Educação libertaria ferrer
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A Educação Libertária
Francisco Ferrer y Guardia e a Escuela Moderna
Nomes: Tiele BertolFrederico Müller
Prof°: Simone Valdete dos SantosHistória da Educação
Lucy Parsons (1980) – Educadora anarquista estadunidense
Os Anarquistas sabem que um longo período de educação
precisa preceder qualquer grande mudança fundamental na
sociedade, uma vez que não acreditam na miséria do voto, nem
em campanhas políticas, mas sim no desenvolvimento de
indivíduos com pensamento autônomo.
Introdução
Este trabalho tem como objetivo o estudo e apresentação sobre Francisco Ferrer y Guardia, pensador Anarquista e fundador da escola moderna, projeto prático de pedagogia libertária.
Biografia
Nasceu em Allela em 1859, em sua adolescência começou a trabalhar em Barcelona e teve seus primeiros contatos com o Anarquismo. Em 1886 se exila em Paris com sua família, devido a problemas com o Governo. Depois de anos em Paris, Ferrer retorna a Espanha por volta de 1901 e inaugura a Escola Moderna, em Barcelona, que funciona até 1909, quando Ferrer é executado em uma prisão devido ao seu envolvimento com a revolta conhecida como semana trágica.
Características do pensamento anarquista
- A ação direta- O anti-representacionismo- O antimilitarismo e o antibelicismo- O Anticlericalismo- A autonomia
A educação no pensamento Anarquista
- Ensino livre e laico- Indispensável para qualquer mudança na sociedade.- Importante tática de propagação da filosofia anarquista.
tem suas origens nos autores anarquistas Godwin (UK 1756-1836), Proudhon (FRA 1809-1865) e Bakunin (RUS 1814-1876)
Escola Moderna - Origens
França 1882: formação do Comitê para o Ensino Anarquista - Eliseu e Elias Réclus, Carlos Malato, Leon Tolstói, Louise Michel, Kropotkin reúnem-se para pensar formas de oportunizar a educação em seu caráter emancipatório, libertário. O Movimento Escola Moderna idealizado por Ferrer em Barcelona, 1901, originado em um outro movimento conhecido como "livre pensar", se funde à tendência pedagógica da tradição libertária, repercurtindo por todo o mundo, inclusive no Brasil.
Escola Moderna - Influências
1886-1901: Ferrer convive com membros do Comitê.- concepção do ensino racionalista, tendo como antecedente a Educação Integral defendida por Bakunin- Ação pedagógica pensada como programa político, mediadora na criação de novas intituições emancipadoras.- Propõe uma conjunção de esforços dos sindicatos e das associações, na defesa de uma educação que se desse sem distinção de gênero ou classes sociais. (Bakunin)
Escola Moderna - Influências
Promotores da educação racionalista Solledad Villafranca (companheira e auxiliar na escola Moderna) :"Ensino racionalista quer dizer o ensino que tem como meio a razão e como guia a ciência; Como essa ainda não disse a sua ultima palavra sobre qualquer assunto, resulta que o ensino racionalista não tem programa fixo (...) ao ensinar todos os dias os fenômenos físicos do universo e sociais da humanidade, falo com a especial reserva de quem só te mérito o que está comprovado, o que os sentidos admitem e a experiência sanciona (...) tem por fim ensinar todas as verdades experimentais, por contrárias que sejam as ideias admitidas anteriormente"
Revista Liberal, out 1922
Escola Moderna - Movimento
- anarco-sindicalistas- contrapunha-se à influência da igreja no sistema educacional - Necessidade da educação garantir uma orientação não-dogmática: anti-estatal, não-patriota, laica e anticlerical
Escola moderna - metodologia
- Na escola Moderna as crianças tinham sua educação fundamentada sobre uma base científica e racional.- Tinha como objetivo tornar os meninos e meninas pessoas instruídas, verdadeiras, justas e livres de qualquer preconceito.- Troca do teórico pelo prático, nas aulas de geografia por exemplo*.
Pedagogia Libertária no Brasil
Em fins do Império, início da República...Imigrantes que traziam a bagagem das lutas anarco-sindicalistas de seus países de origem e que passam a se engajar nas problemáticas locais. As escolas livres criadas faziam parte de tendências libertárias que já afloravam pelo mundo, como a educação integral de Paul Robin (França) e a pedagogia racionalista de Francisco Ferrer y Guardia (Espanha).
Pedagogia Libertária no Brasil
O positivismo, na administração do país, com a Reforma (do Ensino) Leôncio de Carvalho em 1879, abria espaço para várias tendências pedagógicas e certa tolerância para as escolas de trabalhadores.
Pedagogia Libertária no Brasil
Julio de Castilhos (governador do Estado), ao elaborar a Constituição de 1981, no que se refere a Garantias Gerais de Ordem e Progresso do Estado, estabeleceu no artigo 71, item 10, que o ensino primário ministrado nos estbelecimentos de ensino seria “leigo, livre e gratuito”, conforme preceituava Augusto Comte. A instrução deveria ser entregue à livre iniciativa das associações particulares, deixando a cada um a escolha do culto e da instituição que melhor lhe conviesse. A educação sendo um segmento da sociedade e esta estando em desordem, conforme previa Comte, a reorganização só poderia ser feita através dela. O instrumento para estabelecer a ordem seria o ensino e não a força militar. O ensino encerra o elemento de amadurecimento da sociedade para a mesma poder entrar num estágio definido: o positivismo (DILL, 1984, p.87)
Pedagogia Libertária no Brasil
Princípio do séc XX no Brasil, fundação de diversas escolas no modelo de Ferrer:
Escola Moderna N°1 de São Paulo- 1912 - Dirigida por João Penteado (Estudioso da obra de Ferrer)
Universidade Popular de Ensino LivreEstendendo-se ao ensino superior - 1904 - Rio de JaneiroFindou-se rapidamente. Feita por intelectuais para trabalhadores, gerando um contraste cultural entre os frequentadores.
- Em São Paulo e RJ haverá reação das autoridades contra o movimento operário.
Pedagogia Libertária no Brasil
Eliseu RéclusEscola livre, fundada por libertários e livre-pensadores em Porto Alegre no ano de 1906.- No RS houve pouco contato entre as autoridades e os empreendimentos escolares libertários. - No entanto, a partir de uma tabela a respeito da efetividade do ensino no RS, que sai no jornal A Federação de 20/11/1917, essa e outras instituições de educação popular não puderam funcionar por não alcançarem os resultados esperados, na medida que não apresentaram estudantes concluintes do ensino. Perderam sua denominação e passaram a ser classificadas Escolas Municipais ou Escolas Municipais Subvencionadas (DILL, 1984, anexo4)
Saudações Anarquistas!
Obrigado!