ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

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ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS AXISSIMÉTRICAS VIA PROGRAMACÃO NÃO~LINEAR João de Deus Fonseca Neto TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÃRIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.). Aprovada por: Francisco Favilla Ebecken (Presidente) ' ' Edson Castro Prates de Lima 8/;; Andres Lu8ev ito Aalbritter José Clãudio Faria Telles RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL SETEMBRO DE 1983

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ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS AXISSIMÉTRICAS VIA PROGRAMACÃO NÃO~LINEAR

João de Deus Fonseca Neto

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAMAS DE

PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÃRIOS PARA A OBTENÇAO DO

GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.).

Aprovada por:

Francisco Favilla Ebecken (Presidente)

' ' Edson Castro Prates de Lima

8/;; Andres Lu8ev ito Aalbritter

José Clãudio Faria Telles

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

SETEMBRO DE 1983

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i i

FONSECA NETO, JOAO DE DEUS Elementos Finitos para Anâlise Limite de Cascas Axis

simétricas via Programação Não-Linear [Rio de Janeiro],

1983

VI II, l 09 P . 29,7cm (COPPE-UFRJ, M.Sc., Engenharia

Civil, 1983)

Tese - Univ. Fed. Rio de Janeiro.

l. Anâlise Limite I. COPPE/UFRJ II. Titulo(serie)

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i i i

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, irmãs e irmãos pela união permanente.

Aos amigos Adilson Carvalho Benjamim e Nelson Francis­

co Favilla Ebecken cujo apoio e participação foram essenciais p~

ra a conclusão deste trabalho.

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i V

RESUMO

O objetivo deste trabalho e a anãlise limite rigido-plã~

tica de cascas de revolução submetidas a carregamento rotacional

mente simetrico. Estas cascas, de forma qualquer, são discretiza

das em uma serie de elementos finitos tronco-cõnicos. Utiliza-se

a condição de escoamento de von Mi ses vãl ida para cascas "sandwich".

Apõs a discretização por elementos finitos, o problema da anãli­

se limite se reduz a uma simples aplicação de tecnicas de progr!

mação não-linear, onde a tecnica de minimização. sequencial sem

restrições (SUMT), o metodo do gradiente reduzido generalizado e

o metodo da tolerância flexivel são utilizados para a aproxima -

çao estaticamente admissivel e cinematicamente admissivel. Limi­

tes super i ores. e i n feri ores d e cargas 1 i mi te s sã o o b ti d os para a_}_

guns tipos de cascas: cõnicas, esfericas, elipsoidais, torisfer!

cas, etc. Estes resultados sao apresentados e comparados com os

existentes na literatura e outros obtidos pela anãlise

plãstica incremental.

elasto-

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V

ABSTRACT

This work is concerned with rigid-plastic l imit analysis

of shells of revolution subject to rotationaJly symmetric load­

ings. These shells, of arbitrary shape, are discretized into a

series of finite elements, each being a conical shell. The von

Mises condition, valid for sandwich shells, is used. After

assembling the finite elements, the limit analysis program is

reduced to a simple application of the non-linear programming

technique where the sequential unconstrained minimization

technique (SUMT), the generalized. reduced gradient method and

the tolerance flexible method are utilized for statically

admissible and kinematically admissible approaches. Therefore,

upper bounds and lower bounds of the collapse loads are found

for some problems: conical, spherical, ellipsoidal, torispherical

shells etc. These numerical results are illustrated and

compared with existing ones described in the literature and

others provided from elastic-plastic analysis.

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vi

ÍNDICE

PAG.

CAPÍTULO I I NT RO DU ÇJIO ............................•... l

CAPITULO II FUNDAMENTOS TEÕRICOS .........•.•.......... 4

II . l. Introdução . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . 4

II .2. Relações Fundamentais .............. 6

II .3. Teoremas da Anãlise Limite .....•... 9

II .4. Condição de Escoamento ........•.... 11

II .5. Lei de Escoamento-Potencial Plãs

tico ............................... 18

CAPÍTULO III. APROXIMAÇJIO ESTJ\TICA .....................• 20

III.l. Introdução 20

III.2. Formulação dos Elementos Finitos de Equilibrio . .. • . . . •. . .. . . . . . .. . . . 20

III.3. Eliminação Automãtica dos Parãme tros Dependentes . . . . . . . • . . . . . . . . . . . 25

III.4. Vetor de Forças Exteriores Unitã rias . • . . . . . . . . . . . . . . • • . . . . . . . . . . . . . 28

III.5. Elemento Finito de Equilibrio Tronco-Cõn i co . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

CAPITULO IV . APROXIMAÇJIO CINEMJ\TICA ...........•........ 36

IV . l. Introdução 36

IV .2. Formulação dos Elementos Finitos Compativei s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • . . 36

IV .3. Elemento Finito Compativel Tron-co-Cõn i co . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . 38

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CAP1TULO V

Vi i

IV .4. Potência de Dissipação Interna

IV .5. Potência de Dissipação Externa

PAG.

42

47

PROGRAMAÇAO NAO-LINEAR •.•...••...•......... 50

V . l. Introdução • . . . . . . . . . . . • . . . . • . . . . . . . • 50

V .2. Apresentação da Têcnica de Minimj_ zação Sequencial sem Restrições -SUMT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . • . 51

V .3. Apresentação do Mêtodo do Gradie~ te Reduzido Generalizado - GRGA ..... 55

V .4. Apresentação do Mêtodo da Tolerãn eia Flex1vel - FLEX •....•........... 60

V .5. Utilização da Têcnica de Minimiza ção Sequencial sem Restrições (SUMT) • • . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . • . . . • 61

V .6. Utilização do Mêtodo do Gradiente Reduzido Generalizado (GRGA) ........ 66

V .7. Utilização do Mêtodo da Tolerância Flex1vel (FLEX) ..................... 67

CAP1TULO VI . RESULTADOS E COMPARAÇÕES •....•.•...•.•..... 70

VI . l. Introdução • . . • . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . 70

VI .2. Casca Cõnica •...........•....••..... 72

VI .3. Placa Circular .••...........•....... 80

VI .4. Calota Esfêrica e Esfera .........•.• 84

VI. .5. Casca El1ptica ...................... 88

VI .6. Casca Torisfêrica ......... , ........• 91

VI .7. Vaso de Pressão (Cilindro/Esfera) ..• 94

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V Í Í Í

PAG.

CAPITULO VII. CONCLUS/10 • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 96

BIBLIOGRAFIA 98

APÊNDICE A • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • l 05

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

A anâlise elasto-plâstica pelo método dos. elementos fi­

nitos e processos incrementais-iterat.ivos é na atualidade urna fer

ramenta que encontra um vasto campo de aplicação na engenharia.

Estas soluções precisas podem demandar em alguns casos esforço

computacional excessivo. Em determinadas situações prâticas o in

teresse do engenheiro pode estar restrito apenas a obtenção das

caracter1sticas da estrutura prõximo ao colapso o que permite o

acesso as condições reais de segurança. Esta consideração é jus­

tificada pela demanda de projetos que implicam em investigações

de novos conceitos estruturais e novas técnicas de fabricação.

O objetivo deste trabalho é a anâlise limite r1gido-plâ~

tica de cascas de revolução. sujeitas. a carregamento rotacional -

mente simétrico.

Para o estudo destas cascas Biron e Hodge 1 • 2 construiram

os campos estaticamente ou cinematicamente admiss1veis, depende~

do de um sistema de parâmetros arbitrârios e obtiveram alguns r~

sultados'•". A formulação completa que se vale do método dos ele

mentes finitos é apresentada por Hodge .e Belytscho 5 e Maier 6•

Trabalhos numéricos 7 aplicaram com sucesso esses métodos ã anâli

se limite de placas tracionadas ou em flexão. Ngugen Dang Hungª

introduziu a noção. ''critério médio de plasticidade'' transforman­

do o problema de câlculo da resistencia limite das estruturas pla-

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2

nas em uma 5érie de problemas elãsticos equivalentes onde e Pº!

s1vel obter diretamente sem uso de programação matemãtica e so­

bre o mesmo algoritmo, os limites superiores, inferiores e esta

cionãrios da carga de colapso.

Trabalhos recentes jã desenvolvem aspectos prÕprios do

método dos elementos finitos. Anderheggen 9 formula elementos fi

nitos para anãlise limite assumindo um material r1gido-plãstico,

Biron 10 comenta a dificuldade em tratar-se da interseção direta

cilindro-cilindro sem introduzir alguma simplificação e utili -

zando-se de programação linear. Zavelani-Rossi 11 , Peano 11 ,1 2 e

Binda 11 propõem um modelo de elementos finitos capaz de obter o

limite inferior, através de .funções de tensões, para vasos de

pressao axissimétricos.

A descoberta da analogia entre a "engenharia de plast!

cidade'' e a programação matemãtica 13 tem levado a um rãpido pr~

gresso na solução dos problemas prãticos via programação não-1!

near. Desta forma estã sendo desenvolvido a semelhança do pro -

grama STRUDL para anãlise elãstica o STRUPL para a engenharia

plãstica 14 •

Neste trabalho utiliza-se o método dos elementos fini­

tos empregando-se elementos tronco-cõnicos de tal forma que fi­

que preservada a estrutura computacional do método 54•

Os fundamentos teõricos .são apresentados no cap1tulo

II onde discutem-se os teoremas da anãlise. limiteªº e a condi -

ção de escoamento de von Mises 19 para "casca sandwich'' aqui uti

lizada.

A aproximação estãtica apresentada no cap1tulo III pa~

te de valores fixados dentro de uma p~rametrização que satisfaz

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3

as equaçoes de equilibrio, das tensões circunferenciais e da car

ga de colapso considerada unitãria. t exigido do campo de tensões

ser plasticamente admissivel apenas em cada n6.

Na aproximação cinemãtica apresentada no capitulo IV o

campo de velocidade de deslocamentos, o qual deve ser compativel

e continuo utiliza expansões lineares e cübicas.

Os mêtodos de programação não linear 33 são apresentados

no capitulo V. Utiliza-se: a) para a aproximação estãtica a têc­

nica de minimização sequencial sem restrições (SUMT), o mêtodo do

gradiente reduzido generalizado versão Abadie (GRGA) e o mêtodo

da tolerância flexivel (FLEX); b) para a aproximação cinemãtica o

GRGA e o FLEX.

Procura-se mostrar, no capitulo VI atravês dos resulta­

dos, a validade da anãl ise limite para aproximações nao rigorosas

da geometria das cascas analisadas, o que ê a conclusão do traba

lho comentada no capitulo VII.

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4

CAPÍTULO II

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

11.1. INTRODUÇÃO

Os teoremas da anãlise limite sao vãlidos para uma teo­

ria aproximada se, e somente se, as relações de equilibrio e ve­

locidade de deformação são tais que o principio dos trabalhos vir

tuais ê aplicãvel. Uma teoria para a qual isto ê verdade pode ser

chamada de consistente 44 •

Neste trabalho alem de adotar a abordagem acima mencio­

nada, algumas considerações adicionais devem ser introduzidas. Pa

ra evitar problemas mate~ãticos extremamente diffceis, idealiza­

se a estrutura como de duas dimensões ao mesmo tempo que simpli­

fica-se o material plãstico utilizando-se uma condição de escoa­

mento simples. E duvidãvel se a anãlise limite mais esmerada teo

ricamente poderia predizer o comportamento verdadeiro dos mate­

riais no estado plãstico 22 • As teorias simplificadas podem ser

inexatas mas levam a soluções de valor prãtico.

Admite-se o material perfeitamente plãstico 19 , ou seja,

capaz de suportar deformações plãsticas ilimitadas sobre tensão

de referência constante quando estã submetido a um estado de ten

soes homogêneo com o=o0

O valor o0

ê bem definido para cada material em um dado

meio, e ê a limitação do valor o. Estados de tensão .nos

a>a0

não são possiveis.

quais

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5

Desconsidera-se portanto qualquer efeito elãstico. Uti­

lizam-se apenas as deformações e velocidades de deformações pur~

mente plãsticas e os deslocamentos e velocidades de deslocamen -

tos correspondentes.

Em um nümero considerãvel de problemas relacionados a

anãlise estrutural, ê mais conveniente trabalhar com tensões e

deformações generalizadas, do que diretamente com tensões e de­

formações propriamente ditas 2 º. As tensões. generalizadas são ob­

tidas, ê claro, começando-se pelas componentes f1sicas de ten­

soes e deformações e integrando-as apropriadamente.

Durante um escoamento plãstico incipiente de uma dada

part1cula, onde o estado de tensões ê descrito por (ox•···•'xy•···)

e o estado de velocidade de deformações por (Ex•··· ,Yxy•···), a

potência das tensões por unidade de volume ê:

(II.l)

Para deformações puramente plãsticas esta potência ê dis

sipada em calor durante o escoamento plãstico. Portanto ê chama­

da de potência de dissipação e ê essencialmente positiva 19 •

Definem-se as tensões generalizadas como as variãveis do

tipo-tensão que aparecem na expressão da potência de dissipação18,

sendo as variãveis de tensão componentes do tensor de tensões,r~

sul tantes de tensões ou de tensões õ.cil'1011si:;:1,,_·is. Uma vez defini-

das as tensões generalizadas ê necessãrio especificar as corres­

pondentes deformações generalizadas.

Deve ser notado que somente essas quantidades de tensões

as quais contribuem para o trabalho interno podem ser tomadas co

mo tensões generalizadas.

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6

Desta forma ê sempre possivel expressar a condição de

escoamento em termos das variãveis de tensões da expressão da p~

tência de dissipação, isto ê, nos termos das tensões generaliza­

das. Fisicamente a possibilidade de fazer isto não ê Õbvia por­

que a condição de escoamento envolve essencialmente as tensões,e

pode-se pensar que as reações não nulas, (porque elas produzem em

geral tensões não nulas) contribuem na condição de escoamento 18 •

Para o caso particular de cascas rotacionalmente simê -

tricos, foi demonstrado 2 • que as definições de tensões generali­

zadas estão de acordo com a definição usual de tensões.

11.2. RELACOES FUNDAMENTAIS

Para uma casca tendo a forma de .uma superficie de revo­

lução e carregada simetricamente em relação a seus eixos, obtem­

se as equações de equilibrio e as relações deformação-deslocame~

tos da condição de equilibrio de um elemento isolado de casca 15 '

16•

17 por dois planos meridionais adjacentes e duas seções per -

pendiculares aos meridianos Figura(II.1i Pode-se concluir da con

dição de simetria que somente tensões norma.is atuarão nos lados

do elemento pertencentes ao plano do meridiano.

Utiliza-se, por conveniência, quantidades adimensionais· 24 •

Para esse fim chama-se de N0

a força mãxima normal a qual a cas­

ca pode resistir em tensão uniaxial e por M0

o momento mãximo de

flexão uniaxial e define-se:

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7

ne Ne N <P

= ~ n <P =

~

me Me M <P

(II.2) = ~ m <P = Mo

k = (M 0/N 0 )x l<e = (Mo/No)/Xe

Fig.II.1-Elemento de casco de revolu,ç ão . ,,

-Representa-se uma dimensão tipica da casca por L e defi

ne-se:

R R1 R2 r = I r1 = T r2 = T

u . ÇJ h

Mo e u = I w = I = GN = iIT o

p • L p •L Q<P n ~ q<P Pn = z,fr p <p = = N o o o

dex t 0ext

dint Dint

(II.3) = zrr N L 2 = 2ITN0

[ 2 o

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8

Em termos dessas quantidades adiménsionais as equações de

equilibrio ficam:

= o (II.4)

(II.5)

(ll.6)

com r = r 2 sin <P

e as relações velocidade de deformação-velocidade de deslocamen­

tos são:

= _l (v cotg <j,-w) Ee r2 (II.7)

h cotg P(ü+ dw) (II.B) r 2 •r

1 dq,

O elemento a ser utilizado e tronco-cônico. Deve-se en­

tão, particularizar as equações para a casca 15 • 16 • 17 cônica, Fi­

gura (II.2). Tem-se: <j,=a=ct~, r 1 + 00 e r 1 =>ds/dq,; apôs essas consid~

rações, dividem-se as equaçoes (II.4 a II.6) por r 1 e substitui­

se r 1 por ds/dq, obtendo-se:

o (II.9)

(II.10)

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j

9

d(sm<j,) h ds = o (II.11)

h

h-z

r0 =scos 'f

H r,=>oo

Fig.!I.2_Casca côn 1ca

e as relações velocidade de deformaçio-velocidade de deslocamen­

to particulares da casca cõnica dados por:

dÜ u-w tg a E<p = ds E:8 = s (II.12)

. hd 2 W . hdw

k <j, = -~ ke = - sas (II.13)

II.3. TEOREMAS DA ANALISE LIMITE

A teoria da anãlise limite prediz a carga estãtica, eh~

mada de limite ou carga de colapso, para a qual deformações plã!

ticas sem restrições sio incipientes numa estrutura composta de

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l o

um material perfeitamente plãstico 2 9.

O objetivo ê a determinação do fator de segurança (A) de

uma estrutura arbitrãria sujeita a um conjunto de cargas denota­

das pela função vetorial Te a certas restrições geomêtricas. Por

definição assume-se que a estrutura ocupa um volume Vol limitado

pela sua superficie S. (A modificação para tensões generalizadas

as quais implicam outras dimensões ê Õbvia).

Os teoremas da anãlise limite 2 º afirmam que o fator de

segurança (A) o qual multiplica o conjunto de cargas (T) e o

maior multiplicador estaticamente admissivel e o menor multipli­

cador cinematicamente admissivel.

Determina-se o maior multiplicador A atravês de uma

aproximação estãtica baseada no Primeiro Teorema Fundamental da

Anãlise Limite: a estrutura estã sujeita ao conjunto de cargas

p•!, sendo p incrementado lentamente a partir de zero. O fator

de segurança A- estã definido como o menor numero para o qual a

estrutura pode experimentar um (infinitesimal) incremento na de­

formação sem incremento da carga.

Um campo vetorial de tensões a ê definido como estatica

mente (e plasticamente) admissivel se satisfizer três condições:

l. As tensões a estio em equilibrio interno

2. As tensões a estio em equilibrio com as cargas externas

p•!

3. As tensões a atendem a um critêrio de plastidade.

Se existe algum campo vetorial de tensões a estaticamen

te admissivel em equilibrio com as cargas A-·!, então A e um

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1 1

multiplicador estaticamente admissivel.

Determina-se o menor multiplicador À+ atravês de uma

aproximação cinemitica baseada no Segundo Teorema da Anilise Li mite: um campo de velocidade V* e definido como cinematicamente

(e plasticamente) admissivel se satisfizer as seguintes duas con

<lições:

1. ~* obrigatoriamente satisfaz qualquer restrição deve­

locidade na estrutura.

2. A taxa externa total de trabalho Dext efetuada pelas

cargas atuantes T nas velocidades assumidas V* e posi­

tiva.

A fim de definir um multiplicador cinematicamente ad­

missivel, deve-se primeiro encontrar o vetor da taxa de deforma

ção generalizada g* associado a~*. Considera-se g*como comple­

tamente plistico e avalia-se sua correspondente função de dissi

pação Dext(q~ ... q~) em cada ponto. Denotando-se por Dint(q~ ... q~J

a dissipação interna total, integrada sobre toda a estrutura. O

multiplicador cinemitico admissivel À+ e então definido como a

relação entre a energia de dissipação interna e externa

(II.14)

Demonstram-se os dois teoremas no.Apêndice A deste trabalho.

11.4. CONDIÇÃO DE ESCOAPIENTO

Quando o estado de tensão e uni axial de compressao ou

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1 2

tração, a condição de escoamento para a maioria dos metais e: 19

a=±a. o

Num estado multiaxial de tensões, o escoamento ocorre­

ra quando uma certa condição fisica relacionada com o estado de

tensões estiver satisfeita.

Para metais, e particularmente aço doce, tem sido ob­

servado que deformações plãsticas basicamente consistem de des­

locamento entre os cristais. Isto conduz ao pensamento de que a

mãxima tensão cortante determina o inicio de escoamento o qual

sempre ocorre para um valor "fixo'' de mãxima tensão cortante.

Esta e a condição de escoamento de Tresca.

Num estado multiaxial de tensões com tensões principais

a 1 , a 2 e a,, a magnitude da mãxima tensão cortante e a maior en

tre os tres valores absolutos.

, (II.15)

Oi

O'~

é 3'

0'3 cr,· 0'5•

Fig.:Il.3_Condição de escoamento de Tresco - prisma hexagonal

Page 21: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

l 3

Esse prisma e mostrado na Figura (ll.3~ Seus eixos sao

igualmente inclinados em relação aos eixos coordenados.

Testes mais refinados 19 tem entretanto mostrado que o

cilindro circular circunscrito ao prisma hexagonal, Figura (II.4)

e uma superficie de escoamento mais exata para a maioria dos me­

tais. Essa superficie apresenta a condição de escoamento de Max­

well, Huber, Hencky e von Mi ses e seri simplesmente chamada ''con

diçjo de escoamento de von Mises''. A equação dessa. superficie em

função das tensões principais e:

2 2 2 2

º1 + 02 + 03 - º102 - º2º3 - º3º1 ; ºo (II.16)

ou simplesmente f(o);o , usando-se componentes do tensor de ten-- o

soes.

f

B ' 1 1

A ªv 1,

cr • O", , 2<ry a; , , ..,.-, ,

Fig.lr..4_ Superfície de Tresca e Superfície de van Mises

A superficie da equaçao (II.16) e chamada "superficiede

escoamento", porque estados de tensões no escoamento limite sao

representados por pontos de tensão nesta superficie.

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l 4

Nota-se que para materiais perfeitamente plãsticos con­

siderados aqui, a tensão de referência depende somente do estado

de tensões mas não do estado de deformações porque esses

riais não exibem trabalho de endurecimento.

mate-

A superflcie de escoamento ê portanto. uma superflcie fi

xada em um espaço hexadimensional 19 • Ela divide esse espaço em

duas regiões: a região f(o)<o a qual consiste de pontos de ten­- - o

soes representando estados de tensões admisslveis e a região

f(o)>o a qual corresponde a estados de tensões que nao podem ser - o

obtidos no material perfeitamente plãstico considerado. Por con-

veniência de referência, pontos interiores da região admisslvel

serão descritos como dentro da superflcie de escoamento, enquan­

to pontos de tensão representando estados de tensões não alcançã

veis serão descritos como sendo fora da superflci~ de escoament~

A origem das coordenadas, a qual representa o estado de tensões

nulo, obrigatoriamente estã dentro da superflcie de

porque o material não escoarã na ausência de tensões.

estoamento

A seleção da condição de escoamento estã influenciada p~

las seguintes considerações":

a) Uma superflcie de escoamento de espessura uniforme ê ba~

tante complexa, mesmo utilizando-se o critêrio de Tres-

b) As têcnicas de minimização sao baseadas em mêtodos de

segunda ordem, os quais não permitem descontinuidade. O

critêrio de Tresca sandwich, o qual pode ser facilmente

utilizado para o limite inferior, torna-se bastante in­

comodo para o limite superior, devido as descontinuida­

des. envolvidas. A condição de escoamento usada então e

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1 5

aquela de von Mises para casca sandwich.

A casca sandwich ideal 23 e composta de duas liminas del

gadas de espessura e/2 cada uma, separadas por um imago de espe!

sura H;e/2. As liminas são tão finas que a variação de tensões a

traves delas pode ser ignorada. O imago não tem esforço de ten­

sao mas pode suportar o esforço cortante necessãrio.

A condição de escoamento ou criterio de plasticidade de

von Mises para cascas e dada por:

2 2 2

0 ~ + ºe - º~ºe; ºo (II.17)

A Figura II.5 mostra esquematicamente a casca sandwich.

Para garantir-se a simulação de casca uniforme Figura (II.6) deve­

se impor a condição de identificação entre a força normal e o mo

menta de flexão aplicadas as mesmas.

+ Os +

t e!Jmz@h t ea ,z,v;74 <Ts -N

' ------- H -----

t t ej///277fl/, <T; e4?7/7J/fl72 ~

1

Fig.lr.5 _ Casco sondwich - esquema

e H e H M; 2 °i 2 - 2 ºs 2

He ; ----,, (o .-a ) 't 1 S

(II.18)

no limite tem-se lo l;lo-l;o logo S 1 O

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t it

1

e· a o e

l 6

H 0 o"e 2

Para casca uniforme tem-se

([º .. <J/

+ e"/2

., ([o = ([o

+ .. cr: +-

([o.

Fig.JC..6 _ C as ca uniforme -esquema

Nu = a • e* o => e = e*

e*2 Mu

e* e* a o => H e/2 = a o 22 = 4 =

(II.19)

(II.20)

Obtem-se então a força normal mãxima a qual a casca po­

de resistir em tensão uniaxial e o momento mãximo de flexão uni­

axial.

a • e o

e2 T

Fazendo-se as devidas considerações:

(II.21)

(II.22)

Page 25: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

l 7

explicitando as tensões:

+ Ne

2 cr e = - - eH Me e

-Ne

2 Me cr e = - + eH 2

(11.23) +

N<I> 2

cr <I> = - - eH M<I> e

- l N<I>

2 cr <I> = + eH M<I> e

em função das variãveis adimensionais definidas nas equaçoes (II.

2), tem-se:

+ cro(ne-me) cr e =

-ªo(ne+me) cr e =

(11.24) +

cr 0 (n<l>-m<I>) cr <I> =

-cr 0 (n<l>+m<I>) cr <I> =

explicitando-se novamente o criterio de von Mises sandwich para

as variãveis admensionais tem-se:

- folha inferior

l (11.25)

folha superior

(11.26)

A condição de escoamento nao poderã ser violada em ne-

Page 26: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

18

nhuma das folhas, porque devem ser respeitadas duas superficies

de escoamento não-lineares 23 •

Definem-se tambem, de forma anãloga, variãv.eis auxilia

res 54 em relação as velocidades de deformações.

ecf,S,; l 2 (~c/>-kc/>)

e e/> i ; l

U:c/>+kc/>l 2

(II.27)

ees ; l

(~e-ke) 2

eei ; l

(se+kel 2

11.5. LEI DE ESCOAMENTO - POTENCIAL PLÁSTICO

t necessãrio estabelecer-se um relacionamento entre as

componentes de tensões e as correspondentes deformações plãsti­

cas, tal regra ou lei e geralmente conhecida como regra de es -

coamento ou lei de escoamento 3 7.

Em plasticidade, as relações tensões-deformações sao

nao lineares e as deformações não. podem ser unicamente determi­

nadas pelo estado de tensões porque as deformações plãsticas d!

pendem tambem de toda a histõria do carregamento. Devido a essa

dependencia, e necessãrio usar teorias incrementais as quais pr~

ponham um relacionamento entre tensões e deformações incremen -

tais.

O incremento de deformação plãstica (d~). pode ser ob­

tido do critério de plasticidade f(o) como segue:

Page 27: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

l 9

(II.28)

onde dA ê uma constante nao negativa de proporcionalidade a qual

pode variar durante a histõria do carregamento.

Pode ser notada que a equação (II.28) implica em que o

vetor de deformação plistica seja norma.l ã superflcie de escoa -

menta da qual ê requerido ser suave e convexa. Esse princlpio e

conhecido como.''hipõtese da normalidade''.

O potencial plistico ê uma função escalar da tensão. Se

ja a função g(~) da qual a componentes de deformação plistica p~

dem ser obtidas por diferenciação parcial em relação as tensões

como segue:

dP = dA~r~~ (II.29)

Se g(~) ê tal que ê uma função simétrica das três ten­

soes principais, então esta função ê o critêrio de plasticidade

assim como o potencial plistico.

Para este caso particular, ambas as equaçoes (II.28) e

(II.29) serao as mesmas.

Page 28: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

20

CAPÍTULO III

APROXIMAÇÃO ESTÁTICA

III .1. INTRODUCÃO

Pesquisa-se o limite inferior da carga de colapso atra­

ves de uma aproximação estãtica fundamentada no primeiro teorema

da anãlise limite (cap. II). A carga limite real serã a maior das

cargas correspondentes a um campo de tensões estaticamente e pl as­

ticamente admisslvel. O modelo de equilibrio e baseado num campo

de tensões paramêtricas assegurando equillbrio interno e trans­

missão continua de tensões entre elementos 25 , 26 , 2 7. Para geraçao

automãtica desses campos de tensões em uma estrutura de forma

qualquer adota-se o mêtodo dos elementos finitos modelo de equi­

librio. Para garantir que o campo de tensões seja plasticamente

admisslvel aplica-se o criterio de von Mises.

H 1.2. FORMULAÇÃO DOS ELEMENTOS FINITOS DE EQUILÍBRIO

Associa-se a cada elemento k um campo parametrico de

tensões ~k dependente de dois sistemas de parâmetros arbitrãrios

~k e ~k dando especial atenção aos modos de transmissão de ten­

sões40,54.

Tem-se

Page 29: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

21

k sk bk Tk k Rk k a ; + c ; a

(III.l)

com Rk ; Jsk TkJ e a kT

l~k k T

; c J

B. Fraeijs de Veubeke 2 7 demonstra que os parâmetros bk e

ck equilibram respectivamente os campos os

equações de equil1brio homogêneas (~k~k) e

quais verificam as

as forças de superf1-

cie (!k~k), são arbitrârios e independentes do princ1pio da ener

gia complementar.

As cargas generalizadas que atuam nas fronteiras sao de

finidas concordando com a seguinte regra: ao longo de cada fron­

teira de conexão a distribuição da tensão ê unicamente determina.

da pelas cargas generalizadas pertencentes a essa fronteira e vl

ce-versa. Dessa maneira a reciprocidade entre cargas generaliza­

das atravês de fronteira ocasiona completa continuidade de trans

missão de tensões. O vetor de forças generalizadas 9k e então ex

- - k k presso em funçao dos parametros ~ e c como segue:

Para as cargas generalizadas (9~) pertencentes a fron -

teira do elemento k

k k bk k ck g ; e + e -1 -11 _12 (III.2)

k k sendo então as cargas de superf1cie ! ~ representadas por um sis k tema de forças generalizadas suplementares (9 2 ) dado por:

k k k 92 ; ~2 2 ~2 (III.3)

Pode-se escrever então

Page 30: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

22

2k = ck ak

(III.4) k k

ck ~11 ~ 12

l2kl T

12~ k T

com = k e = ~2 1 o ~22

onde ck e a matriz de conexao de forças do elemento k.

O relacionamento de forças devido as conexoes segue d!

retamente da consideração do trabalho virtual das cargas externas

atuando ao nlvel de nõs. Se~ denotar o vetor de velocidade de

deslocamentos conjugado ao vetor de forças. generalizadas (9) da

estrutura, a seguinte igualdade de trabalho virtual existe para

um vetor g de velocidade de deslocamentos arbitrãrios.

2T .

1 kT . k

~ kT

~k (III.5) g = 2 g = 2 9 k

onde 2T = ~ ~ kT

~k ou 2 = ~ LT -k

~k

sendo Lk uma matriz de localização. -Essas equaçoes mostram como as cargas num elemento iso-

lado somam-se para equilibrar as cargas externas nos nõs 2 7 • Devi

do a regra adotada nos modelos de equillbrio para unir cada qua~

tidade generalizada a somação para cada linha da equação (IIl.5)

aplica-se a apenas dois valores. Se a carga externa corresponde~

te acontecer ser zero, tem-se então uma confirmação da reciproc!

dade das ações entre dois elementos. Quando a carga externa estã

presente a continuidade de tensões e cumprida somente se a carga

externa possui o mesmo tipo de distribuição.

De acordo com as equaçoes (111.5) pode-se afirmar que a

Page 31: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

23

potência de dissipação total sera a soma das potências de dissi-

paçao de cada elemento:

p l ·kT k ·T

~ kT k . T

(III.6) = g ~ = g L ~ = g ~ k

onde

e ~ kT ck Mk

~ kT k

~ = a = L a = L ~ - - -

sendo

e t kT ck Mk (III.7) = L

Para atender a condição de ser plasticamente admissivel

aplica-se o critério de von Mi s e.s , conforme eqs. (11.25 e 11.26)

escrito sob forma matricial, para cada no do elemento k.

T lne m<I> 1 o = me n<I> ; -

(III.8)

1 o o o 1 o o o

Q1 2. -2 1 o o Q2 2· 2 1 o o

= e =

-1 +1 -2 - 1 -1 2

+1 -1 o -1 -1 o

1 T º1 1 l T Q2 l 7 o o < e 2 o o < - - (111.9)

k Rk ak Rk Mk kT aT(~k~k)

T sendo o = = a e o = -

Page 32: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

24

tem-se

(III.10)

e

Por questão de notação adota-se:

e (III.11)

obtendo-se então as seguintes inequações:

1 ªT vk a< 1 2 _1 e } ~T ~} a < 1 (III.12)

as quais sao aplicadas apenas nos dois nos do elemento k.

De acordo com o primeiro teorema da anilise limite e as

equaçoes (III.12) o problema se identifica com a programação ma­

temitica seguinte:

Maximizar A{a} sujeito as condições:

' e 1 T vk 1 e 21 ªT ~2k a < S ;A g; a a a< ·~ - • 2 _ l (III.13)

sendo 9 o vetor de forças exteriores unitirias impostas. Tem-se

assim que o miximo valor do multiplicador A ê a carga de colapso

da casca.

Page 33: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

25

111.3. ELIMINAÇÃO AUTOMÁTICA DOS PARMETROS DEPENDENTES

Uma vez montado o sistema s=f ~· para toda a estrutura,

com as cargas generalizadas de fronteira (g 1 ) apresentando ames

ma distribuição das tensões, o vetor de forças generalizadas su­

plementares, o qual representa as cargas de superf"icie, não mais

participa diretamente da montagem desse sistema. As forças gene­

ralizadas suplementares não são uma carga generalizada pertence~

te diretamente as fronteiras de cada elemento.

O sistemas= C a pode então ser ordenado da seguinte for

ma:

Nq

1 Nd i i Ni

CQ.Q. CQ.r 1 1 ------, ------ Na

Na=Nd+Ni

Nq=Nd+Nr

(III.14)

Os primeiros elementos do vetor de forças nodais (~) co_i:.

respondem as direções livres e os ultimos as ações nos apoios;no

vetor de parimetros (~) os primeiros parimetros são os "depen-

dentes'' e os ultimos os ''independentes'', entende-se por parame­

tros independentes aqueles fixados a priori.

O vetor Se o vetor a sofrem uma reordenação simples iso

ladamente, gerando uma reordenação dupla na matriz de conexao C.

A matriz CQ,Q, como apresentada sugere que o numero de p~

rimetros dependentes (Nd) seja sempre igual ao numero de direções

livres, também Nd. Essa igualdade ocorre porque cada elemento

acrescido ao sistema contribue com três direções livres e três p~

Page 34: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

26

râmetros dependentes.

Eliminando-se os movimentos.de corpo rlgido tem-se o

rank de Ç igual a Nd, ou seja Nq-Nr. Ainda usando propriedades de

calculo matricial 30 , em relação ao rank, deve-se notar que ove­

tor de soluções (a) tera um nümero de variâveis que podem assu­

mir valores arbitrârios (independentes) igual ao nümero total de

parâmetros menos o rank de ç, ou seja (Nd+Ni)-Ni=Nd, os quais es

tarão unicamente relacionados a estas variâveis. Portanto a sub­

matriz ç11 ~ quadrada e não singular permitindo assim explicitar

os parâmetros dependentes em função dos independentes como segue:

Com este procedimento o vetor a fica:

a = a

fazendo-se

tem-se:

a = -o o

a= À•a + H a -O

e H =

I

(III.15)

(III.16)

(III.17)

(III.18)

(III.19)

Page 35: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

27

substituindo-se nas equaçoes (III.13) do critirio de plasticida­

de obtem-se as restrições com o multiplicador A jâ inclufdo e em

função dos parâmetros independentes.

l T k 7 ~ ~1,2ª ~o+

(III.20)

define-se . -por conven1encia

zk = HTVk _ _ l , 2 a

-O wk = HTVk __ l, 2 H

(III.21)

Zlk T k H Bk T k = ~0~1,2 = ~0~1,2 a

-O

o problema fica então definido como:

Maximizar À lal sujeito a

l A2 Bk l AaTzk l AZlk 1 aTwk l 2 + 7 + 7 a + 7 - - a < (III.22)

A força generalizada suplementar, a qual representa as

cargas de superffcie i obtida para cada elemento k atravis da in

tegração da equação (II.10) ao longo do elemento k.

d ds

52 52

(sq)ds + J n8 tg a ds + J · 2s pnds=O 51 S1

(III.23)

Page 36: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

28

As tensões circunferenciais n8 e m8 , as quais foram fi­

xadas durante a parametrização e tornadas assim variãveis inde -

pendentes, são determinadas para. cada elemento k da mesma forma

que a equação (III.23) através das equações (II.9) e (Il.11)

(III.24)

(III.25)

111.4. VETOR DAS FORCAS EXTERIORES UNITÁRIAS

E neces5ãrio transformar as cargas distribuidas ao lon­

go do elemento em cargas equ.ivalentes nodais 55 concordando com a

distribuição das tensões na fronteira da cada elemento.

Através de uma expansão linear

' u = ª1 + ª2 s

e de uma expa.nsao cübica

com

dw as

+as 13 6

(III.26)

(l!I.27)

(III.28)

para os deslocamentos ao longo do elemento, relacion~m-se estes

com os deslocamentos nodais do elemento através da matriz de in­

terpolação A

Page 37: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

29

ou seja

u ª11 ª12 a1, ª1, ªis ª16 u 1

w a 2 1 ª22 ª23 ª2 4 a 2 s a 2 G W1 (III.29)

<P ª, 1 a,2 a,, a,, a, s a, G <j, 1

U2

W2

<P2

tem-se conforme Figura(III.l), para o no l, s'=D, logo

u1 = ª1

w1 = a, (III.30)

<j, 1 = a,

I '1 \ r~~. m~

s - - r -.:: '" 1~ 162

2

X

F i g . .nr.1 _ E I emento finito tronco c8nico -cargo ,,nodal equivalente

para o no 2, s'=1, onde 1 e o comprimento do elemento em questão.

Page 38: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

30

U2-U1 U2 = U1 + ª2 • ,Q, -> ª2 = ,Q,

W2 = w1 + <jl 1 • ,Q, + a ,Q,2 5 + a ,Q,3

6 (III.31)

<P2 = <jl 1 + 2a 5 t + 3a F 6

resolvendo-se o sistema

(III.32)

2 W1+W2 aG = IJ (u1-U2) + ,Q,2

Pode-se então escrever

s 1 . s 1

u = (1- y)u 1 + ,Q, u 2

3s' 2 2s' 3 s' 2 s' 3

+ (-rr- - ~)W2+(- -,Q,- + ~)<j,2

(III.33)

6s' 6s' 2 4s' 3s 12

<P = (- ~ + ~)w1+(l- -i- + -rr-l<P 1+

6s' 6s' 2 2s' 3s' 2

+ (~ - ~)W2+(- -,Q,- + -rr-l<P2

A matriz de interpolação A resultante e:

Page 39: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

31

s1 o o s1 o o 1- T I~ T

A o 3s i 2 2s 1 3 2;s 12 · s 13 o 3s 12 2s 13 512 s13

= 1- -V-+ Q} s- -- + ~ -V- - Q} --y-+v-. Q, Q,

o 6s 1 6s 12 4s 1 3s 12 o 6s 1 6s 12 2s 1 3s 12

-v-+QT 1--y-+-v- V- - --V- --y-+-v-

(III.34)

O vetor de forças equivalentes nodais e dado por

T ~ • e dA

T ~ ·e·r ds)21TQ, com ds

ds = T (III.35)

O}, neste caso pn=l para impor-se um

vetor de forças exteriores unitãrias.

Tem-se então

o

l-3s 12 +2s 13

(s 1-2s 12 +s 13 )·Q,

o

3s 12 -2s 13

(-s12+s13)•Q,

e necessãrio definir-se agora

r = ri + s 1Q, cosa

(III.36)

(III.37)

onde ri e o raio do n6 inicial conforme Figura(III.li Segue-se

~" = 21TQ,11J1

ATp r.ds+f1

ATp s 1Q, CDS a d;l ~ ~o - - 1 o - - J (III.38)

Page 40: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

32

1 o

s' s' 2 3 2 r.(s'-s' 3 + +i cosa.(-,,- - - s'"+ - s' 5)

i -Z e 4 5

o

s'" 3s'" 2s' 5

r;(s''- -z)+i cosa. (~-4- - --s--l

o

Aplicando-se os limites de integração

o

ir i 3i 2 cos a. -Z + 20

9-2 r . ] i 3 cos 0.

12 + 30

(III.39) o

ir; 7i 2 cosa. -Z + 20

i2 r . i i 3 cos 0. - 12 - 20

111.5. ELEMENTO FINITO DE EQUILÍBRIO TRONCO-CôNICO

Para o elemento finito de equillb~io tronco-c6nico da

F . (III 2) -t . d - k k k d · igura . o campo parame rico e tensoes ~ =~ ~ eve satis-

fazer a priori as equações de equillbrio (II.9, II.10, II.11).

Para tanto atribui-se ãs tensões circunferenciais n8 e m8 param~

Page 41: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

33

tros fixados e resolvendo-se as equaçoes de equillbrio em função

destes, tem-se:

sob

ne

me

ncj,

m<I>

d l ) dr ( r n ) - a 1 ; O -> n ; a 1

2) d(rq) + ª1 tg (l +

2rp ; o dr CDS (l

rp ª· -> q ; -a1 tg (l - + -cos (l r

3) hd~~m) - h ª2 - rq ; O cos (l

ª3 + r

-> m a 1r tg a pr2 ª• ªs

= ª2 - 2h cosa - 3h cos 2 a + h cosa+ -Y:--

forma matricial, Ok;Rkak -

k k k o o o o o ª1

o l o o o o ª2 ;

1 ª3 l o - o o o

ª· r

r tg a 1 1 r2 ªs - Zh CDS (l

o h - 3h cos 2 a CDS a r p

(III.40)

(III.41)

Como o vetor de forças exteriores generalizadas estã re

presentado pelo vetor de forças nodais equivalentes, o qual apr~

senta o mesmo tipo de distribuição das tensões (garantindo cont!

nuidade), obtem-se naturalmente a matriz de conexão definida em

(III.4, III.7) das equações (III.40, III.41).

Page 42: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

34

" Fig.Jit.2_Elemento finito de equilibrio-tronco con1co

k -1 o o o o k k n1 r1 ª1

l r1 ql -tg a. o o o

CDS CI. ª2 r1

r1 tg a. r2 l m1 - 2h CDS CI.

o h CDS CI. r1 - 3h cos2a. a,

= l

(III.42) n2 l o o o o ª• r2

l r2 q2 tg a. o o o ªs r2 CDS CI.

r2 tg a. l l r2 2

m2 Zh CDS a. -1 o - h 3h cos2a. p CDS CI. r1

definindo-se as cargas de fronteira conforme Figura (III.2)e

kT ~l = ln1 ql m1 n2 q2 m2 1 (III.43)

kT ck k escreve-se ~l = a

Como a potência de dissipação. e a soma da potência de

Page 43: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

35

dissipação de cada elemento~ necessirio referir-se todas as ma­

trizes ao mesmo sistema de eixos globais.

~g = TT ~ (III.44)

onde

!1 o o CDS a -sin a o T = o !1 o !1 = sin a cos a o (III.45)

o o !1 o o

Para as cascas que nao terminam em abertura, constroi­

se um elemento especial que tem por finalidade representar o "fe

chamento c6nico" da geometria 5'.

No ponto de singularidade

= a = ª2

com

~T = ln2 q2 m2I

(III.46)

o o e = tg a o 52

52 tg a 52 2 2h -1 3h

Page 44: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

36

CAPÍTULO IV

APROXIMAÇÃO CINEPIÁTICA

IV.l. INTRODUÇÃO

Neste capltulo pesquisa-se o limite superior da carga

de colapso atravês de uma aproximação cinemãtica fundamentada no

segundo teorema da anâlise limite apresentado no Capltulo II des

te trabalho.

A carga limite real ê a menor das cargas do campo de

velocidades de deformações cinematicamente admisslvel (e plast!

camente admisslvel). O modelo de deslocamentos parte de hipõte­

ses arbitrãrias sobre o campo de velocidade de deslocamentos g~

neralizados de tal maneira que a compatibilidade entre elemen­

tos seja assegurada. A geração automãtica desses campos para uma

estrutura de forma qualquer baseia-se na têcnica dos elementos

finitos compatlveis 28 , 55 (modelo deslocamento). Para garantir

que o campo de velocidades.de deslocamentos seja plasticamente

admisslvel aplica-se o critêrio de plasticidade de von Mises.

IV.2. FORMULAÇÃO DOS ELEl'lENTOS FINITOS C~PATÍVEIS

Admitem-se hipÕteses arbitrãrias sobre o campo de velo

cidade de deslocamentos de cada elemento k .

• k uk . k u = •a (IV.l)

Page 45: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

37

onde uk contem os termos polinomiais em variâveis locais da ve­

locidade de deslocamento e ak e um vetor de parâmetros arbitrâ-

rios.

De acordo com as condições de contorno do elemento de­

termina-se um sistema de velocidades de deslocamentos generali~

zados (gk) o qual deve garantir a continuidade, entre elementos,

do campo de velocidade de deslocamentos 54•

. k Bk g = k a (IV.2)

ak 8- k . k B-k 1Bkl -1

= - ·g onde = (IV.3)

Utilizando-se as relações velocidade de deslocamento -

velocidade de deformação tem-se

; (IV.4)

sendo os vetores e as variâveis auxiliares (11.27) apropriadas

para aplicação do critério de von Mises ''sandwich''.

Tem-se então

e ik ik -k ·k = A ê • g e s k As k - k · k

= ê •g

em função das velocidades de deslocamentos generalizados (gk),o

que permite exprimir a dissipação interna e a dissipação exter­

na em função dos termos polinomiais, da velocidade de desloca -

mento, dos parâmetros arbitrârios e do vetor de velocidades de

deslocamentos generalizados.

A montagem dos elemento~ finitos realiza-se como todo

Page 46: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

38

modelo deslocamento em elasticidade, uma vez que a potência de

dissipação total sera obtida simplesmente pela soma da potência

de dissipação de cada elemento k.

e (IV.6)

De acordo com o segundo teorema da anãlise limite e as

equaçoes das potências de dissipação interna e externa, desen -

volvidas a seguir, o problema passa a se identificar com um pr~

blema de programaçao matemãtica, modificado de (II.14) para ob­

terem-se melhores resultados:

minimizar dint{g}

sobre a condição dext>l, obtendo-se (IV.7)

IV.3, ELEMENTO FINITO COMPATÍVEL TRONCO--CÕNICO

O campo de velocidade de deslocamentos (9), o qual de­

ve ser compat1vel e cont1nuo utiliza expansões lineares e cubi­

cos55 respectivamente para

u = a 1 + a 2 s

(IV.8)

sendo

Page 47: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

39

A coordenadas estã definida na Figura(IV.l~

Fig. IlZí '. I _ Elemento finito compat(vel- tronco cônico

o sistema de velocidade de deslocamentos generalizadas

( 9) estã orientado conforme indicado na F i g u r a (I V . 1).

·T lü1 .

$1 .

~2 1 (IV.9) 9 = w1 U2 W2

De acordo com as equaçoes (IV.8) tem-se:

U1 s1 o o o o ª1

w1 o o s1 52 1 3

51 ª2

$1 o o o l 2s 1 3 s 2 a, 1 = (IV.10)

U2 52 o o o o 34

W2 o o l 52 S2 2 s' 2 ªs

<P2 o o o l 252 3s 2 2 ª6

A matriz inversa de B, definida em (IV.3) e dada por:

Page 48: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

40

r2 r1 o ili o o -x; o

l

cos Ct o o cos Ct o o li1 lil

r: 112 l r1r~ll1 r11112 r1r2ll1 o li3 - li3 cos o li3 113 cos Ct

-1 B .. = 6r1r2cos a 6r1r2cos a r2 r12 r1r21

o li3 o 113 3 3

3cos2 aí: r 2 1 cos a 3cos2al: r 12 COS Ct

o li3 o 113 113 3

2cos3a 111cos2a o .2cos3a cos2a111 o li3 /í,3 113 113

(IV.11)

com

1112 = r l -3r2

(IV.12)

Encontra-se a seguir a matriz~ definida na eq. (IV.4)

a qual relaciona o campo de velocidade de deformações com os p~

râmetros arbitrãrios

(IV.13)

Aplicando-se as equaçoes (II.12), (11.13) e (IV.8)

dÜ Eq> = OS = = ª2 (IV.14)

Page 49: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

como

41

. . • = u-w tg CI. €8 s =

a 3 tg a.

s - a 4 tg a. -

hd 2 w i<q, = - crsr- = -h

d2 (a 3 +a 4 s+a 5 s2+a 6 S3 )

s =

. h dw K6 = - s os = =

De acordo com as equaçoes (11.27)

e q, i l ( ~q, +i<q,) l (a 2-2h a 5 -6h a 6 s) = 2 = 2

l (~"'-K"'l

l (a 2+2h a 5 +6h a 6 s) e q, s = 2 = 2

l (~6+i<6)

l ª1 a 3 tg CI.

eei = 2 = 2 (- +a2 - -a 4 tg s s

-a 5 tg CI. s-a6tg a.s2 -

ha4

-2ha 5 -3a 6 sh) s

l (~e-Kel

l ª1 a,tg CI.

e6S = 2 = 2 (- +a2 - -a 4 tg s s

-a 5 tg CI. s-a 6 tg CI. 52+ ha 4

s +2ha 5 +3a 6 sh)

s=r/cos CI. ' as matrizes Aik e Ask ficam -

a.-

a.-

(IV.15)

(IV.16)

(IV.17)

(IV.18)

(IV.19)

(IV.20)

(IV.21)

Page 50: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

42

o l o 2jh + 6hjr cos Cl

.k l _ tg a r +2 .h AJ = 2 cos Cl J

cos Cl l -tg Cl+ jhcos et tg et r2 3jrh

cos2 et + cos Cl r r

(IV.22)

k ik para j=l tem-se ~s e para j=-1 tem-se A •

Uma vez encontradas as matrizes A e~ pode-se utilizar

as equações (IV.5) as quais relacionam velocidades de deforma -

ções com velocidades de deslocamentos.

IV.4. POTÊNCIA DE DISSIPACÃO INTERNA

A potência de dissipação interna em função das variã­

veis reduzidas definidas nas equações (11.2 e 11.3) ê dada por:

rdr cos Cl

(IV.23)

e em função das variãveis auxiliares definidas nas equaçoes (II.

24 e 11.27)

(IV.24)

Recorre-se a lei de escoamento (potencial plãstico) a

fim de obterem-se as tensões em função das velocidades de defor

mações. Escreve-se a condição de escoamento (11.17) tambêm con-

Page 51: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

43

forme as equaçoes (II.25 e II.26), tendo-se:

fi 2 2 1 o = o <Pi - 0,pi 0ei + ºe; - <

(IV.25)

fs 2 02 1 o = º,ps - 0,ps 0es + - <

8S

aplicando-se a hipõtese de normalidade

À. afi

À-(2o<P.-o 8 .) e <Pi = = l a o <Pi l l l

À . afi

À.(20 8 .-o<P.) eei = ªºsi

= l l l l

(IV.26)

e <P s Às afs

Às(2o<Ps-ºesl = ªº <P s

=

ees Às afs

Às( 20 es- 0,ps) = = ªºes

Resolvendo-se as equaçoes (IV.26) obtem-se

o <Pi = (2e<Pi+e 8i )/3À;

0ei = (2e 8i+e<Pi)/3Ài

(IV.27)

º,ps = (2e,ps+e 8s)/3Às

0es = (2e 8s+e<Ps)/3Às

Substituindo-se as equaçoes (IV.27) nas equaçoes (IV.

25) da condição de escoamento tem-se:

Page 52: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

44

; o

(IV.28)

de forma semelhante

(IV.29)

Finalmente pode-se exprimir a di&sipaçio interna unica

mente em funçio do campo de velocidad~ de deformaç6es.

rd r cosa

rd r cosa

Page 53: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

Define-se

.T e, = J e .

cj, l

45

rdr CDS a

(IV.30)

(IV.31)

com C = 1 ~ 11

ficando dint sob forma matricial 3 º escrito como segue

çao das

tuem-se

2

/3 rdr

CDS a (IV.32)

Para obter-se a potência de dissipação interna em fun-

velocidades de .T

os vetores e 1

deslocamentos para um elemento k substi­sT

e~ pelas equações (IV.5).

rdr cosa (IV.33)

Fazendo-se

Page 54: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

46

.k kT .kT Aik B-k ,<1 = B- A1 e (IV.34)

sk kT T Ask B-k "R = 8- Ask e

as quais sao respectivamente as matrizes de tensões plisticas da

folha inferior e da folha superior da casca. Chegando-se a ex­

pressao

·k 1/

2 rdr 9 ) } cos (IV.35)

Hi ainda a necessidade de se considerar todas as velo­

cidades de deslocamentos referidas a. um mesmo si~tema de eixos

globais, ji que

(IV.36)

define-se Lk como a matriz de projeção de 9 sobre o sistema de

eixos locais do elemento k, ou seja

• k k 9 = L 9 (IV.37)

A seguir incorporam-se tais consideraç~es as matrizes

de tensões plisticas, ji definidas, sobre o sistema de eixos gl~

bais .

. k 2 kT . k k K l = ( r ) L "Rl L

cos Cl (IV.38)

Page 55: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

47

tendo-se por fim

(IV.39)

IV.5. POTÊNCIA DE DISSIPACÃO EXTERNA

A potência de dissipação externa em função das variã­

veis reduzidas definidas nas equaç6es (ll.2 e II.3) pode seres

cri ta por:

f (p<PÜ+2pnw) rdr [rnü+rqw-hriii~J

r2 d ext = +

CDS a r1 (IV.40)

: dw com <P = as

Definindo-se

kT r2 f = [ rn rq -hriii] r1 (IV.41)

o vetor de cargas externas concentradas nos nos do elemento

e (IV.42)

vetor de cargas distribui das ao longo. do elemento. Escreve-se

então:

Page 56: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

48

T . kT k k (p<PÚ+2pnw) = p k { ~} = e •U a = - w

{ ::. ) [: s o o o :J ª1 (IV.43)

o s 52 ª2 ª3 a,

ªs ª6

Substituindo-se ak conforme a equaçao (IV.3) tem-se

rdr fTkl ·k kT ·k + •q = g •q CDS a - - - - (IV.44)

considerando-se o problema proposto o vetor fk e nulo, assim co mo a componente p<P e nula, resultando

(IV.45)

integrando esta equaçao ao 1 ongo do elemento k•(s=r/cos a)

r2 s o o o o f 1 º 2pnJ

rdr - k . k ~ • 9 =

o o 1 52 53 CDS a r1 s

r2

I { º o 2pn 2pns 2p s 2 2p S3} rdr - k . k = CDS ~ ·g = n a ri

r2

2pnf [O r r 2 r 3 rdr B-k • k = o 1 (cosa) <cos a) 9 = CDS a CDS a -r1

(IV.46)

onde ~T resulta da integral e e dado por:

Page 57: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

-T l:l o

r 3 - r 3

1 2

3cos 2 0:

49

r4 -r4 1 2

4cos 3 o: (IV.47)

Uma vez que a dissipação externa total ê obtida atra -

ves da soma da dissipação interna de cada elemento, utiliza-se

a matriz de projeção ~k, eq. (IV.37), para ser possível efetuar

esta soma.

-T -k k • 2p •g •B •L •q n - - - -

kT • = FG • g (IV.48)

Page 58: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

50

CAPÍTULO V

PROGRAMAÇÃO NAO~LINEAR

V.l. INTRODUÇÃO

Neste capltulo apresentam-se os. mêtodos de programaçao

não-linear utilizados no trabalho bem como justifica-se o empr~

go de cada um deles.

Os mêtodos de programaçao não-linear apresentam carac­

terlsticas prõprias, que dependem da topologia da função objet!

vo, a qual deseja-se minimizar ou maximizar, e das restrições de

igualdade ou desigualdade impostas as variãveis independe~es33 ,

Para a aproximação estãtica foram experimentados três

mêtodos de programação não-linear. A têcnica da minimização se­

quencial sem restrições 3 1 - SUMT (sequential unconstrained mini

mization technique), como era esperado. no inlcio do trabalho,a­

presentou boa performance tendo sido programada especialmente p~

ra uso na aproximação estãtica. Outro. mêtodo usado foi o mêtodo

do gradiente reduzido generalizado versão Abadie 38 , 3 9 - GRGA c~

ja implantação. no NÜcleo de Computação Eletrõnica da UFRJ este­

ve sob responsabilidade do Programa de Engenharia de Sistemas da

COPPE/UFRJ 39 • Este metodo nao apresentou boa performance para uso

na aproximação estãtica.

O terceiro mêtodo experimentado e o mêtodo da tolerãn-

Page 59: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

51

eia flexlvel (FLEX) como apresentado por David M. Himmelblau••.

Este metada tambem não apresentou boa performance para uso na

aproximação estãtica.

Para a aproximação cinemãtica foram experimentados dois

metadas. O GRGA cuja performance neste caso foi boa e o FLEX com

performance bem inferior ao GRGA. Esclarece-se, entretanto, que

a utilização do algoritmo SUMT tambêm seria possfvel para a apr~

ximação cinemãtica• 2 mas exigiria programação especlfica.

Descreve-se a seguir o mecanismo. de funcionamento de

cada um dos mêtodos e apresentam-se as formas de utilização pa­

ra ambas as aproximações.

V.2. APRESENTACÃO DA TÉCNICA DA MINIMIZACAO SEQUENCIAL SEM RES­TRICOES - SUMI

O algoritmo SUMT, de Fiacco e McCormick 31 , 33 tem sido

desenvolvido para solucionar o problema de programação· ~ão-li­

near no qual a função objetivo f(x) e as restrições de desigual

dade gi(x) podem ser funções não~lineares das variãveis indepe~

dentes mas as restrições de igualdade hi(x) obrigatoriamente sao

funções lineares das variãveis independentes a fim de garantir­

se a convergência da solução do problema.

A idêia bãsica do SUMT ê resolver repetitivamente uma

sequência de problemas sem restrições cujas soluções no limite

se aproximam do mlnimo da programação não-linear. Em 1967 a ver

são codificada do SUMT foi convertida em uma sequência de pro -

blemas sem restrições pela definição da função P, como segue:

Page 60: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

52

m

.l 1 = 1

k e + p 2.

i=m+l 1 ( V • 1 )

onde os fatores de ponderação p sao positivos e formam uma se­

quência monotonicamente decrescente de valores {pjpº>p 1 > ... O}.

As Figuras (V.l), (V.2) e (V.3) ilustram a seguinte fun

çao P

(V.la)

8

6

4

2

2 4 6

F ig . .JZ:. 1 _ Contorno da função P para p = 102

Page 61: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

53

Fig.::SZ:.2_ Contorno da função P poro ~=I

8.0

;!,O

'Z. o

2.0 ,o '

1.0

o.o

o

2.0 4.0

-2 ,p=IO

-6.0 8.0

-2 Fig.3z:.3_Contorno da função P paro iJ= 10

Page 62: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

54

para três diferentes valores de p. A função Pê portanto um pr~

blema de programação não-linear no qual a função objetivo e as

restrições podem ser facilmente identificadas termo a termo com

a função (V.l). A linha tracejada da figura representa a traje­

tõria da minimização de P(x,p).

Note que Fiacco e McCormick 31 originalmente escolhem

fazer o funcional de restrições de desi.gualdades na forma de uma

barreira acrescentada (eliminada durante a maximização).

p

= i ~ l (V. 2)

para um ou mais g. (xk)+O a partir da região admissTvel ,G{g{xk))=; 1

originando o conceito de barreira. Como pk ê reduzido, o efeito

da barreira ê reduzido, ex pode se mover prõximo ao limite de

uma restrição de desigualdade. Existem outras possibilidades de

escolhas para G(g(xk)) tais como:

G(g{xl)) p k 2

= .l min{O,gi{x ]} 1 = l (V. 3)

G(g(xl)) p

l',n(gi(xk)) p l ou = - .l =

i ~ l l',n -~ 1 = l g i ( X )

Na versao codificada de 1970 do SUMT a função de pena­

l idade utilizada foi

f(x) + 1

~ m

i ~ l

k p k -p í.. l',ngi(x)

i=m+l (V. 4)

Page 63: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

55

Em ambas as versoes do cõdigo. a forma H(h(xk)) escolhidos foram

simplesmente a soma dos quadrados das respectivas restrições de

igualdade, tal que p(k)+O, as restrições de igualdade são mais

e mais aproximadamente satisfeitas. Apesar de, em principio, C!

da restrição de igualdade poder ser separada em duas desiguald!

des e assim tratadas, na prãtica este tipo de aproximação e bas

tante insatisfatõrio - retardando a pesquisa excessivamente e ten

dendo a causar terminação prematura.

A minimização das funções (V.l) e (V.4) e iniciada em

um ponto interior (ou ponto limitado), isto e, um ponto x0 no

qual todas as restrições de desigualdade estão satisfeitas. De­

pois que p0 e computado, x1 e determinado pela minimização de

P(x,pº). Então p1 e computado e x2 determinado pela minimização

de P(x\p 1 ), e assim sucessivamente.

O processo descr.ito apresenta algumas dificuldades. Prj_

melro, a matriz hessiana da função P torna-se progressivamente

mal condicionada a medida que se aproxima do extremo; logo adi

reção de busca pode tornar-se ineficiente. Segundo, a taxa de

convergencia depende da escolha do ponto inicial p0 e do metodo

- k de reduçao de p

Finalmente, a maioria das informações sobre a topolo -

gia de f(x) e P(x,p) e descartada de um estãgio para outro, mes

mo assim algum tipo de extrapolação pode ser incorporada ao al­

goritmo.

V.3. APRESENTACÃO DO MÉTODO DO GRADIENTE REDUZIDO GENERALIZADO -

GRGA

O metodo do gradiente reduzido de Wolfe 38 , para resol-

Page 64: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

56

ver os problemas de programaçao matemãtica com função objetivo

nio-linear continuamente derivãvel na qual as restrições sio li

neares, estã generalizado por Abadie e Carpentier 38 para o caso

onde as restrições sio não-lineares. Se as funções que represe~

tam as restrições forem continuamente derivãveis, a convexidade

na-0 e entio exigida. Caso a convexidade nio seja exigida o õti­

mo pode ser local.

O metada do Gradiente Reduzido Generalizado por Abadie3 9

(GRGA) representa no plano teõrico uma generalização do metada

Simplex de programação linear. Em razio da não-linearidade da

função objetivo, seu gradiente nio e mais constante e e necessã

rio o cãlculo em cada novo ponto. Por outro lado mesmo aplicado

a um programa linear, o metada do gradiente reduzido e uma gen~

ralizaçio no sentido que em lugar de proceder uma otimização se

gundo uma so componente do gradiente, a pesquisa do Õtimo se efe

tua segundo uma direção que põe em jogo virias componentes (co~

respondentes as variãveis independentes) de cada vez e os valo­

res das variãveis independentes nio sio mais obrigatoriamente

iguais a um de seus limites.

Conforme a dimensão dos problemas, certas similarida­

des entre o GRGA e o Simplex permitem adaptar os aperfeiçoamen­

tos de cãlculos introduzidos ao nivel de programaçao linear de

grande estatura, notadamente as técnicas de matrizes geradas p~

la inversão e a atualização da matriz de base.

Por outro lado, o GRGA realiza uma serie de programas

não-lineares sem restrições dentro do sub-espaço das variãveis

independentes limites. Pode-se entio introduzir os metadas de

otimização sem restrições, (de melhor performance) com ligeiras

modificações destinadas a evitar a violação das restrições dos

Page 65: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

57

limites sobre estas variãveis.

Considera-se um programa matemãtico sobre a forma cano

nica seguinte:

Maximizar f(x) x 6 En

sobre a condição h.(x)=O 1 -

L.<X.<U. J- J- J

(V. 5)

i=l, ... m (V. 6)

j=l, ... n (V. 7)

e ainda que P={!la~x~b} e En e um paraleloide definido pelos li

mites sobre x.

Esta formulação e suficientemente generalizada para r~

presentar todos os problemas de programação não-linear, porque

as restrições de desigualdade podem sempre ser transformadas em

restrições de igualdade pela introdução de variãveis auxiliares.

A

A. 1

A. J

A~ 1

ah ãx

e

e

e

a

a

um

Utilizam-se as notações matriciais seguintes:

e o jacobiano (mxn) das funções hem relação as variã

veis x

linha i de A -

linha j de A -

elemento ( i 'j ) de A -

Ak = ah e a sub-matriz formada das colunas {~jlj 6 k} axk

ek e o vetor-linha formada dos elementos {eiJi 6 k}.

Seja x0 uma solução admis8ivel, isto e, que satisfaça

Page 66: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

58

as restrições (V.6) e (V.7).

As m equações não-lineares (V.6) podem ser utilizadas

para eliminar m das n variãveis. Considera-se uma partição do

vetor !S € Enern dois sub-vetores: !s e Em (vetor de componentes

bâsicos) e !N € En-m (vetor de componentes não bãsicos). A ex­

pressão analitica de !sem função de !SN' !Ss=F(!SN), não pode em

geral ser obtida explicitamente. Supõe-se que~ matriz quadra­

da mxm: ah/ax~ ~ regular, isto que permite exprimir !sem fun­

ção derivãvel de !N dentro de vizinhança do ponto (x~,x~) veri

ficando h(x~,x~)=O.

O Jacobiano de F pode ser obtido como segue:

se dx8

, dxN são compativeis com as restrições (V.6),

(V. 8)

A variação da função objetivo na vizinhança de xº fi-

ca:

(V. 9)

de onde:

Fazendo-se .ê

nidas anteriormente:

= ah e introduzindo-se as notações defi ax 8

N B N df = [e_ -e_ s- 1 A Jdx - - N

(V.11)

Page 67: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

59

o que permite definir o gradiente reduzido no sentido de Wolfe'.ª

(V. l 2)

A matriz§ representa uma regra anãl oga aquela da matriz

de base em programação linear.

No entanto uma diferença fundamental em relação ao me­

todo Simplex i que nele podem ocorrer variãveis independentes

vinculadas por um. de seus limites, portanto a. evolução do GRGA

não serã limitada a uma sequência de soluções bãsicas.

Por dispor de uma direção dN de deslocamento das variã

veis independentes que. seja otimizante e admisslvel, se faz uma

projeção do gradiente reduzido ~Na fim de evitar-se sair do p~

raleloide P, quer dizer que se anulem as compo.nentes, em função

de seu sinal, correspondente as va~iãveis situadas na fronteira

de P.

A direção d8 de deslocamentos das variãveis bâsicas se

ra calculada de forma que a direção d=(d 8 ,dN) fique amarrada ao

hiperplano tangente as superflcies definidas pelas

(V .. 6). Portanto:

~d+~ d =0 axº 8 axº N B N

restrições

(V.13)

Escolhe-se em seguida um passo p~ por um processo de

pesquisa unidimensional, para fazer progredir o ponto.

Enquanto que xN se desloca. linearmente segundo a tan­

gente, x8 deve se deslocar não linearmente de forma a verificar

Page 68: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

60

continuamente as restrições de igualdade (V.6). No algoritmo es

ta progressao se farã em duas partes:

a) um deslocamento linear segundo a tangente:

b) uma correçao em x8

se impõe para fazer o ponto obtido,

reentrar no dom,nio admiss1vel; emprega-se um método iterativo

de resolução dos sistemas de equações. não-lineares (uma varia -

ção do método de Newton no presente estudo).

Ao ponto admiss1vel assim obtido, verifica-se o valor

da função objetivo. Se for melhor que o de partida recomeça-se

uma nova iteração do GRGA, se nao reduz-se o passo p e recalcu­

la-se um ponto admiss,vel.

O algoritmo se deterã então em um ponto estacionãrio de

Kuhn e Tucker 3 1, 35 que corresponde a um Õtimo local (ou global

quando se trata de um problema convexo).

V.4. APRESENTAÇÃO DO MÉTODO DE TOLERÂNCIA FLEXÍVEL - FLEX

O problema geral de programação não-linear 33 é:

minimizar f(x)

sujeita a h.(x)=O l -

g. (x)>O 1 - -

i=l, .•. ,m

i=m+l, ... ,p

(V.14)

Page 69: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

61

onde f(x), h.(x) e g.(x) podem ser funções lineares e/ou não-li - l - l -

neares. Em muitos métodos de programação não-linear uma parte

considerivel do tempo computacional e gasto em satisfazer condi

çoes rigorosas de admissibilidade.

O algoritmo da tol erincia fl exivel, por. outro 1 ado, o~

tem o valor de função objetivo pelo uso de informações provenie~

tes de pontos admissiveis, como também de certos pontos não ad­

missiveis chamados pontos admissiveis prõximos. Os limites des­

sa proximidade sao gradualmente feitos mais restritos ao .longo

do processo de pesquisa em direção ã solução do. problema de pr~

gramação., ate que no limite somente vetores admissiveis x em

(V.14) são aceitiveis. Como resultado dessa estratégia bisica

o problema (V.14) pode ser substituido por um problema mais sim

ples, tendo a mesma solução

minimizar f(x) (V.15)

sujeito a •k - T(x) > O

k- .-. - . ~ . onde• e o valor do cr1ter10 de toleranc1a flex1vel para adm1!

sibilidade no estigio k da pesquisa, e T(~) e um funcional pos!

tivo de todas as restrições de igualda.de e/ou desigualdade, do

problema (V.14) usado como uma medida da extensão da

de restrições. '

violação

V.5. UTILIZACÃO DA TÉCNICA DE PIINIMIZACÃO SEQUENCIAL SEM RESTRÍ COES CSUl'1Tl

O problema de programaçao não-linear esti apresentado

Page 70: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

62

no capitulo III em sua forma final pelos equaçoes (III.22) para

a aproximação estitica.

A função objetivo esti dada por

(V.16)

uma vez que se deseja encontrar o miximo valor de À o sinal ne­

gativo i necessirio pois se usa uma ticnica de minimização.

As restrições de desigualdade sao.da~as pela expressão

(V.17)

Como a função objetivo e bastante simples e as restri­

çoes mais complexas, aumenta-se a função objetivo com um termo

de penalidade, o qual deve ser pequeno nos pontos afastados das

restrições no dominio admissivel, mas que deve crescer rapida -

mente ao se aproximar da restrição 33 • Estai a filosofia do al­

goritmo do SUMI como codificado em 1967, equação (V.l).

Tem-se então a função de penalização P dada por

P("~,À,p) (V.18)

onde p e o parâmetro sequencial que sofreri reduções consecuti­

vas a cada minimização da função de penalização.

Cada elemento apresenta quatro restrições, duas por no

(folha superior e folha inferior) portanto tem-se o numero de

restrições (NR) igual a quatro vezes o n~mero de elementos (N),

exceto para cascas com ''fechamento cõnico" o qual possui apenas

Page 71: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

63

um no.

Em termos das equaçoes (V.16) a (V.18)

NR P(I,À,p) = -À+p l

i = l 1 1- 2

l

( k -1 k · k- - T k­;\ 2 B +Àa Z-+ÃZl .a+a w.a - _, - ,_ - ,_

(V.19)

Utiliza-se para a minimização da função de penalização

P, sem restriç6es, o método de Davidon-Fletcher-Powel 33 (DFP) o

qual e um importante método gradiente, ou seja, um método que

usa somente derivadas de primeira ordem. Durante o processo de

minimização de DFP uma serie de matrizes métricas converge para

a inversa da matriz hessiana de (V.19), desta forma o processo

aproxima-se da eficiencia do método de Newton-Raphson apos al­

guns passos de busca sem a necessidade de cãlculo da segunda de

rivada e da inversão da matriz hessiana.

Esclarece-se que qualquer outro método de minimização

sem restriç6es pode ser usado em lugar do método de DFP.

As derivadas parciais de primeira ordem da função de

penalização para cada variãvel sao:

aP(I,À,p)

ª" ~ - k l k- J . N.R . k a Z. Z . a

= P I (;\B.+ -=-z-=1- + ~l/g~(a,À) j=l J , - -

aP(I,À,p)

aa. -1

p NR ~ k k NA . o z -= ~ I ;\Z.+ÃZl .+ I a.(w .. +w .. ) /g.(a,Ã) e . l -1 - l . l J l J J l l -, = J =

A sequencia do método de DFP e dada por:

X . -,Q,+ l

(V.20)

(V.21)

Page 72: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

64

onde o vetor ~· e formado pelas variãvei s em questão, o vetor Q,Q,

determina a direção de progressão e e pr6prio do metodo e ªi

minimiza a função F(~,Q,+a,Q,Q,Q,).

t necessãrio recorrer-se a um metodo de busca unidimen

sional. Um processo muito importante e aquele que u ti 1 i za uma se -quencia de numeras denominada serie de Fibonacci 34 e outro e o

metodo da seção 33 aurea. Esses métodos apos um pequeno numero de

passos se equiparam. Utiliza-se neste trabalho o metodo da se­

çao aurea Figura (V.4) o qual e baseado na divisão de uma linha

em dois segmentos. A razão entre a linha inteira e o maior seg­

mento e a mesma razao entre o maior segmento e o menor. Duas fra

çÕes de Fibonacci são empregadas

f (x) ou f (y)

0,38

X(O) 1

1

e /5- 1 = F2 = -z

Y(ol,<Ol v<Ol ,<ol 1 2 12 3

.:,.(O)~ +-- A(l l ---t

0,62

y\º1= x\01 + o.38 dºI y~l = x\º1 + 0.62 A(Ol

X

Fig.:'.2:..4_ Seção áureo : o ponto inicial ocorre

o intervalo para o estágio 1.

(V.22)

Page 73: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

65

Emprega-se um método de detectação de. alguma violação

das restrições de desigualdade na busca unidimensional para evi

tar que o algoritmo ultrapasse o .dom1nio admiss1vel.

A convergência do processo de minimização de Davidon­

Fletcher-Powel atende ao seguinte critério:

(V.23)

onde VP é o vetor de derivados parciais da função de penaliza -

ção e H- 1 e o resultado da convergência de matrizes métricas,jã

aproximadamente igual a matriz hessiana inversa. Utiliza-se tam

bém um critério adicional para prevenir terminação prematura do

método por problemas de mal condicionamento das matrizes. Esse

critério adicional é dado por:

t,X - < E:2 adotando-se E: 2 ; ,lo-• (V.24) X

onde X e o vetor das variãveis em questão.

A cada sequência de minimização é neces5ãrio reduzir o

valor de p. Através de experiências numéricas o valor inicial de

p e seu dec.réscimo foram tomados iguais a:

P ; l o e P - ;pn/10 n+l (V.25)

onde n e o numero da sequência.

Para estes valores a convergência do SUMT mostrou-sees

tãvel e o tempo de processamento menor do que em outras _ expe -

riências 54•

Page 74: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

66

Estabelece-se o critêrio de finalização da otimização

global do algoritmo SUMT atravês de:

P(I,À,p) + l < E 3 adotando-se E 3 = 0,005 (V.26)

Os valores adotados para E 1 , E2 e E 3 sao experimentais

e levam em consideração que a minimização de cada sequência de

ve atender a minimização global.

V.6. UTILIZAÇÃO DO.MÉTODO DO GRADIENTE REDUZIDO· ~ENERAlIZADO

O mêtodo GRGA 38 , 39 implantado no NCE/UFRJ foi utiliza

do na obtenção de alguns resultados. O programa do GRGA resol­

ve o problema matemãtico apresentado pelas equações (V.5) a (V.

7).

O usuãrio pode introduzir certas opçoes. O programa ut_!_

liza o mêtodo de direções conjugadas de Fletcher-Reeves. Pode­

se fazer a modificação correspondente da direção do gradiente

e utilizar a diagonalização de Forysythematzkin.

O nGmero mãximo de iterações usual ê de 150 podendo

ser modificado. Caso as restrições (V.6) e (V.7) nao sejam sa­

tisfeitas pelo ponto de partida arbitrado, o programa introduz

variãveis artificiais, com um peso, o qual tambêm pode ser mo­

dificado.

A precisão de saida ê verificada por um parãmetro ado

tado igual a 10- 0, o qual dã uma precisão excelente.

Para o problema de aproximação estãtica. dado pelas equ~

Page 75: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

67

çoes (III.22) tem-se:

f(~,À);À, função objetivo a qual se deseja maximizar e

as restrições de desigualdade.

(V.27)

E preciso ainda definir os limites su.perior e inferior

das variãveis. Utilizam-se os 1 imites

10- 3 ; L <a< U; 10 3

Para o problema de aproximação cinemãtica dado

equaçoes (IV.7) tem-se

(V.28)

pelas

f(q) ; -dint' função objetivo a qual se deseja maximi­

zar. Notar que o sinal negativo vai conduzir a uma minimização.

A restrição de desigualdade e

h(g): 1 - dext < O (V.29)

As tondições de contorno da estrutura sao introduzidas

atraves dos limites superior e inferior das variãveis

(V.30)

V,7, UTILIZACÃO DO MÉTODO DA TOLERÂNCIA FLEXÍVEL CFLEX)

O metodo FLEX, cuja codificação estã apresentada por

Page 76: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

68

D.M. Himmelblau 33 , nao indicava boa performance. Como o mêtodo

nao utiliza informações de derivadas e se baseia apenas em pon­

tos admissiveis, o tipo de problema tratado neste trabalho,pri~

cipalmente a aproximação estãtica com função objetivo muito mais

simples do que as restrições, não ê indicado para o mêtodo. A

utilização deste mêtodo ê portanto de interesse comparativo.

Apresentam-se alguns resultados mais significativos.

D programa do FLEX resolve o problema matemãtico apre­

sentado pelas equações (V.14).

E necessãrio definir no inicio.o ''TAMANHO'' do poliedro

flexivel a ser utilizado durante a fase inicial. O valor reco -

mendado do ''TAMANHO'', quando se pode estimar os limites supe -

rior e inferior das variãveis ê:

l. ''TAMANHO"= 20% da diferença entre o limite superior e

inferior se a variação estimada para cada variãvel ê aproximad!

mente igual.

2. ''TAMANHO''= a menor diferença entre os limites superior

e inferior se a variação estimada para cada variãvel por dife -

rente.

Para os problemas de~te trabalho o item 2 parece ser

mais indicado para a maioria dos problemas.

O programa FLEX inclui uma subrotina chamada a cada vez

que o valor combinado das restrições violadas excede o valor do

critêrio de tolerância para o estãgio corrente. Esta subrotina

permite que o ponto de partida não seja admissivel, entretanto,

caso isto ocorra, o tempo de processamento ê consideravelmente

Page 77: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

69

maior.

Para o problema de aproximação estitica dado pelas eqs.

(III.22) tem-se

f(I,À)=À função objetivo a qual se deseja

maximizar e

as restrições de desigualdade.

Para o problema de aproximação cinemitica dado

equaçoes (IV.7) tem-se:

(V.31)

pelas

f{g) = -d. t , função objetivo a qual se deseja maximi ,n za r

A restrição de desigualdade e

g{g): dext < 1 (V.32)

As condições de contorno de estrutura sao introduzidas

atravês de restrições de igualdade

(V.33)

Page 78: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

70

CAP1TULO VI

RESULTADOS E COMPARACÕES

VI.l. INTRODUCAO

Neste capltulo sao apresentados os li~ites inferior e

superior da carga de colapso de cascas axissimetricas geometri­

camente diferentes 41 discretizados por elementos finitos tronco

cônicos, Figura (VI.l).

cônico

elemento tronco cônico

Fig.:::SO: .LDiscretização da casca em elementos finitos

...

Comparam-se os limites encontrados para uma casca côni

ca engastada com o diagrama pressão x deslocamento obtido com o

emprego do LORANE-NL 42 , 53 atravis de uma anilise elasto-plisti­

ca incremental. Mostra-se a convergência das formulações apre -

Page 79: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

71

sentadas e do~ metadas de programaçao não-linear utilizando-se

os resultados da anãlise limite de uma casca cõnita.

Resultados para carregamentos diferentes 1 • 43 daqueles

desenvolvidos nas formulações não são coerentes.

A anãlise elasto-plãstica de uma placa circular enga!

tada 49, discretizada por elementos finitos tridimensionais de­

generados, fornece o diagrama pressão x deflexão que e compar~

do aos resultados da anãlise limite da placa. Mostra-se a per­

formance dos metadas de programaçao não-linear quando se anali

sa uma. placa circular e algumas instabilidades do mêtodo GRGA

neste caso.

Apresentam-se os limites inferior e superior para di­

versas calotas esfericas. Uma delas ê discretizada por elemen­

tos finitos tridimensionais degenerados 47 , sendo estes resulta

dos comparados aos limites obtidos pelas formulações tratadas

neste trabalho. O resultado de uma esfera completa 50 assumindo

se pequenos deslocamentos elasto-plãsticos e comparado aos li­

mites inferior e superior.

Confrontam-se os limites encontrados para uma casca

el1ptica com o diagrama pressao x deslocamento obtido com o em

pre.go do LORANE NL 42 , 53 e discutem-se os limites obtidos para

discretizacões diferentes.

Os limites para uma casca torisferita com diferentes

discretizações são tambem avaliados. Esses resultados são com­

parados com aqueles obtidos por estimativas teõricas 45 , 46 e ou

tros metodos 54•

A tTtulo de ilustração apresentam-se os limites supe­

riores para um vaso de pressão axissimetrico 4 (cilindro/esfera)

Page 80: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

72

analisado para três diferentes espessuras e comparam-se estes re

sultados com os de uma anãlise elasto-plãstica incremental'ª.

VI.2. CASCA CÔNICA

Apresentam-se diversos resultados obtidos para a casca

cônica da Figura (VI.2). Compara-se na mesma figura a discretiz~

ção atravis de elementos finitos isoparamêtricos utilizada no LQ

RANE NL 42 , 53 para obter-se a curva pressão x deslocamento da Fi­

gura (VI.3) com a discretização utilizada na anãlise limite con­

forme apresentado neste trabalho. Observa-se a simplicidade dos

dados de entrada. exigidos pela anãlise limite (coordenadas) em

relação aqueles necessãrios a anãlise não linear (coordenadas,c~

netividade e carregamento).

A Figura (VI.3) mostra claramente o limite inferior bas

tante prôximo do inlcio da plastificação e a curva pressao x des

locamento tendendo a tangenciar o limite superior. Essei resulta

dos correspondem ao espera~o e mostram que a carga de colapso

real estã entre os dois limites, no caso mais aproximada do limi

te superior.

A convergência da formulação ê mostrada nas Figuras(VI.

4) e (VI.5) para duas cascas cônicos diferentes. Como o critêrio

de plastitidade, na aproximação estãtica, ê exigido apenas em ca

da no, quando se refina a malha de discretização o limite deve

sofrer alguma redução devido ao relaxamento do critêrio de plas­

ticidade na prôpria formulação da aproximação estãtica. Um com­

portamento diferente deste pode ocorrer e em geral ê justificado

por dificuldades no processo de maximização ou minimização. O

Page 81: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

7

«:=63°27' L =224.89 e =20 h =0022233

5

3

4

6 6 elementos

73

103

2

L -------+-

2 O elementos isoporométricos de 8 nós

Fig.::JZI.2_Casca cônica-discretização análise limite e LORANE NL

650

520

390

260

LS -----------

1,5 3,0 4,5 6,0 7,5' 9,0

E =210000 kgf/cm2

11 =0,3

<T º = 5000 kgf / cm2

6 elementos

wx0,2(cm)

Fig.::lZI.3-Casca cônica- curva pressão x deformação

Page 82: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

74

número de - iterações .. 181 (580) E GRGA 81 153 180

~ SüMT 49 82 88 113 ... OI ~

158331 -Q.

750 X

li LS

650

550

o 450 o o LI

2 4 6 8 n.!!. de elementos Te,mpo mm. GRGA 1:43 4:53 6:32 8:28(30:02) SUMT 0:55 4:31 11:27 29:05

Fig.JZI .4_Cosco cônico(Fig.3ZI.2)-limites e tempo de processanento

.,E o< =63º 27'

-1::? h =O.OI ... OI L=25 ~ -Q.

X 300

7121 X X X LS

240 1 o

180 o o LI

120 e = 1 <r0 =5000 kgf/cm2

-j-- L -1-60

2 4 6 8 n.!!. de elementos Tempo min.

GRGA 2:36 4:44 7:17 8:41 (30:40) SUMT0:51 4:53 12:40 28:36

Fig.E:.5_Gosco CÔnico-geometrioJimites e tempo de processamento

Page 83: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

75

processo ê de alguma forma interrompido antes de chegar ao mixi

mo ou m1nimo, sem entretanto, tratar-se de um mal resultado. Es

se resultado no entanto nio ê adequado para analisar-se a con -

vergência.

Os tempos de processamento no sistema Bu.rroughs 6700 do

NCE/UFRJ apresentados nas Figuras (VI.4) e (VI.5) mostram que os

resultados obtidos para oito elementos sio bastante prõximos da

queles obtidos para quatro elementos. Entretanto os tempos de

processamento aumentam 6.7 vezes para o limite inferior e l.Bve

zes para o limite superior, limitando-se o algoritmo (GRGA) a

180 iterações, chegando porêm a aumentar 6.6 vezes quando nao

se usa este procedimento.

A distribuiçâo da velocidade de deslocamentos ê mostra

da na Figura (Vl.6) e a distribuiçâo das tensões na Figura (VI.

7).

A Figura (VI.8) mostra a variaçio da pressao em rela­

çao a espessura para a casca cõnica da Figura (VI.2) e a conver

gência dos algoritmos SUMT e GRGA pode ser estudada pelo diagr~

ma da Figura (VI.9). Verifica-se que o tempo de processamento

cresce bastante relativame11te a uma pequena variaçio do limi­

te quando a programa(io aproxima-se do miximo ou m1nimo da fun­

çao.

Uma comparaçao dos tempos de processamento entre o GRGA

e FLEX esti na Figura (VI.10), que contem tambêm a geometria da

casca cõnica analisada 54 • Nota-se que o FLEX apresenta uma va­

riaçâo de tempo de processamento considerivel ao modificar-se o

"TAMANHO" do poliedro inicial admiss1vel, o que torna o mêtodo

por demais inconveniente em termos priticos.

Page 84: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

2.5

2.0

1.5

1.0

0.5

/

+-r+ 8elementos

,-------

76

1

.1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1. r

Fig.3ZI.6_Cosco cônico - velocidades de deslocamento

1.0

0.8

0.5

0.2

.-" m/40 .·º

8 elen,entos

.1 .2',,.3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1. r

Fig.JZI.7 _ Casco cônico -distribuição dos tensões

' '

Page 85: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

-.. E o

' 700 -e,, ~ -a.

500

300

100

o<. =63° 27' L =224.89

5. 10.

77

/

I I

/

I

I

20.

I

+-L+.

e{cm)

Fig.:m:.a_casco cénico-limites poro diferentes espessuras

~ 1.05 +­., "E o

,g 075 0-c: ::, -o 'O ... 0.45 o o >

0.15

GRGA(n!!. de iterações) 120 240 360 480 600 •

tempo: 30:02 min

tempo:29:05 min

400 800 1200 1600 2000 SUMT{n2 de avaliações da função objetivo)

Fig.JZI:.9_Convergência do SUMT e do GRGA,cosca(Fig.JZI.2)

Page 86: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

78

Analisa-se tambim uma casca c6nica engastada com uma P!

quena abertura no virtice. Os resultados para diferentes espess!

ras estão na Figura (VI .11) onde observa-se o crescimento dos 1 i

mites relativamente a espessura.

Os resultados obtidos utilizando-se o GRGA e FLEX na

aproximação estãtica e o FLEX na aproximação. cinemãtica não fo­

ram bons. Atravis da Tabela (VI.l) isto pode ser verificado.

Tabela (VI.l~ Comparação dos mitodos de programação nao linear - casca c6nica Fig. (VI.2)

Mitodo n9 Limite À tempo n9

elem. (min) iteraç6es

GRGA 2 SUP 0.82139 1 : 4 3 81

FLEX 1.03562 1 : 5 8 195

GRGA 4 0.75464 4:53 153

FL EX 0.91053 1 O: O 4 416

SUMT 4 INF 0.55828 4: 31 6

GRGA 0.03483 1 : 2 O 1 5

FLEX 0.56314 30:03 80

Page 87: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

'

o

~ "E o o '8. e ~ .g ... -º ~

0.8

0.75

0.7

Tempo min.

' ' '

2

8:57

'

79

........ -.....---~-

GRGA -0.71 ,2:15min

3 4

15:35

F[EX('TAMANHOi

Fig.ID:JQ_Comporaçõo do GRGA x FLEX

~

NE ~ .... Jf ~

a.

750

Á \ 600 / h =0.0055582

450 +L+ I o<=63º 27' L=224.89 6elementos / a =37.482 / 300 / a;,:50000 kgf/cm2

• /

LS / 150 /

L!...o---.,,..

5. 10. 20. esp (cm l

Fig.:lZI..11-Cosco cônica aberta - limites para diferentes espessuras

Page 88: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

80

VI.3. PLACA CIRCULAR

A placa circular engastada da Figura (VI.12) esti subme

tida a um carregamento uniformemente distribuido. Ela e discreti

zada por elementos tridimensionais degenerados para anilise nao­

linear de estruturas de superfTcie o qual e comprovadamente efi­

ciente49. Na Figura (VI.12) verifica-se que os limites obtidos

mostram-se bastante satisfat6rios. Alguma plastificaçio ocorre

ate que seja determinado o limite inferior. Isto porque para es­

truturas com pequena inclinaçio, ou sem inclinaçio como a placa,

a formulaçio perde em sensibilidade o que não compromete a solu­

ção do problema.

A convergencia da formulação e .mostrada na Figura (VI.

13) e na Figura (Vl.14) analisa-se a instabilidade do GRGA quan­

do fixam-se diferentes numero de iteraç6es. O metod-0 GRGA na ten

tativa de obter o miximo dentro do numero de iteraç6es fixado pr~

judica a solução real do problema de maximização quando se tem

matrizes mal condicionadas como no caso da placa (a=09).

Para a placa circular experimentou-se o GRGA e o FLEX

na aproximação estitica e o FLEX na aproximação cinemitica. A

Tabela (VI.2) mostra que os resultados não são bom pelos motivos

ji comentados no capTtulo V deste trabalho. Deve-se observar que

os resultados para o GRGA na aproximação estitica não apresentam

convergencia e para o FLEX o tempo do processamento e sempre

maior na obtenção do limite inferior. O FLEX apresentou dificul­

dades com o aumento do numero de variiveis ao realizar a aproxi­

maçao cinemitica.

Alguns resultados analTticos apresentados por M. SAVE 19

sao bastante conservadores em relação. aos limites aqui obtidos.

Page 89: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

81

ll..

0.75 __ LS ________ _

0.60

0.45

0.30

0.15 +L-r 4elementos

0,005 0,01 0,015 0,02 0,025

E = IOOOOpsi

V =0.24

CTo = 16 psi

h =0.025 L = 10 in

e = 1 in

w ( i n l

Fig.3ZI:.12_Placa circular -curva pressão x deslocamento

~

·;;; GRGA 86 184"' 183* 182* Q. SUMT 43 52 59 64 -ll.. f 1,35

x limite superior

o limite inferior X

0,8

0,7 X

0,6 o o o X o

X

0,5

2 4 6 8 n!! de ele mentes

Temp. lim.Sup. 1:17 5:19 6:57 9:28 (GRGA) lim.lnf. 0:35 3:29 8:26 16:57 (SUMT)

Fig.m::. 13-Ploco circular-limites e tempo de processamento

Page 90: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

82

A Tabela (Vl.3) procura mostrar essa diferença.

Tabela (VI.2). Comparação dos mêtodos de programação

não-linear - placa circular Fig. (VI.12)

Mêtodo nQ limite À tempo nQ

e 1 em. (min) iterações

GRGA 2 SUP 0.18541 1 : 3 3 86 FLEX 0.18782 3:04 332 GRGA 4 0.175972 14:07 585 FLEX 0.307337 15:53 1 069 SUMT 2 INF 0.189123 0:42 6 GRGA 0.191195 1 : 1 9 42

0.18144. 2:34 1 03 FL EX 0.18908 2:08 72 SUMT 4 o. 18284 3:29 6 GRGA 0.13120 2:25 22 FLEX o. 18268 1 5: 5 2 193

Tabela (Vl.3). Com~a~ações do li~it~ com resultadod a~all ' ticos

placa circular pressao limite resultado analltico l!.%

1 + {, + + {, +

1 0.58 (tb/in2 ) O. 51 (2b/in2 ) 13.7 1

20" 1 1

1 O"

1

1-1 1

+ + + 1 1 + {, + 0.86 (9,b/in2 ) 0.94 (9,b/in2 ) -8.5

1 20"

1

Page 91: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

83

n!! iterações MÁXIMO - GRGA

• 180 X 600

"' /

,. / , ,I

0.35

0.25

0.15

....... -"*"---------~it-)( M

4

tempo • 5:19 (MI N) X 14 :07

6

6:57 20:52

a n!! de elementos

9:28 30:01

Fig.E.14 _ Instabilidade do GRGA - pi a e a {FigJZI.12)

Page 92: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

84

VI.4. CALOTA ESFÉRICA E ESFERA

A calota esferica engastada da Figura (VI.15) estã sub

metida a um carregamento radial uniformemente distribuido. Ela

e discretizada por elementos finitos tridimensionais degenera -

dos de elementos. isoparametricos tridimensionais quadrãticos 47

com a carga distribuida aplicada em incrementas de 2.5 psi ate

atingir 57.5 psi, e utilizando-se o criterio de von Mises.

Na Figura (VI .15) observa-se a proximi.dade do 1 imite in

ferior do ponto de in1cio da plastificação. A convergencia .da

formulação e mostrada na Figura (VI.16.) assim como os tempos de

processamento no sistema Burroughs 6700 do NCE/UFRJ.

A Figura (VI. 17) relaciona diversos limites de calotas

esfericas 54 de acordo com o ãngulo do segmento considerado e o~

tras variações indicadas na Tabela (VI.4) a qual fornece os va­

lores utilizados para o traçado do grãfico.

O resultado da anãlise estãtica da esfera 50 da Figura

(VI.18), assumindo-se pequenos deslocamentos elasto-plãsticos e!

tã relacionado nesta figura a pressão elãstica clãssica de rup­

tura dada por:

2E =

[ 3 ( 1 - \?2 ) J l 7 2

(VI.1)

A anãlise elasto-plãstica nao prediz a carga de ruptu­

ra mas para o n1vel de carga igual a 0,67 PcR(o qual estã bas -

tante prõximo da pressão de escoamento analftica, igual a

0,673 PcRl os deslocamentos apresentam um incremento elevado po~

que a casca estã completame~te plastificada. O limite superior

Page 93: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

Tempo

85

"[ f-0.90"-+-~ ~·~ 90

____ !,_~------- __ o.oasa: ~\ 75 , 1

\ R 1 ,'

60

45

30

15

2 4 6

h =0.0043778 E= 10000000 psi V =0.33 <T = 10.000 psi

8 10

\\}<,. ,0'9'

4 elementos R=4.758"

Fig. ::lZI.15_ Caloto esférica -curvo pressão x deslocamento

~ GRGA 185• "' SUMT 39 Q.

ã:: 1773 1 o

80

70 X X

60 o

50

2 4

lim.Sup. 3:27 5:20

lim.lnf. 0:35 2:59

197"" 70

X

o

6

7:46

10:11

163 75

x I imite superior o limite inferior

X

o

8 n!! de elementos

8:12 (GRGA)

20:06 (SUMT)

Fig. :3ZI. l6_Coloto esférica -limites e tempo. de processçimento . . . . . . . .

Page 94: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

86

obtido pela aproximação cinemãtica apresentada neste trabalho es

tã prÕximo da pressão de escoamento analTtica, sendo igual a

0,65 pCR' conforme Figura (VI. 18).

Tabela (VI.4). Calotas esferas de diferentes

geometrias

geometria À limite n9 e 1 . Ref.

0:=129 0.2736 SUP 6 -0.2428 8 * 0.2827 INF

.

6 -h=0.03 0.2316 1 O *

0:=159 0.3267 SUP 6 -0.2745 8 *

0.2964 INF 6 -h=0.02 0.2674 1 O *

o:=1698' 0.5569 SUP 6 -0.4786 8 *

0.5327 INF 6 -h=0.07197 0.4259 1 O *

o:=38950' 0.6460 SUP 6 -0.6455 8 *

0,6054 INF 6 -h=0.03189 0.6294 1 O *

o:=459 0.7253 SUP 6 -0.7223 8 * 0.5193 INF 6 -

h=0.02828 0.7092 1 l *

(*)Ref. 54

Page 95: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

.

87

o limite superior

X limite inferior

0,75 o o

0,60 X o X X

0,45

0,30 o

~ X

0,15 +- L--f-

10º 20° 30° 40°

Fig.ID:.17_Caloto esférico -comparação de resultados

a: a.u

' a.

E= 1.0 X 1071b/in

2

h =0.0025 L =100 in e = 1 in Cí0 =4.lx 1Ôlb/in

2

\) = 1/3

50°

l-=----=----=-'=='=~===~::::::==----U!!limite analítico da pressão - - - - - (0.673)

0.6 LS

LI

0.2 9 elementos

0.2 0.4 0.6 0.8 w (in l

Fig.JZI.18_Esfero completa- curvo pressão x desloco me nto

Page 96: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

88

VI.5. CASCA ELÍPTICA

Neste item pretende-se comentar os resultados obtidos

para a casca eliptica da Figura (VI.19). Compara-se na mesma fi

gura a discretização atraves de elementos finitos isoparametri­

cos utilizado no LORANE NL 42 , 53 para obter-se a curva pressão x

deslocamento da Figura (VI.20) com a discretização utilizada na

anãlise limite conforme apresentado neste trabalho. Observa-se

a simplicidade dos dados de entrada exigidos pela anãlise limi­

te em relação aqueles necessãrios a anãlise não-linear.

A Figura (V!.20) deixa claro os resultados satisfatõ -

rios obtidos pela anãlise limite, principalmente em relação ao

1 imite superior.

Pode ser notado atraves de comparaçao e anãlise das Fi

guras (VI.21) e (VI.22) os resultados divergentes quando se sub

mete a casca eliptica a diferentes discretizações. Hã necessida

de de concentrar-se elementos na região de maior curvatura pri~

cipalmente para a aproximação estãtica devido ao relaxamento da

condição de escoamento. A Tabela (VI.5) fornece os valores uti­

lizados para as Figuras (VI.21) e (VI.22).

Tabela (VI.5). Comparação entre diferentes discretiza ções - casca eliptica Fig. (VI.20)

pressao 1 imite (o0

=5000kgf/cm 2)

h Oi scret. superior inferior

O. O 1 19 325.6 283.2 29 2 91 • O 292.4

O. O 1 5 1 9 51 2. O 448. 1 29 474.0 4 51 . O

O. O 2 19 707.0 6 21 . 6 29 644.0 619.0

Page 97: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

a/b=2 a =90 b =45 e =3.6 h =O.OI

e 7

9 elementos

2

6

89

1 ••o

,1

1

b 1

1

11.

25 elementos isoparamétricos de 8 nós

L = '.a'. ____ ..,_ . ·:;/

\,Fig.1ZI.19-Casca eliptica - discretizaçãa análise limite e LORANE NL - ...__ ____ . __

a.

375

_L~-- - -300 LI

2 4 6

9 elementos

8 10 12 wx5(cm}

Fig.::m::. 20-Casca elíptica - curvo pressão x d e s I o e ame n to

Page 98: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

90

~

N

E ~ -O> .... ~

a..

700 •

600

400

200

9 elementos

1.8 3.6 5.4 7.2 e: (cm)

Fig.:m::.21_casca elíptica - primeira discretiza ç ão

700

600

400

200

1.8 3.6

LI

5.4 7.2 e (cm)

Fig.3ZI.22-Casca elíptico- segunda discreti z ação

Page 99: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

91

VI.6. CASCA TORISFÉRICA

A anãlise limite da casca torisfêrica sofre influência

do modo de discretização que tem importância fundamental nos r!

sultados. Usando-se elementos aproximadamente iguais os resulta

dos são deficientes, jâ para uma discretização muito concentra­

da na região de ma.ior curvatura Figura (VI.23) os 1 imites se dis

tanciam para h<0.015, o limite superior tende a ser maior e o

limite inferior tende a ser menor. Obtiveram-~e melhores resul­

tados concentrando-se cinco dos nove elementos na região de maior

curvatura, Figura (VI.24).

Tabela (VI.6). Comparação entre diferentes discretizaç6es e outros resultados 45 , 46 , 54 casca torisfêrica Figura (VI.23)

h Limite (À) Referência ou Superior Inferior discretização

0.005 0.637 O. 31 2 1 9 d i s c. 0.608 O. 5 O 3 29 disc. 0.687 0.571 ref. 54 0.627 0.627 Code ASME 0.640 0.540 ref. 45

O. O O 7 0.609 0.389 1 9 disc. 0.609 0.535 29 disc. O. 71 O O. 61 O ref. 45

O. O 1 0.644 0.487 19 disc. 0.637 0.587 29 disc. 0.885 0.729 ref. 54

. 0.626 0.626 code ASME O. O 1 5 0.625 0.601 1 9 d i s c.

0.636 0.628 29 d i s c. 0.02 0.652 0.675 19 disc.

0.697 0.673 29 disc. 0.625 0.625 Code ASME 1 . 081 0.975 ref. 54

Page 100: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

92

. '

p 0,8

-0,6

0,4

0,2

L/R = 5/9 Ro /R =0.2 o(: 60°

0,005 0,01 0,015 . 0,02 h

Fig.E .23_Casca torisférica - primeira discretização

p

0,7

0,5

0,3 R

e h=--4.L 9 elementos

0,1

0,005 0,01 0,015 0,02 h

Fig·.3ZI.24-Casca torisfé rica -segunda discretização '

Page 101: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

93

Com o objetivo de analisar os limites obtidos neste tra

balho com outros resultados foi montada a Tabela (VI.6). A esti­

mativa teiirica de Shield e Drucker 45•

46 e dado por:

t r t 2

(0.33+5.5 ;l r +2e(1~2.2 ul(rl -0.0006 (VI.2)

Discutem-se os resultados de Nguyen Dang Hung 54 e os

por ele citados do ciidigo ASME

R 2pASME = l/2•(0,885 I +0.4h) (Vl.3)

Os. limites propostos. por Shield e Drucker 45•

46 aplicam­

se a cascas finas. O ciidigo ASME 54 praticamente e o menos sensi­

vel a variação da espessura. Entretanto devido a semelhança en­

tre a formulação apresentada neste trabalho e a de Nguyen Dang

Hung 54 os resultados entre esses deveriam estar mais concordan -

tes.

Page 102: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

94

VI.7. VASO DE PRESSÃO (CILINDRO/ESFERA)

O vaso de pressão axissimetrico (cilindro/esfera) de p~

rede fina analisado por Cormeau"ª apresentado na figura (VI.25)

tem diferentes espessuras e tensão limite de escoamento. A plas­

tificação se dã para a pressão de 1180 psi no ponto de ligação

das cascas. Para ilustrar o trabalho apresentam-se limites supe­

riores considerando-se espessuras iguais, Figura (VI.26). O com­

portamento dos resultados e bastante aceitãvel do ponto de vista

prãtico.

Page 103: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

<f)

,O.

a..

2000

1500

o o ~

.... -O)

o

e -a, ci N

"' O) .. ai

95

lz <t T

p

2.813 0.127

. O"o =40540 psi

' 1 '\ \<>

1

E, 'l, 'b·

E = 2.912 x 1o' psi

11 =0.3

O" o =42340 psi

r

-+----- L -----+-

Fig.:JZI.25 _ Vaso cilindro/esfera - g e o met ri a

0"0 =40.000 psi

/

/ /

fs ti'

/

• -------?{' 1000 // 1

/ 1 // 1

/ 500 1

1 8 elementos

1

1

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 e (in l

Fig.::m: .26_Vaso cilindro/esfera-limites poro espes.~uras diferentes

Page 104: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

96

CAPlTULO VII

CONCLUSÃO

Os resultados apresentados indicam claramente que • as

formulações adotadas conduzem a aproximações. satisfatõrias para

a solução de problemas prãticos de engenharia.

A aproximação cinemãtica apresentou melhor performance

do que a aproximação estãtica, na qual. a condição de escoamento

e relaxada sendo exigidu apenas nos nos. Isto permite ao campo

de tensões violar a condição de escoamento no interior dos ele­

mentos o que leva a considerar-se o limite inferior assim obti­

do como um limite ''quase'' inferior.

Pode-se alcançar melhores resultados implementando-se

elementos .curvos, representando melhor a geometria, por exemplo,

ou ainda introduzindo-se algoritmos de aceleração na programa -

cão não-linear. Por outro lado, como os resultados dci anãlise

limite via programação não-linear e mode)o de discretização sim

ples obtidos neste trabalho foram satisfatõrios, pode-se consi­

derar estas formulações como uma ferramenta efic.iente de verifi

caçao das condições de segurança de vasos e componentes axissi­

metricos.

Sugere-se portanto que a pesquisa seja conduzida no sen

tido de analisar novos problemas. Formulações para diferentes tj

pos de carregamento ou que levem em consideração algum tipo de

descontinutdade na estrutura.

Page 105: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

97

A anãlise limite de interseções tubulares e conexoes de

vasos e uma ãrea que recentemente tem despertado forte interesse.

Page 106: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

98

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Page 113: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

1 O 5

APÊNDICE A

• 2 O

PROVA DOS TEOREMAS DA ANALISE LIMITE

r conveniente primeiro desenvolver certas consequências

das relações tensões-deformações. Pode ser mostrado que as cons­

tantes elãsticas formam uma matriz simétrica positiva definida.

Em outras palavras,

(A. 1 )

e se x e y sao numeros reais

(A. 2)

com igualdade se e somente se x;y;O.

A lei de escoamento (potencial plástico) pode ser mos­

trada ser equivalente ao principio do mãximo trabalho plãstico 51•

Para ver isso, assume-se o vetor velocidade de deformação 911 c~

mo dado e considera-se o efeito da associação de vãrios vetores

de tensões com ele. Consideram-se somente vetores de tensões os

quais encontram-se dentro ou na curva de escoamento.

r evidente a partir de uma interpretação geométrica da

função de dissipação que o verdadeiro vetor de tensões, isto e,

o vetor a apontar onde o vetor velocidade de deformações e nor-

mal a curva de escoamento, representa o mãximo valor da função

de dissipação. Entretanto, se o é o vetor de tensões real a ser

associado com 911 e a 0 é outro vetor de tensões qualquer o qual

Page 114: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

106

encontra-se dentro ou na curva de escoamento,

(A.3)

A equaçao (A.3) pode ser usada como um ponto de partida para a

lei de escoamento plãstico e a normalidade do vetor de velocida­

de de deformação derivada delas 2 •

Outra relação ê a normalidade dos vetores de velocidade

de tensões e velocidade de deformações plãsticas. Como o vetor ve

locidade de deformações desaparece, exceto quando o ponto de te~

são estã na curva de escoamento, ê necessãrio considerar somente

esta situação. Existem três possibilidades para o vetor de velo­

cidade de deformações. Ele pode permanecer estacionado, ele pode

mover-se no interior da curva de escoamento, ou ele pode mover­

se ao longo da curva de escoamento. No primeiro caso, Ô=O, e, no

segundo caso, 911 =0. Finalmente, se o ponto de tensão move-se ao

longo da curva de escoamento, ele ê obrigatoriamente perpendicu­

lar ao v~tor velocidade de deformações o qual ê normal a curva de

escoamento. Esta afirmação ê Õbvia em um ponto de curvatura sua­

ve da curva de escoamento; isso pode ser mostrado ser vãlido tam

bêm em um canto. Entretanto, em todos os casos poss1veis a rela­

çao

(A.4)

estã assegurada.

Ainda que outro resultado geral seja uma analogia com o

princ1pio dos trabalhos virtuais. Admitindo-se ~o ser um vetor

de tensões estaticamente admiss,vel, e V* ser um vetor de veloci

dades cinematicamente admiss1vel com velocidades de deformação

ij*. Então, a taxa total de trabalho interno efetuada por a 0 em

Page 115: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

1 O 7

9* e igual a taxa total de trabalho externo efetuado pelas açoes

de fronteira Tº nas velocidades V*. Logo,

J o •

. o • q* Vo 1 - -

dVol = J Tº·V* dS s - -

A prova~ precisamente aniloga aquela do princlpio do

(A. 5)

trabalho

virtual. Obviamente, uma afirmação similar pode ser feita sobre

as velocidades de tensões:

o •q* dVol = J . o J Vol - - S

tº•V* dS (A. 6)

A seguir, mostra-se que, no instante do colapso sobre as

cargas A•T, a velocidade real de tensões; deixa de existir. Ob­

serve que esta afirmação e uma extensão considerivel da defini­

çao do fator de segurança, o qual afirma somente que a superfl­

cie da taxa de ações de fronteira desaparece.

Esta definição fornece o ponto de partida da prova. Apll

c ando - se a e q u a ç a o ( A. 6 ) a o esta d o d e c o 1 a p s o r e a 1 , o b tem-se

J ~•q•dVol Vol -

- J A T•V dS = O - s (A. 7)

Segue-se, de equaçoes de velocidade de deformações to­

tal obtidas da forma diferenciada da Lei de Hooke 2 º:

. . (A.8)

De acordo com a equaçao (A.4), o Ültimo termo acima desaparece;

em vistas da equação (A.2) os termos restantes são positivos ex­

ceto se

Page 116: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

108

(A. 9)

Como a equaçao (A.7) ê obrigatoriamente vãlida, esta ultima con­

sideração estã assegurada.

Finalmente, segue-se de equaçoes de velocidade de defor

maçao total referidas anteriormente que:

• l l g = g (A.10)

A fim de provar o primeiro teorema da anãl ise limite, con

sidera-se a integral

ti= (a-a )•q f o •

Vol - - -dVol (A.11)

onde a ê o estado real de tensões no colapso e o 0 um estado esta

ticamente admisslvel qualquer. De acordo com a equaçao (A.10), ~

pode ser substituldo por ~11, enquanto que conforme a eq. (A.3)

ti>O. Por outro lado, de acordo com a equação (A.5) tem-se:

(A.12)

Desta forma a ultima integral de (A.12) representa a t!

xa do trabalho externo e ê obrigatoriamente positiva. Desde que

tiê positivo, obrigatoriamente tem-se A~A-. Como A e um multipli­

cador estaticamente admisslvel por definição, ele obrigatoriame~

te ê o maior multiplicador.

Para o segundo teorema, considera-se a integral

V= f (a*-a)•q* dVol Vol - - -

(A.13)

Page 117: ELEMENTOS FINITOS PARA A AHÁLISE LIMITE DE CASCAS ...

l O 9

Onde a* e um vetor de tensões associado com g* pela lei de esco~

menta plãstico. Desde que este vetor maximize a função de dissi­

pação, V e não negativo.

Segue, atraves do principio dos trabalhos virtuais

J . cr•q* dVol = Vol - - J À T•V* dS s - -

e da definição À+= Dint/Dext' equaçao (II. 14)

J * * dv l = ,+ fs T·V* dS ~ ·g o = " Vol

Logo,

(A.14)

(A.15)

(A.16)

Sabendo-se que o integrando e positivo por hipõtese, À+~À. Final

mente, segue-se do principio dos trabalhos virtuais que À e um

multiplicador cinematicamente admiss1vel; então ele e o menor mul

tipl icador.