Educação, jovens e media 5

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6º Curso de Mestrado em Gestão da Informação e Bibliotecas Escolares

A Educação na Sociedade Actual

Docentes: Susana Henriques Luís Ricardo

Equipa A:

Fernanda Oliveira

Helena Correia

Isabel Fonte

Natércia Rocha

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Índice

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Introdução

A visão dos estudantes de hoje. O papel da Biblioteca Escolar na promoção da literacia

da informação.

A realidade (estatística). Análise - Adaptação ou inépcia.

Novos rumos - Que estratégias? Geraç@o+

Conclusão Bibliografia

1

23

45

67

89

Ponto por ponto

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1 Introdução

A partir da análise dos vários documentos e pela observação directa dos hábitos e práticas dos nossos alunos,facilmente poderemos concluir que estamos perante jovens “nativos digitais”, completamente dependentes dasnovas tecnologias.

Assim, a equipa A, composta por quatro professoras bibliotecárias a exercer funções em escolas públicas queabrangem o território português de Vila Nova de Cerveira a Albufeira, ou seja, de norte a sul, começou pelolevantamento dos dados estatísticos de utilização dos computadores das várias bibliotecas e a compilação daamostragem recolhida.

Considerando que a Internet, pelas suas extraordinárias potencialidades, será o recurso mais importante atratar e explorar, com o objectivo de encontrar estratégias adequadas que melhor possam contribuir para aintegração da escola no processo de mudança e na sua capacidade de resposta aos interesses e desafios dos nossosjovens, se o conseguirmos, estaremos a valorizar as novas tecnologias como meio de promoção de outras formasde comunicação, de aprendizagem e do próprio entretenimento dos jovens.

Qual a visão dos estudantes de hoje?

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http://www.youtube.com/watch?v=ScxmSy4TlqI

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Dado que a influência dos meios de comunicação em todas as suas categorias (digitais, audiovisuais, impressos),individualmente ou de forma cruzada, faz-se sentir tão presente nos vários aspectos da vida humana, a literaciamediática torna-se um assunto prioritário na sociedade actual.

É no campo da literacia digital, em que a internet é usada pelos jovens como fonte de informação e lazer, que osprofessores e educadores devem investir grande parte da sua acção, dotando-se e dotando-os de meios para quepossam sobreviver com sucesso na labiríntica acessibilidade mediática, o que passa por lhes ensinar técnicas depesquisa, de selecção e de produção de informação.

Sendo o ambiente digital um meio essencialmente intuitivo e(inter)activo em que os jovens não só absorvem a informação,mas também a produzem, um bom domínio das tecnologias dainformação e a posse de competências adequadas, emobservância dos direitos e liberdades intelectuais, representamuma mais-valia significativa em matéria de qualificação profissional.

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A escola e nela, em maior observância, a biblioteca são por inerência própria as entidades com acçãoprivilegiada na transmissão desses mesmos saberes, sob a forma de diversas acções em que os jovens são

convidados a aprender, a pesquisar, a seleccionar e a trabalhar ainformação, para a poder comunicar e produzir nova informação, nãodescurando as estratégias de protecção de privacidade e dapropriedade intelectual.

Ao nível governamental, esse papel tem sido reconhecido e foiemanada legislação nesse sentido, onde a adopção das TIC estádefinida como uma prioridade no plano estratégico 2010 e ascompetências em informação estão definidas ao nível do perfildesejável do aluno à saída do Ensino Básico (como se pode verificarno documento “Currículo Nacional do Ensino Básico - CompetênciasEssenciais"(ME, 2001)).

Ao nível local, compete à escola e à biblioteca escolar dotar os jovensdas competências informacionais e tecnológicas que lhes permitam ser cidadãos livres e interventivos.

A literacia mediática constitui assim uma qualificação crucial e irrenunciável na sociedade da informação e dacomunicação para cuja pertinência, assim como para a importância do livre acesso à internet, a Unesco tem

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diversas vezes chamado a atenção ao longo dos últimos anos: “A liberdade de acesso à informação,independentemente de suporte e fronteiras, é uma responsabilidade primordial da biblioteca e dos profissionais dainformação. O livre acesso à Internet, oferecido pelas bibliotecas e serviços de informação, contribui para que ascomunidades e os indivíduos atinjam a liberdade, a prosperidade e o desenvolvimento” (Manifesto da IFLA sobre aInternet, acedido a 07/01/11 em http://archive.ifla.org/III/misc/im-pt.htm).

O próprio conceito de literacia mediática, informacional, ou digital tem-se globalizado e apropriado à evoluçãotecnológica, tornando-se mais abrangente. Hoje em dia, não basta saber aceder à informação, são necessáriasmuitas outras proficiências e destrezas de forma a tirar maior partido do que nos é oferecido e ter a capacidade deavaliar criticamente os conteúdos.

Que estratégias teremos de encontrar para minimizar os aspectos negativos e potenciar os aspectospositivos proporcionados pela Internet?

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Escola - Nº de alunos E.B.S. Albufeira

E. S. Dr. Manuel Candeias Gonçalves - Odemira

Ancorensis - V. Praia Âncora

E. B. S. V. N. Cerveira

530 alunos

700 alunos

700 alunos

359 alunos

Gráfico 1

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2742 1693

11622

544

Utilização dos computadores no 1º período

Albufeira Odemira V. Praia de Âncora V. N. Cerveira

Gráfico 2

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70

32.646.1

88.3

Nº de Alunos por Computador

Albufeira Odemira V. Praia de Âncora V. N. Cerveira

Gráfico 3

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65%

51.50%

59.30%

Utilização dos computadores - actividades de entretenimento

Albufeira Odemira V. Praia de Âncora V. N. Cerveira

Gráfico 4

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35%

35.30%

40.70%

Utilização dos computadores - actividades de cariz pedagógico

Albufeira Odemira V. Praia de Âncora V. N. Cerveira

Gráfico 5

100%

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Apresentados os gráficos com os dados estatísticos recolhidos nas quatro bibliotecas escolares onde exercemosfunções, rapidamente verificamos a indissociabilidade do computador à realidade dos nossos alunos e que osprofessores já introduziram as novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem, aquilo que parecefundamental agora é evitar que as ditas escolas do futuro mantenham metodologias tradicionais.

Contribuir para o desenvolvimento de competências de literacia digital e mediática em múltiplas vertentes, nomeadamente a fiabilidade da informação retirada da Net e a análise de páginas Web, bem como a questão dasegurança, entre muitas outras parece-nos um caminho obrigatório e fundamental para evitar que as ditasescolas do futuro impregnadas pelos meios de um Plano Tecnológico tão recente, continuem infinitamentearreigadas às metodologias tradicionais.

Alguns constrangimentos que nos surgem com pertinente relevância situam-se no âmbito das infra-estruturas eacesso. De acordo com o Plano Tecnológico, até 2010 o número de computadores nas escolas deveria "atingir aproporção média de um computador por cada cinco estudantes". Apesar de já estarmos em 2011, a realidadecontinua a estar longe dos objectivos previstos inicialmente, por este documento. Tal está bem patente nasestatísticas que acabámos de apresentar.

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escola que se pode considerar mais bem apetrechada, tem 32,6 alunos por computador. Relativamente ao acessoà Internet em banda larga, existem ainda imensos problemas logísticos por resolver, pelo que o acesso é defacto"virtual" em muitos casos.

Ao nível dos padrões de literacia mediática, a Comissão Europeia, define este conceito como "a capacidade deaceder aos media, de compreender e avaliar de modo crítico os diferentes aspectos dos media e dos seusconteúdos e de criar comunicações em diversos contextos." Tendo em linha de conta tal definição, podemosconcluir, que só parcialmente, tais padrões são atingidos nas nossas escolas. Apesar dos alunos acederemfacilmente aos media, e comunicarem em contextos variados, não sabem ainda "compreender e avaliar de modocrítico" os seus diferentes aspectos, o que leva muitas vezes, a que se percam no "caos" da informação veiculadapor estes recursos.

A formação do pessoal docente e não docente necessita efectivamente de ser mais especializada, para quepossam efectivamente formar os alunos neste âmbito.

A falta da criação e aplicação de normas de proficiência e de mecanismos de auto-regulação, leva a situaçõesextremas de deficitária utilização de recursos, bem como da falta de segurança na utilização dos mesmos.

Como rentabilizar o papel da biblioteca escolar?

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6 Novos rumos - Que estratégias?

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Reflectindo um pouco sobre a mensagem do vídeo apresentado, leva-nos a perceber que os jovens de hojenão podem sentir-se motivados numa escola que parou no tempo e que não vai de encontro aos seusinteresses.

A concepção que os alunos têm da escola e da aprendizagem nem sempre coincide com a dos professores, oque pode constituir um obstáculo no processo de ensino e aprendizagem, originando o desinteresse, oinsucesso ou o próprio abandono escolar. Por exemplo, veja-se a opinião dos alunos sobre a leitura eescrita, que consideram praticar com frequência, utilizando os recursos proporcionados pelas novastecnologias.

Neste contexto, o professor tem de estar preparado para ensinar os alunos a utilizar e potenciar as novastecnologias, que tecnicamente dominam, mas das quais acabam por não saber tirar os benefícios maisdesejáveis, além de se exporem a vários perigos. Os jovens estão a passar mais tempo na internet do que aver televisão, o que significa que já não se contentam em assumir um papel meramente passivo.

O mesmo deverá acontecer na escola. As bibliotecas e os professores bibliotecários, como agentes devínculo da informação por excelência devem assumir o papel da frente e procurar parcerias com osprofessores, alunos e restantes agentes educativos.

Qual será a melhor estratégia para alcançar este objectivo?

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A partir da análise feita, sugerimos a criação de uma rede interna de informação e comunicação. Através destarede interna (que mais tarde poderia assumir uma dimensão interescolar), procuraríamos contribuir para odesenvolvimento de competências de literacia digital e mediática, nomeadamente a fiabilidade da informaçãoretirada da Net e a análise de páginas Web.Esta rede interna de informação permite às escolas participantes que contribuem para a constituição de um portal(como um wikispace) com materiais e outros recursos “de ponta”, já validados e referenciados, uniformizar edifundir procedimentos no domínio da literacia digital. Para regulamentar a utilização desta ferramenta será

elaborado um regulamento interno e proceder-se-á à divulgação e promoção por toda a comunidade escolardos objectivos técnicos, pedagógicos e didácticos da rede interna.

Objectivos da rede Geraç@o+

Introduzir a Literacia para os Media no Projecto Educativo da Escola/ Agrupamento; Envolver os principais intervenientes educativos no projecto de criação de uma escola aberta à inovação e à

mudança;

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Dotar alunos, professores e encarregados de educação de competências técnicas e pedagógicas que os

ajudem a agir e actuar criteriosamente no domínio digital;

Promover a utilização consciente, responsável e crítica dos meios de comunicação (impressos, audiovisuais

e digitais) como fontes de informação, formação e entretenimento;

Potenciar a aptidão natural dos jovens para as novas tecnologias e mobilizar essas aptidões em prol dacomunidade escolar e de uma aprendizagem de qualidade;

Desenvolver o espírito crítico e reflexivo para o exercício de uma cidadania activa e responsável; Divulgar e fomentar o respeito pela propriedade intelectual.

Regras de funcionamento:

1- Inscrição na BE, através do preenchimento de uma ficha individual;2- Atribuição de uma chave de acesso à rede interna;3- Aceitação de um compromisso de adesão e cumprimento do código de funcionamento e conduta interna;4- Atribuição de créditos de acesso e participação, convertíveis em prémios (livros, jogos multimédia, filmes…), a atribuir no final do ano lectivo;5- Realização, no final do ano lectivo, de um encontro/convívio para fazer uma avaliação dos resultados alcançados

e apresentar propostas de melhoria de funcionamento para o ano lectivo seguinte.

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Num mundo imerso em mudanças paradigmáticas, a evolução tecnológica e digital é mais um factor aassoberbar transformações latentes no contexto educativo.

Os jovens de hoje já não se sentem motivados numa escola que parou no tempo e que nem sempre vai de encontro aos seus interesses, o que pode representar um factor de instabilidade no processo de ensino e aprendizagem, originando o desinteresse, o insucesso ou o próprio abandono escolar

Os docentes, além das competências científicas e pedagógicas, têm que se munir (e aperfeiçoar permanentemente) de um conjunto de competências digitais, preparando-se, assim, para levar os alunos a utilizar e potenciar as novas tecnologias, desenvolvendo competências de Literacia para os Media.

É neste contexto que se inscreve a estratégia que nos propomos implementar nas nossas escolas, com o objectivo de motivar os alunos, professores e encarregados de educação para, numa acção conjunta, conseguirem dar resposta aos novos desafios do século XXI.

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9 Bibliografia

“A utilização da Internet em Portugal 2010" disponível em http://www.rbe.min-edu.pt/np4/861.html

“TIC na educação e Metas de aprendizagem em TIC” disponível em http://webinar.dgidc.min-edu.pt/fernando-albuquerque-costa/

Plano Tecnológico : documento de apresentação disponível em http://www.planotecnologico.pt/document/OPlanoTecnologico.pdf

“A visão dos estudantes hoje disponível em http://www.youtube.com/watch?v=ScxmSy4TlqI

"Literacia dos media" disponível em http://www.literaciamediatica.pt/pt/artigo/o-que-e-a-literacia-para-os-media

Recursos disponíveis na sala de aula virtual

“A visão dos estudantes hoje“ em http://www.youtube.com/watch?v=ScxmSy4TlqI;

Site www.seguranet.pt ;

“Conferência Kids on line II” em: http://www2.lse.ac.uk/media@lse/research/EUKidsOnline/EU%20Kids%20I%20(2006-9)/Home.aspx ;

Imagens recolhidas em pesquisa através do Google.

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