. Tanto que em 2007 recebeu o prêmio “Lançamento Imobi-liário do Ano” de 2007, concedido pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia. “O Mundo Plaza está entre os maiores e mais audaciosos empreendimentos imobiliários da cidade. Mas todo esse porte tem um único sentido: propor-cionar mais tranquilidade aos nossos clientes”, enfatiza o diretor de Incor-porações da Odebrecht Realizações, em Salvador, Eduardo Pereira. Como lembra o executivo, morar e trabalhar no mesmo lugar significa redução de quantidade de veículos transitando nas vias e consequente melhoria na qualidade de vida das pessoas. Motivo que explica, inclusive, a grandiosidade dos números que envolvem o proje-to: no total são 1.024 unidades entre apartamentos, salas comerciais e um mall de lojas. O centro de compras, por exemplo, é formado por 66 estabeleci-

empreendimento multiuso é uma das apostas da odebrecht na capital baiana

bem-vindo ao mundo plaza de salvadoR

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mentos distribuídos em 6.359 m² de área construída. A Praça Central pos-sui 1.500 m², pé direito com 18 m de altura e iluminação natural. Já a torre empresarial tem 34 andares e 704 salas que variam de 29 m² a 834 m². O edifí-cio residencial, com 28 andares e 254 apartamentos, dispõe de instalações de última geração, incluindo estrutura para internet de alta velocidade. Outro diferencial é que a área de lazer está loca-lizada nos dois últimos andares, com vis-ta panorâmica para a cidade de Salvador.A grandiosidade do empreendimento se torna ainda mais evidente quando observada a fachada formada por per-fis das linhas Unit, Cittá Due e Inova. Especialmente no que se refere à Unit, Eduardo Pereira faz questão de justificar a escolha. “Trata-se de uma linha pré-fa-bricada e instalada com rapidez e segu-rança. Por isso, contribuiu para o sucesso do empreendimento, uma vez que pro-porciona grande qualidade ao sistema, aliada ao custo e, principalmente, ao prazo da obra. Além disso, a busca por esse tipo de sistema industrializado está sendo priorizada devido à menor neces-sidade de mão de obra para instalação”, afirma. A opção pela Citta Due e Inova segue o mesmo discurso de satisfação.

“Escolhemos essas duas linhas porque ofereceram o melhor custo-benefício, além de atenderem, tecnicamente, a to-dos os requisitos necessários para uma alta performance”, destacou na época do lançamento o diretor da fabricante Tecmont Produtos Metálicos Especiais Ltda., Leobaldo Branco.Para quem constrói, contar com produtos da Alcoa tem, de fato, um significado es-pecial. “Na maioria dos nossos empreen-dimentos usamos as linhas da Empresa. Isso se deve, principalmente, à qualidade dos produtos, além do comprometimen-to sempre demonstrado pela fornece-dora dos perfis”, destaca o responsável pela Engenharia e Planejamento da Odebrecht, Victor Amadheu Leal de Oliveira. Para essa obra, a loja da Rede Alumínio & Cia. de Salvador, Bahia Alu-mínio, forneceu 160 toneladas, motivo que também gerou orgulho para seu diretor, José Camargo. “É sempre gratifi-cante poder trabalhar em parceria com a Odebrecht Realizações Imobiliárias, pois estamos falando de projetos em que temos a oportunidade de atuar desde o início, na presença de um consultor de reconhecimento nacional, como Igor Al-vim. Com certeza, em termos de volume, este foi o maior empreendimento surgido em 2009, construído na Bahia e executa-do com a competência e a habilidade da Tecmont. Projetos como esse envolvem, também, a performance exemplar de nossa Fábrica de Itapissuma que, por es-tar localizada na Região Nordeste, facilita e agiliza nosso atendimento”, conclui.O gerente regional da Alcoa Paulo Torres também reforça a importância da par-ceria em empreendimentos desse porte. “A obra está localizada no novo centro econômico de Salvador, sendo um mar-co na arquitetura da cidade, com alta tecnologia em sua construção, feita com perfeição pela Odebrecht. Não bastasse, o projeto também contou com a Unit, solução de alta tecnologia executada pela Tecmont, uma referência do seg-mento na cidade. Por fim, ainda teve a participação da Bahia Alumínio antes, durante e depois da conclusão da obra, colaborando para o sucesso do Mundo Plaza. Claro que só podia terminar em sucesso”, acrescenta.

Ao aliar moradia, lazer, trabalho e serviços em um único espaço, empreendimentos, como o Mundo Plaza, contribuem para a melhora da qualidade de vida das pessoas e do trânsito.

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Saiba, a seguir, onde estão localizadas as principais lojas Alumínio & Cia. instaladas no País.

Quem estiver fora do Brasil deve acrescentar 55 antes dos números dos telefones indicados abaixo.

REDE ALUMíNIO & CIA.

Região NoRteAmAzoNAsFort AlumínioAvenida DesembargadorJoão Machado, 200 - CEP 69043-000Manaus - AMTelefone: (92) 3656.6111

Comércio Amazonense de AlumínioAvenida Boulevard Álvaro Maia, 526Centro - CEP 69020-210Manaus - AMTelefone: (92) 2123.0123

Centro do AlumínioAvenida Tancredo Neves, 831Xangrilá - CEP 69025-210Manaus - AMTelefone: (92) 3643.9000

metal AlumínioAvenida Senador RaimundoParente, 620Paz - ManausTelefone: (92) 3214.1400

AmApáAdjuniorAvenida dos Aymorés, 842Buritizal - CEP 68902-868Macapá - APTelefone: (96) 3225.0500Fax (96) 3242.9055

pARáAluparáTravessa Lomas Valentina, 843Pedreira - CEP 66080-320Belém - PATelefone: (91) 3276.8899

Alupará FilialFolha 28 - Quadra 40 - Lote 05Nova Marabá - Marabá - PA(94) 3321.4519

santarém AlumínioAv. Curua-una, 2769Urumari - Cep: 68020-650Santarém - ParáTelefone (93) 3523.1272

RoRAimAAlumínio Boa VistaAv. São Sebastião, 1745Santa TeresaBoa Vista - RRTelefone: (95) 3627.4666Cep 69314-152

toCANtiNsequador AlumínioQuadra 812 Sul, Alameda 07,lote 19 ASRS SE 85Bairro Plano Diretor Sul - Palmas - TOTelefone: (63) 3224.4246

Região CeNtRo-oestemAto gRossoAlumínio pantanalAv. Fernando Correa da Costa 3.700Coxipó da Ponte - CuiabáTelefone: (65) 3627.1500

mAto gRosso do sulAlumínio pantanalRua Aziz Moacar Orro, 123Coronel Antonino - Campo GrandeTelefone: (67) 3351-1500

goiásAll CasaAlameda João Elias da SilvaCaldas, quadra 95 - Lote 30 - nº 137Pedro Ludovico - CEP 74825-060Goiânia - GOTelefone: (62) 3241.4893

distRito FedeRAlAlbra Alumínio Brasilia ltda.SIA Trecho 02 - Lotes 505/515SIA - CEP 71200-020Brasília - DFTelefone: (61) 3233.3355

Região NoRdesteAlAgoAsAluma - matrizAvenida Durval de GóesMonteiro, 7347-CTabuleiro dos MartinsCEP 57061-000Maceió - ALTelefone: (82) 3324.1186Fax: (82) 3324.1672

Aluma - FilialAvenida Walter Ananias, 933Jaraguá - Cep 57022-080Maceió - ALTelefone: (82) 3311.5757

Aluma - FilialRodovia Al. 220, nº 4416 - PlanaltoArapiracaTelefone: (82) 3530.9237

BAhiABahia AlumínioRua Tio Juca, 100IAPI - CEP 40323-205Salvador - BATelefone: (71) 3616.0711Fax: (7) 3616.0716

CeARáAlconortAvenida Francisco Sá, 5700Álvaro Wayne - CEP 60310-002Telefone: (85) 3464.2255Fax: (85) 3464.2256

Alconort CaririAvenida Padre Cícero, 3313Triângulo - CEP 63041-140Juazeiro do Norte - CETelefone: (88) 3571.6464

mARANhãoAlumapiAvenida Lourenço Vieira da Silva, 14 -Quadra 59Cohapan - CEP 65055-310São Luís - MATelefone: (98) 3269.1010

pARAíBAmeganordesteRua Elias Pereira de Araújo, 33Mangabeiras - CEP 58056-010João Pessoa - PBTelefone: (83) 3236.6868

meganordesteAvenida Marechal Floriano Peixoto, 3445Santa Rosa - CEP 58416-440Campina Grande - PB

peRNAmBuComeganordesteAvenida Mascarenhasde Moraes, 4762Imbiribeira - CEP 51200-000Recife - PETelefone: (81) 3878.4526

meganordesteAvenida Congresso Eucarístico Internacional, 1280-ASanta Cruz - CEP 55811-000Carpina - PE

meganordeste garanhunsRua Simoa Gomes, 762GaranhunsTelefone: (87) 3762.3002

piAuíAlumapi teresinaAvenida João XXIII, 1529Jockey Club - CEP 64049-010Teresina - PITelefone: (86) 3233.3363

Rio gRANde do NoRteAlunorAvenida Antonio Basilio, 2515CEP 59056-000 - Natal - RNTelefone: (84) 3213.2001

metalnorAvenida Presidente Dutra, 2220Alto de São ManoelMossoróTelefone: (84) 3312.3700

seRgipeAlumiBoxRua Rafael de Aguiar, 1366CEP 49050-660 - Aracaju - SETelefone: (79) 3211.9270Fax (79) 3214.4204

Região sudestesão pAulo

Raw Alumínio (escritório de Vendas)

Rua Coronel Fernando Prestes, 350 - Cj 111

Santo André

Telefone: (11) 4433.8404

Aluquality

Rua Hamilton Cézar Zoccal, 145

São José do Rio Preto

(17) 3216.3020

miNAs geRAis

Aludir

Avenida Amazonas, 8285

Gameleira - CEP 30510-000

Belo Horizonte - MG

Telefone: (31) 3389.6800

Fax: (31) 3389.6821

Aludir Filial

Rua Rio de Janeiro, 2570

Divinópolis

Telefone: (37) 3691-7002

espíRito sANto

estrela Vidros

R. Santa Teresa, 117,

Vila Velha - CEP 29108-825

Espirito Santo

Telefone.: (27) 2124.7500

Fax: (27) 2124.7533

Região sulpARANá

Alcotyba

Rua O Brasil para Cristo, 2021

Boqueirão - CEP 81730-070

Curitiba - PR

Telefone: (41) 3344.1100

Fax: (41) 3344.2040

Rio gRANde do sul

Alcont

Av. Rubem Bento Alves, 8134

Cinquentenário - Cep 95012-500

Caxias do Sul - RS

Telefone: (54) 3218.7777

santa Catarina

Alumínio são José

Rua Eliane Motta, 2097

Barreiros - CEP 88111-140

São José - SC

Telefone: (48) 2106.6600

Fax (48) 2106. 6606vw

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