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A Moeda em Keynes

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  • INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZNIA - IESAMCURSO DE BACHARELADO EM CINCIAS ECONMICASDISCIPLINA: ECONOMIA MONETRIA 60 HPROFESSOR: RINALDO MORAES

    Nota: Este texto deve ser entendido como um apndice, um complemento, das bibliografias sugeridas emsala de aula para esta disciplina. Aqui s se encontram os aspectos norteadores, apenas. O aluno devefazer, com efeito, o uso do livro para um maior aprofundamento, pois nada o substitui. Leia livros!

    ABORDAGENS RELACIONADAS DEMANDA POR MOEDA.

    NDICE1. A DEMANDA POR MOEDA, A ESCOLHA DE ATIVOS E A PREFERNCIA PELA LIQUIDEZ EM

    KEYNES2. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    1. A DEMANDA POR MOEDA, A ESCOLHA DE ATIVOS E A PREFERNCIA PELALIQUIDEZ EM KEYNES

    1.1 Introduo

    Esta parte do texto trata de analisar o pensamento do pai da atual macroeconomia, John MaynardKeynes (1883 1946), com o destaque centrado na teoria da preferncia pela liquidez, entendida comouma alternativa viso da teoria quantitavista clssica. As obras de apoio de Keynes so A Teoria Geraldo Emprego, do Juro e da Moeda, publicado em 1936 e o Tratado sobre a Moeda, publicado em 1930.Keynes foi o principal economista do sculo XX.

    1.2 Economia Monetria de Keynes

    De cara Keynes discordava do equilbrio de mercado preceituado na Teoria Quantitativa da Moedados economistas clssicos. Com efeito, na economia monetria desenvolvida por Keynes, no possveldefinir posies de equilbrio, seja no curto ou no longo prazos, sem considerar o comportamento damoeda e da poltica monetria.

    Com Keynes, o que se quer dizer, que a moeda no apenas um meio de troca, mas tambm umareserva de valor, pelo seu atributo de transportar a riqueza no tempo. Equivale a dizer que para Keynes amoeda desempenha um papel duplo de meio de pagamento e forma de riqueza. Seu retorno vem numaforma de um prmio pela liquidez, j que possui a maior liquidez entre todos os ativos. E, naturalmente,pelo atributo de liquidez por excelncia, a moeda acalma as enquietaes dos agentes frente s incertezasdo futuro.

    Keynes salientou que as incertezas correspondem principal caracterstica de uma economiamonetria (ou seja, uma economia onde predomina a moeda). Assim, quanto maior a incerteza em umaeconomia, mais os agentes querem reter moeda, pois somente ela pode fazer frente grandeimprevisibilidade do futuro. Ora, e quanto mais incerto, maiores podem ser os riscos.

  • Mas por que a posse da moeda? A posse da moeda, segundo Keynes, permite aos agenteseconmicos manter opes abertas perante a incerteza do futuro. Logo, coeteris paribus, quanto maisincerto o futuro, maior a preferncia pela liquidez dos agentes econmicos.

    Outra questo colocada por Keynes que reter moeda um ato racional, pois ela no neutracomo achavam os clssicos. Inclusive, afeta os prprios motivos e decises dos agentes.

    Uma outra questo a interpretao da taxa de juros para Keynes. Para este, a taxa de juros definida como uma recompensa por abrir-se mo da liquidez e, portanto, da riqueza na forma monetria,uma vez que a moeda o ativo mais lquido que existe entre todos. Em outras palavras, a taxa de juros oque se ganha no porque se poupa, mas porque se aplica esta poupana em outros ativos (ativosfinanceiros, por exemplo) que no a moeda.

    KEYNES

    INCERTEZAS

    PREFERNCIA PELA LIQUIDEZ

    A condio necessria para a existncia de preferncia pela liquidez por parte dos agentes aincerteza quanto ao futuro da prpria taxa de juros. Equivale a dizer que se essa taxa de juros, domercado, for maior que a taxa de retorno (ou taxa de eficincia marginal do capital), o agente norealizar investimento, preferindo investir no mercado financeiro. Ou seja, o investimento na produosomente ser realizado caso a taxa de retorno sera maior que a taxa de juros do mercado.

    1.3 Motivos para demandar moeda

    Keynes, em sua Teoria Geral, foi alm da tradio clssica ao incorporar aos motivos transao eprecauo, nicos fatores que at ento eram associados a de demanda de moeda, um terceiro e relevantemotivo, ao qual denominou especulao. Assim, a demanda de moeda na verso keynesiana passou a servista sob a influncia de trs motivos principais.

    1.3.1 Motivo Transao

    O motivo transao refere-se reteno de moeda para realizao de um ato definido de compranuma data especificada. Est relacionado ao intervalo entre recebimentos e despesas de renda tipopagamentos contratuais, como pagamentos de salrios pelas empresas, os juros e aluguis ou despesasrelacionadas aquisio de bens ou servios. ligado idia de gastos rotineiros para girar rendacorrente.

    1.3.2 Motivo Precauo

    O motivo transao est relacionado ao intervalo entre recebimentos e despesas de renda e depende do montante da renda e da durao normal do intervalo entre o seu recebimento e o seu desembolso, ou seja, das compras projetadas e dos hbitos de pagamentos dos agentes.

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  • Enquanto o motivo transao se refere ao atendimento de despesas ordinrias e certas, o motivoprecauo decorre da necessidade de fazer frente a despesas extraordinrias e incertas. Neste sentido,segundo Keynes, a demanda precaucionria relaciona-se ao grau de ignorncia sobre o futuro, com amoeda sendo o ativo que permite aos agentes refazerem rapidamente suas estratgias, caso desejem oujulguem necessrio.

    1.3.2 Motivo Especulao

    Enquanto os dois motivos anteriores so comuns aos clssicos e a Keynes, estando pois presentesnas duas verses, o motivo-especulao especificamente keynesiano. Com este motivo, Keynesprocurou mostrar que, ao contrrio do que pensavam os economistas clssicos, no irracional mantermoedas (ativos monetrios) para satisfazer a oportunidades especulativas, desde que os agenteseconmicos tenham razes para acreditar em mudanas a seu favor no preo dos ttulos e, portanto, nataxa de juros.

    A expectativa sobre mudanas futuras na taxa de juros situa-se como a linha de frente do motivoespeculao. Sob uma expectativa generalizada de alta na taxa de juros de uma queda equivalente nopreo no preo dos ttulos, NO FUTURO, a reteno de saldos monetrios para fins especulativos tende ase elevar; caso contrrio, a reteno de moeda devida a esse motivo tende a diminuir.

    Vejamos um exemplo concreto dessa relao entre ttulos e taxa de juros em Keynes.

    Keynes observou que quando os preos dos ttulos estavam altos e as taxas de juros baixas, osagentes econmicos (as pessoas, por exemplo) revelavam, de uma forma geral, forte propenso a manteraqueles excedentes sob a forma de ativos monetrios na expectativa de que os preos (dos ttulos) cassem e ensejassem, se adquiridos quando ento se encontrassem em queda, maiores ganhosespeculativos.

    Inversamente, estando baixos os preos dos ttulos e altas as taxas de juros, a manuteno desaldos monetrios para fins especulativos tendia a se reduzir, dada a preferncia que se estabelecia poraplicaes em ttulos, na expectativa de que seus preos se elevassem, ensejando maiores ganhosespeculativos, se vendidos quando se encontrassem em alta.

    Vejamos, agora, um exemplo concreto dessa relao entre ttulos e taxa de juros em Keynes.

    O preo de mercado de ttulos financeiros depende da taxa de juros. Ttulos financeiros sodemandados porque so fontes de rendimento para seu possuidor. Em outras palavras: ttulos financeirosso, na verdade, promessas de rendimento, isto , eles oferecem a perspectiva de obteno de um certorendimento numa data futura.

    O motivo precauo refere-se de que os agentes podem reter moeda por precauo para atender s contingncias inesperadas e s oportunidades imprevistas na realizao de compras vantajosas, j que a moeda um ativo seguro que serve para atravessar um futuro incerto e nebuloso.

    Enquanto o motivo transacional (relacionado repetio e rotina) se liga s despesas ordinrias e certas, o motivo precaucional (saldos ociosos para imprevistos) relaciona-se com despesas extraordinrias e incertas.

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  • Mediante o exposto, como podemos determinar a influncia da taxa de juros sobre o preo dosttulos?

    Vamos comear por um exemplo, seguindo o pensamento de Keynes. Suponhamos que um ttulofinanceiro que promete um pagamento de R$ 1500,00 daqui a um ano seja poto a venda. A questo quanto por este ttulo pago hoje? Vamos considerar a taxa de juros de 5%. Qual o seu valor atual?

    VF = VA (1 + i), onde VF (valor futuro), VA (valor atual), i (taxa de juros).

    1.500 = VA (1+i), onde i = 5%1.500 = VA ( 1+0,05)VA = 1500 /1,05 = 1.428

    Valor atual do ttulo, igual a 1.428. O valor do ttulo, portanto, depende da taxa de juros. Com a taxa dejuros de 5%, podemos pagar R$ 1.428 para ter, daqui a um ano, R$ 1.500,00.

    E se a taxa de juros subir para 10% ao ano? Quanto devo pagar hoje para ter daqui a um ano R$ 1.500?Vejamos:

    1.500 = X (1+i), onde i = 10%X = 1.500 / 1.1 = 1.364O valor do ttulo atual, hoje, para ter 1.500 daqui a um ano, de R$ 1.364.

    E se a taxa subir para 20%? Quanto pago hoje?VF = VP (1+i),1500 = X (1+0,2)X = 1500 / 1,02X = 1.250Pago R$ 1.250,00

    Vemos assim que quando a taxa de juros sobe, o valor de mercado do ttulo, seu preo demercado, cai.

    1.4 A demanda de moeda na verso keynesiana

    Keynes construiu uma funo de demanda de moeda a partir dos trs motivos que levam reteno de ativos monetrios. Os componentes so dois:

    O que so ttulos? So documentos que certificam a propriedade de um bem ou de um valor. Distinguem-se dois tipos de ttulos: Os comerciais (duplicata, nota promissria, letra de cmbio) e os de renda (ttulos da dvida pblica, debntures e aes). Tambm tem os nominativos (que contm o nome do proprietrio) e ao portador (quando o proprietrio no designado, como o cheque, por exemplo. Sim, cheque um ttulo).

    A teoria da demanda especulativa por moeda assume que quando os investidoresesperam que a taxa de juros venham a subir, eles preferem reter moeda e deixar para comprar papis (ttulos) a preos menores mais tarde. A inteno comprar na baixa para vender na alta. O contrrio ocorre quando a expectativa de baixa de taxa de juros.

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  • i) os motivos transao e precauo variando proporcionalmente renda monetria;ii) e o motivo-especulao variando inversamente com a taxa de juros.

    A expresso desses dois componentes da demanda da moeda a seguinte:

    L = Lt (Y) + Ls (i)

    Onde:

    L = demanda total de moedaLt = demanda para fins transacionais e precaucionais (funo da renda monetria)Ls = demanda para especulao, admitida como funo inversa da taxa de juros.Y = rendai = Taxa de juros

    a) demanda de moeda para transaes

    Lt i yo y1 y2 y0

  • ttulos de renda fixa. Nesse ponto, as autoridades seriam incapazes de reduzir a taxa de juros por meio depoltica monetria (compra de ttulos). A moeda introduzida na economia seria completamente retidapelos agentes nos seus portflios, pois estes no tentariam adquirir ttulos, uma vez que esperariam umaqueda de seu preo. TAL SITUAO A CHAMADA ARMADILHA DA LIQUIDEZ de Keynes.

    Onde ocorre a Armadilha da Liquidez? Na parte horizontal (elstica) da curva de preferncia pelaliquidez.

    A incerteza quanto s variaes futuras na taxa de juros o fator determinante que explica ademanda especulativa por moeda e, consequentemente, justifica a conservao de recursos lquidos.

    1.5 Precificao de ativos e preferncia pela liquidez

    Na anlise anterior, trabalhou-se em um mundo dicotmico, onde existem, apenas, duas classes deativos: MOEDA e TTULOS. Neste contexto, h somente uma escolha para quem aceita abrir mo daliquidez, que o ttulo, remunerado por uma taxa de juros. Consequentemente, dependendo do nvel dataxa de juros, o pblico desejar reter uma dada quantidade de moeda.

    A taxa de juros tida como o prmio cobrado pelos agentes para abrir mo da liquidez, quedepende da maior ou menor preferncia pela liquidez dos agentes (sua propenso em reter ativoslquidos). , portanto, o preo que guia a escolha entre a forma liquida e menos lquida de riqueza, sendoos juros pagos pelos ttulos uma compensao pelo seu menor grau de liquidez, comparado com a moeda.

    A teoria de precificao de ativos diz que uma dada quantidade de ativos demandada de acordocom a sua prpria taxa de juros, calculado segundo o preo corrente (spot) dos ativos. Sua anlise parte domesmo princpio geral da preferncia pela liquidez, de que diferentes graus de liquidez devem sercompensados por retornos pecunirios que definem a taxa de retorno obtida pela posse dos diferentesativos.

    Precipitou

    Portanto, o retorno esperado oferecido por um ativo a sua prpria taxa de juros calculadoatravs dos valores assumidos por quatro atributos:

    a) taxa esperada de quase-renda ou, mais simplesmente, taxa de rendimentos do ativo que seespera ganhar pela posse ou uso deste ativo, como, por exemplo, os juros pagos nos ttulos,dividendos de aes etc;

    b) taxa esperada de apreciao do ativo, que significa que o possuidor de riqueza pode ganhar (ouperder) com a apreciao (ou depreciao) dos preos de mercado daquele ativo entre acompra e o fim do perodo de reteno do mesmo;

    c) prmio pela liquidez, que mede a facilidade de negociao de um ativo no caso de desejo demudana da composio do portiflio, j que alguns ativos so mais facilmente negociveis doque outros. Exemplo: ttulos apresentam mais facilidade para se converter em moeda do queum terreno. Logo, os ttulos apresentam mais liquidez. A moeda tem liquidez plena 100%.

    PRINCIPAL ATRIBUTO DA MOEDA: SER SEGURAPRINCIPAL ATRIBUTO DOS TTULOS: SER RENTVEL

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  • d) De fato, mesmo, o mais original dos atributos identificados por Keynes o prmio pelaliquidez. Liquidez um conceito bidimensional, pois se refere, simultaneamente, durao detempo requerido para se negociar um ativo e a capacidade deste ativo de conservar seu valorao longo do tempo. Portanto, um ativo liquido quando o tempo requerido para negoci-lo pequeno e a mudana esperada em seu valor tambm pequena. Novamente. ttulosapresentam mais facilidade para se converter em moeda do que um terreno. Logo, os ttulosapresentam mais liquidez. A moeda tem liquidez plena 100%.

    1.6 Conceito de liquidez

    O que pode distinguir a moeda dos outros ativos da economia, como os ttulos do tesouro, as aese os imveis? simplesmente o fato da moeda ser trocada por qualquer mercadoria. essa caractersticaque transforma a moeda no ativo com total liquidez.

    Os ativos podem ser fixos/reais ou financeiros. Ativos fixos: imvel, mquinas e equipamentos.Ativos financeiros: ttulos pblicos, aes etc.

    Podemos, ento, definir liquidez como a facilidade com que determinado ativo pode ser trocadopor moeda. Ou seja, a capacidade de ser transformado em moeda num curto espao de tempo, comcustos de transao reduzidos e perda de valor pouco significativa.

    Exemplo. Qual desses ativos pode se transformar mais rapidamente em moeda? Um imvel ouuma ao?

    Geralmente, para se vender um imvel, s vezes se aguarda vrios meses para que surja umcomprador. Uma ao muito mais rpida em ser convertida em moeda (dinheiro).

    Significa dizer que ativos fixos/reais como mquinas, fbricas, equipamentos tm, em geral, baixaliquidez, pois no momento em que seus proprietrios desejam vend-los (troc-los por moeda), tm queincorrer em custos de transao (por exemplo, corretagem, anncio nos classificados) e esperar at quesurja um comprador ao preo estipulado.

    comum classificar os ativos em ordem decrescente de liquidez, ou seja, dos que tem maisliquidez para menos liquidez. Comea, ento, pela moeda manual e os depsitos a vista, passando poroutros ativos financeiros no-monetrios como ttulos (em geral, altamente negociveis), depsitos depoupana e a prazo, e ttulos privados, at chegar aos bens fsicos de diversos tipos (imveis, carros,telefones, mquinas), com baixa liquidez.

    RESUMO:

    1. Keynes desenvolveu sua teoria da preferncia pela liquidez como uma teoria alternativa tradioclssica. Para esta verso clssica, a taxa de juros o preo que equilibra a demanda por recursos para

    TTULOS: SO PAPIS OU ATIVOS FINANCEIROS, GERALMENTE EMITIDOS PELO GOVERNO FEDERAL (TTULOS PBLICOS). TAMBM H OS TTULOS PRIVADOS, EMITIDOS POR EMPRESAS QUE NECESSITAM FAZER CAPITAL DE GIRO. NO CASO DOS TTULOS PBLICO, GERALMENTE SERVEM PARA FINANCIAR O DFICIT PBLICO.

    AO: A MENOR FRAO DO CAPITAL SOCIAL DE UMA EMPRESA. PARA CAPTAR RECURSOS PARA VIABILIZAR INVESTIMENTOS QUE POSSIBILITEM SEU CRESCIMENTO, AS EMPRESAS EMITEM AES QUE NO NEGOCIADAS EM BOLSAS DE VALORES. QUEM TEM, PORTANTO, AES, PODE SE CONSIDERAR SCIO DA EMPRESA.

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  • investir e a propenso de abster-se do consumo imediato, enquanto que para Keynes, trata-se de umfenmeno fundamentalmente monetrio, determinado pela preferncia pela liquidez dos agentes e pelapoltica das autoridades monetrias.

    2. Para Keynes, a moeda no um mero ativo apenas para satisfazer um ato de compra e venda. ,tambm, um ativo para reter riqueza. A teoria da preferncia pela liquidez mostra que quando asexpectativas dos agentes so pessimistas, eles podem demandar segurana e flexibilidade no presentepara enfrentar o futuro, representando um ativo seguro que a moeda. A posse da moeda permite aosagentes manter opes abertas perante a incerteza sobre o futuro.

    3. Uma diferena de Keynes para as verses da TQM clssica. Enquanto esta ltima ignorava apossibilidade de entesouramento ou reteno de saldos monetrios, Keynes no.

    4. Na Teoria Geral, Keynes formulou os motivos para demandar moeda: os motivos transao,precauo e especulao. O motivo transao est relacionado ao intervalo entre recebimentos edespesas de renda e depende do montante da renda e da durao normal do intervalo entre o seurecebimento e o seu desembolso, ou seja, das compras projetadas e dos hbitos dos pagamentos dosagentes. O motivo precauo refere-se ao ato de que os agentes podem reter moeda por precauo paraatender s contingncias inesperadas e s oportunidades imprevistas na realizao de comprasvantajosas, j que a moeda um ativo seguro que serve para atravessar um futuro incerto e nebuloso.Por fim, o motivo especulao est relacionado incerteza quanto ao comportamento futuro da taxade juros, como resultado de uma mudana nas informaes no mercado. A expectativa dos agentesquanto s variaes futuras na taxa de juros o fator determinante que explica a preferncia pelaliquidez dos agentes e, consequentemente, justifica a conservao de recursos lquidos para o motivoespeculativo.

    BIBLIOGRAFIA BSICACARVALHO, F. et. al. Economia monetria: teoria e prtica. Rio de Janeiro: Campus, 2000. (LB).LOPES, J. & ROSSETTI, J. Economia monetria. So Paulo: Atlas, 1998. (LB).

    BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

    BERCHIELLI. F. Economia monetria. So Paulo: Saraiva, 2000. (LB).DA COSTA, F. Economia monetria e financeira: Uma abordagem estruturalista. So Paulo: Makron

    Books do Brasil Ed, 1999. (LC).TEIXEIRA, E. Economia monetria: a macroeconomia no contexto monetrio. So Paulo: Saraiva,

    2002. (LC).WILLIAMSON, J. A economia aberta e a economia mundial. Rio de Janeiro: Campus, 1988. (LC).

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