EM TEMPO - 26 de janeiro de 2015

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 32 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 ANO XXVII – N.º 8.608 – SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ DENÚNCIAS • FLAGRANTES 98116-3529 ADVOGADO É EXECUTADO O ADVOGADO JAKSON SOUZA E SILVA, 45, PRESIDENTE DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB) DE PARAUAPEBAS (PA), MORREU COM UM TIRO NO ABDÔMEN, NA NOITE DE SÁBADO (24), AO SER SURPREENDIDO POR DOIS HOMENS NO BAIRRO REDENÇÃO, EM MANAUS. REPRESENTANTES DA OAB DO PARÁ ESTÃO NA CIDADE PARA ACOMPANHAR AS INVESTIGAÇÕES. ÚLTIMA HORA A2 Uma vez Flamengo , sempre Flamengo ! O Flamengo começou 2015 com o pé direito. A vitória sobre o São Paulo, ontem, deu ao Rubro-Negro o título do torneio amistoso “Super Series”, disputado na Arena da Amazônia, com direito a festão da torcida. Pódio C2 e C3 RICARDO OLIVEIRA O gol da vitória rubro-negra saiu no segundo tempo, quando Samir entrou no meio da defesa tricolor e chutou sem chances para Ceni Goiano queria entrar para Estado Islâmico Acusado de tentar se integrar às forças do Estado Islâmico na Síria, o brasileiro Kayke Guimarães, 18, foi preso por autoridades búlgaras e extraditado para a Espanha. Mundo B4 DIVULGAÇÃO Kayke foi preso ao tentar se alistar no grupo radical Estado Islâmico Foi concluída a recuperação da esta- ção de captação de água do Proama, cuja estrutura havia sido danificada após a colisão de uma balsa com um pilar de sustentação. Dia a dia A8 Captação de água 100% recuperada PROAMA São grandes as possibilidades de que apagões ainda voltem a ocorrer. Nos últimos 3 anos, os recordes de demanda foram em fevereiro, diz especialista. FOLHAINVEST O primeiro de uma série de apagões ALERTA PRESO O teatro se despede de Maria Della Costa A atriz de teatro Maria Della Costa morreu sábado (24), aos 89 anos, no Rio de Janeiro. Colegas de trabalho destacaram seu talento como atriz e a capacidade de lançar atores. Plateia B5 DIVULGAÇÃO Della Costa lançou no teatro nomes como Fernanda Montenegro LUTO ÀS NOSSAS CUSTAS A BOA VIDA DOS DEPUTADOS DIVULGAÇÃO A partir de 1º de fevereiro, quando o novo subsídio dos deputados federais passa a valer, cada parlamentar pode custar mensalmente R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. Além do salário de R$ 33,7 mil, esses parlamentares têm direito a ajuda de custo, cotão, auxílio-moradia e verba de gabinete para até 25 funcionários. Última Hora A2 Os deputados federais aprovaram o reajuste salarial na última semana de trabalhos do ano passado O promotor Alberto Nisman, encon- trado morto após ter denunciado a presidente argentina Cristina Kirchner, havia pedido uma arma a um dos poli- ciais de sua equipe. Mundo B4 Promotor pediu arma emprestada ARGENTINA OAB do Pará acredita que Jakson foi morto por “encomenda” REPRODUÇÃO

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 32 MÍN.: 24

TEMPO EM MANAUS

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

1,00

ANO XXVII – N.º 8.608 – SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊDENÚNCIAS • FLAGRANTES98116-3529

ADVOGADO É EXECUTADO

O ADVOGADO JAKSON SOUZA E SILVA, 45, PRESIDENTE DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB) DE PARAUAPEBAS (PA), MORREU COM UM TIRO NO ABDÔMEN, NA NOITE DE SÁBADO (24), AO SER SURPREENDIDO POR DOIS HOMENS NO BAIRRO REDENÇÃO, EM MANAUS. REPRESENTANTES DA OAB DO PARÁ ESTÃO NA CIDADE PARA ACOMPANHAR AS INVESTIGAÇÕES. ÚLTIMA HORA A2

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!

O Flamengo começou 2015 com o pé direito. A vitória sobre o São Paulo, ontem, deu ao Rubro-Negro o título do torneio amistoso “Super Series”, disputado na Arena da Amazônia, com direito a festão da torcida. Pódio C2 e C3

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O gol da vitória rubro-negra saiu no segundo tempo, quando Samir entrou no meio da defesa tricolor e chutou sem chances para Ceni

Goiano queria entrar para Estado Islâmico

Acusado de tentar se integrar às forças do Estado Islâmico na Síria, o brasileiro Kayke Guimarães, 18, foi preso por autoridades búlgaras e extraditado para a Espanha. Mundo B4

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AÇÃO

Kayke foi preso ao tentar se alistar no grupo radical Estado Islâmico

Foi concluída a recuperação da esta-ção de captação de água do Proama, cuja estrutura havia sido danifi cada após a colisão de uma balsa com um pilar de sustentação. Dia a dia A8

Captação de água 100% recuperada

PROAMA

São grandes as possibilidades de que apagões ainda voltem a ocorrer. Nos últimos 3 anos, os recordes de demanda foram em fevereiro, diz especialista. FOLHAINVEST

O primeiro de uma série de apagões

ALERTA

PRESO

O teatro se despede de Maria Della Costa

A atriz de teatro Maria Della Costa morreu sábado (24), aos 89 anos, no Rio de Janeiro. Colegas de trabalho destacaram seu talento como atriz e a capacidade de lançar atores. Plateia B5

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AÇÃO

Della Costa lançou no teatro nomes como Fernanda Montenegro

LUTO

ÀS NOSSAS CUSTAS

A BOA VIDA DOS DEPUTADOS

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AÇÃO

A partir de 1º de fevereiro, quando o novo subsídio dos deputados federais passa a valer, cada parlamentar pode custar mensalmente R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. Além do salário de R$ 33,7 mil, esses parlamentares têm direito a ajuda de custo, cotão, auxílio-moradia e verba de gabinete para até 25 funcionários. Última Hora A2

Os deputados federais aprovaram o reajuste salarial na última semana de trabalhos do ano passado

O promotor Alberto Nisman, encon-trado morto após ter denunciado a presidente argentina Cristina Kirchner, havia pedido uma arma a um dos poli-ciais de sua equipe. Mundo B4

Promotor pediu arma emprestada

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OAB do Pará acredita que Jakson foi morto por “encomenda”

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A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

OAB do Pará acredita que morte foi encomendadaAdvogado assassinado em Manaus teria sido ameaçado no município de Parauapebas, onde é presidente da subseção da OAB

A Ordem dos Advoga-dos do Brasil do Pará (OAB-PA) acredita que o assassinato do advo-

gado Jakson Souza e Silva, 45, morto na noite deste sábado (24), na capital amazonense, tenha sido “mais um crime de encomenda”. A informação foi retirada do site da OAB-PA, onde Jakson ocupava o cargo de presidente da subseção da ordem em Parauapebas (a 537 quilômetros de Belém).

“Tudo nos leva a crer que esse foi mais um brutal as-sassinato ligado ao exercício profi ssional da advocacia e que trata-se, portanto, de uma gravíssima violação das prerrogativas”, informou a di-retoria da ordem.

O presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, o con-selheiro seccional, Robério D’Oliveira e o vice-presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da instituição, Rodrigo Godinho, estão em Manaus e devem acompanhar toda a investigação do caso.

A Comissão de defesa das Prerrogativas do Amazonas já se habilitou a acompanhar o inquérito policial. Agora a comi-

tiva da OAB do Pará e do Ama-zonas se reúne com o delegado geral da Polícia Civil do Estado, Orlando Amaral, que conversou, por telefone, com o delegado geral da Polícia Civil do Pará, com quem obteve informações sobre as ameaças de morte que Jakson teria sofrido.

CrimeO advogado Jakson Souza e

Silva foi morto por volta das 23h40, na rua 15 de Outubro, localizada no bairro Redenção, Zona Centro-Oeste da capital, após ser atingido com um tiro no abdômen.

Segundo informações da Polícia Civil, testemunhas con-taram que o advogado foi abordado por dois homens, que estavam em uma moto, e efetuaram os disparos. A vítima ainda foi socorrida por populares e encaminhada ao SPA Alvorada, na mesma re-gião, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Conforme a polícia, com a vítima foi encontrado R$ 1,9 mil em espécie, um notebook e um smartphone. Ainda de acordo com nota da OAB-PA, Jakson tinha recebido um “bi-lhete ameaçador”, enquanto estava em um restaurante, no último dia 10 de janeiro. A ameaça ao advogado Jakson Souza e Silva teria ocorrido no início de janeiro deste ano, por meio de um bilhete, num restaurante

REPRODUÇÃO

Deputados devem custar R$ 75 milhões ao mês

Na última semana de traba-lhos, deputados e senadores aprovaram o reajuste salarial para a próxima legislatura. Ao acrescentar o acumulado do IPCA dos últimos quatro anos aos vencimentos atuais, eles verão os contracheques subirem dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 33,7 mil. Desta forma, também vai aumentar o gasto que o país terá com cada parlamentar.

A partir de 1º de feverei-ro, quando o novo subsídio dos deputados federais pas-sa valer, cada parlamentar pode custar mensalmente

R$ 1.792.164,24 aos cofres públicos. Este valor leva em conta os 13 salários anuais, a média de gastos da ajuda de custo, do cotão, do auxílio-moradia e dos gastos com verba de gabinete.

Com exceção do salário, os outros benefícios são usados de acordo com a demanda. Um deputado pode, por exemplo, economizar verba de gabine-te e não usá-la, assim como viajar menos para seu Estado de origem, o que resultará na economia do cotão. Caso ele não use, os valores fi cam na conta da Câmara.

POLÍTICA

Parlamentares reajustaram salários no fi nal do ano passado

EBC

Esquerda radical éeleita

Atenas, Grécia - O parti-do de esquerda radical Syri-za venceu, ontem, as elei-ções legislativas na Grécia, realizadas para formar um novo governo no país, tor-nando-se o primeiro partido antiausteridade a assumir o poder na zona do euro.

Com 70% dos votos apura-dos, o Syriza havia conquis-tado 149 das 300 cadeiras do Parlamento. O segundo colocado, o centro-direita Nova Democracia, do atual primeiro-ministro Antonis Samaras, obteve 77.

O Syriza precisava de apenas mais duas cadei-ras para governar sozinho -caso contrário, terá de negociar coalizão com le-gendas menores.

O partido, uma união feita em 2004 de várias tendên-cias de esquerda, transfor-mará em primeiro-ministro Alexis Tsipras, um jovem político de 40 anos que fez campanha criticando credo-res e prometendo resgatar a “dignidade” da Grécia.

No discurso em Atenas, após o resultado, ele man-dou um recado para a Euro-pa: a “troica”, o programa de recuperação dos países em crise baseado em medidas de austeridade fi scal, fi cou no “passado”. “A população grega fez história e deixou para trás cinco anos de humilhação e sofrimento”, disse o líder de esquerda.

O resultado é um mar-co na história do país: um partido de esquerda radical assume o poder pela pri-meira vez em quase 200 anos de existência do Es-tado moderno grego.

GRÉCIA

Concurso n. 680 (24/1/2015)

Extração nº 04939 (24/01/2015)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 88.260 500.000,00

2º 67.395 35.200,00

3º 30.552 34.000,00

4º 32.216 33.080,00

5º 13.475 32.000,00

Concurso n. 1353 (23/01/2015)

04 08 11 25 29 30

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

02 09 16 20 21 35

Segundo sorteio

Concurso n. 1524 (24/01/2015)

LOTOMANIALOTOMANIA

02 07 08 14 16

21 22 26 30 32

36 42 48 59 72

82 87 90 93 95

Concurso n. 3698 (24/01/2015)

19 20 33 58 77

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

TIMEMANIATIMEMANIA

0 2 04 05 44 67 68 79

Time do coração

RIO BRANCO/AC

LOTERIAS

Concurso n. 1672 (24/01/2015)

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

01 03 05 10 20 42

01 03 04 07 09

11 13 15 18 19

20 21 23 24 25

Concurso n. 1162 (23/01/2015)

KATTIÚCIA SILVEIRAEquipe EM TEMPO Online

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Page 3: EM TEMPO - 26 de janeiro de 2015

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015 A3Opinião

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está satisfeito com a atual estrutura adminis-trativa do PT e, principalmente, do seu distaciamento dos movimentos sociais. O PT burocra-tizou-se, reconhece ele, quer dizer, assumiu o espectro de todos as agremiações partidárias, ao reivindicar o direito de cometer o mesmo patrimonialismo que combateu até muito pouco tempo. Lula quer mudança e esse é um desejo que está no ar, nem chega a ser uma novidade, ainda que anunciado pelo carismático ex-presidente de dois mandatos.

Mas que mudança defende Lula? De preferência uma que deixe tudo como estava antes que a bomba da sua política de inclusão estourasse nas mãos desastradas de Dilma Rousseff , sua criatura, que também quer usar tudo o que fez de errado no primeiro mandato, arrancando à fórceps R$ 20 bilhões do bolso do contribuinte (principalmente daquele que paga imposto na fonte). Lula vê, como outros dirigentes, com maus olhos, a manobra populista da legenda, que aprovou que 50% dos cargos de direção devem ser ocupados por mulheres, 20% por jovens (de até 30 anos) e 20% por negros. Difícil de executar: o “Domingão do Faustão” e o “Esquenta”, da Regina Casé, não fazem o menor esforço para ter aquela quantidade de mulheres e afro-descendentes no palco e na plateia.

O ex-presidente também lista como prioridade a reaproximação do PT com os movimentos sociais e, para essa missão, quer escalar o ex-secretário-geral da Presidência Gilberto Carvalho e Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência, que não são vistos com bons olhos dentro e fora do partido. Do lado da oposição, o PSDB de Aécio Neves acredita que já é a mudança. Nem durante a campanha presidencial conseguiu ser claro. Pensa-se que o Brasil precisa de um bom (ou uma boa) presidente. Onde andarão esses bons?

Contexto3090-1017/98115-1149 [email protected]

Para o início da revitalização da Ma-naus Moderna, cujas obras vão reor-ganizar a parafernália de carros que descarregam produtos na feira e revelar uma das mais belas paisagens de Ma-naus, o rio Negro, hoje encoberto por uma mureta de concreto indecente.

Obras da Manaus Moderna

APLAUSOS VAIAS

Taca-lhe pau!

A declaração do ministro amazonense recebeu, de cara, críticas do jornalista e apresen-tador do “Jornal da Band”.

— Nem bem chegou ao cargo e o ministro (Eduardo Braga) começa a fazer ‘gra-cinhas’. Isso é lamentável”, disse o âncora da TV.

Fala tudo

Aliás, Boechat não tem papas na língua.

Recusando-se a ser refém dos textos do teleprompter e da ideologia do politica-mente correto, o jornalista aproveita a liberdade con-ferida a ele no “Jornal da Band” para emitir opiniões inimagináveis na bancada de outros telejornais.

“Vagabundo”

Um bom exemplo aconteceu recentemente.

O apresentador classi-ficou o cantor Renner de “vagabundo”, “assassino” e “criminoso” ao comentar a prisão do sertanejo, por di-rigir embriagado e bater o carro em outro veículo, 13 anos após provocar a morte de um casal em uma rodovia do interior paulista.

Ferro da Míriam

Em sua página, no site O Globo, a jornalista Míriam Leitão também não poupou críticas a Eduardo Braga.

Na avaliação dela, o minis-tro do PMDB definirá nesta crise se assumirá mesmo a pasta de Minas e Energia ou se o poder será exercido pelo secretário-executivo Márcio Zimmermann, como

foi com Edison Lobão.

Assuma

Miram Leitão observa que Braga pode aceitar as expli-cações miúdas, pontuais e escapistas sobre a crise ou enfrentá-la.

— Culpar um circuito que desligou, uma linha que caiu é fácil; difícil é admitir que há uma crise –, diz a jornalista de economia.

Ladainha

O vereador Waldemir José (PT) resumiu seu mandato para cruci-fi car o prefeito Arthur Virgílio.

Até parece que Manaus não tem outros problemas. Tudo é culpa do prefeito. Essa tem sido a ladainha diária do vereador petista.

Até o pombo

Se um pombo, por exemplo, fi zer cocô na cabeça de uma estátua, pronto: a culpa é de Arthur!

Muda o disco

A coisa parece que virou pro-blema pessoal.

E já está dando na vista, por-que Waldemir José não muda o disco.

Arroz proibido

Acredite.A Igreja Católica proibiu

a tradição de jogar arroz sobre as cabeças dos noivos, à saída da cerimônia que simboliza o final feliz de uma história de amor.

Nem pensar

No sábado, após o ca-

samento de Hélvia e Ro-naldo Pereira – ela de-fensora pública e ele advogado –, uma belíssima cerimônia, os convidados correram para o cerimonial em busca do arroz.

Mas deram com a cara na parede.

— Está proibido pela igre-ja! – informou a moça da empresa que organizou o casório.

Quero arroz

À saída da igreja, sem ne-nhum grãozinho caindo sobre sua cabeça, a noiva Hélvia deu um grito:

— Cadê o arroz?

Explicação

As explicações para o fi m da tradição do arroz são vá-rias.

Mas duas, pelo menos, fa-zem sentido.

O desperdício de alimentos, enquanto parte do planeta morre de fome; e a sujeira, que fi ca para o pároco limpar.

Boca no trombone

O Movimento a favor da Cultura –AM está colocando a boca no trombone.

Reivindica maior participa-ção no que chama de “o fazer da cultura”.

E culpa, claro, o poder pú-blico pela centralização.

Fizeram o quê?

Só resta saber qual é a produção cultural do pesso-al que engrossa o caldo do movimento.

Cultura não é só gravar um CD, como a ManausCult pensou um dia.

Para o absurdo no preço dos peixes vendidos na Manaus Moderna. Em época de defeso, um roelo de tambaqui estava sendo vendido a R$ 70 no domingo.

Preço do peixe

Âncora da Band, o jornalista Ricardo Boechat detonou o ministro das Minas e Ener-gia, Eduardo Braga.

Acusando o governo de não ter se preparado para evitar apagões, Boechat não gostou da desculpa do ministro que entregou para Deus o problema. Ao falar sobre como resolver o pro-blema, Braga afi rmou que espera pela ajuda divina.

— Deus é brasileiro, nós também temos que contar de que Ele vai trazer um pouco de umidade e um pouco de chuva para que a gente possa ter mais tranquilidade ainda —, disse Eduardo.

Boechat diz que Braga fez “gracinha”

SEMCOM JOEL ROSA

[email protected]

Lula também quer mudança

Luiz Flávio Gomes

Jurista e coeditor do portal

“atualidades do direito.com.br”

Uma das provas de que nossas ins-tituições estão anquilosadas reside no fato de que o Brasil repatriou, até aqui, pouco mais de 1% do dinheiro dos cleptocratas “corruptos”, que aqui conseguiram fazer fortuna, se apropriando do alheio, levando (ou lavando) seus recursos para bancos no exterior (bancos esses que fazem parte de toda a engrenagem da corrupção mundial, na medida em que colocam no mercado fi nanceiro legalizado, dando aparência de lici-tude, aquilo que tem origem suja, criminosa). Os dados são do delega-do Ricardo Andrade Saadi, o diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça, que coloca em dúvida a capacidade de o Brasil recuperar o dinheiro desviado e identifi cado na Operação Lava Jato no curto ou médio prazo (“Estadão”).

A “salvação [espiritual, como es-creveu padre Antonio Vieira; da nação, dir-se-ia em termos pro-fanos e político-sociais] não será possível sem se perdoar o pecado e o pecado não pode ser perdoado sem que se restitua o roubado”. Que bom princípio seria (diante do escândalo da Petrobras), se come-çássemos por fazer com que tudo que foi roubado do patrimônio pú-blico fosse restituído pelos ladrões. Quem se enriquece indevidamente (se apropriando de bens alheios) deve ser privado do próprio.

Concordo plenamente com o papa Francisco quando disse que não basta “aos políticos, empre-sários e religiosos corruptos pedir perdão; eles devem ‘devolver’ à comunidade o que roubaram; os po-líticos corruptos, os empresários corruptos, os sacerdotes corruptos prejudicam os mais pobres; são os pobres que pagam as festas dos corruptos; são eles que pagam a conta”. E como pagam essa con-

ta? Pagam, diz o papa, quando o dinheiro da corrupção faz com que falte aos pobres, por exemplo, hospitais e escolas dignas. Poderia ser mais claro (indaga o jornalista Juan Arias, do “El País”)?

Por roubar, em sentido amplo, devemos compreender o corromper (e ser corrompido), o furtar, o ex-torquir, o parasitar, o se enriquecer ilicitamente etc. Em lugar da moral, prudência, moderação, trabalho, es-tudo, aplicação, dedicação e afi nco (qualidades que constroem as boas e saudáveis sociedades), toda nossa história está paradigmaticamente marcada pela corrupção, temeri-dade, intemperança, ociosidade, ig-norância, parasitismo, dissipação, ladroagem e degeneração.

Costumamos atribuir esses de-ploráveis vícios somente à política e aos políticos, porém, verdade seja dita, da arena política essas máculas saltaram também para as relações sociais (para a sociedade civil) e empresariais. Na verdade, há aqui um canal de dupla via, porque muitas vezes o desencadeador do malfeito é o particular ou a empresa, que acaba contagiando o mundo político (formando com ele uma simbiose maligna). De qualquer modo, não há como não reconhecer a singulari-dade cleptocrata do mundo político (feitas as ressalvas devidas), posto que autor privilegiado do extrava-samento exuberante de todos os vícios citados, porque (ao longo da história) habituados à falsifi cação de atas e de urnas, à fraude da lei, às artifi ciosidades das chicanas judiciais, à traição dos amigos, à renegação dos princípios, ao re-baixamento dos níveis mínimos das posturas éticas, ao aviltamento dos costumes, resumindo toda a moral no triunfo e no bom êxito eleitoral, que se transformou de meio em fi m (veja “Jornal de Timon”, de João Francisco Lisboa, p. 309-10).

Luiz Flávio Gomes [email protected]

Ninguém pode ser perdoado

[email protected]

Regi

Em lugar da moral, pru-dência, mode-ração, traba-lho, estudo, aplicação, dedicação e afi nco (qua-lidades que constroem as boas e sau-dáveis socie-dades), toda nossa história está paradig-maticamente marcada pela corrupção, temeridade, intemperança, ociosidade, ignorância, parasitismo, ladroagem e degeneração”

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A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

FrasePainelVERA MAGALHÃES

A cúpula do PT teme que as críticas feitas por dirigentes do partido ao ajuste econômico de Dilma Rousseff se espalhem para entidades como a CUT e ampliem o distanciamento do governo com as bases da sigla. Petistas afi nados com o Planalto já preveem uma discussão acalorada na reunião do diretório nacional em Minas, no início de fevereiro. Dirigentes que fi caram sem cargo no governo até agora ameaçam engrossar o coro contra as medidas do ministro Joaquim Levy (Fazenda).

Gasolina Petistas já recla-mam internamente que a dis-tribuição de vagas no segundo escalão vai recompensar ape-nas os outros partidos da base, em uma tentativa de angariar votos para Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela pre-sidência da Câmara.

Luz de velas Além de turbinar a criação de uma nova CPI da Petrobras, a oposição tentará instalar também uma CPI do sistema elétrico.

Antipetista José Sarney (PMDB-AP) tem demonstrado amargura em relação ao apoio de petistas ao governo de Flávio Dino (PC do B) no Maranhão. “Eles sempre trabalham contra nós”, disse, segundo um interlocutor.

Ecumênico Comandado pelo tucano Geraldo Alckmin, o go-verno paulista recorreu até ao petista Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, para que o governo federal libere recursos prometidos para a linha 18 do Metrô, no ABC.

Muito prazer Em meio à crise de abastecimento de água que atinge o Estado, Alckmin usou como estratégia nas últimas se-

manas visitar cidades a que não tinha ido no primeiro mandato.

Um brinde Depois de se sub-meterem juntos a um check-up, o governador do Rio, Luiz Pezão (PMDB), e o técnico Joel Santana celebraram o bom resultado dos exames com um tour regado a chope e conversa com amigos por alguns dos mais badalados botecos do Rio.

Me dê motivo Para tentar evitar dissidências no PSDB, Julio Delgado (PSB-MG) tem dito que a falta de apoio maciço dos tu-canos à sua candidatura à presi-dência da Câmara dará munição à ala pessebista que trabalha para que o partido volte à base aliada do governo Dilma.

Magoou Vislumbrando um segundo turno entre Arlindo Chinaglia e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a cúpula tucana vai tentar costurar um apoio irrestrito ao peemedebista. A eleição presidencial de 2014 destruiu qualquer possibilida-de de voto no PT.

Cabo de guerra Chinaglia telefonou para Michel Temer na quinta-feira para avisar que, para provocar Cunha, citaria a

atuação do vice-presidente na disputa. O peemedebista de fato procurou o vice para se queixar da declaração do rival petista.

Faz um DDD Eduardo Cunha e um grupo de 15 aliados vão passar a semana telefonan-do para praticamente todos os deputados que votarão na eleição, no domingo. Os prin-cipais alvos do grupo serão os novatos, eleitos pela primeira vez em outubro.

Sem regime Cunha marcou para hoje dois almoços de campanha ao mesmo tempo, em São Paulo. Os restaurantes fi cam a quatro quilômetros de distância.

Resta um Os coordenadores da campanha de Cunha fazem disputa velada pela liderança da bancada, caso ele se eleja. Pleiteiam o cargo Manoel Jr. (PB), Lucio Vieira Lima (BA), Danilo Fortes (CE) e Leonardo Piciani (RJ).

Esfi nge Cunha evita mani-festar preferência pela mesma razão pela qual tem calado sobre cargos na Mesa: escolher um signifi ca desagradar vários – e perder votos.

Rastilho de pólvora

Contraponto

Famoso por não recusar um cafezinho, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também costuma oferecer guloseimas para auxiliares em reuniões no Palácio dos Bandei-rantes. No início do ano, propôs chocolates ao secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, que tentou recusá-los sem ser deselegante.– Estou de dieta, governador. Quero tentar chegar na sua idade nesta boa forma... –brincou.Alckmin retrucou, deixando o secretário sem escolha:– Então pode comer, sim, porque comi chocolate minha vida inteira!

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

A dieta do governador

Tiroteio

DO VEREADOR PAULO FIORILO, PRESIDENTE DO PT PAULISTANO, sobre reunião de prefeitos com a secretaria de Recursos Hídricos, pedida por Fernando Haddad.

A ausência de Alckmin em uma reunião para discutir a crise hídrica é sinto-mática de um governo que foge de suas responsabilidades.

Dentro de mais alguns dias, o Par-lamento abrirá uma nova legislatura. Nesse momento, a indagação que se levanta é: como os senadores e de-putados poderão usar o ano em curso para aliviar as sombras que escurecem os horizontes? As perspectivas para 2015 são sombrias: crescimento pífi o, economia em retração, juros subindo, acesso limitado ao consumo, orça-mentos cortados, setores produtivos desestimulados, seca devastando o Nordeste e o Sudeste, reservatórios usando seus volumes mortos, ameaça de apagão e por aí vai.

Os brasileiros, claro, querem seu bom dinheirinho no bolso, estrutura de atendimento à saúde, garantia de emprego, maior segurança nas cidades, uma vida em paz. Da parte dos governantes, já se sabe que a palavra crescimento estará fora de seu dicionário. Se prometerem isto, estarão cometendo mais uma fraude. E o que poderão fazer os políticos para salvar o ano? Usando suas prer-rogativas para fazer coisas possíveis e tentando dar um passo adiante. Por exemplo, decidindo enfrentar para valer as tão propaladas reformas po-lítica e tributária. A crise crônica que assola o país, há décadas, tem como origem velhas práticas clientelistas e uma modelagem tributária, que se mostra perversa e injusta. Urge lapidar esses dois pilares da vida institucional, arrumando um modelo racional de Estado e uma gestão moderna de democracia.

Interstício entre anos eleitorais, 2015 é o ano ideal para abrir a porta de reformas. Um argumento que pode unir os contrários é o de que as medidas aprovadas só serão aplicadas a partir de 2018. Haveria, portanto, prazo su-fi ciente para acomodação de posições e de interesses partidários. Por que começar com a reforma do sistema po-lítico-eleitoral, com o estabelecimento de uma modelagem mais condizente com o escopo democrático? A moder-

nização das práticas políticas – sem os vícios e “ismos” que herdamos de nosso processo civilizatório – será a garantia de que o país abandonará o ciclo patrimonialista, oxigenando os pulmões da democracia.

Na frente econômica, o ortodoxo Joaquim Levy abriu seu estoque de ajustes, a partir do pacotaço de impos-tos que começa a fechar as portas do consumo. O fato é que diques pontuais para atenuar as ondas da pororoca econômica só serão efi cazes se acom-panhados de ações mais profundas com foco na reforma do Esta¬do. A par da política e da economia, portanto, outros campos carecem de uma ação reformista, como é o caso do próprio sistema presidencialista, que se ampara em mando excessivo. O chamado presidencialismo de coa-lizão expressa forte viés paternalista, estabelecendo humilhante dependên-cia do Legislativo e da planilha par-tidária situacionista ao Executivo. O poder da caneta – que nomeia e demite – exerce enorme atração, balizando o exercício parlamentar.

Em outra ponta, a presidente da República passaria a usar o instrumen-to excepcional da medida provisória exclusivamente em casos comprova-dos de urgência e relevância. Esta nova ordem imprimiria respeito ao sistema normativo. Com ganhos de todos, Executivo e Legislativo.

Se não é possível avançar em largos passos, que os congressistas tentem cumprir uma agenda mínima de grandes compromissos. O que não se admite é a in¬transigência por motivações grupais e já com vistas ao jogo eleitoral de amanhã. No que diz respeito ao Judiciário, o que se espera é que o STF leve a cabo, de forma mais célere, o contencioso em torno da Petrobras, julgando os quadros políticos envolvidos na propinagem. Que o ano legislativo de 2015 marque um tento no capítulo das grandes mudanças.

Gaudêncio [email protected]

Gaudêncio Torquato

Gaudêncio Torquato

Professor titular da USP, consultor políti-co e de comunicação

O ortodo-xo Joaquim Levy abriu seu estoque de ajustes, a partir do pacotaço de impostos que começa a fechar as portas do consumo. O fato é que di-ques pontuais para atenuar a pororoca econômica serão efi ca-zes se acom-panhados de ações mais profundas na reforma do Estado”

A missão do Parlamento

Olho da [email protected]

Esses dois minhocões que o flagrante aéreo oferece aos usuários do transporte cole-tivo formam o complexo de inferioridade urbana conhecido como Terminal 1 (T1), no gargalo da Constantino Nery. Só dá trabalho e prejuízo, não oferece uma sombra aos viajantes. Enquanto a arquitetura de Severiano Porto é detonada na cidade, esse ferro-velho continua fazendo o que no meio do caminho?

RAIMUNDO VALENTIM

O fato de apoiar a governabilidade não quer dizer que somos submissos ao governo. Se eu for eleito vou

decepcionar quem esperar que eu trabalhe em oposição ou situação ao governo de Dilma Rousseff . Os interesses

públicos serão prioridade. Eu continuo meu trabalho, caminhando, pedindo voto, conversando. Eu espero com muita tranquilidade ter uma vitória no primeiro turno

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse em Sergipe como pretende se comportar como presidente da Câmara dos Deputados (se vencer as eleições): sem fazer oposição, mas criticando; sem ser situação, mas

fazendo oposição, deixando tudo muito claro.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Page 5: EM TEMPO - 26 de janeiro de 2015

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015 A5Política

Dom Sérgio Castriani disse que entre as reformas que o país precisa, a da política é a mais urgente

Ato em favor da reforma política Após a celebração de en-

cerramento do 11º Encontro Nacional da Pastoral da Ju-ventude (ENPJ), na manhã de ontem (25), na Igreja Matriz de Manaus, jovens e adep-tos da Reforma Política no Brasil realizaram um Ato em favor da Campanha, apre-sentada pela Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), en-tre outras instituições.

Dom Sérgio Castriani desta-cou que a igreja do Brasil toda está empenhada na reforma política. Ele lembrou que o Bra-sil precisa de muitas reformas, como nas áreas de educação, tributárias entre outras, mas a mais urgente é a política. “Nós, bispos do Brasil, julga-mos que é a coisa (reforma política) mais importante que precisamos fazer. Assistimos nas eleições tantas coisas que prejudicam o país e a socie-dade”, disse, acrescentando que a Pastoral da Juventude entra nesse grande mutirão da igreja do Brasil. O presiden-te da Comissão da Reforma Política da OAB-AM, Carlos Santiago, definiu a ação como um ato claro do compromis-so da igreja com a mudança que o sistema precisa ter no país. Segundo ele, não tem como aguardar mais. “Essa reforma precisa sair. A igre-ja mostra um exemplo claro da necessidade de mudança

AÇÃO

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Aleam inicia acomodação dos deputados novatos Na reta final para o início dos trabalhos legislativos, casa começa limpar os gabinetes e repassar aos novos parlamentares

Faltando uma semana para o retorno das atividades parlamen-tares, os gabinetes

da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) começam a ser renovados à medida que os novos integrantes do par-lamento tomam seus lugares na casa. As movimentações nos corredores estão a todo vapor, e devem ser intensi-ficadas nesta semana. Mui-tas das 40 salas disponíveis para os deputados ainda pas-sam por pequenas reformas para acomodar os novatos. Outras seguem sem defini-ção de quem deverá ocu-pá-las, pois aguardam deci-são sobre a composição da mesa diretora.

Sem ter disputado um novo mandato como deputado es-

tadual, Marcelo Ramos (PSB) já cedeu o gabinete localiza-do no 2º andar da Aleam, para o ex-presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Bosco Saraiva (PSDB). Mar-cos Rotta (PMDB), que pas-sou a integrar a Câmara dos Deputados, também já iniciou o processo de es-vaziamento do espaço que ocupou por quatro mandatos. De acordo com funcionários da casa, quem passará a usar a sala será o ex-vereador Carlos Alberto (PRTB).

Tony Medeiros (PSD) abriu o espaço que utilizava com sua equipe para o republi-cando Sabá Reis, que ainda na semana passada iniciou o processo de pintura e orga-nização do espaço. Fora da preferência do eleitor amazo-nense, Fausto Souza (PSD) já autorizou o início da retirada de seus pertences do gabinete

que ocupava. Durante toda a última quinta-feira (21), fun-cionários de Souza esperavam o novo ocupante do lugar para o repasse das chaves. “Esta-mos aguardando, tudo que pertencia ao deputado Faus-to já foi retirado. Ainda não sabemos quem será o novo ocupante da sala”, comentou uma funcionária.

Com o direito de usufruir da estrutura disponibilizada pelo parlamento estadual até o próximo dia 31, o agora de-putado federal Artur Bisneto (PSDB) ainda dispõe de um profissional para atender a população, e que deve perma-necer no local até o último dia do prazo. “A ideia do deputado é que possamos direcionar as demandas do gabinete para a sede do partido. Isso vai ajudar a população a encontrá-lo, já que ela está acostumada com nosso atendimento aqui na

Assembleia”, explicou o fun-cionário. A expectativa é que o gabinete de Bisneto seja ocupado pelo também tucano Bi Garcia.

Um dos novos parlamenta-res que ainda não possui ga-binete definido, Platiny Soares (PV), já demostrou interesse em conhecer os espaços do parlamento, e na última sexta-feira (23), utilizou um ambien-te da Assembleia para realizar uma reunião de equipe.

Os votos depositados nas urnas de outubro culminaram na renovação de 42% dos de-putados estaduais do Amazo-nas. Das 24 vagas disponíveis na Aleam, dez passam a ser ocupadas por novos nomes, a maioria do total eleito faz parte da base aliada. A coliga-ção ‘Fazendo Mais Por Nossa Gente’ foi a responsável pela conquista de mais cadeiras, 13 na contagem final.

JOELMA MUNIZEquipe EM TEMPO

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aderindo e se juntando a organizações em favor da campanha”, destacou.

AssinaturasPara o vereador Waldemir

José (PT), que estava na porta da igreja com sua equipe co-lhendo assinaturas, é muito importante a participação da juventude no debate no país fundamentalmente na ques-tão da reforma política do país. “Penso que a melhoria das condições do nosso povo, só irão avançar efetivamen-te quando a gente tiver um Congresso que seja mais a cara do nosso povo. E a

juventude precisa ter mais participação no Congresso Nacional, para que ela mes-ma seja autora dessas novas políticas”, destacou.

O líder do PT na Assem-bleia Legislativa do Amazo-nas (Aleam), deputado José Ricardo, também esteve par-ticipando do ato e colhendo assinaturas junto à juventu-de e populares. Ele destacou que entre as propostas de mudança estão: o fim do financiamento de campanha política por empresas e a par-ticipação das mulheres em igualdade de oportunidades na política.

Diplomados pelo Tri-bunal Regional Eleitoral (TRE-AM), os deputados estaduais da 18ª Legis-latura, serão empossados no dia 1º de fevereiro, no Plenário Ruy Araújo, onde durante os próxi-mos quatro anos deverão trabalhar seus mandatos. O evento está marcado

para as 10h e deve reu-nir autoridades políticas e públicas do Estado.

Dentre os primeiros com-promissos dos novos depu-tados, está a votação para a formação da nova mesa diretora, grupo que coman-dará os trabalhos adminis-trativos da Aleam, durante o biênio 2015/2016.

Posse marcada para domingo

Em alguns gabinetes, funcionários já recolhiam material

Deputados que perderam o pleito ou vão para Brasília iniciam mudan-ça da Aleam

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Page 6: EM TEMPO - 26 de janeiro de 2015

A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

Roubalheira envergonhou brasileiros em Davos

A comitiva brasileira no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, têm sido questionada sobre o escândalo de corrupção na Petrobras, a mais global das grandes empresas brasilei-ras. Funcionário do gover-no alemão até pediu a um diplomata brasileiro para confi rmar a informação de que há políticos de partidos governistas que, se não fo-rem presos, poderão até virar ministros do governo Dilma Rousseff .

Sala de esperaO curioso funcionário ale-

mão referia-se aos casos de Henrique Alves (PMDB-RN) e Ciro Nogueira (PP-PI) que ain-da podem virar ministros.

IroniasAlém da expressão de es-

panto, diplomatas brasilei-ros ainda têm de enfrentar sorrisos dissimulados ridi-cularizando a corrupção no Brasil.

Perdeu a chanceJoaquim Levy deixou boa

impressão em Davos, mas diplomatas acham que a tare-fa – insubstituível – de atrair investidores era de Dilma.

Cartada bilionáriaO Orçamento 2015 aprova-

do pelo Congresso adicionou R$ 9,7 bilhões em emendas para deputados e senadores, de “execução obrigatória”.

Deputados estaduais tra-balham mais que federais

A Câmara dos Deputados, em Brasília, não corresponde ao esforço do contribuinte para bancar seu custo, de R$ 3,76 bilhões por ano. Sua produtividade é inferior até a Assembleias Legislativas Estaduais, como a do Rio

Grande do Sul, que em 2014 aprovou 141 matérias, 38% a mais que os deputados federais. Os do Amazonas votaram 3.377 matérias, em 2014, quase sete vezes mais que a Câmara Federal.

A legisladoraDilma se transformou na

principal legisladora do país, em 2014: foi autora de 19% das iniciativas na Câmara, com medidas provisórias.

Deputada DilmaO balanço do ano passa-

do é vexatório para os 513 deputados federais: eles só conseguiram aprovar 106 leis, sendo vinte propostas por Dilma.

ContrabandistasDeputados preferiram se

concentrar em enxertar medi-das provisórias de “contraban-dos” negociados com lobistas, nos balcões da Câmara.

Homem-a-homemAécio Neves (PSDB-MG) já

sabe que não terá vida fácil, no Senado, com José Serra (PSDB-SP) no plenário. Ele acha que o paulista vai querer demonstrar, todo o tempo, que é melhor e mais preparado.

Candidato a cartolaO ministro Aldo Rebelo (Ci-

ência e Tecnologia) está em campanha para virar cartola. Ele integra a chapa “União Verde-Branca”, que disputa no dia 7 a eleição para o conse-lho do Palmeiras, seu time do coração.

Um mês de atrasoA Controladoria-Geral da

União ainda não contabilizou os gastos totais com o Bolsa Família em 2014, ano da re-eleição. O total mais atual de R$ 24,8 bilhões não considera dezembro, mas bateu recorde histórico.

CrueldadeO deputado Pauderney Ave-

lino (DEM-AM) confi rmou re-querimento de convocação de Eduardo Braga para explicar a crise de energia. O despreparo do ministro pode ser exposto de forma cruel.

De saídaEleita deputada federal em

2010 (12.126 votos), Antônia Lúcia (PSC-AC) não se reele-geu, mas neste mês gastou R$ 38 mil (do nosso bolso) com 15 mil jornais autopromocionais. Mais jornais do que eleitores.

LadainhaParlamentares não aguen-

tam mais ouvir a ladainha do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que disputa a presi-dência da Câmara. Ele fala tanto que sua última conta de celular (que pagamos) foi R$ 1,3 mil.

Mostrando bolso vazioTermina nesta segunda o

prazo fi xado pelo Tribunal de Contas para o governo do DF “provar” que não tem di-nheiro para pagar os salários que o governo anterior, de Agnelo Queiroz (PT), deixou em aberto.

Omissão graveCom um governo mal ava-

liado em ano de eleição, Ag-nelo Queiroz (PT) cedeu aos sindicatos, assinando acordos salariais impagáveis. Não deu outra: o dinheiro acabou antes do ano. E o Tribunal de Contas do DF nem sequer conferiu se o governo poderia honrar aqueles acordos.

Pensando bem……após fazer tudo o que

prometeu não fazer “nem que vaca tussa”, faz sentido a primeira aparição pública de Dilma, após a reposse, ter sido na Bolívia.

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Foi encomendada para censurar a imprensa”

DEPUTADO ANTONIO IMBASSAHY (PSDB-BA) e a “regulação da mídia” pretendida pelo PT

PODER SEM PUDOR

Decoro desnudoNo Carnaval do Rio, em 1994, criaram um

factóide para fazer o então presidente Itamar Franco passar por “garanhão”: fi zeram a modelo Lílian Ramos posar a seu lado sem calcinha. As fotos causaram espanto. Em Montes Claros (MG), o vereador Benedito Said (PTB) criticou a atitude do presidente maluquete, mas foi repreendido pelo presidente da sessão, que considerou “falta de decoro” citar a palavra “calcinha” naquela sacrossanta casa. Retomando a palavra, o ve-reador Said ironizou:

- Então, sr. presidente, retiremos as calcinhas e fi quemos com o decoro!

Governadores que pregaram durante a campanha austeridade, agora, após assumirem cadeira, realizam aumento de salário

Salários do 1º escalão aumentam em 13 Estados

No Rio Grande do Norte, Robinson Farias aumentou seu salário de R$ 11 mil para R$ 22 mil

Apesar de terem come-çado seus mandatos prometendo auste-ridade e anunciando

cortes de cargos, secretarias e despesas para ajustar as contas públicas em 2015, 13 dos 27 governadores brasi-leiros autorizaram reajustes dos próprios salários e os dos seus secretários. Os aumentos foram aprovados pelas Assem-bleias Legislativas às vésperas do recesso parlamentar, no fi m do ano passado. Isso fez com que houvesse pouca repercus-são na ocasião.

Os valores variaram bastante. Foram de 4,3%, caso do tucano Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo - o menor aumento -, até 100%, no caso do Rio Grande do Norte. No Estado nordestino, o salário do governador Robin-son Faria (PSD), que venceu na disputa do ano passado o atual presidente da Câmara, Henri-que Eduardo Alves (PMDB), foi ampliado de R$ 11 mil para R$ 22 mil. No caso do vice-gover-nador, Fábio Dantas, do PC do B, o salário passou de R$ 9 mil para 17,5 mil.

Os secretários passaram a receber R$ 14 mil por mês. Antes o salário era de R$ 8 mil. No começo do ano, o chefe do Executivo potiguar tomou

posse prometendo reduzir o custo da máquina pública e rever contratos.

Segundo a chefe do gabinte do governador, Tatiana Men-des Cunha, Faria concordou com o aumento para os se-cretários por achar não ser possível “contratar nenhum técnico competente com o salário anterior”. Ela diz que, para compensar o aumento

do próprio salário, o governa-dor abriu mão de residência ofi cial e do que considerava “mordomias” do cargo.

Os vencimentos de Alck-min, por sua vez, tiveram um reajuste bem mais modesto: foram de R$ 20,6 mil mensais para R$ 21,6 mil. A assesso-ria do tucano argumenta que o aumento foi menor que a

infl ação acumulada desde o último reajuste, em janeiro de 2013 - a infl ação no período foi de 12,7%.

O aumento, porém, contras-ta com o pacote de austeridade anunciado no começo do ano, quando ele prometeu cortar 15% dos cargos comissiona-dos, 10% do custeio da má-quina pública e contingenciar 10% das despesas previstas no Orçamento do Estado para este ano, o equivalente a R$ 6,6 bilhões.

Outros governadores, como o da Bahia, Rui Costa (PT), alegaram que o reajuste foi similar ao feito pelo Congresso Nacional e presidente da Re-pública. No caso de Costa, seu contracheque foi de R$ 19,3 mil para R$ 22,4 mil. O vencimento do vice e de secretários saltou de R$ 16,2 mil para R$ 19,3 mil. Ao assumir, o petista pro-meteu extinguir 1.700 cargos comissionados e extinguir 3 das 27 secretarias.

Entre os que autorizaram reajustes dos próprios salá-rios, apenas o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), afi rmou que não tomaria medidas para enxugar a máquina pública. Apenas suspendeu pagamento de fornecedores.

VALORES Os reajustes variaram bastante. O menor au-mento ocorreu em São Paulo, onde o gover-nador Geraldo Alckmin aumentou seu salário em apenas 4,3%, que saiu de R$ 20,6 mil para R$ 21,6 mil

Prestação de contas em até 90 dias

A Prefeitura de Manaus tem até 90 dias para prestar con-tas, junto do Tribunal de Con-tas do Estado (TCE), referente ao ano de 2014, de respon-sabilidade do prefeito Arthur Neto (PSDB). São cerca de R$ 4 bilhões que foram aprova-dos em votação na Câmara Municipal de Manaus (CMM), em dezembro 2013.

O balanço deve ser enca-minhado ao TCE, que deve apreciar a documentação e

apresentar o parecer favo-rável ou não. Em seguida a planilha é submetida às comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e Finanças, Economia e Orça-mento (CFEO) da CMM, para ser aprovada e promulgada pelos vereadores.

Em novembro de 2014, o plenário da casa legislativa aprovou, por unanimidade, a Lei Orçamentária (LOA) 2015 (PL nº 289/2014), de

autoria do Executivo munici-pal, com receita prevista no valor de R$ 4,485 bilhões e 118 emendas aprovadas, de um total de 320 apresenta-das pelos vereadores.

A exemplo do orçamento de 2014, a Lei Orçamentária de 2015 tem como destaque a participação dos vereadores com propostas da cota par-ticipativa no valor de R$ 300 mil para atender projetos de interesses das comunidades.

PREFEITURA DE MANAUS

TCE deve avaliar gastos de R$ 4 bilhões que estavam na responsabilidade de Arthur em 2014

PÓS-ELEIÇÃO

Grupo de Marina se dissolve Três meses após a elei-

ção presidencial, a ex-se-nadora Marina Silva, que chegou a liderar as pes-quisas de intenção de voto, submergiu e viu o núcleo político de sua candidatura se esfacelar. Os dois coor-denadores da campanha de Marina, Walter Feldman e Luiza Erundina, afasta-ram-se da candidata e do esforço de criação de seu futuro partido, a Rede Sustentabilidade.

A equipe que organiza a fundação da Rede tam-bém sofreu baixas. Um grupo de militantes rom-peu com Marina e agora tenta criar outro partido, o Avante, inspirado no Po-demos espanhol.

A ex-presidenciável não é vista em público há mais de um mês. Sua última apa-rição foi no lançamento de um conjunto de propostas do Instituto Democracia e Sustentabilidade, em 12

de dezembro. Parte do isolamento de

Marina deve-se à decisão de apoiar o tucano Aécio Neves no segundo turno da eleição presidencial, caminho que dividiu os marineiros. Para Erundina, a opção foi ‘equivocada’ e ‘incoerente’. Erundina tam-bém criticou o sumiço de Marina da posse de aliados, como a do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB).

DIVULGAÇÃO

ARQUIVO EM TEMPO

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Page 7: EM TEMPO - 26 de janeiro de 2015

A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

Pastoral da Juventude encerra encontro nacionalEvento realizado em Manaus reuniu mais de mil pessoas para discutir, entre outros assuntos, a reforma política no país

Na manhã de ontem, mais de mil jovens participaram do en-cerramento do 11º

Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ), realiza-do na Catedral Metroplitana e celebrado pelo arcebispo da Arquidiocese de Manaus, dom Sérgio Castriani.

O encontro, com o lema “No encontro das águas partilha-mos a vida, o pão e a utopia”, teve início no dia 18 em Ma-naus e seguiu uma série de atividades desenvolvidas pela coordenação geral do encontro, de caráter espiritual, político e de troca de experiência, entre outros, as quais foram realiza-das no Colégio La Salle durante a semana.

Jovens de todo o Brasil par-ticiparam do encontro, sendo 550 delegados e mais de 600 jovens de Manaus envolvidos na realização do evento.

Dom Sérgio Castriani avaliou o encontro como um encontro de muita alegria, mas de muita seriedade também com a apre-sentação dos temas. “O que fica desse encontro é a alegria e a seriedade da juventude nos temas debatidos, bem como a convivência. Os jovens que

chegaram de outros Estados foram acolhidos por quase 300 famílias em Manaus. Então es-ses laços de amizades criados são fortificados. Houve também a dedicação a espiritualidade, pois sem fé, sem espiritualidade não se vai adiante”, justificou dom Sérgio.

Ele chamou a atenção da so-ciedade para olhar a juventude como prioridade. Segundo ele, a forma como os jovens são tratados pela sociedade mostra que tipo de futuro essa mesma sociedade quer ter. “O papa João Paulo 2º chamou a juventude de ‘sentinela do amanhã’. É muito bonito ver jovens que têm so-nhos. A pior coisa é quando a juventude não sonha mais, não acredita no futuro e perde seu presente. No entanto, a nossa sociedade precisa estar muito atenta”, pontuou.

De acordo com um dos mem-bros da Comissão Nacional de Assessores da Pastoral da Ju-ventude, irmão Paulo Martins, do Distrito Federal, o encontro é uma forma de celebrar a vida da caminhada da Pastoral da Ju-ventude, que acontece sempre baseada em uma iluminação bíblica e temas que ajudarão os jovens a refletir sobre o que já é desenvolvido nos grupos locais. “Nós já desenvolvemos as ati-vidades nos grupos de jovens.

Então, o encontro é uma grande celebração dessa vida que pulsa na juventude. É um momento de culminância da experiência dos grupos de base”, pontuou.

O vice-presidente do Conse-lho Nacional de Juventude (Con-juve), Daniel Souza, defende que a Pastoral da Juventude tem no debate a construção das políticas juvenis. “A PJ é uma escola de formação e debate de políticas públicas de juventude no Brasil”, afirmou.

O próximo encontro será realizado em 2018, mas ain-da não foi escolhido o Esta-do-sede, mas o Maranhão já demonstrou interesse.

CampanhaApós a celebração de encerra-

mento do 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, os jovens realizaram um Ato em favor da Campanha da Refor-ma Política, apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre outras instituições.

Dom Sérgio Castriani des-tacou que a igreja está empe-nhada na reforma política. Ele lembrou que o Brasil precisa de muitas reformas, como nas áreas de educação, tributárias entre outras, mas a mais urgen-te é a política.

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AÇÃO

Encontro reuniu delegações de diversos Estados durante a semana e terminou ontem no Centro

MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

Deslizamentos ameaçam casas

Parte de um barranco lo-calizado na rua Preciosa, no bairro João Paulo, Zona Leste, desmoronou na ma-nhã de ontem devido à forte chuva que atingiu Manaus no final de semana.

De acordo com os mo-radores do local, vários órgãos municipais foram acionados, mas nenhum compareceu ao local para averiguar a situação.

Os populares afirma-ram que desde o início do período chuvoso o barran-co vem caindo e alguns moradores das proximida-des do penhasco já deixa-ram o local com medo de perder a vida.

Eles relataram ainda que, além das fortes chuvas, uma tubulação estourada da em-

presa Manaus Ambiental também tem contribuído para aumentar o desliza-mento de terra.

“Todo dia cai um pedaço (do barranco). Os morado-res de uma vila que fica em cima do barranco estão praticamente isolados por-que a trilha que dá acesso às casas já está quase toda destruída. A pista de barro caiu no penhasco. Essa se-mana entramos em contato com a Defesa Civil para que uma medida emergen-cial fosse tomada, mas a única resposta que tivemos foi que no momento eles não poderiam ir até o lo-cal”, disse a dona de casa Ednilza Barbosa.

“Procuramos a Manaus Ambiental para consertar o cano que também está provocando a queda do bar-ranco e eles nos informaram

que só na próxima semana uma equipe virá ao bairro. Vão esperar as casas ca-írem e pessoas morrerem para dar a devida atenção a esse problema”, acrescen-tou Ednilza.

A dona de casa comentou que no sábado (24), os mo-radores fizeram um mutirão para consertar o cano que está estourado na tentativa de evitar que novos des-moronamentos aconteçam. Segundo a moradora, os po-pulares se arriscaram usan-do cordas para ter acesso ao local onde a tubulação está instalada.

SilêncioA reportagem entrou em

contato com a Defesa Civil, mas até o fechamento des-ta edição nenhum respon-sável foi encontrado para falar sobre o assunto.Casas estão perto de serem arrastadas com deslizamentos do barranco na Zona Leste

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GERSON FREITASEquipe do AGORA

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Page 8: EM TEMPO - 26 de janeiro de 2015

A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

Estação de captação do Proama é 100% recuperadaEstrutura havia sido danificada em junho de 2014 por uma colisão com balsa, deixando meio milhão de pessoas sem água

O governo do Amazo-nas concluiu a obra de recuperação defi-nitiva da estação de

captação de água do Programa Águas para Manaus (Proama), que já está em funcionamento em substituição à estrutura provisória erguida, em julho do ano passado, para solucionar de forma emergencial a inter-rupção do abastecimento de água nas zonas Norte e Leste da cidade.

A estrutura havia sido dani-ficada em junho de 2014 após uma balsa colidir com pilares de sustentação da adutora. Em conjunto com a Prefeitu-ra de Manaus, foi realizada uma obra emergencial para regularizar o abastecimento logo após o acidente e, em dezembro do ano passado, a estrutura definitiva entrou em funcionamento.

“O novo projeto contemplou um vão maior porque no proje-to original o vão que existia era de 20 metros, e foi introduzida uma viga metálica para um vão de 40 metros, que foi a solução para executar em me-nor tempo a obra da primeira etapa que recuperou a adutora de água bruta. Já na segunda etapa foi liberada a ponte para o tráfego de carros e

caminhões. Todas as obras de infraestrutura e parte elétrica foram recuperadas e, com isso, o sistema opera normalmente e sem interrupções”, explicou o coordenador do Proama, Evan-dro de Lima.

A obra de recuperação de-finitiva transcorreu sem pre-juízos ao abastecimento, que atualmente alcança cerca de

518 mil moradores das zonas Norte e Leste de Manaus. O sistema do Proama consiste na captação de água para a es-tação de tratamento, de onde, em seguida, é transferida para os cinco reservatórios de 5 mil metros cúbicos existen-tes nos bairros considerados macrossetores do complexo, como Tancredo Neves, Jorge Teixeira, Núcleo 23 da Cidade

Nova, Nova Floresta e Muti-rão. Desses reservatórios, a distribuição de água alcança 44 bairros.

Segundo o diretor-executivo do consórcio Proama, Sérgio Ramos Elias, o abastecimen-to na maior área da cidade está funcionando normalmen-te. “Assim que terminaram as obras na estação de captação, voltamos com a Manaus Am-biental e a Cosama para fazer as obras necessárias para que o sistema ficasse completo e, hoje, podemos dizer que 95% dos moradores da Zona Leste estão com o abaste-cimento de água normaliza-do, assim como de parte da Zona Norte que o Proama atende também”.

SatisfaçãoA dona de casa Elionete

Ferreira, 50, é moradora do bairro São José I e comenta que o fornecimento de água está normal na sua residência. “Quando teve o problema do acidente, chegamos a passar três dias sem água em casa. Hoje, posso fazer minhas coi-sas tranquilamente e cuidar melhor da minha família. Há água suficiente para lavar louça, tomar banho e lavar roupa”, comemorou.

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Estação de captação foi totalmente recuperada, normalizando definitivamente o abastecimento

RECUPERAÇÃOEm conjunto com a Prefeitura de Manaus, foi realizada uma obra emergencial para regu-larizar o abastecimento logo após o acidente e, em dezembro do ano passado, a estrutura en-trou em funcionamento

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plateia@emtempoºcomºbrMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015 (92) 3090-1042 Página B2

Inscrições para Prouni a partir de hoje

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AÇÃO

São Paulo - A possi-bilidade de o Can-tareira, maior reser-vatório de água da

região metropolitana de São Paulo,secar no início de junho, levanta questionamentos so-bre o que ainda pode ser feito pelo Poder Público em um prazo tão curto. Especialis-tas entrevistados pela Agên-cia Brasil estão pessimistas quanto a soluções imediatas para a crise e reforçam a necessidade de ampliar a economia de água.

A maior parte das medidas apontadas, algumas já adota-das pelo governo estadual, dependem de investimentos e levam tempo para fi car prontas. A projeção de es-gotamento, feita pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), aponta que esse cenário é possível caso as chuvas continuem 50% abai-xo da média e a captação se mantenha nos níveis atuais.

“Sinceramente, não há o que fazer para substituir de imediato o Cantareira. É um sistema muito grande que tem participação signifi cati-va no fornecimento de água para São Paulo”, avaliou o geólogo Pedro Luiz Côrtes, professor da área ambiental da Universidade de São Pau-

lo (USP) e do Mestrado em Gestão Ambiental da Univer-sidade Nove de Julho.

De acordo com ele, antes da crise hídrica, o Cantareira era responsável por fornecer 33 metros cúbicos por segundo (m3/s) dos 71 m3/s consumi-dos na região metropolitana de São Paulo. Atualmente, a vazão está em 17 m3/

s. Apesar da redução, essa quantidade ainda é maior do que a que tem entrado no manancial.

Para o professor, a cri-se hídrica, que já provoca falta d’água em diferentes regiões da capital, está só no começo. “Se deixarmos de contar com a água do Cantareira e do Alto Tietê [segundo maior reservatório, que também registra níveis críticos], vamos perder mais

de 50% da água que era utili-zada para abastecimento da região metropolitana de São Paulo”, estimou. Ele aponta que isso trará consequências importantes para a vida da população. “Não só na quali-dade de vida, mas na geração de empregos, na atividade econômica do comércio. Isso poderia ter sido evitado com um planejamento mais ade-quado”, avaliou.

SubterrâneaEm relação às alternati-

vas para o abastecimento, Côrtes apontou a retirada de água subterrânea. “A Sa-besp [Companhia Estadual de Saneamento Básico] já vem buscando essa opção, os cha-mados poços artesianos. Mas não é possível substituir um manancial usando somente essa água”, apontou.

Acompanhia não informou quanto capta com este re-curso atualmente. A repre-sa Billings, que tem tama-nho similar ao Cantareira e está com mais de 50% da capacidade,também tem sido apontada como opção. “Mas tornar a Billings uma alternati-va real demanda investimento muito signifi cativo em capta-ção, estação de tratamento, interligação à rede. Isso leva alguns anos”, declarou.

Especialistas defendem em SP medidas de curto prazoCom ameaça de seca do Cantareira, grupos debatem, inclusive, a reutilização da represa Billings como alternativa real

Antes da crise hídrica de São Paulo, o Cantareira era responsável pelo fornecimento de 33 metros cúbicos por segundo para a região metropolitana e hoje não passa de 17 metros cúbicos

EBC

Sistema Guarapiranga na mira

Investimentos em infraestrutura de captação e tratamento são necessários ao Guarapiranga

Como ações de curto prazo, a articulação Aliança pelas Águas, grupo criado no ano passado para buscar soluções para a crise hídrica, propõe medidas como campanhas de esclarecimento, envolvi-mento da sociedade e das prefeituras na gestão da crise, proibição e penalização de usos abusivos da água, ma-nutenção dos incentivos na conta para quem economiza, redução de perdas no siste-ma de distribuição e criação de programas e ações para recuperação das áreas degra-

dadas dos mananciais.Outra medida apontada

pelo professor Côrtes é a ampliação da captação de outros sistemas, como o Gua-rapiranga. Mas há um limite nessa interligação. “É preciso construir a infraestrutura para fazer captação e tratamento dessa água, porque estamos buscando alternativas para um sistema que é responsá-vel por grande parte da região metropolitana”, explicou. Ele destaca, no entanto, que para aumentar a retirada de um manancial é necessário fazer

estudos ambientais. “Até que ponto o Guarapiranga pode-ria suportar, porque a recu-peração do Cantareira pode demorar muitos anos.”

O professor de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Es-cola Politécnica da USP, José Carlos Mierzwa, não vê muitas possibilidades para amenizar a crise que não seja a di-minuição do consumo. Entre as alternativas para que se amplie a economia de água, ele propõe a substituição dos equipamentos hidráulicos por versões mais efi cientes.

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AÇÃO

NECESSIDADEUso da Billings também é defendido por entida-des que formam a ar-ticulação Aliança pelas Águas, coordenada por Marussia Whately, que alerta para a necessi-dade de rever a utiliza-ção dessa represa

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B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

Receita libera esta semana consulta a lote do IR retidoAs mais de 937,9 mil declarações retidas na malha fina em 2014, a maior parte por omissão de rendimentos, serão liberadas

Brasília - A consulta ao primeiro lote residual de restituições do Im-posto de Renda Pessoa

Física 2014 liberadas da malha fina será divulgado esta se-mana, conforme informações da Receita Federal. Os valores, normalmente pagos a cada dia 15, desta vez serão liberados até o fim de janeiro. O montante do lote depende das disponi-bilidades do Tesouro Nacional, que corrige o dinheiro pela taxa básica de juros (Selic).

Anualmente, a Receita li-bera sete lotes regulares de restituições - o primeiro em junho e o último em dezembro. Nos meses seguintes, à medi-da que as declarações retidas em malha são corrigidas pelos contribuintes, são liberados lotes residuais, normalmente a partir de janeiro.

Em dezembro, a Receita Fe-deral informou que 937.939 de-clarações estavam retidas em malha. São 740.760 com im-posto a restituir, 174.301, com imposto a pagar e 22.878 sem imposto a pagar ou a restituir.

Os contribuintes nesta situ-ação devem acessar o extrato da declaração para identificar os motivos que o levaram à malha fina e fazer as devidas correções para ter a situação

resolvida. O documento fica disponível no e-CAC (Centro Virtual de Atendimento).

Conforme o Fisco, o maior motivo de retenção em malha foi omissão de rendimentos, presente em 52% dos casos. Em segundo lugar, aparecem despesas médicas, respon-dendo por 20% das retenções. Depois, com 10%, a ausência de Declaração do Imposto so-bre a Renda Retido na Fonte (Dirf), que ocorre quando a pessoa física declara um valor, mas o patrão não apresenta a declaração ou faltam infor-mações no documento.

Pelas normas da Receita, a restituição fica disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resga-te neste prazo, deverá reque-rer a restituição pela internet, usando formulário eletrônico Pedido de Pagamento de Res-tituição ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da Dirpf.

A consulta aos lotes de resti-tuição é disponibilizada na pá-gina da Receita na internet. No endereço é possível, inclusive, consultar lotes de anos ante-riores. A consulta pode ser feita também por meio de tablets e smartphones, com os sistemas iOS (Apple) ou Android. Órgão informou que são 740,7 mil com impostos a restituir, 174,3 mil com impostos a pagar e 22,8 mil sem pagar nem restituir

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AÇÃO

Tarifa de ônibus das mais caras

São Paulo - A tarifa de ônibus em Cuiabá ficará mais cara a par-tir de hoje. O prefeito Mauro Mendes (PSB) autorizou um reajuste de 10,7% no valor das passagens, que passa-rão a custar R$ 3,10.

Com o reajuste, Cuia-bá passa a ter uma das tarifas mais caras entre as capitais, atrás de São Paulo (R$ 3,50) e Rio de Janeiro (R$ 3,40). O últi-mo aumento na capital de Mato Grosso ocor-reu em março de 2014, quando passou de R$ 2,60 para R$ 2,80.

Mauro Mendes tam-bém criou um grupo para estudar a possi-bilidade de uma nova concorrência pública no sistema de transportes. A última concessão foi em 2004 e teve a data de validade, que era 2012, prorrogada para 2019.

Protestos contra o au-mento da tarifa acon-tecem em Cuiabá desde o dia 17 deste mês, quando o Conselho Mu-nicipal de Transportes aprovou o reajuste.

Na última semana, panfletos com a frase “Mauro Mendes, não au-mente a tarifa do busão” foram colados em diver-sos pontos de ônibus da cidade. A ação foi pro-movida pelo movimen-to “Bloco de lutas por uma vida sem catracas”, que pede tarifa zero no transporte público.

CUIABÁInscrições abertas a partirde hoje no site do programa

Brasília - As inscrições para o Programa Universi-dade para Todos (ProUni) estão abertas a partir de hoje. Os interessados em obter bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior já podem consultar as bolsas disponí-veis na página do programa (www.prouni2015.com).

Nesta edição, o ProUni ofer-tará 213.113 bolsas. Desse total, 135.616 são integrais e 77.497 são parciais. Elas são destinadas a 30.549 cursos e distribuídas por 1.117 institui-ções. As inscrições podem ser feitas até o dia 29, na página do ProUni. O candidato que se inscreveu no Sistema de Sele-ção Unificada (Sisu) também pode participar.

Para se inscrever, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 e obtido, no mínimo, 450 pontos na média das notas. Além disso, não pode ter tirado 0 na redação. Ou-tra condição é ainda não ter diploma de curso superior.

As bolsas integrais são para estudantes que cursaram o ensino médio nas redes públi-ca ou particular, na condição de bolsista integral. Também é necessário comprovar, por pessoa, renda bruta familiar até um salário mínimo e meio. Para as bolsas de 50% da mensalidade, a renda bruta familiar deve ser até três salários mínimos.

Professores do quadro per-manente da rede pública de ensino, que concorrerem a cursos de licenciatura, tam-bém podem participar do ProUni. Nesse caso, não é ne-cessário comprovar renda.

As maiores ofertas de va-gas para as bolsas estão dividas entre os cursos de graduação como Adminis-tração (22.0500, Pedagogia (15.562), Direito (15.010), Ciências contábeis (11.917), Engenharia civil (8.405), Edu-cação física (8.181), Gestão de recursos humanos (6.854), Enfermagem (6.801), Psico-logia (5.307) e Engenharia de produção (5.284).

PROUNIBALA PERDIDA

Crianças são as maiores vítimasRio de Janeiro - A orga-

nização não governamental (ONG) Rio de Paz, vinculada ao Departamento de Infor-mação Pública da Organi-zação das Nações Unidas (ONU), promoveu na manhã de ontem ato na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, para alertar au-toridades e sociedade sobre a violência que está gerando a morte, por balas perdidas, de crianças na cidade.

Com cartazes e uma faixa com a frase “A violência está matando as nossas crianças”, pais e parentes de crianças mortas pediram justiça, ao lado de uma cruz de três me-tros de altura fixada na areia. Coordenador operacional do Rio de Paz, o dentista Gre-gório Dotorovici é engajado no movimento desde 2007. Segundo ele, o ato foi pedido pela família de Larissa de Carvalho, 4, morta por bala perdida no último dia 17 de janeiro, em Bangu, Zona Oes-te da capital fluminense.

“Promovemos o ato para chamar a atenção das au-toridades para que amparem famílias que tiveram crianças vitimadas e que se diminua o índice de violência. O registro de 15 crianças é um número considerável no momento.”

A estatística inclui crian-ças de 2007 até a semana passada. Para Dotorovici, o total seria maior se fossem incluídos adultos mortos por bala perdida, além de crianças e adultos feridos. “É um número bastante alto”.

Insistiu que o movimento objetiva, além do amparo às famílias, que as autoridades reduzam o índice de letalida-de, aumentem o controle das fronteiras e o desarmamen-to. “Isso não pode ficar sem nenhum tipo de atitude”.

Outro integrante da ONG João Luís Francisco dos San-tos afirmou que aqueles que não se comovem com a dor das famílias que perderam filhos por balas perdidas acabam concordando com a situação. “Não é possível ficar parado. Hoje foi com o filho dela, mas poderia ser com o meu”, comentou.

Pais de Kayo da Silva Costa, de 8 anos, morto por bala perdida em outubro de 2013, numa tentativa de invasão ao Fórum de Bangu, Adriano Clemente da Silva e Tiane da Silva participaram da manifes-tação. Conforme Tiane, atos e passeatas para lembrar crian-ças mortas por bala perdida contribuem para que elas não caiam no esquecimento.

Movimento Rio de Paz cobra amparo para as famílias de crianças mortas por bala perdida

LEMBRANÇAPais e tios, participan-tes do movimento Rio de Paz, observaram que atos e passeatas para lembrar crianças mortas por bala per-dida contribuem para que elas não caiam no esquecimento

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Para participar é preciso ter a média mínima de 450 no Enem

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B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

OMS reconhece lentidão na resposta contra ebolaEm reunião urgente para tratar da luta contra a epidemia, grupo constatou que “não pode haver espaço para complacência”

Agência Lusa/ABr - A Organização Mun-dial de Saúde (OMS) reconheceu ontem

que foi lenta para respon-der à epidemia do ebola e que isso deve servir de lição para o futuro.

Na abertura da reunião de emergência para reestrutu-ração do combate à doença, a diretora da OMS, Margaret Chan, estimou que, apesar de uma pausa na evolução da epidemia, não há “es-paço para complacência”. Acrescentou que o progres-so contra a doença pode ser rapidamente perdido.

Reafirmando que a OMS foi lenta no controle da epi-demia, ela apelou para uma maior mobilização da orga-nização. “A África Ocidental foi confrontada com sua pri-meira experiência do vírus. O mundo e a OMS têm sido lentos para obsevar o que estava ocorrendo à nossa frente”, afirmou Margaret Chan aos delegados da or-ganização, que participavam da terceira reunião urgente da história da entidade.

“A tragédia do ebola en-sinou o mundo inteiro, in-cluindo a OMS, a prevenir-se contra a situação no futuro”,

salientou, afirmando que “o mundo imprevisível dos mi-cróbios reserva surpresas”.

Para a diretora, “o mundo não deverá ser apanhado de surpresa”. Ela também pediu maior vigilância mundial so-bre a doença e mais recursos financeiros para combater o ebola.

Depois de detectado, em

dezembro de 2013, mais de 9 mil pessoas morreram por causa da doença. A maioria dos casos ocorreu na Libéria, Guiné e em Serra Leoa.

SuspensãoEsta semana, o presidente

de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, anunciou a suspen-são das medidas de restrição estabelecidas para conter a

propagação do ebola, devido a sinais de recuo da epide-mia no país. “As restrições ao movimento das popula-ções serão reduzidas para apoiar a atividade econômi-ca”. Segundo ele, as medidas valem para as províncias e outras localidades.

O anúncio foi feito em discurso à nação transmitido pela televisão na quinta-fei-ra (22) à noite.

As medidas entraram em vigor na sexta-feira (23). Serra Leoa, com 6 milhões de habitantes, colocou em quarentena seis das suas 14 províncias, ou seja, per-to de metade da população, depois do estabelecimento do estado de emergência, no final de julho, para lutar contra a epidemia de ebola que causou mais de 3,1 mil mortes e infectou ao menos 10 mil pessoas.

“Entramos agora numa fase de transição. Tendo em conta os progressos realiza-dos contra a doença, deve-mos agir para permitir o res-tabelecimento econômico e social”, explicou Koroma. Ele disse que o abrandamento das restrições ao comércio na Região Oeste inclui a capital, Freetown.

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Margaret Chan, diretora da OMS, reconheceu que tragédia ensinou o mundo para o futuro

‘MEA CULPA’Para Margaret Chan, “o mundo não deve-rá ser apanhado de surpresa”. Ela também pediu maior vigilância mundial sobre a do-ença e mais recursos financeiros para com-bater o ebola

ONU cobra eleições ‘sem demora’ pela democracia

Agência Lusa/ABr - A missão do Conselho de Se-gurança da ONU que che-gou na sexta-feira (23) ao Haiti para uma visita de três dias, cobrou dos políticos do país que trabalhem em conjunto e “sem demora” para garantir a realização “urgente” de eleições.

Acompanhado pelo presi-dente do Haiti, Michel Martelly, o presidente do Conselho de Segurança da ONU, o chileno Cristian Barros Melet, defen-deu eleições “livres, justas, inclusivas e transparentes”.

O diplomata reafirmou o apoio da organização ao governo de Martelly e à po-pulação do Haiti e destacou os esforços das autoridades do país “para reforçar a paz, democracia e estabilidade, e para promover um desenvol-vimento sustentável”.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, manifestou o apoio do Conselho de Segurança ao chefe de Estado e destacou os esforços da entidade para

encontrar uma solução para a crise política que o país atravessa há vários meses por causa da demora na re-alização das eleições.

“Nós, no Conselho de Segu-rança da ONU, queremos dar ao Haiti todo o apoio para garantir eleições em 2015”.

O presidente do Haiti e cer-ca de 20 dirigentes políticos assinaram, no dia 11 deste mês, um acordo que prevê a realização de eleições antes do fim deste ano.

Um dos pontos do acordo estabelece que as partes sig-natárias decidiram “recorrer a medidas várias para re-estabelecer a confiança nas instituições e realizar elei-ções legislativas para dois terços do Senado e os depu-tados, para as coletividades territoriais e as presidenciais antes do fim de 2015”.

O acordo prevê a formação de um novo conselho eleitoral, com nove membros, escolhi-dos por instituições como as igrejas católica, protestante e a religião popular, vudu.

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Michel Martelly é o atual presidente do Haiti, em crise política

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B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

Barack Obama condena morte de cidadão japonêsPresidente norte-americano confirmou assassinato de refém do EI, enquanto especialistas questionam vídeo da execução

SÃO PAULO, SP (Fo-lhapress) - Ao con-denar o “assassinato brutal” do cidadão

japonês Haruna Yukawa, 42, pela facção radical Estado Is-lâmico (EI), o presidente dos EUA, Barack Obama, acabou confirmando a morte - até então não dada como certa pelo governo do Japão.

Até a noite de sábado (24), autoridades do país asiático diziam estar investigando a autenticidade de um vídeo atri-buído ao EI, no qual um dos dois reféns japoneses em poder do grupo apareceria decapitado. O vídeo foi postado em um site ligado à milícia islâmica e rapidamente apagado.

Em nota, Obama disse que “os EUA condenam o assassi-nato brutal do cidadão japo-nês Haruna Yukawa pelo grupo terrorista ISIL [sigla usada por Washington para o EI]”, mas não deu detalhes de como confirmou a morte do refém.

Na manhã de ontem (noi-te de sábado no Brasil), o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, chegou a “conde-nar este ato”, sem confirmar que Yukawa foi assassina-do. “Um ato de terrorismo como esse é ultrajante e inadmissível”, disse.

Visivelmente abatido, ele exigiu que o outro refém, o jornalista Kenji Goto, 47, seja “imediatamente libertado”.

Na última sexta-feira (23), acabou o prazo de 72 horas que o grupo radical deu ao gover-no japonês para que pagasse US$ 200 milhões e evitasse a execução dos dois reféns.

O valor é o mesmo ofereci-do na semana passada pelo premiê japonês aos rebeldes sírios e ao governo do Iraque para ajudar no combate à milícia. Tóquio se recusou a pagar o resgate.

Especialistas disseram à TV NHK que o vídeo apresenta várias “anomalias”, como ce-nário diferente do habitual e ausência de símbolos do EI ou referências religiosas.

Em um site afiliado ao Estado Islâmico, militantes também questionaram a veracidade do vídeo. A gravação teria sido enviada à mulher do jornalis-ta mantido refém, segundo a agência Kyodo News.

Goto é um conhecido jor-nalista freelancer que traba-lhava na Síria, e Yukawa te-ria viajado ao território sírio para montar uma empresa de segurança, onde acabou se unindo a um grupo rebelde rival do Estado Islâmico. Na nota divulgada de repúdio pelo assassinato, Barack Obama não esclareceu como foi confirmada a morte do refém japonês

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Brasileiro faria parte do EI

MADRI, ESPANHA - O brasileiro Kaíke Luan Ribeiro Guimarães, 18, prestou na sexta-feira (23) seu primeiro de-poimento às autorida-des espanholas após ter sido extraditado ao país.

Detido na Bulgária em 15 de dezembro e acusado de tentar in-tegrar-se às forças do Estado Islâmico na Síria, o goiano será julgado pela Audiência Nacio-nal, corte espanhola de alta instância.

A extradição foi con-firmada no sábado (24) pelo Itamaraty.

Guimarães será man-tido em um centro peni-tenciário de Madri sem direito a fiança, durante o processo. Governos eu-ropeus têm lidado com mão firme em relação a casos de terrorismo. Di-versos de seus cidadãos têm viajado à Síria para lutar nas fileiras do Es-tado Islâmico, incluindo o belga Brian de Mulder, filho de uma brasileira.

Nascido em Formosa, Guimarães foi preso pe-las autoridades búlga-ras em um posto fron-teiriço rumo à Turquia. Ele nega as acusações e afirma que viajava a Istambul com amigos para as férias. As auto-ridades espanholas, que pediram sua extradição, acusam também a dois marroquinos que acom-panhavam Guimarães.

ESPANHAPromotor teria pedido arma emprestada a policial

BUENOS AIRES, AR-GENTINA - O promotor Al-berto Nisman, encontrado morto com um tiro na cabeça em 18 de janeiro - quatro dias depois de ter denun-ciado a presidente da Ar-gentina, Cristina Kirchner -, havia pedido uma arma em-prestada a um dos policiais de sua equipe de segurança, informou o jornal argentino “La Nación” ontem.

A arma da qual saiu o dis-paro pertence a Diego La-gomarsino, um técnico de informática que trabalha-va com o promotor morto. Segundo seu testemunho, Lagomarsino entregou a arma a Nisman no sábado (17) à tarde.

Mas, antes de receber a pistola do colega, Nisman havia tentado conseguir uma com Rubén Benítez, um dos policiais que faziam se-gurança do promotor.

Benítez prestou depoi-mento e revelou, segundo o “La Nación”, que no sá-bado (17) de manhã ele foi

chamado por Nisman em seu apartamento, algo que não era usual.

O promotor teria pedido informações para comprar uma arma, como nomes de lojas e preços. Segundo o policial, Nisman queria manter uma pistola no car-ro para as ocasiões em que saísse com suas filhas.

Benítez teria respondi-do que a segurança do promotor e de sua famí-lia eram responsabilidade dos policiais.

O técnico em informáti-ca Lagomarsino relata ter recebido um telefonema de Nisman nessa mesma manhã. O seu chefe ligou e pediu a pistola emprestada por uma semana, pois de-pois ele iria comprar uma. Lagomarsino levou a arma a Nisman no sábado à tarde. Até agora, a investigação o aponta como a última pes-soa a ver o promotor com vida. A morte aconteceu ao redor do meio-dia do domin-go passado, dia 18.

ARGENTINAEGITO

Tensão no aniversário da revoluçãoSÃO PAULO, SP (FOLHA-

PRESS) - As autoridades egípcias reforçaram ontem as medidas de segurança, especialmente em torno das praças sensíveis do Cairo, para evitar protestos dos islamitas e de grupos opo-sitores durante as celebra-ções do quarto aniversário da revolução de 2011.

A praça Tahrir, palco em 2011 de protestos grandes e de uma acampamento que forçaram a renúncia do então presidente Hosni Mubarak, ficou fechada pelo segundo dia consecutivo.

No epicentro da revolu-ção foram destacados 22 veículos militares e insta-lados alambrados de arame farpado, segundo explica a agência oficial Mena.

No sábado (24), uma jo-vem morreu na praça Tahrir por um disparo da polícia, que tentava impedir que um grupo de manifestantes acampasse na emblemática praça um dia antes do ani-

versário da revolução.Na cidade de Alexandria,

no norte do país, um mani-festante islamita foi morto ontem após confrontos com a polícia, indicaram auto-ridades da segurança. Es-tas autoridades disseram que o manifestante estava armado e que abriu fogo contra a polícia durante um protesto. As forças de se-gurança também afirmam que três manifestantes ficaram feridos.

A polícia e o Exército tam-bém foram desdobrados nas praças de Rabaa al Adauiya e Al-Nahda, onde os se-guidores do ex-presidente islamita Mohammed Mursi mantiveram grandes acam-pamentos no verão de 2013, que foram dispersados com violência, causando cente-nas de mortos.

O ministro egípcio do In-terior, Mohammed Ibrahim, denunciou neste sábado que a Irmandade Muçul-mana quer “criar o caos no

país”, mas assegurou que as forças da ordem vão proteger as instalações públicas e privadas.

A Coalizão Nacional para a Defesa da Legitimidade, li-derada pela confraria, pediu para as pessoas aproveita-rem este dia para lançar uma “nova onda revolucionária” para derrubar o atual regi-me “golpista”, liderado por Abdul Fatah al Sisi.

Al Sisi louvou na noite de sábado, durante um discur-so televisionado, os “márti-res” da revolução de 2011, que chegam a cerca de 800, e se comprometeu com as reivindicações de “liberdade e justiça social”.

Os festejos oficiais pre-vistos para este domingo foram cancelados como gesto de respeito pela mor-te do rei saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, que apoiou politicamente e economi-camente o Egito após o golpe militar contra Mursi de julho de 2013.

Revolução de 2011 chega ao seu quarto aniversário com clima tenso em território egípcio

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Alberto Nisman foi achado morto com tiro em 18 de janeiro

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B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

Inscrições abertas para curso de especialização

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) está com inscrições abertas para a espe-cialização em Dança Educação até o dia 13 de fevereiro. O objetivo do curso é capaci-tar portadores de diploma de graduação que atuam ou pre-tendam atuar como pesquisa-dores, professores ou gestores da área de dança.

O curso acontecerá na Escola Superior de Artes e Turismo (Esat, na avenida Leonardo Mal-cher, Praça 14. As aulas serão ministradas às quintas e sextas,

de 18h às 22h, e aos sábados e domingos, de 8h às 13h e 14h às 18h, uma vez ao mês.

Poderão inscrever-se ao exame de seleção graduados em Dança, Educação Artística, Educação Física, Artes, pro-fessores com formação em Pedagogia ou curso de Normal Superior da rede estadual e/ou municipal que desenvolvem projetos de dança.

Mais informações estão no edital disponível no endereço www1.uea.edu.br/pselpos.php?dest=info&concurso=2362.

DANÇA EDUCAÇÃO

O apoio de Della Costa a iniciantesRIO DE JANEIRO, RJ – O

corpo da atriz Maria Della Costa foi velado ontem, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a presença de amigos, familiares e colegas de profissão. A gaúcha morreu neste sábado (24), aos 89 anos, no Rio. A causa da morte não foi divulgada, mas, segundo pessoas próximas, teria sido edema pulmonar agudo.

No velório, seus pares no teatro e na TV destacaram seu espírito empreendedor, seu talento como atriz, sua beleza e a capacidade de lan-çar novos atores. O ator Ney Latorraca disse que teve seu primeiro papel de destaque, em 1973, numa peça da com-panhia da atriz, que levava o nome de Della Costa.

“Vai embora não só uma grande atriz, mas uma grande mulher que lançou nomes como o meu, o da Fernandona [Fer-nanda Montenegro], do Sérgio

Britto e tantos outros”, disse.A atriz Nathalia Timberg,

que também trabalhou com Della Costa, afirmou que ela era “uma figura que tinha uma luz própria e um talento muito grande” e, ao mesmo tempo, possuía a capacidade de identificar bons atores em começo de carreira e projetá-los. Timberg citou também Fernanda Montenegro.

O ator Edwin Luisi, um dos mais emocionados no veló-rio, disse que sua estreia no teatro também se deu na companhia de Maria Della Costa. “Saí da Escola de Arte Dramática de São Paulo em 1973, e no ano seguinte fui trabalhar com ela. Foi um grande aprendizado.”

A atriz Aracy Cardoso recor-da o trabalho de Della Costa na TV. “Atuamos juntas na novela ‘As Bruxas’ [TV Tupi, de 1970], com direção de Walter Avanci e texto de Ivani Ribeiro.

Éramos do mesmo núcleo e sempre conversávamos mui-to. Ela era muito dedicada. Chegava cedo. E tinha um enorme talento”, disse.

Marília Pêra também só tra-balhou com Della Costa na TV, na novela Beto Rockfeller (1968), da Tupi. A atriz afirmou que Della Costa sempre foi “muito humilde”, apesar de ter alçado o estrelato. “Ela não tinha nem uma personalidade forte, marcante. Era humilde. Não tinha estrelismo.”

EnterroNos últimos anos, Della

Costa se afastou dos palcos e das telas e se dedicou ex-clusivamente a cuidar de sua pousada em Paraty, no litoral sul do Rio, onde vivia.

Conforme o desejo da atriz, seu corpo será enter-rado no cemitério da cidade. O enterro está previsto para as 11h de hoje.

LEGADO

A atriz Maria Della Costa morreu no sábado, de edema pulmonar, segundo pessoas próximas

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Comunicação dos atores com o público é feita pela fala e por meio de ações ao redor do cenário

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Texto que será encenado amanhã é baseado em peça de Nelson Rodrigues e traz como tema conflitos familiares

‘Eles Falam da Gente’ estreia no Café-Teatro

Em “A Senhora dos Afo-gados”, Moema, a filha mais velha do casal Mi-sael e Dona Eduarda,

nutre amor pelo pai e resolve afogar as irmãs mais novas no mar para não ter que divi-dir a atenção paterna. Quando escreveu o texto, em 1947, o dramaturgo Nelson Rodrigues fazia uma releitura do mito e da tragédia grega de Ésquilo, além de parafrasear a obra “Electra Enlutada”, do americano Eu-gene O’Neill, trazendo à tona conceitos freudianos e incesto. Foi a partir desses temas que dois alunos do curso de teatro da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) criaram a peça

“Eles Falam da Gente”, que será encenada pela primeira vez no Les Artistes Café-Teatro.

O texto de Nelson Rodrigues se estabeleceu apenas como ponto de partida para Gleids-tone Melo e Ítalo Rui, que se interessaram por dois assun-tos-chave: fanatismo religioso e conflitos familiares. Por meio do Programa de Apoio à Inicia-ção Científica (Paic), os alunos, que também atuam na peça, propuseram uma prática cênica baseada no processo colabora-tivo do ator e performer.

Os atores improvisam cenas ao redor dos temas principais para, em seguida, montar os textos e o esqueleto da peça. Em “Eles Falam da Gente”, há duas figuras que representam perso-nalidades da mesma pessoa e

que discutem sobre religião, monotonia, memórias e rela-ções familiares em uma trama que não segue uma linearidade. “Além da fala, comunicamos também pelas ações ao redor do cenário, usando o vento, a água e a areia”, explica Ítalo.

No palco, o público vai se deparar com uma piscina cheia de água e areia, onde as duas figuras irão realizar suas ações. “Uma das coisas que mais nos tocou na peça do Nelson foi o mar, que entrava na casa da família, significando o constan-te afogamento daquela casa pelos problemas entre os fa-miliares. Queríamos trazer esse elemento para a nossa peça também e pensamos que a ação deveria ser realizada em uma pisicna”, esclarece Gleidstone.

SÉRGIO RODRIGUESEspecial EM TEMPO

“Eles Falam da Gente” é uma prática cênica baseada no processo colaborativo do ator e performer

SERVIÇO“ELES FALAM DA GENTE”

Onde:

Quando:

Quanto:

Les Artiste Café Teatro (avenida Sete de Setem-bro, 377, Centro)

Terça e quarta-feira, a partir das 19h

Entrada gratuita

B05 - PLATEIA.indd 5 25/1/2015 20:31:17

Page 14: EM TEMPO - 26 de janeiro de 2015

B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

ÁRIES - 21/3 a 19/4 A comunicação e a expressão de ideias, sentimen-tos e valores pessoais estão muito favorecidas. As viagens e os grandes sonhos podem trazer grande satisfação.

TOURO - 20/4 a 20/5 Os bens familiares e o patrimônio pessoal cres-cem e se consolidam. Bons negócios podem ser efetuados. Recursos disponíveis para realizar os projetos profissionais.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Você está mais envolvente no modo de ser e se comunicar. A rotina fica melhor com o uso da criatividade. O contato com algum lugar ou pessoa nova é importante.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 As facilidades correm em direção ao socorro dos apuros e a superação de obstáculos nos negócios. Mas há muito o que trabalhar, antes de chegar em porto realmente seguro.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Momento muito positivo para a boa disposição, a vitalidade física e o sentido de autoconfiança e auto-estima. Talvez tenha um pouco de paz consigo mesmo(a).

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Dia positivo para superar problemas no trabalho e os mais diversos tipos de obstáculos materiais. Não apenas por sorte, mas por encontrar e apro-veitar a boa chance.

LIBRA - 23/9 a 22/10 A boa vontade para com as pessoas é uma atitude que atrai boas situações para você. É tempo de se dispor a dar o melhor, construindo relações positivas.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Bons negócios e favorecimentos nos empreen-dimentos profissionais É tempo de trabalhar em nome do futuro, inclusive do futuro de toda a sua família.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Pensamentos generosos e otimistas favorecem seus planos e a orientação para o futuro. É bom ser confiante e progredir a passos largos nestes dias.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 O trabalho pode levar rapidamente a alguns bons resultados materiais. O apoio de pessoas e instituições facilita ainda mais a se realizar o que já vinha despontando.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 As relações e os sentimentos afetivos estão po-sitivamente estimulados. Momento para mostrar o lado mais nobre de seus sentimentos. Viva-os plenamente.

PEIXES - 19/2 a 20/3 Momento para consolidar melhores condições de saúde e de bem estar físico e emocional, fazendo você crescer. O conforto doméstico está muito beneficiado.

GLOBO

Programação de TVSBT

6h Balanço Geral

7h30 Fala Brasil

9h Hoje em Dia

11h Magazine

12h Alô Amazonas

13h30 Programa da Tarde

16h20 Cidade Alerta

17h55 A Crítica na TV

18h40 Jornal da Record

19h30 Todo Mundo Odeia o Chris

21h30 Novela: Vitória

22h30 Milagres de Jesus

4h Café com Jornal SP

5h30 Nosso Tempo

6h Café com Jornal – Edição Brasil

7h30 Dia Dia

9h Jogo Aberto

11h05 Nosso Tempo

11h10 Exija Seus Direitos

11h50 Câmera 13

5h Notícias da Manhã

6h Igreja Universal

7h Notícias da Manhã

8h Bom Dia & Cia.

10h Waisser

10h50 Programa Agora

12h25 Programa Livre

13h15 Casos de Família

14h15 Esmeralda

15h15 Sortilégio

16h A Feia Mais Bela

17h20 Jornal EM TEMPO

17h45 SBT Brasil

18h30 Chiquititas

19h15 Rebelde

21h Programa do Ratinho

23h The Noite com Danilo Gentili

RECORD

5h Hora Um

6h Bom Dia Amazônia

7h30 Bom Dia Brasil

9h Mais Você

10h20 Bem Estar

10h55 Encontro com Fátima Bernardes

12h Amazonas TV

CruzadinhasCinema

Os Pinguins de Madagascar: EUA. Livre. Cinemark 3 – 11h10, 13h15 (dub/diariamente), Cine-mark 4 – 12h40, 15h10, 17h40, 20h, 22h15 (dub/diariamente), Ci-nemark 5 – 12h (3D/dub/exceto domingo), 14h20, 16h40 (3D/dub/diariamente), 18h50 (3D/dub/exce-to quarta-feira); Kinoplex 3 – 13h (3D/dub/diariamente); Multiplex 4 – 15h, 17h, 19h, 21h (dub/diaria-mente), Kinoplex 5 – 15h30, 17h30, 19h30 (diariamente), Playarte 1 – 12h40, 14h40, 16h40, 18h40 (3D.dub/diariamente), Playarte 6 – 13h15, 15h15, 17h15, 19h15, 21h15 (dub/diariamente), 23h15 (dub/sexta e sábado), Playarte 7 – 13h16, 15h16, 17h16, 19h16 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 1 – 12h10, 14h20, 16h25, 18h35, 21h (3D/dub/diariamente), Cinépo-lis Plaza 2 – 13h30, 15h40, 17h50, 20h (3D/dub/diariamente), Cinépo-lis Plaza 4 – 14h55, 17h05 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millennium

1 – 13h20, 15h30 (3D/dub/dia-riamente), Cinépolis Millennium 3 – 14h45, 16h45, 18h55, 21h15 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millen-nium 8 – 13h50, 16h10, 18h20 (3D/dub/diariamente).

Loucas Pra Casar: BRA. 14 anos. Cinemark 1 – 13h20, 15h50, 18h20, 20h50 (diariamente), 23h30 (somente sábado), Cinemark 8 – 16h20, 19h10, 22h (diariamente); Kinoplex 2 – 14h10, 16h30, 18h50, 21h10 (diariamente); Kinoplex 3 – 15h, 17h, 19h, 21h (dia-riamente), Playarte 3 – 13h20, 15h35, 17h50, 20h05 (diariamente), 22h20 (sexta e sábado), Playarte 4 – 17h51, 20h06 (diariamente), Cinépolis Plaza 7 – 13h20, 15h50, 18h20, 20h45 (dia-riamente), Cinépolis Plaza 8 – 14h15, 16h40, 19h05, 21h30 (diariamente), Cinépolis Millennium 2 – 19h20, 21h55 (diariamente), Cinépolis Millennium 4 – 15h45, 18h, 20h45 (diariamente), Cinépolis Millennium 6 – 14h30, 17h, 19h35, 22h15 (diariamente).

CONTINUAÇÕES

Horóscopo

Games, comédia e interatividade com Carlos Massa, no “Programa do Ratinho”, exibido pelo SBT

PRÉ-ESTREIA

O jogo da imitação. EUA/Reino Unido. 12 anos. A trama é baseada na história real do lendário criptoanalista inglês Alan Turing (Benedict Cumberbatch), considerado o pai da computação moderna, e narra a tensa corrida contra o tempo do especialista e sua brilhante equipe no projeto Ultra para decifrar os códigos de guerra nazistas e contribuir para o final do conflito. Cinépolis Millennium 7 – 22h30 (quarta-feira).

REPRODUÇÃO

Os Caras de Pau: BRA. 10 anos. Kinoplex 1 – 14h25, 16h50, 19h15, 21h40 (diariamen-te), Playarte 4 – 13h50, 15h50 (diariamente), 22h21 (sexta e sábado), Playarte 7 – 21h15 (diariamente), 23h15 (sexta e sá-bado), Cinépolis Plaza 3 – 19h50, 21h55 (diariamente).

Êxodo – Deuses e Reis: ING-EUA. 14 anos. Cinemark 3 – 15h20, 18h30, 21h45 (dub/diariamente); Kinoplex 3 – 15h, 18h, 21h (3D/dub/diariamente); Multiplex 1 – 17h, 21h (dub/diariamente), Playarte 1 – 20h40 (3D/dub/diariamente), 23h35 (3D/dub/sexta e sábado), Playarte 9 – 12h20, 15h10, 18h, 20h55 (dub/diariamente), 23h45 (dub/sexta e sábado), Cinépolis Plaza 4 – 19h15, 22h20 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millen-nium 1 – 17h45, 21h (3D/dub/dia-riamente), Cinépolis Millennium 8 – 20h30 (3D/dub/diariamente).

Operação Big Hero 6: EUA. Livre. Kinoplex 5 – 13h20, 15h35 (3D/dub/diariamente), Playarte 2 – 13h45, 16h, 18h20, 20h35 (dub/diariamente), 22h50 (dub/sexta e sábado), Cinépolis Plaza 3 – 12h35 (3D/dub/somente sábado e domingo), 15h, 17h25 (3D/dub/diariamente).

Uma Noite no Museu 3 - O Segredo da Tumba: EUA. Livre. Cinemark 5 – 21h15 (dub/diariamen-te), Cinemark 8 – 11h40 (dub/exceto sábado e domingo); Kinoplex 4 – 13h, 15h05, 17h25, 19h40, 21h55 (dub/diariamente); Multiplex 6 – 15h, 17h, 19h, 21h (dub/diariamente), Playarte 10 – 12h50, 14h50, 16h50, 18h50, 20h50 (dub/diariamente), 22h50 (dub/sexta e sábado), Cinépolis 6 – 20h15, 22h30 (dub/diariamente).

O Hobbit – A batalha dos 5 exércitos: EUA. Playarte 8 – 12h40, 15h30, 18h20, 21h05 (dub/diaria-mente), 23h50 (dub/sexta e sábado)

ESTREIAS

Minúsculos: FRA. Livre. Em uma pacífi ca clareira, entre as sobras de um piquenique, começa uma batalha entre duas tribos de formigas em busca de uma caixa de açúcar. Uma jovem e corajosa joaninha acaba sendo capturada no meio do fogo cruzado e torna-se aliada das formigas negras, ajudando na luta contra as terríveis formigas vermelhas. Cinemark 2 – 12h20, 14h40, 16h50 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 6 – 14h, 16h05, 18h10 (dub/diariamente), Cinépolis Millennium 2 – 13h, 15h15, 17h15 (dub/diariamente).

Busca Implacável 3: FRA. 14 anos. Liam Neeson retorna ao papel de Bryan Mills, ex-agente da CIA, cuja reconciliação com sua ex-mulher é interrompida quando ela é brutalmente assassinada. Consumido pela raiva, e considerado o responsável pelo crime, ele foge da procura implacável da CIA, do FBI e da polícia. Pela última vez, Mills deve usar `suas habilidades especiais´ para encontrar os verdadeiros assassinos, fazer justiça com as próprias mãos, e proteger a única coisa que importa para ele agora – sua fi lha. Cinemark 2 – 19h, 21h30 (dub/diariamente), Cinemark 7 – 12h30, 15h, 17h50, 20h30 (dub/diariamente), 23h10 (dub/somente sábado); Multiplex 2 – 16h, 18h15, 20h30 (dub/diariamen-te), Multiplex 4 – 21h (dub/diariamente), Multiplex 5 – 21h30 (diariamente), Playarte 5 – 13h30, 15h45, 18h, 20h15 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 5 – 16h20, 21h15 (dub/diariamente), 13h55, 18h50 (leg/diariamente), Cinépolis Millennium 5 – 14h, 16h30, 19h (dub/diariamente), 21h30 (leg/diariamente), Cinépolis Millennium 7 – 15h, 17h30, 20h (leg/diariamente).

BAND

12h47 Globo Esporte

13h20 Jornal Hoje

13h59 Vídeo Show

14h49 Sessão da Tarde. Filme: Escola de Rock

16h49 Vale a Pena Ver de Novo: O Rei do Gado

17h47 Malhação

18h25 Novela: Boogie Oogie

19h13 Jornal do Amazonas

19h30 Jornal Nacional

20h08 Novela: Alto Astral

21h03 Novela: Império

22h19 Big Brother Brasil

22h45 Minissérie: Felizes Para Sempre

23h30 Tela Quente. Filme: O Pacto

1h17 Jornal da Globo.

1h49 Programete Fórmula 1

1h51 Homeland – Segurança Nacional: Um

Carrinho de Mão Vermelho

12h30 Cidade Urgente

12h55 Igreja Universal

13h Nosso Tempo

14h Sabe ou Não Sabe

15h15 Brasil Urgente – Edição Regional

16h15 Brasil Urgente – Edição Nacional

17h50 Band Cidade

18h20 Jornal da Band

19h25 Show da Fé

20h20 Glee

21h10 Os Simpsons

21h30 The Walking Dead

23h15 Jornal da Noite

0h05 Que Fim Levou? – Boletim

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Page 15: EM TEMPO - 26 de janeiro de 2015

Contribuintes do IPTU de Manaus já podem consultar e imprimir suas guias pela internet. O acesso pode ser feito pelo endereço http://semef.manaus.am.gov.br, no link IPTU. É necessário informar o número da inscrição imobiliária.

IPTU 2015

É com pesar que expressamos nossas condolências ao governa-dor José Melo e família, pela mor-te de sua amada mãe Osmarina Melo Oliveira, ocorrido na segunda (19). Lamentamos em não po-der cumprimentar pessoalmente o governador José Melo, pois nos encontramos fora de Manaus.

Nossos sentimentos

B7PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

Sérgio [email protected]

Instagram: @sergiopromoter

ANUNCIANDO APRIMORAMENTOS no sistema de segurança pública, com reforço no combate no tráfi co de drogas e na prevenção da criminalidade, o governador do Amazonas, José Melo, deu posse na quarta (21) ao novo titular da Secretária de Segurança Pública, Sérgio Fontes, e da Delegacia Geral da Polícia Civil, Orlando Amaral. Melo confi rmou reforço do Ronda no Bairro e anunciou para março o lançamento do Todos pela Vida, programa com ações conjuntas nas áreas de Educação, Cultura, Esporte e Assistência Social. O evento contou com a presença do vice-governador Henrique Oliveira, do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e dos presidentes da Aleam, deputado Josué Neto e da Câmara Municipal de Manaus, vereador Wilker Barreto, e do comandante-geral da PM, coronel Gilberto Gouveia.

PREFEITO ARTHUR VIRGÍLIO NETO e a presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo, discutiram mecanismos para a cobrança da Dívida Ativa do município, hoje avaliada em 1,3 bilhão. O encontro foi para resolver entraves no processo de cobrança e, consequentemente, diminuir o número de processos de dívidas que tramitam no TJ/AM.

HERICK PEREIRA/SEMCOM ALEX PAZZUELO/SEMCOM

DIVULGAÇÃO

Nejmi Jomaa Aziz é sempre destaque por onde passa e na imprensa, tudo pelo grandioso trabalho que realiza na área social. Ela é uma mulher de fi bra e de grandes sentimentos.

VICE-GOVERNADOR DO AMAZONAS HENRIQUE OLIVEIRA de-fendeu Manaus na disputa para sediar jogos de futebol das Olimpíadas Rio 2016, durante a visita à Arena da Amazônia, acompanhado do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e uma comitiva formada por membros do COI e de presidentes das 13 confederações sul-americanas de atletismo, lideradas pelo presidente da Con-sudatle, Roberto Gesta. Na foto o vice-governador cumprimentando Sergiy Bubka, maior recordista mundial de salto com vara da história e que faz parte do Comitê de Avaliação dos Jogos Olímpicos, com a presença do presidente da Consudatle, Roberto Gesta, que foi aclamado sábado (17) para mais quatro anos à frente da entidade

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O DETRAN-AM INICIOU, na segunda (19), o curso de Capacitação de Monitor de Transporte Escolar. O curso gratuito será obrigatório para o exercício da atividade e alvo de fi scalização por parte do órgão. Para isso, publicou na terça (20) uma portaria regulamen-tando a função no Estado. O diretor-presidente do Detran-AM, Leonel Feitoza, explicou que “o curso é importante para garantir a segurança dos estudantes durante o transporte para a escola. Os participantes terão aulas sobre legislação do trânsito, comportamento seguro no veículo, primeiros-socorros, entre outros temas”, afi rmou.

W. REDMAN/AGECOM

GOVERNADOR DO AMAZONAS, JOSÉ MELO concluiu a reestruturação da cúpula do sistema de Segurança Pública do Estado, na quarta (22), quando o coronel PM, Gilberto Gouveia assumiu, em solenidade militar, o posto de comandante-geral da PM/AM. Na foto o governador José Melo ao lado do novo comandante da PM, Gilberto Gouveia, acompanhados do presidente da Aleam, deputado Josué Neto.

HERICK PEREIRA/SEMCOM

Prefeito Arthur Virgílio Neto acompanhou a visita dos representantes do Comitê Olím-pico Internacional à Arena da Amazônia. A ida até o local ofi cializou a candidatura de Manaus como uma das cidades-sede para as disputas de futebol nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. Na companhia do prefeito, do vice-governador Henrique Oli-veira, e do presidente da Confederação Sul-Americana de Atletismo, Roberto Gesta. Estavam na comitiva, o presidente da Federação Internacional de Atletismo, Lamine Diack, que pertence ao quadro do COI e o ucraniano Sergiy Bubka, que também é membro do COI e da Comissão de Avaliação Rio-2016, também participaram da visita o britânico Lord Sebastian Coe, vice-presidente da Iaaf e presidente do Comitê Organizador das Olimpíadas de Londres de 2012, e o general-brigadeiro Dahlan Al Hamad, do Catar, também vice-presidente da Iaaf e membro do Comitê Olímpico do Catar, país-sede da Copa do Mundo de 2022.

MARIO OLIVEIRA/SEMCOM

PREFEITURA DE MANAUS e a Eletrobras Amazonas Energia fecharam parceria que vai benefi ciar 13 escolas da rede municipal e gerar uma economia de R$ 500 mil por ano ao município. Em reunião na quarta (21), o prefeito Arthur Virgílio Neto e o diretor-presidente da Eletrobras, Radyr Oliveira, discutiram os detalhes da ação. A parceria ocorrerá por meio do projeto de efi ciência energética. A medida prevê a instalação de 449 novos condicionadores de ar, a substituição de 4.682 lâmpadas, além da troca de 2.341 reatores nas unidades educacionais.

TÁCIO MELO/SEMCOM

Prefeito Arthur Virgílio Neto se comprometeu em prestar apoio à Associação das Pessoas com Fissura Labiopalatinas do Estado do Amazonas. O encontro com representantes da entidade ocorreu na segunda (19), quando foram expostos os problemas mais comuns nos pacientes e discutidas ações para melhor ajudá-los. O presidente da Apfam, Carlos Dourado, destacou a necessidade de se ter um centro especializado em Manaus. Para ele, a partir de agora, com o apoio do prefeito Arthur Neto, a associação ganha um novo direcionamento e também chances de levar tratamento adequado e completo aos pacientes.

MARIO OLIVEIRA/SEMCOM

Prefeitura de Manaus fi rmará um novo convênio com o governo do Estado. Desta vez, o foco será a segurança pública e o aprimoramento da Guarda Municipal. Durante a cerimônia de posse dos novos gestores da Secretária de Estado da Segurança Pública, o prefeito Arthur Virgílio Neto explicou que a ideia de capacitar a Guarda Municipal para atuar de forma integrada ao sistema de segurança do Estado.

ALEX PAZZUELO/SEMCOM

HERICK PEREIRA/SEMCOM

B07 - 26 DE JANEIRO de 2015 - sergio frota - PLATEIA.indd 7 25/1/2015 20:49:14

Page 16: EM TEMPO - 26 de janeiro de 2015

B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

Série destaca cotidiano de casaisSÃO PAULO, SP – Estreia

hoje a minissérie da Globo “Felizes para Sempre?”, de Euclydes Marinho, cuja his-tória gira em torno de cinco casais que traem, mentem e entram em conflitos em seus relacionamentos. Com tanta crise instaurada por todos os lados e com as histórias

se unindo no decorrer dos capítulos, um dos perso-nagens será até morto em um crime passional.

Entre os casais, um dos que mais vão sofrer é Tânia (Adriana Esteves) e Hugo (João Miguel). A cirurgiã plástica já não dá mais bola para o marido e o engana. Além disso, ela

vai se envolver com um outro homem. Falta de amor tam-bém é o problema de Cláudio (Enrique Diaz). Ele já não ama mais a mulher, Marília (Maria Fernanda Cândido).

A minissérie tem dez capí-tulos e vai ao ar de segunda a sexta, depois do “Big Brother Brasil 15”.

ESTREIA

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoOlho nissoNos bastidores da Glo-

bo, há quem afirme que a emissora vai investir ain-da este ano em um novo programa para Marcelo Adnet, diário, de entrevis-tas com pegada de humor. Falam ainda que esse pro-grama será “inteiramente produzido em São Paulo”, na sua sede da Berrini.

Perguntarnão ofende“Programa de entrevis-

tas, com pegada de hu-mor” – mas, por acaso, não é isso que o Jô So-ares também faz? Então será só mais um ou uma maneira de otimizar o aproveitamento do Adnet. Ou, sabe-se lá, já pensar num substituto do Jô. Mas, como outra questão, será que o Adnet tem condi-ções de chegar a tanto?

Ganho importanteRatinho volta das suas

férias nesta segunda-fei-ra e com uma novidade importante. A partir des-ta noite o seu progra-ma passa a ser exibido em HD. O estúdio 6 foi totalmente reformado.

Baixas importantesO jornalismo da Record

está em vias de sofrer outros

Pra todo ladoJuliana Didone fechou contrato com o canal GNT na

última quinta-feira, para integrar o elenco da terceira temporada de “As Canalhas”, que estreia em março. Em boa fase no vídeo, a atriz também estará em “O Hipnotizador”, nova série da HBO, na novela “Os Dez Mandamentos”, da Record, e no elenco do longa “Superpai”, com lançamento em fevereiro.

Bate-rebate• Mixer e HBO têm inte-

resse na terceira temporada da série “O Negócio”, sobre prostituição de luxo...

• ... Mas os entendimentos para o início de produção ain-da não foram fechados.

• Felipe Motta, da Jovem Pan, que se especializou em automobilismo, fechou com o Fox Sports.

• De acordo com os orga-nizadores da 5ª edição da Rio Content Market, mais de 100 canais entre bra-sileiros e internacionais e 200 executivos confirmaram presença...

• ... O evento, um dos maio-res sobre produção de con-teúdo audiovisual, vai acon-tecer nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro, no hotel Windsor Barra...

• A TV Cultura e a OAB/SP promovem na quinta-feira, 29, entre 8h e 14h, o seminário Reforma Política Já.

Versão 2015José Luiz Datena mudou ligeiramen-

te a cara do seu “Brasil Urgente”, na Band. O programa ganhou um toque de suavidade. Internamente, se co-menta, esse é o Dateninha paz e amor que até então ninguém conhecia.

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AÇÃO

Foi um ruidoso fracasso a realização do reality “The Bachelor”, na Rede TV!. A au-diência sempre deixou a de-sejar, porque o programa e os próprios participantes são muito ruins. Não deve existir um próximo. Em todo caso, caberá ao departamento co-mercial a palavra fi nal.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Caíque não acredita que não foi Laura quem escreveu a matéria que o prejudica. Azeitona fi ca assustado ao perceber que pode ver a Voz que Samantha escuta. Mar-cos garante a Laura que vai falar com Marcelo para ela voltar a trabalhar na revista. Maria Inês e Mar-celo decidem fi car juntos. A Voz sugere a Samantha que crie um aplicativo de premonições para ganhar dinheiro. Scarlett se deses-pera quando Manuel revela que a moça deverá mudar de identidade, passando a se chamar Aparecida dos Santos. Samantha pede a Heitor para fazer o aplicativo das premonições.

Ágata deixa mais uma pista do segredo de Car-lota para Sandra. Mário e Gilda reclamam por Susana ter contratado Artur. Fer-nando descobre que Carlota deu diamantes para Odete. Rafael sugere que Sandra revele para Cláudia e Otávio que Vitória pode ser fi lha de Paulo. Gilda teme que Carlota atrapalhe o casamento de Rodrigo e Daniele. Daniele e Rodrigo descobrem que Fernando não está morando no hotel como informou. Fer-nando tenta seduzir Susana. Artur reclama de uma plani-lha feita por Mário. Madalena afi rma que não deixará Car-lota atrapalhar o casamento de Rodrigo e Daniele.

Resumo das novelas

José Alfredo se emociona ao ver João Lucas. Jurema sente ciúmes de Cora. Lorraine inva-de a casa de Silviano. Bruna observa Danielle e Maurílio. José Alfredo pede para João Lucas e Du não contarem para ninguém sobre sua presença. Robertão decide ir para Paris, já que Érika não responde a seu pedido de casamento. Felipe vai atrás de Enrico. Lorraine descobre o segredo de Marta. José Alfredo afi rma que se casará com Maria Ísis. Maria Clara pede Vicente em casamento. Ismael desconfi a da explicação de Lorraine. Silviano descobre que seu álbum de lembranças foi rou-bado. Cristina fi ca cismada com Marcão.

René afi rma a Dandara que ela tem sentimentos por Gael. Pedro e Tomtom deci-dem seguir Delma e impedem a mãe de se aproximar de Nando. Pedro e Tomtom se arrependem e pedem descul-pas para Delma. René aceita um trabalho na Amazônia e Dandara fi ca apreensiva por causa de João. Tomtom cria um plano para ajudar Lincoln a trazer Mari e Jeff de volta para o Rio de Janeiro. Jade está confi ante sobre seu papel na peça e Lucrécia estranha o comportamento da fi lha. João apoia René sobre fi lmar na Amazônia. Roberta vai ao restaurante de Marcelo.

Mia aceita viajar com a banda. Pascoal informa aos alunos que eles fi caram em primeiro lugar no torneio in-ter-colegial e ganharam de presente uma viagem. Inês não autoriza Xavier a viajar com o grupo. Diego diz a Leon que a professora Júlia vai acompanhá-los na via-gem. Pascoal diz a Martin que a professora Júlia não quer acompanhar os alunos e, portanto, ele terá que ir em seu lugar. Vick diz a Rocco que vendeu a jóia que ele lhe deu para resgatar sua câmera de vídeo e pede que a aceite como presente por tudo que tem feito por ela.

Neco visita Lucia, diz que se preocupa com a saúde da menina e por isso não fugirá mais com ela. Lucia se esforça para aprender a falar novas palavras. Na casa do tio, Bia vê uma foto de sua mãe e diz que ela era bonita. O homem também entrega para Bia um xale que a mãe dela usava na época que estava grávida. Marian fala para Gabi que não se preocupa com o resultado do DNA. Mili diz para Marian que está arrumada para ir passear com Mosca. Marian aproveita que Mili está cega e diz que ela está pálida. Marian faz maquiagem de Mili, que fi ca toda borrada.

desfalques bem importantes. Além do Luiz Malavolta, chefe e produtor executivo de re-portagens investigativas, a

editora Márcia Dal Prete tam-bém não teve o seu contrato renovado. É outra excelente profi ssional no mercado.

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[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015 (92) 3090-1045

Invista em depósitosbancários

VALTER CAMPANATO/ABR

Página C6

Viagem para Europa deve fi car mais barataPacote de estímulo do banco central à economia europeia deve levar à desvalorização do euro

O pacote de estímulo à economia elaborado pelo Banco Central Europeu terá efeitos

positivos para quem pretende viajar ao velho continente. As medidas tendem a enfraquecer o euro, tornando as viagens e compras mais baratas, a exem-plo do que o brasileiro já conhe-cia nos EUA.

Antes mesmo do anúncio da medida, que prevê a inje-ção de € 60 bilhões por mês nas economias do bloco até setembro de 2016, o euro já vinha se desvalorizando.

A moeda europeia começou o ano a R$ 3,216. Na sexta (23), valia R$ 2,909 – queda de 9,5%. Estudo do banco holandês ABN estima que, se o programa der certo, até o fi nal de 2016 o euro poderá voltar à paridade com o dólar.

O aumento da concorrência e da oferta de voos também tem contribuído para barate-ar passagens para a Europa. Estimuladas pela Copa e pela perspectiva de aumento da pro-cura do Brasil como destino, companhias europeias amplia-ram a oferta de assentos nas rotas para o Brasil.

Um dos mercados que mais tiveram aumento de oferta foi à Espanha, com a entrada da Air Europa e novas frequências da Iberia e da TAM. “O fato é que a Europa já não causa mais grandes traumas. Portu-gal está muito barato, a Espa-nha também. Mesmo França e Inglaterra não assustam mais”, diz o vice-presidente de rela-ções internacionais da Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagem), Leonel Rossi Junior. Ele diz ainda que a dispensa de visto é outro fator que favorece a Europa.

Na CVC, maior operadora de turismo do país e que tem forte presença na classe C, as via-gens para a Europa cresceram 20% em 2014. E a expectativa é que o movimento se repita neste ano.

Para o presidente da CVC, Luiz Fernando Falco, o aumento da procura pela Europa se deve, dentre outros fatores, à rees-truturação dos pacotes, com guias que falam português e facilidade de transporte entre países. A Europa é o quarto des-tino internacional para a CVC, atrás de Caribe. Buenos Aires sempre foi o principal destino. Em 2014, porém, pela primeira vez em 40 anos, a CVC levou mais brasileiros para a Flórida (Miami e Orlando) do que para o país vizinho.

Na Europa, Paris, que era o principal destino dos brasileiros no continente, perdeu o posto para Madri. As vendas do pacote Madri-Barcelona da CVC cres-ceram 54% no ano passado.

RecomendaçãoA Abav prevê que as viagens

internacionais devem crescer 5% neste ano, mas que o mercado deve fi car aquecido apenas a partir do segundo semestre. Para quem plane-ja viajar, a recomendação é comprar passagens ou pacotes com antecedência.

Já a moeda estrangeira é o último item a comprar. Para quem prefere a previsibilida-de, a recomendação é dividir a compra em duas ou três parce-las mensais. “O parcelamento reduz a angústia e você não fi ca nem com a pior nem com a melhor cotação, mas com uma média”, diz Alexandre Fia-lho, diretor da Cotação. Marcos Weigt, consultor de risco da SH Global Kapital, recomenda não comprar com antecedência maior que três meses. “Tem que se levar em conta o custo de deixar o dinheiro parado”.

Excesso de capacidadeCom a economia enfra-

quecida e o investimento de companhias aéreas interna-cionais em novos voos saindo do Brasil, há risco de excesso de capacidade de assentos nas viagens para a Europa em relação à demanda. A afi rma-ção é de Hugues Heddebault, diretor-geral da Air France-KLM para o país.

Isso é bom para os passa-geiros, já que as tarifas ten-dem a cair, mas é má notícia para a receita das companhias. Heddebault diz que começa a ver “tarifas estranhas” para as viagens entre América do Sul e Europa. “Outro dia, nós vimos uma a US$ 544. E não estou falando daquela da KLM”, afi r-ma o executivo, brincando.

Ele se refere a um erro no site da companhia em dezembro que fez com que passagens para a Europa fossem vendi-das a menos de R$ 500.

O excesso de capacidade já é uma realidade para trechos entre Europa e América do Norte e também a Ásia, mer-cado em que há uma intensa competição com companhias como a Emirates.

“Da América do Sul para a Europa isso é limitado, mas já começa a ser um pouco irritante. Há um aumento no número de assentos nossos, da British Airways, da Swiss e da Royal Air Maroc. Se você quiser que eles sejam preen-chidos, precisa fazer ótimas tarifas”, diz.

Essa realidade global fez com que, em julho, a Air Fran-ce revisasse para baixo suas metas de receita para 2014 – nos primeiros nove meses do ano passado, a companhia teve receita de € 18,7 bilhões, com queda de 3,6% em relação à do mesmo período de 2013, principalmente por causa de uma greve de pilotos que durou duas semanas em setembro.

Revisão de planosA expectativa de baixa na

economia brasileira também fez com que a empresa fran-cesa fi zesse uma revisão nos seus planos para o Brasil. O projeto era aumentar o núme-ro de voos saindo de Brasília para Paris de três para cinco por semana em julho, mas isso foi adiado para outubro.

“A demanda está aumentan-

do, mas não tanto gostaría-mos nem quanto costumava ser”, diz Heddebault.

Um fator que pode ajudar as companhias a equilibrar as contas são as quedas no preço do petróleo no mercado global. Entretanto, para o executivo, ainda é cedo para dizer se isso vai infl uenciar no preço das passagens.

“Uns 20% do combustível que usamos hoje foi comprado há dois anos, outros 20% há seis meses. Leva um tempo até isso ter impacto nas pas-sagens, então é um pouco cedo para saber”, diz.

Há duas semanas, a Air France começou a voar para o Brasil com uma aeronave B777 com a cabine remode-lada. As principais mudanças estão na classe executiva, que traz mais faturamento para a companhia, já que os pas-sageiros pagam mais caro e viajam regularmente.

Nessa classe, a companhia não chama mais os lugares de “assentos”, mas, sim de “suí-tes”, porque as poltronas, que viram camas, fi cam em uma espécie de casulo, separadas e privativas.

MARIANA BARBOSADE SÃO PAULOFELIPE MAIAENVIADO ESPECIAL A PARIS

Hugues Heddebault, que é diretor da Air france para o Brasil

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C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

*Analista responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16 da Instrução CVM 483/10

Aprenda a deixar toda suavida fi nanceira em ordemPrimeira parte de um guia prático para colocar as fi nanças no caminho certo logo no início do ano e evitar perda de capital

Junto com o ano novo já é tradi-ção vir algumas promessas: uma vida mais saudável, mais tempo com a família e principalmente a

dupla perder peso e fi car rico. Fazer tudo isso não é tão simples. Até porque se fosse simples já teríamos feito em anos anteriores. Mas certa-mente existem algumas atitudes que podem auxiliar neste processo.

Na busca por uma vida fi nan-ceira mais saudável, organizamos algumas dicas que podem ajudar no cumprimento das promessas, principalmente nas fi nanceiras. Di-vidimos em cinco partes e a primeira é autoconhecimento.

Primeiro ponto é olhar-se no es-pelho e entender como realmente estamos. Às vezes distorcemos um pouco, ou escolhemos um ângulo que nos ajuda, o melhor mesmo é tirar uma foto, e como dizem nas redes sociais: sem fi ltro e sem maquiagem. Hoje existem muitas ferramentas pra tirar uma boa foto das nossas fi nanças: aplicativos em smartpho-nes, sost wares sofi sticados e inter-net banking mais intuitivos. Mas costumamos dizer que a melhor ferramenta é aquela que sabemos usar, por isso, nunca subestime os bons e velhos papel e caneta.

Geralmente sabemos muito bem de onde está vindo o nosso recurso, mas nem sempre controlamos muito bem para onde ele vai. A famosa entrada e saída de caixa têm que ser escrita e mostrar para onde o recurso escoa. Às vezes gastos pequenos e

corriqueiros fazem diferença muito mais signifi cativa do que gastos altos e pontuais. Neste momento é importante mapear gastos e quan-tifi car corretamente tudo que entra e sai do bolso para, posteriormente, fundamentar decisões melhores.

Provavelmente esse é um dos pro-cessos mais estressantes, pois o ato de conhecer a si mesmo nem sempre é agradável. Muitas vezes criamos imagens, justifi cativas, ou mesmo supostas realidades que não condi-zem com o que realmente somos e estamos fazendo. Por isso, sejamos pacientes nessa etapa e façamos da melhor forma possível, pois todas as outras partes necessitam deste processo inicial.

A dica de hoje é papel e caneta na mão, e em um processo de au-toconhecimento entender o que se ganha e com o que se gasta, para analisar a importância de alguns gastos. Os bens são escassos e não dá para ter tudo que queremos, mas dá para escolher ter o que realmente é importante.

Para saber mais sobre o as-sunto envie uma mensagem para o endereço de e-mail [email protected]

*Co-fundador e sócio da D&L Investimentos, escritório Ágo-ra-Bradesco em Manaus

LEONARDO A. LOBO*

CSN (CSNA3): revisão de estimativas

Revisamos nossas estima-tivas para a CSN conside-rando os últimos resultados apresentados pela empresa e as novas premissas ma-croeconômicas e setoriais. Chegamos ao preço-alvo de R$ 6,20/ação para dezembro de 2015, com recomendação de manter para CSNA3.

SiderurgiaCom relação ao setor de

aços planos o persistente en-fraquecimento da demanda interna, particularmente por parte das montadoras de veículos, levou a empresa a buscar saídas via exporta-ção, que amenizam o quadro doméstico, mas pressiona as margens. Para os segmentos de laminados a frio e a quen-te, além dos produtos galva-nizados, assumimos vendas físicas em queda de 1% no ano de 2015. As exportações poderão crescer cerca de 5% em 2015.

Em paralelo estimamos que a CSN irá vender 350 mil tone-ladas de aços longos (ou não planos, focados em constru-ção civil), alcançando em 2016 plena capacidade de 500 mil toneladas. Tudo considerado, a área siderúrgica da empresa poderá mostrar aumento de volume físico de vendas da ordem de 6% em 2015.

Sobre os preços do aço, como o prêmio (diferença entre o preço no Brasil e no exterior), encontra-se relati-vamente baixo (4,5% contra um nível histórico de 10%) vemos espaço para reajus-

tes, levando o prêmio de vol-ta para próximo da média. Supondo esta possibilidade como viável acreditamos que haveria espaço para elevação de preços em torno de 4%, a depender da taxa de câm-bio mais elevada (algo mais próximo de R$ 2,80/US$). Se o patamar do câmbio esta-bilizar-se no nível atual (em torno de R$ 2,65/US$) já não existiria folga para novos rea-justes – o que representa risco signifi cativo para o setor.

Minério de FerroNo segmento de minério

de ferro, cujo preço no mer-cado spot chinês (principal referência de precifi cação da commodity) mostra quedas sequenciais (perto de 50% em 12 meses), isto leva à premissa mais conserva-dora. O preço spot tem se situado em torno de US$ 70/ton nos últimos meses, um nível que leva a reajustar nossa estimativa para 2015 em diante para US$ 75/ton, contra estimativa anterior de US$ 90/ton.

Provavelmente a CSN vai adaptar sua produção à nova realidade, comprando menos de terceiros e ajustando a es-cala da Namisa, concentrando a produção e saída de minério em Casa de Pedra (mais efi -ciente), podendo assim com-pensar parcialmente o efeito negativo dos preços mais bai-xos e limitar a compressão nas margens. Tal quadro deverá provocar redução na geração operacional de caixa (Ebitda) do setor e alguma revisão nos planos de investimento

de longo prazo.

Joint-ventureAinda com relação ao setor

de minério de ferro foi anun-ciada em dezembro passado uma aliança estratégica com o consórcio asiático (Itochu Corporation, JFE Steel Cor-poration, Posco, Kobe Steel, Nisshin Steel Co. e China Steel Corp.) que envolve a integra-lização de ativos minerários para constituição da joint-venture denominada Congo-nhas Minérios. Tal solução poderá terminar com um pro-blema da CSN, considerando a opção de venda (putoption) no valor de US$ 3 bilhões que o consórcio detinha desde que adquiriu 40% de participação na Namisa.

A operação é prevista para ser concluída até o fi nal de 2015. De acordo com os termos do acordo a CSN vai integralizar os seguintes ativos: 60% das ações da Namisa; 100% da participa-ção na mina Casa de Pedra; 8,63% de participação na MRS Logística; e direitos de concessão para operar o Tecar (terminal no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro). A participação do grupo asiáti-co na joint-venture será com a integralização da partici-pação de 40% na Namisa.

A CSN teria participação total de 88,25% na nova empresa, fi cando os demais 11,75% para os asiáticos (sem considerar qualquer ativo fi nanceiro, como cai-xa e dívida). Porém detalhes sobre o tratamento de pas-sivos fi nanceiros ainda estão

pendentes. Estamos conside-rando, em um cenário mais conservador, que não haverá transferência de dívida da CSN para a nova empresa.

Alavancagem da CSNAnalisando a estrutura eco-

nômico-fi nanceira atual da CSN (último balanço disponí-vel é o de setembro de 2014) e as informações que dispo-mos sobre o fi nal de 2014 e para o ano de 2015, estima-

mos que a alavancagem da empresa subirá. O indicador dívida líquida/Ebitda deve sair do patamar de 3,4x em dezembro de 2013 para 5,5x em dezembro de 2014 e 5,9x em dezembro de 2015. Este indicador tem como “zona de conforto” o nível máximo de 2,5x e mostra que tamanha elevação projetada poderá trazer pressão sobre o cus-to da dívida e de eventuais novas captações.

ProjeçõesNossa recomendação é de

manter para suas ações, tra-tando-se de uma alternativa para carteiras diversifi cadas e com horizonte de retorno de médio/longo prazo. A re-comendação considera que as condições macroeconô-micas e setoriais de curto prazo permanecem impondo difi culdades à evolução dos resultados e do fl uxo de caixa da empresa.

ALOISIO VILLETH LEMOS*

Fonte: Broadcast; Bradesco Corretora e Ágora Corretora

Fonte: Bradesco Corretora; Ágora Corretora; Bloomberg

Apesar das ferra-mentas tecnológicas ainda é aconselhá-vel usar papel, ca-neta e calculadora

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C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

‘Sem energia, não haveráo que racionarmos no Brasil’Presidente de instituto do setor afirma ainda que governo cobrará conta que consumidor não conseguirá pagar

Após enfrentar um apa-gão, o governo precisa criar às pressas um plano para blindar o

setor contra novos blecautes. Decretar um racionamento é a solução apontada pelos princi-pais especialistas dos setores elétrico e de abastecimento de água.

Com a situação fi nanceira delicada das empresas de ge-ração e distribuição de ener-gia, no entanto, os efeitos podem ser drásticos.

De acordo com Claudio Sa-les, presidente do Instituto Acende Brasil, que estuda a efi ciência do sistema elétrico, o custo de um racionamento só não é maior que o de um corte do abastecimento, como aconteceu na última segunda-feira (19).

Seus efeitos ultrapassam os limites do setor e atin-gem indústria e comércio e desestimulam investimentos em produção no país.

Por outro lado, sem um plano de ação, os consumidores de energia estão aprendendo a lidar com o problema da pior forma possível.

“O governo vai cobrar uma conta que os consumidores não poderão pagar e desligará a luz quando eles quiserem acendê-la”, diz.

O apagão de segunda, pos-sivelmente, diz Sales, foi o primeiro de vários. Basta que o governo continue a enfren-tar o problema com medidas paliativas, como a importação de energia da Argentina.

Para Sales, o racionamento, para produzir efeitos menos nocivos sobre a economia, pre-cisa ser uma medida preventi-va. “Se não for mais possível produzir energia, não se pode mais falar em racionamento. Sem, energia, não haverá o que racionar”.

A seguir, trechos da entre-vista à Folha.

ApagõesSão grandes as possibilida-

des de que apagões voltem a acontecer no restante do verão. Nos últimos três anos, os recordes de demanda fo-ram em fevereiro, perto de 4% acima dos do ano anterior.

Neste ano, o sistema não conseguiu suportar a deman-da já em janeiro e é razoável supor que o recorde de 2015 também seja em fevereiro.

Como até lá não entrará

nenhuma usina nova em ope-ração, há um grande risco de o sistema não conseguir aten-der a demanda novamente.

Além disso, é preciso garan-tir a demanda por todo o ano. O período chuvoso acaba em abril. Particularmente neste ano, com os reservatórios bai-xos, será muito difícil passar pelo período seco até novem-bro sem alguns solavancos.

Redução de consumoQualquer tragédia dessas

[o corte de energia do dia 19] causa um efeito como a redução do consumo. Paga-se, porém, o preço mais alto para promover essa educa-ção. O governo vai cobrar uma conta dos consumidores que eles não poderão pagar e desligará a luz quando eles quiserem acendê-la.

CausasNo apagão da última se-

gunda, não caiu nenhuma torre nem explodiu nenhum

transformador em subesta-ção. Se a restrição é ineren-te ao sistema, não importa se a energia é gerada no Sudeste ou no Nordeste. O importante é que não hou-ve capacidade disponível no momento necessário.

A operação do sistema elé-trico só é confortável quando há uma reserva de 5% de potência, a chamada reserva girante. Mas, por causa do baixo nível dos reservatórios e do alto consumo, não existe qualquer reserva.

A importação de energia, como a que está sendo feita da Argentina, não resolve o problema, é um paliativo.

O governo busca em todos os cantos um pouquinho de energia. O setor está tendo que passar o pires para amea-lhar capacidade adicional. Es-tamos muito longe da reserva girante que deveríamos ter, de 6.000 MW (megawatts). Seria um sonho se houvesse 3.000 MW disponíveis.

TermelétricasEmbora os modelos computa-

cionais do ONS [Operador Na-cional do Sistema Elétrico] não apontem a necessidade do uso pleno das termelétricas, deter-minam o despacho de 100% das usinas disponíveis para tentar reservar água nas represas.

O ONS está intervindo na vida das usinas para diminuir o

máximo o período de manuten-ção equipamentos e maximizar o seu uso. Os operadores só estão fazendo a manutenção das usinas quando estão pres-tes a perder a garantia.

Isso coloca o sistema em uma situação dramática. Se as termelétricas deveriam ajudar a guardar água nos reservató-rios, não estão ajudando mais.

Mesmo no período úmido, os ní-veis de água voltaram a cair.

Usando as palavras do mi-nistro [Eduardo Braga, Minas e Energia], nenhuma usina consegue funcionar com os reservatórios a 10% da sua capacidade. Então, quando se chegar mos a esse nível, não terá mais um racionamento a ser decretado. O racionamento

é um corte preventivo, o que não seria o caso. As usinas simplesmente não poderiam mais funcionar. Não haverá o que racionar sem energia.

Tempo perdidoOs problemas teriam sido

fortemente mitigados se um racionamento tivesse sido es-tabelecido em 2014.

Há vários estágios de racio-nalização e, no setor elétrico principalmente, todos foram descartados. Quando se vai à cadeia de televisão e se explica ao consumidor que a energia está mais barata, há uma sen-sação de despreocupação.

Em 2012, quando se promo-veu um esforço para reduzir em 20% o custo da energia, foi dado um sinal contrário ao que deveria ter sido dado.

Se a sociedade é informada da realidade, de que a energia estava cara, tem outro tipo de comportamento.

Riscos econômicosExiste uma insegurança ab-

soluta. A primeira questão a ser estudada por empresas estrangeiras que pensam em investir no Brasil é a energia. Em 2023, que no planeja-mento de um investimento de longo prazo é um pulo, o Paraguai terá metade da ener-gia de Itaipu disponível. Além de afugentar investimentos, um racionamento traz efeitos negativos imediatos sobre o setor produtivo, que precisa diminuir a produção.

A seca é o único fator que o governo não controla. Todos os outros fatores poderiam ser controlados para evitar uma situação como essa:

Os demorados e inseguros licenciamentos ambientais, os leilões organizados às pressas e com preços não realistas, os sinais de pre-ços equivocados dados aos consumidores, indicando que podem consumir o quanto de-sejarem de energia.

O racionamento é uma medi-da de exceção, que tem custos. O custo do racionamento só não é maior do que o custo de fi car sem energia, como aconteceu na segunda (19).

É uma escolha difícil. Após o fi m do racionamento de 2001, a demanda voltou abaixo do que antes e levou quase cinco anos para se recuperar. Se um novo racionamento for defi ni-do neste ano, é possível que as receitas das empresas de ge-ração e distribuição de energia demorem a se reerguer.

MACHADO DA COSTACOLABORAÇÃO PARA A FOLHA

GUSTAVO EPIFANIO/FOLHAPRESS

Claudio Sales, do Instituto Acende Brasil: consumidor foi mal informado sobre custo da energia

RISCODecretar racionamento é a solução apontada por especialistas em energia e abastecimen-to de água. Mas isto pode ter efeitos drás-ticos no cenário atual com empresas do setor operando no vermelho

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C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015

Fundos imobiliários voltama decepcionar investidoresShoppings e escritórios vagos afetam rendimento de aplicação isenta de IR. Em 2015, espera-se recuperação do valor das cotas

Os fundos imobiliá-rios, que cresceram a c o m p a n h a n d o o boom do setor

até 2012, decepcionaram em 2014 pelo segundo ano consecutivo, resultado dos escritórios e shoppings va-gos em razão da fraqueza da economia.

Esse fundos caíram em mé-dia 2,8% no ano passado, se-gundo o Ifi x (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários) da BM&FBovespa, principal termômetro do desempenho do segmento. Em 2013, a bai-xa fora de 12,7%.

Desde o auge em 2012, quando renderam 35%, o número de cotistas desses fundos caiu de 104 mil para 93 mil. O valor de mercado desabou de R$ 30 bilhões para R$ 25 bilhões.

Em 2014, os fundos imobili-ários só foram melhor do que aqueles que seguem o Ibo-vespa e recuaram 4,33%.

A principal vantagem é a isenção do IR (Imposto de Renda) no rendimento, como ocorrem com a poupança e as letras imobiliárias (LCI) e do agronegócio (LCA).

2014No ano passado, porém,

os juros subiram tanto (a Selic foi de 10% a 11,75% ao ano) que, mesmo após o desconto do IR, o ganho dos fundos DI e de renda fi xa superaram com folga o dos fundos imobiliários. Os fundos DI subiram 8,91% e os de renda fi xa, 9,31% após o IR de 17,5% válido para resgate em um ano.

“O ano não foi favorável para a categoria. Aumentaram os juros, tivemos a vacância de

vários imóveis e um ajuste nos preços que estavam al-tos”, disse Mauro Mattes, da corretora Concórdia.

“O juro alto é fatal para os fundos imobiliários. Es-ses dois anos fracos provam que não tivemos nenhuma bolha imobiliária no país, como disse um certo prêmio Nobel de economia (Robert Shiller); se tivesse tido, te-ria explodido”, disse Sergio Belleza, consultor de fundos de imobiliários.

No ano passado, o melhor desempenho no segmento foi dos fundos de agências bancárias, que são aqueles que alugam os prédios co-merciais em contratos de dez anos para a rede de atendimento dos bancos. Foi o caso do Fundo AG Caixa, de prédios da Caixa, que tiveram alta de 13,4%. Por outro lado, lideraram as perdas os fun-dos que aplicam em hotéis, caso do Fundo Hotel MX, que recuou 37%.

PerspectivasEm 2015, a expectativa

é que o retorno dos fundos melhore, com retomada da confi ança, diminuição da va-cância e possibilidade de juro menor nos próximos anos. Em janeiro, o Ifi x já subiu 3,1%.

O setor aposta em um au-mento da competitividade dos fundos imobiliários se o governo levar adiante a ideia de tributar as LCI e LCA.

Segundo José Diniz, dire-tor da Rio Bravo, os fundos imobiliários estão com valor em média 30% abaixo do da emissão. “Isso cria uma opor-tunidade de compra”, disse.

“É hora de arrumar a casa, cuidar do que já existe – não de lançar novos fundos – e se preparar para um novo ciclo favorável”, disse Belleza.

A CVM (Comissão de Valo-res Mobiliários) deve editar no segundo trimestre uma nova regra para facilitar a fusão dos fundos de investi-mento. Isso deve dar impulso ao segmento imobiliário.

A ideia é que a indústria tenha um número menor de fundos, porém, com patri-mônio mais representati-vo, maior diversifi cação de apostas (e de risco) nos empreendimentos imobili-ários, além da diluição de custos administrativos.

No Brasil, a maioria dos fundos imobiliários surgiu para viabilizar empreendi-mentos como shoppings, escritórios de alto padrão, hospitais e até hotéis. Quan-do o empreendimento vai bem, todos – incorporado-res, imobiliárias, cotistas, locatários etc. – ganham. Porém, se ele encalha ou perde atratividade o valor das cotas desaba.

Em 2008, o shopping West Plaza teve perdas com a va-cância de lojas após a aber-

tura do shopping Bourbon, ambos em Perdizes (zona Oeste de São Paulo). A fusão com um fundo de escritórios ou hotéis, por exemplo, po-deria ter diluído o impacto do risco. A Rio Bravo, uma das maiores gestoras do segmento, propôs no ano passado a fusão do fundo The One, que administra escritórios na Vila Olímpia, com o Renda Corporativa, de lajes comerciais em outras localidades de São Paulo.

“Os investidores gostaram

da ideia, pois são empreen-dimentos complementares. Mas decidimos esperar até a CVM editar a nova ins-trução”, disse José Diniz, da Rio Bravo.

A primeira experiência foi do banco J. Safra, que fundiu no ano passado três fundos (Real Estate Recebíveis Imo-biliarios, Real Estate Renda Imobiliária e Real Estate Multi Gestão). A fusão per-mitiu ao fundo ganhar mus-culatura para investir em novos empreendimentos.

Fusão de fundos pode dar fôlego ao setor

TONI SCIARRETTADE SÃO PAULO

Retorno fi nanceiro em fundos imobiliários caiu em 2013, mas deve vol-tar a crescer em 2015

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Empresários apostam emdivulgador de promoçõesAinda pouco conhecidas no Brasil, plataformas virtuais cobram comissões por vendas efetuadas, não por visitantes

Com recursos que vão da entrega de cupons virtu-ais ao oferecimento de dinheiro ao cliente, pe-

quenas empresas têm novas op-ções para aumentar a divulgação de suas queimas de estoque.

Entre as vantagens de usar esse tipo de serviço, estão a possibilidade de aproveitar a au-diência que eles recebem – em geral, pagando apenas pelas vendas efetuadas.

O problema é que essas vitrines para ofertas estão em um estágio inicial de desenvolvimento e ainda não fazem parte da cultura do consumidor no Brasil, afi rma Ale-xandre Suguimoto, presidente da Abradi-SP (Associação Brasileira de Agentes Digitais).

Entre as empresas que abriram espaço para liquidações, estão Peixe Urbano e Groupon, duas das que lideraram a febre das compras coletivas iniciada em 2009. Após a entrada de mais de mil empresas no setor e o colapso da reputação do modelo, as princi-pais companhias abandonaram a ideia inicial em 2013 e passaram a divulgar a venda de produtos mais baratos sem exigir que um

determinado número de pessoas os comprassem.

No Peixe Urbano, das cerca de 5.000 ofertas divulgadas, 967 são de produtos – a maior parte das ofertas são de serviços e viagens. E 15% são queima de estoque, diz Ilson Bressan, diretor comercial do Peixe Urbano.

Outra possibilidade disponí-vel para lojas virtuais é a oferta de cupons promocionais. Ela serve, por exemplo, para que a TodoVino desove seu estoque de vinhos antes de que se aproxime o prazo de validade, conta Car-los Alberto Almeida, 51, gerente de e-commerce da empresa. No Carnaval, a companhia vai fazer uma liquidação com até 70% de desconto.

Nesse tipo de serviço, sites disponibilizam códigos promocio-nais. O cliente tem acesso a eles gratuitamente nas plataformas e pode usá-los nas lojas on-line na hora de fechar a compra. Já na CupoNation, criada em 2013, 2.500 lojas estão divulgando 4.500 promoções. A companhia cobra uma taxa por itens vendidos a partir de seu sistema.

ProximidadeSegundo Suguimoto, da Abradi,

as pequenas empresas devem ga-nhar força nas promoções virtuais

à medida que surgirem aplicativos que usam dados sobre a locali-zação dos clientes para mostrar ofertas nas proximidades.

É a aposta da empresa Guia-to. No site ou no aplicativo da companhia, é possível encontrar panfl etos dos estabelecimentos das redondezas. O anunciante paga alguns centavos por anún-cio visualizado, diz o presidente Clineu Junior, 39.

Outra forma de tentar fazer o cliente ir à liquidação é oferecer dinheiro para ele gastar na loja.

A estratégia é desenvolvida pela empresa Giver, de Joinvile (SC). Marcelo Klein, 28, diretor de operações da empresa, explica que o sost ware da companhia permite que se observe quanto cada cliente costuma gastar e dá um valor para ele gastar em um curto período de tempo.

O serviço custa R$ 200 por loja – hoje, a companhia só atende redes de franquia com ao menos cinco unidades.

Público x cadastroA escolha da melhor forma

de divulgar uma promoção de-pende, principalmente, do perfi l do público que a loja atende e da relação que o empresário e os vendedores têm com seus clientes, diz José Carmo Vieira,

consultor do Sebrae-SP.O primeiro passo para ter su-

cesso na liquidação é buscar os ca-dastros de clientes que compram mais e oferecer a eles a chance de chegar primeiro e pegar as melhores oportunidades.

Nathalia Freitas, 31, dona de confecção e loja de roupas com seu nome em São Paulo, conta que tem diferentes formas para atrair cada tipo de cliente. Ela está fazendo, desde o início do ano, uma liquidação do estoque da coleção de primavera-verão que sobrou após o Natal (cerca de 25% do total).

Nos primeiros vinte dias, en-viou dois e-mails semanais para as lojas que revendem suas peças e, para as mais fi éis, também fez ligações. Na segunda metade do mês, a empresa começou a bus-car os clientes no varejo – para esse público o que funciona são anúncios e posts no Facebook e Instagram, diz.

Na internet, a estratégia mais usada é a chamada “fl ash sale” (venda relâmpago), na qual um e-commerce cria uma página especial com produtos a preços muito mais baixos por poucos dias ou até horas, diz Guilherme Wroclawski, sócio-diretor do Sa-veMe, site que junta promoções na internet.

FILIPE OLIVEIRAGABRIELA STOCCODE SÃO PAULO

APU GOMES/FOLHAPRESS

Nathalia Freitas, que é proprietária de loja de roupas em SP; ela usa te-lefone, e-mail e Instagram para divulgar liquidações

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Os depósitos bancários são, provavelmente, a porta de entra-da dos principiantes no mundo dos investimentos. Os depósi-tos à vista, em conta-corrente, podem ser sacados a qualquer momento e não recebem re-muneração. Vamos explorar os depósitos remunerados para entender como funcionam e permitem que seu dinheiro tra-balhe por você.

PoupançaOs depósitos em conta pou-

pança podem ser sacados a qualquer momento, mas para receber os rendimentos o in-vestidor não deve sacar fora da data do aniversário da conta. A remuneração é a TR (Taxa Referencial) mais juros de 0,5% ao mês sobre depósitos novos e antigos, sempre que a taxa de juros básica superar 8,5% ao ano. A rentabilidade é idêntica em todos os bancos, não há cobrança de taxas e os rendi-mentos são isentos do Imposto de Renda para pessoas físicas.

CDBO Certifi cado de Depósito

Bancário é um depósito a pra-zo cujas condições de renta-bilidade, vencimento e liquidez são negociadas entre banco e investidor. A aplicação mais comum é de taxa pós-fi xada e

acompanha os juros praticados no mercado, sendo cotada em percentual da taxa DI (Depósitos Interfi nanceiros). Suponha uma operação feita a 95% da taxa DI; se a taxa de juros média do período da operação for 10%, o investidor receberá 9,5%; se for 12%, receberá 11,4%.

No dia do vencimento, o valor de resgate é creditado em con-ta-corrente, sendo necessário renovar a aplicação. Pode ser resgatada antes do vencimento de acordo com as condições negociadas. O IR devido será retido na fonte e a alíquota,

entre 22,5% e 15%, depen-dendo do prazo do depósito. Suponha juros de 11%, IR de 15%, cotação de 95% da taxa DI. A rentabilidade líquida será 8,88%; seria 9,35% se a cotação fosse 100% da taxa DI.

O recurso captado pelo banco não tem destinação específi ca e pode ser usado para conceder empréstimos ou pagar despe-sas operacionais, por exemplo. Os bancos mostram mais ou menos interesse, pagando taxa maior ou menor conforme a necessidade. Juros acima da média de mercado sinalizam

algum risco, de crédito ou li-quidez. Investigue.

LCI e LCAA LCI (Letra de Crédito Imobi-

liário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) são emitidas quando o banco utiliza os re-cursos para fi nanciar, respecti-vamente, o setor imobiliário e o setor do agronegócio. O pro-cedimento é semelhante a uma aplicação em CDB, mas existem duas diferenças importantes.

A emissão dessas letras é limitada ao montante de cré-dito concedido para fi nanciar

as atividades imobiliárias e do agronegócio. Pela natureza do crédito, a Caixa Econômica Fe-deral e o Banco do Brasil são as instituições fi nanceiras mais atuantes nesse mercado.

O investidor não paga IR. As-sim, se a operação for feita a 90% da taxa DI e supondo taxa de juros de 11%, a rentabilida-de líquida do investidor será 9,9%. Para ganhar a mesma rentabilidade em uma opera-ção de CDB, com 15% de IR, a operação pagaria taxa bruta de 11,65%, equivalente a 105,9% da taxa DI.

Aproveite a isenção do IR enquanto pode. O governo es-tuda retirar tal benefício de LCIs e LCAs.

RiscosAs aplicações em renda fi xa

estão expostas basicamente a três riscos: de crédito (não receber o dinheiro de volta), de liquidez (não poder resgatar) e de mercado (queda no valor da aplicação).

O investidor em depósitos bancários corre o risco de crédito da instituição fi nanceira onde o depósito foi feito. O FGC (Fundo Garantidor de Créditos) garante o credor no caso de insolvência, limitado a R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. O risco de crédito varia de uma instituição para outra e a remuneração refl ete esse risco. Antes de assumir mais risco, faça as contas e veja se vale a pena.

O risco de liquidez só existe nas operações que exigem ca-rência. Para evitá-lo, negocie a condição de liquidez diária caso deseje resgatar a operação a qualquer momento. O risco de mercado não se apresenta nas operações que acompanham a taxa de juros. O investidor ganhará o percentual da taxa de mercado seja ela qual for e a valorização do capital será sempre positiva.

Como depósitos bancários podem ‘trabalhar’ a seu favor

Marcia DessenFinanças Pessoais

FERNANDO DE ALMEIDA

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CARO DINHEIRO Mande sua persunta para a coluna [email protected]

Tenho um apartamento fi nanciado e uma reserva. É vantagem quitá-lo?

Caso sua opção seja per-manecer com o apartamento – visto que em sua pergunta completa você questiona se deve morar no imóvel, alugá-lo ou vendê-lo –, o melhor a ser feito é quitá-lo integralmente para poder então usufruir de seus rendimentos posteriores.

Para tanto, deve-se escolher entre integralizar o pagamento com a reserva disponível ou realizar um fi nanciamento para cumprir com esses custos.

O uso da reserva de capital será vantajoso caso a taxa de fi nanciamento seja superior à taxa de retorno oferecida pela modalidade em que o montante está investido atualmente.

Caso contrário, o melhor é permanecer com a aplicação e ir quitando a dívida aos poucos.

Como o imóvel não será uti-lizado necessariamente como

moradia, poderá ser interes-sante alugá-lo para gerar re-tornos futuros.

A rentabilidade obtida por esse meio, no entanto, não se mostra muito vantajosa para o investidor. Essa rentabilidade é dada pela taxa de aluguel, a qual tem permanecido em torno de 0,4% ao mês nos últimos anos.

Tal patamar se mostra signi-fi cativamente inferior ao ofe-recido por outras modalidades de investimento de risco me-nor, como os CDBs de grandes bancos, os títulos do Tesouro vendidos por meio do programa do Tesouro Direto e as letras de crédito, tanto imboliário (LCIs) como do agronegócio (LCAs), que usualmente têm alcança-do a taxa de 0,8% de retorno líquido mensal.

Só valerá a pena imobilizar a renda disponível em um apar-tamento caso a taxa de aluguel

seja sufi cientemente alta para superar a rentabilidade das fer-ramentas de baixo risco, uma realidade bastante distante da situação econômica pela qual o país passa atualmente.

Por isso, pode ser inte-ressante vender o imóvel e aportar os recursos em ferra-mentas mais lucrativas, espe-cialmente porque o mercado já mostra fortes indícios de estar passando por uma bolha imobiliária – como a recente baixa nos valores dos imóveis e o aumento da quantidade de saldões e descontos.

Sob esse ponto de vista, a tendência provável é a conti-nuação das quedas de preços no setor.

Como o Brasil já possui a maior taxa de juros real do mundo e a expectativa é a de que a Selic – taxa básica de juros da economia, defi nida pelo Banco Central em reuniões

a cada 45 dias – continue su-bindo até 12,5% ao ano ainda no primeiro trimestre de 2015, o investimento em renda fi xa tende a ser mais interessante do que a aplicação em ações, uma vez que o retorno por ele oferecido se mostra bastante superior quando ponderado pelo risco a ele inerente.

Estudos publicados an-teriormente nesta seção mostraram que a renda fi xa superou a Bolsa de Valores no longo prazo histórico em termos de rentabilidade.

Considerando o atual qua-dro econômico e a perspectiva para o futuro, nada leva a crer que o caminho será muito di-ferente agora.

SAMY DANA é economista com PhD em business e pro-fessor da EAESP-FGV. Twit-ter: @samydana. Facebook: facebook.com/carodinheiro

Tiro R$ 5.000 da poupança e passo para o Tesouro?

RESPOSTA DO PROFES-SOR DA PUC-RIO E CERTI-FIED FINANCIAL PLANNER ALEXANDRE CANALINI - A poupança é um dos inves-timentos mais populares no país. É uma forma de guardar recursos com segurança e pre-visibilidade nos rendimentos.

Ela tem como vantagem isenção de IR nos rendimentos da pessoa física. A rentabi-lidade é dada por TR (Taxa Referencial) + 0,5% ao mês. Você pode ter expectativa de rentabilidade aproximada de 7,3% ao ano.

Mas a rentabilidade é aná-loga à infl ação, portanto você conseguirá apenas repor a evolução dos preços.

O Tesouro Direto é um pro-grama que permite comprar títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. Você precisará se

cadastrar em uma corretora para usar o programa.

O investimento é considera-do muito seguro, pois são tí-tulos de crédito emitidos pela União. Mas sua desvantagem em relação à poupança é a não isenção de IR, os custos do programa e das corretoras. É necessário fazer o cálculo para avaliar as opções.

Os títulos mais conserva-dores no Tesouro Direto são as LFTs (Letras Financeiras do Tesouro). Pagam apro-ximadamente 12% ao ano. Considerando os três anos de permanência da aplicação informado na sua pergunta, você terá rentabilidade líquida de custos e impostos de apro-ximadamente 9,3% ao ano.

Conclui-se que, mesmo com a incidência de custos e IR, a rentabilidade das LFTs serão superiores ao que você tem hoje na poupança.

Samy Dana

Receita libera consulta a lote do IR retido na malha fi naA consulta ao primeiro lote

residual de restituições do Im-posto de Renda Pessoa Física 2014 liberadas da malha fi na será divulgado nesta semana, segundo a Receita Federal. Os valores, normalmente pagos a cada dia 15, desta vez serão liberados até o fi m de janeiro. O montante do lote depende das disponibilidades do Te-souro Nacional, que corrige o dinheiro pela taxa básica de juros (Selic).

Anualmente, a Receita libera sete lotes regulares de resti-tuições – o primeiro em junho e o último em dezembro. Nos meses seguintes, à medida que as declarações retidas em malha são corrigidas pe-los contribuintes, são liberados lotes residuais, normalmente a partir de janeiro.

Em dezembro de 2014, a Receita informou que 937.939 declarações estavam retidas em malha. São 740.760 com imposto a restituir, 174.301, com imposto a pagar e 22.878 sem imposto a pagar ou a res-tituir. Os contribuintes nesta situação devem acessar o ex-trato da declaração para identi-fi car os motivos que o levaram

à malha fi na e fazer as devidas correções para ter a situação resolvida. O documento fi ca disponível no e-CAC (Centro Virtual de Atendimento).

De acordo com o Fisco, o maior motivo de retenção em malha foi omissão de rendimen-tos, presente em 52% dos casos. Em segundo lugar, aparecem despesas médicas, responden-do por 20% das retenções. De-pois, com 10%, a ausência de Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf), que ocorre quando a pessoa física declara um valor, mas o patrão não apresenta a decla-ração ou faltam informações no documento.

Pelas normas da Receita, a restituição fi ca disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fi zer o resgate neste prazo, deverá requerer a restituição pela internet, usan-do formulário eletrônico Pedido de Pagamento de Restituição ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processa-mento da Dirpf.

A consulta aos lotes de resti-tuição é disponibilizada na pá-gina da Receita na internet. No endereço é possível, inclusive,

consultar lotes de anos ante-riores. A consulta pode ser feita também por meio de tablets e smartphones, com os sistemas iOS ou Android.

Alta da SelicA taxa média de juros para

pessoa física pode subir até 1,31% em 2015, passando de 108,08% para 109,5% ao ano, segundo estimativas da Anefac (Associação Nacional dos Exe-cutivos de Finanças, Adminis-tração e Contabilidade).

O cálculo foi feito levando em conta a expectativa do mercado de que a Selic, taxa básica de juros da economia, chegará a 12,5% até o fi m do ano. Se-gundo a Anefac, o efeito nas operações de crédito é “muito pequeno” porque há um “deslo-camento grande” entre a Selic e as taxas de juros cobradas dos consumidores.

Na quarta-feira (21), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central confi rmou as previsões de analistas e investi-dores e aumentou a Selic em 0,5 ponto percentual, de 11,75% para 12,25% ao ano. Levan-do em conta esse patamar, a Anefac estima que os juros

médios ao consumidor chega-rão a 109,02% ao ano em um primeiro momento, aumentan-do 0,87%. Para cálculo da taxa média de juros são usadas pro-jeções dos juros do comércio, do cartão de crédito, do cheque especial, do fi nanciamento de veículos na modalidade Crédito Direto ao Consumidor (CDC), do empréstimo pessoal via bancos e do empréstimo pessoal via fi nanceiras.

VeículosA previsão da Anefac é que,

destes, o maior crescimento das taxas se dará na compra de veículos. De acordo com a estimativa da associação, com a Selic a 12,25%, os juros anuais para fi nanciar veículos devem subir de 24,46% para 25,05% ao ano, fi cando 2,4% mais caros. Se a taxa Selic alcançar o patamar de 12,5%, os juros anuais para comprar carro na modalidade

CDC chegam a 25,34% ao ano, um aumento de 3,61% frente aos praticados com a taxa bá-sica a 11,75% ao ano.

Já os juros do cartão de cré-dito, que são os mais caros do mercado, sofrem o menor ajuste segundo as projeções da Anefac. De 258,26% ao ano, com a Selic a 11,75%, eles iriam para 259,81% ao ano com a taxa básica adotada na semana passada, com alta de 0,6%.

PRIMEIRO

Simulador virtual da Bolsa de Valores atinge 1 milhão usuários em janeiro

O simulador Folhainvest, uma parceria da Folha com a BM&FBovespa, alcan-çou na semana passada a marca de 1 milhão de participantes cadastrados. Os interessados em parti-cipar da temporada 2015 do ranking podem fazer o cadastro no site www.fo-lhainvest.com.br.

A competição contempla os melhores desempenhos nos rankingsmensais e tam-bém premia o participante que obtiver o maior ganho no acumulado do ano. Além disso, há premiações para os primeiros colocados de cada região do país – desde que não tenham sido premiados em anos anteriores.

A contagem para a premia-ção começa em fevereiro. An-tes disso, porém, os inscritos poderão testar a ferramenta, com a compra e a venda de ações, para se familiarizar com o campeonato.

RecompensaA premiação em 2015

inclui cursos sobre investi-mentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substitui-ção desses itens por pro-dutos equivalentes ou com valor fi nanceiro similar.

No ano passado, o ga-nhador, Laercio Marinzek, registrou valorização de 362,2% em sua carteira de ações.

Em vídeo, o economista Samy Dana (foto) fala sobre como investir recursos recebidos em razão de demissão. Veja em na internet: folha.com/no1575809

Atualmente a Receita libera sete lotes anuais regulares de restituições, cujo último foi em dezembro

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