Educação Online e Formação Contínua em Medicina

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A EDUCAÇÃO ONLINE E A FORMAÇÃO CONTÍNUA EM MEDICINA Maurílio Luiele

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A EDUCAÇÃO ONLINE E A FORMAÇÃO

CONTÍNUA EM MEDICINA

Maurílio Luiele

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A Educação a Distância e o Desafio do Ensino de Ciências Biológicas – O Caso do CEDERJ

Projeto de doutorado a ser apresentado ao Programa de Pós-

Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá

(UNESA)

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Desde o final do século XX e, de forma mais

acentuada, nesta primeira década do século XXI se

impôs efetivamente um destes intervalos

conturbados da história cuja tônica reside em um

novo paradigma tecnológico que transforma a nossa

“cultura material” e que é talhado essencialmente

pela tecnologia de informação (Manuel Castells,

2010)

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Assiste-se assim a uma completa reconfiguração social que, de

um modelo essencialmente piramidal, hierarquizado, talhado por

ideologias e metanarrativas homogeneizantes, vem assumindo de

forma cada vez mais perceptível uma configuração reticular, não

hierarquizada, alimentada por informação profusa sustentada

pelas tecnologias de comunicação e informação.

• Sociedade líquida – Zygmund Bawman

• Sociedade em rede – Manuel Castells

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Muitos autores registam sinais que evidenciam uma crise

no paradigma de racionalidade da modernidade em larga

medida responsável pelos avanços tecnológicos e sociaisobservados no séculos XIX e XX.

• Boaventura Sousa Santos

• Edgar Morin

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Como afirma Santaella, (2002)

“quaisquer meios de comunicação ou mídias sãoinseparáveis das formas de socialização e cultura quesão capazes de criar de modo que o advento de cadanovo meio de comunicação traz consigo um ciclocultural que lhe é próprio”.

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Se com o cinema, a TV e a rádio se impôs a chamada cultura de massas, com o espaço físico colonizado com artefatos digitais profusamente interconectados numa densa rede emerge de facto a CIBERCULTURA.

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Entendida por Lemos (2008) como

“forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre

sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base microeletrônica

que surgiram com a convergência das telecomunicações com a

informática na década de 70”

e que traz subjacente

“uma nova configuração social, cultural, comunicacional e,

conseqüentemente, política” (LEMOS e LÉVY, 2010, pág. 21).

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Lemos e Lévy (2010):

(...) as novas tecnologias de informação e comunicação alteramos processos de comunicação, de produção, de criação e decirculação de bens e serviços neste início de século XXI, trazendouma nova configuração social, cultural, comunicacional e,conseqüentemente, política. Essa nova configuração emergecom os três princípios básicos da cibercultura: liberação daemissão, conexão generalizada e reconfiguração social, cultural,econômica e política. Estes princípios vão nortear os processosde “evolução cultural” contemporâneos. Sob o prisma de umafenomenologia do social, esse tripé (emissão, conexão,reconfiguração) tem como corolário a mudança social navivência do espaço e do tempo.

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O novo contexto sociotécnico caracterizado pelaproeminência das tecnologias de informação e comunicaçãotraz consigo demandas sociais peculiares. Na nova situaçãoque se cria, o conhecimento adquire lugar central e a suabusca é, por isso mesmo, uma ação imperativa para ossujeitos.

SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

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No meio deste turbilhão situa-se o

sujeito que precisa de se ajustar aopanorama de incerteza que se instala.

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Trata-se de um sujeito inquieto,

inconformado, capaz de

questionar e examinar

conscientemente as

possibilidades que se colocam

diante de si e assim posicionar-

se de forma cidadã diante

delas.

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(...) mesmo a realidade mais objetiva sempre temum lado mental e subjetivo. Para conhecer arealidade, é necessário um sujeito capaz de pensarde modo autônomo e crítico e, por isso mesmo,capaz de questionar as verdades que parecemdogmas evidentes no sistema de idéias em que seencontram (MORIN)

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Como afirma Valente (s/d, pág. 1)

• conhecimento “é o significado que atribuímos erepresentamos em nossas mentes sobre a nossa realidade”.

• É uma construção individual fruto do processamento, dainterpretação e da compreensão que fazemos dainformação que recebemos. Sendo uma construçãoindividual, a partir da informação que se recebe, a rigor, oconhecimento não pode ser transmitido, mas pode-sefacilitar o processo de aquisição mediante sistematizaçãoadequada da informação, o que é feito por especialistas.

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Este cenário representa, pois, um

grande desafio à Educação que

tem grande responsabilidade em

capacitar o sujeito a enfrentar os

desafios colocados ao exercício

da cidadania e a enfrentar a

incerteza característica do nosso

tempo.

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A reconfiguração a que o campo da educação se obriga diante de

tão profundas transformações na sociedade visa torná-lo capaz de

preparar o sujeito para responder às necessidades pessoais e aos

anseios de uma sociedade em constante transformação.

Isso significa levá-lo a aceitar os desafios propostos pelo

surgimento de novas tecnologias, dialogando com um mundo novo

e dinâmico através da criação de espaços educacionais autônomos

que se estruturam com graus de liberdade maior, espaços que

cultivam a autonomia e incentivam a participação e a criatividade.

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• As bases teóricas que fundamentam a educação que visa essesujeito são evidentemente distintas. Visar este sujeito implicaabandonar perspectivas lineares do tipo causa/efeito,fundamentos epistemológicos das práticas pedagógicasinstrucionistas.

• Torna-se necessária uma “revisão nos paradigmas queprevalecem nos ambientes educacionais, sejam eles presenciaisou digitais” ressignificando-os de modos a incorporarem“referenciais teóricos que colaboram para a consolidação deuma percepção holística, global, complexa, que enfatize adinâmica do todo e não apenas de cada parte” (MORAES, 2008)

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As tecnologias digitais que convergiram no paradigmatecnológico emergente introduziram asimultaneidade nas práticas sociais a despeito dalocalização (geográfica) dos sujeitos envolvidos nacomunicação, transformando, assim, a espacialidadeda interação social.

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Esta sucessão de acontecimentos, a reconfiguração social, asnovas tecnologias com toda a carga cultutural que lhe éinerente e as demandas crescentes da sociedade porconhecimento, conjugadas com exigências mercadológicasmaiores vão determinar a reconfiguração do sistemaeducacional e neste processo a modalidade de Educação aDistância (EaD) cresce em importância.

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A EaD é uma modalidade educacional que vem sendo utilizada há muitotempo, inicialmente para um público com características próprias. Tratava-se de adultos geralmente já inseridos no mercado de trabalho quenecessitavam desenvolver capacidades específicas para melhorar o seudesempenho profissional ou desenvolver o próprio negócio.

Na década de 1970 do século passado, alterou-se significativamente estepanorama. Com efeito, e num processo em que a Open University do ReinoUnido é tida com referência, grandes contingentes populacionais passarama ter acesso ao Ensino Superior via EaD num processo ditado não apenaspor critérios quantitativos, mas também vincado por noções de qualidade,flexibilidade e crítica (NUNES, 2009, pág. 2).

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Expansão da EaD no Brasil entre 2000 e 2006; A – Nº de IFES credenciadas; B – nº

de cursos credenciados em EaD no período em referência.

A B

Fonte: MEC/INEP (Extraído de Giolo, 2008)

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• Vai ficando mais evidente que as atividades a distância sãofundamentais para a aprendizagem atual, permitindo atendersituações muito diferenciadas de uma sociedade cada vez maiscomplexa.

• A EaD, apesar do preconceito de muitos, é fundamental paramodificar processos insuficientes para ensinar muitas pessoas aolongo da vida (MORAN, 2009).

• Porém, Lima et al. (2003) alertam para o fato de que

(...) não se deve ver a educação a distância como a única capaz de resolver os problemaseducacionais... Assim como outras formas de ensino-aprendizagem, essa tem vantagens elimitações e não pode ser vista como substituta da educação presencial. Elas devemcaminhar juntas, uma suprindo as deficiências da outra e ambas contribuindo para aformação de um sistema educacional coeso e consistente, capaz de planejar ações efetivasno desenvolvimento de competências e na construção de conhecimentos capazes depromover o desenvolvimento da sociedade (LIMA ).

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Educação a distancia é um conceito que cobre atividades de ensinoaprendizagem nos domínios cognitivo e/ou psicomotor e afetivo de umaprendiz individual e a organização de suporte. Caracteriza-se por umacomunicação não-contígua e pode ser desenvolvida em qualquer lugare a qualquer hora o que a torna atrativa para adultos comprometidosprofissional e socialmente (HOLMBERG, apud McISAAC eGUNAWARDENA, 1996)

O que traz implícito o conceito deHolmberg é a necessidade de centrar oprocesso no aluno que alberga em suaestrutura cognitiva subsunçores quepermitem ancorar novo conhecimentoatribuindo-lhe significado.

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McIsaac e Gunawardena (1996) identificam quatro pilares conceituais como critérios definidores dos diferentes modelos de EaD, nomeadamente:

• A distância transacional• Interação• Independência e controle do aprendiz• Contexto social

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McIsaac e Gunawardena (1996) reportam-se a Moore para quem aeducação a distância ocorre entre instrutores e aprendizes num ambientecuja característica especial é a separação física entre alunos e professores.

Esta separação determina padrões peculiares de comportamento de uns eoutros (docentes e alunos) afetando profundamente o processo de ensino eaprendizagem. Com a separação, cria-se um espaço psicológico e decomunicação a ser vencido.

É este espaço psicológico e de comunicação que constitui a distânciatransacional característica da educação a distância.

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Segundo Moore (1997), a amplitude da distância transacional emum programa educacional é essencialmente uma função de duasvariáveis, ou melhor dito, dois conjuntos de variáveis: o diálogo,que tem como interlocutores professores e alunos, e a estruturado curso. Elas não são variáveis tecnológicas ou de comunicação,mas são, sobretudo, variáveis relacionadas às interaçõesimplícitas em processos de ensino e aprendizagem.

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A fluidez do diálogo, sua natureza e amplitude, é determinada pela filosofia

educacional do indivíduo ou grupo responsável pela concepção do curso, pela

epistemologia que estrutura o projeto pedagógico, pela personalidade do

professor e dos alunos, pela matéria do curso e por fatores ambientais. Entre

estes fatores ambientais, assume particular destaque o meio comunicacional. A

natureza dos meios de comunicação tem um impacto direto sobre a qualidade

do diálogo. Manipulando os meios de comunicação é possível incrementar o

diálogo entre alunos e professor e, assim, diminuir a distância transacional.

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• Saba e Shearer (1994) aprofundaram um pouco mais esteconceito, ao propor um modelo matemático que relaciona odiálogo, a estrutura e a distância transacional. Este modelopermitiu-lhes concluir que à medida que o aluno exerce umcontrole maior sobre a estrutura do curso e o diálogoaumenta, a distância transacional tende a diminuir.

• Portanto, não é o local em si que determina o efeito doprocesso ensino aprendizagem, mas sim a amplitude datransação entre professor e aluno.

• Isto significa que a utilização de meios de comunicação, quepermitem uma variedade multidimensional de contatosentre professor e aluno, aumentando assim o dialogo, tendea minimizar a distância transacional.

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A noção de proximidade é relativa à abordagem educacional adotada, a qual subjaz a

todo ato educativo, presencial ou à distância. Além disso, a educação presencial também

pode fazer uso de recursos hipermediáticos. A amplitude da distância é dada pela

concepção epistemológica e respectiva abordagem pedagógica, a qual separa ou

aproxima professor e alunos. Existe um conjunto de aspectos indicadores da coerência

com a concepção epistemológica que interferem na distância e direção comunicacional

criada entre professor e alunos, os quais se fazem presente tanto na educação presencial

como na educação à distância. A distância, que pode afastar ou aproximar as pessoas se

refere à mediação pedagógica, sendo designada por Moore como “distância

transacional”, cuja amplitude pode ser medida pelo nível do diálogo educativo que pode

variar de baixo a freqüente e pelo grau da estrutura variável entre rígida e flexível”

(ALMEIDA, 2003, pág.8).

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• Num contexto em que as tecnologias digitais colonizam de forma pronunciada o espaço físico, trazendo consigo formas sociais peculiares incluindo novas relações com o saber, cresce em importância um movimento que advoga a busca pela qualidade em EaD pela rejeição da pedagogia da transmissão e a incorporação de uma disposição comunicacional que se torna possível graças às disposições técnicas do computador em rede (SANTOS e SILVA, 2009).

• Consolida-se, desse modo, um discurso que vê a emergência de uma nova forma de educação a distância calcada fortemente nas tecnologias digitais e na disposição comunicacional que lhe é inerente.

• Trata-se da EDUCAÇÃO ONLINE que, segundo Santos (2010), mais do que uma evolução da EaD é, na verdade, um fenômeno da cibercultura.

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A Educação Online entendida como o conjunto de

ações de ensino e aprendizagem ou atos de currículo

mediados por interfaces digitais que potencializam

práticas comunicacionais interativas e

hipertextuais, abre amplas possibilidades para

oferecer ao sujeito o instrumental cognitivo para se

posicionar criticamente diante das grandes questões daactualidade.

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Como se pode depreender dos conceitos acima expostos o que

diferencia a educação online é, sobretudo, o modelo

comunicacional propiciado pelas tecnologias digitais e assente

na interatividade. O modelo pressupõe a intensificação de

interações multidirecionais o que permite desenhar formas

mais participativas e colaborativas. O que os defensores da

educação online proclamam é, na verdade, a necessidade da

sala de aula tradicional ou virtual não ficar alheia e se

estruturar na lógica da pragmática comunicacional que emerge

com o surgimento das tecnologias digitais.

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• O grande diferencial da Educação Online, segundo seus defensores é a

Interatividade.

• Interatividade que eles concebem como a “atitude de partilhar saberes

intervindo no discurso do outro, produzindo coletivamente a mensagem, a

comunicação e a aprendizagem” isto é, tornar possível a aprendizagem

colaborativa.

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• A Educação Online procura aliar a efervescência da cibercultura,propiciada pelas tecnologias de comunicação e informação, aos apelospor uma nova educação que rejeita práticas pedagógicas fundadas natransmissão, por alternativas mais distribuídas e colaborativas.

• Por isso, pensar em educação, hoje, é também considerar essa forma dedocência e aprendizagem, considerá-la, sobretudo, como um campo depesquisa que precisa ser sondado cada vez mais em proveito daformação do sujeito que o novo tempo impõe.

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O quê que isso tem a ver com a medicina?

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• As tecnologias influenciaram sobremaneira a prática da medicina

• A reconfiguração social, a globalização, as mudanças climáticas acarretam novos desafios para os profissionais.

• Consequentemente a formação contínua dos médicos, já de si imperativa, cresce em importância.

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Por razões óbvias (culturais, epistemológicas e tecnológicas) a educação médica quer inicial, como contínua sempre se situou à margem da Educação à Distância

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Com o advento das tecnologias digitais decomunicação e as formas culturais inerentes, com asconcepções pedagógicas que sobressaiem, alinhadasevidentemente a reforma no modelo deracionalidade então hegemônico, torna-se vitalrepensar os modelos e práticas pedagógicas emEducação Médica.

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• Entendemos que o recurso à Educação Online comoalternativa para suprir as demandas crescentes emformação contínua em medicina deveria serconsiderado.

• Por isso, propomos que a Educação online naformação contínua em medicina seja desde jáinstituída como um campo de pesquisa capaz desondar as experiências significativas neste sentidocom vista a oferecer oportunidades multiplicadas deformação aos profissionais.

• É um processo que a FM-UAN pode e deve liderar

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• Existem desafios a transpôr:

. Recursos Humanos

. Infra-estrutura

. Tecnologia

. Barreiras culturais, políticas e psicológicas

• Mas permanece sobretudo a esperança....

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Palavras de Paulo Freire:

A esperança faz parte da natureza humana. Seria umacontradição se, consciente do inacabamento, primeiro, o serhumano não se inscrevesse ou não se achasse predisposto aparticipar de um movimento constante de busca e, segundo, sebuscasse sem esperança. (...) A esperança é uma espécie deímpeto natural possível e necessário (...) um condimentoindispensável à experiência histórica. Sem ela não haveriahistória, mas puro determinismo. Só há História onde há tempoproblematizado e não pré-dado. A inexorabilidade do futuro é anegação da História (FREIRE, 1996, pág. 72).

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