EDUCACÃO EM SOLOS NA GEOGRAFIA: UMA ......Oriente; e a tomada de Constantinopla, pelo turcos...
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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
TURMA PDE – 2014
Título: EDUCACÃO EM SOLOS NA GEOGRAFIA: UMA ABORDAGEM
CARTOGRÁFICA
Autora Olinda Soares Fernandes de Jesus
Disciplina/Área (ingresso no
PDE)
Geografia
Escola de implementação do
Projeto e sua localização
Colégio Estadual Ângelo Volpato-Bairro
Santa Felicidade
Município da escola Curitiba
Núcleo Regional de Educação Curitiba
Professor orientador Marcelo Ricardo de Lima
Instituição de Ensino Superior Universidade Federal do Paraná
Relação interdisciplinar ( indicar
caso haja, as diferentes disciplinas
compreendidas no trabalho)
Biologia, Ciências
Resumo
Está unidade didática é parte integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, e tem como finalidade propor atividades de cartografia utilizando o Mapa Simplificado de Solos do Estado do Paraná. Além dos conceitos de cartografia também é abordado nesta unidade conceitos de classificação de solo, fatores de formação dos solos, sua potencialidades e restrições. Além dos principais problemas e consequências ambientais ocorridas nos solos urbanos. Contemplando uma aula de campo e a elaboração de um vídeo produzido pelos alunos.
Palavras-chave Educação em Solos, cartografia,
geografia.
Formato do material didático Unidade didática
Público alvo Alunos do 1º ano ensino médio
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Sumário
Apresentação............................................................................................................................03
Introdução.................................................................................................................................05
1. Módulo de noções cartográficas.............................................................................06
1.1Conceituando cartografia..............................................................................................07
1.2 Sistemas de orientação e localização: coordenadas geográficas................11
1.3Projeções cartográficas..................................................................................................15
1.4Escala.....................................................................................................................................17
1.5Elementos cartográficos................................................................................................20
2. Módulo sobre o solo na paisagem........................................................................24
2.1 O solo....................................................................................................................................25
2.2 Perfil do solo.....................................................................................................................28
2.3 Fatores de formação do solo......................................................................................32
2.4 Conhecendo os solos do Paraná................................................................................36
2.5 Problemas ambientais ocorridos em solos urbanos........................................40
3.0 Referências.........................................................................................................................46
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APRESENTAÇÃO
Esta produção didática é parte das atividades do Programa de
Desenvolvimento Educacional do ano 2014. Este material foi produzido para
trabalhar com alunos do primeiro ano do ensino médio na disciplina de geografia.
O objetivo geral é utilizar Mapa Simplificado de Solos do Estado do Paraná
como recurso pedagógico do ensino de geografia.
Sendo os objetivos específicos desta unidade didática:
Trabalhar o tema solo integrador dos demais assuntos da geografia física do 1º
ano ensino médio;
Ensinar conceitos de cartografia no que tange a capacidade de realizar leitura e
interpretação de representações cartográficas;
Mostrar as principais classes de solos do Paraná em especial do seu município
bem como seu potencial de uso e função ambiental.
Estabelecer relações entre aspectos físicos da paisagem e formação de solos.
Identificar as potencialidades ambientais e para uso rural e urbano destes
solos.
Sugerir uma sequência didática para trabalhar nas aulas de geografia.
Para efetivar tais objetivos foi organizado este material em dois módulos,
sendo um sobre noções cartográficas e outro sobre o solo na paisagem.
1. Módulo de noções cartográficas:
1.1 Conceituando cartografia;
1.2 Sistemas de orientação e localização: coordenadas geográficas;
1.3 Projeções cartográficas;
1.4 Escala;
1.5 Elementos cartográficos.
2. Módulo sobre o solo na paisagem:
2.1 O solo;
2.2 Perfil do solo;
2.3 Fatores de formação do solo;
2.4 Conhecendo os solos do Paraná
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2.5 Problemas ambientais ocorridos em solos urbanos.
Os tópicos trabalhados em cada unidade são: conteúdo, objetivo,
metodologia proposta, atividade ao aluno e recursos utilizados, onde é realizado
um breve conceito do tema e atividades relacionadas com o mesmo.
Iniciaremos com o módulo noções cartográficas onde são abordados desde
uma introdução a cartografia, projeções cartográficas, coordenadas geográficas,
escala, elementos que constituem um mapa. Para todas estas atividades de noções
cartográficas será utilizado como base o Mapa Simplificado de Solos do Estado do
Paraná (MSSPR).
Após esta abordagem entraremos no conteúdo específico relacionado ao
MSSPR e para isso abordaremos desde a formação dos solos, tipos de solos do
estado Paraná identificando as suas potencialidades e fragilidades ambientais e de
uso. Esta unidade didática contempla ainda os principais problemas ambientais
ocorridos nos solos urbanos.
Está proposta uma aula de campo com o objetivo de explorar diferenças
unidades da paisagem, os problemas urbanos relacionados com o solo como
erosão, deslizamentos, impermeabilização.
A produção de vídeo sobre a percepção em relação ao solo também foi
sugerida nesta unidade didática.
As atividades propostas utilizam tecnologias como a Internet, a lousa digital,
Tv Multimídia e o MSSPR, entre outros mapas que podem ser utilizados em meio
analógico e digital.
Em 2015, ano da implementação deste trabalho, será o Ano Internacional do
Solo, declarado pela Organização das Nações Unidas, um motivo a mais para
abordar essa temática em nossas aulas.
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INTRODUÇÃO
O solo é um componente essencial do meio ambiente, sendo causa e
consequência de muitos dos processos naturais que ocorrem no nosso planeta e
mesmo assim é desconsiderado e desvalorizado, não recebendo, atenção e o
cuidado necessário à sua proteção e conservação (MUGGLER; SANTOS; QUEIROZ,
2007).
Para Muggler et al. (2006) as consequências da negligência em relação ao
solo é o crescimento contínuo dos problemas ambientais ligados à degradação do
mesmo, tais como: erosão, poluição, deslizamentos, assoreamento de cursos de
água, etc.
Por meio de um diagnóstico de escolas de nível fundamental e médio e dos
livros didáticos adotados (LIMA et al., 2003), constatou-se que o tema solos não só
tem sido relegado a um segundo plano, como também, quando abordado, era sido
feito de forma incorreta e desatualizada.
A partir da segunda metade da década de 1990, uma série de eventos
passou a discutir e promover o ensino de solos e a popularização desta temática na
sociedade como um todo, denominado atualmente de educação em solos pela
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) .
Mueller (2002) aponta a crescente participação de atores sociais na
construção, divulgação e popularização do conhecimento científico. Nessa
perspectiva, pesquisadores e estudiosos desenvolveram diferentes estratégias
para popularizar e difundir a ciência do solo na educação básica brasileira,
buscando ir além da mera transmissão de informação.
Algumas ações são desenvolvidas a fim de contribuir com a popularização
desta ciência como Programa de Extensão Universitária Solo na Escola da
Universidade Federal do Paraná que entre outras ações também desenvolve cursos
de extensão para professores da educação básica, visando a formação continuada
destes.
A educação em solos na geografia é um tema pertinente no ensino da
geografia visto que é objeto de estudos em diversas pesquisas. Como, por exemplo,
Jesus (2010) que defendeu uma dissertação de mestrado onde seu publico alvo
foram alunos da educação básica na disciplina de geografia.
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MÓDULO 1
1. NOÇÕES CARTOGRÁFICAS
Os objetivos deste módulo são:
Desenvolver a capacidade dos alunos de se orientar e se localizar por meio
de sistemas de referência;
Desenvolver a capacidade de ler e interpretar mapas;
Estabelecer relações espaciais a partir de diferentes mapas de solos;
Propor hipóteses a respeito da localização e intensidade dos fenômenos
cartografados.
Produzir mapas simples a partir do uso de convenções e referências, como
escala, orientação e legenda.
A metodologia proposta consiste em atividades, onde serão utilizados
vídeos, simuladores e atividades práticas para compreensão dos conceitos
cartográficos. Como base para os exercícios e reflexões será utilizado o Mapa
Simplificado de Solos do Paraná este mapa esta disponível para download no
Portal Dia a Dia Educação, bem como foi distribuído a todas as escolas públicas
estaduais do Paraná em 2013. Serão utilizados imagens, simuladores, jogo
online, lousa digital e projetor multimídia.
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1.1 CONCEITUANDO CARTOGRAFIA
1.1.1 Objetivos
Reconhecer a função social e histórica dos mapas.
Comparar a linguagem dos mapas, com base em sua história e das
conquistas técnicas que levaram a uma maior qualidade e precisão.
Ler e interpretar um mapa.
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1.1.2 Mediação pedagógica
Sugere-se ao professor exibir o vídeo “A História da Cartografia” (ver item
1.1.4) Proponha que os alunos acompanhem a leitura e a projeção, fazendo
anotações de suas dúvidas e pontos que gostariam de destacar. Interrompa o vídeo
quando julgar necessário para comentar o conteúdo. Converse com eles sobre o
que chamou a atenção deles, e sobre o que gostariam de saber mais.
Amplie a discussão,
comentando as características
dos mapas produzidos em
diferentes épocas. Como eles
apresentavam a ideia de
mundo em cada período?
Comente que os mapas
refletem as concepções de
mundo de diversas culturas,
em tempos diferentes. A
produção cartográfica foi guiada por interesses econômicos e militares, por metas
políticas e imposições religiosas, bem como por questões práticas, ligadas, por
exemplo, à navegação.
Nesta etapa a sugestão é de trazer ao aluno que vários fenômenos são
possíveis de mapear que todos trazem uma abordagem dependendo da forma que
os mesmos estão espacializados.
Nesta etapa sugere-se o vídeo ”O que são mapas?” para fechar as
impressões iniciais em relação a historia da cartografia.
Ao fim, organize uma roda de conversa para discutir o trabalho realizado. O
que aprenderam com essa atividade? Que dúvidas ainda permanecem? O que
gostariam de saber mais? Os estudantes poderão anotar suas conclusões e
produzir um mapa conceitual sobre o assunto abordado.
Com base nas reflexões produzidas pelos jovens, observe se eles
entenderam a importância histórica e social dos mapas.
Texto sobre geografia e cartografia escolar
http://www.scielo.br/pdf/ep/v34n3/v34
n3a05.pdf
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1.1.3 Atividade proposta aos alunos
Encontramos mapas no nosso dia a dia e a todo momento, seja pelos
aparelhos receptores de GPS em um veículo, quando traçamos um caminho, ou
mesmo nos livros didáticos.
A cartografia corresponde a um ramo da geografia que tem como objetivo
reunir um conjunto de técnicas, métodos e arte destinados à elaboração de mapas.
Vamos assistir por meio do vídeo a “História da Cartografia”.
O desenvolvimento da cartografia teve um cunho econômico e político.
Será?
A expansão marítima da Europa foi possibilitada pelo aprimoramento dos
conhecimentos geográficos, das técnicas de cartografia, o desenvolvimento de
instrumentos náuticos como a bússola, astrolábio, sextante, e a construção de
embarcações capazes de realizar viagens a longa distância, como as naus e as
caravelas. Havia um interesse econômico visível nesta expansão, devido à
necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do
crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a
escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no
Mediterrâneo, que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do
Oriente; e a tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda
mais os produtos do Oriente.
Neste sentido a cartografia contribuiu e possibilitou a ida aos oceanos
nunca antes navegados.
Será que um mapa pode influenciar na nossa noção de mundo? Agora
vamos assistir o vídeo “O que são Mapas?” e refletir.
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1.1.4 Recursos utilizados:
Vídeo 01: A história da cartografia Animação produzida a partir de uma parceria entre os setores de mídia
impressa e web e dos multimeios, ambos da Secretaria Estadual da Educação do
Paraná. Nesta animação são mostradas as fases de desenvolvimento da cartografia,
desde os primeiros mapas em argila, até a Carta Internacional ao Milionésimo em
1909.
Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?vide
o=10273
Vídeo 02: O que são mapas?
Este vídeo aborda diversos tipos de mapas desde sua antiguidade até a
atualidade, faz uma reflexão sobre a forma de visualizarmos o mundo a partir de
como estas informações são abordadas nos mapas. É um vídeo bem dinâmico.
Disponível em: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?vide
o=10358#
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1.2 SISTEMAS DE ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO: AS COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
1.2.1 Objetivos
Utilizar sistemas de coordenadas geográficas em plantas, cartas, mapas ou
suportes em meio digital para localizar pessoas, objetos e lugares na
superfície da Terra.
Compreender a cartografia como linguagem visual, universal e não
sequencial, a qual é baseada em símbolos, códigos e convenções próprias.
1.2.2 Mediação Pedagógica
No site sugerido nos recursos utilizados há um simulador que demonstra o
sistema de coordenadas geográficas, o professor pode utilizar o data show ou a
lousa digital. Se sua escola
possui a lousa é interessante
utilizar os recursos para fazer
com que os alunos interajam
na atividade.
Mostre a localização do
meridiano principal, a linha do
Equador nos trópicos.
Nesta aula o professor
pode junto aos alunos
organizar uma disputa em
jogos online. O jogo sugerido nos recursos utilizados tem um cronômetro e a
equipe vencedora é a que conseguir achar as coordenadas em menor tempo.
Na proposta de atividade com o Mapa Simplificado de Solos do Paraná
solicite que os alunos visualizem o mapa e preencham o quadro.
Manual da lousa digital:
http://www.gestaoescolar.diaadia.p
r.gov.br/arquivos/File/proinfo/ma
nual_usuario_sistema_lousa_a.PDF
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1.2.3 Atividades aos alunos
Nos aparelhos receptores de GPS que utilizamos nos veículos para chegar
em um destino, observamos que tem uma numeração em grau, minuto e segundo, a
medida que vamos nos deslocando esta numeração se altera. Mas o que é essa
numeração. São as coordenadas geográficas.
Para localizarmos um fato geográfico na superfície terrestre podemos
utilizar o sistema de coordenadas geográficas.
O sistema de coordenadas geográficas é uma espécie de rede (imaginária)
que envolve a Terra. Nesta rede, cada linha tem um valor e uma direção. O
cruzamento das linhas nos dá o endereço exato de qualquer objeto ou local
presente na superfície terrestre.
Para obter importantes informações por meio dos mapas sobre conclusões
de fenômenos geográficos representados, faz-se necessário verificar algumas
regras básicas na identificação das coordenadas geográficas.
Na Figura 1 pode- se observar a distribuição das principais linhas
imaginárias representadas. As linhas horizontais representam os paralelos e as
linhas verticais representam os meridianos.
Figura 1: Distribuição das principais linhas imaginárias
Fonte: Olinda Soares Fernandes de Jesus
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O paralelo é definido por graus de latitudes, e cada meridiano definido por
graus de longitudes.
Latitudes e longitudes são medidas de distância estabelecidas em km e em
graus, devido à curvatura da Terra.
Latitudes são linhas imaginárias traçadas paralelamente à linha principal
do Equador (do latim aequatore), medida em graus que varia de 00 (do Equador)
até 900 para cada hemisfério (do latim hemisphaírion – significa duas metades
iguais de uma esfera), em direção aos polos, podendo ser norte ou sul;
Longitudes são linhas imaginárias traçadas perpendicularmente à linha do
Equador, medida em graus a partir da linha imaginária do meridiano principal –
Greenwich, varia de 00 até 1800 para cada meia esfera, podendo ser leste ou oeste.
O meridiano principal recebeu o nome de Greenwich por ser o meridiano
que passa pelo centro astronômico localizado na cidade de Greenwich, na
Inglaterra.
A Figura 2 representa em separado as latitudes (linhas horizontais) e
longitudes (linhas verticais) e nos mostra (imaginariamente) a distribuição dos
graus na esfera terrestre.
Figura 2: As latitudes e longitudes
Fonte: Olinda Soares Fernandes de Jesus
Vamos jogar?
Vamos separa a sala em duas grandes equipes e cronometrar o tempo
realizado para achar os pontos das coordenadas correspondentes.
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O link desta atividade está nos recursos utilizados no item 1.2.4.
Preencha a tabela:
Conforme o Mapa Simplificado de Solos do Paraná (o link está nos recursos
utilizados no item 1.2.4) localize os tipos de solos nas seguintes coordenadas, e
aproveite para identificar este solo na fotografia do perfil disposto no mapa.
Latitude Longitude Classe de Solo Característica do solo observadas nas
fotos na margem do mapa
50°00’’S
25°00’’O
52°00’’S
24°00’’O
54°00’’S
25°50’’O
1.2.4 Recursos utilizados:
Simulador do sistema de coordenadas:
http://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos-gerais/o-que-e-cartografia
Jogo das coordenadas geográficas:
http://www.geografia7.com/jogo-das-coordenadas-
geograacuteficas.html
Mapa simplificado de solos do estado do Paraná
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto
=1538&evento=8
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1.3 PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
1.3.1 Objetivos
Discutir diferentes maneiras de representar a Terra nas superfícies planas
(planisférios).
Apresentar as principais projeções cartográficas utilizadas
1.3.2 Mediação pedagógica
Professor pergunte aos alunos quais são as principais características do
mapa mundi que eles conhecem. Anote todas as informações no quadro. Relacione
as características levantadas com as que de fato existem no mapa.
Explore cada movimento do simulador sugerido no recurso utilizado e
explique cada uma das projeções que a simulação aborda. Se necessário repita o
movimento.
Converse com a classe sobre os motivos das diferentes formas de
representar a Terra.
1.3.3 Atividades para os alunos
Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula matemática que
transforma as coordenadas geográficas, a partir de uma superfície esférica, em
coordenadas planas, mantendo correspondência entre elas.
O uso deste artifício geométrico das projeções consegue reduzir as
deformações, mas nunca eliminá-las. Não é uma tarefa fácil planificar um mapa
como demonstrado na Figura 3.
Figura 3: Planificando a Terra
Fonte:http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/listaEventos.ph
p
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Para conhecer oque são as projeção e suas funções vamos acessar o link
sugerido no recurso utilizado
As projeções cartográficas são uma forma de se representar o mundo em
um planisfério, dispondo dos mais diversos métodos e técnicas para isso elas
consistem justamente na transposição de algo tridimensional em algo
bidimensional.
A projeção de Mercator, por exemplo, o fato de os paralelos e meridianos
formarem um ângulo de 900 é a maior distorção das regiões mais próximas aos
polos e a menor distorção nas regiões próximas à linha do Equador.
Cada projeção tem uma finalidade específica já que um fenômeno é
mostrado em detrimento de outro.
1.3.4 Recursos utilizados:
Acesse o site:
http://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos-gerais/conceitos-e-tecnicas
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1.4 ESCALA
1.4.1 Objetivos:
Construir a noção de escala e sua relação com o que se quer
representar.
Conhecer os conceitos de escala numérica e escala gráfica.
Diferenciar o nível de detalhamento em diferentes tipos de escala.
1.4.2 Mediação Pedagógica
Apresentar aos alunos dois mapas de solos de diferentes escalas.
Veja como mostrar essas diferenças seguindo os três passos a seguir:
a) Visualização: Sugira que os alunos observem atentamente os mapas.
Pergunte: "Em qual deles é possível observar mais detalhes?" e "como isso
interfere no que é representado em cada um?". Anote as falas.
b) Comparação: Peça que eles comparem os mapas focando o mapa
simplificado de solos do Paraná. Qual tem a menor escala geográfica? Questione-os
sobre o nível de detalhamento de cada um.
c) Conclusão: Com base nas respostas anteriores, sistematize o elemento
"escala cartográfica": quanto maior a área do terreno, menor ela é. Assim, é
possível apresentar mais detalhes.
Solicite aos alunos analisar os dois mapas, qual deles apresentam maiores
detalhes em relação ao solo. E anote na tabela.
1.4.3 Atividades para os alunos
O mapa é uma imagem reduzida de uma determinada superfície. Essa
redução - feita com o uso da escala - torna possível a manutenção da proporção do
espaço representado. É fácil reconhecer um mapa do Brasil, por exemplo,
independente do tamanho em que ele é apresentado, pois a sua confecção
obedeceu a determinada escala, que mantém a sua forma. A escala cartográfica
estabelece, portanto, uma relação de proporcionalidade entre as distâncias
lineares num desenho (mapa) e as distâncias correspondentes na realidade.
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As escalas podem ser indicadas de duas maneiras, através de uma
representação gráfica ou de uma representação numérica.
Escala Numérica Escala Gráfica
1:1.200.000
Lê-se da seguinte forma: 1 cm no mapa equivale a 500000 cm da realidade.
Lê-se da seguinte forma: 1 cm no mapa equivale a 12 km na realidade
Ou seja, a realidade foi reduzida 1.200.000 vezes
Ou 2 cm no mapa equivale a 24 km na realidade
Os mapas de pequena escala são aqueles que apresentam que a realidade foi
muito reduzida. Representam grandes áreas. Como demonstrado na Figura 4.
Figura 4: Mapa com escala pequena
Fonte:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1538&evento=8
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Por outro lado, os mapas de grande escala são aqueles que apresentam
grande por menor, ou seja, aqueles em que a realidade foi pouco reduzida.
Representam pequenas áreas. Como demonstrado na Figura 5.
Figura 5: Mapa de escala grande. Fonte: Lima (2005).
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Preencha a tabela com os dados de escala dos mapas analisados:
1.4.4 Recursos utilizados:
Mapa simplificado de solos do estado do Paraná
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1538&e
vento=8
Exercício de comparação entre
mapas com diferentes escalas cartográficas
Mapa simplificado de solos do estado do
Paraná: 1: 1.200.000
Mapa de solos da bacia do Canguiri (PR): 1:30.000
Tipo de escala (gráfica, numérica ou ambas)
1 cm no mapa equivale a quantos km no terreno
Nível de detalhamento (maior ou menor)
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1.5 ELEMENTOS CARTOGRÁFICOS
1.5.1 Objetivo:
Conhecer os elementos fundamentais para representar algo no
espaço geográfico.
1.5.2 Mediação pedagógica
Pergunte aos alunos quais elementos são essenciais para um mapa anote no
quadro.
Comente sobre cada elemento, utilizando como base o mapa simplificado de
solos do Paraná, pergunte qual é o título do mapa, como foi elaborada a legenda.
Depois de analisar os elementos do mapa simplificado de solos do Paraná
peça que observe o mapa e preencha a tabela com os dados.
Após o preenchimento da tabela instrua a construir seu mapa de solos.
Para essa atividade será utilizado um mapa mudo do estado do Paraná.
Instrua que deverá ter todos os elementos de um mapa, que desenhe os
tipos de solos, a questão da agricultura no estado, o que entende e qual sua
percepção sobre o solo.
Este mapa servirá como diagnóstico do conhecimento que os alunos
possuem sobre solos.
1.5.3. Atividades para os alunos
Preencha a tabela a seguir com os dados do mapa simplificado de solos do estado
do Paraná
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ELEMENTOS CARTOGRÁFICOS
MAPA SIMPLIFICADO DE SOLOS DO
PARANÁ
TÍTULO: A maioria dos mapas tem um título que
quer dizer o que se refere o mapa. Qual é o título
do mapa?
ORIENTAÇÃO: Os mapas dispõem na maioria
das vezes de uma rosa dos ventos, que
simplesmente deixa o mapa na orientação
correta. Pode aparecer também apenas com o N
do norte. Onde está localizada a orientação?
Reproduza
PROJEÇÃO CARTOGRÁFICA: Todo mapa é feito
com base em uma projeção cartográfica. Nem
sempre esta informação está contida, mas pela
fisionomia do mapa, é possível perceber qual foi
a projeção utilizada.
Neste mapa foi utilizada a projeção de
Mercator
ESCALA: A escala nos mapas pode aparecer de
duas formas: gráfica ou numérica. Qual a escala
do mapa
SÍMBOLOS: Os símbolos, ou convenções,
do mapa representam fenômenos ou
características dos espaços mapeados. Estes
podem estar representados por: polígono, linha
ou ponto. Quais os principais símbolos que
aparece no mapa. Reproduza
1.5.4 Recursos utilizados:
Mapa simplificado de solos do estado do Paraná
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1538&e
vento=8
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Construa seu mapa de solos de acordo com sua percepção sobre os solos do Paraná. Lembre-se de colocar os elementos de um
mapa.
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MÓDULO 2
2.0 O SOLO NA PAISAGEM
Os objetivos estudados neste módulo são:
Dar a importância devida ao solo.
Colocar esse tema nas aulas de geografia e fazer com que o aluno entenda a
inter-relação entre os fenômenos da natureza e sua complexidade.
Compreender a função urbana do solo e a necessidade de planejamento
urbano de acordo com as características de cada tipo de solo.
A metodologia proposta consiste em atividades onde terá como recursos
utilizados, vídeos, imagens, atividades práticas, aula de campo e a produção de um
vídeo realizado pelos alunos do que é o solo para ele.
Programa Solo na Escola da UFPR
Site com conteúdo para professores, alunos,
pesquisadores, com artigos acadêmicos e
experimentoteca. O programa Solo na Escola
recebe a visita de alunos na exposição didática.
http://www.escola.agrarias.ufpr.br/
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2.1 O SOLO
2.1.1 Objetivos:
Entender a importância do solo para o meio ambiente.
Compreender a relação do solo com os demais componentes de uma
paisagem.
2.1.2 Mediação pedagógica
Sugere-se ao professor
iniciar a atividade exibindo o
vídeo ‘’Conhecendo o Solo’’, cujo
link encontra-se nos recursos
utilizados no item 2.1.4, seguido
por um roteiro de atividades.
Durante a exibição do vídeo é
indicado fazer pausas e reforçar
o assunto se necessário passe
mais de uma vez.
Produção de vídeo:
Solicitar que os alunos se organizem em grupo de até quatro componentes
para a produção de um vídeo sobre a percepção que possuem sobre solo. Para as
filmagens pode se utilizar do
celular ou outra filmadora.
Neste vídeo a equipe pode
narrar como é o solo de sua
casa, se o solo está exercendo
sua função natural ou se tem
calçadas, se tem horta, se
gostam de trabalhar com a
terra. Pode ser explicando sobre
um determinado tema. O tempo
de duração deve ser no máximo de três minutos.
Este texto do José Moran,
aborda várias possibilidades de se
trabalhar com vídeos em sala de aula
http://www.eca.usp.br/prof/moran
/site/textos/desafios_pessoais/vidsa
l.pdf
Para a edição do vídeo sugiro o
programa Movie Maker disponível
no office do Windons
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No final das atividades será realizado uma Mostra de Vídeos produzidos
pelos alunos.
2.1.3 Atividades para os alunos
Roteiro de atividades após a exibição do vídeo: Conhecendo o Solo
1-O solo é formado a partir do intemperismo da rocha. O que você entende como
intemperismo? Explique
2-Assinale a alternativa correta. Como é constituído o solo?
a) Húmus e areia
b) Barro e caliça
c) Areia, silte e argila
d) Areia, silte, argila, matéria orgânica, ar, água e nutrientes.
3-As raízes absorvem os nutrientes do solo para as plantas desenvolverem.
Posteriormente consumimos estas plantas que são nossos alimentos. Cite alguns
nutrientes que são provenientes do solo, essencial a nossa vida.
4- Assinale a alternativa correta. Como o solo pode ser analisado ou estudado.
a) A olho nú
b) Perfil do solo
c) Pela camada superficial
5-Por que existem diferentes tipos de solos na paisagem.
6-Existem solos na sua cidade? Cite alguns problemas ambientais existentes nos
ambientes urbanos.
7-Assinale com um X as funções, ou melhor, para que serve o solo.
( ) Armazenamento de água ( ) Armazenamento de nutrientes
( ) Habitat de animais ( ) Artefatos para construção ( ) Assorear rios
8- O que você entende da seguinte frase. Explique com suas palavras.
O solo demora para nascer e morre facilmente.
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2.1.4 Recursos utilizados:
Vídeo Conhecendo o Solo
Este vídeo é um programa da Tv Paulo Freire, com a participação de
professores do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR e alunos do
Colégio Estadual Polivalente de Curitiba, apresentando os diferentes tipos de solos.
O vídeo tem pouco mais de 8 minutos.
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video
=9265
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2.2 PERFIL DO SOLO 2.2.1 Objetivo:
Levar o aluno a conhecer diferentes perfis de solo e compreender a importância de conservação.
2.2.2 Mediação pedagógica
A partir da imagem de um perfil do solo o professor deve explicar as
características do perfil e fazer com que o aluno perceba a diferentes
características de cada horizonte e a importância de cada camada.
O professor pode
reproduzir esta imagem na TV
Multimídia no projetor. Na
lousa digital pode ser utilizado
o recurso da caneta e ir na
imagem sinalizando estas
características perceptíveis a
olho nu.
O professor pode pedir
aos alunos que vá até a lousa e
também identifique os horizontes em outras imagens de diferentes solos. Por
exemplo, os Neossolos possuem apenas um ou dois horizontes, os Cambissolos
possuem um pequeno horizonte B.
Será solicitado uma atividade em dupla, para ser realizada em casa. O
professor deve orientar aos alunos para que recriem um perfil em uma garrafa
PET, preferencialmente transparente, utilizando pedras e outros matérias da
natureza para demonstrar os horizontes. É indicado que separe os “horizontes”
utilizando um papel permeável (TNT), na parte de cima para representar o
horizonte A. Para representar o horizonte orgânico é interessante colocar folhas
secas. Peça que faça uma marcação dos horizontes pode utilizar uma fita ou
escrever na garrafa com caneta permanente. Exponha estes perfis na biblioteca ou
no pátio do colégio. Se for colocada uma planta nestas garrafas, os alunos podem
molhar os mesmos uma vez por semana. Algumas plantas se adaptam fácil ao
Consulte o capítulo 2 (LIMA e MELO,
2007) do livro “O Solo no Meio
Ambiente”, disponível:
http://www.escola.agrarias.ufpr.br/inde
x_arquivos/Page905.htm
29
ambiente e se desenvolve nesta garrafa e, ao longo do tempo, dá para visualizar as
raízes e até mesmo a presença de microfauna.
2.2.3 Atividades para o aluno:
O perfil do solo, que e uma pequena porça o da superfí cie da terra que possui
horizontes ou camadas, que nos permite a interpretaça o, identificaça o,
classificaça o do solo. Esses horizontes e camadas sa o nomeados com letras, nesse
caso podemos dividir aproximadamente os horizontes e camadas do perfil como
mostra a Figura 6.
O horizonte A possui cor mais escura, pois existe mais mate ria orga nica que
sa o os restos animais e vegetais decompostos. Pore m o horizonte A na o e orga nico,
pois predomina mate ria mineral em sua composiça o.
O horizonte B normalmente tem cor avermelhada ou amarelada (existem
exceço es), devido a presença de o xidos de ferro. Observe um prego enferrujado: o
prego tambe m tem ferro e quando esta enferrujado apresenta cor avermelhada ou
amarelada. Nem sempre o solo tem horizonte B. Solos muito jovens na o tem
horizonte B, tendo somente o horizonte A sobre o horizonte C, ou o horizonte A
sobre a rocha (camada R) (LIMA, 2007).
Geralmente o horizonte C possui cores misturadas (mescladas), pois possui
minerais da rocha e do solo. Abaixo do horizonte C existe a rocha (camada R) que
pode ter originado esse solo.
Na Figura 6 e possí vel acompanhar uma sequência hipotética de evolução
do perfil do solo ao longo do tempo. Sendo a camada R é composto por rochas. As
letras A, B, C, são os horizontes.
Foto: Marcelo Ricardo de Lima.
Figura 6. Evolução do perfil do solo. Fonte: Lima e Melo (2007). A
C
30
Na Figura 7 podemos observar um Neossolo, com a presença de dois
horizontes.
Figura 7. Perfil de Neosolo localizado no município de Piraquara (PR).
Foto: Marcelo Ricardo de Lima.(orientador)
Figura 8. Perfil de solo localizado em Pinhais (PR), no qual se
distinguem os horizontes A, B e C.
Foto: Marcelo Ricardo de Lima.(orientador)
A
C
R
A
B
C
31
Figura 9. Perfil de Gleissolo (com destaque para o horizonte C de cor
acinzentada na base do perfil) localizado em área de várzea no município de
Colombo (PR).
Foto: Marcelo Ricardo de Lima
A
C
32
2.3 FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO 2.3.1 Objetivo:
Levar o aluno a compreender os fatores de formação do solo e a
influência originando vários tipos de solos.
2.3.2 Mediação Pedagógica:
Levar o aluno a compreender que o solo resulta da ação simultânea e
integrada do clima e clima organismos que atuam sobre um material de origem
(geralmente rocha), que ocupa determinada paisagem ou material de origem
relevo, durante relevo certo período de tempo. Esses elementos (rocha, clima,
organismo, relevo e tempo) são chamadas de fatores de formação do solo (Figura
10). Esses fatores são parte do meio ambiente e atuam de forma conjunta.
A Figura 11 é um infográfico, que sugere o uso da lousa digital, podendo ser
explorados os recursos da mesma. Caso sua escola não tenha a lousa pode utilizar o
Datashow ou a TV Multimídia.
Perguntar para os alunos
se eles já observaram esta
diferença na paisagem. Por
exemplo, em uma região
próxima a rios, onde exista
excesso de água (banhados), o
solo é mais escuro, numa região
mais alta como no alto de uma
montanha, o solo e a vegetação
que esta sendo sustentado por ele é diferente .
A Figura 12 mostra uma topossequência, a qual possibilita perceber na
paisagem o solo no relevo, e também ajuda ao aluno compreender o relevo numa
paisagem, e incentivar essa percepção no aluno.
No final deste conteúdo sugere uma atividade de elaboração de um desenho
esquemático demonstrando estas relações.
Consulte o capítulo 1 (LIMA e
MELO, 2007) do livro “O Solo no Meio
Ambiente”, disponível:
http://www.escola.agrarias.ufpr.br/in
dex_arquivos/Page905.htm
33
2.3.3 Atividade para o aluno
A formação de diferentes paisagens, encontradas na superfície terrestre,
tanto no aspecto de grandes regiões como de microrregiões, segundo Sirtoli (2007)
não revela um único fator formador, ou seja, as diferentes paisagens caracterizam
pela ação conjunta dos diferentes fatores que atuam e continuam atuando na
formação destas, ou mesmo por variações de intensidade dos solos. A
diferenciação das paisagens também pode ser relacionada com a fisionomia que
estas apresentam.
Os solos (unidades de paisagem), como são mapeados e descritos nos
levantamentos, constituem os melhores estratificadores do ambiente, ou seja, sua
posição na paisagem é resultado de uma série de fatores (SIRTOLI, 2007).
Nas diferentes paisagens encontramos diferentes tipos de solos, pois o solo
é resultante da ação de vários fatores esta relação interfere e influenciam.
Os fatores de formação do solo são: material de origem (rocha), o clima, o
relevo, os organismos e o tempo. Vamos ver na Figura 10 um esquema que mostra
esta interligação dos fatores.
Figura 10: Relação dos fatores de formação do solo
Fonte: Adaptado de PRADO, H. do. Manual de classificação de solos do Brasil. 2.
ed. Jaboticabal: FUNEP, 1995. 197 p.
34
Figura 11: Infográfico da paisagem e os fatores responsáveis pela formação do solo.
35
Figura 12: Topossequência - diferentes formas de relevo e diferentes classes
de solo encontradas. Fonte: Sirtoli (2007).
36
2.4 CONHECENDO OS SOLOS DO PARANÁ
2.4.1Objetivo
Entender a importância de classificar os solos.
Conhecer o significado e a função ambiental que cada classe de solo
exerce nos ambientes naturais, urbanos e rurais.
Discutir a relação do tipo de solo de uma região, com seu
desenvolvimento a partir de índices econômicos e sociais.
2.4.2 Mediação pedagógica
Nesta atividade professor sugere que seja usada cartilha ‘’Conhecendo os
Principais solos do Paraná’’, nos recursos utilizados tem o endereço disponível.
Neste material há um texto bem resumido do potencial de uso e função ambiental
de cada classe do solo.
Como sugestão de atividade será solicitada aos alunos que observem no
mapa simplificado de solos do estado do Paraná e preencham uma tabela com os
tipos de solo encontrados em Adrianópolis, Cascavel e na cidade onde residem.
Para estabelecer uma relação entre desenvolvimento das regiões e seu tipo
de solos solicite aos alunos que observem os índices econômicos e sociais como
IDH, PIB Per Capita e IPDM de Cascavel e Adrianópolis. Ao se comparar os dados
desta tabela com os solos existentes nestes municípios, pode-se concluir que a
região onde tem solos mais favoráveis à agricultura como o Latossolo, quando
utilizado de forma correta, podem ser um fator determinante para o
desenvolvimento econômico e social de uma região.
Por outro lado em um município, como Adrianópolis, onde os solos são
rasos ou pouco profundos, e declivosos e, portanto menos favoráveis à
mecanização da agricultura ocorrem o oposto. Essa discussão deve ser fomentada
pelo professor.
37
2.4.3 Atividades para o aluno
Responda:
Quais solos são encontrados nestas cidades?
Classe de Solo Características
Quais classes de solo são
encontradas em Cascavel
Quais classes de solo são
encontradas em
Adrianópolis
Quais classes de solos são
encontradas em sua cidade
38
Será que o tipo de solo de uma cidade tem relação com o desenvolvimento
econômico? Vamos analisar alguns indicadores sociais e tentar estabelecer esta
relação.
IDH: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. PIB Per Capita: Produto Interno Bruto – PIB per capita de cada município foi estimado pelo coeficiente entre o valor do PIB do município e sua população residente
IPDM: Índice IPARDES de Desempenho Municipal que mede o desempenho da gestão e ações públicas dos 399 municípios do estado do Paraná, considerando três dimensões: renda, emprego e agropecuária, saúde e educação. Sua elaboração baseia-se em diferentes estatísticas de natureza administrativa disponibilizadas pelas entidades públicas.
Para estabelecer uma relação entre desenvolvimento das regiões e seu tipo
de solos observe a tabela com índices econômicos e sociais como IDH, PIB per
capita e IPDM de Cascavel e Adrianópolis.
Ao se comparar os dados desta tabela com os solos existentes nestes
municípios, pode-se concluir que a região onde tem solos mais favoráveis a
agricultura como o Latossolo, quando utilizado de forma correta, podem ser um
fator determinante para o desenvolvimento econômico e social.
Por outro lado em um município onde os solos são rasos ou pouco
profundos, e declivosos e, portanto menos favoráveis à mecanização da agricultura
ocorrem o oposto.
Tabela 01: Índices econômicos e sociais dos municípios Adrianópolis e Cascavel
Fonte: IPARDES. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e
Social. Cadernos estatísticos dos município de Adrianópolis e de Cascavel. Curitiba,
2012
Adrianópolis Cascavel Fonte
População 6.376 hab 286.205 hab IBGE
IDH* 0,667 0,782 PNUD/IPEA
PIB
Per Capita*
R$16.061,00
R$ 21.016,00
IBGE/IPARDES
IPDM* 0,6183 0,8190 IPARDES
39
Segundo Lima (2007) o termo classificar o solo significa agrupar segundo
determinados crite rios.
Classificar e uma forma de organizar o conhecimento existente a respeito de
alguma coisa.
E importante que os solos sejam classificados por que:
Permite conhecer quais as qualidades e limitaço es dos solos de um
municí pio, estado ou paí s;
Possibilita a troca informaço es te cnicas entre as pessoas que usam ou
estudam os solos;
Permite predizer o comportamento dos solos;
Permite identificar o uso mais adequado dos solos.
2.4.4 Recursos utilizados:
Cartilha Conhecendo os Principais Solos do Paraná disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/janeiro2013/geografia_a
rtigos/cartilha_principais_solos_parana_Final.pdf
40
2.5 PROBLEMAS AMBIENTAIS OCORRIDOS EM SOLOS URBANOS
2.5.1 Objetivos
Compreender que existe solo nos ambientes urbanos e eles necessitam ser
manejados de acordo com seu potencial.
Conhecer a função do solo nas cidades.
Conhecer alguns impactos como erosão, impermeabilização do solo,
ocorridos nas cidades suas causas e consequências para a sociedade.
2.5.2Mediação pedagógica
Professor sugere-se fazer a leitura do texto, e instigá-los em relação aos
problemas ocasionados nas cidades em função da falta de cuidado com o solo
urbano.
Motivá-los a relatar situações vividas por eles em relação a esses problemas.
Expor a necessidade de proteção e até mesmo criação de espaços verdes nas
cidades como ação mitigadora.
O vídeo disponibilizado nos recursos utilizados “Deslizamento” demonstra,
por meio de uma maquete, o que ocorre nas regiões de ocupações irregulares,
exemplificando tragédias ocorridas em regiões serranas.
A reportagem ”Nem tudo é culpa da natureza” sobre a tragédia da Serra do
Mar do Paraná, de março de 2011, a do Centro de Apoio Científico em Desastres da
Universidade Federal do Paraná (Cenacid) apontou para uma mescla de
responsabilidades, naturais e humanas, pela tragédia.
Faça com que o aluno reflita sobre esta responsabilidade principalmente do
poder público, da falta de planejamento urbano, da falta de acompanhamento
destes locais de riscos.
No texto sobre impermeabilização do solo, pode ser lido e socializado com
os alunos sempre trazendo a realidade local, como na sua casa é a mentalidade se é
tudo impermeabilizado se sua cidade pensa sobre isso, como são as calçadas,
existem espaços para grama, se é utilizados materiais que permitem a infiltração
da água.
Pode também trabalhar o ciclo hidrológico demonstrar que este ciclo está
sendo comprometido, e que a água não está abastecendo os lençóis freáticos. Pode
exemplificar essa situação com município de São Paulo que hoje enfrenta uma das
41
maiores secas. Porém, quando chove se tem enchentes, mostrando que as bacias
hidrográficas desta cidade precisam de um planejamento adequado. Demonstre
aos alunos a importância do planejamento urbano do uso e ocupação e
impermeabilização do solo. Instrua que pesquise na Internet ações da prefeitura de
sua cidade para evitar enchentes e a impermeabilização do solo. Será que há
alguma legislação em sua cidade que trate da impermeabilização do solo? Socialize
esta pesquisa e debata também sobre a ação individual de cada cidadão perante
este problema.
No texto sobre erosão é sugerido um vídeo do programa Meu Paraná sobre
a erosão ocasionada em regiões do estado do Paraná, com presença de voçorocas,
fazer com que o aluno reflita sobre a falta de vegetação e má utilização dos solos,
pode também abordar a fragilidade deste tipo de solo devido ao seu material de
origem ser frágil e susceptível a erosão. Neste vídeo aborda o caso da construção
de um estádio de futebol para solucionar o problema de uma voçoroca. Vale
fazer com que o aluno reflita que, para solucionar este problema da voçoroca,
foram utilizadas muitas toneladas de solo, as quais foram retiradas de outros
locais. Será que foi uma opção economicamente e ambientalmente viável.
Faça uma discussão com os alunos para saber o ponto de vista deles.
Para a aula de campo prepare os em relação que usem roupas e sapatos
adequados que levam água e
alimentação se necessário.
Faça um roteiro prévio,
explore diferentes unidades
de paisagens, se possível
parem em um barranco e
vejam um perfil de solo,
analisem, observem as raízes
a microfauna, a coloração do
solo, se tem os três horizontes,
e tente classificar.
Explorem locais que ocorrem alagamentos, observem a impermeabilização
do solo, conversem com os moradores. Se possível procurem locais onde
realizaram obras de contenções de erosão.
Como elaborar uma aula de campo.
http://revistaescola.abril.com.br/formaca
o/formacao-continuada/como-planejar-trabalho-
campo-geografia-594113.shtml
42
Peça aos alunos que
anotem os pontos de parada e
fotografem.
Solicitem que elaborem
um mapa podem utilizar o
recurso do Google Maps ou
outro geovisualizador como o
Google Earth. Instrua a utilizar
os recursos destes programas
para elaborar o mapa deles.
Com todos os elementos que
constituem um mapa.
Pode se fazer uma exposição com a produção cartográfica.
AULA DE CAMPO
Na aula de campo o aluno pode-se levantar subsídios para incluir na
produção de seu vídeo, tirar fotos, e visualizar in loco algumas classes de solos
estudadas anteriormente, e perceber as diferentes paisagem de sua cidade.
Visualizar os problemas ambientais ocorridos na cidade, como erosão,
lugares onde acontecem alagamentos, impermeabilização e compactação do solo,
incorporação de lixo e restos de construção no solo, e obras ou ações para evitar
estes problemas.
Você deve fazer anotações como endereço, principais características da
parada.
Como produto desta aula você deve elaborar um mapa com o roteiro
percorrido, para isso pode utilizar Google Maps ou outro geovisualizador.
Lembre-se tem que ter título, legenda, escala e demais elementos que constitui um
mapa.
Para fazer download do Google
Earth:
http://www.google.com/earth/download/g
e/agree.html
43
2.5.3 Atividades para os alunos
Pode não parecer, mas o solo exerce um papel importante na cidade, como
armazenamento de água, filtro de substâncias poluentes, além de suportar as
raízes das árvores presentes nas cidades..
Com a degradação do solo está capacidade é reduzida, tendo como
consequências as enchentes, erosão, poluição das águas, compactação do solo e
redução da capacidade de infiltração de água, redução da capacidade de suporte de
vegetais e recarga de aquíferos.
De acordo com o texto acima e seus conhecimentos e vivências relacionados
a esse tema pesquise qual a importância urbana dos parques e jardins e que
funções exercem no ambiente.
Nos recursos utilizados foi disponibilizado um vídeo sobre deslizamentos, e
uma reportagem ”Nem tudo é culpa da natureza” para ler e refletir. Em sua opinião
o que deve ser feito para evitar esse tipo de desastres?
Vamos ler um trecho de um texto referente à impermeabilização do solo e
suas consequências:
É um problema ambiental comum em muitas cidades, e segundo Carneiro e
Miguez (2011):
(...) as inundações urbanas derivam das cheias naturais, mas agravam este processo, que vão desde problemas localizados de microdrenagem, inundando ruas e afetando pedestres e trafego urbano, até a inundação de grande parte da cidade, quando ambos os sistemas de micro e macrodrenagem não conseguem realizar as suas funções básicas.
Geralmente a ocupação urbana desordenada avança sobre áreas sem
condições mínimas de habitação e sujeitas a enchentes naturais. Neste caso a perda
econômica passa a ser frequente.
As mudanças no ciclo hidrológico, como a não infiltração da água da chuva
no solo, é um problema eminente.
Quando se fala em enchentes e impermeabilização do solo logo vem a nossa
mente a cidade de São Paulo, com seu intenso processo de urbanização e ocupação
humana. Neste exercício mental vem também a nossa mente o asfalto e as calçadas
que encobrem os solos nas cidades.
44
As enchentes também são causadas em função do lixo acumulado nas vias
públicas.
O planejamento urbano é fundamental para diminuir estes impactos.
Neste sentido após chegar no caos a prefeitura de São Paulo desenvolveu
algumas açãoes como o Centro de Gerenciamento de Emergências que monitora os
pontos de alagamentos, a construção de piscinões, parques municipais e lineares,
limpeza de galerias e plantio de árvores.
Em Curitiba os parques Barigui, Tanguá e Tingui formam um grande parque
linear que tem como uma das funções evitar enchentes, captando assim a água
pluvial.
As enchentes não são apenas consequência de jogar lixo na rua, e não
devem ser tratadas separadamente. Podem ser minimizadas pelo planejamento de
uso e ocupação do solo para as cidades.
Vamos pesquisar no Google que ações a prefeitura de sua cidade tem
realizado para evitar enchentes. Será que há alguma legislação em sua cidade que
limite a impermeabilização do solo pelos moradores e empresas?
Qual o papel do cidadão neste contexto.
A erosão é um impacto também presente nas áreas urbanas. Nos recursos
utilizados tem um vídeo, onde ilustra grandes problemas do estado do Paraná em
função da erosão.
Após ver o vídeo reflita que ações podem ser realizadas para evitar.
O que achou da obra do estádio em Umuarama? Foi uma opção
economicamente e ambientalmente viável?
Na entrevista os responsáveis pela obra falam que foram utilizados cerca de
quinze mil caminhões de terra, será que não foram degradadas outras áreas para
consertar essa? Dê sua opinião.
2.5.4 Recursos Utilizados
Vídeo Deslizamento
Mostra por meio de uma maquete como ocorre os deslizamentos. Bem explicativo
com 2 minutos de duração, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=UqKmWfzhIXY
45
Reportagem do jornal Gazeta do Povo ‘Nem tudo é culpa da natureza’
de 15 de maço de 2011
Matéria sobre os deslizamentos ocorridos na Serra do Mar e equipe do Centro de
Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná (Cenacid) aponta
para uma mescla de responsabilidades, naturais e humanas, pela
tragédia, disponível em:
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&i
d=1105925&tit=Nem-tudo-e-culpa-da-natureza
Vídeo sobre erosão Meu Paraná Trata-se de um programa regional do
Paraná onde neste episódio aborda a erosão ocorrida em várias cidades do Paraná,
traz um exemplo de um estádio de futebol que foi construído dentro de uma
voçoroca. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=zn0WStMFPO0
46
3.REFERÊNCIAS
MUGGLER, C.C; PINTO S.; MACHADO F.A. Educação em solos: princípios,
teoria e métodos. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 30, n. 4, p. 733-
740, 2006.
MUGGLER, CC; SANTOS, J. A.A; QUEIROZ A.M.M. Solos: conhecer para
conservar - o novo eixo temático do Museu de Ciências da Terra Aléxis Dorofeef. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 31., 2007, Gramado. Anais...
Gramado: UFRGS, 2007. p. 42 - 52. CD-ROM.
LIMA, M.R. de. O solo no ensino de ciências no nível fundamental. Ciência &
Educação, Bauru, v. 11, n. 3, p. 383-395, 2005.
LIMA, V. C.; LIMA, M. R.; MELO, V. F. (editores). O solo no meio ambiente:
abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do
ensino médio. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, Departamento de Solos e
Engenharia Agrícola, 2007. 130 p.
CARNEIRO, P.R.F.; MIGUEZ, M.G. Controle de inundações em bacias
hidrográficas metropolitanas. São Paulo: ANNABLUME, 2011.