EM TEMPO - 12 de janeiro de 2015

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 30 MÍN.: 23 TEMPO EM MANAUS ANO XXVII – N.º 8.594 – SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ O MUNDO UNIDO CONTRA O TERROR Temporal de estragos e prejuízos AO MENOS 3,7 MILHÕES DE PESSOAS FORAM ÀS RUAS DE PARIS E DAS PRIN- CIPAIS CIDADES DA FRANÇA NA MAIOR MANIFESTAÇÃO DA HISTÓRIA DAQUELE PAÍS EM REPÚDIO AO TERRORISMO E EM SOLIDARIEDADE AOS MORTOS NOS ATENTADOS. CINQUENTA LÍDERES MUN- DIAIS MARCHARAM DE BRAÇOS DADOS À FRENTE DA MULTIDÃO. EM OUTROS PAÍSES, INCLUINDO O BRASIL, TAMBÉM HOUVE CAMINHADA PELA PAZ. ÚLTIMA HORA A2 E MUNDO B4 Durante a marcha, em Paris, pessoas seguram painel com os olhos de Charb, apelido de Stephane Charbonnier, editor da revista ‘’Charlie Hebdo’’, morto no atentado terrorista à publicação Os líderes Benjamin Netanyahu, Ibrahim Keita, Francois Hollande, Angela Merkel e Mahmud Abbas marcharam de braços dados Menina também fez sua homenagem aos jornalis- tas do “Charlie Hebdo”, durante a marcha em Paris A ex-ministra da Cultura e senadora Marta Suplicy (PT) faz uma série de críticas à presidente Dilma Rousseff e aos rumos do partido. Se- gundo ela, “ou o PT muda ou acaba”. Política A6 ‘Ou o PT muda ou acaba’ A atriz sueca Anita Ekberg, musa do cineasta italiano Fe- derico Fellini e também famosa por seu banho na Fonte de Trevi em “A Doce Vida”, morreu ontem, aos 83 anos. Plateia B5 Morre a musa de Fellini Dia a dia A7 Rio tem domingo de arrastões País B2 Evento que inseriu definitivamente o Brasil como palco oficial da música interna- cional, o Rock in Rio completa três décadas e prepara a sexta edição, agendada para o mês de setembro, na Cidade do Rock, onde o festival nasceu. Plateia B5 30 anos de ‘uma só voz, uma canção’ AP PHOTO WENN/FRAME AP PHOTO Federer conquista mil vitórias Pódio D4 O prefeito Arthur Virgílio Neto foi ao aeroporto recepcionar a Kamélia, no sábado Está aberta a temporada de folia. Na noite de sábado, Arthur Virgílio Neto entregou a chave da cidade para a personagem símbolo do Carnaval de Manaus, a Kamélia, que neste ano veio acompanhada de um boneco do prefeito. Dia a dia A8 Manaus faz festa para a Kamélia CARNAVAL Criança é usada como bomba Mundo B3 Mergulhadores que participam do res- gate do avião da AirAsia, que caiu no mar de Java em 28 de dezembro, encontraram ontem as caixas-pretas da aeronave. Po- rém, os dispositivos ainda não puderam ser recuperados. Mundo B3 Caixas-pretas do AirAsia são encontradas DIVULGAÇÃO ALEX PAZUELLO/SEMCOM Em 1985, o Queen foi uma das atrações DENÚNCIAS • FLAGRANTES 98116-3529

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

1,00

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 30 MÍN.: 23

TEMPO EM MANAUS

ANO XXVII – N.º 8.594 – SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

O MUNDO UNIDO CONTRA O TERROR

Temporal de estragos e prejuízos

AO MENOS 3,7 MILHÕES DE PESSOAS FORAM ÀS RUAS DE PARIS E DAS PRIN-CIPAIS CIDADES DA FRANÇA NA MAIOR MANIFESTAÇÃO DA HISTÓRIA DAQUELE PAÍS EM REPÚDIO AO TERRORISMO E EM SOLIDARIEDADE AOS MORTOS NOS ATENTADOS. CINQUENTA LÍDERES MUN-DIAIS MARCHARAM DE BRAÇOS DADOS À FRENTE DA MULTIDÃO. EM OUTROS PAÍSES, INCLUINDO O BRASIL, TAMBÉM HOUVE CAMINHADA PELA PAZ. ÚLTIMA HORA A2 E MUNDO B4

Durante a marcha, em Paris, pessoas seguram painel com os olhos de Charb, apelido de Stephane Charbonnier, editor da revista ‘’Charlie Hebdo’’, morto no atentado terrorista à publicação

Os líderes Benjamin Netanyahu, Ibrahim Keita, Francois Hollande, Angela Merkel e Mahmud Abbas marcharam de braços dados

Menina também fez sua homenagem aos jornalis-tas do “Charlie Hebdo”, durante a marcha em Paris

A ex-ministra da Cultura e senadora Marta Suplicy (PT) faz uma série de críticas à presidente Dilma Rousseff e aos rumos do partido. Se-gundo ela, “ou o PT muda ou acaba”. Política A6

‘Ou o PT muda ou acaba’

A atriz sueca Anita Ekberg, musa do cineasta italiano Fe-derico Fellini e também famosa por seu banho na Fonte de Trevi em “A Doce Vida”, morreu ontem, aos 83 anos. Plateia B5

Morre a musa de Fellini

Dia a dia A7

Rio tem domingo de arrastões

País B2

Evento que inseriu defi nitivamente o Brasil como palco ofi cial da música interna-cional, o Rock in Rio completa três décadas e prepara a sexta edição, agendada para o mês de setembro, na Cidade do Rock, onde o festival nasceu. Plateia B5

30 anos de ‘uma só voz, uma canção’

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Federer conquista mil vitórias

Pódio D4

O prefeito Arthur Virgílio Neto foi ao aeroporto recepcionar a Kamélia, no sábado

Está aberta a temporada de folia. Na noite de sábado, Arthur Virgílio Neto entregou a chave da cidade para a personagem símbolo do Carnaval de Manaus, a Kamélia, que neste ano veio acompanhada de um boneco do prefeito. Dia a dia A8

Manaus fazfesta para a Kamélia

CARNAVAL

Criança é usada como bomba

Mundo B3

Mergulhadores que participam do res-gate do avião da AirAsia, que caiu no mar de Java em 28 de dezembro, encontraram ontem as caixas-pretas da aeronave. Po-rém, os dispositivos ainda não puderam ser recuperados. Mundo B3

Caixas-pretas do AirAsia são encontradas

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Em 1985, o Queen foi uma das atrações

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A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

Concurso n. 673 (08/01/2015)

Extração nº 04935 (10/01/2015)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 52.402 500.000,00

2º 87.431 35.200,00

3º 81.242 34.000,00

4º 59.286 33.080,00

5º 39.996 32.000,00

Concurso n. 1349 (09/01/2015)

09 16 18 24 33 42

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

17 19 34 37 48 49

Segundo sorteio

Concurso n. 1519 (07/01/2015)

LOTOMANIALOTOMANIA

05 06 07 12 15

20 30 33 37 57

58 60 64 67 72

82 87 88 95 96

Concurso n. 3685 (09/01/2015)

23 40 45 59 74

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

TIMEMANIATIMEMANIA

03 22 25 30 33 39 71

Time do coração

ATLÉTICO/GO

LOTERIAS

Concurso nº 1667 (07/01/2015)

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

05 40 47 52 55 57

01 03 04 06 07

11 12 13 14 15

17 21 22 24 25

Concurso n. 1156 (09/01/2015)

Lei seca fl agra motoristas embriagados no domingoCinco motoristas foram encaminhados ao 12º DIP. Os que se negaram ao teste do bafômetro responderão a processo

O Departamento Esta-dual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) fl agrou 24 mo-

toristas, na madrugada de do-mingo, dirigindo embriagados. Dos motoristas fl agrados por embriaguez ao volante, cinco foram levados ao 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP) por apresentarem índice de alcoo-lemia acima de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar.

Os agentes do Detran-AM re-alizaram blitze da Lei Seca no Vieiralves, Eldorado, Ponta Ne-gra, Estrada do Turismo, Cidade Nova e na avenida Torquato Tapajós, onde ocorreu a maioria dos fl agrantes, na madrugada de domingo.

Dois motoristas se negaram a fazer o teste do bafômetro e vão responder a processo ad-ministrativo por embriaguez ao volante. A exemplo dos demais reprovados no teste do bafômetro, eles terão o direito de dirigir suspenso por um ano e terão que pagar multa no valor de R$ 1.915,40.

No total foram aplicados 72 multas, a maioria por embria-guez, licenciamento em atraso e mau estado de conservação do veículo. Um motorista foi atuado por excesso de passa-geiros e por transportar pas-

sageiros em compartimento de carga. Ele transportava em uma Montana de placa JX0 5485, cinco pessoas, duas delas na carroceria escondidas sob a lona. Foram apreendidos 14 carros e quatro motocicletas, além de 24 Carteiras Nacional de Habilitação (CNH) e 20 Cer-tifi cados de Registro de Licen-ciamento Veicular (CRLV).

O diretor-presidente do De-tran-AM, Leonel Feitoza, que comandou as operações da Lei Seca do fi nal de semana, se disse surpreso com a quan-tidade de mulheres fl agra-das dirigindo embriagadas. “Mulheres jovens, na maioria dos casos, acompanhadas por namorados ou maridos, que também haviam feito uso de bebida alcoólica”, disse.

Das mulheres fl agradas nas blitze da Lei Seca, duas foram levadas à delegacia por apre-sentarem teor de alcoolemia acima de 0,34mg/l: Edileuza da Silva de Lima, 36, e Gabriela Lourenço Lima, 32, e foram le-vadas à delegacia e vão respon-der por crime de embriaguez ao volante. Edileuza de Lima, apresentou 0,42 mg/l de alco-olemia e Gabriela Lima, 0,62 mg/l. Do total de 24 motoristas autuados por embriaguez 40% eram mulheres. Detran-AM informou que foram aplicadas 72 multas, a maioria por embriaguez, licenciamento em atraso e mau estado do veículo

DIVULGAÇÃO

Cartazes no Globo de Ouro e caminhadas no Brasil

As homenagens as vítimas do atentado a revista “Charlie Hebdo”, na França seguiram pelo mundo. A surpresa ocor-reu 72ª edição do Globo de Ouro, quando atores e atrizes aproveitaram o tapete verme-lho para levantarem cartazes com os dizeres “Je suis Charlie” (“Eu sou Charlie”).

No Brasil, um grupo de 200 pessoas no Rio de Janeiro caminhou na avenida Vieira Souto até a Praça Nossa Se-nhora da Paz, com bandeiras da França e faixas com os dize-res “Je suis Charlie”. Entoaram gritos de ordem, como: “Viva a

liberdade, viva a vida!”.Em São Paulo, pelo me-

nos 300 pessoas caminha-ram pela avenida Paulista até o Consulado Geral da França, exibindo canetas e cartazes com os dizeres “Je suis Charlie”. Organizada por franceses que vivem na cida-de, a manifestação se uniu à marcha contra o terrorismo realizada em Paris. Diante do Consulado, os manifes-tantes fi zeram um minuto de silêncio em homenagem aos mortos no ataque ao “Char-lie Hebdo” e à um mercado judaico de Paris.

‘CHARLIE HEBDO’

Mega pode pagar R$ 7,5 mi

São Paulo - Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 1668 da Mega-Sena, realizado no sábado, em Santa Fé do Sul (SP). Porém, 42 apos-tas acertaram a quina e levarão a quantia de R$ 44.770,97. Outras 3.171 fi zeram a quadra, que vai pagar R$ 847,13.

A Quina também acu-mulou. Ninguém acertou as cinco dezenas sorte-adas no concurso 3686. Mas, 90 apostas acerta-ram a quadra e fi cam com prêmio de R$ 5.539,21 cada. Mais 4.931 bilhetes fi zeram o terno e levaram R$ 144,42 cada uma.

No concurso 1520 da Lotomania, nenhuma aposta acertou as 20 dezenas. A faixa de 0 acertos também não teve acertadores. Na faixa de 19 acertos, dois bilhetes levarão o prêmio individu-al de R$ 115.088,59. Com 18 acertos, 70 apostado-res ganharão R$ 3.288,25 cada. Em 17 pontos, 756 apostas foram premiadas com R$ 190,29. Outros 5.233 apostadores leva-rão R$ 27,49 por terem acertado 16 dezenas.

Na Timemania ninguém acertou as sete dezenas do concurso 674. Na faixa de 6 acertos, 4 apostado-res levarão o prêmio indi-vidual de R$ 23.098,07. Com cinco acertos, 179 apostas foram premia-das com R$ 737,36. Com quatro, 3.720 acertadores receberão R$ 6. Com três acertos, 35.686 aposta-dores levarão R$ 2.

SORTEIOS

No tapete vermelho, a atriz Kathy Bates fez a sua homenagem

DIVULGAÇÃO

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Page 3: EM TEMPO - 12 de janeiro de 2015

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015 A3Opinião

Mais de uma vez, os fundamentalistas islâmicos foram chamados de idiotas e estúpidos. Não à toa: ao mesmo tempo em que juram “defender o profeta” ou ser a voz armada dele, destroem o que eventualmente pretendem construir, isto é, a própria fé. Os últimos acontecimentos na França provam como são idiotas e estúpidos. O atentado ao “Charlie Hebdo” (entre outras barbaridades) foi um (mais um) tiro no Islã. Se alguém pretende defender, neste momento o pior que pode fazer é atacar.

Cerca de quatro milhões de pessoas congestionaram Paris, ontem, e a palavra de ordem “Je suis Charlie” promoveu situações inimagináveis, com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Zeidan Abbas, na mesma “comis-são de frente” da passeata, liderada pelo presidente socialista francês, François Hollande. Com essa, os terroristas não contavam. A França não se acovardou. Em tempo recorde identifi cou e matou os defensores equivocados de Maomé, o profeta.

E a França não fi cou sozinha. Mais de 50 chefes de Estado estiveram presentes ou se fi zeram repre-sentar no ato pela liberdade de expressão. Quem jamais teve escrúpulo em ser ridículo teria mesmo que ser derrotado pelo riso e pela ironia. Ainda na ação simultânea, os terroristas conseguiram consolidar o discurso nacionalista, muito próximo do fascismo, que a direita da França tem usado como ameaça aos imigrantes, especialmente os africanos e muçulmanos.

Não bastassem esses exemplos de solidariedade e de repulsa ao terrorismo desse islamismo transviado, as autoridades muçulmanas reconhecidas por sua comunidade também condenaram o terror. Não porque aprovem o humor à “Charlie”, mas porque se fundam na tolerância e acreditam no esclarecimento pela palavra. O terror fala sozinho.

Contexto3090-1017/98115-1149 [email protected]

Para a Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DER-FD) que, na sexta-feira, conseguiu resgatar um Honda Fit roubado há uma semana, além de prender os assaltantes.

Delegacia de Roubos

APLAUSOS VAIAS

Segundona

Backsmann será a se-gunda parente de senador nomeado para Minas e Energia a assumir a vaga do titular.

O fi lho do atual ministro Edison Lobão (PMDB-MA), que está deixando Minas e Energia após sete anos, assumiu a vaga do pai quando ele chegou à pasta em 2008.

Debut

Sandra tem 55 anos e ne-nhuma experiência política como parlamentar.

Mas acumula experiência das grandes campanhas do marido, quando sempre es-teve à frente.

Estratégia

Ela foi a primeira suplente do marido nas eleições de 2010. O então candidato ao senado, Eduardo Braga, explicou que fez a mulher suplente como parte da estratégia para evitar ten-sões com aliados políticos do Amazonas. Eles temiam a indicação de Sandra ao governo do Estado, então chefi ado pelo marido.

Kamélia

O prefeito Arthur Virgílio explicou os motivos de seu

respeito para com a Kamé-lia, um dos maiores símbolos do Carnaval amazonense.

— É uma tradição nossa. Minha mãe já falava da Kamélia e meu neto tam-bém já conhece. Devemos cultivar as boas tradições e o que é bom devemos manter e fazer disso nosso patrimônio.

Louvação

Virgílio foi ao aeroporto in-ternacional Eduardo Gomes, na noite de sábado, recep-cionar a boneca do Olím-pico Clube, que há mais de 70 anos anima o Carnaval de Manaus.

— Estamos fazendo um grande esforço para voltar a dar vida ao nosso patrimô-nio. A história de Manaus é muito bonita e deve ser lou-vada –, disse o prefeito.

Olha eu aí!

Este ano, além dos tra-dicionais bonecos do Zé Pereira e da Jardineira, a Kamélia também veio acompanhada.

Desfi lou ao lado de um boneco momu-lengo representando o prefeito.

Desrespeito

Falando em Kamélia, a Polícia Militar emitiu

comunicado, no sábado, dizendo que não pode-ria apoiar a chegada da kamelia.

Sem dúvida, um des-respeito à história da cidade.

□O prefeito Arthur Virgí-

lio soube da história e de-terminou à Manaustrans que desse apoio.

Etanol

A Sudam vai investir pesado na produção de Etanol no Amazonas.

De acordo com o su-perintendente Djalma Mello, já existe mão de obra, capital, maté-ria-prima, tecnologia e fonte de financiamen-to, que virá doFundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA).

Etanol 2

A produção de etanol também contará com ver-ba do Fundo Constitucio-nal de Financiamento do Norte (FNO). — Agora só faltam os organizadores da produção para inves-tir no negócio – disse Djalma.

Para a decisão da Polícia Militar de negar apoio logístico à chega-da da Kamélia, o maior símbolo do Carnaval amazonense.

Desmando na PM

A ex-primeira dama Sandra Backsmann Braga chega ao Senado com uma missão.Se desvincular da imagem de “suplente-esposa” do maridão Eduardo Braga, ministro das

Minas e Energia. Sandra quer mostrar que é capacitada para ser senadora.Para alguns interlocutores, a senadora tem dito que pretende elaborar um plano de ação

para seu mandato.

Suplente, esposa e senadora

IONE MORENO SEMCOM

[email protected]

Um tiro no Islã

Entre 229 mil (Fórum Brasileiro de Segurança Pública – ano 2013) e meio milhão de veículos (ver Antonio Penteado Mendonça, “Es-tadão” 20/1/14) são furtados ou roubados por ano no Brasil. Outros países já contaram com números expressivos, bastante parecidos. Grã-Bretanha, por exemplo (con-soante informação do articulista citado), que já reduziu sensivelmen-te seus escandalosos números. É baixa, hoje, a taxa de criminalidade nesse país (como em praticamente toda a Europa, que viveu a fase áu-rea do Estado de bem-estar social nas décadas de 60/80).

O que foi feito? Mais do que boas intenções. Criaram-se efi cazes pro-gramas de treinamento, inteligência, prevenção, investigação e atuação rápida das forças policiais. Ou seja: incrementou-se a certeza do casti-go mais justo possível (antecedido da localização e apreensão de uma enorme quantidade de veículo furta-do ou roubado). Serviço público de qualidade (caro, mas de qualidade). Isso não existe no setor público brasileiro, ressalvadas pouquíssimas áreas (vacinação, por exemplo).

Eis uma área (localização e apreen-são de roubo e furtos de veículos) que talvez fosse o caso de se privatizar. Articulando-se um grande programa de Parceria Público-Privada (sobre-tudo com as seguradoras). O que o legislador brasileiro tem feito (tam-bém) nesse setor da criminalidade? Edição de novas leis penais mais duras ou obstaculizadoras. É o que ele pode fazer (diante de sua inca-pacidade para resolver problemas sociais). Não podendo cuidar da cer-teza do castigo mais justo possível (que é um princípio de solução), o legislador atende os reclamos da população que demanda em todo momento mais aumento da pena. O Estado brasileiro (pluto-clepto-genocidiocrata) não foi desenhado

para a prevenção de crimes. E quem faz o errado o tempo todo não pode esperar que um dia dê certo.

Nem todos os veículos são leva-dos para o desmanche. Que atende a reposição de peças dos carros mais velhos. Quem tem carros mais novos (garantia de até três anos, normalmente) sempre vai preferir a reposição com peças originais. Poucos carros são recuperados no nosso país. Quando recuperados, muitos são depenados nas próprias dependências estatais (expressão da cleptocracia, que signifi ca o Estado cogovernado por ladrões). À malícia e ganância dos criminosos, soma-se a desonestidade do servidor público.

Um livro do século 17 (“A arte de furtar”) já dizia que os piores e grandes ladrões são os servido-res encarregados de nos livrar dos pequenos ladrões. Muitos veículos são adulterados e revendidos no mercado interno. O Estado brasileiro fracassou na sua tarefa de fazer imperar a lei (assim como o consti-tucionalismo de direitos e deveres).

Não existe coordenação das ações de enfrentamento do cri-me. Não há unificação de plane-jamento. São muitas as polícias e pouca política de integra-ção. Pensar que essa forma de atuação possa dar resultados positivos é uma ilusão. As leis só configuram obstáculo sério quando imperam. Lei que não impera tem a mesma esterili-dade de um monge virtuoso. A criminalidade no Brasil tende a aumentar severamente porque não fazemos as coisas certas. Beccaria já alertava sobre isso em 1764 (“Dos delitos e das penas”). Propunha duas coisas: (a) certeza do castigo, ainda que moderado e (b) reformas socioeconômicas e educativas. Quem pega o bonde errado, mesmo que veloz, jamais atingirá o destino pretendido.

Luiz Flávio Gomes [email protected]

Luiz Flávio Gomes

Jurista e coeditor do portal

“atualidades do direito.com.br”

Roubos e furtos de veículos

[email protected]

Regi

Beccaria já alertava sobre isso em 1764 (‘Dos delitos e das penas’). Pro-punha duas coisas: (a) certeza do castigo, ainda que modera-do e (b) re-formas socio-econômicas e educativas. Quem pega o bonde errado, mesmo que veloz, jamais atingirá o destino pre-tendido”

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Page 4: EM TEMPO - 12 de janeiro de 2015

A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

FrasePainelVERA MAGALHÃES

A avaliação de que Marta Suplicy deixará o PT, consolidada entre dirigentes do partido depois da entrevista com duras críticas à sigla, colocou em alerta aliados de Fernando Haddad. Para esses petis-tas, a presença de Marta na disputa de 2016 reforça a pressão para que o prefeito paulistano consiga aumentar sua popularidade na periferia da cidade. A região, em que o PT ancorou vitórias anteriores na capital, é justamente onde Marta tem seu maior capital político, que vai além do partido.

Incentivo Líderes de parti-dos que tentam atrair Marta fi caram satisfeitos com a en-trevista. O deputado Paulinho da Força (SP), presidente do Solidariedade, mandou uma mensagem à petista dando “parabéns pela coragem”.

Para todos Apesar da re-percussão tímida do anúncio, o Ministério da Fazenda de Dilma Rousseff tratará como prioridade o fi m do “patrimo-nialismo” na política econômi-ca. Os incentivos passarão a focar setores ligados à inova-ção tecnológica, e não a indús-tria de bens de consumo.

Herança Após a polêmica sobre o atraso no pagamento de bolsas de estudo, a equipe econômica avisou que todas as despesas obrigatórias as-sumidas no mandato passado serão cumpridas. O governo quer evitar fi la de ministros pedindo pagamentos.

Tesoura na mão Secretá-rios do governo Geraldo Alckmin (PSDB) já admitem que precisão “alargar” o cronograma de algu-mas obras para atingir a meta de contingenciamento de recursos estabelecida. O tucano receberá

as sugestões nesta semana.

Me dá... Com a previsão de aperto na arrecadação, o tucano vai tentar aumentar a participa-ção de empréstimos no fi nancia-mento de obras.

... um dinheiro aí O trem intercidades, que ligará São Paulo a Campinas, por exem-plo, foi apresentado ao Banco Europeu de Investimentos em reunião na última semana.

Sob... A disputa pela liderança do PMDB na Câmara ameaça dividir o partido. Caciques da sigla fi caram incomodados com movimentos de Eduardo Cunha (RJ) para levar ao posto o de-putado Manoel Júnior (PB), de expressão limitada na Casa.

... controle A manobra é vista como uma tentativa de Cunha de controlar a banca-da do PMDB pelas mãos de um afi lhado, caso seja eleito presidente da Câmara.

Brasil... Depois de um esfor-ço concentrado no Nordeste, os coordenadores de campanha de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara calculam que ele tem 230 votos assegu-

rados na disputa contra Cunha e Julio Delgado (PSB-MG).

... dividido “Ele está garan-tido no segundo turno”, diz José Guimarães (PT-CE). Chinaglia, no entanto, deve ter difi culda-des no Sul e em São Paulo, sua própria base.

Cabo eleitoral O PT recorreu ao ministro Gilberto Kassab (Ci-dades) para convencer deputa-dos do PSD a votar em Chinaglia. Aliados do petista relatam que o esforço vem dando resultados.

Partilha A bancada do PT se reúne no último dia de ja-neiro para defi nir os indicados para postos-chave do Senado. José Pimentel (PT-CE) é cotado para a 1ª vice-presidência da Casa. Humberto Costa (PT-PE) pode ser líder do partido ou do governo.

Cão de guarda Petistas fi -caram preocupados com a vol-ta à Câmara do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), crítico feroz do PT. Responsabilizam o go-vernador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que abriu espaço para Jungmann ao nomear de-putados de sua coligação para o secretariado estadual.

Encontro marcado

Contraponto

Pouco depois do anúncio da reaproximação entre Estados Unidos e Cuba, mediada pelo papa Francisco, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) foi à tribuna da Câmara comentar o evento. Aproveitou para provocar os colegas:– Quem sabe aqui também reduzimos o belicismo dos inevitáveis confl itos? – questionou.O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pediu a palavra:– Ouvir isso do PSOL me dá a certeza de que uma das partes mais antagônicas aqui na Casa já está se inspirando no papa Francisco...

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Um milagre de Francisco

Tiroteio

DO DEPUTADO ESTADUAL ÊNIO TATTO (PT-SP), sobre entrevista em que a senadora petista ataca o partido e faz duras críticas a dirigentes da sigla.

Marta está sendo ingrata e cuspindo no prato em que comeu. Ela deve tudo o que conseguiu na vida ao PT e à militância do partido.

Cinco desenhos podem retratar os horizontes do país nos próximos meses: um cobertor político esburacado; uma tela de duas cores avermelhadas, se-parando alas do PT; o céu da economia totalmente coberto por nuvens pesa-das; a paisagem urbana nas metrópoles retocada pela agitação de grupos; e, arrematando o cenário, a máquina go-vernativa sendo puxada por ministros que sofrem para avançar no terreno íngreme da administração, esbarrando nos obstáculos da contenção de despe-sas e em cortes nos orçamentos.

Os buracos no cobertor político foram feitos pela tesoura presidencial, que aparou espaços de partidos na colcha ministerial, como foi o caso do PMDB. O maior parceiro do PT na aliança governista ganhou um ministério a mais, mas perdeu poder. Dos seis mi-nistérios que ganhou (um a mais que no mandato anterior), três são secretarias de menor expressão – Pesca, Portos e Aviação civil –, enquanto a pasta da Agricultura foi destinada a uma senadora recém-chegada ao PMDB, Kátia Abreu. O partido tentará resgatar parte da força perdida com cargos no segundo escalão, já sabendo que a estratégia em desenvolvimento, sob a inspiração da presidente Dilma, visa a diminuir sua infl uência. Manifesta-se tal intenção com o reforço dos partidos médios – PSD, PDT, PTB, PCdoB, PR e outras siglas menores – que, juntas, somam votos sufi cientes para derrotar os oposicionistas.

A estratégia é arriscada: o PMDB voltar a comandar as duas casas con-gressuais. Tudo vai depender dos no-mes do partido arrolados nas denúncias de Paulo Roberto Costa, envolvendo o senador Renan Calheiros e o deputado Eduardo Cunha, potenciais candidatos (e favoritos) às presidências do Senado e da Câmara. O PT lança o depu-tado Arlindo Chinaglia à presidência da Câmara, pretendendo o apoio dos partidos da base governista. Mas estes estariam satisfeitos com a repartição

do butim ministerial? A desconfi ança cresce, sendo previsível maior distan-ciamento entre PMDB e PT, caso Cunha seja candidato e vitorioso.

Ocorre que o PT está dividido. Um gru-po de aranhas da teia lulista sente-se longe do ninho principal. Dilma chamou para perto de si companheiros com os quais conviveu na administração pública (formando um gauchutério), não pertencentes à ala CNB – Construindo o Novo Brasil – onde se abrigam os lulistas. O pano de fundo da aliança situacionista, como se pode consta-tar, está cheio de buracos. Juntar os fi os da malha é tarefa difícil, mesmo para Aloizio Mercadante, que age como primeiro-ministro e potencial candida-to à sucessão de Dilma em caso de inviabilidade do nome de Lula. Merca-dante não é um perfi l muito palatável (simpatia, empatia) para parcela do universo político. E ao ministro Pepe Vargas, responsável pela articulação, falta experiência.

Desviemos a atenção para a moldura econômica. Grande sombra cobrirá a infl ação, com perspectiva que ultrapas-sará 6,5%, o teto da meta. As águas dos preços represados encontrarão as comportas arrombadas, prevendo-se estouro do bolso do consumidor com os aumentos da gasolina, energia, transportes e alimentos. A Petrobras continuará a escurecer a conjuntura com suas ações caindo ao fundo do poço e ameaçando a viabilidade eco-nômica do pré-sal. De primeira empresa brasileira, baixou para a quinta coloca-ção. Já o petróleo cai de preço a cada semana. Os bolsos vazios atingirão o estômago. Categorias profi ssionais e movimentos organizados irão às ruas para levantar suas bandeiras. O clamor social se elevará.

O dinheiro será curto para cobrir todas as demandas. Cortes em orça-mentos deixarão ministros a ver navios. Será o Ano das Vacas Magras.

Twitter: @gaudtorquato

Gaudêncio Torquato [email protected]

Gaudêncio Torquato

Gaudêncio Torquato

Professor titular da USP e consul-tor político e de

comunicação

Ocorre que o PT está dividido. Um grupo de ara-nhas da teia lulista sente-se longe do ninho prin-cipal. Dilma chamou para perto de si companheiros com os quais conviveu na administra-ção pública (formando um gauchu-tério), não pertencentes à ala CNB onde se abrigam os lulistas”

O ano das vacas magras

Olho da [email protected]

Passagem de ano é igual a passagem de ônibus: tudo começa com uma interrogação à beira do caminho. Vai melhorar o sistema? Para quanto vai a nova tarifa, agora que o petróleo baixou espetacularmente de preço e até a Petrobras já vale muito pouco? A turma ficará animada para ir mesmo a pé? Quem viver verá

RAIMUNDO VALENTIM

Os indícios preocupantes que já anunciavam um segundo mandato da presidente Dilma ainda mais

divorciado das necessidades reais do povo brasileiro, já estão se confi rmando. O discurso de posse, a escolha de alguns ministros, as primeiras medidas tomadas ou anunciadas, tudo transmite contradição, ausência de

sentido e a noção de um grande equívoco

Marina Silva, ex-senadora, que disputou as eleições ao Planalto no ano passado, escreveu em seu blog um longo artigo com críticas ao discurso de posse e às primeiras

medidas anunciadas por Dilma Rousseff . Para ela, o segundo mandato se “inicia gastando o terceiro ‘volume morto” de

nossa reserva de esperança”.

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Page 5: EM TEMPO - 12 de janeiro de 2015

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015 A5Política

Wilker usará ‘mãos de ferro’ a favor das leis

Autor da lei municipal nº1.752/2013 (Lei do Esta-cionamento Fracionado), o presidente da Câmara Muni-cipal de Manaus (CMM), ve-reador Wilker Barreto (PHS), está defendendo com unhas e dentes que uma das priori-dades em sua gestão à fren-te do Legislativo municipal é o cumprimento das leis estabelecidas pela CMM e desrespeitadas pelos órgãos e instituições.

O parlamentar explicou que chamará os estabelecimen-tos para uma conversa e ex-plicará que o parlamento vai implementar as leis e quem não for de acordo, que entre com ações judiciais. “A Lei das Filas, por exemplo, vou cha-mar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e dizer: olha, aqui no parlamento mu-nicipal queremos implemen-tar a lei. Se não concordarem com isso, então, vou pedir que ajuízem uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), porque se eles acreditam que não é constitucional, então que entrem na Justiça, pois sem isso, terão que cumprir a legislação”, justificou.

A Lei das Filas altera os artigos 1º, 4º, 5º, 6º e 7º da

lei municipal nº 167, de 13 de setembro de 2005, a qual exi-ge que empresas forneçam bilhetes ou senhas impressas com horário de entrada e do fim do atendimento, bem como a fixação de relógios em locais de fácil visibilida-de e telefones, para que a população possa denunciar o descumprimento do limite de hora para o atendimento.

O tempo máximo de espe-ra permanece como antes: sendo de 15 minutos, em dias normais; 20 minutos, em vésperas e após feriados pro-longados; e 25 minutos, em dias de pagamento de fun-cionários públicos, bem como pagamento de programas sociais. Os estabelecimen-tos como concessionárias de serviços públicos de água, luz e telefone, as agências bancárias, as loterias, os es-tabelecimentos de crédito, prestadores de serviços de saúde e os supermercados do município de Manaus, fi-cam obrigados a disponibili-zar funcionários suficientes no setor de atendimento ao público, para que o serviço seja feito em prazo hábil.

Além do Procon Manaus, ficam responsáveis por fis-calizar o cumprimento das novas determinações da Lei da Fila a Delegacia do Con-

sumidor e a Câmara Munici-pal de Manaus (CMM), por meio da Comissão de Defesa do Consumidor.

Wilker Barreto acredita que o maior desafio hoje dos vereadores é fazer valer o cumprimento das leis que são aprovadas pelo Poder le-gislativo. “Vamos lutar para que elas caiam no cotidiano das pessoas. Senão vira letra

morta”, pontuou.“A Lei do Estacionamento,

por exemplo, implantado em 2011 em Manaus, ganhou mais força em 2014 e mesmo assim, os estabelecimentos deixam de cumprir a legisla-ção em vigor”, comentou.

Vários estabelecimentos já foram multados pelo descum-primento da legislação muni-cipal, no entanto, a infração volta a acontecer em seguida.

O próprio autor da Lei do Es-tacionamento, o presidente Wilker Barreto, já entrou com ações no Ministério Público do Estado (MPE), para que o órgão possa auxiliar no fazer cumprir a lei. As mul-tas variam de R$ 25 mil a R$150 mil, a partir da terceira reincidência e subsequentes. Os valores são revertidos ao Fundo Municipal de Defesa do Consumidor.

Wilker antecipou que marcará uma reunião com o procurador-geral do Mi-nistério Publico do Estado (MPE), Fabio Monteiro, para pedir auxílio no cumprimento das leis. “Porque toda lei de interesse da coletividade é sucumbida pela individuali-dade, pela particularidade, mas isso não entra na minha cabeça. Então, vamos brigar muito”, salientou.

O presidente reafirmou que na próxima semana, convo-cará os representantes dos shopping centers da cidade para discutir sobre o cum-primento da Lei do Estacio-namento Fracionado. “Vamos fazer uma agenda positiva com o apoio da prefeitura de Manaus, a sociedade civil e órgãos competentes para que as leis de caráter coletivo sejam de fato, respeitadas em nossa cidade”, destacou.

CUMPRIMENTO

Arthur conclui escolha de seus novos secretáriosExpectativa é que o prefeito anuncie na tarde de hoje os nomes que irão compor a pastas do Executivo municipal

O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), finalizou ontem os nomes que irão com-

por as pastas do seu secreta-riado pelos próximos dois anos. A expectativa é que Arthur anuncie na tarde de hoje os novos colaboradores. Durante todo o fim de semana o tucano esteve pessoalmente conver-sando com os escolhidos e afinando o discurso de trabalho que será mantido para essa nova etapa da sua gestão.

O secretário de governo, Márcio Noronha, destacou que já está tudo finalizado e a revelação da nova equipe depende apenas da agenda do prefeito para hoje. “Pode-remos fazer o anuncio na tar-de desta segunda-feira ou no máximo na terça pela manhã. Depende da agenda do prefei-to”, comentou Noronha.

Na semana passada, Arthur Neto adiantou também que os secretários Márcio Noronha e Kátia Schweickardt (Meio Ambiente) permanecem em suas pastas neste ano. O tucano também disse que pretende eliminar 5 pastas, entre as 18 secretarias e 7 autarquias das quais a Prefei-tura de Manaus dispõe hoje. “O número de secretarias em 2015 vai baixar para 20, em média”, declarou.

Durante a conversa mantida com a imprensa, o prefeito, que evitou entrar em mais detalhes sobre a reforma ad-ministrativa, disse que sonha em contingenciar ao menos 12,5% do orçamento anual, que é de R$ 4,5 bilhões. “Meu

sonho é economizar R$ 700 milhões, vivemos no meio de uma crise econômica e temos que nos adequar. Hoje, temos 25 secretarias, incluindo algu-mas autarquias, queremos que esse número chegue a 20, 18 secretarias e 7 autarquias”, explicando que a economia será potencializada por meio da redução de pastas e que a secretaria de infraestrutura terá sua supervisão direta.

“Sei que podemos econo-mizar muito na Seminf, algo entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões, por isso estarei lá de uma forma muito intensa. Só não ocuparei a pasta formal-

mente, porque a lei inviabiliza, mas serei presença constante e efetiva nas ações de in-fraestrutura. Um exemplo de como conduziremos as ações de corte acontecerá por meio do monitoramento dos apro-ximadamente 400 veículos alugados para a Seminf, vou ver um por um. Sinceramente, custo a crer nesses 400 carros, mesmo porque a prefeitura não tem dinheiro para mo-bilizar tudo isso em obras e as ruas de Manaus não veem todos esses carros ao mesmo tempo”, ressaltou.

ISABELLA SIQUEIRAEquipe EM TEMPO

Wilker diz que se as leis não valerem parlamento perde força

DIVULGAÇÃO

COBRANÇA Wilker antecipou que marcará nesta sema-na uma reunião com o procurador-geral do Ministério Público do Estado, Fábio Mon-teiro, para pedir o auxílio no cumprimen-to das lei

Durante fim de semana, prefeito Arthur esteve pessoalmente conversando com equipe para afinar discurso de trabalho do novo governo

MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

IONE MORENO

ECONOMIA Com o novo forma-to das secretarias, a prefeitura espera ter uma economia de R$ 700 milhões por ano. Pelo menos cinco pastas devem ser extintas para esses próximos dois anos

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Page 6: EM TEMPO - 12 de janeiro de 2015

A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

Aparelhamento rende R$ 133 milhões a petistas

O último balancete mensal entregue ao Tribunal Superior Eleitoral pelo PT demonstra que as contribuições de parla-mentares e outros fi liados em cargos de confi ança somaram mais de R$ 26,7 milhões de janeiro a novembro de 2014. Como o dízimo máximo a ser pago ao partido é de 20%, o aparelhamento garantiu, só no ano passado, mais de R$ 133,5 milhões de salário líqui-do no bolso de petistas com cargos no governo.

Desrespeito...Dos 32 partidos, metade

não cumpriu a determinação do TSE que fi xa a entrega do balancete em ano eleitoral até o 15º dia do mês seguinte.

... vira debocheCinco partidos (PDT, PV,

PRTB, PCO e PCB) fi zeram pouco caso do TSE e não en-tregaram nenhum balancete mensal no ano passado.

ExemplarCom os gastos limitados

a exatamente o valor das receitas, a regra usada no partido deveria ser copia-da pelo governo nas contas do País.

ArtistaO balancete petista possui

21 páginas e é assinado pelo famoso João Vaccari Neto, tesoureiro do PT e enrolado no escândalo do Petrolão.

Afl itos, ministros vão alertar Cedraz sobre o fi -lho

Advertidos por órgãos de controle envolvidos na apu-ração do Petrolão, colegas ministros devem procurar o presidente do Tribunal de Con-tas da União, Aroldo Cedraz, para alertá-lo sobre necessi-dade de afastar a infl uência

de seu fi lho, advogado Tiago Cedraz, da gestão da principal Corte de contas do país. Tiago foi fi sgado pela operação Vou-cher, da PF, e também citado na Operação Lava Jato em depoimento de policial

Grana vivaO policial federal Careca

afi rmou ter levado dinheiro por duas vezes no escritório de Cedraz, uma casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília.

Operação Voucher Tiago foi acusado de con-

seguir a investigados acesso a informações privilegiadas. Ele admitiu, em 2013, que de-fendia 150 clientes no TCU.

Irregularidades Segundo denúncia da Po-

lícia Federal, o advogado foi contratado pela ONG Ibrasi, investigada no TCU por parti-cipar da “máfi a do Turismo”.

Até agora escapou Membro do núcleo duro

do governo, o secretário-Geral da Presidência, Michel Rossetto (PT-RS), tem tanto prestígio com a presidenta Dilma Rousseff que é um dos raros ministros que não levam broncas públicas

ArrochoO ministério que mais sofreu

com a tesourada presidencial de Dilma foi o da Educação, perdeu R$ 500 milhões. O corte foi anunciado dias após a troca do lema do governo federal para “Brasil, pátria educadora”

Chefi ar o Congresso... A cúpula do PMDB está sob

alerta com a movimentação da presidenta Dilma Rousse-ff , que trabalha para infl ar o PSD de Gilberto Kassab e o PROS de Cid Gomes a fi m de diminuir o poder de infl uência do partido.

... para evitar rasteiraPara ex-ministro de Avia-

ção Civil Moreira Franco (RJ), fi el escudeiro do vice Michel Temer, “nas atuais circuns-tâncias, ganhar a presidência da Câmara e do Senado é uma questão de sobrevivência para o PMDB”.

Cabo eleitoralO governador de São Paulo,

Geraldo Alckmin (PSDB), está em alta com o deputado fede-ral Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O tucano ganhou uma foto em destaque de quase meia pági-na no site do parlamentar.

Escolhendo adversário Os ataques do líder do

PMDB, Eduardo Cunha (RJ), ao PT foram vistos por adver-sários como tentativa de po-larizar com Arlindo Chinaglia (SP) na briga pelo comando da Câmara, isolando Júlio Delga-do (PSB-MG).

Ninho de ouro O inquilino do apartamento

funcional do Superior Tribunal Militar na 304 Sul, em Brasília, vai receber o espaço novo em folha. O tribunal gastou qua-se R$312 mil para repaginar lugar. Mês passado, só com reformas, o STM torrou mais de R$ 3,7 milhões e outros R$ 800 mil em alugueis.

Quem explica?Apesar de o novo governo do

Distrito Federal afi rmar que há um rombo nas contas, há casos de pessoas pedindo que a Secretaria de Fazenda “pelo amor de Deus” calcule Impos-to sobre Transmissão Causa Mortis, mas recebem prazos de até 190 dias para gerar a guia de recolhimento

Pergunta na escolaApós seguidas fraudes com

o vazamento de provas, a ideia do “Enem online” é estúpida ou estupenda?

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

O Estado de SP e a Sabesp têm que estar preparados para o pior”

NOVO PRESIDENTE DA SABESP, Jerson Kelman, sobre como enfrentar a crise de água

PODER SEM PUDOR

‘Democracia’ garantidaNos anos 40, apesar do fim da ditadura

Vargas, o poder político era definido se-gundo a vontade dos “coronéis”, no interior. Era o caso de São Caetano, no agreste pernambucano. Lá, mandava o “coronel” João Guilherme. Na primeira eleição após o Estado Novo, ele destacou capangas para o trabalho, digamos assim, de “boca de urna”: ficavam nas proximidades dos locais de votação perguntando aos eleito-res se eles votariam no candidato do coronel. Se a resposta fosse “não”, os eleitores ouviam a “sugestão”:

- Acho melhor o senhor não votar, não. É para não atrapalhar a democracia.

DIVULGAÇÃO

Apesar da pressão, Dilma já avisou que as nomeações não seguirão a “porteira fechada”

Aliados como PMDB e PP avaliam ter perdido espaço no primeiro escalão. Planalto avisou que não permitirá atos

Partidos iniciam pressão para vaga no 2º escalão

Após a defi nição do primeiro escalão do governo, partidos da base aliada pressio-

nam o governo para obter a indicação de apadrinhados para os cargos do chamado “segundo escalão” – em es-tatais, secretarias, departa-mentos e autarquias.

Partidos como PMDB, PP e PTB reclamam de perda de espaço na montagem do pri-meiro escalão (ministérios) e esperam compensação na indicação dos ocupantes do segundo.

Apesar das pressões, o Pla-nalto já avisou aos aliados que as indicações não seguirão a lógica da chamada “porteira fechada”, pela qual um partido, após assumir o comando de

um ministério, indica auto-maticamente os diretores das estatais e autarquias vincula-das à pasta.

No último dia 2, o minis-tro Aloizio Mercadante (Casa Civil), principal conselheiro político da presidente Dilma Rousseff no ministério, con-versou sobre o assunto com o vice-presidente Michel Te-mer e lideranças do PMDB. A Temer e caciques do partido, como os senadores Renan Ca-lheiros (AL) e Eunício Oliveira (CE), Mercadante avisou que a intenção de Dilma não é a montagem do primeiro esca-lão com “porteira fechada” para o segundo.

Mercadante repassou ao mi-nistro Pepe Vargas (Relações Institucionais), responsável

pela articulação política, a tarefa de receber líderes e presidentes de partidos para ouvir as sugestões para o segundo escalão. Vargas fará o primeiro “fi ltro” das indi-cações. Os nomes aprova-dos por ele serão discutidos com Mercadante e levados, posteriormente, à presidente Dilma. Na última quinta (8), Pepe Vargas disse que o Pla-nalto adotará três critérios para a escolha do segundo escalão: capacidade de ges-tão, histórico de probidade e equilíbrio entre os partidos que compõem o governo. O G1 apurou que outros dois critérios também serão leva-dos em conta: força política e aceitação do corpo técnico do órgão.

‘Ou PT muda ou acaba’, diz Marta A senadora e ex-minis-

tra Marta Suplicy (PT-SP) criticou a presidente Dilma Rousseff e lideranças do par-tido e afi mou, em entrevista publicada na edição deste domingo do jornal “O Estado de S. Paulo”, que “ou o PT muda ou acaba”.

Na entrevista, ela reco-nheceu que articulou a can-didatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a presidente no ano passado – no lugar da de Dilma –, qualifi cou o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, de “inimigo” e disse que a pre-sidente não reconhece os próprios erros.

Marta Suplicy pediu demis-são em novembro do cargo de ministra da Cultura, por meio de uma carta na qual fez objeções à política eco-nômica do governo. No mês passado, criticou a nomea-ção por Dilma do sucessor dela no Ministério da Cultura, o sociólogo Juca Ferreira, a quem atribuiu “desmandos” na época em que dirigiu a pasta (entre 2008 e 2010, durante o governo Lula).

Ao jornal, a senadora Marta elogiou a equipe econômica nomeada por Dilma – “é ex-periente, qualifi cada” –, mas afi rmou que a presidente pre-cisa reconhecer os próprios erros, o que, segundo disse, não fez durante a campanha nem no discurso de posse.

DESABAFO

Sobre o PT, declarou que é um partido “cada vez mais isolado” e do qual está “há muito tempo alija-da e cerceada, impossibili-tada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada” – Marta perdeu a disputa interna para Fer-nando Haddad, que concor-reu e se elegeu prefeito de São Paulo em 2012, e para Alexandre Padilha, candi-dato derrotado do partido a governador de São Paulo no ano passado.

Ela afi rmou que ainda não decidiu se sairá do PT, mas disse ter vários convites. “A decisão não está tomada ainda, mas passei um mês e meio, dois meses, chorando, com uma tristeza profunda, uma decepção enorme, me sentindo uma idiota. Não tomei a decisão nem de sair nem para qual partido, mas tenho portas abertas e convites de praticamen-te todos, exceto do PSDB e do DEM.”

PT está cada dia mais isolado

Ex-ministra afi rmou que ainda não decidiu se sairá do partido

DIVULGAÇÃO

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Page 7: EM TEMPO - 12 de janeiro de 2015

A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

Com a forte chuva que atingiu a cidade des-de o início da manhã de ontem, o Corpo de

Bombeiros foi acionado para a retirada de uma árvore que desabou por volta das 10h20 na rua Rondônia, conjunto El-dorado, e atingiu um carro, deixando três pessoas presas dentro do veículo, um Ford Fiesta preto, de placa NON 0961, pertencente a Francisco Sales Torres, 58, que estava com uma mulher e uma criança dentro do veículo. Segundo informações do tenente Jan-derson Lopes, houve apenas danos ao carro, sem ferimet-nos nas pessoas.

Também houve queda de uma árvore na rua Dom Hen-rique, conjunto Vila do Rei, Parque 10, zona Centro-Sul. Os pluviômetros registraram volume de chuva concentrado nas zonas Oeste, com 35,4mm e Centro-Oeste com 48,6mm.

De acordo com as primeiras informações da Defesa Civil, o tombamento da árvore no Par-que 10 se deu pelo aumento do fluxo de água que provo-cou o rompimento do bueiro e, ainda, pela ocorrência de ventos fortes.

A chuva também causou pequenos alagamentos, como na passagem de nível das avenidas Djalma Batista e Darcy Vargas.

Nas redes sociais, a proprie-tária do muro atingido com a queda da árvore responsabi-liza a Prefeitura de Manaus pelo incidente. No entanto, o Instituto de Planejamento Urbano de Manaus (Implurb) esclareceu que a sua fisca-lização esteve no local, em novembro de 2014, após re-ceber denúncia de construção irregular em área verde. Foi constatada a construção de um piso de aguada de cimento, usado como estacionamento por moradores. A área em questão não é área verde como denunciado, mas sim uma área institucional, des-tinada à construção de uma creche para atendimento da população.

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Além das quedas de árvores, ontem houve um pequeno alagamento na avenida Djalma Batista

DA REDAÇÃOCOM MATERIAL DE ASSESSORIAS

Em um dos casos, árvore caiu sobre veículo ocupado por três pessoas, que ficaram presas até a intervenção dos bombeiros. Ninguém ficou ferido no acidente

Chuva derruba árvores em dois pontos da capital

Homem fica preso entre ferragens após acidente

Em um acidente envolven-do um veículo Cross Fox e um Honda Civic, Célio dos Santos Castro Júnior, 20, condutor do Fox, ficou preso nas ferragens. O acidente de trânsito aconteceu no início da madrugada de ontem na avenida Visconde de Por-to Alegre, bairro Praça 14, Zona Sul de Manaus. Se-gundo informações do Corpo de Bombeiros, que atendeu a ocorrência, por volta de 0h36, o veículo modelo Cross Fox preto, placa JXL 4048, colidiu com o Honda Civic prata, placa JWR 7625, e

capotou.De acordo com o tenente

Janderson Lopes, do Corpo de Bombeiros, o motorista do Cross Fox não teve feri-mentos graves e o condutor do Honda, Edilson Alves de Sousa, teve apenas escoria-ções. Ambos foram socorri-dos pelo Serviço de Atendi-mento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados ao hospital e pronto-socorro João Lúcio, na Zona Leste da cidade.

O tenente informou ainda que a avenida Visconde de Porto Alegre foi lavada devi-do ao derramamento de óleo e cacos de vidros espalhados pelo chão.

ZONA SUL

Motorista foi resgatado sem ferimentos após o acidente

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A demolição realizada no local, com apoio da Secreta-ria Municipal de Infraestrtura (Seminf), limitou-se à retirada do piso de cimento instalado, sem licença, na área.

A rede de drenagem que cruza a área receberá servi-ços de manutenção por parte da Seminf para solucionar o problema de erosão ob-servado, preparando-a para

receber a creche que consta dos Planos de Investimento da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustenta-bilidade (Semmas) informa, também, que encaminhará hoje uma equipe técnica ao local da queda da árvore para averiguar a situação da área. Segundo os técnicos do De-

partamento de Arborização e Paisagismo, a impermea-bilização do solo – como o ocorrido com a construção da aguada de cimento - pode causar danos, pela dificuldade de infiltração da água, en-fraquecimento das raízes e o aumento do escoamento da agua para o igarapé, mas a confirmação da causa só poderá ser feita in loco.

Local de queda é área institucional

No local da queda da árvore no Parque 10, moradores responsabilizaram a prefeitura municipal

MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

Bombeiros localizam corpos de desaparecidos no rio

Após intenso trabalho, os bombeiros encontraram na tarde do último sábado (10), as três vítimas fatais do aciden-te envolvendo duas embarca-ções que colidiram na noite de sexta-feira (9), entre a marina Rio Belo e marina do Davi, rio Negro, em Manaus.

De acordo com o tenen-te Janderson Lopes, do Cor-po de Bombeiros, entre as vítimas estão um homem e duas mulheres, porém até o momento, apenas o rapaz foi identificado. Trata-se de Marck de Menezes Torres, 34. As duas moças permaneciam até a tarde de ontem sem identificação. Os corpos foram entregues ao Instituto Médico

Legal (IML), onde ficarão à espera de familiares que pos-sam resgatá-los para o devido velório e sepultamento.

De acordo com nota do Co-mando do 9º Distrito Naval da Marinha do Brasil, o acidente correu por volta de 19h40 de sexta-feira (9), quando a em-barcação Ajubinho 2, que tinha acabado de abastecer num Pontão, retornava a Manaus e colidiu frontalmente com uma outra embarcação menor, do tipo rabeta.

Sete pessoas estavam na rabeta, sendo quatro homens e três mulheres. Quatro foram atendidas por uma ambulân-cia do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

EMBARCAÇÕES

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Page 8: EM TEMPO - 12 de janeiro de 2015

A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

Chegada da Kamélia abre Carnaval 2015 em ManausRecepção da boneca negra de 3 metros de altura aconteceu na noite do último sábado (10) no aeroporto Eduardo Gomes

Os festejos carna-valescos de 2015 foram abertos ofi-cialmente na noite

do último sábado (10) com a chegada da Kamélia, per-sonagem tradiconal do Car-naval amazonense. As chaves da cidade foram entregues à boneca no aeroporto interna-cional Eduardo Gomes pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. A tradição de recepcionar a Kamélia acon-tece desde 1938.

Este ano, além dos tradi-cionais bonecos do Zé Pereira e da Jardineira, a Kamélia também veio acompanhada de um boneco representando o prefeito.

Para Arthur Neto, a chegada é muito importante e mantém vivas as tradições carnava-lescas de Manaus, que vem resgatando sua história.

“É uma tradição nossa. Mi-nha mãe já falava da Kamé-lia e meu neto também já conhece. Devemos cultivar as boas tradições e o que é bom devemos manter e fa-zer disso nosso patrimônio”, disse o prefeito.

Ao lado da diretoria da Kamélia estavam presentes representantes de outras es-colas de samba de Manaus, o

Rei Momo e os demais perso-nagens carnavalescos. Todos fizeram uma grande festa no saguão do aeroporto e, juntos com o prefeito, recepciona-ram a Kamélia, que chegou a atrair olhares dos turistas e de visitantes mais curiosos recém chegados.

De acordo com Almério Bo-telho, presidente do Olímpico

Clube, a Kamélia está recu-perando a tradição de abrir as folias de Momo e continua sendo o símbolo maior do car-naval. “Dá um grande traba-lho, mas é gratificante ver que a Kamélia está retomando seu lugar no Carnaval. Hoje, como único símbolo vivo do Carnaval amazonense, busca ressuscitar os carnavais de clubes que tanto encantaram

Manaus”, afirmou.Depois de ser recebida pela

comitiva, a Kamélia desfilou pela cidade em carro aberto do Corpo de Bombeiros. “É divertido brincar neste perí-odo, mas não podemos dei-xar de ter responsabilidade. Devemos lembrar que temos família em casa. Então, é bom sempre ter esta consciência. Que todos nós tenhamos um bom carnaval”, assinalou Ar-thur Neto.

HistóriaA chegada da boneca negra

Kamélia abre oficialmente o Carnaval de Manaus desde 1938, ano da fundação do Olímpico. Todos os anos a Kamélia desfila em uma car-reata pelas principais vias da capital amazonense em direção ao botequim que leva seu nome, na avenida Cons-tantino Nery, onde acontece uma roda de samba de raiz ao longo da madrugada.

A boneca mede cerca de 3 metros de altura e pesa 22 quilos, vestida no estilo baiana. Na sua coroa apare-cem os cinco aros do Olím-pico Clube, que simbolizam os cinco continentes, nas cores amarelo, azul, preto, verde e vermelho.

ALEX

PAZ

ZUEL

O/S

EMCO

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Este ano a Kamélia veio acompanhada dos bonecos tradicionais e de um representando o prefeito

TRADIÇÃOA chegada da boneca negra Kamélia abre oficialmente o carna-val de Manaus desde 1938, ano da fundação do Olímpico Clube. To-dos os anos a Kamélia desfila em uma carrea-ta pelas ruas da cidade

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plateia@emtempoºcomºbrMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015 (92) 3090-1042

Companhia nega ‘drible’ no TCURio de Janeiro - A Petro-

bras negou, ontem, a exis-tência de sociedades de Propósito Específico (SPE), do tipo projeto estruturado (project finance), constitu-ídas pela companhia, que represente uma rede de empresas paralelas criadas para evitar a fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), conforme foi publicado em matéria do jornal carioca O Globo, na edição de domingo.

Em nota distribuida pela sua assessoria de comuni-cação, a empresa refutou o título da matéria “Petrobras Paralela” e a expressão “rede de empresas”. A companhia

classifi cou como termo pejo-rativo e de duplo sentido.

“Não se trata de uma rede de empresas, pois não há relação entre as SPEs. Uma SPE, constituí-da segundo um modelo de negócio utilizado nacional e mundialmente, de projeto estruturado, como já infor-mamos reiteradamente ao referido jornal, é uma em-presa com objetivo espe-cífico de captar recursos para implantação de um projeto e de individualizar custos, receitas e resulta-dos, permitindo uma visão clara do negócio e a percep-ção dos riscos, aos sócios e potenciais financiadores.

A Petrobras vem utilizan-do esse mesmo modelo de negócio desde 1999, com grande êxito”, explicou a nota. “Não há um pronun-ciamento definitivo do TCU acerca da necessidade das SPEs, em que a Petrobras não tenha participação acionária, observarem o regime jurídico aplicável à companhia”, completou.

DescontroleA Petrobras contestou ain-

da a defi nição de expansão descontrolada na criação das SPEs. “Pelo contrário, todas as SPEs foram criadas com objetivos específi cos e bem defi nidos, na medida da ne-

cessidade a sua época, como uma prática de mercado lar-gamente utilizada nacional e mundialmente e sujeitas à legislação aplicável,”, disse por meio da nota.

A nota termina com a in-formação de que a empresa vem colaborando plenamen-te com as investigações da Operação Lava Jato e aten-dendo a todas as solicita-ções do TCU, do Ministério Público e da Polícia Federal, sem criar obstáculos para o bom andamento dos traba-lhos desses órgãos. “E isso tem sido repetidas vezes informado pelas autorida-des que representam esses organismos”, concluiu.Petrobras disse colaborar com investigações da Lava Jato

PETROBRAS

Unicamp registra 11% de abstenção de candidatosDos 15.444 aprovados na fase inicial, quase 1,7 mil faltaram à primeira prova da segunda fase do vestibular da universidade

As provas, que são realizadas em 18 cidades do Estado de São Paulo, seguem hoje com exames sobre matemática, história e geografi a e amanhã as matérias são física, química e biologia

São Paulo - A primeira prova da segunda fase do vestibular da Uni-camp registrou 11% de

abstenção, ontem. O número foi divulgado pela Comissão Per-manente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) e fi cou abaixo dos dois últimos anos. Em 2014 a abstenção foi de 11,3% e em 2013 de 12,2%.

Dos 15.444 aprovados para a segunda fase, 1.699 não com-pareceram. Em São Paulo a abstenção foi de 11,5%, e em Campinas, de 9,3%. As provas podem ser conferidas na pá-gina da Comvest (http://www.comvest.unicamp.br/). As res-postas das provas da segunda fase serão divulgadas na inter-net, a partir de quarta-feira.

Os candidatos fi zeram, on-tem, duas provas: redação e língua portuguesa e literaturas

de língua portuguesa. Hoje, os candidatos fazem as provas de matemática, história e geogra-fi a. Amanhã é a vez das provas de física, química e biologia.

As provas da segunda fase são realizadas em 18 cidades. Os candidatos concorrem a 3.320 vagas em 70 cursos de graduação da Unicamp. Este ano, a Comvest registrou número recorde de inscritos no vestibular Unicamp 2015: 77.146 candidatos.

Na segunda fase, a duração das provas é de quatro horas. Ela é constituída de provas idênticas para todos os can-didatos, com questões disser-tativas. Cada uma das provas é composta de seis questões, com exceção da Redação.

As provas têm a seguinte distribuição: Prova de re-dação (composta por duas

propostas de textos a serem desenvolvidas pelos candida-tos) e prova de língua portu-guesa e literaturas de língua portuguesa, no primeiro dia

(11). Prova de matemática, prova de história e prova de geografi a, no segundo dia (12). E prova de física, prova de química e prova de biolo-

gia, no terceiro dia (13).

OrientaçõesA orientação é para que

os candidatos cheguem ao local de prova às 12h, já que o acesso aos locais de prova só será permitido até as 13h impreterivelmente.

Na segunda fase, os candi-datos deverão levar o original do documento de identidade indicado na inscrição, caneta preta em material transpa-rente, lápis preto e borracha. Será permitido o uso de régua transparente e compasso.

É vedada a utilização de apa-relhos celulares ou quaisquer outros equipamentos eletrô-nicos, relógios digitais, corre-tivo líquido, lapiseira, caneta marca texto, bandana/lenço, boné, chapéu, ou outros ma-teriais estranhos à prova.

Para evitar fraudes du-rante o processo das pro-vas da Unicamp 2015, a Comvest fornecerá emba-lagens nas quais o candida-to deverá guardar o apare-lho celular desligado.

Segundo a Comvest, ao entrar na sala de prova e receber a embalagem, o candidato deverá desli-gar imediatamente o apa-relho celular e colocá-lo na embalagem. Os can-didatos devem retirar os celulares das embalagens somente após saírem do prédio onde fez a prova.

A Comvest informou que

as provas de habilidades específicas, para os cur-sos de arquitetura e urba-nismo, artes cênicas, ar-tes visuais e dança serão realizadas em Campinas entre os dias 19 e 22 de janeiro de 2015.

De acordo com a Comvest, a primeira cha-mada será divulgada dia 2 de fevereiro e os convo-cados nesta chamada de-verão efetivar a matrícula não presencial nos dia 3 ou 4 de fevereiro, exclu-sivamente na página ele-trônica da Comvest, em formulário específico.

Embalagens contra fraudes

TEMPONa próxima fase, a Comvest autorizará o candidato a usar relógio analógico para controlar o tempo. Ou-tros tipos de relógios devem fi car no chão, ao lado da carteira apenas para consultar a hora

Página B2

Táxi-lotação é vetado em São Paulo

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B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

‘Táxi-lotação’ é vetado em São Paulo por HaddadAprovada pela Câmara Municipal no ano passado, a lei previa o uso do táxi por mais de uma pessoa com tarifa individual

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernan-do Haddad (PT), vetou a criação de um sis-

tema de táxi compartilhado na capital paulista. Aprovado em dezembro do ano passa-do pela Câmara Municipal, o projeto de lei previa o com-partilhamento de um mesmo táxi por duas ou mais pessoas, que pagariam uma tarifa fixa individual. Os veículos percor-reriam uma rota preestabele-cida e poderiam pegar outros passageiros pelo caminho.

Nas razões de veto, Haddad afirmou que a proposta poderia trazer de volta as lotações clandestinas que operavam no município nos anos 90, sem que houvesse melhora nas condi-ções de mobilidade urbana. O texto foi publicado no “Diário Oficial da Cidade de São Paulo” do úlitmo sábado.

“No final da década de 90, grande parte dos táxis-lo-tação transformaram-se em ‘vans de lotação’, muitas de-las clandestinas, as quais, em razão da similaridade de-corrente de linhas e trajetos predefinidos, acabaram por competir com o sistema re-gular de transporte coletivo, não tendo tal modalidade se mostrado eficaz à otimiza-

ção dos serviços de táxi nem tampouco ao aprimoramen-to das condições de mobili-dade urbana”, diz o veto.

Apresentado pelo vereador Ricardo Young (PPS), o projeto de lei previa que os táxis par-tiriam de locais com grande quantidade de passageiros - como estações metrô e shop-pings - e funcionariam de for-ma complementar ao sistema de transporte público.

Na avaliação de Haddad, contudo, o compartilhamento de táxi “desvirtua” as caracte-rísticas do transporte individual e seria um “retrocesso” para o sistema de transporte coletivo. “Com efeito, a fixação de linhas, rotas e paradas durante o tra-jeto, como previsto no alvitrado Sistema de Táxi Compartilhado, desvirtua características essen-ciais do transporte individual de passageiros, especialmente a flexibilidade de itinerários e a equivalência da tarifa cobrada conforme o valor apontado no taxímetro, aproximando-o, ao revés, das categorias do trans-porte coletivo, a indicar que a instituição da medida pode representar um retrocesso à competição com os serviços do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros na Cida-de de São Paulo”, afirmou. Para Haddad, o compartilhamento “desvirtua” as características de transporte individual e prejudica a flexibilidade de itinerários

Arrastões e furtos no domingo de sol do Rio

Rio de Janeiro - Domingo de sol de ontem, no Rio de Janeiro, quando a sensação térmica alcançou 45ºC, as praias do Arpoador e de Ipa-nema, Zona Sul da cidade, registraram uma série de fur-tos e pequenos arrastões.

No Arpoador, nem a pre-sença de inúmeros policiais - da Guarda Municipal, do Grupamento de Operações Policiais (GOE), e do Bata-lhão de Choque - inibiu os ladrões, entre eles muitos menores de idade. A repor-tagem testemunhou cinco roubos num período de duas horas, uma média de um a cada 24 minutos.

O colombiano Juan Carlos García teve seu celular rou-bado da mão de sua filha de sete anos. Ele identificou o suposto ladrão, um menino de 12 anos que havia sido detido pela polícia, mas não quis dar queixa na delegacia. “Ele roubou o telefone da mão da minha filha, saiu correndo e o

entregou para outro menino”, disse o turista.

Em outro caso de roubo, a vítima, um homem de cerca de 50 anos que não quis se identificar, perseguiu o ladrão e conseguiu detê-lo. Ele agrediu o homem, dando um tapa em seu rosto e o xingando, enquanto policiais assistiam. Depois que a víti-ma recuperou o cordão que havia sido levado, os PMs levaram o assaltante para a 14ª DP (Leblon).

Tipicamente, quando ocor-rem roubos como esse, a po-lícia vê o suspeito correndo e acontece uma perseguição na areia. Os banhistas, acostu-mados, não reagem. “Isto aqui é terra de ninguém”, disse um dono de barraca que não quis se identificar. Segundo poli-ciais ouvidos pela reportagem, essa série de “pequenos furtos em grupo” acontece rotineira-mente. Os agentes afirmaram que não classificam tais ações como “arrastão.”

PRAIAARIANO SUASSUNA

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Homenagem com imagens e showsSão Paulo - Morto em

julho do ano passado, vítima de uma parada cardíaca, o escritor paraibano Ariano Suassuna ganha homena-gem em São Paulo, este mês, com o encerramento do pro-jeto Ariano Suassuna – Arte como Missão. O ciclo de filmes e a exposição ocorrem na Caixa Cultural, no centro da capital paulista. O mos-tra traz ciclo de filmes (com a cobrança simbólica de R$ 1), exposição de fotogra-fias de Alexandre Nóbrega (gratuita) e também uma aula-espetáculo conduzida por Antonio Nóbrega (tam-bém por R$ 1).

O projeto foi idealizado por Elias Sabbag e Mar-cos Azevedo e a primeira apresentação ocorreu em Brasília, em 2013. Depois disso, o projeto passou por Fortaleza, Rio de Ja-neiro, Recife, Salvador e Curitiba, na maioria delas com a presença do pró-

prio Suassuna conduzindo as aulas-espetáculos. “O projeto consiste basica-mente na aula-espetáculo feita durante boa parte do tempo pelo próprio Suas-suna, uma exposição feita

especialmente para o pro-jeto e um ciclo de filmes”, explicou Sabbag em entre-vista à Agência Brasil.

A aula-espetáculo, expli-cou Sabbag, foi uma ideia criada pelo próprio Suassu-na, em 1995, quando ele

era secretário de Cultura de Pernambuco. “Ele fazia suas apresentações públicas so-zinho, falando sobre cultura brasileira ou fazia isso acom-panhado de grupos musicais ou de dança. Em ambos os casos ele chamava de aula-espetáculo porque sempre havia as explicações dele sobre o que estava sendo apresentado ou exemplifica-do pelos grupos de música e de dança”, disse.

InéditasA exposição, que reúne

fotografias inéditas assi-nadas por Alexandre Nó-brega, mostra o escritor visitando o interior da Pa-raíba e de Pernambuco e descansando em sua casa em Recife. Ela ocorre en-tre os dias 17 de janeiro e 22 de fevereiro. “São fotos que retratam Ariano inclusive nos cenários que compuseram a obra dele”, disse o idealizador.

PELÍCULASO ciclo de filmes inicia no dia 30 de janeiro e termina no dia 8 de fevereiro, mostrando películas que adapta-ram obras de Suassuna para o cinema ou a TV ou que documentam o escritor e seu trabalho

Alistamentovai até 30 de junho

O prazo para o alista-mento militar vai até 30 de junho para brasileiros do sexo masculino nascidos em 1997 e que completam 18 anos em 2015. Os jovens devem se apresentar à Jun-ta de Serviço Militar (JSM) municipal mais próxima. O alistamento militar é obri-gatório e independe de grau de escolaridade.

Os documentos necessá-rios são: Certidão de Nasci-mento ou equivalente (identi-dade, Carteira de Habilitação ou de trabalho), comprovante de residência, foto 3x4 recen-te, de frente e sem retoques. No caso de ser naturalizado, o interessado deve levar a prova de naturalização ou certidão do termo de opção. Também existe a opção de pré-alistamento, que visa a acelerar o processo, para que o cidadão permaneça o míni-mo de tempo na JSM.

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Nem mesmo a presença da polícia inibiu a ação dos ladrões

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B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

Caixas-pretas de aeronave da AirAsia são localizadasDispositivos, entretanto, ainda não puderam ser recuperados, pois estavam sob os escombros do avião no fundo do mar

Buscas na região do mar de Java levaram à localização das caixas-pretas da aeronave, mas recuperação ainda não foi possível

Mergulhadores que participam do resgate do avião da AirAsia que

caiu no mar de Java em 28 de dezembro encontraram as caixas-pretas da aero-nave ontem. Entretanto, os dispositivos ainda não pude-ram ser recuperados, disse o ministério de Transportes da Indonésia.

“Os mergulhadores da Marinha encontraram este instrumento tão impor-tante, as caixas-pretas do AirAsia QZ8501”, disse o porta-voz do ministério, Tonny Budiono, que acres-centou que a recuperação dos dispositivos não foi possível porque eles se en-contram sob os escombros do avião em si.

Mais cedo, autoridades indonésias já haviam infor-mado que acreditavam ter encontrado a fuselagem do avião e informaram que existia uma “grande possi-bilidade” que os dispositivos estivessem por perto.

“Se for o corpo do avião, então vamos primeiro reti-rar as vítimas. Depois va-mos buscar pelas caixas-pretas”, disse à agência de notícias Reuters Supriyadi,

coordenador das operações para a Agência Nacional de Busca e Resgate.

A aeronave caiu no mar de Java em 28 de dezembro de 2014, quando ia de Surabaia (Indonésia) a Cingapura.

Desde então, buscas pelas caixas-pretas e pelos corpos dos passageiros têm sido feitas incessantemente na

região, mas o mau tempo as tem prejudicado.

Até ontem, 48 cadáveres de ocupantes da aeronave haviam sido recuperados.

No sábado (10) a cau-da do avião foi recuperada a cerca de um quilômetro do local onde sinais fra-cos e intermitentes emi-tidos pelas caixas-pretas foram identificados.

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Explosão aconteceu em mercado da cidade de Maiduguri

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IRAQUE

População foge durante bombardeios da coalizão em Mossul

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Bombardeios em Mossul matam 87 jihadistas do EI

Pelo menos 87 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) morreram ontem em bombardeios da coalizão internacional liderada pelos EUA e em enfrentamentos com as forças curdas na ci-dade de Mossul e arredores, no norte do Iraque.

Também houve conflitos entre o Estado Islâmico e curdos na região de Sultan Abdullah, 50 quilômetros ao sul de Mossul, e conseguiram tomar seu controle após du-ros enfrentamentos com as forças curdas e iraquianas, assim como com milicianos tribais, revelou à Agência Efe uma fonte. Do lado dos cur-dos, ao menos 30 pessoas teriam morrido.

Após a retirada das forças governamentais quando os

jihadistas tomaram a ci-dade, em junho, aviões da coalizão internacional, lide-rada pelos Estados Unidos, bombardeiam a área.

A confronto começou no sábado (10), com os extre-mistas se aproximando de Gwer, nos arredores da ci-dade de Mosul, disse Hal-gurd Hekmat, porta-voz das forças curdas iraquianas em Irbil, capital regional curda.

Mossul é a segunda maior cidade do Iraque e foi con-quistada pelos jihadistas em junho. Junto com Raqqa, na Síria, é um dos maiores bas-tiões da milícia radical.

O grupo pretende ins-taurar um Califado na região e já conquistou áreas importantes do Iraque e da Síria.

LÍBANO

Ataques suicidas causam oito mortes em Trípoli

Um duplo ataque suicida matou oito pessoas e feriu outras 35 na noite de sába-do (10) num café da cidade de Trípoli, no Líbano.

Segundo a agência libane-sa ANN, um primeiro suicida detonou os seus explosivos e, quando várias pessoas se aproximaram do local do atentado, outro homem também se explodiu.

Os criminosos foram identificados como Taha Samir Kayyal e Bilal Mo-hammed Ibrahim, ambos da região de Mankubin, perto de Tríploi, ainda de acordo com a agência.

O ministro do Interior libanês, Nohad Machnouk, disse que o atentado foi realizado pelo Estado Islâ-mico, o que vai de encontro à declaração da Frente al-Nusra, grupo ligado à Al Qa-eda que atua na Síria, que havia reivindicado a autoria do ataque no sábado.

“As informações iniciais dão conta de que foi um ato do Estado Islâmico”, disse.

Machnouk também afir-mou que ele espera que a guerra civil Síria crie mais instabilidade dentro do Líbano.

Recentemente, em ati-tude inédita, o país come-çou a exigir vistos para a entrada de sírios.

Uma conta ligada ao gru-po afirmou no Twitter que o ataque foi para vingar sunitas no Líbano e na Síria - onde o grupo xiita libanês Hezbollah luta ao lado do regime Sírio.

As bombas explodiram num bairro alauíta - ver-tente dentro do xiismo, a

mesma seguida pelo di-tador sírio, Bashar al-As-sad - o que, segundo os libaneses, foi feito para incitar conflitos sectários em Trípoli, cidade predo-minantemente sunita.

AlertasOficiais de seguran-

ça do Líbano já haviam alertado para planos do Estado Islâmico e da Fren-te al-Nusra que visam de-sestabilizar o Líbano.

Trípoli, segunda maior ci-dade libanesa, é tida como particularmente vulnerável exatamente por causa da

maioria sunita - mesmo ramo do islã que os dois grupos terroristas seguem.

Em outubro de 2014, na última escalada de violência na cidade, 11 soldados e 22 extremistas foram mortos.

Em agosto do mesmo ano, houve um ataque da Frente al-Nusra e do Estado Islâ-mico em Arsa, cidade que faz fronteira com o Líba-no. Os extremistas ainda têm sob sua posse cerca de 20 membros das forças de seguranças libanesas por causa do episódio.

VIOLÊNCIAOs ataques aconte-ceram na noite de sábado (10) em um café da cidade de Trípoli. Dois homens-bomba detonaram seus explosivos, ma-taram oito pessoas e feriram outras 35

TRAGÉDIAA aeronave caiu no mar de Java em 28 de dezembro do ano pas-sado. As buscas pelas caixas-pretas e pelos corpos dos passageiros e tripulantes têm sido dificultadas pelo mau tempo na região

Menina é transformada em bomba em atentado

Pelo menos 20 pessoas morreram e 18 ficaram fe-ridas no último sábado (10), quando uma bomba presa ao corpo de uma menina de 10 anos explodiu em um mercado de Maiduguri, na Nigéria. A explosão ocorreu quando o mercado estava cheio de pessoas.

Nenhuma organização terrorista reivindicou o atentado, mas os mili-tantes do grupo Boko Ha-ram têm usado mulheres e meninas como bombas humanas para impor um estado islâmico na maior economia africana.

“A criança tinha mais ou menos dez anos e duvido muito que ela soubesse o que levava amarrado ao

corpo”, disse o vigilante civil, Ashiru Mustapha. Se-gundo ele, o artefato de-tonou quando os vigilantes faziam o controle de entra-da no mercado.

“O detetor de metais as-sinalou a presença de algo suspeito quando a menina foi revistada, mas, infe-lizmente, a explosão deu-se antes que ela pudesse ser isolada”, acrescentou, considerando ter “quase a certeza de que a bomba foi detonada por meio de um controle remoto”.

Em dezembro, outro ata-que no mesmo mercado 10 pessoas morreram, e na semana anterior mais de 45 pessoas foram mortas no mesmo local.

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B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

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Protesto contra terrorismoreúne 3,7 milhões na FrançaEm várias cidades, população e líderes mundiais protestaram contra os recentes ataques efetuados pelo Estado Islâmico

Sob forte esquema de segurança, milhares de pessoas partici-pam da marcha da

República ontem, em Paris.Segundo as agências de

notícias, o público superou 1,5 milhão de pessoas na capital francesa. Atos pa-ralelos em outras provín-cias reuniram pelo menos 2,2 milhões, totalizando 3,7 milhões em todo o país. Mais de 50 líderes mundiais es-tiveram na capital francesa para protestar contra o ter-rorismo. Entre eles, a alemã Angela Merkel, o palestino Mahmoud Abbas e o israelen-se Benjamin Netanyahu

Antes do início da passea-ta, o público reunido em torno da praça da República cantou a “Marselhesa”, o hino nacio-nal criado durante a Revolu-ção Francesa. Várias pessoas gritaram palavras de ordem, como “viva a França!”.

Em outra frente, ministros do Interior de diversos paí-ses europeus se reuniram em Paris para coordenar novas medidas para endurecer a luta contra o terrorismo.

A marcha histórica acon-teceu após ataque ao jornal “Charlie Hebdo” e do seques-

tro de reféns em um mer-cado judaico semana pas-sada. Essa série de eventos deixou 17 mortos.

“Capital do mundo”“Paris hoje é a capital

do mundo”, afirmou o pre-sidente francês François Hollande aos membros de seu gabinete reunidos no Palácio do Eliseu. A declara-ção ocorreu antes do início da “marcha republicana”.

A segurança foi reforçada e os metrôs ao longo dos percursos, fechados.

Além de Hollande, outros políticos franceses com-pareceram ao ato, como o primeiro-ministro Manuel Valls e a prefeita de Paris, Anna Hidalgo e o ex-presi-dente Nicolas Sarkozy, além de vários ministros.

O partido de extrema-direi-ta Frente Nacional, presidido por Marine Le Pen, entre-tanto, não participou e iria se manifestar em cidades e departamentos onde têm base eleitoral forte. Le Pen o faria em Beaucaire, no sudeste do país.

O Brasil foi representa-do por seu embaixador em Paris, José Bustani.

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Franceses tomaram ontem as ruas de Paris manifestando-se contra o terrorismo após ataques ao jornal “Charlie Hebdo”

Em vídeo divulgado na in-ternet ontem, Amedy Couli-baly reivindicou ter assas-sinado a policial Clarissa Jean-Philippe na quinta (8), em Montrouge.

Coulibaly também é res-ponsável pela invasão de um supermercado judeu em Paris, onde manteve pesso-as sob seu poder.

Ele acabou morto na ação policial que invadiu o esta-belecimento, assim como quatro dos reféns.

Na filmagem, o homem diz ter cometido o crime “em nome do Estado Islâ-mico (EI)” e assegura ter coordenado suas ações com os irmãos Said e Chérif Kouachi, responsáveis pela morte de 12 pessoas no ataque à sede do jornal satírico “Charlie Hebdo”.

Segundo ele, as ações fo-ram tomadas em conjunto para ter mais impacto.

O vídeo -no qual Coulibaly se identifica como Abu Basir

Abdala al Ifriqi - mostra o terrorista cercado por ar-mas automáticas enquanto fala francês e árabe e tenta justificar os atentados.

Na gravação, ele ameça os países que fazem par-te da coalizão internacio-nal liderada pelos Estados Unidos que ataca a milícia radical Estado Islâmico no Iraque e na Síria. “Vocês atacam o Califado, vocês atacam o Estado Islâmico, nós atacamos vocês”.

Crime cometido em nome do EI

Amedy Colibaly assumiu o assassinato de uma policial francesa na última quinta-feira

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Um homem muçulmano que escondeu um grupo de clientes - um com um bebê - no congelador de um porão do supermercado kosher in-vadido pelo terrorista Amedy Coulibaly na sexta (9) tem sido tratado como um herói.

Lassana Bathily, 24, nascido no Mali e funcionário do esta-belecimento, foi elogiado por arriscar sua própria vida para salvar a de outras pessoas.

“Quando eles vieram cor-rendo, eu abri a porta do free-zer”, disse à TV francesa.

“Muitos vieram comigo. Eu apaguei a luz e desli-guei o congelador, coloquei eles dentro, fechei a porta e lhes pedi para que ficassem calmos. Eu disse ‘fiquem aí quietos, vou sair’”.

ConfundidoQuando conseguiu esca-

par por meio de um eleva-dor de mercadorias, Bathily foi confundido pela polícia, que pensou se tratar de um cúmplice de Coulibaly.

“Eles me disseram ‘deite-se no chão, mãos na cabeça’. Me

algemaram e me detiveram por uma hora e meia, como se eu estivesse com os terro-ristas”, contou.

AgradecimentosDepois do tiroteio e da inva-

são policial ao supermercado, Bathily conta que muitos dos clientes vieram apertar sua

mão. “Quando eles saíram, me agradeceram”, completou.

Assim que a notícia so-bre Bathily foi divulgada, muitas pessoas expressa-ram por meio das redes sociais o desejo de que o jovem malinês seja oficial-

mente reconhecido por sua coragem.

Um dos salvos por Ba-thily, Johan Dorre, 36, que tem quatro filhos, conseguiu ligar para seu tio e disse que estava escondido dois andares abaixo do nível da rua. Jacob Karotza, outro tio do homem, disse que “Johan e os outros estavam com medo de que o terrorista os des-cobrisse e tiveram de ficar amontoados como animais para evitar hipotermia”.

DesfechoO desfecho do episódio, po-

rém, foi trágico. Quatro dos reféns acabaram morrendo. Coulibaly também morreu após uma troca de tiros quan-do a polícia invadiu o local.

Quase ao mesmo tempo, forças de ordem francesas também invadiam uma grá-fica onde os irmãos Said e Chérif Kouachi, autores do atentado ao jornal “Charlie Hebdo” – que deixou 12 mor-tos na quarta (7) – estavam entrincheirados. Os terroris-tas foram abatidos.

Muçulmano é reconhecido herói

ELOGIOSLassana Bathily, nas-cido no Mali, escondeu um grupo de clientes da loja onde trabalha, invadida pelo terroris-ta Amedy Coulibaly na sexta-feira (8), o que lhe rendeu tratamento como herói

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Page 13: EM TEMPO - 12 de janeiro de 2015

B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

Musa de Fellini morre aos 83 anosSÃO PAULO, SP – A

atriz sueca Anita Ekberg, musa do cineasta italiano Federico Fellini e famosa por seu banho na Fonte de Trevi em “A doce vida” (1960), morreu ontem em Roma aos 83 anos.

Sua morte aconteceu às 10h30 (locais, 7h30 em Bra-sília) na clínica San Raff aele i Rocca di Papa, na zona de “Castelli Romani”, a cerca de 30 quilômetros ao sul da ca-pital italiana.

Sueca de nascimento, Ek-ber vivia há muitos anos em Genzano, uma vila da cidade romana de Montegiove. Kers-

tin Anita Marianne Ekberg, seu nome real, nasceu na cidade sueca de Malmo em 29 de setembro de 1931, a sexta de oito irmãos.

Com suas curvas exuberan-tes e longos cabelos loiros, se tornou Miss Suécia aos 19 anos, em 1950. Ela viajou para os Estados Unidos para concorrer ao Miss Universo, mas não ganhou. No entanto o evento abriu as portas de Hollywood para ela, onde aca-bou interpretando somente papéis menores.

Seria Federico Fellini, em 1960, o encarregado de transformá-la em um ícone

de sensualidade com o papel de Silvia no fi lme “A doce vida”, uma das obras-primas do neo-realismo italiano e uma peça fundamental na história do cinema.

CarreiraEm Hollywood, fez fil-

mes como “Guerra e paz” e “Artistas e modelos”, com Jerry Lewis, além de atuar ao lado de Bob Hope em uma turnê pelo país.

Em 1960, ganha o papel que marcaria sua carreira em “A doce vida”, onde aparece na famosa cena da Fonte de Tre-vi ao lado de Mastroianni.

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A atriz Anita Ekberg na clássica cena do banho na Fonte de Trevi, em “A doce vida”, de Fellini

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AÇÃO

Rock in Rio celebra 30 anosEvento que colocou o Brasil no cenário dos grandes shows mundiais será realizado pela primeira vez nos EUA, em maio, e, em setembro, ganhará mais uma edição brasileira na Cidade do Rock, com shows de A-Ha e System of a Down

O ano era 1985. A data precisa, de 11 a 20 de janeiro. O Brasil passava por

grandes transformações após um longo período sob dita-dura militar e seguia rumo à democracia. Foi em meio a mudanças e neste cenário que nasceu o Rock in Rio. E lá se vão 30 anos. Em um terreno pantanoso de 250 mil metros quadrados, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, durante dez dias, 1.380.000 pessoas assistiram o que viria a ser hoje o maior festival de música e entretenimento do mundo – mas, na época, ninguém ain-da sabia disso. Era a primeira vez que um país da América do Sul sediava um evento musical desta proporção.

Tudo era novo. A estrutura de som e luz contou com um sistema extremamente mo-derno para a época. Um dos símbolos do Rock in Rio, aliás, é que foi ali, em 1985, que uma plateia foi iluminada pela primeira vez, no mundo, na história dos shows.

AtraçõesEra um período em que a

contratação de artistas in-ternacionais era extremante delicada. Mas, ainda assim, a primeira edição do Rock in Rio contou com nomes consa-grados em sua programação.

Nomes que, para aquela épo-ca, não estariam em palcos do Brasil: Queen, AC/DC, James Taylor, George Benson, Rod Stewart, Yes, Ozzy Osbourne e Iron Maiden foram alguns dos grandes artistas que su-biram ao palco deste festival. Isso sem falar nas principais estrelas da música nacional da época, como Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Rita Lee, Elba Ramalho, além de uma nova geração do rock nacional, que incluía Paralamas do Sucesso, Blitz, Kid Abelha e Barão Ver-melho e que ganhou destaque a partir de duas apresenta-ções no Rock in Rio.

“Não foi fácil realizar o Rock in Rio há 30 anos. Era um sonho que tive que batalhar muito para concretizar. Bati de porta em porta e venci inúmeras barreiras para trazer para o público algo diferente, algo que mudasse a história da música do país. Mas o evento foi além e mudou também a história das pessoas. Mais de um milhão de pessoas presentes no evento, naquela ocasião, têm histórias para contar e celebram o Rock in Rio até hoje em suas vidas. Me emociona ouvir o que cada um me conta. Percebo que o festival passa de geração para geração e isso é mui-to impactante”, ressalta o empresário Roberto Medina, idealizador do festival.

Momentos emblemáticos marcam a história do Rock in Rio. Em 1985, Freddie Mercury, do Queen, fi cou tão impressio-nado com o coro do público durante a canção “Love of my life” que decidiu reger a plateia. A própria banda citou aquela experiência como um dos mais belos momentos da história do grupo.

Ainda em 85, a banda aus-

traliana AC/DC deixou bem claro que só tocaria no Brasil se pudesse trazer um gigan-tesco sino de 1,5 tonelada, usado na música “Hell’s bells”. A produção do Rock in Rio aceitou o desafi o e trouxe o sino de navio. Mas aconteceu o que ninguém esperava: o palco não suportava o peso do sino. No fi m, o AC/DC subiu no palco com uma réplica

de gesso, confeccionada pela produção do festival.

Recém-encerrado o regime militar, no dia do show do Ba-rão Vermelho havia sido eleito no Brasil o primeiro presidente civil depois da ditadura, Tan-credo Neves. Nesta data, a música “Pro dia nascer feliz”, caiu como uma luva e trouxe mais um momento histórico para o festival.

Protagonistas de momentos históricos

Ao longo dos anos, o Rock in Rio levantou voo e foi para a Europa. Em maio de 2004, Lis-boa, em Portugal, viu nascer a sua própria Cidade do Rock. Em junho de 2008 foi a vez de Madri, na Espanha, também ter o seu Rock in Rio.

O ano de 2015 é o ano em que o festival completa 30 anos e a festa acontecerá ao longo de todos os meses. É o ano também que marca a chegada do festival aos Es-tados Unidos. Em setembro, nos dias 18, 19, 20, 24, 25,

26 e 27, mais uma edição do Rock in Rio no Brasil, a sexta, que será realizada na Cidade do Rock do Rio de Janeiro (Parque dos Atletas), onde o festival nasceu. As atrações iniciais incluem Katy Perry, A-Ha, System Of a Down e Queens of the Stone Age.

O Rock in Rio USA vai tomar a Strip de Las Vegas pela primeira vez nos dias 8 a 9 e 15 a 16 de maio de 2015. O line-up já inclui Metallica, Linkin Park, Ed Sheeran e Maná.

Marca é mantida nas edições europeias

Grupo Queens of the Stone Age confi rmado em setembro

Ao longo de 30 anos, já foram realizadas

14 edições com a presença de 7,5

milhões de pessoas

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A banda britânica Queen

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Page 14: EM TEMPO - 12 de janeiro de 2015

B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

GLOBO

Programação de TVSBT

6h15 Balanço Geral7h45 Fala Brasil9h Hoje Em Dia11h Magazine12h Alô Amazonas13h30 Programa da Tarde16h20 Cidade Alerta17h55 A Crítica na TV18h40 Jornal da Record

4h Café com Jornal SP5h30 Nosso Tempo6h Café com Jornal – Edição Brasil7h30 Dia Dia9h Jogo Aberto11h05 Exija Seus Direitos12h Câmera 1313h Cidade Urgente14h Os Simpsons15h45 Brasil Urgente – Edição Regional16h15 Brasil Urgente – Edição Nacional17h50 Band Cidade18h20 Jornal da Band19h25 Show da Fé20h20 Glee21h05 Os Simpsons21h30 The Walking Dead23h10 Jornal da Noite0h Que Fim Levou? – Boletim0h05 Band Folia – Boletim0h10 Filhos da Anarquia1h50 Igreja Universal

5h Notícias da Manhã6h Igreja Universal7h Notícias da Manhã8h Bom Dia & Cia.10h Waisser10h50 Programa Agora12h25 Programa Livre13h15 Casos de Família14h15 Esmeralda15h15 Sortilégio16h A Feia Mais Bela17h20 Jornal EM TEMPO17h45 SBT Brasil18h30 Chiquititas19h15 Rebelde20h15 Seriado21h Programa do Ratinho22h Esse Artista Sou Eu23h The Noite com Danilo Gentili0h Jornal do SBT0h45 Okay Pessoal1h45 Segurança Agora2h15 Programa Big Bang4h Igreja Universal

RECORD

5h Hora Um6h Bom Dia Amazônia7h30 Bom Dia Brasil9h Mais Você10h20 Bem Estar10h55 Encontro com Fátima Bernardes12h Amazonas TV

CruzadinhasCinema

A Noite da Virada: BRA. 12 anos. Playarte 2 – 19h20, 21h20 (diaria-mente), 23h20 (somente sexta-feira e sábado).

Os Caras de Pau: BRA. 10 anos. Cinemark 8 – 11h50, 14h, 16h30, 19h, 21h15 (diariamente), 23h40 (so-mente sábado); Cinépolis Millennium 6 – 15h40, 17h55, 20h10, 22h20 (diariamente), Cinépolis Millennium 7 – 18h45, 20h50 (diariamente), Ciné-polis Plaza 7 – 16h20, 18h30, 20h35, 22h30 (diariamente), Cinépolis Plaza 8 – 13h45, 15h45, 17h50, 19h50 (dia-riamente); Cinépolis Ponta Negra 9 – 13h30, 15h55, 18h45, 21h15 (diai-riamente); Kinoplex 1 – 14h25, 16h50, 19h15, 21h40 (diariamente); Playarte 2 – 13h25, 15h25, 17h25 (diariamente), Playarte 8 – 14h15, 16h15, 18h15, 20h15 (diariamente), 22h15 (somente sexta-feira e sábado).

Êxodo – Deuses e Reis: ING-EUA.

14 anos. Cinemark 4 – 11h40, 17h30, 21h (diariamente), Cinemark 5 – 13h40, 16h50, 20h (dub/diariamente), 23h20 (dub/somente sábado); Cinépolis Mil-lennium 1 – 17h30, 20h35 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millennium 2 – 15h, 18h10, 21h20 (leg/diariamente), Cinépolis Millennium 3 – 22h (3D/dub/diariamente); Cinépolis Plaza 2 – 18h45, 21h55 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Plaza 7 – 13h55, 17h, 20h05 (dub/dia-riamente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 19h05, 22h20 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 2 – 14h05, 17h35, 21h35 (leg/diariamente), Ciné-polis Ponta Negra 4 – 21h30 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 5 – 18h30, 22h (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 10 – 19h30 (dub/diariamente); Kinoplex 3 – 15h, 18h, 21h (3D/dub/diariamente); Playarte 1 – 15h20, 20h40 (3D/dub/diariamente), 23h30 (3D/leg/somente sexta-feira e sábado), Playarte 5 – 12h20, 15h10, 18h, 20h55 (dub/diariamente), 23h45

CONTINUAÇÕES

HoróscopoÁRIES - 21/3 a 19/4 Levante a autoestima, algumas difi culdades no trabalho serão passageiras. Tenha paci-ência e conseguirá o que quer. Mantenha o bom humor e a simpatia para evitar fama de antissocial.

TOURO - 20/4 a 20/5 Aproveite este momento especial que mostra grande habilidade para lidar com as pesso-as. O tribuno com Saturno aponta que você poderá ajudar alguma pessoa próxima.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Saúde é um bem precioso. Sem ela não há energia e disponibilidade para realizações. Cuide-se mais, física e espiritualmente. Hoje as questões fi nanceiras estão enfatizadas. Mas aja com discernimento.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Foco no trabalho, no aprimoramento de habili-dades, mas também nas questões emocionais. Fazer bem feito depende de estar envolvido emocional e espiritualmente com o que faz.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Ao passado, a fase negativa já passou, agora é hora de levantar a cabeça e ir à busca dos seus sonhos. Por isso, se tiver calma agora, poderá colocar a vida em ordem.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Não perca tempo reclamando da sorte prin-cipalmente se trabalha por conta própria ou tem uma profi ssão liberal, não pode reclamar da sorte. É preciso cuidado com o excesso de ambição neste dia.

LIBRA - 23/9 a 22/10 O uso da criatividade será necessário para dar conta das tarefas mais complexas no trabalho neste momento em que os astros estão associados. Os aspectos positivos de Saturno pedem maior planejamento, na vida profi ssional.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Embora esteja difícil descansar, mas no fi m de semana não tem desculpa: faça um programa relaxante ou faça uma viagem com o seu amor. Faça programas culturais que poderá encontrar o par perfeito.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 No trabalho procure deixar as tensões de lado e empenhe-se naquilo que vale a pena, no seu progresso e conquistas. Procure se di-vertir com os amigos nas horas de folga.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Neste momento, seu desempenho profi ssio-nal está sendo avaliado sob todos os ângulos, embora você não tenha plena consciência disso, haja de com elegância e cuidado com o que vestir nos próximos dias.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Cuidado deve para não se deixar enganar, Vai estar mais sonhador do que o normal. A intuição vai ir além do lado prático da vida. Fazendo com que o foco se volte às coisas que realmente importam.

PEIXES - 19/2 a 20/3 Está na hora de colocar para fora sua capaci-dade de liderança, coragem, independência e poder pessoal para conseguir tudo. O que está buscando e deseja para sua vida.

Tom Cruise na aventura “Missão Impossível – Protocolo Fantasma”, atração da “Tela Quente”

PRÉ-ESTREIA

Os Pinguins de Madagascar: EUA. Livre. O público vai descobrir os segredos dos mais adoráveis e misteriosos pinguins do mundo da espionagem. Capitão, Kowalski, Rico e Recruta vão ter que juntar forças com uma agência de espiões, a Vento do Norte, liderada pelo Agente Secreto (a gente até podia contar o nome dele, mas aí... você sabe) para impedir que o vilão Dr. Otavius Brine consiga dominar o mundo. Cinemark 4 – 15h (3D/dub/somente quarta-feira); Cinépolis Millennium 1 – 13h, 15h20 (3D/dub/somente quarta-feira); Cinépolis Plaza 2 – 14h15, 16h30 (3D/dub/somente quarta-feira); Cinépolis Ponta Negra 5 – 14h, 16h15 (3D/dub/somente quarta-feira); Kinoplex 3 – 13h (3D/dub/somente quarta-feira), Kinoplex 5 – 17h50 (3D/somente quarta-feira).

DIVULGAÇÃO

(sub/somente sexta-feira e sábado).Operação Big Hero 6: EUA. Livre.

Cinemark 2 – 11h20, 13h50, 16h20 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 3 – 12h (3D/dub/somente sábado e domin-go), 14h40, 17h, 19h40 (3D/dub/diaria-mente), Cinépolis Millennium 7 – 13h40, 16h05 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 3 – 13h15, 15h40, 18h55 (dub/diaria-mente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 13h20, 16h (3D/dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 4 – 13h45, 16h30, 19h (3D/dub/diariamente); Kinoplex 5 – 13h20, 15h35 (3D/dub/diariamente); Playarte 1 – 13h, 18h20 (3D/dub/diariamente), Playarte 10 – 14h, 16h20, 18h40 (dub/diariamente).

Uma Noite no Museu 3 - O Segre-do da Tumba: EUA. Livre. Cinemark 1 – 11h10 (dub/exceto sábado e do-mingo), 13h30, 15h50, 18h20, 20h45 (dub/diariamente), Cinemark 3 – 12h20, 14h40, 17h15, 19h40 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 5 – 14h05, 16h35, 19h, 21h35 (dub/diariamente); Cinépolis

Plaza 6 – 12h45, 15h, 17h15, 19h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 6 – 13h, 17h55 (dub/diariamente), 15h30, 20h30 (leg/diariamente); Kinoplex 4 – 13h, 15h05, 17h25, 19h40, 21h55 (dub/dia-riamente); Playarte 6 – 12h50, 14h50, 16h50, 18h50, 20h50 (dub/diariamente), 22h50 (dub/somente sexta-feira e sába-do), Playarte 7 – 12h51, 14h51, 16h51, 18h51, 20h51 (dub/diariamente).

O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos: EUA. 10 anos. Cinemark 3 – 22h (dub/diairiamente); Cinépolis Plaza 3 – 21h15 (dub/diariamente); Cinépolis Pon-ta Negra 10 – 22h30 (leg/diariamente); Playarte 9 – 12h40, 15h30, 18h20, 21h05 (dub/diariamente), 23h50 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 10 – 21h (leg/diariamente), 23h45 (leg/somente sexta-feira e sábado).

Ouija – O Jogo dos Espíritos: EUA. 14 anos. Kinoplex 5 – 19h50, 21h50 (dub/diariamente).

12h47 Globo Esporte13h20 Jornal Hoje13h59 Vídeo Show14h43 Sessão da Tarde. Filme: Vovó...Zona16h20 Vale a Pena Ver de Novo: Cobras & Lagartos / Rei do Gado17h50 Malhação18h28 Novela: Boogie Oogie19h13 Jornal do Amazonas19h30 Jornal Nacional20h08 Novela: Alto Astral21h02 Novela: Império22h15 Tela Quente. Filme: Missão Impossível – Protocolo Fantasma0h08 Jornal da Globo0h40 Under The Dome – Prisão Invisível1h24 Corujão 1. Filme: Tempos de Paz2h47 Corujão 2. Filme: Turbulência 24h19 Mentes Criminosas

ESTREIA Loucas Pra Casar: BRA. 14 anos. Malu (Ingrid Guimarães), Lúcia (Suzana

Pires) e Maria (Tatá Werneck) encontraram o homem ideal e planejam se casar. Até que elas descobrem que esse homem, na verdade, é o mesmo: Samuel (Márcio Garcia), que vinha mantendo um namoro com todas elas nos últimos anos. As três terão que decidir se vão disputar entre si pela exclusi-vidade ou unir-se pela vingança. Cinemark 2 – 18h50, 21h30 (diariamente), Cinemark 7 – 12h50, 15h20, 17h50, 20h30 (diriamente), 23h (somente sábado); Cinépolis Millennium 4 – 13h20, 15h50, 18h30, 21h (diairiamen-te), Cinépolis Millennium 8 – 14h20, 16h50, 19h20, 21h50 (diariamente); Cinépolis Plaza 1 – 13h, 15h30, 18h, 20h25 (diariamente), Cinépolis Plaza 5 – 14h20, 16h45, 19h10, 21h35 (diariamente); Cinépolis Ponta Negra 3 – 14h30, 18h, 20h40 (diariamente), Cinépolis Ponta Negra 7 - 15h, 17h30, 20h (diariamente), Cinépolis Ponta Negra 8 – 14h30, 16h40, 19h15, 21h45 (diariamente), Cinépolis Ponta Negra 10 – 14h45, 17h (dub/diariamente); Kinoplex 2 – 14h10, 16h30, 18h50, 21h10 (diariamente); Playarte 3 – 13h20, 15h35, 17h50, 20h05 (diariamente), Playarte 4 – 13h21, 15h36, 17h51, 20h06 (diariamente), 22h21 (somente sexta-feira e sábado).

19h30 Todo Mundo Odeia o Chris21h30 Novela: Vitória22h30 Milagres de Jesus23h30 Repórter Record Investigação0h30 Série: Grimm (2ª Temporada Inédita)1h15 Programação IURD

BAND

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B7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015 Plateia

Sérgio [email protected]

Instagram: @sergiopromoter

“Será por meio da educação que ha-veremos de construir um Amazonas ain-da mais promissor e desenvolvido”. Com essas palavras, o governador José Melo deu início ao seu marcante discurso de posse, reafirmando o compromisso de conferir a educação como papel central no seu segundo mandato à frente do Executivo estadual. José Melo e o vice-governador Henrique Oliveira foram em-possados em solenidade realizada pela Aleam, no Centro de Convenções Vasco Vasques. Acompanhado da primeira-dama do Estado, Edilene Gomes de Oliveira, e de Henrique Oliveira e sua esposa, Camila Silva Caitano. A sessão solene, teve a presença de todos os deputados estaduais, e contou com cerca de 1.200 convidados, entre familiares, deputados federais, secretários de governo, auto-ridades do Poder Judiciário, o senador eleito Omar Aziz e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, pregou a união entre os pode-res durante as posses do governador do Amazonas, José Melo, e do presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Wilker Barreto. De acordo com o prefeito, Manaus vem demonstrando que o trabalho em conjunto realizado nos últimos dois anos tem trazido resultados positivos e com a reafirmação do compromisso entre Executivo e Legislativo, a população de todo o Estado só tem a ganhar. O novo presidente da CMM, Wilker Barreto, disse que o trabalho e a relação com a Pre-feitura de Manaus acontecerá dentro da parcimônia que marcou a administração de Bosco Saraiva. Apesar de a Câmara ser um poder independente, o vereador afirmou que sabe da importância de tra-balhar por uma cidade melhor.

Dia de posses

GOVENADOR JOSÉ MELO recebendo em sua posse a faixa, das mãos de sua esposa Edilene Gomes de Oliveira, sendo aplaudido pelo vice-governador Henrique Oliveira e sua esposa Carla Caitano e o senador eleito Omar Aziz

Senador Omar Aziz com o governador José Melo, o prefeito Arthur Virgílio Neto e o deputado federal Pauderney Ave-lino

FOTOS: JOEL ARTHUS/AGECOM

O abraço do governador José Melo em sua esposa Edilene Gomes de Oliveira, celebrando sua posse

Governador José Melo e a primeira-dama Edi-

lene Gomes de Oliveira

posando com seus

familiares

O colunista ao lado do

vice-go-vernador, Henrique Oliveira

Governa-dor José Melo, ao lado de Sérgio Frota

Prefeito Arthur Virgílio Neto, a primeira-dama Edilene Gomes de Oliveira e o governador José Melo

A primei-ra-dama Edilene Gomes de Oliveira e o colunista

Edilane Frota e a primeira-dama Edi-lene Gomes de Oliveira

Tâmera e Ivanhoé Mendes

Sérgio Frota ao lado do presidente da Câmara Municipal de Manaus, Wilker Barreto e sua esposa, Camila Silva

Prefeito Arthur Virgílio Neto, ao lado da amiga, Edilane Fro-ta, durante jantar da posse do governador José Melo

Prefeito Arthur Virgílio Neto cumprimentando o novo pre-sidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Wilker Barreto, na sua posse

Edilane e Sérgio Frota, no jan-tar da posse do go-verna-dor José Melo

A primeira-dama da cidade de Manaus, Go-reth Garcia Ribeiro, ao lado de Edi-lane Frota

O colunista ao lado do deputado estadual

Sidney Leite e sua

esposa Danielle

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B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

Heideguer coloca Nat con-tra a parede mais uma vez. Jade não concorda que Lucré-cia conte a verdade para seus alunos. Bete aceita conversar com Simplício. Jeff e os outros alunos fazem uma homena-gem a Lucrécia. Simplício afi rma para os comparsas que conseguirá voltar para casa. Jeff estranha o com-portamento de Mari. Danda-ra convida René para jantar. Bianca instrui João, Pedro e Tomtom. Duca vê a luva que Karina ganhou de Pedro. João avisa a Dandara que não par-ticipará do jantar em família que ela programou. Vicki fi ca encantada com o cenário pre-parado para ela.

Resumo das novelas

Maria Marta se surpreen-de com a proposta de Mau-rílio para tirar José Pedro da cadeia. Elivaldo conta para Cristina que encontrou José Alfredo. Pietro fi ca re-ceoso com a desconfi ança de Juliane. Felipe ameaça denunciar Enrico. Maurílio afi rma que Danielle voltará para a mansão. Xana e Naná especulam sobre quem jo-gou purgante na feijoada. Magnólia sofre com o fra-casso de sua festa. Felipe marca um encontro com Cláudio. José Alfredo pensa em ajudar José Pedro. Tua-ne tenta descobrir o motivo da mudança de comporta-mento de Elivaldo.

O enfermeiro estranha a reação de Ivani, mas obede-ce à médica e libera Caíque. Itália não acredita nas pa-lavras de César e expulsa o ex-namorado de sua casa. Caíque deixa a clínica. Laura pede a Marcos para entre-vistar os médicos e enfer-meiros que estavam no dia da operação feita por Caí-que. Marcos fi ca irritado ao ver Caíque em casa. Castilho avisa a Caíque que todos os encontros dele com Laura em outras vidas foram um fracasso. Laura vai até a casa de Caíque e fi ca feliz ao ver o estado do namorado. Caíque não sabe como agir diante de Laura.

Carlota discute com San-dra. Fernando fi ca irritado quando Madalena avisa que irá afastá-lo da Vip Turismo. Claudia ouve Elísio falando com Leonor e tem uma ideia para trazer Beatriz de volta para casa. Sandra e Rafael levam Cacau para o apar-tamento da moça. Sandra e Rafael passam a noite juntos e Vitória não conse-gue aceitar. Vicente decide confrontar Carlota sobre a ação de despejo contra Au-gusta. Madalena afasta Fer-nando da Vip Turismo. Luísa e Beto discutem na empresa e Madalena os repreende. Vicente passa mal depois de falar com Carlota.

Cris e Vivi perguntam para Bia qual o presente que ela ganhou de Juca. Bia diz que foi um CD com algumas musicas que ele gosta. Neco percebe que o carrinho preso a sua bicicleta – onde leva Lúcia para ver as ruas em volta do orfanato – está mais leve. Lúcia sumiu e Neco fi ca preo-cupado. O garoto encontra a menina na praça, com o joelho ralado e a leva de volta pra casa. Helena vê o machucado na perna de Lúcia e briga com a menina, mas tam-bém diz que precisa cuidar do machucado para que não infeccione. Helena desconfi a que o machucado não foi feito dentro de casa.

Nico reclama com Lupita e diz que não gosta nada de vê-la sempre na companhia de Santos. Lupita respon-de que sempre vai estar ao lado de seus colegas e diz que está muito chate-ada com sua atitude. Alice confessa a Franco que ela prendeu Walter na garagem e isenta Alma de qualquer culpa. Franco não se con-vence com a explicação e diz estar convencido de que a ideia foi de Alma. Roberta descobre que Paloma não é prima de Inaki, mas sua namorada. Franco tenta fa-zer Alma entender que já é hora de agir como uma pessoa adulta.

Maurílio é revelado impostorSÃO PAULO, SP – A partir

desta semana, a trama de “Império” (Globo) dará um nó na cabeça de seus telespecta-dores ao revelar que a história contada por Maurílio (Carmo Dalla Vecchia), aparentemen-te, é uma farsa. O impostor

fará contato com um misterio-so pai, que não será Sebastião (Reginaldo Faria), como ele afi rma. E, em breve, o mau-caráter matará alguém.

Com isso, será aberta a temporada de especulações sobre quem seriam esses

personagens e qual seria a motivação dessa vingança. “Maurílio promove viradas na novela. Misterioso, não sossegará até que seja des-mascarado. Fará de tudo para conseguir o que quer”, diz o autor Aguinaldo Silva.

‘IMPÉRIO’

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV Tudo Nova realidadeA televisão aberta necessaria-

mente terá que acelerar o passo em busca do modelo que mais se ajuste aos tempos atuais, frente ao irrefreável crescimento de ou-tras mídias. Acabou aquela história de jornalismo com hora marcada, quando se esperava o informativo da noite, para saber as notícias do dia. Hoje, o mundo está plugado o tempo todo e as notícias não param de pipocar, o que nos obriga a se ajustar a esta nova situação.

Uma das prioridades da di-reção da Record é abrir cada vez mais espaços para a pro-gramação ao vivo.

Nesta segunda, com a volta do “Hoje em Dia” se-rão novamente 16 horas, que chegará a 18 depois da estreia do Gugu.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Bate–Rebate• Pessoal do “CQC” – pro-

dutores, diretores, pessoal de vídeo... – volta ao trabalho no próximo dia 26, imedia-tamente após o feriado do aniversário de São Paulo...

• ... A partir desse toque de reunir, começará a ser defi nido o novo formato do programa, com Dan Stulbach, Rafi nha Bastos e Marco Luque na bancada...

• ... A volta ao ar está confi r-mada para o dia 9 de março.

• E mais: Felipe Solari, ex-“Legendários” da Record, é um nome que poderá aparecer no novo “CQC”...

• ... Nos bastidores da Ban-deirantes, dizem que há muito interesse no seu trabalho para o time de repórteres.

• Após sete anos de Canal Ru-ral, Renata Maron se despediu semana passada da emissora, e já foi contratada pelo Grupo Bandeirantes para ancorar um programa matinal no canal de agronegócio Terraviva.

Outra coisaCada dia mais se escan-

cara a necessidade das TVs investirem nas programa-ções das madrugadas. Há um grande público a ser conquistado e é só fazer que os resultados virão. Algo que vai bem ao encontro de uma frase popular holande-sa, “instala teu moinho que Deus te dará o vento”.

Defi nidoO título da próxima nove-

la das 21h da Globo, escrita por Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, foi ofi cializado como “Babilônia”. Simplesmente. A ideia de inserir o “Rio” por ali, no caso, “Rio Babilônia”, não avançou. É a substituta de “Império.

Esquema“Babilônia”, já em rit-

mo intenso de gravações, terá duas fases. A primei-ra, de 10 anos atrás, vai durar um capítulo e meio. E a segunda, nos dias de hoje, se iniciará já no segundo capítulo.

Olha essaA galera da Globo, por aí

entenda-se alguns dos seus autores, leva bem na esporti-va o ritmo de trabalho quase industrial do Walcyr Carras-co. Dizem que ele escreve

uma novela com a mão direita e outra com a esquerda.

Parece brincadeira...Mas quem fi cou famoso

por isso foi o Chico Xavier, médium mineiro e um dos expoentes do Espiritismo. Ele psicografava ao mesmo tempo com as duas mãos, fato comprovado pelo pes-soal da antiga TV Tupi.

DRO reality de relacionamen-

tos, “Power Couple”, que será apresentado por César Filho na Record, já tem um nome

de trabalho em português: “Discutindo a Relação”.

A estreia do programa está prevista para maio, quando a equipe já poderá contar também com Elaine Mickely, atualmente em “Império”.

Mais na frenteA Globo transferiu para

2016 a produção de algumas sérias, inclusive “A Dama da Noite”, de Walther Negrão e Suzana Pires. Não tem como ser ainda este ano. A produção será iniciada en-tre setembro e outubro, mas para exibição em janeiro.

Barraca da ReginaCamila Pitanga já está a todo vapor nas gravações de

“Babilônia”, a substituta de “Império” na Globo. Regina é a sua personagem, mocinha da história, que sonha em fazer medicina, mas acaba se tornando dona de uma barraca de praia.

GLOBO/ESTEVAM AVELLAR

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[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015 (92) 3090-1045

Duvide de ações com lucro elevado

IMAGE SOURCE/FOLHAPRESS

Página C6

Aprenda a usar seus pontosem programas de fi delidadeTire mais proveito de pontos ofertados por empresas e faça do bônus uma poupança, que viabiliza mais que brindes

Perder pontos nos pro-gramas de fi delidade de cartões de crédito é mais comum do que

se pensa. Pesquisa feita com 6.029 consumidores que par-ticipam desses planos mostra que 40% perderam pontos sem resgatar, o que resultou em insatisfação com o produto, segundo a CVA Solutions, au-tora do estudo.

“O problema de acumular pontos nesses programas de fi delidade é que eles expiram”, diz Sandro Cimatti, da CVA Solutions. “Em geral, o consu-midor quer usar em passagem aérea, um dos maiores apelos, mas quando busca não há mais bilhete disponível. E aí acaba perdendo”.

Para evitar problemas como esse, o consumidor deve pres-tar atenção às regras e ao prazo de validade dos pontos antes de escolher um pro-grama de milhas ou cartão de crédito com o benefício, diz Otto Nogami, professor do Insper, instituto de ensino.

Avaliar os “preços” em mi-lhas ou pontos dos produtos também é importante na hora da escolha do benefício, afi r-ma o planejador fi nanceiro Janser Rojo.

“O ideal seria, antes de iniciar o acúmulo de pontos, analisar diferentes cartões para saber quanto tempo demoraria para conseguir aquele produto em cada um deles”, diz. “O produto pode ter ‘preços’ diferentes em programas distintos”.

Outra recomendação é verifi car se o programa de benefício tem uma espécie de defl ator, que reduz, por exemplo, os pontos em caso de transferência para outro programa – como no caso de passar pontos de um cartão para uma companhia aérea.

Após a adesão ao programa

que se enquadrou melhor em seus hábitos, uma boa forma de aproveitar os benefícios é estabelecer objetivos e cal-cular quanto, em pontos ou milhas, precisaria para atingir a meta.

Em seguida, a dica é tentar acelerar o ganho de pontua-ção. Concentrar os gastos no cartão de crédito ou nos par-ceiros do programa de milhas e pontos escolhidos é uma forma de conseguir isso. “É preciso ter controle emocional dos gastos para não deixar de pagar a fatura integral do cartão e entrar no rotativo”, adverte Nogami.

Outra orientação é restrin-gir o número de programas

do qual o usuário partici-pa. “Se dispersar muito os pontos, o montante que ele consegue acumular não é su-fi ciente para resgatar pro-dutos. Além disso, aumenta a chance de ele esquecer o prazo de validade desses pontos”, afi rma Nogami.

Quem pretende utilizar pon-tos ou milhas para resgatar passagens aéreas deve se pla-nejar e agir com antecedência. Em geral, as empresas ofe-recem poucos assentos nos voos mais concorridos que podem ser comprados com milhagem. Se a viagem estiver próxima, um recurso é optar por um voo em horário pouco atraente ou com muitas es-calas e conexões, geralmente menos procurado.

DICAVeja se o programa de benefício tem uma espé-cie de defl ator, que re-duz, por exemplo, pontos em caso de transferência para outro programa – como no caso de passar pontos de cartão para companhia aérea.

DANIELLE BRANTFABÍOLA SALANIde RIBEIRÃO PRETO

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Natural de Belém, capital do Pará, o médico José Carlos Par-dal, 32, aderiu a programas de companhias aéreas em 2006, quando se mudou para São Paulo. “Meu foco é a passa-gem aérea. Não quero trocar 10 mil pontos por um DVD”. A necessidade deriva do fato de o médico precisar viajar com

muita frequência para Belém, onde mora sua mulher. Para acumular mais milhas, Pardal se associou ao Clube Smiles, do Smiles, no qual ele paga uma mensalidade de R$ 30 e acumula 1.000 milhas por mês. Ele também tem um cartão emitido em parceria com uma companhia aérea que trans-

forma os gastos em pontos no programa Multiplus.

Cartões com anuidade mais cara, em geral, têm uma con-versão mais vantajosa de gastos em pontos ou milhas, segundo Bruno Nissental, fun-dador do Oktoplus, aplicativo de gerenciamento de pontos e milhas. Mas o fundamental é

que o programa faça sentido para o participante, ressalta o planejador fi nanceiro Janser Rojo. “Para quem vai muito a cinema, shows e teatro, é vantajoso aderir a um pro-grama que, além de possibi-litar o acúmulo de pontos, dê descontos nessas atividades, por exemplo”.

Troque pontos em produtos prioritários

O médico José Carlos Pardal, que viaja todos os anos com milhas conquistadas em diversos programas de fi delidade nacionais

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C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

*Analista responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16 da Instrução CVM 483/10

Ação de empresa que benefi ciaminoritário supera IbovespaCom alta de 7,55%, índice de “tag along” é o quarto melhor entre os 23 termômetros da BM&FBovespa. Entenda como funciona

As ações de empresas que benefi ciam os acionistas mi-noritários nas fusões, ofere-cendo pelo menos parte do prêmio pago aos controlado-res, tiveram um desempenho superior à media do mercado de ações no ano passado.

O ITAG, índice de empresas que dão o benefício – conhe-cido como “tag along” – mais atraente, subiu 7,55% em 2014, enquanto o Ibovespa teve baixa de 2,91%. Foi o quarto melhor entre os 23 índices de termômetro de mer-cado da BM&FBovespa.

“Tag along” é uma forma de

defesa do minoritário garan-tida pela Lei das S.A. em que, quando há troca de controle da empresa, o comprador da companhia é obrigado a fazer uma oferta pública para ad-quirir os papéis dos pequenos investidores interessados na venda por, no mínimo, 80% do preço pago pelas ações dos controladores.

A avaliação de analistas é que os investidores tendem a procurar empresas com bom comprometimento com os acionistas durante períodos de maior aversão ao risco, como o atual, o que poderia justifi car parte do desempe-nho do ITAG. A performance foi melhor que a de outros indi-

cadores importantes, como a dos setores industrial (-4,6%) e imobiliário (-18,12%).

A necessidade do “tag along” se dá porque, ao se interessar pelo controle de uma empresa, o comprador oferece um valor acima do que custam as ações daquela companhia na Bolsa – o prêmio. Esse valor consi-dera perspectivas futuras e é maior do que o de mercado para motivar a venda. O “tag along” garante aos demais acionistas pelo menos parte desse prêmio.

“É uma proteção. Antes dis-so, quando alguém realizava uma oferta pelo controle de uma companhia, os pequenos acionistas fi cavam pressiona-

dos a vender o papel pelo valor do mercado à vista ou corriam o risco de permanecer com uma ação sem liquidez [poucos negócios]”, diz Marcelo Cam-bria, professor da Fipecafi .

CautelaPara Alexandre Wolwacz,

diretor da Escola de Investi-mentos Leandro & Stormer, o cenário adverso da Bolsa pede que investidores busquem to-das as opções de defesa.

“As empresas estão en-frentando difi culdades. É um ambiente propício para opera-ções de troca de controle acio-nário”, afi rma. Alguns setores exigem mais cuidado, como o de telecomunicações. “São

segmentos em que as fusões e aquisições são mais comuns”, enfatiza Wolwacz.

O professor de fi nanças Ri-cardo Leal, da UFRJ, lembra que muitas oportunidades em cenário de Bolsa em queda podem surgir em ações de empresas menores.

“Não acho relevante, por exemplo, priorizar o ‘tag along’ oferecido pela Petrobras. A chance de mudança de co-mando, nesse caso, é pequena. Mas, quando o investidor for para setores menos conheci-dos, o mecanismo precisa ser considerado antes da compra de ações”.

Benefício variaO percentual de “tag along”

oferecido varia com o nível de transparência da empresa na Bolsa.

As companhias do Novo Mercado, que só podem emitir ações ordinárias (com voto), têm que oferecer 100% de “tag along”. No caso de com-pra, os minoritários vendem os papéis pelo mesmo valor pago às ações do controlador.

No Nível 2 de governança, em que as empresas podem emitir ações preferenciais (sem voto), a exigência cai para 80%.

As demais categorias (Ní-vel 1 e Bovespa Mais) são menos rígidas e não obrigam que a companhia ofereça “tag along”.

Suzano: revisão de estimativas

Revisamos nossas estima-tivas para a Suzano, conside-rando os últimos resultados, as novas premissas macroe-conômicas e o atual cenário do preço da celulose. Desta forma chegamos ao novo preço-alvo de R$ 15/ação para dezembro de 2015, contra nosso preço-alvo anterior de R$ 12/ação, mantendo a recomendação de compra. A Suzano permanece como a nossa TopPick no setor de papel e celulose.

Com relação ao câmbio consideramos agora um valor médio de R$ 2,77/US$ para 2015, contra R$ 2,52/US$ na projeção anterior, o que favorece o resultado opera-cional das empresas de papel e celulose.

Também assumimos melho-res preços da celulose no mer-cado internacional em função da melhor relação entre a oferta e a demanda da com-modity. O fechamento de fá-bricas de custos mais elevados no Hemisfério Norte ajudou na recuperação de preços da celulose nos últimos meses. Projetamos agora um preço médio de US$ 760/tonelada para a celulose de eucalipto para o período 2015-2016 (base Europa), acima do valor anterior de US$ 725/tonelada

para o período.A nova planta de celulose da

Suzano no Maranhão comple-tou um ano de funcionamento operando dentro das expec-tativas da empresa. Em 2014, foram produzidos cerca de 1,1 milhão de toneladas e a plena capacidade (1,5 milhão de toneladas) será atingida neste ano. A Suzano também será benefi ciada do excesso de geração de energia desta fábrica em um cenário de altos preços no mercado spot, embora os preços da energia em 2015 no mercado spot sejam inferiores aos prati-cados em 2014.

As vendas totais de celulose da empresa deverão subir em torno de 17% em 2015, na comparação com as vendas totais esperadas para 2014, atingindo 3,4 milhões de to-neladas. Na comparação com 2013 as vendas totais de celulose esperadas para 2015 representarão incremento de quase 80%.

No segmento de papel a empresa também implementa reajustes de preços, decorren-te do benefício da desvalori-zação do real.

Devido ao aumento da ge-ração de caixa a Suzano será capaz de reduzir sua alavan-cagem fi nanceira. Esperamos que a relação dívida líquida/

Ebitda recue dos atuais 4,5x para 2,8x no fi nal de 2015.

Revisamos nossas estima-tivas para a Suzano e chega-mos ao novo preço-alvo, de R$ 15/ação para dezembro de 2015. Nossas estimativas incluem as novas premissas macroeconômicas, os últi-mos resultados apresenta-dos e o novo cenário de preço da celulose.

Para o cálculo do preço-alvo, utilizamos uma média entre a avaliação por fl uxo de caixa descontado e a avaliação por múltiplos.

LUIZ OTÁVIO BROAD*

ANDERSON FIGODE SÃO PAULO

Fonte: Bradesco Corretora e Ágora Corretora

Fonte: Bradesco Corretora e Ágora Corretora

Fonte: Bradesco Corretora; Ágora Corretora; Bloomberg

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C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

Saiba como reclamar deprogramas de milhagemMaterial promocional do cartão de crédito, por exemplo, pode ser usado na defesa do cliente em caso de falha

As difi culdades encon-tradas pelos clientes para ter acesso aos benefícios dos pro-

gramas de fi delidade estão na mira dos órgãos de defesa do consumidor.

As empresas que atuam nesse segmento se benefi -ciam com a “falta de atendi-mento”. Sempre que o usuário não troca pontos por produ-tos ou passagens, a marca reduz o débito com ele.

Guardar todo material pro-mocional relativo ao cartão ou programa que concede pontos ou milhas é uma for-ma de se precaver em caso de problemas, indica Renata Reis, supervisora da área de assuntos financeiros do Procon-SP.

“Se um folheto prometia um benefício no programa de pontos, mas no contrato esta-va diferente, prevalece, entre os dois, o que for mais bené-fi co ao consumidor”, diz.

A regra vale também para mensagens via e-mail, mala direta, anúncio em revista ou outro tipo de material usado pela companhia para divulgar o benefício.

Embora o Procon-SP não te-nha um levantamento especí-fi co sobre as reclamações de problemas relativos a pontos ou milhas, Renata afi rma que

elas vêm diminuindo. Segun-do ela, as queixas giram em torno do não cumprimento da oferta feita, cancelamento dos pontos sem aviso prévio ao consumidor e contestação da pontuação.

No portal consumidor.gov.br, plataforma organizada pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) do Ministério da Justiça, a queixa mais frequente nes-ses serviços é a cobrança de taxas e valores não previs-tos, seguida pela difi culdade em resgates e transferência de pontos.

Como funcionaA supervisora do Procon-

SP observa que nem sempre o consumidor é informado sobre o procedimento de resgate. Por isso, Renata recomenda exigir da empre-sa esclarecimentos de como funciona o programa, se os pontos têm prazo, como é feito o resgate e onde ele pode tirar dúvidas.

“Às vezes, o consumidor adquire determinado cartão atraído exatamente pelo programa de recompensa, que acaba dando problema na hora de resgatar os pon-tos”, diz.

A Senacon começou a mo-nitorar o serviço de fi delida-de (pontos, milhas, descontos etc.) em 2012. Desde então,

a secretaria notifi cou em-presas de vários segmentos para apresentar informações sobre seus programas.

O órgão informou ainda que estuda fazer uma nova notifi -cação para cobrar melhorias sugeridas em 2014.

Compra de pontosÉ possível comprar milhas

e pontos nas empresas que administram os programas de benefícios. A operação, porém, só é vantajosa para complementar o total ne-cessário para resgatar uma passagem ou prêmio e evitar, assim, que bônus expirem.

“Comprar todas as milhas necessárias para resgatar uma passagem é muito caro e não compensa”, diz Bruno Nissental, fundador do Okto-plus, aplicativo de gerencia-mento de pontos e milhas.

No site do Smiles, que permite resgatar passagens aéreas de companhias como Gol, TAP e Iberia, comprar 10 mil milhas custa cerca de R$ 700, valor que pode ser supe-rior a uma ida e volta saindo de São Paulo para outras cidades do Sudeste.

O mercado “oficial”, com empresas como Smiles e Multiplus, é uma opção para o usuário complementar um trecho ou reativar as mi-lhas, pagando um determi-nado valor, para não perdê-

las. No mercado “paralelo”, representado por sites de compra e venda de milhas, os valores são menores. Segundo Nissental, 10 mil milhas saem por cerca de R$ 250, “mas as garantias são, igualmente, menores”.

A operação do mercado pa-ralelo ocorre, principalmente, de duas formas.

Em uma delas, a empresa do site realiza todo o processo, desde a emissão da passa-gem aérea até o depósito na conta do vendedor – descon-tada sua comissão.

Para isso, o vendedor das milhas precisa passar login e senha do programa para a empresa. “Há muita insegu-rança nesse processo. Se a empresa resgatar mais milhas que o acordado, por exemplo, como o usuário vai reclamar?”, questiona Nissental.

IntermediaçãoNa outra forma, o site

faz apenas a intermedia-ção da operação. Ela reúne comprador e vendedor, que é o responsável por emitir a passagem. Nesse caso, o comprador deposita o valor na conta da empresa, que o repassa ao vendedor, descon-tada sua comissão.

Conforme as regras de Smi-les e Multiplus, é proibida a negociação dos pontos e mi-lhas dos programas. Segundo

os regulamentos, se eles forem comprovadamente vendidos, cedidos ou transferidos fora do que está previsto, o participan-te será excluído do programa. André Macias, sócio do site Negociando Milhas, critica a falta de regulamentação do mercado. “Os programas de

fi delidade e seus membros têm como regra não poder monetizar as milhas. Mas, ao mesmo tempo, monetizam, porque trocam por prêmios, eletrodomésticos”, diz. “As mi-lhas são boas para usar. Se não puder usar, que o usuário não as perca”, conclui.

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Consumidor deve fi car atento a como funcio-na o programa, se os

pontos têm prazo e como é feito o resgate

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C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

2015 e a ansiedade corporativa O ano de 2015 chegou

e sem terminar a primeira semana já se percebe alguns fatos e outras “percepções” dos fatos. De forma resumida cenário econômico externo temos um USA se recuperan-do de forma gradual, a Europa com a economia buscando fôlego de maneira ainda mais lenta, a China com projeção de crescimento similar ao dos últimos dois anos e uma Amé-rica Latina estagnada puxada pelo pífi o desempenho econô-mico do Brasil. Adentrando a economia brasileira os fatos são os há muito sabidos: um gestão econômica nos últi-mos doze anos privilegiando o aumento dos gastos públicos sem nenhuma preocupação com ganhos de efi ciência e produtividade. O resultado já estamos vivendo há vários trimestres: alto risco de au-mento da infl ação com baixo (ou nenhum) crescimento.

Esses são fatos. E o mais importante: nenhum fato atu-al que podemos classifi car de “negativo” surgiu em 2015. Todos já são demasiadamen-te conhecidos e de amplo domínio público e do mundo corporativo. E ainda tivemos um boa mudança no cená-rio internacional no fi nal de 2014: a redução do preço do barril de petróleo para patamares de U$ 60,00. Mas a percepção dos fatos é que é muito preocupante. Como

consultor empresarial tenho ouvido de empresários uma análise deste conhecido ce-nário como uma verdadeira “catástrofe” e o pior, surgida “agora”. Sem me aprofundar nos motivos que fazem com que empresários e executivos experientes tenham esta per-cepção e reação aos fatos, gostaria de discorrer sobre os perigos que isso pode trazer para suas organizações. Com o emocional gerado por esta leitura de crise exacerbada, busca-se o caminho conside-rado o mais racional e fácil: cortar custos ! Nada de errado em cortar custos. Isso se deve fazer sempre e em qualquer condição econômica. Mas a primeira premissa é defi nir o que realmente são custos e em segundo lugar o que pode realmente ser cortado, não para o momento, como ganho de produtividade. Infelizmen-te neste momento, aonde o racional deveria comandar as ações, as emoções governam e o discernimento fi ca emba-çado. Os riscos são inúmeros e as consequências podem ser mortais. Gostaríamos de comentar sobre alguns:

Capital IntelectualO que mais ouço de líde-

res empresariais é que falta gente profi ssional e quali-fi cada. Corroboro com isso (ver artigo “Apagão de Gente” , JCAM, 2008, minha auto-

ria) totalmente. E umas das primeiras coisas que alguns líderes querem fazer agora é demitir. E não somente mão-de-obra operacional. Fazem uma lista decrescen-te de salários e discutem como retirar os primeiros. Não estamos falando de uma avaliação técnica, raciocina-da, avaliando performance e quem gera valor para a empresa. Estamos falando em por na berlinda quem ganha mais ! Isso é um bru-tal equívoco, para usar um adjetivo brando. Também os programas de treinamento e desenvolvimento das pesso-as são reduzidos ou suspen-sos. Ações como essas tem resultados tão previsíveis como o cenário econômico que estamos vivendo: perda do capital intelectual, au-mento do turnover, perda de confi ança de quem fi ca, custos de demissão, custos de retrabalhos, etc.

Cultura OrganizacionalAs míopes ações quanto às

pessoas aliadas à equívocos de mensagem solapam outro grande capital intangível das organizações nesse proces-so, sua cultura organizacio-nal. Passam-se anos falando para todo o time de trabalho que as pessoas são o ativo mais importante, que os va-lores e princípios norteiam as decisões.... e na percepção

de uma crise, agirmos dire-tamente contra o discurso. Demitimos líderes compro-metidos e produtivos porque ganham mais, enviando uma fortíssima mensagem que na empresa quem mais se dedi-ca, quem é mais competente, pode ser punido por isso. Fala-mos durante uma eternidade da nossa integridade e agora pensamos em pagar menos impostos por vias não-legais. Cortamos benefícios que tra-zem muito pouco ganho fi nan-ceiro e abrimos uma lacuna na segurança da equipe. O resultado já sabemos: quebra da confi ança. Com isso per-demos o comprometimento das pessoas , a produtividade cai, a qualidade se deteriora, os custos sobem , perdemos mercado, etc.....

EstratégiaEstratégia é uma corrida

de longo prazo. Quem tem sabe aonde quer chegar e não esmorece com os percal-ços e barreiras temporais. As organizações passam meses discutindo sua estratégia. Horas de consultoria e trei-namentos são investidos em criar uma proposta de valor diferenciada aos clientes. E nas primeiras ventanias que-rem vergar e até destruir a estratégia. Defi nimos muitas vezes que qualidade, meio-ambiente e segurança são conceitos fundamentais do

nosso direcionamento estra-tégico como empresa. E neste sentido as certifi cações ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 serão as ferramen-tas de gestão para garantir um processo de qualidade, ambientalmente correto e se-guro para os colaboradores e clientes. Mas, em tempos de cortar “custos”, pensamos em deixar de lado os sistemas de gestão, para voltarmos em outro momento .... A pergunta é: seus colaboradores , forne-cedores, clientes e sociedade vão acreditar novamente nos seus propósitos ? Quem não tem visão de longo prazo melhor não pensar em es-tratégia.

ConclusãoNão estou falando que não é

um momento difícil. Pelo con-trário. Desde 2013 apresento aos meus clientes, como con-sultor e como conselheiro de administração, minha análise sobre o cenário econômico do Brasil em 2015 e eles podem atestar que é o que estamos vivendo. Compreen-do também a necessidade de agirmos rápido nas organiza-ções. Mas pressa é diferente de velocidade. Essa diferença é a lucidez. E lembro aos só-cios, acionistas, conselheiros e dirigentes empresariais que a sua principal missão numa organização é aumentar o seu valor. Não destruí-lo.

Marx AlexandreCorrêa Gabriel

Consultor em-presarial diretor

da MB Consultoria e Conselheiro de

Administração, [email protected]

Levantamento aponta 219 procedimentos registrados no Brasil no ano passado, com alta de 71% ante 2010

Arbitragem ajudaa resolver confl ito de empresas

O uso da arbitragem para a solução de confl itos tem ganha-do destaque entre as

empresas. Nos últimos cinco anos, o número de processos arbitrais aumentou 71% nas seis principais câmaras do país – Amcham, Camarb, FGV, Ciesp, CCBC e CAM.

Em 2010, foram registrados 128 procedimentos nessas ins-tituições. Em 2014 (até o dia 16 de dezembro), foram 219, conforme levantamento reali-zado pelos escritórios Wald As-sociados e Selma Maria Ferreira Lemes. Contratos que envolvem grandes cifras não são assina-dos sem que haja neles uma cláusula arbitral. A principal van-tagem é a agilidade. Enquanto um processo judicial leva, em média, 12 anos, na arbitragem a mesma ação é resolvida em um ano e meio.

“Fazendo uma analogia com a saúde, [o Judiciário] seria o INPS [atualmente o SUS] e a arbitra-gem, o plano de saúde”, explica a advogada Selma Maria Ferreira Lemes, que também é co-autora da Lei Brasileira de Arbitragem. Hoje, o dispositivo está dis-ponível apenas em ambientes econômicos – ou seja, questões patrimoniais ou empresariais. A partir deste ano, no entanto, a arbitragem deverá ser estendi-da para relações trabalhistas, de consumo e em contratos que

envolvem empresas públicas ou de capital misto.

O projeto de lei que altera a Lei de Arbitragem, em vigor há 18 anos, já tem redação fi nal da Câmara dos Deputa-dos e aguarda que a pauta da Comissão de Constituição e Justiça seja destrancada para que volte para o Senado. De-pois disso, será enviado para a sanção presidencial.

O projeto, porém, está lon-ge de ser unânime. Apesar de ser considerado pelo próprio governo uma alternativa para a morosidade do Judiciário, a proposta sofre resistência de alguns setores, principalmen-te daqueles que não fi zeram todos os ajustes que queriam no texto durante a tramitação do projeto.

A arbitragem nas relações de trabalho é um dos pontos sem consenso. A preocupação, de acordo com informações da liderança do governo na Câ-mara, é que as decisões arbi-trais sejam mais favoráveis ao empresário, sem igualdade de forças entre as partes.

O equilíbrio de forças norteia a arbitragem. Isto porque, en-quanto no Judiciário os juízes são escolhidos aleatoriamente, na arbitragem o julgamento é feito por árbitros escolhidos e pagos pelas partes. “A preocupação é que o empregado não tenha con-dições de avaliar corretamente a decisão. Por isso, o projeto prevê a arbitragem apenas para cargos de diretoria”, explica o advogado Roberto Pasqualin.

Casos polêmicosUm dos entraves do me-

canismo são os recursos na Justiça. Muitas empresas sem decisão favorável nas câma-ras arbitrais recorrem à Justiça para tentar derrubar o enten-dimento dos árbitros. Porém, não tem havido respaldo no Judiciário nem mesmo com o uso de brechas para derrubar cláusulas arbitrais.

Recentemente, a Justiça defi -niu como válida a cláusula em um contrato entre as empresas do setor da construção Camar-go Corrêa e Toniolo Busnello.

As empresas alegavam na Justiça que o contrato entre as companhias era nulo e, por isso, pediam a nulidade também da cláusula arbitral. O juiz enten-deu, no entanto, que, ainda que o contrato fosse nulo, a cláusula prevendo a arbitragem não o era, devendo o caso ser tratado em uma câmara arbitral.

“Nos últimos anos, a arbi-tragem tem ganhado muita aceitação pelo Judiciário”, diz Marcos Serra Netto Fioravanti, do escritório Siqueira Castro Advogados. Talvez um dos ca-sos de maior repercussão é o que envolve o empresário Abílio Diniz, da família fundadora do Pão de Açúcar, e a rede varejista francesa Casino.

O imbróglio começou quando Abílio negociou, em segredo, a fusão com o principal rival do Casino, o Carrefour, mesmo com acordo prevendo que os par-ceiros franceses assumiriam o controle do Pão de Açúcar.

GILMARA SANTOSCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA

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B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2015

Musa de Fellini morre aos 83 anosSÃO PAULO, SP – A

atriz sueca Anita Ekberg, musa do cineasta italiano Federico Fellini e famosa por seu banho na Fonte de Trevi em “A doce vida” (1960), morreu ontem em Roma aos 83 anos.

Sua morte aconteceu às 10h30 (locais, 7h30 em Bra-sília) na clínica San Raff aele i Rocca di Papa, na zona de “Castelli Romani”, a cerca de 30 quilômetros ao sul da ca-pital italiana.

Sueca de nascimento, Ek-ber vivia há muitos anos em Genzano, uma vila da cidade romana de Montegiove. Kers-

tin Anita Marianne Ekberg, seu nome real, nasceu na cidade sueca de Malmo em 29 de setembro de 1931, a sexta de oito irmãos.

Com suas curvas exuberan-tes e longos cabelos loiros, se tornou Miss Suécia aos 19 anos, em 1950. Ela viajou para os Estados Unidos para concorrer ao Miss Universo, mas não ganhou. No entanto o evento abriu as portas de Hollywood para ela, onde aca-bou interpretando somente papéis menores.

Seria Federico Fellini, em 1960, o encarregado de transformá-la em um ícone

de sensualidade com o papel de Silvia no fi lme “A doce vida”, uma das obras-primas do neo-realismo italiano e uma peça fundamental na história do cinema.

CarreiraEm Hollywood, fez fil-

mes como “Guerra e paz” e “Artistas e modelos”, com Jerry Lewis, além de atuar ao lado de Bob Hope em uma turnê pelo país.

Em 1960, ganha o papel que marcaria sua carreira em “A doce vida”, onde aparece na famosa cena da Fonte de Tre-vi ao lado de Mastroianni.

ANITA EKBERG

A atriz Anita Ekberg na clássica cena do banho na Fonte de Trevi, em “A doce vida”, de Fellini

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ULG

AÇÃO

Rock in Rio celebra 30 anosEvento que colocou o Brasil no cenário dos grandes shows mundiais será realizado pela primeira vez nos EUA, em maio, e, em setembro, ganhará mais uma edição brasileira na Cidade do Rock, com shows de A-Ha e System of a Down

O ano era 1985. A data precisa, de 11 a 20 de janeiro. O Brasil passava por

grandes transformações após um longo período sob dita-dura militar e seguia rumo à democracia. Foi em meio a mudanças e neste cenário que nasceu o Rock in Rio. E lá se vão 30 anos. Em um terreno pantanoso de 250 mil metros quadrados, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, durante dez dias, 1.380.000 pessoas assistiram o que viria a ser hoje o maior festival de música e entretenimento do mundo – mas, na época, ninguém ain-da sabia disso. Era a primeira vez que um país da América do Sul sediava um evento musical desta proporção.

Tudo era novo. A estrutura de som e luz contou com um sistema extremamente mo-derno para a época. Um dos símbolos do Rock in Rio, aliás, é que foi ali, em 1985, que uma plateia foi iluminada pela primeira vez, no mundo, na história dos shows.

AtraçõesEra um período em que a

contratação de artistas in-ternacionais era extremante delicada. Mas, ainda assim, a primeira edição do Rock in Rio contou com nomes consa-grados em sua programação.

Nomes que, para aquela épo-ca, não estariam em palcos do Brasil: Queen, AC/DC, James Taylor, George Benson, Rod Stewart, Yes, Ozzy Osbourne e Iron Maiden foram alguns dos grandes artistas que su-biram ao palco deste festival. Isso sem falar nas principais estrelas da música nacional da época, como Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Rita Lee, Elba Ramalho, além de uma nova geração do rock nacional, que incluía Paralamas do Sucesso, Blitz, Kid Abelha e Barão Ver-melho e que ganhou destaque a partir de duas apresenta-ções no Rock in Rio.

“Não foi fácil realizar o Rock in Rio há 30 anos. Era um sonho que tive que batalhar muito para concretizar. Bati de porta em porta e venci inúmeras barreiras para trazer para o público algo diferente, algo que mudasse a história da música do país. Mas o evento foi além e mudou também a história das pessoas. Mais de um milhão de pessoas presentes no evento, naquela ocasião, têm histórias para contar e celebram o Rock in Rio até hoje em suas vidas. Me emociona ouvir o que cada um me conta. Percebo que o festival passa de geração para geração e isso é mui-to impactante”, ressalta o empresário Roberto Medina, idealizador do festival.

Momentos emblemáticos marcam a história do Rock in Rio. Em 1985, Freddie Mercury, do Queen, fi cou tão impressio-nado com o coro do público durante a canção “Love of my life” que decidiu reger a plateia. A própria banda citou aquela experiência como um dos mais belos momentos da história do grupo.

Ainda em 85, a banda aus-

traliana AC/DC deixou bem claro que só tocaria no Brasil se pudesse trazer um gigan-tesco sino de 1,5 tonelada, usado na música “Hell’s bells”. A produção do Rock in Rio aceitou o desafi o e trouxe o sino de navio. Mas aconteceu o que ninguém esperava: o palco não suportava o peso do sino. No fi m, o AC/DC subiu no palco com uma réplica

de gesso, confeccionada pela produção do festival.

Recém-encerrado o regime militar, no dia do show do Ba-rão Vermelho havia sido eleito no Brasil o primeiro presidente civil depois da ditadura, Tan-credo Neves. Nesta data, a música “Pro dia nascer feliz”, caiu como uma luva e trouxe mais um momento histórico para o festival.

Protagonistas de momentos históricos

Ao longo dos anos, o Rock in Rio levantou voo e foi para a Europa. Em maio de 2004, Lis-boa, em Portugal, viu nascer a sua própria Cidade do Rock. Em junho de 2008 foi a vez de Madri, na Espanha, também ter o seu Rock in Rio.

O ano de 2015 é o ano em que o festival completa 30 anos e a festa acontecerá ao longo de todos os meses. É o ano também que marca a chegada do festival aos Es-tados Unidos. Em setembro, nos dias 18, 19, 20, 24, 25,

26 e 27, mais uma edição do Rock in Rio no Brasil, a sexta, que será realizada na Cidade do Rock do Rio de Janeiro (Parque dos Atletas), onde o festival nasceu. As atrações iniciais incluem Katy Perry, A-Ha, System Of a Down e Queens of the Stone Age.

O Rock in Rio USA vai tomar a Strip de Las Vegas pela primeira vez nos dias 8 a 9 e 15 a 16 de maio de 2015. O line-up já inclui Metallica, Linkin Park, Ed Sheeran e Maná.

Marca é mantida nas edições europeias

Grupo Queens of the Stone Age confi rmado em setembro

Ao longo de 30 anos, já foram realizadas

14 edições com a presença de 7,5

milhões de pessoas

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A banda britânica Queen

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O fi m da expansão do setor auto-mobilístico, que vem ocorrendo nos últimos meses, motivará o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social) a dar ênfase aos fi nanciamentos para as montadoras que apostem em projetos de reengenharia, inovação e criação de modelos. A informação é do chefe do Departamento de Indústria Metalmecânica e Mobili-dade do BNDES, Haroldo Prates.

No entanto, ele ponderou que os investimentos para implantação de fábricas e ampliação da capacida-de produtiva continuarão ocorren-do. Segundo Prates, os pedidos de empréstimo das montadoras para renovação da frota de veículos ocorrem com ou sem cenário de crise. “Se a empresa não moderni-zar o veículo que está vendendo, o consumidor vai comprar do concor-rente”. Esse tipo de investimento e de fi nanciamento do banco é algo mais perene. Não há relação direta com a demanda, mas mostra gran-de correlação com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma dos bens e serviços fabricados no país.

Segundo ele, o incentivo a novos projetos não é novidade, já que fa-zia parte da programação tradicio-nal de fi nanciamentos do banco. “De três em três anos, normalmente, a montadora troca o modelo. Esses projetos as empresas trabalham usualmente conosco na linha de fi nanciamento”, disse.

Nos últimos anos, o BNDES deu destaque aos financiamentos de projetos que apresentavam a maior demanda do mercado, que eram as ampliações do parque de produção das montadoras e a aprovação de novas plantas au-tomobilísticas. As aprovações de financiamentos do BNDES para o setor automotivo somaram R$ 3 bilhões em 2014, até novembro. O valor inclui projetos de ampliações, desenvolvimento de novos pro-dutos e exportação. Desde 2008, empréstimos do banco para o setor somam R$ 45,6 bilhões.

Prates observou que o setor automotivo brasileiro passou nos últimos dez anos por grande cres-cimento. Em 2013, o país foi o quarto mercado mundial de au-tomóveis, caindo no ano passado para a quinta posição. “Por conta do grande crescimento do Brasil, várias montadoras entraram com pedidos de expansão, alguns fi nan-ciados pelo BNDES. Houve um ciclo de expansão de capacidade grande no Brasil”.

InvestimentosO gerente do departamento de

Indústria Metalmecânica e Mobi-lidade do BNDES Bernardo Hauch lembrou que muitos investimentos feitos ao longo dos últimos quatro ou cinco anos visaram à constru-ção de novas fábricas. “A gente percebeu que, mesmo com a queda recente [das vendas], nenhum des-ses investimentos foi paralisado ou descontinuado em função dessa queda de demanda. Na minha visão,

é uma aposta no longo prazo”.Os investimentos projetados

para o setor automotivo entre 2015 e 2018 alcançam R$ 59 bilhões, mostrando estabilidade em relação aos R$ 58 bilhões projetados entre 2010 e 2013. “Não tem quedas substanciais no investimento”, co-

mentou Hauch.O BNDES considera os investi-

mentos em reengenharia automo-tiva prioritários dentro da linha de inovação. Em termos de desem-bolsos, os investimentos do plano de engenharia são os mais rele-vantes apoiados historicamente

pelo banco. Comparando o setor automotivo com outros setores da economia, observa-se que ele tem um perfil grande de inovação. “Em relação à receita, as empresas in-vestem em pesquisa muito mais do que outros setores da economia”, disse Prates.

Desconfie de promessas de rentabilidade muito elevadas

Marcia DessenFinanças Pessoais

Antes de investir, a pri-meira coisa que queremos saber é quanto vamos ga-nhar. E, naturalmente, nossa escolha tende a ser a opção mais rentável. Informações sobre riscos, custos e impos-tos são relevados e, muitas vezes, ignorados.

As únicas aplicações cuja rentabilidade é conhecida antecipadamente são as de taxa prefi xada: a conta pou-pança, que rende TR + 0,5% ao mês – sempre que a taxa Selic superar 8,5% ao ano – e a LTN (Letra do Tesouro Nacional), que pagará a taxa contratada na data do ven-cimento do papel.

Conhecer a rentabilidade, além de raro, não significa que é a melhor opção. A poupança, por exemplo, per-deu feio para outros inves-timentos em 2014. Quem comprou LTN e precisou vender antes do vencimen-to perdeu dinheiro. Por quê? Porque a taxa de juros subiu e provocou perda no valor dos papéis.

A maioria das aplicações disponíveis não diz ao inves-tidor qual será a rentabilida-de. Quem se atreve a dizer tem uma chance enorme de errar e oferece péssimo aconselhamento ao ingênuo que pergunta.

O tempo dirá qual foi a rentabilidade em termos ab-solutos (+7% ou -5%), se hou-ve rentabilidade real (acima da infl ação), a rentabilidade líquida (após o pagamento de taxas e impostos). Só o passado pode dizer quanto você ganhou ou perdeu. O

futuro? Impossível prever.A taxa DI em 2013 foi de

8,06%. Com base nesse nú-mero, em janeiro de 2014 um investidor poderia esperar algo próximo a isso para os próximos 12 meses. Errado! A taxa DI em 2014 acumulou 10,81%. Arrisca dizer qual será a de 2015?

O Ibovespa perdeu 15% em 2013, perdeu mais 2,9% em 2014. Alguém se atreve a dizer se as perdas continuam em 2015 ou haverá forte valorização? O dólar subiu

15,1% em 2013, mais 12,7% em 2014. Algum palpite para o ano de 2015?

Adivinhações à parte, o que estou tentando comprovar é que não é possível prever o futuro e estimar a rentabi-lidade dos investimentos. O que se pode fazer, com algu-ma margem de erro, é indicar tendência de alta, baixa ou estabilidade.

As estimativas tendem a falhar porque são feitas com base em informações dispo-níveis no momento. Fatores

divergentes dos esperados e novas variáveis da economia local e mundial irão surgir e alterar, em maior ou menor escala, as previsões.

O que sabemos a priori é a rentabilidade de um pa-râmetro de referência. As operações de CDB, LCI e LCA, por exemplo, são cotadas em percentual da taxa DI. Se a cotação for de 90% da taxa DI sabemos que o investidor receberá 90% dessa taxa, seja ela qual for.

Dos fundos de investimen-

to só conhecemos a rentabi-lidade passada. Impossível dizer a rentabilidade futura dos fundos de renda fi xa e multimercado, por exemplo. E a CVM, órgão que regu-la e fi scaliza esse mercado, preocupa-se em alertar o investidor. Exige que todas as peças que divulgam o de-sempenho dos fundos conte-nham a frase: rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Quando alguém prometer rentabilidade, normalmente

muito elevada e acima da taxa de juros vigente, des-confi e. Nunca tome decisões de investimento com base em rentabilidade passada. Estude, investigue e procure saber quais foram os fatores econômicos e as estratégias adotadas pelo gestor que produziram a valorização ou desvalorização observada.

Quer saber quanto vai ga-nhar em 2015? Espere ja-neiro de 2016 chegar; 2015 será passado, e os números, conhecidos.

Inovação de autos está no foco do BNDESPROJETOS

O BNDES dará ênfase a fi nanciamentos para montadoras que apostem em projetos de reengenharia e inovação

MARCELLO CASAL JR/ABR

ALANA GANDRADA AGÊNCIA BRASIL

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CARO DINHEIRO Mande sua pergunta para coluna [email protected]/@folha_mercado

Em que aplicação posso investir R$ 100 mil, sem pagar IR e IOF?A caderneta de poupança, em

que você mantém seus recursos atualmente, de fato não tem co-brança de IR (Imposto de Ren-da) nem de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Isso não signifi ca que a modalidade re-presenta um bom investimento; muito pelo contrário, é nela que se encontram os retornos mais baixos se comparados com os de outros produtos fi nanceiros com risco similar.

Para comparar diferentes for-masde investimento, é importan-te analisar a rentabilidade líquida e ponderá-la por seu risco. No caso da poupança, que funciona como uma espécie de emprésti-mo ao banco, a possibilidade de não pagamento está relacionada exclusivamente com a falência

da instituição. Ainda assim, para esses casos, é válido o FGC (Fun-do Garantidor de Créditos), que assegura ao investidor o paga-mento de até R$ 250 mil por instituição e por CPF caso seu banco venha a quebrar.

Para 2015, o prognóstico é o de que a poupança oferecerá retornos próximos a 7% ao ano, enquanto a infl ação esperada é de 6,49%. O retorno, como de costume para a ferramenta, mal consegue manter o poder de com-pra do investidor.

Na mesma linha da poupança estão LCIs e LCAs (Letras de Cré-dito Imobiliário e do Agronegócio), modalidades sobre as quais não incide IR ou IOF, mas que contam com uma carência exigida pela maior parte dos bancos de cerca de seis meses até que possa ser

M. V. A. (RIO DE JANEIRO - RJ) realizado o resgate. Para as LCs em geral, é negociado um retorno líquido, o qual usualmente está atrelado ao CDI.

Os riscos das letras de crédito e da poupança são bastante si-milares, uma vez que as primeiras também funcionam como em-préstimos ao banco e também são cobertas pelo FGC.

No cenário atual, com Selic a 11,75% ao ano, o CDI fi ca próximo a 11,57% ao ano. Mantendo a mesma proporção, para a Selic esperada em 12,5% ao ano já para o mês de março de 2015, segundo o relatório Focus (pesquisa do Banco Central com instituições fi nanceiras), o CDI estimado será da ordem de 12,31%ao ano.

Considerando a possibilidade de obter cerca de 85% do CDI em alguns bancos grandes na

compra de letras de crédito, a rentabilidade líquida obtida será de 10,46% ao ano, per-manecendo bastante acima da poupança. Existem, ainda, outras duas possibilidades de aplicação bastante efi cientes, com risco similar: CDB (Certifi cado de Depósito Bancário) de grandes bancos — com cobertura do FGC — e LFT (Letra Financeira do Tesouro), na qual é possível investir por meio do Tesouro Di-reto. Para as duas ferramentas, há incidência de IOF apenas nos primeiros 30 dias de aplicação, além da cobrança de IR.

SAMY DANA é economista com PhD em business e pro-fessor da EAESP-FGV. Twitter: @samydana. Facebook: face-book.com/carodinheiro

Recursos em previdência privadatêm alguma garantia por lei?

RESPOSTA DE MAURO CA-LIL, ESPECIALISTA EM FINAN-ÇAS PESSOAIS – Os planos de previdência complementar são fundos de investimentos que, como tal, não são protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), o qual cobre outros tipos de investimento. Como qual-quer fundo de investimento, eles têm um CNPJ próprio, como você questiona em sua pergunta. Essa norma visa separar o patrimônio

do fundo do de seu gestor — a instituição fi nanceira que esco-lhe em que aplicar os recursos —, para proteger o investidor fi nal. No entanto, eliminar riscos é impossível e esses riscos esta-rão diretamente relacionados aos ativos escolhidos para compor a carteira de seu plano de pre-vidência. Vamos a um exemplo atual. Se seu fundo de previdência permite a compra de ações até o limite de 40% de tudo o que é investido e o gestor comprou tudo

J. H. V. (JACUTINGA - MG)

Samy Dana

em Petrobras, mesmo com gestor e administrador fortes o fundo teria perdido grande parte de seu capital no ano de 2014.

Outro: se seu plano aplica mui-tos recursos, que podem ser até 100% do total, em títulos de renda fi xa de um mesmo conglomerado fi nanceiro, você poderá ter queda de rentabilidade se as empresas desse grupo tiverem qualquer pro-blema. O melhor é diversifi car, buscar taxas melhores e aplica-ções protegidas pelo FGC.

Confi ra a premiação dos vencedores do simulador da Bolsa de São Paulo

A participante Maria Caro-lina Alves Borges teve ganho de 43,4%e liderou o ranking de dezembro do simulador Folhainvest, uma parceria da Folha com a BM&FBovespa.

Como prêmio, Maria re-ceberá um curso on-line do Institutwo Educacional BM&FBovespa e uma assina-tura de três meses do sistema terminal enfoque gráfi co.

Laercio Marinzek, grande

vencedor do ranking de 2014, ganhou um iPad, um curso presencial ou on-line a ser es-colhido pela BM&FBovespa e uma assinatura de três meses do sistema terminal enfoque gráfi co.

Por regiões, os premiados foram Eduardo Ferreira Frei-tas (Centro-Oeste), Mauri A. S. Junior (Norte), Roger Thia-go Alves Rodrigues (Sudeste), Jaco Batista Oliari (Sul) e

Andrezza Gabriel Mederios Costa (Nordeste).

Cada ganhador poderá par-ticipar de um curso, presen-cial ou on-line, escolhido pela BM&FBovespa e receberá uma assinatura de três meses do sistema terminal enfoque gráfi co. As inscrições para par-ticipar do simulador em 2015 abrem no dia 19 de janeiro, pelo site do Folhainvest: www.folhainvest.com.br.

FOLHAINVEST

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Crise da Petrobras afeta empreiteiras,estaleiros e ameaça 20 mil fornecedores de setor que responde por 13% do PIB

EspalhandoóleoPrimeiro foram afetadas

as empreiteiras que construíram refi narias para a Petrobras. De-

pois, a crise da estatal chegou à Sete Brasil, maior fornecedora de plataformas e de sondas para o pré-sal, que hoje precisa de US$ 5 bilhões para pagar aos estaleiros. Agora, são os bancos que terão de fazer provisões para cobrir possíveis calotes em cascata no setor de óleo e gás. Um estudo do governo afi rma que os bancos privados e públicos teriam emprestado R$ 130 bilhões ao setor.

Sem balanço auditado, a Pe-trobras não consegue captar novos recursos e começa a fi car sem caixa para pagar fornece-dores e dívidas.

A crise tem o potencial para desestabilizar todo o setor de petróleo e gás brasileiro, além das cadeias petroquímica, de fertilizantes e de biocombus-tíveis, que têm a estatal como principal parceira ou fornece-dora de insumos.

Trata-se de um setor que respondia em 2012 (último dado disponível) por 13% do PIB brasileiro, algo como R$ 560 bilhões; em 2014, deve ter caído devido ao recuo nos preços do petróleo e dos desdobramentos da Operação Lava Jato.

A estatal tem uma rede de mais de 20 mil fornecedores cadastrados, entre fabricantes de máquinas, equipamentos, embarcações e prestadores de serviços de diferentes portes e com contratos que vão de me-nos de um ano (curto prazo) a mais de 12 anos (longo prazo). A grande maioria – cerca de 18 mil – participa da cadeia de exploração e de produção de petróleo e gás, especialmente em alto-mar, águas profundas, ultraprofundas e pré-sal.

São fornecedores de navios, plataformas marítimas, sondas e componentes que surgiram para atender a exigência de nacionalização mínima de 60% das embarcações e de equipa-mentos utilizados na exploração. Só os investimentos previstos na área de exploração chegam a R$ 400 bilhões até 2020, segundo a Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo).

ConcentraçãoApesar do fi m do monopólio do

petróleo, quebrado por emenda constitucional em 1997, a Pe-trobras segue ainda com uma posição monopolista no setor, confundindo-se com a própria indústria. Na exploração, a esta-tal tem 92% do mercado, sendo que a maioria das demais em-presas ou são suas parceiras em projetos ou fornecedoras.

O refi no, fase em que o pe-tróleo vira combustíveis e de-rivados, está todo nas mãos da estatal. A Petrobras ainda compra etanol e biodiesel de cerca de 80 usineiros e de produ-tores rurais para misturar com a gasolina (o combustível tem 25% de álcool) ou com o diesel (5% é biodiesel). Fora os 5% de álcool que ela mesma produz.

A distribuição, responsável por levar combustíveis a postos e grandes clientes, é a área de maior concorrência. A Petrobras tem perto de 60% do mercado com as bandeiras Petrobras (antiga BR) e Ipiranga. Mesmo assim, concorrentes como a Shell compram o combustível refi nado da própria estatal.

TONI SCIARRETTADE SÃO PAULO

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