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Curso de Enfermagem
Artigo/Pesquisa
ELEMENTOS QUE CONTRIBUEM PARA A QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO
ELEMENTS THAT CONTRIBUIM FOR QUALITY OF LIFE OF ELDERLY
Conceição Amado da Silva1, Ivoneide Chaves Vicente de Souza2, Judith A. Trevisan31 Acadêmicos de Enfermagem do ICESP.2 Acadêmicos de Enfermagem do ICESP.3 Enfermeira. Professora ICESP - Doutoranda na UCB -DF Área Educação 2014. Mestre em Gestão de serviçosde saúde – ISCT - Portugal – UnB
Resumo
Introdução Perante esse cenário de aumento da longevidade, a melhora da qualidade de vida navelhice tornou-se relevante para toda sociedade. Assim, a qualidade de vida tem seu conceitointimamente ligado à autoestima, ao bem estar individual e, ainda, alcança outros aspectos, comoindependência funcional, religiosidade, princípios éticos, continuidade de convivência em seu seiosocial Objetivo: Conhecer a opinião da população com 60 anos ou mais de um município de portemédio do interior do Estado de Goiás sobre o que é, para eles, qualidade de vida. Métodos: Revisãode literatura de caráter descritivo e aplicação de um questionário, onde a amostra em estudo foi a deidosos, ou seja, pessoas com 60 anos ou mais em um total de 20 (vinte), residentes no Município dePadre Bernardo (GO), o que caracterizou pesquisa qualitativa e quantitativa. Resultados:Predominância do sexo feminino no grupo focal, média de idade 60 à 85 anos. Destaque para aconsciência entre o grupo focal de que contribui para a qualidade de vida, acima de 80%, dormir bem,ter acesso a medicações, dieta correta, ser independente 100%, não possuir doença, leva acondições de equilíbrio e longevidade. Quanto a Percepção Frente à Independência para Realizarsuas Atividades foi considerada em 100% como fundamental para sua independência. Quanto areligiosidade média de 95% consideram importante para fortalecer a sua condição de ser humano.Conclusão Diante do exposto, pode-se concluir que as atividades diárias, a saúde e a religiosidadeinfluenciam na qualidade de vida desses idosos, de modo que, quanto mais ativo estiverem, maisaumenta o nível de qualidade de vida, o que se torna uma ferramenta importante na ocupação dotempo ocioso dos idosos e na interação entre os próprios idosos.Palavras-Chave: Idoso, Qualidade de Vida, envelhecimento.
Resume Introduction: Faced with this scenario of increased longevity, improved quality of life in old age hasbecome relevant for the whole society. Thus, the quality of life has its concept closely linked to self-es-teem, the individual well being, and also reaches other aspects such as: functional independence, reli-gious, ethical principles, continuity of living in your social bosom. Objective: To know the opinion ofthe population 60 years or more of a medium-sized city in the state of Goiás on what is, to them, qual-ity of life. Methods: Descriptive literature review and application of a questionnaire, where the samplein question was the elderly (people aged 60 or more), in a total of twenty (20) residing in PadreBernardo Municipality (GO), which featured qualitative and quantitative research. Results: Prevalenceof women in the focus group, average age 60 to 85 years. Highlighting awareness among the focusgroup that contributes to quality of life: above 80% (sleep well, have access to medications, properdiet, be independent); 100% (haven`t disease leads to conditions of balance and longevity). As forPerception Front independence to carry out their activities was seen in 100% as critical to their inde-pendence. Regarding religion, 95% consider it important to strengthen their status as a human being.Conclusion: Given the above, it can be concluded that daily activities, health and religiosity influencethe quality of life of older persons, so that, the more active they are, the greater the level of quality of
life. The occupation of the idle time of the elderly, and the interaction between themselves becomes,therefore, an important tool in their quality of life.
Keywords: elderly, quality of life, aging.
Introdução
O envelhecimento na
atualidade é um fato, tanto nos
países em desenvolvimento, quanto
em países desenvolvidos (RIBEIRO
et al., 2010). Percebe-se cada vez
mais a presença dos idosos em
diversos lugares, inclusive, ainda
ativos no mercado de trabalho.
Portanto, abstrai-se do exposto que
a expectativa de vida da população
mundial está aumentando e, a
procura por um envelhecer saudável
está se tornando uma máxima
(FORTES et al., 2011).
Para Alencar (2010) ocorreu
uma transição na pirâmide etária
mundial, precipuamente, na década
de 50 do século XX. O
envelhecimento, que outrora era
exclusivo dos países desenvolvidos,
agora acontece nos países em
desenvolvimento. O Brasil apresenta
o maior ritmo de mudança etária da
população, atingindo assim, a sexta
maior população de idosos do
mundo.
A taxa de fecundidade total
passou de 6,28 filhos por mulher em
1960 para 1,90 filhos em 2010, uma
redução de cerca de 70%. No
mesmo período, a expectativa de
vida ao nascer aumentou 25 anos,
chegando a 73,4 anos em 2010
(IBGE, 2012).
Perante esse cenário de au-
mento da longevidade, a melhora da
qualidade de vida na velhice tornou-
se relevante para toda sociedade.
Assim, a qualidade de vida tem seu
conceito intimamente ligado à auto-
estima, ao bem estar individual e,
ainda, alcança outros aspectos,
como independência funcional, religi-
osidade, princípios éticos, continui-
dade de convivência em seu seio so-
cial (MACHADO, 2013). Segundo a
OMS, a qualidade de vida na terceira
idade defini-se pela preservação da
saúde nas áreas biopsicossocial e
espiritual.
De acordo com Zentarski et al.
(2013), o conceito de qualidade de
vida nem sempre foi definido dessa
forma, pois, ele é um fator social e,
portanto, retrata a realidade social
em sua evolução. Após a Segunda
Guerra Mundial, o conceito de quali-
dade de vida estava vinculado a
bens materiais; tornando-se, posteri-
ormente, segundo o crescimento
econômico de cada país; em segui-
da, o desenvolvimento social trans-
formou-se em um marcador de quali-
dade de vida e, atualmente, os ca-
racteres definidores da qualidade de
vida continuam sendo alterados de
acordo com a evolução social, pas-
sando a ser definida objetivamente
(verificada no grupo) e subjetivamen-
te (verificada no indivíduo).
A qualidade de vida na tercei-
ra idade é considerada como o bem-
estar de um indivíduo, que é consta-
tado do grau de realização de deter-
minada pessoa, ou seja, o quanto
ela conseguiu concretizar de todos
os seus planos e expectativas para
se alcançar uma boa vida. (ARAN-
TES et al. 2010).
Alguns fatores que influenci-
am essa melhora na qualidade de
vida é a evolução da ciência, amplia-
ção do saneamento básico, das con-
dições de saúde pública e o avanço
na educação (ARGUENTO, 2010).
Ainda, para Zilli (2013), uma vida
com hábitos saudáveis contribui para
uma melhor qualidade de vida du-
rante todas as fases, o que leva as
pessoas a começarem desde cedo
e, até mesmo na velhice, a pratica-
rem exercícios físicos e optarem por
comidas saudáveis.
Assim sendo, o objetivo deste
estudo foi conhecer a opinião da po-
pulação com 60 anos ou mais de um
município de porte médio do interior
do Estado de Goiás sobre o que é,
para eles, qualidade de vida, bem
como, identificar o perfil da clientela
idosa e sua qualidade de vida, pon-
tuar os avanços que ocorrem a partir
do momento que vivem uma melhor
qualidade de via.
Materiais e Métodos
A metodologia foi de caráter
quantitativo e qualitativa, mediante
revisão de literatura e aplicação de
um questionário validado de uma
dissertação de mestrado apresenta-
da no ano de 2000; “Qualidade de
vida do idoso: Elaboração de um ins-
trumento que privilegie sua opinião”,
composta por 23 questões, sendo 04
abertas e 19 fechadas. Ressalto,
nem todas as questões foram utiliza-
das para a confecção dos dados, de-
vido não ter alta relevância. A amos-
tra em estudo foi a de idosos, ou
seja, pessoas com 60 anos ou mais,
em um total de 20 idosos, do Projeto
DANT (Doenças e Agravos Não
Transmissíveis), residentes no Muni-
cípio de Padre Bernardo Goiás, que
conscientes e orientados concorda-
ram participar da pesquisa, após as-
sinatura do Termo de Livre Consenti-
mento Esclarecido (TLCE). Nesse
programa os idosos têm um acom-
panhamento multiprofissional, por
meio de palestras educativas, ativi-
dade física, assistência médica e nu-
tricional pelo município de Padre
Bernardo Goiás.
Aspectos Éticos
É fundamental ressaltar que,
todos os cuidados relacionados aos
aspectos éticos envolvidos na pes-
quisa foram devidamente observa-
dos, como a submissão do projeto
ao Comitê de Ética em Pesquisa,
conforme Parecer nº 16/2010.
Procedimento do Estudo
O local do estudo foi em um
setor público, no município de Padre
Bernardo GO, que são atendidos pa-
cientes com doenças e agravos não
transmissíveis, assistidos por uma
equipe multidisciplinar.
Critério de Seleção
O critério para seleção da
amostra foi: idade igual ou superior a
60 anos, isto é, ser classificado
como idoso; Os critérios de inclusão
dos artigos selecionados foram
aqueles que possuíam as palavras
chave: Idoso, Qualidade de vida, en-
velhecimento, que abordem o tema
com relevância. Previamente, foram
selecionados 60 artigos e desses uti-
lizados uma média de 20, para a
confecção do trabalho, os demais
serão excluídos. Somente os que
não enquadrem aos itens de inclu-
são.
Análise de Dados
Após aplicação do questioná-
rio, os dados coletados foram tabula-
dos e colocados no sistema SPSS
Versão 2010 para análise e desta
forma os resultados e discussões se-
rem fundamentados. As organiza-
ções e tabulações dos dados foram
realizadas no programa Excel®, as
planilhas foram realizadas no SPSS
e para a apresentação dos dados foi
utilizado Microsoft office PowerPo-
int® versão 2010.
A pesquisa seguiu as normas
do Núcleo Interdisciplinar de Pesqui-
sa (NIP), 2015, e ABNT, 2010.
Discussão
Diante das modificações
ocorridas no processo de
envelhecimento populacional é de
extrema importância o conhecimento
das características desta população
idosa, possibilitando assim
desenvolver estratégias de
intervenção apropriadas para as
suas necessidades.
Contudo, é interessante que
haja uma contínua busca pelo que é
idealizado até agora como realmente
significativo para a vida do idoso, a
fim de colaborar para a evolução
deste grupo social em todos os
campos possíveis, inclusive no
campo da qualidade de vida.
Os dados levantados neste
estudo podem servir de base para
que os profissionais da enfermagem
tenham uma dinâmica diferenciada a
assistir esse grupo de pessoas, pois,
a partir do conhecimento dos
anseios, perspectivas, crenças,
conceitos e visões dos idosos,
podem, efetivamente, contribuir para
uma melhor qualidade de vida
dessas pessoas.
Quanto a idade e faixa etária:
A pesquisa contou com 20 idosos,
destes 90% (18) eram do sexo
feminino e 10% (2) do sexo
masculino, com idade entre 60 a 85
anos como pode ser observado na
tabela a 1.
Tabela 1 Caracterização da Amostra
Gênero N° Idade
M 2 60 a 85
F 18 60 a 85
A população Brasileira atual é
de 190.755.199 milhões de pessoas,
sendo que 51%, igual a 97 milhões,
são mulheres e 49%, é igual a 93
milhões, são homens a quantidade
de indivíduos idosos, que de acordo
com a Política Nacional do Idoso e o
Estatuto do Idoso, tem 60 anos ou
mais, é de 20.590.599 milhões,
sendo assim, 10,8% da população
total. Desses, 55,5% (11.435.487)
são mulheres e 44,5% (9.156.112)
são homens. Podemos observar
que, quanto mais envelhecida a
população se torna, mais feminina
ela fica. Esse fenômeno feminino é
consequência de uma maior
perspectiva de vida das mulheres,
que, em média, vivem 8 anos a mais
que os homens KUCHEMANN
(2012).
No gráfico 1 e 2 é mostrada a
comparação feita entre a qualidade
de vida dos idosos frente a
importância da saúde e sua situação
atual de saúde.
Gráfico 1: Percepção do Idoso Frente a Importância da Saúde
Gráfico 2: Percepção do Idoso Frente a Situação Atual da sua Saúde
Nos gráficos mostram os valores
referentes aos principais
determinantes da qualidade de vida
dos idosos, que na opinião deles,
uma pessoa com a sua idade
necessita para viver bem. Pode-se
perceber que o item saúde
prevalece e que está intimamente
ligado a ser independente e ter
acesso ao serviço de saúde com
100%. E quando perguntado sobre
sua situação atual de saúde,
referente a sua independência, 90%
responderam que são
independentes, mas, quanto ao
acesso ao serviço de saúde,
apenas 70% relata que têm.
Pesquisas mostram a saúde
como um fator determinante para
qualidade de vida. A autora nesse
artigo salienta que, entre outras
perguntas relacionadas ao
envelhecimento, a saúde aparece
como um componente fundamental
pela sua impressão sobre a
qualidade de vida, apresentando-se
como uma das mais importantes
fontes de estigmas e rejeição em
relação a velhice. A imagem
negativa, habitualmente comparada
ao envelhecimento, tem como um
de seus pilares o declive biológico
comumente seguido de doenças e
impedimento funcionais com o
aumento da idade (MONICA, 2009).
A qualidade de vida do
homem explana a qualidade de sua
saúde, sua oportunidade e
reprodução individual e coletivas.
A qualidade de vida é vista
como uma conquista, porém, deve
ser assegurada para todos. No
Brasil, contudo, isso é questionável,
pois, em razão das condições da
desconformidade, injustiça e
rejeição social, são raras as
pessoas que têm ingresso a um
serviço de saúde adaptado as suas
necessidades, isto é, algumas
pessoas já mantém uma qualidade
de vida comprometida, o que
estabelece um fator decisivo, tanto
para o obstáculo de acesso aos
serviços de saúde de excelência,
quanto para o suprimento de suas
necessidades (LIMA, 2012).
Segundo Brasil, (2011), a
partir do entendimento de que as
mediações curativas e orientadas
para a ameaça de adoecer eram
escassas para a criação da saúde e
da qualidade de vida de uma
sociedade, tendo-se em vista que,
muitas razões sociais também
interferem na saúde dos indivíduos,
como as posições em que as
pessoas nascem, vivem, trabalham
e envelhecem.
Na tabela 2 demonstra a
percepção do idoso frente a
independência para realizar suas
atividades diárias, que o fator cuidar
de si mesmo, foi um dos itens mais
citados para se ter qualidade de
vida.
Tabela 2: Percepção do Idoso Frente à Independência para Realizar suas
Atividades.
Tópicos Muita Media Pouca NenhumaCuidar de si mesmo 100% - - -Continuar ativo em seu meio 95% 5% - -Executar tarefas domésticas 70% 30% - -Realizar atividades Físicas 95% 5% - -Manter atividade profissional - - - 100%Lazer, recreação 95% 5% - -Viajar 95% - 5% -
Na tabela 3 é explanada a
situação atual dos idosos frente a
realização de suas atividades
diárias.
Tabela 3: Percepção do Idoso Frente a sua Atual Capacidade de Realizar
suas Atividades
Tópicos Muita Media Pouca NenhumaCuida de si mesmo 85% - 15% -Continua ativo ao seu meio 85% - 15% -Executa tarefas domesticas 100% - - -Realiza atividades físicas 85% 15% - -Mantem atividade profissional - - 10% 90%Lazer, Recreação 55% 45% - -Tem feito viagens - 25% 75% -
A população total pesquisada
aponta que outro determinante para
qualidade de vida do idoso é a
independência para realizar suas
atividades, com prevalência de
100% em cuidar de si mesmo e
quando perguntado sobre manter
atividade profissional 100%
responderam que nenhuma.
Quanto a realidade atual
frente a sua capacidade de realizar
suas atividades, onde 85% cuida de
si mesmo, 10% relatam que
continuam com alguma atividade
profissional e 90% afirma viverem
da aposentadoria.
Segundo Machado (2010), a
capacidade funcional correlaciona
com o resguardo da execução nas
atividades de vida diária (AVD), que
podem ser divididas em: (ABVD)
atividade básica de vida diária e
(AIVD) atividades instrumentais de
vida diária. As ABVD refere-se às
atividades do autocuidado como
cuidar de si mesmo, executar
tarefas domésticas, ter o controle
sobre suas eliminações fisiológicas.
Já as AIVD referem- se às
funcionalidades mais complexas
que possibilitam as pessoas
viverem uma vida mais
independente na comunidade,
continuando ativo em seu meio,
realizando atividades físicas,
continua cuidando de suas
financias, viaja, tomas seus
remédios.
A conservação da
capacidade funcional pode
contribuir para a qualidade de vida
dos idosos, pois possibilita que as
pessoas continuem na comunidade,
usufruindo da sua independência
até a velhice.
Com o passar dos anos, o
organismo humano sofre alterações
significativas, a degeneração
orgânica se estala, as complicações
de saúde aparecem e o idoso passa
a encarar limitações na prática das
atividades na vida diária. O
envelhecimento está agregado a
uma diversidade de limitações
físicas e psicológicas, isso se torna
penoso para os individuo realizar
certas tarefas; dependendo do seu
incentivo, circunstância ambientais
e reações a inaptidão, as pessoas
que dessa forma são atingidos
podem também ficar impotente. O
resultado de tal impotência é uma
degradação na qualidade de vida
(RIZOLLI, 2010).
A independência inclui ainda
a liberdade de escolha, realização e
autocontrole sobre a vida. Desta
maneira podemos conceituar que
independência está de modo direto
relacionado ao indivíduo ser
dependente ou independente no
cumprimento das atividades da vida
diária. Porem algumas pessoas são
competentes para se
autogovernarem somente em
algumas áreas da vida, precisando
da ajuda de outros para outras
áreas. Aos idosos o aparecimento
de uma limitação física retrata um
risco para sua autonomia,
especialmente quando esta
limitação ocasiona dependência no
comprimento das atividades da vida
diária (DE MEBROS, 2007).
Identificar os elementos
determinantes à prática de
atividades vem sendo uma
preferência na agenda de saúde
pública, muitos estudos expõe a
importância de ter um estilo de vida
ativo desde a infância até a idade
adulta (KARINE, 2009).
Observa no gráfico 3, que
atualmente a atenção ao aspecto da
religiosidade se torna cada vez mais
importante na qualidade de vida dos
idosos.
Gráfico 3: Percepção do Idoso Frente a Religiosidade e Qualidade de Vida
No gráfico 4 é referente a
percepção frente a religiosidade na
vida atual dos idosos.
Gráfico 4: Percepção do Idoso Frente a Religiosidade em Sua Vida
Quanto ao domínio
religiosidade, como um dos
determinantes da qualidade de vida
do idoso, ter religião e possuir um
significado para sua vida houve
uma prevalência de 90% conforme
exposto no gráfico 3. No gráfico 4
que refere-se a sua religiosidade
atual, onde 90% possui uma religião
e 85% possui um significado para
sua vida.
Para Assis (2013), o conceito
de qualidade de vida transcorre a
asserção religiosidade,
espiritualidade e doutrinas pessoais,
diante dessas destacam os últimos,
que levam muitos a perspectiva de
uma melhor Qualidade de Vida,
reduzindo, os graus de depressão e
ansiedade, atenuando a morbidade
e mortalidade. A fé é uma parte
substancial na sociedade sendo um
ponto que liga as pessoas,
estabelecendo um equilíbrio de
identidade e concernências, nessa
essência, a religiosidade para cada
indivíduo ocorre de forma distinta,
tanto em seu elo próprio quanto ao
elo com o mundo.
De acordo com Souza,
(2011). As condutas e as crenças
religiosas podem intervir na saúde
mental, ter reflexo no bem estar
emocional, assim sendo,
proporcionar meios e
comportamento de enfrentamento,
podendo assim ajudar as pessoas
na aceitação e na progressão de
eventos estressores, ocasionando o
bem estar, amor pela vida,
esperança, acréscimo do apoio
social e diminuição da sensação de
solidão.
O bem-estar religioso é
classificado como o bem-estar
sobrevindo da comunhão e do
vínculo pessoal intenso com Deus
ou alguma coisa que se entenda
como uma força superior, que vai
acima do indivíduo, algo sagrado. É
visto como uma grandeza espiritual
da religiosidade e integra uma
alusão a Deus (MARQUES, 2009).
Conclusão
Diante do exposto, pode-se
concluir que as atividades diárias, a
saúde e a religiosidade influenciam
na qualidade de vida desses idosos,
de modo que, quanto mais ativo
estiverem, mais aumenta o nível de
qualidade de vida, o que se torna
uma ferramenta importante na
ocupação do tempo ocioso dos
idosos e na interação entre os
próprios idosos.
Contudo é notória a
consciência dos idosos
entrevistados quanto a ideal
qualidade de vida, e que nem
sempre fazem práticas apropriadas
para mantê-la.
Agradecimentos
Agradecemos a Deus, aos
idosos do grupo DANT pela
colaboração e acolhimento. A nossa
orientadora Judith Trevisan, por
todo apoio e paciência durante a
elaboração dessa pesquisa e aos
nossos pais e nossos filhos pela
compreensão e carinho e a todos
que de alguma forma contribuíram
para nossa formação.
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2011. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
ANEXO I
QUESTIONÁRIO
Nome:.......................................................................... RH.............DN: .../..../.... Idade: .......anos Sexo: M F Escolaridade:....... anos Data: ...../...../.....
A Satisfação de Vida
1. Quais os três principais determinantes da QV do idoso?a.------------------------ b.------------------------ c. -----------------------2. Escolha, dentre as opções abaixo, 3 fatores fundamentais para uma boa QV na velhice:--- locomoção --- lazer --- atividade física --- amigos --- trabalho --- saúde--- atividade sexual --- dinheiro --- plano para o futuro--- casa própria --- religião --- família--- aposentadoria --- independência --- Outra:------------------3. Qual a nota de (0 a 10) que você daria para a sua QV?hoje:-------- aos 7 anos de idade:-------- aos 20 anos de idade:----- há 10 anos atrás:----4. Quando seus pais tinham a sua idade atual, eles estavam:muito pior - pior- igual- melhor- muito melhor- que você hoje?5. Que idade você gostaria de ter hoje? --------- anos Até que idade você gostaria de viver? -------- anos6. classifique seu estado de saúde atual:ótimo bom comprometido ruim7. Em comparação com as pessoas da mesma idade, seu estado de saúde atual é:melhor igual pior
8. Qual o seu maior medo? Escolha uma das opções abaixo:----perder a visão ----ficar dependente ----ter doença incurável----ficar sem dinheiro ----impotência ----morrer----solidão sofrer um acidente ----morar com os filhos ----violência ----sofrer um acidente ----ficar viúvo outra: ----------------9. Possuindo a “lâmpada mágica do Aladim”, quais seriam seus 3 desejos?1.-------------------------2.-------------------------3.-------------------------B IMPORTÂNCIA DE CADA UM DESTES FATORES NA QV DO IDOSO Na sua opinião, para uma pessoa da sua idade viver bem, qual a importância de ...?nenhuma - pouca - média - muita - total 1 2 3 4 5 1. SAÙDE a. ser independente (fisicamente) ------b. não ter doenças -----c. não tomar remédio -----d. não fazer dieta -----e. ter acesso a serviços de saúde -----f. dormir bem ----2. INDEPENDÊNCIA MOTORAa. andar dentro de casa ----b. sair de casa para passeios, compras, compromissos etc. ----c. dirigir automóvel ----d. usar transporte público (ônibus, metrô) -----3. ATIVIDADESa. cuidar de si mesmo (banhar-se, vestir-se, arrumar, alimentar-se etc.)b. continuar ativo em seu meio (banhar-se, vestir-se, arrumar-se, alimentar-se etc.) ----c. executar tarefas domésticas (cozinhar, limpar, lavar, consertar, arrumar etc.) ----d. realizar atividades físicas (esportes, ginástica, caminhada, etc.) ----
f. lazer, recreação ----g. viajar_____4. SITUAÇÃO ECONOMICAa. ter rendimentos suficientes para os gastos_____b. ter rendimentos maiores que os gastos______c. receber auxílio dos filhos______d. ter casa própria_______e. ter empregados_______5. RELAÇÕES SOCIAISa. ter cônjuge, companheiro(a)______b. morar sozinho______c. morar com familiares (não cônjuge)______d. ser visitado (ou visitar) família_______e. ser visitado (ou visitar) amigos, vizinhos______f. pertencer a clubes, associações, igrejas etc______g. participar de festas, reuniões etc______6. AFETIVIDADEa. gostar de si mesmo_______b. gostar do próprio corpo______c. amar______d. ser amado______e. ter relacionamento pessoal______7. RELIGIOSIDADE\TRANSCENDÊNCIAa. gostar do que faz______b. ter planos\ projetos para o futuro_______c. ter motivo para viver_______d. possuir um significado para a própria vida______e. sentir-se realizado_______f. ter uma religião ou uma utopia_______
C QUAL A SUA SITUAÇÃO ATUAL E, SE HOUVER ALGUMA RESTRIÇÃO OU LIMITAÇÃO, QUAL O MOTIVO?não - raramente - de vez em quando - frequentemente - sim nunca - pouco - médio - muito - sempre
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1.SAÚDEa. é independente (fisicamente)_______\___________________________________b. não tem doença_______\______________________________________________c. não toma remédio_______\____________________________________________d. não faz dieta________\_______________________________________________e. ter acesso a serviço de saúde________\___________________________________f. dorme bem______\___________________________________________________2. INDEPENDÊNCIA MOTORAa. anda dentro de casa_______\___________________________________________b. sai de casa para passeios, compras, compromissos etc ______\______________________________________________________________c. dirige automóvel_______\______________________________________________d. usa transporte público_______\__________________________________________
3. ATIVIDADESa. cuida de si mesmo (banha-se, veste-se, arruma-se, alimenta-se etc) ______\_______________________________________________________________b. continua ativo em seu meio (telefona, faz compras, cuida das finanças etc _______\______________________________________________________________c. executa tarefas domésticas (cozinha, limpa, lava, concerta, arruma etc) ______\_______________________________________________________________d. realiza atividades físicas (esportes, ginásticas, caminhada etc) _______\______________________________________________________________ e. mantém atividade profissional_______\____________________________________f. lazer, recreação______\__________________________________________________g. tem feito viagens______\________________________________________________4. SITUAÇÃO ECONÔMICAa. tem rendimentos suficientes para os gastos_____\_______________________________b. tem rendimentos maiores que os gastos_______\________________________________c. recebe o auxílio dos filhos_______\___________________________________________d. tem casa própria______\____________________________________________________e. tem empregados_______\___________________________________________________f. tem computador________\___________________________________________________
5. RELAÇÕES SOCIAIS a. tem cônjuge, companheiro(a) / b. mora sozinho / c. mora com familiares / d. é visitado (ou visita) família
/ e. é visitado (ou visita) amigos, vizinhos / f. pertence a clubes, associações, igreja etc. / g. participa de festas, reuniões etc. /
2. AFETIVIDADE a. gosta de si mesmo / b.c. gosta do próprio corpo / d. ama / e. é amado / f. tem relacionamento sexual /
3. RELIGIOSIDADE / TRANSCENDÊNCIA a. gosta do que faz /
b. tem planos/projetos para o futuro / c. tem motivo para viver / d. possui um significado para a própria vida / e. sente-se realizado / f. tem uma religião ou uma utopia /
ANEXO II
Termo de Livre Consentimento Esclarecimento
ANEXO III
Folha de Rosto da Submissão