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IBEF EM REVISTA Informativo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas Edição n° 93 - Setembro/2006 Campinas Grupos de Trabalho - 3 Evento CPFL Energia (foto) - 4 e 5 Artigo - 10 Empreendedor de Livros - 12 ASSOCIADOS FALAM SOBRE AS ATITUDES E RELAÇÕES ÉTICAS Páginas 6 a 8 A ÉTICA NOS NEGÓCIOS EDIÇÃO TEMÁTICA Foram entrevistados, a partir da esquerda, Amílcar Amarelo, Ana Lúcia Pereira, Simone Simão, Regina Velten e Luiz Furlan.

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IBEF EM REVISTAInformativo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas

Edição n° 93 - Setembro/2006

Campinas

Grupos de Trabalho - 3Evento CPFL Energia (foto) - 4 e 5

Artigo - 10Empreendedor de Livros - 12

ASSOCIADOS FALAM SOBRE ASATITUDES E RELAÇÕES ÉTICAS

Páginas 6 a 8

A ÉTICANOS NEGÓCIOS

EDIÇÃO TEMÁTICA

Foram entrevistados, a partir da esquerda, Amílcar Amarelo, Ana LúciaPereira, Simone Simão, Regina Velten e Luiz Furlan.

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IBEF EM REVISTA2

UM TEMA PARAPENSAR E AGIR

EditorialExpediente

José Roberto Morato - Presidente Ibef-Campinas

IBEF EM REVISTA2

MORALIS ET ETHICAAntonio Horácio Klein - Coordenação Editorial

Nesta edição estamos abordandoo tema acima com depoimento devários dos nossos associados. Temaque vem sendo mostrado diaria-mente pelos jornais, rádios e TVs,principalmente por estarmos em anode eleições majoritárias. A classemais atacada e desmoralizada é ados políticos, em função de todas asdenúncias existentes, o que obriga amaior parte dos candidatos a seposicionar a respeito da ética e damoral, no exercício da vida pública.

Não dá para ser meio ético oumeio moralista. Não dá para praticarquando existe interesse pessoal, algoque vem ocorrendo constantemente.Pessoas que falam muito e exigem

que os demais pratiquem essesprincípios, mas que na verdade, elesmesmos não os colocam em prática.

Os princípios da ética e da moraldevem ser seguidos tanto na vidaprofissional, como na vida social,dentro da família, dentro da crençareligiosa, pois seremos considera-dos éticos, quando conseguir-mos praticar, tanto no plano mate-rial, como no espiritual.

Esperamos que a leitura destaedição faça com que possamosrefletir sobre os princípios éticos.Que possamos praticá-los corre-tamente, principalmente na esco-lha dos candidatos que concorremàs próximas eleições.

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças – Ibefé uma entidade sem fins lucrativos, formada porprofissionais de finanças, que têm como objetivo odesenvolvimento profissional e social, através dointercâmbio de informações técnicas, dos interessescomuns nos negócios, da efetiva participação, darepresentatividade institucional e da formação deopinião.A entidade foi fundada no Rio de Janeiro, em 1971. EmCampinas, o Ibef foi constituído em 1986, é umaEntidade Pública Municipal (Lei n° 12.070 de 10/09/2004) e conta atualmente com cerca de 400associados. No Brasil, o Ibef tem entidades tambémem São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará,Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande doSul e Distrito Federal, reunindo cerca de 5 milassociados. O Ibef é filiado a InternationalAssociation of Financial Executives Institute(IAFEI), organização sediada em Zurique, na Suíça,que congrega mais de 25 mil associados em 24 países.

DIRETORIA EXECUTIVA CAMPINAS – 2005/2007Presidente: José Roberto MoratoVice Presidente: Marcos Mello Mattos HaalandDir. Secretário: Antônio Horácio KleinDir. Tesoureiro: Nildo BortolieroDir. de Admissão e Freqüência: Amilcar AmareloDir. Técnico: Francisco José DanelonDir. de Desenvolvimento: Antonia Maria ZogaebDir. Jurídico: Arthur Pinto de Lemos Netto

DIRETORES VOGAISIndústria: Fernando Alves PerchesComércio: Rodrigo BenattiOrganismos Públicos:João Batista Pereira JuniorMercado de Capitais:Guilherme Moreira Salles JacinthoEntidades Bancárias: Antonio Luis ArrudaEntidades Financeiras não Bancárias:Francisco TorralboSecuritárias: Milton FernandesEnergia e Meio Ambiente: Wilson MardonadoInformática: Daniel Maçano JuniorLogística: Antonio Bernardes Morey Jr.

CONSELHO FISCAL EFETIVOMarcel Suzigan, Leopoldo Cielusinsky e Paulo Rogérioda Silva Caetano

CONSELHO FISCAL SUPLENTEGustavo Henrique Zanotto, Marco Antonio SereniManfredi e Oswaldo M. Collado

CONSELHO CONSULTIVOSaulo Duarte Pinto Junior, Amílcar Amarelo, F. EdmirBertolaccini e Antonio Sanches Filho

COORDENADORES DE COMISSÕES Social : Antonio Sanches Filho e Leonardo PavesiAdm. e Freqüência :Charles Foentes e Oswaldo ColladoÉtica,Responsabilidade Social e RelaçõesPúblicas : João Batista CastelnovoAssuntos Técnicos : Luiz Antonio FurlanEmpresas Familiares : Dimas Tadeu BeatoIntegração com Universidades : Paulo César Adani

IBEF EM REVISTATiragem: 1.000 exemplaresPublicação bimestral do Ibef-CampinasR. Barão de Jaguara, 1481 – 11° andar – conj. 113Campinas – SP CEP – 13.015-910Fones: (19) 3233-0902 e 3233-1851/Fax: 3232-7365Site: www.ibefcampinas.com.brE-mail: [email protected]ção Editorial: Antônio Horácio KleinJornalistas Responsáveis:Edécio Roncon (MTb 16.114) e Vera Graça (MTb 17.485)Apoio: Liê D´OttavianoProdução Editorial : Roncon & Graça ComunicaçõesSite: www.rongra.com.brE-mail: [email protected]

Com a participação, união,empenho e perseverançados nossos associados, re-

alizamos eventos importantes co-mo o Case CPFL com a presençade 100 pessoas. Os descontraídoshappy-hours continuam integran-do os ibefianos e também não po-demos deixar de mencionar o IXEncontro Sócio-Esportivo Regio-nal em Itu, que aproxima os fami-liares em um clima muito tranquiloe participativo.

Os grupos de trabalhos continu-am atuando com muito dinamis-mo, promovendo a troca de idéiase informações técnicas que enri-quecem as reuniões.

Associados, vocês estão rece-bendo a ficha para votação doEquilibrista e dos Destaques. É im-portante a votação maciça de to-dos os associados para que nossaescolha seja a mais acertadapossível.

Como esta edição do nossojornal enfatiza a Ética nas empre-sas, não poderíamos deixar de fa-

zer um comentário sobre este im-portante tema.

Segundo o dicionário de Filosofia,ética é a ciência que tem comoobjeto os juízos de valor quedistinguem entre o bem e o mal.Historicamente, o senso comumtrata moral e ética como sinônimos,mas a ética é considerada superiorà moral. Ética é algo que todosprecisam ter. Alguns dizem que têm,no entanto poucos levam a sério.

Percebemos hoje no mundocorporativo que a ambição pro-fissional se coloca à frente da ética.Em todos os níveis a falta de éticadeveria ser punida, zelando paraque todos pudessem viver numambiente mais digno e transparente.

Esta é uma edição quase quetemática. Espero que todosaproveitem e levem adiante estaidéia, quer seja na sociedade, noambiente corporativo, em família,entre amigos, lembrando que éticaé permanente, cultural, moral eatemporal.

Um grande abraço a todos.José Roberto Morato

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GRUPOS DE TRABALHOMANTÉM AGENDA LOTADA

EMPRESAS FAMILIARES - Raimundo Lemee José Luis Finocchio Junior

CONTROLADORIA - Nelson Alves, Roberto Sughihara,Letícia Micchelucci, Eduardo Pacheco

e Valdir Augusto Assunção

TESOURARIA - Carla Siqueira, Oswaldo Colladoe Harley Lima

TRIBUTÁRIO - Raimundo Besel, Flávia Andradee Octávio Ustra

A agenda de atividades dos quatro Grupos de Trabalho do Ibef-Campinas foi movimentada

no mês de agosto. Os coordenadores e asso-ciados se mobilizaram para realizar reuniões temáticasde interesse dos grupos. O Grupo Tributário se reuniuno dia 8 de agosto para discutir a questão da GuerraFiscal – Vedação do Crédito do ICMS no Estado deSão Paulo. A reunião do Grupo de Controladoriaaconteceu no dia 17 e abordou As Recentes Alteraçõesna Legislação Tributária. Já o Grupo de Tesourariaenfocou o tema Hedge-Derivativos, em reuniãorealizada no dia 22 de agosto. O advogado José L.Finocchio Júnior foi o palestrante da reunião do Grupo

de Empresas Familiares . Finocchio Júnior,especialista em Direito Societário, apresentou o temaAspectos Atuais da Responsabilidade do Sócio, Riscose Obrigações, em evento no dia 24 de agosto.

Resultado de uma pesquisa de opinião do Ibef-Campinas, junto aos seus associados, os Grupos deTrabalho, nos últimos meses, vêm realizando reuniõesperiódicas com uma intensa participação de todos eproduzindo um importante volume de informações esubsídios para aqueles que fazem parte da entidade.As reuniões dos Grupos acontecem no hotel New Port,o patrocínio é do Bradesco e apoios da Microsiga eLemos e Associados Advocacia.

Participação dos associados

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Palestra

CPFL ENERGIA MOSTRA ASRAZÕES DO SEU SUCESSO

Paulo Pinese, José Antonio de Almeida Filippoe Saulo Duarte Pinto Jr.

José Antonio de Almeida Filippo

Rubens Della Volpe, Vitor Fagá, LuizCarlos Ramos e Wander Telles

Jaribe Fogaça, Helen Coelhoe Fernanda Tessari

Geraldo Figueiredo Filho, Maria Inês eEdmir Bertolaccini

José Angelo Coelho, Jorge Lima Santos, DailtonSilva e João Augusto Martins

A s causas do sucesso da maior empresaprivada do setor elétrico brasileiro – a CPFLEnergia, foram apresentadas

para os associados do Ibef-Cam-pinas. Em palestra realizada no dia31 de agosto, no hotel Blue TreeTowers, o vice-presidente finan-ceiro e de relações com investido-res da CPFL Energia, José Anto-nio de Almeida Filippo, apresentouas ações da empresa, que contri-buem para o seu sucesso.

O vice-presidente apresentou ahistória da CPFL, desde a fundaçãodo grupo em 1912, passando pela suaprivatização em 1997, até a abertura decapital, ocorrida em 2004. Outro pontoforte, abordado por Filippo foi à adoçãopela CPFL Energia de práticasdiferenciadas de governançacorporativa. Ele explicou que hoje ogrupo tem sete comitês deassessoramento ao conselho de administração,que apreciam previamente e emitem reco-mendação de voto sobre diferentes assuntos.

Outro ponto forte destacado pelo palestrante foi a

Agenda de Criação de Valor da CPFL Energia. Ogrupo tem cinco estratégias empresariais, clara-

mente definidas e voltadaspara a sustentação dos seusnegócios e apresentaçãode resultados para seusacionistas e investidores.Eficiência operacional, cres-cimento sinérgico, discipli-na financeira, governan-ça corporativa diferenciada esustentabilidade e respon-sabilidade corporativa sãoos pilares dessa estratégiaempresarial. Dentro da res-ponsabilidade corporativa aempresa desenvolve seusprojetos sociais, culturais eambientais para as comunida-des em que está inserida. O vice-presidente da CPFL Energiaacrescentou que para informar

aos seus diversos públicos sobre o desempenho dogrupo, a comunicação corporativa é peça importan-te desse processo de construção de uma imagempara o mercado.

Fotos Arquivos CPFL Energia e Ibef-Campinas

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Av. José de Souza Campos, 619Cep: 13025-320 • Campinas • São Paulo • Brasil

Lemos e Associados Advocacia

www.lemosassociados.com.brE-mail: [email protected]

Tel.: (19) Fax: (19)

3755-7100 3251-2986

Palestra

VICE-PRESIDENTE DESTACAAGENDA DE CRIAÇÃO DE VALOR

Isabel Baldan e Monica Gondim

Neusa Peruzo, Sonia Anastácioe Sérgio Rossi

Hailton Braga, Vito Frugis Netoe Maurício Juni Ferreira

Renato e Edilaine Cardinalli

Fernando Cunha Torres, GuilhermeCarvalho e Gislene Araújo

Cecília Luko e Roberto Damato

Mesa de apresentação do evento:Saulo Duarte Pinto Jr., José Antonio

Filippo, José Roberto Moratoe Vitor Fagá. À direita,

público presente na palestra

Renato Batalha lendo folder de apresen-tação da CPFL Energia

Rodrigo Morales e Eliane Salustiano

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TRANSPARÊNCIA NAS A ÇPILARES PARA R E

Amílcar Amarelo

A falta de ética está estampada nos jornais. A impressão que temos é que o mundo está perdi-

do. Mas, ainda acredito que exista gente boa. Pensoque a antiética sempre existiu, mas ocorre que hoje é

mais divulgada ei n v e s t i g a d a .Veja os escân-dalos políticos,uma vergonha.No caso das em-presas, são éti-cas porque éum dever serético. Há exem-plos de respon-sabilidade so-cial, de preo-cupação com omeio ambiente.E divulgar essesexemplos comamigos ou mes-mo familiares,não é antiético, éestratégico.

Quanto a receber ou enviar e-mails pessoais duranteo horário de trabalho, se for um recado necessário, nãoacho antiético. É preciso, no entanto, ser razoável. O e-mail é como um telefonema, é uma ferramenta. Se fornecessário, não vejo problema. Mas é preciso lembrarque o profissional não está ganhando para perder tempocom assuntos pessoais.

Na empresa, não recebemos e nem mandamospresentes para clientes ou fornecedores. Suspendemosaté cartão de Natal. Acho que um brinde é umalembrança, algo razoável que faz parte da estratégia

de relacionamento da empresa. Um brinde não compraninguém. Não vejo nenhum problema em um almoçocom o cliente para discutir negócios. As empresasprecisam de alguma diferença para competir no merca-do. É preciso agir com clareza e transparência, nãoindicar com aquele agrado algum tipo de compensação.

Penso que as grandes empresas estão mais éticas,se preocupam cada vez mais em ser agradáveis aopúblico ao qual elas servem. Isso leva o consumidor aver como são éticas. Acho que o mundo dascomunicações colocou as empresas de uma forma muitomais abrangente diante dos consumidores. Há uma maiorinteratividade entre os fornecedores, clientes,colaboradores e comunidade. E isso leva as empresasa serem cada vez mais éticas nas suas relações comdiversos públicos.

“A ética sempre vale a pena. A sociedade precisa retomar as ações éticas.É nosso dever para com as gerações futuras, promover uma discussãoprofunda sobre a importância da ética, em todas as nossas atividadescotidianas” . A frase é do coordenador da Comissão de Ética,Responsabilidade Social e Relações Públicas do Ibef-Campinas, JoãoBatista Castelnovo. Na sua opinião, todas as ações devem ser dirigidaspara isso.Comentar as estratégias da empresa em uma roda de amigos. Enviare-mail durante o expediente. Ganhar presentes de clientes efornecedores. E as empresas estão se relacionando de forma éticacom os seus públicos interno e externo? Essas quatro questões foramabordadas por cinco associados do Ibef-Campinas. O que pode serconsiderado ético ou antiético nos negócios? Com certeza, a éticaempresarial não se resume apenas a esses temas. A discussão émuito mais ampla, como apontam as próprias respostas dos nossos entrevistados. O debateestá apenas começando.

Amílcar Amarelo

Regina Coeli Velten

Regina Coeli V elten

A princípio não é ético divulgar informações estratégicas

fora do seu fórumde d iscussão,principalmente,quanto se trata deempresas de ca-pital aberto. Po-rém, a questão éum pouco maiscomplexa. Ser éti-co é respeitar osdireitos e inte-resses do próxi-mo. Sendo assim,cada um deve terseu julgamentoquanto à quali-dade da informa-ção – se sua divul-

João Batista Castelnovo

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ÇÕES E BOM SENSO SÃOELAÇÕES ÉTICAS

gação vai ou não prejudicar a empresa. Informaçõessobre fusões e aquisições de empresas, por exemplo,são altamente sigilosas e não devem ser divulgadas antesdo momento certo. Por outro lado, determinadas estra-

tégias comerciaisdemandam in -tensa divulgaçãoaté mesmo porveículos de co-m u n i c a ç ã o .Portanto, o im-portante é terd i s c e r n i m e n t opara julgar se éo momento ounão de comentarcom amigos deoutras empresasou mesmo fami-liares sobre de-terminados as-suntos.

O profissionaldeve ser avaliado

pelo cumprimento de suas tarefas e metas e não sercontrolado em suas ações. Ele fica à disposição daempresa em tempo integral e entendo que receber e-mails pessoais durante o horário de trabalho não éantiético, desde que haja um equilíbrio no uso do tempo.

No desenvolvimento das relações comerciais e detrabalho, as empresas precisam aproximar as pessoas,clientes e fornecedores. Não vejo como antiético ospresentes institucionais e convites para almoço e jantaresde negócios. Deixa de ser ético quando o presenteexcede o valor, por exemplo, determinado pelasempresas. Muitas já adotam a política de estabelecerum limite. A partir de uma determinada situação e valor,passa a ser antiético, podendo ser considerado atésuborno.

Atualmente as empresas estão mais preocupadas emserem éticas. A velocidade de circulação da informaçãodada pela revolução nos meios de comunicação,desmascara rapidamente as práticas empresariais nãoéticas, comprometendo a sobrevivência das empresasque as praticam. Exemplos recentes são os escândalosno mercado mundial (como da Enron, World.com eParmalat) causados por atuação não ética de seusadministradores. Surge então uma nova consciênciamundial e nova regulamentação é criada visando coibira atuação não ética.

Foram os gregos que definiram ética e atualmenteestamos assistindo a recuperação da abordagem deAristóteles. Ele já dizia: “A boa empresa não é apenasaquela que apresenta lucro, mas a que também ofereceum ambiente moralmente gratificante em que aspessoas boas podem desenvolver seus conhecimentos

Luiz Antonio Furlan

especializados e também suas virtudes”.Ética empresarial atualmente não é mais uma opção,

é uma questão de sobrevivência.Luiz Antonio Furlan

É preciso discernimento para saber quando uma informação pode ser ou não divulgada. Não é ético

comentar com amigos ou mesmo familiares, estratégiasque a empresa esteja adotando na condução dos seusnegócios. Existem alguns temas de natureza comercialou marketing, por exemplo, que por vezes devem serrepassados a todos, especialmente amigos e familiares.

Já receber ou enviar um e outro e-mail pessoal duranteo horário de trabalho não me parece antiético porque équase que inevitável. O que não se deve é ampliar esseprocesso, reproduzindo assuntos de natureza pessoal(do churrasco de final de semana, a foto de amigos, porexemplo), em ambiente de trabalho. É incoerente com aatividade profissional.

Há empresas que já têm por norma estabelecerparâmetros para o que seja aceitável receber comopresentes. Estabelece um valor para que este tipo deprática não extrapole e passe a ser antiético. Não meparece normal receber um carro ou um depósito em contabancária. Há situações que se pode convidar um clienteou fornecedor por umalmoço de negóciosou marcar uma datacom um brinde, umcartão ou até mesmoum presente, semprecom valor simbólico,sem que isto seja anti-ético. Trocas dea g r a d e c i m e n t oexistem e são naturais,desde que não hajaexageros.

Alguns princípioséticos estão sendonegligenciados e maladministrados pelasociedade atual.Vivemos uma crise devalores. Acredito que amaioria da sociedade se mantém ética e nela me incluo.Penso que ética se pratica e não se divulga. Trabalhoem uma empresa que tem princípios éticos e pratica-oscom seus funcionários, clientes, poder público ecomunidade.

Hoje, as empresas, de um modo geral, são convidadasa se preocupar com o social, com o meio ambiente eexiste uma clara atitude em se demonstrar esses valores.Com isto, passamos a consolidar valores e conceitos etendemos a melhorar nossa qualidade de vida em geral,inclusive, a ética. Nossa consciência social está evoluindo

Simone Aparecida Borsato Simão

Continua na página 8

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CÓDIGO DE ÉTICAAJUDA EMPRESAS

com o advento da democracia e a disposição emmelhorar esse cenário já é visível.

Ana Lúcia Pereira

D ependendo do que está se comentando, pode ser ético ou não. Não vejo problemas em comentá-

rios do dia a dia, do tipo “como foi o seu dia?”. Já estra-tégias exclusivas e confidenciais não devem ser conta-das. Minha área de atuação - arbitragem e mediação -exige confidencialidade (não se pode comentar sobreos clientes usuários e seus conflitos). Mas, falar de umamaneira genérica sobre os casos (como cases) semidentif icá-los,não entendocom isso ferir aética. Tambémdepende dotipo de e-mail –se é piada, por-nografia, quevocê recebedurante o horá-rio de trabalho,estará ferindo oobjetivo para oqual você foicontratado, queé o de produ-zir alguma coi-sa. Entretanto,o colaboradordeve ter seusmomentos dedescontração ede assuntos pessoais, o que não pode é tirar a atençãoe o foco no trabalho.

Penso que é antiético receber presente, se tiver oobjetivo de tirar proveito. Como medir isso? Um brindede final de ano é um mecanismo de Relações Públicas,de fixar imagem, de estreitar relacionamentos. Faz parteda nossa cultura. Agora, um presente como forma depagamento pelos benefícios que possam vir, é antiético.

As empresas, de uma maneira geral, estão maispreocupadas em serem éticas. As grandes e médias têmuma preocupação maior de ter uma relação transpa-rente com a comunidade, funcionários, fornecedores,clientes, poder público, por meio da governançacorporativa. Há uma preocupação com bom re-lacionamento com seus interlocutores. Eu defendo ateoria do que é combinado não sai caro, visando atransparência dos relacionamentos profissionais.

Acredito que quando a alta administração da empresatem uma política de ética, o resto da equipe seguirá oexemplo. Mas, há também os casos de quem tem umdiscurso de ética irretocável, mas a prática é outra. Sóo dia-a-dia para saber. Mas ainda acho que a maioriadas pessoas se preocupa com a ética.

Ana Lúcia Pereira

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Não é ético comentar com amigos ou mesmo familiaresestratégias da empresa porque dependendo do

que se fala, pode-se até trazer danos à imagem daempresa. Em um processo de aquisição, fusão,dependendo do comentário, pode-se enfraquecer aposição competitiva da empresa e até mesmo atrapa-lhar a transação. Como eu, quem trabalha na áreafinanceira, tem acesso a muitas informações sigilosas efaz parte da responsabilidade não as expor.

Penso também que dentro de certos limites razoá-veis e respeitando as normas da empresa, não achoantiético receber ou enviar e-mails pessoais durante ohorário de trabalho, desde que isso não interfira naprodutividade do colaborador. Não vai ferir a ética sea pessoa fizer uso destes recursos com prudência,afinal de contas, não podemos esquecer que o usodestes recursos é destinado primariamente aospropósitos da empresa.

A falta de ética ocorre quando o funcionário não temcuidado com o material que recebe ou envia através derecursos da empresa, quando o funcionário utilizarrecursos da empresa para acessar sites inadequadosou divulgar material ofensivo ou impróprio. O usoracional dos recursos facilita a vida, afinal, o profissio-nal fica muito tempo dentro da empresa, muito mais doque na sua casa. Se usar a internet para acessar oresultado de um exame médico, para adquirir o telefonede uma concessionária que vai facilitar a sua vida, nãovejo problemas. Há limites e eles devem ser respeitadospara não atrapalhar o seu dia-a-dia. Eu defendo o bomsenso do profissional e também da empresa – quetem o direito de monitorar o que está acontecendo.

Receber ou dar presentes é outro ponto que tambémdepende do bom senso e também deve-se seguir asnormas da empresa que você está trabalhando. Hojeem dia muitas empresas já definem um valor máximopara aceitar presentes, o que auxilia o funcionário adefinir se o presente pode ou não ser aceito.Particularmente entendo que presentes de pequenovalor não são antiéticos. Receber dinheiro, nem pensar.Seja qual for a quantia é antiético. É preciso ter o cui-dado de não aceitar presentes que possamcomprometer as suas decisões. Nada de receber algoem contrapartida de outra coisa.

As empresas estão se preocupando cada vez maisem serem éticas. Muitas estão montando seu Códigode Ética para saber como agir junto aos seusfuncionários, clientes e fornecedores e até com acomunidade. Elas estão procurando parceiros éticospara se relacionar e buscando um ambiente éticotambém para si. Fora das empresas, o que vemos hojeé a falta de ética na política que choca a todos. Pensoque a população está bem mais consciente dessa falta

Simone Aparecida Borsato Simão

de ética. E espero que isso se reflita nas urnas. É ahora do povo dar a sua resposta.

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Social

HAPPY HOUR: ANIMAÇÃO COMESPAÇO PARA NOVOS CONTATOS

Happy hour da Copa do Mundo Apresentação de novos associados e confraternização

Network também faz parte dos encontros Arthur Pinto de Lemos Netto e Fernando Perches

Regina Sanches e Fernanda Perches

Acima, Lorena Barreto eGuilherme Leme da Rocha

Renata e Leonardo Pavesi

À esquerda, a animação dosassociados no Espaço Coroneltendo à frente Gentil Freitas

À esquerda,convidadosda Expand,Gustavoe AlineCangianne

O espaço para a realização de happy hour do Ibef vem se consolidando como uma excelente possibilidade para conhecer pessoas e estabelecer uma boa rede de contatos. “Toda vez que é realizado, sempre fica uma sensação de quero mais ”, segundo os coordenadores sociais da

entidade, Leonardo Pavesi e Antonio Sanches Filho. Os flashes dessa página mostram dois momentosdistintos: o happy hour de junho e o evento que aconteceu no mês de agosto, no Espaço Coronel, noCambuí, onde estiveram presentes 22 pessoas, entre associados e convidados. Esse último encontrotambém foi uma oportunidade para apresentar os novos associados do Ibef-Campinas.

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ÉTICA SE APRENDENA ESCOLA

Artigo de João Batista Pereira Júnior

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No mundo de hoje, podemos afirmar aimportância de aprofundar o ensino da éticana formação dos novos profissionais. Prova

disso é que USP já inclui no seu curso de graduaçãoem Administração a disciplina Ética nos Negócios.

Tenho observado que geralmente as pessoasmais infelizes que conheço geralmente são as maisricas. Quanto mais rico, mais infeliz. Não há nadade errado em ser ambicioso na vida, muito menosem ter “grandes” ambições. As pessoas maisambiciosas em geral são os líderes de entidadesbeneficentes, que querem acabar com a pobrezado mundo ou eliminar a corrupção do Brasil. Essessim, são projetos ambiciosos.

Realmente não acredito que os fins justifiquemos meios, pois a ética é o limite que devemos imporsobre nossas ambições. Como, não roubar, mentirou passar por cima dos outros para atingir osobjetivos. A maioria dos pais se preocupa bastantequando os filhos não mostram ambição, mas agrande maioria não sepreocupa quando os filhosquebram a ética. Se o filhoestudou ou colou na prova parapassar, o que importa? Poispassar de ano é o objetivo final.

Algumas escolas estãoensinando a nossos filhos queética é ajudar os outros. Isso,porém, não é bem assim,ajudar os outros deveria ser umobjetivo de vida, a ambição detodos ou pelo menos da maioria. Aprendemos quetemos que prestar atenção nas aulas, trocarexperiências, a não falar em sala de aula, a nãoperturbar a classe, respeitar os professores, maspouco sobre ética.

Acredito que um dos principais problemas daética é que normalmente decidimos nossa ambiçãoantes de nossa ética, quando o certo seria ocontrário. Dependendo da ambição, torna-se difícilimpor uma ética que frustrará nossos objetivos.Quando percebemos que não conseguiremosalcançar nossos objetivos, a tendência é reduzir origor ético e não reduzir a ambição. Infelizmente.

Há não muito tempo, o então presidente daRepública, Fernando Collor de Melo, disse que iria

governar sobessa virtude,empunhando abandeira da caça aos marajás. Logo depois, seriadesmentido por suas próprias ações e pelasrapinagens de Paulo César Farias, o PC de tristememória, de morte inglória.

Embora a palavra ética circule amplamente noPaís e existam comissões, conselhos e códigos deética por toda à parte, o seu significado ainda nãoconseguiu levantar multidões em sua defesa. Emfunção disso, observamos, resignados, osmensaleiros e sanguessugas tranqüilos em suasatividades ilícitas, mesmo com o Conselho de Éticada Câmara dos Deputados recomendando acassação de dezenas de parlamentares corruptos,e na seqüência, serem todos absolvidos por seuspares, numa hedionda manifestação de “spirit ofcorps”, garantido pelo instituto da votação secreta.

Com tantas ações contrárias, com toda essaimpunidade, como ensinarética? Onde buscar forçaspara sermos diferentes? Quais são os discursoscapazes de mobilizar umverdadeiro movimento pelaética na política? Será estaa função, hoje, principalda escola?

Sem prejuízo da puniçãosevera e sem privilégios detodos os crimes cometidos

contra a Nação, o foco é mesmo a educação. Aolado dos novos temas como liderança, visão dasempresas como sistemas complexos, resiliência,engenharia robusta e tantos outros, será a ética quedará aos jovens o design final de sua formação,gerando confiança no futuro e igualdade deoportunidades que, em resumo, é o que se esperade uma verdadeira democracia. Porque ademocracia se baseia no princípio da confiançae da boa-fé e não do medo. Ela sucumbe quandoa esfera do público perde transparência e sevê permeada pelo segredo e pela mentira, queé o que ocorre quando a palavra esconde e engana,ao invés de revelar, conforme determina o princípioético da veracidade.

Embora a p alavra éticacircule amplamente no

País e exist am comissõese conselhos de ética por

toda a p arte, o seusignificado ainda não

conseguiu levant armultidões em sua defesa. ”

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IBEF EM REVISTA 11

NOVOS SÓCIOS

• Flávio Saad Maluf - F.S. AdvisorsWalter Rosa Filho - Assimédica Sistema deSaúde LtdaFernando Magano Henriques - Eaton Ltda.Divisão de TransmissõesOctávio Teixeira Brilhante Ustra - MoraesSalles, Finocchio e Ustra AdvogadosJosé Antonio de A. Filippo - CPFL EnergiaFernando Aurélio Ribeiro Ferraz - RibeiroFerraz Corretora de Seguros LtdaVlademir Ortiz Pereira - BDO TrevisanAuditores Independentes

NOVIDADES

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Acompanhe na próxima edição do Ibef em Revista,a cobertura fotográfica do 9° Encontro SócioEsportivo do Ibef-Campinas, que se realizará de 22a 24 de setembro, no San Raphael Plaza Hotel – Itu.

Visite o novo site do Ibef-Campinaswww.ibefcampinas.com.br. A empresa responsávelpela novo visual do site é a Isolutions, do associadoGustavo Zanotto.

Anuncie no Ibef em Revista. Faça contato com asecretaria e informe-se das possibilidades deespaços e valores de investimento. Com certeza oretorno para sua empresa será positivo.

Na próxima edição, o Ibef-Campinas publicará apesquisa sobre Responsabilidade Social Empresarial.

Lembramos que somente até o final de setem-bro, convidado não associado ao Ibef poderá partici-par dos grupos de estudos. Já em outubro, o grupode estudos será exclusivo aos associados.

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•••••Caso não tenha recebido a cédula de votação paraos prêmios Destaques e Equilibrista 2006,façacontato com a secretaria do Ibef-Campinas atravésdo e-mail [email protected]. O prazo de votaçãoirá de 4 de setembro a 3 de outubro, com apura-ção agendada para 4 de outubro/2006.

Outubro

1 - José Luiz Zambotti2 - Carlos Alberto Pinto Neto2 - Júlio Braga Pinto2 - Flávio Saad Maluf6 - Arthur Pinto de Lemos Netto6 - Valdir Correia Grangeia11 - Marcio Filomeno de Oliveira11 - Marcio Rovere13 - Aylton Ardito13 - João Batista de Carvalho14 - Fábio de Alvarenga Campos15 - Carlos Mario S. Marangão15 - Fernando Miguel Bimonti15 - Marco Antonio Fernandes Aguilar15 - Paulo de Tarso Pereira Jr.16 - João Batista Castelnovo

18 - Delcides Barbosa20 - Carlos Eduardo Ribeiro Staut22 - Antonio Horácio Klein22 - Dines Schaffer23 - Arnaldo A. Rezende23 - Edson José Miquilini23 - José Lopez Vazquez25 - Mário F. de Lima26 - Antonio Carlos Lima26 - Walbert Antonio dos Santos27 - Antonio Sanches Filho27 - Fernando A. Ribeiro Ferraz27 - Christiaan Van Raij27 - José A. de Almeida Filippo29 - Fernando Antonio Mazzoleni

2 - José Francisco Marsigli4 - Oswaldo dos Santos Fonseca7 - Aloide Candido Lopes7 - Mateus Gaeta9 - José Fortunato da Cunha11 - Carlos Eduardo Novaes de Souza12 - Georg F. Schmidt14 - Nelson Fernandes Barreto Filho

Setembro

16 - Adriano Gama19 - José Antonio Khattar20 - Wilson Rio Mardonado21 - Luiz Peretto Filho21 - Romualdo G. de Souza Jr.22 - Luiz Ferreira de Menezes23 - Gentil U. de Freitas26 - João Oscar de Carvalho28 - Leopoldo Cielusinsky Jr.

Acesse o site: www.ibefcampinas.com.br

ANIVERSARIANTES

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EMPREENDEDORDE LIVROS

Entrevista

Roberto Corrêa

Ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Quem ainda não fezessas três coisas na vida pode começar pela última opção. Escrever épossível, desde que se tenha uma boa idéia na cabeça e uma grande dosede organização. Reúna as anotações, busque informações, se inspire e transpire como fez o advogadoRoberto Corrêa, 79 anos, autor de oito títulos. Ele é um verdadeiro empreendedor de livros e explica naentrevista qual o método que usa para produzir suas obras.

Ibef - Como nasceu a idéia de escrever um livro?Roberto Corrêa – Escrever um livro é mais ou

menos um objetivo de todos nós. Está no subconscientede cada um, à espera do momento de aflorar. Eusempre caprichei nos meus trabalhos literários, comestudo dos clássicos, do latim, das línguas neolatinascomo o francês e tudo isso me facilitou na elaboraçãode textos. Quando jovem, tinha um diário onde escreviapoesias, epístolas românticas. E à medida que se vaiescrevendo, aprende-se regras de estilo, de redação.Aprende-se que não se pode por a mesma palavra namesma frase, por exemplo, assim vai se aperfeiçoandoo estilo, tornando-o cada vez mais apurado e nobre.

Ibef - Como o livro surge? O Sr. estabelece umesqueleto básico da obra?

Roberto Corrêa - O Breve Catálogo de Cultura eCuriosidades surgiu na conseqüência de apontamentosque fui fazendo desde cedo. Era uma palavrainteressante, uma curiosidade, um fato histórico e euanotava no caderno para não perder na memóriados tempos. Depois de 10 anos, eu vi que o cadernoestava cheio, que havia reunido um farto materialinformativo e dava para fazer um livro.

Ibef - O Sr. diria que se deve então primeirocoletar as informações?

Roberto Corrêa - É preciso coletar as informações,sistematizar e ter um volume de coisas. Reúna todoesse material, procure alguém que faça um bonitodesign da capa do livro e leve para uma gráfica. Depoisdo livro pronto, é investir no lançamento e esperaralguém comprar na noite de autógrafos.

Ibef - Apesar de todo esse trabalho, não dá umasatisfação ver isso do começo, meio e fim?

Roberto Corrêa - Você fica muito empolgado vendoa sua criatividade, os seus livros editados. Mesmocom tudo isso eu prefiro fazer livros e estou prontopara fazer outros mais. O Breve Catálogo é um marcoinicial de uma publicação que poderá ser ampliadacom novas edições.

Ibef - Quanto tempo demandou para o senhorescrever Breve Catálogo desde a primeirapesquisa?

Roberto Corrêa - Dez anos e eu já tenho o dobrodo que anotei, pronto para uma segunda edição. Háuma década escrevo crônicas ou artigos parajornais diversos do interior paulista, especial-mente para o jornal A Federação, da cidade de Itu.Eu tenho umas mil crônicas prontas e umas 600que poderiam se tornar livro.

Não quis entrar em romance e nem ficção, que nãome atraem muito. Eu parto da realidade das crônicaspara fazer um texto mais objetivo. É um dom que eutenho na literatura.

Ibef - Qual é o conselho que o Sr. daria para quemnão é do ramo, como um executivo, escrever um livro?

Roberto Corrêa - Quem quer se habilitar a escre-ver precisa ter um domínio singular da língua portu-guesa. É indispensável porque o texto se baseiana língua. E há regras que precisam ser observadascomo saber conjugar verbos, concordância. Isso seadquire por meio de um estudo da própria gramá-tica, lendo bons autores.

Quem quer transmitir boas mensagens, de for-ma que elas permaneçam, precisa examinar o vo-cabulário correto, ver se está de acordo. Hoje hámuitas expressões incorretas. Eu escrevo com odicionário ao lado.

Ibef - Quais foram seus outros livros publicados?Roberto Corrêa - São oito livros - dois na área

jurídica (Transmissão Inter Vivos e Causa Mortis eA nova lei de Execução Fiscal Anotada – ediçãoSaraiva), quatro de crônicas (Caminhos da Paz,Subjugar a Violência, Vencendo Obstáculos e AindaHá Esperança) e um de poesia (Direito Poético).

O Breve Catálogo traz verbetes ligados à filosofia,expressões latinas e fatos históricos. (Para compora primeira edição do Breve Catálogo, o autor foi dosjornais, rádios, revistas e TVs aos livros de AlceuAmoroso Lima, Gustavo Corção, Padre Antonio Vieira,São Tomaz de Aquino e até a Bíblia).

Para quem deseja manter correspondênciacom o escritor Roberto Corrêa e saber maisdetalhes sobre a produção de livros, o e-maildele é [email protected]