EDITORIAL A importância da prevenção -...

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Informativo da Brigada de Incêndio e Emergências da FCFRP-USP SEJA UM HERÓI DA VIDA REAL SALVE VIDAS SEJA UM BRIGADISTA [email protected] 3315.4182 Sala 05-A Bloco B EDITORIAL A importância da prevenção A prevenção, juntamente com o desenvolvimento das Normas Técnicas de Segurança, cujo cumprimento é exigido no projeto das edificações, têm sido as maiores ferramentas para se evitar grandes tragédias. Através delas, cada pessoa pode contribuir para a sua própria segurança, bem como dos ocupantes do ambiente ao qual faz parte. Muitas vezes ações simples podem evitar muitos problemas e este fato é bem real quando falamos de prevenção de incêndios. Cigarros mal apagados, descuidos na cozinha e queima de papéis no quintal são exemplos de fatores que podem causar incêndios provocando muitas vezes danos irreversíveis na vida das pessoas, por isso é muito importante discutir esse assunto e ficar sempre atento. A preocupação do homem quanto aos incêndios surge desde a pré-história, quando começa a controlar o fogo, inicialmente obtido da natureza. Durante a sua evolução, descobriu como obtê-lo e utilizou-se de suas características para desenvolvimento de inúmeras atividades, dentre elas aquecimento, preparo de alimentos, fundição e geração de vapor. O fogo é uma força imensa que deve ser controlada, porém, quando se perde o controle e acontecem os incêndios, há a ocorrência de danos e perdas irreparáveis. Portanto, para garantia do homem, do meio ambiente e dos seus bens, desde a antiguidade se buscou o controle do fogo de maneira eficiente. A prevenção de incêndios deve ser preocupação dos órgãos públicos competentes e da sociedade, pois a ocorrências destes provoca prejuízo a todos. No Brasil existem normas técnicas, instruções técnicas e várias legislações (federais, estaduais e municipais) relacionadas à segurança contra incêndios, sendo que grande parte das normas utilizadas são originárias da National Fire Protection Association (NFPA), que é um organismo norte- americano de estudos e normatização de assuntos relacionados a incêndios (prevenção, proteção, combate, educação pública, etc.). O termo “prevenção de incêndio” expressa tanto a educação pública como as medidas de proteção contra incêndio em edificações e áreas de risco e a importância do planejamento nesta área é medida pelos sinistros evitados e não pelos incêndios extintos. Neste setor, das ações preventivas, os engenheiros, arquitetos e projetistas têm participação fundamental, mas, apesar disso, o desenvolvimento de projetos arquitetônicos e de outros projetos derivados, ainda são elaborados à margem da prevenção contra o fogo. É importante compreender que, mediante a ocorrência de incêndios, caberão sanções econômicas, jurídicas e atribuições de responsabilidades, pois o poder público está fundamentado, por meio dos códigos de obras e outras legislações correlatas, para proteção da vida humana, do meio ambiente e do patrimônio. A importância das perdas de vidas humanas, econômicas e agressões ao meio ambiente, envolvidas em incêndios, possibilitaram o aprofundamento em pesquisas e investigações nesta área de conhecimento. A segurança contra incêndios no Brasil é de competência dos Corpos de Bombeiros, sendo que as corporações possuem estatísticas de suas respectivas áreas de atuação, no que se refere às ocorrências de incêndios, pois expõe os cidadãos à condição insegura no exercício de suas atividades, tratando-se, portanto, de questão relacionada à segurança pública. A ocorrência de um incêndio, seja no interior de um edifício ou em área de risco, caracteriza-se pela liberação violenta de calor, fumaça e gases tóxicos produzidos a partir da queima de materiais. Ocorre, portanto, o fenômeno da combustão, que se trata de reação química, sendo viável para sua prevenção o conhecimento de física, química e matemática, para entender este fenômeno complexo e para o desenvolvimento de atividades de segurança contra incêndios. Dentro da realidade de países mais desenvolvidos, a preocupação com a segurança contra incêndios já é bastante antiga, com uma estrutura integrada à própria sociedade e permanentemente mobilizada para a sua prevenção e combate. No Brasil os estudiosos, pesquisadores e profissionais estão caminhando neste sentido, porém, necessidade de constante adequação de normas e legislações voltadas para o assunto, incentivo à educação pública de prevenção de incêndios, aprimoramento do ensino profissional, ampliação de laboratórios de estudo do fogo, entre outros, mas já é verificada a estruturação de cursos voltados à área de segurança contra incêndios e a preocupação de tratar este assunto de forma científica, aplicando princípios da ciência. O incêndio tem significado social e econômico, sendo que, caso ocorra, as medidas preventivas, de proteção e combate devem minimizar possíveis danos e perdas. Paulo R. Toldo Coordenador da Brigada de Incêndio da FCFRP-USP TEXTO COMPILADO DE VÁRIAS FONTES PÚBLICAS DA INTERNET CONCURSO INFORMATIVO Encerrado no dia 13/08, o concurso para a escolha do nome do nosso Informativo foi um sucesso. Foram mais de 30 sugestões enviadas pela comunidade da nossa Unidade aos brigadistas líderes, que escolheram, cada um, três opções. O nome vencedor foi aquele que, na somatória total, obteve mais votos. O mais votado foi FarmaChama”, que já está encabeçando este número do Informativo, sugerido pela colega Ana Cristina Morseli Polizello. Obrigado, Cris, pelo nosso “batismo”. Durante a palestra da Brigada de Incêndio e Emergências, na SIPAT 2015, nossa vencedora receberá um prêmio de agradecimento dos membros da Brigada. Ana Cristina M. Polizello Vencedora do concurso para a escolha do nome deste Informativo Um pouco sobre incêndios Pág. 02 Brigadistas Líderes da nossa Unidade Pág. 03 Equipamento: O Extintor de Incêndios Pág. 03 Treinamento para uso do “DEA” Pág. 04 Queimaduras Pág. 04 Atendimento da Medicar Pág. 04

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Informativo da Brigada de Incêndio e Emergências da FCFRP-USP

SEJA UM HERÓI DA VIDA REAL ● SALVE VIDAS ● SEJA UM BRIGADISTA

[email protected] 3315.4182 ● Sala 05-A ● Bloco B

EDITORIAL

A importância da prevenção

A prevenção, juntamente com o desenvolvimento das Normas Técnicas de Segurança, cujo cumprimento é exigido no projeto das edificações, têm sido as maiores ferramentas para se evitar grandes tragédias. Através delas, cada pessoa pode contribuir para a sua própria segurança, bem como dos ocupantes do ambiente ao qual faz parte. Muitas vezes ações simples podem evitar muitos problemas e este fato é bem real quando falamos de prevenção de incêndios. Cigarros mal apagados, descuidos na cozinha e queima de papéis no quintal são exemplos de fatores que podem causar incêndios provocando muitas vezes danos irreversíveis na vida das pessoas, por isso é muito importante discutir esse assunto e ficar sempre atento. A preocupação do homem quanto aos incêndios surge desde a pré-história, quando começa a controlar o fogo, inicialmente obtido da natureza. Durante a sua evolução, descobriu como obtê-lo e utilizou-se de suas características para desenvolvimento de inúmeras atividades, dentre elas aquecimento, preparo de alimentos, fundição e geração de vapor. O fogo é uma força imensa que deve ser controlada, porém, quando se perde o controle e acontecem os incêndios, há a ocorrência de danos e perdas irreparáveis. Portanto, para garantia do homem, do meio ambiente e dos seus bens, desde a antiguidade se buscou o controle do fogo de maneira eficiente. A prevenção de incêndios deve ser preocupação dos órgãos públicos competentes e da sociedade, pois a ocorrências destes provoca prejuízo a todos. No Brasil existem normas técnicas, instruções técnicas e várias legislações (federais, estaduais e municipais) relacionadas à segurança contra

incêndios, sendo que grande parte das normas utilizadas são originárias da National Fire Protection Association (NFPA), que é um organismo norte-americano de estudos e normatização de assuntos relacionados a incêndios (prevenção, proteção, combate, educação pública, etc.). O termo “prevenção de incêndio” expressa tanto a educação pública como as medidas de proteção contra incêndio em edificações e áreas de risco e a importância do planejamento nesta área é medida pelos sinistros evitados e não pelos incêndios extintos. Neste setor, das ações preventivas, os engenheiros, arquitetos e projetistas têm participação fundamental, mas, apesar disso, o desenvolvimento de projetos arquitetônicos e de outros projetos derivados, ainda são elaborados à margem da prevenção contra o fogo. É importante compreender que, mediante a ocorrência de incêndios, caberão sanções econômicas, jurídicas e atribuições de responsabilidades, pois o poder público está fundamentado, por meio dos códigos de obras e outras legislações correlatas, para proteção da vida humana, do meio ambiente e do patrimônio. A importância das perdas de vidas humanas, econômicas e agressões ao meio ambiente, envolvidas em incêndios, possibilitaram o aprofundamento em pesquisas e investigações nesta área de conhecimento. A segurança contra incêndios no Brasil é de competência dos Corpos de Bombeiros, sendo que as corporações possuem estatísticas de suas respectivas áreas de atuação, no que se refere às ocorrências de incêndios, pois expõe os cidadãos à condição insegura

no exercício de suas atividades, tratando-se, portanto, de questão relacionada à segurança pública. A ocorrência de um incêndio, seja no interior de um edifício ou em área de risco, caracteriza-se pela liberação violenta de calor, fumaça e gases tóxicos produzidos a partir da queima de materiais. Ocorre, portanto, o fenômeno da combustão, que se trata de reação química, sendo viável para sua prevenção o conhecimento de física, química e matemática, para entender este fenômeno complexo e para o desenvolvimento de atividades de segurança contra incêndios. Dentro da realidade de países mais desenvolvidos, a preocupação com a segurança contra incêndios já é bastante antiga, com uma estrutura integrada à própria sociedade e permanentemente mobilizada para a sua prevenção e combate. No Brasil os estudiosos, pesquisadores e profissionais estão caminhando neste sentido, porém, há necessidade de constante adequação de normas e legislações voltadas para o assunto, incentivo à educação pública de prevenção de incêndios, aprimoramento do ensino profissional, ampliação de laboratórios de estudo do fogo, entre outros, mas já é verificada a estruturação de cursos voltados à área de segurança contra incêndios e a preocupação de tratar este assunto de forma científica, aplicando princípios da ciência. O incêndio tem significado social e econômico, sendo que, caso ocorra, as medidas preventivas, de proteção e combate devem minimizar possíveis danos e perdas.

Paulo R. Toldo – Coordenador da Brigada de Incêndio da

FCFRP-USP

TEXTO COMPILADO DE VÁRIAS FONTES PÚBLICAS

DA INTERNET

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O Encerrado no dia 13/08, o concurso para a escolha do nome

do nosso Informativo foi um sucesso. Foram mais de 30 sugestões enviadas pela comunidade da nossa Unidade aos brigadistas líderes, que escolheram, cada um, três opções. O nome vencedor foi aquele que, na somatória total, obteve mais votos. O mais votado foi “FarmaChama”, que já está encabeçando este número do Informativo, sugerido pela colega Ana Cristina Morseli Polizello. Obrigado, Cris, pelo nosso “batismo”. Durante a palestra da Brigada de Incêndio e Emergências, na SIPAT 2015, nossa vencedora receberá um prêmio de agradecimento dos membros da Brigada.

Ana Cristina M. Polizello Vencedora do concurso para

a escolha do nome deste Informativo

Um pouco sobre incêndios Pág. 02

Brigadistas Líderes da nossa Unidade

Pág. 03

Equipamento: O Extintor de Incêndios

Pág. 03

Treinamento para uso do “DEA” Pág. 04

Queimaduras Pág. 04

Atendimento da Medicar Pág. 04

[email protected] 3315.4182 ● Sala 05-A ● Bloco B

Como já sabemos, quando controlado pelo homem, o fogo é um instrumento de grande valor. No entanto, há casos em que o fogo foge ao controle, tornando-se um agente destruidor, como, por exemplo, queimadas em áreas rurais feitas de forma inadequada, atingindo grandes proporções, incendiando florestas, lavouras, casas, matando animais e, às vezes, seres humanos. Quando isso acontece, temos a ocorrência do incêndio, que gera a destruição de patrimônio e, muitas vezes, atingindo o homem no seu bem mais precioso... a vida.

Para evitar esse tipo de acidente, devemos conhecer os aspectos básicos de prevenção e de proteção contra incêndio, para nossa própria segurança.

Em primeiro lugar temos a prevenção de incêndios, que consiste em evitar que ocorra fogo, utilizando-se certas medidas básicas, que envolvem a necessidade de conhecer as características do fogo, as propriedades de riscos dos materiais, as causas de incêndios e o estudo dos combustíveis, entre outras. Porém, apesar da prevenção, quando ocorre um princípio de incêndio, é importante que ele seja combatido de forma eficiente, para que sejam minimizadas suas consequências. Para que esse combate seja eficaz, devemos conhecer os agentes extintores, sabermos utilizar os equipamentos de combate a incêndios, bem como avaliarmos as características do incêndio, o que determinará a melhor atitude a ser tomada.

As normas que regulamentam a prevenção e proteção contra incêndio no Brasil são as da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), referentes aos procedimentos para projeto e construção das edificações, abrangendo, entre outras, as saídas de emergências em edifícios, materiais de construção, portas corta-fogo, classes de incêndios e extintores, instalações hidráulicas de hidrantes, sistema de iluminação de emergência, sinalização, etc. No entanto, cada estado possui sua legislação específica, baseados nessas normas, cuja fiscalização é responsabilidade do Corpo de Bombeiro local, que vistoria e verifica se estão sendo cumpridas para a devida segurança. Qualquer obra a ser executada, deve ainda na fase de projeto ser submetida aos engenheiros ou arquitetos do quadro técnico do Corpo de Bombeiros, para aprovação, e no seu final, para o “Habite-se”.

Podemos definir o fogo como consequência de uma reação química denominada combustão, que produz calor ou calor e luz, mas, para que ela ocorra, é necessário que existam três elementos essenciais: o combustível, o comburente e o calor. Essa composição é chamada de “Triângulo do Fogo”. Quando juntamos a reação em cadeia, temos o “Quadrado do Fogo”.

O combustível é todo elemento suscetível à queima, capaz de produzir calor por meio da combustão, podendo ser sólido, líquido ou

gasoso. O comburente é o elemento que dá vida as chamas, geralmente o oxigênio do ar. O calor é o elemento que serve para dar início, manter e propagar um incêndio, sendo que cada material necessita de uma quantidade de calor para se inflamar. Finalmente, a reação em cadeia é a transferência de energia de uma molécula em combustão para outra molécula inviolada.

Para o inicio da combustão, além dos elementos essenciais, há a necessidade de que as condições em que esses elementos se apresentam sejam propícias para o início do fogo. Por exemplo, se aproximarmos uma folha de papel comum de uma lâmpada acesa, haverá o seu aquecimento que começará a liberar vapores que, em contato com a fonte de calor (lâmpada), se combinará com o oxigênio e entrará em combustão. Quanto ao oxigênio, ele deverá estar presente no ambiente em porcentagens adequadas. Se ele estiver em porcentagens abaixo de 16%, dizemos que a mistura combustível-comburente está pobre e não haverá combustão.

A prevenção consistirá em evitar que esses três elementos se combinem em condições propícias que possibilitem a ignição. Para tanto, é importante conhecer as principais causas de incêndio e as características dos processos e materiais utilizados nas instalações que se quer proteger.

Uma das principais recomendações para prevenção à incêndios é manter sempre a substância inflamável longe de fontes de calor e de comburente. Outras, entre muitas, são manter, no local de trabalho, a mínima quantidade de material inflamável para uso, possuir boas condições de ventilação para armazenagem de inflamáveis e o mais longe possível da área de trabalho, proibição de fumar nas áreas que existam combustíveis ou inflamáveis estocados e evitar instalações elétricas em condições precárias.

Quando uma fonte de aquecimento é capaz de fornecer calor suficiente para gaseificar um material combustível sólido ou líquido, estamos em face de um ponto de partida para um incêndio, portanto, de uma "causa de incêndio", que podem ser naturais ou artificiais. As causas naturais são aquelas originárias de fenômenos da natureza, enquanto as artificiais podem ser de origem material (química, física ou biológica) e pessoal (acidentes, culposa ou dolosa).

Os incêndios são classificados em 4 classes principais, conhecidas como:

• Classe"A" (papel, madeira ou tecidos, deixando cinzas, sendo extintos por resfriamento).

• Classe "B" (líquidos inflamáveis, sendo extintos por abafamento).

• Classe "C" (aparelhos elétricos ou instalações com corrente ligada, sendo extintos por abafamento).

• Classe "D" (ligas metálicas combustíveis, sendo extintos através de agentes extintores e métodos especiais).

• Classe “K” (óleo vegetais e gordura em cozinhas, sendo extintos através de agentes extintores e métodos especiais).

No Brasil não existem normalizações para a Classe D e Classe K, pois somente são regulamentadas as classes A, B e C, que são também as classes mais importantes existentes. Extintores que apagam a Classe D e K são extintores especiais, feitos para determinadas indústrias que se utilizam de materiais pirofóricos e óleos e gorduras vegetais. Por serem poucas essas indústrias e a escala comercial ser mínima, esses extintores são raros de serem encontrados entre os fabricantes no Brasil.

Além do resfriamento e do abafamento, também podemos extinguir um incêndio por isolamento.

Vários são os agentes extintores, sendo a água o de uso mais comum e utilizada há séculos por causa de suas propriedades de resfriamento, abafamento, diluição e emulsionamento. Ela pode ser utilizada como jato pleno, neblina de alta velocidade ou vapor.

Outros agentes extintores são a espuma para combate a incêndio, gás carbônico (CO2), pós-químicos secos e, por fim, agentes halogenados (carbono + flúor, cloro ou bromo) que, por serem gases venenosos, tem seu uso cada vez mais restrito.

Como veículos desses agentes extintores temos os extintores, os hidrantes, as mangueiras de incêndio, as caixas de incêndio, os chuveiros automáticos e os reservatórios.

Os erros mais frequentes encontrados nas vistorias realizadas pelo quadro técnico do Corpo de Bombeiros são problemas com diversos tipos de sinalização, problemas com os hidrantes e falta de “aduchamento” das suas mangueiras, problemas com luzes de emergência, problemas com alarmes, problemas com escadas de segurança, problemas com extintores e, mais frequentes, problemas com brigadas de incêndio.

Encerrando esse pequeno texto, percebemos então que a segurança contra incêndio é um conjunto de disposições que formam um sistema envolvendo projetos de arquitetura e engenharia, autoridades competentes e população treinada, todos com conscientização para o problema.

A prevenção, que é o objetivo primeiro da nossa Brigada, consiste em evitar que ocorra fogo, utilizando-se certas medidas básicas, que envolvem a necessidade de conhecer as características do fogo, as propriedade dos riscos dos materiais, as causas do incêndio e o estudo dos combustíveis.

Apesar da prevenção de incêndio, se ele ocorrer, é importante que seja combatido de forma eficiente, para que as consequências sejam mínimas.

UM POUCO SOBRE INCÊNDIOS

SÓLIDOS LÍQUIDOS GASOSOS

O2 > 13%

ENERGIA INICIAL QUE PROVOQUE CALOR

TRIÂNGULO DO FOGO

[email protected] 3315.4182 ● Sala 05-A ● Bloco B

EQUIPAMENTO: O EXTINTOR DE INCÊNDIO

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Um extintor de incêndio, ou simplesmente extintor, é um equipamento de segurança que possui a finalidade de extinguir ou controlar incêndios em casos de emergência. Em geral, é um cilindro que pode ser carregado até o local do incêndio, contendo um agente extintor sob pressão.

• História

O médico alemão M. Fuchs inventou, em 1734, bolas de vidro cheias de um solução salina destinadas a serem atiradas no fogo para apagá-lo. O moderno extintor de incêndio automático foi inventado por um militar inglês, o capitão George William Manby, depois de ter presenciado um incêndio em 1813, em Edimburgo, que começou no quinto andar de um edifício no qual as mangueiras não alcançavam devido a altura da edificação. Nada pode fazer para evitar que o fogo se espalhasse e tomasse o quarteirão. Em 1816, ele inventou um aparelho cilíndrico de cobre, com sessenta centímetros de altura e capacidade de quinze litros. Era envasado com até três quartos de um líquido que Manby descrevia como fluido antichamas com uma solução de potassa cáustica. O espaço restante era cheio de ar comprimido.

• Manutenção

Os extintores precisam ter sua carga renovada regularmente, em intervalos estabelecidos pelo fabricante. Em geral, variam de um a cinco anos. Em intervalos maiores, o cilindro do extintor precisa passar por um teste hidrostático para determinar se ele possui vazamentos ou algum outro dano estrutural que prejudique o seu funcionamento. Há novos extintores que tanto o cilindro quanto sua carga valem cinco anos e, após o uso, são descartados.

• Agentes extintores

Os extintores são carregados com agentes

extintores que ajudam a combater um princípio de incêndio. Diferentes agentes combatem princípios de incêndios diferentes, usando suas diferentes propriedades, podendo ser mais ou menos eficazes dependendo do material em combustão.

Água pressurizada - extingue o fogo por resfriamento. Utilizada em materiais sólidos como madeira, papel, tecidos e borracha.

Bicarbonato de sódio (também chamado de Pó Químico BC) - é usado para apagar incêndios de líquidos e gases inflamáveis, bem como de equipamentos elétricos.

Fosfato monoamônico (também chamado de Pó ABC) - extingue incêndios de sólidos, líquidos, gases e eletricidade.

Dióxido de Carbono ou CO2 (também chamado de Gás Carbônico) - extingue o fogo por retirar o oxigênio. Utilizado em líquidos e gases inflamáveis e materiais condutores que estejam potencialmente conduzindo corrente elétrica.

Espuma - usada em incêndios de líquidos e sólidos.

Halon - utilizado em equipamentos elétricos, por apagar incêndios sem deixar resíduos. Foi banido pelo Protocolo de Montreal por ser nocivo a camada de ozônio.

NAF - indicado para extinção em áreas ocupadas ou que possuam equipamentos eletrônicos. É considerado um Agente Limpo, pois não é residual, possui baixa toxicidade e não prejudica a camada de ozônio. Também não conduz eletricidade e é eficaz, substituindo o uso do Halon.

• Classes de incêndios

O agente extintor mais apropriado para cada tipo de incêndio depende do material que está em combustão. Em alguns casos, alguns agentes

extintores não devem ser utilizados pois colocam em risco a vida do operador do equipamento. Os extintores trazem em seu corpo as classes de incêndio para as quais é mais eficiente, ou as classes para as quais não devem ser utilizados:

• Instalação

No Brasil, o quadrado amarelo dentro de um vermelho indica o lugar em que o extintor deve estar instalado.

A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, do incêndio até o extintor, varia com o risco de incêndio ao qual a construção está exposta. Em locais de risco alto, não pode passar de 10 metros. Em locais de risco baixo, pode chegar até a 25 metros. Isto orienta os engenheiros a como posicionar os extintores e quantos deles serão necessários.

Em locais de riscos isolados, devem ser instalados extintores de incêndio independente da proteção geral da edificação ou risco, tais como casa de caldeira, casa de bombas, casa de força elétrica, casa de máquinas, galeria de transmissão, incinerador, elevador (casa de máquinas), ponte rolante, escada rolante (casa de máquinas), quadro de redução para baixa tensão, transformadores, contêineres de telefonia, central de gás, gerador e outros que necessitam de proteção adequada.

O extintor deve estar fixado na parede ou no chão, desde que esteja apoiado em um suporte apropriado. O local onde o extintor está instalado precisa ser sinalizado adequadamente com uma placa. Caso o piso seja rústico, deve haver uma marcação também no piso. Automóveis também são obrigados a possuir extintores portáteis adequados para conter um princípio de incêndio, em caso de problemas de natureza elétrica ou mecânica.

Paulo R. A. Toldo Coordenador

Ramal 154182

Marcelo C. Gonçalves Vide-Coordenador

Ramal 154173

Cássio L. Rodrigues Líder do Bloco A Ramal 154182

Paulo C. Brunello Líder do Bloco B Ramal 154296

Maurílio Polizello Jr. Líder do Bloco D Ramal 154263

Você pode entrar em contato com o brigadista líder do seu bloco para dar sugestões, tirar dúvidas, fazer comentários, queixas ou comunicá-lo sobre qualquer assunto relacionado à brigada, prevenção ou combate à incêndio.

Os blocos K, R e T ainda estão sem um Líder de Bloco. Como brigadistas são voluntários responsáveis, que prezam pelo patrimônio pelo qual trabalham e pela vida de seus amigos e colegas, venha você também fazer parte desse grupo.

José L. Capellaro Líder do Bloco N Ramal 154257

Ronaldo de Araújo Líder do Bloco O Ramal 154309

Cláudio A. Ferreira Líder do Bloco Oficina

Ramal 154298 / 154228

Marcelo L. Martinez Líder do Bloco Q Ramal 154437

Raquel B. V. Barata Secretária

Ramal 154156

Fernando C. N. Fernandes Líder do Bloco S Ramal 150250

Diego M. Amaral Líder dos Blocos E e F

Ramal 154173

Mário S. Ogasawara Líder do Bloco G Ramal 154230

Fernanda del C. de Matos Líder do Bloco H Ramal 158559

Luis Henrique Rosa Líder do Bloco L Ramal 154177

Alessandro Cantolini Líder do Bloco M

Ramal 154173

José Carlos Tomaz Líder do Bloco J Ramal 154255

[email protected] 3315.4182 ● Sala 05-A ● Bloco B

ATENDIMENTO DA MEDICAR

Visite nosso site: www.fcfrp.usp.br/brigada

FARMACHAMA

É uma publicação digital da Brigada de Incêndio da FCFRP-USP, a serviço da prevenção e da segurança

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP

Av. do Café, s/nº ● Campus USP Ribeirão Preto ● 14049-903

[email protected] ● (16) 3315.4182

Coordenação geral: Paulo R. A. Toldo

Produção ● Edição ● Redação: Brigada de Incêndio – FCFRP

Revisão: Marcelo C. Gonçalves

Site: Alessandro Cantolini / Diego M. Amaral

Divulgação: Brigada de Incêndio – FCFRP/USP

Desde o dia 1° de junho de 2014, a empresa Medicar Emergências Médicas possui convênio com o Campus da USP de Ribeirão Preto para a execução de serviços de atendimento pré-hospitalar, casos de urgências e emergências médicas, na modalidade de área protegida aos usuários e frequentadores, com a disposição de veículos classe B (ambulância de suporte básico) e classe D (ambulância de suporte avançado). A empresa atende chamados de situações de emergência realizados apenas pela Guarda Universitária, portanto, quando houver necessidade de ser acionada, a Guarda Universitária deverá ser contatada pelos telefones 3315-3600 ou 3315-3700. Os serviços podem ser utilizados de segunda à domingo, inclusive feriados, 24 horas por dia, mas não estão disponíveis para eventos e festas particulares no Campus, que deverão contratar serviços próprios. A Medicar atende ocorrências com necessidades de pronto atendimento médico, como pessoas com distúrbios, vítimas de mal súbito, dependentes químicos e embriagados, vítimas de acidentes, cardíacos e emergências gerais. Após o atendimento inicial de emergência no local, e se houver necessidade, as vítimas, tanto adultos quanto pediátricos, serão encaminhadas para o seu convênio ou para a referência SUS correspondente para as demais providências.

QUEIMADURAS

Queimadura é a lesão na pele provocada geralmente pelo calor, mas também pode ser provocada pelo frio, pela eletricidade, por certos produtos químicos, por radiações e até fricções. A pele pode ser destruída parcialmente ou totalmente, atingindo desde os pelos até músculos e ossos.

• A queimadura de 1º grau atinge a camada mais superficial da pele, a epiderme, e se traduz como uma lesão vermelha, quente e dolorosa. A queimadura solar é um exemplo. Faça compressas frias nas primeiras horas após o acidente e mantenha a queimadura hidratada. Tome analgésico se necessário e use filtro solar regularmente. Não coloque pasta de dentes e nem manteiga na queimadura.

• A queimadura de 2º grau superficial gera bolhas e muita dor; já a de 2º grau profunda é menos dolorosa, a base da bolha é branca e seca. Pode gerar repercussões sistêmicas e causar cicatrizes.

• A queimadura de 3º grau é indolor, acomete todas as camadas da pele, podendo chegar até aos ossos e gerar sérias deformidades.Há necessidade de internação hospitalar, pois é feita retirada de tecidos necrosados, partículas estranhas na ferida; e até realizar enxertia. Todos os pacientes com queimaduras de 2º e 3º graus devem tomar vacina contra o tétano, ingerir muito líquido e manter os membros acometidos elevados, para alívio da dor e do edema.

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” Durante o mês de agosto, entre os dias 17 e 28, os brigadistas líderes de bloco da nossa Unidade, bem como a coordenação da Brigada, passaram pelo treinamento de uso do equipamento chamado Desfibrilador Externo Automático, ou DEA, oferecido pela Comissão de Emergências Médicas do Campus de Ribeirão Preto, no Laboratório de Simulações da FMRP.

Esse treinamento foi precedido por outro, onde nosso pessoal aprendeu a fazer compressões torácicas, usadas em procedimentos de reanimação cárdio-respiratória.

Esses dois treinamento são muito importantes por três razões:

• Nossa Unidade está adquirindo DEAs para atender a nossa população fixa, bem como a flutuante, em caso de emergência.

• Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, levando ao óbito o mesmo número de vítimas de câncer, doenças respiratórias crônicas, acidentes e diabete mellitus somadas, porém, no Brasil, as doenças cardiovasculares possuem taxa de mortalidade ainda mais preocupante. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam óbitos por doenças cardiovasculares correspondendo a mais que o dobro da taxa de mortalidade por câncer. Aproximadamente, metade de todas as mortes por doenças cardiovasculares são causadas por morte cardíaca súbita.

• A abordagem à vítima de parada cárdio-respiratória, até a chegada de socorro médico, é decisiva, sendo essencial pessoas capacitadas, treinadas e atualizadas em procedimentos de reanimação cardiopulmonar e no uso do desfibrilador externo.

Desfibrilador Externo Automático (DEA) O Desfibrilador Automático Externo (DEA) é um aparelho eletrônico portátil que diagnostica automaticamente as, potencialmente letais, arritmias cardíacas de fibrilação ventricular e taquicardia ventricular em um paciente. Além de diagnosticar, ele é capaz de tratá-las através da desfibrilação, ou seja, a aplicação de uma corrente elétrica que interrompe a arritmia, fazendo com que o coração retome o ciclo cardíaco normal. Os DEAs diferem dos desfibriladores convencionais porque podem analisar o ritmo cardíaco e determinar automaticamente se a desfibrilação será necessária, eliminando a necessidade do operador interpretar sinais antes da desfibrilação. Foram concebidos para serem utilizados principalmente em situações de emergência, onde os operadores não são treinados no suporte de vida avançado, tais como bombeiros, agentes policiais, primeiros socorristas de emergência e paramédicos.