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Editora CENBEC/FINOM C O P O E T I C E

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1° Edição Paracatu – MG

CENBEC/FINOM 2020

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Editora:

CENBEC/FINOM

Rodovia MG 188 – km 167 – Bairro Fazendinha – Paracatu/ MG – CEP 38600-000 Caixa Postal 201 – Telefax (38) 33112000 – e-mail: [email protected]

Autores:

ROSSI, Tânia Maria de Freitas; RAMINHO, Edney Gomes;

GUIMARÃES, Marta Mencarini (orgs).

Anderson Faria Lima Leonel, Daniela Cristina da Silva, Davi

Holanda Vieira, Erick Danilo Vidal Oliveira Martins, Fernanda

Luzia Moreira Magalhães, Isabella Maria Gomes Rocha, Joana

Darc Romão de Almeida, Júlio Gonçalves, Lorena Cristina

Farias Rodrigues, Maria de Nazaré Lisboa da Silva Vilarindo,

Natalícia Pereira dos Santos, Nerci Conceição de Oliveira, Paula

Raiane Antunes dos Reis, Rodrigo Silva Machado Maia Lima,

Rodrigo Alves do Nascimento, Rossana Martins de Almeida,

Sara Bezerra Torres, Sara Oliveira Santos Almeida, Tainá de

Oliveira Silva Fretes, Weriton Oliveira Cruz.

Produção:

Tânia Maria de Freitas Rossi, Edney Gomes Raminho e Marta

Mencarini Guimarães; Pró-Reitoria de Extensão – PROEX do

Centro Universitário ICESP de Brasília.

Revisão:

Edney Gomes Raminho.

Capa e Diagramação:

Marta Mencarini Guimarães.

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Design Gráfico:

Marta Mencarini Guimarães e Bruno Fausto de Gois.

Fotografia:

Arlem Raminho, Edney Gomes Raminho, Gilmar Gomes

Ferreira, Hieronimus do Vale, Marcelo Paulino da Costa Gomes,

Marta Mencarini Guimarães, Rosimar Gomes da Costa.

Ficha catalográfica

Rossi, Tânia Maria Freitas; Raminho, Edney Gomes;

Guimarães, Marta Mencarini (Orgs).

Copoetice/ Tânia Maria Freitas Rossi; Edney Gomes Raminho; Marta

Mencarini Guimarães – Paracatu (MG), CENBEC/FINOM, 2020.

73 p.

ISBN: 9786599047527

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“Quem anda no trilho é trem de ferro. Sou água que corre entre pedras - liberdade caça jeito”.

Manoel de Barros

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Sumário

Apresentação _______________________________ p.8

O Homem da terra para a terra Primeiro

Copoetice___________________________________ p.15

• Terra: retorno do homem _______________________ p.17

• A descoberta do eu na Terra ______________________ p.19

• Penetra __________________________________________ p.21

• Crianças de Breves _______________________________ p.24

• Rosas do sertão __________________________________ p.27

• Insaciável Homem ________________________________ p.30

• O ciclo ___________________________________________ p.32

• O homem da terra para a Terra ___________________ p.34

• A visão de um homem da terra ____________________ p.36

• O homem da terra para a terra ____________________ p.39

Pro povo de novo? Segundo Copoetice ______ p.42

• Pro povo de novo a luta e a incerteza _______________ p.44

• Pro povo de novo: sonho de cidadania ______________ p.46

• Pelo menos uma vez _______________________________ p.48

• Esperança pro povo de novo _______________________ p.50

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• À insignificância do Povo _________________________ p.52

• Progresso ________________________________________ p.54

• A Poesia do Povo _________________________________ p.57

• Surreal __________________________________________ p.60

• O ópio do Povo ___________________________________ p.62

• Onde vamos chegar? _____________________________ p.64

• Como podemos aceitar? Pro povo de novo? ________ p.66

Sobre os autores e das classificações________ p.67

Sobre os fotógrafos __________________________ p.71

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Apresentação:

A poesia é um espaço subjetivo do sentido mais íntimo que

se constrói do mundo. Ela permite ser de modo que se revele,

sob a interpretação do outro parte do vasto mundo que se tem

consigo. Ela permite-lhe brincar consigo mesmo. Um

desconhecido, com uma aventura do outro pelas lentes e

sensibilidades criativas do criador. Permite-lhe olhar com o que

se é em um tempo da própria história sem perder-se de si

mesmo, desvelando personalidades e sentidos (i) reconhecidos.

Quem nunca sentiu o desejo de fazer ou refletir sensações

que um fato ou outro sentimento despertou? Assim é a poesia.

É representação de uma face de um eu, é expressão do que se

sente e deseja, levando o poeta a (re) conhecer a si na relação

com o outro no cativo pouco a pouco pelo tecido da poesia. Ela

não tem pressa. É o aqui e agora. É a vida toda... É uma

história sem fim. Como à vida, é recriada a cada novo deleite.

Poesia é essência da essência humana. É o espaço para

abrir-se ao que aflige e se encontra com a (des) harmonia e com

o estar ou ausência dele. É ser parecendo não ser e não ser

parecendo ser. Como escreveu Fernando Pessoa, “o poeta é um

fingidor, finge tão completamente que chega a fingir que é dor a

dor que deveras sente”.

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A poesia é o espaço da liberdade. É o abraço da (re)

criação da existência. A assim nos legou Drummond: “tenho

duas mãos e o sentimento do mundo”. Ora! Deste modo, o que

se é senão poeta que tece a vida por fios distintos de histórias?

Não se tem que ser em poesia. Se assim deseja, que assim

seja. A poesia é como o colo de mãe, que acolhe e dá liberdade

em palavras e sentimentos para o rebento ser o que quiser ser.

Ser pássaro que, com o tempo e os ventos, voa. Quando o

tempo e os ventos não o preencherem mais, volta-se ao colo, ao

seio, à face, aos olhos da mãe e dali retorna-se a um novo voo.

No tempo e no espaço, os sentimentos se (re) formam. Às

vezes, lança-se ao riso, ao choro... a depender do tempo, de

onde e com quem esteja. O riso... o choro... a alegria... a ira... a

fome... a luta... a (in)justiça... a tristeza... são poesias que

despertam a alma ao desenho das palavras. Envolvem e

suscitam o (re) encontro com o âmago estético do eu - outro.

São espaços que se abrem ou se preenchem para deleitar-se

sobre si mesmo e ao reflexo de si no outro.

A alma se movimenta, mostra-se em vida no riso, no

choro, no toque de se sentir. Por olhar sensível o ofício de um

professor – mestre de todos os mestres -, de um médico

veterinário, de um agrônomo, de um enfermeiro, de um

administrador, de um biomédico... Por olhar com sensibilidade

a vida, ali se manifesta a poesia. Ao poetizar, partilhar-

aprender acontece a todo o tempo, em todos os espaços e

simultaneamente. A poesia está no movimento cíclico da vida.

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Assim, a diversidade tematiza a poesia e convida ao

desenhar de palavras e ao passear com a luz da alma, alma das

palavras. O acender desta luz coloca em chamas o brilho da

vida e da percepção das coisas com mais esperança e desejo de

um mundo mais justo, mais igual. O desenho que às palavras

se delineia na arte poética simboliza a expressão democrática

da diversidade ecológica das espécies pela estética poética. Ela

se desvencilha e desvencilha qualquer amarra. Alimenta o valor

e a riqueza de cada diferença que fortalece as possibilidades

criativas tão necessárias à construção das relações ecológicas

com o mundo. Por este conjunto, a vida, a (re) criação é a

prioridade. A vida-poesia infinita de possibilidades a desvalar.

Ao passo que se desperta e se valoriza a sensibilidade, que

se cultua a cultura de sentir e de compreender a importância

deste rito, investe-se em qualidade de vida, qualidade das

relações do ser humano com todas as vidas com as quais ele

convive; qualidade de formação acadêmica para ser,

permanecer e (re) construir o mundo. Desta forma, a formação

acadêmica alcança seu desejo maior: garantir qualidade

formativa, para que o ser que se forma se sinta e se reconheça

como parte do ambiente; a começar pelo sentido por ele

articulado com a sua essência e de seus pares: ver-se e sentir-

se a si como ao outro. Poetizar é um exercício de educação para

a vida.

O Copoetice - Concurso de Poesia do ICESP - tem este

desejo de despertar junto à comunidade acadêmica do ICESP o

labirinto da vida que é a arte poética. Um espaço subjetivo,

individual concomitantemente coletivo, político e social cujo

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seio é a palavra, matéria tão simples e tão complexa, tão

carregada de sentidos e de significados.

Independentemente do papel social que um sujeito ocupe

ou exerça, a arte é o espaço onde todos e nenhum ser se (des)

encontra. Ela não tem uma obrigação. Desenha as liberdades

de ser, apreciando-se e respeitando-se também a liberdade dos

pares. Liberdades criativas e expressivas de manifestação da

sensibilidade artística, política, ideológica, social e cultural.

Trata-se de um exercício democrático de vida. Tempo de

deleite de conhecimento da existência e da correlação que o

humano estabelece com as demais espécies do planeta. A

palavra, recurso de carpintaria da poesia, é o que lhe confere

sofisticação estética. Pela sua expressão, os homens se fazem

sujeitos e ocupam posições sociais. A palavra, por sua vez, está

à disposição de toda e qualquer pessoa. Brincando com ela,

nasce a poesia. Ela une e aproxima culturas de todas as idades,

condição social, religiosa, política e ideológica. Emerge de e a

um mundo sem fronteiras. Sob este entendimento de poesia,

abraça-se a função artístico-social de criar e estimular o

brincar de fazer poesia, envolvendo pessoas em um encontro

com sua arte de ser quem se é indiferentemente às suas

escolhas.

Com este rito, a Pró-Reitora de Extensão – PROEX - , do

Centro Universitário ICESP criou o Copoetice- Concurso de

Poesia do ICESP - . A dinâmica do Copoetice se inicia da

seguinte forma: todos os membros da Pró-Reitora reúnem-se e

selecionam uma temática comum aos pares da comunidade

acadêmica. A proposta selecionada é aquela que parecer mais

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sedutora pela acessibilidade e democracia de conhecimentos a

cativar. Ela se dispõe a aproximar a comunidade acadêmica de

maneira a construir a satisfação de se sentir bem no tecido das

palavras que desenham seu canto, pranto, sua (in) satisfação,

sua alegria, seus desejos, sua sensibilidade. A “ars poética” do

Copoetice foi estimulada em sala de aula aos cursos da

instituição

Assim tecido, no ano de dois mil e dezesseis, nasce o

Primeiro Copoetice, batizado com o tema O homem da terra

para a terra. Os membros da Pró-Reitora de Extensão fizeram a

seleção técnica de dez poesias finalistas. A noite de culminância

do concurso aconteceu no dia trinta de maio de dois mil e

dezessete no campus ICESP Águas Claras. Os três primeiros

lugares foram consagrados por um corpo de júri especial

constituído por especialistas e membros da gestão pedagógico-

administrativo do ICESP e júri técnico da comunidade externa.

Exposição de banners com as dez composições poéticas

finalistas, declamação destas e apresentação de espetáculo de

música sertaneja de raiz compuseram a culminância para a

premiação do primeiro, segundo e terceiro lugares.

O retorno da satisfação que o Primeiro Copoetice instalou

junto à comunidade acadêmica, motivou a Segundo Copoetice.

Este, por sua vez, versou sobre o tema Pro povo de novo?. A

seleção das poesias finalistas se consolidou com a apreciação

dos membros da PROEX. Foram eleitas onze poesias para

serem apresentadas na noite de culminância. Estas foram

submetidas ao júri popular da comunidade ICESP. Quinze dias

depois, passaram por apreciação e votação do júri técnico

especial composto por especialistas, membros da comunidade

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administrativo-pedagógico do ICESP e membros da comunidade

externa. As poesias consagradas em primeiro, segundo e

terceiro lugares nos dois certames estão identificadas com uma

medalha simbólica ao longo deste livro.

Ele representa, assim, a soma do encontro de vozes

construído pelas dez poesias finalistas no Primeiro Copoetice,

as onze finalistas no Segundo Copoetice e suas consonâncias

com as fotografias que compõem cada texto. Juntas ilustram

um convite da extensão não só à comunidade acadêmica

ICESP, como também ao público externo congregando olhares

de quem, inclusive, até então, não havia tido a oportunidade de

participar diretamente do espaço de construção intelectual da

academia. Mas, cuja ação e olhar sobre o mundo é responsável

pela (re) ação do “homem da terra para a terra” bem como

também pelos gritos Pro povo de novo?!, revelando a busca

humana de dialogar com os mais diversos fatos e sentimentos

da vida.

Nesse escopo, as fotografias, de contextualização das

poesias, aqui instalam um ciclo de vozes, que vão dos

trabalhadores braçais da roça aos estudantes e especialistas

que buscam compreender a vida e o agir sobre ela como

profissionais acadêmicos. Desde aquele que prepara, planta,

colhe da terra para a terra e farta a mesa no campo e na cidade

àquele que usufrui desta fartura em outros tantos espaços.

Exercícios para garantir energia e fazer-se dia-a-dia nas

multidimensões da vida: lutando e buscando melhores

condições políticas, sociais e ideológicas para viver em

sociedade; seja lá no campo ou na cidade, onde se instalam as

instituições universitárias.

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O livro do Copoetice é, assim, o empenho de brindar um

encontro de multiculturas responsáveis pela pluralidade

humana à qual a formação acadêmica prepara. É um tecido de

muitas mãos. Reflexo de muitos olhares, de pessoas de

diferentes estados do Brasil. Ele propõe enveredar pelos

desafios de fazer a poesia, das imagens e sons que a ela tocam

de modo a envolver ainda mais os pares acadêmicos. E, a

convidá-los aos deleites pela arte para envidar e revigorar a vida

tão densa de desafios, fios do desenvolvimento e do crescimento

humanos.

Nessa perspectiva, busca-se aqui imprimir o compromisso

da extensão universitária de promover a arte poética como um

comportamento natural da vida. Este, por sua vez, toma

assento na formação acadêmica de fato, envolvendo e abrindo,

pela arte poética nas suas multidimensões, espaço de diálogo,

de crescimento e de (trans) formação mútuos. Um compromisso

com a formação humana dos pares em um locus de encontro e

de reconhecimento de suas individualidades e pluralidades,

respeitando-se e congregando-se para somar esforços e formar

o que mais pode lhes fazer bem: respeito e valor das suas

essências, conduzidos pela arte.

Tânia Maria de Freitas Rossi

Edney Raminho Gomes

Marta Mencarini Guimarães

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Terra: retorno do homem

Natalícia Pereira dos Santos

De onde viemos para onde vamos?

O intermédio da chegada é dos progenitores.

O berço comum é a terra, casa de todos os reinos.

Reino humano, animal, vegetal e mineral.

Uns a serviço, outros a servir!

E servir pertence à classe das maiorias. Claro!

Prestam o serviço e são vítimas da exploração,

dos líderes e minoria, do querer e do poder.

Em querer, no poder das ideias capitais.

Reinos de uma só terra separados pelo racional.

Racional que polui, manipula, adultera e mata!

Natural ou natureza segue a servir sem intervir.

Com sua identidade adulterada,

Segue a integrar sem maltratar!

Mas, oh! Como é bela! É neutra e poderosa a natureza!

A ela não foi dada a razão,

mas há nela o princípio da união

Já o homem que pensa tudo saber, tudo dominar,

volta pra terra que o ajuda a se transformar!

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Fotografia: Arlem Raminho e Rosimar Gomes da Costa

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A descoberta do eu na Terra

Daniela Cristina da Silva

Renuncie às suas palavras antigas

Se renove todos os dias

O céu azul é, na verdade,

o teto do mundo inteiro

A terra, na verdade, um tapete vermelho

Por onde desfilamos incessantemente.

Seja um louco que pula o muro

Seja um louco que chora o riso faceiro

Seja um homem que reza no escuro

Seja um homem que sonha além do travesseiro

Você decide a cada segundo

Quem quer ser

Seja meio louco, meio leigo,

Mas seja inteiro,

Não tenha medo!

Ninguém disse que seria fácil crescer e ser,

E nem que não valeria a pena arriscar.

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Fotografia: Edney Gomes Raminho

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Penetra

Tainá de Oliveira Silva Fretes

Penetra no fundo de minha alma

Invada o mais íntimo do meu ser

És um aventureiro

Invadindo uma caverna misteriosa

Eu me deleito em teu desejo agora.

É minha satisfação atender tua natureza

E se te afastas, me cobre de tristeza.

Penetra fundo no meu peito sem demora.

A ti pertence cada centímetro desse templo

Cada porta, cada fundamento.

Penetra firme no meu peito então.

Você penetra no meu coração

Sou uma árvore de imensos galhos

Quando me regas, eu me espalho

Me rega então com teu vigor feroz.

Quero beber do teu adubo doce

Me rega então, amor,

Como se eu fosse

A árvore mais preciosa do teu jardim

Me rega, e então planta em mim

Teus genes fortes e dominantes

Darei bons frutos, pois sou boa amante

E servirei com todo zelo esse jardim.

Darei sombra para ti e para os que de mim

Saírem frutos de um amor sincero

Penetra fundo no meu corpo.

Eu quero.

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No momento certo alimentar a Terra.

Penetra até amanhecer e encerra

A nossa noite com um alvorecer dourado

É muito bom acordar ao teu lado

Penetra então no meu templo abençoado!

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Fotografia: Marta Mencarini

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Crianças de Breves

Tainá de Oliveira Silva Fretes

Onde estão sua escola, sua mãe, sua bola?

Cadê suas bonecas, moedas. Onde escondeu?

A infância de vocês deveria ser linda

Em suas simples casas ribeirinhas

É divertido para vocês pedir esmolas em um navio?

Nadar contra a correnteza do rio de Belém a Santarém?

Alguns de Breves já remam e nem tamanho têm...

Teus rostos sorridentes e tuas casinhas floridas

Me fazem pensar que não precisas

Que fazes isso para me comover

Se tens fartura, se tens peixe a açaí

Crianças de Breves, o que fazes aqui?

Ajudar a mamãe a pagar a energia e a tv?

Crianças de Breves, vejam só que ironia:

Se me faltassem essas coisas, eu reclamaria

E de vocês eu cobro o simples bom viver

Crianças de Breves, eu suponho a tua vida

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Mas eu nem sei se nessa tua casinha linda

Tens arroz e tens feijão à mesa

Ou se precisas nadar contra a correnteza

Para o básico natural satisfazer.

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Fotografia: Marta Mencarini

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Rosas do sertão

Júlio Gonçalves

Terra de nordestinos

E de muitos Severinos

és o meu sertão.

Lugar de vereda

flor, fruto e dos cactos.

Há quem se vocifere em renegá-la!

Pobre miserável,

Filho do diabo!

O sertanejo,

homem de bravura,

encontra, no calor

do sertão,

sua gratidão,

O seguir em frente.

Nas murmuras da vida,

percebe o presente

que lhe foi concebido.

Exalta ao senhor,

Oh! Santíssimo!

Venera ao seu Deus.

Tira forças das

lacunas do seu intelecto,

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para assim

perseverar diante

dos dragões.

Chuva... xi... xii... xiiii...

esperança que ascende,

ao seu cair,

a flor que brota,

no fundo do abrir do chão,

é a rosa que nasce.

A flor do sertão!

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Fotografia: Gilmar Gomes Ferreira

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Insaciável Homem

Maria de Nazaré Lisboa da Silva Vilarindo

Da terra foi criado,

Criatura perfeita,

Domínio sobre ela teria.

Porém dos prazeres da terra provou,

Agora, pois, não mais a domina.

Resolve, cava, ara a terra,

Na esperança que ela o retribua.

Assim foi e é até hoje.

Era um homem a saciar,

Agora, insaciáveis do seu lar.

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Fotografia: Hieronimus do Vale

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O ciclo

Anderson Faria Lima Leonel

Onde vivemos?

A dúvida é cruel, mas temos força,

Aceitamos e lavamos a vida.

A fome é grande,

Chegamos a plantar para comer.

Crescemos, vivemos, aprendemos.

As bocas proliferam.

Que bom que a colheita foi boa.

Os pequeninos crescerão para ter dúvidas

E plantarão

Para que as dúvidas consigam atravessar gerações.

O tempo passa,

O medo de morrer chega de mãos dadas com a idade.

Mas quem disse que acabou?

Já é hora de arregaçar as mangas,

O trabalho chama, somente a função que muda.

Agora vamos adubar a terra

para que a próxima colheita seja boa

Os pequeninos crescerão para ter dúvidas.

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Fotografia: Hieronimus do Vale

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O homem da terra para a Terra

Fernanda Luzia Moreira Magalhães

O homem busca o seu equilíbrio.

O homem à procura da harmonia.

O homem e sua sede desde o princípio.

E qual o princípio?

Qual a origem?

Filósofos gregos da Grécia Antiga estavam à procura

Princípio, terra, água, ar, fogo?

Hoje?

Quem sou eu?

O que procuro?

O equilíbrio da terra?

O meu equilíbrio?

Onde me encontro nesta Terra?

Que terra quero deixar para meu filho?

Que filho vou deixar para esta Terra?

Eu em busca

Do equilíbrio,

Da harmonia,

Do equilíbrio entre homem e terra

Do meu equilíbrio com o planeta Terra.

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Fotografia: Edney Gomes Raminho

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A visão de um homem da terra

Paula Raiane Antunes dos Reis

Eu sou aquele que nasceu da terra.

Quem disse não erra!

Nasci num pedacinho de chão

Sou um grânulo no meio da nação.

Vivo na simplicidade

Isso aprendi antes da mocidade.

Perto do centenário hoje estou

Descrevendo...

Um pouquinho da minha vida:

Amo a minha terra querida!

Já estou perto do fim

Mas também do começo

Minha alma se vai

Mas nunca esqueço

O corpo aqui vai ficar

Vai se desintegrar

E o que vai sobrar?

Vai sobrar o que transmiti

O que consegui ensinar

O saber não é para se guardar.

As pessoas de mim vão lembrar

Pelos sentimentos que costumo deixar

São sensações do bem

E isso vai muito além.

De lá eu vim

Para lá voltarei

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Devolver os elementos

Que emprestado tomei.

A terra que me sustenta

É a mesma a que me agregarei

Pois a vida é um círculo

Essa é a lei

Da terra eu vim

Para a terra voltarei.

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Fotografia: Edney Gomes Raminho

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O homem da terra para a terra

Rossana Martins de Almeida

O Criador em sua inspiração

Forma o Homem do chão.

Quem pode isso ver?

Como iríamos crer?

Formado do pó da Terra seca ou molhada

Aquele que o produzia também a admirava.

No sexto dia...

Que satisfação!

Vê-lo andar, falar e então...

Nu ou vestido

Com certeza esculpido

A natureza o recebia

E demonstrava sua alegria!

Olhando ao redor

Notou que estava só.

Adormecido...

Oh! Criatura!

Para trazer-lhe grande formosura.

Juntos cumpriram sua missão

Encher a Terra em multiplicação

Errando ou acertando

Com seu suor trabalhando.

A terra lhe abraça

E lhe oferece tudo de graça.

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Mas o que fez o homem?

O seu erro lhe consome.

Destruição, poluição, armação...

O que há em seu coração?

O tempo passa aumentando sua desgraça

O que fazer, a quem recorrer?

Se ao Criador não consegues entender?

Pare agora.

Feche os olhos.

Respire fundo...

Viaje pelo tempo

Esse é o momento

Encontre o centro.

Não precisa ser tão fundo

Só precisa estar atento.

Homem, o que procura está dentro de você!

Podes perguntar o quê?

Tudo a Terra te dá e te deu

O que te aconteceu?!

Por ela vieste à vida

Que também te será sucumbida.

Encontre sua força

Lute por ela

Lute, sim, pela sua Terra!

Abra o coração e veja o sol a brilhar

Volte, sim, pela sua Terra!

A Terra traz o remédio que seu corpo precisar

Porém, sua alma quem governará?

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Terra e Homem,

Homem e Terra

Unidos se tornam o que era

Desde o início a união mais bela

Agradeça ao Criador por ser Homem.

Homem da Terra.

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Fotografia: Hieronimus do Vale

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Pro povo de novo a luta e a incerteza

Nerci Conceição de Oliveira

Que povo é este que luta, que vai à guerra, que busca?

Que povo é este que insiste em acreditar no amanhã, no

melhor da vida?

Que povo é este que não se cansa de ter esperança?

É este povo que precisa ter a fé em dias melhores

Esperança contínua em mudanças de vida, de governo

Esperança de não ficar a ermo.

Pro povo de novo a guerra, a luta, a incerteza

Pro povo de novo a fatia pequena do bolo

A necessidade de engolir a seco o ego exacerbado,

O egoísmo disfarçado de bondade,

A cara de pau das maiorias do poder

Fingindo ser a solução para uma vida digna.

Pro povo de novo?

A certeza de que um filho seu, Brasil, não foge à luta!

Em seu futuro espelha essa grandeza...

Filhos deste solo...

Pro povo de novo, o poder!

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Fotografia: Hieronimus do Vale

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Pro povo de novo: sonho de cidadania

Joana Darc Romão de Almeida

Vão cobrar do povo de novo

Vão cobrar o sonho de cidadania

O pesadelo continua de noite e de dia

Não precisa de candidatos mostrando suas ideias

Muito menos na TV, pois o que vemos é só um teatro.

Cada um usa uma máscara na candidatura

Mas o mandato é bem diferente

Vão cobrar do povo de novo

E de novo a culpa vai ser do povo

Por não escolher o candidato bem.

O povo vai cobrar do candidato de novo

Por ter passado tanta ilusão ao povo.

O povo vai saber de novo

Que não há nenhum candidato

Que faça o que realmente a gente busca

Paz, saúde, educação, que não seja somente no começo.

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Fotografia: Marta Mencarini

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Pelo menos uma vez

Sara Bezerra Torres

Pro povo de novo?

A fantasia de uma ascensão social

Pro povo de novo?

O ilusionismo do “pão e circo”?

Pro povo de novo

O Conto da boa educação

Pro povo de novo?

O sequestro da segurança pública

Pro povo de novo?

A frustração do atendimento à saúde

Pro povo de novo?

O encantamento da previdência social

Pro povo, ao menos uma vez

Vida Plena.

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Fotografia: Marta Mencarini

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Esperança pro povo de novo

Rodrigo Alves do Nascimento

A esperança não murcha, não acaba,

Também como ela não se perde a crença,

Vão-se as descrenças,

Voltam-se as esperanças

Pro povo de novo.

No entanto, tudo é uma ilusão

E com esperança fortalece a opção

171 na cadeia e flâmula no coração.

Povo, portanto, ergue teu grito!

Sirva-te de Esperança do bendito,

Sirva-te da glória no futuro e avança!

E eu, que vivo atrelado ao desalento,

Também espero o fim do meu tormento,

Na esperança alcançar.

O povo precisa realmente é acreditar

Melhores virão e o 171 jamais se levantará.

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À insignificância do Povo

Davi Holanda Vieira

Como é dura a vida

O reflexo da incapacidade

Se volta para o povo

Dor-miséria-angústia

E a incerteza de um dia novo

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Fotografia: Hieronimus do Vale

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Progresso

Weriton Oliveira Cruz

Que época tão fria é esta, onde a ordem não existe mais?

Deixamos tudo de lado por simples status sociais!

E isso é um caso curioso, no mínimo estranho.

Fomos roubados na cara limpa,

Pelos que se faziam de santos.

E o povo, como é que fica?

Ah! Este se calou!

Deixou a porta aberta e a boca eles fecharam!

Vieram empregados em meio a ladrão,

Se calaram e aceitaram toda a humilhação.

Estão perdendo o que um dia conseguiram com tanto esforço.

Ainda se veem os loucos, que apanharam e sofreram,

Buscando simplesmente o que se era de direito

Era um grupo bravo e valente,

apaixonado pela “ordem e progresso”.

Nossa! Tudo isso aconteceu?

Ah! Isso é apenas um esboço!

O que levaram deles, não se faz em um resumo,

Levaram até aquela moça que morava lá nos fundos.

Você não a conhece?

A chamada esperança.

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Ela nunca andava sozinha, e atraía muitas coisas.

Era acostumada a ouvir rumores...

“a esperança nunca morre”

E o pior aconteceu, a esperança morreu!

Sério! É isso que ocorreu?

Simples! Esperaram somente dela,

O que eles podiam fazer

Esqueceram-se de que eram eles,

Que a faziam viver.

E hoje todos vivem em uma má situação

Todos assaltados pela tal corrupção.

E no fim disso tudo, saiu uma peça teatral

Onde o espetáculo principal se chama, “para o povo de novo”.

O nome rendeu curiosidade

mas o que se perdeu? O que foi roubado?

Usando a obra do garoto Gabriel

“vou te contar, menino”.

Para o estrangeiro virou utopia

E para os brasileiros, uma realidade já bem conhecida.

Onde o fim estava previsto

Faltava apenas o início.

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Fotografia: Marta Mencarini

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A Poesia do Povo

Sara Oliveira Santos Almeida

Cansamos dessa vida

Cansamos dessa lida

Entre idas e vindas

Aonde vamos chegar,

Oh, nação perdida?

Devemos rever nossos conceitos

Ou ensinar nossos preceitos?

Certamente essa palhaçada é toda do pleito

Um bando de malefeito.

Por que tudo tem que ser o povo?

Não vamos aceitar sofrer de novo!

Desta vez estamos dispostos.

A desfazer o que foi proposto.

Vamos manifestar pelo novo!

Vamos parar de ser baba-ovo!

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Aceitar mais um imposto?

Chega de quem troça do povo!

Vamos dando nossos saltos

Tentando enfrentar o Planalto

De fala a atos, uns até mentefatos!

Para melhores candidatos!

A sociedade acordou, de fato!

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Fotografia: Hieronimus do Vale

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Surreal

Lorena Cristina Farias Rodrigues

Passos sem pegadas

Pássaros sem asas

Caçador sem caça

A vida é uma farsa

Pessoas usam máscaras

Política é forjada

A vida é sem graça

Trabalhar só não basta

Oh, povo!

Para que se sacrificar?

se nada disso valerá?!

O coração anda quebrado

Todos se sentem culpados

O que fazer com os pedações?

Sofre a população

Sem amor, sem compaixão.

Só nos resta agarrarmos

À esperança de uma nova nação.

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Fotografia: Marta Mencarini

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O ópio do povo

Rodrigo Silva Machado Maia Lima

Pão e circo,

Bucho cheio e sorriso

Movem o povo,

Tipo ópio, perdidos no vazio,

Formam ideias,

Construídas à base de novelas,

Ditam o certo e o errado,

Todos firmes, estrondosos,

Somente do lado de dentro da porta.

O povo controlado como marionete,

À base de internet,

Fake News, treta,

Estes esquemas sem eira nem beira.

Governo manipulador,

Viaja para o exterior,

Compra terno, suíte,

Carro importado, aparelho televisor,

Coisa de colecionador,

Pro povo de novo,

Sobrou pão com ovo,

Mas quem se importa?

Daqui a pouco elegem outro,

Esse sim! É bom, sim, senhor!

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Fotografia: Hieronimus do Vale

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Onde vamos chegar?

Isabella Maria Gomes Rocha

E se ergue o momento da população

Ouvem-se gritos de desespero

Choros e lamúrias de antigo governo

E o desejo de mudança no coração.

Onde estão os heróis desta nação?

O que fazem? O que comem? Onde vivem?

Como podem acabar com a retrogradação?

Será que podem?

E onde entra o povo nessa situação?

Deve estar lutando pelos seus interesses individuais

Pelas ideias de gênero e pelas cotas raciais

Pensando que vão acabar com as desigualdades sociais.

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Fotografia: Hieronimus do Vale

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Como podemos aceitar? Pro povo de

novo?

Erick Danilo Vidal Oliveira Martins

Como podemos aceitar,

calados sem reclamar

O caos em que estamos

Até quando vamos aguentar?

O povo submisso e tanta falsa autoridade

A autoridade que o fez acreditar

Que um dia, sua realidade ia mudar

Mas que nunca foi realidade.

Como nós, o povo

Podemos aceitar?

O mesmo homem se candidatar

E nos enganar de novo?

Mas ele se candidata

Mesmo discurso retrata

E o povo volta a acreditar.

Até desencantar,

ao perceber que está longe

o dia de sua miséria acabar.

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Sobre os autores e das classificações

Tânia Maria de Freitas Rossi

Possui doutorado em Psicologia pela Universidade de Brasília

- UnB (1998) e mestre em Educação pela Universidade

Estadual de Campinas - UNICAMP (1993). Experiencia na

área de Psicologia e Educação, investigando principalmente

os seguintes temas: desenvolvimento e aprendizagem desde

uma perspectiva histórico-cutural; constituição de conceitos e

processos de fossilização da aprendizagem; educação especial

com ênfase em deficiência intelectual, processos de

inclusão/exclusão social na Educação.

Edney Gomes Raminho

É doutoranda (2020) e mestre em Educação (2019) pela

Universidade Católica de Brasília - UCB, especialista em

língua portuguesa (2011), graduada em Letras (2007) pela

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG.

Professora da rede pública de ensino do Distrito Federal.

Professora e assessora da Pró-Reitoria de Extensão do Centro

Universitário ICESP de Brasília.

Marta Mencarini Guimarães

Possui mestrado em Arte e Tecnologia (2010) e Bacharelado

em Artes Visuais (2008) todos pela Universidade de Brasília –

UnB. Licenciada em Artes Visuais pelo Centro Universitário

Claretiano – CUC (2018). Professora substituta no

departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília –

UnB (2019 – 2020). Professora e assessora da Pró-Reitoria de

Extensão do Centro Universitário ICESP de Brasília.

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Terra retorno do Homem de Natalícia Pereira dos Santos,

acadêmica do 1º semestre do curso de Farmácia, no ano de

2017.

3º LUGAR no Primeiro Copoetice - A descoberta do eu na

Terra, de Daniela Cristina da Silva, acadêmica do 1º semestre

do curso de Medicina Veterinária no ano de 2017.

2º LUGAR do Primeiro Copoetice - Penetra e Crianças de

Breves de Tainá de Oliveira Silva Fretes, acadêmica do 1º

semestre do curso de Agronomia no ano de 2017.

Rosas do Sertão de Júlio Gonçalves, acadêmico do 1º

semestre do curso de Agronomia no ano de 2017.

1º LUGAR no Primeiro Copoetice - Insaciáveis homens da

Terra, de Maria de Nazaré Lisboa da Silva Vilarindo,

acadêmica do 1º semestre do curso de Administração no ano

de 2017.

O ciclo de Anderson Faria Lima Leonel, acadêmico do 1º

semestre do curso de Farmácia no ano de 2017.

O Homem da terra para a Terra de Fernanda Luzia Moreira

Magalhães, acadêmica do 9º semestre do curso de Pedagogia

no ano de 2017.

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A visão de um homem da terra de Paula Raiane Antunes dos

Reis. Acadêmica do 6º semestre do curso de Agronomia no

ano de 2017.

O Homem da terra para a terra de Rossana Martins de

Almeida, acadêmica do 1º semestre do curso de Farmácia no

ano de 2017.

Pro povo de novo a luta e a incerteza de Nerci Conceição de

Oliveira, acadêmica do 1º semestre do curso de Biomedicina

no ano de 2018.

Pro povo de novo: sonho de cidadania de Joana Darc Romão

de Almeida, acadêmica do 1º semestre do curso de

Enfermagem no ano de 2018.

Pelo menos uma vez de Sara Bezerra Torres, acadêmica do 1°

semestre do curso de Biomedicina no ano de 2018.

Esperança pro povo de novo de Rodrigo Alves do Nascimento,

acadêmico do 1º semestre do curso de Farmácia no ano de

2018.

3º LUGAR no Segundo Copoetice - A insignificância do povo

de Davi Holanda Vieira, acadêmico do 5° semestre do curso

de Enfermagem no ano de 2018.

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Progresso de Weriton Oliveira Cruz, acadêmico do 1° semestre

do Curso de Enfermagem no ano de 2018.

2º LUGAR do Segundo Copoetice - A poesia do Povo de Sara

Oliveira Santos Almeida, acadêmica do 5° semestre do curso

de Enfermagem no ano de 2018.

1° LUGAR do Segundo Copoetice - Surreal de Lorena Cristina

Farias Rodrigues, acadêmica do 5° semestre do curso de

Enfermagem no ano de 2018.

O ópio do povo de Rodrigo Silva Machado Maia Lima,

acadêmico do 3° semestre do Curso de Medicina Veterinária

no ano de 2018.

Onde vamos chegar? de Isabella Maria Gomes Rocha,

acadêmica do 3° semestre do Curso de Medicina Veterinária

no ano de 2018.

Como podemos aceitar? Pro povo de novo? de Erick Danilo

Vidal Oliveira Martins, acadêmico do 1° semestre do curso de

Biomedicina no ano de 2018.

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Sobre os fotógrafos

Arlem Raminho é agricultor, membro de uma cooperativa

de pequenos produtores rurais da Cidade de Caratinga,

interior de Minas Gerais. Compõe esta publicação com a

fotografia da página 18.

Edney Raminho Gomes é Doutoranda e mestre em

Educação pela Universidade Católica de Brasília – UCB -,

especialista em Língua Portuguesa e graduada em Letras pela

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas

-, professora da rede pública de ensino do Distrito Federal,

professora e assessora da Pró-Reitoria de Extensão do Centro

Universitário ICESP de Brasília. Compõe esta publicação com

a fotografia das páginas: 15, 20, 34 e 37.

Gilmar Gomes Ferreira é pós-graduado em Língua

Portuguesa pelo Centro Universitário de Caratinga –UNEC -,

Licenciado em Letras pelas Faculdades Integradas de

Caratinga – FIC -, professor de Língua Inglesa da Educação

Básica da rede municipal de ensino da cidade de Bom Jesus

do Galho, Minas Gerais. Compõe esta publicação com a

fotografia da página 29.

Hieronimus do Vale é artista plástico e diretor de arte.

Bacharel em Artes Visuais pela Universidade de Brasília –

UnB -. Experiência com desenvolvimento de tecnologias que

permitem a criação de projetos audiovisuais artísticos. Desde

2004 desenvolve projetos de vídeo arte com elementos

urbanos e sociais através de vídeos e fotos em obras que vão

desde vídeo projeções ao vivo, instalações multimídias, vídeos

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cenários para peças de teatro, espetáculos de dança e eventos

em geral. Integrante do Grupo Mesa de Luz. Neste projeto

integra com Fotografia presentes nas páginas: 31, 33, 43, 45,

53, 59, 63 e 65.

Marcelo Paulino da Costa Gomes é bacharel em Ciências

Contábeis pela União Pioneira de Integração Social – UPIS -,

servidor administrativo do Exército Brasileiro. Autor da

fotografia da página 51.

Marta Mencarini é artista plástica, pesquisadora,

professora e mãe. Experiência na área de artes, transitando

pela história da arte, pintura, fotografia, colagem, videoarte,

performance, multimídia e cinema ao vivo. Integrante do

Coletivo Matriz e Grupo Mesa de Luz. Neste projeto, integra

com fotografias presentes nas páginas: 16, 23, 26, 42, 43, 49,

56 e 61.

Rosimar Gomes da Costa é dona de casa, agricultora e

membro de uma cooperativa de pequenos produtores rurais

da Cidade de Caratinga, interior do estado de Minas Gerais.

Integra com a fotografia na página18.

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O Primeiro e o Segundo Copoetices - Concurso de Poesia do ICESP - imprimem o esforço da Pró-Reitoria de Extensão do Centro

Universitário ICESP de Brasília de comungar arte poética e vida acadêmica como uma ação imanente à vida. Cada poesia e sua unidade com uma fotografia materializam a coragem e a ousadia de

dar voz à arte de cada acadêmico e voluntário ao demonstrarem suas essências. Estes doaram a generosidade de seus olhares, para que

você, leitor, desenhe o seu cenário das experiências poéticas aqui tecidas. Por este conjunto representam-se aqui perspectivas de O

Homem da Terra para a Terra e Pro Povo de novo?! Deleite-se.