Eleições 2014 - 15 de setembro de 2014

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Especial MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019 Eleições 2014 Eleições 2014 Especial Elas almejam ser a primeira-dama do AM O estigma de “don- docas” remetido às primeiras-da- mas a cada pleito, torna-se menos usado para indicar o perfil das mulhe- res, que ao lado de seus maridos representam o Es- tado dentre a classe política brasileira. No Amazonas, o cargo após, a passagem de Nejmi Aziz, ficou ainda mais em evidência, estando à população mais interessada em conhecer e acompanhar as ações de quem pode in- fluenciar e muito as políticas públicas aplicadas nos mais variados âmbitos. O ditado popular sugere que ao lado de um grande homem, existe uma grande mulher. E da presença de grandes mulheres no processo que se desenrola, o eleitor não pode reclamar. Dentre os principais nomes, que postulam a vaga que atualmente é ocupada pela senhora Edilene Gomes, esposa do governador José Melo (Prós), e que briga pela continuidade do trabalho da família frente ao Executivo, estão os de Juliana Monteiro Maranhão Ramos Rodrigues; Sandra Backrmann Braga; Sil- vana Castro; Selma Navarro e Jussileide Massulo. Com perfis dotados de capacitação profissional, as possíveis primeiras-damas do Amazonas possuem em comum a dedicação ao lar, a criação dos filhos e deve- rão apostar na sensibilidade habitual as mulheres para conquistar o voto aos com- panheiros de vida. Aos 32 anos, Juliana Ramos é casada com o deputado estadual e candidato ao governo, Mar- celo Ramos (PSB). Mãe da pequena Marcela Maranhão Ramos, de 1 ano e 3 meses, está ao lado de Marcelo Ramos há 10 anos. Formada em administração pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), acu- mula ainda a formação em arquitetura e urbanismo pela Universidade do Norte. Conciliando o curso de pós- graduação em arquitetura e iluminação, Juliana Ramos participa ativamente na criação do filho mais velho do companheiro, o enteado Gabriel Ramos de 17 anos. Amante do teatro, Juliana, participa de um curso na Ar- tcena e pretende se dedicar ao teatro musical. “Agora como estamos em época de campanha, e sem rotina. Mas geralmente eu malho às seis da manhã, levo meu enteado na escola e minha filha tam- bém. Como profissional libe- ral, meu escritório é em casa mesmo. Vou visitar clientes, realizar projetos e acompa- nhar obras”, explica Juliana. Preocupada com o futuro político do Estado, Juliana é enfática ao falar do apoio que tem dado à carreira do mari- do. “Desde o começo apoiei meu marido a ser candidato ao governo do Amazonas, pois sou cidadã comum e que- ro ter boa saúde, educação, segurança e tudo que nos pertence. Estou empenhada na campanha, porque quero mudança e uma vida digna para todos”, ressaltou. Comprando o sonho políti- co do esposo, dona Sandra Braga acumulou a experi- ência de ser primeira-dama por três vezes. A primeira quando seu marido, o sena- dor e candidato ao governo Eduardo Braga (PMDB) foi prefeito de Manaus e as outras duas vezes, quan- do Braga teve nas mãos a gestão do Estado. Primeira suplente do marido no Se- nado Federal, ao lado dele, ela gerou as filhas Brenda, Bruna e Bianca. Sandra Braga Empresária e bacharel em letras pela Universidade Fe- deral do Amazonas, lecionou em escola pública e ficou conhecida pela elegância e sensibilidade para as ques- tões sociais. Com laços fami- liares ligados ao município de São Paulo de Olivença, no Alto Solimões, Sandra Braga é presença constante nas ações que envolvem a campanha de Eduardo Braga. Durante a ges- tão de Eduardo Braga exerceu a função de presidente do Conselho de Desenvolvimento Humano (CDH), implantando projetos como o Jovem Cida- dão e o Pronto Atendimento Itinerante (PAI). Atual primeira-dama do Amazonas, Edilene Gomes de Oliveira possui a experi- ência de quem já passou pelo cargo de secretária. Mãe de dois filhos ela é formada em administração. A arquiteta Juliana Ramos respira política ao lado do marido, Marcelo Ramos JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO MUDANÇA A socióloga Maria Fernandes destacou que o desempenho das primeiras-damas deixou de ser perce- bido pela população como coadjuvante, e sim como peça funda- mental no governo Segundo dona Edilene, ser primeira-dama é uma função de muita responsabilidade. “Hoje já desenvolvemos por meio do Fundo de Promoção Social, ações fortes de apoio financeiro às instituições so- ciais. Somente este ano, nos- sas ações já beneficiaram diretamente, mais de sete mil pessoas em cerca de 30 projetos”, comentou. Na campanha pró-ree- leição do seu esposo, Edi- lene, diz não abrir mão do apoio às instituições so- ciais. Mas, que é necessário avançar em novas necessi- dades, projetos como o Vi- ver Melhor são lembrados por ela. “Nesse propósito de qualidade de vida, também vamos construir mais cen- tros de convivência para famílias de Manaus e do interior”, frisou. Silvana Castro Ribeiro da Costa, esposa do deputado estadual e candidato Chico Preto (PMN), é mãe de An- tônio Silvestre e Mariana. Empresária, ela está ao lado do marido na briga pela dis- puta estadual. Para a socióloga Maria Fernandes, o desempenho das primeiras-damas dei- xou de ser percebido pela população como coadju- vante em um governo. Com um papel fundamental nas articulações, elas, segundo a socióloga, podem auxi- liar ainda na resolução de impasses e oferecer além do ombro amigo, conselhos que podem ser aproveitados e convertidos em políticas públicas sensíveis às neces- sidades da sociedade. “Com um desempenho atuante e preocupado, essas mulhe- res podem surgir como um diferencial no governo de seus maridos. Não basta apenas estar ao lado deles nos palanques, com o elei- torado cada dia mais es- clarecido, elas tiveram que mudar de postura e arrega- çar as mangas. O compor- tamento dos eleitores do século 21 pede isso, caso contrário, em um caso mais sério, o posicionamento de uma primeira-dama pode até destruir a imagem de um governador”, analisou. Papel importante no governo Sempre ao lado dos maridos, as primeiras-damas deixaram de ser apenas coadjuvantes na administração do governo Braço direito de Eduardo, Sandra Braga é a suplen- te dele no Senado Atual primeira-dama do Estado, Edi- lene ajuda o marido à frente do Fundo de Promo- ção Social ELEIÇÕES 2014 - 01.indd 1 14/9/2014 21:21:48

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Eleições 2014 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

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Elas almejam ser a primeira-dama do AM

O estigma de “don-docas” remetido às primeiras-da-mas a cada pleito,

torna-se menos usado para indicar o perfil das mulhe-res, que ao lado de seus maridos representam o Es-tado dentre a classe política brasileira. No Amazonas, o cargo após, a passagem de Nejmi Aziz, ficou ainda mais em evidência, estando à população mais interessada em conhecer e acompanhar as ações de quem pode in-fl uenciar e muito as políticas públicas aplicadas nos mais variados âmbitos.

O ditado popular sugere que ao lado de um grande homem, existe uma grande mulher. E da presença de grandes mulheres no processo que se desenrola, o eleitor não pode reclamar. Dentre os principais nomes, que postulam a vaga que atualmente é ocupada pela senhora Edilene Gomes, esposa do governador José Melo (Prós), e que briga pela continuidade do trabalho da família frente ao Executivo, estão os de Juliana Monteiro Maranhão Ramos Rodrigues; Sandra Backrmann Braga; Sil-vana Castro; Selma Navarro

e Jussileide Massulo.Com perfi s dotados de

capacitação profi ssional, as possíveis primeiras-damas do Amazonas possuem em comum a dedicação ao lar, a criação dos fi lhos e deve-rão apostar na sensibilidade habitual as mulheres para conquistar o voto aos com-panheiros de vida. Aos 32 anos, Juliana Ramos é casada com o deputado estadual e candidato ao governo, Mar-celo Ramos (PSB).

Mãe da pequena Marcela Maranhão Ramos, de 1 ano e 3 meses, está ao lado de Marcelo Ramos há 10 anos. Formada em administração pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), acu-mula ainda a formação em arquitetura e urbanismo pela Universidade do Norte. Conciliando o curso de pós-graduação em arquitetura e iluminação, Juliana Ramos participa ativamente na criação do fi lho mais velho do companheiro, o enteado Gabriel Ramos de 17 anos.

Amante do teatro, Juliana, participa de um curso na Ar-tcena e pretende se dedicar ao teatro musical. “Agora como estamos em época de campanha, e sem rotina. Mas geralmente eu malho às seis da manhã, levo meu enteado

na escola e minha fi lha tam-bém. Como profi ssional libe-ral, meu escritório é em casa mesmo. Vou visitar clientes, realizar projetos e acompa-nhar obras”, explica Juliana.

Preocupada com o futuro político do Estado, Juliana é enfática ao falar do apoio que tem dado à carreira do mari-do. “Desde o começo apoiei

meu marido a ser candidato ao governo do Amazonas, pois sou cidadã comum e que-ro ter boa saúde, educação, segurança e tudo que nos pertence. Estou empenhada na campanha, porque quero mudança e uma vida digna para todos”, ressaltou.

Comprando o sonho políti-co do esposo, dona Sandra Braga acumulou a experi-ência de ser primeira-dama por três vezes. A primeira

quando seu marido, o sena-dor e candidato ao governo Eduardo Braga (PMDB) foi prefeito de Manaus e as outras duas vezes, quan-do Braga teve nas mãos a gestão do Estado. Primeira suplente do marido no Se-nado Federal, ao lado dele, ela gerou as filhas Brenda, Bruna e Bianca.

Sandra BragaEmpresária e bacharel em

letras pela Universidade Fe-deral do Amazonas, lecionou em escola pública e ficou conhecida pela elegância e sensibilidade para as ques-tões sociais. Com laços fami-liares ligados ao município de São Paulo de Olivença, no Alto Solimões, Sandra Braga é presença constante nas ações que envolvem a campanha de Eduardo Braga. Durante a ges-tão de Eduardo Braga exerceu a função de presidente do Conselho de Desenvolvimento Humano (CDH), implantando projetos como o Jovem Cida-dão e o Pronto Atendimento Itinerante (PAI).

Atual primeira-dama do Amazonas, Edilene Gomes de Oliveira possui a experi-ência de quem já passou pelo cargo de secretária. Mãe de dois filhos ela é formada em administração.

A arquiteta Juliana Ramos respira política ao lado do marido, Marcelo Ramos

JOELMA MUNIZEquipe EM TEMPO

MUDANÇA A socióloga Maria Fernandes destacou que o desempenho das primeiras-damas deixou de ser perce-bido pela população como coadjuvante, e sim como peça funda-mental no governo

Segundo dona Edilene, ser primeira-dama é uma função de muita responsabilidade. “Hoje já desenvolvemos por meio do Fundo de Promoção Social, ações fortes de apoio fi nanceiro às instituições so-ciais. Somente este ano, nos-sas ações já benefi ciaram diretamente, mais de sete mil pessoas em cerca de 30 projetos”, comentou.

Na campanha pró-ree-leição do seu esposo, Edi-lene, diz não abrir mão do apoio às instituições so-ciais. Mas, que é necessário avançar em novas necessi-dades, projetos como o Vi-ver Melhor são lembrados por ela. “Nesse propósito de qualidade de vida, também vamos construir mais cen-tros de convivência para famílias de Manaus e do interior”, frisou.

Silvana Castro Ribeiro da Costa, esposa do deputado estadual e candidato Chico Preto (PMN), é mãe de An-tônio Silvestre e Mariana. Empresária, ela está ao lado do marido na briga pela dis-puta estadual.

Para a socióloga Maria Fernandes, o desempenho das primeiras-damas dei-xou de ser percebido pela população como coadju-vante em um governo. Com um papel fundamental nas articulações, elas, segundo a socióloga, podem auxi-liar ainda na resolução de impasses e oferecer além do ombro amigo, conselhos que podem ser aproveitados e convertidos em políticas públicas sensíveis às neces-sidades da sociedade. “Com um desempenho atuante e preocupado, essas mulhe-res podem surgir como um diferencial no governo de seus maridos. Não basta apenas estar ao lado deles nos palanques, com o elei-torado cada dia mais es-clarecido, elas tiveram que mudar de postura e arrega-çar as mangas. O compor-tamento dos eleitores do século 21 pede isso, caso contrário, em um caso mais sério, o posicionamento de uma primeira-dama pode até destruir a imagem de um governador”, analisou.

Papel importante no governo

Sempre ao lado dos maridos, as primeiras-damas deixaram de ser apenas coadjuvantes na administração do governo

A, 15 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2014A, 15 DE SETEMBRO DE 2014

Elas almejam ser a A arquiteta Juliana Ramos respira política ao lado do marido, Marcelo Ramos

Elas almejam ser a Elas almejam ser a Braço direito de Eduardo, Sandra Braga é a suplen-te dele no Senado

Atual primeira-dama do Estado, Edi-lene ajuda o marido à frente

do Fundo de Promo-ção Social

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2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Ex-diretor documentava propinas anotando tudo

Além de entregar, um a um, os políticos que receberam dinheiro sujo do esquema de corrupção, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa ofereceu aos inves-tigadores, em seus depoi-mentos, indícios e até provas dos pagamentos de propina. São anotações detalhadas de datas, locais, quantias e até números de contas bancárias no exterior, onde os destina-tários preferiam receber a grana roubada da estatal.

Voo próprioPaulo Roberto Campos foi

diretor de Abastecimento da Petrobras entre 2004 (governo Lula) e 2012 (go-verno Dilma), e agia com “autonomia”.

O ‘gerentão’Chamado de “Paulinho” por

Lula, Paulo Roberto Costa conta que ele e seus compar-sas se referiam ao ex-presi-dente como “Gerentão”.

De novo, nãoO ex-diretor temia virar um

Marcos Valério, que estava longe de chefi ar o mensalão, era só um “offi ce boy de luxo”, mas pegou a maior pena.

Quem chefi avaPaulo Roberto Costa jura

que não liderava o esquema, como se reportasse a um che-fe. Mas investigadores ainda não acreditam isso.

Campanhas majoritárias custam R$ 4,4 bilhões

Os candidatos a presiden-te, governador e senador vão gastar mais de R$ 4,4 bilhões nos três meses de campanha eleitoral, de acordo com as próprias previsões informa-das ao Tribunal Superior Elei-toral. Esse valor, que é ofi cial e por isso deve ser superado,

é maior que o orçamento anu-al de 16 dos 39 ministérios criados pelo governo Dilma, incluindo Relações Exteriores e até a própria Presidência da República.

CabideiroNenhuma secretaria da

Presidência, nem de áreas estratégicas como Portos e Aviação, custa tanto quanto a campanha majoritária.

ComparativoSupremo Tribunal Federal,

Conselho Nacional de Justiça, AGU e TCU, somados, custam pouco mais da metade (R$ 2,7 bilhões) por ano.

Stella fechouPonto de encontro de polí-

ticos e jornalistas há 23 anos em Brasília, o restaurante Stella Grill fecha as portas a partir desta segunda-feira.

Atentado contra EduardoO delegado federal e de-

putado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) levará ao Minis-tério Público Federal indícios e testemunhos que justifi ca-riam uma investigação apro-fundada da queda do avião de Eduardo Campos. Está con-vencido de que não foi um acidente: houve atentado.

Olho da prefeituraO PMDB está espantado

com Paulo Skaf. Candidato ao governo paulista, pegou gosto pela disputa e já de-cidiu: se perder para Geral-do Alckmin (PSDB), pretende disputar a prefeitura paulis-tana, em 2016.

Nomes certosNo meio jurídico em Brasí-

lia é dado como certo que, em caso de vitória de Marina, a ministra aposentada do STJ Eliana Calmon será minis-tra da Justiça e o paraibano Herman Benjamin, ministro

do STJ, ligado às causas am-bientais, será indicado para o Supremo Tribunal Federal.

Valha-nos, DeusA presidenciável Marina

Silva enfrenta resistência de funcionários do Ministé-rio do Meio Ambiente. Eles lembram que, em sua ges-tão como ministra, reuniões eram interrompidas por cul-tos evangélicos.

A máquina se mexeO clima de campanha

domina empresas públi-cas como Banco do Brasil e Petrobras. Funcionários são instados a compartilhar ataques a Aécio (PSDB) e Marina (PSB) no Facebook e grupos do WhatsApp.

Silvio Santos de saiasSacada do jornalista Vi-

cente Limongi Netto: “Neca Setúbal, do Itaú, também adotou o bordão de Silvio Santos: ‘Quem quer dinhei-rooo?’. A fi la é grande. Claro, tudo no maior desprendi-mento e desinteresse....”

Suma daquiEx-presidente da Petro-

bras, Sérgio Gabrielli tem cumprido à risca as ordens de Lula, por quem foi orienta-do a sumir do mapa durante as eleições na Bahia. Pegam mal os escândalos que ele protagonizou.

Comunismo neoliberal Tem tudo para virar meme

na internet vídeo do candida-to comunista ao governo do Maranhão, Flávio Dino, favo-rito nas pesquisas, declaran-do que é preciso “instalar o capitalismo no Maranhão”.

Pensando bem……o ex-presidente Lula es-

tagnou em 12,8 mil seguido-res no Twiter. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Representatividade

www.claudiohumberto.com.br

Não aumentou a corrupção. Aumentou a investigação”

DILMA ROUSSEFF (PT) sobre a acusação de que aumentou a corrupção em seu governo

Sambista, jornalista e gente boa, Sérgio Cabral, pai do ex-governa-dor do Rio, era vereador quando foi abordado em um restaurante por um sujeito mal-educado: “E aí, ainda tem muito ladrão lá na Câmara?” Cabral lembrou com elegância que havia também vereadores dignos e dedicados e pôs fi m ao papo de um jeito que o homem fi cou sem saber se era elogio ou insulto:

- Fique tranquilo: o senhor está muito bem representado...

Fábio Monteiro é o mais votadoO corpo do Ministério

Público Estadual (MPE-AM) elegeu os três nomes que se-rão submetidos ao governo para a escolha do próximo procurador-geral que co-mandará o órgão ministerial no biênio 2014/2016. Chefe do setor de Combate ao Cri-me Organizado (Cao-Crimo) e coordenador de investiga-ções que desarmaram o es-quema de Pedofi lia coman-dado pelo ex-prefeito Adail

Pinheiro, o promotor Fábio Braga Monteiro foi o mais votado, com 74 votos.

A eleição para escolha da lista tríplice ocorreu na última sexta-feira, 12, com 151 aptos para votar presentes e somen-te 14 abstenções. Pelo menos nove nomes concorriam ao posto, desses noves, os três mais votados terão o nome encaminhado para escolha do governador José Melo (Pros). O governo tem a partir da

escolha 15 dias para defi nir o substituto do procurador-geral Francisco Cruz.

Fábio Monteiro ficou co-nhecido na política ama-zonense após assumir a coordenação de diversas in-vestigações que resultaram em grandes desmanchos de esquemas de corrupção no setor público. Em um dos mais conhecidos casos, Monteiro foi articulador das investigações que re-

sultaram na prisão de Adail Pinheiro. Mais recentemen-te, o setor comandado por Monteiro desmontou um esquema de corrupção no Corpo de Bombeiros. O se-gundo mais votado pelo ór-gão foi o promotor Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, com 56 votos. Em terceiro lugar na escolha do colégio está o promotor de Justiça Paulo Stélio Guima-rães, com 49 votos.

ELEIÇÃO MPE

Monteiro foi coordenador da investigação sobre pedofi lia

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO ASSESSORIA

Candidato ao governo do Estado, Eduardo Braga conversou com professores na manhã de ontem

Acompanhado da candidata a vice, Rebecca Garcia, senador disse que é preciso muito mais empenho para Educação

Eduardo se reúne com acategoria de professores

O senador Eduardo Bra-ga, candidato ao go-verno do Amazonas pela coligação Reno-

vação e Experiência, costuma dizer que as grandes transfor-mações acontecem por meio da Educação. A atenção especial que dedica ao tema pôde ser comprovada na manhã deste domingo (14), quando realizou um encontro com profi ssionais da área, em sua maioria pro-fessores, no auditório do Dulcila Festas e Convenções.

A plateia lotada aplaudiu a chegada de Eduardo Braga, que estava acompanhado por sua candidata a vice, Rebecca Garcia, e pelo candidato ao Se-nado Francisco Praciano. No início da reunião, um vídeo retirado do programa eleitoral de Eduardo Braga na televisão mostrou os avanços alcança-dos na Educação durante o governo de Eduardo Braga.

Programas criados na ges-tão Eduardo Braga que ajuda-ram a alavancar a qualidade da Educação no Estado tam-bém foram lembrados. Centro de Educação de Tempo Inte-gral (Ceti), o Centro de Educa-ção Tecnológica do Amazonas (Cetam), o Ensino Mediado (utilizando a mediação tecno-

lógica para educar no interior), projeto Reescrevendo o Futu-ro e o projeto Jovem Cidadão foram citados.

Eduardo Braga iniciou sua fala criticando a propaganda ofi cial do governo do Estado. “Se você liga a televisão, você pensa que tudo vai muito bem. Mas a realidade é outra. Falta

professor, falta material, falta merenda. Falta praticamente tudo que já não faltava mais na nossa gestão”, disse.

Segundo Braga, o atual go-verno cometeu vários erros na área da Educação, mas três foram os mais graves. “O primeiro foi confundir os Cen-tros de Educação de Tempo

Integral com uma escola co-mum. Pintaram escolas, mu-daram o nome e fi zeram um faz de conta. Um depósito de crianças. Uma maldade, uma perversidade”, afi rmou.

O senador Francisco Pracia-no lembrou aos presentes que já foi professor de matemáti-ca e informática e que como parlamentar defendeu as cau-sas dos estudantes e criou leis que favorecem a Educação. “Eduardo Braga vai priorizar a Educação. Temos que lutar para que o ProUni continue, para que o Fies continue. E que pré-sal comece a jorrar para que uma parte dos recursos vá para a Educação”.

Rebecca Garcia afirmou que encara o tema com entusiasmo. “Acredito que não existe outro caminho para o desenvolvimento de uma sociedade que não seja a educação”, afirmou, aproveitando para criticar a prática política dos adver-sários. “Disseram-me que tem olheiros aqui. Eu queria é que eles mandassem 200 olheiros porque eles sairiam daqui convencidos de que nós temos que mudar. E só a educação vai mudar a nossa realidade”.

Confundiram os Ce-tis com uma escola comum. Pintaram os muros, mudaram os nomes e fi zeram um faz de conta. Uma

maldade

Carlos Germano, deputado estadual

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3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Agenda dos candidatos

Candiddato fará visita a uma empresa do Polo In-dustrial de Manaus pela manhã. À tarde, se reúne com comerciantes de bairros na Zona Centro-Oeste e à noite tem reunião com a comunidade evangélíca.

EDUARDO BRAGA

Candidato às 5h30 faz panfl etagem no Distrito Indus-trial e em seguida faz panfl etagem na porta da Ufam. Às 11h concede entrevista a um programa de TV local. À tarde tem reunião com apoiadores da Zona Sul e em seguida faz caminhada na Zona Norte. À noite apresenta seu programa de governo para acadêmicos da Ulbra.

MARCELO RAMOS

candidato pela manhã realiza panfl etagem nas agên-cias dos Correios e no Distrito Industrial. À noite faz reunião no comitê.

HERBERT AMAZONAS

Candidato não divulgou agenda.

ABEL ALVES

Candidato pela manhã tem agenda administrativa como governador. Às 15h participa de uma gravação a um programa de TV local. No fi m da tarde faz cami-nhada em bairro da Zona Oeste e à noite tem reunião com moradores da Zona Norte.

JOSÉ MELO

Candidato não divulgou agenda

CHICO PRETO

Candidato não divulgou agenda.

NAVARRO

Caravana 90 esteve visitando os municípios do baixo Amazonas, Purus e Médio Solimões durante o último fi m de semana

Desenvolvimento eco-nômico, melhorias na infraestrutura urbana, educação e saúde fo-

ram os principais destaques feitos pelo governador e can-didato à reeleição José Melo (Pros) durante jornada política no interior para apresentação de sua plataforma de governo para os próximos quatro anos. Ao lado do ex-governador Omar Aziz (PSD), que disputa vaga no Senado, o governador mobilizou milhares de pessoas em atos públicos em nove municípios na região do Baixo Amazonas, Purus e Médio Solimões.

A ‘Caravana 90’ ganhou as ruas nos municípios de Tapauá, Canutama, Lábrea, Pauini, Boca do Acre, Barrei-rinha, Boa Vista do Ramos, Maués e na comunidade de Santo Antônio do Matupi, na

cidade de Manicoré. Entre os investimentos previstos por Melo, a educação é reforçada com a construção das escolas de tempo integral e reformas de escolas, melhorias no trans-porte escolar, e construção de núcleos da UEA e do Cetam. Na saúde, a meta é fi nanciar a atenção básica dos municí-pios e dar mais qualidade a saúde preventiva. O programa ‘Pronto Especialista’, que vai implantar 14 cidades-polo em atendimento, é outro ponto.

Segundo José Melo, além de reforçar a presença do governo do Estado, sua grande missão é viabilizar alternati-vas econômicas para redu-zir a dependência fi nanceira dos municípios. A base são os projetos de piscicultura e fruticultura. “Nosso projeto é direcionado às nossas po-

tencialidades nos peixes, nos cosméticos e nos fármacos e no cultivo de frutas de grande aceitação no mercado consu-midor”, afi rma.

Para resolução de proble-mas nos municípios, Melo afi r-ma que vai estreitar os laços com as prefeituras propondo parcerias nas áreas de edu-cação, saúde, infraestrutura e saneamento básico. Can-didato ao Senado Federal, Omar Aziz também destacou suas propostas para o man-dato legislativo. Governador mais bem avaliado do Brasil, Omar afi rmou que vai atuar com independência na luta por recursos para projetos para o Amazonas. “Melo governador não terá um senador omis-so e subserviente porque eu vou levar essa experiência e sensibilidade que obtive como

governador para guiar meu compromisso com o povo amazonense”, diz.

Campanha reforçada O fi nal de semana foi de in-

tensa movimentação política para o governador José Melo. O candidato à reeleição pela coligação ‘Fazendo mais por nossa gente’ e o ex-gover-nador Omar Aziz (PSD), que concorre ao Senado Federal, cumpriram agenda política em nove cidades entre a sexta-feira e o domingo.

A campanha em Manaus também ganhou destaque com uma mega carreata li-derada pelo candidato a vice-governador Henrique Oliveira (SD), com a participação da presidente municipal do PSD, Nejmi Aziz, por dez bairros da Zona Leste, no sábado.

Marcelo Ramos fala sobre crise na internet

O problema com a in-ternet no Estado deve, de acordo com o can-didato ao Governo do Estado, Marcelo Ramos, unir esforços sinérgicos do governo estadual, go-verno federal e iniciativa privada para ser solucio-nada. Segundo Ramos, a suspensão dos serviços de internet, não tem ape-nas consequências do-mésticas, mas também implicações graves na economia. “Onde já está implantada, por exemplo, a nota fi scal eletrônica, somente existem dois ca-minhos, que é não vender o produto/serviço ou so-negar imposto”, avaliou.

O Amazonas, de acor-do com as informações do candidato, possui três entradas de internet: uma com cabo de fi bra ótica da NET, na BR 319; outra da OI que passa pela BR 317 e a de maior capacidade, que está no “Linhão de Tucuruí”, que foi licitada para TIM. Ainda segundo ele, O cabo, que está no linhão, foi licitado pela TIM, mas a maior parte pertence a Telebrás. “O governo federal precisa

entender que o Amazonas vive uma crise no setor de internet e tem que se colo-cá-lo a disposição, se não sempre, mas quando um cabo romper”, sugeriu.

Ramos enfatizou que as empresas precisam ser forçadas pela Agência Na-cional de Telecomunica-

ção (ANATEL) a compar-tilharem suas estruturas e, lembrou que isso é uma determinação que está na Lei Geral de Teleco-municação, mas ANATEL não determina seu cum-primento. “O Cabo de uma operadora tem que ser redundância da outra, se um romper o outro precisa ser atendido pelo que está na linha”, explicou.

PROPOSTA

Candidato declara que problema precisa ser resolvido

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Durante jornada política no interior neste fi m de semana, candidato ao governoapresentou propostas para reduzir as dependências fi nanceiras dos municípios

José Melo destaca projeto para segmento econômico

DADOS Segundo Ramos, o Amazonas possui três entradas de internet; uma com cabo de fi bra ótica da NET, outra da OI e a de maior capa-cidade que está no linhão de Tucuruí

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4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Ronaldo já havia declarado apoio ao tucano, mas ontem particiou da campanha de Aécio

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EXPEDIENTEEDIÇÃO Isabella Siqueira de Castro e Costa

REPORTAGEMJoelma MunizRaphael Lobato e Assessorias

REVISÃODernando Monteiro

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira, Kleuton Silva, Marcelo Melo

TRATAMENTO DE FOTOSKlinger Santiago

Aécio recebe apoio do ‘Fenômeno’Estacionado em terceiro

lugar nas pesquisas eleito-rais, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, recebeu neste domingo, 14, no Rio o apoio explícito do ex-jogador Ro-naldo Fenômeno. Amigo do presidenciável, ele já havia declarado seu voto em Aé-cio, mas pela primeira vez acompanhou o candidato em uma agenda de campa-nha. Em evento na Central Única das Favelas (Cufa), na zona norte carioca, ele defendeu um olhar que vá além da segurança pública para as comunidades, com políticas de qualificação e

geração de renda.Aécio e Ronaldo chegaram

juntos à Cufa, em Madureira, na zona norte carioca, onde participaram do lançamento do livro “Um país chamado favela”, de Celso Athayde, fundador da Cufa, e Renato Meirelles, presidente do Ins-tituto Data Popular. Juntos, ensaiaram um tímido jogo de capoeira e se arriscaram na “dança do passinho”.

“O povo está cansado de tanta corrupção e a gente tem que mudar isso. Vamos começar agora a partida para virar esse jogo e fazer o Brasil crescer no caminho certo”, disse Ronaldo a uma plateia

de jovens. O cabo eleitoral famoso foi mais aplaudido que o presidenciável, que recebeu palmas e algumas poucas vaias.

Na saída, Aécio voltou a criticar as campanhas de suas principais adversárias na corrida eleitoral. O tucano disse que a proposta do PT fracassou pelo “absoluto des-compromisso com a ética que envergonha a todos os brasi-leiros” e pela má condução da economia. “O Brasil parou de crescer. E parando de crescer para de gerar empregos. Por isso a candidata do PT terá muita difi culdade em vencer as eleições”, disse.

CABO ELEITORAL

‘Sou fi lha de pobre, preta e evangélica’, diz MarinaDurante campanha em João Pessoa, candidata diz que seus adversários promovem uma “campanha de ódio” contra ela

A candidata à Presidên-cia do PSB, Marina Silva, afi rmou no úl-timo sábado, 13, em

um comício em João Pessoa, capital da Paraíba, que virou alvo de críticas por ser “fi lha de pobre, preta e evangélica”. Marina acusou seus adver-sários de promoverem uma “campanha de ódio” contra ela e sua candidatura.

“Onde já se viu querer que a gente diga a verdade sobre a sua trajetória e a sua bio-grafi a? Filha de pobre, preta e evangélica é para ser desres-peitada, caluniada, tratada com preconceito”, ironizou. Disse também que o Brasil sempre foi um país tolerante com as diferenças, onde as pessoas convivem “de forma respeitosa, amorosa, acolhe-dora entre quem crê e quem não crê, entre quem é católico e quem é evangélico”. Agora, no entanto, prosseguiu, os ad-versários “começaram uma campanha de ódio”.

Sem especifi car se falava da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, ou do rival tucano Aécio Ne-ves, a ex-ministra do Meio Ambiente afi rmou que “eles”

se recusam a dizer a verda-de sobre a sua trajetória de vida. “Quando eu peço para eles pararem com a mentira e com a calúnia, eu estou me fazendo de vítima. Olha como a política fi cou perver-sa. Você é apunhalada, calu-niada e tem de fi car calada e sorrir agradecida, porque

senão eles reclamam.”

Fortes ataquesDesde que subiu nas pes-

quisas, Marina tem sido alvo de fortes ataques, principal-mente partidos do PT, partido do qual fez parte por mais de duas décadas. A estratégia de campanha da presidente Dil-ma é desconstruir a imagem

da ex-ministra, para que a petista inverta as tendências e tenha maior chance de vi-tória no segundo turno.

Esses ataques, que se es-tenderam por toda a sema-na, partiram até mesmo da presidente Dilma - que disse neste sábado, 13, que quem deseja ser presidente “tem de aguentar a barra” - e seu an-tecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o qual Marina “não precisa contar inverda-des” a respeito dele.

Apesar de a campanha da presidente centrar sua ar-tilharia em questões mais ligadas à área econômica, ela também mencionou que Marina havia mudado o seu programa de governo na parte que diz respeito aos direitos da comunidade gay depois de ser pressionada pelo pastor Silas Malafaia pelo Twitter.

Neste sábado, num outro evento de campanha na ci-dade paraibana de Campina Grande, Marina afi rmou que jamais imaginou que a pri-meira mulher eleita presiden-te do país iria tentar “destruir” outra mulher que tentasse chegar à Presidência.

RIVALIDADEDesde que subiu nas pesquisas, Marina alega que tem sido atacada pelos seus ad-versários que tentam desqualifi cá-la. Estra-tégia dos opositores é desqualifi car a candi-data socialista

Candidata à Presidência pelo PSB, Marina qualifi ca esse tipo de acusação como preconceito

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