EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE - GLANDULA ALVO. TUMORES HIPOFISÁRIOS - MICROADENOMAS - MACROADENOMAS.

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EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE - GLANDULA ALVO

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EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE - GLANDULA ALVO

- T IR E Ó ID E

- G ÔN A D A S

- AD R E N A IS

TUMORES HIPOFISÁRIOS

- MICROADENOMAS

- MACROADENOMAS

TUMORES HIPOFISÁRIOS

CLÍNICA

- TUMORES NÃO FUNCIONANTES GERALMENTE

SÃO DIAGNOSTICADOS PELA PRESENÇA DE

SINAIS / SINTOMAS NEUROLÓGICOS

(HIPERTENSÃO INTRA-CRANIANA,

ALTERAÇÃO DE CAMPO VISUAL)

TUMORES HIPOFISÁRIOS

CLÍNICA

-TUMORES SECRETANTES SÃO DIAGNOSTICADOS

PELO QUADRO CLÍNICO DE EXCESSO DE

PRODUÇÃO DE UM HORMÔNIO

TUMORES HIPOFISÁRIOS

- PRODUTORES DE PROLACTINA

- PRODUTORES DE ACTH

- PRODUTORES DE GH

- PRODUTORES DE TSH

- NÃO FUNCIONANTES

MGV, 32 anos, masc, empresário, casado, impotência sexual esporádica

há 1 ano. Nega uso de medicações.

Exame físico normal.

PRL - 588

RNM - lesão selar 4x3 cm

MGV, 32 anos, oligomenorréia há 1 ano e galactorréia há 3 meses.Nega uso de medicações.

Exame físico normal.

PRL - 158

CT - lesão selar 0,8 cm

MGV, 32 anos, oligomenorréia há 1 ano

Nega uso de medicações. Exame físico normal.

PRL - 58

PRL pós repouso - 62

RNM - lesão supra-selar 4x5 cm

HIPERPROLACTINEMIA

Prof. Dr. Heraldo Mendes Garmes

FCM-UNICAMP

HIPERPROLACTINEMIA PREVALÊNCIA

0,4% na população geral adulta

50% dos tumores hipofisários secretores

SECREÇÃO DE PROLACTINA

hipófise

serotoninaserotonina dopaminadopamina

mamasmamas

PRLPRL

(-)+TRH

CAUSAS DE HIPERPROLACTINEMIA

Fisiológicas

Farmacológicas

Patológicas

Idiopática

CAUSAS PATOLÓGICAS DE HIPERPROLACTINEMIA

Desordens hipotalâmicas ou da haste hipofisária

Tumores hipofisários

Hipotiroidismo

Irritação da parede torácica

QUADRO CLÍNICO

• Sintomas da disfunção hormonal: hipogonadismo, diminuição da libido, galactorréia,impotência, infertilidade, redução da massa óssea

• Sintomas do efeito de massa no SNC: cefaléia, alteração do campo visual, epilepsia,

hidrocefalia, oftalmoplegia

DIAGNÓSTICO-IMAGEM

lesão grande - nível de prolactina maior

TRATAMENTO

Objetivos:diminuir massa tumoralpreservar hipófise normalrestaurar conseqüências clínicas

Drogas, cirurgia e radioterapia

TRATAMENTO- CLÍNICO

Agonista dopaminérgico: Bromocriptina

Lisuride Cabergolina

Análago da somatostatina

TRATAMENTO - CIRURGIA

Cura hormonal a longo prazo:micro: 64 a 74% macro: 7 a 26%

Indicações: intolerância ou resistência à droga crescimento tumoral

RADIOTERAPIA

Tipos: externa: desaconselhável radiocirurgia: ?

Indicação para radiocirurgia: remoção cirúrgica incompleta que não responde ao tratamento clínico

SÍNDROME DE CUSHING

CLÍNICA:

- AUMENTO DE PESO / OBESIDADE CENTRAL- HIPERTENSÃO- HIRSUTISMO - ESTRIAS VIOLÁCEAS - HIPERPIGMENTAÇÃO- ACNE- INTOLERÂNCIA À GLICOSE / DIABETES

TUMORES HIPOFISÁRIOS PRODUTORES DE ACTH

SUPRESSÃO ACTH COM DEXAMETASONASUPRESSÃO ACTH COM DEXAMETASONA

- DOSE ÚNICA: cortisol plasmático basal e pós 1 mg às 24 h.

- DOSE BAIXA: ACTH e cortisol plasmático basais e após

2 mg/d/2d e cortisol urinário de 24 h. basal e durante os 2

dias de dexa

- DOSE ALTA: ACTH e cortisol plasmático basais e após

8 mg/d/2d e cortisol urinário de 24 h. basal e durante os 2

dias de dexa

-LOCALIZAÇÃO DO TUMOR E CIRURGIA ESPECÍFICA:

-Adrenal

-Hipofisária

-Ectópica

SÍNDROME DE CUSHINGTERAPIA

MGV, 32 anos, dores em joelhos há 1 ano.

A.P. Diabetes tipo2 e HAS.Metformina 850 2x dia e Clorana 1xdia

Exame físico normal com creptação em articulações de joelhos.

GH - 15

RNM - lesão selar 4x3 cm

Campanha de

incentivo ao

diagnóstico de

Acromegalia -

Akhenaton

Acromegalia

• Prevalência: 50 a 70 casos por milhão de pessoas• Incidência:

3,3 casos novos por milhão de pessoas a cada ano

• Idade ao diagnóstico: 40 - 50 anos em média

• Doença insidiosa de difícil diagnóstico

Acromegalia Mortalidade

Aumento de 2 a 4 vezes comparado com a população geral

Fatores associados ao aumento da mortalidade:

- Aumento dos níveis de GH e suas complicações- Dificuldade de diagnóstico (doença insidiosa)- Idade avançada ao diagnóstico- Doenças associadas (cardiopatias, diabetes, HAS)

Por que um acromegálico procura um clínico?

- Dores articulares- Cefaléia- Sintomas de diabetes- Hipertensão arterial- Diminuição do campo visual

Condições clínicas associadas à Acromegalia

Artralgia e artrite

Aumento do número dos calçados

Neoplasias, pólipos intestinais

Cardiopatia, hipertensão

Edema de tecidos moles, espaçamento

dentárioSkin tags, sudorese

Apnéia do sono

Sínd. do túnel do carpo

Diabetes

Alterações sexuais

Thorner MO et al, 1992

Paciente na juventude

Anos após o desenvolvimento da Acromegalia

Mãos de um acromegálico

• Uma das complicações clínicas mais freqüentes da acromegalia

Artropatia

• Na primeira consulta 60 a 70 % dos pacientes apresentam envolvimento de grandes articulações periféricas (ombro, joelho, quadril) e 50 % apresentam artropatia axial (coluna lombar). (geralmente a artropatia é não inflamatória)

• Causa: Nível elevado de GH e principalmente de IGF-I

Barkan A., Pituitary, 2001

Acometimento de extremidades

Acometimento de extremidades

TESTE DE SUPRESSÃO DE GH

-GTT ORAL

- RESPOSTA NORMAL: TESTE DE SUPRESSÃO POSITIVO

- TESTE DE SUPRESSÃO NEGATIVO

Diagnóstico de acromegaliaSuspeita clínica

Avaliação laboratorial inicialGH e IGF-I séricos

Avaliação para confirmação: TTGO

GH > 1 ng/mLem todos os tempos

GH < 0,4 ng/mL e IGF-I normal para idade e sexo

Exclui acromegalia Confirma acromegalia

GH > 0,4 ng/mL e/ou IGF-I alto

Giustina et al 2000 Consensus JCEM 85 526-529.

GH < 1 ng/mL em qualquer tempo

Tratamento

• Cirurgia• Radioterapia• Tratamento farmacológico

Tratamento cirúrgico

• Taxa de cura:

Microadenomas (<1cm): 80-90 %

Macroadenomas (>1cm): < 50 %

Giustina et al 2000 Consensus JCEM 85 526-529.

Radioterapia Resultado:

observado 10 anos após o tratamento

Principal complicação:hipopituitarismo em cerca de

50% dos casos

Giustina et al 2000 Consensus JCEM 85 526-529.

Tratamento clínico

• Análogos da somatostatina:•Octreotida (Sandostatin® LAR®)•Lanreotide (Somatuline® SR e Autogel)

Valores individuais (esquerda) e média ± dp (direita) para a espessura das cartilagens do ombro (alto), punho (meio) e joelho esquerdo medida por

ultra-sonografia em 12 pacientes com acromegalia

antes e 6 meses após o tratamento com octreotida.

(p<0,001)

Colao et al, JCEM , 1998, Vol. 83, 2121-5

O que fazer diante de um pacientecom suspeita de Acromegalia?

Solicitar a dosagem de:

GH (hormônio do crescimento)

IGF-I (somatomedina C)

Se:• GH > 0,4 ng/mL e/ ou • IGF-1 estiver acima do valor normal para idade e sexo:

ENCAMINHE O PACIENTE PARA UM ENDOCRINOLOGISTA

(Caso contrário, o diagnóstico pode ser descartado)

Caso estas dosagens hormonais não sejam disponíveis em seu serviço,encaminhe o paciente diretamente para um endocrinologista.