Eleições 2014 - 4 de setembro de 2014

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Especial MANAUS, QUINTA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019 Eleições 2014 Eleições 2014 Especial Coligações apostam em nomes ‘puxadores de voto’ Mesmo sem admitir, legendas trabalham para que seus “favoritos” sejam eleitos e, com isso, puxem outros nomes da sigla A presença dos “puxa- dores de votos” em coligações eleitorais é determinante para garantir a representatividade dos partidos nas casas legis- lativas. No Amazonas, nomes como o do ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB), do vereador Rei- zo Castelo Branco (PTB) e do deputado estadual Arthur Bis- neto (PSDB) são cotados para, além de garantirem a própria eleição, sustentar também a de outros candidatos com me- nos representatividade. Isso é possível porque, di- ferentemente da eleição ma- joritária – em que o candida- to a presidente, governador ou senador vence com 50% mais um dos votos válidos – a eleição proporcional requer procedimento distinto de con- tagem de votos. A quantidade de votos que uma legenda ou um candidato específico pode atrair para a coligação é um dos fatores decisivos para fe- char as alianças, repercutindo assim nos cálculos que re- sultam nos desdobramentos das coligações. Na coligação do sena- dor Eduardo Braga (PMDB), as apostas para encabeçar os mais votados na disputa pelo parlamento estadual fi- cam entre vereadores: Reizo Castelo Branco (PTB), líder de votos nas eleições muni- cipais de 2012, Marcel Ale- xandre (PMDB), e o radialista Álvaro Campelo (PP), segundo mais votado naquele pleito. Há também seis deputados estaduais aliados que dispu- tam a reeleição, entre eles, Berlarmino Lins (PMDB), mais votado em 2010. Já para “engordar” a fatia da coligação no quociente exigido na disputa pelo parlamento fe- deral, o bloco aposta no ex-se- cretário Eron Bezerra (PCdoB), que atingiu 80 mil votos na última disputa pela Câmara Federal, no apresentador de TV e deputado estadual Mar- cos Rotta (PMDB), segundo mais votado em 2010, além do ex-senador João Pedro (PT), alvo da grande fatia da cam- panha petista. Há também o candidato à reeleição Sabino Castelo Branco (PTB). O bloco encabeçado pelo governador José Melo (Pros) deverá tentar reeleger pelo menos 10 deputados estadu- ais que integram a coligação. As apostas do bloco para as “surpresas” do pleito se con- centram em três tucanos: o vereador Plínio Valério, que alcançou 80 mil votos na dispu- ta pela Câmara, o ex-prefeito de Parintins, Bi Garcia, e o presidente da CMM, vereador Bosco Saraiva. A campanha também espera que Henrique Oliveira Filho (SDD) alcance expressiva votação. Na disputa pelo parlamento federal, o bloco aposta no baú de votos a ser produzido por Átila Lins (PSD), Silas Câmara (PSD), Carlos Souza (PSD) e Pauderney Avelino (DEM), que, juntos, somaram 472 mil vo- tos nas eleições de 2010. Do PSDB, a campanha capitanea- da pelo prefeito Arthur Virgílio Neto mira grande parte dos esforços na candidatura do deputado Arthur Bisneto ao parlamento federal. Há apos- ta ainda no senador Alfredo Nascimento (PR). O secretário-geral do Pros, Radyr Jr, no entanto, não quer nem ouvir falar nos “favoritos”. Segundo ele, não é saudável “garantir” a vitória de candi- datos aliados, dentre tantos outros que também disputam. “O nosso bloco tem muitos candidatos bem avaliados, não podemos prever tudo. No próprio Pros, há muitos destaques. As coligações são diversas e todas elas têm boas escolhas”, afirmou. Serafim é prioridade Ex- prefeito, Serafim Corrêa (PSB) é alvo das apostas do partido para fortalecer a representa- ção no parlamento estadual. O presidente de honra da sigla, que alcançou 110 mil votos nas eleições para a prefeitura em 2012, agora se lança candidato a deputado estadual e poderá “puxar” outros candidatos. PORCENTAGEM 15% É o percentual de aumento do quociente esperado para o pleito deste ano Relembre os mais votados: Eleições 2012 CMM Reizo Castelo Branco (PTB) -18 mil Álvaro Campelo (PP) – 15 mil Plínio Valério (PSDB) – 12 mil Eleições 2010 Aleam Belarmino Lins (PMDB) – 52 mil Marcos Rotta (PMDB) – 47 mil José Ricardo (PT) – 39 mil Câmara Praciano (PT) – 166 mil Rebecca Garcia (PP) – 146 mil Átila Lins (PSD) – 131 mil 62,9 mil votos Foi o quociente eleitoral para deputados estadu- ais em 2010 191,2 mil Foi o quociente para deputado federal O quociente eleitoral é um cálculo pelo qual se obtém o número mínimo de votos que cada partido ou coligação precisa para ocupar uma das cadeiras legislativas. É o número de votos válidos dividido pelo número das vagas. Assim, se um partido ou coligação não alcançar o quociente eleitoral, um candidato do partido, por mais votos que tenha, não será eleito. Um candidato com pou- cos votos poderá ser elei- to, se ele pertencer a um partido ou coligação que alcançou o quociente e teve votos de sobra. “É uma base de cálculo estratégica para as coligações. Se a coligação quer fazer can- didatos, tem que desdobrar os blocos, para não colocar os puxadores de voto no mesmo grupo, senão al- guns deles ficam de fora”, afirmou o analista político Afrânio Soares. Quociente eleitoral: entenda APOSTA No PSB, a grande aposta é o ex-prefeito Serafim Corrêa, que deverá puxar o então vereador Elias Ema- nuel para a Aleam. Na esfera federal, o hu- monista Carlos Portta está cotado Álvaro Campelo foi o segundo mais bem votado para a CMM Marcel Alexandre é uma das apostas da coligação de Braga Alfredo Nascimento está entre os nomes “puxadores de votos” CMM ALEXANDRE/ALEAM ALEAM RAPHAEL LOBATO Equipe EM TEMPO ELEIÇÕES 2014 - 01.indd 1 3/9/2014 22:27:54

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Eleições 2014 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, QUINTA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

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MANAUS, QUINTA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

Coligações apostam em nomes ‘puxadores de voto’Mesmo sem admitir, legendas trabalham para que seus “favoritos” sejam eleitos e, com isso, puxem outros nomes da sigla

A presença dos “puxa-dores de votos” em coligações eleitorais é determinante para

garantir a representatividade dos partidos nas casas legis-lativas. No Amazonas, nomes como o do ex-prefeito Serafi m Corrêa (PSB), do vereador Rei-zo Castelo Branco (PTB) e do deputado estadual Arthur Bis-neto (PSDB) são cotados para, além de garantirem a própria eleição, sustentar também a de outros candidatos com me-nos representatividade.

Isso é possível porque, di-ferentemente da eleição ma-joritária – em que o candida-to a presidente, governador ou senador vence com 50% mais um dos votos válidos – a eleição proporcional requer procedimento distinto de con-tagem de votos. A quantidade de votos que uma legenda ou um candidato específi co pode atrair para a coligação é um dos fatores decisivos para fe-char as alianças, repercutindo assim nos cálculos que re-sultam nos desdobramentos das coligações.

Na coligação do sena-dor Eduardo Braga (PMDB), as apostas para encabeçar os mais votados na disputa pelo parlamento estadual fi -cam entre vereadores: Reizo Castelo Branco (PTB), líder de votos nas eleições muni-cipais de 2012, Marcel Ale-xandre (PMDB), e o radialista Álvaro Campelo (PP), segundo mais votado naquele pleito. Há também seis deputados estaduais aliados que dispu-tam a reeleição, entre eles, Berlarmino Lins (PMDB), mais votado em 2010.

Já para “engordar” a fatia da coligação no quociente exigido na disputa pelo parlamento fe-deral, o bloco aposta no ex-se-cretário Eron Bezerra (PCdoB), que atingiu 80 mil votos na última disputa pela Câmara Federal, no apresentador de TV e deputado estadual Mar-cos Rotta (PMDB), segundo mais votado em 2010, além do ex-senador João Pedro (PT), alvo da grande fatia da cam-panha petista. Há também o candidato à reeleição Sabino Castelo Branco (PTB).

O bloco encabeçado pelo governador José Melo (Pros) deverá tentar reeleger pelo

menos 10 deputados estadu-ais que integram a coligação. As apostas do bloco para as “surpresas” do pleito se con-centram em três tucanos: o vereador Plínio Valério, que alcançou 80 mil votos na dispu-ta pela Câmara, o ex-prefeito de Parintins, Bi Garcia, e o presidente da CMM, vereador Bosco Saraiva. A campanha também espera que Henrique Oliveira Filho (SDD) alcance expressiva votação.

Na disputa pelo parlamento federal, o bloco aposta no baú de votos a ser produzido por Átila Lins (PSD), Silas Câmara (PSD), Carlos Souza (PSD) e Pauderney Avelino (DEM), que, juntos, somaram 472 mil vo-tos nas eleições de 2010. Do PSDB, a campanha capitanea-da pelo prefeito Arthur Virgílio Neto mira grande parte dos esforços na candidatura do deputado Arthur Bisneto ao parlamento federal. Há apos-

ta ainda no senador Alfredo Nascimento (PR).

O secretário-geral do Pros, Radyr Jr, no entanto, não quer nem ouvir falar nos “favoritos”. Segundo ele, não é saudável “garantir” a vitória de candi-datos aliados, dentre tantos outros que também disputam. “O nosso bloco tem muitos candidatos bem avaliados, não podemos prever tudo. No próprio Pros, há muitos destaques. As coligações são diversas e todas elas têm boas escolhas”, afi rmou.

Serafi m é prioridade Ex-prefeito, Serafi m Corrêa (PSB) é alvo das apostas do partido para fortalecer a representa-ção no parlamento estadual. O presidente de honra da sigla, que alcançou 110 mil votos nas eleições para a prefeitura em 2012, agora se lança candidato a deputado estadual e poderá “puxar” outros candidatos.

PORCENTAGEM

15%É o percentual de aumento do quociente esperado para o pleito deste ano

Relembre os mais votados:Eleições 2012

CMMReizo Castelo Branco (PTB) -18 mil

Álvaro Campelo (PP) – 15 milPlínio Valério (PSDB) – 12 mil

Eleições 2010Aleam

Belarmino Lins (PMDB) – 52 milMarcos Rotta (PMDB) – 47 mil

José Ricardo (PT) – 39 mil

Câmara Praciano (PT) – 166 mil

Rebecca Garcia (PP) – 146 milÁtila Lins (PSD) – 131 mil

62,9 mil votosFoi o quociente eleitoral para deputados estadu-

ais em 2010

191,2 milFoi o quociente para deputado federal

O quociente eleitoral é um cálculo pelo qual se obtém o número mínimo de votos que cada partido ou coligação precisa para ocupar uma das cadeiras legislativas. É o número de votos válidos dividido pelo número das vagas. Assim, se um partido ou coligação não alcançar o quociente eleitoral, um candidato do partido, por mais votos que tenha, não será eleito.

Um candidato com pou-cos votos poderá ser elei-to, se ele pertencer a um partido ou coligação que alcançou o quociente e teve votos de sobra. “É uma base de cálculo estratégica para as coligações. Se a

coligação quer fazer can-didatos, tem que desdobrar os blocos, para não colocar os puxadores de voto no mesmo grupo, senão al-guns deles fi cam de fora”, afi rmou o analista político Afrânio Soares.

Quociente eleitoral: entenda

APOSTA No PSB, a grande aposta é o ex-prefeito Serafi m Corrêa, que deverá puxar o então vereador Elias Ema-nuel para a Aleam. Na esfera federal, o hu-monista Carlos Portta está cotado

Álvaro Campelo foi o segundo mais bem votado para a CMM

Marcel Alexandre é uma das apostas da coligação de Braga

Alfredo Nascimento está entre os nomes “puxadores de votos”

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José Melo e Omar fazem caminhada no São José “Caravana 90” fez mais uma caminhada pelas ruas de Manaus. Desta vez, o bairro São José foi um dos agraciados

Um dos bairros mais tradicionais da Zona Leste de Manaus, o São José II recebeu

com festa a caminhada do governador e candidato à ree-leição José Melo (Pros) e do ex-governador Omar Aziz (PSD), candidato ao Senado, na tarde desta quarta-feira, dia 3 de setembro. No encontro com os moradores, Melo recebeu pe-didos e ouviu agradecimentos por investimentos na região em áreas como segurança, educação e saúde.

A “Caravana 90” começou a passeata pela rua 9 e chamou a atenção dos moradores du-rante todo o percurso. Mobili-zação seguiu com a presença de postulantes aos cargos de deputado estadual e federal. De casa em casa, Melo e Omar foram conversar com os moradores para ouvir suas reivindicações. A cabeleireira Suelen Nascimento, 38, apro-vou a atitude. “Conhecemos o Melo e sabemos da sua experiência. Ele sabe ouvir as pessoas, conversar e eu fi co feliz em ter a oportunidade de falar com um governador que é igual a gente”, disse.

Na caminhada, a implan-tação do programa Ronda no Bairro foi lembrada pelos moradores. A educação tam-bém mereceu destaque. “O trabalho que fi z na segurança com o Ronda no Bairro e na educação com a construção de mais 24 escolas de tem-po integral em todo estado precisa avançar e o Melo me ajudou e continuará traba-lhando ao lado de Henrique Oliveira”, disse.

A mobilização, que teve iní-

cio por volta das 17 ho-ras, termi-nou à noite. Enquanto se des locava pelo bairro conduzindo seu carro, Melo foi reconhecido por mo-radores e parou duas vezes para atender aos pedidos de foto. “Esse carinho cresce a cada dia e enche o meu co-ração de força para continuar fi rme nesse caminho. Temos um projeto que o Amazonas já conhece, voltado à valori-zação da educação, da saúde e do nosso povo. Daremos continuidade a um governo que foi o mais bem avaliado do Brasil e queremos avançar nas melhorias para benefi ciar as pessoas que mais preci-sam”, disse Melo.

A Zona Leste de Manaus recebeu atenção especial durante a gestão de Omar e Melo. Além das melhorias na educação, a infraestrutura e segurança tiveram impor-tantes investimentos. Com o Ronda no Bairro, o número de DIPs na Zona Leste subiu de três para oito, o efetivo policial e de viaturas foi du-plicado, reduzindo os índices de criminalidade. O governo de José Melo ampliou e re-formou a estrutura do Centro Integrado de Segurança - o CIS da Zona Leste, na avenida Grande Circular.

A região também foi uma das benefi ciadas com o Pro-ama. Na área de infraestru-tura, Melo repassou recursos para a prefeitura de Manaus asfaltar centenas de ruas. Omar Aziz e José Melo conversaram com moradores e comerciantes das ruas do bairro e ouviram as demandas da comunidade

Após a caminhada no Morro da Liberdade, comitiva de Eduardo Braga foi levar sua mensagem ao bairro Educandos

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Eduardo Braga faz comício no Morro da Liberdade

Caminhando pelo bairro do Morro da Liberdade para le-var as propostas da coliga-ção Renovação e Experiência e pedir o apoio da popula-ção para a sua candidatura ao governo do Amazonas, o senador Eduardo Braga ouviu muitos testemunhos de gratidão às benesses que seu governo trouxe aos mo-radores do bairro. A gratidão dos moradores do Morro fi -cou evidente na caminhada que Braga realizou ao lado de sua candidata a vice, Re-becca Garcia.

Ao ouvir de um eleitor en-tusiasmado a frase “Você é o nosso próximo governador”, o senador respondeu: “Deus lhe ouça. Vamos à luta. Peça para os seus amigos votarem na gente também”.

Eduardo Braga e sua co-mitiva, formada também por vários candidatos a de-putado estadual e federal, além de militantes, foram recebidos com muita festa e batucada em sua chegada ao Morro da Liberdade. “Aqui é Morro, aqui é samba”, justifi -cou um dos moradores.

Em muitas casas, os mo-radores fi zeram questão de que Eduardo Braga entras-se, como um amigo de lon-gas datas que chegassem para uma visita. Linete de

Lima Ramos foi uma dessas moradoras. “Minha família Lima toda vota no Eduardo Braga. A gente tem verda-deira paixão por ele. Ele tirou o pessoal do igarapé, reformou a maternidade onde eu trabalho, reformou vários hospitais”, disse.

Maria do Socorro Pereira do Nascimento emocionou-se ao abraçar Eduardo Bra-ga. “Eu quero lhe agradecer por tudo o que senhor fez na minha vida. O senhor me deu tudo o que eu tenho. Eu vivia mendigando e hoje eu tenho uma casa”, relatou.

O reconhecimento de seu trabalho deu o tom da visita que Braga fez ao Morro. “Eu voto no Eduardo porque eu já conheço o trabalho dele. Ele faz muito pelo povo. Olha com atenção para os mais humildes. Nessas eleições, vai dar Eduardo na cabeça”, disse Raimunda Vaz.

Após a caminhada no Morro da Liberdade, Edu-ardo Braga foi levar sua mensagem à população de um dos bairros vizinhos: o Educandos. Lá, subiu em um palanque e falou à popula-ção sobre a necessidade de levar o Prosamim à Bacia do Educandos. Braga foi aplaudido com entusiasmo pelo público presente.

CAMPANHA

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Só não vale chutar na canela! Mas discutir propostas, programas de governo, dar respostas às demandas apresentadas pela

sociedade, discutir os problemas do nosso Estado e apontar as possíveis soluções, isso pode!

Por entender que o momento eleitoral é crucial para o futuro do Amazonas, a TV EM TEMPO/SBT, do Grupo Raman Neves de Comunicação, que será realizado dia 9 de setembro às 21h30, vai colocar José Melo (Pros), Eduardo Braga (PMDB), Marcelo Ramos (PSB), Chico Preto (PMN) e Abel Alves (Psol) frente à frente. Será uma oportunidade

única para que a sociedade conheça o potencial dos homens que querem governar o Amazonas. Eleição é coisa séria, debate também. Ao co-nhecer as propostas e perfi s dos candidatos em 2h30 de debate, o eleitor vai identifi car o seu potencial como gestor e suas qualidades, como a inteligência e a experiência.

Agende esse programa. Depois do Debate TV EMTEMPO/SBT, que terá como mediador o jorna-lista Marcelo Torres – âncora do Jornal do SBT –, você terá maior convicção para digitar o número de seu candidato e a tecla CONFIRMA!

Novas pesquisas mostramo crescimento de MarinaNa pesquisa do Instituto Datafolha e Ibope divulgadas ontem, Marina Silva também apresentou vantagem no segundo turno

As duas maiores empre-sas de pesquisas do país divulgaram ontem uma nova simulação de in-

tenção de votos. Diferença entre Marina e Dilma diminui.

Pesquisa Ibope aponta Dilma Rousseff (PT) com 37% das in-tenções de voto e Marina Silva (PSB) com 33% na corrida para a Presidência da República. O candidato Aécio Neves (PSDB) tem 15% e Pastor Everaldo (PSC), 1%. Os outros sete candidatos somados acumulam 2%.

Ontem também foi divulgada uma pesquisa do Instituto Data-folha, que aponta os seguintes percentuais de intenção de voto na corrida para a Presidência da República: Dilma Rousseff (PT) e

Marina Silva com 34%.

O levanta-mento indica que, em um eventual se-gundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva, a ex-senadora aparece com 46% e a atual presidente, que tenta a reeleição, com 39%. A pesquisa foi enco-mendada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. No levantamento anterior do institu-to, divulgado no dia 26 de agosto, Dilma tinha 34%, Marina, 29%, e Aécio, 19%. Entre uma pesquisa e outra, a taxa de indecisos passou de 8% para 5%, e a de quem

pretende votar em branco ou nulo se manteve em 7%.

Já na pesquisa Datafolha, o levantamento indica que, em um eventual segundo turno entre Dil-ma e Marina, a candidata do PSB venceria a do PT por 48% a 41% (na semana passada, venceria por 50% a 40%). Na simulação de segundo turno entre Dilma e Aécio, a petista venceria por 49% a 38% (na semana anterior, era 48% a 40%). Pela primeira vez, o instituto fez uma simu-lação entre Marina e Aécio. O resultado foi 56% a 28% para a candidata do PSB.

O Ibope ouviu 2.506 eleitores em 175 municípios entre 31 de agosto e 2 de setembro. A mar-gem de erro é de dois pontos

percentuais para mais ou para menos. O nível de confi ança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a reali-dade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00514/2014.

Na modalidade espontânea da pesquisa (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candi-datos), o resultado foi de 31% para Dilma, 25% para Marina e 11% para Aécio Neves.

Dentre os 11 candidatos a presidente, Dilma Rousseff tem

a maior taxa de rejeição (percen-tual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). Dilma Rousseff apare-ceu com 31%, seguida por Aécio Neves com 18%. Pastor Everaldo tem 18% e Levy Fidelix e Marina Silva aparecem com 12%.

Segundo o Ibope, as inten-ções de voto em Dilma e em Marina crescem na maior parte dos segmentos analisados. As menções a Marina crescem mais na região Sul (de 27% para 40%), onde apresenta seu melhor de-sempenho. Entre eleitores cuja renda familiar é maior que cinco salários mínimos, o crescimento das intenções de voto em Marina (de 28% para 37%) é acompa-nhado pela queda das menções

a Aécio (de 32% para 24%). A preferência por Dilma aumenta nos municípios de periferia (de 29% para 38%).

A pesquisa mostra que a ad-ministração da presidente Dilma tem a aprovação de 36% dos elei-tores – no levantamento anterior, divulgado no dia 26 de agosto, o índice era de 34%. O percentual de aprovação reúne os entrevis-tados que avaliaram o governo como “bom” ou “ótimo”.

A pesquisa mostra ainda que o índice dos que desaprovam a gestão, ou seja, consideram o governo “ruim” ou “péssimo”, é de 26% (27% no levanta-mento anterior). Consideram o governo “regular” 37% (na pesquisa anterior, 36%).

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Delação de ex-diretor tira o sono dos políticos

A expressão fechada dos principais líderes do Congres-so, ontem, não tinha relação com a campanha eleitoral, tampouco com a pauta de votações do “esforço con-centrado”. Eles estão na ex-pectativa dos depoimentos, já iniciados, do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa ao Ministério Público Federal (MPF), em Curitiba, delatando muitos fi gurões da política, na tentativa de obter redução de pena.

Os dois primeirosCirculou ontem que Pau-

lo Roberto faz depoimentos minuciosos, por enquan-to concentrados em dois importantes senadores, não revelados.

Proposta sob exameSomente depois de Paulo

Roberto Costa contar o que sabe é que o MPF avaliará a proposta de “delação premia-da” feita pelo ex-diretor.

Ninguém vai saberDelação premiada pressu-

põe sigilo absoluto, até mes-mo sobre o fechamento ou não do acordo com o MPF, autorizado pela Justiça.

Acerto de contasFigurões dizem temer al-

gum “acerto de contas” de Paulo Roberto Costa, com acusações sem provas, mas sufi cientes para destruí-los.

Marina Silva pode levar o lendário PRC ao poder

A eventual vitória de Marina Silva em outubro representa-ria a chegada ao poder do len-dário Partido Revolucionário Comunista (PRC), onde a hoje candidata do PSB militou ao lado do ambientalista Chico Mendes. O PRC viu eleitas prefeitas em Fortaleza, Maria Luiza Fontenelle e Luizianne Lins, fi liadas ofi cialmente ao

PT, e o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), além do governador gaúcho Tarso Genro (PT).

Tem mensaleiroOutro ilustre membro do

PRC é o ex-deputado José Genoino, que até presidiu o PT e hoje cumpre pena por integrar a quadrilha do mensalão.

AssassinatoO PRC voltou a ser lem-

brado após o achamento, dias atrás, dos restos do militante Epaminondas Oli-veira, 68, torturado e morto pelo Exército.

Financistas otimistasO fenômeno Marina Sil-

va foi registrado no Bank of America, que em relató-rio atribui a ela a melho-ria da expectativa externa para o Brasil.

Tiro de inquietaçãoPetistas espalham em

Roraima que “articularam” operação da Polícia Federal para desgastar o governador Chico Rodrigues (PSB), que disputa a reeleição, e dar força a Ângela Portela (PT), em 3º. Outro candidato, Neu-do Campos (PP), fi cha suja, deve ser impugnado.

Ação bizarraO interventor do Sesc-RJ

move ação de despejo con-tra o irmão-gêmeo Senac-RJ. É uma jogada para tentar fragilizar seu presidente, Orlando Diniz, opositor de Antônio Santos, carrapato agarrado à presidência da confederação do comércio (CNC) há 33 anos, e patrão do interventor.

O método da KGBEm 1986, a KGB encontrou

uma maneira de fazer o He-zbollah parar de sequestrar diplomatas russos: prendia e castrava familiares dos

terroristas, e enviava os ór-gãos genitais aos familiares. Santo remédio.

Olho no bolsoEm oposição à reforma

nos seguros de saúde de Barack Obama nos EUA, a Wal-Mart lançou as “Care Clinics”, postos de saúde dentro das lojas, cobrando US$ 4 de funcionários e US$ 40 para clientes.

Pergunta na arquibancadaSerá que o Fluminense

vai recorrer ao amigo Ta-petão para herdar a vaga do Grêmio, que foi excluído da Copa do Brasil como punição pela atitude racista de torcedores?

Lula vs. JoaquimEm dois dias o ex-presi-

dente Lula conseguiu 10,5 mil seguidores no Twitter, ritmo bem menor que o do ex-presidente do STF Joa-quim Barbosa, que ganhou 10,9 mil seguidores na me-tade do tempo, um dia.

Que acordo?Somente o Brasil adotou

(apressadamente) o Novo Acordo Ortográfi co da Lín-gua Portuguesa, em vigor há vinte meses. Portugal o rejeita e os demais países lusófonos relutam. O fracas-so parece inevitável.

Deveria ser feriadoEm 4 de setembro de

1998, portanto há 16 anos, era criada na internet, nos EUA, a ferramenta que ra-pidamente se tornou im-prescindível e hoje ninguém vive sem ela: a página de buscas Google.

A escolha de MarinaMarina diz que fará parte

do que fez FHC e parte de Lula. Se imitar o segundo governo de FHC e o primeiro de Lula, será um desastre.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Memória curta

www.claudiohumberto.com.br

Não, querida. É a política da verdade”

DILMA ROUSSEFF (PT), ao ser indagada se pratica contra Marina a “política do medo”

Foi uma surra memorável. Candi-dato a vice-governador na chapa de Virgílio Távora em 1958, o ex-prefeito de Fortaleza Acrísio Moreira da Rocha não tinha o direito de esquecer aquela sova cívica. Mas esqueceu. Anos depois, numa entrevista, ele garantiu que jamais havia sido derrotado nas urnas.

- E a eleição de 58? – insistiu o repórter inconveniente.Acrísio não perdeu a pose:- Como é que eu poderia ganhar levando nas costas um piano pesado como Virgílio?

Nem se fosse guindaste...

Tribunal de Contas do Estado julgou, ontem, 22 processos, sendo que um deles é contra a Câmara Municipal de Manaus

TCE julga 22 processos e multa CMM em R$ 8,7 mil

TCE multou a Câmara Municipal de Manaus em R$ 8,7 mil no caso de compra do painel eletrônico

O Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas julgou 22 processos ontem (3),

durante a 31ª sessão ordinária de 2014. Entre os processos julgados estão oito prestações de contas, oito recursos e qua-tro representações.

De relatoria do conselhei-ro Júlio Cabral, o recurso de reconsideração do ex-presi-dente da Câmara Municipal de Manaus, Isaac Tayah, foi negado pelo colegiado.

Seguindo o voto de Cabral, o pleno decidiu manter a de-cisão anterior que considerou ilegal a contratação de em-presa para o fornecimento de hardware e sost ware (painel eletrônico) para a Câmara Municipal de Manaus e apli-cou multa de R$ 8,7 mil.

Entre as contas julgadas, foi apreciada a da diretora da Maternidade Alvorada (do exercício 2012), Ninita da Sil-va Pereira. Por irregularidades em sua prestação de contas, ela terá de devolver aos co-fres públicos, entre multas e glosas, R$ 55,8 mil.

Os gestores que tiveram con-tas aprovadas com ressalvas são: Heraldo Beleza (diretor-presidente da Cosama, do ano de 2011); Lino Chíxaro (di-retor-presidente da Cigás, do

ano de 2011); Janaína Sales (diretora do Procon, ano 2013); Wânia Lopes (presidente da Funtec, do ano de 2013); José Antônio Assunção (secretário da Semad, do ano 2011) e de Williams Damasceno (di-retor do hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, do ano de 2013).

Candidatura de Arruda

O Superior Tribunal de Justi-ça (STJ) irá julgar na próxima terça-feira (9) um recurso do ex-governador José Roberto Arruda (PR) que pode via-bilizar sua candidatura ao Palácio do Buriti.

Considerado “fi cha suja” pela Justiça Eleitoral, Arruda tenta no STJ derrubar sua condena-ção por improbidade adminis-trativa. Se conseguir, voltará

a ser um “ficha lim-pa” e pode-rá disputar as eleições neste ano.

Líder nas pesqu i sas de inten-ção de votos para o go-verno do Distrito Federal, Arruda está atacando, em diversas frentes, as conde-nações que o impedem de disputar a eleição.

Além do recurso no STJ, ele também enviou um ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que no último dia 27 lhe negou o registro de can-didatura por considerá-lo um “ficha suja”.

RecursoO recurso no TSE, no en-

tanto, dificilmente irá re-verter a decisão do tribunal. Conhecido como embargos declaratórios, o recurso ser-ve somente para esclarecer pontos de uma decisão. O julgamento desta apelação deve acontecer hoje (4) ou na próxima terça-feira (9).

Devido à expectativa de re-jeição do recurso no TSE, Arru-da aposta no STJ para viabilizar sua candidatura ao governo do Distrito Federal (DF).

Lei altera nome de escolas indígenas

Segue para a sanção do prefeito de Manaus Arthur Neto (PSDB) o Projeto de Lei número 238/2014, de relatoria da vereadora Pro-fessora Jacqueline (PPS), que altera os nomes de três escolas que funcionam em comunidades indíge-nas, no rio Negro.

A Escola Municipal Alei-xo Bruno, na comunidade Terra Preta, será Escola

Municipal Yayumbwewa Rendawa Maku Arú Wai-mi; a Escola Municipal Três Unidos, na comunidade de mesmo nome, será Escola Municipal Kanata T-Ykua; por último, a Escola Munici-pal Boas Novas, na Comu-nidade Viva Nova Esperan-ça, será Escola Municipal Puranga Pisasú.

A troca dos nomes foi decidida em acordo entre

educadores e as lideranças indígenas das comunida-des, com o objetivo de pre-servar a cultura dos povos indígenas, seus costumes, crenças e tradições.

O texto da vereadora Ja-queline, que tramitou pelas comissões da Câmara Mu-nicipal de Manaus (CMM) em regime de urgência, foi aprovado pelo Plenário ontem (3).

CÂMARA

Vereadora Professora Jaqueline foi a relatora da lei que modifi ca o nome de escolas indígenas

ARMA DE FOGO

Advogado de coligação é presoUm advogado de um candi-

dato a deputado estadual foi preso ontem (3), na avenida Djalma Batista, Chapada, Zona Centro-Sul, pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. Ele foi encaminhado à sede da Polícia Federal (PF), Zona Centro-Oeste, por policiais da 12ª Companhia Interativa Comunitária (Ci-com) para prestar esclare-cimentos. Uma fonte policial informou que o advogado do PMDB, Acram Isper Júnior, 32,

estava acompanhado de ca-bos eleitorais em três carros e ameaçaram cabos eleitorais de coligações opostas, que estavam em uma Kombi. O advogado, que estava em um carro modelo Ethios de cor branca e placa OXM 9001, portava uma pistola calibre 40 milímetros (de uso exclu-sivo das polícias) e suspos-tamente ameaçou os cabos eleitorais da coligação Fazen-do Mais Por Nossa Gente, do candidato José Melo. Mem-

bros da coligação de Melo estavam em um terreno re-alizando atividades eleitorais, quando foram surpreendidos por um grupo de pessoas da coligação Renovação e Experiência que chegaram os ameaçando.

EliasO vereador Elias Emanuel

(PSD), candidato a deputado estadual foi multado, on-tem, por propaganda paga no Facebook.

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CONTRATAÇÃOSeguindo o voto de Cabral, o pleno deci-diu manter a decisão anterior que considerou ilegal a contratação de empresa para o forne-cimento de hardware e sost ware (painel eletrô-nico) para a CMM

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Page 5: Eleições 2014 - 4 de setembro de 2014

5 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Agenda dos candidatos

Candidato se reúne com coordenadores de campanha pela manhã e à tarde segue para visitas a municípios da região do Médio Solimões.

EDUARDO BRAGA

Pela manhã, candidato debate com a Associação dos Pro-fessores do Amazonas sobre o programa de governo; às 9h, participa de sessão na Aleam. Às 11h, vai ao Polo Industrial e às 15h se reúne com apoiadores da campanha. Já às 17h faz caminhada e panfl etagem na Zona Centro-Oeste e às 19h se encontra com lideranças folclóricas.

MARCELO RAMOS

Candidato é entrevistado, pela manhã, por uma Rádio local. À tarde, faz panfl etagem no Distrito Industrial e à noite grava programa eleitoral.

HERBERT AMAZONAS

NÃO DIVULGOU AGENDA.

ABEL ALVES

Candidato cumpre, pela manhã, agenda administrati-va como governador e à tarde participa de almoço na empresa Samsung.

JOSÉ MELO

Candidato tem às 9h sessão Plenária na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas e à tarde se reúne com equipe de campanha.

CHICO PRETO

Candidato participa de debate com Associação de Movimento dos Professores (Asprom). À tarde, se reúne com União da Juventude Comunista (UJC).

NAVARRO

Jucimar de Oliveira Veloso tomou posse como novo prefeito de Tefé após a cassação de Antenor Paz por compra de votos

A cerimônia de posse do novo prefeito e vice-pre-feita de Tefé, Jucimar de Oliveira Veloso (Papi) e

Maria Gean Banes Trindade Ce-lani, respectivamente, aconte-ceu às 19h da última terça-feira (2), e contou com a presença de autoridades civis e população tefeense. Eles concorreram ao cargo do Executivo municipal nas eleições de 2012, fi caram em 2º lugar na apuração dos votos e tiveram o direito de tomar posse como prefeito e vice-prefeita do município de Tefé (525km de Manaus) após o prefeito eleito, Antenor Moreira Paz, ser cassado pelo TRE por compra de votos. A posse reali-zada na sede da Câmara Muni-cipal de Tefé foi presidida pelo vereador João Paulo Rodrigues

Nascimento. A cerimônia contou com a presença de 12 dos 15 vereadores do município.

Em seu discurso de posse, Ju-cimar Veloso afi rmou o compro-misso de retomar os trabalhos interrompidos após as eleições de 2012, quando foi prefeito no período de fevereiro de 2011 a 31 de dezembro de 2012.

O casoO prefeito cassado do municí-

pio de Tefé, Antenor Paes (PSD), perdeu o mandato em decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE), por compra de votos nas eleições de 2012.

A defesa do ex-prefeito en-trou com uma cautelar no Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo efeitos suspensivos dos acórdãos publicados pelo TRE-AM. No entanto, a cautelar que poderia recolocá-lo no car-go foi indeferida pela ministra

Luciana Lóssio.De acordo com a advogada

de defesa do ex-prefeito, Maria Benigno, houve um recurso no TRE, no qual a acusação teria de juntar as contrarrazões.

Segundo o advogado de acu-sação, Daniel Nogueira, as con-trarrazões já foram juntadas e o recurso especial será encami-nhado agora para o TSE para

julgamento.B e n i g n o

i n f o r m o u que Antenor Paz entrará com recurso no pleno do TSE, sobre a decisão da ministra. “Assim que for pu-blicada a decisão, haverá um recurso no pleno, pois houve confl ito, uma vez que na primeira instância foi dado provimento e no TRE negado”, fi nalizou.

A acusação acredita que, de acordo com a justifi cativa da ministra que alegou que o acusado não disse em nenhum momento que não houve compra de votos, mas se referiu apenas à perseguição política, mesmo com recurso, será difícil reverter a situação.

Colaborou: Moara Cabral

Lisboa e Arlindo Jr. têm processos adiados no TRE

Com uma pauta de jul-gamento com nove pro-cessos, o pleno do Tri-bunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE) adia a metade. Entre eles, os embargos de declaração do candidato à reeleição a deputado estadual Wilson Lisboa (PCdoB) e do vere-ador Arlindo Júnior (Pros), o qual pleiteia também uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM). Am-bos os processos foram adiados porque os relato-res da matéria, juiz Marco Antonio Pinto Costa e Dél-cio Luiz Santo, respectiva-mente, estavam ausentes da sessão de ontem.

O candidato José Melo (Pros) teve o agravo sobre a Ação de Investigação Eleitoral (AIJE) que consta-va na pauta de julgamento na sessão de ontem do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE), adia-do por um pedido de vista do juiz Ricardo Augusto Sales. A ação é contra uma decisão do colegiado, a qual decidiu por retirar do ar publicidades do site institucional do governo do Estado, por entender que as postagens tinham cunho eleitoreiro.

Em harmonia com o pa-

recer ministerial, o relator da matéria, vice-presiden-te da corte eleitoral, de-sembargador João Mauro Bessa, declarou seu voto pelo conhecimento, mas improvimento do agravo. A matéria deve voltar hoje à pauta do TRE.

Consta ainda, entre os processos adiados, o pro-cesso administrativo disci-plinar contra o magistrado Luiz Cláudio Cabral Chaves, que pede o julgamento por acúmulo de processos elei-torais, quando respondia pela comarca de Manaca-puru. O processo foi adiado pela ausência do juiz Marco Antonio Pinto Costa, o qual fazia parte da mesa no últi-mo julgamento.

Prestação de contas A prestação de contas

dos candidatos do Ama-zonas chega a 88,55% nessa segunda parcial. Dos 734 esperados, 650 entregaram as prestações de campanha. Segundo dados do Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE), cinco dos sete candidatos ao governo do Amazonas prestaram contas. Todos os candidatos ao Senado também enviaram suas informações com gastos e receitas, assim como76 dos 83 candidatos a de-putado federal e 563 dos 638 a estadual.

DE NOVO

Pleno do TRE adiou processos de Lisboa e Arlindo Jr.

DIV

ULG

AÇÃO

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Segundo colocado nas eleições de 2012, Jucimar Veloso, o Papi, assumiu a Prefeitura de Tefé após Antenor Paes ser cassado pelo TRE por compra de votos

Papi assume prefeitura de Tefé e promete mudanças

MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

RETOMADAEm seu discurso de posse, Veloso afi rmou o compromisso de retomar os trabalhos interrom-pidos após as eleições de 2012, quando foi prefeito no período de fevereiro de 2011 a 31 de dezembro de 2012

WANDRESSON CASTROTV EM TEMPO/Tefé

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Page 6: Eleições 2014 - 4 de setembro de 2014

6 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

A execução das emen-das apresentadas para serem executa-das dentro do orça-

mento municipal de 2014 vol-tou a ser debatida, ontem, por alguns vereadores, durante os seus pronunciamentos na tri-buna da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Além do cumprimento das mesmas, os parlamentares também abor-daram a audiência pública re-alizada, na última terça-feira (2), na sede da Prefeitura de Manaus para tratar sobre o orçamento de 2015, e a per-sonalização das obras execu-tadas a partir das emendas propostas pelos vereadores ao orçamento deste ano.

Relator da Lei Orçamentá-ria Anual (LOA) 2014 – apro-vada pelo Projeto de Lei (PL) nº 467/2013 –, o vereador Walfran Torres (PTC) infor-mou que os parlamentares irão se reunir para tratar in-dividualmente das emendas apresentadas e a possibili-dade de execução e ajus-tes das mesmas. “Na última terça-feira, falei com alguns vereadores, e hoje daremos sequência a essas reuniões. A cobrança na execução das emendas é pertinente. Há um compromisso por parte do prefeito (Arthur Virgílio Neto) de que essas emendas sejam executadas, e todos nós esta-mos trabalhando para isso. Os encaminhamentos feitos pelo líder do prefeito, o vereador Wilker (Barreto), e da Semef

(Secreta-ria Muni-cipal de Finanças, P laneja-mento e T e c n o -logia da Informa-ção), também são nesse sen-tido”, observou Walfran.

Criticando a morosidade na execução das emendas, o ve-reador Massami Miki (PSL), em seu discurso na tribuna, afi rmou que não irá apresen-tar nenhuma proposta à LOA 2015, além de cobrar o cum-primento das mesmas para esse ano, e lamentou a ausên-cia da sociedade civil, na au-diência pública promovida na terça-feira (2) pela prefeitura para discutir a aplicação dos R$ 4,5 bilhões do orçamento previsto para o próximo ano.O vereador Waldemir José (PT), em sua fala na tribuna da casa legislativa, atribuiu o esvaziamento da audiência pública ao descrédito que a população tem em relação à política. “A participação no orçamento municipal é um direito da população”, sa-lientou Waldemir. Ele chamou a atenção para o fato de que, durante a gestão do ex-prefeito Serafi m Correa (PSB), em que foi adotado o orçamento participativo, as audiências públicas realiza-das à época, também para discutir o referido tema, eram bastante concorridas.

ROBERVALDO ROCHA/DIRCOM

Vereadores deverão se reunir para tratar individualmente das emendas apresentadas e a possibilidade de execução e ajustes

LDO volta a ser debatida durante sessão da CâmaraParlamentares discutiram sobre o cumprimento da Lei Orçamentária Anual e dos gastos municipais para 2015

Ao discursar na tribuna, o vereador Joãozinho Miranda (PTN), além de cobrar a exe-cução de sua emenda apre-sentada – a reestruturação do “Campo do Buracão”, no bairro Alvorada -, também ressaltou a importância da

personalização da obra reali-zada, vinculando desta forma o nome do parlamentar à benfeitoria. “É justo, sim, vin-cular o nome do parlamentar à obra executada a partir da emenda sugerida por ele. É uma prestação de contas à

comunidade, ao bairro em que ele atua”, argumentou.

Contrário à proposta de Joãozinho Miranda, o verea-dor Elias Emanuel (PSB), em seu discurso na tribuna, en-fatizou que não pode haver a personalização das ações do

poder público, por ser uma ilegalidade. Ainda segundo ele, uma forma de dar publi-cidade aos atos realizados pelo parlamentar é por meio dos informativos produzidos pela assessoria e distribuídos à comunidade.

Vereadores propõem personalização de obras

‘Quero modernizar os portos’Em visita à sede do Jornal

Amazonas Em Tempo, na ma-nhã de ontem, o engenheiro metalurgista e empresário do ramo da construção civil, Rodrigo Frota, 36, falou so-bre o desejo de angariar uma cadeira na Câmara Federal. Candidato pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), ele defende a modernização e a construção de portos, além da exploração de re-cursos naturais, como o gás e petróleo, para alavancar a economia do Estado.

“Precisamos de um plano estratégico para o desen-volvimento da Amazônia, estamos perdendo produti-vidade, por conta do péssimo desenvolvimento dos nossos

portos. Se diminuíssemos a burocracia interna desses locais, ganharíamos tempo para ter os produtos dentro das fábricas, e isso refl etiria na quantidade de postos de trabalho disponíveis, pre-cisamos apenas de novas estratégias”, analisou.

Com conhecimento técni-co aprofundado nas ques-tões metalúrgicas e adminis-trativas, Frota garante que não deseja projeção econo-mia e pública, com a sua can-didatura. “Quero fazer com que a nossa cidade possa estar à altura daquilo que a convém. Temos um enorme potencial econômico, possu-ímos um polo industrial de dar inveja, já conseguimos

a vitória da sua prorrogação por mais 50 anos, mas isso não é o sufi ciente. Preci-samos dar uma nova cara à política, e esse é o meu objetivo”, comentou.

Com comitês espalhados por todos os bairros da ci-dade, Rodrigo Frota, que em 2012 esteve ao lado de Jerô-nimo Maranhão na briga pela Prefeitura Municipal, se diz confi ante na renovação da bancada federal do Amazo-nas em Brasília.

Frota também destaca a necessidade de descentra-lizar o polo petroquímico para cidades do interior do Amazonas, como Coari, onde já existe um complexo mon-tado para a extração dos

produtos. “Manaus concen-tra toda a renda do Estado, grande parte da população precisar vir para a capital em busca de recursos fi nan-ceiros. Temos uma larga ca-pacidade para a exploração desse setor, que a base das industriais pesadas, como a bélica, automotiva entre outras. Em vez de ter uma refi naria em Manaus, com uma planta muito antiga, com problemas de segu-rança, temos que construir e aprimorar nossas tecno-logias, aliando isso à ne-cessidade de formamos ci-dades-satélites, que ajudem a descentralizar a renda no Estado. É por isso que quero lutar”, ressaltou.

PROPOSTAS

Candidato à Câmara Federal, Rodrigo Frota defende a exploração de recursos naturais, como o gás e petróleo

RICARDO OLIVEIRA Audiência pública elabora carta para os candidatos

Os candidatos à Presidên-cia da República receberão o relatório que aponta so-luções para os gargalos de logística do Brasil. O docu-mento foi elaborado após a audiência pública que discutiu o assunto, na Co-missão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Co-mércio (CDEIC), da Câmara dos Deputados, em Brasí-lia, sob coordenação da deputada federal Rebecca Garcia (PP/AM).

“Esse cenário de falta de logística precisa ser mudado urgentemente e para isso nós precisamos sensibilizar os nossos presidenciáveis, porque vai estar na mão deles a decisão política, ou do próximo governo, quem vai tomar a decisão de investir

ou não no desenvolvimento econômico do país”, afi rmou a parlamentar amazonense, que é membro da CDEIC.

No relatório que será en-tregue aos presidenciáveis há propostas como a união da iniciativa privada e os órgãos federais e estaduais, que terá o objetivo de acele-rar a criação da infraestru-tura necessária para tornar o Brasil mais competitivo, tanto no mercado nacional como no internacional.

Outra proposta é a ne-cessidade de integração dos diferentes modais de trans-porte do Brasil (ferroviário, rodoviário, hidroviário, aero-viário, dutoviário e o infoviá-rio). Inclusive, essa proposta faz parte do Plano Brasil de Infraestrutura Logística.

PRESIDENTES

Deputada Rebecca foi uma das coordenadoras do debate

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7 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Humoristas irritam Aécio NevesUm tumulto causado por

integrantes de programas de TV impediu o candidato do PSDB, Aécio Neves, de con-cluir sua agenda de campanha ontem (3), em Santos, litoral paulista. O tucano havia se programado para fazer uma caminhada pelo centro da ci-dade ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas acabou desistindo depois que houve confusão.

Já na chegada ao lado de Alckmin, Aécio foi abordado por integrantes do Pânico e do CQC, ambos exibidos pela Band. Os humoristas do primeiro programa levaram seguranças para fechar o acesso a Aécio.

O senador Aloysio Nunes, candidato a vice do tucano, chegou a reclamar da abor-dagem dos humoristas. “Res-peitem os seus colegas e o candidato, que está tentando fazer campanha”, pediu.

Aécio conseguiu se po-sicionar para a entrevista coletiva, mas foi interrom-pido diversas vezes durante a entrevista por um homem que estava com microfone da Rede TV! e, aos gritos, re-

petia “e o desemprego?”. O tucano encerrou a entrevis-ta após apenas três pergun-tas. Disse que iria descen-tralizar a gestão portuária e promover um choque de infraestrutura para escoar a produção nacional.

Para tentar sair da confu-

são, Aécio foi a uma tradi-cional pastelaria. No trajeto, de menos de 500 metros, houve empurra-empurra e uma senhora chegou a cair no chão, e foi erguida por um apoiador do PSDB. A confu-são se reproduziu dentro da lanchonete e Aécio, menos de 30 minutos depois de chegar, deixou o local.

SANTOS

CAMINHADAO tucano havia se programado para fazer uma caminhada pelo centro da cidade ao lado do governa-dor Geraldo Alckmin (PSDB), mas acabou desistindo depois que houve confusão Ao sair, foi questionado

sobre os boatos de uma renúncia à candidatura para apoiar Marina Silva, que concorre pelo PSB. “Eu sou candidato para vencer as eleições”, disse.

Nos últimos dias, após esses rumores ganharem as redes sociais, Aécio passou a dar declara-ções incisivas sobre sua

permanência na disputa e a “confi ança” de que estará no segundo turno. “Estou convicto que Dilma vai perder. Vejo a Marina com um conjunto de boas intenções, mas não con-sigo ver ali as condições adequadas para que a mu-dança que a grande maio-ria dos brasileiros espera aconteça”, afi rmou.

‘Renúncias são apenas boatos’

Humoristas impediram caminhada de Aécio Neves em Santos

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Propagandas irregulares dominam Disque Denúncia

O Disque Denúncia Eleitoral (DDE) recebeu 65 denúncias entre os dias 5 de agosto, quando o serviço foi iniciado, e o dia 26 do mês passado. O número representa apenas 38% dos 172 atendimentos prestados, uma vez que a maioria das chamadas ainda tem como objetivo tirar dúvi-das sobre o serviço.

Entre as 65 denúncias rece-bidas, 58 passaram na triagem inicial e foram encaminhadas para a Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo. Já para as outras sete o DDE aguar-da provas mais concretas. A grande maioria das denúncias (71%) é referente à propagan-da eleitoral irregular, na forma de placas, cavaletes e carros de som, enquanto algumas envolvem compras de votos.

São Paulo lideraAs denúncias ainda se con-

centram nos Estados de São Paulo (57%) e Minas Gerais (17%), assim como ocorreu no pleito de 2012. Os ou-tros Estados representam 26% das denúncias.

O DDE está em sua quinta edição e recebeu mais de 4 mil denúncias nas eleições muni-

cipais de 2012. A expectativa para este ano é de que 10 mil denúncias sejam feitas. O serviço, coordenado pelo Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), faz uma triagem inicial dos chamados (feitos de forma anônima) antes de encami-nhá-los à Procuradoria e o

cidadão pode acompanhar o processo com um número de protocolo.

O horário de atendimento do Disque Denúncia é de segunda a sexta-feira das 8h às 20h e aos sábados das 8h30 às 14h. Os telefones são 4003-0278 para capitais e regiões metropolitanas e 0800-881 0278 para demais regiões.

SERVIÇO

CHAMADASO número representa apenas 38% dos 172 atendimentos pres-tados pelo Disque Deníncia, uma vez que a maioria das chama-das ainda tem como objetivo tirar dúvidas sobre o serviço

Dilma admite troca-troca emudanças em seu governoPresidente sinalizou, a pedido de Lula, que, em caso de reeleição, sejam feitas mudanças em ações e integrantes de sua equipe

Em discurso ontem (3) em Belo Horizonte (MG), a presidente Dilma Rousseff (PT)

admitiu problemas na políti-ca industrial e no avanço da economia e disse que, se ree-leita, irá mudar algumas ações e integrantes de sua equipe. “Obviamente, novo governo e, necessariamente, atualização das políticas e das equipes”, disse a presidente, diante de representantes da indústria presentes na abertura da 8ª Olimpíada do Conhecimento 2014, na capital mineira.

“É possível que alguns de vocês, na atual conjuntura, quando a incerteza do cenário internacional se mistura com o debate eleitoral, questionem a efi cácia dessa nossa política. Eu gostaria que o Brasil es-tivesse crescendo num ritmo muito mais acelerado. Mas, imaginem o que aconteceria se nós não tivéssemos tomado essas medidas”.

Antes dessa declaração, Dilma falou da necessidade de investimentos na educação para reduzir a desigualdade e ampliar a renda da popu-lação. Enalteceu ações fede-

rais, como os cursos do Pronatec e o que chamou de “política industrial”, numa refe-rência aos jovens for-mados nessas aulas profi s-sionalizantes.

E, em tom de campanha eleitoral, admitiu que há muito o que fazer.

“Eu não quero, aqui, dar a impressão que eu acho que tudo foi feito. Eu não acredito nisso, acho, inclusive, que vi-vemos uma situação bastante complexa na indústria”.

Ela, entretanto, saiu em de-fesa das ações do governo na indústria, cuja produção cresceu 0,7% em julho, após cinco meses seguidos de que-da, segundo dados do IBGE.

“Só me pergunto e pergunto a vocês o que seria se nós não tivéssemos tomado as medi-das que tomamos na área in-dustrial e no reconhecimento que a indústria é estratégica para o país e que uma polí-tica industrial é necessária”, disse a presidente.

A fala da presidente em Minas é sua primeira sinali-zação de que faria mudanças em sua política de governo e em sua equipe em um even-tual segundo mandato, algo que o ex-presidente Lula vem aconselhando que ela faça desde o início do ano.

Na semana passada, inter-locutores de Lula voltaram a defender que Dilma emi-

tisse sinais de ajustes em políticas e equipes para um próximo mandato diante do novo cenário eleitoral, com o crescimento de Marina Silva (PSB) nas pesquisas.

Esta sinalização seria fun-damental para reconquistar o apoio do empresariado e, também, mostrar ao eleitora-do que ela fará mudanças em eventual segundo mandato.

Lula: conselhos de quem sabe

Apoiada pelas ideias do ex-presidente Lula, a presidente Dilma admitiu que pode, sim, mudar membros da equipe econômica

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Page 8: Eleições 2014 - 4 de setembro de 2014

8 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 4 DE SETEMBRO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

EXPEDIENTEEDIÇÃO Isabella Siqueira de Castro e Costa eNáis Campos

REPORTAGEMMoara Cabral,Joelma Muniz, Rapahel Lobatoe Assessorias

REVISÃODernando Monteiroe João Alves

DIAGRAMAÇÃOKleuton Silva, Adyel Vieira, Marcones Freire e Pabrlo Filard.

TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

Esperança vence o medo, diz Marina sobre ataques do PTEm entrevista, a candidata do PSB afi rmou que o programa televisivo de Dilma Rousseff quer levar medo aos eleitores

Candidata do PSB ao Palácio do Planalto, Marina Silva rebateu o tom mais agressivo

adotado pelo PT contra sua candidatura e disse que a pre-sidente Dilma Rousseff “está tentando ressuscitar o medo” durante a campanha eleitoral. “A pior forma de fazer política é pelo medo”, declarou Marina ontem (3). “Acredito profunda-mente que a esperança venceu o medo. A sociedade brasilei-ra, quando faziam terrorismo contra o [ex-presidente] Lula, repetia essa frase [em 2002]. Infelizmente, quem está que-rendo ressuscitar o medo é a presidente Dilma. A pior forma de fazer política é pelo medo. Prefi ro fazer política pela espe-rança e pela confi ança”, afi rmou a peesebista.

Dilma e várias lideranças do PT se dizem “preocupa-dos” com o programa de go-verno de Marina e fazem in-

vestidas para explorar o que chamam de “inconsistências” da presidenciável.

Marina foi orientada pelo comando de sua campanha a não deixar os ataques de Dilma sem resposta e intercalar as críticas que faz ao atual gover-no federal aos compromissos de seu programa.

Com seu discurso de nova política e a promessa de que enviará uma emenda constitu-cional ao Congresso Nacional para estabelecer o fi m da reelei-ção e o mandato de cinco anos para o presidente da República, a candidata do PSB repetiu pro-postas como o passe-livre para estudantes em todo o Brasil, o repasse de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação e de 10% da receita bruta da União para a Saúde. Juntas, as medidas teriam um custo de mais R$ 120 bilhões para a máquina pública.

Marina, porém, foi evasiva

ao explicar de onde sairá esse dinheiro e costuma recorrer, como faz durante a sabatina, ao que chama de “transparência” e “efi ciência dos gastos públi-cos” para garantir os recursos

de cada setor. “Existem muitos projetos que são verdadeiras máquinas de destruição de re-cursos do contribuinte. Você tem que corrigir os erros”, afi rmou. Questionada sobre qual projeto poderia ser revisto, Marina citou

a transposi-ção do Rio São Fran-cisco, mas t a m b é m não deixou claro o que faria diante da obra. “O país vai voltar a crescer e vamos ter os recursos para investir em saúde e educação”, concluiu.

Apoio do PSDB Marina se recusou a dizer

se aceitaria o apoio do PSDB em um eventual segundo tur-no contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e disse que, em 2010, quando era candidata ao Planalto pelo PV e aparecia em terceiro lugar nas pesquisas, sentia-se “incomodada quan-do vocês (jornalistas) fi cavam me perguntando quem eu iria apoiar no segundo turno. Se-gundo turno a gente discute no segundo turno”.

Segundo a coordenação da campanha de Marina Silva (PSB/Rede), a estratégia do PT, além de desqualifi cá-la, tem a missão de aterrorizar os eleitores brasileiros com uma campanha do medo

CRÍTICASMarina foi orientada pelo comando de sua campanha a não deixar os ataques de Dilma sem resposta e interca-lar as críticas que faz ao atual governo fede-ral aos compromissos de seu programa

Ainda na estratégia de responder vigorosamente às críticas de adversários, a can-didata do PSB reforçou seu discurso quanto à exploração e investimento do pré-sal, uma das principais bandeiras do governo Dilma.

A petista tem dito que Ma-rina não vai dar a atenção devida ao recurso já que seu

programa de governo coloca fontes de energia limpa e renovável como prioridade.

“Não é verdade o que está sendo dito pelos meus concorrentes em relação ao pré-sal. Nós vamos priorizar, mas vamos também priorizar outros investimentos. Não há necessidade de tirar recursos do pré-sal”, declarou.

Pré-sal: investimento viável

Marina quer dar maior visibilidade ao pré-sal no país

EBC

AG/BRASIL

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