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Universidade De BrasíliaFacultade de Tecnologia

Departamento de Engenharia Elétrica

Eletromagnetismo 1

Aluno:

Filipe Ribeiro - [email protected]

Blog:Engenheiro Vegetativo

BRASILIA - DF

24 de novembro de 2013

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Sumário

1 Análise Vetorial 2

1.1 Campo Vetorial e Escalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.2 Algebra Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

1.2.1 Soma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.2.2 Produto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31.2.3 Decomposição de vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

1.3 Sistemas de Coordenadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51.3.1 Coordenadas Cartesianas ou Retangulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61.3.2 Coordenadas Cilíndricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61.3.3 Coordenadas Esféricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

1.4 Transformação de coordenadas e vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81.4.1 Cartesianas-Cilíndricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81.4.2 Cilíndricas-Esféricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101.4.3 Cartesianas-Esféricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111.4.4 Apêndice - Cossenos Diretores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

1.5 Integrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121.5.1 Integral de linha de uma função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121.5.2 Integral de linha de um vetor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141.5.3 Integral de superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161.5.4 Integral de volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

1.6 Operações diferenciais com vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171.6.1 Gradiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171.6.2 Operador Nabla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191.6.3 Divergente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191.6.4 Rotacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

1.7 Identidades vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201.8 Alguns teoremas da análise vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

1.8.1 Teorema de Gauss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201.8.2 Teorema de Stokes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201.8.3 Identidades de Green . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201.8.4 Teorema de Helmholtz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

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1 Análise Vetorial

1.1 Campo Vetorial e Escalar

O eletromagnetismo lida essencialmente com grandezas escalares e vetoriais. Por grandeza es-calar, entende-se uma grandeza física que possa ser quanti�cada por um único parâmetro, comopor exemplo, a massa de um objeto ou a carga de um corpo carregado. Uma grandeza vetorial, poroutro lado, requer parâmetros adicionais para uma mais completa especi�cação, como por exemplo,magnitude, linha de ação e sentido. Esse é o caso, por exemplo, da velocidade de um objeto emmovimento. Um outro conceito que surge no estudo de eletromagnetismo é o de campo. Na maioriadas situações de interesse o campo é uma forma conveniente de representação do efeito produzidopor uma fonte física em cada ponto de espaço, a cada instante de tempo.O campo será escalar ou vetorial, se a grandeza física a ele associada for de natureza escalar ouvetorial, respectivamente.O estudo detalhado do eletromagnetismo requer familiaridade com as propriedades de vetores, es-calares e de campos escalares e vetoriais. Algumas destas propriedades são examinadas a seguir.

1.2 Algebra Vetorial

Um vetor é representado geometricamente por um segmento de reta orientado conforme ilus-trado na Figura 1, onde o comprimento da seta é proporcional a magnitude do vetor, e a orientaçãoda seta indica a direção e sentido do vetor.

Figura 1: Vetor

Vetores satisfazem algumas propriedades quanto a soma e produto, descritas a seguir:

1.2.1 Soma

A soma de vetores é realizada geometricamente, a partir do deslocamento paralelo de um dosvetores até a extremidade do outro, conforme ilustrado na Fig.1.2. O vetor resultante se estendena direção da diagonal do paralelogramo formado pelos dois vetores. A partir dessa de�nição, asoma de vetores satisfaz as propriedades:

• Comutatividade: ~A+ ~B = ~B + ~A

• Associatividade: ( ~A+ ~B) + ~C = ~A+ ( ~B + ~C)

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Figura 2: Soma de Vetores

1.2.2 Produto

Outro tipo de operação entre vetores é o produto, que pode resultar em uma grandeza escalarou vetorial.

Produto escalar: O produto escalar entre dois vetores é de�nido por:

~A • ~B = | ~A|.| ~B|cos(α) (1)

onde | ~A| e | ~B| são as magnitudes dos vetores ~A e ~B , respectivamente, e é o menor dos ângulosentre eles. A partir dessa de�nição, a magnitude de um vetor pode ser obtida da relação:

| ~A| = ( ~A • ~A)1/2 (2)

A operação produto escalar, satisfaz algumas propriedades, tais como:

• Comutatividade: ~A • ~B = ~B • ~A

• Distributividade: ~A • ( ~B • ~C) = ( ~A • ~B) • ~C

Produto Vetorial: Este tipo de produto gera como resultado um vetor. De�ne-se esta operaçãopela relação:

~A× ~B = (| ~A|.| ~B|sen(α))u (3)

onde, conforme ilustrado na Figura 3 é o menor dos ângulos entre os vetores ~A e ~B , u é um vetorde magnitude unitária, perpendicular ao plano que contém os vetores , e cujo sentido é aquele dopolegar, quando simula-se com a mão direita a rotação do vetor ~A direção ao vetor ~B. Algumas das

Figura 3: Produto Vetorial

propriedades satisfeitas pelo produto vetorial seguem diretamente da de�nição e das propriedadesde soma de vetores. Duas dessas são:

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• Anti-comutatividade: ~A× ~B = − ~B × ~A

• Distributividade: ~A× ( ~B + ~C) = ~A× ~B + ~A× ~C

1.2.3 Decomposição de vetores

No espaço tridimensional, um vetor arbitrário pode ser especi�cado em termos de três vetoresortogonais. Quando esses vetores possuem magnitude unitária eles formam uma base ortonor-mal no espaço tridimensional. Uma base ortonormal de vetores a1, a2 e a3 satisfaz as seguintespropriedades:

ai • aj = δij ≡

{1, se i = j

0 se i 6= jpara i, j = 1, 2, 3, 4... (4)

A base ortonormal é também uma base cíclica de vetores se:

ai × aj = εijkak

onde:

εijk ≡

{1, se i 6= j 6= k 6= i e i, j, k formam uma permutação cíclica a partir da sequência 123

−1, se i 6= j 6= k 6= i e i, j, k formam uma permutação acíclica a partir da sequência 123

Uma seqüência cíclica a partir de 123 gera como resultado as combinações, 231, 312, etc. Umaseqüência acíclica é obtida trocando-se um dos índices da seqüência cíclica, como por exemplo, aseqüência 213.A decomposição de um vetor ~A em uma base cíclica ortonormal requer a determinação dos coe�-cientes A1, A2 e A3 , tal que:

~A = A1a1 + A2a2 + A3a3 (5)

Os coe�cientes da decomposição são denominados de projeções do vetor ~A nos vetores de base, eessas projeções são obtidas simplesmente a partir da operação produto escalar com cada vetorde base. Por exemplo, a projeção A1 é obtida do produto escalar

~A • a1 = (A1a1 + A2a2 + A3a3) • a1 = A1a1 • a1 + A2a2 • a1 + A3a3 • a1 = A1

Realizando-se a mesma operação com os outros vetores de base, obtém-se:

Ai = ~A • ai, i = 1, 2, 3

Utilizando-se a decomposição de vetores em uma base cíclica ortonormal, as operações de soma,produto escalar e produto vetorial entre dois vetores ~A e ~B podem ser representadas respectivamentepor,

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~A+ ~B =3∑i=1

(Ai +Bi)ai,

~A • ~B =3∑i=1

Ai.Bi e

~A× ~B =3∑i=1

3∑j=1

Ai.Bj(ai × aj) =3∑i=1

3∑j=1

3∑k=1

εijkAi.Bj.ak

Para o produto vetorial, a soma resulta em:

~A× ~B = (A2B3 − A3B2)a1 + (A3B1 − A1B3)a2 + (A1B2 − A2B1)a3 (6)

que também pode ser posta na forma de um determinante,

~A× ~B = det

∣∣∣∣∣∣a1 a2 a3

A1 A2 A3B1 B2 B3

∣∣∣∣∣∣ (7)

Pode-se simpli�car a notação de somatório utilizada nas várias operações descritas anteriormente,convencionando-se que a ocorrência de índices repetidos no segundo membro dessas operaçõesindique somatório no índice correspondente. Por exemplo, na operação produto escalar, pode-serepresentar o resultado na forma simpli�cada

~A • ~B = Ai.Bi (8)

onde a dupla ocorrência do índice i no segundo membro da Equação 8 indica∑3

i=1. No caso doproduto vetorial a representação simpli�cada é da forma

~A× ~B = εijkAi.Bj.ak (9)

onde a dupla ocorrência dos índices i, j e k, no segundo membro indica a soma tripla3∑i=1

3∑j=1

3∑k=1

.

1.3 Sistemas de Coordenadas

Em problemas de teoria de campo, a escolha de um sistema de coordenadas adequado é fun-damental para obtenção de representações simpli�cadas dos campos envolvidos. O sistema maisadequado é geralmente determinado levando-se em conta a geometria da região de existência doscampos. Vários sistemas de coordenadas podem ser de�nidos para atender uma larga gama desituações. Os três sistemas de coordenadas mais comuns e freqüentemente utilizados no estudo de

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eletromagnetismo serão tratados no texto, e esses são descritos a seguir.

1.3.1 Coordenadas Cartesianas ou Retangulares

Neste sistema, as coordenadas de um ponto no espaço são de�nidas a partir de três eixos x, y ,z, perpendiculares aos planos x = 0, y = 0 e z = 0, respectivamente, conforme ilustrado na Figura4. Qualquer vetor neste sistema de coordenadas pode ser representado como combinação linear dostrês vetores unitários, a1 = ax, a2 = ay, a3 = az, paralelos aos eixos x, y, z, respectivamente. Aorigem do sistema cartesiano é a interseção dos planos x = 0 , y = 0 e z = 0. A localização de umponto no espaço pode ser representada pelo vetor posição:

~X = xax + yay + zaz (10)

tendo uma das extremidades na origem do sistema, conforme ilustrado na Figura 4. A distânciado ponto P a origem é obtida de,

| ~X| = [(xax + yay + zaz) • (xax + yay + zaz)]1/2 = (x2 + y2 + z2)1/2 (11)

Figura 4: Representação de um ponto e vetores de base no sistema de coordenadas cartesianas.

1.3.2 Coordenadas Cilíndricas

Neste sistema as coordenadas de um ponto no espaço são representadas pelos parâmetros:r = distância até a origem da projeção do ponto no plano xy.φ = ângulo azimutal, que representa o desvio angular do vetor projeção no plano xy relativamenteao eixo x.z = coordenada axial do ponto.

A base de vetores neste sistema é formada pelos vetores unitários ortogonais as superfícies,

r = constante, que representa a equação de uma superfície cilíndrica,φ = constante, que representa a equação de um semi-plano,

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z = constante, que representa a equação de um plano.

Essas superfícies e os vetores unitários correspondentes,

a1 = ar , a2 = aφ , a3 = az (12)

estão representados na Fig.5. É importante observar que a seqüência de vetores unitários da basedeste sistema, está escrita na forma de uma seqüência cíclica, conforme de�nido anteriormente. No-temos também que diferentemente do que ocorre com os vetores de base do sistema de coordenadascartesianas, neste sistema os dois primeiros vetores de base variam com a coordenada φ.

Figura 5: Vetores de base e superfícies coordenadas do sistema de coordenadas cilíndricas.Vídeo

1.3.3 Coordenadas Esféricas

As coordenadas de um ponto neste sistema de coordenadas são representadas pelos parâmetrosilustrados na Fig.1.6, a saber:

R = distância do ponto à origem,θ = ângulo polar, que representa o desvio angular do vetor posição em relação ao eixo z,φ = ângulo azimutal, comum ao sistema de coordenadas cilíndricas.

A base deste sistema é formada pelos vetores,

a1 = aR , a2 = aθ , a3 = aφ (13)

que são perpendiculares as superfícies,

R = constante , que representa a superfície de uma esfera.θ = constante , que representa a superfície de um cone.φ = constante , que representa a superfície de um semi-plano.

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O espaço tridimensional é gerado pelas condições, R ≥ 0, 0 ≤ θ ≤ π e 0 ≤ φ2π. As super-fícies coordenadas, bem como os vetores de base estão ilustrados na Fig. 6. Neste sistema decoordenadas, o vetor posição é representado por ~X = RaR.

Figura 6: Base de vetores e superfícies coordenadas do sistema de coordenadas esféricas.Vídeo

1.4 Transformação de coordenadas e vetores

1.4.1 Cartesianas-Cilíndricas

Existem situações em que torna-se necessária a transformação de vetores e coordenadas de umsistema de coordenadas para outro. Considere-se inicialmente um vetor ~A representado no sistemade coordenadas cartesianas. Qual seria a representação desse vetor, por exemplo, no sistema decoordenadas cilíndricas?

Essa questão pode ser resolvida com o emprego das propriedades básicas de vetores. Para isso,seja ~A da forma

~A = Axax + Ayay + Azaz

O objetivo é determinar as componentes Ar, Aφ, Az de forma que o vetor ~A assuma a representação

~A = Arrx + Aφaφ + Azaz

As componentes incógnitas podem ser obtidas pelo cálculo das projeções

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Ar = ~A • ar = Axax • ar + Ayay • ar + Azaz • ar = Axax • ar + Ayay • ar,Aφ = ~A • aφ = Axax • aφ + Ayay • aφ + Azaz • aφ = Axax • aphi + Ayay • aφ,Az = ~A • az = Axax • az + Ayay • az + Azaz • az = Az

Os produtos escalares entre vetores unitários nessas últimas expressões, são obtidos com base naFig.7, resultando em,

ax • ar = cosφ , ax • aφ = cos(π/2 + φ) = −senφ,ay • ar = cos(π/2 + φ) = senφ , ay • aφ = cosφ

Figura 7: Disposições dos Vetores bases - coordenadas cartesianas e cilíndricas

Esse sistema de equações lineares relacionando as projeções no sistema de coordenadas cilín-dricas àquelas correspondentes ao sistema de coordenadas cartesianas pode ser posto na formamatricial ArAφ

Az

=

cosφ senφ 0−senφ cosφ 0

0 0 1

.

AxAyAz

(14)

e essa forma matricial determina a lei de transformação de vetores entre os dois sistemas. Pode-serepresentar a lei de transformação através da equação matricial:

Arφz = T (φ)Axyz (15)

Nas Eqs.14 e 15, foi introduzida a representação matricial de vetores em um sistema de coorde-nadas. Como se pode observar na Fig.7, o efeito da matriz T é produzir uma rotação do sistemaxy, de radianos no sentido anti-horário, em torno do eixo z, A matriz T possui um determinanteunitário e sua inversa é igual a sua transposta. Essa matriz é portanto uma matriz unitária esatisfaz a relação T T t = I, onde I é a matriz identidade.

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Matrizes de transformação resultantes de rotação ou translação de eixos são unitárias, pois es-sas transformações não alteram a magnitude de um vetor ou mesmo a orientação relativa entrevetores. Para demonstração dessa a�rmativa, seja a operação produto escalar entre vetores, que narepresentação matricial assume a forma:

Demonstração.

~A • ~B = A1B1 + A2B2 + A3B3 =(A1 A2 A3

).

B1

B2

B3

(16)

Transformações de rotação ou translação de eixos não alteram a magnitude e orientação relativade vetores e se tal transformação for representada pela matriz M , tal que

A′ = MA , B′ = MB (17)

o produto escalar no novo sistema de coordenadas pode também ser escrito como,

~A • ~B ≡ ~A′ • ~B′ = AtB = (MA)t(MB) = AtM tMB (18)

Igualando-se as Eqs.16 e 18, resulta,

AtM tMB = AtB

e essa última relação só se veri�ca se a matriz satis�zer a propriedade:

M tM = I

1.4.2 Cilíndricas-Esféricas

Seguindo o procedimento descrito na seção anterior, considere-se agora o vetor ~A expresso emcoordenadas cilíndricas e a obtenção de sua representação em coordenadas esféricas. Seja portanto,

~A = Arar + Aφaφ + Azaz

e quer-se determinar a representação correspondente em coordenadas esféricas

~A = ARaR + Aθaθ + Aφaφ

Seguindo as etapas já descritas na seção anterior, e com base na Fig.8, obtém-seARAθAφ

=

senθ 0 cosθcosθ 0 −senθ

0 1 0

.

ArAφAz

≡ ARθφ = S(θ)Arφz (19)

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Figura 8: Disposições dos Vetores bases - coordenadas cilíndricas e esféricas

1.4.3 Cartesianas-Esféricas

Essa transformação é obtida pela aplicação sucessiva das transformações anteriores, ou seja,

ARθφ = S(θ)Arφz (20)

Arφz = T (φ)Axyz ⇒ ARθφ = S(θ)T (φ)Axyz (21)

e a transformação inversa é simplesmente,

Axyz = [T (φ)]t[S(θ)]tARθφ

1.4.4 Apêndice - Cossenos Diretores

Como mostra a �gura a seguir (Fig.9), a projeção x da distância escalar r sobre o eixo-x é iguala Rcosα, em que α é o ângulo entre r e o eixo-x. A projeção de r no eixo-y é rcosα e sobre oeixo-z, Rcosα. Note que γ = θ , então cosγ = cosθ.

As quantidades cosα, cosβ e cosγ são denominadas cossenos diretores e satisfazem a relaçãocos2α + cos2β + cos2γ = 1.

A distância escalar R do sistema esférico se relaciona com as distâncias no sistema retangularpor:

x = R.cosα = R.senθcosφ

y = R.cosβ = R.senθsenφ

z = R.cosγ = R.cosθ

Das relações anteriores, obtêm-se os cossenos diretores:

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Figura 9: Cossenos diretores

cosα = senθcosα

cosβ = senθsenφ

cosγ = cosθ

1.5 Integrais

Em eletromagnetismo operações de integração e diferenciação são geralmente efetuadas no es-paço tridimensional e envolvem campos escalares e vetoriais. Essas operações são revisadas a seguir.

1.5.1 Integral de linha de uma função

Seja f(x, y, z) uma função de�nida em uma região do espaço tridimensional e uma curva oucaminho C contida nessa região. A equação de uma curva no espaço tridimensional é obtida apartir da interseção de duas superfícies, cada uma representada por uma relação entre coordenadasdo tipo,

S(x, y, z) = 0

onde S é uma função arbitrária das variáveis x , y e z. Conseqüentemente, uma curva no espaçotridimensional corresponde a solução do sistema de equações

C ≡

{S1(x, y, z) = 0

S2(x, y, z) = 0

De�ne-se a integral de linha de f sobre C, com respeito a variável x, pela relação∫C

f(x, y, z)dx

onde o subscrito C sob o sinal de integração implica que a função escalar f(x, y, z) é calculadasobre os pontos compondo o caminho C, resultando em uma função fC(x, y, z). Portanto, paraefetuar-se esta integração é necessária a utilização do sistema de equações de�nindo a curva C, oque implica:De�nições semelhantes se aplicam a integrais de linha com respeito as variáveis y e z ou com respeitoa variáveis compondo sistemas de coordenadas curvilíneas em geral.

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Exemplo 1.1. Seja a função f(x, y, z) = 2x+ y+ z2 e o caminho C, limitado pelos pontos (0, 0, 0)e (1, 1, 1) e de�nido pela interseção entre os planos,

y = xz = yPara calcular a integral de f sobre C com respeito a variável y, utilizam-se as duas equações ante-

riores para obter,

fC = 2y + y + y2 = 3y + y2

e portanto

∫C

f(x, y, z) =

∫ 1

0

(3y + y2)dy = 11/6.

A integral de linha com respeito a uma das coordenadas do caminho é apenas um caso parti-cular da situação mais geral envolvendo a integração com respeito ao deslocamento ao longo docaminho. Seja l uma variável que mede o comprimento ao longo da curva C. A integral de linhade f sobre C com respeito a variável l é de�nida pela relação,

∫C

f(x, y, z)dl

.É possível reduzir-se essa última expressão para uma integral com respeito a uma das variáveis do

sistema de coordenadas considerado, no caso, o sistema de coordenadas cartesianas. Para isso, sejao vetor ~dl tendo magnitude |~dl| e direção tangente a curva C. Sua decomposição em coordenadascartesianas é dada por:

~dl = dxax + dyay + dzaz (22)

Para efetuar-se o cálculo da integral com respeito a variável x, por exemplo, calcula-se o efeitode um pequeno incremento dx sobre as coordenadas y e z da curva C, resultando em,

dy =∂y

∂xdx, dz =

∂z

∂xdx.

portanto,

~dl = dx

(ax +

∂y

∂xay +

∂z

∂xaz

)|~dl| =

√~dl • ~dl = dx

[1 + (

∂y

∂x)2 + (

∂z

∂x)2

]1/2

.

e a integração com respeito a variável l reduz-se a,∫C

f(x, y, z)dl =

∫C

f(x, y, z)

[1 + (

∂y

∂x)2 + (

∂z

∂x)2

]1/2

. (23)

No cálculo dessa última integral, é necessário expressar-se as variáveis y e z em termos davariável x, o que equivale ao cálculo da função f sobre a curva C.

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1.5.2 Integral de linha de um vetor

A função escalar no integrando da integral de linha pode representar uma das componentes deum campo vetorial ~F (x, y, z) . Seja um caminho C e um vetor t tangente a curva C em cada umde seus pontos. De�ne-se a integral de linha da projeção de ~F sobre C por,∫

C

(~F • t)dl.

Dados dl e t , de�ne-se o vetor deslocamento diferencial ao longo da curva por, ~dl = dlt, e aúltima integral pode ser posta na forma,∫

C

(~F • t)dl =

∫C

~F • ~dl.

Para um caminho formando uma curva fechada, denota-se∫C

~F • ~dl =

∮C

~F • ~dl (24)

Essa última integral é também denominada de circulação de ~F sobre C. A decomposição dovetor deslocamento diferencial nos sistemas de coordenadas cilíndrica e esférica é obtida com basenas Figs. 10a e 10b e a integral de linha de um vetor, nos três sistemas de coordenadas considerados,pode ser expressa como a soma de integrais com respeito a uma única variável conforme mostradoa seguir,

(a) ~dl = drar + rdφaφ + dzaz (b) ~dl = dRaR+Rdθaθ +R.senφdφ

Figura 10: (a) Projeções no plano xy do vetor deslocamento diferencial no sistema de coordenadascilíndricas. (b) Componentes do vetor deslocamento diferencial no sistema de coordenadas esféricas.

• Cartesianas∫C

~F • ~dl =

∫C

Fxdx+

∫C

Fydy +

∫C

Fzdz

• Cilíndricas∫C

~F • ~dl =

∫C

Frdr +

∫C

Fφrdφ+

∫C

Fzdz

14

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• Esféricas∫C

~F • ~dl =

∫C

FRdR +

∫C

FθRdθ +

∫C

FφR.senθdφ

Exemplo 1.2. Para o caminho fechado C mostrado na Fig.11 calcular a circulação do campo ve-

torial, ~F = xyax + y2ay em coordenadas cilíndricas.

Primeiramente transforma-se ~F utilizando-se a matriz de transformação dada pela Eq.no15:

Figura 11

Frφz =

cosφ senφ 0−senφ cosφ 0

0 0 1

.

xyy2

0

=

xycosφ+ y2senφ−xysenφ+ y2cosφ

0

=

r2senφ00

onde fez-se uso das transformações de coordenadas,

x = rcosφ , y = rsenφ

Portanto em coordenadas cilíndricas,

~F = r2.senφ ar (25)

Com base na Fig.11, utilizando a equação (25), as equações para os caminhos 1, 2 e 3 em

coordenadas cilíndricas são

C1 :

z = 0

φ = π/2

0 ≤ r ≤ 2~dl = drar

, C2 :

z = 0

π/4 ≤ φ ≤ π/2

r.senφ = 2~dl = drar + rdφaφ

, C3 :

z = 0

φ = π/4

2√

2 ≤ r ≤ 0~dl = drar

portanto, Sobre os três caminhos, tem-se

C1 : Fr = r2 , C2 : Fr = r2.2/r = 2r , C3 : Fr = r2.sen(π.4) = r2/√

2.

15

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resultando em ∮C

~F • ~dl =

∫ 2

0

r2 dr +

∫ 2√

2

2

2r dr +

∫ 0

2√

2

r2

√2dr = 4/3.

1.5.3 Integral de superfície

A integral de uma função sobre uma superfície é uma extensão do caso unidimensional. Seja Suma superfície e f(x, y, z) uma função escalar. Seja fS(x, y, z) o valor dessa função calculada sobrepontos da superfície. De�ne-se a integral de superfície de f como sendo∫

S

fS(x, y, z)dS

onde dS é um elemento diferencial de área sobre a superfície S. Se fs é a projeção de um campovetorial ~F ao longo da direção normal à superfície, denota-se,∫

S

~F • n dS

como sendo o �uxo do vetor ~F através de S, onde é o vetor unitário normal a superfície em cadaponto. Se a superfície é fechada, e o vetor aponta para fora do volume limitado por S, denota-se,∮

S

~F • n dS

como sendo o �uxo líquido de ~F para fora da região limitada por S. Note-se que se o vetor ~Ffor tangente à superfície em todos os pontos, então o �uxo líquido é nulo. Será mostrado adianteque o cálculo do �uxo de um campo vetorial para fora de um volume limitado por uma superfícieS auxilia na determinação de fontes de campo no interior do volume considerado.

É conveniente incorporar-se o caráter vetorial do vetor normal à superfície diretamente no ele-mento diferencial de área dS. Para isso, de�ne-se um vetor área diferencial em cada ponto dasuperfície por, d~S = ndS.

O vetor d~S, apontando em um dado sentido, tem magnitude igual ao produto de comprimen-tos diferenciais ao longo da superfície, e conseqüentemente as representações desse vetor nos trêssistemas de coordenadas aqui considerados são dadas por:

• Cartesianas: d~S = dy dz ax + dx dz ay + dx dy az

• Cilíndricas: d~S = r.dφ dz ar + dr dz aφ + r.dr dφ az

• Esféricas: d~S = R2.senθ dθ dφ aR +R.senθ dR dφ aθ +R.dR dθ aφ

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1.5.4 Integral de volume

A integral de uma função ou vetor em um volume ocorre freqüentemente no estudo de Eletro-magnetismo e em outras áreas da Física. Seja f uma função escalar e um campo vetorial, V umvolume no espaço tridimensional e dV um volume diferencial. Denotam-se:∫

V

f dV,

∫V

~F dV (26)

como sendo as integrais de volume das grandezas f e ~F , respectivamente. A escolha mais ade-quada para representação do elemento diferencial de volume depende da geometria do volume deintegração. O elemento diferencial dV é o produto de três comprimentos diferenciais, e as repre-sentações correspondentes nos três sistemas de coordenadas são:

• Cartesianas: dV = dx dy dz

• Cilíndricas: dV = r.dr dφ dz

• Esféricas: dV = R2.senθ dR dθ dφ

1.6 Operações diferenciais com vetores

1.6.1 Gradiente

Seja uma superfície descrita no sistema de coordenadas cartesianas pela equação f(x, y, z) = C.Na Fig.12a estão ilustradas duas superfícies adjacentes S1 e S2, descritas respectivamente pelasequações,

S1 : f(x, y, z) = CS2 : f(x, y, z) = C + dC

onde dC > 0 é um pequeno incremento diferencial na constante C. O deslocamento do ponto Ppara o ponto Q ilustrados na Fig.12a, é representado pelo vetor deslocamento diferencial,

~dl = dxax + dyay + dzaz

A variação df , na função f , devido a esse deslocamento pode ser obtida utilizando-se o termoem primeira ordem de uma expansão de Taylor para funções de três variáveis

df =∂f

∂xdx+

∂f

∂ydy +

∂f

∂zdz (27)

onde

~∇f =

(ax

∂x+ ay

∂y+ az

∂z

)(28)

sobre a função f , gerando como resultado um vetor.

Para pontos P e Q bem próximos e situados sobre S1 conforme ilustrado na Fig.12b,a variaçãona função f é, df = 0, isto é,

17

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(a)

(b) (c)

Figura 12: Geometria das superfícies e disposição de vetores utilizados na de�nição do gradientede uma função.

df = 0 = ~∇f • ~dl (29)

o que indica que o vetor ~∇f é perpendicular a superfície S1 no ponto P . Orientando-se o vetor~dl de forma a torná-lo paralelo e no mesmo sentido do vetor ~∇f , a magnitude de ~dl assume seuvalor mínimo, resultando em:

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~dl//~∇f ⇒ df = |~∇f |dlmin ⇒ |~∇f | =df

dlmin(30)

ou seja, o vetor ~∇f tem como magnitude a máxima taxa de variação da função f no ponto P eaponta no sentido dessa máxima variação. De�nindo-se um caminho curvilíneo passando perpen-dicularmente a família de superfícies Si descritas por equações do tipo, f(x, y, z) = Ci,conformeilustrado na Fig.12c, permite expressar o gradiente na forma simples:

~∇f = audf

du(31)

onde u é a variável que mede comprimento ao longo da direção normal ao conjunto de superfíciese au é o vetor unitário, tangente a essa trajetória e orientado no sentido de crescimento de u.

1.6.2 Operador Nabla

O operador ~∇ pode atuar sobre escalares ou vetores. Operação sobre uma função escalar resultano vetor gradiente. A representação do vetor gradiente é feita com os vetores unitários escritos àesquerda dos respectivos operadores diferenciais, como na Eq.(31). Isso porque, em sistemas decoordenadas curvilíneas, vetores de base em geral dependem dessas coordenadas, e portanto essanotação evita que os operadores diferenciais atuem sobre os vetores de base. Da Eq.(31), o operador~∇, quando decomposto em uma base de vetores unitários, terá como componentes as derivadascom respeito aos comprimentos diferenciais medidos ao longo dos respectivos eixos coordenados,assumindo a forma geral,

~∇ = a1∂

∂l1+ a2

∂l2+ a3

∂l3(32)

onde dli é o comprimento diferencial ao longo do eixo i. De acordo com essa expressão, asseguintes representações são obtidas nos sistemas de coordenadas cilíndricas e esféricas:

• Cilíndricas:

~∇ = ar∂

∂r+ aφ

1

r

∂φ+ az

∂z(33)

• Esféricas:

~∇ = aR∂

∂R+ aθ

1

R

∂θ+ aφ

1

R.senθ

∂φ(34)

1.6.3 Divergente

O divergente é uma função escalar resultante de uma operação diferencial sobre um vetor.Considere-se um sistema ortogonal de coordenadas generalizadas, representadas pelas variáveis u,ve w. Os elementos diferenciais de comprimento associados a essas variáveis são de�nidos por:

dl1 = h1du, dl2 = h2dv, dl3 = h3dw

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Os parâmetros h, são fatores de escala, funções das coordenadas, que multiplicados pelos respec-tivos elementos diferenciais du, dv e dw , produzem os comprimentos diferenciais correspondentes.Na Tabela 1, estão tabulados os parâmetros h correspondentes aos três sistemas de coordenadasmais utilizados.

Sistemas u v w h1 h2 h3

Cartesianas x y z 1 1 1Cilíndricas r φ z 1 r 1Esféricas R θ φ 1 R R.senθ

Tabela 1: Parâmetros h e variáveis correspondentes em três sistemas de coordenadas.

Seja o cubo curvilíneo de volume ∆V = h1h2h3dudvdw, ilustrado na Fig.1.12, com centro noponto P (u0, v0, w0), e um campo vetorial

~F (u, v, w) = au Fu(u, v, w) + av Fv(u, v, w) + aw Fw(u, v, w)

De�ne-se o divergente de ~F no ponto P pela relação,

div ~F = lim∆V→0

1

∆V

∮S

~F • d~S (35)

que mede a densidade volumétrica de �uxo líquido do vetor ~F para fora de um volume dife-rencial com centro no ponto P . Com base na geometria ilustrada nas Figs.1.12 a e b, é possíveldeterminar-se formalmente uma expressão para o divergente em termos das componentes de ~F e dascoordenadas u, v e w. Para isso basta computar-se o �uxo do vetor para fora do volume diferencial,através das seis superfícies do cubo curvilíneo. Na Fig.1.12b, estão indicadas as superfícies S1 eS2 , e a superfície intermediária S0 . Sendo au o vetor normal a superfície intermediária, obtém-separa o �uxo através dessa superfície

1.6.4 Rotacional

1.7 Identidades vetoriais

1.8 Alguns teoremas da análise vetorial

1.8.1 Teorema de Gauss

1.8.2 Teorema de Stokes

1.8.3 Identidades de Green

1.8.4 Teorema de Helmholtz

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