Electrofisiologia visual
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ELECTROFISIOLOGIA VISUAL - ERGSERVIÇO DE OFTALMOLOGIA – HOSPITAL DE EGAS MONIZ – CHLO
PEDRO SIMÕES TUTOR: DR TIAGO FERREIRADIRECTOR DE SERVIÇO: DR ANTÓNIO RODRIGUES
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SUMÁRIO
PERSPECTIVA HISTÓRICA
INTRODUÇÃO
TESTES ELECTROFISIOLÓGICOS
ERG
Técnica de Aquisição
Bases Fisiológicas
Constituintes
Interpretação
ERG Multifocal
Conclusões
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PERSPECTIVA HISTÓRICA
1865 Holmgren
1908 Einthoven e Jolly: distinguiram 3 traçados no ERG
1933 Ragnar Granit (Nobel 1954)
Evolução da electrofisiologia através de experiências bioquímicas mas também achados incidentais – ex: glicina na prostatectomia (anos 80)
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INTRODUÇÃO
Todas as células apresentam um potencial eléctrico
Meio intracelular é mais negativo, fruto de distribuição iónica assimétrica
Mantida pela bomba Na+/K+ (com gasto de ATP)
A actividade eléctrica da retina e vias visuais está em constante actividade e respondea estímulos
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TESTES ELECTROFISIOLÓGICOS
Potenciais evocados visuais (PEV)
Electrorretinografia (ERG)
Pattern ERG
Full-field ERG
ERG Focal
ERG Multifocal
Electro-oculografia (EOG)
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ELECTRORETINOGRAMA (ERG)
Registo do potencial de acção produzido na retina quando estimulada por luz de intensidade adequada
Composto principalmente pela actividade eléctrica de:• Fotorreceptores (cones e bastonetes)• Células de Muller• EPR
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TÉCNICA DE AQUISIÇÃO
Inúmeros métodos de aquisição
Contacto cutâneo requerem estímulo de maior intensidade
Importância de calibragem
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TÉCNICA DE AQUISIÇÃO
Strobe – Portátil; Bom para criançasGanzfeld – Melhor controlo estímulo; Utilizado > 5 anos de idade
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Onda a
inicial, negativa
Após adaptação ao escuro
Fotorreceptores (principalmente)
BASES FISIOLÓGICAS DA ORIGEM DO ERGONDA A
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BASES FISIOLÓGICAS DA ORIGEM DO ERGONDA A
Fotoreceptores
Rodopsina foto activada
Transducina
cGMP photodiesterase
cGMP reduzido
Encerramento canais Na+
Potential celular negativo
Onda a, negativa
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Onda b
Ampla e positiva
Origem nas células de Muller, representando actividade das células bipolares.
Células gliais, não têm conecção sináptica com as células da retina
O seu potencial é influenciado pelo K+ libertado pela estimulação dos fotorreceptores
Resposta diferente para cones e bastonetes
BASES FISIOLÓGICAS DA ORIGEM DO ERGONDA B
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Onda c
Onda prolongada de menor amplitude
Representa a actividade metabólica do EPR
Depende da integridade dos fotoreceptores
BASES FISIOLÓGICAS DA ORIGEM DO ERGONDA C
Gerada pelo EPR em resposta a sinais dos bastonetes:Bastonetes contactam directamente com terminação apical do EPR Cones não parecem fazer este contacto
Clinicamente pouco utilizada!
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POTENCIAIS OSCILATÓRIOS
Pequenas ondas (oscilações)
Origem nas células amácrinas
Sobrepostos ao ramo ascendente da onda B
Aparecem após estimulação de luz intensa
Diminuídos por fenómenos de isquémia
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ELECTRORETINOGRAFIA
Resposta normal é somatório da resposta individual dos cones e bastonetes
Para obter informação clínica é essencial separar os diferentes constituintes
Factores que influenciam ERG:
Fisiológicos (tamanho pupila, ritmo circadiano, refracção, género, idade
Equipamento
Artefactos
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ERG BASTONETES
Obtido após adaptação ao escuro (condições escotópicas) já que apenas os bastonetes são suficientementesensíveis para responder a estímulos luminosos reduzidos
O estímulo da retina em condições escotópicas, com uma luz reduzida (ou azul) leva apenas à resposta dos bastonetes
No entanto se um estímulo intenso for utilizado em condições escotópicas os cones e bastonentes respondem em conjunto(ERG mesópico)
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ERG CONES
Obtido pela adaptação à luz (condições fotópicas) ou estímulo flicker
Em condições fotópicas apenas os cones respondem pois os bastonetes ficam saturados
Cones conseguem responder a estímulo flicker até 50 Hz
Bastonetes não respondem a estímulo flicker superior a 10/15 Hz
Assim utilizando um estímulo flicker de 30 Hz é obtido apenas o registo dos cones
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ERG - PARÂMETROS
Amplitude (a): Distância ao eixo de repouso
Latência: Tempo de intervalo entre aplicação do estímulo e inicio da onda a (N: 2 ms)
Tempo de culminação (t): Desde aplicação do estímulo até onda-a máxima ou onda-b
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PADRONIZAÇÃO
International Society for Clinical Electrophysiology of Vision
Protocolos estandardizados para ERG,EOG,VEP
Facilitar análise, permitir comparação e reprodutibilidade
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INTERPRETAÇÃO DO ERG
ERG alterado (apenas) se mais de 30% a 40% da retina estiver afectada
Correlação clínica é fundamental
Opacidade dos meios, midríase incompleta e nistagmo podem causar alterações
Valores semelhantes ao adulto após 2 anos de idade
ERG depende do género (valores ↑ nas mulheres)
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RESPOSTA ALTERADA
Onda-b com potencial <0.19 mV ou > 0.54 mV é consideredo anormal
ERG alterado classifica-se:
Superior ao normal Subnormal
Potencial acima do limite normal Potential < 0.08 mV
Exemplos: Retinite Pigmentosa inicial
Distúrbios circulatórios (sub-totais) Toxicidade cloroquina e quinino
Siderosis bulbi inicial Descolamento da Retina
Doenças sistémicas (Def. Vit A; Hipotiroidismo; Mucopolisacaridoses; Anemia)
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AUSÊNCIA DE RESPOSTA
Encontrada em:
1. Retinite Pigmentosa tardia
2. DR total
3. Coroiderémia
4. Amaurose congénita de Leber
5. Coriorretinite luética
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RESPOSTA NEGATIVA
Caracterizada por uma onda-a de grandes dimensões
Indica distúrbios marcados da circulação retiniana:
Arteriosclerose, arterite de células gigantes, OACR, OVCR, Creutzfeldt-Jakob
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ERG global
resposta global da retina a um estímulo pré-definido
somatório da actividade electrofisiológica da retina
ERG Multifocal
Algoritmo matemático permite determinar resposta da função retiniana focal de diferentes regiões
Resposta topográfica da actividade eléctrica da retina
Alterações exigem >30% da retina afectada
ERG - MULTIFOCAL
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Estímulos apresentados aleatoriamente
Frequência Flicker (> 30 Hz)
Faz correlação com sinal obtido ERG
Não é a resposta directa do potencial eléctrico local da retina, mas sim correlação matemática
Permite medida topográfica da actividade electrofisiológica da retina
ERG - MULTIFOCAL
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Traçado típico mfERGOnda bi-fásica
1ª deflecção negativa- N12º pico positivo- P1p/ vezes deflecçãonegativa- N2
ERG - MULTIFOCAL
mf-ERG é complemento ERG full-field
não é útil suspeita patologia pan-retiniana
não útil patologia bastonetes
identifica alterações retinianas até camada nuclear interna
Aplicações diagnósticas:
Avaliação das camadas externas da retina
Complemento ERG full-field
Pode ser complementado ERG Pattern
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Maculopatias
Glaucoma
Diabetes
Retinite Pigmentosa
AZOOR (Retinopatia zonal externa aguda oculta)
DMI
Doença de Stargardt
Distrofia de cones
Coriorretinopatia serosa central
ERG – MULTIFOCAL - APLICAÇÕES
![Page 27: Electrofisiologia visual](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022042818/55b98f3dbb61eb512b8b47cb/html5/thumbnails/27.jpg)
A,B-Retinite Pigmentosa
C- Distrofia de Cones
D- Doença de Stargardt
ERG – MULTIFOCAL - APLICAÇÕES
![Page 28: Electrofisiologia visual](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022042818/55b98f3dbb61eb512b8b47cb/html5/thumbnails/28.jpg)
CONCLUSÕES
Exame complexo
Requer consumo de tempo considerável
Indicações precisas
Inúmeras possibilidades
Tecnologia em constante desenvolvimento
RETeval – Permite rastreio de RD e EMCS
![Page 29: Electrofisiologia visual](https://reader033.fdocumentos.com/reader033/viewer/2022042818/55b98f3dbb61eb512b8b47cb/html5/thumbnails/29.jpg)
MUITO OBRIGADO