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Conexão Food Safety Conversando com o especialista Validação de limpeza | Pág. 06 Soluções 3M Placa Petrifilm™ Bactérias Ácido Láticas | Pág. 10 Análise de Risco na Indústria de Alimentos e Bebidas Edição 12 Abril - Maio - Junho 2017 food gestão de segurança dos alimentos proteção à marca higienização inspeção água plano de amostragem microrganismo procedimentos gerenciar crise saúde pública matéria prima dados legislação sistemas HACCP ambiente

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ConexãoFood Safety

Conversando com o especialistaValidação de limpeza | Pág. 06

Soluções 3M Placa Petrifilm™ Bactérias Ácido Láticas | Pág. 10

Análise de Risco na Indústria de Alimentos e Bebidas

Edição 12Abril - Maio - Junho 2017

foodgestão de segurançados alimentos

proteção à marcahigienização

inspe

ção

água

plano

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gem mi

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dimen

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saúde pública ma

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Na indústria de alimentos, a limpeza é um dos fatores fundamentais para garantir a segurança dos processos envolvidos com a produção de alimentos seguros. Por isso, essa é considerada uma etapa importante, que não deve ser esquecida. Essa é a pauta do “Conversando com o Especialista”, que você acompanha na página 6.

Veja também como foi o pré-lançamento do novo 3M Clean-Trace, que reuniu convidados de importantes indústrias de alimentos e universidades do Brasil.

Em seguida, na página 8, leia o artigo técnico elaborado por Bernadette Dora G. de Melo Franco, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, que fala sobre a análise de risco microbiológico em alimentos. Com certeza um assunto importante para o segmento.

Entre outros temas, conheça o mais novo lançamento 3M: as primeiras placas anaeróbias auto-suficientes para análises de bactérias ácido láticas, a 3M Petrifilm Bactérias Ácido Láticas.

Boa leitura.

Janaina BrancoEspecialista de Marketing 3M do Brasil

EditorialPágina por página

Cultivando talentos

3 Nossos talentos, nosso futuro

Dica esperta

4 Uma nova comunicação

Evento

5 Pré-lançamento do novo

3M Clean-Trace™

Conversando com o Especialista

6 Validação de limpeza na indústria

de alimentos

Artigo Técnico

8 Análise de risco microbiológico em alimentos

Soluções 3M

10 Soluções 3M: a marca da sua

empresa protegida

Diversos

12 Sustentabilidade na 3M

Publicação trimestral da divisão de Food Safety da 3M do Brasil

Gerente: Renato Germiniano

Coordenadora editorial: Janaina Branco

Supervisão: Lucia Ziliotti – MTb 22.901

Colaboradores: Altair dos Anjos, Bernadette Dora G. de Melo Franco, Eduardo Cesar Tondo, Janaina Branco, Lucia Ziliotti, Mariana Martin, Odelço Balieiro, Sylnei Santos, Talita Borges e Vanessa Tsuhako

Contato: (19) 3838 6206 – [email protected] Fone: 0800 013 2333 – www.3mfoodsafety.com.br

Todos os direitos reservados. © 3M 2017. Os artigos assinados refletem a opinião dos autores e não expressam a opinião da 3M. Por favor, recicle. Impresso no Brasil. Tiragem: 1.500 exemplares

Redação e editoração: Serifa Conhecimento e Comunicação www.serifa.com.br

Imagens: Arquivo 3M (exceto quando explicitamente creditadas)

cultivandotalentos.com.br

Facebook.com/3mFoodSafetyBrasil

Youtube.com/3mFoodSafetyBr

Acesse o nosso site e confira o conteúdo da 12ª edição

www.3mfoodsafety.com.br

Revisão técnicaVanessa Tsuhako Microbiologista e especialista de Desenvolvimento de Aplicação 3M Food Safety Brasil

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Confira os vencedores de 2016:

3MSM Health Care Academy

Prêmio Anual

Luana Tombini Decol

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Tondo - UFRGS

Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Tema: Qualidade microbiológica da água de irrigação e seu impacto na produção de alfaces crespas (Lactuca Sativa L.) no sul do Brasil

3º Trimestre

Deila Lucia Soccol Pezenatto

Orientador: Daiene Martini

SENAI - Serviço Nacional Aprendizagem Industrial/ Chapecó/SC

Tema: Validação da metodologia Petrifilm para conta-gem de bactérias láticas

1º Trimestre

Monyca Dias Rocha e Mariana Miranda Furtado

Orientador: Prof. Anderson de Souza Sant’Ana

Universdade de Campinas - Unicamp

Tema: Ocorrência, Características Genotípicas de Salmonella spp. em Soja e Derivados

4º Trimestre

Marlon Thiago de Carvalho

Orientador: Nely Maris Kato

Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Refrigeração/Faculdade da Indústria

Tema: Avaliação da presença de proteína (alergênico) na cadeia de produção de suplemento alimentício em pó em farmácia de manipulação.

2º Trimestre

Cirene da Silva Lara Balen

Orientador: Liliane Alves dos Santos Wanderley

Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó/SC

Tema: Avaliação da reprodutibilidade e repetitividade em análise de Salmonella spp. por Método Molecular.

Cultivando talentos | 3M Food Safety | 3

Nossos talentos, nosso futuroDesde 2006, a 3M promove o concurso “Cultivando Talentos – Desenvolvendo o Futuro”, dando continuidade ao com-promisso social e ético da empresa no desenvolvimento de soluções em Food Safety por meio de incentivo à educa-ção e à inovação.

Durante o concurso são distribuídos quatro patrocínios em produtos 3M Food Safety no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) cada, sendo um por trimestre.

Para saber mais sobre o concurso, acesse www.cultivandotalentos.com.br

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4 | 3M Food Safety | Dica Esperta

Gerenciamento da comunicação de crise pode minimizar impactos negativos

O comportamento digital mudou nos últimos anos, com isso, ampliou-se a abrangência dos canais de comuni-cação via redes sociais, amplificando fatos e notícias – positivos, negativos, verdadeiros ou boatos – em uma velo-cidade impressionante.

Fatos recentes expostos na mídia e nas redes sociais, envolvendo organizações diversas e principalmente empresas, demonstram como a construção de uma boa imagem e reputação positiva de organizações e marcas, que deman-dam tempo, investimentos e esforços

contínuos; podem ser destruídos ou afetados em crises das mais variadas proporções

Para evitar ou minimizar os impactos das crises que podem afetar negati-vamente a reputação e os negócios das organizações perante clientes, fornecedores, consumidores, forma-dores de opinião e público em geral, é recomendada a formação de comitês internos com representantes de áreas--chave das organizações, suportados por especialistas externos de várias frentes de atuação. Os comitês podem

identificar potenciais crises, estabe-lecer processos para gerenciá-las, inclusive no que tange à comunicação, na linguagem e tom adequados e na velocidade necessária para cada tipo de canal e audiência.

Uma nova comunicação

Lucia ZiliottiGerente de

Relações Públicas e Comunicação,

3M do Brasil.

Dentro de uma Análise de Risco bem estruturada, a Comunicação de Ris-co tem papel fundamental, contudo, muitas vezes, ela é negligenciada. Isso pode acontecer porque os gestores de risco têm perfil estritamente técni-co e não dão a devida importância às melhores maneiras de comunicar um potencial risco relacionado a alimentos ou estão cansados e sobrecarregados. Um exemplo disso foi o que ocorreu na Operação Carne Fraca, recentemente deflagrada no Brasil. Ainda que essa Operação não tenha sido uma Análise de Risco formalmente estruturada, ela envolveu um ou alguns gestores, os quais promoveram uma expressiva e longa investigação em diversas indús-trias de alimentos, que gerou grande quantidade de dados. Provavelmente com as melhores intenções e motivada por um motivo justo, o qual buscou as-

segurar a saúde pública, a polícia fede-ral informou, em cadeia nacional, que importantes indústrias exportadoras de carne do Brasil estavam utilizando carne inadequada, fraudada e possivel-mente contaminada com alguns produ-tos químicos. Além disso, a Operação apontou o suposto envolvimento de servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) como um esquema fraudulento. As consequências dessa comunicação foram drasticamente negativas para a economia nacional, uma vez que mui-tos países cancelaram as importações de carne brasileira, a qual tem reco-nhecida qualidade em nível internacio-nal. Além disso, empresas competentes e rigorosas e um Ministério conhecido por seu rigor e competência tiveram seus nomes envolvidos em um escân-dalo de proporções internacionais. Ain-

da que problemas possam ter ocorrido na produção da carne brasileira, eles foram pontuais se considerarmos os quase cinco mil abatedouros frigorífi-cos no país. Esses problemas poderiam ter sido comunicados de forma mais cautelosa, poderiam ter sido facilmente resolvidos e o competente mercado da carne brasileira não teria sido tão forte-mente prejudicado.

A importância da Comunicação de Risco

Prof. Dr. Eduardo Cesar Tondo

Professor de Microbiologia de

Alimentos e Controle de Qualidade

de Alimentos do Instituto de Ciência

e Tecnologia de Alimentos, ICTA/

UFRGS.

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No dia 15 de dezembro de 2016, a divisão Food Safety da 3M preparou um evento para o pré-lançamento da mais recente oferta de sua linha: o 3M Clean-Trace Sis-tema de Monitoramento e Gerenciamento de Higiene.

Com tecnologia de ponta, a principal proposta 3M é fazer o monitoramento da higiene na linha de produção, oferecen-do informações precisas. O novo design do 3M Clean-Trace Luminômetro é um destaque. Fácil de usar, o aparelho gera resultados em menos tempo e pode ser segurado com apenas uma mão.

A novidade agradou os convidados. Para Karen Pereira, professora de Microbiolo-gia de Alimentos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), “este tipo de equipamento vem ao encontro das neces-sidades de validação dos nossos proces-sos de limpeza. Isso é fundamental para a área de higiene, que é ainda bastante negligenciada na área de Segurança de Alimentos”.

Já Sandra Heidtmann, microbiologista da BRF, acredita que “é uma ferramenta que ajudará bastante pela facilidade que ele traz para monitorar os processos de hi-giene dentro da fábrica, uma vez que são processos quentes, úmidos, nos quais as pessoas não têm muito tempo e nem mui-to local para apoiar. Então, esta ergono-mia que permite trabalhar com uma única mão facilitou bastante.”

O novo sistema de gerenciamento de mo-nitoramento de higiene da 3M é mais uma solução que reforça o compromisso 3M de aplicação da ciência a favor da vida.

Pré-lançamento do novo 3M Clean-Trace™

Evento reuniu convidados de importantes indústrias de alimentos e universidades do País

Evento | 3M Food Safety | 5

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6 | 3M Food Safety | Conversando com o especialista

Definição e importância da limpezaDefine-se como limpeza o processo pelo qual se suspendem ou dissolvem sujidades em água ou agentes de lim-peza, com sua subsequente eliminação, que pode ser feita de forma automática ou manual.

Na indústria de alimentos, a limpeza é um dos fatores fundamentais para garantir a segurança dos processos en-volvidos com a produção de alimentos seguros. É considerada dentro dos Pro-gramas de Pré-requisitos (PPR) como atividade preventiva para os principais contaminantes levantados nos estudos de HACCP – Hazard Analyses and Critical Control Points –, também cha-mado de APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle).

ContaminantesComo exemplos dos principais conta-minantes que podem ser alvo da limpe-za, podemos citar:

� Contaminantes físicos (incrusta-ções, grumos, partículas queima-das, resíduos de produtos etc.);

� Microbiológicos (biofilmes, micror-ganismos deteriorantes, indicadores de falhas de higiene, patógenos etc.);

� Alergênicos (ovos e derivados, leite e derivados, soja e derivados, trigo [glúten), amendoim, castanhas em geral, peixes e crustáceos);

Tipos de limpezaEntre os diferentes tipos de limpeza que podem ser aplicados de acordo com o tipo de processo, podemos citar:

� Limpeza úmida Processo de remoção de resíduo com aplicação de água ou soluções aquosas. Isso inclui limpeza auto-mática (CIP - Cleaning in Place), limpeza externa (COP – Cleaning out Place), entre outras.

� Limpeza seca Processo de remoção de resíduos sem utilização de água, através de raspagem, escovação, varredura, sopro, aspiração, purga ou arraste.

� Limpeza úmida controlada Processo de remoção de resíduos utilizando quantidades limitadas de água, aplicadas com rigoroso controle ou por utilização de panos umedecidos. A limpeza úmida con-trolada é seguida pela secagem ati-va imediata das superfícies limpas.

Validação de limpezaConceito – Validação de limpeza é a evidência documentada que demonstra que os procedimentos de limpeza re-movem resíduos a níveis pré-determi-nados de aceitação, segundo a RDC 17, de 16 de abril de 2010, da ANVISA.

Fatores a serem consideradosQuando falamos em qualquer tipo de validação, devemos sempre levar em consideração o cenário mais crítico, ou seja, as condições mais desafiadoras para o processo. No caso de validação de limpeza, esse cenário seria constitu-ído (por exemplo) por:

� O equipamento de maior dificulda-de de limpeza (devido à presença de muitos pontos de difícil acesso, reentrâncias, tamanho etc.);

� O produto de mais difícil remoção (devido a sua viscosidade, teor de sólidos, pH etc.).

Documentos

� Protocolo de validação – O pro-tocolo de validação define todas as variáveis a serem consideradas, como o equipamento a ser testado, as concentrações dos químicos a serem utilizados, o número de repe-tições a serem feitas, os testes de verificação da eficácia da limpeza, assim como o cenário mais crítico;

� Relatório de validação – No re-latório de validação constarão os resultados obtidos, a avaliação da eficácia de acordo com o resultado esperado e a conclusão associada à condição final do procedimento de limpeza/equipamento (Validado com consequente implementação ou Não Validado, necessitando re-ver os parâmetros definidos).

Validação de limpeza na indústria de alimentos

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Conversando com o especialista | 3M Food Safety | 7

Outras consideraçõesQualificação de equipamentos - O processo completo de qualificação de um equipamento envolve quatro etapas básicas, que são o DQ (Design Qualification), IQ (Installation Qualifi-cation), OQ (Operation Qualification) e PQ (Performance Qualification). A consistência da correta implementa-ção dessas etapas deve ser verificada juntamente à definição do Protocolo de Validação da limpeza.

Gestão de mudanças - Em caso de

qualquer alteração que possa compro-meter a eficácia da limpeza validada, é necessário avaliar seu impacto sobre o objetivo pretendido, definindo se a mu-dança é significativa ou não. Caso seja, será necessário refazer a validação nas novas condições.

Avaliação da eficácia da limpeza - Exis-tem variados kits de testes para avalia-ção rápida de limpeza de superfícies no mercado, dentre os quais podemos citar os da 3M, como o Clean Trace®, o Allergen®, o Surface® e o Water Plus®. Eles são extremamente úteis,

pois permitem uma avaliação imediata da limpeza, levando a tomadas de de-cisões em tempo hábil para liberar o equipamento ou a linha para produção, ou então refazer a limpeza se esta não estiver adequada.

BibliografiaBrasil, Anvisa. RDC n° 17, de 16 de abril de 2010

Documentos internos Nestlé

Por Altair dos Anjos e Odelço Balieiro

O fluxograma ilustra as principais etapas a serem consideradas em uma validação de limpeza

7. É um procedimento eficaz

e reprodutível?

5. O procedimento foi

executado de forma correta e completo?

4. Realizar o procedimento de limpeza como planejado

3. Treinar os operadores

2. Definir o procedimento de limpeza

1. Definir o padrão 9. Documentar o estudo de validação

10. Monitorar e registrar a rotina de limpeza

Validação completa! Manter as revisões

periódicas

6. Implementar o procedimento

8. Validar o procedimento

NÃO

NÃO

SIM

SIM

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A análise de risco microbiológico vem sendo utilizada de forma crescente na avaliação e gestão da segurança e ino-cuidade dos alimentos. Uma das razões é a complexidade da cadeia de produção e distribuição de alimentos. Ao realizar uma análise de risco, identifica-se o problema microbiológico associado a um alimento, avalia-se a probabilidade da ocor-rência deste problema, estima-se o seu impacto na saúde da população e são propostas as possíveis medidas para solucioná-lo.

Para uma perfeita compreensão do tema, é importante dis-tinguir perigo e risco. Perigo é o agente microbiológico ou o metabólito produzido por microrganismos capaz de causar algum efeito adverso à saúde, enquanto risco é a probabilida-de de ocorrência deste efeito, associada à sua gravidade. Um risco, microbiológico ou não, é sempre estimado, com base em dados reais e modelos matemáticos.

De acordo com a definição do Codex Alimentarius, a análise de risco é constituída por três componentes interdependen-tes: avaliação de risco, gerenciamento de risco e comunica-ção de risco (Figura 1).

Figura 1. Estrutura da análise de risco

Comunicação de risco

Avaliação de risco

Gestão de risco Prático

Análise de risco microbiológico em alimentos

8 | 3M Food Safety | Artigo técnico

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(dose) e a patologia resultante (respos-ta). Nesta avaliação, outros elementos importantes devem ser considerados: natureza da matriz alimentar, presença de microrganismos competidores no alimento e características do consu-midor (idade, estado de saúde, entre outros). A terceira etapa é a avaliação da exposição, na qual se determina a quantidade do perigo microbiológico presente na porção do alimento nor-malmente ingerida pelo consumidor. A relação entre a quantidade do perigo antes e após cada etapa da cadeia pre-cisa ser conhecida, seja por meio de análises laboratoriais em simulações ou por modelagem matemática apropria-da para cada tipo de procedimento na cadeia de produção. A quarta etapa da avaliação é a caracterização do risco, baseada nos dados obtidos nas três etapas anteriores, e objetiva gerar uma estimativa do risco, empregando modelos preditivos computacionais que calculam a probabilidade da ocor-rência de uma patologia decorrente da exposição ao perigo microbiológico no alimento avaliado.

Gestão de risco Com base na estimativa de risco que resulta da avaliação do risco, é possí-vel decidir quais ações podem ou de-vem ser tomadas para reduzir o risco detectado.

São exemplos de ações de gestão de risco: 1. estabelecer ou ajustar um limite máximo para o perigo microbio-lógico avaliado; 2. aumentar o rigor do controle microbiológico elevando a frequência das análises microbioló-gicas; 3. adequar as informações na rotulagem; 4. orientar os consumidores vulneráveis; 5. recomendar a retirada do produto do mercado.

A análise de risco possibilita que os gestores de risco identifiquem os pon-tos da cadeia de produção de alimen-tos que necessitam da aplicação de medidas de correção.

Comunicação de riscoA comunicação de risco representa o diálogo entre todos os envolvidos em uma avaliação de risco. Antes de iniciar uma comunicação de risco, os objeti-vos e os receptores da comunicação devem estar claramente estabelecidos. O “comunicador do risco” deve ser se-lecionado com cuidado, pois deve co-nhecer a temática e transmitir credibili-dade, sem causar pânico, empregando vocabulário apropriado. É preciso sempre lembrar que cada ser humano é diferente do outro e que tentar mu-dar o comportamento humano é muito complexo. A comunicação de risco é, portanto, uma difícil combinação de ciência com sociologia.

BibliografiaRuzante, J.M.; Whiting, R.C.; Dennis, S.D.; Buchanan, R.L. Microbiological risk assessment. In: Doyle, M.P. & Bu-chanan, R.L. Food microbiology: fun-damentals and frontiers, ASM Press 4a ed, Washington, D.C., 2013.

Sant´Ana, A.S., Franco, B.D.G.M. Ava-liação quantitativa de risco microbio-lógico em alimentos: conceitos, siste-mática e aplicações. Brazilian Journal of Food Technology, 12 (4), 266-276, 2009.

Schaffner, D.W. Microbial Risk Analysis of Foods. ASM Press, 2008.

Avaliação de riscoO processo de avaliação de risco é composto por quatro etapas. Na pri-meira etapa, determina-se qual é o perigo microbiológico possivelmente presente no alimento considerado, com base em informações confiáveis disponíveis, tais como publicações científicas, dados de agências governa-mentais de monitoramento e controle, dados de produtores, dados de órgãos de consumidores, etc. Na segunda eta-pa da avaliação de risco, é necessário fazer uma avaliação dose-resposta, ou seja, determinar a relação entre a quantidade de patógeno que é ingerida

Bernadette Dora G. de Melo FrancoFood Research Center

Faculdade de Ciências FarmacêuticasUniversidade de São Paulo

Artigo técnico | 3M Food Safety | 9

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10 | 3M Food Safety | Soluções 3M

Soluções 3M: a marca da sua empresa protegidaA 3M apresenta as primeiras placas anaeróbias auto-suficientes para análises de bactérias ácido láticas: 3M Petrifilm Bactérias Ácido Láticas

Tecnologia avançadaO ambiente de auto-anaerobiose é viabilizado por uma tecnologia de eliminação de oxigênio e um filme de barreira de oxigênio, sem a necessidade de gerado-res de anaerobiose, câmaras ou jarras de anaerobiose.

Produtividade e rapidezResultados em 48 horas (tempo de incubação).

Fácil e eficientePlacas prontas para uso que eliminam a necessidade de pre-paração de meios e trabalho intensivo, diluentes especiais e ajuste de pH da amostra.

Confiabilidade comprovadaVersus os métodos com ágar MRS e ágar APT. Pode ser usado para testar uma ampla gama de alimentos e amostras ambientais.

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Todos os dias, processadores de ali-mentos, varejistas e consumidores pre-cisam jogar no lixo alimentos deterio-rados por conta da ação das bactérias ácido láticas. Normalmente úteis, essas bactérias podem causar mudanças in-desejáveis, degradando diversos tipos de alimentos como frutos do mar e carnes prontos para o consumo, tem-peros, molhos, vegetais e muitos outros processados. Isso não só contribui para o desperdício de alimentos e recalls dispendiosos, mas também pode prejudicar a reputação da marca dos produtores de alimentos e bebidas, causando danos irreversíveis.

A ciência 3M traz a melhor ma-neira de testar as bactérias ácido láticas em seus produtos e am-biente de produção sem o abor-recimento do tradicional ágar.

3M Petrifilm Bactérias Ácido Láticas prontas para uso sim-plificam o processo de teste e fornecem resultados precisos em menos tempo. São apenas 3 etapas:

� Inocular 1 ml de amostra na placa.

� Incubar a temperatura adequada (28 0C a 37 0C).

� Contar as colônicas após 48 horas.

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Soluções 3M | 3M Food Safety | 11

Soluções 3M: a marca da sua empresa protegida

Tomar medidas agora para evitar a deterioração dos produtos reduz o desperdício de alimentos e garante os mais altos níveis de satisfação do cliente. Este é o compromisso que a 3M tem com você.

Quando se trata de monitoramento de higiene, ime-diatamente pensa-se em linha de produção. Infor-mações precisas são fundamentais e nem todos os sistemas atendem suas necessidades. Para a tomada de decisões, os profissionais precisam de mais do que uma avaliação visual, mas necessitam também de resultados mais rápidos do que os testes microbioló-gicos podem oferecer.

Agora reestruturado e ainda mais confiável, o novo sistema de monitoramento e gerenciamento de higie-ne Clean-Trace da 3M ajuda o profissional a gerenciar e monitorar todo o processo, garantindo não só a higienização de sua linha como também o gerencia-mento de dados para fins de auditorias. Ele foi proje-tado para proporcionar tranquilidade com precisão aprimorada e tecnologia inovadora.

Um teste que vê além da superfície é o novo guardião da sua linha de produção

Novo sistema de monitoramento 3M Clean Trace™

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12 | 3M Food Safety | Diversos

Sustentar nosso planeta e nosso negócio significa proteger os recursos naturais e capacitar pessoas e comunidades em todo o mundo para incentivar o progresso. Significa equilibrar fatores econômicos, am-bientais e sociais enquanto enfrentamos os desafios globais. E acima de tudo, significa unir-se sob um objetivo comum: melhorar cada vida.

� Nossa meta de sustentabilidade é apoiar o crescimento individual em todo o mundo enquanto conduzimos um negócio em expan-são. Isto significa enfrentar desafios globais como a disponibilida-de e a segurança da energia, escassez de matérias-primas, saúde e proteção de pessoas, educação e desenvolvimento enquanto mantemos em mente a nossa visão de crescimento.

� Tecnologia 3M evoluindo cada empresa

� Produtos 3M aprimorando cada lar

� Inovação 3M melhorando cada vida

Como muitas empresas, nós trabalhamos para equilibrar os três pila-res essenciais da sustentabilidade:

� Sucesso econômico: Desenvolver soluções diferenciadas, práti-cas e inteligentes para os desafios de sustentabilidade.

� Proteção ambiental: Fornecer soluções práticas e eficazes e pro-dutos para enfrentar os desafios ambientais.

� Responsabilidade social: Manter a comunicação com os princi-pais acionistas para melhorar continuamente nossas práticas de sustentabilidade.

Sustentabilidade na 3M

Talita BorgesGerente de Produto Divisão Food Safety

Saiba mais sobre como estamos enfrentando os desafios globais acessando: http://www.3m.com.br/3M/pt_BR/sustentabilidade/