EESSCCOOLLAA BBÍÍBBLLIICCAA BBEETTEELL...

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E E S S C C O O L L A A B B Í Í B B L L I I C C A A B B E E T T E E L L I INTEGRAÇÃO DE N NOVOS M MEMBROS Ano 2017

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EESSCCOOLLAA BBÍÍBBLLIICCAA BBEETTEELL

IINNTTEEGGRRAAÇÇÃÃOO DDEE NNOOVVOOSS MMEEMMBBRROOSS

AAnnoo 22001177

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SSUUMMÁÁRRIIOO

BBooaass VViinnddaass ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ii

HHiissttóórriiaa ddaa IIggrreejjaa BBaattiissttaa BBeetteell ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................0044

DDeeccllaarraaççããoo DDoouuttrriinnáárriiaa ddaa CCoonnvveennççããoo BBaattiissttaa BBrraassiilleeiirraa ..............................................................................................................................................................................................................0088

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SSéérriiee ddee EEssttuuddooss:: SSeerr IIggrreejjaa ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................1177

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LLiiççããoo 0022:: OO qquuee éé sseerr mmeemmbbrroo ddaa iiggrreejjaa?? ..............................................................................................................................................................................................................................................................2200

LLiiççããoo 0033:: SSeerr iiggrreejjaa –– aa rreeuunniiããoo ddooss ssaannttooss ......................................................................................................................................................................................................................................................2233

LLiiççããoo 0044:: SSeerr iiggrreejjaa éé eessttaabbeelleecceerr uumm aammbbiieennttee ddee uunniiddaaddee ........................................................................................................................................................................................2244

LLiiççããoo 0055:: SSeerr iiggrreejjaa éé ppeerrtteenncceerr aa uumm ggrruuppoo eessppeecciiaall ................................................................................................................................................................................................................2277

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LLiiççããoo 0088:: SSeerr iiggrreejjaa éé eenntteennddeerr aa ggrraannddeezzaa ddee DDeeuuss ee ccoonnffiiaarr ttoottaallmmeennttee nneellee ....................................................................................................................3333

LLiiççããoo 0099:: SSeerr iiggrreejjaa éé rreessggaattaarr aa ssaaúúddee eemmoocciioonnaall ddooss mmeemmbbrrooss ......................................................................................................................................................................3366

LLiiççããoo 1100:: UUnniiddooss ppaarraa oouuvviirr aa vvoozz ddee DDeeuuss ......................................................................................................................................................................................................................................................3399

LLiiççããoo 1111:: OO jjooiioo ee oo ttrriiggoo –– lliiddaannddoo ccoomm ffaallssooss ccrreenntteess ............................................................................................................................................................................................................4411

MMiinniissttéérriiooss ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................4433

PPeeqquueennooss GGrruuppooss ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................4444

TTeerrmmoo ddee CCoommpprroommiissssoo ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................4455

FFiicchhaa ddee VVoolluunnttáárriioo ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................4466

FFiicchhaa ddee MMeemmbbrroo BBeetteell ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................4477

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BBOOAASS VVIINNDDAASS

A sua vinda para a igreja Batista Betel não foi um acidente ou acaso. Nós oramos por isso!

A Betel sempre ora para que Deus em sua infinita graça, misericórdia, amor e sabedoria,

direcione o maior número possível de pessoas para a nossa igreja, afim de que, unidos por intermédio

de Jesus Cristo, cumpramos a missão de fazer discípulos de Jesus em todas as nações do mundo. É por

isso, que cremos que não foi um acidente o fato de você ter vindo congregar em nossa igreja.

O nome Betel tem origem na língua hebraica que significa: Casa de Deus. Como Casa de Deus, a

Betel tem sido desde a sua fundação um local onde milhares de pessoas tem se achegado para servir e

adorar a Jesus. Somos uma grande família. Deus é o nosso Pai. E nessa família sempre haverá espaço

para aqueles que desejam receber e compartilhar o amor de Deus em sua vida.

Desejamos que este novo tempo que Deus nos tem proporcionado seja repleto de mútua

comunhão e crescimento na fé em Jesus Cristo.

Nas próximas páginas você conhecerá um pouco mais sobre a história da igreja Batista Betel, a

nossa missão, nossas convicções doutrinárias, nossos desafios por meio dos Círculos do

Comprometimento, o que cremos ser igreja, os ministérios da Betel, e por fim, a importância de

participar de um Pequeno Grupo para o crescimento cristão.

Nosso objetivo como servos de Deus pode muito bem ser resumido no texto de Filipenses 2.15

que diz: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração

corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo”.

Bons estudos!

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HHIISSTTÓÓRRIIAA DDAA IIGGRREEJJAA BBAATTIISSTTAA BBEETTEELL11

Igreja Batista Betel. Este é um pequeno histórico de como Deus nos tem abençoado ao longo desses últimos anos. Deus usou 29 (vinte e nove) membros fundadores no dia 1º de Janeiro de 1938, tendo recebido o nome de 20ª Egreja Evangélica Baptista de São Paulo. Na ocasião, Deus escolheu o Pastor Taylor Crawford Bagdy, membro da Igreja Batista de Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, na instrumentalidade do Pastor Dr. Rubens Lopes, para evangelizar Santana. Com seu harmônio manual, que era levado pelo irmão Oséas da Silva, ainda adolescente, e tocado pelas ruas de Santana, muita gente se convertia por meio dos cânticos e pela pregação da Palavra do grande missionário.

A Primeira Sede foi na rua Doutor César, 33, no bairro de Santana, nesta capital. Cinco meses após ter nascido, mudou-se para a rua Voluntários da Pátria, 409, no dia 26/05/1938, para um salão maior, pois o povo estava sendo alcançado, a missão principal da igreja era: EVANGELIZAR! GANHAR O POVO DE SANTANA PARA CRISTO! Mateus 28:16 a 20 – Ir, ensinar, batizar e guardar os ensinamentos de Cristo e Ele estaria com o Seu povo.

Em 1939, foi oficializada a Sociedade Feminina Missionária que já existia desde 1937, quando a Igreja ainda era Congregação. Em 1940, foi formado o Coro Betel. No dia 1º de março de 1941, foi organizada a 1ª igreja filha: Igreja Batista Ebenézer, no bairro da Mooca, para onde foram transferidos 21 membros por carta; o “Ide” de Jesus estava se cumprindo além de Santana.

Em 1943, o Pr. T. C. Bagby, e sua esposa seguiram para Missões Nacionais em Goiânia, tomando posse como Pastor Titular o diácono José Furtado de Mendonça, pastor recém-consagrado e examinado a fundo por um Concílio de Pastores Batistas de firmes convicções teológicas; o Pr. Mendonça era autodidata e homem de profunda visão cultural. Nesse mesmo ano também foi organizada a Sociedade Missionária de Homens.

Em 1945, foi realizada a compra de uma propriedade na Rua Alfredo Pujol, 242, onde o Pr. Mendonça liderou a construção do 1º templo Betel em sua sede oficial: a “EGREJA EVANGÉLICA BAPTISTA BETHEL”. A casa de Deus, nome escolhido em assembleia de 7 de fevereiro de 1945, numa rua famosa do bairro de Santana, na qual trafegavam bondes e o trem da Cantareira, conhecido como “Maria Fumaça”.

Em 1950, formou-se a primeira turma da Faculdade Teológica Batista de SP. Tendo como

1 Por Stenio Esteter.

formandos 2 (dois) membros de Betel: Pr. José Pereira Neves e Pr. Mário Fernandes Doro, também consagrados em Betel, indo ambos para o Campo Missionário fim de cumprir o “ide, ensinar e batizar de Jesus”, conforme Mateus 28:16 a 20.

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Em 1952, chegaram a Betel o diácono Leobino José Palmeira e sua família, já consagrado pela Igreja Batista do Brás, agregando-se ativamente na Junta Diaconal Betel. Homem de Deus que, por 25 (vinte e cinco) anos, esteve na liderança da igreja como vice-presidente, dirigindo-a com sabedoria ao lado do Pr. Mendonça e, alguns anos mais tarde, ao lado do Pr. Silas Melo, aproveitando seu tempo para estudar e bacharelar-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

O nome Betel também era conhecido como Luz, por isso, a Igreja Batista Betel nunca perdeu a meta de ensinar e aprender e, na visão do Pr. Mendonça, em 1952, foi criada a Escola Mista “Campo Grande” no terreno da futura Igreja Batista do Imirim, sua diretora era a irmã Olga Fusca Lima, grande professora da E.B.D. (Escola Bíblica Dominical) e educadora no bairro.

Em 1956, como 22 (vinte e dois) membros, foi fundada a Igreja Batista do Imirim, fruto de escola que funcionava lá.

Em 1957, foi organizada a Igreja Batista Macedônia, com 27 (vinte sete) membros saídos de Betel sob a liderança do Seminarista Humberto Veigas Fernandes, que foi consagrado Pastor e lá permaneceu por vários anos.

Em 1963, comemorou-se o “Jubileu de Prata, 25 (vinte cinco) anos a Igreja Batista Betel servindo ao Senhor”, num culto cheio de louvor e gratidão, dirigido pelo diácono Leobino José Palmeira, seu vice-presidente.

Em 1965, o templo já estava pequeno, então o diácono Leobino liderou a reforma e ampliação das dependências do templo, tornado-o mais confortável e adequado para receber o povo que chegava e se agregava ao povo betelense para estudar a Bíblia na E.B.D. e ser fiel aos cultos, nos dízimos e ofertas; jovens

que chegavam e eram recebidos na Classe de Jovens na E.B.D. pelo professor Siarlindo Pereira Neves, homem de Deus, professor estudioso da Bíblia, corista fiel, o qual ensinava a Mocidade a zelar pela Igreja, apregoando fidelidade a Deus em todos os momentos.

Em 1966, o diácono Aldemiro Marçal sugeriu à Igreja Batista Betel a criação do Instituto Betel, do qual foi o primeiro dirigente. O evento acontecia no mês de julho, de segunda a sábado como cultos e estudos bíblicos. Dele originou-se o atual INTERNORTE, do qual participam todas as Igrejas da ABANC. Neste mesmo ano organizava-se a Igreja Batista Central em Jardim Tremembé, com 45 (quarenta e cinco) membros transferidos e seu pastor Titular, Pr. Joanito dos Reis Ambrósio, também recém – formado na Faculdade Teológica de São Paulo e consagrado em Betel.

A Igreja Batista Betel crescia em número e espiritualmente e, em 1967, com a aposentaria e a transferência do Pr. Mendonça; foi escolhida a Comissão de indicação de nomes para a sucessão pastoral, fazendo parte dela o diácono Leobino José Palmeira e o irmão Stenio Esteter, então presidente da Mocitel; 5 (cinco) nomes foram indicados, estudados e pesquisados pela Comissão e levados à assembléia, tendo sido indicado por Deus e votado pela igreja o nome do Pastor Silas da Silva Melo.

Em 09/07/1968, num culto festivo, o Pr. Silas tornou-se Pastor Titular e a igreja recebeu por transferência as cartas da família melo: Pr. Silas, Maria José, Silas Jr., Carlos Márcio, batizando-se alguns anos mais tarde Azeneth e Lucas George.

Em 1970, além do nascimento de sua filha, Ana Lucia, o Pr. Silas Melo levou a Igreja a participar da 52ª Convenção Batista Brasileira em Salvador/BA, organizando a 1ª caravana da Tocha do Amor, dando início às atividades da AMAR – Associação Missionária do Ar – que, por mais de 20 (vinte) anos, anunciou o Evangelho pelo rádio além de patrocinar com a Igreja Batista Betel, a corrida da Tocha do Amor, evento que trouxe muitas almas para o Senhor e que se agregaram à Igreja, cumprindo, assim, o “Ide de Jesus, anunciar, ensinar e batizar”. O povo betelense corria pelas ruas de São Paulo anunciando o Evangelho e distribuindo folhetos.

Em 1973, organizava-se em templo próprio, a Igreja Batista da Fé, como a transferência de 46 (quarenta e seis) irmãos e seu Pastor Titular, Pr. Joel Pereira Lima, que permanece até hoje levando o Evangelho ao Bairro de Santa Inês.

Em 1978, “Jubileus de Esmeralda – 40 (quarenta) anos servindo ao Senhor”; o diácono Leobino José Palmeira, vice-presidente da Igreja, dirigiu as comemorações e o Pr. Silas realizou 44 (quarenta e quatro) batismos, fruto do trabalho evangelístico da Igreja. Ainda em 1978, organizou-se a 1ª Igreja Batista em Lauzane Paulista, também com o templo próprio e o Pr. Titular, o Pr. Carlos Inácio Rodrigues que permanece à frente do rebanho, o qual

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começou com 38 (trinta e oito) cartas de transferência de Betel. Nessa época, o templo Betel já não comportava o povo, por isso a Igreja decidiu ampliar a tenda, conforme Isaías 54:2 – “Amplia o lugar de tua tenda e as cortinas das tuas habitações se estendam”.

Em 1979, foram compradas as casas 210 e 212, à esquerda do templo, ocasião em que os betelenses cantavam: “É Betel Casa de Deus, É Betel Porta do Céu” e traziam pessoas para ouvir a mensagem, o povo evangelizava nas ruas e construía pela fé o novo templo Betel. O Senhor estava conosco todos os dias e Betel crescia em número e em espiritualidade.

Dentre todas as vitórias da Igreja Batista Betel, a maior sempre foi à salvação de almas e a evangelização, visando à ampliação do reino de Deus aqui na terra, por isso em 1995, no dia 07 de Setembro, numa grande passeata evangelística pela cidade de Terra Preta, convidando o povo, organizávamos a 1ª Igreja Batista em Terra Preta, com templo próprio e 22 (vinte e dois) membro de Betel por carta de transferência; Betel crescendo e plantando o evangelho de Cristo além de Santana!

Os anos de 1995 e 1996 marcaram a construção do anexo como estacionamento inferior e superior com mais de 80 (oitenta) vagas; a igreja passou a ocupar o Salão Pioneiros, nome dado em homenagem aos 29 (vinte e nove) membros que organizaram a 20ª Egreja Evangélica Baptista de São Paulo em 1938.

De 1995 a 1997, foi feito o acabamento nas escadarias e nos andares superiores, até o 6º andar do Edifício Betel, época em que a igreja passou a usar várias salas de aula para a EBD e dependências para funcionamento da Escola de Música.

Em 1997, foi feita a inauguração da cantina e refeitório no subsolo onde o povo betelense participa da comunhão do pão aos domingos, sopa às quartas-

feiras e, em ocasiões especiais, banquetes de confraternização. Foi feita, também, a entrada do estacionamento para as dependências do edifício.

Em abril de 1998, o Senhor provou a fé da igreja quando, após sete meses de enfermidade, o Pr. Silas Melo foi chamado à presença de Deus, o qual mostrava à igreja que sua vontade prevalecia sobre a vontade dos homens e a igreja, que, mesmo sem o líder espiritual, confiou e entregou-se em oração, clamando para que o Senhor apontasse o caminho a seguir. Nesse mesmo ano, em julho, a Igreja Batista Betel recebeu a hospedou a Convenção Batista do Estado de São Paulo. Parte das reuniões foram realizadas no templo e dependências da igreja, bem como hospedagem de muitos convencionistas. As grandes reuniões, com cerca de 3000 (três mil) pessoas, foram realizadas no ginásio desportivo da Universidade Bandeirantes – UNIBAN, onde o evangelho foi efusivamente pregado pelos paulistas e muitas vidas foram alcançadas. Durante 18 (dezoito) meses, a igreja dependeu inteiramente de Deus para que o irmão Antonio Nasser, como seu 1º vice-presidente, o Pr. Valter Hernani e o Pr. Geovane Floriano conduzissem a igreja administrativa e espiritualmente.

Em 1999, constitui-se a comissão de sucessão pastoral composta por 11 (onze) irmãos, a qual, juntamente com a igreja, traçou o perfil do homem de Deus para este templo em Betel. Essa comissão aconselhou-se por várias vezes como o Pr. Irland P. de Azevedo, presidente da Ordem dos Pastores do Estado

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de São Paulo, e submeteu-se incondicionalmente para o ministério da Palavra; ao final, 23 (vinte e três) nomes foram indicados, dos quais, depois de consultados, 10 (dez) permaneceram até o final do processo, tendo sido pesquisados por diversas vezes sob oração e submissão aos planos de Deus; destes nomes 07 (sete) foram entrevistados pela comissão e apenas um foi levado à igreja, pois a comissão e a diretoria criam plenamente que aquele era o nome do homem que Deus escolhera, mesmo sem a igreja conhecê-lo. A igreja confiou no trabalho da comissão e referendou o nome do Pr. Dálfines Serra Braga, então pastor titular da 1ª Igreja Batista de Americana, que se submeteu integralmente à vontade de Deus, com oração e súplicas junto com sua família e com toda a Igreja Batista Betel durante uma semana em várias horas do dia no templo, para que Deus assim confirmasse sua vontade soberana, e no dia 06 de junho, num domingo festivo, o Pr. Dálfines foi conhecido e crivado de perguntas pela igreja que louvava a Deus já ciente de que ele era o homem que iria liderar o rebanho. Assim, a igreja votou unanimemente para que fosse confirmado o convite ao Pr. Dálfines, ficando a cargo da comissão de sucessão acertar os detalhes a fim de que tudo se concretizasse e, no dia 04/09/1999, num culto solene de gratidão pelos 10 (dez) anos de ministério pastoral, o Pr. Dálfines tomou posse como pastor titular de Betel e como pastor titular de Betel e como presidente da AMAR.

No ministério do Pr. Dálfines foi criada a comissão de Planejamento Estratégico com o objetivo de organizar e pôr em prática a missão da igreja: - “Ser uma igreja consagrada a Deus, viva na adoração, santa na comunhão, forte na educação, fiel na cooperação, comprometida com a pregação do evangelho de Cristo para a salvação do homem e glorificação de Deus”. E para esta nova etapa, a igreja escolhera o modelo de igreja: - “Rede Ministerial”.

Do ano 2000 até 2005, houve a implementação da Rede Ministerial como líderes de ministérios treinados para disciplinar novos crentes. Educação Cristã contínua, louvor, adoração e celebração através de estudos bíblicos, pregações e treinamento de casais, adultos, jovens, adolescentes e crianças, visando o aperfeiçoamento dos santos e a conquista de vidas para Cristo.

Ainda no ano de 2005, no mês de novembro, com a saída do Pr. Dálfines, tomou posse como pastor Interino da igreja, o Pastor Antonio Mendes Gonçales, pastor da Primeira Igreja Batista de Atibaia, e então presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo; pois a presidência da igreja estava sob a responsabilidade do diácono Wellington Newton Marinho de Moura, e a igreja necessitava de um líder espiritual. A Primeira Igreja Batista de Atibaia, com profundo amor cristão, liberou o Pr. Mendes para que assistisse a igreja Betel espiritualmente nesta hora em que Deus estava provando a fé da membresia após 67 (sessenta e sete) anos de bênçãos. A igreja saiu-se vencedora, pois a presença, o estímulo e a sabedoria do Pr. Mendes, durante nove meses, levou a igreja ao crescimento, à maturidade espiritual e a adotar uma nova visão de ministério pastoral, ele mesmo, como pastor interino, serviu de orientador e relator, levando a igreja a perseverar em oração, admoestando e exortando a igreja em todas as situações para que todos dependessem de Deus, pois, com certeza, Deus, o nosso Pai, já havia escolhido o homem certo para conduzir a igreja Betel, o rebanho especial de Deus no bairro de Santana.

No dia 13 de maio de 2006, a comissão de sucessão convidou, entrevistou e conheceu detalhada e profundamente o ministério pastoral do Pastor Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez, da Primeira Igreja Batista de Goiânia, Estado de Goiás, e apresentou o seu nome para a apreciação da igreja, o qual, juntamente com sua esposa, a irmã Nivia Farias Ribeiro Ávilla Gimenez e seu filho Guilherme Junior, apresentaram-se à igreja para compartilhar de suas experiências ministeriais, tendo o Pr. Mendes intermediado todo o contato, resultando num domingo alegre, descontraído e festivo, quando toda a igreja pôde conhecer, perguntar e interagir com o Pr. Guilherme e sua família e, posteriormente, numa grande assembleia, votar pelo convite ao pastor para assumir o ministério da palavra em Betel em tempo integral, como pastor Titular.

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No dia 23 de setembro de 2006, a igreja Betel, realizou um grande culto de posse do Pr. Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez, com a presença de várias igrejas batistas de São Paulo, notadamente a Igreja Batista de Ponte Grande, da cidade de Guarulhos, São Paulo, onde o Pr. Guilherme pastoreou por nove anos. O culto solene de posse foi dirigido pelo pr. Antônio Mendes Gonçales, que também foi o mensageiro da noite e contou com a presença de 16 (dezesseis) pastores que impuseram-lhe as mãos, tendo pronunciado a oração de posse o pr. Marcelo Longo, a igreja cantou o Hino 560 do Hinário para o Culto Cristão – “Olhando para Cristo”, a despedida deu-se com a leitura Bíblica de Números 6:24-26 – “Que o Senhor abençoe a Igreja Batista Betel, nesta nova fase, sob a liderança do Pr. Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez e sua família que são vindos ao meio do povo betelense!”

De 2006 até 2008, a nossa igreja vem se preparando para enfrentar grandes desafios. Lançamos no ano de 2009, sob a direção do pr. Guilherme, o projeto Plante uma Árvore, que visa criar uma nova filosofia de pastoreio mútuo através dos Pequenos Grupos. Ainda no ano de 2009, a Betel deu início ao processo de ampliação da equipe pastoral por meio do projeto: “Pastor Trainee”. Na ocasião, a igreja convidou o seminarista Fernando Vargas da Costa, membro da Betel, para este plano piloto, onde, após 1 (um) ano de treinamento a igreja decidiria se desejava ou não tê-lo como pastor auxiliar. Passado este período de um ano, em 2010, a igreja decidiu em Assembleia admitir o seminarista Fernando Vargas para se tornar pastor auxiliar da Betel. Neste mesmo ano, a igreja solicitou junto a Ordem dos Pastores Batistas de São Paulo, o seu concílio examinatório, onde ele foi aprovado, ordenado pastor, e posteriormente, consagrado ao cargo de pastor auxiliar na Betel.

No ano de 2012, iniciamos o treinamento da Primeira Geração de Líderes de Pequenos Grupos, sob a liderança do pastor Guilherme, onde desejamos num futuro próximo criar os primeiros pequenos grupos da nossa igreja.

Ainda no ano de 2012, a igreja deu mais um passo para ampliar a sua atuação ministerial por meio da contratação do ministro de música Rubens Sérgio Dutra de Oliveira, para liderar o ministério de Louvor e Adoração, e somar esforços ao ministério pastoral.

No ano de 2013, a Betel celebrou Bodas de Diamante em comemoração aos seus 75 (setenta e cinco) anos de organização. Durante todo o ano de 2013 a igreja promoveu várias ações celebrativas como forma de agradecer a Deus as bênçãos recebidas durante todos esses anos e também, rogar ao Pai que apontasse a sua vontade para a nossa geração.

No ano de 2015, a Betel deu mais um passo de fé, por meio do compromisso público dos seus membros, para concluir as obras de construção do prédio. Desde então, temos dedicado um grande esforço para que, nos próximos anos tenhamos concluído todas as obras de acesso ao prédio. Todavia, a nossa missão de fazer discípulos de Jesus não deixou de ser nossa primazia. Temos consciência de que temos um prédio para concluir, mas também, temos uma igreja que precisa ser edificada em Jesus Cristo. Por isso, temos nos esforçado e dedicado o nosso melhor para honrar e glorificar o nosso Deus em tudo que realizamos.

Grandes coisas fez o Senhor por nós e por isso estamos alegres! (Salmo 126.3)

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DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO DDOOUUTTRRIINNÁÁRRIIAA

DDAA CCOONNVVEENNÇÇÃÃOO BBAATTIISSTTAA

BBRRAASSIILLEEIIRRAA22

INTRODUÇÃO

Os discípulos de Jesus Cristo que vieram a ser designados pelo nome batista se caracterizavam pela sua fidelidade às Escrituras e por isso só recebiam em suas comunidades, como membros atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas pessoas eram por eles batizadas e não reconheciam como válido o batismo administrado na infância por qualquer grupo cristão, pois, para eles, crianças recém-nascidas não podiam ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotarem essas posições eles estavam bem fundamentados nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A mesma fundamentação tinham todas as outras doutrinas que professavam. Mas sua exigência de batismo só de convertidos é que mais chamou a atenção do povo e das autoridades, daí derivando a designação “batista” que muitos supõem ser uma forma simplificada de “anabatista”, “aquele que batiza de novo”. A designação surgiu no século 17, mas aqueles discípulos de Jesus Cristo estavam espiritualmente ligados a todos os que, através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos ensinamentos das Escrituras, repudiando, mesmo com risco da própria vida, os acréscimos e corrupções de origem humana. Através dos tempos, os batistas se têm notabilizado pela defesa destes princípios:

1. A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta.

2. O conceito de igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas.

3. A separação entre igreja e estado. 4. A absoluta liberdade de consciência. 5. A responsabilidade individual diante de Deus. 6. A autenticidade e apostolicidade das igrejas.

Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa cooperação entre suas igrejas. Não havendo nenhum poder que possa constranger a igreja

2 Disponível em https//:www.batistas.org.br. Acessado em 10 de Abril de 2012.

local, a não ser a vontade de Deus, manifestada através de seu Santo Espírito, os batistas, baseados nesse princípio da cooperação voluntária das igrejas, realizam uma obra geral de missões, em que foram pioneiros entre os evangélicos nos tempos modernos; de evangelização, de educação teológica, religiosa e secular; de ação social e de beneficência. Para a execução desses fins, organizam associações regionais e convenções estaduais e nacionais, não tendo estas, no entanto, autoridade sobre as igrejas; devendo suas resoluções ser entendidas como sugestões ou apelos. Para os batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem a única regra de fé e conduta, mas, de quando em quando, as circunstâncias exigem que sejam feitas declarações doutrinárias que

esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem posições. Cremos estar vivendo um momento assim no Brasil, quando uma declaração desse tipo deve ser formulada, com a exigência insubstituível de ser rigorosamente funda-mentada na palavra de Deus.

É o que faz agora a Conven-ção Batista Brasileira, nos 19 artigos que seguem:

I- ESCRITURAS SAGRADAS

1. A Bíblia é a palavra de Deus em linguagem humana – cf. (Sl 119.89; Hb 1.1; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45; Jo 10.35; Rm 3.2; 1Pe 1.25; 2Pe 1.21);

2. É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens – cf. (Is 40.8; Mt 22.29; Hb 1.1,2; Mt 24.35; Lc 24.44,45; 16.29; Rm 16.25,26; 1Pe 1.25);

3. Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo – cf. (Ex 24.4; 2Sm 23.2; At 3.21; 2Pe 1.21);

4. Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar os crentes, e promover a glória de Deus – cf. (Lc 16.29; Rm 1.16; 2Tm 3.16,17; 1Pe 2.2; Hb 4.12; Ef 6.17; Rm 15.4);

5. Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de erro, e por isso é um perfeito tesouro de instrução divina – cf. (Sl 19.7-9; 119.105; Pv 30.5; Jo 10.35; 17.17; Rm 3.4; 15.4; 2Tm 3.15-17);

6. Revela o destino final do mundo e os critérios pelo qual Deus julgará todos os homens – cf. (Jo 12.47,48; Rm 2.12,13);

7. A Bíblia é a autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a conduta dos homens – cf. (2Cr 24.19; Sl 19.7-9; Is 34.16; Mt 5.17,18; Is 8.20; At 17.11; Gl 6.16; Fp 3.16; 2Tm 1.13);

8. Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo – cf. (Lc 24.44,45; Mt

““PPaarraa ooss bbaattiissttaass,, aass EEssccrriittuurraass

SSaaggrraaddaass,, eemm ppaarrttiiccuullaarr oo NNoovvoo

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5.22,28,32,34,39; 17.5; 11.29,30; Jo 5.39,40; Hb 1.1,2; Jo 1.1,2,14).

II- DEUS

1. O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente, e onipresente; é perfeito em santidade, justiça, verdade e amor – cf. (Dt 6.4; Jr 10.1; Sl 139; 1Co 8.6; 1Tm 2.5,6; Ex 3.14; 6.2,3; Is 43.15; Mt 6.9; Jo 4.24; 1Tm 1.17; Ml 3.6; Tg 1.17; 1Pe 1.16,17);

2. Ele é o criador, sustentador, redentor, juiz e Senhor da história e do universo, que governa pelo seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo com o seu eterno propósito e graça – cf. (Gn 1.1; 17.1; Ex 15.11-18; Is 43.3; At 17.24-26; Ef 3.11; 1Pe 1.17);

3. Deus é infinito em santidade e em todas as demais perfeições – cf. (Ex 15.11; Is 6.2; 57.15; Jó 34.10);

4. Por isso, a ele devemos todo o amor, culto e obediência – cf. (Mt 22.37; Jo 4.23,24; 1Pe 1.15,16);

5. Em sua Triunidade, o eterno Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo, pessoas distintas, mas, sem divisão em sua essência – cf. (Mt 28.19; Mc 1.9-11; 1Jo 5.7; Rm 15.30; 2Co 13.13; Fp 3.3).

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DEUS PAI

✓ Deus, como Criador, manifesta disposição paternal para com todos os homens – cf. (Is 64.8; Mt 6.9; 7.11; At 17.26-29; 1Co 8.6; Hb 12.9);

✓ Historicamente ele se revelou primeiro como pai ao povo de Israel, que escolheu consoante os propósitos de sua graça – cf. (Ex 4.22,23; Dt 32.6-18; Is 1.2,3; 63.16; Jr 31.9);

✓ Ele é Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem enviou a este mundo para salvar os pecadores e deles fazer filhos por adoção – cf. (Sl 2.7; Mt 3.17; 17.5; Lc 1.35; Jo 1.12);

✓ Aqueles que aceitam a Jesus Cristo e nele crêem são feitos filhos de Deus, nascidos pelo seu espírito, e, assim, passam a tê-lo como Pai celestial, dele recebendo proteção e disciplina – cf. (Mt 23.9; Jo 1.12,13; Rm 8.14-17; Gl 3.26; 4.4-7; Hb 12.6-11).

DEUS FILHO

✓ Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus – cf. (Sl 2.7; 110.1; Mt 1.18-23; 3.17; 8.29; 14.33; 16.16,27; 17.5; Mc 1.1; Lc 4.41; 22.70; Jo 1.1,2; 11.27; 14.7-11; 16.28;

✓ Nele, por ele e para ele, foram criadas todas as coisas – cf. (Jo 1.3; 1Co 8.6; Cl 1.16,17);

✓ Na plenitude dos tempos ele se fez carne, na pessoas real e histórica de Jesus Cristo, gerada pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, sendo, em sua pessoa, verdadeiro Deus e verdadeiro homem – cf. (Is 7.14; Lc 1.35; Jo 1.14; Gl 4.4,5);

✓ Jesus é a imagem expressa do seu Pai, a revelação suprema de Deus ao homem – cf. (Jo 14.7-9; Mt 11.27; Jo 10.30,38; 12.44-50; Cl 1.15,19; 2.9; Hb 1.3);

✓ Ele honrou e cumpriu plenamente a lei divina e revelou e obedeceu toda a vontade de Deus – cf. (Is 53; Mt 5.17; Hb 5.7-10);

✓ Identificou-se perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo e expiando a culpa de nossos pecados, conquanto ele mesmo não tivesse pecado – cf. (Rm 8.1-3; Fp 2.1-11; Hb 4.14,15; 1Pe 2.21-25);

✓ Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde à destra do Pai, exerce o seu eterno sumo sacerdócio – cf. (At 1.6-14; Jo 19.30,35; Mt 28.1-6; Lc 24.46; Jo 20.1-20; At 2.22-24; 1Co 15.4-8);

✓ Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens e o único e suficiente Salvador e Senhor – cf. (Jo 14.6; At 4.12; 1Tm 2.4,5; At 7.55,56; Hb 4.14-16; 10.19-23);

✓ Pelo seu Espírito ele está presente e habita no coração de cada crente e na igreja – cf. (Mt 28.20; Jo 14.16,17; 15.26; 16.7; 1Co 6.19);

✓ Ele voltará visivelmente a este mundo em grande poder e glória, para julgar os homens e consumar sua obra redentora – cf. (At 1.11; 1Co 15.24-28; 1Ts 4.14-18; Tt 2.13).

DEUS ESPÍRITO SANTO

✓ O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é pessoa divina – cf. (Gn 1.2; Jó 23.13; Sl 51.11; 139.7-12; Is 61.1-3; Lc 4.19,18; Jo 4.24; 14.16,17; 15.26; Hb 9.14; 1Jo 5.6,7; Mt 28.19);

✓ É o Espírito da verdade – cf. (Jo 16.13; 14.17; 15.26);

✓ Atuou na criação do mundo e inspirou os homens a escreverem as Sagradas Escrituras – cf. (Gn 1.2; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21);

✓ Ele ilumina os homens e os capacita a compreenderem a verdade divina – cf. (Lc 12.12; Jo 14.16,17,26; 1Co 2.10-14; Hb 9.8);

✓ No dia de Pentecostes, em cumprimento final da profecia e das promessas quanto à descida do Espírito Santo, ele se manifestou de maneira singular, quando os primeiros discípulos foram batizados no Espírito, passando a fazer parte do Corpo de Cristo que é a Igreja. Suas outras manifestações, constantes no livro Atos dos Apóstolos, confirmam a evidência de universalidade do dom do Espírito Santo a todos os que crêem em Cristo – cf. (Jl 2.28-32; At 1.5; 2.1-4; Lc 24.29; At 2.41; 8.14-17; 10.44-47; 19.5-7; 1Co 12.12-15);

✓ O recebimento do Espírito Santo, sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra, regenerados pelo Espírito, à igreja – cf. (At 2.38,39; 1Co 12.12-15);

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✓ Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica – cf. (Jo 14.16,17; 16.13,14);

✓ Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo – cf. (Jo 16.8-11);

✓ Opera a regeneração do pecador perdido – cf. (Jo 3.5; Rm 8.9-11);

✓ Sela o crente para o dia da redenção final – cf. (Ef 4.30);

✓ Habita no crente – cf. (Rm 8.9-11); ✓ Guia-o em toda a verdade – cf. (Jo 16.13); ✓ Capacita-o para obedecer à vontade de Deus – cf.

(Ef 5.16-25); ✓ Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação

do Corpo de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo – cf. (1Co 12.7,11; Ef 4.11-13);

✓ Sua plenitude e seu fruto na vida do crente constituem condições para uma vida cristã vitoriosa e testemunhante – cf. (Ef 15.18-21; Gl 5.22,23; At 1.8).

III- O HOMEM

1. Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à sua imagem e conforme à sua semelhança e disso decorrem o seu valor e dignidade – cf. (Gn 1.26-31; 18.22; 9.6; Sl 8.1-9; Mt 16.26);

2. Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo pó há de voltar – cf. (Gn 2.7; 3.19; Ec 3.20; 12.7);

3. Seu espírito procede de Deus e para ele retornará – cf. (Ec 12.7; Dn 12.2,3);

4. O criador ordenou que o homem domine, desenvolva e guarde a obra criada – cf. (Gn 1.21; 2.1; Sl 8.3-8);

5. Criado para a glorificação de Deus – cf. (At 17.26-29; 1Jo 1.3,6,9);

6. Seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir sua divina vontade – cf. (Jr 9.23,24; Mq 6.8; Mt 6.33; Jo 14.23; Rm 8.38,39);

7. Ser pessoal e espiritual, o homem tem capacidade de perceber, conhecer e compreender, ainda que em parte, intelectual e experimentalmente, a verdade revelada, e tomar suas decisões em matéria religiosa, sem mediação, interferência ou imposição de qualquer poder humano, seja civil ou religioso – cf. (Jo 1.4-13; 17.3; Ec 5.14,17; 1Tm 2.5; Jó 19.25,26; Jr 31.3; At 5.29; Ez 18.20; Dn 12.2; Mt 25.32,46; Jo 5.29; 1Co 15; 1Ts 4.16,17Ap 20.11-3).

IV- O PECADO

1. No princípio o homem vivia em estado de inocência e mantinha perfeita comunhão com Deus – cf. (1 Gn 2.15-17; 3.8-10; Ec 7.29);

2. Mas, cedendo à tentação de Satanás, num ato livre de desobediência contra seu Criador, o homem caiu no pecado e assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado – cf. (Gn 3; Rm 5.12-19; Ef 2.12; Rm 3.23);

3. Em conseqüência da queda de nossos primeiros pais, todos somos, por natureza, pecadores e

inclinados à prática do mal – cf. (Gn 3.12; Rm 5.12; Sl 51.15; Is 53.6; Jr 17.5; Rm 1.18-27; 3.10-19; 7.14-25; Gl 3.22; Ef 2.1-3);

4. Todo pecado é cometido contra Deus, sua pessoa, sua vontade e sua lei – cf. (Sl 51.4; Mt 6.14; Rm 8.7-22);

5. Mas o mal praticado pelo homem atinge também o seu próximo – cf. (Mt 6.14,15; 18.21-35; 1Co 8.12; Tg 5.16);

6. O pecado maior consiste em não crer na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, como salvador pessoal – cf. (Jo 3.36; 16.9; 1Jo 5.10-12);

7. Como resultado do pecado, da incredulidade e da desobediência do homem contra Deus, ele está sujeito à morte e à condenação eterna, além de se tornar inimigo do próximo e da própria criação de Deus – cf. (Rm 5.12-19; 6.23; Ef 2.5; Gn 3.18; Rm 8.22);

8. Separado de Deus, o homem é absolutamente incapaz de salvar-se a si mesmo e assim depende da graça de Deus para ser salvo – cf. (8 Rm 3.20; Gl 3.10,11; Ef 2.8,9).

V- SALVAÇÃO

1. A salvação é outorgada por Deus pela sua graça, mediante arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor – cf. (Sl 37.39; Is 55.5; Sf 3.17; Tt 2.9-11; Ef 2.8,9; At 15.11; 4.12);

2. O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz – cf. (Is 53.4-6; 1Pe 1.18-25; 1Co 6.20; Ef 1.7; Ap 5.7-10);

3. A salvação é individual e significa a redenção do homem na inteireza do seu ser – cf. (Mt 116.24; Rm 10.13; 1Ts 5.23,24; Rm 5.10);

4. É um dom gratuito que Deus oferece a todos os homens e que compreende a regeneração, a justificação, a santificação e a glorificação – cf. (Rm 6.23; Hb 2.1-4; Jo 3.14; 1Co 1.30; At 11.18).

REGENERAÇÃO é o ato inicial da salvação em que Deus faz nascer de novo o pecador perdido, dele fazendo uma nova criatura em Cristo. É obra do Espírito Santo em que o pecador recebe o perdão, a justificação, a adoção como filho de Deus, a vida eterna e o dom do Espírito Santo. Nesse ato o novo crente é batizado no Espírito Santo, é por ele selado para o dia da redenção final, e é liberto do castigo eterno dos seus pecados – cf. (Dt 30.6; Ez 36.26; Jo 3.3-5; 1Pe 1.3; 2Co 5.17; Ef 4.20-24); Há duas condições para o pecador ser regenerado: arrependimento e fé. O arrependimento implica mudança radical do homem interior, por força do que ele se afasta do pecado e se volta para Deus. A fé é a confiança e aceitação de Jesus Cristo como Salvador e a total entrega da personalidade a ele por parte do pecador – cf. (Tt 3.5; Rm 8.2; Jo 1.11-13; Ef 4.32; At 11.17); Nessa experiência de conversão o homem perdido é reconciliado com Deus, que lhe concede perdão, justiça e paz – cf. (2Co 1.21,22; Ef 4.30; Rm 8.1; 6.22).

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JUSTIFICAÇÃO, que ocorre simultaneamente com a regeneração, é o ato pelo qual Deus, considerando os méritos do sacrifício de Cristo, absolve, no perdão, o homem de seus pecados e o declara justo, capacitando-o para uma vida de retidão diante de Deus e de correção diante dos homens – cf. (Is 53.11; Rm 8.33; 3.24); Essa graça é concedida não por causa de quaisquer obras meritórias praticadas pelo homem, mas por meio de sua fé em Cristo – cf. (Rm 5.1; At 13.19; Mt 9.6; 2Co 5.31; 1Co 1.30; Gl 5.22; Fp 1.9-11).

SANTIFICAÇÃO é o processo que, principiando na regeneração, leva o homem à realização dos propósitos de Deus para sua vida e o habilita a progredir em busca da perfeição moral e espiritual de Jesus Cristo, mediante a presença e o poder do Espírito Santo que nele habita – cf. (Jo 17.17; 1Ts 4.3; 5.23; 4.7); Ela ocorre na medida da dedicação do crente e se manifesta através de um caráter marcado pela presença e pelo fruto do Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e serviço consagrado a Deus e ao próximo – cf. (Pv 4.18; Rm 12.1,2; Fp 2.12,13; 2Co 7.1; 3.18; Hb 12.14; Rm 6.19).

GLORIFICAÇÃO é o ponto culminante da obra da salvação – cf. (Rm 8.30; 2Pe 1.10,11; 1Jo 3.2; Fp 3.12; Hb 6.11); É o estado final, permanente, da felicidade dos que são redimidos pelo sangue de Cristo – cf. (1Co 13.12; 1Ts 2.12; Ap 21.3,4).

VI- ELEIÇÃO

1. Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida eterna, não por qualquer mérito, mas segundo a riqueza da sua graça – cf. (Gn 12.1-3; Ex 19.5,6; Ez 36.22,23,32; 1Pe 1.2; Rm 9.22-24; 1Ts 1.4);

2. Antes da criação do mundo, Deus, no exercício da sua soberania divina e à luz de sua presciência de todas as coisas, elegeu, chamou, predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no correr dos tempos, aceitariam livremente o dom da salvação – cf. (Rm 8.28-30; Ef 1.3-14; 2Ts 2.13,14);

3. Ainda que baseada na soberania de Deus, essa eleição está em perfeita consonância com o livre-arbítrio de cada um e de todos os homens – cf. (Dt 30.15-20; Jo 15.16; Rm 8.35-39; 1Pe 5.10);

4. A salvação do crente é eterna. Os salvos perseveram em Cristo e estão guardados pelo poder de Deus – cf. (Jo 3.16,36; Jo 10.28,29; 1Jo 2.19);

5. Nenhuma força ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus em Cristo Jesus – cf. (Mt 24.13; Rm 8.35-39);

6. O novo nascimento, o perdão, a justificação, a adoção como filhos de Deus, a eleição e o dom do Espírito Santo asseguram aos salvos a permanência na graça da salvação – cf. (Jo 10.28; Rm 8.35-39; Jd 24).

VII- REINO DE DEUS

1. O reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus e é eterno – cf. (Dn 2.37-44; Is 9.6,7);

2. É também o domínio de Deus no coração dos homens que, voluntariamente, a ele se submetem pela fé, aceitando-o como Senhor e Rei. É, assim, o reino invisível nos corações regenerados que opera no mundo e se manifesta pelo testemunho dos seus súditos – cf. (Mt 4.17; Lc 17.20; 4.43; Jo 18.36; 3.3-5);

3. A consumação do reino ocorrerá com a volta de Jesus Cristo, em data que só Deus conhece, quando o mal será completamente vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para a eterna habitação dos remidos com Deus – cf. (Mt 25.31-46; 1Co 15.24; Ap 11.15).

VIII- IGREJA

1. Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra “igreja” é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Testamento – cf. (Mt 18.17; At 5.11; 20.17-28; 1Co 4.17);

2. Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus, meditarem nos ensinamentos da Bíblia para a edificação mútua e para a propagação do evangelho – cf. (At 2.41,42);

3. As igrejas neotestamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pelas palavras de Deus, sob a orientação do Espírito Santo – cf. (Mt 18.15-17);

4. Há nas igrejas, segundo as escrituras, duas espécies de oficiais: pastores e diáconos. As igrejas devem relacionar-se com as demais igrejas da mesma fé e ordem e cooperar, voluntariamente, nas atividades do reino de Deus. O relacionamento com outras entidades, quer seja de natureza eclesiástica ou outra, não deve envolver a violação da consciência ou o comprometimento da lealdade a Cristo e sua palavra. Cada igreja é um templo do Espírito Santo – cf. (At 20.17,28; Tt 1.5-9; 1Tm 3.1-13);

5. Há também no Novo Testamento outro sentido da palavra “igreja” em que ela aparece como a reunião universal dos remidos de todos os tempos, estabelecida por Jesus Cristo e sobre ele edificada, constituindo-se no corpo espiritual do Senhor, do qual ele mesmo é a cabeça. Sua unidade é de natureza espiritual e se expressa pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação voluntária na realização dos propósitos comuns do reino de Deus – cf. (Mt 16.18; Cl 1.18; Hb 12.22-24; Ef 1.22,23).

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IX- O BATISMO E A CEIA DO SENHOR

1. O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Jesus Cristo, sendo ambas de natureza simbólica – cf. (Mt 3.5,6,13-17; Jo 3.22,23; 4.1,2; 1Co 11.20,23-30);

2. O batismo consiste na imersão do crente em água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e pessoal – cf. (At 2.41,42; 8.12,36-39; 10.47,48);

3. Simboliza a morte e sepultamento do velho homem e a ressurreição para uma nova vida em identificação com a morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e também prenúncio da ressurreição dos remidos – cf. (Rm 6.3-5; Gl 3.27; Cl 2.12);

4. O batismo, que é condição para ser membro de uma igreja, deve ser ministrado sob a invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo – cf. (Mt 28.19; At 2.38,41,42; 10.48);

5. A ceia do Senhor é uma cerimônia da igreja reunida, comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por meio dos elementos utilizados: O pão e o vinho. Nesse memorial o pão representa seu corpo dado por nós no Calvário e o vinho simboliza o seu sangue derramado – cf. ( Mt 26.26-29; 1Co 10.16,17-21; 11.23-29);

6. A ceia do Senhor deve ser celebrada pelas igrejas até a volta de Cristo e sua celebração pressupõe o batismo bíblico e o cuidadoso exame íntimo dos participantes – cf. (Mt 26.29; 1Co 11.26-28; At 2.42; 20.4-8).

X- O DIA DO SENHOR

1. O domingo, dia do Senhor, é o dia do descanso cristão satisfazendo plenamente a exigência divina e a necessidade humana de um dia em sete para o repouso do corpo e do espírito – cf. (Gn 2.3; Ex 20.8-11; Is 58.13-14);

2. Com o advento do cristianismo, o primeiro dia da semana passou a ser o dia do Senhor, em virtude de haver Jesus ressuscitado neste dia – cf. (Jo 20.1,19,26; At 20.7; Ap 1.10);

3. Deve ser para os cristãos um dia de real repouso em que pela, freqüência aos cultos nas igrejas e pelo maior tempo dedicado à oração, à leitura bíblica e outras atividades religiosas eles estarão se preparando para “aquele descanso que resta para o povo de Deus” – cf. (Hb 4.9-11; Ap 14.12,13);

4. Nesse dia os cristãos devem abster-se de todo trabalho secular, excetuando aquele que seja imprescindível e indispensável à vida da comunidade. Devem também abster-se de recreações que desviem a atenção das atividades espirituais – cf. (Ex 20.8-11; Jr 17.21,22,27; Ez 22.8).

XI- MINISTÉRIO DA PALAVRA

1. Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o seu reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo – cf. (Mt 28.19,20; At 1.8; Rm 1.6,7; 8.28-30; Ef 4.1,4; 2Tm 1.9; Hb 9.15; 1Pe 1.15; Ap 17.14);

2. Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial, para o serviço distinto, definido e singular do ministério da sua palavra – cf. (Mc 3.13,14; Lc 1.2; At 6.1-4; 13.2,3; 26.16-18; Rm 1.1; 1Co 12.28; 2Co 2.17; Gl 1.15-17);

3. O pregador da palavra é um porta-voz de Deus entre os homens – cf. (Ex 4.11,12; Is 6.5-9; Jr 1.5-10; At 20.24-28);

4. Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo – cf. (At 26.19,20; Jo 13.12-15; Ef 4.11-17);

5. A obra do porta-voz de Deus tem finalidade dupla: a de proclamar as boas novas aos perdidos e a de apascentar os salvos – cf. (Mt 28.19,20; Jo 21.15-17; At 20.24-28; 1Co 1.21; Ef 4.12-16);

6. Quando um homem convertido dá evidências de ter sido chamado e separado por Deus para esse ministério, e de possuir as qualificações estipuladas nas Escrituras para o seu exercício, cabe à igreja local a responsabilidade de separá-lo, formal e publicamente, em reconhecimento da vocação divina já existente e verificada em sua experiência cristã – cf. (At 13.1-3; 1Tm 3.1-7);

7. Esse ato solene de consagração é consumado quando os membros de um presbitério ou concílio de pastores, convocados pela igreja, impõe as mãos sobre o vocacionado – cf. (At 13.3; 1Tm 4.14);

8. O ministro da Palavra deve dedicar-se totalmente à obra para a qual foi chamado, dependendo em tudo do próprio Deus – cf. (At 6.1-4; 1Tm 4.11-16; 2Tm 2.3,4; 4.2,5; 1Pe 5.1-3);

9. O pregador do evangelho deve viver do evangelho – cf. (Mt 10.9,10; Lc 10.7; 1Co 9.13,14; 1Tm 5.17,18);

10. Às igrejas cabe a responsabilidade de cuidar e sustentar adequada e dignamente seus pastores – cf. (2Co 8.1-7; Gl 6.6; Fp 4.14-18).

XII- MORDOMIA

1. Mordomia é a doutrina bíblica que reconhece Deus como Criador, Senhor e Dono de todas as coisas – cf. (1 Gn 1.1; 14.17-20; Sl 24.1; Ec 11.9; 1Co 10.26);

2. Todas as bênçãos temporais e espirituais procedem de Deus e por isso devem os homens a ele o que são e possuem e, também, o sustento – cf. (Gn 14.20; Dt 8.18; 1Cr 29.14-16; Tg 1.17; 2Co 8.5);

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3. O crente pertence a Deus porque Deus o criou e o remiu em Jesus Cristo – cf. (Gn 1.27; At 17.28; 1Co 6.19,20; Tg 1.21; 1Pe 1.18-21);

4. Pertencendo a Deus, o crente é mordomo ou administrador da vida, das aptidões, do tempo, dos bens, da influência, das oportunidades, dos recursos naturais e de tudo o que Deus lhe confia em seu infinito amor, providência e sabedoria – cf. (Mt 25.14-30; 31.46);

5. Cabe ao crente o dever de viver e comunicar ao mundo o evangelho que recebeu de Deus – cf. (Rm 1.14; 1Co 9.16; Fp 2.16);

6. As Escrituras Sagradas ensinam que o plano específico de Deus para o sustento financeiro de sua causa consiste na entrega pelos crentes de dízimos e ofertas alçadas – cf. (Gn 14.20; Lv 27.30; Pv 3.9,10; Ml 3.8-12; Mt 23.26);

7. Devem eles trazer à igreja sua contribuição sistemática e proporcional com alegria e liberdade, para o sustento do ministério, das obras de evangelização, beneficência e outras – cf. (At 11.27-30; 1Co 8.1-3; 2Co 8.1-15; Fp 4.10-18).

XIII- EVANGELIZAÇÃO E MISSÕES

1. A missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando à reconciliação do homem com Deus – cf. (Mt 28.19,20; Jo 17.30; At 1.8; 13.2,3);

2. É dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as igrejas proclamar, pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo em todas as nações, cabendo às igrejas batizá-los a observar todas as coisas que Jesus ordenou – cf. (Mt 28.18-20; Lc 24.46-49; Jo 17.20);

3. A responsabilidade da evangelização estende-se até aos confins da terra e por isso as igrejas devem promover a obra de missões, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua seara – cf. (Mt 28.19; At 1.8; Rm 10.13-15)

XIV- EDUCAÇÃO RELIGIOSA

1. O ministério docente da igreja, sob a égide do Espírito Santo, compreende o relacionamento de Mestre e discípulo, entre Jesus Cristo e o crente – cf. (Mt 11.29,30; Jo 13.14-17);

2. A palavra de Deus é o conteúdo essencial e fundamental nesse processo e no programa de aprendizagem cristã – cf. (Jo 14.26; 1Co 3.1,2; 2Tm 2.15);

3. O programa de educação religiosa nas igrejas é necessário para a instrução e desenvolvimento de seus membros, a fim de “crescerem em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Às igrejas cabe cuidar do doutrinamento adequado dos crentes, visando à sua formação e desenvolvimento espiritual, moral e eclesiástico, bem como motivação e capacitação sua para o serviço cristão e o desempenho de suas tarefas no cumprimento

da missão da igreja no mundo – cf. (Sl 119; 2Tm 3.16,17; Cl 1.28; Mt 28.19,20)

XV- LIBERDADE RELIGIOSA

1. Deus e somente Deus é o Senhor da consciência – cf. (Gn 1.27; 2.7; Sl 9.7-8; Mt 10.28; 23.10; Rm 14.4; 9,13; Tg 4.12);

2. A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais do homem, inerente à sua natureza moral e espiritual – cf. (Js 24.15; 1Pe 2.15,16; Lc 20.25);

3. Por força dessa natureza, a liberdade religiosa não deve sofrer ingerência de qualquer poder humano – cf. (Dn 3.15-18; Lc 20.25; At 4.9-20; 5.29);

4. Cada pessoa tem o direito de cultuar a Deus, segundo os ditames de sua consciência, livre de coações de qualquer espécie – cf. (Dn 3.16-18; 6; At 19.35-41);

5. A igreja e o Estado devem estar separados por serem diferentes em sua natureza, objetivos e funções – cf. (Mt 22.21; Rm 13.1-7);

6. É dever do Estado garantir o pleno gozo e exercício da liberdade religiosa, sem favorecimento a qualquer grupo ou credo – cf. (At 19.34-41);

7. O Estado deve ser leigo e a Igreja livre. Reconhecendo que o governo do Estado é de ordenação divina para o bem-estar dos cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer às leis e honrar os poderes constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade e à lei de Deus – cf. (Dn 3.16-18; 6.7-10; Mt 17.27; At 4.18-20; 5.29; Rm 13.1-7; 1Tm 2.1-3)

XVI- ORDEM SOCIAL

1. Como o sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem o dever de participar em todo esforço que tende ao bem comum da sociedade em que vive – cf. (Mt 5.13-16; Jo 12.35-36; Fp 2.15);

2. Entretanto, o maior benefício que pode prestar é anunciar a mensagem do evangelho; o bem-estar social e o estabelecimento da justiça entre os homens dependem basicamente da regeneração de cada pessoa e da prática dos princípios do evangelho na vida individual e coletiva – cf. (Mt 6.33; Mc 6.37; Lc 10.29-37);

3. Todavia, como cristãos, devemos estender a mão de ajuda aos órfãos, às viúvas, aos anciãos, aos enfermos e a outros necessitados, bem como a todos aqueles que forem vítimas de quaisquer injustiça e opressões – cf. (Ex 22.21,22; Sl 82.3,4; Ec 11.1,2);

4. Isso faremos no espírito de amor, jamais apelando para quaisquer meios de violência ou discordantes das normas de vida expostas no Novo Testamento – cf. (Is 1.16-20; Mq 6.8; Mt 5.9)

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XVII- FAMÍLIA

1. A família, criada por Deus para o bem do homem, é a primeira instituição da sociedade. Sua base é o casamento monogâmico e duradouro, por toda a vida, só podendo ser desfeito pela morte ou pela infidelidade conjugal – cf. (Gn 1.7; Js 24.15; 1Rs 2.1-3; Ml 2.1);

2. O propósito imediato da família é glorificar a Deus e prover a satisfação das necessidades humanas de comunhão, educação, companheirismo, segurança, preservação da espécie e bem assim o perfeito ajustamento da pessoa humana em todas as suas dimensões – cf. (Gn 1.28; Sl 127.1-5; Ec 4.9-13);

3. Caída em virtude do pecado, Deus provê para ela, mediante a fé em Cristo, a bênção da salvação temporal e eterna, e quando salva poderá cumprir seus fins temporais e promover a glória de Deus – cf. (At 16.31,34).

XVIII- MORTE

1. Todos os homens são marcados pela finitude, de vez que, em conseqüência do pecado, a morte se estende a todos – cf. (Rm 5.12; 1Co 15.21-26; Hb 9.27; Tg 4.14);

2. A Palavra de Deus assegura a continuidade da consciência e da identidade pessoais após a morte, bem como a necessidade de todos os homens aceitarem a graça de Deus em Cristo enquanto estão neste mundo – cf. (Lc 16.19-31; Hb 9.27);

3. Com a morte está definido o destino eterno de cada homem – cf. (Lc 16.19-31; 23.39-46; Hb 9.27);

4. Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam “dormir no Senhor” – cf. (Rm 5.6-11; 14.7-9; 1Co 15.18-20; 2Co 5.14,15; Fp 1.21-23; 1Ts 4.13-17; 2Tm 2.11);

5. Os incrédulos e impenitentes entram, a partir da morte, num estado de separação definitiva de Deus – cf. (Lc 16.19-31; Jo 5.28,29);

6. Na Palavra de Deus encontramos claramente expressa a proibição divina da busca de contato com os mortos, bem como a negação da eficácia de atos religiosos com relação aos que já morreram – cf. (Ex 22.18; Lv 19.31; 20.6,27; Dt 18.10; 1Cr 10.13; Is 8.19; Jo 3.18).

XIX- JUSTOS E ÍMPIOS

1. Deus, no exercício de sua sabedoria, está conduzindo o mundo e a história a seu termo final – cf. (Mt 13.39,40; 28.20; At 3.21; 1Co 15.24-28; Ef 1.10);

2. Em cumprimento à sua promessa, Jesus Cristo voltará a este mundo, pessoal e visivelmente, em grande poder e glória – cf. (Mt 16.27; Mc 8.38; Lc 17.24; 21.27; At 1.11; 1Ts 4.16; 1Tm 6.14,15; 2Tm 4.1,8);

3. Os mortos em Cristo serão ressuscitados, arrebatados e se unirão ao Senhor – cf. (Dn 12.2,3; Jo 5.28,29; Rm 8.23; 1Co 15.12-58; Fp 3.20; Cl 3.4);

4. Os mortos sem Cristo também serão ressuscitados – cf. (Dn 12.2; Jo 5.28,29; At 24.15; 1Co 15.12-24);

5. Conquanto os crentes já estejam justificados pela fé, todos os homens comparecerão perante o tribunal de Jesus Cristo para serem julgados, cada um segundo suas obras, pois através destas é que se manifestam os frutos da fé ou os da incredulidade – cf. (Mt 13.49,50; At 10.42; 1Co 4.5; 2Co 5.10; 2Tm 4.1; Hb 9.27; 2Pe 2.9);

6. Os ímpios condenados e destinados ao inferno lá sofrerão o castigo eterno, separados de Deus – cf. (Dn 12.2,3; Mt 16.27; Mc 9.43-48; Lc 16.26-31; Jo 5.28,29; Rm 6.22,23);

7. Os justos, com os corpos glorificados, receberão seus galardões e habitarão para sempre no céu como o Senhor – cf. (Dn 12.2,3; Mt 16.27; 25.31-40; Lc 14.14; 16.22,23; Jo 5.28,29; 14.1-3; Rm 6.22,23; 1Co 15.42-44; Ap 22.11,12).

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CCÍÍRRCCUULLOOSS DDOO CCOOMMPPRROOMMEETTIIMMEENNTTOO

OOss ccíírrccuullooss ddoo ccoommpprroommeettiimmeennttoo ffoorraamm ccrriiaaddooss ccoomm oo pprrooppóóssiittoo ddee aajjuuddaarr ooss mmeemmbbrrooss ddaa iiggrreejjaa BBaattiissttaa BBeetteell,, aa iiddeennttiiffiiccaarreemm eemm qquuee ffaassee ddee ssuuaa jjoorrnnaaddaa ccrriissttãã ccaaddaa uumm eessttáá vviivveennddoo eemm nnoossssaa ccoommuunniiddaaddee.. OO mmeessmmoo éé ccoommppoossttoo ppoorr cciinnccoo ccíírrccuullooss,, ccaaddaa ccíírrccuulloo rreepprreesseennttaa uumm ttiippoo ddee ggrraauu ddee eennvvoollvviimmeennttoo qquuee uummaa ppeessssooaa tteemm ccoomm CCrriissttoo ee ccoomm aa SSuuaa iiggrreejjaa llooccaall.. OOss ccíírrccuullooss ssããoo::

Círculo 1 – INTERESSADOS

Características: visitantes crentes e não crentes que participam esporádica ou sistematicamente de cultos ou outras atividades da Igreja, mas sem compromisso formal com a mesma. Vínculo: são sempre bem-vindos à Igreja e alvo do amor dos membros da Igreja; iniciativas de ação social ou espiritual promovidas pela Igreja. Oportunidade: participação de cultos ou programações.

Círculo 2 – COMPROMISSO INICIAL

Características: visitantes crentes e não crentes que participam assiduamente de cultos ou outras atividades da Igreja, demonstrando traços de compromisso, tais como: amor pela Igreja, aceitação das doutrinas e do estilo da Igreja, participação financeira através de ofertas eventuais e submissão à autoridade da Igreja. Vínculo: começam a sentir-se parte da Igreja e estão prontos a dar um passo formal de compromisso com a mesma. Oportunidade: através da aceitação de Jesus Cristo como Salvador, estão aptos a se prepararem para o batismo ou, já tendo sido batizados em outra Igreja, podem se preparar para o ingresso na membresia da Igreja através de carta de transferência, reconciliação ou aclamação.

Círculo 3 – COMPROMISSO

Característica: membros da Igreja, formalmente recebidos por batismo ou carta de transferência, aclamação, reconciliação. Participação assídua de cultos. Dizimistas regulares. Servos submissos à autoridade pastoral e liderança da Igreja. Vínculo: membros da Igreja ativos nos cultos e programações gerais da Igreja. Oportunidade: Direito a voz e voto nas assembleias e capacitação para o serviço. Podem servir como voluntários em equipes dos vários ministérios da Igreja, participar de equipes de louvor, servir como instrumentistas ou solistas, mas sem cargo de liderança.

Círculo 4 – COMPROMISSO TOTAL

Características: membros da Igreja com total engajamento na vida da Igreja, demonstrando não apenas amor, mas dando prova de compromisso através de fidelidade em todas as áreas. Vínculo: membros da Igreja, ativos no culto e programações, fiéis dizimistas, prestativos, prontos para servir. Oportunidade: Direito a voz e voto nas assembleias, capacitação para o serviço. Podem assumir posições de liderança como professores de EBD e líderes de equipes dentro de ministérios.

Círculo 5 - EXEMPLO

Características: membros da Igreja com compromisso total e exemplo de fé. Pessoas que dão provas de maturidade espiritual sendo capazes de mostrar, na prática, a transformação que Jesus Cristo opera. Se casado, o cônjuge deve ser cristão igualmente envolvido com a obra de Deus. Se pai/mãe, os filhos devem mostrar sujeição. Pessoas equilibradas emocionalmente, dignas de confiança, que saibam guardar confidencialidade, que tenham conhecimento bíblico razoável para defender sua fé e apresentá-la a outros. Dizimistas fiéis da igreja, participantes das celebrações coletivas e que demonstrem amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. Vínculo: membros da Igreja com compromisso total; já experimentados no serviço na Igreja, reconhecidamente firmes na fé e comprometidos com a Igreja. Oportunidade: direitos de membro com compromisso total e também liderança de ministérios, diaconato e pastores de Pequenos Grupos.

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SÉRIE DE ESTUDOS: SER IGREJA

Esta série de estudos: Ser Igreja, elaborada pelo pastor Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez, pastor titular da igreja Batista Betel, tem por objetivo desafiar o aluno a mergulhar nas Escrituras Sagradas para aprofundar o seu conhecimento sobre o que é ser igreja, e também, qual o significado de ser membro de uma igreja local. São 11 lições cativantes que merecem toda a sua atenção e dedicação aos estudos.

LIÇÃO # 01

Tema: DESCOBRINDO UM NOVO SENTIDO PARA SER MEMBRO DA IGREJA

Texto: 1 Coríntios 12.27

“Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”.

INTRODUÇÃO

Que expressão maravilhosa: “vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”. A Bíblia não nos chama de membros de uma associação, organização ou clube, mas sim, membros do Corpo de Cristo. Não somos chegados ou próximos, mas sim, membros. Que bênção e ao mesmo tempo, que responsabilidade. Nós somos o Corpo de Cristo. Nem mais. Nem menos.

De certo modo, com o tempo, fomos perdendo a noção de quem somos. Passamos a importar modelos externos para a Igreja e fomos perdendo a essência da Igreja. Com isso nasceu uma grande confusão eclesiológica em nosso tempo e cada vez mais as pessoas tem noções erradas sobre o que é a Igreja, e consequentemente, quem são como membros da Igreja. Essa confusão gera até piadas tanto sobre a Igreja, como sobre os membros. Quem não conhece aquela lista de nomes engraçados de Igrejas. Lembremos de alguns:

• Igreja Batista da Pomba Sacrificada; • Igreja da Fé de Israel e seu Povo Sofrido; • Igreja Evangélica do Pastor Paulo Andrade (o

homem que vive sem pecado); • Igreja de Deus dos Anciãos; • Igreja Pentecostal Cuspe de Jesus; • Igreja Evangélica fiel até debaixo d’água; • Comunidade do Coração Reciclado; • Igreja Batista Incêndio de bênçãos; • Igreja Evangélica dos Hinos Maravilhosos; • Igreja Atual dos Últimos dias;

Ainda que engraçados, esses nomes mostram um panorama de confusão na eclesiologia. A Igreja perdeu o seu referencial, muitas vezes ela não sabe mais para que existe e logicamente, isso causa uma pergunta crucial: o que é ser membro de Igreja hoje? A maioria das pessoas não sabe responder a isso. Há algum tempo atrás o Rev. Paulo Lockman escreveu um artigo interessante sobre ser membro de Igreja e mencionou alguns tipos de membro que mostram a confusão eclesiológica de nosso tempo:

• Membro consumidor – aquele que está em uma Igreja pelo que ela pode oferecer através de serviços. Esse tipo de membro é aquele que mede a Igreja pela quantidade de coisas que ela faz, dos membros que ela tem, ou mesmo de conversões;

• Membro acionista – é aquele que por dar seus dízimos ou ofertas, por ter participado da

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construção do templo ou ter doado algo a Igreja, acha que tem mais direito que os outros, que pode mandar na Igreja, ou que tem preferência nas decisões;

• Membro herdeiro – aquele que tendo sido membro da Igreja por um tempo acha que já herdou a sua ‘membresia’ para todo o sempre, pode estar até em outra Igreja ou no mundo, mas seu nome continua no rol de membros por herança.

A confusão eclesiológica não é nova. Na verdade, ela tem raízes na própria história do nosso país. Toda a eclesiologia brasileira e latino-americana, como bem lembra Robinson Cavalcanti, tem duas heranças muito fortes: a do Catolicismo Romano e a do Protestantismo Anglo-Saxão. Do Catolicismo Romano, herdamos a ideia: ‘uma vez batizado, para sempre membro da Igreja’. É por isso que muita gente se batiza e nunca mais volta à comunhão, apesar de dizer ‘eu sou membro da Igreja’. Do Protestantismo Anglo-Saxão herdamos a ideia da ‘assistência’. Os membros como meros assistentes de cultos, sem qualquer compromisso. Por 21 vezes no Novo Testamento temos a ocorrência da palavra ‘membro’. Precisamos entender o que significa ser ‘membro’ a fim de que, a nossa ligação com a Igreja de Jesus Cristo seja coerente com os ensinos bíblicos.

1. A IDÉIA DO CORPO DE CRISTO (1Coríntios 12:27)

“Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo.”

É bom destacar no verso a palavra ‘membro’ e a expressão ‘Corpo de Cristo’. Por si só já temos aqui algumas boas lições:

A) SOMOS ‘MEMBROS’ DO CORPO DE CRISTO, E NÃO DE UM CLUBE, DE UM GRUPO DE AMIGOS, DE UM GRÊMIO OU DE UMA ASSOCIAÇÃO

Ser membro da Igreja é diferente de ser membro de qualquer outra instituição, grupo ou entidade. Ainda que a Igreja seja uma ‘pessoa jurídica de direito privado’ (conforme estabelece a Lei 10.825 de 22 de Dezembro de 2.003), ainda que a Igreja tenha um CNPJ, e ainda que ela obedeça às Leis do País, ser membro de uma Igreja é algo diferente, exclusivo e único. Isso por que a Igreja é o “Corpo de Cristo”. O que a rege é a Palavra de Deus. Quem a sustenta é o próprio Jesus Cristo. Logo, ser membro da Igreja é diferente de ser membro de qualquer outro grupo. E aqui nascem vários problemas em relação à membresia da Igreja,

porque nós trazemos para dentro da Igreja, as ideias de filiação que existem no mundo secular e queremos reger a Igreja por essas mesmas normas. Trazemos os mesmos vícios das Instituições e acabamos introduzindo-os na Igreja.

Trazemos os mesmos mecanismos que estão no mundo e acabamos agindo como se a Igreja fosse uma entidade igual a qualquer outra. A Igreja é especial. Veja o que o apóstolo Paulo diz em Efésios 3.10: “Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais”.

A Igreja tem uma realidade espiritual. Nos planos divinos ela tem tão alto conceito que Deus a escolheu para manifestar aos principados e potestades a sabedoria divina. Ser membro da Igreja, portanto é algo elevado, especial. Façamos algumas aplicações:

• Ser membro de um clube nos dá o direito de reclamarmos quando não estamos nos divertindo e aliviando o nosso estresse. Como pagamos por um título temos esse direito. Na Igreja não temos o objetivo de nos divertir, mas sim, o de servir;

• No grupo de amigos existe a união através da afinidade de ideias e a empatia. Rejeitamos pessoas por não se adaptarem ao nosso grupo de amizades. Na Igreja não existe união através de afinidade de ideias, mas sim, por meio da comunhão em Cristo. É por isso que na Igreja funciona a tese da unidade na diversidade;

• Na família os laços de hereditariedade, que nós chamamos de ‘sangue’, são tão fortes, que nós às vezes, ficamos cegos e em nome da fidelidade familiar, aceitamos até os erros da nossa família. Na Igreja não é assim, pois a nossa fidelidade é a Cristo em primeiro lugar.

A Igreja é diferente e ser membro dela também é diferente. E enquanto não entendermos isso, nunca seremos membros da Igreja na abrangência que o Novo Testamento nos dá. Mas é preciso também lembrarmos de outra lição:

B) O CORPO DE CRISTO É UM ORGANISMO VIVO E NÃO UMA ORGANIZAÇÃO MORTA

É importante considerar também que a Igreja é um organismo e não uma organização. Toda a ideia organizacional foi inserida na Igreja, mas não herdamos isso do novo testamento. É muito importante lembrar das Palavras de Paulo em Efésios 4.15,16: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”.

Aqui temos muito mais do que uma receita administrativa. Na verdade, estamos diante de um tratado sobre a Igreja onde a bíblia deixa clara a

““QQuuaannddoo oollhhaammooss ppaarraa aa IIggrreejjaa ccoommoo

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verdade de que somos um organismo vivo. Sobre isso é sempre importante ressaltar:

• Organismos vivos são dinâmicos e não estáticos; • Organismos vivos crescem; • Organismos vivos têm uma direção, uma cabeça, e

no nosso caso, o cabeça é Cristo.

Se olharmos para a Igreja apenas como uma organização teremos vários problemas. Isso porque, toda organização tem vícios arraigados. Pierre Bourdieu, escrevendo sua obra “A Economia das Trocas Simbólicas” diz que o grande problema de olhar para a Igreja como uma organização é que nós perdemos o senso do Espiritual. Nós lemos em Atos 2.43 que na Igreja nascida em Jerusalém “em cada alma havia temor”. Quando olhamos para a Igreja como uma simples organização nós perdemos o temor de Deus. Transformamos a Igreja em um grupo que disputa os seus interesses humanos e suas vaidades, por meio de choques entre família e disputa pelo poder. Muitos se esquecem que a Igreja é um organismo vivo, e nós somos membros desse organismo que tem uma cabeça: Jesus Cristo.

É por isso que nós, os Batistas, pregamos a separação entre Igreja e Estado. Nós não somos uma ONG para dar satisfação ao Estado de nossas atitudes. O Estado não entende de Igreja; Jesus Cristo sim. E Ele é o cabeça da Igreja. É por isso que a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira no seu capítulo VIII e Artigo 2 diz que as Igrejas “são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pela Palavra de Deus, sob a orientação do Espírito Santo”.

2. A CONSCIENTIZAÇÃO DO QUE É SER MEMBRO DO CORPO

Por que Deus utilizou a figura do corpo para representar a realidade espiritual da Igreja? Com certeza não foi um acaso. Deus sabia que nosso próprio corpo poderia ensinar grandes lições sobre a Igreja. Vejamos 1 Coríntios 12.12: “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo”.

Esse verso nos dá uma grande lição a respeito dos membros: a unidade. Há entre membros e Corpo uma relação de total unidade, pois um é formado pelo outro. Uma grande lição que podemos aprender com o corpo é que os membros estão ligados. Não há membros descolados, distantes ou inoperantes. Os membros estão juntos e formam o corpo. Olhemos para os membros do Corpo e tentemos compreender nossa função como membros da Igreja:

Membros estão ligados ao Corpo – não há membros longe do corpo. Aqui temos a lição difícil de aprender de que um membro está ligado ao corpo e não pode se ausentar dele a não ser que a sua presença no corpo se torne nociva, como um câncer. Lembremos da

orientação divina em Hebreus 10.25 – “não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia”, e também, da orientação de Jesus Cristo em João 15.6 quando diz: “Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam”. Se a Igreja é o Corpo de Cristo logo não há como estar ligado a Jesus Cristo sem estar ligado à Igreja. Membros estão ligados ao Corpo. Nós tentamos resolver a questão da ausência de vários membros da Igreja com soluções humanas incríveis. Você já ouviu falar em rol de membros inativos? Há Igrejas que os têm. Não há inativos no Corpo de Cristo. Membros precisam estar ligados ao Corpo. Participar da vida da Igreja. Dos cultos, das celebrações, do sustento financeiro, da evangelização, etc.

Membros são responsáveis pelo Corpo – cada membro do corpo é responsável pelo mesmo. Tem uma função específica. Não há membros no nosso corpo que não tenham função. Membros que não se sentem ‘parte responsável’ do corpo estão com problemas. Olhe para o seu corpo e decida um órgão que você quer tirar, quer extrair por achar que não tem serventia. Não tiraríamos nenhum. Todos são úteis. Assim é na Igreja. Lembremos o que diz 1 Coríntios 12.25 sobre isso: “para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros”. Cada membro é responsável pela saúde do corpo.

Membros servem ao Corpo – todos os membros, querendo ou não, servem o Corpo de Cristo. Não há membro que possa se dar ao luxo de ser ‘ouvinte’ ou mesmo de estar ‘cansado’. Quando a cabeça dá uma ordem os membros obedecem. Não existem membros que não sirvam no corpo. Assim também deve ser na Igreja. Não há membros que não sirvam, que só queiram ser servidos. Lembre-se de 1 Coríntios 12.21 quando sobre isso argumenta: “Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós”. Nós precisamos uns dos outros, todos os membros do Corpo tem serventia, tem uma missão que precisa ser descoberta, afinal, “Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve” (1 Coríntios 12.18).

Membros tem um compromisso de testemunho – Todos os membros do Corpo de Cristo têm um compromisso de testemunho, afinal, eles têm uma identificação com Jesus. Até os grupos sociais exigem uma postura coerente com a filosofia e ideologia do grupo. Muito mais a Igreja de Jesus Cristo. Precisamos lembrar diariamente as palavras do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 12.27 quando diz: “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”. Essa questão é tão séria que em 1 Coríntios 6.15 temos a advertência: “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não”. Ninguém pode ser membro do

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Corpo de Cristo e se esquecer desse testemunho. A questão do testemunho faz parte da nossa vida. Em especial no Estatuto de Nossa Igreja lemos: “A IGREJA compõe-se de pessoas que aceitam as suas doutrinas e disciplina, que estão dispostas a dar testemunho de fé e vida cristãs...”

APLICAÇÃO

A luz do que foi estudo acima, escreva abaixo o que

significa ser membro de uma igreja local:

Lição # 02

Tema: O QUE É SER MEMBRO DE IGREJA?

Texto: 1 Coríntios 12.27

“Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”.

INTRODUÇÃO

Precisamos redescobrir a grandeza e a maravilha da Igreja de Cristo. Para tanto é necessário um novo olhar sobre a Igreja, não um olhar do século XXI, mas, um olhar do Novo Testamento. Greg Hawkins e Cally Parkinson escreveram que a Igreja de nosso tempo só se preocupa com números:

• Quantos aceitaram a Cristo? • Quantos batismos? • Quantos membros? • Quantos vêm aos cultos? • Quantos trabalham ativamente?

Essa preocupação é típica deste tempo. Impressionados com a relação: Custo Vs. Benefício, fomos nos enveredando por esse caminho numérico enquanto a preocupação deveria ser outra: a qualidade dos membros.

1. SER MEMBRO DE IGREJA É RELACIONAR-SE COM PESSOAS

“Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (Atos 2:41)

A primeira Igreja do Novo Testamento nasceu quando pessoas aceitaram a Jesus Cristo. Igreja é formada por pessoas. E aqui já quebramos um conceito muito arraigado de que para existir uma Igreja é necessário ter um templo. Não é necessário. Nós podemos até viver de aluguel, mas precisamos ter pessoas. Essa ideia equivocada nos foi herdada do Catolicismo Romano. Os nossos colonizadores construíram templos onde chegavam, era uma ideia de domínio. Onde estava o templo estava o domínio religioso. Igrejas têm templos, mas não são templos. Igrejas são pessoas convertidas por Cristo. As pessoas é que são templos do Espírito Santo de Deus. Partindo então desse pressuposto entendemos que essas pessoas precisam se relacionar. E isso aconteceu de fato: “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum” (Atos 2.44).

Agora veja uma coisa: eles não estavam se relacionando com o templo, mas sim, com as pessoas. É preciso aqui destacar o fato de que muita gente se relaciona com o templo, e de fato nós temos uma identificação com o templo muito grande. O templo identifica nosso espaço geográfico, o que cremos, pois dentro dele é que acontecem as celebrações, e a nossa doutrina, pois nele, se dão a maioria de nossos ensinos. Quando chegamos no Templo, nós já nos sentamos em determinados

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““IIggrreejjaa éé aa uunniiããoo

ddaaqquueelleess qquuee ccrreerraamm..

SSeerr mmeemmbbrroo ddee iiggrreejjaa

éé ssee rreellaacciioonnaarr ccoomm

ooss qquuee ccrreerraamm””

lugares, isso é identificação. Mas não podemos nos relacionar com o templo, pois ele é um meio e não um fim. Há pessoas que se relacionam com o templo e não com as pessoas que o ocupam. Elas conhecem as dependências do templo, mas não as pessoas. Veja que os nossos irmãos do Novo Testamento estavam “juntos” e isso indica relacionamento. Vamos ainda verificar outro verso: “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum” (Atos 4.32).

Perceba que é a mesma verdade. Pessoas se relacionam porque creram. Igreja é a união daqueles que creram. Ser membro de Igreja é se relacionar com os que creram. Porém aqui temos alguns detalhes importantes:

A) OS MEMBROS DA IGREJA SÃO DIFERENTES

Lembre-se de 1 Coríntios 12.20 quando diz: “O certo é que há muitos membros, mas um só corpo.” Os que creem são diferentes, vem de lugares diferentes e tem costumes diferentes. Sempre correremos o risco de querermos nos relacionar com aqueles com quem nutrimos maior amizade, com aqueles que combinam com as nossas ideias. De certo modo isso é normal e acontece mesmo. Mas não podemos de modo algum nos relacionar apenas com essas pessoas. E se não tomarmos cuidado, isso há de acontecer. Acabaremos fortalecendo o relacionamento apenas com pequenos grupos e desprezando a comunhão com a Igreja. Formaremos as nossas próprias ‘igrejas’ dentro da ‘Igreja.’ E isso é um grande risco. Vamos ver na prática o que pode acontecer:

• Só apoiamos as ideias de nossos amigos ou familiares dentro da Igreja – desprezamos e até ridicularizamos pessoas que não fazem parte de nosso círculo e quando nossos amigos dão ideias, que podem ser péssimas, nós até elogiamos;

• “Comprarmos verdadeiras brigas” por causa de nossos amigos – Já ouviu falar em uma pessoa que foi disciplinada e vários o acompanharam saindo da Igreja? Ou então uma família onde um membro tem um atrito e logo toda a família começa a perseguir aquela pessoa?

• Nos alegrarmos apenas com aquilo que nosso grupo faz – chegamos ao cúmulo de só nos alegrarmos como crentes quando o nosso grupo faz determinada coisa;

• Nos tornamos elitistas demais – limitamos a entrada de pessoas em grupos, sejam musicais, de evangelismo, organizações, até em programações da Igreja. Esquecemos de Romanos 2.11 quando diz: “Porque para com Deus não há acepção de pessoas.” Essas coisas acontecem em todas as Igrejas. Precisamos ampliar o relacionamento

com as pessoas, caso contrário, estaremos fora do propósito da Igreja.

E SE AGIRMOS ASSIM, SEM PERCEBER, NOS

TORNAREMOS:

• Fechados à entrada de novas pessoas – elas chegam na Igreja e ficam perdidas porque não encontram um ambiente de aceitação;

• Fechados à novas ideias – em geral pessoas diferentes trazem novas ideias e se não nos relacionamos com elas acabamos nos fechando à quaisquer possibilidades;

• Perderemos o senso de Igreja – quando nos fechamos com um pequeno grupo e só nos relacionamos com ele, nós, aos poucos perdemos o senso de Igreja e começamos a olhar tudo pelo prisma do nosso grupo. Então, gostaremos ou não, dependendo do que nosso grupo pensa. Seremos contrários ou favoráveis às ideias, dependendo do que o meu grupo pensa;

• Perderemos a noção de Reino de Deus – e acharemos que todo o reino se resume em um pequeno grupo. Se relacionar com pessoas

diferentes; amá-las como são; ajudá-las na integração; isso faz parte da atitude de um

membro de Igreja.

B) TODOS OS MEMBROS DA IGREJA SÃO CRENTES

Ou pelo menos deveriam ser. A frase “da multidão dos que creram”,

encontrada em Atos 4.32 precisa ser relembrada sempre. Antes de amigos,

antes de familiares, antes de velhos conhecidos, antes de partidários das mesmas

ideias, nós somos crentes em Cristo.

• Nos aproximamos como irmãos por causa de Jesus Cristo. Efésios 2.13: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.” Quem me aproximou aos demais membros da Igreja foi Jesus Cristo.

• Todos os membros da Igreja devem ter o mesmo propósito: buscar a Deus e fazer sua vontade. Colossenses 3.1 – “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.” Como crentes não nos reunimos como Igreja para outra coisa senão para buscar a Deus. Não podemos fazer da Igreja um meio para tratarmos das coisas do mundo.

• Os membros da Igreja devem viver de um modo coerente com a fé cristã. Filipenses 1.27 – “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica;”

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2. SER MEMBRO DE IGREJA É SERVIR A JESUS FAZENDO SUA VONTADE

“Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual” (Colossenses 1.9)

O Apóstolo Paulo orou pela Igreja de Colossos para que aqueles irmãos tivessem pleno conhecimento da vontade de Deus e entendimento espiritual. A mesma oração precisa ser realizada hoje. Porque como membros da Igreja, precisamos entender o que Deus quer e fazer a Sua vontade e não a nossa. A Igreja não pode ser o local onde satisfazemos as nossas vontades, mas sim, onde servimos a Deus de acordo com Sua vontade. E aqui nós temos algo a meditar: “mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade” (2 Timóteo 2:26).

O diabo quer que atendamos à vontade dele. E se não tomarmos cuidado, por inclinação da carne, acabaremos permitindo que isso aconteça. Bauer escreveu que ‘a Igreja não pode manifestar os desejos da carne, mas sim, do Espírito Santo de Deus. Uma Igreja carnal não tem condições de manifestar a graça e sabedoria de Deus ao mundo’. Nesse ponto precisamos lembrar de uma das lições mais supremas da eclesiologia: A Igreja pertence a Jesus. A figura bíblica que deixa claro isso é a cabeça. Lembremos de alguns textos:

• Efésios 4.15 – “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”;

• Efésios 5.23 – “pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador”;

• Colossenses 1.18 – “Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia”;

• Colossenses 2.10 – “e, por estarem nele, que é o Cabeça de todo poder e autoridade, vocês receberam a plenitude”;

• Colossenses 3.17 – “Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai”.

A cabeça comanda o corpo. Ela dá direção, controle, todos os outros membros são sujeitos à cabeça. O desejo da Igreja, refletido em cada membro, deve ser o de servir e fazer a vontade de Jesus Cristo. Essa deve ser a nossa motivação. Esse deve ser o nosso incentivo maior. O que fazemos deve ser para Jesus. Aliás, a bíblia é clara: o nosso motivo maior para pertencermos à Igreja deve ser o próprio Cristo. Existem muitos elementos que podem ajudar, mas o principal deve ser Jesus Cristo. Esse relacionamento com Jesus nos dará como membros alguns elementos importantes:

• IDENTIDADE – Sou de Cristo;

• RESPONSABILIDADE – Estou sujeito a Cristo; • VISÃO – A Igreja é de Cristo e não minha; • RAZÃO – faço tudo para Cristo.

CONCLUSÃO

Se você tem a Jesus em seu coração então você é membro do Corpo de Cristo. Tenha uma visão correta de si mesmo. Isso pode ser a melhor e maior experiência de sua vida. “Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos” (Colossenses 3.15)

APLICAÇÃO

1. Pode alguém ser membro de uma igreja local não frequentando a mesma regularmente?

2. Qual a diferença de fazer parte da Igreja Local e fazer parte da Igreja Universal (reunião de todos os cristãos de todos os lugares e épocas)?

3. Alguém que tem o nome no rol de membros de uma igreja e que não frequenta a mesma regularmente, esta pessoa deve ser considerada membro desta igreja local?

4. Ser membro de uma igreja local significa assumir o compromisso de servir na mesma com os meusdons, talentos e recursos. Você está disposto(a) a isso? Por que?

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Lição # 03

Tema: SER IGREJA – A REUNIÃO DOS SALVOS

Texto: ATOS 2.37-41

INTRODUÇÃO

Uma interessante pesquisa citada por Charles Swindoll no Jornal mensal do Seminário de Dallas traz dados interessantes sobre o que as pessoas pensam sobre a Igreja. Quando mais de 800 pessoas foram entrevistadas sobre o que é uma Igreja as principais respostas foram:

1. Um prédio = Concepção material da Igreja; 2. Um clube ou associação fechada = Concepção

social da Igreja; 3. Um grupo de pessoas que professa uma mesma fé

= Concepção doutrinária da Igreja.

Em todos esses casos vemos equívocos que não estariam distantes da percepção de muitos de nós acerca da Igreja. Realmente, para muitos a Igreja é um prédio, um clube, um grupo de pessoas que professam a mesma fé, ou ainda, uma religião. Precisamos, porém, dizer que a Igreja é muito mais do que isso.

Martin Lloyd Jones comentou que em sua perspectiva a Igreja é antes de tudo uma “reunião”. É um encontro de várias pessoas que tem algo em comum. É isso que vemos na leitura de Atos 2. O Espírito Santo fora derramado em cumprimento a Profecia de Joel e o apóstolo Pedro acabara de pregar um poderoso sermão anunciando a salvação em Cristo Jesus. Acabada a mensagem temos a expressão determinante do verso 37 que diz: “Quando ouviram isso, ficaram aflitos em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: ‘Irmãos, que faremos?’” Essa pergunta traz a base de toda a reunião daquelas pessoas. O que aconteceu com elas? Logo, observaremos que a Igreja é a reunião dos que tem:

1. UM MESMO SENTIMENTO EM RELAÇÃO À MENSAGEM DE SALVAÇÃO (Verso 37)

Aquelas milhares de pessoas ouviram a mensagem do evangelho. Mas não só a ouviram. Elas reagiram à mensagem sentindo algo em seus corações. Elas queriam responder à mensagem pregada. Houve uma interação entre a mensagem e o coração daquelas pessoas. A Igreja é a reunião daqueles que ouvindo a mensagem sentem algo em seu coração. A NVI (Nova Versão Internacional) traz a expressão ‘ficaram aflitos em seu coração’. Outras versões traduziram o original grego por ‘compungiram-se em seu coração’. A palavra grega aqui traduzida é ‘katanusso’ (já transliterada) que significa literalmente ‘picar, furar; 2) metáf. atormentar a mente profundamente, agitar veementemente; 2a)

esp. da emoção de tristeza, aflição’. O que está claro é que ao ouvirem a mensagem o coração daquelas pessoas doeu, ardeu, não podia mais ser o mesmo. Aquela mensagem transformara as suas vidas. E é por isso que perguntam imediatamente: ‘o que faremos?’ Não podiam simplesmente ouvir a mensagem e continuar os mesmos.

A Igreja é a reunião das pessoas que sentem o coração arder e a necessidade de responder ao apelo do Espírito Santo de Deus. A Igreja não é a reunião daquelas pessoas que ouvem a mensagem, mas não se incomodam com o que ouvem. Ouvem a mensagem, mas não se importam e não querem responder. Igreja é a reunião de quem sente o coração ser tocado pelo Espírito Santo do Senhor.

2. ACEITAM A MENSAGEM E SE SUBMETEM À ELA (Versos 38-40)

A resposta feita no verso 37 é respondida por Pedro efusivamente. Ele fala sobre o arrependimento necessário. Fala sobre o batismo, fala também sobre a necessidade de prudência diante de uma sociedade perversa. Ele termina de falar e Lucas, autor de Atos,

registra a resposta daqueles irmãos dizendo: “Os que aceitaram a Palavra foram batizados e naquele dia houve um acréscimo de quase 3 mil almas”.

Eles aceitaram a Palavra e se submeteram a ela. Eles, final-mente, se reuniram como Igreja. Não há Igreja sem aceitação e submissão da Palavra. E para

que isso aconteça é preciso, em primeiro lugar, arrependimento. Compreensão de que estamos longe de Deus e precisamos dEle em nossa vida. Somos pecadores e nosso caminho está equivocado. Infelizmente vemos em muitos casos que a Igreja se tornou a reunião de pessoas que não aceitam a Palavra de Deus e que não se submetem a Ela. Cada vez mais surgem pseudo-igrejas cujo interesse não é uma vida de acordo com a Palavra de Deus, mas sim, apenas reunir pessoas, ainda que não aceitem a Palavra e ainda que não se submetam a ela. Charles H. Spurgeon pregava: ‘não há submissão a Deus sem submissão à Palavra de Deus. Ninguém pode se aproximar de Deus se não se aproximar da Sua Palavra”. Nós estamos aqui porque aceitamos a Palavra de Deus e nos submetemos a Ela. Esse é o nosso diferencial e o mundo está precisando disso. O mundo não precisa apenas de grupos sociais, de clubes ou de associações. O mundo precisa ver pessoas que se reúnem porque creem em Deus e em sua Palavra, e aceitam isso e vivem isso.

3. PASSAM A FAZER PARTE DA MESMA HISTÓRIA (Verso 41)

Lucas registra que naquele dia houve um acréscimo. Aquelas pessoas foram para a festa do Pentecostes. Saíram de suas casas de diversas partes do Império,

““AA IIggrreejjaa éé aa rreeuunniiããoo ddaass ppeessssooaass qquuee

sseenntteemm oo ccoorraaççããoo aarrddeerr ee aa

nneecceessssiiddaaddee ddee rreessppoonnddeerr aaoo aappeelloo ddoo

EEssppíírriittoo SSaannttoo ddee DDeeuuss””

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tinham sua própria história de vida. Mas quando se reuniram passaram a fazer parte da mesma história. Passaram a construir uma realidade comum chamada ‘Igreja’. Lucas utiliza aqui a palavra grega ‘prostithemi’ que entre outros significados também tem o de ‘juntar a, juntar-se a uma companhia, o número de seguidores ou companheiros de alguém’. Penso que Lucas quis traduzir uma ideia muito importante: aqueles que se reuniram, tornaram-se companheiros, seguidores de Jesus Cristo, e passaram a ter a mesma história, a história do perdão, do arrependimento, da vida nova e da trajetória transformada por Jesus.

Igreja é a reunião de companheiros. De gente que senta na mesma mesa porque compreendeu a Palavra, e que está disposta a seguir o mesmo Jesus, servindo-o com seus dons e talentos. Nós estamos construindo uma mesma história. Cada pessoa que integra a Igreja, cada um que se aproxima, faz parte desta história. Que alegria é ver o povo de Deus crescendo, e isso, só é possível porque este povo se reúne em nome de Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

Igreja é reunião. Reunião dos que sentiram o coração arder diante da comunicação da Palavra. Reunião dos que aceitaram a Palavra. Reunião dos que passam agora a fazer parte da história da redenção em Cristo. Nós estamos aqui reunidos e ninguém é obrigado ou pressionado a isso. Nós estamos reunidos porque sabemos da graça de Deus e queremos vivenciá-la em nossa vida. Que Deus nos alerte sobre esse tema constantemente.

APLICAÇÃO

Qual é a razão para você estar se reunido na igreja?

Lição # 04

Tema: SER IGREJA É ESTABELECER UM AMBIENTE DE UNIDADE

Texto: ATOS 2.42, 43A, 44.

“Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações... todos estavam cheios de temor... os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum”.

INTRODUÇÃO

Já vimos que a Igreja é a reunião dos salvos e que pela presença de Cristo, se torna um grupo especial. Esse grupo precisa se destacar pela fidelidade à Palavra de Deus e também à comunhão. Por isso, neste estudo continuaremos a leitura de Atos 2.42, e perceberemos que duas ações da igreja primitiva “o partir do pão, e às orações”, tinham a mesma importância e relevância. Se observarmos essas expressões e também a primeira parte do verso 43 e o verso 44 por inteiro notaremos um ambiente de unidade naquela igreja. Em uma leitura muito rápida perceberemos que aqueles irmãos estavam unidos através do partir do pão e das orações. Mas, o ápice dessa união se dá com a expressão: “os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum”. As versões RA (Revisada e Atualizada) e RC (Revisada e Corrigida) preferem a expressão ‘estavam unidos’, mas foi a NVI (Nova Versão Internacional) quem conseguiu captar melhor a ideia da expressão grega ao traduzir o texto por: ‘mantinham-se unidos’ ou seja, cada um fazia a sua parte para que a unidade fosse uma realidade. Phillip diz que a expressão sugere o esforço individual em se manter unido.

A igreja precisa estabelecer um ambiente de unidade. Esse ambiente dá a igreja o sentido de corpo. Mas alguns detalhes aqui no texto nos fazem pensar em como eles atingiram isso. Nós olhamos para aqueles irmãos e vemos que a sua reunião, seu encontro, era favorável à unidade. O que faziam proporcionava unidade. Neste estudo iremos por alguns instantes pensar em nosso ambiente, pois ele pode nos ajudar ou, nos atrapalhar na unidade.

1. UM AMBIENTE ONDE A PRIORIDADE É O ESPIRITUAL

Ao olhar para aquele grupo de irmãos da igreja primitiva em Atos 2, pode-se observar as prioridades deles. Lucas fez questão de destacar isso ao registrar que eles oravam, estudam a Palavra, temiam a Deus, eram conscientes da presença do Senhor no meio deles, ajudam uns aos outros, louvam a Deus, e partilham daquilo que possuíam. É evidente que as prioridades deles eram espirituais. E por isso, eles tinham condições de estarem unidos

Quais são as nossas prioridades? Por que estamos em um culto, ou em uma aula da EBD (Escola Bíblica Dominical) ou em um ensaio do coral da igreja? Se a

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nossa prioridade é espiritual então nós temos condições de nos unir, pois estamos buscando a mesma coisa. Mas, se há entre nós pessoas com a prioridade na vida espiritual, e outras, com diferentes prioridades, então, o corpo pode ficar desunido.

Os estudiosos têm falado mais do que nunca na vida espiritual. Os livros de liderança estão cada vez mais falando sobre a necessidade de se levar em conta o espiritual. Os manuais de boa saúde física também descobriram a importância da vida espiritual. Na música também se fala na importância de o compositor investir na vida espiritual. A sociedade está falando cada vez mais na importância da vida espiritual e, curiosamente, a igreja muitas vezes tira o foco do espiritual e começa a priorizar outras coisas. Sorrateiramente o inimigo de nossas almas vai tirando a prioridade do espiritual e de repente nós começamos a ter outras prioridades como igreja de Jesus. Exemplos não nos faltam. Dois exemplos básicos:

a) ADORAÇÃO: quando a prioridade na música é a técnica e não o louvor a Deus nós estamos fugindo do nosso foco;

b) SERVIÇO: quando a prioridade no serviço cristão é a qualidade do serviço prestado e não um ideal de ministério nós estamos fugindo do foco.

A Igreja precisa refletir um ambiente onde a nossa prioridade é o espiritual, ou seja, o relacionamento com Deus e o crescimento espiritual. Nós vemos isso no desenrolar dos fatos do livro de Atos. Vejamos duas situações distintas:

1.1. ANANIAS E SAFIRA (Atos 5)

Esse trecho fala de um casal que ao dar a sua oferta ao Senhor reteve parte do valor para si mesmos, e assim, foram condenados por Deus. Qual foi o grande problema daquele casal? Eles não viram o propósito espiritual naquela oferta. Para eles era apenas uma quantidade de dinheiro, mas não uma entrega ao Senhor.

1.2. A ESCOLHA DOS SETE (Atos 6)

Algum momento mais tarde houve uma grande controvérsia na igreja por causa da cesta básica que era dada às viúvas. Então os apóstolos disseram: “não é certo negligenciarmos o ministério da Palavra de Deus

para servirmos às mesas” (verso 2) e “nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra” (verso 4). O que vemos aqui: a prioridade deles era a palavra e a oração, uma prioridade espiritual que não podia ser negligenciada.

Estes são exemplos indiretos, mas que mostram uma tendência na igreja primitiva: dar prioridade ao espiritual. Ainda que nós tenhamos uma estrutura administrativa, necessidades sociais e humanas e outras questões relacionadas ao material, não podemos perder o nosso foco: o espiritual. Ao perdermos o nosso foco seremos como qualquer outro grupo social e não poderemos manter a nossa unidade em Cristo. As pessoas vêm à igreja, por isso, elas querem um ambiente diferente, um ambiente espiritual.

2. UM AMBIENTE ONDE A ESTRUTURA AJUDA A UNIÃO

Quando nós olhamos para a estrutura da igreja que nasceu nós ficamos até impressionados com a simplicidade. Uma simplicidade onde as pessoas conseguiam conviver, orar juntas, comer refeições juntas e onde, todos desfrutavam de um ambiente de unidade. O tempo passou e com ele a simplicidade. Com o advento do catolicismo nasceram às hierarquias, os títulos, as ordens... e, com tudo isso, o protestantismo foi afetado por essa influência onde nasceu uma estrutura que em vez de unir divide. Uma estrutura onde a cultura que predominou não é da unidade, mas, a da separação, da divergência de classes e assim por diante. Nós olhamos para aqueles irmãos e vemos simplicidade. Nós estamos precisando resgatar isso. O mundo coorporativo percebeu isso. Há uma tendência mundial em simplificar, em encurtar processos e em facilitar as coisas. Na igreja às vezes temos uma corrente contrária. Vamos criando uma estrutura que em vez de facilitar a nossa comunhão, vai nos separando, vai nos fazendo criar muros em vez de pontes. E mais uma vez o inimigo de nossas almas vai minando a igreja sorrateiramente com suas armas diabólicas.

Nossa estrutura precisa valorizar a união em Cristo. O que prejudica a união deve ser deixado de lado. Substituído. Repensado. Nós precisamos criar uma estrutura onde a união seja espontânea e real.

3. UM AMBIENTE ONDE VALE A PENA ESTAR PRESENTE

Lucas em alguns versos desse livro faz questão de falar sobre o crescimento da Igreja. Vejamos:

• Atos 4.4 – “Muitos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil”;

• Atos 6.1 – “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária”;

““HHáá uummaa tteennddêênncciiaa mmuunnddiiaall eemm ssiimmpplliiffiiccaarr,, eemm eennccuurrttaarr pprroocceessssooss ee eemm ffaacciilliittaarr aass ccooiissaass.. NNaa iiggrreejjaa ààss

vveezzeess tteemmooss uummaa ccoorrrreennttee ccoonnttrráárriiaa.. VVaammooss ccrriiaannddoo uummaa eessttrruuttuurraa qquuee

eemm vveezz ddee ffaacciilliittaarr aa nnoossssaa ccoommuunnhhããoo,, eellaa vvaaii nnooss sseeppaarraannddoo,, vvaaii

nnooss ffaazzeennddoo ccrriiaarr mmuurrooss eemm vveezz ddee ppoonntteess””

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• Atos 6.7 – “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé”;

• Atos 9.31 – “A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galileia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número”;

• Atos 16.5 – “Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número”.

Esse crescimento nos faz pensar que as pessoas que foram se integrando àquela igreja achavam que valia a pena participar daquele ambiente. Elas (os irmãos) traziam mais e mais pessoas e a igreja ia crescendo. E realmente, fazendo a leitura do final desse capítulo percebesse que aquela igreja crescia por que de fato, valia a pena participar daquele ambiente. Um ambiente que atraia e não afastava. Um ambiente que unia e não dividia. Um ambiente onde a graça de Deus era abundante.

Há ambientes que repelem, que expulsam e que são nocivos. Há ambientes que não manifestam a graça, mas sim, outras realidades que são terríveis e destrutivas. Logo, a seguinte pergunta se torna pertinente: “vale a pena estar aqui nesta igreja, nesta sala de aula ou em qualquer outro ambiente?” As pessoas precisam achar que vale a pena estar aqui. Que esse é um ambiente saudável de igreja. As pessoas não podem ver aqui o que elas veem no mundo corporativo, na política ou em outros grupos sociais onde não predomina a prioridade espiritual. Nós é que vamos fazer da igreja esse ambiente.

A unidade em Cristo faz da igreja um ambiente favorável para que pessoas se aproximem. Nós vemos naquela igreja um clima de paz que fazia com que as pessoas se aproximassem, se sentissem bem, pensassem: ‘vale a pena estar com essas pessoas’. É isso que precisamos cultivar. Vale a pena estar juntos em Cristo. Vejamos dois versos importantes sobre esse tema:

• Efésios 4.3 – “procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”;

• Colossenses 3.15 – “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos”.

Esse é o clima que favorece a paz. Esse é o clima que atrai. As pessoas passam a semana inteira em guerra, precisam de alívio, precisam de paz, precisam de um ambiente onde Jesus Cristo reine como Príncipe da paz. Qual é o ambiente que temos sido e oferecido?

CONCLUSÃO

A unidade foi uma marca da Igreja nascida em Jerusalém e pode ser a nossa marca também, atraindo pessoas e assim crescendo para honra e glória de Jesus. Faça a sua parte para criar um ambiente de paz, de amor, valorizando o espiritual.

APLICAÇÃO

1. Você é alguém que cria um ambiente favorável para a comunhão?

2. Se a comunhão da igreja dependesse de pessoas que pensam e agem como você, a igreja seria um local acolhedor?

3. Como criar um ambiente acolhedor para todas as pessoas, principalmente, para aquelas que pensam diferente de você?

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““AA IIggrreejjaa nnããoo ppooddee tteerr ooss vvíícciiooss

qquuee ooss oouuttrrooss ggrruuppooss ffoorrmmaaddooss

ppoorr ppeessssooaass ttêêmm.. EEllaa pprreecciissaa iirr

aalléémm.. PPrreecciissaa mmoossttrraarr qquuee JJeessuuss

ffaazz ddiiffeerreennççaa eemm ttuuddoo,, ddeessddee aa

ffoorrmmaa ccoommoo eellaa lliiddaa ccoomm

pprroobblleemmaass aattéé aa ffoorrmmaa ccoommoo

eellaa ttrraattaa aass ppeessssooaass””

Lição # 05

Tema: SER IGREJA É PERTENCER A UM GRUPO ESPECIAL

Texto: ATOS 2.43

“Todos estavam cheios de temor e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos”

INTRODUÇÃO

Começamos nossa série de estudos vendo que a Igreja é a reunião dos salvos. Poderíamos dar à Igreja, a partir dessa concepção, um caráter sociológico. Mas não é isso que queremos fazer. Nós olharemos agora para o grande diferencial da Igreja em relação a qualquer grupo composto de pessoas: a Igreja pertence a Cristo. E Ele cuida da Igreja. O verso 43 deixa claro que aquele grupo de pessoas era diferenciado. O texto diz que eles estavam cheios de temor. A palavra grega aqui utilizada é ‘phobos’ que literalmente significa ‘medo, temor ou terror’. Essa palavra é originada de ‘phebomai’ cuja ideia é de ‘causar medo’ ou ‘reverência’. Aquele grupo de irmãos temia o que? Reveren-ciavam a quem? O que lhes causava aquele sentimento? Eles entenderam precocemente que a Igreja não era deles, mas sim de Jesus e por isso, eles reverenciavam a ação poderosa de Deus sobre suas vidas. Em algum momento da história nós perdemos esse ‘temor’ e reverência’ e acabamos transfor-mando a Igreja em um grupo social. Acabamos dependendo mais de nossa inteligência e potencial do que da graça e do poder de Deus. Deixe-me dizer a você algo importante: A Igreja é de Jesus Cristo e Ele cuida da Igreja.

A primeira vez que Jesus falou diretamente sobre Igreja foi em Mateus 16.18 quando disse: “E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não poderão vencê-la”. Nesse verso já vemos que a Igreja tem um caráter diferente de qualquer outro grupo. Jesus é quem edifica a Igreja e dá vitória à Igreja. Mas sobre quem? Sobre o inferno. Lendo esse texto percebemos que desde o início Jesus queria deixar claro que a Igreja tem um aspecto diferente. Não é apenas a reunião de pessoas, mas tem um caráter espiritual. A Igreja não é um grupo comum. E por não ser um grupo comum é que aqueles irmãos que acabaram de ouvir o sermão de Pedro, estão revestidos de um sentimento diferenciado em relação à Igreja e em relação a si mesmos. Eles têm temor. O que podemos entender dessa frase e desse contexto?

1. A IGREJA É UM GRUPO ESPECIAL

A igreja é formada por pessoas comuns, mas devido à graça de Jesus e a manifestação do seu poder, ela se torna um grupo especial:

• Tão especial que tem a promessa da invencibilidade diante do inferno (Mateus 16.18);

• Tão especial que o Novo Testamento a compara como uma noiva cujo noivo é Cristo (Efésios 5.22-32);

• Tão especial que Jesus Cristo morreu e se entregou por sua Igreja (Efésios 5.25);

• Tão especial que ela é o corpo de Cristo (Colossenses 1.18);

• Tão especial que é chamada de ‘coluna e baluarte da verdade’ (1 Tim. 3.15).

A lista poderia ser maior. Mas o que quero mostrar a você é que a Igreja não é um

grupo qualquer. Não é uma reunião qualquer. A Igreja é um grupo

especial não por causa das pessoas, mas por causa de Jesus.

E assim sendo ela precisa ter um modo de ser diferenciado, pois é Cristo quem a dirige. O que serve para outros grupos às vezes não serve para a Igreja; pois ela tem a direção

de Jesus Cristo. O ambiente comum em outros grupos

sociais não serve aqui também porque ela é especial. Aqueles

irmãos que ingressaram à Igreja entenderam isso precocemente. Nós

precisamos redescobrir o quanto a Igreja é especial para Jesus e para nós mesmos.

2. O AMBIENTE DA IGREJA É ESPECIAL

Oscar Cullmann argumenta sobre a expressão “todos estavam cheios de temor”, que ela demonstrava o ambiente da Igreja. Havia em primeiro lugar unidade “todos”, mas também um ambiente de reverência, de respeito, e, utilizando uma expressão de Jonh Stott, um ambiente de graça. Há entre nós a graça de Cristo. Algo que nos une, que nos torna membros da mesma família, que nos torna irmãos, e que nos torna participantes das mesmas promessas de Cristo. O ambiente da Igreja é especial e esse ambiente não se resume a um culto, mas sim, à sua vida como membro da Igreja onde quer que esteja. Por isso que na narrativa que segue vemos aqueles irmãos unidos no templo, nas casas, fazendo refeições juntos e louvando o Senhor.

A Igreja não pode ter os vícios que os outros grupos formados por pessoas têm. Ela precisa ir além. Precisa mostrar que Jesus faz diferença em tudo, desde a forma como ela lida com problemas até a forma como ela trata as pessoas. Não podemos achar na Igreja aquilo que tanto condenamos no mundo, precisamos ser

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revestidos por esse mesmo temor de dizer: “eu sou membro do Corpo de Cristo e preciso ser diferente”.

3. O PODER DA IGREJA É ESPECIAL

“Maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos”. Essa frase define o poder que movia a Igreja. Era o poder de Deus. Naquele momento em que a Igreja estava sendo conhecida pelo mundo, os apóstolos realizavam sinais e maravilhas para mostrar que o poder da Igreja não é o poder humano, mas sim, o poder de Deus. Isso começou até mesmo antes do dia de Pentecostes, quando os 120 estão reunidos para escolher Matias, eles buscam o poder de Deus através da oração. Em toda a trajetória da Igreja veremos isso. Não é a força humana, mas a graça divina que alimenta, sustenta e dirige a Igreja. O poder da Igreja é especial. Não é o meu e nem o seu, mas o poder de Deus.

CONCLUSÃO

Tim Burrens em um artigo para a revista New Life fala de duas pessoas que queriam ganhar dinheiro e resolveram abrir uma igreja. Pessoas começaram a chegar e eles começaram a ganhar dinheiro. Os dois ‘sócios’ foram enriquecendo e ganhando adeptos com suas mensagens e músicas cativantes. Mas chega um dia em que um deles perturbado exclama: ‘o que fizemos com a Igreja de Jesus Cristo?’ Não podemos continuar com isso. Estamos perdidos. E o colega conclui: realmente eu não aguentava mais fingir ser a Igreja de Jesus.

APLICAÇÃO

1. O que você tem feito com este privilégio que Deus lhe deu por meio de Jesus, de fazer parte da Igreja de Cristo?

2. Que tipo de comportamento pecaminoso você precisa abandonar para ser mais parecido com Jesus?

Lição # 06

Tema: SER IGREJA É REPARTIR

Texto: ATOS 2.45

“Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade”.

INTRODUÇÃO

A Igreja que nascia em Atos era marcada por relacionamentos. A ênfase ali estava nas pessoas e não nas atividades ou programações. O verso que estudaremos hoje mostra como os relacionamentos provocavam um estilo de vida que precisa ser resgatado pela igreja contemporânea. Antes de prosseguir é bom lembrar duas coisas:

a) NOSSO VELHO HOMEM TEM UM ESTILO DE VIDA QUE NÃO COMBINA COM OS PLANOS DE DEUS PARA A IGREJA.

b) EM CRISTO JESUS NÓS PODEMOS TER UM ESTILO DE VIDA QUE SEJA COERENTE COM OS PLANOS DE DEUS PARA A IGREJA.

A grande questão a ser observada é que há em nós uma grande guerra sendo travada diariamente. O apóstolo Paulo fala dela em Gálatas 5:17 – “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam”.

Essa luta não acontece apenas em relação à nossa vida individual como crentes, mas também como membros do corpo de Cristo. Nosso velho homem quer que sejamos membros do Corpo seguindo um estilo de vida que tem a inclinação e dominação do pecado, e, portanto, não combina com os planos de Deus para a Igreja. Nós precisamos lutar contra isso e ter um estilo de vida que siga o exemplo de Cristo e que seja compatível com a Igreja de Cristo.

Começo com este destaque: por que o verso que estudaremos fala sobre estilo de vida? Sobre comportamento? Sobre a maneira como vivemos a Igreja? O verso 45 é um resultado da ênfase que eles tinham em relacionamento. O verso não é um desafio à ação social ou beneficência, mas sim, um resultado do estilo de vida daqueles irmãos. Isso porque, eles tinham uma ênfase em relacionamento e se preocupavam uns com os outros. Eles venceram o conflito entre o velho homem egoísta ensimesmado e o novo homem liberal, servo e preocupado com os outros.

““QQuuaannddoo aa iiggrreejjaa eennffaattiizzaa oo vvaalloorr ddooss rreellaacciioonnaammeennttooss eellaa pprroovvooccaa uummaa mmuuddaannççaa nnoo eessttiilloo ddee vviiddaa

ddaass ppeessssooaass””

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CONTEXTO

Obviamente há um contexto que precisa ser compreendido. Aqueles irmãos vivam em contexto diferente. Howard Marshall, comentarista desse verso, salienta que o primeiro impacto daqueles irmãos em relação ao cristianismo fez com que abrissem mão de seus bens e disponibilizassem para os demais. Isso era voluntário, como mostra o capítulo quatro de Atos doa Apóstolos na experiência de Barnabé. Ao disponibilizarem seus bens, aqueles irmãos estavam totalmente envolvidos com a causa do evangelho, esperando possivelmente um retorno rápido, quase imediato de Jesus Cristo. Esse é o contexto. E nele nós vemos um princípio. Eles se preocuparam uns com os outros. Não encontramos qualquer orientação apostólica sobre o entregar os bens. Parece que isso foi voluntário, espontâneo. Quando há preocupação sincera de uns para com os outros, nós alteramos o nosso estilo de vida. Nós mudamos de modo a cumprir os planos de Deus para a vida da Igreja.

Esse princípio precisa ser norteador em nossa vida como membros do Corpo de Cristo. A questão é: como seremos assim? Olhemos para o verso e extraiamos alguns conselhos que nos ajudam nesse sentido.

Para repartir é preciso...

1 – PENSAR NOS OUTROS - “Distribuíam a cada um”

O verbo distribuir é tradução do grego diamerizw (diamerizo) que significa “rachar, cortar em pedaços ou distribuir”. Ele aparece 11 vezes no Novo Testamento sempre com o sentido de ‘repartir’. Para repartir aqueles irmãos precisaram pensar uns nos outros. Isso está claro no complemento da frase “a cada um”. O estilo de vida daqueles irmãos incluía a preocupação mútua. Eles repartiam o que tinham em nome dessa preocupação. De onde vinha essa preocupação? Vinha da ação do Espírito Santo na vida daquelas pessoas. Vinha da transformação operada por Jesus Cristo em seus corações.

‘Pensar nos outros’ é um estilo de vida. Em Filipenses 2.3 nós lemos: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo”. Em outro texto o apóstolo Paulo enfatiza a mesma coisa: “Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação” (Romanos 15.2). Pensar no outro é uma ênfase bíblica. Precisamos repetir o que Jesus fez por nós. Jesus pensou em nós. Preocupou-se conosco. Amou-nos.

A sociedade é egoísta. O mundo moderno adotou uma filosofia hedonista da vida onde só pensamos em nós mesmos, no que queremos, em como melhorarmos nosso estilo de vida. A Bíblia, porém, nos indica outro caminho, o da preocupação com o semelhante. Nós,

igreja de Jesus, precisamos ser um referencial de preocupação mútua. Para repartir é preciso então enxergar o outro. É preciso ver que na história da igreja não sou apenas eu que existo. Existe o outro.

Essa preocupação precisa existir em todas as áreas da Igreja. É como no casamento. Nós não devemos ter a filosofia de vida do ‘eu nasci para ser feliz’. A gente casa para fazer o cônjuge feliz e ele para nos fazer feliz. Quando os dois cumprem a tarefa então o casamento dá certo. Na igreja também deve ser assim. Não quero me satisfazer, mas sim, satisfazer a você, meu irmão em Cristo, que eu amo e quero ver firme nos caminhos de Jesus Cristo.

Para repartir também é preciso...

2 – ESTAR ABERTO PARA COMPARTILHAR – “Segundo a sua necessidade”

O texto bíblico diz que eles repartiam segundo a necessidade. Essa palavra é tradução do grego creia

(chreia) que indica uma necessidade específica. Como nós podemos conhecer as necessi-dades específicas das pessoas senão compartilhando? Você não saberá o que eu preciso e nem eu o que você precisa se não houver em nós um canal aberto de relacionamento. Um compartilhar sincero e honesto.

É bom perceber que todos estavam inseridos nesse processo e não apenas alguns. Havia uma troca de informações, onde as pessoas contavam suas necessidades e eram atendidas. O texto tem um apelo material. Mas existem necessidades de todo tipo. E as pessoas precisam ser atendidas em suas necessidades. A questão é que não temos um estilo de vida de repartir, então, as necessidades acabam não sendo supridas.

Para repartir é necessário, como bem escreveu Bill Thrall em A escalada de um líder, “sermos vulneráveis. A vulnerabilidade provoca duas coisas: as pessoas tem acesso a nossa vida e nós temos acesso à vida delas”. Infelizmente, muitas vezes nós não somos vulneráveis a ponto de repartir, de pedir ou oferecer ajuda. Preferimos um estilo de Igreja onde o pastor e mais alguns façam tudo. Nós não queremos repartir porque isso dá trabalho. Não queremos compartilhar porque isso indica que nós temos fraquezas. Mas só quando fizermos isso é que poderemos construir uma igreja mais próxima do exemplo de Cristo.

CONCLUSÃO

A Igreja primitiva aprendeu a repartir. Nós precisamos aprender também, pois apenas a partir do nosso repartir é que teremos condições de compartilhar necessidades e crescer em maturidade para Jesus Cristo. Vamos dar um passo e pensar no outro. E vamos

““VVooccêê nnããoo ssaabbeerráá oo qquuee eeuu pprreecciissoo ee

nneemm eeuu oo qquuee vvooccêê pprreecciissaa ssee nnããoo hhoouuvveerr eemm nnóóss uumm ccaannaall aabbeerrttoo ddee

rreellaacciioonnaammeennttoo””

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dar um segundo passo e compartilhar. Claro que para isso é preciso confiança, e falaremos sobre esse tema mais à frente. Mas, te desafio a mudar seu estilo de vida e começar a pensar mais nos outros.

APLICAÇÃO

Se um irmão da igreja conversasse com você pela primeira vez, ele sentiria em você uma pessoa aberta para desenvolver um relacionamento cristão? Ou seja, um relacionamento conforme o texto bíblico de Atos 2.42-47. Comente abaixo:

Lição # 07

Tema: SER IGREJA É CELEBRAR

Texto: ATOS 2.46a e 47a

“Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos”.

INTRODUÇÃO

Olhamos novamente para a Igreja nascida em Jerusalém, a Igreja primitiva. Já vimos que aqueles irmãos eram fiéis à doutrina e à comunhão. A presença de Jesus em seus corações fazia deles um grupo especial. Eles criaram um ambiente de unidade e viviam como família espiritual. E, unidos, eles “louvavam a Deus”. Agora, será destacado a adoração daqueles crentes. Mas primeiro, precisamos entender algumas coisas sobre o contexto.

CONTEXTO

É bom iniciar dizendo que a Igreja primitiva não tinha templo. O templo a que se refere o verso 26 é o de Jerusalém que sofreu várias transformações. Originalmente foi construído por Salomão, depois da destruição dos Babilônicos, foi reconstruído por Zorobabel e depois, ampliado por Herodes o Grande a partir do ano 20 a.C., tendo suas obras concluídas em 64 d.C.

Os primeiros cristãos foram judeus convertidos. É bem possível que participassem do culto diário no templo, conforme vemos em Atos 3.1. Esse culto acontecia de manhã e à tarde e consistia da oferta de um holocausto e incenso pelos sacerdotes. Também aconteciam orações e uma bênção do sacerdote. Lucas, detalhista, fez questão de dizer que os cristãos se reuniam no ‘pátio do templo’. Aqui já temos uma informação adicional, o ‘pátio’ seria basicamente como o nosso hall de entrada. Porém havia quatro pátios: o dos sacerdotes, o das mulheres, o dos homens e, o dos gentios. Sendo o pátio dos gentios um pátio mais geral, aberto, onde homens e mulheres circulavam. Alguns comentaristas sugerem que lá os cristãos se reuniam. De qualquer maneira, o que nos chama a atenção é que se reuniam diariamente.

Vemos ainda que essas reuniões no templo se completavam em reuniões em casas. Precisamos destacar que os primeiros cristãos fizeram de suas próprias casas os lugares de culto. Não tínhamos nesse momento histórico igrejas nos lares, como mais tarde aconteceria, por exemplo, na casa de Priscilla e Áquila. Então os lares eram complementos, eles se reuniam no templo, e se reuniam em casa. E nessas reuniões havia alegria, sinceridade de coração e louvor a Deus.

Olhando para aqueles irmãos nós podemos extrair princípios que podem ser usados hoje em nossos

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cultos. Esses princípios nos ajudam a manter o espírito que havia naqueles irmãos e a vivenciar experiência semelhante. Vamos verificar esses princípios:

1. A CELEBRAÇÃO DA IGREJA PRECISA SER CONTÍNUA – “Todos os dias”

Destacamos logo de início essa pequena frase: “todos os dias”. Há um pano de fundo histórico, pois já era costume judaico o culto diário. Mas vejamos a compreensão espiritual daqueles irmãos. Independentemente de serem judeus, eles compreenderam que deveriam continuar celebrando ao Senhor diariamente. O Rabbi Joseph Teleshkin, em sua obra Biblical Literacy, explica que os cultos eram diários porque os judeus compreendiam a presença diária do Senhor no templo e por isso, precisavam adorá-lo todos os dias. Nós somos o templo do Espírito Santo, como diz 1 Coríntios 3.16 – “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” Por esse motivo, a nossa celebração também pode ser constante, pois o Espírito Santo de Deus habita em nós diariamente. Ele não tira férias. Todos os dias, precisamos estar em celebração a Deus, quer seja na coletividade de um culto no templo ou em casa no culto doméstico ou sozinhos no local onde estivermos. Essa ideia de continuidade nos desperta em algumas áreas:

a) Celebração contínua em referência ao tempo: todos os dias;

b) Celebração contínua nas atitudes: transformar nossas atitudes em culto ao Senhor, louvando-o e adorando-o em tudo;

c) Celebração contínua no culto propriamente dito: todos os momentos do culto devem ser de celebração. Aqui entra uma questão importante. Culto é momento de celebração a Deus, falar para ele e ouvi-lo. Não podemos ocupar o culto com outras coisas que não são celebração. Tudo no culto deve girar em torno da nossa adoração ao Senhor.

2. A CELEBRAÇÃO DA IGREJA PRECISA ACONTECER EM UM AMBIENTE DE COMUNHÃO – “e juntos participavam das refeições”

Lucas não teve dificuldades em falar do culto no templo e imediatamente, na mesma frase, fazer menção às refeições em casa. A celebração acontecia nesses dois ambientes, com igual intensidade, e o que unia estes dois ambientes era a comunhão. Eles estavam juntos no templo “continuavam a reunir-se...” e, também nas casas. A celebração depende disso. Somos um só corpo. Uma só família. E nesse ambiente deve acontecer a comunhão. Jesus destacou isso quando disse:

“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”. (Mateus 5.23, 24)

O contexto é de culto. A celebração, o culto, a adoração, dependem de um ambiente de comunhão. Um dos motivos pelos quais muitas pessoas buscam hoje as megaconcentrações é porque ali não precisam nutrir comunhão. Os ambientes são superficiais e por isso é fácil adorar. Difícil, porém, é adorar sabendo como é o meu irmão, lembrando de momentos difíceis que vivemos e mais ainda: ir até ele e lhe pedir perdão.

Sem comunhão a nossa celebração perde o colorido, a alegria e também a eficácia. Precisamos consertar os nossos relacionamentos para que nada nos atrapalhe na comunhão e o inimigo não nos acuse.

3. A CELEBRAÇÃO DA IGREJA DEVE SER AUTÊNTICA – “com sinceridade de coração”

Aqueles irmãos eram autênticos. Isso é tão importante na adoração, pois, a sinceridade está em falta. Nós louvamos a Deus juntos, damos as mãos, nos abraçamos, mas lá fora nós falamos mal uns dos outros,

criticamos e chegamos a odiar irmãos. Precisamos ser sinceros e essa sinceridade significa que se precisarmos consertar alguma coisa para a adoração, então é hora de fazer isso.

Certa vez um pastor pregou sobre unidade e disse que nós deveríamos ser autênticos. Então, o pastor pediu para que as pessoas

dessem as mãos umas às outras e um senhor não fez isso. A saída então o pastor perguntou o motivo e ele disse que não daria a mão porque não gostava da pessoa que estava ao lado. Ele foi desafiado pelo pastor a mudar a sua atitude, mas ele disse: eu não vou mudar. Prefiro nunca mais dar a mão, do que mudar. MORAL DA HISTÓRIA: autenticidade de crente não é só reconhecer que está errado, mas, mudar para que ao repetir um ato, este seja sincero.

Quando a celebração é autêntica nós celebramos a Deus conforme Jesus ensinou: João 4.24 – “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.

A adoração em verdade implica em autenticidade ao adorar. Agora essa autenticidade diz respeito também ao nosso estado. Há ocasiões em que a nossa adoração será apenas a misericórdia, estaremos no pó, quebrantados. Não poderemos ministrar louvor, às vezes, sequer cantar. Seremos como aquele publicano que entrou no templo e só pode declarar: “tem misericórdia de mim, pois sou pecador”.

““AAss ppeessssooaass qquuee ppaarrttiicciippaamm ddee uumm

ccuullttoo ddeevveemm iirr ppaarraa ccaassaa ddiizzeennddoo

qquuee nnããoo ccoonnsseegguueemm aagguuaarrddaarr aa

cchheeggaaddaa ddoo pprróóxxiimmoo ccuullttoo””

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4. A CELEBRAÇÃO DEVE SER FESTIVA – “com alegria”

Aqueles irmãos estavam felizes. E a sua celebração refletia a alegria em Cristo. Os Salmos falam sobre celebração festiva, e de fato, há muitos motivos para que tenhamos alegria. Mas sempre que lemos esse texto é bom entender que Lucas utilizou aqui a palavra grega agalliasiv (agalliasis), que STRONG define como: exultação, extremo prazer, alegria. Jonh Stott argumenta que essa alegria não era sinônimo apenas de sorrisos, mas sim, do estado daquelas pessoas. Elas celebravam de tal maneira que podiam ver nelas a novidade de vida em Cristo.

Essa alegria remete a algumas outras ideias, ou seja, ela dá a impressão de que aqueles irmãos eram ‘vivos’ na sua adoração. A adoração é uma experiência abençoadora. Os nossos cultos precisam ser abençoadores. As pessoas precisam ver a nossa adoração e concluir que nós somos novas criaturas em Cristo, que temos motivo para adorar. O culto deve ser uma experiência memorável, como diz Bill Hybells, inesquecível.

As pessoas que participam de um culto devem ir para casa dizendo que não conseguem aguardar a chegada do próximo culto. Cultos não podem se basear no que sempre fizemos, no passado distante. Precisamos pensar no hoje. E pensando nisso, celebrar o que nosso Deus tem feito.

Cultos precisam refletir os valores de Cristo em nós e a alegria que temos Nele. Faça se seu culto pessoal uma celebração abençoada e festiva.

CONCLUSÃO

Ser Igreja é celebrar. Vamos celebrar juntos a cada dia, unidos como corpo e, conscientes de que através dessa celebração nós atrairemos vidas para Jesus Cristo.

APLICAÇÃO

1. O que é adoração para você?

2. Você entende que o local de culto é apenas num prédio ou você considera, por exemplo, que na sua casa, no seu trabalho, no trânsito, na escola, enfim, em qualquer lugar e, tudo aquilo que você faz é um culto a Deus? Explique.

3. Comente esta frase: “Eu não gostei do culto de hoje”.

““OO EEssppíírriittoo SSaannttoo ddee DDeeuuss hhaabbiittaa

eemm nnóóss ddiiaarriiaammeennttee,, EEllee nnããoo ttiirraa

fféérriiaass””

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““AA IIGGRREEJJAA eexxiissttee ppoorr

ccaauussaa ddee DDeeuuss ee nnããoo

ppoorr nnoossssaa ccaauussaa””

Lição # 08

Tema: SER IGREJA É ENTENDER A GRANDEZA DE DEUS E CONFIAR TOTALMENTE NELE

Texto: ATOS 4.23-31

INTRODUÇÃO

Atos 3.1-10 narra a cura de um aleijado desde o nascimento e o momento em que várias pessoas viram o que Deus fez, e como ficaram impressionados com o Seu poder. Pedro utilizou essa ocasião para pregar um poderoso sermão (Atos 3.11-26) anunciando a Jesus Cristo como salvador. Quando as autoridades religiosas judaicas ficaram sabendo do poder de Deus manifesto através da igreja e também da mensagem de Pedro eles resolveram prender Pedro e João (Atos 4.1-22). Com esta prisão, o número de pessoas que passou a crer no evangelho, cresceu para aproximadamente 5 mil (Atos 4.4). Algumas informações são importantes aqui:

O CONTEXTO HISTÓRICO

Pedro e João foram levados ao Sinédrio, que em alguns outros locais do Novo Testamento é chamado também de ‘concílio’. O Sinédrio era o mais alto tribunal religioso dos judeus, do qual faziam parte os sumos sacerdotes (o atual e os anteriores), chefes religiosos (anciãos) e professores da Lei. Tinha 71 membros, incluindo o presidente. A história do Sinédrio era anterior a Jesus Cristo. Tradicionalmente se diz ter sido originado com os setenta anciãos que assistiam Moisés (Números 11.16-24). Esdras supostamente teria organizado esse grupo depois do exílio. O Sinédrio tinha a liberdade de julgar dentro do Império Romano as questões relacionadas aos judeus. Apenas não tinham liberdade para condenações de morte. Nas suas reuniões todos se sentavam em semicírculo e havia dois serventes da corte, um para registrar os votos de absolvição e outro para os votos de condenação. Quem votasse por absolvição não poderia mudar seu voto, mas quem votasse por condenação tinha o direito de mudar seu voto. Para absolvição a simples maioria era suficiente. Para condenação mais de dois terços dos presentes. Cabia ao Sinédrio fazer questionamentos, inquirir, e lhes era dado o status de judiciário vigente.

Pedro e João foram levados até o Sinédrio. Primeira-mente foram presos, pois já estava de noite. No dia seguinte foram inquiridos da seguinte maneira: “Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?” (Verso 7). Pedro então, cheio do Espírito Santo, respondeu de forma brilhante, apresentando Jesus Cristo como autor do feito e também desafiando aqueles homens a crerem em Jesus. Eles ameaçaram os apóstolos e ordenaram que não pregassem mais a Jesus Cristo. Pedro novamente toma a palavra e agora responde: “Julguem os senhores mesmos se é justo aos

olhos de Deus, obedecer aos senhores e não a Deus. Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos” (Versos 19 e 20). Após isso eles foram soltos. Deus estava agindo com poder na vida dos apóstolos e consequentemente da igreja. Aqui temos uma primeira lição a ser aprendida:

a) A igreja manifesta a glória e poder de Deus – Aquele grupo que começou acanhado agora já tem milhares de pessoas e Deus está se manifestando com poder. E esse poder faz com que mais e mais pessoas se aproximem de Jesus Cristo. O poder de Deus se manifesta na igreja porque é esse poder que sustenta a igreja. A igreja existe por causa de Deus e não por nossa causa. Isso já havia ficado claro quando Jesus Cristo declarou em Mateus 16.18 que as portas do inferno não poderão prevalecer sobre a igreja. A igreja depende do poder de Deus para existir e isso faz dela um grupo diferente de qualquer outro sobre a face da terra. Aqui aprendemos uma segunda lição:

b) É o poder de Deus que sustenta a igreja. A igreja depende de Deus para existir – Agora

olhemos para o retorno dos apóstolos saindo do Sinédrio e retornando para os

seus irmãos. Quais lições aprendemos nesse retorno:

1. NAS LUTAS DA VIDA VEMOS A AÇÃO PODEROSA DE DEUS (Verso 23)

“Quando foram soltos, Pedro e João voltaram para os seus companheiros e

contaram tudo o que os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos lhes tinham

dito.”

Os apóstolos ‘contaram tudo’. Eles narraram os detalhes daquela história que começou com uma prisão, mas terminou com a libertação. Eles disseram tudo o que aconteceu, como Deus utilizou aquela situação para que quase 5 mil pessoas crescem em Jesus. Todos nós temos uma história. E nela podemos ver a ação de Deus. Talvez o que nos falte seja o compartilhar, o contar aquilo que Deus faz. O ver a mão de Deus agindo com poder.

Há um hino que cantamos que diz: “temos por lutas passado, umas terríveis cruéis, mas o Senhor tem livrado, delas seus servos fiéis...” Quantas lutas passamos. Mas glória a Deus porque Ele não está quieto, apenas olhando. Ele está agindo com poder. Como igreja nós temos lutas. Em alguns momentos elas são enormes, mas podemos nelas ver a ação poderosa de Deus. Deus não está morto. Ele vive e reina.

Algumas curiosidades foram encontradas depois da devastação causada pelo Tsunami na Tailândia no ano de 2004. Uma delas foi um pequeno caderno apenas com pequenos círculos. Eram centenas deles. O caderninho foi reconhecido pela avó de uma jovem falecida na devastação. A avó declarou que o

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caderninho era o registro que a neta fazia de todos os livramentos de Deus que a menina começara a registrar na sua adolescência. Pelo menos mentalmente nós deveríamos fazer o mesmo.

2. PRECISAMOS RECONHECER QUEM É O DEUS QUE NOS GUARDA NAS LUTAS (Versos 24-30)

Quando os apóstolos contaram o que aconteceu houve uma unidade de espírito a ponto de, unanimemente, eles começarem a orar. Howard Marshall diz que a oração foi à reação imediata e que um espírito de união estava presente na igreja. Aqui temos uma lição objetiva sobre esse momento:

A ORAÇÃO PROMOVE UNIDADE NA IGREJA

Vejamos o conteúdo da oração daqueles irmãos. Fica claro que parte da oração foi extraída do Salmo 2 e parte de Isaías 37.16-20. Isso significa que aqueles irmãos conheciam a Palavra de Deus, até aquele momento revelada, a saber, o Antigo Testamento.

“Ó Soberano, tu fizeste os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há!” Eles declaram a sua fé no poder criador de Deus. A criação é um dos elementos mais característicos do poder de Deus. O termo ‘soberano’ indica o ‘controle poderoso de Deus sobre todas as coisas’ (Masrshall).

“Tu falaste pelo Espírito Santo por boca do teu servo, nosso pai Davi: “‘Por que se enfurecem as nações, e os povos conspiram em vão? Os reis da terra se levantam, e os governantes se reúnem contra o Senhor e contra o seu Ungido’”. Essa é a citação do salmo 2. Ela diz respeito em primeiro lugar a uma profecia messiânica. O ungido é Jesus Cristo. O salmo aponta que apesar da perseguição para tornar o ministério de Jesus infrutífero, isso não aconteceria pois Jesus tem mais poder do que os reis da terra. Aqui o contexto é aplicado à situação da igreja. Nosso Deus garante a vitória da igreja. Ele não apenas é o criador mas também o sustentador de tudo. Deus não permite que a sua igreja seja abalada.

“De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com o povo de Israel nesta cidade, para conspirar contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste. Fizeram o que o teu poder e a tua vontade haviam decidido de antemão que acontecesse”. A declaração agora é surpreendente. Eles reconhecem que as lutas, as provações, não são uma afronta a Deus, mas sim, uma permissão de Deus. Nada foge ao controle do Senhor. Se Deus permitiu é porque sua Igreja tem condições de passar. O que Deus permite na tua vida é para glorificação do nome dele. Lembramos aqui de Romanos 8.28 quando diz: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus...”

Deus permite coisas que não entendemos. Mas nos planos dEle essas coisas fazem sentido. Nada foge ao controle do Senhor. A questão é que nossa visão é limitada, nós temos uma perspectiva cronológica

enquanto Deus tem uma perspectiva eterna. Michael Youssef no seu livro Se Deus está no controle porque minha vida está desse jeito?, diz assim: “enxergar nossas circunstâncias pela perspectiva eterna nem sempre é fácil. Não é uma coisa que se consegue da noite para o dia. Conseguimos obter essa experiência quando colocamos a nós mesmos na vontade de Deus todos os dias de nossa vida, confiando que Ele vai nos sustentar, independente daquilo que possa acontecer”.

Aqueles irmãos entenderam que Deus está no controle absoluto. Se Ele permitiu, não nos cabe questionar, mas sim, confiar que: “o Deus que permite, é o Deus que me assiste.”

“Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente. Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo servo Jesus”. Agora a oração muda de tom. Eles pedem capacitação a Deus. Pedem coragem. Pedem que Deus opere com poder. Vemos aqui a igreja dependente de Deus que precisa da ação do Senhor. Vemos aqui aqueles irmãos reconhecendo que não conseguirão vencer sozinhos. Precisam inclusive de coragem para anunciar Deus. Que oração linda. É a oração de servos que dependem do Senhor. Hoje em dia as igrejas dependem mais de métodos e de princípios humanos do que de Deus. Nós investimos pouco tempo na oração. Há igrejas que são movidas mais pelos princípios de marketing, administração e outros, do que pelos princípios bíblicos. Nós podemos e devemos usar técnicas. Mas, a nossa dependência vem de Deus. As lutas vem e só Deus pode nos dar vitórias. Glórias sejam dadas ao nome Dele por esse motivo.

Nessa oração temos pelo menos 4 (quatro) lições acerca de Deus:

• DEUS TEM O CONTROLE PODEROSO SOBRE TODAS AS COISAS;

• DEUS NÃO PERMITE QUE A IGREJA SEJA ABALADA, MESMO ELA ENFRENTANDO GRANDES LUTAS;

• DEUS PERMITE LUTAS QUE NÃO ENTENDEMOS, MAS ELE NOS SUSTENTA DIANTE DELAS;

• DEPENDEMOS TOTALMENTE DE DEUS PARA VENCER AS LUTAS.

““DDeeuuss ppeerrmmiittee ccooiissaass qquuee nnããoo eenntteennddeemmooss.. MMaass nnooss ppllaannooss ddEEllee eessssaass ccooiissaass ffaazzeemm sseennttiiddoo.. NNaaddaa

ffooggee aaoo ccoonnttrroollee ddoo SSeennhhoorr.. AA qquueessttããoo éé qquuee nnoossssaa vviissããoo éé

lliimmiittaaddaa,, nnóóss tteemmooss uummaa ppeerrssppeeccttiivvaa ccrroonnoollóóggiiccaa eennqquuaannttoo DDeeuuss tteemm uummaa

ppeerrssppeeccttiivvaa eetteerrnnaa””

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Aplicando esses versos diretamente ao nosso coração aprendemos:

• DEUS TEM O CONTROLE SOBRE AS NOSSAS VIDAS; • DEUS NÃO PERMITIRÁ QUE EU SEJA ABALADO; • SEREI SUSTENTADO POR DEUS DIANTE DE QUALQUER

LUTA; • SÓ VENCEREI SE DEPENDER TOTALMENTE DE DEUS.

3. O DEUS DA IGREJA NOS DIRIGIRÁ EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA (Verso 31)

“Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus.”

Após a oração acontece algo inesperado: o lugar onde estavam tremeu. Foi um terremoto. Sendo o livro de Atos, histórico, sabemos que não estamos diante de uma doutrina. Nem sempre oraremos e o local onde estamos tremerá. Mas vamos entender o texto. Os discípulos fizeram pedidos a Deus na oração e Deus está respondendo agora. A resposta é visual. Os discípulos precisam disso. A formação deles ainda traz os grandes feitos de Deus no Antigo Testamento. Eles precisam de certezas para continuarem confiando em Deus. E Deus então dá essa certeza.

Nós já temos essa certeza. Ela se deu na Palavra e na história da Igreja. Sabemos que em qualquer circunstância podemos confiar no Senhor. Diz o texto que todos ficaram cheios do Espírito Santo e foram tomados por coragem para anunciar a Palavra do Senhor. Deus está atestando que continuará na direção, que eles podem seguir em frente, que Seu Espírito estará sempre no controle de tudo.

Não precisamos temer. Temos a garantia da direção e sustento de Deus. E essa direção e sustento se dão através do Espírito Santo e da palavra do Senhor.

CONCLUSÃO

É momento de confiarmos em Deus. De descansarmos Nele. E para isso precisamos crer na direção que Ele nos dá.

APLICAÇÃO

Imaginemos por um instante que para a igreja avançar ela dependesse exclusivamente do seu compromisso com Jesus, e PRINCIPALMENTE das suas orações e ofertas. Agora responda: “Com base na sua vida hoje, a igreja avançaria ou retrocederia?”. Comente abaixo a sua resposta.

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““DDaa mmeessmmaa ffoorrmmaa

ccoommoo oo nnoossssoo ccoorrppoo

aaddooeeccee,, ooss nnoossssooss

sseennttiimmeennttooss ttaammbbéémm””

Lição # 09

Tema: SER IGREJA É RESGATAR A SAÚDE EMOCIONAL DOS MEMBROS

Texto: ATOS 12.6-12; 1 SAMUEL 22.1, 2

INTRODUÇÃO

Muitas pessoas não se importam com a vida emocional. Não faz muito tempo que ouvi alguém dizer que ‘depressão’ é um nome moderno para ‘preguiça’. Muitos, em pleno século XXI ainda têm esse pensamento. Para estes, as emoções não precisam de atenção e nem cuidado. Não me parece ser esse um posicionamento bíblico e nem razoável do ponto de vista da inteligência. Isso porque está claro na Bíblia que o homem não é só carne e osso, mas também tem sentimentos. E da mesma forma como nosso corpo adoece nossos sentimentos também. O que acontece, a meu ver, é uma dificuldade em entender a relação entre o corpo, sentimentos e vida espiritual. Para muitos, qualquer problema emocional é pecado ou então afastamento de Deus. Será assim mesmo? Se não chamamos uma gripe ou enxaqueca de pecado, porque chamaríamos a depressão assim? Se vamos ao médico cuidar de uma doença do corpo, por que não cuidamos das doenças da alma? A Igreja, utilizando a figura de Naamã Mendes, é um grande hospital onde tratamos do homem integral-mente. Salvação, mas também, saúde emocional.

CONTEXTO

Estamos no capítulo 12 de Atos dos Apóstolos e o personagem central é Pedro. Costumamos vê-lo na Bíblia como um homem forte, de iniciativa e sempre falante. Ao lermos o verso 6 o encontramos da seguinte maneira:

“...Pedro estava dormindo entre dois soldados, preso com duas algemas, e sentinelas montavam guarda à entrada do cárcere” (Verso 6)

Com certeza não era uma situação confortável. Pedro estava acuado, talvez perturbado, totalmente entregue à mão dos seus inimigos. Se estivéssemos no lugar dele, como nos sentiríamos? Possivelmente, tristes, decepcionados e cheios de outros sentimentos negativos. É nesse ponto que quero fazer uma transição para 1 Samuel 22.1,2. Davi está numa situação parecida, ele também está encarcerado, só que dentro de uma caverna. Seus sentimentos ali também não são os melhores. Tanto ele como Pedro se sentem isolados. Mas há uma diferença entre eles:

Pedro vai para o isolamento por imposição, mas Davi vai por opção. Um está saudável emocional-mente e outro, está doente.

Nós analisaremos a dinâmica desses dois homens e veremos como podemos ajudar nossos irmãos que

vivem a dinâmica da enfermidade emocional e como podem encontrar um lugar de apoio no Corpo de Cristo, sendo inclusive curados por Deus.

Você já viu um parasita? (na verdade o nome correto é parasito). Parasito é um organismo que, pelo menos em uma fase de seu desenvolvimento, se encontra ligado à superfície ou ao interior de outro organismo, dito hospedeiro, do qual obtém a totalidade ou parte de seus nutrientes. Swindoll chama as enfermidades emocionais de ‘parasitas’. Elas vão sugando de nossa vida, a alegria, a paz e o ânimo. Há muitas pessoas assim dentro das Igrejas.

Davi se encontrava dessa maneira. Seu relacionamento com Saul ia de mal a pior e então ele começou a entrar em uma decadência emocional que desencadeou sua fuga para a caverna de Adulão. Aqui aprendemos a primeira lição sobre as doenças emocionais:

1. QUANDO ESTAMOS DOENTES EMOCIONALMENTE BUSCAMOS O

ISOLAMENTO

“Davi fugiu da cidade de Gate e foi para a caverna de Adulão...” Uma das marcas mais

profundas da doença emocional é o isolamento. Nós vamos aos poucos interrompendo os nossos relaciona-mentos, nos fechando e quando menos percebemos somos verdadeiras con-chas que se fecham para o mundo.

Assim estava Davi. Ali dentro ele não apenas fugia de Saul, mas de si mesmo. Ali

encontrava uma possibilidade de fugir e não enfrentar seus problemas. No escuro frio e

úmido daquela caverna Davi encontrou seu refúgio. Há muitos tipos de isolamento. O de Davi foi geográfico. Mas há outros.

OS PRINCIPAIS TIPOS DE ISOLAMENTO (Segundo Caplan):

• Geográfico – A pessoa busca um lugar para ficar sozinha;

• Mental – a pessoa busca ideias que a afastam do grupo. É o caso das pessoas radicais, que acham que a sua ideia está certa e todos estão errados. Através da crítica e da ideia de que são mais corretas do que as outras pessoas, elas constroem muros em volta de si mesmas;

• Moral – a pessoa busca um estado ou de ‘pureza’ ou de ‘devassidão’. Através da pureza se afasta dos demais que são impuros (como os ascéticos ou religiosos fanáticos); através da devassidão se afastam das pessoas moralmente estáveis, causando nelas até mesmo aversão por causa de seu comportamento (aqui se encaixam principal-mente as pessoas com distúrbios sexuais ou até mesmo os entregues aos vícios).

Voltemos os olhos para Pedro. Ele também está isolado, preso. Mas por que ele estava ali? Não era a sua opção.

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E nem porque ele quis. Pedro está preso por contingência. Na verdade Pedro (conforme o capítulo 11) estava nutrindo relacionamento com os irmãos em Jerusalém. Logo, podemos concluir que:

a) A pessoa emocionalmente saudável não busca o isolamento, apesar de por vezes ser obrigada a viver isolada pela contingência da vida;

b) A pessoa emocionalmente doente busca o isolamento, seja geográfico, mental ou moral.

LIÇÃO PARA A IGREJA: Precisamos oferecer ajuda para aqueles que estão isolados, sozinhos e deixados de lado. E aqui entra uma questão importante: as pessoas emocionalmente enfermas sempre dirão que a culpa de seu afastamento é dos outros. Sabendo disto, precisamos ir buscá-las no amor de Jesus.

2. DEUS QUER A NOSSA SAÚDE EMOCIONAL

Deus se importa com as nossas emoções também. Olhamos para Davi e quando o vemos dentro da caverna, Deus envia para lá várias pessoas para nutrir relacionamento: “Quando seus irmãos e a família de seu pai souberam disso, foram até lá para encontrá-lo. Também juntaram-se a ele todos os que estavam em dificuldades, os endividados e os descontentes; e ele se tornou o líder deles. Havia cerca de quatrocentos homens com ele.” Deus envia a família e também uma série de outras pessoas para fazer companhia a Davi. Aqui começamos a aprender lições maravilhosas com Deus:

2.1. PESSOAS PODEM SER USADAS POR DEUS PARA A NOSSA CURA EMOCIONAL

Há uma ordem sequencial nisso. Primeiro veio à família e depois uma série de desconhecidos. A família desde o Éden é o ambiente próprio para o começo da saúde de cada um de nós. É uma pena que o pecado tenha destruído tantas e tantas famílias e roubado esse ambiente abençoador de nossos lares.

LIÇÃO PARA A IGREJA: Precisamos nos colocar nas mãos de Deus para sermos usados por Ele para a saúde de pessoas. Nossos gestos, palavras e pensamentos podem ser uma bênção na vida de muita gente. Você tem sido usado por Deus para isso?

2.2. A CONVIVÊNCIA COM PESSOAS NOS ENSINA QUE AS NOSSAS LUTAS NÃO SÃO EXCLUSIVAS

Depois da família Deus enviou para Davi pessoas que estavam em dificuldades, endividados e descontentes. Talvez você pense que essa seria uma péssima companhia. Mas o psicólogo por excelência, Deus, está mostrando algo a Davi: ele não é o único que passa por dificuldades e lutas. Há outros que vivem situações piores e que precisam de nós.

LIÇÃO PARA A IGREJA: Precisamos sair de uma situação de ‘vítimas’ e passar a para uma posição de ministros. Enquanto acharmos que nós somos os piores, que as nossas lutas são as piores, então não ajudaremos ninguém e também não seremos ajudados. Você passa por muitas lutas, mas pela graça de Deus,

olhando para os lados, você verá pessoas que sofrem mais que você e quem sabe precisam do seu carinho e atenção.

2.3. A NOSSA CURA SE TORNA BÊNÇÃO NA VIDA DE OUTRAS PESSOAS

O texto diz que Davi se tornou o líder daqueles homens. Aí está a cura de Davi. Ele já fora ungido rei, mas fugia da liderança. Agora Deus lhe tornou líder daqueles homens que viviam uma situação pior do que a dele. Nossa cura não é só para o nosso benefício; é para os outros também. Ao ser curado pelo Senhor você pode ser um vaso de bênçãos na vida de muita gente. Assuma seu papel e postura e permita-se ajudar os outros.

Em uma viagem à Tanzânia o pastor Waldemiro Tymchak e mais alguns missionários chegaram a um mercado. Em meio à pobreza alguém se destacava. Era um homem que, nas palavras do pastor Waldemiro, “não se podia ver nele um ser criado à imagem e semelhança de Deus”. Um dos missionários começa a conversar com aquele homem e ministrar sobre ele. Há poucos dias aquele missionário havia escrito à JMM (Junta de Missões Mundiais) pedindo para voltar ao Brasil. Mas mudou de ideia após conversar com aquele homem. Ele foi curado ao estar com ele.

LIÇÃO PARA A IGREJA: não pense só no seu bem estar, mas também nos outros. Fomos chamados para servir e a nossa saúde é para ser uma bênção na vida de outras pessoas.

3. CREIA NO PODER DE DEUS E SE SUBMETA A DIREÇÃO DELE

Deus mandou a família de Davi e uma série de pessoas para a caverna de Adulão. O mesmo Deus mandou um anjo para o cárcere onde Pedro estava. Vamos olhar um pouco mais para Pedro. Ficar ali no cárcere, no isolamento, por certo provaria a sua enfermidade, e Deus não queria isso. Deus manda um anjo até lá e no processo de libertação nós aprendemos várias verdades:

3.1. NENHUM ISOLAMENTO NOS AFASTA DE DEUS

“Repentinamente apareceu um anjo do Senhor, e uma luz brilhou na cela. Ele tocou no lado de Pedro e o acordou. “Depressa, levante-se!”, disse ele. Então as algemas caíram dos punhos de Pedro.” (Verso 7)

““PPrreecciissaammooss ssaaiirr ddee uummaa ssiittuuaaççããoo

ddee ‘‘vvííttiimmaass’’ ee ppaassssaarr aa uummaa ppoossiiççããoo

ddee mmiinniissttrrooss.. EEnnqquuaannttoo aacchhaarrmmooss

qquuee nnóóss ssoommooss ooss ppiioorreess,, qquuee aass

nnoossssaass lluuttaass ssããoo aass ppiioorreess,, eennttããoo

nnããoo aajjuuddaarreemmooss nniinngguuéémm ee

ttaammbbéémm nnããoo sseerreemmooss aajjuuddaaddooss””

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Nunca subestime o poder de Deus. Você pode sim ser curado por Ele em sua vida emocional. Não se isole, pois até mesmo dentro da prisão Deus pode falar com você.

LIÇÃO PARA A IGREJA: não quebre seu contato com Deus através da leitura bíblica, oração e participação nos cultos.

3.2. PERMITA-SE SER CUIDADO POR DEUS

“O anjo lhe disse: ‘Vista-se e calce as sandálias’. E Pedro assim fez. Disse-lhe ainda o anjo: ‘Ponha a capa e siga-me’”

O cuidado de Deus com Pedro é visto na sandália e na capa. Deus se importa com os detalhes de nossa existência. Permita que Deus cuide de você, do seu corpo, alma e espírito. Não seja um generalista do tipo ‘abençoa minha vida’, mas sim, peça a Deus por cada detalhe de seu ser.

LIÇÃO PARA A IGREJA: precisamos nos atentar para as necessidades uns dos outros, não só as maiores que todos veem, mas também as menores, próprias às vezes, das pessoas enfermas.

3.3. CONFIE MESMO QUANDO OS PLANOS DE DEUS O SUPREENDEREM

“E, saindo, Pedro o seguiu, não sabendo que era real o que se fazia por meio do anjo; tudo lhe parecia uma visão. Passaram a primeira e a segunda guarda, e chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. Este se abriu por si mesmo para eles, e passaram. Tendo saído, caminharam ao longo de uma rua e, de repente, o anjo o deixou. Então Pedro caiu em si e disse: ‘Agora sei, sem nenhuma dúvida, que o Senhor enviou o seu anjo e me libertou das mãos de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava’”.

Pedro estava surpreso e a princípio até incrédulo. Mas ele permitiu ser surpreendido por Deus. Isso é saudável. Deus não é uma máquina que faz sempre as coisas da mesma maneira. Ele é um ser criativo, cuja vontade leva em consideração o ‘bom, agradável e perfeito”.

LIÇÃO PARA A IGREJA: não podemos nos acostumar com as coisas a ponto de não permitir que Deus opere coisas surpreendentes em nosso meio.

3.4. E LEMBRE-SE SEMPRE: RELACIONAMENTOS SÃO INSUBSTITUÍVEIS

“Percebendo isso, ele se dirigiu à casa de Maria, mãe de João, também chamado Marcos, onde muita gente se havia reunido e estava orando”.

Tendo saído da prisão à primeira coisa que Pedro fez foi procurar seus irmãos em Cristo. Relacionamentos são insubstituíveis. Não podemos viver uma vida saudável sozinhos. Precisamos uns dos outros. Você precisa de mim e eu de você. Pedro poderia ter fugido ou se contentando com a glória de Deus. Mas ele também buscou pessoas.

LIÇÃO PARA A IGREJA: A comunhão é à base da Igreja. Aliás, Igreja existe por isso mesmo.

CONCLUSÃO

Davi estava enfermo e Deus o curou. Pedro poderia ficar enfermo, mas Deus o poupou. Nos dois casos vemos a mão de Deus conduzindo aqueles servos à cura de sua saúde emocional. Deus te quer saudável. Isso pode acontecer se você tiver Jesus no coração. E permitir que Ele te cure totalmente.

APLICAÇÃO

1. Como você lida com os seus sentimentos bons e ruins? Você se isola ou procura ajuda?

2. Destaque abaixo os pontos que lhe chamaram a atenção no processo de cura de Davi e Pedro.

3. Como a igreja pode criar um ambiente para que as pessoas enfermas na alma possam ser curadas?

4. Como você pode criar um ambiente para que os membros da sua família, enfermos na alma possam ser curados?

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““AA aaççããoo ddoo

EEssppíírriittoo SSaannttoo ddee

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aabbaaffaa aass nnoossssaass

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LIÇÃO # 10

Tema: UNIDOS PARA OUVIR A VOZ DE DEUS

Texto: Atos 13.1-3

“Na igreja de Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: ‘Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado’. Assim, depois de jejuar e orar impuseram-lhes as mãos e os enviaram”.

INTRODUÇÃO

A unidade é um tema bíblico. Podemos vê-la em diversos momentos na Bíblia:

• Na Criação – (Gênesis 2.24) • Na Trindade – (Mateus 28.19) • Entre judeus e gentios – (Efésios

2.13-19) • Hino à unidade – (Efésios 4:4-6)

O CONTEXTO DE ATOS 13

O foco sai de Jerusalém e vai para Antioquia. Ali estão os crentes reunidos, destacando-se Saulo e Barnabé, bem como outros irmãos. Eles são líderes da Igreja, pessoas de influência e de autoridade. Eles poderiam dar início à discussão iniciada anteriormente na viagem de Pedro. Mas o que vemos é o contrário. Existe uma grande unidade. Vejamos como eles conseguiram:

1. PESSOAS DIFERENTES. UM MESMO ESPÍRITO (VERSO 1)

A Igreja de Antioquia foi conhecida por sua visão missionária. Foi lá que teve início o que chamamos de “viagens missionárias”. Estamos diante do início de todo esse processo. Um processo novo que envolve várias pessoas. O verso começa citando várias pessoas que fazem parte da liderança daquela igreja:

Barnabé – líder cristão de Jerusalém. É citado primeiro possivelmente por ser o mais importante do grupo ou o que tem mais tempo de fé cristã.

Simeão – nome judaico. Seu outro nome, Níger, é latino e significação ‘de cor escura’. Pode ser o mesmo que carregou a cruz de Cristo visto que é citado antes de um Ciraniano, o que talvez compreenda os dois nomes;

Lúcio – possivelmente um dos membros fundadores da igreja (11:20);

Manaem – seu nome judaico significa ‘consolador’. Tinha ligação com Herodes. O termo ‘colaço’ utilizado no original grego sugere uma criação com Herodes (NVI) ou então, que fazia parte da corte de Herodes. Possivelmente foi dele que Lucas retirou informações sobre Herodes que não foram citadas no Evangelho;

Saulo – que em breve começará a ser chamado de Paulo.

Vemos nesses nomes muita diversidade: econômica, cultural, familiar e outras. Mas essas diferenças caem diante da informação de que eram ‘profetas e mestres’ ou seja, líderes, receberam o chamado de Deus, eram pessoas usadas pelo Senhor. A diversidade se submete à ação do Espírito Santo que usa quem ele quer e do modo como quer.

A ação do Espírito Santo de Deus abafa nossas diferenças e contrariedades e nos dá um clima de cooperação e unidade. Vejamos outros textos:

1 Coríntios 12.12 – “Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo”.

Efésios 4.3 – “Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo

da paz”.

É possível viver em paz e em unidade. Só que para isso o Espírito Santo e não nossas diferenças é que precisam prevalecer.

2 – UNIDOS COM BASE NA ADORAÇÃO E ORAÇÃO (Verso 2)

Lucas faz questão de mostrar qual era o ambiente por trás daquela unidade. Ele então

ressalta que havia ‘adoração’ e ‘jejum’. E foi nesse ambiente que eles ouviram a voz do Espírito Santo de Deus.

A unidade tem um preço. E esse preço é a vida espiritual da igreja. A separação de Barnabé e Saulo para a viagem missionária foi em um primeiro aspecto uma decisão administrativa. Eles decidiram por algo importante para a vida da igreja. Havia subtendido uma questão de sustento, de autoridade e até mesmo estratégia. Era de se esperar um debate acalorado sobre quem seria, mas o que vemos é que no ambiente do louvor e oração o Espírito Santo de Deus fala.

Unidade só se consegue através de um ambiente espiritual. Não podemos agir movidos pela filosofia do: “irmãos, irmãos, decisões à parte”. Nossas decisões devem ser tomadas em um ambiente espiritual que imprima em nós a humildade e mansidão bem como o domínio próprio. E aliados a isto, a responsabilidade de fazer o melhor para o Senhor.

Qual é à base da unidade na Igreja? E por que muitas vezes ela falta? Para Itamir Neves de Souza, em seu livro Atos dos Apóstolos, “sem um ambiente verdadeira-mente espiritual perdemos a condição de nos unirmos para fazer o que realmente é importante: ganhar o perdido para Cristo”. O ambiente espiritual é o segredo para a unidade. Mas não apenas na igreja, em casa também.

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Há famílias que tem mais divisão do que unidade. E a resposta disso está quase sempre no fato de que falta um ambiente espiritual. Quando temos um ambiente carnal então a unidade não aparece, pois é o Espírito Santo de Deus que operar a união e paz.

3 – UNIDOS PARA CUMPRIR OS PROPÓSITOS DE DEUS (Verso 3)

A igreja de Antioquia havia compreendido o mandamento de Jesus expresso em Atos 1:8 – “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, o e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. No momento em que eles enviam Barnabé e Saulo, estavam cumprindo os propósitos de Deus. E fizeram isso em unidade, entendendo a vontade de Deus e seu querer em um ambiente altamente espiritual. A Igreja de Antioquia orou. Impôs as mãos. Enviou os apóstolos. Ela ouviu o Senhor e seguiu em frente em seu propósito de fazer a vontade Dele. O envio dessa maneira deu um sentido espiritual a todo o processo.

Deus tem propósitos. Nós precisamos ouvir o que Ele quer. E precisamos de um ambiente próprio para isso. O Diabo faz muito barulho para nos perturbar e roubar a atenção. Não podemos permitir isso. Devemos seguir em frente, sabendo que o Senhor quer muitas coisas de nós e se formos submissos à sua voz conseguiremos atingir todos os objetivos necessários. Uma coisa que chama muito a minha atenção é também a questão de unidade no envio. A igreja entendeu que aqueles homens eram escolhidos por Deus em primeiro lugar. Então impôs as mãos sobre eles e os enviou. Quem Deus quer usar? Quem o homem quer usar? Eram cinco os ‘candidatos’ mas só dois foram enviados. E foram por direção de Deus e não disputa humana. Impor as mãos foi o sinal de que estavam unidos na decisão. Assim devemos ser nós hoje, tanto tempo depois...

CONCLUSÃO

A igreja de Antioquia ouviu a voz de Deus. Em unidade. Sem partidarismo. Sem brigas e unidos. Que esse mesmo espírito, e ambiente, se repita no século XXI a fim de que, continuemos ouvindo a voz do Senhor e agindo com poder na pregação do Evangelho.

APLICAÇÃO

1. Descreva como você pode contribuir para que a unidade da igreja seja mantida.

2. Como a igreja local pode se manter unida em uma cidade como São Paulo, onde ninguém tem tempo para nada, e principalmente para as coisas de Deus?

3. Qual é a sua proposta para que a igreja mantenha-se unida?

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Lição # 11

Tema: O JOIO E O TRIGO – LIDANDO COM FALSOS CRENTES

Texto: ATOS 13.4-13; MATEUS 13.24-30

“Enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali, navegaram para Chipre. Chegando em Salamina, proclamaram a palavra de Deus nas sinagogas judaicas. João estava com eles como auxiliar. Viajaram por toda a ilha, até que chegaram a Pafos. Ali encontraram um judeu, chamado Barjesus, que praticava magia e era falso profeta. Ele era assessor do procônsul Sérgio Paulo. O procônsul, sendo homem culto, mandou chamar Barnabé e Saulo, porque queria ouvir a palavra de Deus. Mas Elimas, o mágico (esse é o significado do seu nome), opôs-se a eles e tentava desviar da fé o procônsul. Então Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, olhou firmemente para Elimas e disse: “Filho do Diabo e inimigo de tudo o que é justo! Você está cheio de toda espécie de engano e maldade. Quando é que vai parar de perverter os retos caminhos do Senhor? Saiba agora que a mão do Senhor está contra você e você ficará cego e incapaz de ver a luz do sol durante algum tempo”. Imediatamente vieram sobre ele névoa e escuridão, e ele, tateando, procurava quem o guiasse pela mão. O Procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, profundamente impressionado com o ensino do Senhor.”

GENTE DECEPCIONADA COM IGREJA

Há muitas pessoas decepcionadas com a igreja. Gente que diz que não entra mais em uma igreja ou então que não confia mais em crentes. Para alguns há um pessimismo em geral baseado em escândalos que vemos por aqui e por ali. Talvez você seja uma dessas pessoas. Se assim for, quero convidá-lo hoje a entender uma verdade espiritual importante sobre as pessoas que estão na igreja: algumas são verdadeiras, outras são falsas. Para entender isso precisamos recorrer a outro texto da Palavra de Deus, Mateus 13.24-30:

“Jesus lhes contou outra parábola, dizendo: “O Reino dos céus é como um homem que semeou boa semente em seu campo. Mas enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e se foi. Quando o trigo brotou e formou espigas, o joio também apareceu. “Os servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: ‘O senhor não semeou boa semente em seu campo? Então, de onde veio o joio?’ “ ‘Um inimigo fez isso’, respondeu ele. “Os servos lhe perguntaram: ‘O senhor quer que o tiremos?’ “Ele respondeu: ‘Não, porque, ao tirar o joio, vocês poderão arrancar com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até a colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro’”.

CONTEXTO

A igreja do Novo Testamento está em pleno início das viagens missionárias. Há um clima de expansão, crescimento e avanço geográfico. Por direção do Espírito Santo, eles chegam até Chipre. Começam a pregar o evangelho nas sinagogas, seguindo uma estratégia já utilizada anteriormente por Pedro. Eles chegam até Pafos, que era a sede do governo. Lá chegando encontram um homem por nome Barjesus que significa ‘filho de Josué’. Também é chamado de Elimas que significa “feiticeiro”. Ele era um falso profeta. Pessoa muito influente, assessor do procônsul Sérgio Paulo. Este tem interesse em conhecer os apóstolos e, é nesse contexto que temos a narrativa lida há pouco. Barjesus ou Elimas personifica o falso crente ou o joio no meio do trigo. O que podemos aprender com essa aproximação dos apóstolos?

1 – FALSOS CRENTES SEMPRE EXISTIRAM

Não é nenhuma novidade a presença de falsos crentes na igreja e fora dela. Poderíamos ler as cartas pastorais de Paulo a Timóteo e ali encontraríamos falsidade na vida de tantos líderes. No próprio ministério de Jesus vemos a presença dos fariseus como personificação de falsidade. Não deveria nos espantar a falsidade. Na

parábola de Jesus Cristo temos de modo claro essa existência personificada no ‘joio’ que está no meio do ‘trigo’. Saulo e Barnabé na companhia de João Marcos querem cumprir a missão que Deus lhes delegou. Mas encontram com Barjesus. Infelizmente você encontrará com falsos crentes.

Falsos líderes, gente que causa tropeço em muita gente. Não permita esfriar a sua fé por causa dessa verdade.

2 – A FALSIDADE TEM UM PROPÓSITO: O DESVIO DA FÉ

“opôs-se a eles e tentava desviar da fé o procônsul”

Barjesus tinha um propósito: desviar Sérgio Paulo da fé em Cristo. Ele não queria que aquele homem se convertesse. Infelizmente a falsidade dos nossos tempos também afasta pessoas de Jesus Cristo. Só que não podemos simplesmente nos acomodar diante disso. Não podemos apenas observar os efeitos e propósito da falsidade. É preciso fazer mais. E aqui entramos na parábola de Jesus Cristo e vamos entender que passos dar para nos fortalecer espiritualmente.

3 – ENTENDENDO A FALSIDADE COM UMA VISÃO CORRETA

3.1. A falsidade faz parte da dinâmica do Reino de Deus

“Jesus lhes contou outra parábola, dizendo: “O Reino dos céus é como um homem que semeou boa semente em seu campo. Mas enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo

““NNããoo éé nneennhhuummaa nnoovviiddaaddee aa

pprreesseennççaa ddee ffaallssooss ccrreenntteess nnaa iiggrreejjaa

ee ffoorraa ddeellaa””

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e semeou o joio no meio do trigo e se foi”. Sabemos que o mundo jaz no maligno. Há realmente forças espirituais que lutam contra a Igreja ainda que não consigamos ver. A falsidade está inserida nessa dinâmica que nos perturba mas é verdadeira.

3.2. A falsidade é vista por seus efeitos

“Quando o trigo brotou e formou espigas, o joio também apareceu.” A falsidade tem efeitos que podem ser vistos, mas em geral não imediatamente. Demora um pouco para que ela germine e cresça. E, quando isso aparece, às vezes ficamos perplexos e desanimados.

3.3. A falsidade causa desconforto

“Os servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: ‘O senhor não semeou boa semente em seu campo? Então, de onde veio o joio’”. A falsidade gera desconforto, tristeza, decepção. Já sabemos disso. Não podemos fugir dessa realidade. Muitas vezes esse desconforto nos abre os olhos para levarmos uma vida de oração mais a sério e confiarmos sempre em Deus como a razão de nossa vida.

3.4. A Falsidade nos alerta para a luta espiritual que é travada no mundo

“Um inimigo fez isso”. A luta espiritual não é brincadeira. É sério. Veja que é o inimigo quem semeia a falsidade. Não é questão de pessoas difíceis ou ruins, mas sim, que são usadas, muitas vezes sem saber, pelo inimigo de nossas almas.

3.5. A falsidade deve ser lidada com a graça e justiça de Deus

“Os servos lhe perguntaram: ‘O senhor quer que o tiremos?’ “Ele respondeu: ‘Não, porque, ao tirar o joio, vocês poderão arrancar com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até a colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro”. Em geral nós queremos ser rápidos para resolver problemas. E acabamos criando outros. Uma das coisas que somos tentados a fazer sempre é tentar tirar o joio e quantas vezes levamos junto o trigo. Aqui entra a graça e a justiça. A graça para depender de Deus e a justiça de saber que Deus faz tudo conforme sua determinação de preservar o certo e corrigir o errado.

4. A AÇÃO DE DEUS SOBRE A FALSIDADE

Quando Deus age com poder sobre a falsidade, grandes coisas acontecem. A primeira delas é o juízo. Muitas vezes nós participamos disso através da disciplina. “Quando é que vai parar de perverter os retos caminhos do Senhor? Saiba agora que a mão do Senhor está contra vocês e você ficará cego e incapaz de ver a luz do sol durante algum tempo”. Outra coisa que acontece é que Deus esclarece a verdade e há crescimento espiritual. “O Procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, profundamente impressionado com o ensino do Senhor”.

CONCLUSÃO

Diante da falsidade nos resta sermos crentes maduros e sinceros a fim de que não atropelemos o processo de Deus para julgar e restaurar.

APLICAÇÃO

1. Escreva abaixo uma frase de ânimo e incentivo para uma pessoa que foi ferida por “falsos crentes”.

2. Como esta frase que você escreveu poderia se aplicar em sua vida?

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MINISTÉRIOS

A Bíblia nos ensina que igreja é o corpo de Jesus Cristo neste mundo – “ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo” (I Coríntios 12.27), e como corpo de Cristo, temos o privilégio de servi-lo e também de sermos chamados por Deus de seus cooperadores (I Coríntios 4.1). Segundo Bill Donahue, os seguidores de Cristo reconhecem que a igreja é composta por membros interdependentes, cada um com dons de forma singular pelo Espírito Santo com o propósito de edificar o corpo e promover o ministério da igreja. Buscam descobrir, desenvolver e colocar em prática aqueles dons dados por Deus e encontrar um lugar de serviço dentro da igreja com o apoio e confirmação do corpo.3 Há pelo menos três perguntas que podem nos ajudar a entender melhor os Ministérios da igreja Betel:

1. O QUE SÃO MINISTÉRIOS NA IGREJA?

[Resposta] Nas igrejas evangélicas o termo “ministério”, geralmente, é empregado para nomear os departamentos da igreja, como por exemplo: ministério de crianças, cujo objetivo é pastorear as crianças, ensinando-lhes a Bíblia por meio de uma linguagem, ambiente e atividades propícias para as mesmas.

2. PARA QUE SERVEM OS MINISTÉRIOS?

[Resposta] A principal função de um ministério na igreja é servir a Deus e ao próximo. Um ministério segue a visão macro da igreja e atua em conjunto com os demais ministérios, em forma de uma grande rede para cumprir a missão de fazer discípulos de Jesus Cristo de todas as nações (Mateus 28.19-20).

3. COMO POSSO FAZER PARTE DE UM MINISTÉRIO?

[Resposta] Através do voluntariado você pode se candidatar para servir em qualquer ministério da igreja. O primeiro passo é oficializar a sua decisão de se tornar membro da Betel e posteriormente se apresentar para um dos líderes de ministério da igreja. Outra maneira de servir em um ministério é contatando a igreja por meio do balcão de informações (aberto aos domingos), lá você deixará o seu contato, compartilhando o seu desejo de servir em algum ministério da igreja, e durante a semana, a Betel entrará em contato com você para melhor lhe direcionar para servir em algum ministério da igreja.

3 DONAHUE, Bill, Liderando grupos pequenos que transformam vidas. Fortaleza: WCA/Ekklesia, 2002, p. 28.

OS MINISTÉRIOS DA IGREJA BATISTA BETEL SÃO:

Nome do Ministério

Atuação Responsável

Pastoral

Direção

Espiritual e Administrativa

Adoração e Artes Cultos e Artes

em Geral

Diaconal Apoio aos membros

Escola Bíblica Betel – EBB

Ensino

Ministério Estação Crescer –

MEC Crianças

Conexão Juniores e

adolescentes

Move Jovens

Casais Casados

Lírio dos Vales Terceira Idade

Intercessão – MIB Oração

Expressão Comunicações

Guardiães Segurança

Lançando a Rede Missões e

Evangelização

Acolher Recepção aos

Visitantes

Interação Suporte aos

Membros

Mãos Portadores de Necessidades

Especiais

Edificar Construção

Mulheres Cristã em Ação – MCA

Mulheres

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““PPEEQQUUEENNOOSS GGRRUUPPOOSS

NNÃÃOO SSÃÃOO MMAAIISS UUMM

PPRROOGGRRAAMMAA.. EELLEESS SSÃÃOO

UUMMAA NNOOVVAA MMAANNEEIIRRAA

DDEE VVIIVVEERR AA IIGGRREEJJAA!!””

((GGuuiillhheerrmmee GGiimmeenneezz))

PEQUENOS GRUPOS

Os Pequenos Grupos eram parte essencial da

estrutura da igreja primitiva. A nova comunidade que se formou no dia de Pentecostes passou a funcionar, de imediato, em Pequenos Grupos, que se dedicavam ao ensino dos apóstolos, à prática da Ceia, a comunhão e a oração uns pelos outros. Esses pequenos ajuntamentos, caracterizados por mutualidade, prestação de contas, serviço, amor e evangelismo, não só edificavam a igreja, mas eram também veículos para alcançar o perdido para Cristo.

A estratégia de Pequenos Grupos não é nova. Ela faz parte da igreja desde o seu início e até antes dele, afinal, Jesus foi o primeiro a trabalhar com Pequenos Grupos, através dos discípulos. Para Bill Donahue, da mesma forma que Deus nos projetou para viver em comunidade com ele, concebeu-nos para ter comunhão com outros e reproduzir vida espiritual neles.4 Há pelo menos três perguntas que podem nos ajudar a entender melhor os Pequenos Grupos da Betel:

1. O QUE SÃO PEQUENOS GRUPOS (PG)?

[Resposta] Os Pequenos Grupos são um espaço de pastoreio interpessoal entre os que buscam e seguem Jesus, onde cada membro usa seus dons espirituais para servir, encorajar e edificar uns aos outros, a fim de que o Corpo de Cristo seja cuidado e aperfeiçoado e possa impactar a sociedade. “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos”. (Atos 2.42-47 – NVI)

2. PARA QUE SERVEM OS PG?

[Resposta] O objetivo em adotar os Pequenos Grupos é priorizar relacionamentos e implementar ações que resultem em atrair, acolher e integrar pessoas, reunindo-se de casa em casa, ao longo da semana, e, aos domingos, num grande ajuntamento no templo para

4 DONAHUE, Bill; ROBINSON, Russ. Edificando uma igreja de grupos pequenos. São Paulo: 2003, p. 52.

uma grande celebração ao Senhor. Os propósitos dos PG’s são:

a) Integração – integrar os novos convertidos: eles passam a ter um lugar garantido;

b) Comunhão – os crentes passam a ter um ambiente propício para a comunhão (fora templo);

c) Cuidado do Rebanho – pastoreamento compartilhado (encaminhamento quando um problema foge ao controle do Pequeno Grupo);

d) Evangelização – alcançar novas pessoas através de relacionamentos e não de programas;

e) Discipulado – cada pessoa atua como discipulador e também é discípulo;

f) Adoração – criar um ambiente onde os integrantes do Pequeno Grupo possam adorar a Deus de maneira muito íntima e especial.

3. COMO FAÇO PARTE DE UM PG?

[Resposta] Primeiro você NÃO precisa ser membro da Igreja Betel para participar de um Pequeno

Grupo. Os PG’s são inclusivos e abertos para todas as pessoas que desejam conhecer

Jesus Cristo e ter comunhão com o seu próximo. Há vários PG’s na Betel – jovens, casais, terceira idade, mistos, adolescentes, crianças; estes PG’s se reúnem durante os dias da semana em endereços e horários diferentes, para compartilhar da Palavra de Deus

e da comunhão. O processo para você fazer parte de um PG da Betel é bem

simples:

a. Pelo Site da Igreja – www.ibatistabetel.org.br acesse o menu Pequenos Grupos e procure um grupo de acordo com o seu perfil.

b. Por meio do balcão de informações da igreja (aos domingos) – retire uma ficha de PG, após preenchimento entregue-a no balcão de informações e durante a semana uma equipe da Betel entrará em contato com você para direcioná-lo(a) para um PG da igreja.

c. Por meio da Classe de Integração da Betel (aos domingos) – o professor indicará um PG de acordo

com o seu perfil.

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11-- DDAADDOOSS PPEESSSSOOAAIISS::

Nome: (sem abreviações)

Data de Nasc.: ____ /____ /_________ Naturalidade: Sexo: ( ) Masc ( ) Fem

RG: Órgão Expedidor: CPF:

Nome do Pai:

Nome da Mãe:

End.:

Bairro: Cidade: UF: CEP:

Tel. Resd.: Celular: Coml.:

E-mail:

Facebook: Twitter:

Blog:

Site:

Estado Civil:

( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ____ /____ /_____ ( ) Viúvo(a) ____/____/_____ ( ) Divorciado(a) ___/___/_____

Nome do Conjugue: Nasc.: ____/____/_____

Filhos:

Nome: Nasc.: ____/____/_____

Nome: Nasc.: ____/____/_____

Nome: Nasc.: ____/____/_____

22-- FFOORRMMAAÇÇÃÃOO::

( ) Fundamental ( ) Superior Incompleto ( ) Pós-Graduado(a) ( ) Doutorado ( ) Médio / 2º Grau ( ) Superior Completo ( ) Mestrado ( ) Pós-Doutorado

Formação:___________________________________________________________________________________________________

33-- ÁÁRREEAA PPRROOFFIISSSSIIOONNAALL::

( ) Empregador(a) ( ) Empregado(a) ( ) Desempregado(a) ( ) Estudante

Nome da Empresa:

End.:

Sua Função: Desde: ___ /____ /_____

Foto

3x4

FFIICCHHAA DDEE MMEEMMBBRROO

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44-- HHIISSTTÓÓRRIICCOO RREELLIIGGIIOOSSOO::

Data de sua Conversão: ____ /____ /_______

Local / Igreja:

Nome da Igreja que você frequentava:

Desde: ____ /____ /____

Endereço da Igreja:

Nome do Pastor:

Telefone:

Você já foi Batizado? ( ) Não ( ) Sim. Quando? ____/____/______ Onde (nome da igreja)?

Média mensal de frequência aos cultos de sua ex-igreja (assinale apenas uma alternativa): 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 +10

Descreva abaixo que tipo de ministério ou departamento você estava envolvido recentemente ou já atou em sua ex-igreja?

Você conhece o seu dom espiritual? ( ) Não ( ) Sim. Qual?

Você já participou de um Pequeno Grupo ou Célula? ( ) Não ( ) Sim. Porquanto tempo e qual era a sua função?

Você é Dizimista? ( ) Sim ( ) Não. Porque?

Você Oferta para Obra Missionária? ( ) Sim ( ) Não. Porque?

Quais as circunstâncias atuais que o(a) motivou a frequentar a nossa Igreja?

O que você está disposto(a) a fazer por Jesus e por sua Igreja?

55-- TTAALLEENNTTOOSS EE HHAABBIILLIIDDAADDEESS:: Artes

(__) Artista: ________________________ (__) Arranjador(a) (__) Cantor(a) (__) Cenografia (__) Compositor (__) Coreografia (__) Dança (__) Decoração (__) Fotografia (__) Instrumentista: __________________ (__) Maquiagem (__) Multimídia (__) Poeta (__) Roteirista (__) Sonoplastia (__) Tradutor Versionista

Ensino

(__) Adolescentes (__) Adultos (__) Crianças (__) Educação Física (__) Idioma: ________________________ (__) Informática (__) Língua Portuguesa (__) Matemática

(__) Teologia (__) Universitários (__) 1º Grau (__) 2º Grau

Serviços Profissionais

(__) Aconselhamento (__) Administração (__) Área de Tributária (__) Área Financeira (__) Área Jurídica (__) Área de Marketing (__) Arquiteto (__) Comunicação (__) Contabilidade (__) Eletricista (__) Encanador (__) Engenharia: ____________________ (__) Esportes (__) Enfermagem (__) Gastronomia (__) Gestão: _______________________ (__) Informática (__) Limpeza (__) Manutenção: ___________________ (__) Marceneiro (__) Mecânica

(__) Medicina: ______________________ (__) Militar (__) Moda (__) Nutrição (__) Paisagismo (__) Pedreiro (__) Psicologia (__) Relações públicas (__) Saúde Mental (__) Saúde Dental (__) Segurança (__) Técnico: _______________________ (__) Testes vocacionais (__) Trabalho social (__) Tradução (__) Televisão (__) Transporte (__) Vendas

Trabalho com:

(__) Capelania: _____________________ (__) Deficientes (__) Dependentes Químicos (__) Surdos (__) Visitação em Hospital (__) Visitação nos Lares (__) Culto nos Lares

PPaarraa UUssoo ddaa IIggrreejjaa::

Assembleia: ___/___/____

Forma de Entrada: Recebimento Carta:___/___/____ Saída:

___/___/____

Data:____ /____ /______ Assinatura: