EFEITO DE LASER DE DIFERENTES POTÊNCIAS NA...

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1 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia NATÁLIA MARIA BUENO CABRAL FANTI EFEITO DE LASER DE DIFERENTES POTÊNCIAS NA CICATRIZ HIPERTRÓFICA E QUELOIDE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Bragança Paulista 2015

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Curso de Fisioterapia

NATÁLIA MARIA BUENO CABRAL FANTI

EFEITO DE LASER DE DIFERENTES POTÊNCIAS NA

CICATRIZ HIPERTRÓFICA E QUELOIDE:

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Bragança Paulista

2015

2

NATÁLIA MARIA B. CABRAL FANTI – R.A. 01201101773

EFEITO DE LASER DE DIFERENTES POTÊNCIAS NA

CICATRIZ HIPERTRÓFICA E QUELOIDE:

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Fisioterapia da

Universidade São Francisco, como requisito

parcial para obtenção do título de Bacharel

em Fisioterapia.

Orientador Temático: Profª Mª Katiuscia

Rosette Scasni

Orientador Metodológico: Profª Mª

Grazielle Aurelina Fraga de Sousa

Bragança Paulista

2015

3

NATÁLIA MARIA B. CABRAL FANTI – R.A. 01201101773

EFEITO DE LASER DE DIFERENTES POTÊNCIAS NA

CICATRIZ HIPERTRÓFICA E QUELOIDE:

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Fisioterapia da

Universidade São Francisco, como requisito

parcial para obtenção do título de Bacharel

em Fisioterapia.

Orientador Temático: Profª Mestre

Katiuscia Rosette Scasni

Orientador Metodológico: Profª Mestre

Grazielle Aurelina Fraga de Sousa

Data de aprovação: ___/___/___

Banca Examinadora:

______________________________________________________________________

Profa

Mª Katiuscia Rosette Scasni (Orientadora Temática)

(Universidade São Francisco)

______________________________________________________________________

Profª Mª Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica)

()Universidade São Francisco

______________________________________________________________________

Profº Esp. Guilherme Panuncio (Examinador)

(Universidade São Francisco)

4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................5

2 OBJETIVOS.................................................................................................................9

2.1 Objetivo geral..............................................................................................................9

2.2 Objetivos específicos...................................................................................................9

3 REFERÊNCIAS..........................................................................................................10

4 ARTIGO CIENTÍFICO.............................................................................................14

5 ANEXOS......................................................................................................................33

5

1 INTRODUÇÃO

Cicatrizes são definidas como qualquer insulto a derme profunda, como

resultado do complexo fisiológico da ferida, sendo agrupado em três fases distintas:

inflamação, proliferação e remodelação, explicadas com a migração de plaquetas logo

após a lesão para formar um coágulo de fibrina, atuando como o reparador, onde a

liberação de plaquetas é a responsável pela liberação e ativação de várias citocinas e de

fatores de crescimento potentes, que recrutam macrófagos, neutrófilos, fibroblastos que

estruturam a ferida e outros.1-2-3

Os fibroblastos reestruturam o tecido, com miofibroblastos vasculares fazendo a

contração da ferida que, uma vez já fechada, segue a fase de maturação final com

abundante colágeno tipo III se modificando em tipo I, que é o maduro caracterizado

pela cura imediata. A maioria das feridas fecham em cerca de seis meses a dois anos,

sendo necessário assim, o equilíbrio entre a cascata inflamatória e deposição de

proteínas como o colágeno, caso esse equilíbrio seja interrompido anormalidades podem

aparecer. 1-2-3-6

Patologicamente, as cicatrizes são caracterizadas pela excessiva acumulação de

colágeno dentro das feridas, anormalidade na migração, proliferação, síntese e secreção

de matriz extracelular, com proteínas e citocinas conduzindo uma remodelação

deficiente das feridas, podendo ocorrer prurido, rigidez, contraturas da cicatriz e

mudança da textura. 4-6-7-8

A angiogênese e a vascularização são processos importantes durante a

cicatrização de feridas, esse evento gera perfusão microvascular para a regeneração do

tecido novo, por outro lado, a angiogenese excessiva e vascularização podem levar a

alterações microvasculares, formando cicatrizes patológicas, sendo elas com maior

densidade que a pele normal, as cicatrizes hipertróficas, ou com maior diâmetro que a

pele normal, as queloides. 4-6-7-8

Cicatrizes hipertróficas são caracterizadas por um distúrbio fibroproliferativo

significativo que gera lesões profundas na pele, contendo disfunção do tecido córneo,

diminuição dos folículos pilosos, das glândulas, da papila dérmica da pele e de outras

estruturas auxiliares, resultando em uma cicatriz elevada, avermelhada, edemaciada e

inelástica, com sinais e sintomas como prurido, eritema, urticária, púrpura e dor intensa,

6

levando a problemas funcionais e estéticos para o paciente. É um tipo de ferida linear,

ou seja, não ultrapassa as margens da ferida original. 2-4-5-7-8-11-12

A queloide ocorre por um distúrbio fibrótico mais agressivo que da cicatriz

hipertrófica, com tempo de inflamação mais prolongado, aumento da atividade,

deposição de fibroblastos e redução da resposta imune, tendo como característica

principal ser uma cicatriz não linear, ou seja, seu extravasamento vai além das margens

da ferida original, como mostrado na Tabela 1. 1-2-3-12

Tabela 1: Diferenças entre Cicatriz Hipertrófica e Queloide.

CICATRIZ HIPERTRÓFICA QUELOIDE

Permanece na fronteira original da

ferida

Estende para além da fronteira original da

ferida

Desenvolve em qualquer região

corporal, ocorrendo comumente em

superfícies extensoras das articulações

Comumente desenvolve na pele do esterno,

ombros, membros superiores, lóbulos das

orelhas e bochechas

Regride com o tempo Cresce por anos

Fibras organizadas de colágeno tipo III Fibras desorganizadas de colágeno tipo I e III

Achata espontaneamente com o tempo Permanece elevada 4 mm

Aparece em um mês Aparece em três meses ou mais

Pouco associada com pigmentação de

pele

Mais comum em peles mais escuras

No entanto, esses dois tipos de cicatrizes têm os mesmos tipos de tratamento por

suas características fisiológicas serem muito semelhantes, sendo igualmente difíceis de

tratar. Múltiplos tratamentos têm sido descritos como sendo úteis, como o tratamento

fisioterapêutico consistindo em roupas de compressão, massagem cicatricial profunda,

agentes hidratantes, exercícios para ganho de amplitude de movimento e bandagem

7

funcional, e o tratamento médico, consistindo em excisão cirúrgica, injeção de

esteroides, folhas de silicone e outros, juntamente com tratamento medicamentoso,

como anti-histamínicos, opióides, anti-inflamatórios, ansiolíticos e antidepressivos. Um

método de tratamento usado em ambas as áreas é a radiação a laser, podendo ser usada

como método cirúrgico ou terapêutico, cada qual com sua modalidade específica para

cada profissional. 3-5

O laser é um acrônimo de “Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de

Radiação”, que significa “Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation”, a

sigla LASER em inglês. O laser é um dispositivo que gera radiação eletromagnética

com características próprias, havendo o modo pulsado, que é uma forma de radiação

contínua durante curtos intervalos de tempo, ou contínuo. Há também os sistemas

ablativo, que tem o poder de destruir a derme e a epiderme chegando a tecidos mais

profundos agindo nas camadas de água promovendo neoformação e remodelação das

fibras colágenas, e o modo não-ablativo, como o Laser Fracionado não ablativo

(NAFL), que atua estimulando a neossíntese de colágeno sem destruir a epiderme por

ter efeito fotodérmico com a água absorvendo sua luz, ele é capaz de provocar uma

resposta inflamatória estimulando a atividade fibroblástica, como edema, eritema,

urticária e púrpura. 9

Foram escolhidos para compor esse estudo os lasers médicos, que podem ser de

meio gasoso, líquido, sólido ou de elétrons livres. Os gasosos podem ser atômicos,

iônicos ou moleculares e conter uma mistura de gases, como o Laser fracionado de gás

carbônico (CO2), que é um laser fracionado, ou seja, tem vários microfeixes de sistema

ablativo, o principal sintoma após sua aplicação é a dor, porém com grande melhora da

textura e contorno da cicatriz. 9-15-27

Um tipo de laser líquido é o Laser Pulsado de Corante (PDL), muito usado para

lesões vasculares por gerar destruição capilar gerando hipoxemia e alterando assim a

produção de colágeno, contendo assim grande poder de clarear a pele e diminuir o

eritema. Seu meio ativo um corante fluorescente, sua radiação está entre 585-600 nm

com penetração curta, não tem efeito térmico e dérmico, porém é necessário uso de

anestesia para sua aplicação, pode ocorrer hiperpigmentação inflamatória após seu

tratamento. 9-10-15

8

Como exemplo de laser sólido existem vários, como o Laser Erbium: Ítrio-

alumínio-granada (Er:YAG) usado para lesões cutâneas mais graves e Laser Neomídio:

Ítrio-alumínio-granada (Nd:YAG), ambos constituídos pelos cristais de ítrio, alumínio e

granada. O laser Nd:YAG atua por fotocoagulação seletiva, chegando até 6 mm de

profundidade, também utilizado em conjunto com lasers Q-switched, havendo de 1064 e

532 nm. Os lasers Q-switched atuam fragmentando pigmentos que, dispersos podem ser

fagocitados pelos macrófagos e eliminados pelo sistema linfático ou de forma

transepitelial, sendo usado anestesia dependendo do tamanho da lesão e da sensibilidade

do paciente.9-13-15

Além desses há também a Fototermólise Fracionada (NAFR), podendo ser de

intensidade alta (HDTA – Braço de Tratamento de Alta Intensidade) ou baixa (LDTA –

Braço de Tratamento de Baixa Intensidade), sendo um tipo de laser não ablativo muito

utilizado para cicatrizes com hipertrofia e hiperpigmentação, e o Laser de Cobre de

Brometo, sendo eficaz para aliviar os sintomas cutâneos por conter ação térmica. 18-19

Em vista da necessidade de maior esclarecimento sobre as possibilidades de

laser para tratamento de cicatrizes hipertróficas e queloides, esta revisão sistemática tem

como objetivo expor as modalidades existentes para esse tipo de lesão, e quais

modalidades têm as melhores respostas nas variáveis dessas cicatrizes, levando em

consideração a qualidade metodológica dos estudos.

9

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral:

Identificar qual a melhor modalidade de laser para o tratamento da cicatriz

hipertrófica e queloide relatado na literatura.

2.2 Objetivos específicos:

Identificar qual modalidade de laser obtém a melhor resposta para:

Aumento da flexibilidade e diminuição da contratura cicatricial;

Redução dos sintomas;

Menor sintoma de dor durante aplicação;

Menor tempo de tratamento;

Menores reações adversas.

Identificar a eficácia do uso de modalidades diferentes de laser no mesmo tratamento.

10

3 REFERÊNCIAS

1 Gauglitz GG. Management of keloids and hypertrophic scars: current and

emerging options. Clinical, Cosmetic and Investigational Dermatology 2013; 6:

103-114.

2 Juckett G, Hartman-Adams H. Management of Keloids and Hypertrophic Scars.

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of scars:updated practical guidelines and use of silicones. Eur J Dermatol 2014;

24(4): 435-443.

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Adverse Events After the Use of laser Therapies for the Treatment of

Hypertrophic Burn Scars. Annals of Plastic Surgery 2013; 70(5): 500-505.

6 Lee JH, Bae IH, Choi JK, Park JW. Evaluation of a Highly Skin Permeable

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102: 4109-4120.

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stem cells. Wound Rep Reg 2013; 51: 448-455.

8 Zhang Z, WO Y, Zhang Y, Wang D, He R, Chen H, Cui D. In vitro of ethosome

penetration in human skin and hypertrophic scar tissue. Nanomedicine:

Nanotechnology, Biology, and Medicine 2012; 8: 1026-1033.

11

9 Catorze MG. Laser: fundamentos e indicações em dermatologia. Medicina

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10 Bailey JK, Burkes SA, Visscher MO, Whitestone J, Kagan RJ, Yakuboff KP,

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Laser Treatment of Scars at a Pediatric Burn Hospital. American Society for

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11 Brewin MP, Lister TS. Prevention or treatment of hypertrophic burn scarring: A

review of when and how to trat with the Pulsed Dye Laser. Burns 2014; 40: 797-

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12 Monstrey S, Middelkoop E, Vranckx JJ, Basetto, Ziegler UE, Meaume S, Téot

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measures.An International Journal of Surgical Recontruction 2014; 1017-1025.

13 YIN R, Lin L, Xiao Y, Hao F, Hamblin MR. Combination ALA-PDT and

Ablative Fractional ER: YAG Laser (20940 nm) on the Treatment of Severe

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14 Shiwa SR, Costa LOP, Moser ADL, Aguiar IC, Oliveira LVF. Pedro: the

physiopherapy evidence database. Fisioterapia em Movimento 2011; 24(3): 523-

533.

15 Gauglitz GG. Management of keloids and hypertrophic scar: current and

emerging options. Clinical, Cosmetic and Investigacional Dermatology 2013; 6:

103-114.

16 Nomair NA, Nazarian R, Marmur E. Complications in Laser, Lights, and

radiofrequency Devices. Facial Plast Surg 2012; 28: 340-346.

17 Elsaie ML, Choudhary S. Lasers fort Scars: A Review and Evidence-Based

Appraisal. Journal of Drugs in Dermatology 2010; 9(11): 1355-1362.

12

18 Lin JY, Warger WC, Izikson L, Anderson RR, Tannous Z. A Prospective,

Randomized Controlled Trial on the Efficacy of Fractional Photothermolysis on

Scar Remodeling. Lasers in Surgery and Medicine 2011; 43: 265-272.

19 Son IP, Park KY, Kim B, Kim MN. Pilot Study of the Efficacy of 578 nm

Copper Bromide Laser Combined with Intralesional Corticosteroid Injection for

Treatment of Keloids and Hypertrophic Scars. Ann Dermatol 2014; 26(2): 156-

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20 Nicoletti G, Francesco FD, Mele CM, Cataldo C. Clinical and histologic effects

from CO2 laser treatment of keloids. Lasers Med Sci 2013; 28: 957-964.

21 Qu L, Liu A, Zhou L, He C, Grossman PH, Moy RL, Mi Q, Ozog D. Clinical

and Molecular Effects on Mature Burn Scars After Treatment With a Fractional

CO2 Laser. Lasers in Surgery and Medicine 2012; 44: 517-524.

22 Cho SB, Lee JH, Lee SH, Lee SJ, Bang D, Oh SH. Efficacy and safety of 1064-

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scars. JEADV 2010; 24: 1070-1074.

23 Akaishi S, Koike S, Dohi T, Kobe K, Hyakusoku H, Ogawa R. Nd:YAG Laser

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24 Verhaeghe E, Ongenae K, Bostoen J, Lambert J. Nonablative Fractional Laser

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Trial. Dermatol Surg 2013; 39: 426-434.

25 Rivera-Secchi K, Acosta G, Vélez M, Trelles MA. Remodelación com láser de

cicatrices hipertróficas y queloideas: estúdio prospectivo en 30 pacientes.

Cirurgia Plástica Ibero-Latinoamericana 2013; 39(3): 307-317.

13

26 Yang Q, Ma Y, Zhu R, Huang G, Guan M, Avram MM, Lu Z. The Effect of

Flashlamp Pulsed Dye Laser on the Expression of Connective Tissue Growth

Factor in Keloids. Lasers in Surgery and Medicine 2012; 44: 377-383.

27 Lee SJ, Yeo IK, Kang JM, Chung WS, Kim YK, Kim BJ, Park KY. Treatment

of Hypertrophic Burn Scars by Combination Laser-Cision and Pinhole Method

Using A Carbon Dioxide laser. Lasers in Surgery and Medicine 2014; 46: 380-

384.

28 Scrimali L, Lomeo G, Nolfo C, Pompili G, Tamburino S, Catalini A, Sirago P,

Perrotta RE. Treatment of hypertrophic scars and keloids with a fractional CO2

laser: a personal experience. Journal of Cosmetic and Laser Therapy 2010; 12:

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29 Connolly KL, Chaffins M, Ozog D.Vascular Patterns in Mature Hypertrophic

Burn Scars Treated with Fractional CO2 Laser. Lasers in Surgery and Medicine

2014; 46: 597-600.

14

4 ARTIGO CIENTÍFICO

Efeito de Laser de Diferentes Potências na Cicatriz Hipertrófica e

Queloide: uma Revisão Sistemática

Different Power Lasers Effects in Hypertrophic Scars and Keloid: A Systematic

Review

Fanti, Natália Maria Bueno Cabral [a]

, Scasni, Katiuscia Rosette. [b]

[a] Graduando em Fisioterapia pela Universidade São Francisco (USF), Bragança

Paulista, SP-Brasil, e-mail: [email protected]

[b] Docente do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF), Bragança

Paulista, SP-Brasil, e-mail: [email protected]

Resumo:

Introdução: Cicatrizes hipertróficas e queloides são caracterizadas patologicamente pela

excessiva acumulação de colágeno dentro das feridas, onde o laser é capaz de provocar uma

resposta inflamatória estimulando a atividade fibroblástica do tecido lesionado. Objetivo:

Identificar qual a melhor modalidade de laser para o tratamento da cicatriz hipertrófica e

queloide. Método: Trata-se de uma revisão sistemática, com análise bibliográfica dos artigos

para avaliar as terapias a laser no tratamento da cicatriz hipertrófica e queloide com artigos

selecionados com o tempo limitante dos últimos cinco anos, sendo de julho de 2009 a julho de

2014. Sendo incluídos neste estudo ensaios clínicos não controlados, controlados com ou sem

randomização, sendo prospectivos, retrospectivos e de coorte, em língua inglesa e espanhola.

Resultado: Houve melhora significativa das variáveis das cicatrizes e sem piora do quadro após

o tratamento em todos os estudos. O Laser fracionado de CO2 se destacou na melhora da

textura, altura e aparência da pele, devido à sua ação vascular, porém foi o único que fez uso de

anestesia durante as intervenções, evidenciando ser laser o mais doloroso durante sua

intervenção. O Laser Nd:YAG se mostrou mais eficaz no aumento da flexibilidade da cicatriz.

Já o Laser PDL se mostrou mais eficaz na melhora do tom, chegando perto do natural. Os lasers

Cobre de Brometo e CO2 Pulsado obtiveram melhora significativa na diminuição dos sintomas.

O laser NAFL obteve os menores escores de melhora, porém com menores efeitos adversos. A

Fototermólise de alta potência (HDTA) obteve maiores efeitos colaterais porém com menor

tempo de tratamento. Sem diferenças significativas na eficácia do tratamento com o modo Q-

switched e na junção de duas modalidades distintas de laser no mesmo tratamento. Conclusão:

Essa revisão mostrou que o laser de CO2 pareceu ser mais eficaz, porém com índice de dor

importante, o laser Nd: YAG melhorou a flexibilidade, o laser Cobre de Brometo e CO2

Pulsado reduziram os sintomas, a Fototermólise obteve o menor tempo de tratamento e o modo

Q-switched ou modalidades diferentes usadas em conjunto no mesmo tratamento não

apresentaram diferenças significativas se comparadas com lasers de uso isolado.

.

Palavras-Chave: laser AND cicatriz hipertrófica

15

Abstract:

Introduction: Hypertrophic scars and keloids are pathologically characterized by

excessive accumulation of collagen inside the cut, where the laser is able to provoke an

inflammatory answer stimulating a fibroblast activity of the injured skin. Objective:

Identify the best genre of laser for the hypertrophic scars and keloids’ treatment.

Method: This is a systematic review, with a bibliographic analysis of the articles to

measure the laser’s therapy in the hypertrophic scars and keloids’ treatment with

selected articles with the limiting time in the last five years, from July 2009 to July

2014. Being included this study clinical trials not controlled, controlled with or without

randomization, being prospective, retrospective and cutting, in English and Spanish.

Result: There was significant improvement of the variables of the scars and no

worsening of symptoms after treatment in all studies. The CO2 Fractional Laser

excelled in improving the texture, height and appearance of the skin due to its vascular

action and have shorter treatment by the need for a few sessions, but was the only one

who made use of anesthesia during interventions, showing that this laser is the most

painful during his application. The Nd:YAG Laser showed to be more effective

increasing the flexibility of the scar. The PDL Laser proved to be more effective in the

improvement of the hue, getting close to the natural. The Copper Bromide and theQ-

switched ND: YAG lasers got the significant improvement at the erythema’s decrease.

The NAFL laser got the worst scores at the improvement. The high potential’s

Photothermolysis (HDTA) presented the higher negative Colateral Effects during the

treatment at the junction of the two distinct lasers’ modalities, at the same treatment.

Conclusion: This review showed that the CO2 Laser looks to be the more effective, but

with an important indication of pain; the Nd: YAG Laser improves the flexibility and

decreases the symptoms, but needs more sessions; the Copper Bromide Laser also

decrease the symptoms and that different modalities used together doesn’t presents

significant differences if compare with the used of isolated lasers.

.

Keywords: laser AND hypertrophic scar.

INTRODUÇÃO

Cicatrizes são definidas como qualquer insulto a derme profunda, como

resultado do complexo fisiológico da ferida, sendo agrupado em três fases distintas:

inflamação, proliferação e remodelação, explicadas com a migração de plaquetas logo

após a lesão para formar um coágulo de fibrina, atuando como o reparador, onde a

liberação de plaquetas é a responsável pela liberação e ativação de várias citocinas e de

fatores de crescimento potentes, que recrutam macrófagos, neutrófilos, fibroblastos que

estruturam a ferida e outros.1-2-3

Os fibroblastos reestruturam o tecido, com miofibroblastos vasculares fazendo a

contração da ferida que, uma vez já fechada, segue a fase de maturação final com

abundante colágeno tipo III se modificando em tipo I, que é o maduro caracterizado

16

pela cura imediata. A maioria das feridas fecham em cerca de seis meses a dois anos,

sendo necessário assim, o equilíbrio entre a cascata inflamatória e deposição de

proteínas como o colágeno, caso esse equilíbrio seja interrompido anormalidades podem

aparecer. 1-2-3-6

Patologicamente, as cicatrizes são caracterizadas pela excessiva acumulação de

colágeno dentro das feridas, anormalidade na migração, proliferação, síntese e secreção

de matriz extracelular, com proteínas e citocinas conduzindo uma remodelação

deficiente das feridas, podendo ocorrer prurido, rigidez, contraturas da cicatriz e

mudança da textura. 4-6-7-8

A angiogênese e a vascularização são processos importantes durante a

cicatrização de feridas, esse evento gera perfusão microvascular para a regeneração do

tecido novo, por outro lado, a angiogênese excessiva e vascularização podem levar a

alterações microvasculares, formando cicatrizes patológicas, sendo elas com maior

densidade que a pele normal, as cicatrizes hipertróficas, ou com maior diâmetro que a

pele normal, as queloides. 4-6-7-8

Cicatrizes hipertróficas são caracterizadas por um distúrbio fibroproliferativo

significativo que gera lesões profundas na pele, contendo disfunção do tecido córneo,

diminuição dos folículos pilosos, das glândulas, da papila dérmica da pele e de outras

estruturas auxiliares, resultando em uma cicatriz elevada, avermelhada, edemaciada e

inelástica, com sinais e sintomas como prurido, eritema, urticária, púrpura e dor intensa,

levando a problemas funcionais e estéticos para o paciente. É um tipo de ferida linear,

ou seja, não ultrapassa as margens da ferida original. 2-4-5-7-8-11-12

A queloide ocorre por um distúrbio fibrótico mais agressivo que da cicatriz

hipertrófica, com tempo de inflamação mais prolongado, aumento da atividade,

deposição de fibroblastos e redução da resposta imune, tendo como característica

principal ser uma cicatriz não linear, ou seja, seu extravasamento vai além das margens

da ferida original. 1-2-3-12

No entanto, esses dois tipos de cicatrizes têm os mesmos tipos de tratamento por

suas características fisiológicas serem muito semelhantes, sendo igualmente difíceis de

tratar. Múltiplos tratamentos têm sido descritos como sendo úteis, como o tratamento

fisioterapêutico consistindo em roupas de compressão, massagem cicatricial profunda,

17

agentes hidratantes, exercícios para ganho de amplitude de movimento e bandagem

funcional, e o tratamento médico, consistindo em excisão cirúrgica, injeção de

esteroides, folhas de silicone e outros, juntamente com tratamento medicamentoso,

como anti-histamínicos, opióides, anti-inflamatórios, ansiolíticos e antidepressivos. Um

método de tratamento usado em ambas as áreas é a radiação a laser, podendo ser usada

como método cirúrgico ou terapêutico, cada qual com sua modalidade específica para

cada profissional. 3-5

O laser é um acrônimo de “Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de

Radiação”, que significa “Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation”, a

sigla LASER em inglês. O laser é um dispositivo que gera radiação eletromagnética

com características próprias, havendo o modo pulsado, que é uma forma de radiação

contínua durante curtos intervalos de tempo, ou contínuo. Há também os sistemas

ablativo, que tem o poder de destruir a derme e a epiderme chegando a tecidos mais

profundos agindo nas camadas de água promovendo neoformação e remodelação das

fibras colágenas, e o modo não-ablativo, como o Laser Fracionado não ablativo

(NAFL), que atua estimulando a neossíntese de colágeno sem destruir a epiderme por

ter efeito fotodérmico com a água absorvendo sua luz, ele é capaz de provocar uma

resposta inflamatória estimulando a atividade fibroblástica, como edema, eritema,

urticária e púrpura. 9

Foram escolhidos para compor esse estudo os lasers médicos, que podem ser de

meio gasoso, líquido, sólido ou de elétrons livres. Os gasosos podem ser atômicos,

iônicos ou moleculares e conter uma mistura de gases, como o Laser fracionado de gás

carbônico (CO2), que é um laser fracionado, ou seja, tem vários microfeixes de sistema

ablativo, o principal sintoma após sua aplicação é a dor, porém com grande melhora da

textura e contorno da cicatriz. 9-15-27

Um tipo de laser líquido é o Laser Pulsado de Corante (PDL), muito usado para

lesões vasculares por gerar destruição capilar gerando hipoxemia e alterando assim a

produção de colágeno, contendo assim grande poder de clarear a pele e diminuir o

eritema. Seu meio ativo um corante fluorescente, sua radiação está entre 585-600 nm

com penetração curta, não tem efeito térmico e dérmico, porém é necessário uso de

anestesia para sua aplicação, pode ocorrer hiperpigmentação inflamatória após seu

tratamento. 9-10-15

18

Como exemplo de laser sólido existem vários, como o Laser Erbium: Ítrio-

alumínio-granada (Er:YAG) usado para lesões cutâneas mais graves e Laser Neomídio:

Ítrio-alumínio-granada (Nd:YAG), ambos constituídos pelos cristais de ítrio, alumínio e

granada. O laser Nd:YAG atua por fotocoagulação seletiva, chegando até 6 mm de

profundidade, também utilizado em conjunto com lasers Q-switched, havendo de 1064 e

532 nm. Os lasers Q-switched atuam fragmentando pigmentos que, dispersos podem ser

fagocitados pelos macrófagos e eliminados pelo sistema linfático ou de forma

transepitelial, sendo usado anestesia dependendo do tamanho da lesão e da sensibilidade

do paciente.9-13-15

Além desses há também a Fototermólise (NAFR), podendo ser de intensidade

alta (HDTA – Braço de Tratamento de Alta Intensidade) ou baixa (LDTA – Braço de

Tratamento de Baixa Intensidade), sendo um tipo de laser não ablativo muito utilizado

para cicatrizes com hipertrofia e hiperpigmentação, e o Laser de Cobre de Brometo,

sendo eficaz para aliviar os sintomas cutâneos por conter ação térmica. 18-19

Em vista da necessidade de maior esclarecimento sobre as possibilidades de

laser para tratamento de cicatrizes hipertróficas e queloides, esta revisão sistemática tem

como objetivo expor as modalidades existentes para esse tipo de lesão, e quais

modalidades têm as melhores respostas nas variáveis dessas cicatrizes, levando em

consideração a qualidade metodológica dos estudos.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão sistemática, com análise bibliográfica dos artigos para

avaliar as evidências sobre as terapias a laser no tratamento da cicatriz hipertrófica e

queloide. Os artigos foram selecionados de acordo com o tempo limitante dos últimos

cinco anos, sendo de julho de 2009 a julho de 2014. Sendo incluídos neste estudo

ensaios clínicos não controlados, controlados com ou sem randomização, sendo

prospectivos, retrospectivos e de coorte de qualquer língua. Para verificar o conjunto de

publicações sobre o uso de laser de diferentes potências na cicatriz, foram realizadas

buscas nas bases de dados eletrônicas PubMed e Medline. Foram utilizadas como

estratégia de busca nas bases de dados as palavras-chave: laser e hypertrophic scar,

apenas na língua inglesa.

19

Os estudos tiveram seus conteúdos analisados por um avaliador, sendo selecionados

por consenso aqueles com os seguintes critérios de inclusão: estudos que envolvam

sujeitos com diagnóstico de cicatrizes hipertróficas, investigação da relação de alguma

modalidade de laser ablativo ou não ablativo com a cicatriz hipertrófica, comparação

apenas entre modalidades de laser entre grupos e resultados macroscópicos e

histológicos após a intervenção.

Os critérios de exclusão foram: estudos com animais, in vitro e estudos de caso,

revisões sistemáticas ou de literatura, comparação do uso de outras substâncias

utilizadas durante a intervenção a laser que não fosse o laser (silicones, pomadas,

anestesias, etc), comparação do tratamento do laser com outros aparelhos

eletrotermofototerapeuticos e métodos de prevenção de cicatrizes hipertróficas.

Para análise da qualidade metodológica dos estudos foi utilizada a Escala de PEDro,

que é uma base de dados específica para estudos que investigam a eficácia de estudos de

intervenção, com aplicação prática da melhor evidência existente através de 11 itens,

avaliando se foram seguidos os critérios de um ensaio clínico em condições ideais e,

consequentemente, a qualidade do estudo de forma mais prática à evidência existente,

tornando-se um importante instrumento de uniformização na compilação de revisões

sistemáticas, tanto na área específica da Fisioterapia como nas restantes áreas

profissionais.14

RESULTADOS

Foram encontrados 122 artigos na base de dados Medline, 137 artigos na base de

dados PubMed e 1 na base de dados Scielo na data especificada, totalizando 260

estudos. Pela análise dos artigos foram identificadas 118 pesquisas que apareceram

repetidamente em mais de uma base de dados, totalizando assim 142 estudos. Dentre

eles, há estudos de revisão, in-vitro, estudos de caso, estudos com animais, com outros

recursos eletrotermofototerapeuticos, outros tipos de cicatrizes e estudos de prevenção,

sendo desenhos de estudo prescritos nos critérios de exclusão. Dessa forma, foram

encontrados apenas 12 estudos que atendessem os critérios de inclusão. Dentre eles

constam ensaios clínicos, prospectivos e retrospectivos, com pesquisas envolvendo

modalidades de laser para tratamento de cicatrizes hipertróficas e queloides

20

especificamente, de forma que foram utilizados para apreciação crítica. O Fluxograma 1

mostra as características dos artigos encontrados.

Fluxograma1: Características dos estudos encontrados nas bases de dados.

As intervenções por laserterapia variaram amplamente, sendo que Rivera-

Secchi, et.al.25

e Akaishi, et.al.23

utilizaram Neomídio:Ítrio-alumínio-granada

(Nd:YAG), Qu, et.al.21

, Rivera-Secchi, et.al.25

, Scrimali, et.al.28

e Connolly, et.al.29

utilizaram Laser fracionado de gás carbônico (CO2), Nicoletti, et.al.20

e Lee, et.al.27

utilizaram Laser pulsado de gás carbônico (CO2), Lin, et.al.18

utilizaram Fototermólise

fracionada (NAFR) de alta intensidade (HDTA) e baixa intensidade (LDTA), Yang,

et.al.26

utilizaram Laser de Corante Pulsado (PDL), Cho, et.al.22

utilizaram Q-switched

Neomídio Ítrio-alumínio-granada (Nd: YAG), Verhaeghe, et.al.24

utilizaram Laser

Fracionado não ablativo (NAFL) e Son, et.al.19

utilizaram Laser de Cobre de Brometo.

O estudo de Rivera-Secchi, et.al.25

é o único que utiliza o Laser Neomídio Ítrio-

alumínio-granada (Nd:YAG) e o Laser fracionado CO2 no mesmo tratamento e o

estudo de Lin, et.al.18

o único que compara as modalidades do mesmo laser, a

Fototermólise, entre grupos. Como mostra a Tabela 1.

142

TOTAL

40

ESTUDOS DE REVISÃO

98

ESTUDOS COM HUMANOS

7

ESTUDOS DE CASO

6

ESTUDOS DE PREVENÇÃO DE

CICATRIZES

48

ESTUDOS COM OUTROAS RECURSOS

12

ESTUDOS SOBRE LASER NA CICATRIZ

HIPERTRÓFICA

0

ESTUDOS DE COORTE

1

ESTUDOS RETROSPECTIVOS

3

ESTUDOS PROSPECTIVOS

8

ENSAIOS CLÍNICOS

25

ESTUDOS COM OUTRAS CICATRIZES

4

ESTUDOS COM ANIMAIS

21

Tabela1: Relação da quantidade de estudos para cada tipo de laser.

TIPO DE LASER NÚMERO

DE ARTIGOS AUTORES

Nd:YAG 2 Rivera-Secchi et.al.25

Akaishi et.al.23

Laser Fracionado de CO2 4 Qu, et.al.21

Rivera-Secchi et.al.25

Scrimali et.al.28

Connolly et.al.29

Laser Pulsado de CO2 2 Nicoletti et.al.20

Lee,et.al.27

NAFR de alta intensidade (HDTA)

e baixa intensidade (LDTA)

1 Lin, et.al.18

PDL

1

Yang et.al.26

Q-switched Nd: YAG 1 Cho et.al.22

NAFL 1 Verhaeghe et.al.24

Laser de Cobre de Brometo 1 Son et.al.19

De acordo com os efeitos encontrados, todos os estudos tiveram uma resposta

positiva quanto ao efeito do laser, independente da modalidade e protocolo de

tratamento, além disso, os estudos atingiram uma média de 6 de qualidade

metodológica, como é demonstrado cada estudo detalhadamente na Tabela 2.

22

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7

26

DISCUSSÃO

Apesar de serem encontrados mais de 200 estudos nas bases de dados

consultadas, há grande repetição entre eles, o que prejudica a busca, com142 artigos se

tornando um número pequeno diante da imensidão de opções, sendo menor ainda

quando os assuntos dos estudos são totalmente controversos com o objetivo da busca.

Talvez com uma restrição maior utilizando palavras-chave diferentes, poderia se obter

melhores resultados em pesquisas futuras.

Há grande variedade de patologias e modalidades de laser existente nos estudos

encontrados, dentre eles são poucos os que indicam a efetividade de cada laser

especificamente sem que haja generalização de resultados. Porém, a maior dificuldade

em determinar as evidências foi o pequeno número de ensaios clínicos e a falta de rigor

metodológico deles, com esta revisão contendo apenas 8 ensaios clínicos, dentre eles

com apenas 2 controlados (Verhaeghe et.al.24

e Yang et.al.26

) e 1 randomizado

(Verhaeghe et.al.24

ainda que, mesmo eles, não obtiveram um escore alto na Escala de

PEDro, que teve como média 6 de qualidade metodológica, pelo fato de não haver

distribuição de grupos de pessoas, e sim de cicatrizes, ou seja, todos os sujeitos

receberam tratamento.

O estudo que obteve maior escore foi o de Lin et.al.18

, que recebeu nota 8,

mesmo sendo um estudo prospectivo, pois ele teve distribuição entre grupos de pessoas,

onde ambos receberam intervenções diferentes, porém todos receberam algum

tratamento. Os estudos que obtiveram menores escores, sendo nota 5, foram o de

Nicoletti, et.al.20

, Yang, et.al.26

e Lee, et.al.27

, pela má descrição dos resultados obtidos.

Os outros estudos ficaram na média 6 pelo desenho do estudo e principalmente por

deixarem a desejar a descrição dos resultados obtidos.

Os sujeitos das amostras dos estudos variaram de 8 a 50 pacientes de 1 a 68

anos, sendo um fator que reduz o nível de comparação dos estudos desta revisão pela

diferença de idade entre os pacientes evidente nas amostras dos 12 estudos. Devido ao

fato da resposta tecidual ser diferente para cada faixa etária fisiologicamente, pela

diminuição da formação de colágeno, de células sebáceas e de melanina, tornando a

pele mais rígida. Sendo o estudo de Cho, et. al.22

o que obteve idades mais próximas, de

21 a 33 anos.

27

Quanto à análise dos resultados, cinco estudos utilizaram a Escala de Vancouver,

que avalia flexibilidade, vascularização, altura e pigmentação da cicatriz;21

dois

utilizaram a Escala POSAS (Avaliação de Cicatrizes do Paciente e do Observador), que

avalia vascularização, pigmentação, espessamento, relevo, flexibilidade, área de

superfície, prurido, cor, rigidez, espessura, e alívio;25

um utilizou a Escala de Quatro

Pontos, 0: sem melhoria ou agravamento; 1: melhoria menor; 2: melhoria moderada; 3:

melhora acentuada;18

um utilizou a Escala Visual Analógica (EVA), que avalia índice

de dor;24

um utilizou a Avaliação Global Médica (PSG) que avalia intensidade do

eritema e auto avaliação do paciente para avaliar cicatrizes;19

dois utilizaram o nível de

Satisfação dos pacientes;18-19

sete utilizaram análises fotográficas18-19-22-24-26-27-28

e

cinco utilizaram biópsia20-21-23-26-29

, sendo no total oito formas de análise, o que

prejudica a comparação das variáveis das cicatrizes nos resultados entre os estudos pelo

fato de cada escala avaliar características diferentes com olhar diversificado, perdendo o

real nível de melhora de cada cicatriz tratada.

Todos os estudos foram experimentais com avaliações pré e pós-intervenção,

sendo que a análise em longo prazo ocorreu em 10 estudos,18-19-20-21-22-24-25-27-28-29

variando de 1 a 12 meses após o tratamento final com as intervenções variando de 3 a

14 sessões com intervalos de 2 vezes ao dia a 3 meses, com tempo total de tratamento

de 1 à 12 meses, havendo assim grande diferença dos tempos de tratamento, mesmo

sendo com o mesmo tipo de laser entre os estudos. Como o Laser fracionado de CO2,

que no estudo de Nicoletti et.al.20

foram 4 sessões, o de Lee et.al.27

5 a 8 sessões e de

Scrimali et.al.28

com 12 sessões, além do intervalo entre as sessões, como Lee et.al.27

com intervalo de aproximadamente 12 horas e Connolly et.al.29

com intervalo de 2 a 3

meses, o que confunde qual a real necessidade de cada intervalo devido ao fato das

cicatrizes tratadas terem as mesmas características. Os estudos de Nicoletti et.al.20

e Qu

et.al.21

não especificaram o tempo de tratamento, sendo assim, o protocolo de Lin

et.al.18

foi o de menor tempo.

Quanto à eficácia dos lasers, houve melhora significativa das variáveis das

cicatrizes e sem piora do quadro após o tratamento em todos os estudos. O Laser

fracionado de CO2 se destacou na melhora da textura, altura e aparência da pele, devido

à sua ação vascular, porém foi o único que fez uso de anestesia durante as intervenções,

evidenciando ser laser o mais doloroso durante sua intervenção.21-27-29

O Laser Nd:YAG

se mostrou mais eficaz no aumento da flexibilidade e diminuição da contratura da

28

cicatriz. Já o Laser PDL se mostrou mais eficaz na melhora do tom, chegando perto do

natural. Os lasers Cobre de Brometo e CO2 Pulsado obtiveram melhora significativa na

diminuição dos sintomas. O laser NAFL obteve os menores escores de melhora, porém

na sua intervenção não há dor, não há cortes e tem menor efeito colateral. A

Fototermólise Fracionada de alta intensidade (HDTA) obteve maiores efeitos adversos

negativos durante o tratamento, apesar de ter grandes resultados de melhora e o menor

tempo de tratamento.

Visto nesta revisão pelo estudo de Rivera-Secchi et.al.25

que não houve diferença

significativa de melhora nas variáveis das cicatrizes com a junção de modalidades

diferentes se comparado com os outros estudos, pelos lasers terem o mesmo efeito,

mudando apenas o componente físico e a potência entre eles.

Apesar dos estudos não citarem as diferenças, há a hipótese de que os lasers

gasosos sejam mais eficazes para o tratamento da cicatriz hipertrófica pelos resultados

desse estudo com os lasers de CO2 Pulsado e NAFL, porém não há explicação científica

que comprove isso.

De forma geral, ficou evidente a falta de informação sobre o custo do tratamento

de cada modalidade de laser, e também quanto à diferença de preço com o uso de duas

modalidades distintas de laser em um único tratamento, o que poderia ajudar aos

pacientes a que tipo de recursos escolher de forma que o custo benefício seja

interessante.

Outra questão de grande valia é a restrição profissional quanto ao uso dessas

modalidades de laser mais ablativas, inclusive algumas com efeito cortante, sendo

restrita somente aos médicos, sendo que os fisioterapeutas poderiam explorar desses

métodos em sua prática profissional com um bom treinamento do seu uso. O fato do

fisioterapeuta já ter contato com lasers de menor potência é uma grande justificativa

para o interesse dessas outras modalidades de laser, visto pelos ótimos efeitos que os

lasers de uso fisioterapêutico conseguem para o processo inflamatório e, por exemplo,

para cicatrização de úlceras subcutâneas. Ressaltando que o forte da profissão,

principalmente na área de dermato-funcional, é a melhora do aspecto da cicatriz, tanto

de forma estética como de forma clínica.

29

CONCLUSÕES

Essa revisão mostrou que o laser de CO2 pareceu ser mais eficaz, porém com

índice de dor importante, o Laser Nd: YAG melhorou a flexibilidade e diminuiu a

contratura cicatricial. O Laser Cobre de Brometo e o Laser de CO2 Pulsado foram os

que reduziram os sintomas de forma significativa. O estudo da Fototermólise foi o

estudo de maior qualidade metodológica e menor tempo de tratamento, porém foi a

modalidade em alta intensidade que obteve o maior índice de efeitos adversos, enquanto

o Laser NAFL produziu o menor efeito, porém sem grandes melhorias em seu

tratamento. O Laser PDL se mostrou mais eficaz na melhora do tom, chegando perto do

natural. Além disso, não foi encontrado um laser específico com menor índice de dor

durante as intervenções, e observou-se que o modo Q-switched ou de modalidades

diferentes usadas em conjunto no mesmo tratamento não apresentaram diferenças

significativas se comparadas com lasers de uso isolado.

A apresentação desses resultados ainda é muito restrita devido às generalizações

das análises macroscópicas e microscópicas dos resultados, reações adversas, dosagens

e tempo de tratamento, sendo necessários novos estudos que especifiquem isoladamente

a função de cada modalidade de laser detalhadamente.

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33

5 ANEXOS

ANEXO 1: Normas da revista Fisioterapia em Movimento

ISSN 0103-5150 versão impressa

ISSN 1980-5918 versão on-line

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Escopo e política

Forma e preparação de manuscritos

Envio de manuscritos

Escopo e política

A Revista Fisioterapia em Movimento publica

trimestralmente artigos científicos na área da Fisioterapia e

saúde humanaOs artigos recebidos são encaminhados a dois

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exclusiva dos autores. A Revista Fisioterapia em

Movimento está alinhada com as normas de qualificação de

manuscritos estabelecidas pela OMS eInternational

Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), disponíveis

em <http://www.who.int/ictrp/en/> e

<http://www.icmje.org/faq.pdf>. Somente serão aceitos os

artigos de ensaios clínicos cadastrados em um dos Registros

de Ensaios Clínicos recomendados pela OMS e

ICMJE. Trabalhos contendo resultados de estudos humanos

e/ou animais somente serão aceitos para publicação se

estiver claro que todos os princípios de ética foram

utilizados na investigação (enviar cópia do parecer do comitê

de ética). Esses trabalhos devem obrigatoriamente incluir a

34

afirmação de ter sido o protocolo de pesquisa aprovado por

um comitê de ética institucional (reporte-se à Resolução

196/96, do Conselho Nacional de Saúde, que trata do Código

de Ética da Pesquisa envolvendo Seres Humanos). Para

experimentos com animais, considere as diretrizes

internacionais Pain, publicada em: PAIN, 16: 109-110, 1983.

Os pacientes têm direito à privacidade, o qual não pode ser

infringido sem consentimento esclarecido. Na utilização de

imagens, as pessoas/pacientes não podem ser identificáveis

ou as fotografias devem estar acompanhadas de permissão

específica por escrito, permitindo seu uso e divulgação. O

uso de máscaras oculares não é considerado proteção

adequada para o anonimato.

É imprescindível o envio da declaração de responsabilidade

de conflitos de interesse, manifestando a não existência de

eventuais conflitos de interesse que possam interferir no

resultado da pesquisa.

Forma e preparação de manuscritos

A Revista Fisioterapia em Movimento recebe artigos das seguintes

categorias:

Artigos Originais: oriundos de resultado de pesquisa de natureza

empírica, experimental ou conceitual, sua estrutura deve conter:

Introdução, Materiais e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusão,

Referências. O texto deve ser elaborado com, no máximo, 6.000

palavras e conter até 5 ilustrações.

Artigos de Revisão: oriundos de estudos com delineamento definido e

baseado em pesquisa bibliográfica consistente com análise crítica e

considerações que possam contribuir com o estado da arte (máximo de

8.000 palavras e 5 ilustrações).

Os trabalhos devem ser digitados em Word for Windows, fonte Times

New Roman, tamanho 12, com espaçamento entre linhas de 1,5. O

número máximo permitido de autores por artigo é seis (6).

• As ilustrações (figuras, gráficos, quadros e tabelas) devem ser

limitadas ao número máximo de cinco (5), inseridas no corpo do texto,

identificadas e numeradas consecutivamente em algarismos arábicos. A

arte final, figuras e gráficos devem estar em formato .tiff. Envio de

ilustrações com baixa resolução (menos de 300 DPIs) pode acarretar

atraso na aceitação e publicação do artigo.

• Os trabalhos podem ser encaminhados em português ou inglês.

35

• Abreviações oficiais poderão ser empregadas somente após uma

primeira menção completa. Deve ser priorizada a linguagem científica

para os manuscritos científicos.

• Deverão constar, no final dos trabalhos, o endereço completo de todos

os autores, afiliação, telefone, fax e e-mail (atualizar sempre que

necessário) para encaminhamento de correspondência pela comissão

editorial.

Outras considerações:

• sugere-se acessar um artigo já publicado para verificar a formatação

dos artigos publicados pela revista;

• todos os artigos devem ser inéditos e não podem ter sido submetidos

para avaliação simultânea em outros periódicos (anexar carta assinada

por todos os autores, na qual será declarado tratar-se de artigo inédito,

transferindo os direitos autorais e assumindo a responsabilidade sobre

aprovação em comitê de ética, quando for o caso);

• afirmações, opiniões e conceitos expressados nos artigos são de

responsabilidade exclusiva dos autores;

• todos os artigos serão submetidos ao Conselho Científico da revista e,

caso pertinente, à área da Fisioterapia para avaliação dos pares;

• não serão publicadas fotos coloridas, a não ser em caso de absoluta

necessidade e a critério do Conselho Científico.

No preparo do original, deverá ser observada a seguinte estrutura:

Cabeçalho

Título do artigo em português (inicial maiúsculo, restante minúsculas –

exceto nomes próprios), negrito, fonte Times New Roman, tamanho 14,

parágrafo centralizado, subtítulo em letras minúsculas (exceto nomes

próprios).

Título do artigo em inglês, logo abaixo do título em português, (inicial

maiúsculo, restante minúsculas – exceto nomes próprios), em itálico,

fonte Times New Roman, tamanho 12, parágrafo centralizado. O título

deve conter no máximo 12 palavras, sendo suficientemente específico e

descritivo.

Apresentação dos autores do trabalho

Nome completo, afiliação institucional (nome da instituição para a qual

trabalha), vínculo (se é docente, professor ou está vinculado a alguma

linha de pesquisa), cidade, estado, país e e-mail.

36

Resumo estruturado / Structured Abstract

O resumo estruturado deve contemplar os tópicos apresentados na

publicação. Exemplo: Introdução, Desenvolvimento, Materiais e

Métodos, Discussão, Resultados, Considerações Finais. Deve conter no

mínimo 100 e no máximo 250 palavras, em português/inglês,

fonte Times New Roman, tamanho 11, espaçamento simples e parágrafo

justificado. Na última linha deverão ser indicados os descritores

(palavras-chave/keywords). Para padronizar os descritores, solicitamos

utilizar os Thesaurus da área de Saúde (DeCS) (<http://decs.bvs.br>). O

número de descritores desejado é de no mínimo 3 e no máximo 5, os

quais devem ser representativos do conteúdo do trabalho.

Corpo do Texto

• Introdução: Deve apontar o propósito do estudo, de maneira concisa,

e descrever quais os avanços alcançados com a pesquisa. A introdução

não deve incluir dados ou conclusões do trabalho em questão.

• Materiais e Métodos: Deve ofertar, de forma resumida e objetiva,

informações que permitam ser o estudo replicado por outros

pesquisadores. Referenciar as técnicas padronizadas.

• Resultados: Devem oferecer uma descrição sintética das novas

descobertas, com pouco parecer pessoal.

• Discussão: Interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos

existentes, principalmente os indicados anteriormente na introdução.

Esta parte deve ser apresentada separadamente dos resultados.

• Conclusão ou Considerações Finais: Devem limitar-se ao propósito

das novas descobertas, relacionando-as ao conhecimento já existente.

Utilizar apenas citações indispensáveis para embasar o estudo.

• Agradecimentos: Sintéticos e concisos, quando houver.

• Referências: Numeradas consecutivamente na ordem em que são

primeiramente mencionadas no texto.

• Citações: Devem ser apresentadas no texto por números arábicos entre

parênteses. Exemplos:

“o caso apresentado é exceção quando comparado a relatos da

prevalência das lesões hemangiomatosas no sexo feminino (6, 7)” ou

“Segundo Levy (3), há mitos a respeito da recuperação dos idosos”.

Referências

Todas as instruções estão de acordo com o Comitê Internacional de

Editores de Revistas Médicas (Vancouver), incluindo as referências. As

37

informações encontram-se disponíveis em: (<http://www.icmje.org>).

Recomenda-se fortemente o número mínimo de 30 referências para

artigos originais e 40 para artigos de revisão. As referências deverão

originar-se de periódicos com classificação Qualisequivalente ou acima

da desta revista.

Artigos em Revistas

- Até seis autores

Naylor CD, Williams JI, Guyatt G. Structured abstracts of proposal for

clinical and epidemiological studies. J Clin Epidemiol. 1991;44:731-

737.

- Mais de seis autores

Listar os seis primeiros autores seguidos de et al.

Parkin DM, Clayton D, Black RJ, Masuyer E, Friedl HP, Ivanov E, et al

Childhood leukaemia in Europe after Chernobyl: 5 year follow-up. Br J

Cancer. 1996;73:1006-12.

- Suplemento de volume

- Suplemento de número

Payne DK, Sullivan MD, Massie MJ. Women´s psychological reactions

to breast cancer. Semin Oncol. 1996;23(1 Suppl 2):89-97.

- Artigos em formato eletrônico

Al-Balkhi K. Orthodontic treatment planning: do orthodontists treat to

cephalometric norms. J Contemp Dent Pract. [serial on the internet]

2003 [cited 2003 Nov. 4]. Available from: URL: www.thejcdp.com.

Livros e monografias

- Livro

Berkovitz BKB, Holland GR, Moxham BJ. Color atlas & textbook of

oral anatomy. Chicago:Year Book Medical Publishers; 1978.

- Capítulo de livro

Israel HA. Synovial fluid analysis. In: Merril RG, editor. Disorders of

the temporomandibular joint I: diagnosis and arthroscopy. Philadelphia:

Saunders; 1989. p. 85-92.

38

- Editor, Compilador como Autor

Norman IJ, Redfern SJ, editors. Mental health care for elderly people.

New York: Churchill Livingstone; 1996.

- Livros/Monografias em CD-ROM

CDI, clinical dermatology illustrated [monograph on CD-ROM],

Reeves JRT, Maibach H. CMEA Multimedia Group, producers. 2 nd ed.

Version 2.0. San Diego: CMEA; 1995.

- Anais de congressos, conferências congêneres

Damante JH, Lara VS, Ferreira Jr O, Giglio FPM. Valor das

informações clínicas e radiográficas no diagnóstico final. Anais X

Congresso Brasileiro de Estomatologia; 1-5 de julho 2002; Curitiba,

Brasil. Curitiba, SOBE; 2002.

Bengtsson S, Solheim BG. Enforcement of data protection, privacy and

security in medical informatics. In: Lun KC, Degoulet P, Piemme TE,

Rienhoff O, editors. MEDINFO 92. Proceedings of the 7th World

Congress of Medical Informatics;1992 Sept 6-10; Geneva, Switzerland.

Amsterdam:North-Holland; 1992. p. 1561-5.

Trabalhos acadêmicos (Teses e Dissertações)

Kaplan SJ. Post-hospital home health care: the elderly´s access and

utilization [dissertation]. St. Louis: Washington Univ.; 1995.