Eletrónica Instrumentação – Dicas de Medições

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    3/68Fevereiro 2010 I SABER ELETRNICA 445 I 3

    Editora Saber Ltda.DiretorHlio Fittipaldi

    Associada da:

    Associao Nacional das Editoras dePublicaes Tcnicas, Dirigidas

    e Especializadas

    Atendimento ao Leitor: [email protected]

    Os artigos assinados so de exclusiva responsabilidade de seus autores. vedada a reproduo total ou parcial dos textose ilustraes desta Revista, bem como a industrializao e/ou comercializao dos aparelhos ou idias oriundas dos textosmencionados, sob pena de sanes legais. As consultas tcnicas referentes aos artigos da Revista devero ser feitas exclu-sivamente por cartas, ou e-mail (A/C do Departamento Tcnico). So tomados todos os cuidados razoveis na preparao docontedo desta Revista, mas no assumimos a responsabilidade legal por eventuais erros, principalmente nas montagens, poistratam-se de projetos experimentais. Tampouco assumimos a responsabilidade por danos resultantes de impercia do montador.Caso haja enganos em texto ou desenho, ser publicada errata na primeira oportunidade. Preos e dados publicados emanncios so por ns aceitos de boa f, como corretos na data do fechamento da edio. No assumimos a responsabilidade

    por alteraes nos preos e na disponibilidade dos produtos ocorridas aps o fechamento.

    editorial

    Editor e Diretor ResponsvelHlio Fittipaldi

    Conselho EditorialJoo Antonio Zuffo,Renato Paiotti

    RedaoDaniele Aoki,Natlia F. Cheapetta,

    Thayna Santos

    Reviso TcnicaEutquio Lopez

    ColaboradoresBernhard Rohowsky, Bruno MuswieckEutquio Lopez, Fernando Pavanelli

    Filipe Pereira, Jrgen KauscheLuiz Fernando F. BernabeNewton C. Braga, Nicholai Pavan SorpresoRenato Paiotti, Roberto Brando

    DesignersCarlos Tartaglioni,Diego M. Gomes

    ProduoDiego M. Gomes

    www.sabereletronica.com.br

    Saber Eletrnica uma publicao mensal da

    Editora Saber Ltda, ISSN 0101-6717. Redao,administrao, publicidade e correspondncia:Rua Jacinto Jos de Arajo, 315, Tatuap, CEP03087-020, So Paulo, SP, tel./fax (11) 2095-5333.

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    Edies anteriores (mediante disponibilidade deestoque), solicite pelo site ou pelo tel. 2095-5330, aopreo da ltima edio em banca.

    O Brasil precisa de Reformas

    Nesta edio termina o Curso Rpido de Retrabalho

    com SMD, de autoria de Luis Fernando Bernabe. A re-

    percusso foi muito boa e mostrou como o Brasil ainda

    sente falta de coisas bsicas como um curso sobre este

    assunto, que no novo. O SMD da segunda metade

    dos anos 80. Mais ou menos h 22 anos apareciam os

    primeiros componentes. As estaes de retrabalho so

    vendidas e os tcnicos tm pouco ou nenhum treina-

    mento para oper-las. Algumas grandes empresas ao procurar no mercado

    de trabalho, profissionais nesta rea, exigem o certificado de concluso de

    curso com certificao, segundo normas internacionais.

    No temos conhecimento da existncia de cursos regulares em nosso

    pas, por isso mesmo incentivamos, com o apoio da Quart, o primeiro com

    ampla divulgao atravs debanner

    em nosso portal. Para nossa satisfa-o, a procura foi grande para que vrias turmas sejam formadas e, assim,

    cumprimos mais uma vez o nosso papel de fomentar o crescimento do

    setor eletroeletrnico que tanto precisa crescer e gerar empregos, apesar

    dos governos (municipal, estadual e federal) nada fazerem para diminuir o

    Custo Brasil. A ABIMAQ (Assoc. Brasileira da Ind. de Mquinas) anunciou

    que o custo Brasil , em mdia, 36,27 % para a indstria em modo geral e

    43,85% para a indstria de mquinas, se compararmos com as dos EUA e da

    Alemanha. Ou seja, se uma mquina destes pases sai mais barata do que se

    a mesma fosse feita aqui em nosso pas. Imaginem agora quanto no ser a

    diferena de custo da mesma mquina se fosse feita na China !?Isto provoca a desindustrializao do Brasil onde profissionais catego-

    rizados perdem seus empregos e como no caso da indstria de sapatos,

    para no ficarem desempregados ou mudarem para empregos de segunda

    categoria, so obrigados a ir trabalhar na China. L, j existe uma respeit-

    vel comunidade de gachos do setor caladista. Este ano de eleies e

    hora de exigir as reformas tributria, trabalhista e a regulamentao final

    da Constituio de 1988 que at agora no foi feita pelos funcionrios do

    estado brasileiro - os polticos . No trabalham com competncia e recebem

    religiosamente!

    Hlio Fittipaldi

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    4/684 I SABER ELETRNICA 445 I Fevereiro 2010

    ndice

    EditorialSeo do Leitor

    Acontece

    Opinio

    0306

    08

    65

    Instituto Monitor ............................................................... 5

    Tyco ..................................................................................... 7ALV ....................................................................................... 13

    Tato ..................................................................................... 13

    Globtek .............................................................................. 33Duodigit .............................................................................. 39

    Microchip .................................................................... 2 capa

    IR .................................................................................. 3 capaCyka ............................................................................. 4 capa

    ndice de anunciantes

    17

    30

    42

    Tecnologias12EMR Technology (Eletro-Magnetic Resonance)

    Circuitos Prticos1410 Osciladores CMOS

    Projetos17Display de senhas com o Arduno

    Desenvolvimento20Drivers de LEDs

    26LTSpice Simulao Filtros

    Instrumentao30Cinco Dicas para Reduo de Rudo nas

    Medies34Erros de Medidas em Multmetros Digitais

    36Medies de Campos Eletromagnticos

    causados por sistemas de transmisso

    Sensores40Sensor de Temperatura Isolado

    42Curso sobre Sensores

    Microcontrolador51Tambor Eletrnico

    Componentes54Tcnicas de Extrao de Circuitos Integrados

    57Curso Rpido de Retrabalho Manual em

    Componentes Montados em Superfcie (SMD)

    Parte 3

    61O Transistor 2N3055

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    SABER ELETRNICA 444

    IJaneiro 2010

    seo do leitor

    Colabore

    Saber Eletrnica n 422

    Contato com o LeitorEnvie seus comentrios, crticas

    e sugestes para a.leitor.saberele

    [email protected].

    As mensagens devem ter nome

    completo, ocupao, empresa e/ou ins-

    tituio a que pertence, cidade e Estado.

    Por motivo de espao, os textos podem

    ser editados por nossa equipe.

    DTMFGostaria de saber se vocs tem em alguma

    edio o seguinte assunto: DTMF, que signi-

    ca a soma de duas frequncias em trans-

    misso telefnica.

    Empresa Genno

    Por email

    Em nosso portal encontra-se dois artigos

    referentes a este assunto, para acess-los

    basta assinar o portal Saber Eletrnica

    enviando um email para assinaturas@

    editorasaber.com.br. Se desejar t-las

    impressas, favor entrar em contato com

    a Nova Saber e solicitar a revista Saber

    Eletrnica n 422, e a revista Eletrnica

    Total n 124.

    Se voc gosta de escrever e trabalha

    com desenvolvimento de projetos,

    manuteno industrial, prdios inteli-

    gentes, automao ou outro assunto em

    nossa rea e pretende construir um bom

    currculo para manter sua empregabi-

    lidade em alta, mande a sua idia para

    [email protected].

    AssinaturaPreciso assinar a revista Saber Eletr-nica, mas no quero a digital, e sim

    a revista igual a da banca. Como eu

    fao para adquirir e receber em minha

    casa.

    Benedito Cardoso

    Por email

    Prezado Benedito para assinar a

    revista Saber Eletrnica na verso

    impressa, basta enviar um email para

    [email protected] entrar em contato pelo telefone

    (11) 2095-5333.

    LeitorOl pessoal, meu nome Wilson econheo a revista desde quando usava

    fraldas! Me apaixonei por eletrnica,

    e me formei como engenheiro, hoje

    trabalho em uma grande multi-

    nacional exercendo a profisso.

    Mando um abrao a todos em especial

    ao professor Newton C. Braga, que

    para mi m e colegas da poca dos

    pro jetos iniciais, era o nosso grande

    heri. Parabns a todos e um forte

    abrao!

    Eng WIlson M. S. Filho

    Por email

    Caro Wilson, fcamos emocionados

    com seu depoimento. So histrias

    assim que nos motivam a continuar

    trabalhando para fazer da Saber

    Eletrnica a melhor e mais importante

    revista de eletrnica do Brasil.

    Agradecemos muito o seu contato e a

    sua audincia.

    Edies AntigasSenhores sou assinante e gostaria desaber se possivel fazer download de

    edies anteriores da revista.

    Rogrio Frana

    Por email

    Caro Rogrio, estamos constantemente

    cadastrando as revistas mais antigas

    no nosso portal. O nmero mais antigo

    a revista Saber Eletrnica n 399.

    Caso precise delas impressas, pode

    entrar em contato com a Nova [email protected]

    pelo site www.novasaber.com.br

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    8 I SABER ELETRNICA 445 I Fevereiro 2010

    acontece

    Curtas

    De olho no crescente mercado

    de substituio de telefones

    mveis antigos por modelos

    mais equipados, a fabricante do

    BlackBerry, Research in Motion(RIM), vai iniciar no Brasil sua

    primeira produo de aparelhos

    na Amrica Latina fora do

    Mxico, aps fechar acordo com a

    Flextronics.

    O copresidente-executivo da

    Research in Motion, Jim Basillie,

    em visita ao Brasil, anunciou no

    incio de maro a produo com a

    fabricante terceirizada Flextronics,

    em So Paulo. Inicialmente

    produzir um modelo, o Curve

    8520, voltado para usurios

    iniciantes e jovens interessados

    por redes sociais, como twitter,

    facebook, orkut, myspace etc.

    Em entrevista Reuters, Basillie

    afirmou que a empresa est

    avaliando mais modelos para

    produo no pas, onde at agora

    apenas aparelhos importados da

    marca so vendidos sob incidncia

    de custos de importao.

    A empresa japonesa de robtica,

    Cyberdyne, criou uma perna artificial

    ortopdica, capaz de movimentar-se

    a partir das ordens recebedidas pelos

    sinais do crebro, o que permite aousurio caminhar de forma natural,

    sem a ajuda de muletas.

    A tecnologia utilizada a mesma do

    revolucionrio traje-rob batizado

    como HAL, apresentado em 2008. O

    sistema da perna tem sensores que

    podem ler os sinais enviados pelo

    crebro. Quando os sensores detec-

    tam as ordens de movimento perna,

    os pequenos motores instalados na

    extremidade artificial movimentam de

    forma automtica os mecanismos do

    tornozelo e joelho.

    A empresa pretende aplicar os mesmos

    princpios robticos para fabricar

    braos artificiais com fins ortop-

    dicos. At o momento, o principal

    produto da companhia era o HAL,

    uma espcie de armadura ciberntica

    que aumenta as capacidades fsicas do

    corpo humano e recomendado a

    idosos e a pacientes com problemas

    musculares ou incapacidades fsicas.

    Produo verde-amarela Perna ortopdica

    A Texas Instruments (TI), lanou a linha

    de microcontroladores MSP430 Value

    Line, que oferece consumo baixo de

    corrente pelo preo de microcontrola-

    dores de 8 bits.Os novos microcontroladores tm

    suporte das ferramentas MS430, sof-

    tware grtis e ampla rede de suporte

    de parceiros, possibilitando tempo

    menor para chegada ao mercado por

    toda uma gama de aplicaes sensveis

    a custo, incluindo aplicaes de segu-

    rana e sensores sensveis ao toque.

    A linha Value Line assegura que projetis-

    tas que utilizam microcontroladores 8

    bits no precisaro sacrificar a eficincia

    de energia, escalabilidade por causa de

    preos ou desempenho.

    Os microcontroladores MSP430G2xx

    possuem cdigo compatvel com toda

    a plataforma dos microcontroladores

    MSP430, permitindo fcil migrao de

    cdigo e upgradepara dispositivos mais

    avanados, de acordo com a evoluao

    das necessidades da aplicao.

    Para informaes sobre disponibilidade

    e preo do produto, entrem no site

    www.ti.com

    Microcontroladores

    O balano divulgado no ms de fe-

    vereiro na Sucia mostra que 2009,

    ano da crise econmica global, foide crescimento para a Axis Com-

    munications. A fabricante sueca

    de cmeras de monitoramento,

    decodificadores e outros equipa-

    mentos de vdeo IP obteve, no ano

    passado, 2,301 bilhes de coroas

    suecas, ou 317 milhes de dlares

    de receita em vendas lquidas, 17%

    a mais que em 2008.

    Esta expanso resultado do bom

    desempenho das vendas do con-

    tinente americano, trazendo paraa empresa nmeros positivos.

    Amricas puxam crescimentode vendas da Axis

    Nas Amricas, as vendas lquidas

    atingiram 1,085 bilho de coroas

    suecas (145 milhes de dlares),27% maior na comparao com o

    ano anterior.

    E todos esses sistemas de vigiln-

    cia, em grande parte graas Axis,

    esto abandonando as plataformas

    analgicas e abraando o vdeo IP,

    ou j nascem mesmo totalmente

    dedicados ao vdeo em rede, con-

    clui a diretora.

    A fabricante aumentou tambm

    os investimentos em pesquisa

    e desenvolvimento. Em 2009, areceita para o setor chegou a 332,1

    milhes de coroas suecas (45,7 mi-

    lhes de dlares), valor 24% maior

    que 2008.Para manter nosso market share

    (33,5% do mercado global de

    cmeras IP, de longe o maior do

    mundo) e nossa liderana de mer-

    cado, assim como assegurar nossa

    competitividade, a Axis continuar

    seu foco em lanamento de produ-

    tos inovadores para vdeo em rede,

    ampliar as parcerias com desen-

    volvedores de software e outros

    fabricantes e manter a ampliao

    da equipe, explica Ray Mauritsson,CEO da companhia.

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    Os aparelhos auditivosacompanharam a evoluotecnolgica decorrente doavano digital dos ltimos anos.Atualmente, os aparelhos somenores, mais inteligentes e

    com designmoderno, alm depossurem caractersticas nicas,como microfones direcionais,gerenciador de microfonia e nfasepara fala, com o propsito deaumentar o conforto em ambientes

    sonoros difceis.Exemplos disso so os aparelhos

    auditivos YUU e 360** doGrupo Microsom, uma empresade solues auditivas do Brasil.

    Este equipamento tem comocaracterstica a interatividadecom o usurio e a programaoautomtica,

    O YUU, equipamento de ltimagerao, tem como caracterstica

    a interatividade com o usurioe a programao automtica,alm de permitir que o prpriopaciente realize determinado tipo

    de regulagem no equipamento,ou por meio de um controle

    remoto diferenciado. J o 360se destaca pela alta potncia,pela resistncia umidade e aimpactos e ainda oferece uma gamacompleta de inovaes avanadase projetadas para proporcionar

    alta performance, mesmo emambientes com barulho e rudointensos.

    Os aparelhos auditivos com o passar

    dos anos sofreram transformaesimportantes com o avano da

    tecnologia, eram grandes em formade trombetas e funis. No sculoXX, depois de muitas mudanas,eram compostos por microfonede carbono, alto- falante e umagrande bateria para produzir o

    som amplificado. Mesmo com estaevoluo, ainda no era suficientepara pessoas com perda auditivaem um grau muito alto.

    Novas tecnologias possibilitamaparelhos auditivos mais inteligentes

    Com o tempo, os aparelhosauditivos passaram a incorporar

    o transistor, oferecendo aomercado dispositivos menores quepodiam ser usados na orelha ouincorporados haste dos culos.O novo modelo necessitava apenasde uma bateria para funcionar.

    Nos anos 80 surgiu a possibilidadede programar esses aparelhos,quando os equipamentos passarama ter microprocessadores, quepermitiam que eles fossemmenores e introduzidos

    completamente dentro do canalauditivo.

    Aps mais de um sculo, finalmenteos aparelhos auditivos chegaram

    era digital e passaram a trabalharcom um complexo e extremamenterpido processo sonoro, com altograu de preciso. Os equipamentosatuais possuem chipsextremamentemodernos que conseguem

    diferenciar os vrios sons de umambiente e assim, reduzir o rudode fundo e automaticamente seadaptar para diferentes situaessonoras. Alm disso, proporcionamsom natural, maior flexibilidade e

    maior personalizao para pessoascom perda auditiva.

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    Produtos

    Analisador PXA de Sinais

    Este analisador de sinais PXA N9030Ada Agilent o membro de mais alta

    performance da srie X de analisa-dores de sinais, sendo o substitutoideal para os equipamentos equivalen-tes atuais. O instrumento pode cobrirfrequncias que alcanam 26,5 GHz eapresenta flexibilidade para o presentee para o futuro atravs de capacidades

    operacionais de medida e de expansode hardware.

    Dentre as aplicaes para este equi-pamento esto as que envolvemtecnologia aeroespacial, defesa, comu-

    nicaes comerciais e outras. A sualinguagem de comunicao compatvelcom outras tecnologias possibilita seuinterfaceamento com analisadoresde espectro tanto da prpria Agilentquanto da HP.

    Destaca-se ainda neste aparelho suaperformance, que reduz as incertezasdas medidas e revela detalhes de sinaisem nveis a partir de 75 dB de faixadinmica livre de esprios, numa faixade 140 MHz de largura. Especificaes

    adicionais incluem um rudo de fase de-128 dBc/Hz em 10 kHz de offset

    (1 Ghz), preciso absoluta de amplitudede +/- 0,19 dB e sensibilidade de -172dBm apresentada com nvel mdio derudo (DANL) em 2 GHz.

    Os novos instrumentos esto disponveisem quatro faixas de frequncias:

    N9030A-503, cobrindo de 3 Hz a 3,6GHz;

    N9030A-508, cobrindo de 3 Hz a 8,4GHz;

    N9030A-513, cobrindo de 3 Hz a 13,6GHz;

    N9030A-525, cobrindo de 3 Hz a 26,5GHz.

    N9030A Analisador PXA

    de Sinais, da Agilent.

    LEDs com a maiorluminosidade do mercado

    A Belmetal se consolida no

    segmento de comunicaovisual e lana novas solues emLEDs, alternativa de iluminaoque tem crescido em todo omundo principalmente pela suaparticularidade de economizar at

    90% a mais de energia em relaoa uma lmpada comum, no emitircalor e ter uma durao de 20 a 30vezes maior.

    De olho neste mercado, a Belmetal

    traz uma linha de produtos paraeste setor. H uma grandeexpectativa de crescimento domercado de LEDs no Brasil.Acredito que aqui o produtoainda esteja comeando a ser

    descoberto, explica VictorFigueiredo, Supervisor Nacional de

    Produtos da Belmetal.Os LEDs da Belmetal tm uma

    luminosidade acima da mdia demercado, com mais pontos pormetro 30 por metro. No mercadoa mdia de 20 pontos por metro.O custo-benefcio da iluminao

    por LEDs tambm bastanteatrativo para o consumidor. Emalguns projetos o LEDSIGN, como conhecido, fica mais barato queo prprio non, afirma o supervisor.

    Alm deste produto, a Belmetal trazao consumidor uma consultoriatcnica com profissionaisespecializados em suas 11 filiais

    espalhadas pelo Brasil alm da suamatriz corporativa em So Paulo,

    que do ao cliente a soluo idealpara cada projeto.

    A aplicao dos LEDs pode serbastante variada, e tem sido usadaprincipalmente com objetivos decomunicao corporativa. Nossofoco ser atender especificamente

    empresas fabricantes de luminosos eLetra Caixa, assim como especificare homologar o produto em grandescorporaes, diz Victor Figueiredo.

    O produto est disponvel na Belmetal

    nas cores verde, vermelho, azul,branco frio e branco quente, e temuma garantia de 80.000 horas, almde ser a prova dgua.

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    IFevereiro 2010

    tecnologiasRenato Paiotti

    Aintegrao da central de processa-

    mento com os perifricos num ni-

    co dispositivo o sonho de vrios

    projetistas, porm performance x

    espao x peso difcil de conciliar, embora

    nada seja impossvel.

    Em janeiro a Apple anunciou o lana-mento do Ipad, um computador porttil

    que dispensa teclado e mouse, onde a tela

    sensvel ao toque. Para uso pessoal este

    dispositivo bem interessante, mas, e quan-

    do o uso destes dispositivos requer um

    nvel de detalhe maior do que o oferecido

    pelo sistema Touchscreen? Especialmente

    utilizado por artistas grficos e usurios de

    softwares grficos?

    Pensando nesse mercado a Wacon

    desenvolveu a famlia W8000, com a qual

    possvel interagir com o computador direta-mente na tela de LCD utilizando uma caneta

    que no tem fio, porm com um circuito que

    alimentado pelo prprio campo magntico

    gerado pelo monitor.

    A famlia W8000 um sistema integrado

    que captura as informaes de uma matriz

    de sensores, onde o sinal chega de forma

    analgica, converte estes sinais em digital e

    transfere estas informaes para a CPU.

    Aparentemente parece fcil, afinal s

    informar a posio da caneta, que sem fio, e

    indicar em que posio ela se encontra, mas

    com a tecnologia EMR possvel informar

    alm da posio, a distncia em que a caneta

    se encontra e o seu grau de inclinao, muito

    til para os artistas grficos que podem de-senhar diretamente sobre o monitor LCD e

    simular pinceladas sutis, alm do ngulo que

    o pincel est sendo usado.

    A tecnologiaA EMR Technology uma tecnologia em-

    pregada na tablet CintIq fabricada pela prpria

    Wacom. Como ilustrado na figura 1podemos

    ver que esta tecnologia captura, atravs de

    uma matriz de sensores (bobinas), o campo

    magntico gerado pela caneta. Conforme a ca-

    pacitncia capturada por cada um dos sensores, possvel saber a distncia, o grau de inclinao

    e o ponto em que ela se encontra desta matriz

    que est distribuda por toda a tela.

    A caneta no possui nenhum tipo de fio

    ou bateria que alimente o seu circuito, isso

    porque ela consegue a prpria alimentao

    do circuito atravs do campo induzido vindo

    da tablet, uma vez que o circuito da caneta

    simples e de baixo consumo.

    F1. Como os sinais so

    capturados.

    EMRTechnology(Electro-Magnetic Resonance)

    Conhea esta tecnologia desenvolvida pela

    Wacom para atender o mercado de tablets

    PC da rea grfca, que podem ser usadas em

    diversas outras aplicaes

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    SABER ELETRNICA 445

    I13

    tecnologias

    Sem baterias ou fios, temos uma caneta

    bem mais leve e fcil de manusear, sem a ne-

    cessidade da troca da bateria, que envolveria

    a abertura da caneta para tal. A caneta tem

    um circuito ressonador (LC), que responde

    refletindo o prprio campo, induzindo as

    bobinas que esto colocadas abaixo do LCD

    da tablet, observe isto na figura 2.O circuito LC que compe a caneta

    simplesmente um indutor ligado em para-

    lelo a um capacitor, tornando-se assim um

    filtro que elimina determinadas faixas. Desta

    forma, quanto maior a indutncia e menor a

    capacitncia maior a faixa, o circuito LC

    apresentado na figura 3.

    Abaixo dos sensores temos uma camada

    adesiva e uma outra camada que uma

    blindagem. Esta blindagem tem como funo

    bloquear qualquer campo magntico gerado

    por quaisquer agentes internos ou externosao sistema. Se no houvesse esta blindagem,

    qualquer campo iria interferir nos sensores,

    como se a caneta estivesse naquele lugar

    onde o falso campo foi gerado.

    Outros agentes podem gerar campos

    magnticos e poderiam interferir na leitura

    dos dados, como por exemplo o dedo do usu-

    rio ou simplesmente a borda metlica que

    prende o display LCD ao conjunto da tablet,

    porm o campo gerado por estes agentes

    de menor intensidade que a prpria caneta.Com este cenrio em mente possvel

    imaginar a quantidade de sensores utilizados

    na matriz, devido a sua resoluo, agora

    pense no processamento necessrio para

    calcular todos estes sinais, alm disso ima-

    gine o recurso necessrio para calcular a

    distncia e inclinao da caneta tendo como

    base o campo induzido de cada sensor em

    seus diversos nveis. Por isso um chip da fa-

    mlia W8001 foi desenvolvido, onde os sinais

    analgicos so convertidos em digitais e atravs destes dados que o processamento

    feito. Como este processamento execu-

    tado pelo prprio circuito da tablet, pouco

    sobra de trabalho para a CPU, podendo ser

    instalados em computadores com processa-

    dores de baixa performance.

    F2. As camadas que

    compem o display.

    F3. Circuito

    LC.

    E

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    14/68

    14 ISABER ELETRNICA 445IFevereiro 2010

    Circuitos Prticos

    Embora a frequncia mxima de ope-

    rao de um circuito lgico CMOS

    dependa da tenso de alimentao,

    se precisarmos gerar sinais que no

    excedam alguns megahertz, ele consiste na

    soluo ideal pelo seu baixo custo, simpli-cidade e facilidade de congurao.

    Os circuitos dados a seguir podem ser

    usados nas aplicaes em que se necessita

    de sinais retangulares de baixas e mdias

    frequncias, empregando circuitos inte-

    grados convencionais da famlia CMOS.

    Oscilador com Porta NAND4093 ou Inversor 40106

    Nosso primeiro oscilador o mais

    simples de todos, tendo sua frequncia

    determinada pela rede RC. Essse circui-to, mostrado na fgura 1, gera um sinal

    retangular com aproximadamente 50%

    de ciclo ativo em frequncias que podem

    passar de 1 MHz.

    O circuito integrado mais usado nesta

    aplicao o 4093, mas funes inversoras

    disparadoras como as do 40106 tambm

    funcionam satisfatoriamente. O valor mni-

    mo de R est em torno de 1 kohms e para C

    o valor mnimo recomendado 100 pF.

    Podemos modicar esse circuito para

    operar com uma rede LC, gerando sinaisde frequncias mais altas, at uns 7 MHz

    com 10 V, seguindo a congurao apre-

    sentada na fgura 2.

    Nas frequncias mais altas o sinal de sa-

    da j no ser perfeitamente retangular.

    Oscilador a Cristal4001/4011

    Nafgura 3temos uma forma de con-

    gurar um inversor (NAND ou NOR) para

    gerar sinais com a frequncia controlada

    por um cristal de quartzo.

    Osciladores

    CMOS

    10Funes lgicas CMOS podemser conguradas para resultar em

    excelentes osciladores retangula-

    res com frequncias at uns 7 MHz.

    Esses circuitos podem ser usados

    como base para uma innidade

    de projetos que vo de geradores

    de efeitos sonotos a clocks para

    conguraes lgicas.

    Neste artigo, focalizamos 10

    osciladores CMOS para o leitor

    empregar em seus projetos

    A frequncia mxima deste circuito

    est em torno de 4 MHz, e o capacitor deve

    ser cermico. O sinal tambm retangular,

    com pequena deformao nas frequncias

    mais elevadas.

    F1. Oscilador com

    Porta NAND.

    F2. Oscilador p/ freq.

    mais altas.

    F3. Oscilador com cristal

    de quartzo.

    Newton C. Braga

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    15/68

    Fevereiro 2010 ISABER ELETRNICA 445I15

    Oscilador com2 Inversores

    O circuito da fgura 4gera sinais re-

    tangulares e faz uso de dois inversores

    de um circuito integrado 40106.

    Os outros inversores do 40106 podem

    ser utilizados de forma independente. A

    frequncia deste circuito determinadapor R e C. Para R = 100 k ohms e C = 10 nF

    teremos um sinal na faixa de udio.

    Oscilador Controladopor Tenso

    Podemos controlar a frequncia do os-

    cilador anterior numa boa faixa de valores

    a partir de uma tenso externa, usando a

    confgurao da fgura 5.

    A tenso de controle estar entre 0 e 2

    V, tipicamente. O circuito, com os compo-

    F6. oscilador com 3

    inversores.

    F5. Oscilador contro-

    lado por tenso.

    F4. Oscilador com 2

    inversores.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    16/68

    16 ISABER ELETRNICA 445IFevereiro 2010

    Circuitos Prticos

    nentes indicados, gera sinais na faixa de

    udio e a forma de onda retangular.

    Outras funes CMOS que possam ser

    conguradas como inversores, funciona-

    ro perfeitamente nesse oscilador.

    Oscilador com TrsInversores

    Maior estabilidade para a gerao dos

    sinais pode ser conseguida com o oscila-

    dor ilustrado na gura 6.

    Os trs inversores so de um circuito

    integrado 40106, mas outros circuitos

    integrados que possam ser empregados

    na mesma funo serviro.

    O sinal de sada retangular e a frequ-

    ncia depende de R1e C1. Para os valoresindicados, o circuito gera sinais na faixa

    de udio.

    Oscilador semComponentes Externos

    No oscilador exibido na figura 7 a

    frequncia de operao depende do tem-

    po de propagao do sinal atravs das

    funes inversoras.

    Como esse tempo depende da tenso

    de alimentao, podemos controlar a fre-

    quncia pelo potencimetro de 10 k ohmsque ajusta a tenso no circuito.

    O sinal gerado pode chegar a alguns

    megahertz e rico em harmnicas, servin-

    do o oscilador como excelente gerador de

    sinais. Outras funes inversoras podem

    ser empregadas no mesmo circuito e o n-

    mero de portas deve ser sempre mpar.

    Oscilador DisparadoNa gura 8temos um circuito que en-

    tra em oscilao quando o pino de entrada

    for levado ao nvel alto.

    A frequncia determinada por R1e

    C1. R

    2deve ser sempre maior do que 10

    vezes o valor de R1. Com os valores in-

    dicados, o circuito gera um sinal na faixa

    das audiofrequncias.Outras funes que possam ser con-

    guradas como inversor e controle podem

    ser empregadas. Por exemplo, podemos

    usar em lugar do 4069 o prprio 4011

    como inversor.

    O sinal obtido na sada deste circuito

    retangular com um ciclo ativo de apro-

    ximadamente 50%.

    Oscilador com Portas NORNa gura 9mostramos como obter

    um oscilador usando as portas NOR deum circuito integrado 4001.

    O sinal gerado retangular e a sua

    frequncia depende basicamente de C1e

    R2. R

    1deve ser pelo menos 10 vezes maior

    que R2.

    Oscilador deFrequncia Varivel

    No circuito da figura 10 podemos

    ajustar a frequncia do sinal gerado em

    um potencimetro comum.

    A frequncia gerada depende do ca-pacitor e para o valor indicado estar na

    faixa de udio.

    Qualquer circuito integrado CMOS

    que possa ser congurado como inversor

    funcionar neste circuito.

    ConclusoOs circuitos que vimos so apenas

    alguns que podem ser usados como

    osciladores.

    Lembramos que a velocidade de

    operao dos circuitos CMOS depende

    muito da sua tenso de alimentao.

    Assim, para uma alimentao de 5 V,

    um circuito alcana no mximo 3 MHz

    enquanto que alimentado com 15 V pode

    chegar a 8 MHz.

    A frequncia mxima, em cada caso,

    depende do circuito integrado utiliza-

    do. Consulte os manuais em caso de

    dvidas.

    F7. Osciladopr sem com-

    ponentes externos.

    F8. Oscilador

    disparado.

    F9. Oscilador com 2

    portas NOR.

    F10. Oscilador de

    frequncia varavel.

    E

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    17/68

    Fevereiro 2010 ISABER ELETRNICA 445I17

    Projetos

    E

    ste projeto no tem como nali-

    dade ser o produto nal de umsistema de sequncia de senhas,

    porm um mdulo simples que

    serve de base para as implementaes

    mais sosticadas.

    O sistema apresentado consiste em um

    display LCDde 2 x 16, um Arduno (neste

    caso utilizamos o Tatuno), uma matriz de

    contatos e alguns componentes.

    No abordaremos neste artigo como

    se faz para instalar o compilador e como

    funciona o Arduno, que j foi apresenta-

    do em artigos anteriores, e vamos direta-

    mente para a montagem do projeto. Para

    os leitores que desejam saber mais sobre

    o Arduno, recomendo a leitura de artigos

    que se encontram no sitewww.sabere-

    letronica.com.br ou no site da prpria

    equipe de desenvolvedores do Arduno

    (www.arduino.cc).

    A lgica do funcionamentoO sistema consiste em ligar o Arduno,

    que car em loop at que o boto seja

    pressionado. Neste momento o display

    Display de senhascom o Arduno

    Este artigo mostra um mdulo

    que serve de base para a constru-o de um display LCD que exibe

    na tela a prxima senha chama-

    da, emitindo um sinal sonoro. Este

    sistema j muito utilizado em

    bancos e clnicas, porm nesta

    montagem utilizando o Arduno

    possvel mostrar o seu simples

    funcionamento.

    Renato Paiotti

    que est exibindo Saber Eletronica na

    primeira linha e Senha: 0 na segunda,emitir um sinal sonoro pelo buzzer e

    exibir Senha: 1 na segunda linha. A

    cada toque no boto, uma senha subse-

    quente ser chamada. A reinicializao do

    processo, ou seja, a volta senha nmero

    0 feita pressionando-se o pino Reset

    do Arduno.

    O displayO display utilizado neste sistema foi

    um de 2 linhas por 16 caracteres. Este

    tipo de display possui alguns pinos decontato externo, mas os dados so passa-

    dos pelos pinos D0 a D7. Iremos usar os

    pinos D4 a D7, porm no precisaremos

    nos preocupar como e o que deveremos

    passar atravs destes pinos para apre-

    sentar os dados, isso porque na hora de

    compilarmos o cdigo-fonte, estaremos

    adicionando uma biblioteca chamada

    LiquidCrystal.h, que faz todo o trabalho

    de pegar a frase que digitamos (ou as

    variveis que desejamos apresentar no

    display) e exibi-las.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    18/68

    18 ISABER ELETRNICA 445IFevereiro 2010

    Projetos

    Os pinos D4 a D7 esto conectados

    aos pinos 5 a 2 do Arduno. Os pinos RW

    e o GND do display esto conectados ao

    pino GND do Arduno, o pino +5 V do

    display ao pino de +5 V do Arduino.

    O pino V0 do display controla a

    luminosidade dos caracteres exibidos,

    por este motivo conectamos este pinoao potencimetro que est ligado entre

    o +5 V e o GND do Arduno. Conforme

    giramos o potencimetro, temos maior

    ou menor nitidez do display.

    Na fgura 1 temos o esquema eltrico

    do projeto onde vemos as conexes entre

    o display e o Arduno.

    O Interruptor dechamada e o buzzer

    Como mostrado na mesma gura,

    podemos observar que a chave ou botode chamada est conectado ao pino 8

    do Arduno, lembrando que atravs do

    cdigo- fonte ele foi setado como Input,

    ou seja, ir receber um sinal, forando o

    microcontrolador a entender que aquele

    pino ser de entrada.

    Porm o inverso deve ser feito com

    o buzzer, onde o pino 9 em que est co-

    nectado, dever ser setado como sada.

    Podemos dar dois tipos de sadas atravs

    da programao: sada digital ou anal-

    gica. Na sada digital temos somente doisestados, alto e baixo, e na sada analgica

    temos 255 etapas de sadas.

    Para emitirmos um sinal agrad-

    vel vamos enviar para o buzzer um

    sinal PWM formando uma frequncia

    denida por cdigo, por este motivo

    bom utilizar os pinos 3, 5, 6, 9, 10 ou 11.

    Tanto no buzzer como no boto bom

    colocar um resistor de 220 ohms para

    evitar picos.

    O Cdigo-FonteNo box 1 onde temos o cdigo-fontepodemos observar alguma linhas j co-

    mentadas, mas para melhorar o entendi-

    mento, descrevo abaixo o passo- a- passo

    do programa:

    Na primeira linha (#include) inse-

    rimos a biblioteca LiquidCrystal.

    h, que j vem com o compilador

    do Arduno, nesta biblioteca temos

    todas as funes de entrada e sada

    para a comunicao com o display,

    ficando para o desenvolvedor

    apenas chamar as suas funes e

    passar as variveis, tais como os

    pinos de comunicao; em que no

    nosso caso usamos os pinos 2, 3,

    4, 5, 11 e 12.Atravs do comando lcd.begin

    (caractere,linha) inicializamos e

    indicamos o formato do display,

    que aqui de 16 caracteres por

    2 linhas, e no comando lcd.print

    (String) enviamos o texto para o

    display exibir. O comando lcd.

    setCursor (caractere, linha) in-

    dica onde o primeiro caractere

    dever ser impresso, na primeira

    vez que enviamos a frase Saber

    Eletronica no usamos a posioque gostaramos em que ela fos-

    se exibida, e por este motivo ela

    assume a posio zero na linha 0,

    lembrando que em programao

    comum comearmos qualquer

    evento com 0 (zero).

    Se observarmos na primeira linha

    que est dentro da funo loop

    veremos que o chamado coman-

    do lcd.setCursor(caractere,linha),

    posicionando o cursor no primeiro

    caractere na segunda linha. Como

    o primeiro caractere indicado por

    zero e a segunda linha indicada

    por um, temos o comando lcd.

    setCursor(0,1).

    Nas trs linhas abaixo da linha#include criamos as variveis que

    nos ajudaro a manipular os pinos

    de entrada e sada, como o caso da

    varivel buonPin, que habilita-

    r o pino 8 como entrada na funo

    pinMode (buonPin, INPUT) para

    receber o sinal vindo do boto, e

    da varivel sirene que habilitar

    o pino 9 como sada para acionar-

    mos o buzzer. A outra varivel

    o contador, que tem como funo

    armazenar o nmero da senha queacabou de ser chamada.

    Ainda dentro da funo loop()

    temos a condio if, que analisa

    se o boto foi acionado atravs da

    funo digitalRead (buonPin). Se

    o boto acionado, esta condio

    se torna verdadeira, acionando as

    linhas dentro da condio if. Den-

    tro desta condio comeamos com

    um pequeno delay ()que suspende

    a execuo por um determinado

    tempo, em nosso caso 100 milisse-

    F1. Esquema

    Eltrico.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    19/68

    Fevereiro 2010 ISABER ELETRNICA 445I19

    gundos, pois o clique no boto levamais de 1 milissegundo, e sem estapausa um clique no boto executa-ria diversas vezes a condio if.Depois do delay, encontramosoutra condio que o for (inti=0; i

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    20/6820 I SABER ELETRNICA 445 I Fevereiro 2010

    Desenvolvimento

    Todo projeto envolvendo LEDs faz o projetista esco-

    lher o melhor driver, com o melhor consumo aliado ao

    melhor rendimento. Neste artigo o autor selecionou os

    4 melhores drivers publicados no Livro de Receitas da

    Texas Instruments sobre controle de LEDs.

    LED Ref. Design Cookbook - T.I.Traduo: Eutquio Lopez

    Drivers de LEDs

    Lanterna Solar de 3watts (com LEDs)

    O CI TPS 61165 funciona com tenso

    de entrada entre 3 e 18 V, liberando na sa-

    da uma tenso de at 38 V. O dispositivo

    controla at 10 LEDs em srie atravs dasua chave FET, especificada para 40 V. Ele

    opera numa frequncia de chaveamento

    fixada em 1,2 MHz para reduzir o ripplede

    sada, melhorar o rendimento da converso,

    e permitir o uso de pequenos componentes

    externos. A corrente de ajuste do WLED

    determinada por um resistor sensor externo

    RSET

    e a tenso de realimentao regulada

    para 200 mV. Em ambos moodos de dim-

    ming (digital ou PWM), o ripple de sada

    do CI sobre o capacitor de sada pequeno,

    no gerando rudo audvel associado como dimming de controle on/off comum.

    Para proteo durante condio de LED

    aberto, o TPS 61165 corta o chaveamento,

    protegendo a sada da ultrapassagem dos

    limites mximos especificados.

    O PMP3598 utiliza o TPS 61165 em uma

    configurao boost assncrona. Um circui-

    to adicional implementado em torno do amp.

    op. fornece as indicaes de sobretenso/car-

    ga da bateria e tambm o elo entre o painel

    solar e as entradas da bateria. O circuito

    incorpora ainda as necessrias proteesT1. Especificaes

    de Projeto.

    Parameter

    Input Voltage

    Output Voltage

    Output Ripple

    Output Current

    Switching Frequency

    Minimum

    4.5

    10.45

    -

    0

    -

    Typical

    6

    10.5

    -

    -

    1200

    Maximum

    7.4

    10.65

    50

    350

    -

    Unit

    Volts

    Volts

    mV pp

    mA

    kHz

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    21/68Fevereiro 2010 I SABER ELETRNICA 445 I 21

    F1. Esquema eltrico do PMP3598

    Convesor Boost Assncrono.

    Sites

    Projetos de Referncia:

    www.ti.com/powerreferencedesigns

    Datasheets, guides, samples:

    www.ti.com/sc/device/tps61165

    F3. Proteo para LED

    aberto (desligado).

    F2. Forma de onda

    do chaveamento.

    F5. Ripple

    de sada.

    F4. Curva do Rendimento

    (%) x Corr. Sada IO

    (mA).

    trmica e contra sobrecorrente, tendo uma

    caracterstica de carga em aberto.

    As consideraes mais importantes neste

    projeto so o seu alto rendimento e a boa

    regulao da corrente do LED. O TPS 61165

    opera em modo de corrente constante pararegular a corrente do LED. O pino CTRL

    usado como entrada para controlar tanto o

    dimming digital quanto o dimming PWM

    (controles de brilho do LED).

    O modo de dimming para o CI sele-

    cionado cada vez que esse pino habilitado.

    Um dimming analgico foi implementado

    atravs da variao da referncia de reali-

    mentao. Um resistor varivel de 20 k

    pode ser usado para variar a corrente do

    LED de modo a conseguir o dimming.

    O conversor eleva de 6 V para 10,5 V/ 350mA, apresentando um rendimento mnimo

    de 85%. O circuito usado para controlar

    trs WLEDs (LEDs brancos) de 1 W ou

    mltiplos LEDs comuns de 50 mA desde

    que sua potncia total no ultrapasse 3 W.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    22/6822 I SABER ELETRNICA 445 I Fevereiro 2010

    Desenvolvimento

    F1. Esquema eltrico do Mdulo

    TPS62260LED-338.

    F2. Trs conversores buck TPS62260,um para cada LED (VM, VD e AZ).

    T1. Especificaes

    de Projeto.

    Driver de LEDs Triplo comTecnologia Sem Fio

    Iluminaes para residncias e comr-cios podem auferir a vantagem da misturaadicional de cores de LEDs vermelhos,verdes e azuis. Este projeto de refernciamostra como controlar remotamente a

    sada colorida de um LED atravs de umcontrolador sem fio de baixa potncia. Ascores so geradas por trs LEDs (vermelho,verde e azul). Um microcontrolador MSP430,de ultrabaixa potncia, controla o brilhode cada um dos LEDs com uma correnteconstante provida pelos trs conversoresbuckTPS62260, um para cada LED.

    A tabela de cores procuradas toma a for-ma de um arranjo armazenado no MSP430.Sempre que oencoderrotativo girado, novosvalores de vermelhos, verdes e azuis so

    lidos do arranjo e utilizados para gerar ostrs sinais PWM de sada. comum seremarmazenados 252 valores, os quais poderoser trocados se assim for desejado. Um valordecimal de 100 chaveia o LED paraoff(0%),enquanto um valor de 65535 fornece umarazomark-spacede 100%. Quando a fonte de5 V aplicada, o circuito entra no modo dedemonstrao onde os valores armazenadosno arranjo so lidos e a sada, na sequncia,fica num loopinfinitamente. To logo oencoder rotativo muda, a sequncia para e

    um valor particular de cor (do LED) podeser selecionado.Existe um pin header (placa auxiliar)

    que pode ser usado para espetar na placa RFdo MSP430 Wireless Development Tool,o qual disponibilizado em separado (oeZ430-RF2500). Com este mdulo adicional,as cores dos LEDs podem ser controladasremotamente via interface RF sem fio.

    Caso o projetista prefira reprogramaro MSP430, uma ferramenta de emulaoflash separada para o microcontroladorpoder ser ordenada, tal como a MSP-FET430 UIF. Maiores informaes sobreas duas ferramentas acima mencionadaspodem ser encontradas, respectivamente,em: hp://focus.ti.com/docs/toolsw/fol-ders/print/ez430-rf2500.htmlehp://focus.ti.com/docs/toolsw/folders/print/msp-

    fet430wif.html

    Sites

    www.ti.com/sc/device/TPS62260

    www.ti.com/tps62260led-338

    Parameter

    Input Voltage

    Output Current

    Minimum

    4.5

    --

    Typical

    5

    0,300

    Maximum

    5,5

    --

    Unit

    VDC

    Amp

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    23/68Fevereiro 2010 I SABER ELETRNICA 445 I 23

    Desenvolvimento

    Sites

    Driver de Corrente de LEDscom PFC, Isolado, 110 W

    O mdulo de avaliao (EVM) UC-

    C28810EVM-003 um driverde corrente

    de LED CA/CC com correo do fator de

    potncia (PFC), que se destina a aplicaes

    de iluminao pblica, residencial externa

    e de mdia/ grande infraestruturas. Seuprojeto consiste de um conversor de trs

    estgios que libera at 110 W.

    O primeiro estgio um circuito boost

    (elevador) - PFC de entrada, universal, que

    fornece em sua sada de 305 a 400 VCC. O

    segundo estgio um circuito buck(abai-

    xador) que prov uma fonte de corrente

    controlada, e o terceiro estgio formado

    por dois transformadores em meia-ponte

    CC/CC para realizar a isolao das mltiplas

    fileiras de LEDs. Esta soluo (pendente de

    patente) apresenta um mtodo econmico,

    sendo facilmente escalonvel para o controle

    de mltiplas sries de LEDs.

    O UCC28810EVM-003 implementa um

    controle de corrente de referncia simples

    e dimming universal (via AM ou PWM)

    para todos os LEDs. O projeto de refernciacontrola efetivamente um grande n de

    LEDs ligados em srie, e a tenso sobre as

    fileiras de LEDs segura (baixa) e isolada

    da rede de CA. A arquitetura multistring

    implementada pelo CI mais econmica

    que uma outra com tenso constante mais

    um estgio buck para cada fileira de LEDs.

    A arquitetura empregada neste projeto de

    referncia facilmente escalonvel para

    nveis elevados de potncia, e um excelente

    casamento das correntes de LEDs entre as

    fileiras obtido com ela. O mdulo alcana

    um alto rendimento (91%), alta densidade de

    potncia e um elevado fator de potncia.

    O estgio de controle consiste em um

    projeto simples e robusto. O mdulo EVM

    protege contra possveis casos de fileiras

    de LEDs com curtos ou abertas.

    www.ti.com/powerreferencedesignswww.ti.com/sc/device/uc28810

    www.ti.com/ucc28810evm-003

    F1. Diagrama de Blocos

    do UCC28810EVM-003.

    F4. Corrente de Entrada (CA)

    durante o PWM Dimming.F2. Rendimento X Tenso de linha (rede). F3. Fator de Potncia X Tenso de Linha.

    T1. Especificaes

    de projeto.

    Description

    UCC28810

    EVM003 100-W

    isolated multistring

    LED lighting

    driver w/ multiple

    transformer

    Parts

    UCC28810

    UCC28811

    UCC25600

    VIN

    (AC)

    Range

    90,265

    VOUT

    (DC)

    Range

    22 V,

    60V

    Number

    of LEDs

    4x

    (7-15)

    IOUT

    (max)

    500 mA

    POUT

    (max)

    110 W

    Eff

    91%

    PFC

    Yes

    ISO

    Yes

    Dimming

    In

    PWM

    Dimming

    Out

    PWM

    EVM

    jul-09

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    24/6824 I SABER ELETRNICA 445 I Fevereiro 2010

    Desenvolvimento

    F1. Esquema completo do circuito

    para o Driver com TPS61195.

    F4. Linearidade da Corrente para o

    Mixed Mode Dimming (VIN

    =10,8V)

    F2. Curva do Rendimento x

    Dimming c/ VIN

    =10,8 V; 9s8p

    F3. Linearidade da Corrente para o

    PWM Dimming (VIN

    =10,8 V).

    F5. Forma de Onda para o Mixed Mode

    Dimming: Brilho 20% - Analgico Puro.

    F6. Forma de Onda para o Mixed

    Mode Dimming: Modo Brilho 8%.

    T1. Corrente LED x Tenso

    de Entrada & N LEDs.

    Parameter

    Input Voltage

    Output Voltage

    Number of channel

    Output Current

    Switching Frequency

    Min.

    4,0

    16

    --

    0

    600 KHz

    Max.

    24

    48

    8

    0,32

    1 MHz

    Unit

    Volts

    Volts

    --

    Amp

    --

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    25/68Fevereiro 2010 I SABER ELETRNICA 445 I 25

    Desenvolvimento

    Sites

    Driver de backlightspara LCDs grandes

    O CI TPS61195, da Texas Instruments,

    possibilita solues altamente integradas

    para backlights (lanternas) de grandes

    LCDs. Esse dispositivo possui internamente

    um regulador boostde alta eficincia e um

    MOSFET de potncia de 50 V/ 3 A. Os oitoreguladores de tipo dreno de corrente for-

    necem uma regulao de corrente muito

    precisa e casada. No total, o CI suporta at

    96 LEDs brancos (WLEDs), sendo que sua

    sada em configurao boost ajusta o nvel

    de tenso para a queda de tenso do WLED

    automaticamente de modo a melhorar o

    seu rendimento.

    O TPS61195 aceita mltiplos modos

    de controle de brilho para os WLEDs. Por

    exemplo, durante o dimming PWM direto,

    a corrente do WLED ligada/ desligadano ciclo ativo com a frequncia sendo de-

    terminada por um sinal PWM integrado.

    Nesse modo de controle, a frequncia do

    sinal programvel via resistor, enquanto

    o ciclo ativo controlado pela ao de uma

    entrada de sinal externo (PWM) atravs de

    um pino PWM.

    Nos modos mixados de dimming

    analgico, a informao do ciclo ativo da

    entrada PWM convertida em um sinal

    analgico para controlar a corrente do

    WLED linearmente sobre uma rea de brilhocontida entre 12,5 e 100%. O dispositivo

    permite tambm que dimming PWM

    seja acrescentado quando o sinal analgico

    mantiver a corrente do WLED abaixo de

    12,5%, situao essa em que o mesmo ser

    traduzido numa informao de ciclo ativo

    do PWM para controlar o chaveamento da

    corrente do WLED de modo que o seu valor

    mdio fique abaixo de 1%.

    Este CI dispe de proteo contra so-

    brecorrente, contra curto-circuito, possui

    soft-starte bloqueio de sobretemperatura.

    Ele fornece ainda proteo contra sobreten-

    so na sada (programvel), sendo o limiar

    ajustado por uma combinao formada por

    um resistor/ divisor externos.

    O TPS61195 dispe de um regulador line-

    ar interno para alimentao e encapsulado

    em invlucro QFN de 4 x 4 mm.

    www.ti.com/powerreferencedesigns

    www.ti.com/sc/device/tps61195

    E

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    26/68

    26 ISABER ELETRNICA 445IFevereiro 2010

    Desenvolvimento

    Softwares de simulao existem

    para todas as reas da engenharia

    e diversas conquistas do homem

    no seriam possveis sem eles. No

    caso da eletrnica, podemos trabalhar

    sem tais sowares, mas certamente eles

    facilitam nossa vida. Spice a deniopara os sowares de simulao de circui-

    tos eltricos no PC. Normalmente esses

    sowares so onerosos, porm, temos

    uma alternativa chamada LTSpice, da

    Linear Technologies.

    O LTSpice uma ferramenta de simu-

    lao desenvolvida pela empresa citada

    que possibilita a simulao de seus CIs,

    e tambm a simulao de milhares de

    outros circuitos. Esta ferramenta gratui-

    ta e pode ser baixada no prprio sitedo

    fabricante - www.linear.com.Para explicar o funcionamento do

    LTSpice vamos simular alguns circuitos

    bem conhecidos e teis na eletrnica, os

    ltros utilizando componentes passivos: o

    ltro passabaixa, passa-alta e passabanda.

    LTSpice e o circuitoO ltro passabaixa aquele onde as

    frequncias abaixo da frequncia de corte

    do ltro passam e as frequncias acima

    so atenuadas. Em um ltro utilizando

    um resistor e um capacitor, a frequnciade corte calculada pela frmula:

    LTSpiceSimulao - Filtros

    Veja como utilizar o LTSpice,

    da Linear Technologies, uma

    ferramenta alternativa til no

    momento de produzir e simular

    seus projetos

    Bruno Muswieck

    Clicando no Novo Arquivo abrir

    uma janela com o nome defaultdo progra-

    ma, salve o arquivo na pasta desejada com

    o nome passabaixa. Agora, devemos

    colocar os componentes, para isso vamos

    ao atalho component tool onde se encon-

    tram todos os componentes das bibliotecaspadres que vm com o LTSpice. Devemos

    colocar um resistor (res), capacitor (cap) e a

    fonte (voltage) Figura 2.

    Uma dica: para girar os componentes

    como o R1 preciso que o componente

    seja escolhido (component tool) e antes

    de coloc-lo, clique no boto rotate no

    canto superior direito da tela.

    Agora devemos unir o circuito uti-

    lizando o boto Wire Tool, e colocar

    a referncia no boto Ground. Veja na

    fgura 3.Portanto, ns temos nosso ltro pas-

    sabaixa montado. O prximo passo

    congurar os valores dos componentes.

    Clicando com o boto direito em cima

    do componente podemos modicar seu

    valor. Pela equao 1, para R1= 10k ohms

    e C1= 1F temos uma frequncia de corte

    de 15,91 Hz, ento vamos congurar para

    V1gerar um onda quadrada de 1 kHz e

    com R2= 10 k ohms. Figura 4.

    Para a congurao de V1no to

    simples como a congurao de Rx e Cx,ento clicamos com boto direito em V

    1

    e no boto Advanced. Para obtermos a

    onda quadrada de 1 kHz, devemos con-

    gurar os valores de acordo a fgura 5.

    Para gerar a onda quadrada utilizamos

    o tipo de onda Pulse. Vinitial [V] a

    tenso inicial do sinal, Von [V] a tenso

    no segundo momento, Tdelay [s] o

    delayinicial da onda, Trise [s] o tempo

    para a onda ir de Vinitial a Von, Tfall [s]

    oposto ao Trise, Ton [s] o tempo em que

    a tenso car no valor de Von, Tperiod

    c=

    1

    2RC

    Agora vamos ao LTSpice para montar

    o circuito. Observe a fgura 1. No LTSpice

    irei fazer a explicao de alguns botes

    bsicos devido ao objetivo do artigo ser

    demonstrar como simular circuitos nele.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    27/68

    Fevereiro 2010 I

    SABER ELETRNICA 445

    I27

    [s] o perodo da onda e Ncycles o

    nmero de vezes que o pulso ser repe-

    tido. Para o nosso caso usamos um valor

    alto de modo a gerar o pulso quadrado e

    repetidas vezes, produzindo assim nossa

    onda quadrada.

    Simulao, TransientePara rodar a simulao devemos con-

    gurar o tipo de simulao em Simulate

    -> Edit Simulation Cmd. Agora iremos

    fazer a simulao do tipo Transiente, e con-

    gurarmos de acordo com a fgura6, onde

    representamos a durao da simulao.

    Agora podemos rodar a simulao do

    ltro passabaixa, para isto clique no boto

    run (simulao).

    Na primeira vez que rodarmos a simu-

    lao, no ir aparecer nada na janela da

    simulao. Para podermos ver os sinais necessrio passar o mouse em cima das

    conexes do circuito para aparecer oprobe

    da medio de tenso, e ao clicar, ir surgir

    a forma de onda na janela da simulao.

    Tambm possvel passar o mouse nos

    componentes e ir aparecer oprobede cor-

    rente, ento ir mostrar a onda da corrente

    no componente durante a simulao.

    Na fgura 7, na janela de simulao

    a V(n001) a tenso medida de V1 e a

    V(n002) a tenso em R2, onde podemos

    ver como se comporta nosso ltro. Pormpodemos modificar estes nomes para

    ficar mais fcil de compreender nossa

    simulao e, para isso, clicamos no boto

    Label Net e vamos colocar dois labels,

    Vin como a tenso em V1e Vout como

    tenso no R2.

    Rodamos novamente a janela e coloca-

    mos os probes em Vin e Vout e poderemos

    ver uma janela igual a fgura 8, agora ca

    mais fcil de compreender o circuito.

    Essa opo til quando nosso circuito

    ca complexo, isto ajuda na anlise dasimulao.

    Agora voc j tem o circuito bsico de

    um ltro passabaixa, ento pode mexer

    nos valores para ajustar um ltro de acor-

    do com sua aplicao, como por exemplo,

    diminuir o ripple ajustando R1e C

    1.

    Simulao, Anlise em ACOutro tipo de simulao muito inte-

    ressante o tipo AC analysis, ou an-

    lise em AC. Com este tipo de simulao

    podemos ver a resposta em frequncia

    F1. LTSpice.

    F2. Montagem

    Passa Baixa.

    F3. Wire Tool e

    Ground.

    F4. Passa baixa

    valores.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    28/68

    28 I

    SABER ELETRNICA 445

    IFevereiro 2010

    Desenvolvimento

    do nosso ltro. Para isso, na opo deconguraes da simulao devemos ir

    em AC analysis e congurar de acordo

    com a fgura 9.

    A congurao type of sweep a

    congurao do eixo das frequncias

    e normalmente quando analisamos a

    resposta em frequncia utilizamos a

    escala em dcadas, Number of points

    per decade a resoluo do eixo de

    frequncias, Start Frequency a

    frequncia incial de anlise e a Stop

    Frequency a frequncia nal de an-lise. Para nossa anlise, sendo o sinal da

    onda quadrada 1 kHz, vamos analisar de

    1 Hz a 100 kHz.

    Aps clicar em Ok, o mouse car

    com a congurao para voc colocar em

    algum lugar da tela. Depois de coloc-la,

    voc dever deletaro comando do LTSpice

    .trans 50m que era referente a anlise

    de transientes.

    Se rodarmos agora a simulao, o

    LTSpice apresentar uma janela de falha

    porque no conguramos o V1para estetipo de anlise, ento devemos clicar com

    boto direito em V1e congurar de acordo

    a fgura 10, ou seja, congurao da onda

    foi retirada, none, e em AC Amplitude

    colocamos 5 V, sendo que esta congura-

    o responsvel pela anlise AC.

    Depois de feitas estas conguraes, o

    circuito dever car igual a fgura 11.

    Porm, na gura 11, no podemos tirar

    muita informao porque o que desejamos

    saber a relao entre amplitude de Vout

    e Vin, para isso selecionamos a janela de

    F5. Congurao da

    fonte de tenso.

    F6. Congurao de

    Simulao Transiente.

    F7. Simulao.

    F8. Labels.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    29/68

    Fevereiro 2010 ISABER ELETRNICA 445I29

    simulao, apertamosdelete, o mouse carem formato de uma tesoura, agora deleta-

    mos o Vout. O Vin deve ser congurado:

    para isso clicamos com o boto direito

    em Vin e colocamos a seguinte expresso

    V(vout)/V(vin). Rodamos a simulao e

    teremos o resultado da fgura 12.

    A linha slida a amplitude do sinal e

    a linha tracejada a fase do sinal. Algumas

    informaes do grco: nossa frequncia

    de corte calculada de 15,89 Hz, pode-

    mos ver que o ltro atenua pouco o sinal

    na frequncia de corte comparado comos seus valores iniciais, isto devido ao

    valor de R1ser alto, o que atenua o sinal

    em frequncia menor do que a de corte.

    Experimente alter-lo para 1 kW, o que ir

    mudar a frequncia de corte para 159 Hz,

    resultando em uma atenuao de -3 dB

    nesta frequncia.

    Para podermos ver os valores de

    magnitude de sinal e fase desta curva

    com maior preciso, clicamos com o boto

    esquerdo no nome da curva, e abrir uma

    janela que informa os valores da curva nolocal do cursor do mouse.

    Concluso

    Demonstrei como fazemos para gerar

    os tipos de simulaes de transiente e AC, e

    passei algumas informaes que podemos

    obter com estas simulaes em nosso ltro

    passabaixa. Depois do ajuste do nosso ltro

    de acordo com a aplicao desejada, ento

    hora de ir para o teste no mundo real,

    porm j ganhamos muito tempo sem a

    necessidade de sujar nossas mos.

    F9. Anlise

    AC.

    F10. Confgurao V1

    para anlise AC.

    F11. Anlise AC

    Vin e Vout.

    F12. Anlise AC

    Vout/Vin.

    E

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    30/68

    30 ISABER ELETRNICA 445IFevereiro 2010

    Instrumentao

    Cinco Dicas para

    Reduo de Rudonas Medies

    Newton C. Braga

    Este artigo foi publicado ori-

    ginalmente pela National Instru-

    ments (www.ni.com), sendo degrande utilidade para todos os que

    trabalham com instrumentao G

    arantir medidas exatas geral-

    mente significa ir alm das

    especicaes de um datasheet.

    Entender uma aplicao nocontexto do seu ambiente eltrico tambm

    importante para assegurar o sucesso,

    particularmente em ambientes ruidosos

    ou industriais. Loops de terra, tenses

    elevadas em modo comum e radiao

    eletromagntica so exemplos de rudos

    que podem afetar um sinal.

    Existem muitas tcnicas para reduzir o

    rudo em um sistema de medio, que in-

    cluem blindagem adequada, cabeamento

    e terminao. Alm desses cuidados co-

    muns, voc pode fazer mais para garantiruma melhor imunidade a rudo. As cinco

    tcnicas, a seguir, servem como um guia

    para alcanar resultados mais exatos nas

    medies.

    Rejeio de Tenso DCem Modo Comum

    Realizar medies mais exatas nor-

    malmente comea com leituras diferen-

    ciais. Um dispositivo ideal de medies

    diferenciais l apenas a diferena de

    potencial entre os terminais positivo e

    negativo do(s) seu(s) amplicador(es) de

    instrumentao. Dispositivos prticos,

    entretanto, so limitados na habilidade derejeitar tenses em modo comum. Tenso

    em modo comum a tenso comum a

    ambos os terminais, positivo e negativo,

    do amplicador de instrumentao. Na

    fgura 1, 5 V comum para ambos os

    terminais, AI+ e AI-, e o dispositivo ideal

    l os 5 V que resultam da diferena entre

    os dois terminais.

    A tenso de trabalho mxima de um

    dispositivo de aquisio de dados (DAQ)

    refere-se ao sinal de tenso somado ten-

    F1. Um amplicador de instrumen-

    tao ideal rejeita completamente

    tenses em modo comum.

    F2. A isolao separa eletricamente o terra de referncia do

    amplicador de instrumentao do terra geral.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    31/68

    Fevereiro 2010 ISABER ELETRNICA 445I31

    so em modo comum e especica o maior

    potencial que pode existir entre umaentrada e o terra. A tenso de trabalho

    mxima para a maioria dos dispositivos

    DAQ a mesma que a faixa de entrada

    do amplicador de instrumentao. Por

    exemplo, dispositivos DAQ Srie M de

    baixo custo como a NI 6220 tm uma ten-

    so de trabalho mxima de 11 V; nenhum

    sinal de entrada pode ultrapassar 11 V

    sem causar dano ao amplicador.

    A isolao pode aumentar drastica-

    mente a tenso de trabalho mxima de

    um dispositivo DAQ. No contexto de umsistema de medio, isolao signica

    separao fsica e eltrica de duas partes

    de um circuito. Um isolador passa dados

    de uma parte do circuito para a outra

    sem conduzir eletricidade. Como a cor-

    rente no pode uir atravs da barreira

    de isolao, voc pode mudar o nvel de

    referncia do dispositivo DAQ para um

    nvel diferente do terra. Isso desacopla a

    especicao de tenso mxima de traba-

    lho da faixa de entrada do amplicador.

    Na fgura 2, por exemplo, o terra de refe-

    rncia do amplicador de instrumentao

    eletricamente isolado do terra geral.

    Enquanto a faixa de entrada a mes-

    ma que na gura 1, a tenso de trabalho

    foi estendida para 60 V, rejeitando 55 V

    da tenso de modo comum. A tenso de

    trabalho mxima , agora, denida pela

    isolao do circuito, ao invs da faixa de

    entrada do amplicador.

    O teste de clula de combustvel um

    exemplo de aplicao que requer rejeio

    de altas tenses DC em modo comum.

    Cada clula individualmente pode gerar

    aproximadamente 1 V, mas uma pilha declulas pode produzir vrios kilovolts ou

    mais. Para medir com exatido a tenso

    de uma nica clula de 1 V, o dispositivo

    de medio deve estar preparado para

    rejeitar a alta tenso em modo comum

    gerada pelo restante da pilha.

    Rejeio de Tenso ACem Modo Comum

    Raramente tenses em modo comum

    consistem apenas de um nvel DC. A

    maior parte das fontes de tenso em modocomum contm componentes AC soma-

    das ao nvel DC. O rudo inevitavelmen-

    te acoplado ao sinal medido por meio do

    ambiente eletromagntico ao redor. Isto

    particularmente problemtico para si-

    nais analgicos de nvel baixo passando

    pelo amplicador de instrumentao do

    dispositivo DAQ.

    As fontes de rudo AC podem ser clas-

    sicadas em geral pelos seus mecanismos

    de acoplamento capacitivo, indutivo

    ou radiado. Acoplamentos capacitivosresultam de uma variao temporal de

    campos eltricos, como aquelas criadas

    por aproximao de rels ou outros si-

    nais de medio. Rudos de acoplamento

    indutivo ou magntico resultam de uma

    variao temporal de campos magnticos,

    semelhante quelas criadas por aproxima-

    o de maquinrio ou motores.

    Se a fonte de campo eletromagntico

    est longe do circuito de medio, como

    a iluminao uorescente, o acoplamento

    dos campos magntico e eltrico consi-

    derado eletromagntico combinado ouacoplamento radiado. Em todos os casos,

    uma tenso em modo comum varivel no

    tempo acoplada ao sinal de interesse, na

    maior parte dos casos na faixa de 50-60 Hz

    (frequncia da rede eltrica).

    Um circuito de medio ideal tem um

    caminho perfeitamente balanceado para

    ambos os terminais, positivo e negativo,

    do amplicador de instrumentao. Tal

    sistema rejeitaria completamente qual-

    quer rudo com acoplamento AC. Um

    dispositivo prtico, entretanto, especicao grau de tenso em modo comum que ele

    pode rejeitar com uma relao de rejeio

    de modo comum (CMRR). A CMRR

    a razo entre ganho do sinal medido e

    o ganho do modo comum aplicado ao

    amplificador, como mostra a seguinte

    equao:

    F3. A NI 6230 possui uma CMRR

    muito maior que a NI 6220.

    F4. Uma medio diferencial de termo-

    par com uma fonte de sinal aterrada

    pode criar um loop de terra.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    32/68

    32 ISABER ELETRNICA 445IFevereiro 2010

    Instrumentao

    Escolher um dispositivo DAQ com

    uma CMRR melhor sobre uma faixa de

    frequncia mais larga pode fazer uma

    diferena signicativa na imunidade a

    rudo do seu sistema. Afgura 3, por

    exemplo, mostra a CMRR para um dis-

    positivo de baixo custo Srie M compa-

    rada com a de um dispositivo industrialSrie M.

    Em 60 Hz, os dispositivos industriais

    Srie M NI6230 tm 20dB a mais de CMRR

    que os dispositivos de baixo custo Srie M

    6220. Isso equivalente a uma atenuao

    10 vezes melhor de rudos em 60Hz.

    Qualquer aplicao deve se bene-

    ciar ao rejeitar rudos de 60 Hz. Todavia,

    mquinas rotativas ou motores de alta

    rotao requerem imunidade a rudo em

    altas frequncias. Em 1 kHz, dispositivos

    NI 6230 rejeitam rudo 100 vezes melhorque dispositivos NI 6220, fazendo deles

    ideais em aplicaes industriais.

    Quebre os Loops de TerraLoopsde terra so indiscutivelmente a

    fonte de rudo mais comum em sistemas

    de aquisio de dados. Aterramento ade-

    quado essencial para medies precisas,

    porm um conceito que frequentemente

    no assimilado. Um loop de terra se

    forma quando dois terminais conectados

    em um circuito esto em potenciais deterra diferentes. Essa diferena ocasiona

    um uxo de corrente na interconexo, o

    que pode causar erros de nvel. Para com-

    plicar ainda mais, o potencial de tenso

    entre o terra da fonte de sinal e o terra do

    dispositivo DAQ geralmente no um

    nvel DC. Isso resulta em um sinal que

    apresenta componentes da frequncia da

    alimentao da rede nas leituras. Consi-

    dere a aplicao simples de termopar na

    fgura 4.

    Neste caso, uma medio de tem-peratura teoricamente simples se torna

    complexa pelo fato do dispositivo sob

    teste (DUT) estar em um potencial de terra

    diferente do dispositivo DAQ. Mesmo

    com ambos os dispositivos compartilhan-

    do o mesmo terra, a diferena de potencial

    pode ser 200 mV ou mais, se os circuitos

    de distribuio de alimentao no es-

    tiverem adequadamente conectados. A

    diferena aparece como uma tenso em

    modo comum com uma componente AC

    no resultado da medio.

    Lembre-se que isolao um meio

    de separar eletricamente o terra da

    fonte de sinal do terra de referncia do

    amplicador de instrumentao (veja afgura 5).

    Como a corrente no pode uir pela

    barreira de isolao, o terra de referncia

    do amplicador pode estar em um po-

    tencial maior ou menor que o da Terra.

    Voc no pode criar um loopde terra em

    um circuito desses. Usar um dispositivo

    de medio isolado evita a necessidade

    de aterrar adequadamente um sistema

    de medio, garantindo resultados mais

    precisos.

    Use Loops de Correntede 4-20 mA

    Cabos com comprimento longo e

    a presena de rudo em ambientes in-

    dustriais, ou eletricamente carregados,

    podem fazer com que a medio precisa

    de tenso se torne difcil. Por isso, trans-

    dutores industriais que medem presso,

    uxo, proximidade e outros geralmente

    emitem sinais de corrente ao invs de

    tenso. Um loopde corrente de 4-20 mA

    um mtodo comum de um sensor enviar

    informao por longas distncias em

    muitas aplicaes de monitoramento deprocesso, como mostra a fgura 6.

    Cada um desses loops de corrente

    contm trs componentes um sensor,

    uma fonte de alimentao e um ou mais

    dispositivos DAQ. O sinal de corrente

    do sensor est tipicamente entre 4 e 20

    mA, com 4 mA representando o mnimo

    de sinal e 20 mA representando o mxi-

    mo. Esse esquema de transmisso tem a

    vantagem de usar 0 mA para indicar um

    circuito aberto ou uma conexo ruim.

    Fontes de alimentao esto tipicamente

    F5. A isolao elimina loops de terra, separando o

    terra do terra de referncia do amplicador.

    F6. Um amplicador de instrumentao usa um resistor

    shunt para converter sinais de corrente em tenso.

    F7. Lgica 24 V tem melhores

    margens de rudo que TTL.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

    33/68

    Fevereiro 2010 ISABER ELETRNICA 445I33

    na faixa de 24 a 30 VDC, dependendo

    do total de queda de tenso ao longo do

    circuito. Finalmente, o dispositivo DAQ

    usa um resistor shunt de alta preciso

    entre as pontas do amplicador de ins-

    trumentao para converter o sinal de

    corrente em uma medio de tenso.

    Como toda corrente que ui de uma pontada fonte de alimentao deve retornar

    para a outra, sinais em loop de corrente

    so imunes maioria das fontes de rudo

    eltrico e quedas de tenso ao longo de

    cabos com grande extenso. Alm disso,

    os os que fornecem alimentao para o

    sensor tambm levam o sinal de medio,

    simplicando muito o cabeamento.

    Uma barreira de isolao como aquela

    exibida na fgura 6fornece dois grandes

    benefcios em aplicaes em loop de

    corrente. Primeiro, como a tenso dafonte de alimentao tipicamente excede

    o nvel mximo de entrada da maior parte

    dos amplicadores de instrumentao, a

    isolao essencial para alterar o nvel do

    terra do amplicador em relao ao terra

    para uma tenso aceitvel. Segundo, loops

    de corrente operam com o princpio que

    a corrente nunca sai do circuito. Portanto,

    isolar o loopde corrente de qualquer cami-

    nho para terra previne a degradao do

    sinal. Dispositivos como os dispositivos

    DAQ industriais da Srie M NI 6238 e NI6239 fornecem um resistor deshuntincor-

    porado e at 60 VDC de isolao do terra

    para aplicaes com loops de corrente de

    4-20 mA.

    Use Lgica Digital em 24 VO rudo de medio no est limita-

    do a sinais analgicos. Lgicas digitais

    tambm podem ser afetadas por um

    ambiente eltrico ruidoso, possivelmente

    indicando valores ligado/desligado falsos

    ou disparos (trigger) acidentais. Existemdiversos nveis de tenso e famlias lgicas

    associados com E/S digitais, alguns mais

    resistentes a rudo que outros. A Lgica

    Transistor-Transistor (TTL) de longe a

    famlia mais comum, alimentando des-

    de microprocessadores a LEDs. Mesmo

    sendo largamente disponvel, o TTL nem

    sempre a melhor alternativa para as

    aplicaes digitais.

    Para aplicaes industriais, o TTL tem

    a desvantagem intrnseca de apresentar

    margens de rudo pequenas. Com nveis

    lgico-alto e lgico-baixo de 2,0 V e 0,8

    V, respectivamente, existe uma pequena

    janela para erro. Por exemplo, a margem

    de rudo para uma entrada TTL em nvel

    lgico-baixo 0,3 V (a diferena entre 0,8

    V, o nvel lgico-baixo TTL mximo de

    entrada, e 0,5 V, o nvel lgico-baixo TTL

    mximo de sada). Qualquer rudo acopla-do ao sinal digital maior que 0,3 V pode

    levar a tenso para a regio indenida en-

    tre 0,8 V e 2,0 V. Nela, o comportamento da

    entrada digital incerto e pode produzir

    valores incorretos (fgura 7).

    A lgica de 24 V, por outro lado,

    oferece margens de rudo maiores e

    melhor imunidade geral a rudo. Como

    a maioria dos sensores, atuadores e lgi-

    cas de controle j operam com fontes de

    alimentao de 24 V, conveniente usar

    nveis lgicos digitais correspondentes.Com um nvel lgico-baixo de entrada

    de 4 V e um nvel lgico-alto de entrada

    de 11 V, os sinais digitais so menos

    suscetveis ao rudo.

    A maioria dos dispositivos de me-

    dio com E/S digital em 24 V oferece

    caractersticas adicionais de reduo

    de rudo. Por exemplo, os dispositivos

    National Instruments industriais Srie M

    tm ltros de entrada programveis para

    debouncede entradas com rels. Com um

    fechamento mecnico do rel, existe umpequeno perodo de tempo (da ordem de

    milissegundos) no qual as superfcies de

    contato vibram (bounce) uma contra a ou-

    tra. Sem ltragem, a entrada lgica pode

    ler isso como uma sequncia de sinais liga-

    do/desligado. Estes dispositivos tambm

    oferecem isolao, um fator importante a

    considerar se partes do sistema geral so

    alimentadas com fontes diferentes.

    Concluso

    H muitos fatores a ponderar quandotentamos reduzir o rudo em um sistema

    de medio. Alm de blindagem, cabe-

    amento e terminaes adequadas, fazer

    uma considerao cuidadosa de tenses

    em modo comum, aterramento e fontes

    de rudo prximas, essencial para

    resultados precisos. Contudo, entender

    o ambiente eltrico do seu sistema nem

    sempre simples. A isolao um meio

    fcil de adicionar outra camada de con-

    ana s suas medies, no importando

    o sinal ou a aplicao. E

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

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    34 ISABER ELETRNICA 445IFevereiro 2010

    Instrumentao

    Newton C. Braga

    Nos multmetros digitais comuns,a medida das intensidades decorrente feita introduzindo-seno circuito um resistor de baixa

    resistncia atravs do qual a corrente a

    ser medida ui. Mede-se ento a quedade tenso nesse resistor, conforme mostra

    a fgura 1.No entanto, neste caso preciso consi-

    derar inicialmente dois fatores que podemafetar os resultados das medidas.

    O primeiro que, por mais baixa queseja a resistncia interna sobre a qual semede a tenso, ela no desprezvel, e por

    isso afeta a corrente que est sendo medi-da. O segundo que deve-se considerar a

    presena dos cabos que ligam as pontas

    de prova e que, quando comparados coma resistncia interna do instrumento, notm uma resistncia desprezvel.

    Para as medidas de resistncias tam-bm devem ser considerados erros in-troduzidos pela resistncia dos cabos eoutros que sero analisados a seguir.

    Efeitos da Dissipaode Potncia

    Na medida de resistncias, o instru-mento faz circular uma corrente pelo

    dispositivo. Assim, no caso de resistoresdeve-se tomar cuidado para que a cor-rente usada pelo instrumento na medidano eleve sua temperatura a ponto de

    afetar sua resistncia. Isso pode ocorrer

    com resistores que tenham coecientes

    de temperatura elevados, conforme indicaa fgura 2.

    Veja na tabela 1dada a seguir, algu-mas correntes empregadas pelos instru-mentos em diversas escalas e quanto depotncia um dispositivo sob teste (DUT)

    dissipar em plena escala.

    Erros de Medidas em

    Multmetros DigitaisAo contrrio do que muitos

    pensam, os multmetros digitais

    tambm esto sujeitos a erros.

    Esses erros podem ocorrer nasmedidas de correntes DC, corren-

    tes AC, e quando os instrumentos

    possuem recursos mais avana-

    dos, na medida de frequncias e

    perodos.

    Veja, neste artigo, como elimi-

    nar ou reduzir esses erros. O artigo

    foi baseado em documentao

    da Agilent Technologies

    Efeitos do tempo deacomodao

    Quando se mede uma resistncia numcircuito, deve-se considerar que o circuitoem que ela se encontra e mesmo os cabos

    representam a presena de uma certacapacitncia.

    Dessa forma, h um certo tempo ne-cessrio para que a corrente no dispositivoem teste se estabilize, justamente devido aessa capacitncia. Em alguns casos, essas

    capacitncias podem chegar a valores to

    altos quanto 200 pF.

    Assim, ao se medir uma resistncia

    acima de 100 kohms, os efeitos da capa-citncia do circuito e do cabo j se fazemsentir, exigindo que haja um certo tempo

    para que a medida se complete.Os erros de medida podero ento

    ocorrer caso no se espere essa acomo-dao, quer seja no instante em que se

    realiza a medida, quer seja quando semuda de faixa.

    Medidas de altasresistncias

    Quando se medem resistncias eleva-das podem surgir erros devido a fugasque ocorrem pela prpria sujeira da pla-

    ca ou no isolamento dos componentes,conforme ilustra a fgura 3. importante manter limpa a parte do

    circuito em que medidas de resistnciaselevadas devam ser feitas. Lembramos

    que substncias como o nylone lmes dePVC so isolantes relativamente pobres,

    podendo causar fugas num circuitoafetando, assim, a medida de eventuaisresistores ou outros componentes devalores muito altos.

    Para que se tenha uma ideia, um

    isolador de nylon ou PVC pode afetar

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

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    Fevereiro 2010 ISABER ELETRNICA 445I35

    em 1% a medida de um resistor de 1Mohms, em condies de umidade algoelevadas.

    Esse tipo de problema muito comumquando se testa resistores de foco demonitores de vdeo e televisores. O valormedido pode estar abaixo do normal

    devido sujeira acumulada, atrada pelaalta tenso do prprio cinescpio.

    Queda de tensoUm outro erro introduzido nas medi-

    das de corrente devido tenso de cargado circuito em srie. De acordo com a fgu-ra 4, quando um instrumento ligado emsrie com um circuito, um erro geradopela tenso que aparece no resistor internoe nos cabos das pontas de prova.

    Os mesmos erros so vlidos para

    o caso em que correntes alternadas somedidas. Entretanto, em medidas decorrente alternada os erros devidos carga representada pelo instrumento somaiores, pois temos as indutncias doselementos internos do circuito a seremsomadas.

    Erros nas medidas defrequncia e perodo

    Os erros nessas medidas ocorremprincipalmente quando sinais de baixas

    intensidades so analisados.A presena de harmnicas, rudos eoutros problemas pode afetar as medi-das. Os erros so mais crticos nos sinaislentos.

    ConclusoAo realizar medidas de resistncias,

    correntes e tenses com um multmetrodigital preciso levar em conta que apreciso das medidas tambm depen-der do modo como o instrumento

    usado.Alm disso, necessrio conhecer assuas caractersticas para entender a pos-sibilidade de que eventuais diferenas deleituras possam surgir.

    No basta encostar as pontas de provaem um circuito e acreditar totalmentena indicao que o instrumento dar. preciso saber o que est acontecendo nocircuito e principalmente no instrumento,para ver se ele no est sendo engana-do e passando o resultado enganoso ao

    operador.

    Faixa Corrente de Teste Dissipao do DUT plena escala

    100 ohms 1 mA 100 W

    1 k ohms 1 mA 1 W

    10 k ohms 100 A 100 W

    100 k ohms 10 A 10 W

    1 M ohms 5 A 30 W

    10 M ohms 500 nA 3 WE

    F1. Mesmo sendo baixa a resistncia,

    no pode ser desprezada.

    F2. Cuidado nas medidas de resistores com

    coefcientes de temperatura elevados.

    F3. Poeira nas placas pode apresentar

    fugas e distorcer os resultados.

    F4. Erro gerado pela tenso que surge

    no resistor interno e nos cabos.

    T1. Correntes e dissipaes

    (potncia) em plena escala.

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

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    36 ISABER ELETRNICA 444IJaneiro 2010

    Instrumentao

    Medies de Campos

    Eletromagnticoscausados por sistemas de transmisso

    Com o avano das telecomunica-

    es, somos expostos cada vez

    mais a campos eletromagnticos,

    por exemplo, redes celulares

    e novos sinais de TV Digital. Por isso,os efeitos dos campos eletromagnti-

    cos (Electromagnetic Fields - EMFs) so

    amplamente discutidos em pblico

    no momento. Para medidas e controle

    precisos, tanto para aceitao pelas nor-

    mas quanto para vericao de efeitos

    adversos, sistemas de medio portteis

    so ideais para uma rpida vericao

    em campo.

    Para medidas precisas de campos

    eletromagnticos, inclusive com gerao

    de estatsticas, um sistema porttil demedio o ideal. Especialmente em reas

    densamente povoadas, onde discrio

    pode ser um fator a considerar.

    Medies precisas eavaliaes estatsticas

    No apenas as medies instantneas,

    mas a coleta durante perodos longos e o

    tratamento estatstico desses valores so

    fundamentais.

    Tais anlises so ferramentas que for-

    necem uma base slida para a discussosobre os efeitos, por exemplo, das opera-

    doras celulares. As operadoras precisam

    no apenas de medies abrangentes por

    curtos perodos (short-term), dos campos

    eletromagnticos, mas por vezes tambm

    por longos perodos (long-term). Tais me-

    didas podem ser necessrias quando de

    um comissionamento ao serem instalados

    novos sistemas, como inclusive em sequ-

    ncias de medies em grandes reas.

    At o momento apenas dois mtodos

    estavam disponveis para medir os efeitos

    Cada vez mais a ateno das

    pessoas tem sido tomada pelos

    assuntos relativos ao aquecimento

    global, criando uma grande mo-

    bilizao sobre o meio ambiente

    e como conserv-lo. Inicialmente

    se levantou a preocupao com

    a camada de oznio e os efeitos

    que a radiao solar pode causar,

    o que felizmente levou a uma

    conscientizao muito grande

    da populao. Outras formas de

    radiao vm agora tona e, uma

    que tem adquirido importncia

    cada vez maior, esta nossa volta

    e nem sempre nos damos conta: a

    Radiao No Ionizante ou RNI.

    dos campos eletromagnticos no ambiente

    (Electromagnetic Fields on the Environment

    -EMCE):

    Medio de banda larga com o au-

    xlio de um sensor isotrpico;Medio de frequncia seletiva com

    auxlio de uma antena dipolo ou

    direcional.

    Um sistema combinando as duas

    vantagens ideal para medies de EMF

    (fgura 1).

    Este sistema pode ser usado para me-

    dies precisas e avaliaes estatsticas

    de campos eletromagnticos, particular-

    mente em reas densamente povoadas.

    Funciona em conjunto com um sofware

    para medies de EMF, que foi espe-cialmente desenvolvido para aplicaes

    de compatibilidade eletromagntica no

    ambiente. Com a ajuda deste soware,

    locais crticos como escolas podem ser

    monitorados durante um longo perodo

    de tempo (dias ou semanas).

    Entre outros tipos, podem ser medidos

    campos eletromagnticos causados por

    servios de radiocomunicao tais como

    GSM, CDMA, UMTS, WiMAX, LTE,

    DECT, Bluetooth ou W-LAN, ou por

    som e radiodifuso de TV.

    Sensor Isotrpicosimplifica a Medio

    Um sensor isotrpico um sensor

    ideal e s existe na teoria. Porm, com

    a combinao de vrios sensores po-

    demos criar um sensor cujo comporta-

    mento idntico ao isotrpico terico.

    Os sensores desenvolvido pela Rohde

    & Schwarz so composto por trs

    monopolos passivos, ortogonalmente

    dispostos e que so selecionveis por

    Jrgen KauscheBernhard Rohowsky

    Traduo: Fernando Pavanelli

  • 8/10/2019 Eletrnica Instrumentao Dicas de Medies

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    Janeiro 2010 I

    SABER ELETRNICA 444

    I37

    Instrumentao

    meio de diodos PIN integrados, tendo

    a funo de uma chave de RF. O sof-

    tware calcula a intensidade de campo

    isotrpica equivalente aos trs valores

    medidos com o auxlio de um algoritmo

    proprietrio.

    Para obter timas caractersticas

    isotrpicas, prximas do ideal, os mono-polos so simtricos haste da antena.

    Esse conjunto revestido por um radome

    feito de poliestireno para proteo con-

    tra os efeitos meteorolgicos ou danos

    mecnicos.

    O modelo de radiao isotrpica deste

    sensor simplifca consideravelmente as

    medies. Para medies feitas durante

    longos perodos, medies de intensidade

    de campo com seleo de frequncia po-

    dem ser conduzidas independentemente

    da direo e polarizao, com o sensorestacionrio.

    A localizao de fontes irradiantes

    atravs da intensidade de campo mxi-

    mo em espaos fechados como salas, que