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Eletromagnetismo Licenciatura: 5ª Aula (06/03/2014) Prof. Alvaro Vannucci Vimos: Capacitores Capacitância Q C V 2 1 ² 2 2 Q U CV C ; e a Energia Armazenada : 0 ² 2 U udV E dV No caso de um capacitor de placas paralelas ideal: 0 //' s A C d Inserindo placa dielétrica no capacitor temos a formação dos varios momentos de dipolo elétrico i p , de forma que o Vetor Polarização é definido como: 1 1 N i i P p V ; e ainda: 0 0 0 C C V V E E ; sendo a constante dielétrica Consequentemente temos, na placa dielétrica, o aparecimento de um campo elétrico induzido devido ao surgimento das cargas de polarização, que irá enfraquecer o campo E inicialmente existente. definindo 0 D E P como sendo o “Vetor Deslocamento Elétricoentão a Lei de Gauss escrita em uma forma mais geral fica: int ˆ livre D ndA Q ; de forma que: D E Considerando novamente o capacitor ideal de sem com placas paralelas isolado, nas situações com e sem um bloco dielétrico no seu interior: Agora, como a quantidade de cargas livres não se modifica (pelo fato do capacitor estar isolado ) então: 0 0 0 0 E D D E E + + + + + + - - - - - - 0 D + + + + + + - - - - - - - - - - - - + + + + + + D 0 0 D E D E

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Eletromagnetismo – Licenciatura: 5ª Aula (06/03/2014) Prof. Alvaro Vannucci

Vimos: Capacitores Capacitância Q

CV

2 1

²2 2

QU CV

C ;

e a Energia Armazenada: 0 ²2

U udV E dV

No caso de um capacitor de placas paralelas ideal: 0//'s

AC

d

Inserindo placa dielétrica no capacitor temos a formação dos varios momentos de

dipolo elétrico ip , de forma que o Vetor Polarização é definido como:

1

1 N

i

i

P pV

; e ainda:

0

0

0

C C

VV

EE

; sendo a constante dielétrica

Consequentemente temos, na placa dielétrica, o aparecimento de um campo elétrico

induzido devido ao surgimento das cargas de polarização, que irá enfraquecer o campo

E inicialmente existente.

definindo 0D E P como sendo o “Vetor Deslocamento Elétrico” então a Lei de

Gauss escrita em uma forma mais geral fica:

int

ˆlivreD ndA Q ; de forma que: D E

Considerando novamente o capacitor ideal de sem com

placas paralelas isolado, nas situações com e

sem um bloco dielétrico no seu interior:

Agora, como a quantidade de cargas livres não

se modifica (pelo fato do capacitor estar

isolado) então:

000 0

ED D E E

+

++

+

+

+

-

--

-

-

-

0D

+

+

+

+

+

+

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

+

+

+

+

+

+

D

0 0D E D E

Portanto, a constante dielétrica corresponde à Permissividade elétrica relativa:

0

Lembrando as aulas de cálculo, temos que o teorema do divergente:

ˆ ( )A ndA A dV ; que sendo aplicado na Lei de Gauss:

sup. .int

ˆ ( ) livvol

D n dA D dV Q dV

Vemos então, por comparação, que a 1ª Equação de Maxwell (na forma diferencial) é

dada por: D

Significado fisico da “operação gradiente”: Corresponde ao cálculo do fluxo de um

campo vetorial através de uma superficie fechada (que abrange um elemento de

volume infinitesimal).

Por isto que D é muitas vezes chamada de “Lei de Gauss pontual”

Desta forma, podemos também concluir que 0 ˆBB n dA o

(2ª equação de Maxwell)

Os Fenômenos Magnéticos

Cronologia: ~800 AC os gregos descobriram a Magnetita (Fe3O4)

~1100 DC os chineses começam a utilizar a bússola

~1600 DC William Gilbert explica o funcionamento da bússola

Experimentalmente, observa-se que toda carga q, com velocidade

v na presença de um campo magnético B , sofre a ação de uma

força:

mF q v B (usar a regra da mão direita)

Unidade de B : Tesla ou Gauss (1 T = 104 G).

Se a carga possuir velocidade //v v v em relação a B :

/

0

/mF

v B v B v Bq

Ou seja, a força magnética age sobre a carga

fazendo com que ela descreva um círculo de

raio r, mais um movimento retilíneo

sinMF qvB

v

B

MF

v

B

v v

B

trajetória é helicoidal

Como ²

m cp

mv mvF F qv B r

r qB

(raio de Larmor )

E comomv qB

v rqB m

(frequência de cíclotron ou de giro)

Duas situações interessantes que envolvem configurações de campo magnetico não

uniforme:

1º) Dispositivo “Garrafa Magnética”

Pode-se mostrar que as cargas oscilam de lado a lado, permanecendo confinadas.

A ideia é tentar mantê-las aprisionadas pelo campo magnético o maior tempo possível,

enquanto o plasma é aquecido até que fusões nucleares ocorram.

Para evitar o escape das particulas, devido às colisões, utilizam-se máquinas de

confinamento toroidal, tipo Tokamaks.

2º) Cinturão de van Allen:

Partículas cósmicas (principalmente do Sol) são aprisionadas pelo campo magnético da

Terra, dando surgimento às Auroras.

Sabemos que cargas elétricas, ao se moverem (em um condutor), criam uma corrente:

dqI

dt

Por convenção, definimos o sentido da corrente como o do deslocamento das cargas

positivas.

Será muito útil, também, utilizarmos o conceito de “Densidade de Corrente Elétrica”,

que corresponde à quantidade de carga que atravessa perpendicularmente com uma

certa área, por unidade de tempo:

I J n dA

Macroscopicamente, uma ddp aplicada nas extremidades de um condutor faz surgir

uma corrente I:

V RI ; R resistência elétrica(em Ω) que depende do tipo do

material condutor e suas dimensões; sendo que:

lR

A

e

1

; onde σ condutividade elétrica e ρ resistividade elétrica

Supor agora uma barra de comprimento l, área A e condutividade σ. Se uma ddp V é

aplicada nas suas extremidades, cria-se um campo E interno e, portanto, flue através

do condutor uma densidade de

corrente J, que consideraremos

uniforme:

Então( )( )

ˆ ( )( )

V E dl E l

I J ndA J A

]

Como V = RI E ll

A

(J A ) J E (Lei de Ohm macroscópica)

l

A

J

E