Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD®...

12
CVBD ® BOLETIM Edição 2/2011 Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 1 Patrocinado por: Tripla Proteção contra carrapato, CVBD ® BOLETIM Erliquiose canina – da infecção aguda a doença crônica Edição 2/2011 www.cvbd.org Informações mais recentes trazidas até você pelo Fórum Mundial de CVBD ® Patrocinado por: Tripla Proteção contra carrapato,

Transcript of Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD®...

Page 1: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIMEdição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

1

Patrocinado por:

Tripla Proteção contra carrapato,pulga e o mosquito transmissor

da leishmaniose

CVBD®BOLETIMErliquiose canina – da infecção aguda a doença crônica

Edição 2/2011

ww

w.c

vbd

.org

Informações mais recentes

trazidas até você pelo

Fórum Mundial de CVBD®

Patrocinado por:

Tripla Proteção contra carrapato,pulga e o mosquito transmissor

da leishmaniose

Page 2: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIM Edição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

2

Resumo

Ampla Distribuição • AerliquiosemonocíticacaninaécausadapelaEhrlichia canis.

• Temsidorelatadaemtodososcontinentesapartirderegiõestropicaisesubtro-picais e provavelmente é a doença transmitida por vetor (CVBD) mais amplamen-tedistribuída.

• Adistribuiçãoé impulsionadapelaabundânciaglobalde seuprincipalvetor,ocarrapato-marromdocão,Rhipicephalus sanguineus.

E está aumentando...• Comoaquecimentoglobaleexpansãodoshábitatsdocarrapato,adisseminação

dadoençaparaáreasnão-endêmicaséumagrandepreocupação.

• OsvetoreseasinfecçõesporEhrlichia tambémdevemserconsideradasemáreas não-endêmicas,devidoàsviagens internacionaisdospets e ao aumento da im-portaçãodecães.

Potencial zoonótico• E. chaffeensis(erliquiosemonocítica)eE. ewingii(erliquiosegranulocítica)tam-

bémcausamerliquiosecaninaeambospodemafetarossereshumanos.

• Atéomomento,infecçõescaninasporE. chaffeensis e E.ewingiisóforamdiagnos-ticadas nos Estados Unidos.

Desafio de diagnóstico• Diversasmanifestaçõesclínicasesubclínicasdificultamodiagnóstico.

• Fasesagudaecrônica,bemcomocoinfecçõescomoutrospatógenostransmitidospor carrapatos podem complicar ainda mais a terapia.

Infecções em silêncio• Muitasvezes,opatógenonãopodesercompletamenteeliminado,apesardotra-

tamentocomantibióticoseodesaparecimentodossinaisclínicos.

Prevenção• Aindanãoexistevacinacontraerliquiose.

• Otratamentocomumprodutoectoparasiticida,quediminuiaspicadasporcarra-patos,éamelhoropçãoparaaprevenção.

Page 3: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIMEdição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

3

Patrocinado por:

Tripla Proteção contra carrapato,pulga e o mosquito transmissor

da leishmaniose

Erliquiose canina – da infecção aguda a doença crônica

Autor: Juliane StraubeInstitutodeHigieneAnimaleSaúdePúblicaVeterinária,Universida-dedeLeipzig,Alemanha

A erliquiose canina é uma doença transmitida porvetor (CVBD) globalmente distribuída, transmitidapor carrapatos. Causada pela bactéria rickettsia Ehr-lichia spp., a erliquiose afeta cães e humanos, bemcomo outras espécies domésticas e animais selva-gens.Comoaquecimentoglobal,oaumentodehá-bitatsparaocarrapatoeumnúmerocadavezmaior de viagens internacionais, a propagação da doença aáreasnão-endêmicasédegrandepreocupação.

A erliquiose pode ter várias manifestações clínicas esubclínicas, tornando o diagnóstico difícil. As fasesagudaecrônica,bemcomocoinfecçãocomoutrospa-tógenos transmitidos por carrapatos, podem compli-caraindamaisaterapia.Muitasvezes,opatógenonãopodesercompletamenteeliminado,apesardotrata-mento com antibiótico e da resolução dos sinais clí-nicos.Atéomomentonãoexistevacinacontraaer-liquiose;assimousodeumprodutoectoparasiticidaquediminuaapicadaporcarrapatoséamelhoropçãoparaaprevenção.

Patógeno / TaxonomiaAEhrlichia spp.éumabactériagram-negativa intra-celularobrigatória,comtropismoporcélulashemato-poéticas.

TrêsespéciesdiferentesdeEhrlichia podem causar er-liquiosecanina:E. canis, E. chaffeensis e E. ewingii (Ver tab.1).

Otermo“erliquiose“podeserusadoparadescreverasinfecçõespororganismospertencentesaogrupoEhrli-chiae.Noentanto,comareclassificaçãoparaogêneroAnaplasma, Ehrlichia e Neorickettsiaotermoagoraserefereespecificamenteàsinfecçõesporespéciesden-trodogênerorecentementereorganizado(verfig.2eInformaçõesBox1).

E. caniscausaerliquiosemonocíticacanina.Estadoen-ça,tambémconhecidacomopancitopeniacaninatro-pical,rickettsiosecaninaoufebrecaninahemorrágica,foidescritapelaprimeiraveznaArgélia,em1935,porDonatieneLestoquard.1Desdeentãotemsidorelata-daemmuitaspartesdomundo,principalmentenasre-giõestropicaisesubtropicais.Noentanto,ageodistri-buiçãodeE. canisestáseexpandindoacompanhandoseuprincipalvetor,ocarrapato-marromdocãoRhipi-cephalus sanguineus.

AE. canis formamicrocolôniasdentrodeumvacúolointracelularrevestidopormembrana(achamadamó-rula),principalmenteemmonócitosemacrófagosdemamíferos.Opatógenosereplicaapenasnocitoplas-madecélulasmonocíticas,eaformaçãodemórulaséumacaracterísticaquepodeserusadaparaodiagnós-tico (VerFig.1.).

Aerliquiosecaninatambémpodesercausadapelaes-pécie E. chaffeensis(erliquiosemonocítica)eE. ewin-gii (erliquiosegranulocítica).Ambasasespécies tam-bémpodemafetarossereshumanos.Sinaisclínicosdeambasasdoenças relacionadasemcães são indistin-guíveisdaquelescausadosporE canis. Diferenciar os elementospatogênicosatravésdesorologiapodeserdifícil devido a uma reação cruzada, principalmenteentre E. canis e E. chaffeensis,mastambémemmenorgrauentreE. ewingii.Atéomomento,infecçõescomE. chaffeensis e E. ewingii só foram diagnosticadas emcãesnosEstadosUnidos.

Fig.1 Mórulas de E. canisdentrodemonócitos.(imagensgentil-mentecedidasporD.Otranto,Bari,Italy)

Page 4: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIM Edição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

4

Coinfecções de Ehrlichia com Anaplasma, Rickettsia,Babesia ou Bartonellaspp.ocorremfrequentemente,poisoscãesestãonaturalmenteexpostosamúltiplospatógenos transmitidos por carrapatos. Pouco se sa-besobreoresultadoclínicodeinfecçõessimultâneascomdiferentespatógenos.Umestudorelatadorecen-temente avaliou cães que foram simultaneamente esequencialmentecoinfectadoscomE. canis e A. platys. Foram observados uma menor contagem de plaque-tasehematócritoemanimaiscoinfectados,juntamen-tecomumarespostahumoralimuneaumentadapara A. platys e um clearancemaislentodessepatógeno.2 Aconsciênciadecoinfecçõeséimportantenapráticaclínica,ecomoodiagnósticopodesercomplicadope-lapresençadepatógenosmúltiplos.

Transmissão / VetorAEhrlichiatemumciclodevidacomplexoqueenvolveumvetorcarrapatoeumhospedeiromamífero.Tipi-camente,ninfasoularvasdecarrapatossãoinfectadascom E. canisapósaalimentaçãoemumcão infecta-do.Atransmissãotransestadialocorreparaasetapasseguintesdovetorcarrapato.Umnovohospedeiroéinfectadoatravésdesecreçõesdasglândulassalivaresduranteorepastosanguíneo.Transmissãodadoençatambémfoirelatadaportransfusãosanguínea.7

Nota:Afalhadecanídeosemeliminarcomple-tamente a E. canis é um mecanismo importante de persistência da doença.

Oreservatórionaturaldainfecçãoémantidoemam-bososcanídeossilvestresedomésticos,incluindo,masnãolimitando,cães,lobos,coioteseraposas.AfalhadecanídeosemeliminarcompletamenteaE. canis é um mecanismo importante de persistência da doença edeveserconsideradanaseleçãodedoadoresdesan-gueemregiõesendêmicas.

Potencial zoonóticoHá algumas décadas, erliquioses foram consideradascomrelevânciasomentenaveterinária.OprimeiroserhumanocominfecçãoporE. chaffeensisfoidiagnos-ticadoem1986,aumentandooconhecimentodaEhr-lichiaspp.comoumpatógenozoonótico.8Hoje,E. ca-nis, E. chaffeensis e E. ewingii são todas conhecidasporcausarerliquioseemhumanos.Recentemente,E. ewingii -anteriormenteconsideradaespecíficadecães-foiconfirmadacomocausadeerliquiosegranulocíti-cahumana.9 E. chaffeensisparasitamonócitos,eado-ençanaspessoasé,portanto,relatadacomoerliquio-semonocíticahumana.E. canis foi isolada em cultura edetectadaemváriospacienteshumanoscomsinaisclínicosnaVenezuela,10,11noentanto,seusignificadocomoumpatógenohumanonãoestáclaramentede-finido.

Nota: Hoje em dia E. canis, E. chaffeensis, e E. ewingiisãotodasconhecidasporcausarer-liquioseemsereshumanos.

EspéciesNomes comuns das

doençasHospedeiro

natural comum

Células mais comumente infectadas

Vetores primários

Distribuição

E. canisErliquiosemonocíticacanina

CãeseoutrosmembrosdafamíliaCanidae,gatos,humanos

Primariamente células mononucleares (monócitos e linfócitos)

Rhipicephalussanguineus,Dermacentorvariabilis

Cosmopolita, primariamente emclimastropical,subtropical e temperado

E. chaffeensisErliquiosemonocíticahumana

Humanos,veados,cavalos,roedores

Monócitos,macrófagos

Amblyommaamericanum,Dermacentorvariabilis

EUA,Europa,África,AméricadoSuleCentral,Coreia

E. ewingiiErliquiosegranulocíticacanina,Erliquiose granulocíticahumana

Cães,humanosPrimariamente neutrófiloseeosinófilos

Amblyommaamericanum,Otobiusmegnini

EUA,África,Coreia

E. murisNormalmentenão associada a doença

Roedores,humanosCélulas mononucleares

Haemaphysalis spp. Japão

E. ruminantium Heartwater disease Ruminantes Células endoteliais Amblyomma spp. África,Caribe

Tab.1ResumodasdoençascausadasporEhrliquiaeseuspatógenos.

Page 5: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIMEdição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

5

Patrocinado por:

Tripla Proteção contra carrapato,pulga e o mosquito transmissor

da leishmaniose

BOX DE INFORMAÇÕES 1EsPécIEs DE AnAplAsmA

OgêneroEhrlichiaestáintimamenterelacionadoaode Anaplasma,sendoqueambossãointracelulares.Amanifestaçãoclínicadasduasdoençasésemelhan-te;porém,sãonotadasdiferençaszoonóticaseepi-demiológicasentreeles.

A espécie mais conhecida de Anaplasma é o A. phagocytophilum, anteriormente relatadona erliquiose granulocítica em humanos como E. phagocytophila ou E. equi. Ele causa anaplasmose granulocíticaemcãesesereshumanos.

Os vetores deste patógeno são os carrapa-tos da espécie Ixodes. Seu reservatório consis-te em pequenos mamíferos silvestres, veados, e possivelmente as aves.

Um segundo exemplo é o Anaplasma pla-tys (anteriormente Ehrlichia platys), que infec-ta as plaquetas. O vetor provável para A. platys tambéméocarrapato-marromdocãoR. sanguineus,ou seja, a distribuição é semelhante à de E. canis, eacoinfecçãocomosdoisorganismostemsidorela-tada.3,4,5,6

Anaplasma phagocytophilum (AY055469)

Anaplasma platys (AF303476)

Anaplasma bovis (AB211163)

Ehrlichia ruminantium (X61659)

Ehrlichia chaffeensis (AF416764)

Ehrlichia muris (U15527)

Ehrlichia ewingii (U96436)

Ehrlichia canis (CP000107)

Wolbachia sp. (AF088187)

Neorickettsia sennetsu (M73225)

Neorickettsia risticii (AF037211)

Neorickettsia helminthoeca (U12457)

0.02

Fig.2 AanálisemoleculardetalhadadorRNA16Seoutrosgenes(porexemplo,groESL,acodificaçãodeproteínasdechoquetérmico)re-sultoudeumaformasistemáticanorearranjodogêneroEhrlichia e Anaplasma. Ehrlichia risticiitem,portanto,sidotransferidopa-raogêneroNeorickettsia.Abarradeescalaindicaonúmerodesubstituiçõesporsite.

Page 6: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIM Edição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

6

Fig.3 Distribuiçãogeográficadaerliquiosecaninaemdiferentespartesdomundo.Paísesondeaocorrênciaendêmicatemsidoreportadaestãodestacadosemvermelho.OsdadosforamrecolhidospelaBayerHealthCareSaúdeAnimalderecentespublicaçõesparaforne-cerumquadroabrangentedasituaçãoendêmicadasváriasCVBDs,incluindoerliquioseporE. canisnaregiãoÁsia-Pacífico(Fig.3a),Europa (Fig.3b)eAméricaLatina(Fig.3c).Informaçõesmaisespecíficasporregiãopodemserobtidasnowww.cvbd.org.

Até o momento, não há evidências de transmissãodireta de Ehrlichia spp. de cães para humanos,12,13 ecãesnãoforamestabelecidoscomoumreservatórioparaainfecçãohumana.Alémdisso,ocarrapato-mar-romdocãonãopareceseroprincipalvetoroureserva-tórioenvolvidonatransmissãozoonótica,porquera-ramentepicahumanos.14

DistribuiçãoE. canis é encontrada em todos os continentes ao re-dor do mundo, mas são mais prevalentes em climastropicais e subtropicais (ver fig. 3). Infecções com E. chaffeensis e E. ewingii em cães são provavel-mente restritas aos Estados Unidos. Com o aumento da mobilidade global dos cães, um diagnóstico da infecção por Ehrlichia não deve ser descartado em áreas não endêmicas, particularmente devido àfasecrônicadadoença.

Nota: Devido às viagens internacionais eimportaçãodecãesdeáreasendêmicas, infec-ções por Ehrlichia spp. devem ser consideradas tambémemáreasnãoendêmicas.

Manifestação clínica

SinaisclínicoseagravidadedadoençaobservadosnaerliquiosedependemdaespéciedeEhrlichia envolvida edarespostaimunedocão.Emgeral,todasasraçasdecãessãosuscetíveisainfecçãoporE. canis,maspas-tores-alemãesparecemdesenvolverformasgravesdadoençamaisfrequentementedoqueoutrasraças.15

Aerliquiosemonocíticacaninaécaracterizadaportrêsfases,aguda,subclínicaecrônica.Estaspodemserdifí-ceisdedistinguirnaprática.

Fig.4 MucosaconjuntivalpálidadevidoaanemiacausadapelainfecçãoporE. canis. (ComapermissãodeD.Otranto,Ba-ri,Itália).

Fig.5 Equimoses como sinais clínicos de infecção canina por E. canis.(ComapermissãodeD.Otranto,Bari,Itália).

Page 7: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIMEdição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

7

Patrocinado por:

Tripla Proteção contra carrapato,pulga e o mosquito transmissor

da leishmaniose

BOX DE INFORMAÇÕES 2AchADos lAborATorIAIs (hEMATológIcos/bIoquíMIcos)

• Umhemogramacompletoéumaferramentaim-portanteparaodiagnósticodeerliquiosecanina.Trombocitopeniamoderadaagraveéumacarac-terísticaencontradanaerliquioseaguda.

• Trombocitopeniaapareceporvoltadodia10epi-cos na terceira semana pós-infecção, com conta-gemdeplaquetasquevãode20.000a52.000/µl(variaçãonormal:200-450/µl).Tambémpodeha-ver anemia leve e leucopenia.

• Em regiões endêmicas, contagem de plaque-tas em esfregaço sanguíneo são usadas como testede triagemparaaerliquiose.20Trombocito-penia verdadeira também pode ser diferenciadain vitro de pseudotrombocitopenia, pela avalia-ção do número de plaquetas em esfregaço san-guíneo.19 Linfocitose granular pode ocorrer oca-sionalmente durante a fase aguda e levar a umdiagnósticoerrôneodeleucemialinfocítica.

• Hipoalbuminemia, hiperglobulinemia, e hiperga-maglobulinemia (principalmente policlonais, ra-ramente monoclonal) são comuns na erliquio-se monocítica. Também aumentos moderadosem alanina aminotransferase - ferase (ALT) efosfatase alcalina (FA) podem ocorrer devido adanosnohepatócitoduranteafaseaguda.

• Oscãesnafasesubclínicasãoclinicamentesaudá-veis, mas diferentes graus de trombocitopenia eleucopenia podem estar presentes. Trombocito-peniageralmentetorna-segravenafasecrônica,acompanhadaporumaacentuadaanemiae leu-copenia.Pancitopeniadevidoàhipoplasiadame-dulaósseaéumacaracterísticadaformacrônicagrave.21

•Naaspiraçãoévistaumamedulaósseahipocelu-lar com diferentes supressões das células eritroi-des,mieloidesemegacariocíticas.

• E. canispode,ocasionalmente,induzirumanefro-patiacomperdadeproteínascomoresultadodeuma glomerulonefrite por imunocomplexo, comconsequenteproteinúriaeazotemia.

Fase agudaAdoençaagudaduraentre3a5semanascomacha-dos clínicos de febre, anorexia, depressão, linfade-nopatia e esplenomegalia. Menos frequentementehásecreçãoocular,mucosaspálidas,tendênciasahe-morragias(dérmica,equimoses,ouepistaxe),ousinaisneurológicossãovistos(verFigs.4e5).Asanormali-dadeshematológicasmaiscomunssãotrombocitope-nia e anemia.16

Nota:Asanormalidadeshematológicasmaisco-munssãotrombocitopeniaeanemia.16

Fase subclínica A longa fase subclínica normalmente segue adiminuição de sinais clínicos e pode durar váriosanos.17 Os cães que são incapazes de eliminar oagente infeccioso, desenvolvem infecções subclínicaspersistentesetornam-seportadoresassintomáticos.

Nota: Oscãesquesãoincapazesdeeliminaroagente infeccioso,desenvolvem infecções sub-clínicaspersistentesetornam-seportadoresas-sintomáticos.

Fase crônica Algunscãesinfectadosevoluemparaumafasecrôni-ca,quepode ser leveougrave. Estaé caracterizadaporrecorrentessinaisclínicosehematológicos,incluin-dotrombocitopenia,anemiaepancitopenia.

Os cães podem ter perda de peso, depressão, peté-quias, mucosas pálidas, edema e linfadenopatia en-tre outros sinais. Em casos graves, a resposta à anti-bioticoterapia é pobre e cães muitas vezes morrempor hemorragia maciça, gravemente debilitados, oucom infecções secundárias. É muito provável que aE. canis provoque imunossupressão, mas atualmentepoucosesabesobrea imunobiologiadestainfecção.

Page 8: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIM Edição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

8

Umestudorecenteemcãesfoiincapazdedemonstrarumaimunossupressãoacentuada.18

Diagnóstico Microscopiaehemoculturatendemasermenossensí-veisdoqueasorologiaePCR.Coinfecçõescomoutrospatógenostransmitidosporcarrapatospodemcompli-carodiagnóstico(VerBoxInfo2).

Nota: técnicasdePCRsãosugeridascomoométo-domaisconfiávelparadiagnosticarinfecçãoporEhrlichia.

MicroscopiadoesfregaçodesangueDetecçãodemórulasintracelularestípicasdaE. canis noexameesfregaçodesangueéaltamenteespecíficaparaerliquiose.Noentanto,estemétodoédemoradoenãomuitoconfiável,porquemórulassãoapenasen-contradasemumnúmeroreduzidodeesfregaçosdesangueduranteafaseagudadainfecção.Microscopiatemumasensibilidadeaproximadade4%.22Adetec-çãodemórulaspodesermelhoradaatravésdeavalia-çãodoesfregaçodepontadeorelha.23

Cultura celularÉpossívelcultivarasespéciesdeEhrlichiaemlinhagenscelularesespecíficasdemacrófagos(linhagemcelulardemacrófagoscaninos[DH82]oulinhagemcélulardemacrófagosderatos[J774.A1]).Noentanto,estatéc-nicaéutilizadamaisemlaboratóriosdepesquisa,doqueparaodiagnósticonaprática.

SorologiaOtestedeimunofluorescênciaindireta(IFI)érecomen-dadoparaconfirmarumdiagnósticodeerliquiose.24Adetecçãodeanticorposespecíficos IgG indicapréviasexposiçõesaopatógenoEhrlichia,eduranteadoençaagudadoistestescom1-2semanasdeintervalomos-trarãoumaumentonotítulodeanticorpos.Noentan-to,háextensareaçãocruzadaentreE. canis, E. chaffe-ensis e E. ewingii.25Assim,osresultadosobtidospelaIFIprecisamserinterpretadoscomcuidado.Baixostí-tulosnaIFIsãodebaixaespecificidade.

OtestedeELISAtambémpodeserusadoparaconfir-marumdiagnósticodeerliquioseediferenteskitsDot-

ELISAparaadetecçãodeanticorposE. canis-IgGestãodisponíveis comercialmente. Immunoblot ocidental éumtestemaisespecífico,quepodedistinguirentrein-fecções com os diferentes organismos causando erli-quiose, anaplasmose, ou neorickettsiose bem comoentre Ehrlichiaspp.,porexemplo,E. canis e E. ewingii. Cães,emgeral,tornam-sesoronegativosapósotrata-mentocomantibiótico,masalgunscãesirãomostrartítulosdeanticorposestáveisporanos.26

DetecçãomolecularporPCRTécnicasdePCRsãohojeconsideradascomoométodomaisconfiávelparadiagnosticarainfecção.19Osméto-dosdePCRsãoaltamentesensíveisepermitemade-tecçãodoDNAdeEhrlichiaem4-10diaspós-infecçãoantesdesoro-conversão.27NumerososPCRsconvencio-naisePCRsemtemporealestãodisponíveisbaseadosemdiferentessequênciasdegenes.

PCR pode ser realizado em sangue total, soro, as-pirados do baço, linfonodos ou medula óssea. ObaçoéoórgãomaisprováveldeabrigarE. canis du-rante a fase subclinica21 e é considerado com maior sensibilidade do que os testes de medula óssea ouamostras de sangue.28, 29 Para avaliar eliminação debactériasEhrlichiaapósotratamento,érecomendadootestedeamostrasdebaço.

Diagnóstico Diferencial Em geral, deve-se suspeitar de erliquiose em cãescom pancitopenia, trombocitopenia e anemia aplá-sica em áreas endêmicas para o vetor carrapato, R. sanguineus.Mas,dependendodaregião,os sinaisclínicossemelhantespodemocorrercomoutrospató-genosrelevantestransmitidosporparasitas.Anaplas-mose,canineRockyMountain-febremaculosa(outrariquetsioses),babesiose,bartonelose,hepatozoonose,e cinomose canina devem ser considerados como dife-renciaispossíveisnodiagnósticodeerliquiose.Carac-terizaçãomolecularporPCResequenciamentopodemsernecessáriosparafinalmentedeterminaropatóge-noespecíficoenvolvido.

Nota:Osachadosclínicoscomerliquiosepodemsersemelhantesaoutrasdoençastransmitidaspor vetores.

Page 9: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIMEdição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

9

Patrocinado por:

Tripla Proteção contra carrapato,pulga e o mosquito transmissor

da leishmaniose

Trombocitopenia imunomediada, lúpus eritematososistêmicoouneoplasia(linfomaoumielomamúltiplo)tambémdevemserconsiderados.

TratamentoTetraciclinassãootratamentodeescolhaparadoen-ças causadaspor riquétsias.Paraerliquiosecanina,otratamentodeeleiçãoécomtetraciclina(22mg/kgacadaoitohoras)oudoxiciclina(5mg/kgacada12ho-ras),administradasporquatrosemanas.Amaioriadoscães se recuperam da fase aguda e subclínica quan-dotratadoscomdoxiciclinaououtrastetraciclinas,emdosesapropriadasporumperíodoadequado.28,29

Nota:Devidoaofatodenãoserdesenvolvidanenhumaimunidadedelongaduração,oscãespodemserreinfectadoscomerliquiose.

Apóso iníciodotratamento,geralmenteháumará-pidamelhorianossinaisclínicos,masgeralmentesãonecessárias várias semanas de terapia para assegu-rar uma recuperação completa. Infecções persisten-tes com E. canis muitas vezes permanecem como uma completa depuração bacteriana, isso não é garan-tido, mas tem sido relatado em alguns casos após aantibioticoterapia.29-33 Tem sido sugerido que a faseda erliquiose poderá afetar a eficácia do tratamen-to com doxiciclina na eliminação das infecções por E. canis.33Aprevençãodatransmissãodopatógenopa-raocarrapato,apartirdeumcãoinfectadoqueestáemtratamentocomantibiótico,permanecedesconhe-cida. Cães infectados experimentalmente e tratadoscomdoxiciclinapor14diasaindainfectavamcarrapa-tos,permanecendocomoreservatóriosdeE. canis.33

Terapia de suporte, como transfusões de sangue oufluidos e esteroides podem ser necessárias em casosgraves.Oprognósticotorna-sepobreemcãesqueen-tramnafasecrônicadadoença.34 Coinfecções com ou-tros patógenos como Babesia ou Bartonella podem contribuir para o resultado fatal das infecções crô-nicas. Como não se desenvolve imunidade de longoprazo para erliquiose, cães podem ser reinfectados.Tambémpodemrecidivarapósmesesouanosapósaprimeirainfecção.

PrevençãoAtualmentenãoexistemvacinasdisponíveisparapro-tegercãesdeinfecçõesporEhrlichiaspp.,sãonecessá-riasmaispesquisasparadefinirosfatoresdevirulên-ciaeantígenosimunoprotetoresparasedesenvolveruma. A melhor forma de evitar erliquiose canina éevitandoaexposiçãoaocarrapato.Tratamentoscomectoparasiticidas que diminuem as picadas por car-rapatos reduzem o risco de transmissão da doença.ProdutosSpot-on®sãoaplicadostopicamentenapeledocão.Estudosrecentesavaliaramaeficáciadeumaformulaçãospot-oncontendo10%deimidaclopridae50%depermetrina50%(AdvantageMax3®) para pre-veniraexposiçãoeconsequenteinfecçãoporE. canis emcães.Foidemonstradaaeficáciapreventivade95-100%emcãestratadosqueviviamsobcondiçõesna-turaisemáreasendêmicas.35,36

BOX DE INFORMAÇÕES 3

ErlIquIosE cAnInA nA InTErnET

•Informações:www.cvbd.org/4001.0.html

•MennBetal.Parasites&Vectors2010,3:34www.parasitesandvectors.com/content/3/1/34

•GauntSDetal.Parasites&Vectors2010,3:33www.parasitesandvectors.com/content/3/1/33

•U.S.CentersforDiseaseControlandPrevention:www.cdc.gov/ticks/diseases/ehrlichiosis/

•ACVIMConsensusStatement:3www3.interscience.wiley.com/cgi-bin/full-text/119824370/PDFSTART

Page 10: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIM Edição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

10

Bibliografia

1. Donatien,A.,Lestoquard,F.(1937):Stateofthepresentknowledgeconcerningrickettsiosisofanimals.Arch.Inst.PasteurAlger.5,142–187

2. Gaunt,S.,Beall,M.,Stillman,B.,Lorentzen,L.,Diniz,P.,Chandrashekar,R.,Breitschwerdt,E.B.(2010):Exper-imentalinfectionandco-infectionofdogswithAnaplasma platys and Ehrlichia canis:hematologic,serologicandmolecularfindings.Parasit.Vectors3(1),33

3. Harrus,S.,Aroch,I.,Lavy,E.,Bark,H.(1997):Clinicalmanifestationsofinfectiouscaninecyclicthrombocytope-nia.Vet.Rec.141,247–250

4. Cardoso,L.,Tuna,J.,Vieira,L.,Yisaschar-Mekuzas,Y.,Baneth,G.(2008):MoleculardetectionofAnaplasma platys and Ehrlichia canisindogsfromtheNorthofPortugal.Vet.J.183,232–233

5. Gal,A.,Loeb,E.,Yisaschar-Mekuzas,Y.,Baneth,G.(2008):DetectionofEhrlichia canisbyPCRindifferenttis-suesobtainedduringnecropsyfromdogssurveyedfornaturallyoccurringcaninemonocyticehrlichiosis.Vet.J.175,212–217

6. Diniz,P.P.V.P.,Beall,M.J.,Omark,K.,Chandrashekar,R.,Daniluk,D.A.,Cyr,K.E.,Koterski,J.F.,Robbins,R.G.,Lalo,P.G.,Hegarty,B.C.,Breitschwerdt,E.B.(2010):Highprevalenceoftick-bornepathogensindogsfromanIndianreservationinNortheasternArizona.VectorBorneZoonoticDis.10(2),117–123

7. Ettinger,S.J.,Feldman,E.C.,Edward,C.(1995):In:EttingerS.J.,FeldmannE.C.(Ed.):TextbookofVeterinaryIn-ternalMedicine.4thed.Philadelphia,PA,W.B.SaundersCompany,422–428

8. Maeda,K.,Markowitz,N.,Hawley,R.C.,Ristic,M.,Cox,D.,McDade,J.E.(1987):HumaninfectionwithEhrli-chia canis,aleukocyticrickettsia.NewEngl.J.Med.316(14),853–856

9. Buller,R.S.,Arens,M.,Hmiel,S.P.,Paddock,C.D.,Rikhisa,Y.,Unver,A.,Gaudreault-Keener,M.,Liddell,A.M.,Schmulewitz,N.,Storch,N.A.(1999):Ehrlichia ewingii,anewlyrecognizedagentofhumanehrlichiosis.NewEngl.J.Med.341,148–155

10.Perez,M.,Rikihisa,Y.,Wen,B.(1996):Ehrlichia canis-likeagentisolatedfromamaninVenezuela:antigenicandgeneticcharacterization.J.Clin.Microbiol.34,2133–2139

11.Perez,M.,Bodor,M.,Zhang,C.,Xiong,Q.,Rikihisa,Y.(2006):HumaninfectionwithEhrlichia canis accompa-niedbyclinicalsignsinVenezuela.Ann.N.Y.Acad.Sci.1078,110–117

12.Fishbein,D.B.,Sawyer,L.A.,Holland,C.J.(1987):Unexplainedfebrileillnessesafterexposuretoticks:infectionwithanEhrlichia?J.A.M.A.257,3100–3104

13.Fishbein,D.B.,Taylor,J.P.,Dawson,J.(1987):HumanEhrlichiosisintheUnitedStates(Abstractno.1277).In:ProgramandabstractsoftheTwenty-SeventhInterscienceConferenceonAntimicrobialAgentsandChemo-therapy.Washington,DC,AmericanSocietyforMicrobiology,319

14.Nelson,V.A.(1969):HumanparasitismbytheBrownDogtick.J.Econ.Entomol.62,710–712

15.Nyindo,M.,Huxsoll,D.L.,Ristic,M.,Kakoma,I.,Brown,J.L.,Carson,C.A.,Stephenson,E.H.(1980):Cell-medi-atedandhumoralimmuneresponsesofGermanShepherdDogsandBeaglestoexperimentalinfectionwithEhrlichia canis.Am.J.Vet.Res.41,250–254

16.Harrus,S.,Waner,T.,Bark,H.(1997):Caninemonocyticehrlichiosisupdate.Compend.Contin.Educ.Pract.Vet.19,431–444

17.Waner,T.,Harrus,S.,Bark,H.,Bogin,E.,Avidar,Y.,Keysary,A.(1997):CharacterizationofthesubclinicalphaseofcanineehrlichiosisinexperimentallyinfectedBeagledogs.Vet.Parasitol.69,307–317

18.Hess,P.R.,English,R.V.,Hegarty,B.C.,Brown,G.D.,Breitschwerdt,E.B.(2006):ExperimentalEhrlichia canis in-fectioninthedogdoesnotcauseimmunosuppression.Vet.Immunol.Immunopathol.109(1–2),117–125

19.Harrus,S.,Waner,T.(2010):Diagnosisofcaninemonocytotropicehrlichiosis(Ehrlichia canis):anoverview.Vet. J. Mar. 10, in press.[Epubaheadofprint]

20.Bulla,C.,KiomiTakahira,R.,PessoaAraujoJr.,J.,AparecidaTrinca,L.,SouzaLopes,R.,Wiedmeyer,C.E.(2004):TherelationshipbetweenthedegreeofthrombocytopeniaandinfectionwithEhrlichia canis in an endemic area.Vet.Res.35,141–146

Page 11: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIMEdição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

11

Patrocinado por:

Tripla Proteção contra carrapato,pulga e o mosquito transmissor

da leishmaniose

21.Harrus,S.,Kass,P.H.,Klement,E.,Waner,T.(1997):Caninemonocyticehrlichiosis:aretrospectivestudyof100cases,andanepidemiologicalinvestigationonprognosticindicatorsforthedisease.Vet.Rec.141,360–363

22.Woody,B.J.,Hoskins,J.D.(1991):Ehrlichialdiseasesofdogs.Vet.Clin.NorthAm.SmallAnim.Pract.21,75–98

23.Mylonakis,M.E.,Koutinas,A.F.,Billinis,C.,Leontides,L.S.,Kontos,V.,Papadopoulos,O.,Rallis,T.,Fytianou,A.(2003):Evaluationofcytologyinthediagnosisofacutecaninemonocyticehrlichiosis(Ehrlichia canis): a com-parisonbetweenfivemethods.Vet.Microbiol.91,197–204

24.Waner,T.,Harrus,S.,Jongejan,F.,Bark,H.,Keysary,A.,Cornelissen,A.W.(2001):SignificanceofserologicaltestingforehrlichialdiseasesindogswithspecialemphasisonthediagnosisofcaninemonocyticehrlichiosiscausedbyEhrlichia canis.Vet.Parasitol.95,1–15

25.Cardenas,A.M.,Doyle,C.K.,Zhang,X.,Nethery,K.,Corstvet,R.E.,Walker,D.H.,McBride,J.W.(2007):Enzyme-linked immunosorbentassaywith conserved immunoreactiveglycoproteinsgp36andgp19hasenhancedsensitivityandprovidesspecies-specificimmunodiagnosisofEhrlichia canis infection. Clin. Vaccine Immunol. 14,123–128

26.Breitschwerdt,E.B.(2007):CanineandFelineAnaplasmosis:EmergingInfectiousDiseases.In:ProceedingsoftheSecondCanineVector-BorneDiseaseSymposium.Germany,BayerHealthCareAG,AnimalHealth,6–14

27.Iqbal,Z.,Chaichanasiriwithaya,W.,Rikihisa,Y.(1994):ComparisonofPCRwithothertestsforearlydiagnosisofcanineehrlichiosis.J.Clin.Microbiol.32,1658–1662

28.Harrus,S.,Waner,T.,Aizenberg,I.,Foley,J.E.,Poland,A.M.,Bark,H.(1998):AmplificationofehrlichialDNAfromdogs34monthsafterinfectionwithEhrlichia canis.J.Clin.Microbiol.36,73–76

29.Harrus,S.,Kenny,M.,Miara,L.,Aizenberg,I.,Waner,T.,Shaw,S.(2004):ComparisonofsimultaneoussplenicsamplePCRwithbloodsamplePCRfordiagnosisandtreatmentofexperimentalEhrlichia canisinfection.An-timicrob.AgentsChemother.48,4488–4490

30.Iqbal,Z.,Rikihisa,Y.(1994):ReisolationofEhrlichia canisfrombloodandtissuesofdogsafterdoxycyclinetreatment.J.Clin.Microbiol.32,1644–1649

31.Harrus,S.,Waner,T.,Aizenberg,I.,Bark,H.(1998):Therapeuticeffectofdoxycyclineinexperimentalsubclin-icalcaninemonocyticehrlichiosis:evaluationofa6-weekcourse.J.Clin.Microbiol.36,2140–2142

32.Breitschwerdt,E.B.,Hegarty,B.C.,Hancock,S.I.(1998):DoxycyclinehyclatetreatmentofexperimentalcanineehrlichiosisfollowedbychallengeinoculationwithtwoEhrlichia canisstrains.Antimicrob.Agents.Chemoth-er.42,362–368

33.Schaefer,J.J.,Needham,G.R.,Bremer,W.G.,Rikihisis,Y.,Ewing,S.A.,Stich,R.W.(2007):TickacquisitionofEh-rlichia canisfromdogstreatedwithdoxycyclinehyclate.Antimicrob.AgentsChemother.51(9),3394–3396

34.Mylonakis,M.E.,Koutinas,A.F.,Breitschwerdt,E.B.,Hegarty,B.C.,Billinis,C.D.,Leontides,L.S.,Kontos,V.S.(2004):Chroniccanineehrlichiosis (Ehrlichiacanis):aretrospectivestudyof19naturalcases.J.Am.Anim.Hosp.Assoc.40(3),174–184

35.Otranto,D.,deCaprariis,D.,Lia,R.P.,Tarallo,V.,Lorusso,V.,Testini,G.,Dantas-Torres,F.,Latrofa,S.,Diniz,P.P.,Mencke,N.,Maggi,R.,Breitschwerdt,E.B.,Capelli,G.,Stanneck,D.(2010):Preventionofendemiccaninevector-bornediseasesusingimidacloprid10%andpermethrin50%inyoungdogs:alongitudinalfieldstudy.Vet.Parasitol.172(3–4),323–332

36.Otranto,D.,Paradies,P.,Testini,G.,Latrofa,M.S.,Weigl,S.,Mencke,N.,Capariis,D.,Parisi,A.,Capelli,G.,Stanneck,D.,(2008):Applicationof10%imidacloprid/50%permethrintopreventexposureindogsundernaturalconditions.Vet.Parasitol.153,320–328

*MembrosdoFórumMundialCVBD

Page 12: Edição 2/2011 Edição 2/2011 BOLETIM CVBD · 2016. 6. 14. · Edição 2/2011 BOLETIM CVBD® Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica 5 Patrocinado por: Tripla

CVBD®BOLETIM Edição 2/2011Erliquiose canina - da infecção aguda a doença crônica

Patrocinado por:

Tripla Proteção contra carrapato,pulga e o mosquito transmissor

da leishmaniose

Bayer HealthCareDivisão de Saúde AnimalSão Paulo - SP - Brasilbayerpet.com.br

www.cvbd.orgConsulte Sempre um Médico Veterinário L.

BR.A

H.2

011-

08-0

2.01

31A

go/1

1