Editorial Vol. XVI • N° 268 • Montreal, 21 de junho de ......

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Vol. XVI • N° 268 • Montreal, 21 de junho de 2012 Cont. na pág. 8 Cont. na pág. 14 «Os nove dias de Sousa Mendes» Por Carlos DE JESUS O termo «Justos entre as Nações» é uma expressão utilizada no judaísmo para se referir aos góis (não-judeus) que merecem o paraíso. Atualmente, o termo é utilizado por Israel para descrever os não-judeus que arrisca- ram a vida, durante a Segunda Guerra Mundial, para salvar do extermínio nazi, a vida de judeus. Aristides de Sousa Mendes, Cônsul de Portugal em Bordéus durante a ocupação alemã, é o único português que figura na lista dos «Justos entre as Nações». O percurso deste diplomata é deveras sin- gular como nos revelou o documentário «Os Nove Dias de Sousa Mendes» que foi apresen- tado ao público no passado sábado, no Clube de Portugal, em Montreal. Realizado pela produtora canadiana Tel- Imagin, com Yves Bernard na produção e co- realizado com Mélanie Pelletier, uma lusófona que esteve presente na projeção de sábado, a quem se deve também a montagem, assistidos pela jornalista Hélène Lebon, o filme conta com imagens muito judiciosas e pertinentes dos arquivos franceses e portugueses da época, e está magnificamente retratado, nas entrevis- Editorial O enganado é sempre o último a saber Por Carlos DE JESUS Em vez de «enganado» apetecia- nos escrever um verdadeiro palavrão, como se diz nestas circunstâncias, porque só ele estaria à altura de exprimir a revolta que nos habita depois do sucedido. Mas guarde- mos algum decoro e modéstia mesmo se os visados não tiveram nenhum. Vamos aos factos. 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 3 AM 376•BOLA 376•BOLA 376-2652 Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud Azeite Olivenola Caixas 18 L. 75 00$ BACALHAU Preço Especial LES ALIMENTS C. MARTINS 123, Villeneuve Este MOSTO 100% PURO Tels: 845-3291 845-3292 Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA 23 Villeneuve E., Montréal, Qc. Fax : 514 847-1923 VEJA PUBLICIDADE P.3

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Vol. XVI • N° 268 • Montreal, 21 de junho de 2012

Cont. na pág. 8

Cont. na pág. 14

«Os nove diasde Sousa Mendes»

• Por Carlos DE JESUS

O termo «Justos entre as Nações» éuma expressão utilizada no judaísmo para sereferir aos góis (não-judeus) que merecem oparaíso. Atualmente, o termo é utilizado porIsrael para descrever os não-judeus que arrisca-ram a vida, durante a Segunda Guerra Mundial,para salvar do extermínio nazi, a vida de judeus.Aristides de Sousa Mendes, Cônsul de Portugalem Bordéus durante a ocupação alemã, é oúnico português que figura na lista dos «Justosentre as Nações».

O percurso deste diplomata é deveras sin-gular como nos revelou o documentário «OsNove Dias de Sousa Mendes» que foi apresen-tado ao público no passado sábado, no Clubede Portugal, em Montreal.

Realizado pela produtora canadiana Tel-Imagin, com Yves Bernard na produção e co-realizado com Mélanie Pelletier, uma lusófonaque esteve presente na projeção de sábado, aquem se deve também a montagem, assistidospela jornalista Hélène Lebon, o filme contacom imagens muito judiciosas e pertinentesdos arquivos franceses e portugueses da época,e está magnificamente retratado, nas entrevis-

EditorialO enganadoé sempre o último a saber

• Por Carlos DE JESUS

Em vez de «enganado» apetecia-nos escrever um verdadeiro palavrão, comose diz nestas circunstâncias, porque só eleestaria à altura de exprimir a revolta quenos habita depois do sucedido. Mas guarde-mos algum decoro e modéstia mesmo seos visados não tiveram nenhum.

Vamos aos factos.

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

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Os nossos endereços222, boul. des Laurentides, Laval8989, rue Hochelaga, Montréal8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal6520, rue Saint-Denis, Montréal10526, boul. Saint-Laurent, Montréal6825, rue Sherbrooke est, Montréal7388, boul. Viau, Saint-Léonard

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LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusChefe de Redação: NorbertoAguiarRedator-adjunto: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:• Carlos de Jesus• Fernando Pires• Norberto Aguiar• Inês Faro• Sandra Anacleto• Raquel Cunha• Filipa Cardoso• Vitália Rodrigues

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé Canadienne des Postes - Envoisde publications canadiennes - Numérode convention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.

Port de retour garanti.

Arquipélago da Saudade• Por Inês FARO

Fugindo à pobreza, milhares de açorianos deixaram a sua ter-ra em direção ao novo mundo, durante a segunda metade do séculoXX. Espalhados pelo Canadá, EUA., Brasil e Bermudas, os emigran-tes habitam hoje um espaço simbólico entre a terra que os viu nascer eo país que os acolheu. O Arquipélago da saudade é constituído porilhas de memórias que mantém viva a identidade de um povo.

Açorianidade no mundoHoje, são muitos os açorianos na diáspora que mantém uma liga-

ção muito estreita com a sua terra natal. As deslocações às ilhas aconte-cem sobretudo na altura das férias como o Verão e o Natal, mas tambémse verifica uma grande afluência por altura das festas religiosas. Alémdos laços emocionais, também as ligações institucionais desempenhamum papel importante no sentido de alimentar a relação e a união entretodos os açorianos. «Do ponto de vista dos organismos do governoque são responsáveis por isso, o trabalho tem sido meritório», dizEduardo Ferreira. Caso disso, são alguns dos programas da Direção Re-gional das Comunidades. «O objectivo dos apoios e programas quepromovemos é aproximar os açorianos e os açor-descendentes dasilhas», explica Graça Castanho, Diretora Regional das Comunidades.Exemplos disso são os apoios às Casas dos Açores espalhadas pelomundo; a Bolsa de Estudo «Dias de Melo» para alunos de famílias comdificuldades nos EUA e Canadá, para a entrada na universidade; o pro-grama «Ao colo da língua portuguesa», que visa promover a leitura emportuguês entre as segundas e terceiras gerações, através do forneci-mento às famílias de um kit de livros infanto-juvenis; a promoção devários campos de férias e de intercâmbio para jovens açor-descendentes;o programa «Saudade dos Açores» que tem como objectivo proporci-onar aos açorianos com mais de 60 anos e com poucas possibilidadeseconómicas, o reencontro com a sua terra natal; o LEGAL (LegalizationEffort of the Government of the Azores and Logistics) que pretendeser uma plataforma para informar e sensibilizar e para a importância dalegalização dos açorianos nos países de acolhimento, entre outros (pa-ra conhecer em detalhe os programas e apoios que abrangem os luso-descendentes no Canadá, consulte o documento no final do texto).

Também é nos Açores, na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel,que se encontra um museu dedicado à emigração açoriana. «O objectivoé mostrar a influência das comunidades açorianas no mundo, através daexposição de objetos, cartas e testemunhos doados pelos açorianos nadiáspora», diz Rui Silva, coordenador do espaço do museu. «Uma dasferramentas que poderá interessar aos ribeiragrandenses é a possibilidadede consultarem online a ficha de emigrante dos seus familiares», conclui.

Das ilhas da segunda metade do século XX já pouco se vê hojenos Açores. A terra pobre e sem oportunidades que os emigrantes dei-xaram para trás quando se mudaram para o novo mundo, é hoje um es-paço em franca evolução e com boas perspectivas de vida. E, sem quemuitas vezes se apercebam, também os açorianos na diáspora contribuí-ram e contribuem para o desenvolvimento da sua terra natal. Seja atravésdo legado cultural que transmitem aos filhos e netos ou pela partilha demodos de vida com os amigos e familiares que residem nas ilhas, comotambém pelo desempenho e capacidade de integração nos países de a-colhimento que sempre demonstraram ao longo dos anos. Ao Luso-Presse Carlos César, Presidente do Governo Regional dos Açores disseque «os nossos emigrantes serão tanto melhor açorianos quanto melhorcanadianos, americanos, bermudenses ou brasileiros conseguirem ser».Também Berta Cabral, líder da oposição, enalteceu o contributo dosemigrantes açorianos. «Os Açores não são só estas nove ilhas, os A-çores são os açorianos espalhados pelo mundo». Mas, mais importante,é como os Açorianos tanto da primeira, como da segunda e da terceirageração vivem a sua identidade açoriana. E mesmo de cá, deste lado doatlântico, com a vida construída «in english» ou «en français» guardamno coração as palavras de Natália: «Eu sou dos Açores/relativamente/naquilo que tenho/de basalto e flores».

Saiba mais em (a-z):Associação de Imigrantes dos Açores: www.aipa-azores.comBlogue de Carlos Melo Bento: carlosmelobento.blogspot.comDirecção Regional das Comunidades: www.azores.gov.ptMuseu da Emigração: mea.cm-ribeiragrande.ptFIM.

Com o Governo de Passos Coelho?Cumplicidade de Vasco Graça Moura

• Por Fernando PIRES

Antes de entrar diretamente no assunto, deixem-me dizer algu-mas palavras sobre a máscara do capital da Finança mundial.

Outrora, o jovem Marx chamou as coisas pelo seu nome, hoje, ostempos são outros, e quando o medo se apodera dos povos, não hámais luta pela sobrevivência da Democracia, essa, que devia de defenderos povos de vencerem a ignorância, e de não se empobrecerem material-mente!

Porque falo assim? Porque vivo no mundo da realidade e não meposso separar dele. De modo que às sete da manhã me levanto, apanhoo jornal na caixa do correio, e depois de alguma leitura, logo me desper-tam as células “adormecidas” durante a noite. Depois de uma leitura re-fletida, encontro combustível que me alimenta durante o dia! Vamosentão ao assunto que desperta as consciências para tentarmos não en-veredar pelo falhanço da vida!

O Presidente do Centro Cultural de Belém Vasco G. Moura, agorainstalado à frente deste Centro “esconde-se” como jornalista de opinião,evitando de denunciar a soberania da qual a troika da outra Europa,submete a soberania de Portugal ao seu jugo.

Para o efeito, como não podia de ser, instalado no novo cargo,Vasco G. Moura, muda agora a sua pontaria escrita, falando de todos,menos da austeridade comatosa que afeta o povo português!

Nomeado pelo Secretário de Estado deste governo, o escritorVasco G. Moura presta agora serviço ao poder que lhe abriu as portaspara ele gerir valores culturais (artes plásticas), aquando do outro governoele menosprezava! Agora mandarino da primeira hora do cavaquismo,tornou-se bombeiro de incêndios europeus, esquecendo o fogo da suaprópria casa, posto pela patroa da Europa, Sra. Merkel, que “chefia” osincêndios europeus em nome de uma troika que são o FMI, BCE, UE,e a sua camarilha da Finança mundial. O poeta Vasco G. Moura comojornalista de opinião anda atualmente por portas e travessas como es-criba preocupado a defender castelos europeus, não dizendo nada, ape-nas utilizando palavras como “o terrível flagelo de uma situação do de-semprego” querendo fazer crer que se comove com a austeridade im-posta pela tirania do capital, omitindo os milhares de portugueses queo seu governo mandou emigrar!

Isto serve-lhe de bode expiatório para não denunciar o drama dasfamílias portuguesas que sofrem na pele os 820 desempregados, 15%por cento da mão-de-obra a contas com a perca das suas casas confisca-das pelos bancos, e empurrados para um mundo desconhecido, semcasa, nem vida.

Será que a muleta da Europa como “lástima” lhe serve de trampolimpara agradecer a sua nomeação ao seu mentor Secretário de Estado, queem nome deste governo lhe abriu o caminho par o posto de mão beija-da?

Isto foi a paga de um ajusto de contas que o poeta Vasco G Mouraobteve, dado que durante o outro governo, se fartou de conspirar con-tra a política cultural do Sócrates onde o Estado não impedia a iniciativae a sobrevivência dos artistas das artes plásticas?

Eu diria que o atual dirigente do Centro Cultural de Belém, comointelectual é a imagem da elite que tivemos há 37 anos atrás, antes do 25de Abril, como fina-flor cultural de uma certa burguesia rançosa que sepromovia entre ela!

A democracia da Atenas do Sócrates do outro governo não interes-sou ao poeta Vasco G. Moura! No entanto, o poeta alemão GüntherGrass, prémio Nobel de literatura, defende agora a Grécia do Sócratesde Atenas que os armadores gregos, não pagando impostos, teriam la-pidado como bem público, a economia grega.

Vasco G. Moura interessa-lhe agora que este governo dê umas ne-gas ao não investimento na cultura, apenas o “lucro fácil e imediato”.Quem nos dá conta é a deputada Inês Medeiros quando afirma que lo-go “que se chega com um projeto de financiamento privado ao governo,é que tal financiamento “precisa do Estado como garantia de “solidez”.Ora isto é um paradoxo porque no tempo do outro governo, o jorna-lista V. G. M. criticou severamente o facto da ajuda do Estado às artesplásticas!

No momento em que este vosso servidor põe no papel esta co-municação, a troika, segundo a impressa, vai passar 15 dias no País paradizer ao mandarino Vitor Gaspar como fazer, para que a economia do-

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Página 321 de junho de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Dia de Portugal na Comunidade

Abraços de Cultura• Reportagem de Raquel CUNHA

O passado fim de semana do dia 10 de junho foi maisuma vez assinalado com as Celebrações do Dia de Camões, ou seja,Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas.

As comemorações tiveram início na véspera (dia 9) e foram so-bretudo fruto de iniciativas privadas que abraçaram a Cultura como oponto de ligação entre nós, a nossa pátria e esse grande poeta.

“Palavras lusófonas”Organizado pelo Grupo Café Lusófono o encontro teve lugar

no Paolo Café, número 4603 da Avenida Saint Laurent, em pleno co-ração do bairro português de Montreal. “A ideia foi celebrar o dia de

Portugal como o dia da Cultura e da Lusofonia”, informa RichardSimas, um dos organizadores do evento. Sentimo-nos em casa coma atmosfera informal e confortável do local aliada à simpatia dos par-ticipantes.

A ideia foi simples. Um café literário. Cada um trouxe consigoum texto de um autor lusófono que quisesse partilhar e durante duashoras (das cinco às sete) ouviram-se histórias com diferentes sotaquese dos mais diversos enredos. Isto “apenas pelo prazer de partilhar”,sorri Richard Simas e acrescenta que “esta reunião foi filmada parafazer parte de um documentário sobre o prazer da leitura”.

O primeiro a ler foi José Carlos Rodrigues, autor português quetrouxe consigo poemas da sua coleção particular e divulgou o seumais recente livro Nicho de São Tiago, inspirado na sua Avó e nasraízes da sua Terra. O que leu tocou sobretudo questões ligadas aoImperialismo e Colonialismo.

De seguida, quem tomou a palavra foi Adelaide Ruela, que agra-deceu a presença do Cônsul-Geral de Portugal, Fernando Demée deBrito e recitou o poema Poeta Herói dedicado a Luís de Camões.

Richard apresenta-nos ao escritor Luso-Americano Frank Gas-par, escritor reconhecido nos Estados Unidos da América e que a-

Na companhia de Jacinta Amâncio, diretora-geral, EmanuelLinhares, presidente do Conselho de Administração, no momen-to de homenagear Manuel Moura, ex-dirigente da Caixa Portu-guesa. Foto LusoPresse.

José Carlos Rodrigues trouxe de Otava leitura e livro paraoferecer aos seus admiradores. Foto LusoPresse.

borda sobretudo temas da Imigração, sobre avida de cá e de lá e a divisão emocional entre osdois mundos.

Nisa Remígio, também ela organizadorado evento, colocou Timor na ribalta literáriacomo símbolo de luta de uma geração. Para talemocionou-nos com um poema chamado Umminuto de Silêncio do escritor timorense Fran-cisco Borges da Costa, e Ai Timor de LuísRepresas.

Escutou-se ainda leituras de Fernando Pes-soa, Natália Correia, Mia Couto, Adélia Prado,Caetano Veloso, Clarisse Lisperctor e uma espe-tacular interpretação de literatura de bordel bra-sileira, acessorizada com o conhecido chapéuPanamá em homenagem a Carlos Drummondde Andrade.

Em conversa, Ana Paula Burg, colabora-dora do LusoPresse e organizadora do evento,conta-nos como este encontro “vai mais alémdo que a língua ou a literatura. Reúne pessoasde diferentes pontos do globo, que falam diversosidiomas e representam o multiculturalismo des-ta cidade. É isso que queremos que se desta-que, que é um evento para Celebrar tambéma Multiculturalidade de Montreal”.

Nisa Remígio explica-nos a origem doevento: “Há 20 anos fizemos algo parecido,chamado Pessoa Non-Stop, onde cerca de 140pessoas leram poemas e textos de FernandoPessoa”. Este ano e como não havia “nada deespecial” para assinalar o dia de Camões e como“Camões é o Nosso Shakespeare, achámos

que esta seria uma boa ideia. Contudo, não quisemos ficar apenas pelosportugueses mas abrir o leque a toda uma literatura lusófona”.

E como a língua é o elemento que une uma cultura, pessoas de to-da a lusofonia juntaram-se nesse fim da tarde, num café lusitano, pelosimples prazer de partilhar. É que, como diz Clarisse Lispector, “a mi-nha saudade só fala português”.

Música Do Lado De LáOuvimos de seguida o Concerto organizado pela Caixa Portuguesa

Desjardins, como forma de retribuir à Comunidade e de proporcionarCont. Pág. 14, Abraços...

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Em Gatineau

Lusofonia e 10 de junho em festa• Reportagem de Sandra ANACLETO, em Gatineau

Dez de junho, Dia de Portugal, Diade Camões, Dia da Língua Portuguesa. Agorapergunto-vos, o que significa tudo isso, especi-almente para os 15 milhões de portuguesesespalhados pelo mundo? Para a grande maio-ria, é um dia de afirmar as raízes portuguesas ea própria identidade. Dizer com orgulho, “Aminha pátria é a Língua Portuguesa” (Fernan-do Pessoa) ou simplesmente vestir a camisolada seleção nacional. Pelas Comunidades Portu-guesas muitos celebram com a família e ami-gos, em casa ou em associações e clubes portu-gueses. E assim as tradições vão-se passandode pais para filhos e espera-se uma continuida-de dos costumes e da preservação da cultura eda língua materna.

Porém, cada vez mais, nota-se a falta deengajamento e participação da juventude noseventos lusófonos, em geral. Este distancia-mento dos jovens luso-canadianos deve-se emparte à falta de incentivo por parte dos paispara que seus filhos aprendam a falar e escreverem português. Por isso, os jovens não se enga-jam em eventos culturais porque a língua setorna uma barreira para eles.

Recentemente, em Toronto e Gatineau,uma equipa jovem ofereceu à comunidade lusó-fona uma oportunidade de celebrar o Dia dePortugal num espetáculo reunindo o consagra-do ator/comediante português, Nicolau Brey-ner, com jovens cantores de nacionalidadesdiferentes com um elo: a língua portuguesa.Os cantores foram o angolano Ayron Kannda,o brasileiro Rômmel Ribeiro e a cantora portu-guesa Inês Henriques. O show visava celebraras artes de espetáculo em língua portuguesaproduzida em vários países e não apenas emPortugal.

Os espetáculos em ambas as cidades fo-ram um sucesso, mas o público foi predomi-nantemente composto pela terceira idade. EmGatineau, as Embaixadas Angolana, Brasileirae Portuguesa foram convidadas a participar edivulgar o evento às comunidades. O Embaixa-dor português em Otava, Pedro Moitinho deAlmeida, participou do evento juntamentecom o Sr. António da Conceição, terceiro se-cretário da Embaixada de Angola. Todavia, aausência do povo brasileiro e angolano foisentida, assim como a falta de interesse docorpo diplomático brasileiro no evento.

Este evento proporcionou a todos umaoportunidade única para conhecer uma estrelaportuguesa de primeira grandeza, que dificil-mente viria ao Canadá em outras circunstâncias.O evento também teria sido uma grande opor-tunidade para que os jovens luso-descendentesampliassem seus horizontes culturais, aprecian-do a universalidade da língua portuguesa. Co-mo disse um brasileiro que presenciou o even-to: “Ignorar as oportunidades como a queocorreu neste evento, que homenageou o DiaPortugal, é dizer não a si mesmo.”

Na região de Gatineau, junho é o mês dopatrimónio português e vários eventos home-nageiam Portugal e as Comunidades Portugue-sas. A cerimónia de abertura ocorreu no Diade Portugal com um almoço comunitário noCentro Comunitário Português Amigos Uni-dos (CCPAU), onde a Embaixada Portuguesa

e a deputada Nycole Turmel marcaram presen-ça. Neste dia, a Igreja do Espírito Santo tam-bém realizou a procissão dos Santos Popula-res, que teve a participação da Filarmónica deNossa Senhora de Fátima. À noite, a festa con-tinuou no salão da igreja e foi animada peloRancho Folclórico Missão Santa Cruz e pelabanda Nossa Senhora de Fátima. No dia 16 dejunho, ocorreu um jantar com uma noite deFados, animada pela Sra. Helena Gonçalves,na Associação Portuguesa de Aylmer. As festascontinuarão nas próximas semanas; em espe-cial destaque haverá a Festa do Espírito Santo,a partir de 27 de junho até o 1 de julho de 2012.Nestes próximos dias espera-se a participaçãode muitas pessoas vindas de cidades vizinhas.

A participação das Comunidades Portu-guesas é muito importante para manter as tra-dições e os costumes portugueses. Sejamosum povo unido e apoiemos a nossa língua ecultura. Haverá muitas oportunidades para osjovens luso-descendentes ganharem novos co-nhecimentos, sentirem orgulho das suas raí-zes, independente de quais sejam e falarem alíngua materna. Como disse Saramago, “Hojeuma língua que não se defende, morre.”

Nicolau Breyner, Ayron Kannda e Rôm-mel Ribeiro, os artistas que actuaram emGatineau sob as ordens de Sandra Ana-cleto

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Página 521 de junho de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

O 10 de Junho no Solmar

Jornada generosa• Por Carlos DE JESUS

A convite do senhor David Dias, umdos pioneiros da cozinha portuguesa por estasparagens, o LusoPresse teve o prazer de assis-tir, durante um jantar organizado por ocasiãodo Dia de Portugal, de Camões e das Comuni-dades, a um recital do cantor lírico Carlos Gui-lherme.

Como acontece nestas ocasiões a maioriados presentes eram compatriotas que ali forammatar saudades da cozinha e da música portu-guesa.

Antes da atuação do tenor convidado, ospresentes foram brindados com algumas gui-tarradas pelos artistas da casa, José João, naguitarra clássica e Joe Medeiros, na guitarra por-tuguesa, os quais viriam a acompanhar, no se-guimento do programa, a fadista Marta Rapo-so. Os amantes do fado foram bem servidostanto pelos instrumentistas como pela vozbem timbrada da Marta.

Seguiu-se depois a atuação de Carlos Gui-lherme para quem esta foi a sua terceira visita aMontreal. Como na véspera tinha cantado noConcerto promovido pela Caixa Portuguesa,também no contexto do 10 de Junho, ele come-çou por esclarecer que o seu reportório da soiréeia ser limitado em consequência do estado dassuas cordas vocais, porventura demasiado soli-citadas no dia anterior.

Não obstante o aviso, o cantor foi gene-

roso da sua garganta e, embora a música de a-companhamento tenha sido em playback, asala foi arrebatada pela interpretação de CarlosGuilherme.

Foi, na sua maioria, um reportório da mú-sica ligeira portuguesa ora de opereta, do cine-ma ou do folclore nacional, como as “Giestas;Ai, se os meus olhos falassem; Beijos são maté-ria louca; Os teus olhos castanhos, Venhamver as carvoeiras”. Os nostálgicos dos anos 50foram largamente recompensados. Claro quetambém houve alguns “desvios” pela Espanha,França e Itália, com o “Quiças, Quiças, Quiças”,e a intemporal “Granada”, assim como o “Osole mio”, uma das canções folclóricas italianasmais conhecidas no mundo, e o “Comme d’ha-bitude” do malogrado Claude François.

Sublinhe-se que no final, num gesto degrande camaradagem e arrojo, sobretudo daparte dos guitarristas, a convite da Marta, oCarlos Guilherme acedeu a cantar com ela umfado de Coimbra, num total improviso de quetodos se saíram muito bem, dando azo a umasentida salva de palmas da assistência.

O ambiente tornou-se de tal modo convi-dativo à festa que uma cliente brasileira, estu-dante nos Estados Unidos, de passagem porMontreal se ofereceu para nos cantar umasbaladas do folclore americano.

Está de parabéns o senhor David Diaspor mais esta generosa iniciativa, que marca,uma vez mais, a sua indefetível luta pela gas-tronomia e cultura portuguesas.

David Dias, proprietário do Restaurante Solmar assistindo à conversa entre o tenorCarlos Guilherme e Carlos de Jesus, nosso diretor. Assistem ainda à conversa, a fa-dista Marta Raposo e Vitória Faria, colaboradora do LusoPresse. Foto LusoPresse.

Associação Portuguesa de Ste-ThérèseAssociação Portuguesa de Ste-ThérèseAssociação Portuguesa de Ste-ThérèseAssociação Portuguesa de Ste-ThérèseAssociação Portuguesa de Ste-ThérèseCom nova direçãoCom nova direçãoCom nova direçãoCom nova direçãoCom nova direção

LusoPresse – Foi no passado dia 3 de junho que se realizou uma Assembleia-Geral Ex-traordinária para eleger uma nova direção na Associação Portuguesa de Ste-Thérèse, visto oelenco anterior, dirigido por Jorge Costa, se ter demitido.

O grupo de dirigentes eleito é formado por José Medeiros (presidente da Direção), CarlosAlmeida (vice-presidente), Diamantina Farias (secretária), Fernando Aguiar (tesoureiro); os vo-gais são Aníbal Medeiros, Nelson Morgado e José Carvalho. O Conselho Fiscal tem LeonildeLopes (presidente), Joey Carvalho (vice-presidente) e Victor Isidoro (primeiro vogal). Osmembros suplentes, como consta da lista que nos foi enviada, são Carlos Aguiar, Patrick Bas-tos e Octávio Cordeiro.

Associação PorAssociação PorAssociação PorAssociação PorAssociação Portuguesa de Wtuguesa de Wtuguesa de Wtuguesa de Wtuguesa de West Islandest Islandest Islandest Islandest IslandFestas do Espírito SantoFestas do Espírito SantoFestas do Espírito SantoFestas do Espírito SantoFestas do Espírito Santo

LusoPresse – A Associação Portuguesa do West Island promove este fim de semana assuas Festas em louvor do Divino Espírito Santo.

Tudo começa já esta sexta-feira, quando serão benzidas a carne, massa sovada e restantesingredientes. Antes, porém, haverá a reza do habitual terço.

Já no sábado, serão distribuídas as sempre esperadas Pensões, logo pela manhã. Um bufe-te, confecionado por várias pessoas amigas da Associação. A carne guisada, como sempre, seráservida, isto logo depois de mais uma reza do terço.

No domingo será dia grande de festa, com a coroação e cortejo do Divino Espírito Santo.Primeiro, na Igreja St-Luc, situada no boul. Anselme-Lavigne, em Dollard-des-Ormeaux. Depois,na sede da Associação, situada no 4789 boul. Des Sources, em Pierrefonds. Aqui, como todossabem, serão servidas as sopas do Divino Espírito Santo.

Os dirigentes da Associação Portuguesa do West Island pedem a participação da ComunidadePortuguesa neste evento.

Para informações: 514-684-0857.

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Domingos às 15h00, Pregação do Evangelho514 577-5150 - [email protected]

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terá o prazer de vos servir no nosso restaurante.

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Há um segundo prato tipicamente português todos os dias da semana.

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Segundas-feirasArroz de Marisco

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Bilhete de LisboaNotícias sobre Portugal

• Por Filipa CARDOSO

Imagino que parte significativa dos lei-tores deste jornal esteja preocupada, mesmoangustiada, com as notícias pouco animadoras,e com previsões pessimistas, que vão receben-do de Portugal.

Felizmente o bom tempo está de volta,estão uns dias lindos, com um sol que só aquibrilha com esta intensidade, e testemunho queLisboa está cheia de turistas, sabendo-se quepor todo o País a sua presença é positivamentenotada também, continuando a ser recebidoscom generosidade pelo povo português.

Para contrabalançar a corrente de másnotícias sobre Portugal, tentei encontrar outrasnotícias do que de bem se faz por cá.

Aqui vão:– Guimarães, “Capital Europeia da Cultu-

ra” tem sido um grande sucesso. A grande mai-oria dos espetáculos culturais têm tido sala che-ia, as visitas aos museus aumentaram cerca de46%, o teleférico teve um aumento de cerca de90% em utilizadores, e os hoteleiros estãomuito satisfeitos com a taxa de ocupação dosseus hotéis.

– No mês de maio o realizador de cinemaCláudio Sá viu a sua curta-metragem “O relógiode Tomás” ser distinguida com o prémio Festi-val of Festivals no Video Festival de Imperia,em Itália.

– Telma Monteiro conseguiu na Rússia o

quarto título de campeã de judo.– Os duplos de arquitetos portugueses

Aires Mateus e Carrilho da Graça foram pre-miados no AIT Global Awards, respetiva-mente pelo Call Center em Santo Tirso e pelaPonte Pedonal na Covilhã.

– A empresa de grande sucesso Naturasinproduz leite de burra que é transformado empó para ser utilizado em produtos de cosmé-tica.

– Sandra Correia, eleita Melhor EmpresáriaEuropeia em 2011 é dona da Pelcor, empresaque revolucionou a utilização da cortiça, trans-formando-a em tecido. Esta fábrica produz ele-gantes guarda-chuvas, carteiras, sapatos, grava-tas e muito mais, tudo em cortiça.

– A Éfapel é uma fábrica vocacionada paraa produção de aparelhagem elétrica de baixatensão. Em 2011 faturou 26,3 milhões de eurose exportou para cerca de 45 países mais de30% da sua produção.

– Hélder Guimarães foi considerado esteano o Parlor Magician of the Year, em BeverlyHills. Helder foi o mais votado pelos membrosda Academia de Artes Mágicas de Hollywood.

– Portugal tem uma produção de tomate25% acima da produção europeia e a segundamundial depois da Califórnia. O valor da suaexportação ascende a 250 milhões de euros.

– O Porto foi eleito o melhor destino eu-ropeu em 2012 pelos consumidores da associ-ação Eurpean Consumers Choice.

– Pedro Gomes está entre os designersinternacionais galardoados com o Faces ofDesign Awards 2012.

– A fábrica de sofás Aquinos produz atu-almente o histórico sofá Klippan que é ven-dido no gigante mobiliário Ikea.

E a lista podia, naturalmente, continuar... L P

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Página 721 de junho de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Em Ste-ThérèseFestas de S. Pedro

LUSOPRESSE – As Festas em honrado Divino Espírito Santo de S. Pedro, em Ste-Thérèse, têm lugar nos próximos dias 29 e 30de junho, e 1 de julho. Ao redor das suas insta-lações, situadas no 103-B, rue Turgeon.

As festividades, como é de costume, co-meçam na sexta-feira com a Bênção da carne eda massa. Este ano será responsável desse ritu-al o Padre André Desrochers.

No sábado, dia da distribuição das Pensões,haverá muita música, com a participação devários artistas, com destaque para Jorge Ferrei-ra, que se desloca dos Estados Unidos.

Quanto ao domingo, haverá o cortejo às12h30 para a Igreja Coeur Immaculé de Marie;as sopas do Espírito Santo e mais animaçãomusical com Sylvie Pimentel, Eddy Sousa, entreoutros.

As festas terminarão com a escolha dasDomingas e respetivo Mordomo para 2013.

Encontro com João TordoDa influência do “Portugal tem talento”

• Por Carlos DE JESUS*

Promovido pela UNEQ, Union desécrivaines et écrivains Québécois, realizou-seno passado dia 19 de junho, na sala Émile-Nelligan, um encontro com o escritor portu-guês João Tordo, em residência literária emMontreal, animado pelo pintor e escritormontrealense, de origem carioca, Sergio Ko-kis, Luís Aguilar, docente do Instituto Ca-mões, professor e responsável pelos EstudosPortugueses e Lusófonos da Universidade deMontreal e José Acquelin, prolífico poeta que-bequense que leu na ocasião vários extratosdos livros do autor português.

Tratava-se de dar a conhecer ao públicoconvidado este novel escritor, lisboeta de nas-cimento, de 36 anos, mas já com cinco roman-ces no seu ativo, alguns dos quais traduzidosem francês e italiano. Visto não se tratar deum nome muito comum, e como ele confir-mou a um dos presentes, o seu pai é o Fernan-do Tordo, conhecido cantor português.

Na sua apresentação, em português e in-glês, traduzido em simultâneo por Sergio Ko-kis para o francês, João Tordo deu-nos a conhe-cer como entende o seu papel como escritor ecomo tenciona aproveitar a sua residência emMontreal para escrever um novo romance queterá como pano de fundo a metrópole quebe-quense e a capital portuguesa. Adiantou mesmoque se trata de uma história de inspiração pes-soal, visto ele ter tido um irmão gémeo que fa-leceu à nascença e que neste romance vai contara história de dois gémeos que ignoram a exis-tência do outro mas ambos com grandes talen-

tos musicais, embora um seja um rico pianistae o outro, um pobre contrabaixista. Não escla-receu se é o rico ou pobre que vive em Lisboaou em Montreal. Em todo o caso promete, e asua descrição mostra que tem o sentido natode contador de histórias.

Falou-nos também do mister de escritor.Não é para fazer dinheiro. «Se quisesse ser rico,tinha ido jogar à bola...» ironizou. QuandoSergio Kokis lhe traçou o sistema económicoda produção literária quebequense onde são oseditores a correrem atrás dos escritores a esmo-larem mais um livro (o que significa mais sub-venções de parte do Estado), João Tordo referiuque o panorama português está nas antípodasdo que se passa no Quebeque. Com a crise,

Sérgio Kokis e João Tordo. Foto LusoPresse.

cada vez há mais dificuldade em se encontrarum editor, por um lado; por outro, hoje emPortugal, toda a gente pensa que está habilitadaa escrever «mesmo a porteira que limpa as es-

cadas do prédio pensaque pode escrever umlivro. Deve ser a in-fluência do “Portugaltem talento”, da famaimediata e automá-tica.»

No seu caso, es-clareceu, nunca tevesucesso algum comos seus primeiros ro-mances. Foi precisoganhar um primeiroprémio literário paraque a sorte o bafejas-se e os editores o pro-curassem.

Esta residência decriação literária docandidato portuguêsselecionado durantedois meses, na cidade

de Montreal, disponibiliza ao escritor um es-túdio para habitação e um espaço de trabalhoem Montreal, bem como uma bolsa de resi-dência.

Com este acordo, o Clube deseja propor-cionar aos escritores portugueses uma novaferramenta para o desenvolvimento das suascarreiras e contribuir para uma colaboração fru-tuosa com esta região do Canadá.

O concurso é aberto a escritores(as) por-tugueses(as) com, pelo menos, 3 edições indi-viduais ou em coletânea.

*Artigo produzido em colaboração comLuís Aguilar.

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Telefone e fax: (514) 849-9966Alain Côté O. D.

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Página 821 de junho de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

TTTTTelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Portuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de MontrealVisione todos os acontecimentos da ComunidadeHorário

• Quinta-feira, 20h00• Sexta-feira, 01h00 (repetição)• Sábado, 09h00• Domingo, 01h00 (repetição)

[email protected]

Para bem sublinhar os 15 anos de existên-cia deste jornal, e como tem sido publicamenteconhecido e anunciado, elaborámos um pro-grama de atividades que exprimisse a nossapujança, aquela de quem chega à maturidadepara enfrentar os grandes desafios do nossotempo e, ao mesmo tempo, servisse de tributoà comunidade que nos tem apoiado e acari-nhado.

O vasto programa fala por si. Mesmo afesta de abertura, que podia ter sido um purogesto de autopromoção, a que tínhamos jus,foi dedicado ao desporto e nela homenageá-mos os grandes atletas da comunidade. O mes-mo acontecerá com a festa de encerramento,onde a par do justificado regozijo desta data,iremos celebrar também a nossa comunidade,os nossos artistas, a nossa cultura e a nossalíngua.

Entre estes dois eventos, todos os temasque nos propusemos realizar têm sido volta-dos exclusivamente para a comunidade, comoa realização do Colóquio sobre os OrganismosPortugueses, o Dia da Mulher, o Empreende-dorismo, a Cultura, a Juventude, o Património,a Terceira Idade, a Educação, a Língua e a AçãoPolítica.

O projeto pareceu porventura arrojado eambicioso a alguns e não faltou quem nos a-cusasse de muita conversa e pouca obra. Masos factos falam por si.

No verão do ano passado, calcorreámosas ruas de Montreal e arredores para visitarmostodos os organismos existentes. Encontrámo-nos com todas as direções em exercício a quemexpusemos o nosso projeto de levarmos a caboum grande colóquio sobre o futuro da vida as-sociativa nestas paragens. E levámo-lo a cabo.

O colóquio aconteceu e, como esperáva-mos, não podia sair dele uma resolução termi-nante do futuro da vida associativa portuguesade Montreal. No entanto, ficou bem claro quenos comprometíamos a realizar um novo en-contro para dar seguimento à reflexão.

E o segundo encontro aconteceu. Só quedesta vez decidimos convidar os presidentesdas associações para entrarmos na linha retadas decisões concretas. Assim, para surpresade alguns e contentamento da maioria, as cabe-ças dirigentes que reunimos num hotel deMontreal decidiram ir para a frente com a ideiade se criar uma Casa de Portugal. Isto é, de sevenderem as sedes dos organismos existentese com o produto se comprar ou se construirum edifício onde pudessem funcionar todosos organismos e partilhar salas comuns.

Ficou decidido, naquele encontro, que cadarepresentante iria convocar uma assembleia ge-ral deliberativa junto dos respetivos organis-mos para dar seguimento à decisão tomada e

que nós seríamos informados a fim de dar se-guimento a um novo encontro para selar onovo projeto. Propusemos uma data com aqual todos concordaram.

Como é preciso que a mulher de Césarnão seja só honesta mas também tem de pare-cê-lo, procurámos informar devidamente a co-munidade e dar conta a quem julgávamos aptosa dar um apoio concreto a esta iniciativa. Foio caso da Direção da Caixa Portuguesa, queinfelizmente nunca se dignou corresponderaos nossos convites, foi o caso do Pároco deSanta Cruz que esteve presente apenas no en-contro que fizemos com a comissão fabri-queira, foi o caso do cônsul geral a quem convi-dámos para um almoço onde lhe demos contada nossa agenda. Foi o caso da Conselheiradas Comunidades que, a nosso convite, fez aperegrinação connosco junto dos organismosportugueses com vista ao Colóquio sobre acomunidade.

Qual não foi o nosso espanto quando hádias fomos informados por pessoa amiga, queum pequeno grupo donde fazia parte o pároco,o cônsul, o diretor da Caixa e mais alguns diri-gentes associativos que tinham participado nasnossas reuniões estavam na eminência decomprarem um edifício para a dita Casa dePortugal. Dias mais tarde, Norberto Aguiar,editor e chefe de redação deste jornal viria con-firmada a informação, numa reunião no Con-sulado.

Já o dissemos e aqui repetimos. Nuncanos considerámos como um organismo co-munitário. Somos uma empresa de informa-ção. O nosso papel foi de atuarmos como fa-cilitadores. Mas no caso presente, a mínimadas elegâncias, para não dizer das decências,era de nos terem informado do rumo que ascoisas estavam a tomar. Como órgão de infor-mação e promotor da ideia, tínhamos essaprerrogativa. Mas, como no caso dos maridosenganados, fomos os últimos a saber!

Não queremos nenhuns louros indevi-dos. Mas queremos lembrar que a nossa açãofoi generosa e destituída de qualquer interesseparticular. Tivemos de alargar os cordões àbolsa, ora em beberetes, em aluguer de equipa-mentos ou salas de hotel. Tivemos de procurarapoios, convencer conferencistas e colabora-dores a juntarem-se nesta iniciativa.

Não queremos esmolar a gratidão. Masqueremos tão-somente expressar aqui o nossodesprazer pela falta de cortesia e de considera-ção da parte de quem tínhamos por gente debem e de palavra e que agora nos afastam sema mais pequena justificação.

É um desabafo sincero. Quem não sentenão é filho de boa gente!

EDITORIAL...Cont. da pág 1

Exmo SenhorCarlos de JesusDiretor do Jornal LusoPresse

Montreal, 20 de junho de 2012

Assunto: Resposta ao esclarecimento feito pelo Dr. Fernando Demée de Brito, cônsul-ge-

ral de Portugal em Montreal no jornal LusoPresse de 7 de junho de 2012 ao artigo “Uma

Nova Arquitetura”, publicado no mesmo jornal no dia 10 de maio de 2012.

Quis o senhor cônsul-geral de Portugal em Montreal, dr. Fernando Demée de Brito comentar

a reportagem Uma Nova Arquitetura Também para a Língua Portuguesa, da minha autoria

e publicada na edição a papel do jornal Lusopresse de 10 de maio de 2012 do vosso prestigiado

jornal. Essa reportagem relata a significativa presença em Montreal, para a internacionalização

da cultura portuguesa, de Siza Vieira, prémio Pritzer de Arquitetura, equivalente ao Nobel,

tendo o senhor cônsul tecido sobre a mesma, dois comentários que nada têm a ver com o que

escrevi e, se me é permitido, e utilizando as mesmas palavras do diplomata, são desnecessários e

algo infelizes. Não querendo alimentar polémicas estéreis, urge ainda assim esclarecer:

1. Em relação à questão das propinas (que no caso do Canadá seria de 80 Euros e não

de 120), diz o senhor cônsul. Eu falei de alhos (propinas) e o senhor cônsul responde bugalhos

(custos de processo de equivalência de estudos). O que se pode ler na minha reportagem é a

preocupação de Siza Vieira que nos questionava sobre o impacto que a introdução de uma

propina de 120 euros para custear os estudos de português no estrangeiro até agora gratuitos.

Esclarecemos o prestigiado arquiteto português que o ensino de português no Canadá não tem,

ao contrário do que se passa na Europa, o apoio do governo português, pelo que a instituição

da propina referida não se aplica aqui. Ainda mais surpreso se mostrou o arquiteto com a

constatação de que o ensino do português nestas paragens está entregue à iniciativa particular

e que têm sido os pais ao longo de mais de trinta anos a pagar os estudos de língua e cultura

portuguesas e que os 120 euros de pagamento de propinas, repito propinas, de que fala Siza

Vieira até seriam uma boa notícia para os alunos de português das escolas da América do Norte,

uma vez que os pais pagam, perto de 340 dólares (cerca de duzentos e oitenta euros). Onde

consegue o senhor cônsul descortinar no meu texto que eu disse que a propina é de 120 euros?

O que disse é precisamente o contrário do que o senhor cônsul leu. E, já agora, quando fala de

80 euros, está-se a referir a quê? Não será, com toda a certeza, o valor de uma propina. Mas antes

o preço fixado (ou melhor, a fixar no futuro) pelo governo português para quem deseje fazer um

exame de avaliação de proficiência linguística, caso queira obter equivalências em Portugal, o que

atinge um número insignificante de alunos.2. No final do artigo diz o senhor cônsul que é feita uma referência indireta (?) à sua

ausência do evento. A referência que faço na referida reportagem é direta e singela: ao contrário de

há quase dez anos em que o cônsul e o embaixador de então foram largamente instados pelos

organizadores a ter papel ativo, na organização, difusão e participação na Exposição de Siza

Vieira, enquanto este ano o Centro Canadiano de Arquitetura (CCA) de Montreal ignorou

completamente as representações diplomáticas portugueses, os órgãos de comunicação

comunitários e a própria comunidade, razão pela qual estavam no evento em que participaram

mais de trezentas pessoas, meia dúzia de gatos pingados portugueses que, suponho, não foram

convidados, mas ali marcaram presença pela informação que correu nas redes sociais. A infelicidade,

senhor cônsul reside nisto e no facto do jornal de referência montrealense Le Devoir,

escarrapachar nas suas páginas que o arquiteto Siza Vieira é brasileiro(!) e não na constatação

que fiz da ausência de V. Ex.a e de muito mais gente, que se soubesse do evento ou para ele

tivesse sido convidada teria marcado presença significativa, como sucedeu há dez anos atrás. E,

justamente, o meu intuito em escrever a reportagem em apreço foi uma forma de colmatar a

inexistência de convites às representações, diplomáticas, instituições culturais, associações,

imprensa escrita e falada, etc., dando, ao menos, a conhecer a realização de um evento maior para

a internacionalização da cultura portuguesa. E fi-lo com gosto, retirando ao meu tempo mais de

uma dúzia de horas. Ao invés de merecer o agradecimento por parte de V. Exa. recebo o epíteto

de infeliz e desnecessário. Teria apreciado que me esclarecesse ou questionado pessoalmente, em

vez de ir para o jornal fazer reparos que, como já demonstrei, não têm razão de ser, dado eu ser

apenas a mensageira.

Com os meus respeitosos cumprimentos

Vitália Rodrigues

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Página 921 de junho de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

08 DE JUNHO - 01 DE JULHO

Terminada a primeira fase, onde as surpresas, boas e más, aconteceram, passemos agora para os quartos-de-final, onde já não poderá haver resultados «combinados»... Agora, cada um

terá de olhar por si, sem ter de esperar pelo que fazem os conjuntos adversários, parte do mesmo grupo. De seguida, cada seleção terá de dar o máximo, num único jogo, que pode durar 120 minutos, mais as penalidades que forem necessárias para escolher o «trigo do joio», digamos assim.A partir de agora, o que cada equipa terá de pôr em campo, para além da sua própria estratégia, é a força física, combinada com a força mental, tão decisiva na maior parte das vezes. A capacidade técnica, bem entendido, também tem parte de leão no decorrer dos jogos eliminatórios que se vão seguir, sejam quais forem as equipas.

República Checa – Portugal, quinta-feira, 14h45Se Portugal, que é a 10ª Seleção Mundial, segundo a tabela da FIFA, não for favorito neste jogo, então não sabemos quando o será... É que a República Checa só é a 27ª do palmarés fifeiro e que embora tenha terminado

em primeiro lugar do Grupo «A», não mostrou assim tantos atributos que, de repente, a ponham a ser favorita diante de Portugal... De resto, a República Checa para se apurar para este campeonato teve que passar pelos playoff, contra a fraca equipa do Montenegro. No seu grupo qualificativo, de cinco equipas, os checos ficaram a 11 pontos da Espanha. As outras equipas eram a Escócia, a Lituânia e o Liechtenstein, por esta ordem.Resumindo, a Portugal não podia ter calhado melhor equipa nestes quartos-de-final.

Alemanha – Grécia, sexta-feira, 14h45Mesmo se consideramos a Alemanha favorita neste jogo, pela categoria dos seus jogadores e pelo peso da Nationalmanchadt no panorama futebolístico internacional, a verdade é que há que desconfiar dos gregos, talvez a formação de menores recursos técnicos de quantas passaram à segunda fase.Mas porquê, esta desconfiança? Simplesmente porque os helénicos são um grupo de «traiçoeiros», que parecem estar em campo só para tentar contrariar os adversários e, de repente, toma, que já foste.

Se a Alemanha por alguma razão se enervar no decorrer desta partida, cuidado que Fernando Santos, que também já parece «grego», pode festejar a passagem às meias-finais. Para um jogo contra Portugal? Era bonito, era!

Espanha – França, sábado, 14h45Se aferíssemos as duas equipas pelo que fizeram neste torneio, a verdade é que a França já estaria a preparar as malas para seguir para Paris, capital do hexágono. No entanto, há que dar algum crédito à equipa comandada por Laurent Leblanc, um técnico credenciado e com muita experiência de jogador – foi campeão do Mundo e da Europa com a França – por isso habituado a jogos deste cariz, onde há que controlar ou a euforia ou o desânimo.A França está consciente das dificuldades de defrontar precisamente o atual campeão da Europa (e do Mundo). Mas creio que ainda não deitaram a toalha ao chão. Verdade que a derrota contra a Suécia deve ter levantado uma série de questões... mas no futebol não há vencedores antecipados.Tudo isto para dizer que a França, se os Deuses estiverem alinhados do seu lado pode vencer a Espanha.

Inglaterra – Itália, domingo, 14h45Somos de opinião que este poderá ser o melhor jogo dos quartos-de-final. Primeiro porque a Inglaterra parece querer arrebitar a nível internacional, como vimos nos jogos contra a França, Suécia e Ucrânia, onde praticou bom futebol e, mais do que isso, não se coibiu de defender o resultado quando foi caso disso, pondo de lado a sua proverbial sobranceria de país criador do futebol. A continuar assim, humilde, trabalhadora e competente, a Inglaterra pode ir longe na prova.Mas, diga-se em abono da verdade, esse ir longe da Inglaterra passa muito pelo jogo de domingo, diante da sempre coriácea Itália, uma seleção que se está renovando e que apresenta já um grupo muito coeso, como demonstrou perante a campeã Espanha (1-1). Para além disso, a Itália apresenta um jogador que se o deixarem jogar sem constrangimentos, pode fazer das suas perante qualquer equipa. Falamos de Balotelli. Têm a palavras os defesas ingleses. Estes, naturalmente que também têm os seus trunfos. É por isso que este embate vai ser um dos melhores do campeonato. LP

Nos Quartos-de-final…Continuarão as surpresas?!

CADERNO Europeu de Nações

LusoPresse - A Alemanha, a França e a Espanha são as únicas nações que já ganharam mais do que uma vez o Europeu de Nações em Futebol. A primeira duas vezes sob a bandeira da antiga República Federal Alemã (Alemanha de Oeste) e uma já sob a Alemanha unificada. A França e a Espanha venceram duas vezes. Note-se que esta última é a atual campeã.- 1960: União Soviética- 1964: Espanha- 1968: Itália- 1972: Alemanha de Oeste

- 1992: Dinamarca- 1996: Alemanha (unificada)- 2000: França- 2004: Grécia

- 1976: Checoslováquia- 1980: Alemanha de Oeste- 1984: França- 1988: Holanda

- 2008: Espanha- 2012: ???

e já ganharam mais do que uma vez o Europeu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

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Lusode Numa- 19- 19- 19- 19

Na reabertura do Estádio Saputo

A melhor exibição do Impacto!• Por Norberto AGUIAR

Sábado passado, o Impacto jogou contra o Sounders de Seattle para o Campeonatoda Major Soccer League. E desta vez já no seu estádio, que até agora esteve em fase de renova-ção, pois a entrada na nova liga a isso obrigou, com a necessidade de aumentar a capacidadedo recinto, que passou de 13 mil para 20 300 espetadores.

O resultado (4-1) e a exibição foram espetaculares. Somos mesmo de opinião que o Im-pacto realizou o seu melhor jogo desta época. Na verdade, já nem nos lembramos de umaexibição tão perfeita, que conjugasse resultado e jogo jogado. Comparável só mesmo a vitó-ria, por 2-0, diante do Santos Laguna, do México, em jogo a contar para a Taça dos Campeõesda CONCACAF aqui há anos.

Desta vez, o Impacto também defrontou uma belíssima equipa, quarta classificada daZona Oeste da MLS, com 14 jogos disputados e 24 pontos recolhidos. Já o Impacto, comos mesmos jogos, tem menos nove pontos, o que dá para ocupar o oitavo lugar da sua série(Zona Este) entre 10 equipas.

A julgar pelo que vimos fazer os montrealenses no desafio do passado sábado, temos aimpressão que a equipa só pode melhorar no futuro, sobretudo porque os jogadores e treina-dor vão tendo um conhecimento mais intenso, que só pode dar bons resultados. Para alémdisso, Di Vaio está a chegar, o que, convenhamos, também vem ajudar. E se, como dizem osespeculadores, Joey Saputo for buscar mais um jogador «designé» – que sai fora do termo doscontratos dos restantes jogadores – então os azuis do Quebeque poderão começar a pensar,seriamente, na fase das eliminatórias de fim de época.

Patrice Bernier destaca-seNeste momento Patrice Bernier é o único quebequense que alinha no Impacto. (Há ou-

tro, o jovem Ouimette, que acaba de assinar um contrato profissional... mas que ainda terá defazer tarimba antes de integrar o principal plantel.) E a verdade é que tem representado bemo futebol desta província. Mesmo não tendo jogado todos os jogos, Patrice Bernier sempreque tem sido chamado à titularidade tem correspondido. Como aconteceu sábado, quandorealizou uma grande exibição, ao ponto de ter sido considerado o MVP. Três passes para trêsgolos e uma atuação dominante a meio-campo, foram os ingredientes para ser consideradoo homem do jogo e, soubemos no momento de preparar estas linhas, o Jogador da Semanana MLS.

Outro jogador que continua a impressionar, de resto, é o único jogador que disputou to-dos os minutos de todos os jogos, é o jovem brasileiro Filipe Martins. Marcou o primeiro

golo com grande classe e fez jogadas que só ele é capaz de fazer. Parece pequeno e fran-zino, mas trata-se de um elemento cheio de força e de garra, já para não dizer que temgrande habilidade e visão de jogo. Um achado que veio de uma divisão futebolística daSuíça.

Também com grande responsabilidade no bom momento que vive o Impactoestá o guarda-redes Donovan Rickets. Grande, direi mesmo enorme, o internacionaljamaicano está na baliza com relativo à vontade, transmitindo muita confiança aoscompanheiros de equipa. E como a defesa é excelente... Falta mesmo é ver o que faz DiVaio na linha de ataque, formada por alguns jovens valores mas algo inexperientes.Salvo Corradi, que tem perdido fulgor.

Próximos jogos do Impacto:Quarta-feira, dia 20, contra o Chivas USA, em Los Angeles.Sábado, dia 23, contra o Dynamo de Houston, no Estádio Saputo.Quarta-feira, dia 27, contra o Toronto FC, em Toronto.Sábado, dia 30, contra o DC United, em Washington.Quarta-feira, dia 4 de julho, contra o Sporting Kansas City, no Estádio Saputo. L P

Patrice Bernier.

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Página 1021 de junho de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

08 DE JUNHO - 01 DE JULHOGRUPO A

Varsóvia e Wroclaw (Polónia)

Petr Cech (República Checa)

Polónia Grécia Rússia República Checa

Neste «Grupo A» apostámos na passagem da Rússia e da Polónia. Na Rússia porque possui um grupo

muito interessante de jogadores, quase todos jovens, e um treinador experiente, com carreira nas melhores equipas e seleções da Europa. Além disso, na corrida para o Europeu, a Rússia tinha-se portado muito bem. Afinal... Quanto à Polónia, o favoritismo que lhe atribuímos, tinha mais a ver com o facto de jogar em casa, apoiada por um público numeroso e ferrenho. Fisicamente poderosa e com bom futebol, como apresentou diante de Portugal (0-0) em Fevereiro passado, pensámos que a Polónia tinha condições para passar. Mas o empate (1-1), contra a Grécia, logo na estreia, deve tê-la condicionado para o resto da prova... E foi isso precisamente que aconteceu. Mais um empate diante da Rússia, que se podia considerar aceitável e veio a não valer de nada, pois no último jogo, que estava obrigada a ganhar, veio a perder contra uma República Checa já em crescendo de forma.

Anfitriões e favoritos eliminados

Das outras duas formações, por sinal as que passaram à fase seguinte, o que podemos dizer é que acabaram por fazer o seu trabalho de maneira a obterem os resultados que perseguiam. A República Checa, que na estreia foi banalizada (derrota de 4-1) pela Rússia veio a terminar na primeira posição, com seis pontos, depois de vencer sucessivamente a Grécia (2-1) e a Polónia (1-0), não sem muitas dificuldades. Já a Grécia, futebolisticamente falando a mais fraca do grupo, como aliás se verificaria, fez das tripas coração e foi arrancar, diante da favorita do grupo, a Rússia, o resultado que precisava para passar adiante e que era a vitória. Venceu por 1-0!Fernando Santos, o treinador português da Seleção grega é, neste momento, um homem muito feliz. Agora está com a Alemanha no seu horizonte. Jogo dos quartos de final, sexta-feira, dia 22, às 14h45.Quanto aos checos, caiu-lhes na sopa Ronaldo e companhia. Jogo hoje, às 14h45. LP

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triões e favoritos eliminados

RESULTADOS DO GRUPO Polónia 1 - Grécia 1

Rússia 4 - República Checa 1

Grécia 1 - República Checa 2 Polónia 1 - Rússia 1

Grécia 1 - Rússia 0 República Checa 1 - Polónia 0

CLASSIFICAÇÃO FINAL1o República Checa - 2o Grécia

Seleção PontosRepública Checa 6Grécia 4Rússia 4Polónia 2

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08 DE JUNHO - 01 DE JULHOGRUPO B

Kharkiv e Lviv (Ucrânia)Holanda Dinamarca Alemanha Portugal

No «Grupo B», por muitos considerado o «Grupo da morte», aconteceu simplesmente futebol, já

que as equipas se equivaleram, mesmo se a Alemanha terminou a prova com três vitórias.Na verdade, quando se vence, sucessivamente Portugal, Holanda e Dinamarca pela diferença mínima, não se pode cantar de galo. Aliás, isto serve igualmente para Portugal, que também passou à fase seguinte da prova de forma espremida, vide as vitórias sobre a Dinamarca (3-2) e Holanda (2-1). No primeiro caso, o golo surgiu a dois minutos do fim, já quando ninguém acreditava que fosse possível. Para mais, Varela, autor do golo, caso não tem falhado a receção da bola, o golo da vitória provavelmente não teria acontecido. Especulação? Claro. De resto, no futebol, tudo serve como especulação: o remate falhado, o penálti não marcado, a bola no poste, o jogador que não sua a camisola, etc., etc... No segundo, a vitória de Portugal não pode surpreender assim tanto. Revendo os confrontos diretos entre os dois conjuntos, Portugal leva nítida vantagem. Daí que...Mas o que fica são os resultados e neste caso eles apareceram para as cores alemães e portuguesas. Pelo caminho

Portugal à justa

ficou uma das equipas que tinha melhor palmarés – vice-campeã do Mundo, com o melhor futebol, alguns dos melhores jogadores e um treinador... muito competente. Hoje, eliminada, tudo é posto em causa, tornando-se na equipa «Piada» da competição...Quanto à Dinamarca, que víamos como a formação mais perigosa para Portugal, sem falar, claro, na Alemanha, começou bem, vencendo a Holanda (1-0), para depois cair contra Portugal nos últimos minutos. Já a derrota com a Alemanha, apesar dos últimos resultados lhe serem favoráveis, estava mais do que escrita.Agora vêm os quartos de final. Portugal joga com a República Checa, formação mais do que acessível. Quem diz que não? Para Portugal, melhor só seria mesmo a Grécia, com quem, de resto, há contas a ajustar. Mas a Grécia vai jogar contra a Alemanha. À partida, vitória alemã. Mas atenção, que se os golos não aparecerem rapidamente, o jogo pode tornar-se complicado, com os helénicos na retranca e, num contra-ataque, quem sabe o que pode acontecer?Já houve muitas surpresas neste Campeonato da Europa 2012 e com certeza que elas vão continuar até ao fim. Mas uma vitória grega sobre os alemães seria quase um escândalo! LP

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Eduardo DiasNotário

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RESULTADOS DO GRUPO Holanda 0 - Dinamarca 1 Alemanha 1 - Portugal 0

Dinamarca 2 - Portugal 3 Holanda 1 - Alemanha 2

Portugal 2 - Holanda 1 Dinamarca 1 - Alemanha 2

CLASSIFICAÇÃO FINAL1o Alemanha - 2o Portugal

Seleção PontosAlemanha 9Portugal 6Dinamarca 3Holanda 0

Cristiano Ronaldo (Portugal)

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08 DE JUNHO - 01 DE JULHOGRUPO C

Gdansk e Poznan (Polónia)Espanha Itália Irlanda Croácia

A Croácia foi a equipa que mais pena nos deixou ao ser eliminada. Porque foi aquela que melhor

futebol apresentou nesta fase. E quanto a resultados tudo fez para angariar os pontos que precisava. Infelizmente, neste ponto, não chegou para passar aos quartos-de-final. Venceu, como era sua obrigação os irlandeses, empatou injustamente com os italianos e só perdeu diante dos atuais campeões da Europa e do Mundo, e pela margem mínima, quando tudo fez para pelo menos empatar. De resto, ficou a sensação de que os espanhóis, mesmo se tiveram mais tempo a bola em seu poder, não mereciam vencer o jogo com um golo duvidoso – já acontecera o mesmo contra Portugal, na África do Sul, lembram-se? Além disso, há quem advogue que a Croácia foi prejudicada nalguns lances capitais, que a serem assinalados poderiam dar outro rumo ao desafio.Nada disso aconteceu e quem foi beneficiado com isso, primeiro foi a

Injustiça!

própria Espanha, que a perder era logo ali eliminada e, depois, a Itália, a precisar da derrota dos croatas para passar adiante, pois conseguiu fazer a sua obrigação, vencendo a frágil República da Irlanda.Mas o futebol tem destas coisas. Nem sempre vence quem merece e os croatas, apesar de todo o bem que se diz do seu futebol, já foram para casa.Eliminadas a Croácia e a República da Irlanda, esta com um futebol muito fraco e previsível, ficam as duas equipas mais prestigiadas e que muito darão ao torneio, pelo menos em termos comerciais, pois um jogo da Itália na televisão tem muito mais repercussão do que um com croatas ou irlandeses.Agora, nos quartos-de-final, embora os adversários (França e Inglaterra) tenham prestígio, há possibilidade de espanhóis e italianos se apurarem para as meias-finais. Por uma questão de tradição e história, acima de tudo. LP

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RESULTADOS DO GRUPO Espanha 1 - Itália 1

República da Irlanda 1 -- Croácia 3

Itália 1 - Croácia 1 Espanha 4 - República da Irlanda 0

Croácia 0 - Espanha 1 Itália 2 - República da Irlanda 0

CLASSIFICAÇÃO FINAL1o Espanha - 2o Itália

Buffon (Itália)

EQUIPAMENTO DE FUTEBOL

POR AMOR AO FUTEBOL 9494, boul. St-Laurent, Suite 201Montréal H2P 1H4 Canada

www.campea.comE-mail: [email protected]

Presidente: Memdy DalfenVice-presidente: Luciano Gidari

Seleção PontosEspanha 7Itália 5Croácia 4República da Irlanda 0

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08 DE JUNHO - 01 DE JULHOGRUPO D

Donetsk e Kiev (Ucrânia)Ucrânia Suécia França Inglaterra

Vá lá, em quatro grupos acertámos em dois («B» e «D»). Mas preferíamos não ter acertado nesse Grupo «D». E

porquê? Porque há duas equipas neste grupo que foram para casa, eliminadas, mas que tudo fizeram para continuar em prova. Sobretudo a Ucrânia, que ainda no jogo decisivo se viu privada de um golo limpo – que entrou na baliza uns bons centímetros – e que não valeu. Tivesse sido sancionado, o respetivo ponto conquistado teria dado o segundo lugar à Ucrânia, o que a poria automaticamente nos quartos-de-final, visto, no outro jogo, a França, que antes desta última jornada era a líder do agrupamento, ter perdido, já agora diga-se, de forma inapelável (2-0), diante da Suécia. Mas os Deuses nada quiseram com a Ucrânia, que para além de ter feito uma prova digna, fraquejando apenas diante da mesma França, quando perdeu por 2-0 e realizou um jogo realmente fraco, também o seu treinador, o antigo Bola de Ouro da Europa, Oleg Blokhin, tem a sua quota-parte de responsabilidades na derrota de ontem, frente à Inglaterra. A razão, quanto a nós, foi não ter utilizado o seu ainda melhor jogador, Shevchenko, na melhor altura. Se estava com problemas físicos, o que admitimos, apesar disso, deu para entrar na segunda parte, numa altura em que teve que correr atrás do tempo perdido... Lesão por lesão Shevchenko deveria ter começado o

Preferíamos não ter acertado

jogo, numa altura em que os companheiros estavam frescos para o ajudar... Assim, não! Entrou na fase de desespero – faltavam cerca de 20 minutos... –, para dar no que se viu, uma exibição pouco menos do que inútil.Outro azar, se bem que no resto tenha tido uma excelente atuação, foi o erro do guardião Pyatov, que falhou no lance do golo. E como Rooney estava em campo, ele que tem faro dessas coisas, não falhou a oportunidade oferecida e, claro, foi golo. Golo que viria a dar a vitória e a qualificação, apesar da Inglaterra, por momentos, ter passado um mau bocado, com a Ucrânia a controlar a bola e o jogo; e os remates à baliza, onde foi sempre mais perigosa que o seu adversário oriundo do país dos três leões.Resumindo o Inglaterra – Ucrânia, diremos, com justiça, que o pior que podia ter acontecido à equipa «amarela» (a juntar de azul...) era o empate, quanto mais a derrota!No Suécia – França a surpresa, boa, diga-se, foi a bela vitória da outra equipa «amarela» da prova, a Suécia. Fez um jogo de grande nível, como de resto já tinha acontecido na derrota (2-3) com a Inglaterra. Pelo futebol que apresentou, também a Suécia teria merecido continuar em prova.Mas como só dois conjuntos podem passar, lá vai a Inglaterra defrontar a Itália e a França dirimir forças com a Espanha. Que dois embates! LP

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RESULTADOS DO GRUPO França 1 - Inglaterra 1 Ucrânia 2 - Suécia 1

Suécia 2 - Inglaterra 3 Ucrânia 0 - França 2

Suécia 2 - França 0 Inglaterra 1 - Ucrânia 0

CLASSIFICAÇÃO FINAL1o Inglaterra - 2o França

Rooney (Inglaterra)

Seleção PontosInglaterra 7França 4Ucrânia 3Suécia 3

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CUMPLICIDADE...Cont. da pág 2

méstica portuguesa funcione, dando concelhosao Sr. ministro Álvaro S. Pereira como negociarcom os sindicatos?

Quanto aos povos europeus, não seriamelhor o intelectual V. G. Moura trocar ospovos europeus em miúdos, e falar de umacerta Finança europeia, ou seja: BCE, UE FMI,que querem, podem, e mandam em nome deesses povos? Controlam aquilo que deveriaser uma assimetria de comportamentos de po-vos e valores das diferenças das nações euro-peias. Senão vejamos. G. Moura menciona oseuropeus e diz: “Os europeus estão a assistir aum filme de terror.” Omitindo de dizer de ondevem o terror, não dizendo que esse terror, é aFinança mundial que impõe a austeridade aoPaís? Observando alguns dos políticos destegoverno, muitas das vezes desculpam-se dizen-do-nos, que nós não somos a Grécia! Não fi-caríamos surpreendidos se V. G. Moura fossedaqueles que se “regozijam” com o mal dosgregos, porque estes, segundo nós, estão pio-res que nós? No entanto, eles fazem questãode renegociar o resgate da dívida! E mal nóssabemos que os Gregos foram vitimas da dí-vida alemã de trinta biliões de euros pela ocupa-ção da Alemanha durante a segunda guerramundial, e também da venda de armamento deguerra pela Alemanha em 100 biliões de euros,que hoje os novos dirigentes gregos, insistemno resgate desse tipo dívida, porque essa dívidaseria dívida de armamento de armas compradas,por “influência da Nato” para que a Grécia sepudesse defender do “império inimigo otoma-no turco”, de aquando da partilha histórica doChipre?

Ref.: “Diário de Noticias” – 16/05/24/05/2012.

“Público” – 18/05/2012.Jornal “Le Devoir” – 26/27/05/

2012.

ABRAÇOS...Cont. da pág. 3

a oportunidade “a quem não tem possibilida-des” de assistir a estes dois músicos de renome,presentemente em Montreal”, conta-nos Adri-ana Simões, Adjunta da Direção e organizadorado evento.

Falamos do conhecido Tenor Carlos Gui-lherme e do igualmente famoso pianista JoséBon de Sousa. O local escolhido foi a IgrejaSão João Batista, na rua Rachel. “Escolhemoseste local pela acústica, pela beleza e por estarno bairro português”, conta-nos Sérgio Mar-ques, e Luís Borges acrescenta “Quisemos co-memorar o 10 de junho, mostrar que emboralonge, estamos perto e que continuamos a serportugueses e a ter orgulho na nossa pátria”.

Antes do Concerto, ouvimos Alex Noris,representante do Ajuntamento do Plateau /Mile-End, que elogia a comunidade portuguesapela sua capacidade de adaptabilidade e vivacida-de. Acrescenta ainda o compromisso da suaequipa em destacar a Identidade Lusófona doPlateau, argumentando que para isso existemjá alguns projetos, entre eles, o de proporcio-nar aos cidadãos, música todos os domingosno Parque de Portugal.

De seguida, Emanuel Linhares, presidenteda Instituição organizadora do evento, referiua importância de uma modernização dentroda comunidade, afirmando que é a hora da “co-munidade se desenvolver, de seguir uma lide-rança forte e empenhada, com maior dinamis-mo e sobretudo um renovamento dentro dasinstituições”.

Convidou ainda os membros da sua equipaa “subirem ao palco” e agradeceu publicamenteo trabalho e o empenho de todos no sucessodesta instituição.

Homenagem ao Padre José MariaCardoso

Também o Cônsul-Geral de Portugal, Fer-nando Demée de Brito quis pronunciar algu-mas palavras. Entre elas, agradeceu o convite,destacou esta iniciativa da Caixa Portuguesa esaudou o envolvimento dela na Comunidade.Acrescentou ainda que este era o momentoperfeito para anunciar que o Presidente da Re-pública, por iniciativa sua e do Embaixador dePortugal, Pedro Moitinho de Almeida, home-nageou oficialmente o Padre José Maria Cardo-so, com a medalha da Ordem de Mérito peloenvolvimento deste último na nossa comuni-dade. Reconhecimento “mais que merecido”,concluiu.

Interrogado, o Padre José Maria afirmaestar “muito reconhecido”, mas que “esta me-dalha é um mérito da Comunidade”. Que elese sente “apenas como um pivô” mas que está“muito reconhecido a quem teve essa simpatia”para consigo.

Quanto ao concerto, foi magnífico, com-posto por uma brilhante interpretação vocal

intercalada com solos de piano indescritíveis.A aderência do público foi notória e os aplau-sos foram mais que muitos, todos eles de pé.

Bandeira, Hino e Comemoração Ofi-cial

Quanto às comemorações oficiais, poucohá a dizer. Soube a pouco, foi mal preparada,desorganizada e não teve qualquer impacto nacomunidade.

Consistiu num encontro marcado paradomingo, dia 10 de junho, às 11 horas da ma-nhã, no Parque de Portugal. Algumas das carasmais conhecidas da nossa Comunidade marca-ram presença, entre elas o Padre José MariaCardoso, os representantes dos principais jor-nais e da televisão portuguesa, o Chanceler doConsulado-Geral de Portugal, Sr. David Pereiraacompanhando o nosso Cônsul- Geral, Sr.Fernando Demée de Brito entre outros.

Estava ainda presente a Comissão de Or-ganização do Dia de Portugal, composta peloPresidente da Casa dos Açores, Benjamin Mo-niz, Alice Macedo, Diretora da Casa dos Açores,António Moreira do Clube de Portugal, Antó-nio Santos da Associação de Laval, ManuelaPedroso do Centro de Ajuda à Família e Antó-nio Santiago da Associação dos Ex-Comba-tentes.

Esta organização existe desde 2005 e temcomo função organizar as comemorações doDia de Portugal. Este ano, a polémica gerou-se à volta das bandeiras que, excetuando a por-tuguesa, estavam em muito mal estado, e que oAjuntamento do Plateau ficou de substituir,coisa que não cumpriu, assim como a limpezados graffiti nos bancos da Av. Saint Laurent.

A comemoração em si limitou-se ao HinoNacional, tocado por um DJ, numa praça se-mivazia e num espírito moribundo seguidodo discurso oficial do Cônsul-Geral de Portu-gal. Fernando Demée de Brito louvou as nossasComunidades no mundo, conhecidas pela suaética de trabalho, capacidade de adaptação e ovulgo “desenrasca”. Realçou como o Consula-do procura facilitar os laços entre cá e lá, atravésda simplificação de todo o sistema burocrático,de aproximação à Comunidade de Montreal ede incentivar o ensino da língua portuguesa.Alertou para que não caíssemos em “facilitis-mos de não fazer nada e acabarmos por morrercomo Comunidade” e para estarmos cientesda problemática da falta de visibilidade da nossaComunidade. Anunciou por fim que no próxi-mo ano, por volta do mês de maio, comemorar-se-ão os 60 anos da Comunidade, e apelou aoenvolvimento da Comunidade e das Associa-ções nessa “causa que é vossa”. Por fim, paraos que não estiveram presentes no Concertoda véspera, anunciou mais uma vez a homena-gem oficial prestada ao Padre José Maria Car-doso.

Sinceramente, é triste que as celebraçõesmais interessantes tenham partido de iniciati-vas privadas e que da parte “dita oficial” tenha-

mos recebido uma “quase fúnebre”, envergo-nhada e desinteressada comemoração. Bem-haja aqueles que ainda cantam alto o orgulhode ser português e que celebram a nossa Luso-fonia.

tas atuais, pela câmara luminosa e perspicaz deAlberto Feio. A narração, excelente, sublinhe-se, esteve a cargo da nossa colaboradora e jor-nalista, Inês Faro, a quem se deve também apesquisa e os textos (com exceção de algumaslegendas, por ter estado de parto na altura). Omenos que se pode dizer é que se trata de umexcelente documentário, de grande qualidadecinematográfica, e de alto valor histórico. Estaé uma obra que devia ser obrigatoriamente mos-trada em todas as escolas de Portugal. Nemque não seja para mostrar um retalho da vidade um homem durante nove dias, de 17 de ju-

nho a 25 de junho de 1940, mas um homem que muitosconsideram como o único herói português do séculoXX.

O filme mostra-nos António Moncada de SousaMendes, neto de Aristides, que procurou seguir as pega-das que o seu antepassado calcorreou durante aquelasjornadas de 9 dias, indo ao encontro de testemunhos o-culares daqueles ainda vivos que retiveram na memória asaga dum homem excecional. Neste itinerário da memó-ria, António Moncada, como não podia deixar de ser,veio encontrar vários sobreviventes do holocausto emMontreal, cidade onde viveu, como a Andrée Lotey, queaqui vive e que fez questão de assistir a esta projeção. Pa-ra Andrée Lotey a descoberta do papel que Aristides deSousa Mendes teve no seu destino, só o veio a descobrirquando lhe faleceu a mãe, há cinco anos atrás. É comela, aliás, que começa o narrar desta história. Assistiutambém à projeção deste documentário Jan de Moncada,filho de António Moncada e por conseguinte bisnetode Aristides, que vive também em Montreal.

Para quem, como o autor destas linhas, frequentoua escola primária no final dos anos 40, deve lembrar-secomo o Estado Novo enalteceu o papel de Portugal,como país generoso que acolheu crianças estrangeiras,refugiadas da Segunda Guerra Mundial. Só o nome deAristides de Sousa Mendes nos foi completamente ocul-tado, tanto mais que o Estado Novo, pela assinatura deSalazar tinha terminantemente proibido que as chancela-rias passassem vistos aos estrangeiros fugitivos e especi-ficamente aos judeus.

Foi muitos anos mais tarde, já depois de estar emMontreal, que o nome deste herói perseguido por Sala-zar apareceu a público. Mesmo depois do 25 de Abril,foi preciso esperar por 1987, ou seja, dezassete anos de-pois da morte de Salazar, para que a República Portuguesainiciasse o processo de reabilitação de Sousa Mendes.

Não podemos, nesta nota, alongar-nos sobre a vi-da deste português, tal como o documentário no-la con-ta, mas aconselhamos vivamente os leitores a consulta-rem o site deste filme onde encontrarão bastantes por-menores sobre a obra deste compatriota e os participan-tes neste documentário.

http://www.osnovediasdesousamendes.com/

OS NOVE DIAS...Cont. da pág 1

Andrée Lotey e Jan Moncada.

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