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Revisitando a sífilis:diagnóstico e tratamento LUCINÉIA CARVALHAIS29 DE NOVEMBRO DE 2019
Ressurgimento da sífilis
Congênita
Segunda principal causa de natimortos e
aborto no mundo
Adquirida
Em aumento global, mas concentrado em
HSH, PVHIV
Neurossífilis, ocular, outras
Ressurgimento
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Assembléia Mundial da Saúde adotou estratégia para IST,
gonorreia e sífilis, para 2016–2021
>
Average age of a gamer
Casos de Sífilis por 100 mil habitantes, EUA, 1940 a 2016
1940 1951 2000 2016
200
400
300
100
mil
8,0
100
mil
100
4,0
2,0
6,0
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
>
127,2 milhões de novos casos de clamídia,
86,9 milhões de casos de gonorreia,
156,0 milhões de casos de tricomoníase
6,3 milhões de casos de sífilis.
Juntas: 376,4 milhões de novas IST curáveis:
13,5% (50,8 milhões) em territórios e áreas de
baixa renda,
31,4% (118,1 milhões) na baixa renda média,
47,1% (177,3 milhões) na renda média alta e
8,0% (30,1 milhões) em alta renda.
Globalmente, de 4 IST curáveis em pessoas entre 15
e 49 anos em 2016, ao ano:
1 MILHÃO DE CASOS NOVOS AO DIA
Chlamydia, gonorrhoea, trichomoniasis and syphilis: global prevalence and incidence estimates, 2016Bulletin of the World Health Organization 2019;97:548-562P. doi: http://dx.doi.org/10.2471/BLT.18.228486
Global health sector strategy on sexually transmitted infections, 2016–2021- Meta-analysis
Prevalência estimada de sífilis em mulheres e homens adultos, 2016
Bulletin of the World Health Organization Past issues Volume 97, Number 8, August 2019, 513-580
Sífilis Africa = 1,6%
Américas = 0.9%
Europa = 0.1%
Região sudeste
asiático = 0,2%
Região do pacífico
ocidental = 0,2 %
Região do Mediterrâneo Oriental = 0,7%
Chance quatro vezes maiorde sífilis em HSH com HIV,
período de 2009 a 2013, naInglaterra.
SÍFILIS CONGÊNITA: PORTARIA NO 542, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1986;
SÍFILIS EM GESTANTES: PORTARIA NO 33, DE 14 DE JULHO DE 2005;
SÍFILIS ADQUIRIDA: PORTARIA NO 2.472, DE 31 DE AGOSTODE 2010.
Notificação compulsória:
1.
2.
3.
Brasil
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Taxa de incidência de sífilis congênita em menores de 1 ano de idade (por 1.000 nascidos vivos)
por região de residência e ano de diagnóstico, no Brasil, de 2008 a 2018.
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Taxa de detecção de sífilis adquirida (por 100.000habitantes), taxa de detecção de sífilis em gestantes e taxa deincidência de sífilis congênita (por 1.000 nascidos vivos), segundo ano de diagnóstico. Brasil, 2010 a 2018
>
BH 2013....?
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
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Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
FONTE SINAN/BH 2018
Taxa de detecção de HIV segundo sexo por 100 mil habitantes, Belo
Horizonte, 2018
9,5% de prevalência no Brasil.
10,8% em HSH no Rio de Janeiro, 2013.
22,7% em HSH em Salvador, 8,8% em HSF na Bahia.
14% em HSF em Minas Gerais.
50% da sífilis primária/secundária em HSH, em 2015 nos
EUA, ocorreram em co-infecção com HIV.
ainda em aumento no Brasil
(Brasil, MS, junho 2019).
Evolução mais agressiva, úlcera primária atípica, fase secundária mais
exuberante, sobreposição de fases, evolução mais rápida, maior risco de lesões
neurológicas, oftálmicas, auditivas, reinfecções.
Prevalência de co-infecção sífilis-HIV
Indicação de punção lombar em PVHIV para pesquisa de neurossífilis
Neurossífilis
Presença de sintomas neurológicos ou oftalmológicos
Evidência de sífilis terciária ativa
Após falha ao tratamento clínico, independentemente da história sexual.
Em paciente com sífilis sem manifestação neurológica e com LTCD4 de 350 cels/mm ou menos
VDRL maior que 1:8 pós-tratamento, descartada reinfecção
VDRL maior ou igual a 1:32 em paciente e LTCD4 de 350 cels/mm3 ou menos
Seguimento pós tratamento: alterações próprias do HIV e alterações por comorbidades/doenças
oportunistas neurológicas são frequentes em LCR quando CD4 muito baixo. Em HIV o clareamento do
LCR na neurosífilis pode ser 2,5 vezes mais lento. Se LTCD4 < 200 céls/mm3 o clareamento do LCR é 3,7
mais lento.(MARRA et al., 2008)
(Brasil, MS, PCDT IST, 2019)
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Sabemos
Primária
lesão típica
altamente
contagiosa
diagnóstico
sindrômico
marca risco
acrescido para
diversas IST
Secundária
treponemia,
exantema,
enantema, alopécia,
outros.
recorre ao longo
do primeiro ano,
em 25% dos
casos (destes,
90% ao longo
primeiro ano).
VDRL é muito alto.
contagioso.
Latente
precoce
<2 anos, pela OMS
e União Européia.
<1 ano se EUA,
Reino Unido,
Canadá.
controle da
treponemia
VDRL em queda
Latente
tardia
VDRL baixo
Não infectante
Terciária
acomete em 14-
40% dos casos de
sífilis não
tratada, um a 46
anos:
neurológico,
cardiovascular ou
goma.
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Comumente esquecemos.....
Cancro duro
60% dos
pacientes não se
lembram dessa
lesão.
Cancro de Rollet
deve ser
lembrado
Não se prenda a
sorologias.
Perdas de
oportunidades em
IST
SecundáriaA neurossífilis
precoce ocorre em
25-60% das pessoas.
Fenomeno Prozona
Reação de Jarisch-
Herxheimer não é
alergia a penicilina
HIV e complicações -
lacuna de protocolos
institucionais
Não incluímos sífilis
em tantos exantemas
atendidos ou não
ofertamos TR
Latente
precoceLatente
tardia
VDRL pode ser
nao reator
mesmo sem
tratamento
Terciária
Não infectante
Paciente pode
chegar ainda
ainda jovem
nesta fase.
.
Diagnóstico por
rastreio epidemiol.
Use testes rápidos!
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Pessoas com comportamento demaior risco não temem a sífilis. Porque?
A mensagem da saúde pública não
atingem estas pessoas: Soma de
riscos? Eventos adversos?
Resistência medicamentosa?
O benefício da vida sexual livre
parece ser considerada de maior
benefício que riscos, pelas pessoas
com acesso amplo e fácil aos
cuidados de saúde.
Rede social aproxima pessoas com
decisão de sexo sem proteção.
Baixo uso de testes rápidos! Burocratização para administrarpenicilina. Irregularidade na disponibilização dapenicilina.
Baixo acesso das pessoas de maior
risco e de baixa renda aos serviços
de saúde pública.
Não aplicar protocolos assistenciais.
Perda de oportunidades diagnósticasnos momentos de contato com opaciente sensível à abordagemsexual: dificuldade em lidar compopulações de comportamentodiferente do mais comum. Perfis específicos não acessam asaúde pública facilmente: trans,travestis, profissionais do sexo,adolescentes, homens saudaveis comvida laboral.
Fatores que contribuem, ou tem potencial de
contribuir, para a epidemia continuar em ascenção
BAIXO USO DE TESTES RÁPIDOS
USA
Entre 2012 e 2017:
24.427 atendimentos
97% exames de clamídia,
97% de gonorreia,
1% de sífilis e
2% de HIV,
0,1% realizaram os 4 testes
Columbus, OH, October 3, 2019
1
2
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
2
Brasil, 2010 a 2018:
taxa de incidência síflis congênita passou de 2,4
para 9,0 casos por mil nascidos vivos, taxa de
detecção de síflis em gestantes aumentou 6,1
vezes, de 3,5 para 21,4 casos por mil nascidos
vivos.
1
PUBLIC SPEAKING 101
Avanços nodiagnóstico da
sífilis
TESTES SERICOS TREPONÊMICOS E NAO TREPONÊMICOS
TESTE RÁPIDO MICROSCOPIA DIRETA, HISTOPATOLOGIA, IMUNO-HISTOQUÍMICA, PCR
O QUE PRECISAMOS, MESMO, É DE ALTA SUSPEIÇÃO CLÍNICA!
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Kopelman, Lin, and Jorizzoa
A pemphigus-like presentation of secondary syphilis
JAAD Case Reports 2019; 5:861-4.
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
PUBLIC SPEAKING 101
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
O QUE PRECISAMOS, MESMO, É DE
ALTA SUSPEIÇÃO CLÍNICA, MELHORIAS ASSISTENCIAIS E
POLÍTICAS MAIS DIVERSAS EESPECÍFICAS!
Avanços na prevenção da sífilis
POLÍTICAS ESPECÍFICAS DE ACESSO PARA OS MAIS VULNERÁVEISAVANÇOS NO USO DE TESTES RÁPIDOS
ESTUDOS COMPORTAMENTAIS
AVANÇOS NA PREPVACINAS
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Diagnósticos de infecção pelo HIV
por testes rápidos SUS-BH em 2018
29% TS
71% TR
Fonte SINAN/BH, SMSA/BH, junho 2019 TR - testes rápidos TS - testes sorológicosDado fornecido pela Coordenação de Saúde Sexual e Atenção às IST e Hepatites Virais / SMSA BH em outubro de 2019
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Avanços notratamento dasífilis
MEDICAMENTO: PENICILINA
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Vacina
Treponema não é cultivável em
laboratório ou cobaias, é bactéria
friável, de difícil manejo para
estudo.
O papel do anticorpo e do DTH na
sífilis pode ser comparado ao da
hanseníase.
Imunoglobulinas aumentam a
morte de T. pallidum por
macrófagos (opsonização) mas
são ineficazes para imunidade à
sífilis.
Em estudo
- BCG: clonagem do DNA de T.
pallidum, para expressão
extracromossômico e integrativo
(integração genômica de
proteínas de ligação e produção
da integrase).
- vetores de expressão BCG,
extracromossômico e integrativo
estão disponíveis.
- BCG: segura, barata.
Embora exista um
modelo experimental
bem elaborado para
testar uma vacina
contra a sífilis, ainda
sem financiamento.
Anticorpos e DTH
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
OMS, 2019
O monitoramento da ampliação da triagem e do tratamento demulheres grávidas continua sendo fundamental ....
Conhecer o quantitativo de adultos, gestantes e criançasafetados pela sífilis, com estimativas em nível local, regional enacional, é crucial para orientar as capacidades dos sistemas
de saúde de fortalecer a prevenção, a detecção, a vigilância eo tratamento da doença.
A Estratégia Global da OMS para as IST estabelece metade reduções de 90% na incidência de gonorréia e sífilis, no
mundo, entre 2018 e 2030.
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
1 Muitas oportunidades detratamento são perdidas
Médicos ainda com baixo índice de suspeita
de sífilis em pacientes sexualmente ativos e
com lesões genitais ou erupções cutâneas.
3 Atente para fase x propedêutica
Fase primária: sindrômico.
Fases secundária, latentes precoce e tardia:
clínico/epidemiológo e em testes treponêmicos e não
treponêmicos. Reinfecção x recidiva
2 O clássico não é o maiscomum
A sífilis primária apresenta-se classicamente
como única úlcera genital indolor indolor (cancro
duro), mas essa apresentação ocorrem em
apenas 31% das lesões lesões primárias.
4 A terapêutica é consagrada
Penicilina G parenteral
5 Oportunidade imperdível
Pacientes com sífilis devem ser rastreados quanto
ao HIV, hep B (hep C), abordar gonorreia e
clamídia.
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Lucineia M. de Q. Carvalhais Ramos
HEM/FHEMIG, SMSA BH, UNI BH,
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
55 (31) 99942-2491
Revisitando a Sífilis: diagnóstico e tratamento - 2019
Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de Sífilis. Ano V – n0 0. Número Especial, out.2019Jane Rowley et al. Chlamydia, gonorrhoea, trichomoniasis and syphilis: global prevalence and incidence estimates, 2016.Bulletin of the World Health Organization. Volume 97, Number 8, August 2019, 548-562PKopelman, Lin, and Jorizzoa. A pemphigus-like presentation of secondary syphilis. JAAD Case Reports 2019; 5:861-4.Sanjiv Kumar, et al. Sequence Variation of Rare Outer Membrane Protein β-Barrel Domains in Clinical Strains ProvidesInsights into the Evolution of Treponema pallidumsubsp. pallidum, the Syphilis Spirochete. mBio Jun 2018, 9 (3) e01006-18; DOI: 10.1128/mBio.01006-18Stewart Sell MD. A Vaccine for Syphilis. Biomed J Sci&Tech Res 7(2)- 2018. BJSTR. MS.ID.001486. DOI: 10.26717/BJSTR.2018.07.001486LUPPI C et all. Fatores associados à coinfecção por HIV em casos de sífiis adquirida notificados em um Centro deReferência de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids no município de São Paulo, 2014. Epidemiol. Serv. Saude,Brasília, 27(1):e20171678, 2018. Consulta em 26/06/19, acesso em http://www.scielo.br/pdf/ress/v27n1/2237-9622-ress-27-01-e20171678.pdf\MARTINS, FAG; SOUTO BGA. Indicação de punção lombar para diagnóstico da neurossífilis. ABCS Health Sciences.v. 40, n. 2(2015) . Consulta em 25/05/19. Acesso em https://www.portalnepas.org.br/abcshs/article/view/737 D. De Luca, R. Villa, V. Bedin. Sífilis maligna mimetizando pitiríase liquenóide em paciente HIV positivo: relato de caso. MedCutan Iber Lat Am 2012;40(2):62-64 Borges CR et al. Neurosyphilis and ocular syphilis: a case series. Arq Neuropsiquiatr 2018;76(6):373-380 Rekart ML et al. Double-edged sword: does highly active antiretroviral therapy contribute to syphilis incidence byimpairing immunity to Treponema pallidum? Sexually Transmitted Infections (STI)August 2017 - Volume 93 - 5. Consulta em24/07/19. S Acesso em http://www.bmj.com/company/products-services/rights-and-licensing/Prevalence of Sexually Transmitted Co-Infections in People Living with HIV/AIDS: Systematic Review with Implications forusing HIV Treatments for Prevention Seth C. Kalichman, Jennifer Pellowski, Christina Turner Sex Transm Infect. Authormanuscript; available in PMC 2015 Feb 5.Published in final edited form as: Sex Transm Infect. 2011 Apr; 87(3): 183–190. Publishedonline 2011 Feb 17. doi: 10.1136/sti.2010.047514