Editorial n.30 (jul ago 2010)
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E D I T O R I A L
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DIRETORESJosé Figuerola,Helena Ambrosio Ascencio,Maria Dolores Pons Figuerola
EDITOR RESPONSÁVELFernando Figuerola
JORNALISTA RESPONSÁVELNathana Lacerda (MTB 55.269)Sigma Six ComunicaçãoTel.: (11) [email protected]
PROJETO GRÁFICOStudio Figuerola
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MARKETINGMaster Consultoria e Serviçosde Marketing Ltda.Milson da Silva [email protected]
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NOTAS: a) As opiniões de articu-listas e entrevistados não repre-sentam necessariamente, o pen-samento da REVISTA BRASILEIRADE MEDICINA EQÜINA. b) Osanúncios comerciais e informespublicitários são de inteira respon-sabilidade dos anunciantes.
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O amanhã do comércio
…E por que não lhe passa isso pela cabeça? Por-que vive só no presente e tem casa comercial semamanhã…
O grande poeta e homem do comércio, o português Fer-nando Pessoa já apregoava em seus escritos a necessidade dereinvestir, de preocupar-se com o futuro comercial do empreen-dimento. O mesmo Fernando Pessoa relata em “A Essência doComércio” a historia dos ingleses que não entendiam porquehaviam perdido para Alemanha o mercado indiano de taças paracomerem ovos quentes (como de hábito britânico). O detalhe éque os alemães ganharam o mercado vendendo produtos dequalidade e preço iguais aos do produto inglês. O poeta relata ofinal desse episódio:
“Feita a averiguação ansiosa da causa deste mistério,não tardou que se descobrisse. Os ovos das galinhasindianas eram – e naturalmente ainda são – ligeiramen-te maiores que os das galinhas da Europa, ou, pelomenos, das da Grã-Bretanha. Os fabricantes inglesesexportavam as taças de tipo único que produziam parao consumo doméstico. Estas taças, evidentemente, ser-viam de um modo imperfeito aos ovos das galinhas daÍndia. Os alemães notaram isto, e fizeram taças ligeira-mente maiores, próprias para receber estes ovos. Nãotinham que alterar qualidade (podiam até baixá-la),nem que diminuir preço: tinham certa a vitória por oque em linguagem científica se chama adaptação aomeio. Tinham resolvido, na Índia e para si, o problemade comer o ovo de Colombo”.
Infelizmente no Complexo do Agronegócio do Cavalo pou-cos tem a visão diferente do equivocado e perigoso viver só nopresente. Não se preocupam com o que pensa, ou sente, o cli-ente. As necessidades do cliente mudam, como o indiano eradiferente do inglês. O cliente do veterinário do cavalo é cada vezmais urbano, menos conhecedor dos aspectos técnicos que otradicional cliente criado em fazendas e sítios. Como está o diá-logo e o marketing do veterinário nesse mundo dinâmico? Énecessário focar no amanhã, conhecer seu mercado e suas ten-dências. O conhecimento técnico é apenas um requisito essen-cial do profissional, é necessário, também, dominar as ferramen-tas de gestão.
Roberto Arruda de Souza LimaProfessor da ESALQ/USP
Pesquisador do [email protected]
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